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Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 3

Expediente

Anestesia em revista é uma publicação da So-ciedade Brasileira de Anestesiologia Departa-mento de Anestesiologia da Associação Médi-ca Brasileira.

Rua Professor Alfredo Gomes, 36Botafogo - Rio de Janeiro - RJCEP: 22251-080Tel.: (21) 2537-8100Fax.: (21) 2537-8188

Conselho Editorial:Dr. Esaú Barbosa Magalhães FilhoDr. Pedro Thadeu Galvão ViannaDra. Consuelo Plemont MaiaDr. Luiz Carlos Bastos SallesDr. James Toniolo ManicaDr. Ismar Lima CavalcantiDr. Roberto Bastos da Serra Freire

Diretor Responsável:James Toniolo Manica

Programação Visual e RevisãoProfile Design

Impressão e Acabamento:Mosaico Artes Gráficas

Capa:Máscara de Ombrédanne

Tiragem:8.000

Distribuição Gratuita

IMPORTANTE:Cadastre seu e-mail na SBAVisite o site da SBA na Internet:www.sba.com.br

Indice

Editorial ...............................................................................5

Cartas ..................................................................................6

Perguntas e Respostas......................................................10

Matéria da Capa ................................................................19

Médico - sugestões para o seu dia-a-dia....................................................18

Dicas

Carlos Alberto Pereira de Moura é oatual presidente do Conselho Superior da SBA...........................................21

A SBA colabora na Rename .........................................................................23

A SBA e a situação econômica no país........................................................23

O ato médico ................................................................................................24

Artigos

Programa científico da SADIF...................................................................... 26

Programa da SAEB.......................................................................................26

Programa científico XIV J NRG e VII J Mossoró ...........................................26

Nova diretoria SAETO...................................................................................26

Nova diretoria SPA .......................................................................................26

Divulgação

Site da SBA - www.sba.com.br

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Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 5Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 4

Sociedade Brasileira de AnestesiologiaEditorial

Dr. James ManicaDiretor do Departamento Administrativo da SBA

Iniciamos 2003 com novos governantes a admi-nistrarem o país e, independentemente da visão ideo-lógica ou preferência político-partidário que cada um possa ter há que desejar sucesso a esses gestores, com o conseqüente benefício que representaria para a nação. Os desafios que se apresentam são inúme-ros e dentre eles a continuada crise financeira que agora recrudesce, evidenciada pela crise cambial e pelo retorno de um nível inflacionário indesejável. Os anestesiologistas, como toda classe médica, têm assistido a uma estabilização ou mesmo de-créscimo nos seus rendimentos, por outro lado, as demandas financeiras não param de crescer. Com a SBA tem ocorrido uma situação semelhante, já que as anuidades não vinham recebendo reajustes com-patíveis com a desvalorização monetária. Para este

ano, a Assembléia de Representantes reunida durante o Congresso Brasileiro de Anestesiologia em Joinville, aprovou um valor de anuidade que per-mite à entidade continuar mantendo os mesmos serviços a seus associados. Com relação a esse tema, publicamos A SBA e a situação econômica do país, um artigo esclarecedor do Presidente do Conselho Superior da SBA Dr. Carlos Alberto Pereira de Moura.

A cada dia se atualizam e aprimoram as informações disponibilizadas no portal da SBA. No momento, é possível acessar além da Medline e da Ovid, os textos na íntegra do Barash e do Massachusetts, assim como de onze dos principais periódicos da anestesiologia mun-dial. O Ensino à Distância traz novos temas e nova formulação, com testes para memorizar o conteúdo. Os eventos científicos mais importantes da anestesiologia estão divulgados e é possível escolher com bastante antecedência os que iremos participar. Encontramos, tam-bém, os endereços de todos colegas associados e outros endereços úteis, regionais da SBA, secretarias estaduais de saúde, sociedades médicas. Para quem deseja conhecer um pou-co mais da história da anestesiologia brasileira há o Museu Virtual com imagens de algumas peças significativas do seu desenvolvimento. Não deixe de freqüentar nosso site, é um dos bons motivos de ser sócio da SBA.

No âmbito da defesa profissional, outro foco de luta que está sendo desenvolvida é a aprovação no Congresso Nacional da Lei do Ato Médico, tão importante para médicos e se-gurança da população. Sobre o tema, o colega Dr. José Luiz Gomes do Amaral traz um tex-to para reflexão, que deveria ser amplamente divulgado entre o público leigo e outros pro-fissionais da saúde.

Vale a pena conferir as Perguntas e Respostas, que sempre têm questões atuais e de uti-lidade prática. Uma das Perguntas vem da Associação Médica Brasileira e registra a preo-cupação dessa entidade com a natalidade descontrolada de especialistas. Confira!

Vamos encontrar nesse número a última parte das Sugestões para o seu dia-a-dia, do conselheiro paranaense Dr. João Manuel C. Martins, bem como diversas outras matérias que completam essa edição.

A todos uma leitura proveitosa.

Dr. James Manica

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Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 7

Cartas Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 6

De nuestra mayor consideración: Por la presente comunicamos a Vd. que ha quedado habilitada la Revista Virtual Latinoamericana de Anestesiología. De acuerdo a lo convenido oportunamente se halla en Internet el número 0 del Volumen 1, como número de prueba.El acceso a la RVLA se puede hacer a través de www.clasa-anestesia.org/rvla/ y a través de las páginas web de otras sociedades (actualmente la Sociedad Mexicana y la Federación Argentina). Sería conveniente que el CE de CLASA invite a todas las filiales Latinoamericanas a linquear la RVLA a sus páginas oficiales a los fines de tener mayor difusión e invitar a las filiales de CLASA que no tengan revistas propias a publicar los artículos que puedan producir sus afiliados en la RVLA.

Educação Continuada em Anestesia

Dr. José Jaramillo-MagañaEditor

La Confederación Latinoamericana de Sociedades de Anestesiología y la Federación Mexicana de Anestesiología, han iniciado un programa de Educación Continua en Anestesiología, con el objetivo de llevar a todos sus agremiados de manera gratuita y online el contenido del PAC Anestesia 2 (y subsecuentes).Le invitamos a visitar dicho espacio así como a difundirlo entre sus conocidos.Cualquier sugerencia o comentario serán bien recibidos.Educación Continua en Anestesiología: http://www.educafma.org/

Revista Virtual Latinoamericana de Anestesiología

Dr. José J. Jaramillo-Magaña

Congratulações à nova diretoria da SBA

Auguro pleno êxito na missão da diretoria, na condução dos destinos da nossa entidade materna.

Dr. Paulo PereiraEx-presidente

Em nome do quadro associativo da COPAN, parabenizamos a nova diretoria da SBA desejando sucesso.

Dr. Octaviano Baptistini JuniorDiretor Presidente da COPAN

Impossibilitado de comparecer na posse da nova diretoria, de-sejamos uma profícua gestão em nome de todos os membros do CET/SBA da Santa Casa de Marília/SP

Dr. Nelson Unjer dos Santos FilhoRes. pelo CET/SBA da Santa Casa de Marília

Honrado pelo encaminhamento do convite para a posse dos novos diretores da SBA, no dia 11 de janeiro, quero registrar o agradecimento pela deferência e lamentar que compromissos inadiáveis, naquela data, impedem meu comparecimento.Sinto-me envaidecido de ter podido participar, por algum mo-mento, em cargos tão importantes da nossa SBA até galgar, em 1986, o topo máximo da sua diretoria como presidente.Sinto-me também, emocionado ao perceber a evolução e o sucesso de meu amigo Esaú, frutos de sua determinação des-de os primeiros passos na sua regional.É desta forma, e através deste processo evolutivo, que se constituem os grandes líderes de uma nação.A nossa sociedade é um exemplo nacional.Ao meu amigo fraterno Roberto Freire, que, estou certo tam-bém, estará no topo dessa diretoria, sendo apenas uma ques-tão de tempo, meu sincero abraço.A todos, pleno sucesso na gestão que se inicia.

Dr. Manoel Almeida NetoSuperintendenteCoord. ISO 9001/2000

O Serviço de Anestesiologia de Joinville (SAJ), vem por meio deste parabenizar toda a nova diretoria pela posse em 11 de janeiro de 2003.Temos certeza do seu sucesso e de toda a sua diretoria.Desejamos um ano pleno de realizações em favor de nos-sa Sociedade.Parabéns Esaú, Pedro, Consuelo, Luis Carlos, Serra Freire, Mânica e Ismar.

Dr. Jurandir Coan TurazziCoord. Do SAJ 2003/2004

Impossibilitado de comparecer na cerimônia de posse da nova diretoria, congratulamos e desejamos êxito em todas as realizações.

Dr. Raimundo Saturnino PereiraPresidente SAESE/COOPANEST-SE

É com grande satisfação, que a Sociedade de Anestesiologia do Estado de Goiás – SAEGO, vem parabenizar, aos colegas eleitos, à nova diretoria da SBA-2003.Na certeza que esta diretoria trará grandes conquistas à nos-sa especialidade, a diretoria da SAEGO aproveita o ensejo para reiterar os préstimos e parceria a essa gestão, desejan-do-lhes os mais sinceros votos de sucesso e realizações.

Dr. Dário Humberto de PaivaPresidente da SAEGO

Não poderei comparecer à solenidade de transmissão de cargos da Diretoria da SBA. Motivos profissionais que não consegui trans-por impediram-me de viajar ao Rio e abraçá-lo pessoalmente. No atual momento que vive o povo brasileiro, com esta onda de desemprego e falta de trabalho, não viajar para uma sole-

Dr. Abelardo Menezes

nidade e conseguir estar trabalhando, não é de todo lamentável. O co-migo não pode ser visto de outra forma, especialmente pela crise que vem se abatendo sobre o hospital que presto serviço há quase 15 anos.Apesar da distância, compreenda que estou torcendo para que, ao fi-nal do seu mandato, todos possam reconhecê-lo como um presiden-te que honrou os votos recebidos, e a confiança dos que acreditam em você e nos seus propósitos. A coincidência do inicio de um novo governo federal, com uma visão mais social e voltada para a resolu-ção de importantes problemas que afligem as camadas excluídas da sociedade, pode contribuir para o sucesso do seu mandato. É preci-so sabedoria e competência para conviver com este novo tempo e a sua equipe obviamente está preparada para isto. Que Deus o acom-panhe neste novo desafio.

Diretoria da COOPANEST/ES

É com grande satisfação, que comunicamos o cancelamento pela jus-tiça, do concurso público para médicos do Instituto Estadual de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo, o qual incluía vagas para anes-tesiologistas.Nossa mobilização e esforço foram muito importantes para tal conquista.

Dr. Renato Castro

Desejo, sinceramente, a todos uma gestão de muitas realizações, muita confiança daqueles que os elegeram, muita paz, e peço ao Se-nhor do Bonfim que os ilumine nesta tarefa, que tenho certeza vo-cês são capazes.Parabéns a todos, Esaú, Pedro Thadeu, Consuelo, Roberto, Mânica, Luiz Carlos, Ismar e, o conselheiro Mourão.

Prof. Dr. José Roberto de Souza BaratellaPresidente da CIPESP

Recebemos com satisfação o comunicado de vossa eleição para a pre-sidência da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Fazemos votos de gestão plena de realizações e colocamo-nos à disposição para futu-ras atividades comuns.

