layout ra final - forhard.com.br · 7.000 exemplares distribuição gratuita importante cadastre...

13
Anestesia em revista é uma publicação da Socidedade Brasileira de Anestesiologia Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira Rua Professor Alfredo Gomes, 36 Botafogo - Rio de Janeiro 22.251-080 - RJ Tel.: (21) 2537-8100 Fax.: (21) 2537-8188 Conselho Editorial Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna Dra. Consuelo Plemont Maia Dr. Luiz Carlos Bastos Salles Dr. Ismar Lima Cavalcanti Dr. James Toniolo Manica Dr. Roberto Bastos da Serra Freire Diretor Responsável James Toniolo Manica Programação Visual Profile Design Revisor Marcelo Cajueiro Impressão e Acabamento Mosaico Artes Gráficas Capa xxxxxxxxxxxx Tiragem 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet www.sba.com.br Editorial .........................................................................................5 Cartas ............................................................................................6 Perguntas e Respostas ....................................................................9 Matéria da Capa ...........................................................................14 Novos Membros ...........................................................................22 Calendário Científico Oficial da SBA. ..............................................26 Dr. Mário Conceição O que pode nos levar do riso ao choro...........................................16 Dr. Sérgio Tenório O significado da significância estatística .........................................17 Nova diretoria SBA .......................................................................19 Nova diretoria das regionais .........................................................19 Expediente Artigos Divulgação Indice ´ Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 3 Código de ética médica .................................................................20 Parecer Jurídico Remuneração do ato anestésico nos procedimentos de facectomia realizados em mutirão .....................23 Regulamentação do uso da anestesia local e da anestesia geral na prática da odontologia ..............................24 Software aponta erros médicos .....................................................25 Site do Conselho Federal de Medicina ............................................25 Notícias Publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia - ANO 53 - N - 01/2003 - janeiro/fevereiro Anestesia

Upload: doxuyen

Post on 24-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Anestesia em revista é uma publicação da

Socidedade Brasileira de Anestesiologia

Departamento de Anestesiologia da

Associação Médica Brasileira

Rua Professor Alfredo Gomes, 36

Botafogo - Rio de Janeiro

22.251-080 - RJ

Tel.: (21) 2537-8100

Fax.: (21) 2537-8188

Conselho Editorial

Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho

Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna

Dra. Consuelo Plemont Maia

Dr. Luiz Carlos Bastos Salles

Dr. Ismar Lima Cavalcanti

Dr. James Toniolo Manica

Dr. Roberto Bastos da Serra Freire

Diretor Responsável

James Toniolo Manica

Programação Visual

Profile Design

Revisor

Marcelo Cajueiro

Impressão e Acabamento

Mosaico Artes Gráficas

Capa

xxxxxxxxxxxx

Tiragem

7.000 exemplares

Distribuição Gratuita

IMPORTANTE

Cadastre seu e-mail na SBA

Visite o site da SBA na Internet

www.sba.com.br

Editorial .........................................................................................5

Cartas ............................................................................................6

Perguntas e Respostas ....................................................................9

Matéria da Capa...........................................................................14

Novos Membros ...........................................................................22

Calendário Científico Oficial da SBA...............................................26

Dr. Mário Conceição

O que pode nos levar do riso ao choro...........................................16

Dr. Sérgio Tenório

O significado da significância estatística.........................................17

Nova diretoria SBA.......................................................................19

Nova diretoria das regionais .........................................................19

Expediente

Artigos

Divulgação

Indice´

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 3

Código de ética médica .................................................................20

Parecer Jurídico

Remuneração do ato anestésico nos

procedimentos de facectomia realizados em mutirão .....................23

Regulamentação do uso da anestesia local

e da anestesia geral na prática da odontologia ..............................24

Software aponta erros médicos .....................................................25

Site do Conselho Federal de Medicina ............................................25

Notícias

Publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia - ANO 53 - N - 01/2003 - janeiro/fevereiro

Anestesia

Page 2: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

A SBA está entrando em seu53º Aniversário. Voltemos à Julho de 1950para ver como era a Revista naquela época...

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 4 Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 5

No Brasil, atualmente, vêm aumentando as

demandas judiciais impetradas por paciente contra

os seus médicos, o que tem provocado nos últimos

anos, apreensão entre anestesiologistas.

Apesar da obrigação em ressarcir o dano causado

ao paciente, por causa de imprudência, negligência,

ou de imperícia, já estar prevista no Código Civil

Brasileiro desde 1916, só a partir de meados da

década passada, com o aumento do número de

ações cíveis contra médicos, é que o assunto passou

a ser motivo de preocupação por parte desses

profissionais, chegando atualmente, a tomar

contornos de uma verdadeira paranóia.

Vários fatores têm concorrido para que o assunto

tome tal magnitude: o desconhecimento da

legislação relativa ao tema

por parte da maioria dos

colegas dos médicos; o tom

dramático com que o

assunto tem sido abordado;

a conscientização dos

pacientes, que já não

aceitam passivamente um

resultado desfavorável; e por

último e talvez o que

requeira nossa maior atenção, é o interesse de

setores da sociedade, em implantar no Brasil, o

seguro por "mal-prática".

Entendemos que o pavor de ser "processado", da

forma como ele tem se instalado entre nós, é

relativamente descabido.

Existe um problema importante a ser enfrentado,

no qual o médico, apesar de aparentemente ser a

parte mais vulnerável, pode reverter em seu favor

esse quadro, desde que passe a praticar regularmen-

te uma série de condutas profiláticas que permitam

enfrentar com relativa tranqüilidade, uma demanda

judicial.

Nesse sentido, por mais óbvio que pareça ser, a

prevenção das ações judiciais contra o anestesiolo

gista começa pela condução do ato anestésico de

maneira essencialmente ética, particularmente no

tocante a observação intransigente das resoluções

normativas do Conselho Federal de Medicina que

tratam do assunto.

Além disso, e, não menos importante, é a adoção

das seguintes medidas no pré-operatório: estabele-

cer uma boa relação médico-paciente, respeitando-

se, na medida do possível, à vontade dele; realizar a

avaliação clínica pré-anestésica com a devida

antecedência, se possível durante uma consulta pré-

anestésica; elaborar documento em linguagem

simples e clara que indique que o paciente, ou o seu

responsável, foi devidamente esclarecido sobre o

procedimento anestésico - inclusive os riscos - da

técnica que virá a ser executada, e ainda que ele

consentiu em ser submetido

à cirurgia sob anestesia.

No trans-anestésico:

permanecer ao lado do

paciente durante todo o ato

anestésico-cirúrgico; não

r e a l i z a r a n e s t e s i a s

simultâneas; registrar de

forma legível todos os atos

praticados durante a anestesia, elaborado preferen-

cialmente em mais de uma via; evitar a utilização de

técnicas sobre a qual existam poucas evidências

clínicas quanto a sua eficácia e segurança, ou para a

qual não esteja devidamente treinado; não deixar de

tomar para com o paciente os cuidados normais,

que qualquer profissional zeloso tomaria.

Finalmente, não seria exagero afirmar que se

todo ato anestésico for conduzido de forma

essencialmente ética e observado as medidas

profiláticas acima mencionadas, mesmo frente a um

insucesso, o médico dificilmente será acionado

judicialmente, e mesmo que venha a ser, o êxito da

parte demandante é improvável.

A Conduta Ética do Anestesiologista e a profilaxia de demandas judiciais

Dr. Esaú Magalhães FilhoPresidente da SBA

Dr. Esaú Magalhães Filho

...se todo ato anestésico for conduzido

de forma essencialmente ética

e observado as medidas profiláticas

acima mencionadas, mesmo frente

a um insucesso, o médico dificilmente

será acionado judicialmente...

A SBA está entrando em seu53º Aniversário. Voltemos à Julho de 1950para ver como era a Revista naquela época...

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 4 Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 5

No Brasil, atualmente, vêm aumentando as

demandas judiciais impetradas por paciente contra

os seus médicos, o que tem provocado nos últimos

anos, apreensão entre anestesiologistas.

Apesar da obrigação em ressarcir o dano causado

ao paciente, por causa de imprudência, negligência,

ou de imperícia, já estar prevista no Código Civil

Brasileiro desde 1916, só a partir de meados da

década passada, com o aumento do número de

ações cíveis contra médicos, é que o assunto passou

a ser motivo de preocupação por parte desses

profissionais, chegando atualmente, a tomar

contornos de uma verdadeira paranóia.

Vários fatores têm concorrido para que o assunto

tome tal magnitude: o desconhecimento da

legislação relativa ao tema

por parte da maioria dos

colegas dos médicos; o tom

dramático com que o

assunto tem sido abordado;

a conscientização dos

pacientes, que já não

aceitam passivamente um

resultado desfavorável; e por

último e talvez o que

requeira nossa maior atenção, é o interesse de

setores da sociedade, em implantar no Brasil, o

seguro por "mal-prática".

Entendemos que o pavor de ser "processado", da

forma como ele tem se instalado entre nós, é

relativamente descabido.

Existe um problema importante a ser enfrentado,

no qual o médico, apesar de aparentemente ser a

parte mais vulnerável, pode reverter em seu favor

esse quadro, desde que passe a praticar regularmen-

te uma série de condutas profiláticas que permitam

enfrentar com relativa tranqüilidade, uma demanda

judicial.

Nesse sentido, por mais óbvio que pareça ser, a

prevenção das ações judiciais contra o anestesiolo

gista começa pela condução do ato anestésico de

maneira essencialmente ética, particularmente no

tocante a observação intransigente das resoluções

normativas do Conselho Federal de Medicina que

tratam do assunto.

Além disso, e, não menos importante, é a adoção

das seguintes medidas no pré-operatório: estabele-

cer uma boa relação médico-paciente, respeitando-

se, na medida do possível, à vontade dele; realizar a

avaliação clínica pré-anestésica com a devida

antecedência, se possível durante uma consulta pré-

anestésica; elaborar documento em linguagem

simples e clara que indique que o paciente, ou o seu

responsável, foi devidamente esclarecido sobre o

procedimento anestésico - inclusive os riscos - da

técnica que virá a ser executada, e ainda que ele

consentiu em ser submetido

à cirurgia sob anestesia.

No trans-anestésico:

permanecer ao lado do

paciente durante todo o ato

anestésico-cirúrgico; não

r e a l i z a r a n e s t e s i a s

simultâneas; registrar de

forma legível todos os atos

praticados durante a anestesia, elaborado preferen-

cialmente em mais de uma via; evitar a utilização de

técnicas sobre a qual existam poucas evidências

clínicas quanto a sua eficácia e segurança, ou para a

qual não esteja devidamente treinado; não deixar de

tomar para com o paciente os cuidados normais,

que qualquer profissional zeloso tomaria.

Finalmente, não seria exagero afirmar que se

todo ato anestésico for conduzido de forma

essencialmente ética e observado as medidas

profiláticas acima mencionadas, mesmo frente a um

insucesso, o médico dificilmente será acionado

judicialmente, e mesmo que venha a ser, o êxito da

parte demandante é improvável.

A Conduta Ética do Anestesiologista e a profilaxia de demandas judiciais

Dr. Esaú Magalhães FilhoPresidente da SBA

Dr. Esaú Magalhães Filho

...se todo ato anestésico for conduzido

de forma essencialmente ética

e observado as medidas profiláticas

acima mencionadas, mesmo frente

a um insucesso, o médico dificilmente

será acionado judicialmente...

Editorial

"

"

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 3: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Dr. André Parreira de Castro

Dr. André Parreira de Castro

Como é do conhecimento de V.Sa, ratifico a informação

de minha mudança do país. A partir de 20 de dezembro,

encerro minhas atividades no Brasil. A partir de 2 de janeiro

de 2003, assumo os cargos de Professor Associado do

Departamento de Anestesia da Universidade de Toronto e

Diretor de Anestesia Obstétrica do Hospital Mount Sinai,

em Toronto, Canadá.

Nesta oportunidade, gostaria de solicitar meu desliga-

mento do Corpo de Membros Ativos da Sociedade

Brasileira de Anestesiologia, a partir de 20 de dezembro de

2002. Sendo já membro ativo da Canadian

Anesthesiologist´s Society (55796), solicito que me

forneçam as instruções para adesão como Membro

Estrangeiro da SBA.

Aproveito para registrar o meu orgulho e a minha

satisfação de ter participado ativamente da sociedade

Brasileira de Anestesiologia ao longo destes anos,

convivendo com amigos e colegas tão brilhantes e tão

especiais.

Nossa distância será apenas física. É impossível

descartar esta história tão gratificante que foi minha vida

profissional no Brasil, na SBA e as SAESP. Não há barreiras

para as amizades que conquiste.

Não sei como lhe agradecer o envio (sem ônus!) da

preciosidade bibliográfica, verdadeiro cimélio, com que fui

regalado.

Meu sincero muito obrigado!

Estou encaminhando, com meus efusivos prolfaças (=

parabéns, mas que diz mais: que PROLE FAÇA, que

prolifere tal exemplo de trabalho científico, artístico e

sublimado. Vai aos operosos autores e ofereço "ex-conde")

uma obra, que, segundo reza a história, depois da obra de

Réclus na França (1890) que propôs a anestesia local

infietrativa, com os anestésicos mais seguros que a cocaína

produzidos na época.

Segue-se a proposta de Bier em Berlim (1910) para

anestesia em membros (não isenta de riscos).

É de 1912 a 1ª edição da "Anestesia Regional" * de

Victor Pauchet, médico cirurgião de Paris e filósofo (obras

escatológicas produziu e muitos na área da medicina).

Victor Pauchet dirigiu a edição da famosa "Nouvelle

Pratique Chirurgicale Ilustrée", revista com esquemas

explícitos, que ensinaram técnicas inteligentes de

cirurgiões autorizados e apoiados por Pauchet (eu mesmo

aprendi nesta preciosa revista excelente técnica que,

preservando a 1º metafásico, mantém a mancha normal,

A "Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo -

SAESP", vem informar

a V.Sas. com grande pesar o falecimento do Dr. Hernani

Schvartz,

ex-presidente da SAESP, tendo exercido o mandato no

biênio 1980/1981.

A SADIF cumpre o doloroso dever de comunicar o

falecimento de seu membro ativo Dra. Luciana Ferreira

Peres, matrícula nº 10822, ocorrido em Brasília no dia

14/11/2002. Solicitamos divulgação e o cumprimento das

disposições estatutárias.

Outrossim, queremos ratificar o passamento do membro

ativo Dr. Manoel Antônio Pereira Lapa, em 21/08/1996,

tendo em vista detectarmos notas e publicações como se

ainda exercesse atividades associativas.

Há poucas horas recebi uma triste notícia,do falecimento de um

grande amigo,colega e exímio profissional anestesiologista,Dr. Lóris

Ferrari Sinto-me honrado por ter sido um dos poucos entre os

inúmeros colegas cirurgiões plásticos a ter minhas pacientes

por ele anestesiadas

Sempre sentirei saudades de sua conduta ética e humana

Jamais me esquecerei daquele indivíduo que nunca abandonou,por

um momento sequer,um paciente na sala de cirurgia

Lembro ainda que,sem qualquer sombra de dúvida,foi um

dos,senão o mais hábil executor dos bloqueios epidurais torácicos

neste país

Até um dia,meu grande amigo.

É chegada a hora de celebrarmos o fim de mais um ano e começar-

mos a traçar estratégias para 2003. Infelizmente, não temos muito o

que comemorar, pois todos sabemos que 2002 foi mais um ano de

grandes dificuldades para o segmento. Mas o importante, neste

momento de crise, é termos chegado ao final de mais um ano com a

certeza do dever cumprido. Daqui para frente, não podemos desani-

mar, temos que continuar lutando pela defesa de nossos direitos e

sobrevivência de nosso segmento.

Ao longo de 2002, a FEHERJ (Federação dos Hospitais e

Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro)

trabalhou muito para galgar conquistas para o setor. Em 2003, a

entidade continuará firme na representação dos interesses e reivindica-

ções do setor de saúde junto aos órgãos competentes. Queremos

participar cada vez mais das decisões e discussões nacionais e, desta

forma, contribuir para o desenvolvimento do setor, ajudando na

É com muita satisfação que recebemos o ofício da Sociedade

Brasileira de Anestesiologia, informando a composição da nova

direção, ano 2003. A diretoria do Sindicato dos Médicos do Rio de

Janeiro, parabeniza o colega e os demais diretores eleitos e deseja exito

a nova gestão. Esperamos que possamos aproximar mais as nossas

diretorias nos projetos em defesa do trabalho médico. Expressamos os

votos de estima e consideração

Preciosidades Bibliográficas

Aviso de Falecimento I

Aviso de Falecimento II

Simpósio recursos Humanos

Grande Perda

Título

Parabéns a Nova Diretoria da SBA

plantígrada do Homem, que as técnicas hoje usadas pelos

ortopedistas no Brasil usam. Nestas o paciente fica 60 a

90 dias sem conseguir andar - homem não é digitígrado -

enquanto na primeira técnica francesa anda com oito dias,

e corretamente).

Saí do assunto mais para apresentar o prof. Pauchet,

que no "Anesthésie Régionale" usa dos tão bem elaborados

desenhos esquemáticos.

Desculpe-me o estado do volume. É de lastimar-se a

inexorável ação cronolítica.

Meu abraço e todo meu respeito e gratidão aos

dedicados autores.

Obrigado!

*anestesia froncular é sinônimo de anestesia regional e

há a loco-regional quando associada a anestesia regional

ao método de Réclus. Já Bloqueio é termo saxônico (inglês

block).

