legislação especial aula 08

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  • 8/17/2019 Legislação Especial Aula 08

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    Caro aluno,

    Chegamos à reta final de nosso curso. Espero que você esteja gostandoe tirando o máximo de aproveitamento!

    Nessa nossa penúltima aula, você será apresentado a todo o regramentotrazido por esta norma super bacana e tranquilíssima de se estudar:

    A Lei Federal nº 7.102/83

    Trata-se da norma que dispõe sobre a segurança para estabelecimentosfinanceiros, estabelece normas para constituição e funcionamento dasempresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte devalores, e dá outras providências.

    E por que estudá-la? Porque muitas das disposições nela contidas sãofiscalizadas, normatizadas e controladas pelo Departamento de PolíciaFederal. Tem tudo a ver com o seu futuro ofício!

    Entretanto, devo alertá-lo para um fato importante: não estudaremosapenas a letra da Lei nº 7.102/83. Faremos um mix de suas disposições comas de seu principal regulamento, o Decreto n. 89.056/83. Fiz isso, porqueconsidero um risco muito grande para a sua prova não estudá-las emconjunto, já que uma norma complementa e detalha a outra. Dessa forma,essa aula, além de conter todo o regramento da Lei 7.102/83, será também

     “recheada” de algumas das principais e mais relevantes disposições dosupracitado Decreto. Assim, você fica blindado contra possíveis “surpresas” dabanca.

    Outro detalhe importante: atualmente você conta nos dedos o númerode questões de concursos sobre a Lei 7.102/83, pois são raros os certamesque têm cobrado essa norma em seus editais! Todas estas questões estarãoaqui comentadas, mas, repito, são poucas. O que fiz então?

    Para que seu aprendizado não ficasse prejudicado, acionei mais uma veza banca “Ponto e Marcos Girão” para elaboração da grande parte das questõesdessa aula. O resultado final ficou muito legal, material exclusivíssimo paravocê, meu aluno do Ponto!

    Então, vamos lá! Concentração total, foco e objetivo, pois o concurso PF2014 está cada vez mais perto!

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    Sumário

    7.102/83 ...................................................................................................... 3 

     ............................................................... 4 

    2.1. ................................................... 4 

    2.2.  ............................................................. 11 

    2.3.  ............................................................... 15 

    2.4.  ................................................... 17 

    .................................................................................... 20 

    3.1. .................................................................................................... 20 

    3.2.  ............................................................ 24 

     ............................................................................. 26 

    4.1.  ....................................................... 27 

    4.2. ................................................................................... 31 

    4.1.1.  ...................................................................... 35 

    4.1.2. ............................................................................................. 35 

    4.1.3.  ................................................................................ 38 

    4.1.4. ....................................................................... 44 

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     I - LEI Nº 7.102/83 – INTRODUÇÃO

    A atividade de segurança privada no Brasil teve início em 1967. Aprimeira legislação sobre o assunto surgiu em 1969, com a instituição doDecreto Lei 1.034/69, que autorizou o serviço privado em função do aumentode assaltos a bancos, obrigados à época a recorrer à segurança privada. Esteprimeiro decreto regulamentou uma atividade até então consideradaparamilitar. Até 1983, os governos estaduais fiscalizavam estas empresas.

    A demanda por Segurança Privada aumentou ao longo dos anos e estanecessidade deixou de ser exclusiva dos estabelecimentos financeiros para serfundamental também a órgãos públicos e empresas particulares. O auge dosserviços de segurança foi no final dos anos 70.

    A segurança privada  surgiu como alternativa de proteção dapropriedade privada de porte, pois a segurança pública não pode privilegiarmais um cidadão que outro apenas considerando seu poder aquisitivo. Oempresário passou então a formar as suas próprias forças de segurança.

    O Estado percebeu que, caso não interviesse nos processos de segurançaprivada, correria o risco de possuir diversas forças policiais, sendo uma doEstado e as demais de segurança privada. Ademais, havia centenas de ações

    criminosas que demonstraram que o setor de segurança privada (empresas devigilância) e o setor bancário (gestão de segurança bancária) necessitavam demaior preparo para enfrentar a nova realidade social.

    A crescente procura exigia uma normatização, pois o decreto lei de 1969 já não comportava todos os aspectos da atividade. Foi realizado então umgrande esforço junto ao governo federal para regulamentar a atividade atravésde legislação específica. Em 1983 a atividade foi regulamentada através da Lei7.102 e a fiscalização deixou de ser estadual (SSP) e passou a ser federal(MJ).

    A segurança pública passou a controlar as atividades da população nasáreas públicas, enquanto a segurança privada  passou a atuar em locaisparticulares conforme a necessidade do investidor, mas sob o controle doEstado.

    Atualmente a Segurança Privada no Brasil possui uma legislaçãoorganizada e ordenada para assegurar ao setor privado a garantia de poderutilizar um serviço de segurança particular dentro da esfera de legalidade semferir o "poder de polícia" que constitucionalmente pertence ao estado.

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    E é exatamente as duas principais dessas normas que estudaremos apartir de agora: a Lei nº 7.102/83 e sua regulamentação dada pelo Decreto nº89.056/83.

    A Lei 7.102/83 (e seu regulamento) dispõe sobre a segurança paraestabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição efuncionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilânciae de transporte de valores, e dá outras providências.

    A aula está dividida em três grandes tópicos: primeiramente trataremosda regulamentação sobre os estabelecimentos financeiros; em seguida asdisposições sobre a segurança privada; e por último sobre os vigilantes.

    Vamos lá!!

    II – A SEGURANÇA NOS ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS

    2.1. Os Estabelecimentos Financeiros e o Sistema DeSegurança

    Caro aluno, para falarmos de segurança em estabelecimentosfinanceiros, precisamos saber quais deles são o alvo de toda a regulamentaçãopela Lei 7.102/83.

    Primeira e importantíssima informação: os estabelecimentosfinanceiros a que se refere a Lei compreendem:

      Os bancos oficiais ou privados;

      As caixas econômicas;

      As sociedades de crédito;

      As associações de poupança, suas agências, postos deatendimento, subagências e seções e;

      As cooperativas singulares de crédito e suas respectivas

    dependências.

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    Os bancos oficiais ou privados  são os estabelecimentos financeiros

    espalhados por todo o país e que muito conhecemos. São instituições ondecorrentistas e investidores mantêm suas movimentações financeiras. Comoexemplo de banco oficial temos o Banco do Brasil e de bancos privados, oSantander e o Bradesco.

    As caixas econômicas  são instituições autônomas, reguladas porconselhos administrativos. Fortemente direcionadas pelo papel social, as caixaseconômicas seguem algumas diretrizes sociais estabelecidas pelo governo:financiamento de saneamento básico, financiamento de habitação de baixarenda etc. Atualmente, está funcionando apenas a Caixa Econômica Federal jáque a Caixa Econômica do Estado de São Paulo transformou-se em banco.

    As caixas econômicas desempenham atividades semelhantes às dosbancos comerciais, mas as Caixas não podem operar no mercado de câmbio,compra e venda de moeda estrangeira. Elas podem receber depósitos à vista ea prazo, operar com caderneta de poupança, emitir ou endossar cédulas eletras hipotecárias.

    As sociedades de crédito, financiamento e investimento ou,simplesmente, financeiras são conceituadas pela Portaria nº 309, de30.11.1959, do Ministro da Fazenda, como instituições de crédito de tipo

    especial, integrantes do sistema bancário nacional.Em linhas gerais, as sociedades de crédito devem realizar as operações

    de financiamento de bens e serviços a pessoas físicas ou jurídicas efinanciamento de capitais de giro a pessoas jurídicas, admitidas as operaçõessob a forma de crédito rotativo.

    As associações de poupança são instituições financeiras que objetivama captação de recursos para serem aplicados na área da habitação. Elas têmcomo fonte de recursos os depósitos em cadernetas de poupança e as letrashipotecárias. Sua principal finalidade é a concessão de financiamentos

    imobiliários.

    As cooperativas singulares de crédito  são entidades destinadas aestimular a formação de poupança e, através da mutualidade, oferecerassistência financeira aos associados, além de prestar serviços inerentes à suavocação societária.

    Pois bem, a Lei 7.102/83, em seu art. 1º, determina que é vedado  ofuncionamento de qualquer desses estabelecimentos financeiros onde hajaguarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua

    sistema de segurança  com parecer favorável à sua aprovação,elaborado pelo Ministério da Justiça.

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    Mas professor, que sistema de segurança é esse?

      O sistema de segurança referido inclui:

      pessoas adequadamente preparadas, assim chamadasvigilantes;

      alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o

    estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição,empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo;

    E pelo menos MAIS UM dos seguintes dispositivos:

      equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens  quepossibilitem a identificação dos assaltantes;

      artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo

    sua perseguição, identificação ou captura; e  cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante:

     durante o expediente para o público e;

     enquanto houver movimentação de numerário no interior doestabelecimento.

      O estabelecimento financeiro, ao requerer a autorização parafuncionamento, deverá juntar ao pedido  o plano de segurança, os

    projetos de construção, instalação e manutenção do sistema de alarmee demais dispositivos de segurança adotados.

