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7/24/2019 Lei 11.284-2006
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI N !!"#$%& 'E # 'E (AR)* 'E #++,"
Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do
Ministério do Meio Ambiente, o Serviço lorestal !rasileiro " S!; cria o undo #acional de
Desenvolvimento lorestal " #D; altera as $eis n os %&'()*, de +) de maio de +&&*, ')(), de %+ de
de-embro de %./+, .'(&, de %+ de fevereiro de %..), 0'//%, de % de setembro de %.(, ('.*), de
*% de agosto de %.)%, e ('&%, de *% de de-embro de %./*; e dá outras provid1ncias'
* PRESI'EN-E 'A REP./LICA aço saber 2ue o 3ongresso #acional
decreta e eu sanciono a seguinte $ei4
5657$8 9
D9S:8S9<=S :>=$9M9#A>=S
3A:657$8 ?#938
D8S :>9#36:98S = D=9#9<=S
Art' %o =sta $ei dispõe sobre a gestão de florestas públicas para produçãosustentável, institui o Serviço lorestal !rasileiro " S!, na estrutura do Ministério do
Meio Ambiente, e cria o undo #acional de Desenvolvimento lorestal " #D'
Art' +o 3onstituem princ@pios da gestão de florestas públicas4
9 " a proteção dos ecossistemas, do solo, da água, da biodiversidade e valores
culturais associados, bem como do patrimnio público;
99 " o estabelecimento de atividades 2ue promovam o uso eficiente e racional das
florestas e 2ue contribuam para o cumprimento das metas do desenvolvimentosustentável local, regional e de todo o :a@s;
999 " o respeito ao direito da população, em especial das comunidades locais, de
acesso Bs florestas públicas e aos benef@cios decorrentes de seu uso e
conservação;
9C " a promoção do processamento local e o incentivo ao incremento da
agregação de valor aos produtos e serviços da floresta, bem como B diversificação
industrial, ao desenvolvimento tecnolgico, B utili-ação e B capacitação deempreendedores locais e da mão"de"obra regional;
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C " o acesso livre de 2ual2uer indiv@duo Bs informações referentes B gestão de
florestas públicas, nos termos da $ei n o %&'(&, de %( de abril de +&&*;
C9 " a promoção e difusão da pes2uisa florestal, faun@stica e edáfica, relacionada
B conservação, B recuperação e ao uso sustentável das florestas;
C99 " o fomento ao conEecimento e a promoção da conscienti-ação da população
sobre a importFncia da conservação, da recuperação e do maneGo sustentável dos
recursos florestais;
C999 " a garantia de condições estáveis e seguras 2ue estimulem investimentos
de longo pra-o no maneGo, na conservação e na recuperação das florestas'
H %o 8s =stados, o Distrito ederal e os Munic@pios promoverão as adaptações
necessárias de sua legislação Bs prescrições desta $ei, buscando atender Bspeculiaridades das diversas modalidades de gestão de florestas públicas'
H +o 8s =stados, o Distrito ederal e os Munic@pios, na esfera de sua
compet1ncia e em relação Bs florestas públicas sob sua Gurisdição, poderão elaborar
normas supletivas e complementares e estabelecer padrões relacionados B gestão
florestal'
Art' *o :ara os fins do disposto nesta $ei, consideram"se4
9 " florestas públicas4 florestas, naturais ou plantadas, locali-adas nos diversosbiomas brasileiros, em bens sob o dom@nio da 7nião, dos =stados, dos Munic@pios,
do Distrito ederal ou das entidades da administração indireta;
99 " recursos florestais4 elementos ou caracter@sticas de determinada floresta,
potencial ou efetivamente geradores de produtos ou serviços florestais;
999 " produtos florestais4 produtos madeireiros e não madeireiros gerados pelo
maneGo florestal sustentável;
9C " serviços florestais4 turismo e outras ações ou benef@cios decorrentes domaneGo e conservação da floresta, não caracteri-ados como produtos florestais;
C " ciclo4 per@odo decorrido entre + IdoisJ momentos de colEeita de produtos
florestais numa mesma área;
C9 " maneGo florestal sustentável4 administração da floresta para a obtenção de
benef@cios econmicos, sociais e ambientais, respeitando"se os mecanismos de
sustentação do ecossistema obGeto do maneGo e considerando"se, cumulativa ou
alternativamente, a utili-ação de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos
produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utili-ação de outros bens e
serviços de nature-a florestal;
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C99 " concessão florestal4 delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do
direito de praticar maneGo florestal sustentável para eKploração de produtos e
serviços numa unidade de maneGo, mediante licitação, B pessoa Gur@dica, em
consrcio ou não, 2ue atenda Bs eKig1ncias do respectivo edital de licitação e
demonstre capacidade para seu desempenEo, por sua conta e risco e por pra-o
determinado;
C999 " unidade de maneGo4 per@metro definido a partir de critérios técnicos,
socioculturais, econmicos e ambientais, locali-ado em florestas públicas, obGeto de
um :lano de ManeGo lorestal Sustentável " :MS, podendo conter áreas
degradadas para fins de recuperação por meio de plantios florestais;
9L " lote de concessão florestal4 conGunto de unidades de maneGo a seremlicitadas;
L " comunidades locais4 populações tradicionais e outros grupos Eumanos,
organi-ados por gerações sucessivas, com estilo de vida relevante B conservação e
B utili-ação sustentável da diversidade biolgica;
L9 " auditoria florestal4 ato de avaliação independente e 2ualificada de atividades
florestais e obrigações econmicas, sociais e ambientais assumidas de acordo com
o :MS e o contrato de concessão florestal, eKecutada por entidade reconEecidapelo rgão gestor, mediante procedimento administrativo espec@fico;
L99 " inventário amostral4 levantamento de informações 2ualitativas e
2uantitativas sobre determinada floresta, utili-ando"se processo de amostragem;
L999 " rgão gestor4 rgão ou entidade do poder concedente com a compet1ncia
de disciplinar e condu-ir o processo de outorga da concessão florestal;
L9C " rgão consultivo4 rgão com representação do :oder :úblico e da
sociedade civil, com a finalidade de assessorar, avaliar e propor diretri-es para agestão de florestas públicas;
LC " poder concedente4 7nião, =stado, Distrito ederal ou Munic@pio'
5657$8 99
DA =S5N8 D= $8>=S5AS :?!$93AS :A>A :>8D7N8 S7S5=#5OC=$
3A:657$8 9
D9S:8S9<=S =>A9S
Art' 0o A gestão de florestas públicas para produção sustentável compreende4
9 " a criação de florestas nacionais, estaduais e municipais, nos termos do art' %/
da $ei n o .'.), de %) de GulEo de +&&&, e sua gestão direta;
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99 " a destinação de florestas públicas Bs comunidades locais, nos termos do art'
(o desta $ei;
999 " a concessão florestal, incluindo florestas naturais ou plantadas e as
unidades de maneGo das áreas protegidas referidas no inciso 9 do caput deste artigo'
3A:657$8 99
DA =S5N8 D9>=5A
Art' o 8 :oder :úblico poderá eKercer diretamente a gestão de florestas
nacionais, estaduais e municipais criadas nos termos do art' %/ da $ei no .'.), de
%) de GulEo de +&&&, sendo"lEe facultado, para eKecução de atividades subsidiárias,
firmar conv1nios, termos de parceria, contratos ou instrumentos similares com
terceiros, observados os procedimentos licitatrios e demais eKig1ncias legaispertinentes'
H %o A duração dos contratos e instrumentos similares a 2ue se refere
o caput deste artigo fica limitada a %+& Icento e vinteJ meses'
H +o #as licitações para as contratações de 2ue trata este artigo, além do preço,
poderá ser considerado o critério da melEor técnica previsto no inciso 99 do caput do
art' +( desta $ei'
3A:657$8 999DA D=S59#AN8 PS 38M7#9DAD=S $83A9S
Art' (o Antes da reali-ação das concessões florestais, as florestas públicas
ocupadas ou utili-adas por comunidades locais serão identificadas para a
destinação, pelos rgãos competentes, por meio de4
9 " criação de reservas eKtrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável,
observados os re2uisitos previstos da $ei n o .'.), de %) de GulEo de +&&&;
99 " concessão de uso, por meio de proGetos de assentamento florestal, dedesenvolvimento sustentável, agroeKtrativistas ou outros similares, nos termos
do art' %). da 3onstituição ederal e das diretri-es do :rograma #acional de
>eforma Agrária;
999 " outras formas previstas em lei'
H %o A destinação de 2ue trata o caput deste artigo será feita de forma não
onerosa para o beneficiário e efetuada em ato administrativo prprio, conforme
previsto em legislação espec@fica'
H +o Sem preGu@-o das formas de destinação previstas no caput deste artigo, as
comunidades locais poderão participar das licitações previstas no 3ap@tulo 9C deste
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5@tulo, por meio de associações comunitárias, cooperativas ou outras pessoas
Gur@dicas admitidas em lei'
H *o 8 :oder :úblico poderá, com base em condicionantes socioambientais
definidas em regulamento, regulari-ar posses de comunidades locais sobre as áreas
por elas tradicionalmente ocupadas ou utili-adas, 2ue seGam imprescind@veis B
conservação dos recursos ambientais essenciais para sua reprodução f@sica e
cultural, por meio de concessão de direito real de uso ou outra forma admitida em
lei, dispensada licitação'
3A:657$8 9C
DAS 38#3=SS<=S $8>=S5A9S
Seção 9Disposições erais
Art' /o A concessão florestal será autori-ada em ato do poder concedente e
formali-ada mediante contrato, 2ue deverá observar os termos desta $ei, das
normas pertinentes e do edital de licitação'
:arágrafo único' 8s relatrios ambientais preliminares, licenças ambientais,
relatrios de impacto ambiental, contratos, relatrios de fiscali-ação e de auditorias e
outros documentos relevantes do processo de concessão florestal serãodisponibili-ados por meio da >ede Mundial de 3omputadores, sem preGu@-o do
disposto no art' + desta $ei'
Art' )o A publicação do edital de licitação de cada lote de concessão florestal
deverá ser precedida de audi1ncia pública, por região, reali-ada pelo rgão gestor,
nos termos do regulamento, sem preGu@-o de outras formas de consulta pública'
Art' .o São eleg@veis para fins de concessão as unidades de maneGo previstas no
:lano Anual de 8utorga lorestal'Seção 99
Do :lano Anual de 8utorga lorestal
