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Anestesia em revista é uma publicação da
Socidedade Brasileira de Anestesiologia
Departamento de Anestesiologia da
Associação Médica Brasileira
Rua Professor Alfredo Gomes, 36
Botafogo - Rio de Janeiro
22.251-080 - RJ
Tel.: (21) 2537-8100
Fax.: (21) 2537-8188
Conselho Editorial
Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Dra. Consuelo Plemont Maia
Dr. Luiz Carlos Bastos Salles
Dr. Ismar Lima Cavalcanti
Dr. James Toniolo Manica
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Responsável
James Toniolo Manica
Programação Visual
Profile Design
Revisor
Marcelo Cajueiro
Impressão e Acabamento
Mosaico Artes Gráficas
Capa
xxxxxxxxxxxx
Tiragem
7.000 exemplares
Distribuição Gratuita
IMPORTANTE
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www.sba.com.br
Editorial .........................................................................................5
Cartas ............................................................................................6
Perguntas e Respostas ....................................................................9
Matéria da Capa...........................................................................14
Novos Membros ...........................................................................22
Calendário Científico Oficial da SBA...............................................26
Dr. Mário Conceição
O que pode nos levar do riso ao choro...........................................16
Dr. Sérgio Tenório
O significado da significância estatística.........................................17
Nova diretoria SBA.......................................................................19
Nova diretoria das regionais .........................................................19
Expediente
Artigos
Divulgação
Indice´
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 3
Código de ética médica .................................................................20
Parecer Jurídico
Remuneração do ato anestésico nos
procedimentos de facectomia realizados em mutirão .....................23
Regulamentação do uso da anestesia local
e da anestesia geral na prática da odontologia ..............................24
Software aponta erros médicos .....................................................25
Site do Conselho Federal de Medicina ............................................25
Notícias
Publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia - ANO 53 - N - 01/2003 - janeiro/fevereiro
Anestesia
A SBA está entrando em seu53º Aniversário. Voltemos à Julho de 1950para ver como era a Revista naquela época...
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 4 Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 5
No Brasil, atualmente, vêm aumentando as
demandas judiciais impetradas por paciente contra
os seus médicos, o que tem provocado nos últimos
anos, apreensão entre anestesiologistas.
Apesar da obrigação em ressarcir o dano causado
ao paciente, por causa de imprudência, negligência,
ou de imperícia, já estar prevista no Código Civil
Brasileiro desde 1916, só a partir de meados da
década passada, com o aumento do número de
ações cíveis contra médicos, é que o assunto passou
a ser motivo de preocupação por parte desses
profissionais, chegando atualmente, a tomar
contornos de uma verdadeira paranóia.
Vários fatores têm concorrido para que o assunto
tome tal magnitude: o desconhecimento da
legislação relativa ao tema
por parte da maioria dos
colegas dos médicos; o tom
dramático com que o
assunto tem sido abordado;
a conscientização dos
pacientes, que já não
aceitam passivamente um
resultado desfavorável; e por
último e talvez o que
requeira nossa maior atenção, é o interesse de
setores da sociedade, em implantar no Brasil, o
seguro por "mal-prática".
Entendemos que o pavor de ser "processado", da
forma como ele tem se instalado entre nós, é
relativamente descabido.
Existe um problema importante a ser enfrentado,
no qual o médico, apesar de aparentemente ser a
parte mais vulnerável, pode reverter em seu favor
esse quadro, desde que passe a praticar regularmen-
te uma série de condutas profiláticas que permitam
enfrentar com relativa tranqüilidade, uma demanda
judicial.
Nesse sentido, por mais óbvio que pareça ser, a
prevenção das ações judiciais contra o anestesiolo
gista começa pela condução do ato anestésico de
maneira essencialmente ética, particularmente no
tocante a observação intransigente das resoluções
normativas do Conselho Federal de Medicina que
tratam do assunto.
Além disso, e, não menos importante, é a adoção
das seguintes medidas no pré-operatório: estabele-
cer uma boa relação médico-paciente, respeitando-
se, na medida do possível, à vontade dele; realizar a
avaliação clínica pré-anestésica com a devida
antecedência, se possível durante uma consulta pré-
anestésica; elaborar documento em linguagem
simples e clara que indique que o paciente, ou o seu
responsável, foi devidamente esclarecido sobre o
procedimento anestésico - inclusive os riscos - da
técnica que virá a ser executada, e ainda que ele
consentiu em ser submetido
à cirurgia sob anestesia.
No trans-anestésico:
permanecer ao lado do
paciente durante todo o ato
anestésico-cirúrgico; não
r e a l i z a r a n e s t e s i a s
simultâneas; registrar de
forma legível todos os atos
praticados durante a anestesia, elaborado preferen-
cialmente em mais de uma via; evitar a utilização de
técnicas sobre a qual existam poucas evidências
clínicas quanto a sua eficácia e segurança, ou para a
qual não esteja devidamente treinado; não deixar de
tomar para com o paciente os cuidados normais,
que qualquer profissional zeloso tomaria.
Finalmente, não seria exagero afirmar que se
todo ato anestésico for conduzido de forma
essencialmente ética e observado as medidas
profiláticas acima mencionadas, mesmo frente a um
insucesso, o médico dificilmente será acionado
judicialmente, e mesmo que venha a ser, o êxito da
parte demandante é improvável.
A Conduta Ética do Anestesiologista e a profilaxia de demandas judiciais
Dr. Esaú Magalhães FilhoPresidente da SBA
Dr. Esaú Magalhães Filho
...se todo ato anestésico for conduzido
de forma essencialmente ética
e observado as medidas profiláticas
acima mencionadas, mesmo frente
a um insucesso, o médico dificilmente
será acionado judicialmente...
A SBA está entrando em seu53º Aniversário. Voltemos à Julho de 1950para ver como era a Revista naquela época...
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 4 Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 5
No Brasil, atualmente, vêm aumentando as
demandas judiciais impetradas por paciente contra
os seus médicos, o que tem provocado nos últimos
anos, apreensão entre anestesiologistas.
Apesar da obrigação em ressarcir o dano causado
ao paciente, por causa de imprudência, negligência,
ou de imperícia, já estar prevista no Código Civil
Brasileiro desde 1916, só a partir de meados da
década passada, com o aumento do número de
ações cíveis contra médicos, é que o assunto passou
a ser motivo de preocupação por parte desses
profissionais, chegando atualmente, a tomar
contornos de uma verdadeira paranóia.
Vários fatores têm concorrido para que o assunto
tome tal magnitude: o desconhecimento da
legislação relativa ao tema
por parte da maioria dos
colegas dos médicos; o tom
dramático com que o
assunto tem sido abordado;
a conscientização dos
pacientes, que já não
aceitam passivamente um
resultado desfavorável; e por
último e talvez o que
requeira nossa maior atenção, é o interesse de
setores da sociedade, em implantar no Brasil, o
seguro por "mal-prática".
Entendemos que o pavor de ser "processado", da
forma como ele tem se instalado entre nós, é
relativamente descabido.
Existe um problema importante a ser enfrentado,
no qual o médico, apesar de aparentemente ser a
parte mais vulnerável, pode reverter em seu favor
esse quadro, desde que passe a praticar regularmen-
te uma série de condutas profiláticas que permitam
enfrentar com relativa tranqüilidade, uma demanda
judicial.
Nesse sentido, por mais óbvio que pareça ser, a
prevenção das ações judiciais contra o anestesiolo
gista começa pela condução do ato anestésico de
maneira essencialmente ética, particularmente no
tocante a observação intransigente das resoluções
normativas do Conselho Federal de Medicina que
tratam do assunto.
Além disso, e, não menos importante, é a adoção
das seguintes medidas no pré-operatório: estabele-
cer uma boa relação médico-paciente, respeitando-
se, na medida do possível, à vontade dele; realizar a
avaliação clínica pré-anestésica com a devida
antecedência, se possível durante uma consulta pré-
anestésica; elaborar documento em linguagem
simples e clara que indique que o paciente, ou o seu
responsável, foi devidamente esclarecido sobre o
procedimento anestésico - inclusive os riscos - da
técnica que virá a ser executada, e ainda que ele
consentiu em ser submetido
à cirurgia sob anestesia.
No trans-anestésico:
permanecer ao lado do
paciente durante todo o ato
anestésico-cirúrgico; não
r e a l i z a r a n e s t e s i a s
simultâneas; registrar de
forma legível todos os atos
praticados durante a anestesia, elaborado preferen-
cialmente em mais de uma via; evitar a utilização de
técnicas sobre a qual existam poucas evidências
clínicas quanto a sua eficácia e segurança, ou para a
qual não esteja devidamente treinado; não deixar de
tomar para com o paciente os cuidados normais,
que qualquer profissional zeloso tomaria.
Finalmente, não seria exagero afirmar que se
todo ato anestésico for conduzido de forma
essencialmente ética e observado as medidas
profiláticas acima mencionadas, mesmo frente a um
insucesso, o médico dificilmente será acionado
judicialmente, e mesmo que venha a ser, o êxito da
parte demandante é improvável.
A Conduta Ética do Anestesiologista e a profilaxia de demandas judiciais
Dr. Esaú Magalhães FilhoPresidente da SBA
Dr. Esaú Magalhães Filho
...se todo ato anestésico for conduzido
de forma essencialmente ética
e observado as medidas profiláticas
acima mencionadas, mesmo frente
a um insucesso, o médico dificilmente
será acionado judicialmente...
Editorial
"
"
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Dr. André Parreira de Castro
Dr. André Parreira de Castro
Como é do conhecimento de V.Sa, ratifico a informação
de minha mudança do país. A partir de 20 de dezembro,
encerro minhas atividades no Brasil. A partir de 2 de janeiro
de 2003, assumo os cargos de Professor Associado do
Departamento de Anestesia da Universidade de Toronto e
Diretor de Anestesia Obstétrica do Hospital Mount Sinai,
em Toronto, Canadá.
Nesta oportunidade, gostaria de solicitar meu desliga-
mento do Corpo de Membros Ativos da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia, a partir de 20 de dezembro de
2002. Sendo já membro ativo da Canadian
Anesthesiologist´s Society (55796), solicito que me
forneçam as instruções para adesão como Membro
Estrangeiro da SBA.
Aproveito para registrar o meu orgulho e a minha
satisfação de ter participado ativamente da sociedade
Brasileira de Anestesiologia ao longo destes anos,
convivendo com amigos e colegas tão brilhantes e tão
especiais.
Nossa distância será apenas física. É impossível
descartar esta história tão gratificante que foi minha vida
profissional no Brasil, na SBA e as SAESP. Não há barreiras
para as amizades que conquiste.
Não sei como lhe agradecer o envio (sem ônus!) da
preciosidade bibliográfica, verdadeiro cimélio, com que fui
regalado.
Meu sincero muito obrigado!
Estou encaminhando, com meus efusivos prolfaças (=
parabéns, mas que diz mais: que PROLE FAÇA, que
prolifere tal exemplo de trabalho científico, artístico e
sublimado. Vai aos operosos autores e ofereço "ex-conde")
uma obra, que, segundo reza a história, depois da obra de
Réclus na França (1890) que propôs a anestesia local
infietrativa, com os anestésicos mais seguros que a cocaína
produzidos na época.
Segue-se a proposta de Bier em Berlim (1910) para
anestesia em membros (não isenta de riscos).
É de 1912 a 1ª edição da "Anestesia Regional" * de
Victor Pauchet, médico cirurgião de Paris e filósofo (obras
escatológicas produziu e muitos na área da medicina).
Victor Pauchet dirigiu a edição da famosa "Nouvelle
Pratique Chirurgicale Ilustrée", revista com esquemas
explícitos, que ensinaram técnicas inteligentes de
cirurgiões autorizados e apoiados por Pauchet (eu mesmo
aprendi nesta preciosa revista excelente técnica que,
preservando a 1º metafásico, mantém a mancha normal,
A "Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo -
SAESP", vem informar
a V.Sas. com grande pesar o falecimento do Dr. Hernani
Schvartz,
ex-presidente da SAESP, tendo exercido o mandato no
biênio 1980/1981.
A SADIF cumpre o doloroso dever de comunicar o
falecimento de seu membro ativo Dra. Luciana Ferreira
Peres, matrícula nº 10822, ocorrido em Brasília no dia
14/11/2002. Solicitamos divulgação e o cumprimento das
disposições estatutárias.
Outrossim, queremos ratificar o passamento do membro
ativo Dr. Manoel Antônio Pereira Lapa, em 21/08/1996,
tendo em vista detectarmos notas e publicações como se
ainda exercesse atividades associativas.
Há poucas horas recebi uma triste notícia,do falecimento de um
grande amigo,colega e exímio profissional anestesiologista,Dr. Lóris
Ferrari Sinto-me honrado por ter sido um dos poucos entre os
inúmeros colegas cirurgiões plásticos a ter minhas pacientes
por ele anestesiadas
Sempre sentirei saudades de sua conduta ética e humana
Jamais me esquecerei daquele indivíduo que nunca abandonou,por
um momento sequer,um paciente na sala de cirurgia
Lembro ainda que,sem qualquer sombra de dúvida,foi um
dos,senão o mais hábil executor dos bloqueios epidurais torácicos
neste país
Até um dia,meu grande amigo.
É chegada a hora de celebrarmos o fim de mais um ano e começar-
mos a traçar estratégias para 2003. Infelizmente, não temos muito o
que comemorar, pois todos sabemos que 2002 foi mais um ano de
grandes dificuldades para o segmento. Mas o importante, neste
momento de crise, é termos chegado ao final de mais um ano com a
certeza do dever cumprido. Daqui para frente, não podemos desani-
mar, temos que continuar lutando pela defesa de nossos direitos e
sobrevivência de nosso segmento.
Ao longo de 2002, a FEHERJ (Federação dos Hospitais e
Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro)
trabalhou muito para galgar conquistas para o setor. Em 2003, a
entidade continuará firme na representação dos interesses e reivindica-
ções do setor de saúde junto aos órgãos competentes. Queremos
participar cada vez mais das decisões e discussões nacionais e, desta
forma, contribuir para o desenvolvimento do setor, ajudando na
É com muita satisfação que recebemos o ofício da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia, informando a composição da nova
direção, ano 2003. A diretoria do Sindicato dos Médicos do Rio de
Janeiro, parabeniza o colega e os demais diretores eleitos e deseja exito
a nova gestão. Esperamos que possamos aproximar mais as nossas
diretorias nos projetos em defesa do trabalho médico. Expressamos os
votos de estima e consideração
Preciosidades Bibliográficas
Aviso de Falecimento I
Aviso de Falecimento II
Simpósio recursos Humanos
Grande Perda
Título
Parabéns a Nova Diretoria da SBA
plantígrada do Homem, que as técnicas hoje usadas pelos
ortopedistas no Brasil usam. Nestas o paciente fica 60 a
90 dias sem conseguir andar - homem não é digitígrado -
enquanto na primeira técnica francesa anda com oito dias,
e corretamente).
Saí do assunto mais para apresentar o prof. Pauchet,
que no "Anesthésie Régionale" usa dos tão bem elaborados
desenhos esquemáticos.
Desculpe-me o estado do volume. É de lastimar-se a
inexorável ação cronolítica.
Meu abraço e todo meu respeito e gratidão aos
dedicados autores.
Obrigado!
*anestesia froncular é sinônimo de anestesia regional e
há a loco-regional quando associada a anestesia regional
ao método de Réclus. Já Bloqueio é termo saxônico (inglês
block).
José Carlos Almeida Carvalho
Cassio Galvão Monteiro
Dr. David FerezPresidente SAESP
Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira
Estimados colegas aprovecho este medio para
informarles sobre el próximo Simposio a realizarse en
nuestra ciudad, y que forma parte de la actividad cientifica
de la Sociedad de Anestesiología de Bahia Blanca. Claudio
Simpósio Recursos Humanos
Mudança para o Canadá Morlan.- La Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca, informa que
durante los días viernes 15 y sábado 16 de noviembre de 2002 se
realizará en nuestra ciudad el Xº Simposio Bahiense de Anestesiología
sobre "Recursos Humanos". Disertarán en dicho evento autoridades de
la Federación Argentina de Asociaciones de Anestesiología, Analgesia y
Reanimación (FAAAAR), Asociación de Anestesiología y Reanimación
de Buenos Aires (AARBA) y de la Sociedad de Anestesiología de Bahía
Blanca.
El tema cobra importancia en estos momentos, donde la
optimización de los recursos destinados a la formación de especialistas
debe ser canalizada de una manera racional y eficiente de acuerdo a la
realidad de nuestro país. Estas Instituciones Científicas son las
encargadas de fijar normas al respecto apuntando a la excelencia en la
formación, capacitación y atención del paciente.
También se comentará los alcances y objetivos de la Ley Superior de
Educación que regula esta capacitación.
Inscripción e informes: Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca.
San Martín 70 piso 3 oficina 46. Tel: 0291-4550375.