    O sistema de alarme e os demais dispositivos de segurança acimaprevistos (elétricos e eletrônicos para filmagens, outros artefatos e cabinablindada), adotados pelo estabelecimento financeiro, obedecerão a projetos deconstrução, instalação e manutenção executados por empresas idôneas,

    observadas as especificações técnicas asseguradoras de sua eficiência.

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    As regras acima devem ser obdecidas, como vimos, por todos osestabelecimentos financeiros. No entanto, muita atenção, porque a própria Leiadmite exceção à regra!!

    A exceção é para as cooperativas singulares de crédito, pois a Lei7.102/83 nos diz que o Poder Executivo estabelecerá, considerando areduzida circulação financeira, requisitos próprios de segurança para ascooperativas singulares de crédito e suas dependências que contemplem, entreoutros, os seguintes procedimentos:

      Dispensa  de sistema de segurança para o estabelecimento decooperativa singular de crédito que se situe dentro de qualquer

    edificação que possua estrutura de segurança instalada  emconformidade com o estabelecido no quadro acima.

      Necessidade de elaboração  e aprovação  de apenas um únicoplano de segurança por cooperativa singular de crédito, desdeque detalhadas todas as suas dependências;

      Dispensa  de contratação de vigilantes, caso isso inviabilizeeconomicamente a existência do estabelecimento.

    Vamos então ás nossas primeiras questões:

    01. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] Segundo oque dispõe a Lei nº 7.102/83, é vedado o funcionamento de qualquerestabelecimento financeiro que não possua sistema de segurança com parecerfavorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça.

    Comentário:

    A questão estaria até certinha, não fosse por ter usado de forma ampla aexpressão “qualquer estabelecimento financeiro”. Caro aluno, não esqueça: aobrigatoriedade da existência de sistema de segurança se aplica apenasàqueles estabelecimentos financeiros onde haja guarda de valores etransporte de numerário. É o que nos ensina o art. 1º da Lei 7.102/83! 

    Gabarito: Errado 

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    02. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] A pequena

    cooperativa singular de crédito Alfa encontra-se instalada dentro de um prédiocomercial cuja edificação possui sistema de alarmes, circuito de fechado de TV,além de vigilância patrimonial. Segundo o regramento estabelecido pela Lei nº7.102/83, a cooperativa Alfa poderá ficar dispensada de instalar sistema desegurança.

    Comentário:

    A Lei 7.102/83, em seu art. 1º, § 2º, incisos I a II, determina que oPoder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação financeira,requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito e

    suas dependências.

    Um desses requisitos é a dispensa de sistema de segurança para oestabelecimento de cooperativa singular de crédito que se situe dentro dequalquer edificação que possua estrutura de segurança instalada emconformidade com o regramento da referida norma.

    Considerando o caso hipotético do enunciado, conclui-se que a questãoacerta ao afirmar que a cooperativa Alfa poderá ficar dispensada de instalarsistema de segurança. A edificação onde ela está situada possui um sistema desegurança em conformidade com a lei: sistema de alarmes, circuito de fechadode TV e vigilância patrimonial.

    Gabarito: Certo

    03. [CESPE – AGENTE/PAPILOSCOPISTA – POLICIA FEDERAL – 2012] Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulaçãofinanceira, a cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratarvigilantes, independentemente de se provar que a contratação inviabilizaráeconomicamente a manutenção do estabelecimento.

    Comentário:Essa foi da última prova para Agente de Polícia Federal. Ela praticamente

    abordou o mesmo assunto da questão 02, da nossa banca Ponto e MarcosGirão, questão essa elaborada antes do certame PF 2012!

    Repetindo: a Lei 7.102/83, em seu art. 1º, § 2º, incisos I a II, determinaque o Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulaçãofinanceira, requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares decrédito e suas dependências. Um desses requisitos é a dispensa decontratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência

    do estabelecimento.

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    Assim, se a cooperativa singular de crédito do nosso caso hipotético(instalada em cidade interiorana e com reduzida circulação financeira) provarque a contratação inviabilizará economicamente a manutenção do

    estabelecimento, ela não estará obrigada a contratar os vigilantes. Gabarito: Errado 

    04. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BANCO CENTRAL – 2010] Osmeliantes X, Y e Z planejam um assalto contra determinadoestabelecimento. Ao relatar para os comparsas quais os mecanismosque compõem o sistema do referido estabelecimento, Z indica terobservado apenas: (1) alarme com comunicação imediata com adelegacia policial das redondezas, (2) presença de oito vigilantesarmados no local, (3) porta de travamento de segurança, com detector

    de metais e (4) mecanismo de segurança com feixes de laseracionados enquanto o estabelecimento se encontra fechado. Com taisinformações, conclui-se que, de acordo com a Lei no 7.102/1983, oestabelecimento em questão NÃO é um estabelecimento financeiroonde há guarda de valores em virtude da

    (A) presença de oito e não dez vigilantes armados no local.

    (B) presença de mecanismo de segurança com feixes de laser.

    (C) presença de detector de metais na porta de travamento de segurança.

    (D) ausência de sistema de telefonia especial, artefatos que retardem a açãode criminosos e locais especiais de proteção ao cliente em caso de açõesviolentas.

    (E) ausência de equipamentos que possibilitem a identificação dos criminosos,artefatos que retardem a ação dos criminosos ou cabina blindada com

     permanência ininterrupta de vigilante.

    Comentário:

    Acabamos de estudar que a autorização de funcionamento de umestabelecimento financeiro em que haja guarda de valores ou movimentaçãode numerário exige a existência de um sistema de segurança que tenha asseguintes características:

       pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes;

      alarme  capaz de permitir, com segurança, comunicação entre oestabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa devigilância ou órgão policial mais próximo;

    E pelo menos MAIS UM  dos seguintes dispositivos:

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      equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens  que possibilitem a identificação dos assaltantes;

      artefatos que retardem a ação dos criminosos , permitindo sua perseguição, identificação ou captura; e

      cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante:

       durante o expediente para o público e;

        enquanto houver movimentação de numerário no interior doestabelecimento.

    Pois bem, de acordo com enunciado da questão, Z constatou que oestabelecimento a ser assaltado possuía apenas: alarme com comunicação

    imediata com a delegacia policial das redondezas; presença de oito vigilantesarmados no local; porta de travamento de segurança, com detector de metaise mecanismo de segurança com feixes de laser acionados enquanto oestabelecimento se encontra fechado.

    Pergunto, seria essa configuração suficiente para determinar que esseseja um estabelecimento financeiro onde há guarda de valores? É só compararcom os requisitos acima revisados e você constatará que não! E por quê?Vamos aos itens:

    Item A – Por acaso há, nos requisitos acima, exigência de quantidade mínimade vigilantes? Claro que não! O fato de haver apenas oito vigilantes não odescaracterizaria como estabelecimento financeiro de guarda de valores.(Errado)

    Item B – A existência desse equipamento não é determinante para consideraro estabelecimento em questão como financeiro de guarda de valores. Nãopodemos garantir que seja ele um artefato que retarde a identificação doscriminosos. (Errado)

    Item C – Esse equipamento não tem a finalidade de retardar ação de

    criminosos. Ele é preventivo, mas não nos dá essa garantia. (Errado)Item D – Sistema de telefonia especial e locais especiais de proteção ao clienteem caso de ações violentas? A Lei não prevê esses requisitos. É só conferiracima! (Errado)

    Item E – Se você tinha alguma dúvida dos outros itens, mas tinha memorizadoos requisitos mínimos para um sistema de segurança, aqui tudo se esclarece!Nesse item, o elaborador copiou e colou corretamente tais requisitos, não éverdade? (Certo)

    Gabarito: Letra “E” 

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    2.2. A Vigilância Ostensiva e o Transporte de Numerário

    Para entender sua regulamentação, é preciso que conheçamos o conceitode vigilância ostensiva, estabelecido no art. 5º do Decreto 89.056/83:

      VIGILÂNCIA OSTENSIVA consiste em atividade exercida no interiordos estabelecimentos  e em transporte de valores, por pessoasuniformizadas e adequadamente preparadas  para impedir ouinibir ação criminosa.

    O número mínimo de vigilantes adequado ao sistema de segurança decada estabelecimento financeiro será definido no plano de segurança daempresa, observados, entre outros critérios, as peculiaridades doestabelecimento, sua localização, área, instalações e encaixe.

    O transporte de valores  consiste na prestação de serviço visando agarantir a segurança na movimentação de numerário, tanto do seurecolhimento quanto de seu suprimento, não somente entre os

    estabelecimentos financeiros como também entre os estabelecimentoscomerciais.

    Estudados os conceitos, é hora de saber que, conforme a Lei 7.102/83, avigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados por empresaespecializada contratada OU pelo próprio estabelecimento financeiro,desde que organizado e preparado para tal fim:

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      com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante

    autorizado pelo Ministério da Justiça e;  cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua

    aprovação emitido pelo Ministério da Justiça.

    A contratação de empresa especializada consiste no fenômeno muitocomum nos dias atuais chamado de outsourcing. É quando o estabelecimentoobtém mão de obra “de fora” da empresa, ou seja, mão de obraTERCEIRIZADA.