Art' %&' 8 :lano Anual de 8utorga lorestal " :A8, proposto pelo rgão gestor
e definido pelo poder concedente, conterá a descrição de todas as florestas públicas
a serem submetidas a processos de concessão no ano em 2ue vigorar'
H %o 8 :aof será submetido pelo rgão gestor B manifestação do rgão
consultivo da respectiva esfera de governo'
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H +o A inclusão de áreas de florestas públicas sob o dom@nio da 7nião no :aof
re2uer manifestação prévia da Secretaria de :atrimnio da 7nião do Ministério do
:laneGamento, 8rçamento e estão'
H *o 8 :aof deverá ser previamente apreciado pelo 3onselEo de Defesa
#acional 2uando estiverem inclu@das áreas situadas na faiKa de fronteira definida
no H +o do art' +& da 3onstituição ederal'
H 0o IC=5AD8J
Art' %%' 8 :aof para concessão florestal considerará4
9 " as pol@ticas e o planeGamento para o setor florestal, a reforma agrária, a
regulari-ação fundiária, a agricultura, o meio ambiente, os recursos E@dricos, o
ordenamento territorial e o desenvolvimento regional;99 " o Qoneamento =colgico"=conmico " Q== nacional e estadual e demais
instrumentos 2ue disciplinam o uso, a ocupação e a eKploração dos recursos
ambientais;
999 " a eKclusão das unidades de conservação de proteção integral, das reservas
de desenvolvimento sustentável, das reservas eKtrativistas, das reservas de fauna e
das áreas de relevante interesse ecolgico, salvo 2uanto a atividades
eKpressamente admitidas no plano de maneGo da unidade de conservação;9C " a eKclusão das terras ind@genas, das áreas ocupadas por comunidades
locais e das áreas de interesse para a criação de unidades de conservação de
proteção integral;
C " as áreas de converg1ncia com as concessões de outros setores, conforme
regulamento;
C9 " as normas e as diretri-es governamentais relativas B faiKa de fronteira e
outras áreas consideradas indispensáveis para a defesa do territrio nacional;C99 " as pol@ticas públicas dos =stados, dos Munic@pios e do Distrito ederal'
H %o Além do disposto no caput deste artigo, o :aof da 7nião considerará os
:aofs dos =stados, dos Munic@pios e do Distrito ederal'
H +o 8 :aof deverá prever -onas de uso restrito destinadas Bs comunidades
locais'
H *o 8 :aof deve conter disposições relativas ao planeGamento do
monitoramento e fiscali-ação ambiental a cargo dos rgãos do Sistema #acional do
Meio Ambiente " S9S#AMA, incluindo a estimativa dos recursos Eumanos e
financeiros necessários para essas atividades'
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Seção 999
Do :rocesso de 8utorga
Art' %+' 8 poder concedente publicará, previamente ao edital de licitação, ato
Gustificando a conveni1ncia da concessão florestal, caracteri-ando seu obGeto e a
unidade de maneGo'
Art' %*' As licitações para concessão florestal observarão os termos desta $ei e,
supletivamente, da legislação prpria, respeitados os princ@pios da legalidade,
moralidade, publicidade, igualdade, do Gulgamento por critérios obGetivos e da
vinculação ao instrumento convocatrio'
H %o As licitações para concessão florestal serão reali-adas na modalidade
concorr1ncia e outorgadas a t@tulo oneroso'H +o #as licitações para concessão florestal, é vedada a declaração de
ineKigibilidade prevista no art' + da $ei no )'(((, de +% de GunEo de %..*'
Seção 9C
Do 8bGeto da 3oncessão
Art' %0' A concessão florestal terá como obGeto a eKploração de produtos e
serviços florestais, contratualmente especificados, em unidade de maneGo de floresta
pública, com per@metro 0eorreferenciado, registrada no respectivo cadastro deflorestas públicas e inclu@da no lote de concessão florestal'
:arágrafo único' ica institu@do o 3adastro #acional de lorestas :úblicas,
interligado ao Sistema #acional de 3adastro >ural e integrado4
9 " pelo 3adastro"eral de lorestas :úblicas da 7nião;
99 " pelos cadastros de florestas públicas dos =stados, do Distrito ederal e dos
Munic@pios'
Art' %' 8 obGeto de cada concessão será fiKado no edital, 2ue definirá osprodutos florestais e serviços cuGa eKploração será autori-ada'
Art' %(' A concessão florestal confere ao concessionário somente os direitos
eKpressamente previstos no contrato de concessão'
H %o R vedada a outorga de 2ual2uer dos seguintes direitos no Fmbito da
concessão florestal4
9 " titularidade imobiliária ou prefer1ncia em sua a2uisição;
99 " acesso ao patrimnio genético para fins de pes2uisa e desenvolvimento,
bioprospecção ou constituição de coleções;
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999 " uso dos recursos E@dricos acima do especificado como insignificante, nos
termos da $ei n o .'0**, de ) de Ganeiro de %../;
9C " eKploração dos recursos minerais;
C " eKploração de recursos pes2ueiros ou da fauna silvestre;
C9 " comerciali-ação de créditos decorrentes da emissão evitada de carbono em
florestas naturais'
H +o #o caso de reflorestamento de áreas degradadas ou convertidas para uso
alternativo do solo, o direito de comerciali-ar créditos de carbono poderá ser inclu@do
no obGeto da concessão, nos termos de regulamento'
H *o 8 maneGo da fauna silvestre pelas comunidades locais observará a
legislação espec@fica' Art' %/' 8s produtos de uso tradicional e de subsist1ncia para as comunidades
locais serão eKclu@dos do obGeto da concessão e eKplicitados no edital, Guntamente
com a definição das restrições e da responsabilidade pelo maneGo das espécies das
2uais derivam esses produtos, bem como por eventuais preGu@-os ao meio ambiente
e ao poder concedente'
Seção C
Do $icenciamento Ambiental Art' %)' A licença prévia para uso sustentável da unidade de maneGo será
re2uerida pelo rgão gestor, mediante a apresentação de relatrio ambiental
preliminar ao rgão ambiental competente integrante do Sistema #acional do Meio
Ambiente " S9S#AMA'
H %o #os casos potencialmente causadores de significativa degradação do meio
ambiente, assim considerados, entre outros aspectos, em função da escala e da
intensidade do maneGo florestal e da peculiaridade dos recursos ambientais, seráeKigido estudo prévio de impacto ambiental " =9A para a concessão da licença
prévia'
H +o 8 rgão ambiental licenciador poderá optar pela reali-ação de relatrio
ambiental preliminar e =9A 2ue abranGam diferentes unidades de maneGo integrantes
de um mesmo lote de concessão florestal, desde 2ue as unidades se situem no
mesmo ecossistema e no mesmo =stado'
H *o 8s custos do relatrio ambiental preliminar e do =9A serão ressarcidos pelo
concessionário ganEador da licitação, na forma do art' +0 desta $ei'
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H 0o A licença prévia autori-a a elaboração do :MS e, no caso de unidade de
maneGo inserida no :aof, a licitação para a concessão florestal'
H o 8 in@cio das atividades florestais na unidade de maneGo somente poderá ser
efetivado com a aprovação do respectivo :MS pelo rgão competente do Sisnama
e a conse2ente obtenção da licença de operação pelo concessionário'
H (o 8 processo de licenciamento ambiental para uso sustentável da unidade de
maneGo compreende a licença prévia e a licença de operação, não se lEe aplicando
a eKig1ncia de licença de instalação'
H /o 8s conteúdos m@nimos do relatrio ambiental preliminar e do =9A relativos
ao maneGo florestal serão definidos em ato normativo espec@fico'
H )o A aprovação do plano de maneGo da unidade de conservação referida noinciso 9 do art' 0o desta $ei, nos termos da $ei no .'.), de %) de GulEo de +&&&,
substitui a licença prévia prevista no caput deste artigo, sem preGu@-o da elaboração
de =9A nos casos previstos no H %o deste artigo e da observFncia de outros re2uisitos
do licenciamento ambiental'
Seção C9
Da Tabilitação
Art' %.' Além de outros re2uisitos previstos na $ei no
)'(((, de +% de GunEo de%..*, eKige"se para Eabilitação nas licitações de concessão florestal a comprovação
de aus1ncia de4
9 " débitos inscritos na d@vida ativa relativos a infração ambiental nos rgãos
competentes integrantes do Sisnama;
99 " decisões condenatrias, com trFnsito em Gulgado, em ações penais relativas
a crime contra o meio ambiente ou a ordem tributária ou a crime previdenciário,
observada a reabilitação de 2ue trata o art' .* do Decreto"$ei no
+')0), de / dede-embro de %.0& " 3digo :enal'
H %o Somente poderão ser Eabilitadas nas licitações para concessão florestal
empresas ou outras pessoas Gur@dicas constitu@das sob as leis brasileiras e 2ue
tenEam sede e administração no :a@s'
H +o 8s rgãos do Sisnama organi-arão sistema de informações unificado, tendo
em vista assegurar a emissão do comprovante re2uerido no inciso 9 do caput deste
artigo'
Seção C99
Do =dital de $icitação
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Art' +&' 8 edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados
os critérios e as normas gerais da $ei n o )'(((, de +% de GunEo de %..*, e conterá,
especialmente4
9 " o obGeto, com a descrição dos produtos e dos serviços a serem eKplorados;
99 " a delimitação da unidade de maneGo, com locali-ação e topografia, além de
mapas e imagens de satélite e das informações públicas dispon@veis sobre a
unidade;
999 " os resultados do inventário amostral;
9C " o pra-o da concessão e as condições de prorrogação;
C " a descrição da infra"estrutura dispon@vel;
C9 " as condições e datas para a reali-ação de visitas de reconEecimento dasunidades de maneGo e levantamento de dados adicionais;
C99 " a descrição das condições necessárias B eKploração sustentável dos
produtos e serviços florestais;
C999 " os pra-os para recebimento das propostas, Gulgamento da licitação e
assinatura do contrato;
9L " o per@odo, com data de abertura e encerramento, o local e o Eorário em 2ue
serão fornecidos aos interessados os dados, estudos e proGetos necessários Belaboração dos orçamentos e apresentação das propostas;
L " os critérios e a relação dos documentos eKigidos para a aferição da
capacidade técnica, da idoneidade financeira e da regularidade Gur@dica e fiscal;
L9 " os critérios, os indicadores, as frmulas e parFmetros a serem utili-ados no
Gulgamento da proposta;
L99 " o preço m@nimo da concessão e os critérios de reaGuste e revisão;