Prof. Thara Tritrakarn
Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira
Dear friends and colleagues
I am writing to you in my capacity as Chairman of the Organizing
Committee of the 7th Biennial Congress of Asian and Oceanic Society
of Regional Anesthesia and Pain Medicine ( 7th AOSRA-PM), which is
scheduled to be held in Bangkok, Thailand from the 5th to the 8th of
November, 2003. The AOSRA Congresses are anesthesiological
events held in the Asian and Oceanic region every 2 years. This time it
will be hosted by the Royal College of Anesthesiologists of Thailand. We
expected to have more than 800 participants from all over the
world. In addition, a group of famous anesthesiologists from Europe,
America and other countries, has been invited as guest speakers of the
congress.
The scientific program committee of this congress has considered
the promotion of regional anesthesia and the interventional pain
management as the important and highlighted topics. Lectures ,
symposia and free workshops have been organized through out the
congress for participants to learn various techniques of neural
blockades and interventional pain management from the experts.
I would like to invite you and your colleagues to attend this
congress. Beside the interesting scientific program, we have prepared
social program for participants to enjoy the renown Thai hospitality,
historical heritage and the internationally acclaimed cuisine. For more
information, please visit our web site:
www.cdmthailand.com/html/aosra.html
Or : hhtp://www.cdmthailand.com and click on 7th AOSRA-PM
Or contact : 7th AOSRA-PM Secretatiat, CDM Thailand, 39 Pradipat
10, Phaholyothin Road 11, Phayathai, Bangkok 10400, Thailand.
Tel. 66 02615 7301. Fax: 66 02615 7309
e-mail: [email protected]
It will be appreciated if you would post the information of the
congress in your bulletin or electronic information board.
I look forward to seeing many of our friends and colleagues once
again and taking this opportunity to welcome you all to the 7th AOSRA-
PM Congress at Bangkok in November 2003
Dr. André Parreira de Castro
Dr. André Parreira de Castro
Como é do conhecimento de V.Sa, ratifico a informação
de minha mudança do país. A partir de 20 de dezembro,
encerro minhas atividades no Brasil. A partir de 2 de janeiro
de 2003, assumo os cargos de Professor Associado do
Departamento de Anestesia da Universidade de Toronto e
Diretor de Anestesia Obstétrica do Hospital Mount Sinai,
em Toronto, Canadá.
Nesta oportunidade, gostaria de solicitar meu desliga-
mento do Corpo de Membros Ativos da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia, a partir de 20 de dezembro de
2002. Sendo já membro ativo da Canadian
Anesthesiologist´s Society (55796), solicito que me
forneçam as instruções para adesão como Membro
Estrangeiro da SBA.
Aproveito para registrar o meu orgulho e a minha
satisfação de ter participado ativamente da sociedade
Brasileira de Anestesiologia ao longo destes anos,
convivendo com amigos e colegas tão brilhantes e tão
especiais.
Nossa distância será apenas física. É impossível
descartar esta história tão gratificante que foi minha vida
profissional no Brasil, na SBA e as SAESP. Não há barreiras
para as amizades que conquiste.
Não sei como lhe agradecer o envio (sem ônus!) da
preciosidade bibliográfica, verdadeiro cimélio, com que fui
regalado.
Meu sincero muito obrigado!
Estou encaminhando, com meus efusivos prolfaças (=
parabéns, mas que diz mais: que PROLE FAÇA, que
prolifere tal exemplo de trabalho científico, artístico e
sublimado. Vai aos operosos autores e ofereço "ex-conde")
uma obra, que, segundo reza a história, depois da obra de
Réclus na França (1890) que propôs a anestesia local
infietrativa, com os anestésicos mais seguros que a cocaína
produzidos na época.
Segue-se a proposta de Bier em Berlim (1910) para
anestesia em membros (não isenta de riscos).
É de 1912 a 1ª edição da "Anestesia Regional" * de
Victor Pauchet, médico cirurgião de Paris e filósofo (obras
escatológicas produziu e muitos na área da medicina).
Victor Pauchet dirigiu a edição da famosa "Nouvelle
Pratique Chirurgicale Ilustrée", revista com esquemas
explícitos, que ensinaram técnicas inteligentes de
cirurgiões autorizados e apoiados por Pauchet (eu mesmo
aprendi nesta preciosa revista excelente técnica que,
preservando a 1º metafásico, mantém a mancha normal,
A "Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo -
SAESP", vem informar
a V.Sas. com grande pesar o falecimento do Dr. Hernani
Schvartz,
ex-presidente da SAESP, tendo exercido o mandato no
biênio 1980/1981.
A SADIF cumpre o doloroso dever de comunicar o
falecimento de seu membro ativo Dra. Luciana Ferreira
Peres, matrícula nº 10822, ocorrido em Brasília no dia
14/11/2002. Solicitamos divulgação e o cumprimento das
disposições estatutárias.
Outrossim, queremos ratificar o passamento do membro
ativo Dr. Manoel Antônio Pereira Lapa, em 21/08/1996,
tendo em vista detectarmos notas e publicações como se
ainda exercesse atividades associativas.
Há poucas horas recebi uma triste notícia,do falecimento de um
grande amigo,colega e exímio profissional anestesiologista,Dr. Lóris
Ferrari Sinto-me honrado por ter sido um dos poucos entre os
inúmeros colegas cirurgiões plásticos a ter minhas pacientes
por ele anestesiadas
Sempre sentirei saudades de sua conduta ética e humana
Jamais me esquecerei daquele indivíduo que nunca abandonou,por
um momento sequer,um paciente na sala de cirurgia
Lembro ainda que,sem qualquer sombra de dúvida,foi um
dos,senão o mais hábil executor dos bloqueios epidurais torácicos
neste país
Até um dia,meu grande amigo.
É chegada a hora de celebrarmos o fim de mais um ano e começar-
mos a traçar estratégias para 2003. Infelizmente, não temos muito o
que comemorar, pois todos sabemos que 2002 foi mais um ano de
grandes dificuldades para o segmento. Mas o importante, neste
momento de crise, é termos chegado ao final de mais um ano com a
certeza do dever cumprido. Daqui para frente, não podemos desani-
mar, temos que continuar lutando pela defesa de nossos direitos e
sobrevivência de nosso segmento.
Ao longo de 2002, a FEHERJ (Federação dos Hospitais e
Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro)
trabalhou muito para galgar conquistas para o setor. Em 2003, a
entidade continuará firme na representação dos interesses e reivindica-
ções do setor de saúde junto aos órgãos competentes. Queremos
participar cada vez mais das decisões e discussões nacionais e, desta
forma, contribuir para o desenvolvimento do setor, ajudando na
É com muita satisfação que recebemos o ofício da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia, informando a composição da nova
direção, ano 2003. A diretoria do Sindicato dos Médicos do Rio de
Janeiro, parabeniza o colega e os demais diretores eleitos e deseja exito
a nova gestão. Esperamos que possamos aproximar mais as nossas
diretorias nos projetos em defesa do trabalho médico. Expressamos os
votos de estima e consideração
Preciosidades Bibliográficas
Aviso de Falecimento I
Aviso de Falecimento II
Simpósio recursos Humanos
Grande Perda
Título
Parabéns a Nova Diretoria da SBA
plantígrada do Homem, que as técnicas hoje usadas pelos
ortopedistas no Brasil usam. Nestas o paciente fica 60 a
90 dias sem conseguir andar - homem não é digitígrado -
enquanto na primeira técnica francesa anda com oito dias,
e corretamente).
Saí do assunto mais para apresentar o prof. Pauchet,
que no "Anesthésie Régionale" usa dos tão bem elaborados
desenhos esquemáticos.
Desculpe-me o estado do volume. É de lastimar-se a
inexorável ação cronolítica.
Meu abraço e todo meu respeito e gratidão aos
dedicados autores.
Obrigado!
*anestesia froncular é sinônimo de anestesia regional e
há a loco-regional quando associada a anestesia regional
ao método de Réclus. Já Bloqueio é termo saxônico (inglês
block).
José Carlos Almeida Carvalho
Cassio Galvão Monteiro
Dr. David FerezPresidente SAESP
Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira
Estimados colegas aprovecho este medio para
informarles sobre el próximo Simposio a realizarse en
nuestra ciudad, y que forma parte de la actividad cientifica
de la Sociedad de Anestesiología de Bahia Blanca. Claudio
Simpósio Recursos Humanos
Mudança para o Canadá Morlan.- La Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca, informa que
durante los días viernes 15 y sábado 16 de noviembre de 2002 se
realizará en nuestra ciudad el Xº Simposio Bahiense de Anestesiología
sobre "Recursos Humanos". Disertarán en dicho evento autoridades de
la Federación Argentina de Asociaciones de Anestesiología, Analgesia y
Reanimación (FAAAAR), Asociación de Anestesiología y Reanimación
de Buenos Aires (AARBA) y de la Sociedad de Anestesiología de Bahía
Blanca.
El tema cobra importancia en estos momentos, donde la
optimización de los recursos destinados a la formación de especialistas
debe ser canalizada de una manera racional y eficiente de acuerdo a la
realidad de nuestro país. Estas Instituciones Científicas son las
encargadas de fijar normas al respecto apuntando a la excelencia en la
formación, capacitación y atención del paciente.
También se comentará los alcances y objetivos de la Ley Superior de
Educación que regula esta capacitación.
Inscripción e informes: Sociedad de Anestesiología de Bahía Blanca.
San Martín 70 piso 3 oficina 46. Tel: 0291-4550375.
Prof. Thara Tritrakarn
Edisio Pereira e Glaycon Fernandes Pereira
Dear friends and colleagues
I am writing to you in my capacity as Chairman of the Organizing
Committee of the 7th Biennial Congress of Asian and Oceanic Society
of Regional Anesthesia and Pain Medicine ( 7th AOSRA-PM), which is
scheduled to be held in Bangkok, Thailand from the 5th to the 8th of
November, 2003. The AOSRA Congresses are anesthesiological
events held in the Asian and Oceanic region every 2 years. This time it
will be hosted by the Royal College of Anesthesiologists of Thailand. We
expected to have more than 800 participants from all over the
world. In addition, a group of famous anesthesiologists from Europe,
America and other countries, has been invited as guest speakers of the
congress.
The scientific program committee of this congress has considered
the promotion of regional anesthesia and the interventional pain
management as the important and highlighted topics. Lectures ,
symposia and free workshops have been organized through out the
congress for participants to learn various techniques of neural
blockades and interventional pain management from the experts.
I would like to invite you and your colleagues to attend this
congress. Beside the interesting scientific program, we have prepared
social program for participants to enjoy the renown Thai hospitality,
historical heritage and the internationally acclaimed cuisine. For more
information, please visit our web site:
www.cdmthailand.com/html/aosra.html
Or : hhtp://www.cdmthailand.com and click on 7th AOSRA-PM
Or contact : 7th AOSRA-PM Secretatiat, CDM Thailand, 39 Pradipat
10, Phaholyothin Road 11, Phayathai, Bangkok 10400, Thailand.
Tel. 66 02615 7301. Fax: 66 02615 7309
e-mail: [email protected]
It will be appreciated if you would post the information of the
congress in your bulletin or electronic information board.
I look forward to seeing many of our friends and colleagues once
again and taking this opportunity to welcome you all to the 7th AOSRA-
PM Congress at Bangkok in November 2003
Cartas
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 7Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 6
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 8
Dr. Armando FonsecaPresidente da SBPC/ML
Título
Edson Oliveira de AndradePresidente do Conselho Federal de Medicina
Acusamos e agradecemos o recebimento do Ofício C.SBA
057/2002, protocolado neste Conselho sob o nº 6758/2002,
informando a composição da nova Diretoria dessa Sociedade Brasileira
de Anestesiologia.
Certos de que essa Diretoria saberá orientar os objetivos do
segmento profissional que representa em benefício da sociedade
brasileira, manifestamos a V.Sa. e demais membros eleitos nossos
votos de uma profícua gestão.
Título
Dra. Gildete Sales Lessa
Acusamos recebimento da composição da nova diretoria da
Sociedade Brasileira de Anestesiologia, para o período de 01/01/2003
a 31/12/2003.
Parabenizamos nova a Diretoria, desejando profícua gestão.
Título
Gilcéia C. Miranda
A Academia Nacional de Medicina congratula-se com a SBA
augurando profícua gestão à nova Diretoria.
Título Recebemos e agradecemos o comunicado sobre a constituição da
nova Diretoria da SBA - Sociedade Brasileira de Anestesiologia, o qual
agradecemos.
Parabenizamos a nova Diretoria pela posse ocorrida e estamos
certos de que suas realizações contribuirão ainda mais para o cresci-
mento e enobrecimento dessa entida
solução de impasses, na mediação das crises e na criação de novas
estratégias de crescimento. Para isso, continuaremos promovendo a
união do segmento, através do diálogo franco e aberto entre as
lideranças de todas as entidades representativas de classe, seja na
esfera federal, estadual ou municipal. Acreditamos que só através
dessa troca e reunião de forças seremos capazes de nos tornar
suficientemente fortes para lutar pelas nossas causas e assim preservar
a saúde do Brasil.
Torcemos para que o ano que se anuncia seja de boas notícias e que
possamos respirar um pouco mais aliviados. Desejamos a todos um
Natal de muita paz e saúde e um ano (verdadeiramente) Novo com
boas perspectivas e importantes conquistas.
João Carlos de Souza AbrahãoPresidente da FEHERJ
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 8
Dr. Armando FonsecaPresidente da SBPC/ML
Título
Edson Oliveira de AndradePresidente do Conselho Federal de Medicina
Acusamos e agradecemos o recebimento do Ofício C.SBA
057/2002, protocolado neste Conselho sob o nº 6758/2002,
informando a composição da nova Diretoria dessa Sociedade Brasileira
de Anestesiologia.
Certos de que essa Diretoria saberá orientar os objetivos do
segmento profissional que representa em benefício da sociedade
brasileira, manifestamos a V.Sa. e demais membros eleitos nossos
votos de uma profícua gestão.
Título
Dra. Gildete Sales Lessa
Acusamos recebimento da composição da nova diretoria da
Sociedade Brasileira de Anestesiologia, para o período de 01/01/2003
a 31/12/2003.
Parabenizamos nova a Diretoria, desejando profícua gestão.
Título
Gilcéia C. Miranda
A Academia Nacional de Medicina congratula-se com a SBA
augurando profícua gestão à nova Diretoria.
Título Recebemos e agradecemos o comunicado sobre a constituição da
nova Diretoria da SBA - Sociedade Brasileira de Anestesiologia, o qual
agradecemos.
Parabenizamos a nova Diretoria pela posse ocorrida e estamos
certos de que suas realizações contribuirão ainda mais para o cresci-
mento e enobrecimento dessa entida
solução de impasses, na mediação das crises e na criação de novas
estratégias de crescimento. Para isso, continuaremos promovendo a
união do segmento, através do diálogo franco e aberto entre as
lideranças de todas as entidades representativas de classe, seja na
esfera federal, estadual ou municipal. Acreditamos que só através
dessa troca e reunião de forças seremos capazes de nos tornar
suficientemente fortes para lutar pelas nossas causas e assim preservar
a saúde do Brasil.
Torcemos para que o ano que se anuncia seja de boas notícias e que
possamos respirar um pouco mais aliviados. Desejamos a todos um
Natal de muita paz e saúde e um ano (verdadeiramente) Novo com
boas perspectivas e importantes conquistas.
João Carlos de Souza AbrahãoPresidente da FEHERJ
Perguntas e Respostas
Dra. Consuelo Plemont MaiaSecretária Geral da SBA
Caros colegas gostaria, se possível,
de receber dados atualizados sobre
jejum pré-operatório em crianças,
bem como novos parâmetros sobre
hipertensão arterial relacionados à
anestesia.
Caros colegas gostaria, se possível,
de receber dados atualizados sobre
jejum pré-operatório em crianças,
bem como novos parâmetros sobre
hipertensão arterial relacionados à
anestesia.
Independente do fato de haver ou
não passado no exame, afinal, esse
não era o objetivo principal, me senti
humilhado e desrespeitado pelas
condições em que foi realizado o
teste.
Pela quantia cobrada pela
inscrição - uma anuidade da SBA,
certo? - esperava um mínimo de
condições físicas para sua execução.
Cadeiras inconfortáveis e sem nem
ao menos braços onde pudesse ser
apoiada a folha de respostas.
Não fomos avisados de que o teste
também avaliasse condições físicas
dos participantes.
Quer me parecer que devido ao
pequeno número de participantes -
não mais que 500 - poderia ser
adotada uma folha de respostas mais
adequada.
Ao fazer esse comentário a um dos
Independente do fato de haver ou
não passado no exame, afinal, esse
não era o objetivo principal, me senti
humilhado e desrespeitado pelas
condições em que foi realizado o
teste.
Pela quantia cobrada pela
inscrição - uma anuidade da SBA,
certo? - esperava um mínimo de
condições físicas para sua execução.
Cadeiras inconfortáveis e sem nem
ao menos braços onde pudesse ser
apoiada a folha de respostas.
Não fomos avisados de que o teste
também avaliasse condições físicas
dos participantes.
Quer me parecer que devido ao
pequeno número de participantes -
não mais que 500 - poderia ser
adotada uma folha de respostas mais
adequada.
Ao fazer esse comentário a um dos
Tenemos el agrado de dirigirnos a
Ud. con el fin de solicitarle nos
informen sobre la presencia, situación
laboral y actuación de anestesiólogos
extranjeros en el ámbito de la
Sociedad que preside.