    A opção por não terceirizar e utilizar-se de pessoal próprio para proversua segurança, chama-se de segurança orgânica.

    O Estabelecimento financeiro que mantiver serviço próprio de vigilância ede transporte de valores somente poderá operar com vigilanteshabilitados  ao exercício profissional nos termos trazidos pela Lei e seuRegulamento (estudaremos esses termos mais adiante).

      Nos estabelecimentos financeiros ESTADUAIS, o serviço de vigilânciaostensiva poderá  ser desempenhado pelas Polícias Militares, acritério do Governo da respectiva Unidade da Federação.

    Versa a lei que o transporte de numerário  em montante superior a20.000 Ufir, para suprimento ou recolhimento do movimento diário dosestabelecimentos financeiros, será obrigatoriamente efetuado em veículoespecial da própria instituição ou de empresa especializada.

    Consideram-se veículos especiais  os veículos com especificações desegurança e dotados de guarnição mínima de vigilantes a serem estabelecidaspelo Ministério da Justiça. São os nossos velhos carros-fortes!!

    A figura a seguir mostra um exemplo de um desses veículos:

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    Esses veículos especiais para transporte de valores deverão ser mantidosem perfeito estado de conservação e serão periodicamente vistoriados pelosórgãos de trânsito e policial competentes.

    Já o transporte de numerário entre 7.000 e 20.000 Ufirs poderá serefetuado em veículo comum, com a presença de 02 vigilantes.

    Já sei que você vai me perguntar: professor, mas que história é essa dalei falar de valores em Ufir se já ouvi falar que essa unidade de referência nãoexiste mais em nosso país?

    Bom, você até que tem razão, pois de fato a Medida Provisória nº 1.973-67, de 26 de outubro de 2000, extinguiu a Unidade de Referência Fiscal –UFIR. Acontece que a referida medida provisória não tinha poderes para alterara letra de uma lei ordinária com a Lei nº 7.102/83 e, por isso, a redação destalei continua inalterada. A partir de então, cada Estado da federação passouregulamentar os valores de conversão da Ufir para o Real ficando o valor da

    Ufir, em média, congelado em R$ 1,0641.

    Se a redação da Lei continua inalterada, para fins de prova devemosconsiderar os valores expressos em Ufir, do jeitinho que lá está e queacabamos de estudar. Assim, caro aluno, o jeito é memorizá-los!

    Voltando ao assunto, temos:

      Nas regiões onde for comprovada a impossibilidade do uso deveículo especial  pela empresa especializada ou pelo próprioestabelecimento financeiro, o Ministério da Justiça  poderáautorizar  o transporte de numerário por via aérea, fluvial  ououtros meios, condicionado à presença de no mínimo, 02vigilantes.

    Uma pausa para exercitarmos:

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    [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014]  No que

    concerne às disposições da Lei nº 7.102/83 e seus regulamentos, julgue os itens a seguir.

    05. O serviço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas PolíciasMilitares, nos estabelecimentos financeiros estaduais, a critério doDepartamento de Polícia Federal.

    06. Vigilância ostensiva é a atividade exercida no interior dos estabelecimentose em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e adequadamente

     preparadas para impedir ou inibir ação criminosa.

    07.  Há na Lei a obrigatoriedade de que o transporte de numerário, parasuprimento ou recolhimento do movimento diário dos estabelecimentosfinanceiros, em montante superior a 50.000 Ufir, seja efetuado em veículoespecial e que esse veículo seja necessariamente de propriedade da própriainstituição.

    08. A Lei veda qualquer possibilidade de efetuação de transporte de numerárioem veículos comuns.

    09. Existem cidades na Região Amazônica em que não há possibilidade de sefazer transporte de numerário nos veículos especiais das empresasespecializadas ou dos próprios estabelecimentos financeiros interessados.Comprovada a inviabilidade do uso desse tipo de transporte, o Ministério da

     Justiça deverá autorizar o transporte de numerário por outros meios.

    Comentário 05:

    Opa! Não é a critério do Departamento de Polícia Federal, mas sim doGovernador de Estado  da respectiva federação que o serviço de vigilânciaostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, nosestabelecimentos financeiros estaduais.

    Gabarito: Errado 

    Comentário 06:

    Perfeito! Vigilância ostensiva é a atividade exercida no interior dosestabelecimentos e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas eadequadamente preparadas para impedir ou inibir ação criminosa (art. 5º doDecreto nº 89.056/83).

    Gabarito: Certo 

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    Comentário 07:

    Dois erros nessa assertiva: o primeiro diz respeito ao montante mínimode numerário a ser transportado para que sejam utilizados veículos especiais.O correto seria afirmar 20.000 Ufir  ao invés de 50.000 Ufir, como diz aquestão. O segundo está na exigência de que os veículos especiais a seremusados no transporte de numerário sejam necessariamente de propriedade daprópria instituição. De jeito nenhum! Esses veículos podem ser também deempresas especializadas.

    Gabarito: Errado 

    Comentário 08:Não há essa vedação na Lei 7.102/83. Pelo contrário! Em seu art. 5º, ela

    estabelece que o transporte de numerário entre 7.000 e 20.000 Ufirs poderáser efetuado em veículo comum, desde que com a presença de 02vigilantes.

    Gabarito: Errado 

    Comentário 09:

    Cuidado, pois não é bem assim! A lei estabelece que, nas regiões ondefor comprovada a impossibilidade do uso de veículo especial pela empresaespecializada ou pelo próprio estabelecimento financeiro, o Ministério daJustiça poderá  autorizar o transporte de numerário por via aérea, fluvial ououtros meios, condicionado à presença de no mínimo, 02 vigilantes.

    Gabarito: Errado 

    2.3. As Seguradoras e os Estabelecimentos Financeiros

    Antes de conhecermos as regras sobre o fornecimento de seguros paraestabelecimentos financeiros, vamos revisar os conceitos de roubo e de furtoqualificados trazidos pelo nosso Código Penal:

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    Roubo

     Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediantegrave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquermeio, reduzido à impossibilidade de resistência:

    (...) 

    Furto

     Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

    (...)

    Furto qualificado

    (...)

    I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

    II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

    III - com emprego de chave falsa;

    IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas

    Pois bem, a Lei 7.102/83 autoriza aos estabelecimentos financeiros quecontratem seguros contra roubo  e furto qualificado, mas estabelece quenenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentosfinanceiros, apólice de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de rouboe furto qualificado de numerário e outros valores, sem comprovação decumprimento, pelo segurado, das exigências nela previstas  (sistema eplano de segurança, documentação e etc.).

    Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos

    financeiros, serão concedidos descontos sobre os prêmios aossegurados que possuírem, além dos requisitos mínimos de segurança, outrosmeios de proteção previstos na Lei e no seu regulamento.

      As apólices que INFRIGIREM  as disposições acima não terão

    cobertura de resseguros pelo Instituto de Resseguros do Brasil.

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    Mais uma questão:

    10. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLCIA FEDERAL – 2014] Segundo oque estabelece Lei 7.102/83, o fato de possuírem requisitos mínimos desegurança é condição suficiente para que os estabelecimentos financeiros

     possam ter direito a descontos sobre os prêmios aos assegurados, nos casosde seguros contra roubo e furto qualificado. 

    Comentários:

    Muito cuidado, caro aluno, pois as bancas gostam muito das expressões: “condição suficiente” e “condição necessária”. Seus significados são bem

    diferentes: Condição suficiente: basta que ela aconteça para que determinado fatose concretize;

     Condição necessária: ela é um dos requisitos que, junto a outros, fazcom que determinado fato se concretize.

    Pois bem, em seu art. 9º, a Lei 7.102/83 estabelece que, nos seguroscontra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serãoconcedidos descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além

    dos requisitos mínimos de segurança, outros meios de proteção  nelaprevistos. Logo, a assertiva equivoca-se ao afirmar que o fato de possuíremrequisitos mínimos de segurança é condição suficiente para que osestabelecimentos financeiros possam ter direito aos supracitados descontos.Na verdade, estamos diante de uma condição necessária já que, além dessesrequisitos mínimos, tais estabelecimentos devem possuir outros meios deproteção regulamentados.

    Gabarito: Errado 

    2.4. O Ministério da Justiça e os EstabelecimentosFinanceiros

    Caro aluno, como você já deve ter percebido, o Ministério da Justiçaparece ser o órgão responsável pelo cumprimento de grande parte do

    regulamentado pela Lei 7.102/83.

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    E é mesmo!! Tal norma traz uma série de competências e atribuiçõesdesse órgão em sua regulamentação!!

    Em se tratando de estabelecimentos financeiros, a Lei 7.102/83, emseu art. 6º, determina que compete ao Ministério da Justiça:

      fiscalizá-los quanto ao cumprimento da referida lei;

      encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimentoda lei, pelo estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza oseu funcionamento;

     

    aplicar-lhes as penalidades nela previstas.

    Para a execução da fiscalização dos estabelecimentos financeiros, oMinistério da Justiça poderá celebrar convênio  com as Secretarias deSegurança Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal.