L999 " a descrição das garantias financeiras e dos seguros eKigidos;L9C " as caracter@sticas dos bens revers@veis, incluindo as condições em 2ue se
encontram a2ueles Gá eKistentes;
LC " as condições de liderança da empresa ou pessoa Gur@dica responsável, na
Eiptese em 2ue for permitida a participação de consrcio;
LC9 " a minuta do respectivo contrato, 2ue conterá as cláusulas essenciais
referidas no art' *& desta $ei;
LC99 " as condições de eKtinção do contrato de concessão'
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H %o As eKig1ncias previstas nos incisos 99 e 999 do caput deste artigo serão
adaptadas B escala da unidade de maneGo florestal, caso não se Gustifi2ue a
eKig1ncia do detalEamento'
H +o 8 edital será submetido a audi1ncia pública previamente ao seu
lançamento, nos termos do art' )o desta $ei'
Art' +%' As garantias previstas no inciso L999 do art' +& desta $ei4
9 " incluirão a cobertura de eventuais danos causados ao meio ambiente, ao
erário e a terceiros;
99 " poderão incluir, nos termos de regulamento, a cobertura do desempenEo do
concessionário em termos de produção florestal'
H %o 8 poder concedente eKigirá garantias suficientes e compat@veis com osnus e riscos envolvidos nos contratos de concessão florestal'
H +o São modalidades de garantia4
9 " caução em dinEeiro;
99 " t@tulos da d@vida pública emitidos sob a forma escritural, mediante registro em
sistema centrali-ado de li2uidação e de custdia autori-ado pelo !anco 3entral do
!rasil, e avaliados pelos seus valores econmicos, conforme definido pelo Ministério
da a-enda;999 " seguro"garantia;
9C " fiança bancária;
C " outras admitidas em lei'
H *o :ara concessão florestal a pessoa Gur@dica de pe2ueno porte,
microempresas e associações de comunidades locais, serão previstas em
regulamento formas alternativas de fiKação de garantias e preços florestais'
Art' ++' Uuando permitida na licitação a participação de pessoa Gur@dica emconsrcio, observar"se"ão, adicionalmente aos re2uisitos referidos no art' %. desta
$ei, os seguintes re2uisitos4
9 " comprovação de compromisso, público ou particular, de constituição de
consrcio, subscrito pelas consorciadas;
99 " indicação da empresa"l@der, 2ue deverá atender Bs condições de liderança
estipuladas no edital e será a representante das consorciadas perante o poder
concedente;
999 " apresentação dos documentos de 2ue trata o inciso L do caput do art' +&
desta $ei, por parte de cada consorciada;
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9C " comprovação de cumprimento da eKig1ncia constante do inciso LC
do caput do art' +& desta $ei;
C " impedimento de participação de empresas consorciadas na mesma licitação,
por intermédio de mais de % IumJ consrcio ou isoladamente'
H %o 8 licitante vencedor ficará obrigado a promover, antes da celebração do
contrato, a constituição e registro do consrcio, nos termos do compromisso referido
no inciso 9 do caput deste artigo'
H +o A pessoa Gur@dica l@der do consrcio é responsável pelo cumprimento do
contrato de concessão perante o poder concedente, sem preGu@-o da
responsabilidade solidária das demais consorciadas'
H *o As alterações na constituição dos consrcios deverão ser submetidaspreviamente ao poder concedente para a verificação da manutenção das condições
de Eabilitação, sob pena de rescisão do contrato de concessão'
Art' +*' R facultado ao poder concedente, desde 2ue previsto no edital,
determinar 2ue o licitante vencedor, no caso de consrcio, constitua"se em empresa
antes da celebração do contrato'
Art' +0' 8s estudos, levantamentos, proGetos, obras, despesas ou investimentos
Gá efetuados na unidade de maneGo e vinculados ao processo de licitação paraconcessão, reali-ados pelo poder concedente ou com a sua autori-ação, estarão B
disposição dos interessados'
H %o 8 edital de licitação indicará os itens, entre os especificados no caput deste
artigo, e seus respectivos valores, 2ue serão ressarcidos pelo vencedor da licitação'
H +o As empresas de pe2ueno porte, microempresas e associações de
comunidades locais ficarão dispensadas do ressarcimento previsto no H %o deste
artigo' Art' +' R assegurado a 2ual2uer pessoa o acesso aos contratos, decisões ou
pareceres relativos B licitação ou Bs prprias concessões'
Seção C999
Dos 3ritérios de Seleção
Art' +(' #o Gulgamento da licitação, a melEor proposta será considerada em
ra-ão da combinação dos seguintes critérios4
9 " o maior preço ofertado como pagamento ao poder concedente pela outorga
da concessão florestal;
99 " a melEor técnica, considerando4
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aJ o menor impacto ambiental;
bJ os maiores benef@cios sociais diretos;
cJ a maior efici1ncia;
dJ a maior agregação de valor ao produto ou serviço florestal na região da
concessão'
H %o A aplicação dos critérios descritos nos incisos 9 e 99 do caput deste artigo
será previamente estabelecida no edital de licitação, com regras e frmulas precisas
para avaliação ambiental, econmica, social e financeira'
H +o :ara fins de aplicação do disposto no inciso 99 do caput deste artigo, o edital
de licitação conterá parFmetros e eKig1ncias para formulação de propostas técnicas'
H *o 8 poder concedente recusará propostas manifestamente ineKe2@veis oufinanceiramente incompat@veis com os obGetivos da licitação'
Seção 9L
Do 3ontrato de 3oncessão
Art' +/' :ara cada unidade de maneGo licitada, será assinado um contrato de
concessão eKclusivo com um único concessionário, 2ue será responsável por todas
as obrigações nele previstas, além de responder pelos preGu@-os causados ao poder
concedente, ao meio ambiente ou a terceiros, sem 2ue a fiscali-ação eKercida pelosrgãos competentes eKclua ou atenue essa responsabilidade'
H %o Sem preGu@-o da responsabilidade a 2ue se refere o caput deste artigo, o
concessionário poderá contratar terceiros para o desenvolvimento de atividades
inerentes ou subsidiárias ao maneGo florestal sustentável dos produtos e B
eKploração dos serviços florestais concedidos'
H +o As contratações, inclusive de mão"de"obra, feitas pelo concessionário serão
regidas pelo direito privado, não se estabelecendo 2ual2uer relação Gur@dica entre osterceiros contratados pelo concessionário e o poder concedente'
H *o A eKecução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o
cumprimento das normas regulamentares relacionadas a essas atividades'
H 0o R vedada a subconcessão na concessão florestal'
Art' +)' A transfer1ncia do controle societário do concessionário sem prévia
anu1ncia do poder concedente implicará a rescisão do contrato e a aplicação das
sanções contratuais, sem preGu@-o da eKecução das garantias oferecidas'
:arágrafo único' :ara fins de obtenção da anu1ncia referida no caput deste
artigo, o pretendente deverá4
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9 " atender Bs eKig1ncias da Eabilitação estabelecidas para o concessionário;
99 " comprometer"se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor'
Art' +.' #os contratos de financiamento, os concessionários poderão oferecer
em garantia os direitos emergentes da concessão, até o limite 2ue não comprometa
a operacionali-ação e a continuidade da eKecução, pelo concessionário, do :MS
ou das demais atividades florestais'
:arágrafo único' 8 limite previsto no caput deste artigo será definido pelo rgão
gestor'
Art' *&' São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas4
9 " ao obGeto, com a descrição dos produtos e dos serviços a serem eKplorados e
da unidade de maneGo;99 " ao pra-o da concessão;
999 " ao pra-o máKimo para o concessionário iniciar a eKecução do :MS;
9C " ao modo, B forma, Bs condições e aos pra-os da reali-ação das auditorias
florestais;
C " ao modo, B forma e Bs condições de eKploração de serviços e prática do
maneGo florestal;
C9 " aos critérios, aos indicadores, Bs frmulas e aos parFmetros definidores da2ualidade do meio ambiente;
C99 " aos critérios máKimos e m@nimos de aproveitamento dos recursos florestais;
C999 " Bs ações de melEoria e recuperação ambiental na área da concessão e
seu entorno assumidas pelo concessionário;
9L " Bs ações voltadas ao benef@cio da comunidade local assumidas pelo
concessionário;
L " aos preços e aos critérios e procedimentos para reaGuste e revisão;L9 " aos direitos e Bs obrigações do poder concedente e do concessionário,
inclusive os relacionados a necessidades de alterações futuras e moderni-ação,
aperfeiçoamento e ampliação dos e2uipamentos, infra"estrutura e instalações;
L99 " Bs garantias oferecidas pelo concessionário;
L999 " B forma de monitoramento e avaliação das instalações, dos e2uipamentos,
dos métodos e práticas de eKecução do maneGo florestal sustentável e eKploração de
serviços;
L9C " Bs penalidades contratuais e administrativas a 2ue se suGeita o
concessionário e sua forma de aplicação;
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LC " aos casos de eKtinção do contrato de concessão;
LC9 " aos bens revers@veis;
LC99 " Bs condições para revisão e prorrogação;
LC999 " B obrigatoriedade, B forma e B periodicidade da prestação de contas do
concessionário ao poder concedente;
L9L " aos critérios de bonificação para o concessionário 2ue atingir melEores
@ndices de desempenEo socioambiental 2ue os previstos no contrato, conforme
regulamento;
LL " ao foro e ao modo amigável de solução das diverg1ncias contratuais'
H %o #o eKerc@cio da fiscali-ação, o rgão gestor terá acesso aos dados relativos
B administração, contabilidade, recursos técnicos, econmicos e financeiros doconcessionário, respeitando"se os limites do sigilo legal ou constitucionalmente
previsto'
H +o Sem preGu@-o das atribuições dos rgãos do Sisnama responsáveis pelo
controle e fiscali-ação ambiental, o rgão gestor poderá suspender a eKecução de
atividades desenvolvidas em desacordo com o contrato de concessão, devendo,
nessa Eiptese, determinar a imediata correção das irregularidades identificadas'
H *o
A suspensão de 2ue trata o H +o
deste artigo não isenta o concessionário documprimento das demais obrigações contratuais'
H 0o As obrigações previstas nos incisos C a 9L do caput deste artigo são de
relevante interesse ambiental, para os efeitos do art' () da $ei no .'(&, de %+ de
fevereiro de %..)'