Tenemos el agrado de dirigirnos a
Ud. con el fin de solicitarle nos
informen sobre la presencia, situación
laboral y actuación de anestesiólogos
extranjeros en el ámbito de la
Sociedad que preside.
O assunto "jejum pré-operatório em cri-
anças" encontra-se no artigo: Ortenzi
AV, D'Ottaviano CR jejum pré-
operatório e o paciente de estômago
cheio In: Vianna PTG et al Atualização
em Anestesiologia II. São Paulo,
Âmbito Editores Ltda, 1996, 94-
106p. Este livro foi distribuído pela
SAESP a todos os seus associados.
Com relação ao assunto de hiperten-
são arterial sugerimos o livro texto:
Manica J Anestesiologia - Princípios e
Técnicas 2a. edição, Porto Alegre,
Artes Médicas, 1997.
1 O médico estrangeiro, independente-
mente de sua especialidade, só pode
trabalhar no Brasil após ter seu
diploma de médico revalidado por uma
Universidade Federal.
2 Caso seu diploma seja revalidado o
médico está autorizado a fazer seu
registro no Conselho de Medicina e aí
então pode exercer sua atividade pro-
fissional.
3 O Título de Especialista em Anestesi-
Jejum pré-operatórioem crianças
Título
Título
Pergunta
Pergunta
Pergunta
Resposta
Resposta
ologia, nestes casos, só pode ser con-
cedido pela Sociedade Brasileira de
Anestesiologia. A concessão do TEA é
feita mediante aprovação em duas pro-
vas (escrita e oral) realizadas em anos
diferentes durante o Congresso Brasile-
iro de Anestesiologia.
4 O médico estrangeiro também pode
realizar programa de residência
médica nas diferentes especialidades,
inclusive Anestesiologia. Neste caso
ele só pode atuar no serviço onde está
realizando seu programa de residência
médica. Não obtém registro no Conse-
lho de Medicina e está impedido de
atuar fora do serviço ao qual está vin-
culado.
5 Não sabemos se existem médicos
estrangeiros atuando na especialidade
de anestesiologia em nosso País. Na
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
só são aceitos médicos estrangeiros
após cumprirem as exigências aponta-
das nos itens 1, 2 e 3
Dr. Carlos Alberto P. de MouraPresidente da SBA
fiscais presentes, a resposta foi de
que todos os vestibulares são feitos
dessa forma. Deve-se levar em conta
que nós, anestesiologistas, temos
alguns anos a mais.
Não digo que deveríamos ser
recebidos em um restaurante francês,
embora isso fosse até possível, mas,
mereceríamos ao menos cadeiras
apropriadas.
Todos gostamos de ser considera-
dos crianças em alguns aspectos,
mas, fazer uma divisão em grupos
diferentes para evitar cola, equivale a
nos tratar como colegiais irresponsá-
veis.
Pessoalmente, resolvi tentar o TSA
mais como uma forma de me manter
estudando. Seria um objetivo, uma
meta. Continuará sendo, se os srs
puderem me dizer que o próximo
exame poderá contar com pelo menos
um apoio para responder os testes.
Já estamos acostumados ao
desrespeito das "autoridades"
governamentais, dos médicos
travestidos de administradores que
pululam nos hospitais, etc. Porém,
dói muito mais o tratamento imposto
pelos próprios colegas de especialida-
de.
fiscais presentes, a resposta foi de
que todos os vestibulares são feitos
dessa forma. Deve-se levar em conta
que nós, anestesiologistas, temos
alguns anos a mais.
Não digo que deveríamos ser
recebidos em um restaurante francês,
embora isso fosse até possível, mas,
mereceríamos ao menos cadeiras
apropriadas.
Todos gostamos de ser considera-
dos crianças em alguns aspectos,
mas, fazer uma divisão em grupos
diferentes para evitar cola, equivale a
nos tratar como colegiais irresponsá-
veis.
Pessoalmente, resolvi tentar o TSA
mais como uma forma de me manter
estudando. Seria um objetivo, uma
meta. Continuará sendo, se os srs
puderem me dizer que o próximo
exame poderá contar com pelo menos
um apoio para responder os testes.
Já estamos acostumados ao
desrespeito das "autoridades"
governamentais, dos médicos
travestidos de administradores que
pululam nos hospitais, etc. Porém,
dói muito mais o tratamento imposto
pelos próprios colegas de especialida-
de.
A Diretoria da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia, ciente dos motivos que
o levaram a reclamação quanto ao des-
conforto enfrentado pelos candidatos a
prova escrita para obtenção do Título
Superior em Anestesiologia, em nome
desta Sociedade e da Comissão Execu-
tiva do 49º Congresso Brasileiro de
Anestesiologia pede sinceras descul-
pas pelos transtornos enfrentados.
As Comissões Executivas de Congres-
sos futuros, serão orientadas para que
tais inconvenientes não voltem a ocor-
rer.
Quanto a folha de resposta, informa-
mos que neste caso, nada podemos
fazer pois, este é o único formulário
que a leitora ótica reconhece para que
a correção possa ser feita de forma ele-
trônica. Este equipamento foi adqui-
Resposta
Cartas
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 9
Curiosidades da 1º edição doAnestesia em revista - 1950
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 11Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 10
Dra. Consuelo Plemont MaiaSecretária Geral da SBA
Naira De Bem AlvesCoordenadora Geral1 - Trata o presente de solicitação de
informação pela Sociedade Brasileira de
Anestesiologia, quanto aos valores de
remuneração do ato anestésico nos
procedimentos de facectomia realizados em
mutirão, quanto ao que temos a esclarecer:
1.1 - Na tabela de procedimentos do SIH-SUS
constam 02 códigos de procedimentos para a
realização de facectomia que são: 36004049
- Facectomia sem Implante de Lente
Intraocular e 36020052 - Facectomia para
Implante de Lente Intraocular, não havendo,
entretanto, diferenciação de valores ou códigos
quando da realização ou não por meio de
mutirão.
1.2 - Os valores de serviços profissionais das
Facectomias são:
36004049 - Facectomia sem Implante de
Lente Intraocular = R$ 101,05
36020052 - Facectomia para Implante de
Lente Intraocular = R$ 152,13
1.3 - Se houver lançamento no campo de
serviços profissionais da AIH "tipo de ato 6 -
anestesia", do código 36004049 o valor do
ato anestésico será de R$ 30,31 e no caso do
cód igo 36020052 de R$ 45,63,
correspondente a 30% do valor do SP.
1.4 Realizamos análise dos valores dos atos
anestésicos dos procedimentos citados e
verificamos que em alguns casos, em vez do
lançamento de um dos códigos de
procedimento facectomia no campo serviços
profissionais com "tipo de ato 6", houve
lançamentos do código 45000050 - anestesia
correspondente a 68 pontos, tendo então sido
efetuado o rateio de pontos, ocorrendo
portanto variação de valor.
2 - Há casos ainda, em que o Hospital possui
índice de valorização de emergência, por
exemplo, podendo incidir um adicional de 10
a 25% sobre o valor do procedimento e
conseqüentemente sobre o ato anestésico.
3 - Em face do exposto e considerando que
Resposta
Estamos trabalhando na área de
oftalmologia - SUS, e gostaríamos de obter
informações de como vocês estão sendo
remunerados nas cirurgias de facectomia da
Campanha Catarata, pois temos encontrado
constantes dificuldades nas negociações com
os Diretores de Hospitais, o que gerou aqui
uma desigualdade de remuneração nos
Estamos trabalhando na área de
oftalmologia - SUS, e gostaríamos de obter
informações de como vocês estão sendo
remunerados nas cirurgias de facectomia da
Campanha Catarata, pois temos encontrado
constantes dificuldades nas negociações com
os Diretores de Hospitais, o que gerou aqui
uma desigualdade de remuneração nos
Título
Título
Pergunta
Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA
A melhor maneira de negociar, processar
contas e receber das operadoras de saúde é
através da Cooperativa que em seu Estado
existe. Os custos são menores, a relação é de
pessoa jurídica com pessoa jurídica e a
possibilidade de recurso de glosa bem
sucedido também é maior. Assim, embora sua
firma para tal fim já tenha sido criada,
sugerimos que entre em contato com a
Cooperativa dos Anestesiologistas do Rio de
Janeiro para o suporte adequado.
Resposta
Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA
Sendo a colega do Estado de São Paulo a
nossa sugestão é procurar os serviços de
Anestesia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP ou o do Hospi-
tal São Paulo da UNIFESP, em São Paulo - Cap-
ital. No interior do Estado a nossa sugestão é
procurar os seguintes serviços de Anestesia:
Hospital das Clínicas da UNICAMP, em
Campinas;
Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto, em Ribeirão
Preto;
Hospital de Base da Faculdade de Medicina
de São José do Rio Preto. A nossa sugestão é
que haja contato pessoal com o Responsável
pelo Serviço de Anestesiologia, depois de
agendamento prévio.
Resposta
Gostaria de saber os serviços que fazer
anestesia para transplante hepático e a
pessoa responsável para que eu pudesse
conhecer e talvez tentar um estágio.
Gostaria de saber os serviços que fazer
anestesia para transplante hepático e a
pessoa responsável para que eu pudesse
conhecer e talvez tentar um estágio.
Pergunta
Somos oito colegas anestesiologistas,
todos membros da SBA, da distante cidade
de Itaperuna RJ. Atendemos três hospitais na
cidade, sendo a maioria SUS. Há duas
escalas de sobreaviso sem que, com isso,
recebamos nada da prefeitura, que deveria
ser a responsável pelo atendimento. A
cobrança dos honorários dos pacientes de
convênio é feita pelos hospitais e é
desorganizada, levando-nos ao prejuízo.
Somos oito colegas anestesiologistas,
todos membros da SBA, da distante cidade
de Itaperuna RJ. Atendemos três hospitais na
cidade, sendo a maioria SUS. Há duas
escalas de sobreaviso sem que, com isso,
recebamos nada da prefeitura, que deveria
ser a responsável pelo atendimento. A
cobrança dos honorários dos pacientes de
convênio é feita pelos hospitais e é
desorganizada, levando-nos ao prejuízo.
Título
Pergunta Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA
Você pode fazer facilmente esta consulta
entrando no Portal da BIREME :
http://www.bireme.br, em seguida clicar em :
terminologia em saúde, em seguida clicar em:
consulta ao DeCS, em seguida consulta por
palavra: (escrever o termo)
A resposta virá em Português, Inglês e
Espanhol
Resposta
Estou precisando de um dicionário
médico português-inglês para tirar dúvidas
sobre termos médicos anestesiológicos, de
preferência on-line. Gostaria de uma
indicação, já que não encontrei no nosso site.
Estou precisando de um dicionário
médico português-inglês para tirar dúvidas
sobre termos médicos anestesiológicos, de
preferência on-line. Gostaria de uma
indicação, já que não encontrei no nosso site.
Gostaria de saber se o médico que faz
anestesiologia só pela SBA (sem o MEC)
pode fazer mestrado e doutorado
Gostaria de saber se o médico que faz
anestesiologia só pela SBA (sem o MEC)
pode fazer mestrado e doutorado
Título
Título
Pergunta
Pergunta
A SBA é uma Sociedade de Especialidade é
associada à Associação Médica Brasileira.
No Brasil a Residência Médica destina-se ao
ensino da Especialidade Médica que no caso
pode ser a Anestesiologia. A Pós-Graduação
"Lato-Sensu" é um termo em desuso que
significa estudo para uma especialização.
A Pós-Graduação "Strito-Sensu" é uma etapa
posterior, ou seja, destina-se a formação de
Mestres e Doutores para a Carreira
Universitária e é administrada pela CAPES
cujo site é www.capes.gov.br. A SBA
administra Centros de Ensino e Treinamento
em Anestesiologia destinados a formação do
Especialista em Anestesiologia.
Para que estas informações fiquem claras a
SBA editou um folder que está sendo
distribuído a todos os alunos das Faculdades
de Medicina do Brasil.
Esta está seguindo anexo. No caso específico
da UFF, existem: 1- Curso de Pós-Graduação
2- Residência Médica 3- Curso de
Especialização em CET/SBA Aqueles que só
fizerem o Curso de Pós Graduação não terão
Título de Especialista, pois este só é concedido
a quem fez Residência Médica ou Curso de
Especialização em CET/SBA. Com relação a
terceira questão sugerimos entrar em contato
com a AMIB.
Resposta
Sou interno da Universidade Gama Filho e
escrevo para solicitar um favor de grande
valia para minha escolha profissional, que
seria o esclarecimento de algumas dúvidas
listadas a seguir:
Sou interno da Universidade Gama Filho e
escrevo para solicitar um favor de grande
valia para minha escolha profissional, que
seria o esclarecimento de algumas dúvidas
listadas a seguir:
Título
Pergunta
Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA
Sou residente de Anestesiologia e gostaria
de obter dados estatísticos sobre analgesia
em trabalho de parto, especificamente
peridural. Gostaria de poder comparar
índices anuais, o quanto cresceu o
percentual do uso de tal técnica após a
portaria que garante às gestantes atendidas
pelo SUS, e, se possível, cópia desta portaria
(a portaria em vigor).
Sou residente de Anestesiologia e gostaria
de obter dados estatísticos sobre analgesia
em trabalho de parto, especificamente
peridural. Gostaria de poder comparar
índices anuais, o quanto cresceu o
percentual do uso de tal técnica após a
portaria que garante às gestantes atendidas
pelo SUS, e, se possível, cópia desta portaria
(a portaria em vigor).
Título
Pergunta
Os membros deste comitê desconhecem
dados estatísticos na SBA que demonstrem os
índices percentuais de analgesia de parto e
técnicas utilizadas.
Em 1994 o comitê realizou uma pesquisa
publicada em 1995, no Anestesia em Revista,
nº 2/95, onde se identifica para analgesia de
parto, a preferência pela técnica Peridural de
29 Cets dos 67 que responderam ao
questionário na época. Porém não identifica o
percentual de analgesia realizada. Na
pesquisa que fizemos este ano com os Cets,
visando dados para o fórum de Obstetrícia,
identificamos que 46% dos serviços que
responderam o questionário, utilizam a técnica
combinada (raque peridural), mas a
preferência ainda recai sobre a técnica
Peridural. Acreditamos que em breve teremos
todos esses dados, pois esse é um dos
principais objetivos do comitê de anestesia
obstétrica da SBA: Criar um banco de dados
estatísticos da realidade brasileira da anestesia
obstétrica, além de criar as diretrizes brasileira
da anestesiologia obstétrica.
Quanto às portarias do Ministério da Saúde
que abordam sobre a analgesia de parto são a:
2815 de 1998 e 572 de 2000
(remuneração).
Resposta
rido pela SBA, já há alguns anos, e desde
então o resultado da prova tem sido obtido em
tempo record. Justamente, pelo número de ins-
critos não ser muito grande e por ser a prova
aplicada apenas uma vez por ano, não justifica
um investimento caro com a aquisição de
outro tipo de equipamento. Não justifica tam-
bém, voltarmos a efetuar a correção de forma
manual, pois antigamente a Comissão pas-
sava o dia inteiro corrigindo as provas e ainda
corria o risco de cometer erros.
Acreditamos que um local e acomodação apro-
priada resolverão o problema
Dra. Consuelo Plemont MaiaSecretária Geral da SBA
Caros colegas gostaria, se possível, de
receber dados atualizados sobre jejum pré-
operatório em crianças, bem como novos
parâmetros sobre hipertensão arterial
relacionados à anestesia.
Caros colegas gostaria, se possível, de
receber dados atualizados sobre jejum pré-
operatório em crianças, bem como novos
parâmetros sobre hipertensão arterial
relacionados à anestesia.
O assunto "jejum pré-operatório em crianças"
encontra-se no artigo: Ortenzi AV, D'Ottaviano
CR jejum pré-operatório e o paciente de estô-
mago cheio In: Vianna PTG et al Atualização
em Anestesiologia II. São Paulo, Âmbito Edito-
res Ltda, 1996, 94- 106p. Este livro foi distri-
buído pela SAESP a todos os seus associados.
Com relação ao assunto de hipertensão arte-
rial sugerimos o livro texto: Manica J Anestesi-
ologia - Princípios e Técnicas 2a. edição, Porto
Alegre, Artes Médicas, 1997.
TítuloPergunta
Resposta
podem existir muitas variáveis para a
valoração, sugerimos que caso persista a
dúvida, que seja enviada cópia de um contra
cheque em específico, emitido pelo DATASUS,
para que possamos analisar com maior
detalhamento e informar com exatidão o
ocorrido.
4 - Ao DECAS, conforme solicitado.
Fizemos uma reunião e resolvemos
montar uma firma para melhor nos
representar. Gostaríamos que o senhor nos
informasse sobre estas firmas já existentes,
principalmente aí no Sul, sobre os estatutos,
contratos, formas de cobrança dos convênios
ou nos orientasse como conseguir mais
informações.
Fizemos uma reunião e resolvemos
montar uma firma para melhor nos
representar. Gostaríamos que o senhor nos
informasse sobre estas firmas já existentes,
principalmente aí no Sul, sobre os estatutos,
contratos, formas de cobrança dos convênios
ou nos orientasse como conseguir mais
informações.