    Atenção: O Ministério da Justiça, por intermédio do DEPARTAMENTODE POLÍCIA FEDERAL, ou mediante convênio com as Secretarias deSegurança Pública dos Estados, Territórios e do Distrito Federal, procederá

    pelo menos a uma fiscalização ANUAL  no estabelecimento financeiro,quanto ao cumprimento das disposições relativas ao sistema de segurança.

    E quanto às penalidades acima citadas, o estabelecimento financeiro queinfringir disposições da Lei 7.102/83 ficará sujeito às seguintes, conforme agravidade da infração e levando-se em conta a reincidência e a condiçãoeconômica do infrator:

    ADVERTÊNCIA;

    MULTA, de 1.000 a 20.000 Ufirs;

    INTERDIÇÃO do estabelecimento.

    Aos costumes:

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    [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] De acordo com

    a norma que dispõe sobre a segurança dos estabelecimentosfinanceiros, julgue os itens a seguir.

    11. O estabelecimento financeiro que infringir as disposições da Lei 7.102/83ficará sujeito a penalidades que vão da advertência até a interdição doestabelecimento, de acordo a gravidade da infração, a sua situação dereincidente e a sua condição econômica.

    12. O Ministério da Justiça, por intermédio de órgão competente, procederá pelo menos a uma fiscalização anual no estabelecimento financeiro, quanto aocumprimento das disposições relativas ao sistema de segurança. A lei prevê a

     possibilidade de que essa fiscalização possa ser feita mediante convênio comas Secretarias de Segurança Pública dos Estados, Territórios e do DistritoFederal.

    Comentário 11:

    Verdade! Só recapitulando: o estabelecimento financeiro que infringirdisposições da Lei 7.102/83 ficará sujeito às penalidades de advertência, multa(de 20.000 Ufirs) e interdição do estabelecimento, a depender, é claro, dagravidade da infração, da sua situação de reincidente e da sua condiçãoeconômica.

    Gabarito: Certo 

    Comentário 12:

    O Ministério da Justiça, por intermédio de órgão competente, que é oDepartamento de Polícia Federal, procederá, de fato, pelo menos a umafiscalização anual no estabelecimento financeiro, quanto ao cumprimento dasdisposições relativas ao sistema de segurança. E nada impede que oMinistério da Justiça  celebre convênio com as Secretarias de Segurança

    Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal para a execução dafiscalização dos estabelecimentos financeiros.

    Uma observação importante: não há na Lei 7.102/83, expressa citação aconvênios com as Secretarias de Segurança Pública dos Territórios, mas háno seu regulamento, o Decreto nº 89.056/83!

    Em seu art. 13, o referido Decreto completa a lacuna da lei, assimestabelecendo:

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     Art. 13. O Ministério da Justiça, por intermédio do Departamentode Polícia Federal, ou mediante convênio com as Secretarias deSegurança Pública  dos Estados, Territórios  e do DistritoFederal, procederá pelo menos a uma fiscalização anual noestabelecimento financeiro, quanto ao cumprimento dasdisposições relativas ao sistema de segurança. 

    Dessa forma, não tenha dúvida: quando houver Territórios em nossopaís, suas Secretarias de Segurança poderão sim firmar convênios com oMinistério da Justiça.

    Gabarito: Certo 

    Pronto. Sobre o regramento para os estabelecimentos financeiros, era oque tínhamos a falar!

    Vamos estudar agora as disposições a respeito das empresas desegurança privada. Aos trabalhos

    III – AS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA

    3.1. As Atividades de Segurança

    Assim como foi preciso indicarmos quais eram os estabelecimentos

    financeiros, foco de regulamentação da lei 7.102/83, precisamos agora, antesde mais nada, buscarmos na própria lei o conceito de atividades desegurança privada.

    Pois bem, em seu art. 10, a Lei 7.102/83 nos diz que são consideradascomo segurança privada  as atividades desenvolvidas em prestação deserviços com a finalidade de:

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      proceder à vigilância patrimonial  das instituições financeiras e

    de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como asegurança de pessoas físicas;

      realizar o transporte de valores  ou garantir o transporte  dequalquer outro tipo de carga.

    As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança,vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresasprivadas, além das hipóteses acima, poderão se prestar ao exercício dasatividades de segurança privada:

      a pessoas;

     

    a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação deserviços e residências;

      a entidades sem fins lucrativos e;

      a órgãos e empresas públicas.

    As empresas privadas acima mencionadas (de segurança, vigilância etransporte de valores) serão regidas, portanto, pela Lei 7.102/83, pelos

    regulamentos dela decorrentes e pelas disposições da legislação civil,comercial, trabalhista, previdenciária e penal.

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    Da mesma forma, ficam obrigadas ao cumprimento do disposto na Lei7.102/83 e demais legislações pertinentes às empresas que tenham objetoeconômico DIVERSO da vigilância ostensiva e do transporte de valores, que

    utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para execução dessasatividades.

      Os serviços de vigilância e de transporte de valores PODERÃO serexecutados por uma mesma empresa.

      A propriedade e a administração das empresas especializadas quevierem a se constituir são VEDADAS A ESTRANGEIROS.

      Os diretores  e demais empregados  das empresas especializadasnão poderão ter ANTECEDENTES CRIMINAIS registrados.

      O capital integralizado das empresas especializadas não pode serINFERIOR a 100.000 Ufirs.

    Uma bateria de questões para análise:

    13. [FGV – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/PA – 2010] Os serviçosde vigilância e de transporte de valores não poderão ser executados por umamesma empresa.

    Comentário:

    Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão sim serexecutados por uma mesma empresa. É o que nos diz o art. 10, § 1º da Lei7.102/83.

    Gabarito: Errado 

    14. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] Sãoconsideradas como segurança privada as atividades desenvolvidas em

     prestação de serviços com a finalidade exclusiva de proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos privados.

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    Comentário:

    Atenção para o uso da palavra “exclusiva” na assertiva! A lei conceitua

    segurança privada como as atividades desenvolvidas em prestação de serviçoscom a finalidade não só de proceder à vigilância patrimonial das instituiçõesfinanceiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, mas tambémde prover a segurança de pessoas físicas e de realizar o transporte devalores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga.

    Gabarito: Errado

    15. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014]  A empresade segurança Gama, empresa privada, é especializada em fornecer serviços devigilância patrimonial e transporte de valores para instituições financeiras. Não

    há impedimentos legais para que ela preste também atividades de segurança privada a entidades sem fins lucrativos e a órgãos e empresas públicas.

    Comentário:

    Isso mesmo! O art. 10, §2º, estabelece que as empresas especializadasem prestação de serviços de segurança, vigilância e transporte de valores,constituídas sob a forma de empresas privadas, poderão também prestar aoexercício das atividades de segurança privada a pessoas, a estabelecimentoscomerciais, industriais, de prestação de serviços e residências, a entidadessem fins lucrativos e a órgãos e empresas públicas.

    Gabarito: Certo 

    [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] Sobre asempresas de segurança privada, segundo os ditames da Lei 7.102/83, julgue os itens a seguir.

    16.  A exigência para que os diretores das empresas especializadas emsegurança privada não tenham antecedentes criminais registrados não seaplica aos demais empregados dessas empresas.

    17.  A vedação a estrangeiros para a propriedade e a administração dasempresas especializadas em segurança privada não é absoluta, pois háexceção para aqueles estrangeiros que não tenham antecedentes criminaisregistrados.

    Comentário 16:

    Não caia nessa, pois não só os diretores como também os demaisempregados das empresas especializadas não poderão  ter  antecedentescriminais registrados (art. 12 da Lei 7.102/83).

    Gabarito: Errado

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    Comentário 17:

    Caro aluno, não tenha dúvidas: a vedação é absoluta! A lei estabeleceque a propriedade e a administração das empresas especializadas que vierema se constituir são vedadas a estrangeiros. A questão erra ao trazer umahipótese de exceção inexistente na lei.

    Gabarito: Errado

    3.2. O Ministério da Justiça e as EmpresasEspecializadas

    Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do Departamento dePolícia Federal,  autorizar, controlar e fiscalizar o funcionamento dasempresas especializadas:

     em serviços de vigilância e em transporte de valores;

     dos cursos de formação de vigilantes e;

     das empresas que exercem serviços orgânicos de segurança.

    O pedido de autorização para o funcionamento das empresasespecializadas será dirigido ao Departamento de Polícia Federal.

    O pedido de autorização para o funcionamento das empresas queexecutam serviços orgânicos de segurança será dirigido ao Ministério daJustiça. 

    São condições essenciais para que as empresas especializadas e as queexecutem serviços orgânicos de segurança operem nos Estados, Territórios eDistrito Federal:

      a autorização  de funcionamento  concedida pelo Ministério daJustiça e;

      comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivoEstado, Território ou Distrito Federal.

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    É do Ministério da Justiça a competência de também REVER

    anualmente a autorização das empresas especializadas, dos cursos deformação de vigilantes e das empresas que exercem serviços orgânicos desegurança.

    Vimos que as competências do Ministério da Justiça acima descritas sãoexercidas por intermédio do Departamento de Polícia Federal, não é verdade?

    Pois bem, a Lei 7.102/83 permite que grande parte dessas competênciaspode também ser exercida por convênio com as Secretarias de SegurançaPúblicas dos Estados.