Dr. Roberto Queiroz GurgelPresidente da SOMESE

Acusamos o recebimento da carta SBA 05718/2002 datada de 09 de dezembro de 2002, a qual nos informa a composição da diretoria eleita para o período de 01/01/2003 a 31/12/2003.Na oportunidade, parabenizamos a todos os membros da diretoria da referida entidade, ao tempo em que desejamos successo.

Dr. Antonio L. Oliva Filho

Impossibilitado de cumprimentá-lo pessoalmente, e aos demais cole-gas que compõem sua equipe, durante a cerimônia de posse da dire-toria 2003 de nossa entidade maior, quero deixar minha certeza de um total sucesso no período administrativo sob sua tutela.Um forte abraço a V.S.a, ao Thadeu, ao Roberto e a todos os demais colegas que se disponibilizaram a continuar a trajetória de realizações de nossa SBA.

Dr. José MadsonPresidente da COOPANEST/RN

Dr. Esaú,É com grande alegria e emoção que sentimo-nos honrados e envaide-cidos com sua belíssima conquista.

Dr. Valdir Cavalcanti Medrado

Cumprimentamos os diretores da nossa Sociedade, desejando-lhes su-cesso na jornada que iniciara. São os votos dos anestesiologistas do Hospital São Rafael.

We appreciated very much the letter you sent us about the new Direc-tory of the Brazilian Society of Anaesthesiology.I take the chance to wish you, on the behalf of the Society I represent, a year of profitable work.

The SIAARTI PresidentProf. Salvatore Montanini

Dr. Raimundo Rebuglio.

Tenho certeza da capacidade e dedicação dessa diretoria. A SBA não só é a diretoria, mas sim, todos os seus membros. Espero que estes façam a sua parte.Desejo a todos os integrantes dessa diretoria uma ótima gestão, po-dendo sempre contar comigo quando houver necessidade.

Cancelamento de Concurso Público

Dra. Cremilda Pinheiro DiasDiretora Presidente do SAEAM

A Sociedade de Anestesiologia do Estado do Amazonas – SAEAM, so-ciedade civil com sede e foro na cidade de Manaus - com objetivo de fomentar o progresso, aperfeiçoamento, e a difusão da Anestesiologia, da Terapia Intensiva, do Tratamento da Dor e da Reanimação, além da defesa e da fiscalização dos interesses profissionais de seus membros - vem informar, por meio de seu presidente, infra-assinado, a situa-ção de “litígio econômico” da COOPANEST/AM com o Hospital Dona Francisca Mendes, administrado pela Fundação Pró-Saúde.Desta forma, solicitamos que Vossa Senhoria se digne a divulgar esta situação de litígio entre seus associados, para que estes se tornem cientes das dificuldades enfrentadas pela COOPANEST/AM.

Amazonas

Cumprimentamos os membros da nova diretoria da SBA, e desejamos uma gestão profícua.

Dr. Alberto Affonso Ferreira

Desejo feliz e profícua gestão, juntamente com seus companheiros.

Dr. Alcides Carlos Pinto Correa

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Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 8

O Conselho Superior da SBA indicou o nome dos colegas Cristina Roich-mann (Pe), Gastão Duval Neto (RS) e Maria Anita Batti (SC) para com-porem a Comissão de Saúde Ocupacional durante o ano de 2003.

Comissão de Saúde Ocupacional

No dia 20/06/2003, será realizado um coquetel, jantar e baile em co-memoração ao 30º aniversário do CET do Hospital Universitário Pe-dro Ernesto - Uerj (HUPE-Uerj). Se, no período de 1973 a 2003, você foi staff ou residente / médico em especialização do hupe - uerj, me informe (por e-mail, telefone ou fax) seu nome completo e endereço atualizado para que eu possa en-viar-lhe o convite.

Comemoração ao 30o aniversárioCET Hospital Pedro Ernesto

Dr. Raimundo S. PereiraPresidente do SAESE/COOPANEST-SE

No dia 03 de janeiro de 2003, tomou posse como Secretário de Es-tado da Saúde de Sergipe o nosso colega e ex-presidente do SAESE/COOPANEST-SE, Dr. Eduardo Alves do Amorim.

Eduardo Amorim - Secretário de Saúde

José Abelardo Garcia de Meneses

Tenho a grata satisfação de comunicar a aprovação do Dr. Paulo César Medauar Reis como docente da disciplina de Anestesiologia do Colegiado de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Paulo César Medauar dos Reis - Docente

Alfredo PortellaResponsável pelo CET HUPE-Uerj.

O Dr Oswaldo Freire, assessor parlamentar da SBA, nos enviou uma notícia publicada no Jornal de Brasília, no dia 24/02/2003, que diz o seguinte:

“ANESTESISTAS VÃO PAGAR SALÁRIO À RENATA VIEIRA.Os dois anestesistas acusados de negligência médica no caso da funcionária pública Renata Vieira, 33 anos, aceitaram o acordo proposto no último dia 13, em audiência com a família da víti-ma e com o juiz da 3ª Vara Criminal, Pedro Araújo Yung-Tay Neto. Eles terão que pagar, por mês, 40% de seus salários, até o fim da vida de Renata. Por terem aceito o acordo, eles terão o benefí-cio previsto na Lei número 9.099 de ter o processo suspenso por três anos.Há um ano, Renata foi realizar um exame de videolaparoscopia.

Durante a troca de anestesistas, a paciente permaneceu durante 15 minutos sozinha na sala de cirurgia e sofreu uma parada car-diorespiratória.Depois de ter sido internada no Hospital Barra D or, no Rio de Ja-neiro, e no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, Renata está em casa, com a família. O pai diz que as despesas para cuidar de Renata se aproximam de R$ 12 mil por mês. São cinco médicos (clínico-geral, fisiatra, ortopedista, neurologista e geriatra) e cinco técnicos em enfermagem.O terceiro acusado, o médico dono da clínica, se recusou a acei-tar o acordo.Uma nova audiência foi marcada para o dia 17 de março, às 14h. Caso o acordo não seja firmado novamente, o processo continu-ará correndo normalmente.”

Jornal de Brasília 24/02/03“Anestesistas vão pagar salário à Renata”

A SAESP – Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo vem, por meio desta, comunicar o falecimento do Dr. Gilberto Soares Pi-nho, matrícula SBA 1429.Sem mais para o momento, reiteramos nossos protestos de estima e consideração.

Comunicamos o falecimento do Dr. Jurandir Blanco Rossint

Falecimentos

Atraso no pagamento de honoráriosOs Anestesiologistas que prestam serviços ao Hospital Regional Ala-rico Nunes Pacheco (Timon-Maranhão) comunicam à Sociedade os atrasos sucessivos de seus honorários. O último pagamento realizado refere-se a outubro de 2002.Não podemos aceitar tal situação, pois nada mais justo do que o pa-gamento de honorários dignos e em dia. Estamos nos organizando para iniciar um litígio junto ao Hospital, à partir do dia 17 de feverei-ro de 2003.Gostaríamos de contar com o apoio da Sociedade, no sentido de que os colegas Anestesiologistas (em especial os do Piauí e do Mara-nhão) fossem alertados sobre o problema, para evitar que sejam ilu-didos pela diretoria do Hospital, prejudicando, assim, os profissionais que lá trabalham.

Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 9

Dr João José Bastos Lapa Júnior

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Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 11Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 10

Perguntas e RespostasSociedade Brasileira de Anestesiologia

Pergunta

Resposta

É lícita a realização de anestesia pe-diátrica (ORL) em hospital que não

dispõe de pediatria? Quero dizer, não existe pediatra no hospital.

Anestesia Pediátrica

Para a realização de cirurgias o hospi-tal deve estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina. A de-cisão da realização do ato cirúrgico e a responsabilidade por todos os cuidados ao doente está a cargo do médico res-ponsável. O mesmo se aplica ao anes-tesiologista, no que concerne ao ato anestésico, ressaltando o previsto na resolução 1363/93 do Conselho Fede-ral de Medicina.

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Pergunta

Resposta

Sou estudante de medicina do 5º ano e estou pensando em fazer residên-

cia em Cardiologia ou Anestesiologia. Gostaria que vocês me esclarecessem algumas dúvidas: é verdade que os anes-tesiologistas vivem sendo processados? O anestesiologista pode realizar duas ou mais anestesias ao mesmo tempo? Hoje, anestesiologia é uma especiali-dade segura?

Especializaçãoem Anestesiologia

Em atenção aos seus questionamentos a esta Sociedade, temos a informar que: A prática da Anestesiologia no Brasil está calcada no Código de Ética Médica, Re-soluções e Pareceres oriundos dos Con-selhos Regionais e Federal de Medicina. A Resolução CFM 1363/93, que é a grande balizadora da nossa especiali-dade e pode ser acessada através do portal www.cfm.org.br, proíbe a prática de atos anestésicos simultâneos. Quanto à segurança da anestesia, po-demos afirmar que, nos tempos atu-ais, com a melhora dos equipamentos, drogas mais seguras e preparo dos pro-fissionais, a morbi-mortalidade dessa prática é mínima. O último volume de 2002 do Anesthesiology traz interes-sante matéria sobre o assunto. Quanto a demandas judiciais ou admi-nistrativas, a anestesiologia não está entre as especialidades de maior fre-qüencia. Obstetrícia e ginecologia, ci-rurgia plástica, ortopedia e traumato-logia ocupam essa posição.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Gostaria de saber se existe alguma in-fração em fazer anestesia para otor-

rinolaringologia em crianças num hospi-tal publico que não dispõe de um serviço de pediatria? Ou seja, em que não exista um pediatra de plantão para qualquer intercorrência (pós-parada cardiorespiratória ou bronco-espasmo severo, por exemplo). Sei da responsa-bilidade intransferível do anestesista em relação ao ato anestésico, mas a minha dúvida é sobre o que fazer quando, de-pois de resolvido o problema imediato, é necessário um acompanhamento no pós-operatório (como nos casos acima). É lícito exigir do hospital uma estrutura em pediatria para realizar o ato anestésico?

Anestesia em otorrinola-ringologia em crianças

Como para qualquer procedimento anestésico, há de se dispor das condi-ções mínimas para sua prática, aten-dendo o disposto nas Resoluções 1363/93 e 1409/94.Como bem dito, a responsabilidade de nosso ato é intransferível. Acrescento que as intercorrências que porventura ocor-ram também devam ser tratadas por nós. A questão é: depois do atendimento ini-cial, caso haja necessidade de seguimen-

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Pergunta

Resposta

to, qual o procedimento adequado?Caso o hospital não disponha de pedia-tra em seu corpo clínico ou até mes-mo de UTI, necessário se faz que haja a possibilidade do concurso desse es-pecialista e de remoção desse paciente para unidade de resolutividade.É bom salientar, no entanto, que até o momento da transferência do caso para outro médico ou unidade hospita-lar, o anestesiologista responsável deve atender o paciente e, na falta de local melhor equipado, que se eleja a própria sala cirúrgica para tal.

Quanto à residência médica em aneste-siologia, desde que seja essa a sua esco-lha, nossa Sociedade está ao seu inteiro dispor para sanar as eventuais dúvidas.