Art' *%' 9ncumbe ao concessionário4
9 " elaborar e eKecutar o :MS, conforme previsto nas normas técnicas
aplicáveis e especificações do contrato;99 " evitar ações ou omissões pass@veis de gerar danos ao ecossistema ou a
2ual2uer de seus elementos;
999 " informar imediatamente a autoridade competente no caso de ações ou
omissões prprias ou de terceiros ou fatos 2ue acarretem danos ao ecossistema, a
2ual2uer de seus elementos ou Bs comunidades locais;
9C " recuperar as áreas degradadas, 2uando identificado o neKo de causalidade
entre suas ações ou omissões e os danos ocorridos, independentemente de culpa
ou dolo, sem preGu@-o das responsabilidades contratuais, administrativas, civis ou
penais;
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C " cumprir e fa-er cumprir as normas de maneGo florestal, as regras de
eKploração de serviços e as cláusulas contratuais da concessão;
C9 " garantir a eKecução do ciclo cont@nuo, iniciada dentro do pra-o máKimo
fiKado no edital;
C99 " buscar o uso múltiplo da floresta, nos limites contratualmente definidos e
observadas as restrições aplicáveis Bs áreas de preservação permanente e as
demais eKig1ncias da legislação ambiental;
C999 " reali-ar as benfeitorias necessárias na unidade de maneGo;
9L " eKecutar as atividades necessárias B manutenção da unidade de maneGo e
da infra"estrutura;
L " comerciali-ar o produto florestal auferido do maneGo;L9 " eKecutar medidas de prevenção e controle de inc1ndios;
L99 " monitorar a eKecução do :MS;
L999 " -elar pela integridade dos bens e benfeitorias vinculados B unidade de
maneGo concedida;
L9C " manter atuali-ado o inventário e o registro dos bens vinculados B
concessão;
LC " elaborar e disponibili-ar o relatrio anual sobre a gestão dos recursosflorestais ao rgão gestor, nos termos definidos no contrato;
LC9 " permitir amplo e irrestrito acesso aos encarregados da fiscali-ação e
auditoria, a 2ual2uer momento, Bs obras, aos e2uipamentos e Bs instalações da
unidade de maneGo, bem como B documentação necessária para o eKerc@cio da
fiscali-ação;
LC99 " reali-ar os investimentos ambientais e sociais definidos no contrato de
concessão'H %o As benfeitorias permanentes reverterão sem nus ao titular da área ao final
do contrato de concessão, ressalvados os casos previstos no edital de licitação e no
contrato de concessão'
H +o 3omo re2uisito indispensável para o in@cio das operações de eKploração de
produtos e serviços florestais, o concessionário deverá contar com o :MS
aprovado pelo rgão competente do Sisnama'
H *o indo o contrato de concessão, o concessionário fica obrigado a devolver a
unidade de maneGo ao poder concedente nas condições previstas no contrato de
concessão, sob pena de aplicação das devidas sanções contratuais e
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administrativas, bem como da responsabili-ação nas esferas penal e civil, inclusive a
decorrente da $ei n o ('.*), de *% de agosto de %.)%'
Art' *+' 8 :MS deverá apresentar área geograficamente delimitada destinada
B reserva absoluta, representativa dos ecossistemas florestais maneGados,
e2uivalente a, no m@nimo, V Icinco por centoJ do total da área concedida, para
conservação da biodiversidade e avaliação e monitoramento dos impactos do
maneGo florestal'
H %o :ara efeito do cálculo do percentual previsto no caput deste artigo, não
serão computadas as áreas de preservação permanente'
H +o A área de reserva absoluta não poderá ser obGeto de 2ual2uer tipo de
eKploração econmica'H *o A área de reserva absoluta poderá ser definida pelo rgão gestor
previamente B elaboração do :MS'
Art' **' :ara fins de garantir o direito de acesso Bs concessões florestais por
pessoas Gur@dicas de pe2ueno porte, micro e médias empresas, serão definidos no
:aof, nos termos de regulamento, lotes de concessão, contendo várias unidades de
maneGo de tamanEos diversos, estabelecidos com base em critérios técnicos, 2ue
deverão considerar as condições e as necessidades do setor florestal, aspeculiaridades regionais, a estrutura das cadeias produtivas, as infra"estruturas
locais e o acesso aos mercados'
Art' *0' Sem preGu@-o da legislação pertinente B proteção da concorr1ncia e de
outros re2uisitos estabelecidos em regulamento, deverão ser observadas as
seguintes salvaguardas para evitar a concentração econmica4
9 " em cada lote de concessão florestal, não poderão ser outorgados a cada
concessionário, individualmente ou em consrcio, mais de + IdoisJ contratos;99 " cada concessionário, individualmente ou em consrcio, terá um limite
percentual máKimo de área de concessão florestal, definido no :aof'
:arágrafo único' 8 limite previsto no inciso 99 do caput deste artigo será aplicado
sobre o total da área destinada B concessão florestal pelo :aof e pelos planos
anuais de outorga em eKecução aprovados nos anos anteriores'
Art' *' 8 pra-o dos contratos de concessão florestal será estabelecido de
acordo com o ciclo de colEeita ou eKploração, considerando o produto ou grupo de
produtos com ciclo mais longo inclu@do no obGeto da concessão, podendo ser fiKado
pra-o e2uivalente a, no m@nimo, um ciclo e, no máKimo, 0& I2uarentaJ anos'
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:arágrafo único' 8 pra-o dos contratos de concessão eKclusivos para
eKploração de serviços florestais será de, no m@nimo, IcincoJ e, no máKimo, +&
IvinteJ anos'
Seção L
Dos :reços lorestais
Art' *(' 8 regime econmico e financeiro da concessão florestal, conforme
estabelecido no respectivo contrato, compreende4
9 " o pagamento de preço calculado sobre os custos de reali-ação do edital de
licitação da concessão florestal da unidade de maneGo;
99 " o pagamento de preço, não inferior ao m@nimo definido no edital de licitação,
calculado em função da 2uantidade de produto ou serviço auferido do obGeto daconcessão ou do faturamento l@2uido ou bruto;
999 " a responsabilidade do concessionário de reali-ar outros investimentos
previstos no edital e no contrato;
9C " a indisponibilidade, pelo concessionário, salvo disposição contratual, dos
bens considerados revers@veis'
H %o 8 preço referido no inciso 9 do caput deste artigo será definido no edital de
licitação e poderá ser parcelado em até % IumJ ano, com base em critérios técnicos elevando"se em consideração as peculiaridades locais'
H +o A definição do preço m@nimo no edital deverá considerar4
9 " o est@mulo B competição e B concorr1ncia;
99 " a garantia de condições de competição do maneGo em terras privadas;
999 " a cobertura dos custos do sistema de outorga;
9C " a geração de benef@cios para a sociedade, aferidos inclusive pela renda
gerada;C " o est@mulo ao uso múltiplo da floresta;
C9 " a manutenção e a ampliação da competitividade da atividade de base
florestal;
C99 " as refer1ncias internacionais aplicáveis'
H *o Será fiKado, nos termos de regulamento, valor m@nimo a ser eKigido
anualmente do concessionário, independentemente da produção ou dos valores por
ele auferidos com a eKploração do obGeto da concessão'
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H 0o 8 valor m@nimo previsto no H *o deste artigo integrará os pagamentos
anuais devidos pelo concessionário para efeito do pagamento do preço referido no
inciso 99 do caput deste artigo'
H o A soma dos valores pagos com base no H *o deste artigo não poderá ser
superior a *&V Itrinta por centoJ do preço referido no inciso 99 do caput deste artigo'
Art' */' 8 preço referido no inciso 99 do caput do art' *( desta $ei compreende4
9 " o valor estabelecido no contrato de concessão;
99 " os valores resultantes da aplicação dos critérios de revisão ou de reaGuste,
nas condições do respectivo contrato, definidos em ato espec@fico do rgão gestor'
:arágrafo único' A divulgação do ato a 2ue se refere o inciso 99 do caput deste
artigo deverá preceder a data de pagamento do preço em, no m@nimo, *& ItrintaJdias'
Art' *)' 8 contrato de concessão referido no art' +/ desta $ei poderá prever o
compromisso de investimento m@nimo anual do
Art' *.' 8s recursos financeiros oriundos dos preços da concessão florestal de
unidades locali-adas em áreas de dom@nio da 7nião serão distribu@dos da seguinte
forma4
9 " o valor referido no H *o
do art' *( desta $ei será destinado4aJ /&V Isetenta por centoJ ao rgão gestor para a eKecução de suas atividades;
bJ *&V Itrinta por centoJ ao 9nstituto !rasileiro do Meio Ambiente e dos >ecursos
#aturais >enováveis " 9!AMA, para utili-ação restrita em atividades de controle e
fiscali-ação ambiental de atividades florestais, de unidades de conservação e do
desmatamento;
99 " o preço pago, eKclu@do o valor mencionado no inciso 9 do caput deste artigo,
terá a seguinte destinação4aJ =stados4 *&V Itrinta por centoJ, destinados proporcionalmente B distribuição
da floresta pública outorgada em suas respectivas Gurisdições, para o apoio e
promoção da utili-ação sustentável dos recursos florestais, sempre 2ue o ente
beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte;
bJ Munic@pios4 *&V Itrinta por centoJ, destinados proporcionalmente B
distribuição da floresta pública outorgada em suas respectivas Gurisdições, para o
apoio e promoção da utili-ação sustentável dos recursos florestais, sempre 2ue o
ente beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte;
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cJ undo #acional de Desenvolvimento lorestal " #D4 0&V I2uarenta por
centoJ'
H %o Uuando os recursos financeiros forem oriundos dos preços da concessão
florestal de unidades locali-adas em florestas nacionais criadas pela 7nião nos
termos do art' %/ da $ei no .'.), de %) de GulEo de +&&&, serão distribu@dos da
seguinte forma4
9 " o valor referido no H *o do art' *( desta $ei será destinado ao rgão gestor
para a eKecução de suas atividades;
99 " o preço pago, eKclu@do o valor mencionado no inciso 9 do caput deste artigo,
terá a seguinte destinação4
aJ 9!AMA4 0&V I2uarenta por centoJ, para utili-ação restrita na gestão das
unidades de conservação de uso sustentável; ICide Medida :rovisria nW
*((, de +&&/J
aJ 9nstituto 3Eico Mendes4 0&V I2uarenta por centoJ, para utili-ação restrita na
gestão das unidades de conservação de uso sustentável; I>edação dada pela $ei nW
%%'%(, +&&/J
bJ =stados4 +&V Ivinte por centoJ, destinados proporcionalmente B distribuição
da floresta pública outorgada em suas respectivas Gurisdições, para o apoio e
promoção da utili-ação sustentável dos recursos florestais, sempre 2ue o ente
beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte;
cJ Munic@pios4 +&V Ivinte por centoJ, destinados proporcionalmente B
distribuição da floresta pública outorgada em suas respectivas Gurisdições, para o
apoio e promoção da utili-ação sustentável dos recursos florestais, sempre 2ue o
ente beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte;
dJ #D4 +&V Ivinte por centoJ'H +o IC=5AD8J
H *o 8 repasse dos recursos a =stados e Munic@pios previsto neste artigo será
condicionado B instituição de conselEo de meio ambiente pelo respectivo ente
federativo, com participação social, e B aprovação, por este conselEo4
9 " do cumprimento das metas relativas B aplicação desses recursos referentes
ao ano anterior;
99 " da programação da aplicação dos recursos do ano em curso'
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Art' 0&' 8s recursos financeiros oriundos dos preços de cada concessão
florestal da 7nião serão depositados e movimentados eKclusivamente por intermédio
dos mecanismos da conta única do 5esouro #acional, na forma do regulamento'
H %o 8 5esouro #acional, trimestralmente, repassará aos =stados e Munic@pios
os recursos recebidos de acordo com o previsto nas al@neas a e b do inciso 99
do caput e nas al@neas b e c do inciso 99 do H %o, ambos do art' *. desta $ei'
H +o 8 Xrgão 3entral de 3ontabilidade da 7nião editará as normas gerais
relativas B consolidação das contas públicas aplicáveis aos recursos financeiros
oriundos da concessão florestal e B sua distribuição'
Seção L9
Do undo #acional de Desenvolvimento lorestal Art' 0%' ica criado o undo #acional de Desenvolvimento lorestal " #D, de
nature-a contábil, gerido pelo rgão gestor federal, destinado a fomentar o
desenvolvimento de atividades sustentáveis de base florestal no !rasil e a promover
a inovação tecnolgica do setor'
H %o 8s recursos do #D serão aplicados prioritariamente em proGetos nas
seguintes áreas4
9 " pes2uisa e desenvolvimento tecnolgico em maneGo florestal;99 " assist1ncia técnica e eKtensão florestal;
999 " recuperação de áreas degradadas com espécies nativas;
9C " aproveitamento econmico racional e sustentável dos recursos florestais;
C " controle e monitoramento das atividades florestais e desmatamentos;
C9 " capacitação em maneGo florestal e formação de agentes multiplicadores em