    Eu disse grande parte, porque não são todas!! A autorização defuncionamento  das empresas especializadas e de serviços orgânicos desegurança não será objeto de convênio.

    Para finalizar esse tópico, é preciso conhecermos as vedações que oDecreto 89.056/83 traz à autorização de funcionamento dessas empresas.São elas:

      Não será autorizado o funcionamento de empresa especializada quenão disponha de recursos humanos e financeiros ou deinstalações adequadas  ao permanente treinamento de seusvigilantes.

      Não será autorizado o funcionamento de empresa especializada emtransporte de valores e de empresa que executa serviços orgânicos detransporte de valores sem a apresentação dos certificados depropriedade e dos laudos de vistoria dos veículos especiais.

      Não será autorizado o funcionamento de empresa especializada e decurso de formação de vigilantes quando seus objetivos oucircunstâncias relevantes indicarem destino ou atividadesilícitos, contrários, nocivos ou perigosos ao bem público e asegurança do Estado e da coletividade.

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    As empresas especializadas que infringirem as disposições acima ficarão

    sujeitas às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou,mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme agravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e a condiçãoeconômica do infrator:

    ADVERTÊNCIA;

    MULTA, de 500 até 5.000 Ufirs;

    PROIBIÇÃO temporária de funcionamento;CANCELAMENTO do registro para funcionar

    Saiba, caro aluno, que incorrerão nas mesmas penas as empresasespecializadas, as empresas que executam serviços orgânicos de segurança eos estabelecimentos financeiros responsáveis pelo  extravio de armas emunições de sua propriedade e responsabilidade.

    Agora é hora de tratamos da regulamentação dada à profissão devigilante dada pela Lei 7.102/83 e seus regulamentos.

    IV – AS REGRAS PARA O SERVIÇO DE VIGILÂNCIA

    Caro aluno, peço sua especial atenção para esse tópico, pois ele foi e

    tem sido grande alvo de questões de concursos!Por que, professor? Porque, parte do dia-a-dia de trabalho na Polícia

    Federal é também intrinsecamente relacionado com a fiscalização do serviço devigilância patrimonial contratada e, para um candidato ao cargo, não hámelhor oportunidade conhecer como se dá a regulamentação a respeito dessaturma.

    Antenas ligadas e muita atenção:

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    4.1. O Conceito de Vigilante e os requisitos para aProfissão

    Começaremos o tópico também com mais um conceito trazido pela lei7.102/83: o de vigilante.

    Conforme versa o art. 15 da Lei 7.102/83, VIGILANTE é o empregadocontratado para a execução das seguintes atividades:

      Vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outrosestabelecimentos, públicos ou privados;

     Transporte de valores;

     Segurança privada de pessoas;

     Segurança privada de estabelecimentos comerciais, industriais, deprestação de serviços e residências;

     Segurança privada de entidades sem fins lucrativos e;

     Segurança privada de órgãos e empresas públicas.

      Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintesrequisitos:

    ser brasileiro;

    ter idade mínima de 21 anos;

    ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;

    ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante,realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nostermos da lei;

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    ter sido aprovado em exame de saúde física, mental  e

    psicotécnico;não ter antecedentes criminais registrados; e

    estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

    É preciso, caro aluno, que você guarde a sete chaves os requisitosacima, pois desconfio que lhes serão cobrados em sua prova...

    Os exames de sanidade física e mental e o psicotécnico serão realizadosde acordo com o disposto em norma regulamentadora e em instruções doMinistério do Trabalho.

    O vigilante deverá submeter-se ANUALMENTE a rigoroso exame desaúde física e mental, bem como manter-se adequadamente preparado para oexercício da atividade profissional.

    O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro noDepartamento de Polícia Federal,  que se fará após a apresentação dosdocumentos comprobatórios das situações acima enumeradas.

    Vamos ver como foi cobrado: 

    18. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] Mike Davis,brasileiro naturalizado, mesmo tendo cumprido todos os demais requisitosexigidos, não poderá exercer a profissão de vigilante, pois sua condição denaturalizado é impeditiva para tal intento, segundo o regulamentado pela Leinº 7.102/83.

    Comentário:

    Uma das condições trazidas pela Lei 7.102/83 para que alguém possaexercer a profissão de vigilante é a de ser brasileiro (art. 16, inciso II). Releiaesse dispositivo e você verá que a norma utiliza o termo “brasileiro” semnenhuma outra especificação, ou seja, brasileiro em sentido amplo. Assim,tanto aqueles que são natos quanto os naturalizados podem exercer o ofício devigilante, desde que preenchidos os demais requisitos. A condição denaturalizado não é, portanto, impeditiva para Mike Davis.

    Gabarito: Errado 

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    19. [PONTO E MARCOS GIRÃO - POLICIA FEDERAL – 2014]  Registro

     prévio no Departamento de Polícia Federal, sujeição semestral a rigorososexames de saúde física e mental e adequado preparo são disposições a seremobrigatoriamente obedecidas para o exercício da atividade profissional devigilante.

    Comentário:

    Muita atenção! O registro prévio no Departamento de Polícia Federal, asujeição a rigorosos exames de saúde física e mental e o adequado preparosão de fato disposições a serem obedecidas para o exercício da atividadeprofissional de vigilante. No entanto, a lei não prevê que os vigilantes tenham

    que se submeter a exames físicos e mentais semestrais, e sim anuais.

    Gabarito: Errado

    20. [FGV – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/PA – 2010] Para oexercício da profissão, o vigilante deverá ser brasileiro.

    Comentário:

    Exatamente! Cabe destacar que a Lei 7.102/83 usa apenas a expressão “ser brasileiro”, o que nos faz concluir com tranquilidade que a expressão se

    refere tanto ao brasileiro nato quanto ao naturalizado.

    Gabarito: Certo

    21. [CESGRANRIO – TÉCNICO – ÁREA 02 – BANCO CENTRAL – 2010]Observe as informações a seguir sobre diferentes pessoas.

    W: espanhol de nascimento, brasileiro naturalizado, porteiro, sexomasculino, 35 anos, portador de certificado de dispensa do serviçomilitar, segundo grau completo.

     X: brasileiro nato, pedreiro, sexo masculino, 24 anos; deixou de votarnas últimas eleições, mas justificou sua ausência; estudou até a sétima série do primeiro grau.

    Y: brasileira nata, secretária, sexo feminino, 21 anos; semantecedentes criminais; estudou até a oitava série do primeiro grau.

     Z: brasileiro nato, motorista, sexo masculino, 31 anos; semantecedentes criminais registrados, mas tendo sido investigado emuma ocorrência policial; estudou até a quinta série do primeiro grau.

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     Analisando as informações acima, conclui-se, com base na Lei no

    7.102/1983, que somente W, Y e Z, somente têm os requisitosnecessários para serem vigilantes:

    Comentário:

    Questãozinha bem interessante e boa de resolver! Ela quer saber qual(is)do(s) indivíduo(s) cumpre(m) alguns ou, de repente, até todos os requisitosnecessários para serem vigilantes. Vamos estudar caso a caso, para formularnossa resposta:

      W é espanhol de nascimento, mas é brasileiro naturalizado. A lei

    estabelece a condição de brasileiro como um dos requisitos e não fazdiferenças entre o nato e o naturalizado, o que nos faz concluir que otermo brasileiro foi suado em sentido amplo. Há também mais trêsrequisitos em W que o permite candidatar-se a vigilante: mais de 35 anos,possui a quitação com o serviço militar e tem o segundo grau completo.Logo, já temos o nosso primeiro candidato a vigilante.

    Ps: Não caia na pegadinha do sexo masculino, pois não há na Lei 7.102/83nenhuma diferenciação entre ambos os sexos para o exercício daatividade de vigilância. No Banco Central, por exemplo, temos váriasguardas femininas nas equipes de vigilância patrimonial. São as famosas

     “guardetes”!

     X é brasileiro nato, tem mais de 21 anos, estuda até a sétima série doprimeiro grau, e está quite com suas obrigações eleitorais. Esse candidatotambém pode ser candidato a vigilante.

      Y é brasileira nata, secretária, sexo feminino (o sexo não interessa),tem 21 anos, sem antecedentes criminais e estudou até a oitava série doprimeiro grau. Mais uma pessoa plenamente apta a candidatar-se avigilante.

     Z é brasileiro nato, tem mais de 21 anos, não tem antecedentes criminaisregistrados e estudou até a quinta série do primeiro grau. O fato de Z tersido investigado em uma ocorrência policial, não significa que ele tenhanecessariamente antecedentes criminais registrados. Assim, conclui-se que Z também tem requisitos necessários para tornar-se um vigilante.

    Diante do exposto, temos que W, X, Y e Z possuem requisitos paratornarem-se vigilantes.

    Gabarito: Errado 

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    4.2. O CURSO DE FORMAÇÃO de vigilantes

    Vimos que um dos requisitos para tornar-se vigilante é ter o certificadode conclusão de curso de formação de vigilantes. Pois bem, para que alguémpossa se inscrever em um desses cursos de formação, o regulamento da Lei7.102/83 estabelece que ele também deve cumprir os requisitos acimaestudados com exceção, é claro, do certificado de curso de formação, já que é

     justamente pra esse curso que ele está se inscrevendo.