Minha dúvida é: posso determinar que circulantes de sala cirúrgica,

durante anestesias, tomem condutas frente a pacientes hipotensos, bradi-cárdicos e vômitos fazendo uso de dro-gas como efedrina, araminol e plasil, regulando vaporizadores e extubando pacientes enquanto tomo meu café na sala dos médicos?Essas funcionárias dizem que o COREN as proíbe, principalmente aquelas que não tem experiência alguma em centro cirúrgico.Gostaria de um parecer a respeito.

Normas de condutado anestesiologista

A prática da anestesiologia, como qual-quer outra atividade médica, está regra-da pelo que dispõe o Código de Ética Médica, Resoluções e Pareceres ema-nado dos Conselhos Regionais de Me-dicina e do Federal.O aludido diploma legal, em seu Artigo 30, diz que é vedado ao médico “dele-gar a outros profissionais atos ou atribui-ções exclusivos da profissão médica”.A Resolução 1363/93 do Conselho Fe-deral de Medicina, que baliza o exer-cício de nossa especialidade, diz em seu Artigo Segundo: “Para conduzir as anestesias gerais ou regionais com se-gurança, assim como manter a vigilân-cia permanente ao paciente anestesia-do durante o ato operatório, o médico anestesista deve estar sempre junto a este paciente”.Isto posto, não vemos como lícito o comportamento questionado em sua correspondência, ou seja, pessoal de enfermagem administrando drogas, ex-tubando paciente e etc. na ausência do anestesiologista.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Pergunta

Resposta

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Pergunta

Qual(is) a(s) entidade/sociedade(s) que encontra(m)-se formalmente capacita-

da(s) e credenciada(s) para a formação de especialistas na área de atuação em dor em nosso território? A SBED está habilitada a emitir certificados de “Especialista em Dor” ou “Área de Atuação em Dor”?

Formação de especialistasna área de atuação em dor

RespostaEm atenção à vossa consulta, temos a informar:1- Que, de acordo com a Resolução CFM 1634, que dispõe sobre o convênio de re-conhecimento de especialidades médicas fir-mado entre CFM/AMB/CNRM, o tratamento da dor é área de atuação das seguintes espe-cialidades: Anestesiologia e Neurologia.2- Que, para a obtenção do Certificado de Área de Atuação em Dor, se faz necessário que o postulante seja médico com título de especialista em uma das duas especialida-des acima referidas.3- Que, por não fazer parte da AMB, e, por-tanto, não estar inserida no convênio supra-citado, a SBED, não está, do ponto de vista legal, habilitada a emitir “Certificados de Es-pecialistas em Dor” ou de “Área de Atuação em Dor” aos seus associados médicos.

Pergunta

É lícita e legal a suspensão do pagamento pelo código sete ? Atualmente, o SUS lo-

cal, sob gestão plena, decidiu repassar nos-sos honorários através do hospital.Em termos de Brasil, qual a extensão da me-dida adotada pelos municípios brasileiros?A SBA tem condições pra envidar esforços com o objetivo de anular decisões locais?Caso seja lícita e legal a suspensão do paga-mento pelo código sete, qual a orientação que a SBA poderia nos oferecer para interromper o pagamento através do hospital?Queremos esclarecer que, até a presente data, a maioria dos nossos recebimentos são diretos dos convênios que recebem nossos serviços. Todos os recebimentos através do hospital não nos são repassados. É inadimplência mesmo. Como o SUS representa 90% dos nossos ven-cimentos, a situação vai ficar muito complica-da. Temos conhecimento de que o SUS local, no fim do ano passado, já repassou ao hospi-tal os honorários do mês de outubro e até ago-ra nem satisfação recebemos do hospital.

Pagamento de honorários

RespostaAntes de avaliar se é lícito ou legal o SUS lo-cal repassar os honorários diretamente ao hos-pital, diferentemente do que rotineiramente era feito, necessário se faz analisar as repercus-sões desse ato, para daí em diante traçar o ca-minho da reversão.Além do já citado prejuízo oriundo da retenção de honorários por parte da direção, que por si só já fere nosso diploma legal (Código de Ética Médica - Art. 92 - É vedado ao médico - “Reter a qualquer pretexto remuneração de médicos e outros profissionais”), outros prejuízos poderão advir desse agir, tais como o desconto de im-postos e taxas (ISS, etc), que diminuirão ainda mais o montante a ser percebido.Tal decisão de nível local não segue orientação do Ministério da Saúde, que não interfere em municípios com gestão plena. Não temos co-nhecimento de que semelhantes ações tenham sido empreendidas em outros locais.Vale salientar, inclusive, que para hospitais de caridade e filantrópicos, onde os honorários eram diretamente repassados ao hospital, foi redigida portaria do MS autorizando aos pro-fissionais que desejassem a receber seus ho-norários através do Código 7.Segundo nosso entendimento, o caminho mais adequado para o retorno ao padrão habitual de recebimento seria via SAESP, para onde, inclu-sive, estamos encaminhando cópias de sua e de nossa correspondência. Aquela Regional, atra-vés da Comissão de Defesa de Classe e em con-junto com a Delegacia do CREMESP, tem me-lhores possibilidades de resolver a questão .No entanto, se essa empreitada não obtiver o resultado almejado, poderemos contatar a Se-cretaria de Assistência à Saúde, em Brasília, para a solução do impasse.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

DATAS das PROVAS SBA 2003

Prova oral para

TÍTULO SUPERIOR EM ANESTESIOLOGIA14 de junho de 2003*

Prova escrita e oral para

TÍTULO SUPERIOR EM ANESTESIOLOGIAADMISSÃO COMO MEMBRO ATIVO DA SBAData prevista: novembro de 2003

Prova escrita para

TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ANESTESIOLOGIA

* Data da prova sujeita a alteração de acordo com o número de inscritos

Gostaria de saber sobre o uso da ropivaca-ína como anestésico local: seu uso, seus

efeitos colaterais e suas contra-indicações.Sou pediatra (Crm 14 24 Al) e analiso atu-almente projeto de pesquisa em odontologia utilizando esse medicamento.

Uso da Ropivacaínacomo anestésico

Temos o prazer de poder colaborar com os cole-gas médicos de outras especialidades.Evidentemente, por ser o tema muito vasto, há o impedimento para tratá-lo por esta via. A literatura nacional e internacional é rica em informações. Pensamos que a melhor manei-ra de tratar a questão é a realização de um levantamento bibliográfico por meio das bi-bliotecas oficiais.No entanto, com o objetivo de contribuir com V.Sa., encaminhamos a relação de alguns artigos que podem, inicialmente, lhe ajudar nesta tarefa.TI: Ropivacaine for dental anesthesia: a dose-finding study.

AU: Ernberg,-Malin; Kopp,-Sigvard

SO: J-Oral-Maxillofac-Surg. 2002 Sep; 60(9): 1004-10; discussion 1010-11

TI: Anesthetic efficacy of ropivacaine in ma-xillary anterior infiltration.

AU: Kennedy,-M; Reader,-A; Beck,-M; We-aver,-J

SO:Oral-Surg-Oral-Med-Oral-Pathol-Oral-Ra-diol-Endod. 2001 Apr; 91(4): 406-12

TI: Update on ropivacaine.

AU: Wang,-R-D; Dangler,-L-A; Greengrass,-R-A

SO: Expert-Opin-Pharmacother. 2001 Dec; 2(12): 2051-63

TI: Ropivacaine still has CNS toxicity: should local anesthetics be reevaluated?

AU: Wang,-Jhi-Joung

SO: Acta-Anaesthesiol-Sin. 2002 Mar; 40(1): 1

TI: Ropivacaine.

AU: Owen,-M-D; Dean,-L-S

SO: Expert-Opin-Pharmacother. 2000 Jan; 1(2): 325-36

TI: CNS toxicity of ropivacaine.

AU: Selander,-D; Sjovall,-J; Tucker,-G

SO: Anaesth-Intensive-Care. 1999 Jun; 27(3): 320-2

Resposta

Pergunta

Data prevista: novembro de 2003

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Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Pergunta

O Serviço de anestesiologia sempre foi “aber-to” a todos os anestesiologistas. Agora, o

novo grupo de anestesiologistas que assumiu o serviço comunicou que o referido serviço seria “fechado” aos anestesiologistas de “fora”.Eu trabalho com alguns cirurgiões, para os quais faço anestesia há 20 anos. Os nossos pacientes são particulares, portanto não uti-lizam qualquer tipo de convênio médico e usam o hospital para realizar suas cirurgias. Como os senhores podem imaginar, isso criou um certo constrangimento, pois fui obrigado a comunicar o problema aos cirur-giões, no sentido de mudarmos de hospital. O comunicado foi feito verbalmente a mim, e não aos cirurgiões.Gostaria que me enviassem parecer sobre o assunto.

Serviço de Anestesilogia “fechado”

Resposta

A Resolução CFM 1481/97, que pode ser acessada na íntegra no portal daquela insti-tuição - www.cfm.org.br - , determina diretri-zes relativas à redação e adoção do Regimen-to Interno do Corpo Clínico.A aludida resolução, entre outras prerroga-tivas, disciplina a admissão e demissão de membros do corpo clínico, item esse ao qual se refere seu questionamento.Desta forma, entendemos que o assunto deva ser diretamente discutido com o Diretor Clí-nico e com a Comissão de Ética, já que em hospital de corpo clínico aberto, como o seu deve ser, não nos parece que o comunicado, ainda que verbal, tenha respaldo ético. Na insistência desse procedimento, cabe con-sulta ao CREMESP, que possui Câmara Téc-nica em Anestesiologia e certamente analisa-rá e tomará as medidas cabíveis.

Pergunta

Sendo o único anestesiologista do municí-pio, é possível ausentar-me para viagens

pessoais ou para participar de congressos, já que sou profissional autônomo, sem vín-culo empregatício, e não sou remunerado pe-los sobreavisos? O hospital tem alguma obri-gação legal de remunerar o anestesiologista pelo plantão de sobreaviso?

Plantão de sobreaviso

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Resposta

O plantão em regime de sobreaviso já tem, através de pareceres dos diversos Conselhos Regionais de Medicina e do próprio Federal, consenso de que deve ser remunerado. É só questão de negociar junto à administração do hospital essa justa remuneração.Quanto à questão de ser a única especialista da cidade e a dificuldade em se ausentar para o gozo de férias ou participações científicas, necessário se faz que haja uma plena harmo-

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 13 Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 12

Tela do Site CFM - www.cfm.org.br

Pergunta

Necessito de algumas informações com re-lação à pontuação para credenciamento

do CET.

1. Quando nos referimos à especialidade (estágios em anestesiologia), podemos con-tar com o tempo da residencia em aneste-siologia? R3 em anestesiologia pediátrica pode ser computado? O curso SAVA tem va-lor na pontuação?

2. Os pontos ligados aos temas livres são destinados aos autores, co-autores e partici-pantes?

3. Trabalhos publicados que ganha os pon-tos? (essa pergunta não dá pra entender)

Credenciamento do CET

Pergunta

Nos dias atuais, onde processos médicos são tão freqüentes, temos que nos pre-

venir. Sei que existe no mercado um tipo de seguro profissional que ampara o médico tanto juridicamente quanto em relação à co-bertura no caso da necessidade do paga-mento de uma indenização. Venho então, por meio deste, solicitar de Vsa a indicação de algumas empresas que oferecem este tipo de cobertura.