Perguntas e Respostas
diversos serviços. Alguns oftalmologistas
dispensaram a presença do anestesiologista,
outros recebem o valor de R$45, R$35 ou
até R$27,00 por cada procedimento.
Desconhecemos se outras entidades se
posicionaram nesta questão, e no momento
aguardamos respostas.
diversos serviços. Alguns oftalmologistas
dispensaram a presença do anestesiologista,
outros recebem o valor de R$45, R$35 ou
até R$27,00 por cada procedimento.
Desconhecemos se outras entidades se
posicionaram nesta questão, e no momento
aguardamos respostas.
1 - Qual o conceito da SBA sobre a pós-
graduação latu sensu da UFF?
2- O Certificado de Especialista obtido ao
final da pós-graduação latu sensu tem a
mesma equivalência ao obtido ao final de um
programa de residência médica em
anestesiologia?
3- O Certificado de Especialista obtido ao
final da pós-graduação latu sensu serviria
como pré-requisito para prova de Titulação
em Terapia Intensiva da AMIB? Ou seria
necessário prestar o TSA?
1 - Qual o conceito da SBA sobre a pós-
graduação latu sensu da UFF?
2- O Certificado de Especialista obtido ao
final da pós-graduação latu sensu tem a
mesma equivalência ao obtido ao final de um
programa de residência médica em
anestesiologia?
3- O Certificado de Especialista obtido ao
final da pós-graduação latu sensu serviria
como pré-requisito para prova de Titulação
em Terapia Intensiva da AMIB? Ou seria
necessário prestar o TSA?
Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA
Para a realização do Mestrado ou Doutorado
não existem critérios rígidos de pré-requisitos.
Estes pré-requisitos variam a depender do
Regimento do curso de Pós-Graduação de
cada Instituição
Resposta
Raquel R. PereiraPres. do Com. de Anest. Obstétrica da SBA
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Solicito que me seja enviado, se possível,
algum parecer que fale sobre o transporte de
paciente no Centro Cirúrgico para exames e
da obrigatoriedade do anestesiologista em
conduzi-lo da UTI ao local do exame
Solicito que me seja enviado, se possível,
algum parecer que fale sobre o transporte de
paciente no Centro Cirúrgico para exames e
da obrigatoriedade do anestesiologista em
conduzi-lo da UTI ao local do exame
Pergunta
Dr. Dr. Roberto Bastos da Serra Freire Diretor Depto.Def.Profissional da SBA
Quanto aos seus questionamentos temos a
informar que não é do nosso conhecimento
qualquer parecer que contemple o argüido, ou
seja da obrigatoriedade de conduzir pacientes
da UTI para realização de exames. Podemos
deduzir que a responsabilidade desse paciente
é do médico da UTI, que certamente tem for-
mação e condições de praticar tal ato. No
entanto se para a realização de determinado
método diagnóstico há necessidade de seda-
ção ou mesmo anestesia, no caso de pacientes
não cooperativos ou crianças, evidente que
nosso concurso é pertinente.
Resposta
Dr. Dr. Roberto Bastos da Serra Freire Diretor Depto.Def.Profissional da SBA
Em primeiro lugar obrigado pela sua corres-
pondência e preocupação a respeito do
assunto em tela. A resposta via SBA é protoco-
lar e não se preocupe quanto à publicação no
Anestesia em Revista, que por norma não é
identificada, mas mesmo assim não será vei-
culada. A questão lançada já causou muitos
desajustes em Jornadas e Congressos. Parece
até que a melhor coisa a se fazer seja mesmo
não permitir a gravação. No entanto essa é
uma decisão que fica a critério das Comissões
Executivas e do palestrante, que é solicitado a
autorizar ou não a filmagem. Os conferencistas
nada percebem do apurado pela dita firma. A
promessa é de envio de uma fita com a sua par-
ticipação. Isso acredito eu reforça ainda mais a
sua tese.
Resposta
Sou médica anestesiologista do estado de
Pernambuco e tenho uma dúvida que
gostaria de esclarecer. Em primeiro lugar,
peço desculpas por estar escrevendo para
seu e-mail particular e não para o da SBA. O
motivo é que acho minha dúvida um pouco
supérflua e tive medo dela ser publicada na
Anestesia em revista. Desde que cheguei do
congresso em Joinville tenho sido abordada
através do telefone por uma firma de São
Paulo, acho que de nome parecido com
Telemed, cujo telefone é 011-55748020,
oferecendo as aulas do congresso em vídeo
ou disco. A minha pergunta é a seguinte: Os
profissionais anestesiologistas que prepara-
ram as aulas recebem participação neste tipo
de comércio?
Não acho justo e não comprarei jamais
uma fita em que o responsável pela aula não
esteja sendo prestigiado pela firma em
questão. Já ligaram para mim oferecendo um
curso completo de neuroanestesia pelo
Mizumoto-SP, a JOPA, etc. Eles sabem?
Lembro de um episódio num congresso em
que a Carmem Narvaes Belo proibiu a
gravação da aula dela e teve que falar
Sou médica anestesiologista do estado de
Pernambuco e tenho uma dúvida que
gostaria de esclarecer. Em primeiro lugar,
peço desculpas por estar escrevendo para
seu e-mail particular e não para o da SBA. O
motivo é que acho minha dúvida um pouco
supérflua e tive medo dela ser publicada na
Anestesia em revista. Desde que cheguei do
congresso em Joinville tenho sido abordada
através do telefone por uma firma de São
Paulo, acho que de nome parecido com
Telemed, cujo telefone é 011-55748020,
oferecendo as aulas do congresso em vídeo
ou disco. A minha pergunta é a seguinte: Os
profissionais anestesiologistas que prepara-
ram as aulas recebem participação neste tipo
de comércio?
Não acho justo e não comprarei jamais
uma fita em que o responsável pela aula não
esteja sendo prestigiado pela firma em
questão. Já ligaram para mim oferecendo um
curso completo de neuroanestesia pelo
Mizumoto-SP, a JOPA, etc. Eles sabem?
Lembro de um episódio num congresso em
que a Carmem Narvaes Belo proibiu a
gravação da aula dela e teve que falar
TítuloPergunta
diretamente com o técnico de sala. No
congresso do ano passado, em Recife, o
assunto foi posto em votação e fizemos um
grande movimento contra essa prática.
Nenhuma palestra foi gravada em Recife.
Acho que vocês, que preparam aulas,
atualizam-se constantemente para engrande-
cer a anestesiologia no país, viajam constan-
temente e abrem mão da vida pessoal para
isto, deveriam normatizar este tipo de
comércio, feito às custas do trabalho de
vocês.
diretamente com o técnico de sala. No
congresso do ano passado, em Recife, o
assunto foi posto em votação e fizemos um
grande movimento contra essa prática.
Nenhuma palestra foi gravada em Recife.
Acho que vocês, que preparam aulas,
atualizam-se constantemente para engrande-
cer a anestesiologia no país, viajam constan-
temente e abrem mão da vida pessoal para
isto, deveriam normatizar este tipo de
comércio, feito às custas do trabalho de
vocês.
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 12
Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente da SBA
Desconhecemos a existência deste
equipamento.
Uma abordagem técnica sobre o uso de
anestésicos inalatórios, em misturas com altas
concentrações de oxigênio ou oxigênio e óxido
nitroso, está descrita no capítulo 11, páginas
300 303, do livro Electricity, Safety and the
Patient, de Bruner J.M.R. e Leonard P.F., sob o
título Controversies and Confusions.
Os anestésicos inalatórios utilizados na prática
clínica atual são fornecidos aos pacientes em
misturas com concentrações de oxigênio que
variam de 25% a 100%. A esta mistura pode
ser adicionado o óxido nitroso em
concentrações de até 70%.
A presença de agentes combustíveis com altas
concentrações de oxigênio, ou oxigênio e óxido
nitroso, podem levar a constituição de
misturas inflamáveis e explosivas que podem
ser deflagadas com uma fonte de ignição.
Nas salas de cirurgias e especialmente no cam-
po operatório são utilizadas diversas fontes
que produzem calor e centelhas, propiciando o
cenário para a existência de incêndio e
explosões. Substâncias com componentes
alcoólicos e outros combustíveis ainda fazem
parte da prática diária dos processos de
assepsia em muitos estabelecimentos.
Campos cirúrgicos (tecidos e similares que
cobrem o paciente) são de algodão e/ou fibras
de materiais sintéticos inflamáveis. Em alguns
procedimentos, sobre estes campos pode
ocorrer a formação de misturas ricas em
oxigênio, óxido nitroso e anestésico inalatório
com o risco aumentado para a ocorrência de
incêndio e explosões.
Os gases administrados e expirados pelo
paciente são provenientes de diversos tipos de
sistemas, que estão classificados nos livros de
anestesiologia com metodologias baseadas
em critérios diferentes. Alguns autores utilizam
o fluxo como um elemento de classificação. O
fluxo e o tempo de administração são
importantes na determinação da massa
administrada e expirada pelo paciente,
portanto presente no ambiente, se não for
expurgada. Devemos levar em consideração
que mesmo com fluxos baixos (menor massa
na unidade de tempo) as concentrações dos
agentes combustíveis ainda continuam
elevadas. Do ponto de vista prático deve ser
Resposta
Resposta
Gostaria de saber se por acaso existe
lâmina de laringoscópio própria para
intubação com a mão direita, uma vez que
estou limitado para intubar com a mão
esquerda
Gostaria de saber se por acaso existe
lâmina de laringoscópio própria para
intubação com a mão direita, uma vez que
estou limitado para intubar com a mão
esquerda
Título
Título
Título
Título
Pergunta
Dr. Pedro Thadeu Galvão VianaDiretor Científico da SBA
Dr. Antonio Roberto CarrarettoMembro da CNT-SBA 2002
Em atenção ao seu e-mail datado de
10/12/02, estamos encaminhando cópia reso-
lução do Conselho Federal de Odontologia.
As usinas concentradoras de oxigênio (UCO)
são instalações destinadas à captação do ar
atmosférico, filtragem, compressão, separa-
ção do oxigênio por processo de peneira mole-
cular e distribuição, através de rede canali-
zada de gás. Durante o processo pode ainda
ser fornecido ar comprimido medicinal.
A norma técnica da ABNT - Estabelecimento
assistencial de saúde Concentrador de oxigê-
nio para uso em sistema centralizado de oxigê-
nio medicinal NBR 13587, março 1996, for-
nece os padrões para construção da UCO.
A Resolução 1355/92 , do Conselho Federal
de Medicina, regulamenta o uso das UCO em
Veja na página XX a resolução do Conselho
Federal de Odontologia.
Resposta
Resposta
Recentemente li na revista da SBA uma
pergunta sobre o uso do óxido nitroso na
odontologia. A resposta a esta pergunta, a
Recentemente li na revista da SBA uma
pergunta sobre o uso do óxido nitroso na
odontologia. A resposta a esta pergunta, a
Pergunta
Pergunta
Pergunta
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 13
meu ver, foi equivocada. Vale lembrar, que
nós, profissionais da odontologia, estamos
utilizando a técnica de sedação consciente
na odontologia, e não anestesia geral, como é
sua resposta.
A Lei 5081 de 24 de agosto de 1966,
artigo VI, permite ao cirurgião dentista o "uso
da analgesia, desde que comprovadamente
habilitado", sendo a Lei superior a qualquer
tipo de resolução contrária a mesma.
Nós, Cirurgiões Dentistas Brasileiros,
assim como nossos colegas Americanos e
Europeus, estamos usando o óxido nitroso
como meio auxiliar no tratamento de nossos
pacientes, visando um maior conforto dos
mesmos para execução dos procedimentos.
A analgesia que usamos, vale sempre
lembrar, mantem nossos pacientes sempre
conscientes e monitorados, e nunca em
estado de sedação profunda ou anestesia
geral.
Sendo assim, acredito eu, que não
estamos incorrendo em nenhum tipo de
infração à Lei, nem ato ilegal, como afirmado
na revista, quando do uso da Analgesia
Inalatória CONSCIENTE com óxido nitroso
na Odontologia.
meu ver, foi equivocada. Vale lembrar, que
nós, profissionais da odontologia, estamos
utilizando a técnica de sedação consciente
na odontologia, e não anestesia geral, como é
sua resposta.
A Lei 5081 de 24 de agosto de 1966,
artigo VI, permite ao cirurgião dentista o "uso
da analgesia, desde que comprovadamente
habilitado", sendo a Lei superior a qualquer
tipo de resolução contrária a mesma.
Nós, Cirurgiões Dentistas Brasileiros,
assim como nossos colegas Americanos e
Europeus, estamos usando o óxido nitroso
como meio auxiliar no tratamento de nossos
pacientes, visando um maior conforto dos
mesmos para execução dos procedimentos.
A analgesia que usamos, vale sempre
lembrar, mantem nossos pacientes sempre
conscientes e monitorados, e nunca em
estado de sedação profunda ou anestesia
geral.
Sendo assim, acredito eu, que não
estamos incorrendo em nenhum tipo de
infração à Lei, nem ato ilegal, como afirmado
na revista, quando do uso da Analgesia
Inalatória CONSCIENTE com óxido nitroso
na Odontologia.
Sou Engenheira Clinica formada pela
Unicamp e estou desenvolvendo minha tese
de mestrado sobre a Validação do uso do Piso
Semi-Condutivo em Salas Cirúrgicas.
A aplicação deste piso ´e preconizada em
virtude da dispensaçao do gás expirado pelo
paciente anestesiado, considerando a
condição de risco ofertada por uma provável
concentração de gás inflamável.Esta
condição e baseada num histórico de
algumas décadas.
Gostaria de obter informações se ha casos
comprovados de explosão registrados nesta
respeitada sociedade, e se existe protocolos
Sou Engenheira Clinica formada pela
Unicamp e estou desenvolvendo minha tese
de mestrado sobre a Validação do uso do Piso
Semi-Condutivo em Salas Cirúrgicas.
A aplicação deste piso ´e preconizada em
virtude da dispensaçao do gás expirado pelo
paciente anestesiado, considerando a
condição de risco ofertada por uma provável
concentração de gás inflamável.Esta
condição e baseada num histórico de
algumas décadas.
Gostaria de obter informações se ha casos
comprovados de explosão registrados nesta
respeitada sociedade, e se existe protocolos
Tomei contato através do site da SBA
sobre as resoluções do CFM sobre as
referidas usinas e suas recomendações.
Verifiquei também sobre a necessidade de
criação de protocolos para se analisar qual
seriam as implicações deste sistema dentro
da prática diária da anestesiologia. Diante do
exposto e tendo sido solicitado ao grupo de
anestesiologia do hospital onde atendemos
uma avaliação da matéria, gostaria de obter
informações e recomendações recentes sobre
tal prática e relato de experiência de outros
serviços que utilizam a mesma.
Tomei contato através do site da SBA
sobre as resoluções do CFM sobre as
referidas usinas e suas recomendações.
Verifiquei também sobre a necessidade de
criação de protocolos para se analisar qual
seriam as implicações deste sistema dentro
da prática diária da anestesiologia. Diante do
exposto e tendo sido solicitado ao grupo de
anestesiologia do hospital onde atendemos
uma avaliação da matéria, gostaria de obter
informações e recomendações recentes sobre
tal prática e relato de experiência de outros
serviços que utilizam a mesma.
considerada a possibilidade de uso de fluxos
de oxigênio ou oxigênio e óxido nitroso de
aproximadamente 6 a 8 litros por minuto,
mesmo que a tendência seja o uso de fluxos
baixos (entre 0,3 a 1 litro). Também deve ser
considerada a presença de vazamentos
através da rede de gases e conexões ou o uso
inadequado pelo esquecimento de válvulas de
controle de fluxo abertas.
Em congressos, com freqüência temos relatos
verbais sobre a ocorrência de incêndios
atribuídos às altas concentrações de oxigênio
e/ou óxido nitroso, soluções inflamáveis e
materiais inflamáveis.
Não temos o registro de casos comprovados de
explosão associada ao fator “condutibilidade
do piso”.
estabelecimentos de saúde.
Existe um grande debate sobre as vantagens e
desvantagens do uso das UCO e do oxigênio
produzido pelo processo criogênico, fornecido
pela empresas especializadas.
Após ter visitado alguns estabelecimentos com
UCO as falhas mais encontradas são:
1-Falta de preenchimento adequado do relató-
rio técnico com as concentrações, em datas e
horários determinados, pelo técnico responsá-
vel e / ou operador.
2-Falta de calibração, ou calibração inade-
quada do sensor do analisador da concentra-
ção de oxigênio, situado no tanque da usina.
3-Posicionamento do sensor em condições
adversas e uso de sensor inadequado para o
processo.
4-Ausência de rotulação dos postos de utiliza-
ção.
5-Ausência de analisadores da concentração
de oxigênio nos aparelhos de anestesia ou na
monitoração em uso.
6-Em situações de falhas, dificuldade de apu-
ração dos responsáveis com transferências de
responsabilidades entre diversas áreas.
7-Falta de comunicação e conhecimento do
processo, seus riscos e implicações, pelos
usuários do sistema.
8-Falta de análise qualitativa e quantitativa
dos gases, realizada por instituição idônea e
imparcial, de responsabilidade do diretor téc-
nico da instituição.