    O curso de formação de vigilantes somente poderá ser ministrado por

    instituição capacitada e idônea, autorizada a funcionar pelo Ministério daJustiça. É também da competência do Ministério da Justiça  fixar ocurrículo  do curso de formação de vigilantes e a carga horária  para cadadisciplina.

    Cabe ressaltar que a fixação dos currículos dos cursos de formação écompetência exclusiva do Ministério da Justiça, não cabendo, portanto,convênio para este fim com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados eDistrito Federal.

      Não será autorizado  a funcionar o curso que não disponha  deinstalações SEGURAS e ADEQUADAS, de uso exclusivo, paratreinamento teórico e prático dos candidatos a vigilantes.

    Na hipótese de não haver disponibilidade de utilização de estande de tirono município sede do curso, pertencente a organizações militares ou policiaiscivis, será autorizada a instalação de estande próprio.

    Feito o curso, o candidato a vigilante deverá submeter-se a umaavaliação final. Somente poderá submeter-se à prova de avaliação final ocandidato que houver concluído o curso com frequência de 90% da cargahorária de cada disciplina.

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    A avaliação final do curso em formação de vigilantes será constituída deexame teórico e prático das disciplinas do currículo. O candidato aprovadono curso de formação de vigilantes receberá certificado nominal de conclusão

    do curso expedido pela instituição especializada e registrado no Ministério daJustiça.

      O curso de formação de vigilantes será fiscalizado  pelo Ministérioda Justiça.

      As armas e as munições utilizadas pelos instrutores e alunos do cursode formação de vigilantes serão de propriedade e responsabilidadeda instituição autorizada a ministrar o curso.

    Caro aluno, dentre as atividades que um vigilante pode exercer, há asatividades específicas de SEGURANÇA PESSOAL PRIVADA e ESCOLTA ARMADA.

    Para exercer tais atividades, além do curso de formação, o vigilantedeverá:

      possuir experiência mínima, comprovada, de 01 ano  naatividade de vigilância;

      ter comportamento social e funcional irrepreensível;

      ter sido selecionado, observando-se a natureza especial do serviço;

      portar credencial funcional, fornecida pela empresa, no moldesfixados pelo Ministério da Justiça e;

      frequentar os cursos de reciclagem, com aproveitamento, a

    cada período de 02 anos, a contar do curso de extensão.

    E mais: além de ter que preencher todos os requisitos acima, paraexercer as atividades de SEGURANÇA PESSOAL PRIVADA e ESCOLTA ARMADA,o vigilante deverá ter concluído, com aproveitamento, curso de extensãocorrespondente em empresas de curso devidamente autorizada a ministrá-locom o respectivo currículo fixado pelo Ministério da Justiça.

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    Os cursos de formação de vigilantes que infringirem as disposições acimaficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério daJustiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública,

    conforme a gravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e acondição econômica do infrator:

    ADVERTÊNCIA;

    MULTA, de 500 até 5.000 Ufirs;

    PROIBIÇÃO temporária de funcionamento;

    CANCELAMENTO do registro para funcionar

    Também incorrerão nas penas previstas os cursos de formação devigilantes responsáveis pelo extravio de armas e munições  de suapropriedade e responsabilidade.

    Se as bancas não têm, nós temos as questões:

    [ PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014]  A respeito doscursos de formação de vigilantes, segundo a Lei 7.102/83 e seusregulamentos, julgue os itens a seguir.

    22.  O curso de formação de vigilantes somente poderá ser ministrado porinstituição capacitada e idônea, autorizada a funcionar pelo Ministério da

     Justiça, e que será também a responsável por fixar o currículo do curso deformação de vigilantes e a carga horária para cada disciplina.

    23. É requisito para que um curso de formação de vigilantes possa funcionar a

    disponibilidade de instalações seguras e adequadas e de uso exclusivo paratreinamento teórico e prático dos candidatos a vigilantes.

    Comentário 22:

    Caro aluno, não se esqueça: é competência do Ministério da Justiça fixar o currículo do curso de formação de vigilantes e a carga horária para cadadisciplina. E mais ainda: a fixação dos currículos dos cursos de formação écompetência exclusiva  do Ministério da Justiça, não cabendo, portanto,convênio para este fim com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e

    Distrito Federal.

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    Se você der uma lida de novo na questão, vai observar que nela há a

    insinuação de que a instituição capacitada e idônea "será também aresponsável  pela fixação do currículo e da carga horária do curso", quando naverdade essa competência  não é dela  e, sim, exclusiva do Ministério daJustiça. Uma pegadinha básica da banca...rsrsr

    Gabarito: Errado

    Comentário 23:

    A questão traz exatamente uma das regras estudadas nesse tópico. Elavem expressa no art. 23, § 1º, do Decreto 89.056/83. 

    Gabarito: Certo 

    24. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] Tício,vigilante da empresa Delta há um ano e três meses, pretende se habilitar paraexercer as atividades de escolta armada. Por seu comportamento exemplar eirrepreensível, o gerente operacional de sua empresa, Fabiano, aceitou seuintento e o selecionou para participar do curso de extensão específico para ahabilitação desejada. Diante do exposto, pode-se concluir que Tício já reúnealguns requisitos para candidatar-se a ser um vigilante com a especialidade deescolta armada. 

    Comentário:

    Exatamente! Vimos que, para exercer as atividades de segurança privadapessoal e escolta armada, além do curso de formação, o vigilante deverápossuir experiência mínima comprovada de 01 ano na atividade de vigilância;ter comportamento social e funcional irrepreensível; ter sido selecionado,observando-se a natureza especial do serviço; portar credencial funcional,fornecida pela empresa, nos moldes fixados pelo Ministério da Justiça efrequentar os cursos de reciclagem, com aproveitamento, a cada período de 02

    anos, a contar do curso de extensão.Na situação hipotética da questão, podemos constatar que Tício possui

    três desses requisitos: exerce a profissão de vigilante há mais de 01 ano, temcomportamento exemplar e irrepreensível e foi selecionado para participar docurso de extensão específico para a habilitação desejada. Podemos asseverarcom toda a tranquilidade que Tício reúne mesmo alguns dos requisitos paracandidatar-se a ser um vigilante com a especialidade de escolta armada.

    Gabarito: Certo

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    4.1.1. As GARANTIAS asseguradas aos vigilantes

    A Lei 7.102/83 assegura algumas garantias aos vigilantes. O seuregulamento, o Decreto 89.056/83, também listou tais garantias, mas astrouxe de forma mais objetiva e completa. E é por isso vou listar logo abaixoaquelas presente na redação do referido decreto. Se você compará-las com ada lei, verá que as garantias são as mesmas, mas que há poucas (masimportantes) diferenças entre ambas.

    Vou fazer o seguinte: para que você se sinta mais seguro, deixareisublinhadas as complementações trazidas pelo decreto, ok?

    Pois bem, ao vigilante é assegurado:

      UNIFORME ESPECIAL  aprovado pelo Ministério da Justiça, aexpensas do empregador;

      PORTE DE ARMA, quando no exercício da atividade de vigilância nolocal de trabalho;

      PRISÃO ESPECIAL por ato decorrente do exercício da atividade devigilância; e

      SEGURO DE VIDA EM GRUPO, feito pelo empregador.

    Sobre o seguro de vida em grupo assegurado ao vigilante, suacontratação será disciplinada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados.

    Sobre o uniforme do vigilante e as armas por eles utilizadas, temosalgumas considerações importantes a fazer. Vamos a elas!!

    4.1.2. O UNIFORME dos vigilantes

    Quanto ao uniforme dos vigilantes, a principal e importantíssima regraque você jamais deve esquecer (pelo menos para sua prova) é a seguinte:

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      O vigilante usará uniforme SOMENTE quando em EFETIVO

    SERVIÇO.

    E mais: considera-se efetivo serviço o exercício da atividade devigilância ostensiva no local de trabalho.

    O uniforme será adequado às condições climáticas do lugar onde ovigilante prestar serviço e de modo a não prejudicar o perfeito exercício de

    suas atividades profissionais.Das especificações do uniforme constará apito com cordão, emblema

    da empresa e plaqueta de identificação do vigilante.

    A plaqueta de identificação será autenticada pela empresa, terávalidade de 06 meses e conterá:

      nome do vigilante;

      número de registro na Delegacia Regional do Trabalho do

    Ministério do Trabalho e;  fotografia tamanho 3x4 do vigilante.

      O modelo de uniforme especial dos vigilantes não será aprovado pelo Ministério da Justiça quando semelhante  aos utilizados pelasForças Armadas e Forças Auxiliares.

    Com base nas informações acima, vamos responder à questão a seguir:

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    25. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] O vigilante

     Joaquim, ao receber uma ligação telefônica de sua esposa informando-lhe queestava passando mal, saiu com muita pressa do trabalho sem desfazer-se desua farda de vigilante e conduziu sua esposa ao hospital. Terminado oatendimento, Joaquim retorna a sua empresa e, ao ser avistado pelo seusupervisor, foi por ele advertido por ter saído da empresa usando o uniformede vigilante. Com base na situação hipotética acima podemos afirmar que aconduta do seu supervisor foi errada e inapropriada, pois Joaquim estava emsituação de urgência, no seu horário de trabalho e, por isso, considerou não terinfringido a lei.