Seguro profissionalpara erros médicos

Resposta

O Conselho Federal de Medicina e a Asso-ciação Médica Brasileira têm freqüentemente abordado o tema em tela, o seguro de respon-sabilidade médica em caso de erro médico. Essas instituições, preocupadas com o apoio a essa prática, o que poderia levar a um incre-mento da “indústria das indenizações”, têm posição contrária a essa contratação, inclusi-ve solicitando aos médicos que não a façam. Esta Sociedade tem conhecimento de várias se-guradoras, porém não tem como indicá-las, já que não mantemos relação com nenhuma de-las. Sugerimos que, caso realmente deseje con-cretizar seu intento, converse com colegas que já o fizeram e analise as diversas propostas, para que sua decisão seja a mais acertada.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

nia com o corpo clínico, para que sua ausên-cia não traga problemas ao atendimento dos que necessitam de seus préstimos.Várias são as maneiras de contornar a progra-mação cirúrgica eletiva, da saída de férias em período de baixa demanda a férias coletivas da equipe anestésico-cirúrgica. Não nos pa-rece difícil tornar isso viável. No entanto, res-tam as cirurgias de urgência e emergência, que, com certeza, merecem um envolvimen-to maior da coletividade médica, no sentido de não causar dano ao paciente.Talvez o menos complicado seja solicitar a anestesiologistas de cidades vizinhas que se disponham a dar essa cobertura, já que cer-tamente padecem do mesmo problema e um pode ajudar o outro. Outra maneira possível é fazer um comunicado, com a devida antece-dência, a todos os que encaminham pacien-tes ao seu hospital, de que no determinado período não haverá anestesiologista e os ca-sos de urgência e emergência devem ser enca-minhados para onde o grupo decidiu. Desne-cessário dizer que essa instituição hospitalar para onde serão encaminhados os pacientes nesse período terá que ser avisada, pois sua demanda aumentará nesse período.Isto tudo deve ser devidamente acordado en-tre todos os interessados, com trocas de cor-respondências onde tudo esteja documenta-do. Entenda-se como interessados cirurgiões, administradores hospitalares, secretário mu-nicipal de saúde, Presidente do Conselho Mu-nicipal de Saúde e o próprio anestesiologista que lhe dará cobertura.Esse modus operandi aparentemente com-plexo lhe dará a salvaguarda de não estar in-correndo em ilícito ético.

Em atenção aos questionamentos referentes às Normas para Concessão de Credencial de Responsável, Instrutor Co-Responsável e Ins-trutor de CET de V.Sa., temos a lhe informar: 1. O tempo de residência, inclusive R3 pode ser computado no item II - Bloco 2, no limi-te de 2 pontos;2. Os autores e co-autores de temas livres po-dem ser pontuados de acordo com o item VII - Bloco 7;3. O SAVA está previsto no item V - Bloco 5;4. Trabalhos publicados são computados no item III - Bloco 3.

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Pergunta

Validação de diplomasobtidos no exterior

Resposta

No Brasil, a revalidação de diplomas obtidos no exterior é de competência das universida-des públicas.No entanto, com seu Título de Especialista obtido no exterior, você pode ingressar na So-ciedade Brasileira de Anestesiologia na quali-dade de membro ativo, desde que cumpra o previsto no Art.110 do Estatuto da SBA.Art. 110 – O médico não membro da SBA que esteja em situação regular no Conselho Re-gional de Medicina, poderá solicitar sua ad-missão na SBA, na categoria de Membro Ati-vo, desde que seja aprovado em concurso de Provas Escrita e Oral, realizadas anualmente por ocasião do CBA, de acordo com regula-mento próprio, e desde que satisfaça as se-guintes exigências: I – Seja indicado por dois membros ativos da SBA quando da inscrição para a prova escrita. II – Apresente Certificado de Conclusão de Residência Médica em Anestesiologia reco-nhecido pela Comissão Nacional de Residên-cia Médica (CNRM) e que o mesmo tenha sido expedido por uma instituição credencia-da pela CNRM para desenvolver programa de Residência ou comprove ser graduado em

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

medicina há no mínimo cinco anos, ou; III – Apresente certificado de conclusão de curso de especialização realizado no exterior assinado pelo Responsável e acompanhado de histórico detalhado do mesmo;a) esta documentação deverá ser encaminhada à secretaria da SBA, com 180 (cento e oitenta) dias de antecedência, para que seja apreciada pela Comissão de Ensino e Treinamento;Informamos que, no Brasil, não há bolsa de empregos para Anestesiologista.

Pergunta

Vimos, por meio deste ofício e demais do-cumentos apresentados, solicitar apoio

desta digníssima entidade, no sentido de que os direitos éticos e profissionais repre-sentados pelo nosso trabalho sejam garanti-dos pelos demais profissionais da nossa es-pecialidade.Nossa reivindicação pela remuneração dos plantões à distância é justa e vem se arras-tando por quase um ano, culminando com uma paralisação das atividades eletivas des-de 15 de dezembro de 2003.Após chegarmos a esse desgaste extremo, houve, por iniciativa da prefeitura, demis-são do anestesiologista que também tinha um emprego na rede pública, e também ameaça de demição dois outros anestesiolo-gistas. Ainda há a pior ameaça, trazer para a Santa Casa outros anestesistas para nos substituir caso não retomemos de imediato nossas atividades de forma gratuita (ou seja, recebendo só o procedimento, que, na nossa cidade, 90% é via SUS). Cada um de nós re-cebia, até o mês passado, aproximadamen-te R$ 600,00/mês no que se refere a esses procedimentos.Solicitamos, como já relatamos acima, am-paro da Sociedade Brasileira de Anestesio-logia e nos colocamos à disposição para pos-síveis esclarecimentos, caso seja necessário.

Direitos éticos e profissionais

Resposta

A remuneração do “plantão à distância”, melhor entendida como sobreaviso, já que se reconhece como plantão a atividade exercida in loco, tem sido objeto de muita discussão por todo o Brasil. Na realidade, esse pleito é comum em situações onde a remuneração por produção é baseada em procedimentos através do SUS e/ou em locais onde a deman-da é baixa. Ao rigor da lei trabalhista o sobreaviso deve ser remunerado, mas isso implica em deman-

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Pergunta

Gostaria de saber dos senhores quando, na cobrança da diária de um hospital ou

de uma clínica, não se cobra uma taxa de anestesia onde já esta implícito o dinheiro para pagamento de consertos em equipa-mentos utilizados por nós. Explico-me me-lhor: houve um dano em um aparelho de anestesia que tinha sido consertado pela cli-nica e o custo ficou em R$ 150,00. A admi-nistração dessa clínica pediu que eu pagas-se o referido conserto.Realmente o dinheiro não é muito, mas pode-se abrir uma janela para que tudo o que for consertado seja cobrado de mim. Trabalho lá desde 1986 e nunca fui cobrado em nada. Se por ventura houver tal tabela, gostaria de saber onde devo procurá-la.

Cobrança de taxa de equipamento

RespostaA cobrança de taxas de equipamentos tais como oxímetro de pulso, capnógrafo, respira-dor e etc., normalmente é feita pelos hospitais junto às operadoras de saúde (convênios). Na sua situação, necessário se faz saber se a administração da clínica vem praticando essa cobrança, cujo provento pode ser revertido tanto para manutenção quanto para aquisi-ção de novos monitores. As taxas são variáveis de acordo com o con-trato. O ideal seria que consultasse a UNI-MED local para ter uma idéia de como isso se processa em sua cidade. De posse da tabela, resta negociar o destino dessa receita .

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Eu moro em Munique, Alemanha. Fizas formações em Medicina Interna e In-

tensiva no Brasil. Na Alemanha, fiz forma-ção em anestesia. Atualmente, trabalho no Hospital Universitário de Munique. Tenho planos de retornar ao Brasil e gostaria, se possível, de receber informações quanto à validação da formação alemã, bem como so-bre a existência de uma bolsa de empregos para anestesistas.

da jurídica, já que, pelo visto, as negociações não chegaram a bom termo. Acreditamos que a SAESP, através de sua as-sessoria jurídica, a Comissão de Defesa de Classe e o próprio CREMESP, através da Câ-mara Técnica de Anestesia, podem, em con-junto, intermediar a negociação de forma mais ágil, já que possuem delegacias distri-buídas pelo estado. Quanto à demissão do colega, não vemos outra alternativa que não a demanda jurídi-ca para reintegração do posto que ocupava. Quanto à possibilidade de outros anestesio-logistas ocuparem o lugar dos senhores, en-caminhamos cópia de circular que foi enviada a todos os anestesiologistas do Brasil e está disponível em nosso portal, para seu conhe-cimento e fundamentação.

Resposta

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Pergunta

Um grupo de 20 colegas anestesiologis-tas assumiu o serviço de um hospital

estadual, através de uma cooperativa que emprega profissionais na área de saúde. Os 20 colegas estavam em negociação com a direção do hospital para montarem a própria cooperativa (abrindo firma no nome dos 20 integrantes), a fim de obter melhorias para todos. Para surpresa, 10 colegas do grupo se adiantaram, abriram a firma e assumiram o serviço (“panelinha”) às escondidas, dei-xando os outros de fora da firma. Foi mantido o plantão, mas reduziram o valor pago por plan-tão. Gostaria de saber se temos que aceitar ca-lados ou se a SBA tem como interferir nesse caso. Devemos recorrer à Justiça comum?

Respeito entrecolegas anestesistas

RespostaO Código de Ética Médica, em seu Artigo 78, diz ser vedado ao médico “posicionar-se con-trariamente a movimentos legítimos da cate-goria médica, com a finalidade de obter vanta-gens”. No mesmo diploma legal, em seu Artigo 15, lê-se: “deve o médico ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissio-nal, seja por remuneração condigna, seja por condições de trabalho compatíveis com o exer-cício ético profissional da medicina e seu apri-moramento técnico.” O Artigo 19 diz que “o médico deve ter, para com os seus colegas, respeito, consideração e solidariedade,...” Isto posto, cabe, no nosso entendimento, o en-caminhamento da questão à SAESP, que deve intermediar e esgotar todos os meios para sol-ver o litígio. Cabe também, caso seja do seu in-teresse, um pedido de consulta ao CREMESP e, finalmente, demanda junto à justiça comum para reparo dos eventuais prejuízos. Finalizando, sugerimos que, em quaisquer das instâncias que venha a demandar, importan-te se faz estar munido de toda a documenta-ção que respalde os fatos a serem apurados, para que o sucesso almejado seja alcançado.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Pergunta

Solicito um parecer em relação a controvér-sias sobre a classificação de risco cirúrgi-

co ASA e GG de um paciente portador de in-suficiência renal crônica compensada em programação para confecção de fistula arté-rio-venosa periférica no membro superior.

Classificação derisco cirúrgico

RespostaA Sociedade Brasileira de Anestesiologia ma-nifesta sua satisfação em poder contribuir com colegas de outras especialidades médicas.A classificação da American Society of Anes-thesiologists (ASA) não é uma classificação de risco cirúrgico e sim de estado físico. Por conseguinte, qualquer comparação com escalas de risco cirúrgico pode originar controvérsias.Pensamos que o estudo de controvérsias deve ser realizado através de debates para a discussão dos dissensos entre os especialis-tas e que este instrumento de comunicação (e-mail) não permite tal processo. Sugerimos que uma reunião do corpo clínico do seu hos-pital possa ser o fórum ideal para este fim.