José Carlos Almeida Carvalho

Cassio Galvão Monteiro

Dr. David FerezPresidente SAESP

Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira

Estimados colegas aprovecho este medio para

informarles sobre el próximo Simposio a realizarse en

nuestra ciudad, y que forma parte de la actividad cientifica

de la Sociedad de Anestesiología de Bahia Blanca. Claudio

Simpósio Recursos Humanos

Mudança para o Canadá Morlan.- La Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca, informa que

durante los días viernes 15 y sábado 16 de noviembre de 2002 se

realizará en nuestra ciudad el Xº Simposio Bahiense de Anestesiología

sobre "Recursos Humanos". Disertarán en dicho evento autoridades de

la Federación Argentina de Asociaciones de Anestesiología, Analgesia y

Reanimación (FAAAAR), Asociación de Anestesiología y Reanimación

de Buenos Aires (AARBA) y de la Sociedad de Anestesiología de Bahía

Blanca.

El tema cobra importancia en estos momentos, donde la

optimización de los recursos destinados a la formación de especialistas

debe ser canalizada de una manera racional y eficiente de acuerdo a la

realidad de nuestro país. Estas Instituciones Científicas son las

encargadas de fijar normas al respecto apuntando a la excelencia en la

formación, capacitación y atención del paciente.

También se comentará los alcances y objetivos de la Ley Superior de

Educación que regula esta capacitación.

Inscripción e informes: Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca.

San Martín 70 piso 3 oficina 46. Tel: 0291-4550375.

Prof. Thara Tritrakarn

Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira

Dear friends and colleagues

I am writing to you in my capacity as Chairman of the Organizing

Committee of the 7th Biennial Congress of Asian and Oceanic Society

of Regional Anesthesia and Pain Medicine ( 7th AOSRA-PM), which is

scheduled to be held in Bangkok, Thailand from the 5th to the 8th of

November, 2003. The AOSRA Congresses are anesthesiological

events held in the Asian and Oceanic region every 2 years. This time it

will be hosted by the Royal College of Anesthesiologists of Thailand. We

expected to have more than 800 participants from all over the

world. In addition, a group of famous anesthesiologists from Europe,

America and other countries, has been invited as guest speakers of the

congress.

The scientific program committee of this congress has considered

the promotion of regional anesthesia and the interventional pain

management as the important and highlighted topics. Lectures ,

symposia and free workshops have been organized through out the

congress for participants to learn various techniques of neural

blockades and interventional pain management from the experts.

I would like to invite you and your colleagues to attend this

congress. Beside the interesting scientific program, we have prepared

social program for participants to enjoy the renown Thai hospitality,

historical heritage and the internationally acclaimed cuisine. For more

information, please visit our web site:

www.cdmthailand.com/html/aosra.html

Or : hhtp://www.cdmthailand.com and click on 7th AOSRA-PM

Or contact : 7th AOSRA-PM Secretatiat, CDM Thailand, 39 Pradipat

10, Phaholyothin Road 11, Phayathai, Bangkok 10400, Thailand.

Tel. 66 02615 7301. Fax: 66 02615 7309

e-mail: [email protected]

It will be appreciated if you would post the information of the

congress in your bulletin or electronic information board.

I look forward to seeing many of our friends and colleagues once

again and taking this opportunity to welcome you all to the 7th AOSRA-

PM Congress at Bangkok in November 2003

Dr. André Parreira de Castro

Dr. André Parreira de Castro

Como é do conhecimento de V.Sa, ratifico a informação

de minha mudança do país. A partir de 20 de dezembro,

encerro minhas atividades no Brasil. A partir de 2 de janeiro

de 2003, assumo os cargos de Professor Associado do

Departamento de Anestesia da Universidade de Toronto e

Diretor de Anestesia Obstétrica do Hospital Mount Sinai,

em Toronto, Canadá.

Nesta oportunidade, gostaria de solicitar meu desliga-

mento do Corpo de Membros Ativos da Sociedade

Brasileira de Anestesiologia, a partir de 20 de dezembro de

2002. Sendo já membro ativo da Canadian

Anesthesiologist´s Society (55796), solicito que me

forneçam as instruções para adesão como Membro

Estrangeiro da SBA.

Aproveito para registrar o meu orgulho e a minha

satisfação de ter participado ativamente da sociedade

Brasileira de Anestesiologia ao longo destes anos,

convivendo com amigos e colegas tão brilhantes e tão

especiais.

Nossa distância será apenas física. É impossível

descartar esta história tão gratificante que foi minha vida

profissional no Brasil, na SBA e as SAESP. Não há barreiras

para as amizades que conquiste.

Não sei como lhe agradecer o envio (sem ônus!) da

preciosidade bibliográfica, verdadeiro cimélio, com que fui

regalado.

Meu sincero muito obrigado!

Estou encaminhando, com meus efusivos prolfaças (=

parabéns, mas que diz mais: que PROLE FAÇA, que

prolifere tal exemplo de trabalho científico, artístico e

sublimado. Vai aos operosos autores e ofereço "ex-conde")

uma obra, que, segundo reza a história, depois da obra de

Réclus na França (1890) que propôs a anestesia local

infietrativa, com os anestésicos mais seguros que a cocaína

produzidos na época.

Segue-se a proposta de Bier em Berlim (1910) para

anestesia em membros (não isenta de riscos).

É de 1912 a 1ª edição da "Anestesia Regional" * de

Victor Pauchet, médico cirurgião de Paris e filósofo (obras

escatológicas produziu e muitos na área da medicina).

Victor Pauchet dirigiu a edição da famosa "Nouvelle

Pratique Chirurgicale Ilustrée", revista com esquemas

explícitos, que ensinaram técnicas inteligentes de

cirurgiões autorizados e apoiados por Pauchet (eu mesmo

aprendi nesta preciosa revista excelente técnica que,

preservando a 1º metafásico, mantém a mancha normal,

A "Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo -

SAESP", vem informar

a V.Sas. com grande pesar o falecimento do Dr. Hernani

Schvartz,

ex-presidente da SAESP, tendo exercido o mandato no

biênio 1980/1981.

A SADIF cumpre o doloroso dever de comunicar o

falecimento de seu membro ativo Dra. Luciana Ferreira

Peres, matrícula nº 10822, ocorrido em Brasília no dia

14/11/2002. Solicitamos divulgação e o cumprimento das

disposições estatutárias.

Outrossim, queremos ratificar o passamento do membro

ativo Dr. Manoel Antônio Pereira Lapa, em 21/08/1996,

tendo em vista detectarmos notas e publicações como se

ainda exercesse atividades associativas.

Há poucas horas recebi uma triste notícia,do falecimento de um

grande amigo,colega e exímio profissional anestesiologista,Dr. Lóris

Ferrari Sinto-me honrado por ter sido um dos poucos entre os

inúmeros colegas cirurgiões plásticos a ter minhas pacientes

por ele anestesiadas

Sempre sentirei saudades de sua conduta ética e humana

Jamais me esquecerei daquele indivíduo que nunca abandonou,por

um momento sequer,um paciente na sala de cirurgia

Lembro ainda que,sem qualquer sombra de dúvida,foi um

dos,senão o mais hábil executor dos bloqueios epidurais torácicos

neste país

Até um dia,meu grande amigo.

É chegada a hora de celebrarmos o fim de mais um ano e começar-

mos a traçar estratégias para 2003. Infelizmente, não temos muito o

que comemorar, pois todos sabemos que 2002 foi mais um ano de

grandes dificuldades para o segmento. Mas o importante, neste

momento de crise, é termos chegado ao final de mais um ano com a

certeza do dever cumprido. Daqui para frente, não podemos desani-

mar, temos que continuar lutando pela defesa de nossos direitos e

sobrevivência de nosso segmento.

Ao longo de 2002, a FEHERJ (Federação dos Hospitais e

Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro)

trabalhou muito para galgar conquistas para o setor. Em 2003, a

entidade continuará firme na representação dos interesses e reivindica-

ções do setor de saúde junto aos órgãos competentes. Queremos

participar cada vez mais das decisões e discussões nacionais e, desta

forma, contribuir para o desenvolvimento do setor, ajudando na

É com muita satisfação que recebemos o ofício da Sociedade

Brasileira de Anestesiologia, informando a composição da nova

direção, ano 2003. A diretoria do Sindicato dos Médicos do Rio de

Janeiro, parabeniza o colega e os demais diretores eleitos e deseja exito

a nova gestão. Esperamos que possamos aproximar mais as nossas

diretorias nos projetos em defesa do trabalho médico. Expressamos os

votos de estima e consideração

Preciosidades Bibliográficas

Aviso de Falecimento I

Aviso de Falecimento II

Simpósio recursos Humanos

Grande Perda

Título

Parabéns a Nova Diretoria da SBA

plantígrada do Homem, que as técnicas hoje usadas pelos

ortopedistas no Brasil usam. Nestas o paciente fica 60 a

90 dias sem conseguir andar - homem não é digitígrado -

enquanto na primeira técnica francesa anda com oito dias,

e corretamente).

Saí do assunto mais para apresentar o prof. Pauchet,

que no "Anesthésie Régionale" usa dos tão bem elaborados

desenhos esquemáticos.

Desculpe-me o estado do volume. É de lastimar-se a

inexorável ação cronolítica.

Meu abraço e todo meu respeito e gratidão aos

dedicados autores.

Obrigado!

*anestesia froncular é sinônimo de anestesia regional e

há a loco-regional quando associada a anestesia regional

ao método de Réclus. Já Bloqueio é termo saxônico (inglês

block).

José Carlos Almeida Carvalho

Cassio Galvão Monteiro

Dr. David FerezPresidente SAESP

Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira

Estimados colegas aprovecho este medio para

informarles sobre el próximo Simposio a realizarse en

nuestra ciudad, y que forma parte de la actividad cientifica

de la Sociedad de Anestesiología de Bahia Blanca. Claudio

Simpósio Recursos Humanos

Mudança para o Canadá Morlan.- La Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca, informa que

durante los días viernes 15 y sábado 16 de noviembre de 2002 se

realizará en nuestra ciudad el Xº Simposio Bahiense de Anestesiología

sobre "Recursos Humanos". Disertarán en dicho evento autoridades de

la Federación Argentina de Asociaciones de Anestesiología, Analgesia y

Reanimación (FAAAAR), Asociación de Anestesiología y Reanimación

de Buenos Aires (AARBA) y de la Sociedad de Anestesiología de Bahía

Blanca.

El tema cobra importancia en estos momentos, donde la

optimización de los recursos destinados a la formación de especialistas

debe ser canalizada de una manera racional y eficiente de acuerdo a la

realidad de nuestro país. Estas Instituciones Científicas son las

encargadas de fijar normas al respecto apuntando a la excelencia en la

formación, capacitación y atención del paciente.

También se comentará los alcances y objetivos de la Ley Superior de

Educación que regula esta capacitación.

Inscripción e informes: Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca.

San Martín 70 piso 3 oficina 46. Tel: 0291-4550375.

Prof. Thara Tritrakarn

Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira

Dear friends and colleagues

I am writing to you in my capacity as Chairman of the Organizing

Committee of the 7th Biennial Congress of Asian and Oceanic Society

of Regional Anesthesia and Pain Medicine ( 7th AOSRA-PM), which is

scheduled to be held in Bangkok, Thailand from the 5th to the 8th of

November, 2003. The AOSRA Congresses are anesthesiological

events held in the Asian and Oceanic region every 2 years. This time it

will be hosted by the Royal College of Anesthesiologists of Thailand. We

expected to have more than 800 participants from all over the

world. In addition, a group of famous anesthesiologists from Europe,

America and other countries, has been invited as guest speakers of the

congress.

The scientific program committee of this congress has considered

the promotion of regional anesthesia and the interventional pain

management as the important and highlighted topics. Lectures ,

symposia and free workshops have been organized through out the

congress for participants to learn various techniques of neural

blockades and interventional pain management from the experts.

I would like to invite you and your colleagues to attend this

congress. Beside the interesting scientific program, we have prepared

social program for participants to enjoy the renown Thai hospitality,

historical heritage and the internationally acclaimed cuisine. For more

information, please visit our web site:

www.cdmthailand.com/html/aosra.html

Or : hhtp://www.cdmthailand.com and click on 7th AOSRA-PM

Or contact : 7th AOSRA-PM Secretatiat, CDM Thailand, 39 Pradipat

10, Phaholyothin Road 11, Phayathai, Bangkok 10400, Thailand.

Tel. 66 02615 7301. Fax: 66 02615 7309

e-mail: [email protected]

It will be appreciated if you would post the information of the

congress in your bulletin or electronic information board.

I look forward to seeing many of our friends and colleagues once

again and taking this opportunity to welcome you all to the 7th AOSRA-

PM Congress at Bangkok in November 2003

Cartas

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 7Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 6

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 4: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 8

Dr. Armando FonsecaPresidente da SBPC/ML

Título

Edson Oliveira de AndradePresidente do Conselho Federal de Medicina

Acusamos e agradecemos o recebimento do Ofício C.SBA

057/2002, protocolado neste Conselho sob o nº 6758/2002,

informando a composição da nova Diretoria dessa Sociedade Brasileira

de Anestesiologia.

Certos de que essa Diretoria saberá orientar os objetivos do

segmento profissional que representa em benefício da sociedade

brasileira, manifestamos a V.Sa. e demais membros eleitos nossos

votos de uma profícua gestão.

Título

Dra. Gildete Sales Lessa

Acusamos recebimento da composição da nova diretoria da

Sociedade Brasileira de Anestesiologia, para o período de 01/01/2003

a 31/12/2003.

Parabenizamos nova a Diretoria, desejando profícua gestão.

Título

Gilcéia C. Miranda

A Academia Nacional de Medicina congratula-se com a SBA

augurando profícua gestão à nova Diretoria.

Título Recebemos e agradecemos o comunicado sobre a constituição da

nova Diretoria da SBA - Sociedade Brasileira de Anestesiologia, o qual

agradecemos.

Parabenizamos a nova Diretoria pela posse ocorrida e estamos

certos de que suas realizações contribuirão ainda mais para o cresci-

mento e enobrecimento dessa entida

solução de impasses, na mediação das crises e na criação de novas

estratégias de crescimento. Para isso, continuaremos promovendo a

união do segmento, através do diálogo franco e aberto entre as

lideranças de todas as entidades representativas de classe, seja na

esfera federal, estadual ou municipal. Acreditamos que só através

dessa troca e reunião de forças seremos capazes de nos tornar

suficientemente fortes para lutar pelas nossas causas e assim preservar

a saúde do Brasil.

Torcemos para que o ano que se anuncia seja de boas notícias e que

possamos respirar um pouco mais aliviados. Desejamos a todos um

Natal de muita paz e saúde e um ano (verdadeiramente) Novo com

boas perspectivas e importantes conquistas.

João Carlos de Souza AbrahãoPresidente da FEHERJ

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 8

Dr. Armando FonsecaPresidente da SBPC/ML

Título

Edson Oliveira de AndradePresidente do Conselho Federal de Medicina

Acusamos e agradecemos o recebimento do Ofício C.SBA

057/2002, protocolado neste Conselho sob o nº 6758/2002,

informando a composição da nova Diretoria dessa Sociedade Brasileira

de Anestesiologia.

Certos de que essa Diretoria saberá orientar os objetivos do

segmento profissional que representa em benefício da sociedade

brasileira, manifestamos a V.Sa. e demais membros eleitos nossos

votos de uma profícua gestão.

Título

Dra. Gildete Sales Lessa

Acusamos recebimento da composição da nova diretoria da

Sociedade Brasileira de Anestesiologia, para o período de 01/01/2003

a 31/12/2003.

Parabenizamos nova a Diretoria, desejando profícua gestão.

Título

Gilcéia C. Miranda

A Academia Nacional de Medicina congratula-se com a SBA

augurando profícua gestão à nova Diretoria.

Título Recebemos e agradecemos o comunicado sobre a constituição da

nova Diretoria da SBA - Sociedade Brasileira de Anestesiologia, o qual

agradecemos.

Parabenizamos a nova Diretoria pela posse ocorrida e estamos

certos de que suas realizações contribuirão ainda mais para o cresci-

mento e enobrecimento dessa entida

solução de impasses, na mediação das crises e na criação de novas

estratégias de crescimento. Para isso, continuaremos promovendo a

união do segmento, através do diálogo franco e aberto entre as

lideranças de todas as entidades representativas de classe, seja na

esfera federal, estadual ou municipal. Acreditamos que só através

dessa troca e reunião de forças seremos capazes de nos tornar

suficientemente fortes para lutar pelas nossas causas e assim preservar

a saúde do Brasil.

Torcemos para que o ano que se anuncia seja de boas notícias e que

possamos respirar um pouco mais aliviados. Desejamos a todos um

Natal de muita paz e saúde e um ano (verdadeiramente) Novo com

boas perspectivas e importantes conquistas.

João Carlos de Souza AbrahãoPresidente da FEHERJ

Perguntas e Respostas

Dra. Consuelo Plemont MaiaSecretária Geral da SBA

Caros colegas gostaria, se possível,

de receber dados atualizados sobre

jejum pré-operatório em crianças,

bem como novos parâmetros sobre

hipertensão arterial relacionados à

anestesia.

Caros colegas gostaria, se possível,

de receber dados atualizados sobre

jejum pré-operatório em crianças,

bem como novos parâmetros sobre

hipertensão arterial relacionados à

anestesia.

Independente do fato de haver ou

não passado no exame, afinal, esse

não era o objetivo principal, me senti

humilhado e desrespeitado pelas

condições em que foi realizado o

teste.

Pela quantia cobrada pela

inscrição - uma anuidade da SBA,

certo? - esperava um mínimo de

condições físicas para sua execução.