    Comentário:

    Para responder a essa questão, vamos rever duas regras importantes:

    1º - O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo serviço.

    2º - Considera-se efetivo serviço o exercício da atividade de vigilânciaostensiva no local de trabalho.

    Mesmo com as razões alegadas, Joaquim não poderia ter saído de suaempresa com o uniforme de vigilante, pois desrespeitou expressa vedaçãolegal. Assim, concluímos que seu supervisor não errou em repreendê-lo poressa falta.

    Gabarito: Errado 

    26. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] Segundo oque dispõe a Lei 7.102°83, das especificações do uniforme do vigilanteconstará apito com cordão, emblema da empresa e plaqueta deidentificação do vigilante. A plaqueta de identificação será autenticada pela empresa, terá validade de seis meses e conterá:

     I. Nome do vigilante. II. Nome da empresa de segurança privada ou transporte de valores.

     III . Modelo de arma para o qualquer está autorizado a portar.

     IV. Fotografia tamanho 3x4 do vigilante.

    V.  Número de registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério doTrabalho.

    Estão corretos os itens:

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    (A) I, IV e V

    (B) I, III e IV

    (C) I e II

    (D) II, III, IV e V

    (E) Todos estão corretos 

    Comentário:

    Vamos responder, revisando o que acabamos de estudar: a plaqueta deidentificação, obrigatoriamente presente no uniforme do vigilante, seráautenticada pela empresa, terá validade de 06 meses e conterá: o nome dovigilante o número de registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministériodo Trabalho e a fotografia tamanho 3x4 do vigilante.

    Bom, agora é só comparar e constatar que estão corretos os itens  I, IV eV.

    Gabarito: Letra “A” 

    4.1.3. As ARMAS utilizadas pelo vigilantes

    Será permitido ao vigilante, quando EM SERVIÇO:

     portar revólver calibre 32 ou 38 e;

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     utilizar cassetete de madeira ou de borracha.

      Quando empenhados em transporte de valores, os vigilantes poderãotambém utilizar ESPINGARDA de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional.

    As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade eresponsabilidade:

    a) das empresas especializadas;

    b) dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviçoorganizado de vigilância, ou mesmo quando contratarem empresasespecializadas e;

    c) da empresa executante dos serviços orgânicos de segurança.

    As armas e munições de propriedade e responsabilidade das empresas

    acima, assim também como as dos cursos de formação de vigilante serãoguardadas em lugar seguro,  de difícil acesso  a pessoas estranhas aoserviço.

    O armamento e as munições acima citados serão recolhidos aoMinistério da Justiça, para custódia, no caso de paralisação ou extinção daempresa especializada, da empresa executante dos serviços orgânicos desegurança do curso de formação de vigilantes ou da instituição financeira.

    Vamos ver como foi cobrado em provas:

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    27. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010]  Durante o

     procedimento de carregamento do caixa eletrônico de uma instituiçãobancária, situado em um posto de gasolina, os quatro vigilantesencarregados da proteção do numerário que se encontra no carro-forte são atacados por meliantes fortemente armados, que disparam em suadireção. Os vigilantes reagem e ocorre intensa troca de tiros. Naoportunidade, o cidadão X, que passava pelo local, recebe um disparofatal. Dias depois, no curso do inquérito policial para investigar a suamorte, o exame pericial é divulgado, indicando que o disparo partiu deum revólver calibre 22. Considerando essas informações e com base naLei no 7.102/1983, conclui-se que:

    (A) o disparo que atingiu X partiu da arma de um dos meliantes.

    (B) o número de vigilantes empregados na proteção ao numerário erainadequado.

    (C) os vigilantes desrespeitaram norma de segurança na reação ao ataque aocarro-forte.

    (D) os proprietários do posto de gasolina desrespeitaram norma de segurançaaplicável ao carregamento de dinheiro em caixas eletrônicos.

    (E) X se aproximou de forma inadequada e imprudente do carro-forte.

    Comentário:

    Pelas informações do enunciado, temos dados suficientes para afirmarque os quatro vigilantes eram funcionários regularizados de empresaespecializada em transporte de valores. Por isso, podemos concluir quenaquele momento eles estavam a portar armas devidamente autorizadas pelaLei, ou seja, revólveres calibre .32, .38 ou até mesmo espingardas de calibre.12, .16 ou .20 (já que transportavam valores).

    Item A - Ora, se o disparo que matou X partiu de um revólver calibre .22,podemos também concluir, com as demais informações do enunciado, queessa arma não era dos vigilantes, e sim dos meliantes. Já temos a nossaresposta! (Certo)

    Item B - Como podemos aceitar tal afirmativa, se vimos que nem a Lei7.102/83 e nem seu regulamento, o Decreto 89.056/83, especificamquantidade ideal ou obrigatória de vigilantes para cada empresa especializada?Se o enunciado da questão pede que tomemos por base a Lei 7.102/83, entãonão podemos concordar com a afirmação da assertiva em análise. (Errado)

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    Item C - Não houve desrespeito à norma de segurança, na reação ao ataque

    ao carro-forte. O porte de arma dos vigilantes é exclusivamente para usoquando no exercício da atividade de vigilância no local de trabalho e paradefesa pessoal. A condição de defesa pessoal é dada pelo Estatuto doDesarmamento e por seus regulamentos. Ser de defesa pessoal indica que aarma só poderá ser utilizada em legítima defesa, ou seja, em reação aataques iniciados por terceiros. E foi exatamente o que aconteceu no casohipotético da questão! (Errado)

    Item D – Não há indícios no enunciado da questão para afirmarmos que osproprietários do posto de gasolina desrespeitaram qualquer norma desegurança. E arrisco dizer que não houve problema algum nos procedimentos

    dos proprietários. (Errado)

    Item E - O enunciado pede que analisemos as suas assertivas com base na Lei7.102/83. Pois bem, de todo o estudado até aqui, você há de concordarcomigo que, à luz da referida norma, não existe nenhuma disposição que tratea respeito da conduta de vítimas em assaltos a carros-fortes. (Errado)

    Gabarito: Letra “A”

    28. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010] Durante umassalto a uma instituição bancária, os vigilantes que faziam a segurança do local trocam tiros e depois entram em luta corporal comos criminosos. No confronto, três assaltantes são mortos. Durante ainvestigação policial que se segue, as autoridades concluem que osvigilantes agiram corretamente na proteção do patrimônio dainstituição bancária, mas decidem informar o Ministério da Justiça sobre irregularidades nas armas que teriam sido usadas pelosvigilantes no confronto, em razão dos dados presentes nos examescadavéricos realizados nos corpos dos assaltantes.

    Em tais exames, os peritos constataram marcas de queimaduras

     similares a armas elétricas de choque (tasers), marcas de golpes decassetetes de madeira, perfurações de balas causadas por revólverescalibre 38 e lacerações vermelhas nos olhos, condizentes com uso degás de pimenta. Diante de tais informações, considerando a Lei no7.102/1983, conclui-se que os vigilantes:

    (A) Usavam revólveres não permitidos para o seu trabalho.

    (B) Usavam armas elétricas de choque e recipientes de gás de pimenta sem permissão no seu trabalho.

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    (C) Usavam cassetetes não permitidos para o seu trabalho.

    (D) Usavam revólveres, cassetetes e armas elétricas de choque permitidos noseu trabalho.

    (E) Deveriam utilizar cassetete de borracha, e não de madeira, em seutrabalho.

    Comentário:

    Item A - Observando com atenção o caso hipotético, podemos constatar queas perfurações de balas encontradas nos cadáveres foram causadas por

    revólveres calibre 38. Logo, conclui-se que os vigilantes usavam sim revólverespermitidos para o seu trabalho. (Errado) 

    Item B - Certíssimo! Recapitulando para não esquecer: a Lei 7.102/83, em seuart. 22, versa que será permitido ao vigilante, quando em serviço, portarrevólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha. Omesmo artigo, em seu parágrafo único, estabelece também que quandoempenhados em transporte de valores, os vigilantes poderão também utilizarespingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional.Perceba que não existe, portanto, previsão legal para o uso de armas elétricasde choque e recipientes de gás de pimenta. À luz da Lei 7.102/83, ao usaremtais armas, agiam de fato ilegalmente. (Certo) 

    Item C - O enunciado nos diz que os cadáveres das vítimas apresentaramsinais de golpes de cassetetes de madeira. Se eram de madeira, então oscassetetes utilizados eram de tipo permitido pela Lei nº 7.102/83 (cassetetesde madeira ou de borracha). (Errado)

    Item D - Os revólveres (de calibre .38) e os cassetetes (de madeira) utilizadospelos vigilantes estavam de acordo com a lei. As armas elétricas de choque,não! Não há previsão na Lei nº 7.102/83 para o uso de armas não letais por

    vigilantes. Há a possibilidade, mas quem a regulamenta é outra norma, aPortaria DPF nº 3.233/12, não cobrada até hoje nos editais PF. (Errado)

    Item E - Nessa você não cai, tenho certeza! A essa altura do campeonato, você já deve estar cansado de saber que, de acordo com o regramento da Lei7.102/83, tanto os cassetetes de madeira  quanto os de borracha  sãoperfeitamente permitidos para os vigilantes. (Errado)

    Gabarito: Letra “B” 

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    29. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010]  X e Y prestam

    determinado serviço profissional no seu local de trabalho. Pordesatenção, X dispara acidentalmente sua arma, atingindo Y. X é presoe encaminhado à delegacia próxima ao local, onde devolve aorepresentante da empresa que o empregava o uniforme e a arma queusava, sendo encaminhado a uma sala, onde deverá aguardar, em prisão especial, pela manifestação do juiz sobre seu caso. Y, por suavez, é levado a um hospital particular pago pela empresa que oempregava, onde é submetido a uma cirurgia, a qual, no entanto, nãoé suficiente para lhe salvar a vida. A família de Y é comunicada, naoportunidade, que será beneficiada pelo recebimento do seguro devida em grupo, feito pela empresa.