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Pergunta

Em relação à CET_R15.DOC, faço o seguin-te questionamento: “Este é o programa

teórico oficial da SBA para os três anos de treinamento? A prova nacional para médicos em especialização segue este programa?”

Programa teóricooficial da SBA

RespostaCom relação ao seu questionamento, esclare-cemos que o formulário R-15 mudou de nu-meração. Atualmente existem dois formulá-rios: R-12A - programa teórico de três anos e R-12B - programa teórico de dois anos.O R-12A deverá ser seguido para os ME ad-mitidos para Curso de Especialização com duração de três anos. Para os ME admitidos para programa de dois anos deverá ser se-guido o programa teórico R-12B. Anexamos os dois formulários.Caso o seu CET tenha adotado o programa de três anos a partir de 2003, os ME1 ad-mitidos neste ano deverão obedecer o pro-grama para três anos, e os ME2, o progra-ma para 2 anos

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 15Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 14

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Pergunta

Sou anestesiologista credenciado ao SUS e gostaria de saber se existe na tabela de

honorários médicos do SUS algum código para analgesia pós-operatória com opióides

Dúvidas na tabela do SUS

Resposta

Não constam na tabela SUS os códigos refe-rentes à punção de veia profunda ou artéria, assim como os procedimentos de analgesia pós-operatória. Quanto aos atos relativos à hemodinâmica, sugerimos que consulte a aludida tabela, à disposição em nosso site. A maneira mais eficaz de conferir é anotar o número da AIH para posterior conferência junto ao extrato de pagamento.

espinhais, punção arterial para pressão ar-terial invasiva e punção venosa profunda, como existe na Tabela da AMB.Outra dúvida é sobre os valores do SUS para procedimentos hemodinâmicos: esses valo-res são desvinculados dos hemodinamicis-tas? Se não, como fazer para cobrá-los, uma vez que realizo muitos procedimentos nesta área e não estou tendo certeza de que estou recebendo o pagamento correto.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Pergunta

Mestrado em Anestesiologia

Resposta

A CAPES do Ministério da Educação divulga a relação de programas de Mestrado e Dou-torado reconhecidos oficialmente em todas as áreas de conhecimento por meio do site: www.capes.gov.br.

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Tela do site da capes

Gostaria de receber informações referen-tes à disponibilidade de cursos a nível

de Mestrado em Anestesiologia ou relacio-nados ao tratamento da dor.

RespostaEm atenção ao seu ofício supra mencionado, temos a lhe informar:a) O número de médicos certificados como es-pecialistas pela SBA, por estado e região é:

EstadoMembros ATV quites aptos a requerer o TEA

Acre: 32Alagoas: 40Amazonas: 76Amapá: 21Bahia: 265Ceará: 243Distrito Federal: 181Espírito Santo: 111Góias: 233Maranhão: 45Minas Gerais: 471Mato Grosso do Sul: 72Mato Grosso: 36Pará: 133Paraíba: 96Pernambuco: 302Paraná: 350Rio de Janeiro: 771Rondônia: 37Roraima: 30Rio Grande do Norte: 65Rio Grande do Sul: 312Santa Catarina: 147Sergipe: 69São Paulo: 1566Tocantins: 36Total: 5772

Região Norte: 365Região Nordeste: 1157Região Centro-Oeste: 522Região Sudeste: 2919Região Sul: 809

Continuação C.SBA - 00883/2003b) O número estimado de médicos que atuam na especialidade é da ordem de: 14.000 (quatorze mil).c) Relação ideal de especialistas/habitante.Na realidade, não há um número ideal re-comendado para a relação nº de habitantes/nº de anestesiologistas, pelo menos no âm-bito da Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologia. Mas há valores de referên-cia importantes. Nos países desenvolvidos, esta relação varia entre 1:11.700 (USA) e 1:20.000 (Japão), ficando a maioria deles com valores dentro desta faixa (Reino Unido, Fran-

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Pergunta

Em reunião conjunta das diretorias da AMB e CFM, realizada em 09/01/2003,

na sede da AMB em São Paulo, foi definido que as duas entidades irão promover uma avaliação sobre a necessidade de médicos especialistas no Brasil.Solicitamos, portanto, a colaboração de sua So-ciedade no fornecimento dos seguintes dados:a) Número de médicos certificados como espe-cialistas pela Sociedade, por estado e região;b) Número estimado de médicos que atuam na especialidade;

Avaliação de médicosespecialistas no Brasil

ça, Canadá, Alemanha, Espanha, Itália, Di-namarca, Suécia, Noruega e Austrália). No outro extremo, situam-se os países em vias de desenvolvimento, onde a relação é bas-tante precária: Bangladesh 1:650.000; In-donésia 1:591.000; Cambodia 1:500.000; Paquistão 1:340.000; Vietinam 1:197.000.Assim, creio que a relação nº de habitantes / nº de anestesiologistas “recomendada” de-veria ser igual ou superior a 1:20.000.Atualmente, a relação no Brasil está em tor-no de 1:12:500 (14.000:75.000.000), índi-ce de primeiro mundo.d) Relação ideal de especialistas por região.Idem ao item C.e) Sistemas formadores de especialistas re-conhecidos pela sua Sociedade.A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), reconhece como sistema formador de aneste-siologistas o curso de especialização ofereci-do pelos Centros de Ensino e Treinamento da SBA, cujo título de especialista é emitido pela Associação Médica Brasileira. Os Centros de Ensino e Treinamento vinculados à SBA são em número de 75 em todo Brasil, formando anualmente cerca de 410 novos anestesiolo-gistas. Além desses, alguns Centros vincula-dos unicamente à Comissão Nacional de Re-sidência Médica formam um número adicional de anestesiologistas, anualmente.Não obstante, podem ingressar como mem-bros ativos da SBA, por meio de aprovação em prova escrita e oral, os médicos portadores do título de especialista emitido pela Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação ou por curso de especialização realizado no exterior em instituição oficial.

Pergunta

Durante os próximos dois anos, existirão na SBA centros de ensino e treinamento com

programas de dois e de três anos, o que cau-sará problemas quanto à pontuação destes centros, no que se refere à sua classificação.Diante deste fato, sugerimos e solicitamos aprovação da diretoria do seguinte: 1) A partir de 2003, serão concedidas pre-miações diferentes para as melhores notas na Prova Nacional de ME1 e de ME2 reali-zadas em 2002, para os programas de dois e de três anos, inclusive com direito a prê-mios distintos. Ambos os programas recebe-rão, no Relatório Anual, a pontuação refe-rente a estas notas.2) A partir de 2004, será concedida premia-ção para a melhor nota na prova nacional de

Prova Nacional de ME1 e ME2

Pergunta

A Cooperativa dos Anestesiologistas, está iniciando um movimento para obter melhor

remuneração frente aos tomadores de serviço, (abrange: CIEFAS, ASASP, etc), que atualmente nos pagam tabela AMB 92 com CH de 0,24.Gostaríamos de obter algumas informações nesse sentido, como subsídios para iniciar negociação com os referidos convênios.Há alguma cooperativa que já tenha feito este movimento?Quem conseguiu alguma melhoria?Quais os convênios que cederam?Qual CH que obtiveram?Foi envolvida a Sociedade Brasileira de Anestesiologia – SBA ou regionais?Foi válido o movimento?Quanto tempo durou?Qual é a orientação da SBA para as cooperativas?

Movimento para obtermelhor remuneração

RespostaPelo que temos conhecimento, a Regional da Bahia deflagrou movimento em moldes que essa Cooperativa pretende seguir. Em reuniões entre a Diretoria da SBA e os Presidentes das Regionais no ano passado, foram passadas algumas infor-mações da evolução da empreitada.Acreditamos que o ideal seria consultá-los, para conhecer os detalhes. A Febracan tam-bém é entidade apta a assessorá-los. Lembramos, no entanto, que qualquer que seja a tática empregada, as situações de ur-gência e emergência devem ser atendidas. A população de usuários pode ser uma grande aliada nessas situações, desde que não seja negligenciada. Ademais, o movimento deve estar totalmente embasado nos princípios éti-cos que norteiam nossa profissão.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

c) Relação ideal de especialistas/habitante;d) Relação ideal de especialistas por região;e) Sistemas formadores de especialistas re-conhecidos pela sua Sociedade.

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Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 17Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 16

RespostaEm atenção ao expediente de V.Sa , datado de 07 de fevereiro de 2003, temos a informar que a Diretoria da SBA, reunida em 07 de fe-vereiro de 2003, deliberou favoravelmente os itens abaixo:1. A partir de 2003, serão concedidas pre-miações diferentes para as melhores notas na Prova Nacional de ME1 e de ME2 realiza-das em 2002 para os programas de 2 e de 3 anos, com direito a prêmios distintos. Ambos os programas receberão no relatório anual a pontuação referente a estas notas.2. A partir de 2004 será concedida premia-ção para a melhor nota na Prova Nacional de ME3 realizada em 2003. Entretanto, só haverá pontuação no relatório para a melhor nota de ME3 a partir de 2007, quando todos os Centros de Ensino terão ME3.Quanto à pontuação, no relatório anual, refe-rente ao melhor trabalho, todos os CET devem receber pontos enquanto persistir a transição.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Pergunta

Resposta

Quero saber se existe algum um curso de espe-cialização em anestesia para enfermeiros.

Especialização em anestesiapara enfermeiros

No Brasil, o ato anestésico é praticado ex-clusivamente por médicos. Para a matrícula em curso de especialização em anestesiolo-gia é necessário inscrição no Conselho Regio-nal de Medicina.

Dr. Ismar Lima CavalcantiDiretor do Depto. Científico da SBA

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Pergunta

Sou anestesiologista da Santa Casa de Mi-sericórdia de Miranda/SP. Estou no oita-

vo mês de gestação, data provável do parto

Resposta

Que seja juntado atestado médico de seu obstetra ao pleito de afastamento temporário de suas atividades, o que deve ser apresen-tado ao corpo clínico do hospital. Fica a seu critério a indicação de colega para a vaga ou a cargo dos remanescentes a distribuição da nova escala em dois ou com mais um colega no período em que estiver afastada.Quanto à licença pós-parto, o tempo deve fi-car a critério das necessidades do RN e suas, também devidamente embasadas por atesta-do médico do pediatra e/ou obstetra.Para evitar transtornos futuros, é convenien-te reunir os dois outros anestesiologistas e o diretor clínico, explicar a situação e enfatizar que é temporário.

Dr. Roberto Bastos da Serra FreireDir. do Depto. de Defesa Profis. da SBA

Licença maternidade

ME3, realizada em 2003. Entretanto, só ha-verá pontuação no relatório para a melhor nota de ME3 a partir de 2007, quando to-dos os Centros de Ensino terão ME3.3) Todo CET, no ano que não tiver concluín-tes, poderá encaminhar parte dos trabalhos de conclusão dos ME2 que só concluirão no ano seguinte e concorrer à premiação e à pontuação referentes a este item. No ano seguinte, não poderão encaminhar mais os trabalhos previamente enviados.