9-Operação sem unidade de backup, para as
situações de emergência.
Dr. Antonio Roberto CarrarettoMembro da CNT-SBA 2002
Perguntas e Respostas
quanto ao sistema de anestesiologia ser em
circuito aberto, semi-aberto ou fechado.
quanto ao sistema de anestesiologia ser em
circuito aberto, semi-aberto ou fechado.
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 13
Dr. Antonio Roberto CarrarettoMembro da CNT-SBA 2002
Atenção para o Prazo de Inscrições para as Provas
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Dr. Esaú Magalhães FIlho fala aos
presentes na solenidade de posse
A Diretoria da SBA/2003 com
presidentes de regionais presentes à
posse. Em pé: Dr. Caros Eduardo Lopes
Nunes (RJ), Dra. Maria Aparecida
Almeirda Tanaka (PR), Dra. Ana Maria
Vilela Bastos Ferreira (MG), Dra. Maria
Jucinalva Lima Costa (BA), Dr. Jordão
Chaves de Andrade (RS), Dr. Edísio
Pereira (DF), Dr. Fernando Antônio
Florêncio dos Santos (PB), Dr. Glauco
Kleming Florêncio da Cunha (CE), Dr.
Rohnelt Machado de Oliveira (PR), Dr.
David Ferez (SP) e Dr. José Celso
Rodrigues Cintra (TO); Sentados: Dra.
Ana Maria Menezes Caetano (PE), Dr.
Luiz Carlos Bastos Salles, Dra. Consuelo
Plemont Maia, Dr. Roberto Bastos da
Serra Freire, Dr. Carlos Alberto Pereira de
Moura, Dr. Esaú Barbosa Magalhães
Filho, Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna,
Dr. James Toniolo Manica e Dr. Ismar
Lima Cavalcanti
Dr. Walter Machado e D. Clarice
prestigiam o evento
Os componentes da mesa na
solenidade. Pela esquerda: Dr. Geraldo
Teixeira Botrel, Dr. Roberto Bastos da
Serra Freire, Dra. Consuelo Plemont
Maia, Dr. Luiz Carlos Bastos Salles, Dr.
James Toniolo Manica, Dr. Pedro
Thadeu Galvão Vianna, Dr. Esaú
Barbosa Magalhães Filho, Dr. Ismar
Lima Cavalcanti, Dr. Carlos Alberto
Pereira de Moura, Dr. Alfredo Augusto
Vieira Portella e Dr. José Roberto Nociti
O presidente da SBA/2003 e família:
Daniel, Dr. Esaú, Dra. Eliane, Adriana e
Esaú Neto
O presidente e os funcionários da
SBA presentes à posse. Pela esquerda:
Marcelo Marinho (informática), Deize
Lucia da Silva (tesouraria), Mirna Alli
Garcia (recepção), Mercedes Azevedo
(gerência), Dr. Esaú Barbosa Magalhães
Filho (presidente), Regina Lúcia Rogério
Miguel (tesouraria), Teresa Maria Maia
Libório (biblioteca), José Bredariol
Junior (informática), Carla Palmieri
(secretaria), Adelaide de Souza
Rodrigues (secretaria), Rodrigo Ribeiro
Matos (informática)
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Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 14
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Dr. Esaú Magalhães FIlho fala aos
presentes na solenidade de posse
A Diretoria da SBA/2003 com
presidentes de regionais presentes à
posse. Em pé: Dr. Caros Eduardo Lopes
Nunes (RJ), Dra. Maria Aparecida
Almeirda Tanaka (PR), Dra. Ana Maria
Vilela Bastos Ferreira (MG), Dra. Maria
Jucinalva Lima Costa (BA), Dr. Jordão
Chaves de Andrade (RS), Dr. Edísio
Pereira (DF), Dr. Fernando Antônio
Florêncio dos Santos (PB), Dr. Glauco
Kleming Florêncio da Cunha (CE), Dr.
Rohnelt Machado de Oliveira (PR), Dr.
David Ferez (SP) e Dr. José Celso
Rodrigues Cintra (TO); Sentados: Dra.
Ana Maria Menezes Caetano (PE), Dr.
Luiz Carlos Bastos Salles, Dra. Consuelo
Plemont Maia, Dr. Roberto Bastos da
Serra Freire, Dr. Carlos Alberto Pereira de
Moura, Dr. Esaú Barbosa Magalhães
Filho, Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna,
Dr. James Toniolo Manica e Dr. Ismar
Lima Cavalcanti
Dr. Walter Machado e D. Clarice
prestigiam o evento
Os componentes da mesa na
solenidade. Pela esquerda: Dr. Geraldo
Teixeira Botrel, Dr. Roberto Bastos da
Serra Freire, Dra. Consuelo Plemont
Maia, Dr. Luiz Carlos Bastos Salles, Dr.
James Toniolo Manica, Dr. Pedro
Thadeu Galvão Vianna, Dr. Esaú
Barbosa Magalhães Filho, Dr. Ismar
Lima Cavalcanti, Dr. Carlos Alberto
Pereira de Moura, Dr. Alfredo Augusto
Vieira Portella e Dr. José Roberto Nociti
O presidente da SBA/2003 e família:
Daniel, Dr. Esaú, Dra. Eliane, Adriana e
Esaú Neto
O presidente e os funcionários da
SBA presentes à posse. Pela esquerda:
Marcelo Marinho (informática), Deize
Lucia da Silva (tesouraria), Mirna Alli
Garcia (recepção), Mercedes Azevedo
(gerência), Dr. Esaú Barbosa Magalhães
Filho (presidente), Regina Lúcia Rogério
Miguel (tesouraria), Teresa Maria Maia
Libório (biblioteca), José Bredariol
Junior (informática), Carla Palmieri
(secretaria), Adelaide de Souza
Rodrigues (secretaria), Rodrigo Ribeiro
Matos (informática)
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Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003Discurso de Posse na Presidência da SBA em 11/01/2003
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 14
Matéria da Capa
A Diretoria da SBA/2003 toma posseEm 11 de janeiro, no Clube dos Caiçaras, Rio de Janeiro, ocorreu a
posse da Diretoria da SBA para o ano de 2003, ficando assim
constituída:
Presidente: Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho
Vice-Presidente: Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Secretária-Geral: Dra. Consuela Plemont Maia
Tesoureiro: Dr. Luiz Carlos Bastos Salles
Diretor Administrativo: Dr. James Toniolo Manica
Diretor Científico: Dr. Ismar Lima Cavalcanti
Diretor de Defesa Profissional: Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
O evento contou com a presença de anestesiologistas das mais
diferentes regiões do país, que prestigiaram a solenidade. Para uma
audiência de mais de 200 pessoas pronunciaram-se na ocasião, o Dr.
Carlos Alberto Pereira de Moura, que entregou o cargo e assume a
Presidência do Conselho Superior da SBA, e o Dr. Esaú Barbosa
Magalhães Filho, atual Presidente da SBA.
Dr. Esaú Barbosa Magalhães FilhoDr. Esaú Barbosa Magalhães Filho
Ilmo Sr Dr Carlos Alberto Pereira de Moura, Presidente do
Conselho Superior da SBA, colegas de diretoria gestão 2003,
demais autoridades presentes, minhas senhoras e meus
senhores, caros colegas.
Para não vos aborrecer, serei breve, mesmo porque nem
em muitas palavras não conseguiria expressar a minha
profunda satisfação em assumir a presidência da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia.
As palavras, a meu respeito proferidas pelo orador, que
me antecedeu, conhecendo-o como o conheço, são acima
de tudo fruto de sua bondade e nada mais representam do
que uma manifestação explicita da nossa amizade.
No âmbito da SBA, já fomos adversários políticos, mas
nunca inimigos, pois sempre pautamos as nossas diferenças
no mais absoluto respeito mútuo.
Mais por intuição, do que mesmo por experiência de vida
profissional, desde o princípio, em 1978, ano que iniciei
minha vida como anestesiologista, comecei a notar que
mesmo curvado ao esforço de extenuantes horas de
trabalho, não obtinha como contrapartida uma justa
recompensa, o que me levou a engajar-me nas lutas
associativas em nível regional, em Natal / Rio Grande do
Norte.
Deus é testemunha de que quando entrei para a
“Sociedade Brasileira de Anestesiologia ” em 1983,
estimulado pelo meu irmão anestesiologista com “a”
maiúsculo: ZéDelfino, apenas sonhava em fazer parte de
um grupo de colegas que exerciam uma especialidade
que comecei a admirar ainda nos bancos da faculdade.
Na SBA, cumpri dentro dos limites das minhas
capacidades as tarefas para as quais fui escolhido, sempre
objetivando fazer o melhor possível - o meu lado escoteiro - e
tendo como preceitos inalienáveis, a lealdade e a
honestidade, no seus sentidos mais amplos, características
herdadas de meus pais.
Se algum merecimento pode me ser atribuído, este será o
de ter semeado e colhido amizades verdadeiras, assim como
acumulado alguns poucos inimigos, os quais de minha
parte, em meu coração já não os tenho como tal.
Diferente da política partidária tradicional, na SBA temos
o bom costume de darmos continuidade aos projetos dos que
nos antecederam, mesmo porque estes foram decididos em
prol de todo nosso quadro associativo.
Se o tempo, senhor de todas as coisas, mostrar que um
projeto em andamento já não atinge as expectativas
pretendidas, não titubearemos em procurar os meios
necessários para redirecioná-lo, e assim atingir o seu objetivo
inicial.
Para os problemas que certamente surgirão, haveremos
de encontrar se não a melhor, pelo menos a solução mais
adequada e sensata para o momento.
Com essas palavras não queremos dizer que a diretoria
de 2003 não têm planos, eles existem sim, e são muitos.
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 15
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Procuraremos não só estreitar ainda mais
o relacionamento da SBA com cada regional,
assim como estimularemos a fundação de
outras. Pois é lá, em cada regional onde as
coisas realmente acontecem.
Estimularemos uma maior integração
entre as regionais da SBA e as
COOPANESTES, estas desempenhando o
papel político, e aquelas como braço
econômico.
Com regionais e cooperativas unidas e
fortes, sem dúvida teremos uma SBA cada
vez mais forte.
Ao contrário, com regionais politicamente
divididas, dissociadas das Coopanestes,
morreremos aos pouquinhos. Esperem e
verão.
Tentaremos reativar o nosso canal de
negociações junto ao Ministério da Saúde
com o objetivo de tornar a tabela do SUS
mais justa pois esta é fonte principal de
honorários da maioria dos anestesiologistas
brasileiros .
Iniciaremos uma campanha de combate
à anestesia simultânea, ato não só aético,
como arriscado, que poderá dar lugar a
demandas judiciais por mal-prática.
Uma palavra aos nossos diretores: espero
de todos vocês atitudes verdadeiras, leais e
honestas, e mais, saibam que os sucessos
que cada um, indistintamente, vier a obter
n o s d e p a r t a m e n t o s s o b s u a s
responsabilidades, serão contabilizados
como sendo de todos nós, membros
diretores e membros não diretores, ou seja
da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
No entanto, se porventura o contrário vier
a suceder, contem comigo, e deixem que as
falhas, eu como vosso presidente assumirei
como sendo de minha responsabilidade.
Finalmente, ante a impossibilidade de ser
feliz sozinho, quero dividir este momento
com todos aqueles, que com os seus
estímulos tornaram a minha carreira
associativa, e de anestesiologista possível, e
em particular a Eliane, que no começo era
minha colega de faculdade, depois minha
amiga, e por fim tornou-se a mãe de Esaú
Neto, Adriana, e Daniel.
Que Deus nos abençoe e nos ilumine
nesta caminhada.
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 17Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 16
Dr. Mário J. da Conceição, TSA
O periódico Regional Anesthesia and Pain Medicine,
editado sob os auspícios da Sociedade Norte-Americana de Anestesia
Regional (ASRA), é considerado o quinto jornal em impacto na área
da anestesiologia, pelo número de citações. Um de seus últimos
números, (Reg Anesth Pain Medicine, 2002; 27:456-459) traz um
artigo sobre o número mínimo de anestesias regionais que o
Residency Review Committee, nos todos poderosos Estados Unidos
da América, recomenda para médicos em treinamento: 50 por ano.
Isso mesmo, cinqüenta por ano: 50 peridurais e 50 raquianestesias.
Aqui em terras tupiniquins é de dar risada. Nossos colegas em
treinamento fazem 50 por semana, quiçá por dia. Isso se tratando
apenas dos bloqueios sobre o neuro-eixo. Não temos dúvidas de que
somos um dos países do mundo onde mais se pratica a anestesia
regional. Todavia como diz o sambista: “o que dá pra rir dá pra
chorar”. Apesar dos norte-americanos
praticarem mirrados 50 bloqueios por ano
como número ideal, eles possuem a
melhor sistematização (publicada) sobre o
assunto e dificilmente, se resolvermos citar
nomes importantes de autores da
anestesia regional, escaparemos de Daniel
Moore, John Bonica, Alon Winnie, Sol
Schnider, Benjamin Covino, Ostheimer e
tantos outros. Quando falamos de história
lá vem: Edward Tuohy, Ralph Huber,
William Lemmon... E nós? A resposta mais óbvia seria o fato de não
publicarmos em inglês. Os europeus o fazem e podemos citar
também uma série de autores europeus: Dalens, Goldsmith, Giaufré,
etc. A raquianestesia é uma técnica européia (Bier). Aliás, como
quase tudo na medicina de nossos tempos. Mas voltando ao fato de
não publicarmos em inglês, isso é apenas meia verdade. Até porque
nosso jornal agora é bilíngüe.
O que acontece com esse país “deitado eternamente em berço
esplêndido?” Numa rápida vista d'olhos, como diriam nossos
descobridores, na Revista Brasileira de Anestesia, vamos encontrar
um número grande de artigos sobre anestesia regional. Na sua
imensa maioria artigos desprovidos de impacto científico por dois
erros comuns: não acrescentam nada ao conhecimento que já se tem
sobre o assunto, ou são artigos retrospectivos pretendendo atestar a
eficácia de um procedimento com casuística expressiva. É hábito dos
periódicos latinos publicarem estudos retrospectivos com casuísticas
do tipo 5000 casos disso ou daquilo, pretendendo atestar a eficácia
ou a segurança do procedimento com essas séries enormes. Nada
mais errado. Cientificamente é inaceitável essa forma de pensamen-
to. A eficácia do estudo, ou da técnica, não pode ser avaliada
utilizando-se estudos retrospectivos. Pode-se estar repetindo os
mesmos erros e descuidos milhares de vezes. O que acontece? Em
periódicos mais rigorosos este tipo de estudo é rejeitado para
publicação. Nos defendemos com o lugar comum: discriminação.
Entretanto, o caminho seria: formular uma hipótese, desenvolver
uma metodologia para tentar comprová-la e apresentar resultados
confrontados com grupo controle.
Somos o país no qual se pratica muito a
anestesia regional. Nas páginas da Revista
Brasileira, entretanto, não encontraremos
nenhuma meta-análise, por exemplo, sobre
o índice de complicações encontradas em
nosso país, com as mais diversas técnicas
regionais. Realidade diferente nos periódi-
cos de outros países. Acredito que o número
de complicações seja baixo. Entretanto,
afirmar que não temos complicações e que
elas só ocorrem nas mãos dos estrangeiros
porque eles “não sabem fazer” é ingênuo e temerário. Se formos
pesquisar nos jornais leigos, ou nos Conselhos, nos surpreendere-
mos com o número de matérias e processos sobre problemas
envolvendo anestesias regionais, notadamente sobre o neuro-eixo.
Nosso periódico científico deixa de espelhar esses fatos. Qual o
índice de complicações com as técnicas regionais em nosso país?
Deixemos de lado a arrogância implícita em: “nós não temos
complicações porque sabemos fazer”. Nossos tribunais mostram
outra realidade e em todos os estados brasileiros. Por que não
encontramos, publicados em português, casos clínicos descrevendo
complicações com anestesia regional? Nossos casos clínicos sempre
têm “finais felizes”, seja os publicados, seja os apresentados como
temas-livres nos nossos congressos. Os autores só divulgam “casos
felizes”. Na verdade, os que realmente interessam são aqueles nos
quais as coisas deram errado. Pois, apesar dos esforços de profissio-
O que pode nos levar do riso ao choro
nais competentes, ocorreu um mal resultado. Todos poderíamos
aprender a evitar o mesmo problema em outro paciente. Vários
brasileiros e brasileiras já receberam, por engano, em seu espaço
peridural ou subaracnóideo, substâncias tais como: galamina,
bicarbonato de sódio, soluções de anti-sepsia, neostigmine e outros.
Estes casos são comentados a boca pequena nos corredores de
nossos encontros científicos, ou, infelizmente, vem à tona nos
tribunais. O que aconteceu com esses pacientes após o desastre?
Como evoluíram? Como foram tratados? Esses são casos clínicos
preciosos com informações fundamentais para o tratamento de
outros pacientes em que ocorra a mesma complicação e/ou para se
criar dispositivos e medidas que impeçam a repetição do erro. Todos
somos humanos, portanto, por definição, falíveis por maior que seja
a “experiência”. A menos que seja solução inusitada, ou complicação
desconhecida até então, descrições de casos clínicos com “final feliz”
são óbvios, pois, afinal, é o que se espera de um especialista. Casos
assim são recusados para publicação em periódicos importantes por
esse motivo. Nada com discriminação, é apenas detalhe técnico.