atividades florestais;
C99 " educação ambiental;C999 " proteção ao meio ambiente e conservação dos recursos naturais'
H +o 8 #D contará com um conselEo consultivo, com participação dos entes
federativos e da sociedade civil, com a função de opinar sobre a distribuição dos
seus recursos e a avaliação de sua aplicação'
H *o Aplicam"se aos membros do conselEo de 2ue trata o H + o deste artigo as
restrições previstas no art' . desta $ei'
H 0o Adicionalmente aos recursos previstos na al@nea c do inciso 99 do caput e na
al@nea d do inciso 99 do H %o, ambos do art' *. desta $ei, constituem recursos do
#D a reversão dos saldos anuais não aplicados, doações reali-adas por
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entidades nacionais ou internacionais, públicas ou privadas, e outras fontes de
recursos 2ue lEe forem especificamente destinadas, inclusive orçamentos
compartilEados com outros entes da ederação'
H o R vedada ao #D a prestação de garantias'
H (o Será elaborado plano anual de aplicação regionali-ada dos recursos do
#D, devendo o relatrio de sua eKecução integrar o relatrio anual de 2ue trata o
H +o do art' * desta $ei, no Fmbito da 7nião'
H /o 8s recursos do #D somente poderão ser destinados a proGetos de
rgãos e entidades públicas, ou de entidades privadas sem fins lucrativos'
H )o A aplicação dos recursos do #D nos proGetos de 2ue trata o inciso 9 do H
%o deste artigo será feita prioritariamente em entidades públicas de pes2uisa'H .o A aplicação dos recursos do #D nos proGetos de 2ue trata o H % o deste
artigo poderá abranger comunidades ind@genas, sem preGu@-o do atendimento de
comunidades locais e outros beneficiários e observado o disposto no H /o deste
artigo'
Seção L99
Das Auditorias lorestais
Art' 0+' Sem preGu@-o das ações de fiscali-ação ordinárias, as concessões serãosubmetidas a auditorias florestais, de caráter independente, em pra-os não
superiores a * Itr1sJ anos, cuGos custos serão de responsabilidade do
concessionário'
H %o =m casos eKcepcionais, previstos no edital de licitação, nos 2uais a escala
da atividade florestal torne inviável o pagamento dos custos das auditorias florestais
pelo concessionário, o rgão gestor adotará formas alternativas de reali-ação das
auditorias, conforme regulamento'H +o As auditorias apresentarão suas conclusões em um dos seguintes termos4
9 " constatação de regular cumprimento do contrato de concessão, a ser
devidamente validada pelo rgão gestor;
99 " constatação de defici1ncias sanáveis, 2ue condiciona a manutenção
contratual ao saneamento de todos os v@cios e irregularidades verificados, no pra-o
máKimo de ( IseisJ meses;
999 " constatação de descumprimento, 2ue, devidamente validada, implica a
aplicação de sanções segundo sua gravidade, incluindo a rescisão contratual,
conforme esta $ei'
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H *o As entidades 2ue poderão reali-ar auditorias florestais serão reconEecidas
em ato administrativo do rgão gestor'
Art' 0*' Uual2uer pessoa f@sica ou Gur@dica, de forma Gustificada e devidamente
assistida por profissionais Eabilitados, poderá fa-er visitas de comprovação Bs
operações florestais de campo, sem obstar o regular desenvolvimento das
atividades, observados os seguintes re2uisitos4
9 " prévia obtenção de licença de visita no rgão gestor;
99 " programação prévia com o concessionário'
Seção L999
Da =Ktinção da 3oncessão
Art' 00' =Ktingue"se a concessão florestal por 2ual2uer das seguintes causas49 " esgotamento do pra-o contratual;
99 " rescisão;
999 " anulação;
9C " fal1ncia ou eKtinção do concessionário e falecimento ou incapacidade do
titular, no caso de empresa individual;
C " desist1ncia e devolução, por opção do concessionário, do obGeto da
concessão'H %o =Ktinta a concessão, retornam ao titular da floresta pública todos os bens
revers@veis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário, conforme previsto
no edital e estabelecido em contrato'
H +o A eKtinção da concessão autori-a, independentemente de notificação
prévia, a ocupação das instalações e a utili-ação, pelo titular da floresta pública, de
todos os bens revers@veis'
H *o
A eKtinção da concessão pelas causas previstas nos incisos 99, 9C e Cdo caput deste artigo autori-a o poder concedente a eKecutar as garantias
contratuais, sem preGu@-o da responsabilidade civil por danos ambientais prevista
na $ei n o ('.*), de *% de agosto de %.)%'
H 0o A devolução de áreas não implicará nus para o poder concedente, nem
conferirá ao concessionário 2ual2uer direito de indeni-ação pelos bens revers@veis,
os 2uais passarão B propriedade do poder concedente'
H o =m 2ual2uer caso de eKtinção da concessão, o concessionário fará, por sua
conta eKclusiva, a remoção dos e2uipamentos e bens 2ue não seGam obGetos de
reversão, ficando obrigado a reparar ou indeni-ar os danos decorrentes de suas
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atividades e praticar os atos de recuperação ambiental determinados pelos rgãos
competentes'
Art' 0' A ineKecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder
concedente, a rescisão da concessão, a aplicação das sanções contratuais e a
eKecução das garantias, sem preGu@-o da responsabilidade civil por danos
ambientais prevista na $ei no ('.*), de *% de agosto de %.)%, e das devidas
sanções nas esferas administrativa e penal'
H %o A rescisão da concessão poderá ser efetuada unilateralmente pelo poder
concedente, 2uando4
9 " o concessionário descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais e
regulamentares concernentes B concessão;99 " o concessionário descumprir o :MS, de forma 2ue afete elementos
essenciais de proteção do meio ambiente e a sustentabilidade da atividade;
999 " o concessionário paralisar a eKecução do :MS por pra-o maior 2ue o
previsto em contrato, ressalvadas as Eipteses decorrentes de caso fortuito ou força
maior, ou as 2ue, com anu1ncia do rgão gestor, visem B proteção ambiental;
9C " descumprimento, total ou parcial, da obrigação de pagamento dos preços
florestais;C " o concessionário perder as condições econmicas, técnicas ou operacionais
para manter a regular eKecução do :MS;
C9 " o concessionário não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos
devidos pra-os;
C99 " o concessionário não atender a notificação do rgão gestor no sentido de
regulari-ar o eKerc@cio de suas atividades;
C999 " o concessionário for condenado em sentença transitada em Gulgado por crime contra o meio ambiente ou a ordem tributária, ou por crime previdenciário;
9L " ocorrer fato superveniente de relevante interesse público 2ue Gustifi2ue a
rescisão, mediante lei autori-ativa espec@fica, com indeni-ação das parcelas de
investimento ainda não amorti-adas vinculadas aos bens revers@veis 2ue tenEam
sido reali-ados;
L " o concessionário submeter trabalEadores a condições degradantes de
trabalEo ou análogas B de escravo ou eKplorar o trabalEo de crianças e
adolescentes'
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H +o A rescisão do contrato de concessão deverá ser precedida da verificação de
processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa'
H *o #ão será instaurado processo administrativo de inadimpl1ncia antes da
notificação do concessionário e a fiKação de pra-o para correção das falEas e
transgressões apontadas'
H 0o 9nstaurado o processo administrativo e comprovada a inadimpl1ncia, a
rescisão será efetuada por ato do poder concedente, sem preGu@-o da
responsabili-ação administrativa, civil e penal'
H o >escindido o contrato de concessão, não resultará para o rgão gestor
2ual2uer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, nus, obrigações
ou compromissos com terceiros ou com empregados do concessionário'H (o 8 :oder :úblico poderá instituir seguro para cobertura da indeni-ação
prevista no inciso 9L do H %o deste artigo'
Art' 0(' Desist1ncia é o ato formal, irrevogável e irretratável pelo 2ual o
concessionário manifesta seu desinteresse pela continuidade da concessão'
H %o A desist1ncia é condicionada B aceitação eKpressa do poder concedente, e
dependerá de avaliação prévia do rgão competente para determinar o cumprimento
ou não do :MS, devendo assumir o desistente o custo dessa avaliação e,conforme o caso, as obrigações emergentes'
H +o A desist1ncia não desonerará o concessionário de suas obrigações com
terceiros'
Art' 0/' 8 contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa do
concessionário, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder
concedente, mediante ação Gudicial especialmente intentada para esse fim'
Seção L9CDas lorestas #acionais, =staduais e Municipais
Art' 0)' As concessões em florestas nacionais, estaduais e municipais devem
observar o disposto nesta $ei, na $ei n o .'.), de %) de GulEo de +&&&, e no plano de
maneGo da unidade de conservação'
H %o A inserção de unidades de maneGo das florestas nacionais, estaduais e
municipais no :aof re2uer prévia autori-ação do rgão gestor da unidade de
conservação'
H +o 8s recursos florestais das unidades de maneGo de florestas nacionais,
estaduais e municipais somente serão obGeto de concessão aps aprovação do
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plano de maneGo da unidade de conservação, nos termos da $ei n o .'.), de %) de
GulEo de +&&&'
H *o :ara a elaboração do edital e do contrato de concessão florestal das
unidades de maneGo em florestas nacionais, estaduais e municipais, ouvir"se"á o
respectivo conselEo consultivo, constitu@do nos termos do art' %/, H o , da $ei
no .'.), de %) de GulEo de +&&&, o 2ual acompanEará todas as etapas do processo
de outorga'
5657$8 999
D8S X>N8S >=S:8#SOC=9S :=$A =S5N8 = 9S3A$9QAN8
3A:657$8 9
D8 :8D=> 38#3=D=#5= Art' 0.' 3abe ao poder concedente, no Fmbito de sua compet1ncia, formular as
estratégias, pol@ticas, planos e programas para a gestão de florestas públicas e,
especialmente4
9 " definir o :aof;
99 " ouvir o rgão consultivo sobre a adoção de ações de gestão de florestas
públicas, bem como sobre o :aof;
999 " definir as áreas a serem submetidas B concessão florestal;9C " estabelecer os termos de licitação e os critérios de seleção;
C " publicar editais, Gulgar licitações, promover os demais procedimentos
licitatrios, definir os critérios para formali-ação dos contratos para o maneGo
florestal sustentável e celebrar os contratos de concessão florestal;
C9 " planeGar ações voltadas B disciplina do mercado no setor florestal, 2uando
couber'
H %o
#o eKerc@cio da compet1ncia referida nos incisos 9C e C do caput
desteartigo, o poder concedente poderá delegar ao rgão gestor a operacionali-ação dos
procedimentos licitatrios e a celebração de contratos, nos termos do regulamento'
H +o #o Fmbito federal, o Ministério do Meio Ambiente eKercerá as compet1ncias
definidas neste artigo'
3A:657$8 99
D8S X>N8S D8 S9S#AMA >=S:8#SOC=9S :=$8 38#5>8$= =
9S3A$9QAN8 AM!9=#5A$
Art' &' 3aberá aos rgãos do Sisnama responsáveis pelo controle e
fiscali-ação ambiental das atividades florestais em suas respectivas Gurisdições4
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9 " fiscali-ar e garantir a proteção das florestas públicas;
99 " efetuar em 2ual2uer momento, de of@cio, por solicitação da parte ou por
denúncia de terceiros, fiscali-ação da unidade de maneGo, independentemente de
prévia notificação;
999 " aplicar as devidas sanções administrativas em caso de infração ambiental;
9C " eKpedir a licença prévia para uso sustentável da unidade de maneGo das
respectivas florestas públicas e outras licenças de sua compet1ncia;
C " aprovar e monitorar o :MS da unidade de maneGo das respectivas florestas
públicas'
H %o =m Fmbito federal, o 9bama eKercerá as atribuições previstas neste artigo'
H +o 8 9bama deve estruturar formas de atuação conGunta com os rgãosseccionais e locais do Sisnama para a fiscali-ação e proteção das florestas públicas,
podendo firmar conv1nios ou acordos de cooperação'
H *o 8s rgãos seccionais e locais podem delegar ao 9!AMA, mediante conv1nio
ou acordo de cooperação, a aprovação e o monitoramento do :MS das unidades
de maneGo das florestas públicas estaduais ou municipais e outras atribuições'
3A:657$8 999
D8 X>N8 38#S7$59C8 Art' %' Sem preGu@-o das atribuições do 3onselEo #acional do Meio Ambiente "
38#AMA, fica institu@da a 3omissão de estão de lorestas :úblicas, no Fmbito do
Ministério do Meio Ambiente, de nature-a consultiva, com as funções de eKercer, na
esfera federal, as atribuições de rgão consultivo previstas por esta $ei e,
especialmente4
9 " assessorar, avaliar e propor diretri-es para gestão de florestas públicas da
7nião;99 " manifestar"se sobre o :aof da 7nião;
999 " eKercer as atribuições de rgão consultivo do S!'