Cadeiras inconfortáveis e sem nem

ao menos braços onde pudesse ser

apoiada a folha de respostas.

Não fomos avisados de que o teste

também avaliasse condições físicas

dos participantes.

Quer me parecer que devido ao

pequeno número de participantes -

não mais que 500 - poderia ser

adotada uma folha de respostas mais

adequada.

Ao fazer esse comentário a um dos

Independente do fato de haver ou

não passado no exame, afinal, esse

não era o objetivo principal, me senti

humilhado e desrespeitado pelas

condições em que foi realizado o

teste.

Pela quantia cobrada pela

inscrição - uma anuidade da SBA,

certo? - esperava um mínimo de

condições físicas para sua execução.

Cadeiras inconfortáveis e sem nem

ao menos braços onde pudesse ser

apoiada a folha de respostas.

Não fomos avisados de que o teste

também avaliasse condições físicas

dos participantes.

Quer me parecer que devido ao

pequeno número de participantes -

não mais que 500 - poderia ser

adotada uma folha de respostas mais

adequada.

Ao fazer esse comentário a um dos

Tenemos el agrado de dirigirnos a

Ud. con el fin de solicitarle nos

informen sobre la presencia, situación

laboral y actuación de anestesiólogos

extranjeros en el ámbito de la

Sociedad que preside.

Tenemos el agrado de dirigirnos a

Ud. con el fin de solicitarle nos

informen sobre la presencia, situación

laboral y actuación de anestesiólogos

extranjeros en el ámbito de la

Sociedad que preside.

O assunto "jejum pré-operatório em cri-

anças" encontra-se no artigo: Ortenzi

AV, D'Ottaviano CR jejum pré-

operatório e o paciente de estômago

cheio In: Vianna PTG et al Atualização

em Anestesiologia II. São Paulo,

Âmbito Editores Ltda, 1996, 94-

106p. Este livro foi distribuído pela

SAESP a todos os seus associados.

Com relação ao assunto de hiperten-

são arterial sugerimos o livro texto:

Manica J Anestesiologia - Princípios e

Técnicas 2a. edição, Porto Alegre,

Artes Médicas, 1997.

1 O médico estrangeiro, independente-

mente de sua especialidade, só pode

trabalhar no Brasil após ter seu

diploma de médico revalidado por uma

Universidade Federal.

2 Caso seu diploma seja revalidado o

médico está autorizado a fazer seu

registro no Conselho de Medicina e aí

então pode exercer sua atividade pro-

fissional.

3 O Título de Especialista em Anestesi-

Jejum pré-operatórioem crianças

Título

Título

Pergunta

Pergunta

Pergunta

Resposta

Resposta

ologia, nestes casos, só pode ser con-

cedido pela Sociedade Brasileira de

Anestesiologia. A concessão do TEA é

feita mediante aprovação em duas pro-

vas (escrita e oral) realizadas em anos

diferentes durante o Congresso Brasile-

iro de Anestesiologia.

4 O médico estrangeiro também pode

realizar programa de residência

médica nas diferentes especialidades,

inclusive Anestesiologia. Neste caso

ele só pode atuar no serviço onde está

realizando seu programa de residência

médica. Não obtém registro no Conse-

lho de Medicina e está impedido de

atuar fora do serviço ao qual está vin-

culado.

5 Não sabemos se existem médicos

estrangeiros atuando na especialidade

de anestesiologia em nosso País. Na

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

só são aceitos médicos estrangeiros

após cumprirem as exigências aponta-

das nos itens 1, 2 e 3

Dr. Carlos Alberto P. de MouraPresidente da SBA

fiscais presentes, a resposta foi de

que todos os vestibulares são feitos

dessa forma. Deve-se levar em conta

que nós, anestesiologistas, temos

alguns anos a mais.

Não digo que deveríamos ser

recebidos em um restaurante francês,

embora isso fosse até possível, mas,

mereceríamos ao menos cadeiras

apropriadas.

Todos gostamos de ser considera-

dos crianças em alguns aspectos,

mas, fazer uma divisão em grupos

diferentes para evitar cola, equivale a

nos tratar como colegiais irresponsá-

veis.

Pessoalmente, resolvi tentar o TSA

mais como uma forma de me manter

estudando. Seria um objetivo, uma

meta. Continuará sendo, se os srs

puderem me dizer que o próximo

exame poderá contar com pelo menos

um apoio para responder os testes.

Já estamos acostumados ao

desrespeito das "autoridades"

governamentais, dos médicos

travestidos de administradores que

pululam nos hospitais, etc. Porém,

dói muito mais o tratamento imposto

pelos próprios colegas de especialida-

de.

fiscais presentes, a resposta foi de

que todos os vestibulares são feitos

dessa forma. Deve-se levar em conta

que nós, anestesiologistas, temos

alguns anos a mais.

Não digo que deveríamos ser

recebidos em um restaurante francês,

embora isso fosse até possível, mas,

mereceríamos ao menos cadeiras

apropriadas.

Todos gostamos de ser considera-

dos crianças em alguns aspectos,

mas, fazer uma divisão em grupos

diferentes para evitar cola, equivale a

nos tratar como colegiais irresponsá-

veis.

Pessoalmente, resolvi tentar o TSA

mais como uma forma de me manter

estudando. Seria um objetivo, uma

meta. Continuará sendo, se os srs

puderem me dizer que o próximo

exame poderá contar com pelo menos

um apoio para responder os testes.

Já estamos acostumados ao

desrespeito das "autoridades"

governamentais, dos médicos

travestidos de administradores que

pululam nos hospitais, etc. Porém,

dói muito mais o tratamento imposto

pelos próprios colegas de especialida-

de.

A Diretoria da Sociedade Brasileira de

Anestesiologia, ciente dos motivos que

o levaram a reclamação quanto ao des-

conforto enfrentado pelos candidatos a

prova escrita para obtenção do Título

Superior em Anestesiologia, em nome

desta Sociedade e da Comissão Execu-

tiva do 49º Congresso Brasileiro de

Anestesiologia pede sinceras descul-

pas pelos transtornos enfrentados.

As Comissões Executivas de Congres-

sos futuros, serão orientadas para que

tais inconvenientes não voltem a ocor-

rer.

Quanto a folha de resposta, informa-

mos que neste caso, nada podemos

fazer pois, este é o único formulário

que a leitora ótica reconhece para que

a correção possa ser feita de forma ele-

trônica. Este equipamento foi adqui-

Resposta

Cartas

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 9

Curiosidades da 1º edição doAnestesia em revista - 1950

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 5: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 11Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 10

Dra. Consuelo Plemont MaiaSecretária Geral da SBA

Naira De Bem AlvesCoordenadora Geral1 - Trata o presente de solicitação de

informação pela Sociedade Brasileira de

Anestesiologia, quanto aos valores de

remuneração do ato anestésico nos

procedimentos de facectomia realizados em

mutirão, quanto ao que temos a esclarecer:

1.1 - Na tabela de procedimentos do SIH-SUS

constam 02 códigos de procedimentos para a

realização de facectomia que são: 36004049

- Facectomia sem Implante de Lente

Intraocular e 36020052 - Facectomia para

Implante de Lente Intraocular, não havendo,

entretanto, diferenciação de valores ou códigos

quando da realização ou não por meio de

mutirão.

1.2 - Os valores de serviços profissionais das

Facectomias são:

36004049 - Facectomia sem Implante de

Lente Intraocular = R$ 101,05

36020052 - Facectomia para Implante de

Lente Intraocular = R$ 152,13

1.3 - Se houver lançamento no campo de

serviços profissionais da AIH "tipo de ato 6 -

anestesia", do código 36004049 o valor do

ato anestésico será de R$ 30,31 e no caso do

cód igo 36020052 de R$ 45,63,

correspondente a 30% do valor do SP.

1.4 Realizamos análise dos valores dos atos

anestésicos dos procedimentos citados e

verificamos que em alguns casos, em vez do

lançamento de um dos códigos de

procedimento facectomia no campo serviços

profissionais com "tipo de ato 6", houve

lançamentos do código 45000050 - anestesia

correspondente a 68 pontos, tendo então sido

efetuado o rateio de pontos, ocorrendo

portanto variação de valor.

2 - Há casos ainda, em que o Hospital possui

índice de valorização de emergência, por

exemplo, podendo incidir um adicional de 10

a 25% sobre o valor do procedimento e

conseqüentemente sobre o ato anestésico.

3 - Em face do exposto e considerando que

Resposta

Estamos trabalhando na área de

oftalmologia - SUS, e gostaríamos de obter

informações de como vocês estão sendo

remunerados nas cirurgias de facectomia da

Campanha Catarata, pois temos encontrado

constantes dificuldades nas negociações com

os Diretores de Hospitais, o que gerou aqui

uma desigualdade de remuneração nos

Estamos trabalhando na área de

oftalmologia - SUS, e gostaríamos de obter

informações de como vocês estão sendo

remunerados nas cirurgias de facectomia da

Campanha Catarata, pois temos encontrado

constantes dificuldades nas negociações com

os Diretores de Hospitais, o que gerou aqui

uma desigualdade de remuneração nos

Título

Título

Pergunta

Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA

A melhor maneira de negociar, processar

contas e receber das operadoras de saúde é

através da Cooperativa que em seu Estado

existe. Os custos são menores, a relação é de

pessoa jurídica com pessoa jurídica e a

possibilidade de recurso de glosa bem

sucedido também é maior. Assim, embora sua

firma para tal fim já tenha sido criada,

sugerimos que entre em contato com a

Cooperativa dos Anestesiologistas do Rio de

Janeiro para o suporte adequado.

Resposta

Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA

Sendo a colega do Estado de São Paulo a

nossa sugestão é procurar os serviços de

Anestesia do Hospital das Clínicas da

Faculdade de Medicina da USP ou o do Hospi-

tal São Paulo da UNIFESP, em São Paulo - Cap-

ital. No interior do Estado a nossa sugestão é

procurar os seguintes serviços de Anestesia:

Hospital das Clínicas da UNICAMP, em

Campinas;

Hospital das Clínicas da Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto, em Ribeirão

Preto;

Hospital de Base da Faculdade de Medicina

de São José do Rio Preto. A nossa sugestão é

que haja contato pessoal com o Responsável

pelo Serviço de Anestesiologia, depois de

agendamento prévio.

Resposta

Gostaria de saber os serviços que fazer

anestesia para transplante hepático e a

pessoa responsável para que eu pudesse

conhecer e talvez tentar um estágio.

Gostaria de saber os serviços que fazer

anestesia para transplante hepático e a

pessoa responsável para que eu pudesse

conhecer e talvez tentar um estágio.

Pergunta

Somos oito colegas anestesiologistas,

todos membros da SBA, da distante cidade

de Itaperuna RJ. Atendemos três hospitais na

cidade, sendo a maioria SUS. Há duas

escalas de sobreaviso sem que, com isso,

recebamos nada da prefeitura, que deveria

ser a responsável pelo atendimento. A

cobrança dos honorários dos pacientes de

convênio é feita pelos hospitais e é

desorganizada, levando-nos ao prejuízo.

Somos oito colegas anestesiologistas,

todos membros da SBA, da distante cidade

de Itaperuna RJ. Atendemos três hospitais na

cidade, sendo a maioria SUS. Há duas

escalas de sobreaviso sem que, com isso,

recebamos nada da prefeitura, que deveria

ser a responsável pelo atendimento. A

cobrança dos honorários dos pacientes de

convênio é feita pelos hospitais e é

desorganizada, levando-nos ao prejuízo.

Título

Pergunta Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA

Você pode fazer facilmente esta consulta

entrando no Portal da BIREME :

http://www.bireme.br, em seguida clicar em :

terminologia em saúde, em seguida clicar em:

consulta ao DeCS, em seguida consulta por

palavra: (escrever o termo)

A resposta virá em Português, Inglês e

Espanhol

Resposta

Estou precisando de um dicionário

médico português-inglês para tirar dúvidas

sobre termos médicos anestesiológicos, de

preferência on-line. Gostaria de uma

indicação, já que não encontrei no nosso site.

Estou precisando de um dicionário

médico português-inglês para tirar dúvidas

sobre termos médicos anestesiológicos, de

preferência on-line. Gostaria de uma

indicação, já que não encontrei no nosso site.

Gostaria de saber se o médico que faz

anestesiologia só pela SBA (sem o MEC)

pode fazer mestrado e doutorado

Gostaria de saber se o médico que faz

anestesiologia só pela SBA (sem o MEC)

pode fazer mestrado e doutorado

Título

Título

Pergunta

Pergunta

A SBA é uma Sociedade de Especialidade é

associada à Associação Médica Brasileira.

No Brasil a Residência Médica destina-se ao

ensino da Especialidade Médica que no caso

pode ser a Anestesiologia. A Pós-Graduação

"Lato-Sensu" é um termo em desuso que

significa estudo para uma especialização.

A Pós-Graduação "Strito-Sensu" é uma etapa

posterior, ou seja, destina-se a formação de

Mestres e Doutores para a Carreira

Universitária e é administrada pela CAPES

cujo site é www.capes.gov.br. A SBA

administra Centros de Ensino e Treinamento

em Anestesiologia destinados a formação do

Especialista em Anestesiologia.

Para que estas informações fiquem claras a

SBA editou um folder que está sendo

distribuído a todos os alunos das Faculdades

de Medicina do Brasil.

Esta está seguindo anexo. No caso específico

da UFF, existem: 1- Curso de Pós-Graduação

2- Residência Médica 3- Curso de

Especialização em CET/SBA Aqueles que só

fizerem o Curso de Pós Graduação não terão

Título de Especialista, pois este só é concedido

a quem fez Residência Médica ou Curso de

Especialização em CET/SBA. Com relação a

terceira questão sugerimos entrar em contato

com a AMIB.

Resposta

Sou interno da Universidade Gama Filho e

escrevo para solicitar um favor de grande

valia para minha escolha profissional, que

seria o esclarecimento de algumas dúvidas

listadas a seguir:

Sou interno da Universidade Gama Filho e

escrevo para solicitar um favor de grande

valia para minha escolha profissional, que

seria o esclarecimento de algumas dúvidas

listadas a seguir:

Título

Pergunta

Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA

Sou residente de Anestesiologia e gostaria

de obter dados estatísticos sobre analgesia

em trabalho de parto, especificamente

peridural. Gostaria de poder comparar

índices anuais, o quanto cresceu o

percentual do uso de tal técnica após a

portaria que garante às gestantes atendidas

pelo SUS, e, se possível, cópia desta portaria

(a portaria em vigor).

Sou residente de Anestesiologia e gostaria

de obter dados estatísticos sobre analgesia

em trabalho de parto, especificamente

peridural. Gostaria de poder comparar

índices anuais, o quanto cresceu o

percentual do uso de tal técnica após a

portaria que garante às gestantes atendidas

pelo SUS, e, se possível, cópia desta portaria

(a portaria em vigor).

Título

Pergunta

Os membros deste comitê desconhecem

dados estatísticos na SBA que demonstrem os

índices percentuais de analgesia de parto e

técnicas utilizadas.

Em 1994 o comitê realizou uma pesquisa

publicada em 1995, no Anestesia em Revista,

nº 2/95, onde se identifica para analgesia de

parto, a preferência pela técnica Peridural de

29 Cets dos 67 que responderam ao

questionário na época. Porém não identifica o

percentual de analgesia realizada. Na

pesquisa que fizemos este ano com os Cets,

visando dados para o fórum de Obstetrícia,

identificamos que 46% dos serviços que

responderam o questionário, utilizam a técnica

combinada (raque peridural), mas a

preferência ainda recai sobre a técnica

Peridural. Acreditamos que em breve teremos

todos esses dados, pois esse é um dos

principais objetivos do comitê de anestesia

obstétrica da SBA: Criar um banco de dados

estatísticos da realidade brasileira da anestesia

obstétrica, além de criar as diretrizes brasileira

da anestesiologia obstétrica.

Quanto às portarias do Ministério da Saúde

que abordam sobre a analgesia de parto são a:

2815 de 1998 e 572 de 2000

(remuneração).

Resposta

rido pela SBA, já há alguns anos, e desde

então o resultado da prova tem sido obtido em

tempo record. Justamente, pelo número de ins-

critos não ser muito grande e por ser a prova

aplicada apenas uma vez por ano, não justifica

um investimento caro com a aquisição de

outro tipo de equipamento. Não justifica tam-

bém, voltarmos a efetuar a correção de forma

manual, pois antigamente a Comissão pas-

sava o dia inteiro corrigindo as provas e ainda

corria o risco de cometer erros.

Acreditamos que um local e acomodação apro-

priada resolverão o problema

Dra. Consuelo Plemont MaiaSecretária Geral da SBA

Caros colegas gostaria, se possível, de

receber dados atualizados sobre jejum pré-

operatório em crianças, bem como novos

parâmetros sobre hipertensão arterial

relacionados à anestesia.

Caros colegas gostaria, se possível, de

receber dados atualizados sobre jejum pré-

operatório em crianças, bem como novos

parâmetros sobre hipertensão arterial

relacionados à anestesia.

O assunto "jejum pré-operatório em crianças"

encontra-se no artigo: Ortenzi AV, D'Ottaviano

CR jejum pré-operatório e o paciente de estô-

mago cheio In: Vianna PTG et al Atualização

em Anestesiologia II. São Paulo, Âmbito Edito-

res Ltda, 1996, 94- 106p. Este livro foi distri-

buído pela SAESP a todos os seus associados.