Todavia o que foi feito após a injeção inadvertida de solução anti-
séptica no neuro-eixo e como evoluiu o paciente passa a ser um
ensinamento precioso.
O grande número de anestesias regionais, talvez acabe conduzin-
do à banalização das técnicas e indicações questionáveis. Muitas
vezes a técnica regional é escolhida por ser a mais barata, ou a que dá
menos trabalho. Mesmo com a resolução 1363, muitos pacientes
têm sido submetidos à anestesia regional sem a monitorização
mínima recomendada. Drogas são administradas (principalmente
adjuvantes) sem a mínima consideração pelos códigos internaciona-
is sobre aspectos éticos na pesquisa clínica com seres humanos.
Sem discutir o aspecto ético, a anestesia regional pode ser a técnica
escolhida para permitir ao mesmo anestesista atender a mais de um
paciente simultaneamente. Ou ainda “pressão” de cirurgiões que
idealizam ser a técnica regional “a mais segura”. Inicia-se no Brasil
uma outra discussão, super apropriada, já que o Conselho Regional
de Medicina do Estado do Ceará se manifestou favoravelmente: pode
o mesmo anestesista prestar assistência à dor do trabalho de parto
simultaneamente a várias pacientes? As técnicas regionais para
analgesia de parto são diferentes em alguns aspectos? Por que o
número de complicações parece menor? Nós brasileiros temos todas
as condições de responder a essas perguntas, encontrar nosso
caminho e ensinar como se faz, haja vista o número expressivo de
parturientes sob nossos cuidados. Porém... Ah, o porém!... Nada de
“nossa experiência com dez mil parturientes” ou no próximo
Congresso Brasileiro: “2000 parturientes sob analgesia de parto
simultaneamente com o mesmo anestesista: descrição dos casos”.
Vamos formular hipóteses, criar teorias, comprová-las com metodo-
logia criativa, respeitando os princípios éticos definidos nos vários
consensos internacionais (Nuremberg, Genebra, Helsinque) e assim
teremos o reconhecimento que tanto exigimos e, sobretudo,
merecemos nessa área do conhecimento.
Dr. Mario J. da Conceição, TSAProf. de Anestesiologia da Fundação
Universidade Regional de Blumenau, SC
Dr. Mario J. da Conceição, TSA
Dr. Sérgio B. Tenório
O significado dasignificância estatística
As pesquisas científicas são elaboradas para testar hipóteses
sobre populações. Define-se população em estatística como um
conjunto de elementos que tenha pelo menos uma característica em
comum. O conjunto de todas gestantes submetidas à raquianestesia,
o conjunto de todos homens fumantes com câncer de pulmão, o
conjunto de todos laringoespasmos são exemplos de populações.
Como o estudo da população é tarefa, na maioria das vezes,
impossível, avaliam-se amostras que sejam representativas destas
populações.
A pesquisa clássica tem por base a comparação entre dados de
duas (ou mais) amostras que sejam idênticas com exceção da
variável que está sendo objeto do estudo (droga, técnica anestésica,
técnica cirúrgica etc). Estas diferenças amostrais podem ou não ter
significância estatística. Este artigo discute o significado desta
expressão.
Testes de significância
Suponhamos que um endocrinologista queira testar um novo
hormônio do crescimento (a pesquisa é fictícia). Após aprovação da
comissão de ética da instituição, ele aloca em dois grupos 100
neonatos do sexo masculino que tenham a mesma origem étnica: um
grupo com 50 meninos recebe diariamente o medicamento a ser
testado (grupo M) enquanto outro grupo recebe um placebo (grupo
P). Após 17 anos de tratamento as estaturas dos dois grupos foi a
Testes de significância
Por que não encontramos,
publicados em português,
casos clínicos descrevendo
complicações com anestesia
regional?
"
"
Dr. Sérgio B. Tenório
Prof. Adjunto da Fac. de Medicina da Univ. Federal do Paraná.
Anestesiologista do Hosp. Infantil Pequeno Príncipe de Curitiba
hipótese de igualdade e a hipótese alternativa: quando a primeira não
é demonstrada aceita-se a segunda e vice-versa. Em nenhuma
situação considera-se que as hipóteses foram provadas.
É necessário agora que se estabeleça o limite entre o que vem a ser
probabilidade pequena e probabilidade elevada. Este limite é
denominado nível de significância.
Nível de significância
Nível de significância é a probabilidade abaixo da qual a hipótese
de igualdade é rejeitada. É arbitrado
pelo pesquisador e tradicionalmente
tem valores entre p<1% e p<5%
(nada impede, no entanto que sejam
arbitrados outros valores).Toda
diferença cuja probabilidade esteja
abaixo do nível de significân-
cia arbitrado é considera-
da como estatisti-
c a m e n t e
significativa
e interpreta-
d a p e l o
pesquisador como
sugestiva de que as
p o p u l a ç õ e s s ã o
diferentes.
Os erros estatísticos
A aplicação do teste estatístico
apropriado aos dados do exemplo
acima resultou no valor de p=4%. Este p pode ser interpreta-
do desta forma: se as populações M e P (tratadas com o hormônio ou
placebo) tivessem a mesma estatura média, as chances de se obter
ao acaso, destas populações, duas amostras com 50 indivíduos que
tivessem entre suas médias de estatura diferença de 5cm, seria de
apenas 4%. Uma outra interpretação poderia ser esta: se as
populações fossem iguais e fossem realizados 100 experimentos
exatamente iguais a estes, em apenas 4 deles a diferença entre as
estaturas médias dos grupos seria de 5cm.
Erros aleatórios
Muitos pesquisadores e leitores acredita, erroneamente, que todo
resultado acompanhado da expressão estatisticamente significativo
expressa, de modo equívoco, a verdade. Resultados baseados em
estudos amostrais podem estar errados, ainda que nada de errado
haja com a pesquisa. Dois são os erros ditos aleatórios, que podem
ocorrer, de modo excludente (somente pode ocorrer um ou outro): o
erro tipo I ou a e o erro tipo II ou ß.
Nível de significância
Erros aleatórios
seguinte (média e desvio padrão): grupo M: 175±12 cm; grupo P:
170±12cm.
A estatura média do grupo M foi 5cm superior ao grupo P. Se o
interesse do pesquisador estivesse limitado apenas às amostras sua
tarefa estaria terminada sem a necessidade de estudos estatísticos: o
grupo M cresceu mais que o grupo P. Contudo seu objetivo é saber
qual seria a ação desta droga se fosse aplicada à toda população, isto
é, quer ele saber se a população M seria maior que a população P. A
conclusão de que o medicamento foi eficaz porque o grupo M teve
maior estatura pode ser
precipi tada porque os
indivíduos variam entre si
quanto a estatura (e em
praticamente todas as
demais variáveis biológicas)
e apenas esta variação
natural poderia explicar a
diferença amostrar. Por outro
lado, não é possível afastar a
hipótese de que o hormônio
tenha sido o responsável por
esta diferença entre as
estaturas. O dilema do
pesquisador está em decidir
entre duas hipóteses: a
hipótese de igualdade (H0)
que a f i rma serem as
populações M e P idênticas e as diferenças amostrais decorrentes do
acaso e a hipótese alternativa (HA) que afirma o oposto, isto é, que as
populações M e P são diferentes e esta diferença foi causada pela
droga testada.
A estatística utiliza a seguinte estratégia para decidir entre as duas
hipóteses, H0 e HA:
a) Propões que as populações M e P são idênticas (hipótese de
igualdade).
b) A partir deste pressuposto calcula qual seria a probabilidade de
se obter, de populações idênticas, duas amostras com 50 elementos
escolhidos ao acaso que tiverem entre suas médias de estatura,
diferença de 5cm.
c) Se a probabilidade calculada for pequena considera-se que a
hipótese de igualdade é pouco provável. Neste caso a diferença
amostral é dita estatisticamente significativa
d) Se a probabilidade for elevada aceita-se a hipótese de igualda-
de. A diferença amostral é considerada como sem significância
estatística
Este método é universalmente aceito pela matemática para
escolher entre as duas hipóteses. Quando um teorema não pode ser
provado diretamente tenta-se demonstrar que ele é falso. Se não se
consegue a prova aceita-o como verdadeiro até que sua falsidade seja
demonstrada. Este é o limite do pesquisador para decidir entre a
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 19Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 18
Dr. Sérgio B. Tenório
Prof. Adjunto da Fac. de Medicina da Univ. Federal do Paraná.
Anestesiologista do Hosp. Infantil Pequeno Príncipe de Curitiba
hipótese de igualdade e a hipótese alternativa: quando a primeira não
é demonstrada aceita-se a segunda e vice-versa. Em nenhuma
situação considera-se que as hipóteses foram provadas.
É necessário agora que se estabeleça o limite entre o que vem a ser
probabilidade pequena e probabilidade elevada. Este limite é
denominado nível de significância.
Nível de significância
Nível de significância é a probabilidade abaixo da qual a hipótese
de igualdade é rejeitada. É arbitrado
pelo pesquisador e tradicionalmente
tem valores entre p<1% e p<5%
(nada impede, no entanto que sejam
arbitrados outros valores).Toda
diferença cuja probabilidade esteja
abaixo do nível de significân-
cia arbitrado é considera-
da como estatisti-
c a m e n t e
significativa
e interpreta-
d a p e l o
pesquisador como
sugestiva de que as
p o p u l a ç õ e s s ã o
diferentes.
Os erros estatísticos
A aplicação do teste estatístico
apropriado aos dados do exemplo
acima resultou no valor de p=4%. Este p pode ser interpreta-
do desta forma: se as populações M e P (tratadas com o hormônio ou
placebo) tivessem a mesma estatura média, as chances de se obter
ao acaso, destas populações, duas amostras com 50 indivíduos que
tivessem entre suas médias de estatura diferença de 5cm, seria de
apenas 4%. Uma outra interpretação poderia ser esta: se as
populações fossem iguais e fossem realizados 100 experimentos
exatamente iguais a estes, em apenas 4 deles a diferença entre as
estaturas médias dos grupos seria de 5cm.
Erros aleatórios
Muitos pesquisadores e leitores acredita, erroneamente, que todo
resultado acompanhado da expressão estatisticamente significativo
expressa, de modo equívoco, a verdade. Resultados baseados em
estudos amostrais podem estar errados, ainda que nada de errado
haja com a pesquisa. Dois são os erros ditos aleatórios, que podem
ocorrer, de modo excludente (somente pode ocorrer um ou outro): o
erro tipo I ou a e o erro tipo II ou ß.
Nível de significância
Erros aleatórios
seguinte (média e desvio padrão): grupo M: 175±12 cm; grupo P:
170±12cm.
A estatura média do grupo M foi 5cm superior ao grupo P. Se o
interesse do pesquisador estivesse limitado apenas às amostras sua
tarefa estaria terminada sem a necessidade de estudos estatísticos: o
grupo M cresceu mais que o grupo P. Contudo seu objetivo é saber
qual seria a ação desta droga se fosse aplicada à toda população, isto
é, quer ele saber se a população M seria maior que a população P. A
conclusão de que o medicamento foi eficaz porque o grupo M teve
maior estatura pode ser
precipi tada porque os
indivíduos variam entre si
quanto a estatura (e em
praticamente todas as
demais variáveis biológicas)
e apenas esta variação
natural poderia explicar a
diferença amostrar. Por outro
lado, não é possível afastar a
hipótese de que o hormônio
tenha sido o responsável por
esta diferença entre as
estaturas. O dilema do
pesquisador está em decidir
entre duas hipóteses: a
hipótese de igualdade (H0)
que a f i rma serem as
populações M e P idênticas e as diferenças amostrais decorrentes do
acaso e a hipótese alternativa (HA) que afirma o oposto, isto é, que as
populações M e P são diferentes e esta diferença foi causada pela
droga testada.
A estatística utiliza a seguinte estratégia para decidir entre as duas
hipóteses, H0 e HA:
a) Propões que as populações M e P são idênticas (hipótese de
igualdade).
b) A partir deste pressuposto calcula qual seria a probabilidade de
se obter, de populações idênticas, duas amostras com 50 elementos
escolhidos ao acaso que tiverem entre suas médias de estatura,
diferença de 5cm.
c) Se a probabilidade calculada for pequena considera-se que a
hipótese de igualdade é pouco provável. Neste caso a diferença
amostral é dita estatisticamente significativa
d) Se a probabilidade for elevada aceita-se a hipótese de igualda-
de. A diferença amostral é considerada como sem significância
estatística
Este método é universalmente aceito pela matemática para
escolher entre as duas hipóteses. Quando um teorema não pode ser
provado diretamente tenta-se demonstrar que ele é falso. Se não se
consegue a prova aceita-o como verdadeiro até que sua falsidade seja
demonstrada. Este é o limite do pesquisador para decidir entre a
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 19Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 18
Divulgação
NOVA DIRETORIA DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA
Presidente: Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho
Vice-Presidente: Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Secretária Geral: Dra. Consuelo Plemont Maia
Tesoureiro: Dr. Luiz Carlos Bastos Salles
Diretor Deptº Administrativo: Dr. James Toniolo Manica
Diretor Deptº Científico: Dr. Ismar Lima Cavalcanti
Diretor Deptº Def. Prof.: Dr. Roberto B. da Serra Freire
NOVA DIRETORIA DAS REGIONAIS
Regional: SAEPA
( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Pará )
Presidente: Luiz Paulo Araújo Mesquita
Vice-Presidente: Márcia Betânia Santana dos Santos
Secretária Geral: Renata Carmona Valério
Tesoureiro: Maria das Graças Ribeiro
Diretor Científico: Francisco Juarez Filho
Diretor de Def. Prof.: Jalvo Hermínio Chucair Granhan
Regional: SAERJ
( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro )
Presidente: Carlos Eduardo Lopes Nunes
Vice-Presidente: Henri Braunstein
Primeiro Secretário: Ana Maria da Costa Marques
Segundo Secretário: Fernando Antônio de Freitas Cantinho
Primeiro Tesoureiro: Jorge de Albuquerque Calasans Maia
Segundo Tesoureiro: Sérgio Luiz do Logar Mattos
Diretor Científico: Ronaldo Contreiras Oliveira Vinagre
Regional: SAEC
( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará )
Presidente: Dr. Glauco Kleming Florêncio da Cunha
Vice-Presidente: Dr. Marcus Vinicius e Lima Lopes
Tesoureiro: Dra. Vládia Freitas de Oliveira
Secretário Geral: Dra. Riane Maria Barbosa de Azevedo
Diretor Científico: Dr. Fernando Santiago Lima Verde
Diretor de Def. Prof.: Dr. Marcos Venícios N. Gonzaga
Regional: SAETO
( Sociedade de Anestesiologia do Estado do Tocantins )
Presidente: Dr. José Celso Rodrigues Cintra
Vice-Presidente: Dr. Antenor de Muzzio Gripp
Primeiro Tesoureiro: Dra. Patrícia Crisanto G. da Silva
Segundo Tesoureiro: Dra. Valdilei Barbosa Aguiar
Primeiro Secretário: Dr. Jacob Kicheze
Segundo Secretário: Dr. Roberto Correa
Diretora Científica: Dra. Welma Rezende Fuso de Assis
Regional: SAEPB
( Sociedade de Anestesiologia do Estado da Paraíba )
Presidente: Fernando Antônio Forencio dos Santos
Vice-Presidente: Henrique Cesar Feitosa Percira
Secretário Geral: Mônica Isabel Abrantes Leite
Primeiro Secretário: Augusto Márcio de M. Soares
Primeiro Tesoureiro: Felisberto Valério Rodrigues
Segundo Tesoureiro: João Bezerra Junior
Diretor Científico: Gualter Lisboa Ramalho
Diretor Defesa Profissional: Azuil Vieira de Almeida
Regional: SARGS
( Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul )
Presidente: Dr. Jordão Chaves de Andrade
Diretor Administrativo: Dr. Ildo Meyer
Diretor Financeiro: Dr. Alex Torres Giordani
Diretor Científico: Dr. Sérgio Belzarena Gougeon
Regional: SAEPE
( Sociedade de Anestesiologia do Estado de Pernambuco )
Presidente: Ana Maria Menezes Caetano
Vice-Presidente: Carmem Maria Carício Maciel
Secretário-Geral: Luciana Cavalcanti Lima
Diretor Científico: Nádia Maria da Conceição Duarte
Tesoureiro: Jane Auxiliadora Amorim
Segundo Tesoureiro: Maria Ângela de Lima
Diretor Administrativo: Sylvia Vilela Leite
Diretor de ética e def. Prof.: Cristina Barreto C. Roichman
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 20
Inicialmente, há que se ressaltar a máxima popular, no
sentido de que “a todo trabalho honesto deve corresponder
uma remuneração justa”, o que, inclusive, constitui-se num
verdadeiro princípio geral de direito, contemplado no artigo
XXXIII, item 3, da Declaração Universal dos Direitos do
Homem.
Outrossim, é certo que, de forma geral, o trabalho não
remunerado é tido como trabalho escravo, constituindo
crime previsto na legislação brasileira.