Preciso, com certa urgência, saber se há um protocolo de avaliação pré-anestési-

ca ou algum tipo de normatização elaborada pela SBA que elucide a verdadeira importân-cia da APA e da segurança proporcionada por ela não só para nós anestesistas como tam-bém para o próprio paciente e até mesmo para o cirurgião.Aqui em nossa cidade existe uma grande re-sistência por parte dos cirurgiões para enca-minhar seus pacientes à APA. Precisamos de um embasamento consistente, convin-cente e por escrito para convencê-los, e até mesmo obrigá-los, a encaminhar seus pa-cientes até nós antes do ato cirúrgico.

Avaliação pré-anestésica

Pergunta

Resposta

A avaliação pré-anestésica é direito do pa-ciente e dever do médico anestesiologista.As consultas anestesiológicas realizadas em

estimada para 13/02/03. Porém, estou apresentando necessidade de repouso e, portanto, afastamento imediato do serviço de anestesiologia.Gostaria de me informar da necessidade de colocar algum profissional me substituindo na escala de plantão, já que não existe um grupo formado. Somos três anestesistas que trabalhamos separadamente, seguindo uma escala de rotina e plantão.Também gostaria de saber se a partir do nascimento eu tenho direito de ficar afasta-da e por quando tempo posso tirar licença maternidade, mesmo que eu não tenha ne-nhum vínculo empregatício com a institui-ção, apesar de ser efetiva do corpo clínico.

consultórios e/ou ambulatórios devem ser re-muneradas, mantendo tratamento isonômico com os demais médicos. Designado pelo conselheiro responsável pelo se-tor, dr. Júlio Cézar Meirelles Gomes, através do ofício CFM N° 2662/98, a emitir parecer, passo à análise dos fatos. E X P O S I Ç Ã O Consulta-nos a UNIMED de Varginha (MG) objetivamente sobre: “Quando deve ser paga a consulta pré-anestésica? ” P A R E C E R As circunstâncias em que é aplicada a anes-tesia e sua importância no contexto da as-sistência médica nos dias atuais não está circunscrita apenas à sala de cirurgia. O pro-fissional qualificado atua como consultor e, na prática diária, têm sido solicitado a aten-der um número crescente de áreas afins: te-rapia intensiva, reanimação, atendimento ao politraumatizado, tratamento de síndromes dolorosas, acompanhamento clínico de pa-cientes submetidos a exames endoscópicos e de imagem, etc. Por isto mesmo, a Anes-tesiologia tem sido considerada uma ciência, como nos ensina o prof. Genival Veloso de França, in verbis: “Cada dia que passa, tantos são os avanços e as conquistas das especialidades médicas que algumas já se apresentam como se fos-sem verdadeiras ciências – sistematizadas e independentes, pelo seu elevado estágio de progresso e desempenho. A Anestesiologia é uma delas.” A Anestesiologia é uma especialidade con-siderada de alto risco. Neste ponto, os Con-selhos de Medicina devem atuar pedago-gicamente, prevenindo as ocorrências de demandas sob alegação de erro médico, orientando os médicos no estrito cumpri-mento às normas vigentes e estimulando a educação médica continuada através da So-ciedade Brasileira de Anestesiologia. Preocupado em oferecer à sociedade uma as-sistência especializada em Anestesiologia de qualidade, o plenário do Conselho Federal de Medicina, reunido em 12 de março de 1993, aprovou a Resolução n° 1.363, que normali-za as condições mínimas de segurança para a prática da anestesia. Especificamente quanto à consulta formula-da, o diploma ético determina em seu artigo 1°, inciso I, in verbis: “Antes da realização de qualquer anestesia é indispensável conhecer, com a devida an-tecedência, as condições clínicas do pacien-te a ser submetido à mesma, cabendo ao anestesista decidir da conveniência ou não da prática do ato anestésico, de modo sobe-rano e intransferível;”

Por outro lado, o Código de Ética Médica trata da matéria do consentimento informado nos seus artigos 46 e 59, in verbis: “É vedado ao médico: Art. 46 - Efetuar qualquer procedimento mé-dico sem o esclarecimento e o consentimen-to prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente perigo de vida. É vedado ao médico: Art. 59 – Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e obje-tivos do tratamento, salvo quando a comu-nicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu responsável legal.” E como o anestesiologista cumpre estas nor-mas? Num passado ainda recente, o paciente com cirurgia programada, de hábito, internava-se no dia anterior à cirurgia, para os devidos pre-paros. Desta forma, tricotomia, lavagem in-testinal, jejum, retirada de próteses, orienta-ções de enfermagem e nutrição, avaliações com outros médicos especializados em deter-minadas áreas (como por exemplo, cardiolo-gia, pneumologia e endocrinologia) eram so-licitadas pelo cirurgião, e até mesmo alguns exames subsidiários eram realizados. Nesta oportunidade, o médico anestesiologista, du-rante a visita pré-anestésica, tomava conhe-cimento das condições clínicas do paciente através de interrogatório sistematizado para a história dos antecedentes médicos, visan-do, sobretudo, a obter alguma informação útil (como, apenas para citar alguns exemplos, a presença de alterações anatômicas que difi-cultassem as manobras de intubação traque-al, reações alérgicas, doenças sistêmicas que pudessem comprometer a homeostase), in-formações essas que deveriam cercar o ato anestésico de cuidados redobrados. Com o advento da anestesia ambulatorial houve a necessidade de nova intervenção do Conselho Federal de Medicina, que aprovou, em Plenário, a Resolução n° 1.409/94, ver-sando sobre a matéria. Nela, há citação ex-plícita da Resolução CFM n° 1.363/93, con-cluindo ab initio que o conceito anterior no que concerne ao artigo 1°, inciso I, é útil, le-gal, valioso e não deve ser negligenciado. O internamento de um dia é prática contu-maz no Brasil, e no resto no mundo. Os ar-gumentos de controle de infecção hospitalar e de apoio social e familiar são tecnicamente bem aceitos. Entretanto, o que está movendo o crescimento, às vezes desordenado, é a re-dução no custo para o aparelho assistencial, seja do Sistema Único de Saúde, seja dos mantenedores da assistência privada. E isto especialmente nos preocupa, uma vez que a mercancia pode superar a prática ética, os conhecimentos científicos e o bom senso.

E o que mudou com a prática da anestesia ambulatorial? O paciente, que outrora internava-se pre-viamente, por motivos diversos tem sido in-ternado momentos antes do horário previs-to para a cirurgia. De repente, surge à sua frente um cidadão dizendo-se anestesiologis-ta, que mal dispõe de poucos minutos para a troca de duas palavras e o considera apto para o ato, sem esclarecimento, sem consen-timento (ainda que tácito), sem o devido res-peito ao ser humano que está ali, prestes a lhe confiar o seu bem inalienável. Vejamos o que José de Aguiar Dias nos ensi-na sobre o tema: “Não se deve praticar a anestesia sem con-sentimento do paciente; esse pode ser dado diretamente pelo enfermo ou, em caso de im-pedimento, pelos que o tiveram a seu cargo. ... O anestesista deve sempre proceder a exa-me prévio das condições fisiopsíquicas do paciente, inclusive exames de laboratório e das peças dentárias.” Na mesma linha de raciocínio, Miguel Kfouri Neto na obra Responsabilidade, Civil do Mé-dico comenta: “Incumbe-lhe (ao anestesiologista), espe-cialmente: a) preparar o paciente, no cam-po médico e psicológico: prever possíveis di-ficuldades, acalmar o doente, conquistar-lhe a colaboração e confiança, preparar-lhe o or-ganismo para o ato cirúrgico, (...)”. Por conseguinte, a violação destas regras pressupõe ato omissivo, que na hipótese de mau resultado certamente será aduzido por negligência e imprudência.

C O N C L U S Ã O

A avaliação pré-anestésica é direito do pa-ciente e dever do médico anestesiologista. Considerando o crescente número de pa-cientes internados em regime ambulatorial e a defesa doutrinária do Conselho Federal de Medicina na questão da manutenção de uma saudável relação dos médicos com os pacientes, e considerando também as van-tagens socio-econômicas da consulta anes-tesiológica realizada em consultório ou am-bulatório, tais como redução do período de internamento, maior equilíbrio emocional do paciente, inclusive com possibilidade de re-dução no uso de agentes ansiolíticos, melho-ra no dimensionamento dos exames pré-ope-ratórios e do fluxo de cirurgias nos centros cirúrgicos, entendo que as consultas anes-tesiológicas realizadas em consultórios e/ou ambulatórios devem ser remuneradas, man-tendo tratamento isonômico com os demais médicos, o que não elide a avaliação feita imediatamente antes do ato (visita pré-anes-

José Abelardo Garcia De Meneses Conselheiro Relator

tésica), esta já remunerada como parte inte-grante do procedimento. Por fim, a consulta anestesiológica resgata a saudável relação médico-paciente, deven-do ser colocada à disposição da sociedade de forma usual. É o relatório, SMJ.

Visite no portal da SBA:

Ensino à distância

Transmissão Neuromuscular - Anatomia,

Fisiologia e BloqueioDra. Maria Angela Tardelli/TSA

AULAS COM ANIMAÇÃO

TESTES COM TEXTOS CIENTÍFICOS

Fevereiro:

Analgesia do Trabalho de Parto

Comitê de Anestesia em Obstetrícia

Março:

Fisiologia da Junção Neuromuscular

Dra. Maria Angela Tardelli/TSA

Questões comentadas dasprovas para ME/2002

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Doação ao museu da SBAEm mais de 10 anos que tenho trabalhado e vivido junto com a Anestesiologia Brasileira, pude presenciar inúmeras mu-danças ocorridas nesta Sociedade, paralelamente ao signifi-cativo desenvolvimento desta especialidade médica.Parte desse desenvolvimento deveu-se à chegada de novas drogas e equipamentos, que permitiram que os procedimen-tos anestésicos/cirúrgicos fossem gradativamente se tornan-do mais eficazes e seguros.Ainda durante este período, tive a grata oportunidade de estar junto com seus integrantes, seja em momentos difíceis, onde juntamos esforços para superá-los, seja em momentos agradá-veis, em que pudemos nos divertir e festejar lado a lado.Após tanto tempo de trabalho em conjunto, foi inevitável que criássemos sólidas raízes junto aos anestesistas e passásse-mos a admirar e a dar valor à complexidade e á delicadeza desta especialidade. Além disso, admirador da história que sou, não pude permitir que alguns objetos empregados para a realização de procedimentos anestésicos no passado fossem descartados como sucata nas empresas em que trabalhei.Foi, portanto, com um misto de surpresa e satisfação que, após uma visita ao Museu da SBA, montado durante o 49º CBA em Joinville, e uma animada conversa com os Drs. José Carlos Maia e Walter Silva Machado, constatei que alguns dos itens que possuo são únicos, ou pelo menos que não há simi-lares no acervo da SBA.Dei-me conta, então, de que seria egoísmo preservá-los co-

migo e não dividi-los com os demais. Portanto, gostaria de oferecer minha humilde contribuição para esta Sociedade, do-ando ao Museu da SBA alguns itens que fazem parte da his-tória da anestesia brasileira:Vaporizador K. Takaoka para enflurano – Enflovapor Mod.: 1.203Vaporizador K. Takaoka para enflurano – Enflovapor Mod. 1.223Vaporizador K. Takaoka Universal – “Takaoquinha”Vaporizador Oftec para metoxiflurano – Pentranec Mod. 2Vaporizados para enflurano – Vaporane (Dragger ou Oftec)Frasco de Metoxiflurano Abbott – Lote 62244QP – Fab.: Jul/82Caixa de Citanest Astra – Lote 354.804 – Val.: Abr/80 (pro-vavelmente amostra grátis)Finalmente, depois de acompanhar durante anos o processo de desenvolvimento da anestesia no Brasil, consigo entender cla-ramente porque o anestesiologista está continuamente inseri-do num processo de aprendizagem e aper-feiçoamento profis-sional.Esperando que es-tes itens venham en-riquecer o precioso acervo já existente no Museu da SBA, aproveito para reiterar meus votos de ami-zade, estima e consi-deração.