Com relação ao assunto de hipertensão arte-

rial sugerimos o livro texto: Manica J Anestesi-

ologia - Princípios e Técnicas 2a. edição, Porto

Alegre, Artes Médicas, 1997.

TítuloPergunta

Resposta

podem existir muitas variáveis para a

valoração, sugerimos que caso persista a

dúvida, que seja enviada cópia de um contra

cheque em específico, emitido pelo DATASUS,

para que possamos analisar com maior

detalhamento e informar com exatidão o

ocorrido.

4 - Ao DECAS, conforme solicitado.

Fizemos uma reunião e resolvemos

montar uma firma para melhor nos

representar. Gostaríamos que o senhor nos

informasse sobre estas firmas já existentes,

principalmente aí no Sul, sobre os estatutos,

contratos, formas de cobrança dos convênios

ou nos orientasse como conseguir mais

informações.

Fizemos uma reunião e resolvemos

montar uma firma para melhor nos

representar. Gostaríamos que o senhor nos

informasse sobre estas firmas já existentes,

principalmente aí no Sul, sobre os estatutos,

contratos, formas de cobrança dos convênios

ou nos orientasse como conseguir mais

informações.

Perguntas e Respostas

diversos serviços. Alguns oftalmologistas

dispensaram a presença do anestesiologista,

outros recebem o valor de R$45, R$35 ou

até R$27,00 por cada procedimento.

Desconhecemos se outras entidades se

posicionaram nesta questão, e no momento

aguardamos respostas.

diversos serviços. Alguns oftalmologistas

dispensaram a presença do anestesiologista,

outros recebem o valor de R$45, R$35 ou

até R$27,00 por cada procedimento.

Desconhecemos se outras entidades se

posicionaram nesta questão, e no momento

aguardamos respostas.

1 - Qual o conceito da SBA sobre a pós-

graduação latu sensu da UFF?

2- O Certificado de Especialista obtido ao

final da pós-graduação latu sensu tem a

mesma equivalência ao obtido ao final de um

programa de residência médica em

anestesiologia?

3- O Certificado de Especialista obtido ao

final da pós-graduação latu sensu serviria

como pré-requisito para prova de Titulação

em Terapia Intensiva da AMIB? Ou seria

necessário prestar o TSA?

1 - Qual o conceito da SBA sobre a pós-

graduação latu sensu da UFF?

2- O Certificado de Especialista obtido ao

final da pós-graduação latu sensu tem a

mesma equivalência ao obtido ao final de um

programa de residência médica em

anestesiologia?

3- O Certificado de Especialista obtido ao

final da pós-graduação latu sensu serviria

como pré-requisito para prova de Titulação

em Terapia Intensiva da AMIB? Ou seria

necessário prestar o TSA?

Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA

Para a realização do Mestrado ou Doutorado

não existem critérios rígidos de pré-requisitos.

Estes pré-requisitos variam a depender do

Regimento do curso de Pós-Graduação de

cada Instituição

Resposta

Raquel R. PereiraPres. do Com. de Anest. Obstétrica da SBA

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 6: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Solicito que me seja enviado, se possível,

algum parecer que fale sobre o transporte de

paciente no Centro Cirúrgico para exames e

da obrigatoriedade do anestesiologista em

conduzi-lo da UTI ao local do exame

Solicito que me seja enviado, se possível,

algum parecer que fale sobre o transporte de

paciente no Centro Cirúrgico para exames e

da obrigatoriedade do anestesiologista em

conduzi-lo da UTI ao local do exame

Pergunta

Dr. Dr. Roberto Bastos da Serra Freire Diretor Depto.Def.Profissional da SBA

Quanto aos seus questionamentos temos a

informar que não é do nosso conhecimento

qualquer parecer que contemple o argüido, ou

seja da obrigatoriedade de conduzir pacientes

da UTI para realização de exames. Podemos

deduzir que a responsabilidade desse paciente

é do médico da UTI, que certamente tem for-

mação e condições de praticar tal ato. No

entanto se para a realização de determinado

método diagnóstico há necessidade de seda-

ção ou mesmo anestesia, no caso de pacientes

não cooperativos ou crianças, evidente que

nosso concurso é pertinente.

Resposta

Dr. Dr. Roberto Bastos da Serra Freire Diretor Depto.Def.Profissional da SBA

Em primeiro lugar obrigado pela sua corres-

pondência e preocupação a respeito do

assunto em tela. A resposta via SBA é protoco-

lar e não se preocupe quanto à publicação no

Anestesia em Revista, que por norma não é

identificada, mas mesmo assim não será vei-

culada. A questão lançada já causou muitos

desajustes em Jornadas e Congressos. Parece

até que a melhor coisa a se fazer seja mesmo

não permitir a gravação. No entanto essa é

uma decisão que fica a critério das Comissões

Executivas e do palestrante, que é solicitado a

autorizar ou não a filmagem. Os conferencistas

nada percebem do apurado pela dita firma. A

promessa é de envio de uma fita com a sua par-

ticipação. Isso acredito eu reforça ainda mais a

sua tese.

Resposta

Sou médica anestesiologista do estado de

Pernambuco e tenho uma dúvida que

gostaria de esclarecer. Em primeiro lugar,

peço desculpas por estar escrevendo para

seu e-mail particular e não para o da SBA. O

motivo é que acho minha dúvida um pouco

supérflua e tive medo dela ser publicada na

Anestesia em revista. Desde que cheguei do

congresso em Joinville tenho sido abordada

através do telefone por uma firma de São

Paulo, acho que de nome parecido com

Telemed, cujo telefone é 011-55748020,

oferecendo as aulas do congresso em vídeo

ou disco. A minha pergunta é a seguinte: Os

profissionais anestesiologistas que prepara-

ram as aulas recebem participação neste tipo

de comércio?

Não acho justo e não comprarei jamais

uma fita em que o responsável pela aula não

esteja sendo prestigiado pela firma em

questão. Já ligaram para mim oferecendo um

curso completo de neuroanestesia pelo

Mizumoto-SP, a JOPA, etc. Eles sabem?

Lembro de um episódio num congresso em

que a Carmem Narvaes Belo proibiu a

gravação da aula dela e teve que falar

Sou médica anestesiologista do estado de

Pernambuco e tenho uma dúvida que

gostaria de esclarecer. Em primeiro lugar,

peço desculpas por estar escrevendo para

seu e-mail particular e não para o da SBA. O

motivo é que acho minha dúvida um pouco

supérflua e tive medo dela ser publicada na

Anestesia em revista. Desde que cheguei do

congresso em Joinville tenho sido abordada

através do telefone por uma firma de São

Paulo, acho que de nome parecido com

Telemed, cujo telefone é 011-55748020,

oferecendo as aulas do congresso em vídeo

ou disco. A minha pergunta é a seguinte: Os

profissionais anestesiologistas que prepara-

ram as aulas recebem participação neste tipo

de comércio?

Não acho justo e não comprarei jamais

uma fita em que o responsável pela aula não

esteja sendo prestigiado pela firma em

questão. Já ligaram para mim oferecendo um

curso completo de neuroanestesia pelo

Mizumoto-SP, a JOPA, etc. Eles sabem?

Lembro de um episódio num congresso em

que a Carmem Narvaes Belo proibiu a

gravação da aula dela e teve que falar

TítuloPergunta

diretamente com o técnico de sala. No

congresso do ano passado, em Recife, o

assunto foi posto em votação e fizemos um

grande movimento contra essa prática.

Nenhuma palestra foi gravada em Recife.

Acho que vocês, que preparam aulas,

atualizam-se constantemente para engrande-

cer a anestesiologia no país, viajam constan-

temente e abrem mão da vida pessoal para

isto, deveriam normatizar este tipo de

comércio, feito às custas do trabalho de

vocês.

diretamente com o técnico de sala. No

congresso do ano passado, em Recife, o

assunto foi posto em votação e fizemos um

grande movimento contra essa prática.

Nenhuma palestra foi gravada em Recife.

Acho que vocês, que preparam aulas,

atualizam-se constantemente para engrande-

cer a anestesiologia no país, viajam constan-

temente e abrem mão da vida pessoal para

isto, deveriam normatizar este tipo de

comércio, feito às custas do trabalho de

vocês.

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 12

Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA

Desconhecemos a existência deste

equipamento.

Uma abordagem técnica sobre o uso de

anestésicos inalatórios, em misturas com altas

concentrações de oxigênio ou oxigênio e óxido

nitroso, está descrita no capítulo 11, páginas

300 303, do livro Electricity, Safety and the

Patient, de Bruner J.M.R. e Leonard P.F., sob o

título Controversies and Confusions.

Os anestésicos inalatórios utilizados na prática

clínica atual são fornecidos aos pacientes em

misturas com concentrações de oxigênio que

variam de 25% a 100%. A esta mistura pode

ser adicionado o óxido nitroso em

concentrações de até 70%.

A presença de agentes combustíveis com altas

concentrações de oxigênio, ou oxigênio e óxido

nitroso, podem levar a constituição de

misturas inflamáveis e explosivas que podem

ser deflagadas com uma fonte de ignição.

Nas salas de cirurgias e especialmente no cam-

po operatório são utilizadas diversas fontes

que produzem calor e centelhas, propiciando o

cenário para a existência de incêndio e

explosões. Substâncias com componentes

alcoólicos e outros combustíveis ainda fazem

parte da prática diária dos processos de

assepsia em muitos estabelecimentos.

Campos cirúrgicos (tecidos e similares que

cobrem o paciente) são de algodão e/ou fibras

de materiais sintéticos inflamáveis. Em alguns

procedimentos, sobre estes campos pode

ocorrer a formação de misturas ricas em

oxigênio, óxido nitroso e anestésico inalatório

com o risco aumentado para a ocorrência de

incêndio e explosões.

Os gases administrados e expirados pelo

paciente são provenientes de diversos tipos de

sistemas, que estão classificados nos livros de

anestesiologia com metodologias baseadas

em critérios diferentes. Alguns autores utilizam

o fluxo como um elemento de classificação. O

fluxo e o tempo de administração são

importantes na determinação da massa

administrada e expirada pelo paciente,

portanto presente no ambiente, se não for

expurgada. Devemos levar em consideração

que mesmo com fluxos baixos (menor massa

na unidade de tempo) as concentrações dos

agentes combustíveis ainda continuam

elevadas. Do ponto de vista prático deve ser

Resposta

Resposta

Gostaria de saber se por acaso existe

lâmina de laringoscópio própria para

intubação com a mão direita, uma vez que

estou limitado para intubar com a mão

esquerda

Gostaria de saber se por acaso existe

lâmina de laringoscópio própria para

intubação com a mão direita, uma vez que

estou limitado para intubar com a mão

esquerda

Título

Título

Título

Título

Pergunta

Dr. Pedro Thadeu Galvão VianaDiretor Científico da SBA

Dr. Antonio Roberto CarrarettoMembro da CNT-SBA 2002

Em atenção ao seu e-mail datado de

10/12/02, estamos encaminhando cópia reso-

lução do Conselho Federal de Odontologia.

As usinas concentradoras de oxigênio (UCO)

são instalações destinadas à captação do ar

atmosférico, filtragem, compressão, separa-

ção do oxigênio por processo de peneira mole-

cular e distribuição, através de rede canali-

zada de gás. Durante o processo pode ainda

ser fornecido ar comprimido medicinal.

A norma técnica da ABNT - Estabelecimento

assistencial de saúde Concentrador de oxigê-

nio para uso em sistema centralizado de oxigê-

nio medicinal NBR 13587, março 1996, for-

nece os padrões para construção da UCO.

A Resolução 1355/92 , do Conselho Federal

de Medicina, regulamenta o uso das UCO em

Veja na página XX a resolução do Conselho

Federal de Odontologia.

Resposta

Resposta

Recentemente li na revista da SBA uma

pergunta sobre o uso do óxido nitroso na

odontologia. A resposta a esta pergunta, a

Recentemente li na revista da SBA uma

pergunta sobre o uso do óxido nitroso na

odontologia. A resposta a esta pergunta, a

Pergunta

Pergunta

Pergunta

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 13

meu ver, foi equivocada. Vale lembrar, que

nós, profissionais da odontologia, estamos

utilizando a técnica de sedação consciente

na odontologia, e não anestesia geral, como é

sua resposta.

A Lei 5081 de 24 de agosto de 1966,

artigo VI, permite ao cirurgião dentista o "uso

da analgesia, desde que comprovadamente

habilitado", sendo a Lei superior a qualquer

tipo de resolução contrária a mesma.

Nós, Cirurgiões Dentistas Brasileiros,

assim como nossos colegas Americanos e

Europeus, estamos usando o óxido nitroso

como meio auxiliar no tratamento de nossos

pacientes, visando um maior conforto dos

mesmos para execução dos procedimentos.

A analgesia que usamos, vale sempre

lembrar, mantem nossos pacientes sempre

conscientes e monitorados, e nunca em

estado de sedação profunda ou anestesia

geral.

Sendo assim, acredito eu, que não

estamos incorrendo em nenhum tipo de

infração à Lei, nem ato ilegal, como afirmado

na revista, quando do uso da Analgesia

Inalatória CONSCIENTE com óxido nitroso

na Odontologia.

meu ver, foi equivocada. Vale lembrar, que

nós, profissionais da odontologia, estamos

utilizando a técnica de sedação consciente

na odontologia, e não anestesia geral, como é

sua resposta.

A Lei 5081 de 24 de agosto de 1966,

artigo VI, permite ao cirurgião dentista o "uso

da analgesia, desde que comprovadamente

habilitado", sendo a Lei superior a qualquer

tipo de resolução contrária a mesma.

Nós, Cirurgiões Dentistas Brasileiros,

assim como nossos colegas Americanos e

Europeus, estamos usando o óxido nitroso

como meio auxiliar no tratamento de nossos

pacientes, visando um maior conforto dos

mesmos para execução dos procedimentos.

A analgesia que usamos, vale sempre

lembrar, mantem nossos pacientes sempre

conscientes e monitorados, e nunca em

estado de sedação profunda ou anestesia

geral.

Sendo assim, acredito eu, que não

estamos incorrendo em nenhum tipo de

infração à Lei, nem ato ilegal, como afirmado

na revista, quando do uso da Analgesia

Inalatória CONSCIENTE com óxido nitroso

na Odontologia.

Sou Engenheira Clinica formada pela

Unicamp e estou desenvolvendo minha tese

de mestrado sobre a Validação do uso do Piso

Semi-Condutivo em Salas Cirúrgicas.

A aplicação deste piso ´e preconizada em

virtude da dispensaçao do gás expirado pelo

paciente anestesiado, considerando a

condição de risco ofertada por uma provável

concentração de gás inflamável.Esta

condição e baseada num histórico de

algumas décadas.

Gostaria de obter informações se ha casos

comprovados de explosão registrados nesta

respeitada sociedade, e se existe protocolos

Sou Engenheira Clinica formada pela

Unicamp e estou desenvolvendo minha tese

de mestrado sobre a Validação do uso do Piso

Semi-Condutivo em Salas Cirúrgicas.

A aplicação deste piso ´e preconizada em

virtude da dispensaçao do gás expirado pelo

paciente anestesiado, considerando a

condição de risco ofertada por uma provável

concentração de gás inflamável.Esta

condição e baseada num histórico de

algumas décadas.

Gostaria de obter informações se ha casos

comprovados de explosão registrados nesta

respeitada sociedade, e se existe protocolos

Tomei contato através do site da SBA

sobre as resoluções do CFM sobre as

referidas usinas e suas recomendações.

Verifiquei também sobre a necessidade de

criação de protocolos para se analisar qual

seriam as implicações deste sistema dentro

da prática diária da anestesiologia. Diante do

exposto e tendo sido solicitado ao grupo de

anestesiologia do hospital onde atendemos

uma avaliação da matéria, gostaria de obter

informações e recomendações recentes sobre

tal prática e relato de experiência de outros

serviços que utilizam a mesma.

Tomei contato através do site da SBA

sobre as resoluções do CFM sobre as

referidas usinas e suas recomendações.

Verifiquei também sobre a necessidade de

criação de protocolos para se analisar qual

seriam as implicações deste sistema dentro

da prática diária da anestesiologia. Diante do

exposto e tendo sido solicitado ao grupo de

anestesiologia do hospital onde atendemos

uma avaliação da matéria, gostaria de obter

informações e recomendações recentes sobre

tal prática e relato de experiência de outros

serviços que utilizam a mesma.

considerada a possibilidade de uso de fluxos

de oxigênio ou oxigênio e óxido nitroso de

aproximadamente 6 a 8 litros por minuto,

mesmo que a tendência seja o uso de fluxos

baixos (entre 0,3 a 1 litro). Também deve ser

considerada a presença de vazamentos

através da rede de gases e conexões ou o uso

inadequado pelo esquecimento de válvulas de

controle de fluxo abertas.

Em congressos, com freqüência temos relatos

verbais sobre a ocorrência de incêndios

atribuídos às altas concentrações de oxigênio

e/ou óxido nitroso, soluções inflamáveis e

materiais inflamáveis.

Não temos o registro de casos comprovados de

explosão associada ao fator “condutibilidade

do piso”.

estabelecimentos de saúde.

Existe um grande debate sobre as vantagens e

desvantagens do uso das UCO e do oxigênio

produzido pelo processo criogênico, fornecido

pela empresas especializadas.

Após ter visitado alguns estabelecimentos com

UCO as falhas mais encontradas são:

1-Falta de preenchimento adequado do relató-

rio técnico com as concentrações, em datas e

horários determinados, pelo técnico responsá-

vel e / ou operador.

2-Falta de calibração, ou calibração inade-

quada do sensor do analisador da concentra-

ção de oxigênio, situado no tanque da usina.