:arágrafo único' 8s =stados, o Distrito ederal e os Munic@pios disporão sobre o
rgão competente para eKercer as atribuições de 2ue trata este 3ap@tulo nas
respectivas esferas de atuação'
Art' +' A 3omissão de estão de lorestas :úblicas será composta por
representantes do :oder :úblico, dos empresários, dos trabalEadores, da
comunidade cient@fica, dos movimentos sociais e das organi-ações não
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governamentais, e terá sua composição e seu funcionamento definidos em
regulamento'
:arágrafo único' 8s membros da 3omissão de estão de lorestas :úblicas
eKercem função não remunerada de interesse público relevante, com preced1ncia,
na esfera federal, sobre 2uais2uer cargos públicos de 2ue seGam titulares e, 2uando
convocados, farão Gus a transporte e diárias'
3A:657$8 9C
D8 X>N8 =S58>
Art' *' 3aberá aos rgãos gestores federal, estaduais e municipais, no Fmbito
de suas compet1ncias4
9 " elaborar proposta de :aof, a ser submetida ao poder concedente;99 " disciplinar a operacionali-ação da concessão florestal;
999 " solicitar ao rgão ambiental competente a licença prévia prevista no art' %)
desta $ei;
9C " elaborar inventário amostral, relatrio ambiental preliminar e outros estudos;
C " publicar editais, Gulgar licitações, promover os demais procedimentos
licitatrios, inclusive audi1ncia e consulta pública, definir os critérios para
formali-ação dos contratos e celebrá"los com concessionários de maneGo florestalsustentável, 2uando delegado pelo poder concedente;
C9 " gerir e fiscali-ar os contratos de concessão florestal;
C99 " dirimir, no Fmbito administrativo, as diverg1ncias entre concessionários,
produtores independentes e comunidades locais;
C999 " controlar e cobrar o cumprimento das metas fiKadas no contrato de
concessão;
9L " fiKar os critérios para cálculo dos preços de 2ue trata o art' *( desta $ei eproceder B sua revisão e reaGuste na forma desta $ei, das normas pertinentes e do
contrato;
L " cobrar e verificar o pagamento dos preços florestais e distribu@"los de acordo
com esta $ei;
L9 " acompanEar e intervir na eKecução do :MS, nos casos e condições
previstos nesta $ei;
L99 " fiKar e aplicar as penalidades administrativas e contratuais impostas aos
concessionários, sem preGu@-o das atribuições dos rgãos do Sisnama responsáveis
pelo controle e fiscali-ação ambiental;
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L999 " indicar ao poder concedente a necessidade de eKtinção da concessão, nos
casos previstos nesta $ei e no contrato;
L9C " estimular o aumento da 2ualidade, produtividade, rendimento e
conservação do meio ambiente nas áreas sob concessão florestal;
LC " dispor sobre a reali-ação de auditorias florestais independentes, conEecer
seus resultados e adotar as medidas cab@veis, conforme o resultado;
LC9 " disciplinar o acesso Bs unidades de maneGo;
LC99 " atuar em estreita cooperação com os rgãos de defesa da concorr1ncia,
com vistas em impedir a concentração econmica nos serviços e produtos florestais
e na promoção da concorr1ncia;
LC999 " incentivar a competitividade e -elar pelo cumprimento da legislação dedefesa da concorr1ncia, monitorando e acompanEando as práticas de mercado dos
agentes do setor florestal;
L9L " efetuar o controle prévio e a posteriori de atos e negcios Gur@dicos a
serem celebrados entre concessionários, impondo"lEes restrições B mútua
constituição de direitos e obrigações, especialmente comerciais, incluindo a
abstenção do prprio ato ou contrato ilegal;
LL " conEecer e Gulgar recursos em procedimentos administrativos;LL9 " promover ações para a disciplina dos mercados de produtos florestais e
seus derivados, em especial para controlar a competição de produtos florestais de
origem não sustentável;
LL99 " reconEecer em ato administrativo as entidades 2ue poderão reali-ar
auditorias florestais;
LL999 " estimular a agregação de valor ao produto florestal na região em 2ue for
eKplorado'H %o 3ompete ao rgão gestor a guarda das florestas públicas durante o per@odo
de pousio entre uma concessão e outra ou, 2uando por 2ual2uer motivo, Eouver
eKtinção do contrato de concessão'
H +o 8 rgão gestor deverá encaminEar ao poder concedente, ao :oder
$egislativo e ao conselEo de meio ambiente, nas respectivas esferas de governo,
relatrio anual sobre as concessões outorgadas, o valor dos preços florestais, a
situação de adimplemento dos concessionários, os :MS e seu estado de
eKecução, as vistorias e auditorias florestais reali-adas e os respectivos resultados,
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assim como as demais informações relevantes sobre o efetivo cumprimento dos
obGetivos da gestão de florestas públicas'
H *o 8 relatrio previsto no H +o deste artigo relativo Bs concessões florestais da
7nião deverá ser encaminEado ao 3onama e ao 3ongresso #acional até *% de
março de cada ano'
H 0o 3aberá ao 3onama, considerando as informações contidas no relatrio
referido no H *o deste artigo, manifestar"se sobre a ade2uação do sistema de
concessões florestais e de seu monitoramento e sugerir os aperfeiçoamentos
necessários'
H o 8s =stados, o Distrito ederal e os Munic@pios disporão sobre o rgão
competente para eKercer as atribuições de 2ue trata este 3ap@tulo nas respectivasesferas de atuação'
5657$8 9C
D8 S=>C98 $8>=S5A$ !>AS9$=9>8
3A:657$8 9
DA 3>9AN8 D8 S=>C98 $8>=S5A$ !>AS9$=9>8
Art' 0' ica criado, na estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente, o
Serviço lorestal !rasileiro " S!' Art' ' 8 S! atua eKclusivamente na gestão das florestas públicas e tem por
compet1ncia4
9 " eKercer a função de rgão gestor prevista no art' * desta $ei, no Fmbito
federal, bem como de rgão gestor do #D;
99 " apoiar a criação e gestão de programas de treinamento, capacitação,
pes2uisa e assist1ncia técnica para a implementação de atividades florestais,
incluindo maneGo florestal, processamento de produtos florestais e eKploração deserviços florestais;
999 " estimular e fomentar a prática de atividades florestais sustentáveis
madeireira, não madeireira e de serviços;
9C " promover estudos de mercado para produtos e serviços gerados pelas
florestas;
C " propor planos de produção florestal sustentável de forma compat@vel com as
demandas da sociedade;
C9 " criar e manter o Sistema #acional de 9nformações lorestais integrado ao
Sistema #acional de 9nformações sobre o Meio Ambiente;
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C99 " gerenciar o 3adastro #acional de lorestas :úblicas, eKercendo as
seguintes funções4
aJ organi-ar e manter atuali-ado o 3adastro"eral de lorestas :úblicas da
7nião;
bJ adotar as provid1ncias necessárias para interligar os cadastros estaduais e
municipais ao 3adastro #acional;
C999 " apoiar e atuar em parceria com os seus cong1neres estaduais e
municipais'
H %o #o eKerc@cio de suas atribuições, o S! promoverá a articulação com os
=stados, o Distrito ederal e os Munic@pios, para a eKecução de suas atividades de
forma compat@vel com as diretri-es nacionais de planeGamento para o setor florestale com a :ol@tica #acional do Meio Ambiente'
H +o :ara a concessão das florestas públicas sob a titularidade dos outros entes
da ederação, de rgãos e empresas públicas e de associações de comunidades
locais, poderão ser firmados conv1nios com o Ministério do Meio Ambiente,
representado pelo S!'
H *o As atribuições previstas nos incisos 99 a C do caput deste artigo serão
eKercidas sem preGu@-o de atividades desenvolvidas por outros rgãos e entidadesda Administração :ública federal 2ue atuem no setor'
3A:657$8 99
DA =S5>757>A 8>A#9QA398#A$ = =S5N8 D8 S=>C98 $8>=S5A$
!>AS9$=9>8
Seção 9
Do 3onselEo Diretor
Art' (' 8 :oder =Kecutivo disporá sobre a estrutura organi-acional efuncionamento do S!, observado o disposto neste artigo'
H %o 8 S! será dirigido por um 3onselEo Diretor, composto por um Diretor"
eral e 0 I2uatroJ diretores, em regime de colegiado, ao 2ual caberá4
9 " eKercer a administração do S!;
99 " eKaminar, decidir e eKecutar ações necessárias ao cumprimento das
compet1ncias do S!;
999 " editar normas sobre matérias de compet1ncia do S!;
9C " aprovar o regimento interno do S!, a organi-ação, a estrutura e o Fmbito
decisrio de cada diretoria;
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C " elaborar e divulgar relatrios sobre as atividades do S!;
C9 " conEecer e Gulgar pedidos de reconsideração de decisões de componentes
das diretorias do S!'