Dr. Marcelus Luiz Siqueira

Veja as peças no museu on-line da SBAwwww.sba.com.br

O Museu da SBA está localizado na sede da SBA, na ante-sala da Biblio-teca Bento Villamil Gonçalves. Atualmente, possui um acervo de aproxi-madamente 340 peças, incluindo aparelhos e medicamentos usados há 50 anos ou mais. Encontra-se em bom estado de conservação o respira-dor Pulmoventilador desenvolvido no Brasil, em 1952, por J. J. Cabral de Almeida, que foi utilizado com sucesso durante anos, especialmente em cirurgias de tórax. Também, o aparelho Tiegel-Drägger, usado nas déca-das de 30 a 50, que permitia ventilação em circuito fechado com aqueci-mento da mistura anestésica. Cada peça conta um pouco da história da anestesia, e podemos constatar como deve ter sido difícil para os pionei-ros e como eram escassos os meios de que dispunham para realizar as tarefas do cotidiano.

Há também belos presentes recebidos pela SBA por ocasião de congres-sos, diversos deles dos colegas portugueses.

Os álbuns fotográficos contêm registros de momentos importantes da SBA, dos diversos congressos, dos visitantes ilustres, e permitem obser-var o clima de amizade que havia entre os colegas das mais diferentes regiões do país.

O museu tem recebido a atenção espontânea de dois colegas, que dessa forma prestam um serviço inestimável à Sociedade: Dr. José Carlos F. Maia e Dr. Walter S. Machado.

Algumas fotos de peças do acervo encontram-se no museu virtual da SBA. Acesse-o em nosso portal e enriqueça sua visão histórica de nossa especialidade, ou então, na próxima passagem pelo Rio de Janeiro faça uma visita à sede e confira pessoalmente.

O Museu da SBA

Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 19

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 18

Caderno de Conselhos do Conselho Regional de Medicina do Paraná

Médico - sugestõespara o seu dia-a-dia

17 A humildade intelectu-al ajuda o homem de ciência em todas as ocasiões

A distância entre ignorância e arrogân-cia é quase imperceptível. Para evitar tan-to uma, quanto outra, é bom aprender com os equívocos/erros. Eles geralmente são fre-qüentes, por isso podem estar a serviço do aprendizado e da expansão.

Cultive o respeito e a boa relação com seus pacientes...

Eles podem ser muitos eficazes, quando alia-dos à ética e à simpatia. A convivência amis-tosa e os procedimentos corretos e eficien-tes auxiliam na profilaxia de problemas e/ou eventuais transtornos via processos.

18

Diagnósticos não rea-lizado pode indicar al-gumas irregularidades e problemas...

O médico bem formado pode diagnosticar cerca de 300 doenças catalogadas. É um número pequeno dentro de um universo de possibilidades múltiplas, mas é um núme-ro possível. É claro que não se pode conhe-cer e dominar tudo (principalmente do pon-to de vista da teoria). No entanto, é razoável que se tente.

19

20 Errar é humano...

Diferente do que se acredita por aí, o médi-co também comete erros e equívocos. Então, procure desenvolver a autoconfiança sem perder de vista a possibilidade do engano. A medicina é uma ciência. E as ciências lidam com leis e probabilidades.

21 Cuidado com os volun- tariosos, disponíveis...

A prudência deve vir aliada à seriedade e ao compromisso de bem servir, dentro dos pa-drões e conquistas da ciência. Aquele que despreza esses “elementos” vitais está longe do perfil ideal de um profissional de ciência.

22 Opte pelo conhecido

As drogas conhecidas, assim como todos os procedimentos médicos, devem estar valida-dos e experimentados o suficiente para serem praticados com segurança. Isso garante uma margem de erro menor. Remédios recentes e outras novidades devem ter o seu tempo cer-to de marcação.

23 Termos e palavras cla-ros e concisos...

Em comunicação, sempre que se leva em conta o padrão cultural dos envolvidos e a adequação da mensagem desejada, o suces-so é maior. Procure evitar os jargões médi-cos (só entre colegas de área) e mantenha com o paciente o maior grau possível de cla-reza e concisão. Tornar fácil o que é difícil, eis a questão.

24 Parentes e familiares, também são pacientes...

Trate os familiares dos pacientes com respei-to, lembrando que eles podem estabelecer a ponte entre as “várias” partes/fases do trata-mento, dando apoio incondicional. Só não es-queça de que todo aquele que apoia e ajuda todo o tempo, pode também mudar de lado e tornar-se um problema, principalmente atra-vés de cobranças.

25 Seja discreto

Já dizia minha avó que prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. É verda-de. A discrição e o controle da vaidade estão incluídos aqui. Seu sucesso, ao logo do tem-po, depende disso.

26 Excelência X experi-ência ...

E vice-versa. Uma pode e deve estar aliada a outra, sempre.

Este Caderno de Conselhos é de autoria do Dr. João Manuel C. Martins do CRM-PR. É composto de 26 ítens que foram transcritos em três edições de Anestesia em revista.

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Julho de 1950Leia o editorial da primeira edição do Anestesia

O Conselho Superior é constituído pelos três últimos presidentes da SBA e pelos pre-sidentes das regionais. Entre as funções do Conselho Superior, podemos ressaltar: exa-me das contas da Sociedade, indicação de substitutos para os cargos vagos, recomen-dação de uma chapa para disputar a elei-ção anual, opinar sobre assuntos de inte-resse e apreciar denúncias no âmbito da Sociedade.

O presidente do Conselho Superior parti-cipa das reuniões de Diretoria, embora sem direito a voto. Tradicionalmente, seu presi-dente é o último presidente da SBA, de forma que sua experiência e recente participação na Diretoria contribuem de forma substan-cial para que se dê continuidade às diretrizes políticas que têm sido adotadas pelas Direto-rias anteriores.

O atual presidente do Conselho Superior da SBA é Carlos Alberto Pereira de Moura, que passou o cargo de presidente da SBA a Esaú Barbosa Magalhães Filho em 11 de ja-neiro, em cerimônia no Clube Caiçaras, no Rio de Janeiro. A seguir transcrevemos seu discurso por ocasião do evento.

“Para mim, hoje é um dia destinado aos agradecimentos, a prestação de contas e a elogios.

Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por ter permitindo que eu passe a constar da galeria dos Presidentes da Sociedade Brasi-leira de Anestesiologia. Sem dúvida alguma este é o meu maior troféu dentro de minha atividade como médico anestesiologista, pri-vilégio de menos de um por cento dos anes-tesiologistas brasileiros.

Quero também deixar marcado meu agradecimento a minha família, em especial, meus pais por terem permitido que eu me tor-nasse médico e, melhor ainda, médico anes-

tesiologista. A minha esposa Neide, minha filha Mariana e meu filho Bernardo informo que voltei para casa. Este ano e os próximos anos serão diferentes em relação a 2002, pois as ausências do lar ocorrerão em muito menor escala. Vocês sempre me entenderam e agora é o momento em que eu devo retri-buir todo esse entendimento, compreensão e a paz que sempre me dedicaram.

A estrutura da SBA é bastante sólida, funciona quase que automaticamente em suas diferentes atividades, entretanto pre-cisamos, e precisamos muito, daqueles que nos propiciam o suporte necessário para a manutenção de nossa Sociedade. Estou fa-lando de nossos funcionários, pessoas sim-ples e que dedicam toda sua capacidade la-borativa para que possamos levar a cabo todas as nossas atividades. Esse grupo de funcionários liderados pela Sra. Mercedes Azevedo constitui o que de melhor podemos ter para garantir o perfeito funcionamento da SBA. A todos vocês o meu muito obrigado.

Meus colegas de Diretoria, Comissões e Comitês, além do meu reconhecimento por tudo que fizeram para que a gestão 2002 ob-tivesse o êxito que alcançou deixo também uma mensagem, “que vocês sempre pen-sem na SBA como sendo a união de todos os anestesiologistas brasileiros e que tenham o apoio e o incentivo que tive por parte de to-dos que aqui já citei e, assim sendo, tenho a certeza de que alcançaram seus objetivos e o bem maior para nossa especialidade”.

Nossos agradecimentos são destinados também a todos que representam a Indús-tria Farmacêutica e a de Equipamentos nos-sos grandes parceiros em todas as ocasiões. Estamos certos de que essa parceria esta-rá sempre presente e procuraremos, cons-tantemente, mantê-la da melhor maneira possível.

Meus amigos e colegas de trabalho, Már-cio e Alfredo, vocês merecem meu sincero agradecimento. A atitude que vocês toma-ram, espontaneamente, com relação a nos-sa carga horária e ao nosso faturamento, faz-me lembrar a retribuição dos filhos ao pai no momento em que ele precisa. Espero poder contar sempre com a amizade e a sincerida-de de vocês e, a partir de agora, volto a ser o Pai pronto a auxiliar seus filhos.

Prestando contas, de forma sumária, de-vemos destacar alguns itens dentro das duas principais áreas de atuação de nossa Socie-dade que aconteceram ou deixaram de acon-tecer durante o ano de 2002.

Na Defesa Profissional conseguimos re-verter uma portaria do Ministério da Saú-de que mudava a forma de remuneração de nossa atividade médica quando prestada aos pacientes do Sistema Único de Saúde. Esta portaria, publicada de maneira intempestiva, sem que tivéssemos participado de discus-sões a respeito do assunto, fez-nos mostrar mais uma vez a força da SBA em defesa de seus membros. Após reunião em Brasília com o Secretario de Assistência a Saúde, foi pu-blicada uma nova portaria, alterando os valo-res dos atos anestésicos e revogando a ante-rior, inclusive com efeito retroativo a data de vigência da primeira portaria. Essa batalha ainda não está ganha. Precisamos ainda lu-tar muito. Estamos diante de um novo Gover-no Federal teoricamente de características to-talmente diferentes dos que o antecederam. Devemos de imediato estabelecer contatos para continuarmos apresentando nossas rei-vindicações e torná-las efetivas do ponto de vista prático.