No mesmo diapasão são as prescrições dos artigos 2º e
3º do Código de Ética Médica, in verbis:
“Art. 2º. O alvo de toda atenção do médico é a
saúde do ser humano, em benefício da qual deve agir com o
máximo zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
Art. 3º. A fim de que possa exercer a Medicina
com honra e dignidade, o médico deve ter boas condições
de trabalho e ser remunerado de forma justa.” (sublinha-
mos e grifamos)
CODIGO DE ÉTICA MÉDICA
Princípios fundamentais
Art.3 A fim de que possa exercer a Medicina com
honra e dignidade, o médico deve ter boas condições de
trabalho e ser remunerado de forma justa.
Remuneração Profissional
É vedado ao médico:
Art. 86 Receber remuneração pela prestação
de serviços profissionais a preços vis ou extorsivos,
inclusive através de convênios.
Art .90 Deixar de ajustar previamente com o
paciente o custo provável dos procedimentos propostos,
quando solicitado.
Art.100 Deixar de apresentar, separadamente,
seus honorários quando no atendimento ao paciente
participarem outros profissionais.
CODIGO DE ÉTICA MÉDICA
Princípios fundamentais
Remuneração Profissional
1) Um médico não mantém nenhum vínculo
empregatício com um hospital privado. É solicitado às
23:45 horas para prestar assistência a um paciente que
encontra-se em acomodação diferenciada em caráter
particular. Administrar uma anestesia para procedimento
eletivo (programado) não é urgência nem emergência.
Como proceder em face do não recebimento dos honorári-
os a que tem direito?
2) Um médico não mantém convênio com
determinado plano de saúde. Não tem nenhum contrato
de obrigação de prestação de assistência a usuário desse
mesmo plano de saúde, por vários motivos e por se sentir
usado, explorado. É chamado para uma anestesia eletiva.
Como proceder para a cobrança de honorários profissio-
nais, pois sendo anestesiologista, os valores são impostos
pelos planos de saúde e apesar disso não são pagos? Não
recebemos do paciente, não recebemos do cirurgião, não
recebemos do hospital, não recebemos do plano de
saúde, não recebemos da seguradora. O que fazer diante
dessa situação corriqueira?
3) O médico não mantém vínculo empregatício,
não é conveniado com determinado plano de saúde,
Cartão de Saúde, Carteira de Clínicas, etc. Administra
uma anestesia e em virtude da patologia básica, ocorre
uma complicação previsível. Inicia-se um verdadeiro
calvário: Comissão de Ética, ameaças, família do
paciente, o paciente, os amigos do paciente, o hospital, o
delegado, o jornal, o rádio, o Código do Consumidor, etc.
Todavia, não existe nenhuma forma de assegurar o
pagamento dos serviços prestados? É ilícito existir uma
garantia específica de formas de pagamentos?
4) O médico anestesiologista em razão de suas
atividades profissionais dedicadas ao paciente não tem
direito de receber contra prestação pecuniária pelos
serviços que executa? Não pode um médico estipular para
o paciente o valor de seus honorários?
O paciente após o atendimento... O plano de
saúde é perfeito em glosar atos médicos (motivos de
glosas: a cor da caneta, o carimbo, a data, a hora, a falta
de solicitação prévia, etc). A empresa ( o hospital ) busca
apenas seus interesses. Somente o médico fica sempre
exposto a tudo..
PERGUNTAS
PARECER JURÍDICO
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 20
Inicialmente, há que se ressaltar a máxima popular, no
sentido de que “a todo trabalho honesto deve corresponder
uma remuneração justa”, o que, inclusive, constitui-se num
verdadeiro princípio geral de direito, contemplado no artigo
XXXIII, item 3, da Declaração Universal dos Direitos do
Homem.
Outrossim, é certo que, de forma geral, o trabalho não
remunerado é tido como trabalho escravo, constituindo
crime previsto na legislação brasileira.
No mesmo diapasão são as prescrições dos artigos 2º e
3º do Código de Ética Médica, in verbis:
“Art. 2º. O alvo de toda atenção do médico é a
saúde do ser humano, em benefício da qual deve agir com o
máximo zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
Art. 3º. A fim de que possa exercer a Medicina
com honra e dignidade, o médico deve ter boas condições
de trabalho e ser remunerado de forma justa.” (sublinha-
mos e grifamos)
CODIGO DE ÉTICA MÉDICA
Princípios fundamentais
Art.3 A fim de que possa exercer a Medicina com
honra e dignidade, o médico deve ter boas condições de
trabalho e ser remunerado de forma justa.
Remuneração Profissional
É vedado ao médico:
Art. 86 Receber remuneração pela prestação
de serviços profissionais a preços vis ou extorsivos,
inclusive através de convênios.
Art .90 Deixar de ajustar previamente com o
paciente o custo provável dos procedimentos propostos,
quando solicitado.
Art.100 Deixar de apresentar, separadamente,
seus honorários quando no atendimento ao paciente
participarem outros profissionais.
CODIGO DE ÉTICA MÉDICA
Princípios fundamentais
Remuneração Profissional
1) Um médico não mantém nenhum vínculo
empregatício com um hospital privado. É solicitado às
23:45 horas para prestar assistência a um paciente que
encontra-se em acomodação diferenciada em caráter
particular. Administrar uma anestesia para procedimento
eletivo (programado) não é urgência nem emergência.
Como proceder em face do não recebimento dos honorári-
os a que tem direito?
2) Um médico não mantém convênio com
determinado plano de saúde. Não tem nenhum contrato
de obrigação de prestação de assistência a usuário desse
mesmo plano de saúde, por vários motivos e por se sentir
usado, explorado. É chamado para uma anestesia eletiva.
Como proceder para a cobrança de honorários profissio-
nais, pois sendo anestesiologista, os valores são impostos
pelos planos de saúde e apesar disso não são pagos? Não
recebemos do paciente, não recebemos do cirurgião, não
recebemos do hospital, não recebemos do plano de
saúde, não recebemos da seguradora. O que fazer diante
dessa situação corriqueira?
3) O médico não mantém vínculo empregatício,
não é conveniado com determinado plano de saúde,
Cartão de Saúde, Carteira de Clínicas, etc. Administra
uma anestesia e em virtude da patologia básica, ocorre
uma complicação previsível. Inicia-se um verdadeiro
calvário: Comissão de Ética, ameaças, família do
paciente, o paciente, os amigos do paciente, o hospital, o
delegado, o jornal, o rádio, o Código do Consumidor, etc.
Todavia, não existe nenhuma forma de assegurar o
pagamento dos serviços prestados? É ilícito existir uma
garantia específica de formas de pagamentos?
4) O médico anestesiologista em razão de suas
atividades profissionais dedicadas ao paciente não tem
direito de receber contra prestação pecuniária pelos
serviços que executa? Não pode um médico estipular para
o paciente o valor de seus honorários?
O paciente após o atendimento... O plano de
saúde é perfeito em glosar atos médicos (motivos de
glosas: a cor da caneta, o carimbo, a data, a hora, a falta
de solicitação prévia, etc). A empresa ( o hospital ) busca
apenas seus interesses. Somente o médico fica sempre
exposto a tudo..
PERGUNTAS
PARECER JURÍDICO
Parecer Jurídico
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 21
Não se admite, portanto, restrições de qualquer natureza a obstar
a plena concretização dos deveres do Médico e, sobretudo, dos
direitos do paciente enquanto ser humano.
A remuneração médica por trabalho praticado, escopo referencial
do supracitado artigo 3º, é direito inalienável e deve estar em
harmonia com a dignidade profissional.
No entanto, incorporada na profissão do Médico há algumas
peculiaridades, na medida em que seu direito a honorários sofre
algumas limitações, mormente no que concerne aos seus deveres
médicos, havendo a necessidade de conciliá-los, sob pena de o
médico ser acusado de omissão de socorro, falta ética ou semelhante.
Neste sentido, há que se ressaltar algumas outras passagens do
Código de Ética Médica, por sua relevância e relacionamento com o
assunto em pauta:
Capítulo I
Art. 8. O médico não pode,
em qualquer circunstância ou sob
qualquer pretexto, renunciar à sua
liberdade profissional, devendo evitar
que quaisquer restrições ou imposições
possam prejudicar a eficácia e correção
de seu trabalho.
...
Art 10. O trabalho médico
não pode ser explorado por terceiros com
objetivos de lucro, finalidade política ou
religiosa.
...
Art. 16. Nenhuma disposição estatutária ou regimental de
hospital ou instituição pública ou privada poderá limitar a escolha por
parte do médico dos meios a serem postos em prática para o
estabelecimento do diagnóstico e para execução do tratamento, salvo
quando em benefício do paciente.
...
Art. 18. As relações do médico com os demais profissiona-
is em exercício na área de saúde devem basear-se no respeito mútuo,
na liberdade e independência profissional de cada um, buscando
sempre o interesse e o bem-estar do paciente.
Capítulo II
É direito do médico:
Art. 20. Exercer a Medicina sem ser discriminado por
questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual,
idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra
natureza.
...
Art. 25. Internar e assistir seus pacientes em hospitais
privados com ou sem caráter filantrópico, ainda que não faça parte de
seu corpo clínico, respeitadas as normas técnicas da instituição.
Capítulo III
É vedado ao médico:
Art. 36. Afastar-se de suas atividades profissionais,
mesmo temporariamente, sem deixar outro médico encarregado do
atendimento de seus pacientes em estado grave.
...
Art. 57. Deixar de utilizar todos os meios disponíveis de
diagnóstico e tratamento a seu alcance em favor do paciente.
Art. 58. Deixar de atender paciente que
procure seus cuidados profissionais em caso de
urgência, quando não haja outro médico ou
serviço médico em condições de fazê-lo.
Capítulo V
É vedado ao médico:
Art. 61. Abandonar paciente sob seus
cuidados.”
Sendo assim, em casos em que haja urgência
no atendimento, não pode o médico pretender
discutir honorários para só então proceder à
prestação do serviço.
De outra sorte, tratando-se exclusivamente da questão da
cobrança de honorários, o Código Civil Brasileiro determina que o
contrato de locação de serviços aplica-se a todas as relações de
trabalho, excluídas do âmbito da legislação trabalhista.
Neste sentido, dispõe o artigo 1.216 do Código Civil que “Toda a
espécie de serviços ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser
contratado mediante retribuição”.
Examinando o artigo em comento conclui-se que qualquer
serviço, seja qual for sua natureza (material, imaterial, braçal ou
intelectual, doméstico ou externo, técnico, etc.), poderá ser locado,
exigindo a lei tão-somente que seja lícito.
Dentre eles estão, sem dúvidas, os serviços médicos colocados à
disposição do cliente (pacientes), mediante remuneração.
Trata-se de um contrato não solene, que pode ser verbal ou por
escrito. A remuneração é o ponto crucial do desfecho da prestação de
serviços; não se podendo presumir a gratuidade; consumada a
efetivação do serviço, há de ser retribuído ou recompensado.
Não se admite, portanto, restrições de qualquer
natureza a obstar a plena concretização dos deveres
do Médico e, sobretudo, dos direitos do paciente enquanto ser humano
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
O artigo 1.219 do Código Civil preconiza:
“A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por
convenção, ou costume, não houver de ser adiantada, ou paga em
prestações”.
A nossa lei civil não deixa dúvidas quanto à obrigação de remune-
rar, quando efetivamente prestado o serviço.
Ainda neste diapasão, estando evidente a relação contratual,
identifica-se ainda uma relação de consumo do serviço médico
fornecido pelo profissional liberal, na qual a prática da Medicina é
incluída, modernamente, no rol daquelas que se prestam à incidên-
cia da Lei Federal nº 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor),
uma vez que os profissionais liberais em geral são realmente
prestadores de serviços, independentemente da área de atuação
escolhida.
No art. 2º da mencionada Lei tem-se a seguinte definição:
“Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final”. O art. 3º, § 2º, afirma
que “Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração...”.
Assim, despiciendo arvorar-se em maiores elucubrações para
concluir pelo enquadramento da atividade objeto do contrato médico
como prestação de serviços sujeita, uma vez autorizada, aos ditames
contidos no estatuto protetivo do consumidor. De outra parte,
igualmente inequívoca a condição de consumidor assumida pelo
paciente.
Dentro dos parâmetros acima, tem-se que os honorários médicos
nada mais são do que a retribuição dos serviços profissionais do
médico quando este exerça a sua profissão de forma independente, o
qual, na fixação dos honorários, deve conduzir-se de forma a
considerar as limitações econômicas do paciente, as circunstâncias
do atendimento e a prática local, tudo na forma prescrita pelo artigo
89 do Código de Ética Médica.
Outra disposição do Código de Ética Médica, no seu artigo 90, é a
de que o médico deve ajustar previamente com o paciente o custo
provável dos procedimentos propostos.
E é exatamente nesta disposição que, ao que tudo indica, vem
pecando o Consulente, pois, pelo que demonstra em sua consulta, ele
não vem ajustando de forma satisfatória o valor e o pagamento dos
honorários médicos.
É assim nosso entendimento que o médico pode e deve utilizar-se
de contrato de prestação de serviços vinculado a um título extrajudici-
al, nos casos em que não ajustar o pagamento antecipado de seus
serviços, pois desta forma terá instrumento hábil para ajuizamento de
eventual cobrança respectiva.
No que concerne aos serviços anteriormente prestados, em que
não existe prova do valor da contratação prévia, haverá a necessidade
de arbitramento judicial de honorários médicos, que se dará no
âmbito de ação de cobrança a ser promovida pelo médico cuja prova
da efetiva prestação do serviço pode se dar através da documentação
existente nos hospitais, históricos médicos etc.
Existindo, porém, quaisquer títulos de crédito que não tenham
algum requisito formal que os possa, efetivamente, constituir em
títulos executivos ou tratando-se de títulos de crédito prescritos, resta
ao médico a utilização de Ação Monitória para a obtenção de título
executivo.
São todas opções que devem ser avaliadas por Advogado, a ser
consultado pelo Médico em questão.
É certo, porém, que, uma vez prestados os serviços médicos,
devem os mesmos ser devidamente remunerados, havendo formas
de faze-lo legalmente.
É o Parecer, SMJ.Mauricio Sagboni Montanha TeixeiraAssessor Jurídico - OAB/PR 13.147Mauricio Sagboni Montanha Teixeira
Parcer Jurídico
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 22
Novos MembrosASPIRANTES
Adalgisa Freire Vieira de Rubin
Alexandre Benini Antunes
César José Salazar Leturia
Daniele Freires Alves
Fernando Basilio dos Santos
Fernando Camargo Costa Faria
Igor Serpa Areas
Márcio Alencar de Sousa
Marcos Tulio Rios Teles
Severino Alves Cardoso Neto
ATIVOS
Adriana Mayumi Handa
Adriana Veiga do Pilar Cobra
Alessandra Andreia Florindo
Alex Torres Giordani
Ana Cristina Abreu Mendes
Ana Margarida R. Carneiro de Abreu
ASPIRANTES
ATIVOS
André Ricardo Stüker
Andrea da Costa Moreira
Antonio Bezerra de Vasconcelos Filho
Ayrton Bentes Teixeira
Bruno de Lucena Coutinho
Bruno Paes Lima Ferreira
Célia Diniz Lima
Cesar Romão Martins
Claudio Luciano Frank
Cristiane de Andrade Ferreira
Cyarlen Christie Yano Callado
Daniela Pedroso Ferreira
Flávia de Araújo Tartari
Flávio Guilherme de Oliveira Maia
Flávio Mendonça de Moraes
Frederico Augusto de Souza Santos
Giovana Agostini
Gisele Cristiane Kajimoto
Gleicy Keli Barcelos
Gustavo Cerutti Navarro
Heloisa Alvim do Carmo
Hudson Marcelo da Costa
José Diognes Coutinho Lopes
José Luiz Martins Penachio
José Mário Mangaravite Encinas
Josedir Waichert da Silva
Joyce Gimenes Brandão
Juliana Mendonça Torres
Karine Luciele Grehs Meller
Kelle Duvanel Botelho
Lana Rocha Simão
Lilian Oliveira Brandão
Luciana C. Nascimento Nishimoto
Luciana Gonçalves Lauria Novais
Luciane Marques da Silva
Luiz Antonio Pereira
Luiz Roberto Tazima
Marcio de Oliveira Chiara
Márcio de Sá Faleiros
Maria Alice da Silva Pereira
Mariana Mendes Bumachar
Mauro Correa Camara
Milene Soares Ribeiro
Patricia Telles Soares
Priscila Pelegrini Mussi
Raquel Fernandes Schult
Renato Mendes Santos
Roberto José Reis Tavares
Rodrigo Cunha Antonini
Rogerio Fantoni Martins
Rolando Lo Schiavo
Rose Pereira Cordeiro
Simone Christine F. Duarte Lana
Tadeu Santos Lins
Tania Cristina Carvalho D Borges
Valeska Lanna Ignacchiti
Vanise Barros Rodrigues da Motta
Wladmir de Lima
Paulo Henrique MeloChefe de Gabinete
O artigo 1.219 do Código Civil preconiza:
“A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por
convenção, ou costume, não houver de ser adiantada, ou paga em
prestações”.