H +o As decisões relativas Bs atribuições do S! são tomadas pelo 3onselEo
Diretor, por maioria absoluta de votos'
Art' /' 8 S! terá, em sua estrutura, unidade de assessoramento Gur@dico,
observada a legislação pertinente'
Art' )' 8 Diretor"eral e os demais membros do 3onselEo Diretor do S!
serão brasileiros, de reputação ilibada, eKperi1ncia comprovada e elevado conceito
no campo de especialidade dos cargos para os 2uais serão nomeados'
H %o IC=5AD8JH +o 8 regulamento do S! disciplinará a substituição do Diretor"eral e os
demais membros do 3onselEo Diretor em seus impedimentos ou afastamentos
regulamentares e ainda no per@odo de vacFncia 2ue anteceder B nomeação de novo
diretor'
Art' .' =stá impedido de eKercer cargo de direção no S! 2uem mantiver, ou
tiver mantido nos +0 Ivinte e 2uatroJ meses anteriores B nomeação, os seguintes
v@nculos com 2ual2uer pessoa Gur@dica concessionária ou com produtor florestalindependente4
9 " acionista ou scio com participação individual direta superior a %V Ium por
centoJ no capital social ou superior a +V Idois por centoJ no capital social de
empresa controladora;
99 " membro do conselEo de administração, fiscal ou de diretoria eKecutiva;
999 " empregado, mesmo com o contrato de trabalEo suspenso, inclusive das
empresas controladoras ou das fundações de previd1ncia de 2ue seGampatrocinadoras'
:arágrafo único' 5ambém está impedido de eKercer cargo de direção no S!
membro do conselEo ou diretoria de associação ou sindicato, regional ou nacional,
representativo de interesses dos agentes mencionados nocaput deste artigo, ou de
categoria profissional de empregados desses agentes'
Art' (&' 8 eK"dirigente do S!, durante os %+ Ido-eJ meses seguintes ao seu
desligamento do cargo, estará impedido de prestar, direta ou indiretamente,
independentemente da forma ou nature-a do contrato, 2ual2uer tipo de serviço Bs
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pessoas Gur@dicas concessionárias, sob regulamentação ou fiscali-ação do S!,
inclusive controladas, coligadas ou subsidiárias'
:arágrafo único' 9ncorre na prática de advocacia administrativa, suGeitando"se o
infrator Bs penas previstas no art' *+% do Decreto"$ei no +')0), de / de de-embro de
%.0& " 3digo :enal, o eK"dirigente do S! 2ue descumprir o disposto
no caput deste artigo'
Art' (%' 8s cargos em comissão e funções gratificadas do S! deverão ser
eKercidos, preferencialmente, por servidores do seu 2uadro efetivo, aplicando"se"
lEes as restrições do art' . desta $ei'
Seção 99
Da 8uvidoria Art' (+' 8 S! contará com uma 8uvidoria, B 2ual competirá4
9 " receber pedidos de informação e esclarecimento, acompanEar o processo
interno de apuração das denúncias e reclamações afetas ao S! e responder
diretamente aos interessados, 2ue serão cientificados, em até *& ItrintaJ dias, das
provid1ncias tomadas;
99 " -elar pela 2ualidade dos serviços prestados pelo S! e acompanEar o
processo interno de apuração das denúncias e reclamações dos usuários, seGacontra a atuação do S!, seGa contra a atuação dos concessionários;
999 " produ-ir, semestralmente e 2uando Gulgar oportuno4
aJ relatrio circunstanciado de suas atividades e encaminEá"lo B Diretoria"eral
do S! e ao Ministro de =stado do Meio Ambiente;
bJ apreciações sobre a atuação do S!, encaminEando"as ao 3onselEo Diretor,
B 3omissão de estão de lorestas :úblicas, aos Ministros de =stado do Meio
Ambiente, da a-enda, do :laneGamento, 8rçamento e estão e 3Eefe da 3asa3ivil da :resid1ncia da >epública, bem como Bs comissões de fiscali-ação e
controle da 3Fmara dos Deputados e do Senado ederal, publicando"as para
conEecimento geral'
H %o 8 8uvidor atuará Gunto ao 3onselEo Diretor do S!, sem subordinação
Eierár2uica, e eKercerá as suas atribuições sem acumulação com outras funções'
H +o 8 8uvidor será nomeado pelo :residente da >epública para mandato de *
Itr1sJ anos, sem direito a recondução'
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H *o 8 8uvidor somente poderá perder o mandato em caso de renúncia,
condenação Gudicial transitada em Gulgado ou condenação em processo
administrativo disciplinar'
H 0o 8 processo administrativo contra o 8uvidor somente poderá ser instaurado
pelo Ministro de =stado do Meio Ambiente'
H o 8 8uvidor terá acesso a todos os assuntos e contará com o apoio
administrativo de 2ue necessitar'
H (o Aplica"se ao eK"8uvidor o disposto no art' (& desta $ei'
Seção 999
Do 3onselEo estor
Art' (*' IC=5AD8JSeção 9C
Dos Servidores do S!
Art' (0' 8 S! constituirá 2uadro de pessoal, por meio da reali-ação de
concurso público de provas, ou de provas e t@tulos, ou da redistribuição de
servidores de rgãos e entidades da administração federal direta, autár2uica ou
fundacional'
Art' (' 8 S! poderá re2uisitar, independentemente da designação para cargoem comissão ou função de confiança, e sem preGu@-o dos vencimentos e vantagens
a 2ue façam Gus no rgão de origem, servidores de rgãos e entidades integrantes
da administração pública federal direta, autár2uica e fundacional, observado o
2uantitativo máKimo estabelecido em ato conGunto dos Ministros de =stado do
:laneGamento, 8rçamento e estão e do Meio Ambiente'
:arágrafo único' #o caso de re2uisição ao 9bama, ela deverá ser precedida de
autori-ação do rgão' Art' ((' icam criados 0. I2uarenta e noveJ cargos do rupo Direção e
Assessoramento Superiores " DAS, no Fmbito do :oder =Kecutivo ederal, para
reestruturação do Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de integrar a
estrutura do S!, assim distribu@dos4
9 " % IumJ DAS"(;
99 " 0 I2uatroJ DAS";
999 " %/ Ide-esseteJ DAS"0;
9C " %& Ide-J DAS"*;
C " . InoveJ DAS"+;
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C9 " ) IoitoJ DAS"%'
Seção C
Da Autonomia Administrativa do S!
Art' (/' 8 :oder =Kecutivo poderá assegurar ao S! autonomia administrativa e
financeira, no grau conveniente ao eKerc@cio de suas atribuições, mediante a
celebração de contrato de gestão e de desempenEo, nos termos do H )o do art' */
da 3onstituição ederal, negociado e firmado entre o Ministério do Meio Ambiente e
o 3onselEo Diretor'
H %o 8 contrato de gestão e de desempenEo será o instrumento de controle da
atuação administrativa do S! e da avaliação do seu desempenEo, bem como
elemento integrante da sua prestação de contas, bem como do Ministério do Meio Ambiente, aplicado o disposto no art' .o da $ei no )'00*, de %( de GulEo de %..+,
sendo sua ineKist1ncia considerada falta de nature-a formal, conforme disposto no
inciso 99 do art' %( da mesma $ei'
H +o 8 contrato de gestão e de desempenEo deve estabelecer, nos programas
anuais de trabalEo, indicadores 2ue permitam 2uantificar, de forma obGetiva, a
avaliação do S!'
H *o
8 contrato de gestão e de desempenEo será avaliado periodicamente e, senecessário, revisado por ocasião da renovação parcial da diretoria do S!'