3-Posicionamento do sensor em condições

adversas e uso de sensor inadequado para o

processo.

4-Ausência de rotulação dos postos de utiliza-

ção.

5-Ausência de analisadores da concentração

de oxigênio nos aparelhos de anestesia ou na

monitoração em uso.

6-Em situações de falhas, dificuldade de apu-

ração dos responsáveis com transferências de

responsabilidades entre diversas áreas.

7-Falta de comunicação e conhecimento do

processo, seus riscos e implicações, pelos

usuários do sistema.

8-Falta de análise qualitativa e quantitativa

dos gases, realizada por instituição idônea e

imparcial, de responsabilidade do diretor téc-

nico da instituição.

9-Operação sem unidade de backup, para as

situações de emergência.

Dr. Antonio Roberto CarrarettoMembro da CNT-SBA 2002

Perguntas e Respostas

quanto ao sistema de anestesiologia ser em

circuito aberto, semi-aberto ou fechado.

quanto ao sistema de anestesiologia ser em

circuito aberto, semi-aberto ou fechado.

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 13

Dr. Antonio Roberto CarrarettoMembro da CNT-SBA 2002

Atenção para o Prazo de Inscrições para as Provas

Falta texto - Falta texto - Falta texto -

Falta texto - Falta texto - Falta texto -

Falta texto - Falta texto - Falta texto -

Falta texto - Falta texto - Falta texto -

Falta texto - Falta texto - Falta texto -

Falta texto - Falta texto - Falta texto -

Falta texto - Falta texto - Falta texto -

Page 7: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

1

2

3

4

5

6

Dr. Esaú Magalhães FIlho fala aos

presentes na solenidade de posse

A Diretoria da SBA/2003 com

presidentes de regionais presentes à

posse. Em pé: Dr. Caros Eduardo Lopes

Nunes (RJ), Dra. Maria Aparecida

Almeirda Tanaka (PR), Dra. Ana Maria

Vilela Bastos Ferreira (MG), Dra. Maria

Jucinalva Lima Costa (BA), Dr. Jordão

Chaves de Andrade (RS), Dr. Edísio

Pereira (DF), Dr. Fernando Antônio

Florêncio dos Santos (PB), Dr. Glauco

Kleming Florêncio da Cunha (CE), Dr.

Rohnelt Machado de Oliveira (PR), Dr.

David Ferez (SP) e Dr. José Celso

Rodrigues Cintra (TO); Sentados: Dra.

Ana Maria Menezes Caetano (PE), Dr.

Luiz Carlos Bastos Salles, Dra. Consuelo

Plemont Maia, Dr. Roberto Bastos da

Serra Freire, Dr. Carlos Alberto Pereira de

Moura, Dr. Esaú Barbosa Magalhães

Filho, Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna,

Dr. James Toniolo Manica e Dr. Ismar

Lima Cavalcanti

Dr. Walter Machado e D. Clarice

prestigiam o evento

Os componentes da mesa na

solenidade. Pela esquerda: Dr. Geraldo

Teixeira Botrel, Dr. Roberto Bastos da

Serra Freire, Dra. Consuelo Plemont

Maia, Dr. Luiz Carlos Bastos Salles, Dr.

James Toniolo Manica, Dr. Pedro

Thadeu Galvão Vianna, Dr. Esaú

Barbosa Magalhães Filho, Dr. Ismar

Lima Cavalcanti, Dr. Carlos Alberto

Pereira de Moura, Dr. Alfredo Augusto

Vieira Portella e Dr. José Roberto Nociti

O presidente da SBA/2003 e família:

Daniel, Dr. Esaú, Dra. Eliane, Adriana e

Esaú Neto

O presidente e os funcionários da

SBA presentes à posse. Pela esquerda:

Marcelo Marinho (informática), Deize

Lucia da Silva (tesouraria), Mirna Alli

Garcia (recepção), Mercedes Azevedo

(gerência), Dr. Esaú Barbosa Magalhães

Filho (presidente), Regina Lúcia Rogério

Miguel (tesouraria), Teresa Maria Maia

Libório (biblioteca), José Bredariol

Junior (informática), Carla Palmieri

(secretaria), Adelaide de Souza

Rodrigues (secretaria), Rodrigo Ribeiro

Matos (informática)

1

2

3

4

6

5

Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 14

1

2

3

4

5

6

Dr. Esaú Magalhães FIlho fala aos

presentes na solenidade de posse

A Diretoria da SBA/2003 com

presidentes de regionais presentes à

posse. Em pé: Dr. Caros Eduardo Lopes

Nunes (RJ), Dra. Maria Aparecida

Almeirda Tanaka (PR), Dra. Ana Maria

Vilela Bastos Ferreira (MG), Dra. Maria

Jucinalva Lima Costa (BA), Dr. Jordão

Chaves de Andrade (RS), Dr. Edísio

Pereira (DF), Dr. Fernando Antônio

Florêncio dos Santos (PB), Dr. Glauco

Kleming Florêncio da Cunha (CE), Dr.

Rohnelt Machado de Oliveira (PR), Dr.

David Ferez (SP) e Dr. José Celso

Rodrigues Cintra (TO); Sentados: Dra.

Ana Maria Menezes Caetano (PE), Dr.

Luiz Carlos Bastos Salles, Dra. Consuelo

Plemont Maia, Dr. Roberto Bastos da

Serra Freire, Dr. Carlos Alberto Pereira de

Moura, Dr. Esaú Barbosa Magalhães

Filho, Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna,

Dr. James Toniolo Manica e Dr. Ismar

Lima Cavalcanti

Dr. Walter Machado e D. Clarice

prestigiam o evento

Os componentes da mesa na

solenidade. Pela esquerda: Dr. Geraldo

Teixeira Botrel, Dr. Roberto Bastos da

Serra Freire, Dra. Consuelo Plemont

Maia, Dr. Luiz Carlos Bastos Salles, Dr.

James Toniolo Manica, Dr. Pedro

Thadeu Galvão Vianna, Dr. Esaú

Barbosa Magalhães Filho, Dr. Ismar

Lima Cavalcanti, Dr. Carlos Alberto

Pereira de Moura, Dr. Alfredo Augusto

Vieira Portella e Dr. José Roberto Nociti

O presidente da SBA/2003 e família:

Daniel, Dr. Esaú, Dra. Eliane, Adriana e

Esaú Neto

O presidente e os funcionários da

SBA presentes à posse. Pela esquerda:

Marcelo Marinho (informática), Deize

Lucia da Silva (tesouraria), Mirna Alli

Garcia (recepção), Mercedes Azevedo

(gerência), Dr. Esaú Barbosa Magalhães

Filho (presidente), Regina Lúcia Rogério

Miguel (tesouraria), Teresa Maria Maia

Libório (biblioteca), José Bredariol

Junior (informática), Carla Palmieri

(secretaria), Adelaide de Souza

Rodrigues (secretaria), Rodrigo Ribeiro

Matos (informática)

1

2

3

4

6

5

Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 14

Matéria da Capa

A Diretoria da SBA/2003 toma posseEm 11 de janeiro, no Clube dos Caiçaras, Rio de Janeiro, ocorreu a

posse da Diretoria da SBA para o ano de 2003, ficando assim

constituída:

Presidente: Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho

Vice-Presidente: Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna

Secretária-Geral: Dra. Consuela Plemont Maia

Tesoureiro: Dr. Luiz Carlos Bastos Salles

Diretor Administrativo: Dr. James Toniolo Manica

Diretor Científico: Dr. Ismar Lima Cavalcanti

Diretor de Defesa Profissional: Dr. Roberto Bastos da Serra Freire

O evento contou com a presença de anestesiologistas das mais

diferentes regiões do país, que prestigiaram a solenidade. Para uma

audiência de mais de 200 pessoas pronunciaram-se na ocasião, o Dr.

Carlos Alberto Pereira de Moura, que entregou o cargo e assume a

Presidência do Conselho Superior da SBA, e o Dr. Esaú Barbosa

Magalhães Filho, atual Presidente da SBA.

Dr. Esaú Barbosa Magalhães FilhoDr. Esaú Barbosa Magalhães Filho

Ilmo Sr Dr Carlos Alberto Pereira de Moura, Presidente do

Conselho Superior da SBA, colegas de diretoria gestão 2003,

demais autoridades presentes, minhas senhoras e meus

senhores, caros colegas.

Para não vos aborrecer, serei breve, mesmo porque nem

em muitas palavras não conseguiria expressar a minha

profunda satisfação em assumir a presidência da Sociedade

Brasileira de Anestesiologia.

As palavras, a meu respeito proferidas pelo orador, que

me antecedeu, conhecendo-o como o conheço, são acima

de tudo fruto de sua bondade e nada mais representam do

que uma manifestação explicita da nossa amizade.

No âmbito da SBA, já fomos adversários políticos, mas

nunca inimigos, pois sempre pautamos as nossas diferenças

no mais absoluto respeito mútuo.

Mais por intuição, do que mesmo por experiência de vida

profissional, desde o princípio, em 1978, ano que iniciei

minha vida como anestesiologista, comecei a notar que

mesmo curvado ao esforço de extenuantes horas de

trabalho, não obtinha como contrapartida uma justa

recompensa, o que me levou a engajar-me nas lutas

associativas em nível regional, em Natal / Rio Grande do

Norte.

Deus é testemunha de que quando entrei para a

“Sociedade Brasileira de Anestesiologia ” em 1983,

estimulado pelo meu irmão anestesiologista com “a”

maiúsculo: ZéDelfino, apenas sonhava em fazer parte de

um grupo de colegas que exerciam uma especialidade

que comecei a admirar ainda nos bancos da faculdade.

Na SBA, cumpri dentro dos limites das minhas

capacidades as tarefas para as quais fui escolhido, sempre

objetivando fazer o melhor possível - o meu lado escoteiro - e

tendo como preceitos inalienáveis, a lealdade e a

honestidade, no seus sentidos mais amplos, características

herdadas de meus pais.

Se algum merecimento pode me ser atribuído, este será o

de ter semeado e colhido amizades verdadeiras, assim como

acumulado alguns poucos inimigos, os quais de minha

parte, em meu coração já não os tenho como tal.

Diferente da política partidária tradicional, na SBA temos

o bom costume de darmos continuidade aos projetos dos que

nos antecederam, mesmo porque estes foram decididos em

prol de todo nosso quadro associativo.

Se o tempo, senhor de todas as coisas, mostrar que um

projeto em andamento já não atinge as expectativas

pretendidas, não titubearemos em procurar os meios

necessários para redirecioná-lo, e assim atingir o seu objetivo

inicial.

Para os problemas que certamente surgirão, haveremos

de encontrar se não a melhor, pelo menos a solução mais

adequada e sensata para o momento.

Com essas palavras não queremos dizer que a diretoria

de 2003 não têm planos, eles existem sim, e são muitos.

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 15

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Procuraremos não só estreitar ainda mais

o relacionamento da SBA com cada regional,

assim como estimularemos a fundação de

outras. Pois é lá, em cada regional onde as

coisas realmente acontecem.

Estimularemos uma maior integração

entre as regionais da SBA e as

COOPANESTES, estas desempenhando o

papel político, e aquelas como braço

econômico.

Com regionais e cooperativas unidas e

fortes, sem dúvida teremos uma SBA cada

vez mais forte.

Ao contrário, com regionais politicamente

divididas, dissociadas das Coopanestes,

morreremos aos pouquinhos. Esperem e

verão.

Tentaremos reativar o nosso canal de

negociações junto ao Ministério da Saúde

com o objetivo de tornar a tabela do SUS

mais justa pois esta é fonte principal de

honorários da maioria dos anestesiologistas

brasileiros .

Iniciaremos uma campanha de combate

à anestesia simultânea, ato não só aético,

como arriscado, que poderá dar lugar a

demandas judiciais por mal-prática.

Uma palavra aos nossos diretores: espero

de todos vocês atitudes verdadeiras, leais e

honestas, e mais, saibam que os sucessos

que cada um, indistintamente, vier a obter

n o s d e p a r t a m e n t o s s o b s u a s

responsabilidades, serão contabilizados

como sendo de todos nós, membros

diretores e membros não diretores, ou seja

da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

No entanto, se porventura o contrário vier

a suceder, contem comigo, e deixem que as

falhas, eu como vosso presidente assumirei

como sendo de minha responsabilidade.

Finalmente, ante a impossibilidade de ser

feliz sozinho, quero dividir este momento

com todos aqueles, que com os seus

estímulos tornaram a minha carreira

associativa, e de anestesiologista possível, e

em particular a Eliane, que no começo era

minha colega de faculdade, depois minha

amiga, e por fim tornou-se a mãe de Esaú

Neto, Adriana, e Daniel.

Que Deus nos abençoe e nos ilumine

nesta caminhada.

Page 8: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 17Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 16

Dr. Mário J. da Conceição, TSA

O periódico Regional Anesthesia and Pain Medicine,

editado sob os auspícios da Sociedade Norte-Americana de Anestesia

Regional (ASRA), é considerado o quinto jornal em impacto na área

da anestesiologia, pelo número de citações. Um de seus últimos

números, (Reg Anesth Pain Medicine, 2002; 27:456-459) traz um

artigo sobre o número mínimo de anestesias regionais que o

Residency Review Committee, nos todos poderosos Estados Unidos

da América, recomenda para médicos em treinamento: 50 por ano.

Isso mesmo, cinqüenta por ano: 50 peridurais e 50 raquianestesias.

Aqui em terras tupiniquins é de dar risada. Nossos colegas em

treinamento fazem 50 por semana, quiçá por dia. Isso se tratando

apenas dos bloqueios sobre o neuro-eixo. Não temos dúvidas de que

somos um dos países do mundo onde mais se pratica a anestesia

regional. Todavia como diz o sambista: “o que dá pra rir dá pra

chorar”. Apesar dos norte-americanos

praticarem mirrados 50 bloqueios por ano

como número ideal, eles possuem a

melhor sistematização (publicada) sobre o

assunto e dificilmente, se resolvermos citar

nomes importantes de autores da

anestesia regional, escaparemos de Daniel

Moore, John Bonica, Alon Winnie, Sol

Schnider, Benjamin Covino, Ostheimer e

tantos outros. Quando falamos de história

lá vem: Edward Tuohy, Ralph Huber,

William Lemmon... E nós? A resposta mais óbvia seria o fato de não

publicarmos em inglês. Os europeus o fazem e podemos citar

também uma série de autores europeus: Dalens, Goldsmith, Giaufré,

etc. A raquianestesia é uma técnica européia (Bier). Aliás, como

quase tudo na medicina de nossos tempos. Mas voltando ao fato de

não publicarmos em inglês, isso é apenas meia verdade. Até porque

nosso jornal agora é bilíngüe.

O que acontece com esse país “deitado eternamente em berço

esplêndido?” Numa rápida vista d'olhos, como diriam nossos

descobridores, na Revista Brasileira de Anestesia, vamos encontrar

um número grande de artigos sobre anestesia regional. Na sua

imensa maioria artigos desprovidos de impacto científico por dois

erros comuns: não acrescentam nada ao conhecimento que já se tem

sobre o assunto, ou são artigos retrospectivos pretendendo atestar a

eficácia de um procedimento com casuística expressiva. É hábito dos

periódicos latinos publicarem estudos retrospectivos com casuísticas

do tipo 5000 casos disso ou daquilo, pretendendo atestar a eficácia

ou a segurança do procedimento com essas séries enormes. Nada

mais errado. Cientificamente é inaceitável essa forma de pensamen-

to. A eficácia do estudo, ou da técnica, não pode ser avaliada

utilizando-se estudos retrospectivos. Pode-se estar repetindo os

mesmos erros e descuidos milhares de vezes. O que acontece? Em

periódicos mais rigorosos este tipo de estudo é rejeitado para

publicação. Nos defendemos com o lugar comum: discriminação.

Entretanto, o caminho seria: formular uma hipótese, desenvolver

uma metodologia para tentar comprová-la e apresentar resultados

confrontados com grupo controle.

Somos o país no qual se pratica muito a

anestesia regional. Nas páginas da Revista

Brasileira, entretanto, não encontraremos

nenhuma meta-análise, por exemplo, sobre

o índice de complicações encontradas em

nosso país, com as mais diversas técnicas

regionais. Realidade diferente nos periódi-

cos de outros países. Acredito que o número

de complicações seja baixo. Entretanto,

afirmar que não temos complicações e que

elas só ocorrem nas mãos dos estrangeiros

porque eles “não sabem fazer” é ingênuo e temerário. Se formos

pesquisar nos jornais leigos, ou nos Conselhos, nos surpreendere-

mos com o número de matérias e processos sobre problemas

envolvendo anestesias regionais, notadamente sobre o neuro-eixo.

Nosso periódico científico deixa de espelhar esses fatos. Qual o

índice de complicações com as técnicas regionais em nosso país?

Deixemos de lado a arrogância implícita em: “nós não temos

complicações porque sabemos fazer”. Nossos tribunais mostram

outra realidade e em todos os estados brasileiros. Por que não

encontramos, publicados em português, casos clínicos descrevendo

complicações com anestesia regional? Nossos casos clínicos sempre

têm “finais felizes”, seja os publicados, seja os apresentados como

temas-livres nos nossos congressos. Os autores só divulgam “casos

felizes”. Na verdade, os que realmente interessam são aqueles nos

quais as coisas deram errado. Pois, apesar dos esforços de profissio-

O que pode nos levar do riso ao choro

nais competentes, ocorreu um mal resultado. Todos poderíamos

aprender a evitar o mesmo problema em outro paciente. Vários

brasileiros e brasileiras já receberam, por engano, em seu espaço

peridural ou subaracnóideo, substâncias tais como: galamina,

bicarbonato de sódio, soluções de anti-sepsia, neostigmine e outros.