A nossa lei civil não deixa dúvidas quanto à obrigação de remune-
rar, quando efetivamente prestado o serviço.
Ainda neste diapasão, estando evidente a relação contratual,
identifica-se ainda uma relação de consumo do serviço médico
fornecido pelo profissional liberal, na qual a prática da Medicina é
incluída, modernamente, no rol daquelas que se prestam à incidên-
cia da Lei Federal nº 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor),
uma vez que os profissionais liberais em geral são realmente
prestadores de serviços, independentemente da área de atuação
escolhida.
No art. 2º da mencionada Lei tem-se a seguinte definição:
“Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final”. O art. 3º, § 2º, afirma
que “Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração...”.
Assim, despiciendo arvorar-se em maiores elucubrações para
concluir pelo enquadramento da atividade objeto do contrato médico
como prestação de serviços sujeita, uma vez autorizada, aos ditames
contidos no estatuto protetivo do consumidor. De outra parte,
igualmente inequívoca a condição de consumidor assumida pelo
paciente.
Dentro dos parâmetros acima, tem-se que os honorários médicos
nada mais são do que a retribuição dos serviços profissionais do
médico quando este exerça a sua profissão de forma independente, o
qual, na fixação dos honorários, deve conduzir-se de forma a
considerar as limitações econômicas do paciente, as circunstâncias
do atendimento e a prática local, tudo na forma prescrita pelo artigo
89 do Código de Ética Médica.
Outra disposição do Código de Ética Médica, no seu artigo 90, é a
de que o médico deve ajustar previamente com o paciente o custo
provável dos procedimentos propostos.
E é exatamente nesta disposição que, ao que tudo indica, vem
pecando o Consulente, pois, pelo que demonstra em sua consulta, ele
não vem ajustando de forma satisfatória o valor e o pagamento dos
honorários médicos.
É assim nosso entendimento que o médico pode e deve utilizar-se
de contrato de prestação de serviços vinculado a um título extrajudici-
al, nos casos em que não ajustar o pagamento antecipado de seus
serviços, pois desta forma terá instrumento hábil para ajuizamento de
eventual cobrança respectiva.
No que concerne aos serviços anteriormente prestados, em que
não existe prova do valor da contratação prévia, haverá a necessidade
de arbitramento judicial de honorários médicos, que se dará no
âmbito de ação de cobrança a ser promovida pelo médico cuja prova
da efetiva prestação do serviço pode se dar através da documentação
existente nos hospitais, históricos médicos etc.
Existindo, porém, quaisquer títulos de crédito que não tenham
algum requisito formal que os possa, efetivamente, constituir em
títulos executivos ou tratando-se de títulos de crédito prescritos, resta
ao médico a utilização de Ação Monitória para a obtenção de título
executivo.
São todas opções que devem ser avaliadas por Advogado, a ser
consultado pelo Médico em questão.
É certo, porém, que, uma vez prestados os serviços médicos,
devem os mesmos ser devidamente remunerados, havendo formas
de faze-lo legalmente.
É o Parecer, SMJ.Mauricio Sagboni Montanha TeixeiraAssessor Jurídico - OAB/PR 13.147Mauricio Sagboni Montanha Teixeira
Parcer Jurídico
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 22
Novos MembrosASPIRANTES
Adalgisa Freire Vieira de Rubin
Alexandre Benini Antunes
César José Salazar Leturia
Daniele Freires Alves
Fernando Basilio dos Santos
Fernando Camargo Costa Faria
Igor Serpa Areas
Márcio Alencar de Sousa
Marcos Tulio Rios Teles
Severino Alves Cardoso Neto
ATIVOS
Adriana Mayumi Handa
Adriana Veiga do Pilar Cobra
Alessandra Andreia Florindo
Alex Torres Giordani
Ana Cristina Abreu Mendes
Ana Margarida R. Carneiro de Abreu
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André Ricardo Stüker
Andrea da Costa Moreira
Antonio Bezerra de Vasconcelos Filho
Ayrton Bentes Teixeira
Bruno de Lucena Coutinho
Bruno Paes Lima Ferreira
Célia Diniz Lima
Cesar Romão Martins
Claudio Luciano Frank
Cristiane de Andrade Ferreira
Cyarlen Christie Yano Callado
Daniela Pedroso Ferreira
Flávia de Araújo Tartari
Flávio Guilherme de Oliveira Maia
Flávio Mendonça de Moraes
Frederico Augusto de Souza Santos
Giovana Agostini
Gisele Cristiane Kajimoto
Gleicy Keli Barcelos
Gustavo Cerutti Navarro
Heloisa Alvim do Carmo
Hudson Marcelo da Costa
José Diognes Coutinho Lopes
José Luiz Martins Penachio
José Mário Mangaravite Encinas
Josedir Waichert da Silva
Joyce Gimenes Brandão
Juliana Mendonça Torres
Karine Luciele Grehs Meller
Kelle Duvanel Botelho
Lana Rocha Simão
Lilian Oliveira Brandão
Luciana C. Nascimento Nishimoto
Luciana Gonçalves Lauria Novais
Luciane Marques da Silva
Luiz Antonio Pereira
Luiz Roberto Tazima
Marcio de Oliveira Chiara
Márcio de Sá Faleiros
Maria Alice da Silva Pereira
Mariana Mendes Bumachar
Mauro Correa Camara
Milene Soares Ribeiro
Patricia Telles Soares
Priscila Pelegrini Mussi
Raquel Fernandes Schult
Renato Mendes Santos
Roberto José Reis Tavares
Rodrigo Cunha Antonini
Rogerio Fantoni Martins
Rolando Lo Schiavo
Rose Pereira Cordeiro
Simone Christine F. Duarte Lana
Tadeu Santos Lins
Tania Cristina Carvalho D Borges
Valeska Lanna Ignacchiti
Vanise Barros Rodrigues da Motta
Wladmir de Lima
Paulo Henrique MeloChefe de Gabinete
Notícias
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 23
1 Trata o presente de solicitação de informação
pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, quanto
aos valores de remuneração do ato anestésico nos
procedimentos de facectomia realizados em mutirão,
quanto ao que temos a esclarecer:
1.1 Na tabela de procedimentos do SIH-SUS
constam 02 códigos de procedimentos para a
realização de facectomia que são: 36004049
Facectomia sem Implante de Lente Intraocular e
36020052 Facectomia para Implante de Lente
Intraocular, não havendo, entretanto, diferenciação de
valores ou códigos quando da realização ou não por
meio de mutirão.
1.2 Os valores de serviços profissionais das
Facectomias são:
36004049 Facectomia sem Implante de Lente
Intraocular = R$ 101,05
36020052 Facectomia para Implante de Lente
Intraocular = R$ 152,13
1.3 Se houver lançamento no campo de serviços
profissionais da AIH “tipo de ato 6 anestesia”, do
código 36004049 o valor do ato anestésico será de R$
30,31 e no caso do código 36020052 de R$ 45,63,
correspondente a 30% do valor do SP.
1.4 Realizamos análise dos valores dos atos
anestésicos dos procedimentos citados e verificamos
que em alguns casos, em vez do lançamento de um dos
códigos de procedimento facectomia no campo serviços
profissionais com “tipo de ato 6”, houve lançamentos
do código 45000050 anestesia correspondente a 68
pontos, tendo então sido efetuado o rateio de pontos,
ocorrendo portanto variação de valor.
2 Há casos ainda, em que o Hospital possui
índice de valorização de emergência, por exemplo,
podendo incidir um adicional de 10 a 25% sobre o valor
do procedimento e conseqüentemente sobre o ato
anestésico.
3 Em face do exposto e considerando que
podem existir muitas variáveis para a valoração,
sugerimos que caso persista a dúvida, que seja enviada
cópia de um contra cheque em específico, emitido pelo
DATASUS, para que possamos analisar com maior
detalhamento e informar com exatidão o ocorrido.
4 Ao DECAS, conforme solicitado.
Naira De Bem AlvesCoordenadora GeralNaira De Bem Alves
Remuneração do ato anestésico nos procedimentos de facectomia realizados em mutirão.
De ordem do Senhor Secretário, Dr. Renilson Rehem de Souza, reporto-me ao Ofício C.SBA nº 05103, de 23 de
outubro de 2002, por meio do qual Vossa Senhoria solicita informações acerca dos valores de remuneração do ato
anestésico nos procedimentos de facectomia realizados em mutirão.
Tendo em vista que as atribuições afetam a esta Secretaria de Assistência à Saúde, encaminho, anexa, cópia do
Parecer Técnico emitido pela Coordenação-Geral de Sistemas de Informação Ambulatorial e Hospitalar, desta SAS, no
qual ressalta que na Tabela de Procedimentos do SIH/SUS constam dois códigos de procedimentos para a realização da
facectomia, o de nº 36004049 - Facectomia sem Implante de Lente Intraocular) e o de nº 36020052 - Facectomia para
Implante de Lente Intraocular), não havendo, entretanto, diferenciação de valores ou códigos quando da realização ou
não por meio de mutirão.
Coordenação Geral de Sistemas de Informação Ambulatorial e Hospitalar, em 18/11/2002.
Ref.: Ofício CSBA 05103/2002 (25000.134653/2002 92)
Ass.: Remuneração de anestesia em facectomia
INT.: Sociedade Brasileira de anestesiologia
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 24
PORTARIA CFO-SEC - 032/2002
Regula o uso da anestesia local e da anestesia geral na prática da Odontologia.
O Presidente do Conselho Federal de Odontologia, no uso de suas atribuições regimentais, cumprindo deliberação do Plenário,
em Reunião realizada no dia 04 de outubro de 2002,
Considerando que a Lei nº 5081, de 24 de agosto de 1966, que regula o exercício da Odontologia em todo o território nacional,
no artigo 6º especifica a competência do cirurgião-dentista no uso da anestesia nos seguintes termos:
"Art. 6º. Compete ao cirurgião-dentista:
...
V - aplicar anestesia local e troncular;
VI - empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente
habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento.";
Considerando que o legislador considerou
prudente situar essa competência em incisos
diversos e sendo taxativo e explícito que, pelo
seu enunciado, o inciso V é auto aplicável e o
sentido da expressão "aplicar anestesia local e
troncular" é claro e amplo;
Considerando que, no inciso VI do artigo 6º da Lei
nº 5081/66, o legislador, usando a expressão
"empregar a analgesia" (bem como a hipnose), cuidou
de subordinar o seu uso, emprego, prescrição, administra-
ção, ou simplesmente a sua aplicação, pelo cirurgião-
dentista, a duas condições essenciais: "desde que comprova-
damente habilitado" e "quando constituírem meios eficazes
para o tratamento";
Considerando que o legislador, com reconhecida prudência, ao inserir no texto, como condição para o emprego da analgesia, a
necessidade dela se constituir em meio eficaz para o tratamento, certamente o fez com o intuito de se evitar a sua generalização e
prática excessiva e desnecessária; e,
Considerando que, pelo acordo firmado na Reunião Conjunta do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Federal de
Odontologia, foi considerada "prática atentatória à ética a solicitação e/ou a realização de anestesia geral em consultório de cirurgião-
dentista, de médico ou em ambulatório",
RESOLVE:
Art. 1º. O cirurgião-dentista poderá operar paciente submetido a qualquer um dos meios de anestesia geral, desde que sejam
atendidas as exigências cautelares recomendadas para o seu emprego.
Art. 2º. O cirurgião-dentista somente poderá executar trabalhos profissionais em pacientes sob anestesia geral quando a mesma
for executada por profissional médico especialista e em ambiente hospitalar que disponha das indispensáveis condições comuns a
ambientes cirúrgicos.
Art. 3º. Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação na Imprensa Oficial, revogadas as disposições em contrário.
Regulamentação do uso da anestesia local e da anestesia geral na prática da Odontologia.
Marcos Luis Macedo de Santana, CDSecretário-geral
Miguel Álvaro Santiago Nobre, CDPresidente
Notícias
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 25
Software aponta erros médicos
Fonte: BBC News
Prevenir erros. Esse foi o objetivo central do anestesiologista Steve Bolsin ao desenvolver um
sistema de computador que possibilita aos alunos de especialização em anestesiologia
identificar os próprios "deslizes" durante procedimentos médicos.
Trata-se de um software implantado num pequeno computador de mão, que permite
aos alunos gravarem todas as etapas dos procedimentos que estão realizando. As
informações, então, são passadas para uma central, voltada a analisar a performance
dos novos profissionais.
O sistema já está sendo implantado em alguns hospitais da Austrália país em
que hoje trabalha o britânico Bolsin. Segundo ele, por meio do software, “temos
identificado áreas em que os alunos vêm demonstrando segurança suficiente para
atuarem, depois da fase de especialização. Por outro lado, observamos que outros
necessitam de maior tempo de supervisão. Caso contrário, podem colocar em risco os
pacientes".
Um estudo recente publicado no The Medical Journal of Australia mostrou pelo menos 50 erros em cerca de 1.600 procedimen-
tos, num período de sete meses. Tais resultados fizeram com que várias instituições australianas procurassem o sistema.
Apenas para dar-se uma idéia: a Medical Defense Association, entidade sediada no estado de Victoria, Austrália, está adquirindo
os softwares, com o objetivo de diminuir o número de reclamações por negligência.
Informarmos que o endereço do site do Conselho Federal
de Medicina é www.portalmedico.org.br e não como foi
informado no Release Coletiva Diretrizes.
Site do Conselho Federal de Medicina
Telas do site
do Conselho
Federal de
Medicina
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 26Anestesia em revista - janeiro/fevereiro, 2003 - 26
Calendário Científico
20 a 22 XXVII Jornada Norte-nordeste De Anestesiologia
Ouro Branco Praia Hotel - João Pessoa/PB
Informações: Saepb (83)244-8822
20 a 23 XXV Congreso Colombiano De Anestesiologia Y Reanimacion Bogotá, Colômbia
10 a 12 Jornada Sul-brasileira De Anestesiologia Curitiba/PR Informações: (41) 352-7421
24 a 26 - Jornada De Anestesiologia Do Estado Do Rio De Janeiro Jaerj Hotel Sheraton Rio De Janeiro/RJ
Informações Saerj: (21) 2541-6091 [email protected]
16 a 18 - 37ª Jornada Paulista De Anestesiologia Jopa Maksoud Plaza São Paulo/SP
Informações Saesp: (11) 3673-1388 [email protected]
31/MAIO a 03/JUNHO Congresso Europeu De Anestesia Euroanesthesia - Glasgow - Escócia
01 a 07 12TH European Congress Of Anaesthesiology Esa/eaa/censa/wfsa Birmingham Uk
Contact: [email protected]
25 a 28 - Congresso Ibero-latino-americano (cila) E Congresso Luso-espanhol De Anestesiologia Aveiro / Portugal
26 a 29 37ª Jornada De Anestesiologia Do Sudeste Brasileiro Jasb E Xiv Jornada Mineira De Anestesiologia Belo Horizonte/MG
1 a 2 XV Jornada Norteriogrande De Anestesiologia Mossoró/RN
14 a 16 34º Jornada De Anestesiologia Do Brasil Central Goiânia/goiás Tema Oficial: “bloqueio No Neuro-eixo Consenso E Atualização”
23 a 27 IV Curso Preparatório Ao Tsa Norte/nordeste Salvador/BA
10 a 13 32º Congresso Argentino De Anestesiologia Mendoza/Argentina
13 a 14 Encontro Mineiro De Anestesiologia Governador Valadares/MG.
19 a 20 XIV Jargs Jornada De Anestesiologia Do Rio Grande Do Sul Passo Fundo/RS
20 22
20 23
10 12
24 26
16 18
31/MAIO 03/JUNHO
01 07
25 28
26 29
1 2
14 16
23 27
10 13
13 14
19 20
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
AGOSTO
SETEMBRO
11 a 15 Asa Annual Meeting San Francisco Usa
Contact: [email protected]
16 a 19 XXXI Congresso Chileno De Anestesiologia
Contato: [email protected] e http://www.socanestesia.cl
10 a 15 - XXVII Congresso Latino-americano De Anestesiologia -
Guatemala - www.clasa2003.guatemala.org
15 a 19 50º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Brasília /DF
18 a 23 13TH World Congress Of Anaesthesiologists Palais De
Congres Paris France - Contact: [email protected]
23 a 27 Asa Annual Meeting Las Vegas Usa
Contact: [email protected]
51º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Curitiba/PR
52º Congresso Brasileiro De Anestesiologia - Goiânia/GO
53º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Rio De Janeiro/RJ
54º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Natal/RN
XIV Congresso Mundial De Anestesiologia Durban - Africa Do Sul
55º Congresso Brasileiro De Anestesiologia São Paulo/SP
14TH World Congress Of Anaesthesiologists - Durba South Africa
Contact: [email protected]
56º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Salvador/BA
57º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Gramado/RS
58º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Fortaleza/CE
59º Congresso Brasileiro De Anestesiologia - A Definir
60º Congresso Brasileiro De Anestesiologia Aracaju/SE
11 15
16 19
10 15
15 19
18 23
23 27
51º
52º
53º
54º
XIV
55º
14TH
56º
57º
58º
59º
60º
OUTUBRO
2004 - ABRIL
2005
2006
2007
NOVEMBRO
OUTUBRO
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Sociedade Brasileira de Anestesiologia