    De acordo com a Lei no 7.102/1983, qual dos fatos abaixo NÃO éindicativo de que X e Y eram vigilantes? 

    (A) X e Y usavam uniformes em serviço.

    (B) X e Y tinham porte de arma quando em serviço.

    (C) Y teve a despesa do hospital paga pela empresa que o empregava.

    (D) Y tinha seguro de vida em grupo pago pela empresa que o empregava.

    (E) X foi encaminhado à prisão especial por ato decorrente do serviço.

    Comentário:

    Vamos revisar o importante art. 19 da lei 7.102/83: ao vigilante éassegurado uniforme especial  aprovado pelo Ministério da Justiça, aexpensas do empregador; porte de arma, quando no exercício da atividadede vigilância no local de trabalho; prisão especial  por ato decorrente doexercício da atividade de vigilância; e seguro de vida em grupo, feito pelo

    empregador.Pelo amor de Deus, não se esqueça dessas garantias, pois são grandes

    candidatas a questões de sua prova! Aos itens:

    Item A – Diante do exposto acima, se X e Y usavam uniformes em serviço,estamos sim diante de grande evidência de que eram vigilantes. (Certo)

    Item B - Se X e Y tinham porte de arma quando em serviço, temos mais umforte indício de que os dois eram vigilantes, pois a Lei 7.102/83 dá aosvigilantes o direito de ter porte de arma, quando no exercício da atividade de

    vigilância no local de trabalho. (Certo)

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    Item C - Caro aluno, agora te pergunto: há nas garantias acima revisadas odireito de o vigilante ter suas despesas hospitalares (quaisquer que sejamelas) pagas pelo empregador? Claro que não! A assertiva erra, portanto, ao

    afirmar que o pagamento da despesa do hospital de X e Y pela sua empresaempregadora é um indício de que eles são vigilantes. (Errado)

    Item D - Y tinha seguro de vida em grupo pago pela empresa que oempregava. Mais um forte indício de que Y é um vigilante. (Certo)

    Item E - A prisão especial por ato decorrente do serviço é uma das garantiasdadas aos vigilantes. Acabamos de ver isso! Logo, mais outro indício de que Xé um vigilante. (Certo)

    Gabarito: Letra “C”

    4.1.4. O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA e os vigilantes

    Bom, ao estudarmos o regramento da Lei 7.102/93 e de seuregulamento sobre os vigilantes, já citamos uma série de competências do

    Ministério da Justiça.Porém, em se tratando de vigilantes, as competências desse órgão não

    param por aí, porque cabe ainda ao Ministério da Justiça, por intermédio doDepartamento de Polícia Federal ou mediante convênio com as Secretariasde Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal:

      aprovar uniforme;

     

    fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;  fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada

    unidade da Federação;

      fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade dasempresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros;

      autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e

      fiscalizar e controlar o armamento e a munição destinados à

    formação, ao treinamento e ao uso dos vigilantes.

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    Atenção: A fixação do currículo  dos cursos de formação de

    vigilantes NÃO SERÁ OBJETO DE CONVÊNIO.

    Pronto! Finalizamos mais essa aula com as nossas ultimas questões: 

    [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2014] De acordo comas disposições da Lei 7.102/83, julgue os itens a seguir:

    30. É possível que, mediante convênio firmado com o Ministério da Justiça, asSecretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal aprovem osuniformes, fixem o currículo dos cursos de formação e autorizem a aquisição ea posse de armas e munições de vigilantes.

    31. Fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresasespecializadas e dos estabelecimentos financeiros é competência exclusiva doMinistério da Justiça, não podendo ser ela objeto de convênio.

    Comentário 30: 

    Você já sabe que grande parte das competências do Ministério daJustiça pode ser objeto de convênio com as Secretarias de Segurança PúblicaEstaduais. A questão estaria correta não fosse por incluir dentre ascompetências passíveis de convênio a de fixar o currículo dos cursos deformação de vigilantes. Essa competência, rege o art. 20, parágrafo único daLei 7.102/83, não será objeto de convênio.

    Gabarito: Errado 

    Comentário 31: 

    Aproveito a questão para reforçar com você duas das competências doMinistério da Justiça  às quais a Lei 7.102/83 (art. 20, parágrafo único)estabelece não serem objeto de convênio:

      A concessão de autorização para o funcionamento das empresasespecializadas em serviços de vigilância, em transporte de valores, emserviços orgânicos de segurança e dos cursos de formação de vigilantes e;

     A fixação dos currículos dos cursos de formação de vigilantes.

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    Dessa forma, temos que a competência de fixar a natureza e a

    quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e dosestabelecimentos financeiros, pode sim ser  objeto de convênios entre oMinistério da Justiça e as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e doDistrito Federal.

    Gabarito: Errado

    E para fechar com chave-de-ouro, as recentíssimas questões Cespe sobre o que estudamos:

    [CESPE – TÉCNICO SEGURANÇA – BACEN – 2013] No que diz respeito atransporte de valores e segurança para estabelecimento financeiro, julgue os itens a seguir.

    32. É permitido ao vigilante, quando estiver realizando a segurança de umestabelecimento financeiro, portar revólver calibre .32, .38 ou .40, além decassetete de madeira ou de borracha.

    33. O vigilante em serviço, além de ser autorizado por lei a portar arma, temdireito a seguro de vida em grupo feito pela empresa empregadora, a uniformee a prisão especial, se o ato que motivou sua prisão tiver sido decorrente doserviço de vigilância que estava desempenhando.

    34. O número mínimo de vigilantes adequado ao sistema de segurança deestabelecimentos financeiros será definido no plano de segurança doestabelecimento. No entanto, esse número não deve ser inferior a vinte porcento do número de funcionários da empresa e as peculiaridades doestabelecimento, como localização, área, instalações e encaixe, devem ser

    observadas.Comentário 32: 

    Pegadinha boba da banca! Vamos corrigir: é permitido ao vigilante,quando estiver realizando a segurança de um estabelecimento financeiro,portar revólver calibre .32 ou .38 ou .40, além de cassetete de madeira oude borracha.

    Gabarito: Errado 

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    Comentário 33: 

    Certinha a questão! A banca exigiu do candidato o conhecimento dosdireitos dos vigilantes, enumerados no art. 19 da Lei nº 7.102/83. Segundo ocitado dispositivo, ao vigilante é assegurado:

      UNIFORME ESPECIAL  aprovado pelo Ministério da Justiça, aexpensas do empregador;

      PORTE DE ARMA, quando no exercício da atividade de vigilância nolocal de trabalho;

      PRISÃO ESPECIAL  por ato decorrente do exercício da atividade devigilância; e

      SEGURO DE VIDA EM GRUPO, feito pelo empregador.

    Gabarito: Certo

    Comentário 34: 

    Aqui a banca exagerou legal em um das regras que estudamos!

    Corrigindo: O número mínimo de vigilantes adequado ao sistema desegurança de cada estabelecimento financeiro será definido no plano desegurança da empresa, observados, entre outros critérios, as peculiaridades doestabelecimento, sua localização, área, instalações e encaixe (art. 6º, Lei

    nº7.102/83).

    Como você pode ver, não há nenhuma menção na regra acima de essenúmero mínimo de vigilantes ser inferior a vinte por cento do número defuncionários da empresa. Não há isso! 

    Gabarito: Errado

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    [CESPE – TÉCNICO SEGURANÇA – BACEN – 2013]  As atividades do

     sistema financeiro ligadas à movimentação de numerário e dados demovimentação bancária são revestidas de uma série deespecificidades, em especial relacionadas à segurança. Acerca desseassunto e considerando a legislação relacionada, julgue os itens a seguir.

    35.  A legislação brasileira exige que o transporte de valores seja executado por empresas especializadas nesse tipo de serviço, proibindo queestabelecimentos financeiros executem essa atividade.

    36.  As penas previstas para estabelecimentos financeiros que descumprirem

    as normas do sistema de segurança abarcam desde advertência ou multa até ainterdição.

    37. A autorização, o controle e a fiscalização de empresas especializadas que prestam serviços orgânicos de segurança e de formação de vigilantes são deresponsabilidade dos governos estaduais, por intermédio das polícias civis dosestados, do Distrito Federal e dos territórios.

    38. Para a execução de serviços de transporte de numerário no valor de sete avinte mil uni