Estes casos são comentados a boca pequena nos corredores de

nossos encontros científicos, ou, infelizmente, vem à tona nos

tribunais. O que aconteceu com esses pacientes após o desastre?

Como evoluíram? Como foram tratados? Esses são casos clínicos

preciosos com informações fundamentais para o tratamento de

outros pacientes em que ocorra a mesma complicação e/ou para se

criar dispositivos e medidas que impeçam a repetição do erro. Todos

somos humanos, portanto, por definição, falíveis por maior que seja

a “experiência”. A menos que seja solução inusitada, ou complicação

desconhecida até então, descrições de casos clínicos com “final feliz”

são óbvios, pois, afinal, é o que se espera de um especialista. Casos

assim são recusados para publicação em periódicos importantes por

esse motivo. Nada com discriminação, é apenas detalhe técnico.

Todavia o que foi feito após a injeção inadvertida de solução anti-

séptica no neuro-eixo e como evoluiu o paciente passa a ser um

ensinamento precioso.

O grande número de anestesias regionais, talvez acabe conduzin-

do à banalização das técnicas e indicações questionáveis. Muitas

vezes a técnica regional é escolhida por ser a mais barata, ou a que dá

menos trabalho. Mesmo com a resolução 1363, muitos pacientes

têm sido submetidos à anestesia regional sem a monitorização

mínima recomendada. Drogas são administradas (principalmente

adjuvantes) sem a mínima consideração pelos códigos internaciona-

is sobre aspectos éticos na pesquisa clínica com seres humanos.

Sem discutir o aspecto ético, a anestesia regional pode ser a técnica

escolhida para permitir ao mesmo anestesista atender a mais de um

paciente simultaneamente. Ou ainda “pressão” de cirurgiões que

idealizam ser a técnica regional “a mais segura”. Inicia-se no Brasil

uma outra discussão, super apropriada, já que o Conselho Regional

de Medicina do Estado do Ceará se manifestou favoravelmente: pode

o mesmo anestesista prestar assistência à dor do trabalho de parto

simultaneamente a várias pacientes? As técnicas regionais para

analgesia de parto são diferentes em alguns aspectos? Por que o

número de complicações parece menor? Nós brasileiros temos todas

as condições de responder a essas perguntas, encontrar nosso

caminho e ensinar como se faz, haja vista o número expressivo de

parturientes sob nossos cuidados. Porém... Ah, o porém!... Nada de

“nossa experiência com dez mil parturientes” ou no próximo

Congresso Brasileiro: “2000 parturientes sob analgesia de parto

simultaneamente com o mesmo anestesista: descrição dos casos”.

Vamos formular hipóteses, criar teorias, comprová-las com metodo-

logia criativa, respeitando os princípios éticos definidos nos vários

consensos internacionais (Nuremberg, Genebra, Helsinque) e assim

teremos o reconhecimento que tanto exigimos e, sobretudo,

merecemos nessa área do conhecimento.

Dr. Mario J. da Conceição, TSAProf. de Anestesiologia da Fundação

Universidade Regional de Blumenau, SC

Dr. Mario J. da Conceição, TSA

Dr. Sérgio B. Tenório

O significado dasignificância estatística

As pesquisas científicas são elaboradas para testar hipóteses

sobre populações. Define-se população em estatística como um

conjunto de elementos que tenha pelo menos uma característica em

comum. O conjunto de todas gestantes submetidas à raquianestesia,

o conjunto de todos homens fumantes com câncer de pulmão, o

conjunto de todos laringoespasmos são exemplos de populações.

Como o estudo da população é tarefa, na maioria das vezes,

impossível, avaliam-se amostras que sejam representativas destas

populações.

A pesquisa clássica tem por base a comparação entre dados de

duas (ou mais) amostras que sejam idênticas com exceção da

variável que está sendo objeto do estudo (droga, técnica anestésica,

técnica cirúrgica etc). Estas diferenças amostrais podem ou não ter

significância estatística. Este artigo discute o significado desta

expressão.

Testes de significância

Suponhamos que um endocrinologista queira testar um novo

hormônio do crescimento (a pesquisa é fictícia). Após aprovação da

comissão de ética da instituição, ele aloca em dois grupos 100

neonatos do sexo masculino que tenham a mesma origem étnica: um

grupo com 50 meninos recebe diariamente o medicamento a ser

testado (grupo M) enquanto outro grupo recebe um placebo (grupo

P). Após 17 anos de tratamento as estaturas dos dois grupos foi a

Testes de significância

Por que não encontramos,

publicados em português,

casos clínicos descrevendo

complicações com anestesia

regional?

"

"

Page 9: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Dr. Sérgio B. Tenório

Prof. Adjunto da Fac. de Medicina da Univ. Federal do Paraná.

Anestesiologista do Hosp. Infantil Pequeno Príncipe de Curitiba

hipótese de igualdade e a hipótese alternativa: quando a primeira não

é demonstrada aceita-se a segunda e vice-versa. Em nenhuma

situação considera-se que as hipóteses foram provadas.

É necessário agora que se estabeleça o limite entre o que vem a ser

probabilidade pequena e probabilidade elevada. Este limite é

denominado nível de significância.

Nível de significância

Nível de significância é a probabilidade abaixo da qual a hipótese

de igualdade é rejeitada. É arbitrado

pelo pesquisador e tradicionalmente

tem valores entre p<1% e p<5%

(nada impede, no entanto que sejam

arbitrados outros valores).Toda

diferença cuja probabilidade esteja

abaixo do nível de significân-

cia arbitrado é considera-

da como estatisti-

c a m e n t e

significativa

e interpreta-

d a p e l o

pesquisador como

sugestiva de que as

p o p u l a ç õ e s s ã o

diferentes.

Os erros estatísticos

A aplicação do teste estatístico

apropriado aos dados do exemplo

acima resultou no valor de p=4%. Este p pode ser interpreta-

do desta forma: se as populações M e P (tratadas com o hormônio ou

placebo) tivessem a mesma estatura média, as chances de se obter

ao acaso, destas populações, duas amostras com 50 indivíduos que

tivessem entre suas médias de estatura diferença de 5cm, seria de

apenas 4%. Uma outra interpretação poderia ser esta: se as

populações fossem iguais e fossem realizados 100 experimentos

exatamente iguais a estes, em apenas 4 deles a diferença entre as

estaturas médias dos grupos seria de 5cm.

Erros aleatórios

Muitos pesquisadores e leitores acredita, erroneamente, que todo

resultado acompanhado da expressão estatisticamente significativo

expressa, de modo equívoco, a verdade. Resultados baseados em

estudos amostrais podem estar errados, ainda que nada de errado

haja com a pesquisa. Dois são os erros ditos aleatórios, que podem

ocorrer, de modo excludente (somente pode ocorrer um ou outro): o

erro tipo I ou a e o erro tipo II ou ß.

Nível de significância

Erros aleatórios

seguinte (média e desvio padrão): grupo M: 175±12 cm; grupo P:

170±12cm.

A estatura média do grupo M foi 5cm superior ao grupo P. Se o

interesse do pesquisador estivesse limitado apenas às amostras sua

tarefa estaria terminada sem a necessidade de estudos estatísticos: o

grupo M cresceu mais que o grupo P. Contudo seu objetivo é saber

qual seria a ação desta droga se fosse aplicada à toda população, isto

é, quer ele saber se a população M seria maior que a população P. A

conclusão de que o medicamento foi eficaz porque o grupo M teve

maior estatura pode ser

precipi tada porque os

indivíduos variam entre si

quanto a estatura (e em

praticamente todas as

demais variáveis biológicas)

e apenas esta variação

natural poderia explicar a

diferença amostrar. Por outro

lado, não é possível afastar a

hipótese de que o hormônio

tenha sido o responsável por

esta diferença entre as

estaturas. O dilema do

pesquisador está em decidir

entre duas hipóteses: a

hipótese de igualdade (H0)

que a f i rma serem as

populações M e P idênticas e as diferenças amostrais decorrentes do

acaso e a hipótese alternativa (HA) que afirma o oposto, isto é, que as

populações M e P são diferentes e esta diferença foi causada pela

droga testada.

A estatística utiliza a seguinte estratégia para decidir entre as duas

hipóteses, H0 e HA:

a) Propões que as populações M e P são idênticas (hipótese de

igualdade).

b) A partir deste pressuposto calcula qual seria a probabilidade de

se obter, de populações idênticas, duas amostras com 50 elementos

escolhidos ao acaso que tiverem entre suas médias de estatura,

diferença de 5cm.

c) Se a probabilidade calculada for pequena considera-se que a

hipótese de igualdade é pouco provável. Neste caso a diferença

amostral é dita estatisticamente significativa

d) Se a probabilidade for elevada aceita-se a hipótese de igualda-

de. A diferença amostral é considerada como sem significância

estatística

Este método é universalmente aceito pela matemática para

escolher entre as duas hipóteses. Quando um teorema não pode ser

provado diretamente tenta-se demonstrar que ele é falso. Se não se

consegue a prova aceita-o como verdadeiro até que sua falsidade seja

demonstrada. Este é o limite do pesquisador para decidir entre a

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 19Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 18

Dr. Sérgio B. Tenório

Prof. Adjunto da Fac. de Medicina da Univ. Federal do Paraná.

Anestesiologista do Hosp. Infantil Pequeno Príncipe de Curitiba

hipótese de igualdade e a hipótese alternativa: quando a primeira não

é demonstrada aceita-se a segunda e vice-versa. Em nenhuma

situação considera-se que as hipóteses foram provadas.

É necessário agora que se estabeleça o limite entre o que vem a ser

probabilidade pequena e probabilidade elevada. Este limite é

denominado nível de significância.

Nível de significância

Nível de significância é a probabilidade abaixo da qual a hipótese

de igualdade é rejeitada. É arbitrado

pelo pesquisador e tradicionalmente

tem valores entre p<1% e p<5%

(nada impede, no entanto que sejam

arbitrados outros valores).Toda

diferença cuja probabilidade esteja

abaixo do nível de significân-

cia arbitrado é considera-

da como estatisti-

c a m e n t e

significativa

e interpreta-

d a p e l o

pesquisador como

sugestiva de que as

p o p u l a ç õ e s s ã o

diferentes.

Os erros estatísticos

A aplicação do teste estatístico

apropriado aos dados do exemplo

acima resultou no valor de p=4%. Este p pode ser interpreta-

do desta forma: se as populações M e P (tratadas com o hormônio ou

placebo) tivessem a mesma estatura média, as chances de se obter

ao acaso, destas populações, duas amostras com 50 indivíduos que

tivessem entre suas médias de estatura diferença de 5cm, seria de

apenas 4%. Uma outra interpretação poderia ser esta: se as

populações fossem iguais e fossem realizados 100 experimentos

exatamente iguais a estes, em apenas 4 deles a diferença entre as

estaturas médias dos grupos seria de 5cm.

Erros aleatórios

Muitos pesquisadores e leitores acredita, erroneamente, que todo

resultado acompanhado da expressão estatisticamente significativo

expressa, de modo equívoco, a verdade. Resultados baseados em

estudos amostrais podem estar errados, ainda que nada de errado

haja com a pesquisa. Dois são os erros ditos aleatórios, que podem

ocorrer, de modo excludente (somente pode ocorrer um ou outro): o

erro tipo I ou a e o erro tipo II ou ß.

Nível de significância

Erros aleatórios

seguinte (média e desvio padrão): grupo M: 175±12 cm; grupo P:

170±12cm.

A estatura média do grupo M foi 5cm superior ao grupo P. Se o

interesse do pesquisador estivesse limitado apenas às amostras sua

tarefa estaria terminada sem a necessidade de estudos estatísticos: o

grupo M cresceu mais que o grupo P. Contudo seu objetivo é saber

qual seria a ação desta droga se fosse aplicada à toda população, isto

é, quer ele saber se a população M seria maior que a população P. A

conclusão de que o medicamento foi eficaz porque o grupo M teve

maior estatura pode ser

precipi tada porque os

indivíduos variam entre si

quanto a estatura (e em

praticamente todas as

demais variáveis biológicas)

e apenas esta variação

natural poderia explicar a

diferença amostrar. Por outro

lado, não é possível afastar a

hipótese de que o hormônio

tenha sido o responsável por

esta diferença entre as

estaturas. O dilema do

pesquisador está em decidir

entre duas hipóteses: a

hipótese de igualdade (H0)

que a f i rma serem as

populações M e P idênticas e as diferenças amostrais decorrentes do

acaso e a hipótese alternativa (HA) que afirma o oposto, isto é, que as

populações M e P são diferentes e esta diferença foi causada pela

droga testada.

A estatística utiliza a seguinte estratégia para decidir entre as duas

hipóteses, H0 e HA:

a) Propões que as populações M e P são idênticas (hipótese de

igualdade).

b) A partir deste pressuposto calcula qual seria a probabilidade de

se obter, de populações idênticas, duas amostras com 50 elementos

escolhidos ao acaso que tiverem entre suas médias de estatura,

diferença de 5cm.

c) Se a probabilidade calculada for pequena considera-se que a

hipótese de igualdade é pouco provável. Neste caso a diferença

amostral é dita estatisticamente significativa

d) Se a probabilidade for elevada aceita-se a hipótese de igualda-

de. A diferença amostral é considerada como sem significância

estatística

Este método é universalmente aceito pela matemática para

escolher entre as duas hipóteses. Quando um teorema não pode ser

provado diretamente tenta-se demonstrar que ele é falso. Se não se

consegue a prova aceita-o como verdadeiro até que sua falsidade seja

demonstrada. Este é o limite do pesquisador para decidir entre a

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 19Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 18

Divulgação

NOVA DIRETORIA DA SOCIEDADE

BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

Presidente: Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho

Vice-Presidente: Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna

Secretária Geral: Dra. Consuelo Plemont Maia

Tesoureiro: Dr. Luiz Carlos Bastos Salles

Diretor Deptº Administrativo: Dr. James Toniolo Manica

Diretor Deptº Científico: Dr. Ismar Lima Cavalcanti

Diretor Deptº Def. Prof.: Dr. Roberto B. da Serra Freire

NOVA DIRETORIA DAS REGIONAIS

Regional: SAEPA

( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Pará )

Presidente: Luiz Paulo Araújo Mesquita

Vice-Presidente: Márcia Betânia Santana dos Santos

Secretária Geral: Renata Carmona Valério

Tesoureiro: Maria das Graças Ribeiro

Diretor Científico: Francisco Juarez Filho

Diretor de Def. Prof.: Jalvo Hermínio Chucair Granhan

Regional: SAERJ

( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro )

Presidente: Carlos Eduardo Lopes Nunes

Vice-Presidente: Henri Braunstein

Primeiro Secretário: Ana Maria da Costa Marques

Segundo Secretário: Fernando Antônio de Freitas Cantinho

Primeiro Tesoureiro: Jorge de Albuquerque Calasans Maia

Segundo Tesoureiro: Sérgio Luiz do Logar Mattos

Diretor Científico: Ronaldo Contreiras Oliveira Vinagre

Regional: SAEC

( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará )

Presidente: Dr. Glauco Kleming Florêncio da Cunha

Vice-Presidente: Dr. Marcus Vinicius e Lima Lopes

Tesoureiro: Dra. Vládia Freitas de Oliveira

Secretário Geral: Dra. Riane Maria Barbosa de Azevedo

Diretor Científico: Dr. Fernando Santiago Lima Verde

Diretor de Def. Prof.: Dr. Marcos Venícios N. Gonzaga

Regional: SAETO

( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Tocantins )

Presidente: Dr. José Celso Rodrigues Cintra

Vice-Presidente: Dr. Antenor de Muzzio Gripp

Primeiro Tesoureiro: Dra. Patrícia Crisanto G. da Silva

Segundo Tesoureiro: Dra. Valdilei Barbosa Aguiar

Primeiro Secretário: Dr. Jacob Kicheze

Segundo Secretário: Dr. Roberto Correa

Diretora Científica: Dra. Welma Rezende Fuso de Assis

Regional: SAEPB

( Sociedade de Anestesiologia do Estado da Paraíba )

Presidente: Fernando Antônio Forencio dos Santos

Vice-Presidente: Henrique Cesar Feitosa Percira

Secretário Geral: Mônica Isabel Abrantes Leite

Primeiro Secretário: Augusto Márcio de M. Soares

Primeiro Tesoureiro: Felisberto Valério Rodrigues

Segundo Tesoureiro: João Bezerra Junior

Diretor Científico: Gualter Lisboa Ramalho

Diretor Defesa Profissional: Azuil Vieira de Almeida

Regional: SARGS

( Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul )

Presidente: Dr. Jordão Chaves de Andrade

Diretor Administrativo: Dr. Ildo Meyer

Diretor Financeiro: Dr. Alex Torres Giordani

Diretor Científico: Dr. Sérgio Belzarena Gougeon

Regional: SAEPE

( Sociedade de Anestesiologia do Estado de Pernambuco )

Presidente: Ana Maria Menezes Caetano

Vice-Presidente: Carmem Maria Carício Maciel

Secretário-Geral: Luciana Cavalcanti Lima

Diretor Científico: Nádia Maria da Conceição Duarte

Tesoureiro: Jane Auxiliadora Amorim

Segundo Tesoureiro: Maria Ângela de Lima

Diretor Administrativo: Sylvia Vilela Leite

Diretor de ética e def. Prof.: Cristina Barreto C. Roichman

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 10: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 20

Inicialmente, há que se ressaltar a máxima popular, no

sentido de que “a todo trabalho honesto deve corresponder

uma remuneração justa”, o que, inclusive, constitui-se num

verdadeiro princípio geral de direito, contemplado no artigo

XXXIII, item 3, da Declaração Universal dos Direitos do

Homem.