Seção C9
Da >eceita e do Acervo do Serviço lorestal !rasileiro
Art' ()' 3onstituem receitas do S!4
9 " recursos oriundos da cobrança dos preços de concessão florestal, conforme
destinação prevista na al@nea a do inciso 9 do caput e no inciso 9 do H %o, ambos do
art' *. desta $ei, além de outros referentes ao contrato de concessão, incluindo osrelativos aos custos do edital de licitação e os recursos advindos de aplicação de
penalidades contratuais;
99 " recursos ordinários do 5esouro #acional, consignados no 8rçamento iscal
da 7nião e em seus créditos adicionais, transfer1ncias e repasses 2ue lEe forem
conferidos;
999 " produto da venda de publicações, material técnico, dados e informações,
inclusive para fins de licitação pública, e de emolumentos administrativos;
9C " recursos provenientes de conv1nios ou acordos celebrados com entidades,
organismos ou empresas públicas, ou contratos celebrados com empresas privadas;
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C " doações, legados, subvenções e outros recursos 2ue lEe forem destinados'
5657$8 C
D9S:8S9<=S 5>A#S95X>9AS = 9#A9S
Art' (.' Sem preGu@-o do disposto nos incisos C9 e C99 do art' +* da 3onstituição
ederal, a eKecução das atividades relacionadas Bs concessões florestais poderá
ser delegada pelos =stados, Distrito ederal e Munic@pios B 7nião, bem como pela
7nião aos demais entes federados, mediante conv1nio firmado com o rgão gestor
competente'
:arágrafo único' R vedado ao rgão gestor conveniado eKigir do concessionário
sob sua ação complementar de regulação, controle e fiscali-ação obrigação não
prevista previamente em contrato' Art' /&' As unidades de maneGo em florestas públicas com :MS aprovados e
em eKecução até a data de publicação desta $ei serão vistoriadas4
9 " pelo rgão competente do Sisnama, para averiguar o andamento do maneGo
florestal;
99 " pelo rgão fundiário competente, para averiguar a situação da ocupação, de
acordo com os parFmetros estabelecidos na legislação espec@fica'
H %o
As vistorias reali-adas pelo rgão fundiário competente serãoacompanEadas por representante do :oder :úblico local'
H +o #as unidades de maneGo onde não for verificado o correto andamento do
maneGo florestal, os detentores do :MS serão notificados para apresentar
correções, no pra-o estabelecido pelo rgão competente do Sisnama'
H *o 3aso não seGam atendidas as eKig1ncias da notificação mencionada no H
+o deste artigo, o :MS será cancelado e a área correspondente deverá ser
desocupada sem nus para o :oder :úblico e sem preGu@-o das demais penalidadesprevistas em lei'
H 0o As unidades de maneGo onde o correto andamento do maneGo florestal for
verificado ou saneado nos termos do H +o deste artigo serão submetidas a processo
licitatrio, no pra-o de até +0 Ivinte e 2uatroJ meses a partir da data da manifestação
dos rgãos a respeito da vistoria prevista no caput deste artigo, desde 2ue não seGa
constatado conflito com comunidades locais pela ocupação do territrio e uso dos
recursos florestais'
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H o Será dada a destinação prevista no art' (o desta $ei Bs unidades de maneGo
onde o correto andamento do maneGo florestal for verificado e os detentores dos
:MS forem comunidades locais'
H (o Até 2ue seGam submetidas ao processo licitatrio, as unidades de maneGo
mencionadas no H 0o deste artigo permanecerão sob a responsabilidade do detentor
do :MS, 2ue poderá dar continuidade Bs atividades de maneGo mediante
assinatura de contrato com o poder concedente'
H /o 8 contrato previsto no H (o deste artigo terá vig1ncia limitada B assinatura
do contrato de concessão resultante do processo licitatrio'
H )o indo o processo licitatrio, o detentor do :MS 2ue der continuidade B sua
eKecução, nos termos deste artigo, pagará ao rgão gestor competente valor proporcional ao preço da concessão florestal definido na licitação, calculado com
base no per@odo decorrido desde a verificação pelo rgão competente do Sisnama
até a adGudicação do vencedor na licitação'
Art' /%' A licitação para a concessão florestal das unidades de maneGo
mencionadas no H 0o do art' /& desta $ei, além de observar os termos desta $ei,
deverá seguir as seguintes determinações4
9 " o vencedor da licitação, aps firmar o contrato de concessão, deverá seguir o:MS em eKecução, podendo revisá"lo nas condições previstas em regulamento;
99 " o edital de licitação deverá conter os valores de ressarcimento das
benfeitorias e investimentos Gá reali-ados na área a serem pagos ao detentor do
:MS pelo vencedor do processo de licitação, descontado o valor da produção
auferida previamente B licitação nos termos do H )o do art' /& desta $ei'
Art' /+' As florestas públicas não destinadas a maneGo florestal ou unidades de
conservação ficam impossibilitadas de conversão para uso alternativo do solo, até2ue sua classificação de acordo com o Q== esteGa oficiali-ada e a conversão seGa
plenamente Gustificada'
Art' /*' As áreas públicas Gá ocupadas e convertidas para uso alternativo do solo
na data de publicação desta $ei estarão eKclu@das das concessões florestais, desde
2ue confirmada a sua vocação para o uso atual por meio do Q== aprovado de
acordo com a legislação pertinente'
H %o #os remanescentes das áreas previstas no caput deste artigo, o :oder
:úblico poderá autori-ar novos :lanos de ManeGo lorestal Sustentável, observada a
legislação vigente'
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H +o ica garantido o direito de continuidade das atividades econmicas
reali-adas, em conformidade com a lei, pelos atuais ocupantes em áreas de até
+'&&Ea Idois mil e 2uinEentos EectaresJ, pelo pra-o de IcincoJ anos a partir da
data de publicação desta $ei'
Art' /0' 8s parFmetros para definição dos tamanEos das unidades de maneGo a
serem concedidas Bs pessoas Gur@dicas de pe2ueno porte, micro e médias
empresas, na forma do art' ** desta $ei, serão definidos em regulamento,
previamente B aprovação do primeiro :aof'
Art' /' Aps IcincoJ anos da implantação do primeiro :aof, será feita
avaliação sobre os aspectos técnicos, econmicos, sociais e ambientais da
aplicação desta $ei, a 2ue se dará publicidade' Art' /(' =m %& Ide-J anos contados da data de publicação desta $ei, a área total
com concessões florestais da 7nião não poderá ultrapassar +&V Ivinte por centoJ do
total de área de suas florestas públicas dispon@veis para a concessão, com eKceção
das unidades de maneGo locali-adas em florestas nacionais criadas nos termos
do art' %/ da $ei no .'.), de %) de GulEo de +&&&'
Art' //' Ao final dos %& Ide-J primeiros anos contados da data de publicação
desta $ei, cada concessionário, individualmente ou em consrcio, não poderáconcentrar mais de %&V Ide- por centoJ do total da área das florestas públicas
dispon@veis para a concessão em cada esfera de governo'
Art' /)' Até a aprovação do primeiro :aof, fica o poder concedente autori-ado a
reali-ar concessões florestais em4
9 " unidades de maneGo em áreas públicas 2ue, somadas, não ultrapassem
/&'&&&Ea Isetecentos e cin2enta mil EectaresJ, locali-adas numa faiKa de até
%&&Ym Icem 2uilmetrosJ ao longo da rodovia !>"%(*;99 " florestas nacionais ou estaduais criadas nos termos do art' %/ da $ei
no .'.), de %) de GulEo de +&&&, observados os seguintes re2uisitos4
aJ autori-ação prévia do rgão gestor da unidade de conservação;
bJ aprovação prévia do plano de maneGo da unidade de conservação nos termos
da $ei n o .'.), de %) de GulEo de +&&&;
cJ oitiva do conselEo consultivo da unidade de conservação, nos termos do H
*o do art' 0) desta $ei;
dJ previsão de -onas de uso restrito destinadas Bs comunidades locais'
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:arágrafo único' As concessões de 2ue tratam os incisos 9 e 99 do caput deste
artigo devem ser obGeto de licitação e obedecer Bs normas previstas nos arts' )o e %+
a 0/ desta $ei'
Art' /.' As associações civis 2ue venEam a participar, de 2ual2uer forma, das
concessões florestais ou da gestão direta das florestas públicas deverão ser
constitu@das sob as leis brasileiras e ter sede e administração no :a@s'
Art' )&' 8 inciso LC do art' +. da $ei no %&'()*, de +) de maio de +&&*, passa a
vigorar com a seguinte redação4
ZArt' +.' '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
LC " do Ministério do Meio Ambiente o 3onselEo #acional do Meio Ambiente, o
3onselEo #acional da Ama-nia $egal, o 3onselEo #acional de >ecursos T@dricos,o 3onselEo de estão do :atrimnio enético, o 3onselEo Deliberativo do undo
#acional do Meio Ambiente, o Serviço lorestal !rasileiro, a 3omissão de estão de
lorestas :úblicas e até IcincoJ Secretarias;
'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''Z I#>J
Art' )%' 8 art' %o da $ei no ')(), de %+ de de-embro de %./+, passa a vigorar
acrescido do seguinte inciso C4
ZArt' %o
'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''C " 3adastro #acional de lorestas :úblicas'
'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''Z I#>J
Art' )+' A $ei no .'(&, de %+ de fevereiro de %..), passa a vigorar acrescida
dos seguintes arts' &"A e (."A4
ZArt' &"A' Desmatar, eKplorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou
nativa, em terras de dom@nio público ou devolutas, sem autori-ação do rgão
competente4:ena " reclusão de + IdoisJ a 0 I2uatroJ anos e multa'
H %o #ão é crime a conduta praticada 2uando necessária B subsist1ncia imediata
pessoal do agente ou de sua fam@lia'
H +o Se a área eKplorada for superior a %'&&& Ea Imil EectaresJ, a pena será
aumentada de % IumJ ano por milEar de Eectare'Z
ZArt' (."A' =laborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou 2ual2uer
outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatrio ambiental total ou
parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão4
:ena " reclusão, de * Itr1sJ a ( IseisJ anos, e multa'
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H %o Se o crime é culposo4
:ena " detenção, de % IumJ a * Itr1sJ anos'
H +o A pena é aumentada de %[* Ium terçoJ a +[* Idois terçosJ, se Eá dano
significativo ao meio ambiente, em decorr1ncia do uso da informação falsa,
incompleta ou enganosa'Z
Art' )*' 8 art' %. da $ei no 0'//%, de % de setembro de %.(, passa a vigorar
com a seguinte redação4
ZArt' %.' A eKploração de florestas e formações sucessoras, tanto de dom@nio público
como de dom@nio privado, dependerá de prévia aprovação pelo rgão estadual
competente do Sistema #acional do Meio Ambiente " S9S#AMA, bem como da
adoção de técnicas de condução, eKploração, reposição florestal e maneGocompat@veis com os variados ecossistemas 2ue a cobertura arbrea forme'
H %o 3ompete ao 9bama a aprovação de 2ue trata o caput deste artigo4
9 " nas florestas públicas de dom@nio da 7nião;
99 " nas unidades de conservação criadas pela 7nião;
999 " nos empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental
nacional ou regional, definidos em resolução do 3onselEo #acional do Meio
Ambiente " 38#AMA'H +o 3ompete ao rgão ambiental municipal a aprovação de 2ue trata o caput deste
artigo4
9 " nas florestas públicas de dom@nio do Munic@pio;
99 " nas unidades de conservação criadas pelo Munic@pio;
999 " nos casos 2ue lEe forem delegados por conv1nio ou outro instrumento
admiss@vel, ouvidos, 2uando couber, os rgãos competentes da 7nião, dos =stados
e do Distrito ederal'H *o #o caso de reposição florestal, deverão ser priori-ados proGetos 2ue
contemplem a utili-ação de espécies nativas'Z I#>J
Art' )0' A $ei no ('.*), de *% de agosto de %.)%, passa a vigorar com as
seguintes alterações4
ZArt' .o '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
L999 " instrumentos econmicos, como concessão florestal, servidão ambiental,
seguro ambiental e outros'Z I#>J
ZArt' .o "A' Mediante anu1ncia do rgão ambiental competente, o proprietário rural
pode instituir servidão ambiental, pela 2ual voluntariamente renuncia, em caráter
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permanente ou temporário, total ou parcialmente, a direito de uso, eKploração ou
supressão de recursos naturais eKistentes na propriedade'
H %o A servidão ambiental não se aplica Bs áreas de preservação permanente e de
reserva legal'
H +o A limitação ao uso ou eKploração da vegetação da área sob servidão institu@da
em relação aos recursos florestais deve ser, no m@nimo, a mesma estabelecida para
a reserva legal'
H *o A servidão ambiental deve ser averbada no registro de imveis competente'
H 0o #a Eiptese de compensação de reserva legal, a servidão deve ser averbada na
matr@cula de todos os imveis envolvidos'
H o R vedada, durante o pra-o de vig1ncia da servidão ambiental, a alteração dadestinação da área, nos casos de transmissão do imvel a 2ual2uer t@tulo, de
desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade'Z
ZArt' %0' '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
H o A eKecução das garantias eKigidas do poluidor não impede a aplicação das
obrigações de indeni-ação e reparação de danos previstas no H %o deste artigo'Z
I#>J
ZArt' %/" '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''H +o 8s recursos arrecadados com a 53A terão utili-ação restrita em atividades de
controle e fiscali-ação ambiental'Z I#>J
Art' )' 8 inciso 99 do caput do art' %(/ da $ei n o ('&%, de *% de de-embro de
%./*, passa a vigorar acrescido dos seguintes itens ++ e +*4
ZArt' %(/' '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
99 " '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
++' da reserva legal;+*' da servidão ambiental'Z I#>J
Art' )(' =sta $ei entra em vigor na data de sua publicação'