Outrossim, é certo que, de forma geral, o trabalho não

remunerado é tido como trabalho escravo, constituindo

crime previsto na legislação brasileira.

No mesmo diapasão são as prescrições dos artigos 2º e

3º do Código de Ética Médica, in verbis:

“Art. 2º. O alvo de toda atenção do médico é a

saúde do ser humano, em benefício da qual deve agir com o

máximo zelo e o melhor de sua capacidade profissional.

Art. 3º. A fim de que possa exercer a Medicina

com honra e dignidade, o médico deve ter boas condições

de trabalho e ser remunerado de forma justa.” (sublinha-

mos e grifamos)

CODIGO DE ÉTICA MÉDICA

Princípios fundamentais

Art.3 A fim de que possa exercer a Medicina com

honra e dignidade, o médico deve ter boas condições de

trabalho e ser remunerado de forma justa.

Remuneração Profissional

É vedado ao médico:

Art. 86 Receber remuneração pela prestação

de serviços profissionais a preços vis ou extorsivos,

inclusive através de convênios.

Art .90 Deixar de ajustar previamente com o

paciente o custo provável dos procedimentos propostos,

quando solicitado.

Art.100 Deixar de apresentar, separadamente,

seus honorários quando no atendimento ao paciente

participarem outros profissionais.

CODIGO DE ÉTICA MÉDICA

Princípios fundamentais

Remuneração Profissional

1) Um médico não mantém nenhum vínculo

empregatício com um hospital privado. É solicitado às

23:45 horas para prestar assistência a um paciente que

encontra-se em acomodação diferenciada em caráter

particular. Administrar uma anestesia para procedimento

eletivo (programado) não é urgência nem emergência.

Como proceder em face do não recebimento dos honorári-

os a que tem direito?

2) Um médico não mantém convênio com

determinado plano de saúde. Não tem nenhum contrato

de obrigação de prestação de assistência a usuário desse

mesmo plano de saúde, por vários motivos e por se sentir

usado, explorado. É chamado para uma anestesia eletiva.

Como proceder para a cobrança de honorários profissio-

nais, pois sendo anestesiologista, os valores são impostos

pelos planos de saúde e apesar disso não são pagos? Não

recebemos do paciente, não recebemos do cirurgião, não

recebemos do hospital, não recebemos do plano de

saúde, não recebemos da seguradora. O que fazer diante

dessa situação corriqueira?

3) O médico não mantém vínculo empregatício,

não é conveniado com determinado plano de saúde,

Cartão de Saúde, Carteira de Clínicas, etc. Administra

uma anestesia e em virtude da patologia básica, ocorre

uma complicação previsível. Inicia-se um verdadeiro

calvário: Comissão de Ética, ameaças, família do

paciente, o paciente, os amigos do paciente, o hospital, o

delegado, o jornal, o rádio, o Código do Consumidor, etc.

Todavia, não existe nenhuma forma de assegurar o

pagamento dos serviços prestados? É ilícito existir uma

garantia específica de formas de pagamentos?

4) O médico anestesiologista em razão de suas

atividades profissionais dedicadas ao paciente não tem

direito de receber contra prestação pecuniária pelos

serviços que executa? Não pode um médico estipular para

o paciente o valor de seus honorários?

O paciente após o atendimento... O plano de

saúde é perfeito em glosar atos médicos (motivos de

glosas: a cor da caneta, o carimbo, a data, a hora, a falta

de solicitação prévia, etc). A empresa ( o hospital ) busca

apenas seus interesses. Somente o médico fica sempre

exposto a tudo..

PERGUNTAS

PARECER JURÍDICO

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 20

Inicialmente, há que se ressaltar a máxima popular, no

sentido de que “a todo trabalho honesto deve corresponder

uma remuneração justa”, o que, inclusive, constitui-se num

verdadeiro princípio geral de direito, contemplado no artigo

XXXIII, item 3, da Declaração Universal dos Direitos do

Homem.

Outrossim, é certo que, de forma geral, o trabalho não

remunerado é tido como trabalho escravo, constituindo

crime previsto na legislação brasileira.

No mesmo diapasão são as prescrições dos artigos 2º e

3º do Código de Ética Médica, in verbis:

“Art. 2º. O alvo de toda atenção do médico é a

saúde do ser humano, em benefício da qual deve agir com o

máximo zelo e o melhor de sua capacidade profissional.

Art. 3º. A fim de que possa exercer a Medicina

com honra e dignidade, o médico deve ter boas condições

de trabalho e ser remunerado de forma justa.” (sublinha-

mos e grifamos)

CODIGO DE ÉTICA MÉDICA

Princípios fundamentais

Art.3 A fim de que possa exercer a Medicina com

honra e dignidade, o médico deve ter boas condições de

trabalho e ser remunerado de forma justa.

Remuneração Profissional

É vedado ao médico:

Art. 86 Receber remuneração pela prestação

de serviços profissionais a preços vis ou extorsivos,

inclusive através de convênios.

Art .90 Deixar de ajustar previamente com o

paciente o custo provável dos procedimentos propostos,

quando solicitado.

Art.100 Deixar de apresentar, separadamente,

seus honorários quando no atendimento ao paciente

participarem outros profissionais.

CODIGO DE ÉTICA MÉDICA

Princípios fundamentais

Remuneração Profissional

1) Um médico não mantém nenhum vínculo

empregatício com um hospital privado. É solicitado às

23:45 horas para prestar assistência a um paciente que

encontra-se em acomodação diferenciada em caráter

particular. Administrar uma anestesia para procedimento

eletivo (programado) não é urgência nem emergência.

Como proceder em face do não recebimento dos honorári-

os a que tem direito?

2) Um médico não mantém convênio com

determinado plano de saúde. Não tem nenhum contrato

de obrigação de prestação de assistência a usuário desse

mesmo plano de saúde, por vários motivos e por se sentir

usado, explorado. É chamado para uma anestesia eletiva.

Como proceder para a cobrança de honorários profissio-

nais, pois sendo anestesiologista, os valores são impostos

pelos planos de saúde e apesar disso não são pagos? Não

recebemos do paciente, não recebemos do cirurgião, não

recebemos do hospital, não recebemos do plano de

saúde, não recebemos da seguradora. O que fazer diante

dessa situação corriqueira?

3) O médico não mantém vínculo empregatício,

não é conveniado com determinado plano de saúde,

Cartão de Saúde, Carteira de Clínicas, etc. Administra

uma anestesia e em virtude da patologia básica, ocorre

uma complicação previsível. Inicia-se um verdadeiro

calvário: Comissão de Ética, ameaças, família do

paciente, o paciente, os amigos do paciente, o hospital, o

delegado, o jornal, o rádio, o Código do Consumidor, etc.

Todavia, não existe nenhuma forma de assegurar o

pagamento dos serviços prestados? É ilícito existir uma

garantia específica de formas de pagamentos?

4) O médico anestesiologista em razão de suas

atividades profissionais dedicadas ao paciente não tem

direito de receber contra prestação pecuniária pelos

serviços que executa? Não pode um médico estipular para

o paciente o valor de seus honorários?

O paciente após o atendimento... O plano de

saúde é perfeito em glosar atos médicos (motivos de

glosas: a cor da caneta, o carimbo, a data, a hora, a falta

de solicitação prévia, etc). A empresa ( o hospital ) busca

apenas seus interesses. Somente o médico fica sempre

exposto a tudo..

PERGUNTAS

PARECER JURÍDICO

Parecer Jurídico

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 21

Não se admite, portanto, restrições de qualquer natureza a obstar

a plena concretização dos deveres do Médico e, sobretudo, dos

direitos do paciente enquanto ser humano.

A remuneração médica por trabalho praticado, escopo referencial

do supracitado artigo 3º, é direito inalienável e deve estar em

harmonia com a dignidade profissional.

No entanto, incorporada na profissão do Médico há algumas

peculiaridades, na medida em que seu direito a honorários sofre

algumas limitações, mormente no que concerne aos seus deveres

médicos, havendo a necessidade de conciliá-los, sob pena de o

médico ser acusado de omissão de socorro, falta ética ou semelhante.

Neste sentido, há que se ressaltar algumas outras passagens do

Código de Ética Médica, por sua relevância e relacionamento com o

assunto em pauta:

Capítulo I

Art. 8. O médico não pode,

em qualquer circunstância ou sob

qualquer pretexto, renunciar à sua

liberdade profissional, devendo evitar

que quaisquer restrições ou imposições

possam prejudicar a eficácia e correção

de seu trabalho.

...

Art 10. O trabalho médico

não pode ser explorado por terceiros com

objetivos de lucro, finalidade política ou

religiosa.

...

Art. 16. Nenhuma disposição estatutária ou regimental de

hospital ou instituição pública ou privada poderá limitar a escolha por

parte do médico dos meios a serem postos em prática para o

estabelecimento do diagnóstico e para execução do tratamento, salvo

quando em benefício do paciente.

...

Art. 18. As relações do médico com os demais profissiona-

is em exercício na área de saúde devem basear-se no respeito mútuo,

na liberdade e independência profissional de cada um, buscando

sempre o interesse e o bem-estar do paciente.

Capítulo II

É direito do médico:

Art. 20. Exercer a Medicina sem ser discriminado por

questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual,

idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra

natureza.

...

Art. 25. Internar e assistir seus pacientes em hospitais

privados com ou sem caráter filantrópico, ainda que não faça parte de

seu corpo clínico, respeitadas as normas técnicas da instituição.

Capítulo III

É vedado ao médico:

Art. 36. Afastar-se de suas atividades profissionais,

mesmo temporariamente, sem deixar outro médico encarregado do

atendimento de seus pacientes em estado grave.

...

Art. 57. Deixar de utilizar todos os meios disponíveis de

diagnóstico e tratamento a seu alcance em favor do paciente.

Art. 58. Deixar de atender paciente que

procure seus cuidados profissionais em caso de

urgência, quando não haja outro médico ou

serviço médico em condições de fazê-lo.

Capítulo V

É vedado ao médico:

Art. 61. Abandonar paciente sob seus

cuidados.”

Sendo assim, em casos em que haja urgência

no atendimento, não pode o médico pretender

discutir honorários para só então proceder à

prestação do serviço.

De outra sorte, tratando-se exclusivamente da questão da

cobrança de honorários, o Código Civil Brasileiro determina que o

contrato de locação de serviços aplica-se a todas as relações de

trabalho, excluídas do âmbito da legislação trabalhista.

Neste sentido, dispõe o artigo 1.216 do Código Civil que “Toda a

espécie de serviços ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser

contratado mediante retribuição”.

Examinando o artigo em comento conclui-se que qualquer

serviço, seja qual for sua natureza (material, imaterial, braçal ou

intelectual, doméstico ou externo, técnico, etc.), poderá ser locado,

exigindo a lei tão-somente que seja lícito.

Dentre eles estão, sem dúvidas, os serviços médicos colocados à

disposição do cliente (pacientes), mediante remuneração.

Trata-se de um contrato não solene, que pode ser verbal ou por

escrito. A remuneração é o ponto crucial do desfecho da prestação de

serviços; não se podendo presumir a gratuidade; consumada a

efetivação do serviço, há de ser retribuído ou recompensado.

Não se admite, portanto, restrições de qualquer

natureza a obstar a plena concretização dos deveres

do Médico e, sobretudo, dos direitos do paciente enquanto ser humano

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 11: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

O artigo 1.219 do Código Civil preconiza:

“A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por

convenção, ou costume, não houver de ser adiantada, ou paga em

prestações”.

A nossa lei civil não deixa dúvidas quanto à obrigação de remune-

rar, quando efetivamente prestado o serviço.

Ainda neste diapasão, estando evidente a relação contratual,

identifica-se ainda uma relação de consumo do serviço médico

fornecido pelo profissional liberal, na qual a prática da Medicina é

incluída, modernamente, no rol daquelas que se prestam à incidên-

cia da Lei Federal nº 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor),

uma vez que os profissionais liberais em geral são realmente

prestadores de serviços, independentemente da área de atuação

escolhida.

No art. 2º da mencionada Lei tem-se a seguinte definição:

“Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza

produto ou serviço como destinatário final”. O art. 3º, § 2º, afirma

que “Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,

mediante remuneração...”.

Assim, despiciendo arvorar-se em maiores elucubrações para

concluir pelo enquadramento da atividade objeto do contrato médico

como prestação de serviços sujeita, uma vez autorizada, aos ditames

contidos no estatuto protetivo do consumidor. De outra parte,

igualmente inequívoca a condição de consumidor assumida pelo

paciente.

Dentro dos parâmetros acima, tem-se que os honorários médicos

nada mais são do que a retribuição dos serviços profissionais do

médico quando este exerça a sua profissão de forma independente, o

qual, na fixação dos honorários, deve conduzir-se de forma a

considerar as limitações econômicas do paciente, as circunstâncias

do atendimento e a prática local, tudo na forma prescrita pelo artigo

89 do Código de Ética Médica.

Outra disposição do Código de Ética Médica, no seu artigo 90, é a

de que o médico deve ajustar previamente com o paciente o custo

provável dos procedimentos propostos.

E é exatamente nesta disposição que, ao que tudo indica, vem

pecando o Consulente, pois, pelo que demonstra em sua consulta, ele

não vem ajustando de forma satisfatória o valor e o pagamento dos

honorários médicos.

É assim nosso entendimento que o médico pode e deve utilizar-se

de contrato de prestação de serviços vinculado a um título extrajudici-

al, nos casos em que não ajustar o pagamento antecipado de seus

serviços, pois desta forma terá instrumento hábil para ajuizamento de

eventual cobrança respectiva.

No que concerne aos serviços anteriormente prestados, em que

não existe prova do valor da contratação prévia, haverá a necessidade

de arbitramento judicial de honorários médicos, que se dará no

âmbito de ação de cobrança a ser promovida pelo médico cuja prova

da efetiva prestação do serviço pode se dar através da documentação

existente nos hospitais, históricos médicos etc.

Existindo, porém, quaisquer títulos de crédito que não tenham

algum requisito formal que os possa, efetivamente, constituir em

títulos executivos ou tratando-se de títulos de crédito prescritos, resta

ao médico a utilização de Ação Monitória para a obtenção de título

executivo.

São todas opções que devem ser avaliadas por Advogado, a ser

consultado pelo Médico em questão.

É certo, porém, que, uma vez prestados os serviços médicos,

devem os mesmos ser devidamente remunerados, havendo formas

de faze-lo legalmente.

É o Parecer, SMJ.Mauricio Sagboni Montanha TeixeiraAssessor Jurídico - OAB/PR 13.147Mauricio Sagboni Montanha Teixeira

Parcer Jurídico

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 22

Novos MembrosASPIRANTES

Adalgisa Freire Vieira de Rubin

Alexandre Benini Antunes

César José Salazar Leturia

Daniele Freires Alves

Fernando Basilio dos Santos

Fernando Camargo Costa Faria

Igor Serpa Areas

Márcio Alencar de Sousa

Marcos Tulio Rios Teles

Severino Alves Cardoso Neto

ATIVOS

Adriana Mayumi Handa

Adriana Veiga do Pilar Cobra

Alessandra Andreia Florindo

Alex Torres Giordani

Ana Cristina Abreu Mendes

Ana Margarida R. Carneiro de Abreu

ASPIRANTES

ATIVOS

André Ricardo Stüker

Andrea da Costa Moreira

Antonio Bezerra de Vasconcelos Filho

Ayrton Bentes Teixeira

Bruno de Lucena Coutinho

Bruno Paes Lima Ferreira

Célia Diniz Lima

Cesar Romão Martins

Claudio Luciano Frank

Cristiane de Andrade Ferreira

Cyarlen Christie Yano Callado

Daniela Pedroso Ferreira

Flávia de Araújo Tartari

Flávio Guilherme de Oliveira Maia

Flávio Mendonça de Moraes

Frederico Augusto de Souza Santos

Giovana Agostini

Gisele Cristiane Kajimoto

Gleicy Keli Barcelos

Gustavo Cerutti Navarro

Heloisa Alvim do Carmo

Hudson Marcelo da Costa

José Diognes Coutinho Lopes

José Luiz Martins Penachio

José Mário Mangaravite Encinas

Josedir Waichert da Silva

Joyce Gimenes Brandão

Juliana Mendonça Torres

Karine Luciele Grehs Meller

Kelle Duvanel Botelho

Lana Rocha Simão

Lilian Oliveira Brandão

Luciana C. Nascimento Nishimoto

Luciana Gonçalves Lauria Novais

Luciane Marques da Silva

Luiz Antonio Pereira

Luiz Roberto Tazima

Marcio de Oliveira Chiara

Márcio de Sá Faleiros

Maria Alice da Silva Pereira

Mariana Mendes Bumachar

Mauro Correa Camara

Milene Soares Ribeiro

Patricia Telles Soares

Priscila Pelegrini Mussi

Raquel Fernandes Schult

Renato Mendes Santos

Roberto José Reis Tavares

Rodrigo Cunha Antonini

Rogerio Fantoni Martins

Rolando Lo Schiavo

Rose Pereira Cordeiro

Simone Christine F. Duarte Lana

Tadeu Santos Lins

Tania Cristina Carvalho D Borges

Valeska Lanna Ignacchiti

Vanise Barros Rodrigues da Motta

Wladmir de Lima

Paulo Henrique MeloChefe de Gabinete

O artigo 1.219 do Código Civil preconiza:

“A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por

convenção, ou costume, não houver de ser adiantada, ou paga em

prestações”.

A nossa lei civil não deixa dúvidas quanto à obrigação de remune-

rar, quando efetivamente prestado o serviço.

Ainda neste diapasão, estando evidente a relação contratual,

identifica-se ainda uma relação de consumo do serviço médico

fornecido pelo profissional liberal, na qual a prática da Medicina é

incluída, modernamente, no rol daquelas que se prestam à incidên-

cia da Lei Federal nº 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor),

uma vez que os profissionais liberais em geral são realmente

prestadores de serviços, independentemente da área de atuação

escolhida.

No art. 2º da mencionada Lei tem-se a seguinte definição:

“Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza

produto ou serviço como destinatário final”. O art. 3º, § 2º, afirma

que “Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,

mediante remuneração...”.

Assim, despiciendo arvorar-se em maiores elucubrações para

concluir pelo enquadramento da atividade objeto do contrato médico

como prestação de serviços sujeita, uma vez autorizada, aos ditames

contidos no estatuto protetivo do consumidor. De outra parte,

igualmente inequívoca a condição de consumidor assumida pelo

paciente.

Dentro dos parâmetros acima, tem-se que os honorários médicos

nada mais são do que a retribuição dos serviços profissionais do

médico quando este exerça a sua profissão de forma independente, o

qual, na fixação dos honorários, deve conduzir-se de forma a

considerar as limitações econômicas do paciente, as circunstâncias

do atendimento e a prática local, tudo na forma prescrita pelo artigo

89 do Código de Ética Médica.

Outra disposição do Código de Ética Médica, no seu artigo 90, é a

de que o médico deve ajustar previamente com o paciente o custo

provável dos procedimentos propostos.

E é exatamente nesta disposição que, ao que tudo indica, vem

pecando o Consulente, pois, pelo que demonstra em sua consulta, ele

não vem ajustando de forma satisfatória o valor e o pagamento dos

honorários médicos.

É assim nosso entendimento que o médico pode e deve utilizar-se

de contrato de prestação de serviços vinculado a um título extrajudici-

al, nos casos em que não ajustar o pagamento antecipado de seus

serviços, pois desta forma terá instrumento hábil para ajuizamento de

eventual cobrança respectiva.

No que concerne aos serviços anteriormente prestados, em que

não existe prova do valor da contratação prévia, haverá a necessidade

de arbitramento judicial de honorários médicos, que se dará no

âmbito de ação de cobrança a ser promovida pelo médico cuja prova

da efetiva prestação do serviço pode se dar através da documentação

existente nos hospitais, históricos médicos etc.

Existindo, porém, quaisquer títulos de crédito que não tenham

algum requisito formal que os possa, efetivamente, constituir em

títulos executivos ou tratando-se de títulos de crédito prescritos, resta

ao médico a utilização de Ação Monitória para a obtenção de título

executivo.

São todas opções que devem ser avaliadas por Advogado, a ser

consultado pelo Médico em questão.

É certo, porém, que, uma vez prestados os serviços médicos,

devem os mesmos ser devidamente remunerados, havendo formas

de faze-lo legalmente.

É o Parecer, SMJ.Mauricio Sagboni Montanha TeixeiraAssessor Jurídico - OAB/PR 13.147Mauricio Sagboni Montanha Teixeira

Parcer Jurídico

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 22

Novos MembrosASPIRANTES

Adalgisa Freire Vieira de Rubin

Alexandre Benini Antunes

César José Salazar Leturia

Daniele Freires Alves

Fernando Basilio dos Santos

Fernando Camargo Costa Faria

Igor Serpa Areas

Márcio Alencar de Sousa

Marcos Tulio Rios Teles

Severino Alves Cardoso Neto

ATIVOS

Adriana Mayumi Handa

Adriana Veiga do Pilar Cobra

Alessandra Andreia Florindo

Alex Torres Giordani

Ana Cristina Abreu Mendes

Ana Margarida R. Carneiro de Abreu

ASPIRANTES

ATIVOS

André Ricardo Stüker

Andrea da Costa Moreira

Antonio Bezerra de Vasconcelos Filho

Ayrton Bentes Teixeira

Bruno de Lucena Coutinho

Bruno Paes Lima Ferreira

Célia Diniz Lima

Cesar Romão Martins

Claudio Luciano Frank

Cristiane de Andrade Ferreira

Cyarlen Christie Yano Callado

Daniela Pedroso Ferreira

Flávia de Araújo Tartari

Flávio Guilherme de Oliveira Maia

Flávio Mendonça de Moraes

Frederico Augusto de Souza Santos

Giovana Agostini

Gisele Cristiane Kajimoto

Gleicy Keli Barcelos

Gustavo Cerutti Navarro

Heloisa Alvim do Carmo

Hudson Marcelo da Costa

José Diognes Coutinho Lopes

José Luiz Martins Penachio

José Mário Mangaravite Encinas

Josedir Waichert da Silva

Joyce Gimenes Brandão

Juliana Mendonça Torres

Karine Luciele Grehs Meller

Kelle Duvanel Botelho

Lana Rocha Simão

Lilian Oliveira Brandão

Luciana C. Nascimento Nishimoto

Luciana Gonçalves Lauria Novais

Luciane Marques da Silva

Luiz Antonio Pereira

Luiz Roberto Tazima

Marcio de Oliveira Chiara

Márcio de Sá Faleiros

Maria Alice da Silva Pereira

Mariana Mendes Bumachar

Mauro Correa Camara

Milene Soares Ribeiro

Patricia Telles Soares

Priscila Pelegrini Mussi

Raquel Fernandes Schult

Renato Mendes Santos

Roberto José Reis Tavares

Rodrigo Cunha Antonini

Rogerio Fantoni Martins

Rolando Lo Schiavo

Rose Pereira Cordeiro

Simone Christine F. Duarte Lana

Tadeu Santos Lins

Tania Cristina Carvalho D Borges

Valeska Lanna Ignacchiti

Vanise Barros Rodrigues da Motta

Wladmir de Lima

Paulo Henrique MeloChefe de Gabinete

Notícias

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 23

1 Trata o presente de solicitação de informação

pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, quanto

aos valores de remuneração do ato anestésico nos

procedimentos de facectomia realizados em mutirão,

quanto ao que temos a esclarecer:

1.1 Na tabela de procedimentos do SIH-SUS

constam 02 códigos de procedimentos para a

realização de facectomia que são: 36004049

Facectomia sem Implante de Lente Intraocular e

36020052 Facectomia para Implante de Lente

Intraocular, não havendo, entretanto, diferenciação de

valores ou códigos quando da realização ou não por

meio de mutirão.

1.2 Os valores de serviços profissionais das

Facectomias são:

36004049 Facectomia sem Implante de Lente

Intraocular = R$ 101,05

36020052 Facectomia para Implante de Lente

Intraocular = R$ 152,13

1.3 Se houver lançamento no campo de serviços

profissionais da AIH “tipo de ato 6 anestesia”, do

código 36004049 o valor do ato anestésico será de R$

30,31 e no caso do código 36020052 de R$ 45,63,

correspondente a 30% do valor do SP.

1.4 Realizamos análise dos valores dos atos

anestésicos dos procedimentos citados e verificamos

que em alguns casos, em vez do lançamento de um dos

códigos de procedimento facectomia no campo serviços

profissionais com “tipo de ato 6”, houve lançamentos

do código 45000050 anestesia correspondente a 68

pontos, tendo então sido efetuado o rateio de pontos,

ocorrendo portanto variação de valor.

2 Há casos ainda, em que o Hospital possui

índice de valorização de emergência, por exemplo,

podendo incidir um adicional de 10 a 25% sobre o valor

do procedimento e conseqüentemente sobre o ato

anestésico.

3 Em face do exposto e considerando que

podem existir muitas variáveis para a valoração,

sugerimos que caso persista a dúvida, que seja enviada

cópia de um contra cheque em específico, emitido pelo

DATASUS, para que possamos analisar com maior

detalhamento e informar com exatidão o ocorrido.

4 Ao DECAS, conforme solicitado.

Naira De Bem AlvesCoordenadora GeralNaira De Bem Alves

Remuneração do ato anestésico nos procedimentos de facectomia realizados em mutirão.

De ordem do Senhor Secretário, Dr. Renilson Rehem de Souza, reporto-me ao Ofício C.SBA nº 05103, de 23 de

outubro de 2002, por meio do qual Vossa Senhoria solicita informações acerca dos valores de remuneração do ato

anestésico nos procedimentos de facectomia realizados em mutirão.

Tendo em vista que as atribuições afetam a esta Secretaria de Assistência à Saúde, encaminho, anexa, cópia do

Parecer Técnico emitido pela Coordenação-Geral de Sistemas de Informação Ambulatorial e Hospitalar, desta SAS, no

qual ressalta que na Tabela de Procedimentos do SIH/SUS constam dois códigos de procedimentos para a realização da

facectomia, o de nº 36004049 - Facectomia sem Implante de Lente Intraocular) e o de nº 36020052 - Facectomia para

Implante de Lente Intraocular), não havendo, entretanto, diferenciação de valores ou códigos quando da realização ou

não por meio de mutirão.

Coordenação Geral de Sistemas de Informação Ambulatorial e Hospitalar, em 18/11/2002.

Ref.: Ofício CSBA 05103/2002 (25000.134653/2002 92)

Ass.: Remuneração de anestesia em facectomia

INT.: Sociedade Brasileira de anestesiologia

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 12: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 24

PORTARIA CFO-SEC - 032/2002

Regula o uso da anestesia local e da anestesia geral na prática da Odontologia.

O Presidente do Conselho Federal de Odontologia, no uso de suas atribuições regimentais, cumprindo deliberação do Plenário,

em Reunião realizada no dia 04 de outubro de 2002,

Considerando que a Lei nº 5081, de 24 de agosto de 1966, que regula o exercício da Odontologia em todo o território nacional,

no artigo 6º especifica a competência do cirurgião-dentista no uso da anestesia nos seguintes termos:

"Art. 6º. Compete ao cirurgião-dentista:

...

V - aplicar anestesia local e troncular;

VI - empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente

habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento.";

Considerando que o legislador considerou

prudente situar essa competência em incisos

diversos e sendo taxativo e explícito que, pelo

seu enunciado, o inciso V é auto aplicável e o

sentido da expressão "aplicar anestesia local e

troncular" é claro e amplo;

Considerando que, no inciso VI do artigo 6º da Lei

nº 5081/66, o legislador, usando a expressão

"empregar a analgesia" (bem como a hipnose), cuidou

de subordinar o seu uso, emprego, prescrição, administra-

ção, ou simplesmente a sua aplicação, pelo cirurgião-

dentista, a duas condições essenciais: "desde que comprova-

damente habilitado" e "quando constituírem meios eficazes

para o tratamento";

Considerando que o legislador, com reconhecida prudência, ao inserir no texto, como condição para o emprego da analgesia, a

necessidade dela se constituir em meio eficaz para o tratamento, certamente o fez com o intuito de se evitar a sua generalização e

prática excessiva e desnecessária; e,

Considerando que, pelo acordo firmado na Reunião Conjunta do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Federal de

Odontologia, foi considerada "prática atentatória à ética a solicitação e/ou a realização de anestesia geral em consultório de cirurgião-

dentista, de médico ou em ambulatório",

RESOLVE:

Art. 1º. O cirurgião-dentista poderá operar paciente submetido a qualquer um dos meios de anestesia geral, desde que sejam

atendidas as exigências cautelares recomendadas para o seu emprego.

Art. 2º. O cirurgião-dentista somente poderá executar trabalhos profissionais em pacientes sob anestesia geral quando a mesma

for executada por profissional médico especialista e em ambiente hospitalar que disponha das indispensáveis condições comuns a

ambientes cirúrgicos.

Art. 3º. Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação na Imprensa Oficial, revogadas as disposições em contrário.

Regulamentação do uso da anestesia local e da anestesia geral na prática da Odontologia.

Marcos Luis Macedo de Santana, CDSecretário-geral

Miguel Álvaro Santiago Nobre, CDPresidente

Notícias

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 25

Software aponta erros médicos

Fonte: BBC News

Prevenir erros. Esse foi o objetivo central do anestesiologista Steve Bolsin ao desenvolver um

sistema de computador que possibilita aos alunos de especialização em anestesiologia

identificar os próprios "deslizes" durante procedimentos médicos.

Trata-se de um software implantado num pequeno computador de mão, que permite

aos alunos gravarem todas as etapas dos procedimentos que estão realizando. As

informações, então, são passadas para uma central, voltada a analisar a performance

dos novos profissionais.

O sistema já está sendo implantado em alguns hospitais da Austrália país em

que hoje trabalha o britânico Bolsin. Segundo ele, por meio do software, “temos

identificado áreas em que os alunos vêm demonstrando segurança suficiente para

atuarem, depois da fase de especialização. Por outro lado, observamos que outros

necessitam de maior tempo de supervisão. Caso contrário, podem colocar em risco os

pacientes".

Um estudo recente publicado no The Medical Journal of Australia mostrou pelo menos 50 erros em cerca de 1.600 procedimen-

tos, num período de sete meses. Tais resultados fizeram com que várias instituições australianas procurassem o sistema.

Apenas para dar-se uma idéia: a Medical Defense Association, entidade sediada no estado de Victoria, Austrália, está adquirindo

os softwares, com o objetivo de diminuir o número de reclamações por negligência.

Informarmos que o endereço do site do Conselho Federal

de Medicina é www.portalmedico.org.br e não como foi

informado no Release Coletiva Diretrizes.

Site do Conselho Federal de Medicina

Telas do site

do Conselho

Federal de

Medicina

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Page 13: LAYOUT RA FINAL - forhard.com.br · 7.000 exemplares Distribuição Gratuita IMPORTANTE Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet ... ex-presidente da SAESP, tendo

Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 26Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 26

Calendário Científico

20 a 22 XXVII Jornada Norte-nordeste De Anestesiologia

Ouro Branco Praia Hotel - João Pessoa/PB

Informações: Saepb (83)244-8822

20 a 23 XXV Congreso Colombiano De Anestesiologia Y Reanimacion Bogotá, Colômbia

10 a 12 Jornada Sul-brasileira De Anestesiologia Curitiba/PR Informações: (41) 352-7421

24 a 26 - Jornada De Anestesiologia Do Estado Do Rio De Janeiro Jaerj Hotel Sheraton Rio De Janeiro/RJ

Informações Saerj: (21) 2541-6091 [email protected]

16 a 18 - 37ª Jornada Paulista De Anestesiologia Jopa Maksoud Plaza São Paulo/SP

Informações Saesp: (11) 3673-1388 [email protected]

31/MAIO a 03/JUNHO Congresso Europeu De Anestesia Euroanesthesia - Glasgow - Escócia

01 a 07 12TH European Congress Of Anaesthesiology Esa/eaa/censa/wfsa Birmingham Uk

Contact: [email protected]

25 a 28 - Congresso Ibero-latino-americano (cila) E Congresso Luso-espanhol De Anestesiologia Aveiro / Portugal

26 a 29 37ª Jornada De Anestesiologia Do Sudeste Brasileiro Jasb E Xiv Jornada Mineira De Anestesiologia Belo Horizonte/MG

1 a 2 XV Jornada Norteriogrande De Anestesiologia Mossoró/RN

14 a 16 34º Jornada De Anestesiologia Do Brasil Central Goiânia/goiás Tema Oficial: “bloqueio No Neuro-eixo Consenso E Atualização”

23 a 27 IV Curso Preparatório Ao Tsa Norte/nordeste Salvador/BA

10 a 13 32º Congresso Argentino De Anestesiologia Mendoza/Argentina

13 a 14 Encontro Mineiro De Anestesiologia Governador Valadares/MG.

19 a 20 XIV Jargs Jornada De Anestesiologia Do Rio Grande Do Sul Passo Fundo/RS

20 22

20 23

10 12

24 26

16 18

31/MAIO 03/JUNHO

01 07

25 28

26 29

1 2

14 16

23 27

10 13

13 14

19 20

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

AGOSTO

SETEMBRO

11 a 15 Asa Annual Meeting San Francisco Usa

Contact: [email protected]

16 a 19 XXXI Congresso Chileno De Anestesiologia

Contato: [email protected] e http://www.socanestesia.cl

10 a 15 - XXVII Congresso Latino-americano De Anestesiologia -

Guatemala - www.clasa2003.guatemala.org

15 a 19 50º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Brasília /DF

18 a 23 13TH World Congress Of Anaesthesiologists Palais De

Congres Paris France - Contact: [email protected]

23 a 27 Asa Annual Meeting Las Vegas Usa

Contact: [email protected]

51º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Curitiba/PR

52º Congresso Brasileiro De Anestesiologia - Goiânia/GO

53º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Rio De Janeiro/RJ

54º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Natal/RN

XIV Congresso Mundial De Anestesiologia Durban - Africa Do Sul

55º Congresso Brasileiro De Anestesiologia São Paulo/SP

14TH World Congress Of Anaesthesiologists - Durba South Africa

Contact: [email protected]

56º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Salvador/BA

57º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Gramado/RS

58º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Fortaleza/CE

59º Congresso Brasileiro De Anestesiologia - A Definir

60º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Aracaju/SE

11 15

16 19

10 15

15 19

18 23

23 27

51º

52º

53º

54º

XIV

55º

14TH

56º

57º

58º

59º

60º

OUTUBRO

2004 - ABRIL

2005

2006

2007

NOVEMBRO

OUTUBRO

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Sociedade Brasileira de Anestesiologia