Ainda na área da Defesa Profissional par-ticipamos de todas as reuniões referentes ao novo Rol de Procedimentos Médicos Hierar-quizados que está sendo elaborado pela As-

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Em 1994 o Brasil viveu alguns momentos de euforia com a im-plantação do Plano Real. De repente nossa moeda ganhou um novo nome, o REAL, e a realidade da época afirmava que R$ 1,00 era igual a US$ 1,00. Bons tempos. Como tudo que é bom dura pou-co, ao final do primeiro mandato do Go-verno Fernando Henrique Cardoso já po-díamos verificar uma desvalorização do REAL em relação ao DÓLAR na ordem de 20%, ou seja, precisávamos de R$ 1,20 para podermos adquirir US$ 1,00. Naque-le momento já podíamos constatar que al-guns itens essenciais ao funcionamento da SBA aumentaram em 20% pois eram e continuam sendo dependentes do DÓ-LAR. Como exemplos principais podemos citar o papel e os insumos de informáti-ca. Além disso, nossas reservas financei-ras foram depreciadas nos mesmos 20%. Mas, a vida da SBA não parou. Nossa Sociedade com seu dinamis-mo adaptou-se a nova realidade e continuou mantendo todas as suas atividades e também investiu em novos projetos objetivando oferecer mais serviços à disposição de seus membros (Biblioteca Virtual, Ensino a Distância, Curso de Suporte Avançado de Vida em Anestesia – SAVA, Revista Brasileira de Anestesiologia Bilín-güe, Indexação da RBA, Homepage – Portal, etc).

Nossa receita depende basicamente das anuidades dos mem-bros ativos, adjuntos, aspirantes e dos Centros de Ensino e Treina-mento, bem como das inscrições para as provas do TSA, de mudan-ça de categoria de adjunto para ativo e de ingresso como membro

ativo (90% da receita). Os anunciantes da RBA, do Anestesia em revista, do Portal e aqueles que vem a patrocinar algum projeto isolado referente a outras publicações (Ensi-no a Distância, Manual de Drogadição, Prê-mios, etc) compõe uma pequena parte de nossa receita orçamentária. Devemos desta-car que a indústria farmacêutica e de equipa-mentos, anualmente, atende nossas solicita-ções e procura sempre destinar alguma verba de publicidade e patrocínio para a SBA.

Tomando-se como base o período de 1997 a 2002 podemos verificar os seguin-tes índices oficiais destinados a medir o pro-

cesso inflacionário: IGPM ( FGV ) 100,28 % ICV ( DIEESE ) 54,78 % IPC ( FGV ) 52,95 % INPC ( IBGE ) 53,27 % IPCA ( IBGE ) 49,32 %No mesmo período (1997 a 2002) a ANUIDADE da SBA foi

Precisamos estar alertas e atuan-tes para que não sejamos esque-cidos nesse processo de reforma social e tributáira e, para tal, pre-cisamos mais uma vez solidificar a presença da SBA em todos os seto-res que nos dizem respeito com o objetivo de melhorar nosso ganho e diminuir nossas despesas.

A SBA e a Situação Econômica do País

A Política Nacional de Medicamentos, instituída pela Portaria n0

3916 de 30 de outubro de 1998, no processo de implementação do Sistema Único de Saúde – SUS, tem, como uma de suas diretrizes, a adoção da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename e, como uma de suas prioridades, a revisão periódica desta Relação.

Desse modo, no ano de 2001, todas as Entidades Médicas e mais representantes de cinco universidades brasileiras foram solicitados a colaborar na revisão do que seria a Rename 2002.

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia como Entidade Médica – através da Associação Médica Brasileira – foi incluída como colabora-dora na atualização desta lista de medicamentos essenciais.

Acreditando que expressivo número de Anestesiologistas esteja li-gado ao SUS, a SBA incumbiu a Diretoria Científica do árduo mister

Prof. Dr. Pedro Thadeu Galvão ViannaDiretor Científico/SBA 2001-2002 e atual Vice-Presidente da SBA

de justificar a inclusão e a exclusão de fármacos utilizados na prá-tica da Anestesiologia. Para atingir este objetivo, a Diretoria Cien-

tífica realizou extensas revisões bibliográficas e analisou inúmeros trabalhos de pesquisas que viessem a dar suporte às justifi-

cativas de exclusão ou de inclusão do medicamento no Re-name 2002.

O resultado deste trabalho foi a sugestão da SBA para a inclusão de bezilato de atracúrio, pancurônio, midazolam solução oral, midazolam solução injetável, maleato de midazolam comprimido, e propofol. Todos estes fármacos e suas respectivas apresentações foram

aceitos pela responsável pela elaboração da lista, com ex-ceção do propofol.

A responsável pela Rename 2002 foi a Comissão Técnica e Multi-disciplinar de Atualização da Relação Nacional de Medicamentos Es-senciais - Comare - célula do Ministério da Saúde. A Comare aprovou a inclusão de 50 novos fármacos nessa lista. A SBA também suge-riu a exclusão do bloqueador neuromuscular alcurônio e do sedativo/hipnótico hidrato de cloral. Ambos os fármacos e mais 17 outros me-dicamentos - totalizando 19 agentes - foram excluídos da lista 2002, pelo Comare.

Desta maneira, a SBA colaborou para elevar o padrão de atendi-mento dos pacientes do SUS e cumpriu o art. 20 do seu Estatuto

Prof. Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna

Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 23Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 22

sociação Médica Brasileira através das So-ciedades de Especialidades, com o suporte técnico financeiro feito pela Fundação Insti-tuto de Pesquisas Econômicas e, o mais im-portante, com o total apoio do Conselho Fe-deral de Medicina. A participação da SBA na definição dos portes anestésicos neste Rol de Procedimentos foi feita através da Diretoria, Comissão de Honorários Médicos, Secretário do Conselho de Defesa Profissional e Presi-dência da Federação Brasileira de Cooperati-vas de Anestesiologia. Também aqui é neces-sário mantermo-nos atentos e fazer com que nossas propostas tornem-se realidade dentro do novo rol que está sendo proposto.

No Departamento Científico conseguimos concretizar nossa proposta para que a espe-cialização em anestesiologia passasse a ter a duração de três anos. O trabalho desen-volvido ao longo de quatro diretorias chegou ao final com um resultado bastante positivo. A Comissão Nacional de Residência Médica acatou quase que totalmente todas as nossas colocações a respeito desse assunto e homo-logou o programa de residência médica em três anos, sem pré-requisitos, ou seja, com acesso direto. O diálogo com a CNRM tam-bém passou a ser mais aberto com todas as especialidades desde a realização do fórum que aconteceu em Brasília há dois anos ob-jetivando a melhoria da qualidade da forma-ção dos especialistas em nosso País. Lembro ainda que esse trabalho deve ser continuado principalmente no sentido de que alguns ser-viços credenciados somente pela CNRM, que não possuem os requisitos mínimos que exi-gimos para tal, possam vir a ser desativados, através de uma ação conjunta entre a SBA e a CNRM.

Mas nem tudo são flores. Não conse-guimos a indexação da Revista Brasileira de Anestesiologia no Index Medicus. Envida-mos todos os recursos e esforços necessá-rios para tal. Nosso colega Gastão Fernandes Duval Neto, presidente na gestão 2000, e o Dr. Luiz Marciano Cangiani, Editor Chefe da RBA, com o total apoio da diretoria tudo fi-zeram para que conseguíssemos está indexa-ção. Entretanto, não conseguimos. Cabe ago-ra uma reflexão. Será que nossa Revista, hoje editada em Inglês e Português, com artigos de alto padrão científicos e educativos, envia-dos para 1000 destinatários em todo o mun-do, onde se incluem Sociedades de Aneste-siologia, Universidades e Hospitais, só será reconhecida se for indexada no Index Medi-cus? Acreditamos que devemos manter a prá-tica atual, expandi-la tanto quanto possível e procurar outros indexadores que possam am-

pliar a divulgação da RBA. Em contra parti-da salientamos que obtivemos a indexação da RBA no sistema SCIELO que já nos ga-rante uma divulgação internacional de nos-sa revista.

O Curso de Suporte Avançado de Vida em Anestesia (SAVA) foi mantido durante todo o ano nos mesmos moldes de 2001. É preciso agora definir novas etapas para sua continuidade de forma que possa ser ofere-cido ao maior número possível de membros da SBA.

Agora, chegamos ao momento dos elo-gios. Por força da liturgia do cargo, o Pre-sidente da SBA é obrigado a proferir vários discursos ao longo de sua gestão e, conse-qüentemente, algumas falas tornam-se repe-titivas e muitos dos que aqui se encontraram já ouviram eu falar sobre determinados as-suntos pelo menos mais de uma vez. Entre-

tanto, é sempre bom para a Diretoria da SBA e para todo o seu quadro associativo lembrar que o Dr. Luiz Marciano Cangiani e o Dr. Da-vid Ferez possuem um espírito associativo que, em nossa opinião, os colocam em uma posição onde não podemos deixar de citá-los, e agradecer por todo o trabalho desen-volvido na RBA e no SAVA respectivamente.

Nosso elogio maior destina-se a nos-sa própria SBA que com sua estrutura, am-plamente democrática permite que todos os seus membros possam ocupar cargos de destaque tanto na SBA como nas demais entidades da área médica de nosso País e, permite também, que todos possamos colher de igual forma os benefícios obtidos.

Mas, hoje quero dedicar o maior elo-gio ao nosso colega Dr. Esaú Barbosa Ma-galhães Filho, Presidente eleito para a ges-tão 2003. Esaú, pretendo não fazê-lo chorar pois sei que você é uma pessoa sensível e emotiva, ou seja, você é normal. Aqueles que

choram podem extravasar todos os seus sen-timentos sejam eles de alegria ou de tristeza, e com isso podem encarar todas as situações colocadas pela vida de forma séria, podendo tomar a melhor decisão diante do maior pro-blema que estiver a sua frente.

Você chegou na SBA por uma via que, na época, não era a melhor escolha. Ser ad-mitido na SBA na categoria de membro ad-junto significava que o interessado não tinha feito formação em um de nossos centros de ensino e treinamento. Os CET não aprova-vam a categoria de membro adjunto, tanto que esse tipo de acesso perdurou por pou-cos anos. Mas, você entrou por essa porta. Nossa SBA, apesar das contestações, aco-lheu-o de braços abertos e você soube re-tribuir essa acolhida. Foi adiante, realizou a prova escrita e oral para mudança de cate-goria para membro ativo tendo sido aprova-do. Em seguida buscou obter o Título Supe-rior em Anestesiologia (TSA), título esse que muitos dos que entraram pela porta melhor, os CET, até hoje ainda não o possuem, mas você conseguiu obtê-lo. Seguiu em frente, or-ganizou um Congresso Brasileiro de Aneste-siologia, em 1990, na cidade de Natal tendo encarado de frente todas as responsabilida-des inerentes a um evento desse porte bem como as duas situações extraordinárias que aconteceram no ano de 1990 referentes à re-tenção de depósitos bancários, Plano Collor, e a falência do Banco onde estavam deposi-tados os recursos financeiros destinados ao Congresso. Você superou tudo isso e nos proporcionou um CBA digno dos membros da SBA. Por conta de tudo isso sua partici-pação em cargos da Diretoria e Comissões da SBA tornaram-se inevitáveis. Assim é que você foi membro da Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia, Diretor de Defesa Profissional, Diretor Administrati-vo, Vice-Presidente e agora, merecidamen-te, Presidente da SBA. Meu caro amigo essa é a maneira mais correta que encontrei para homenageá-lo. Você bem o merece. Desejo que, junto aos demais colegas da Diretoria e de toda a SBA, você tenha uma gestão de muita paz, alegria e felicidade.

A todos que direta ou indiretamente con-tribuíram e continuarão contribuindo para o bem da SBA e da anestesiologia brasileira re-cebam os sinceros agradecimentos da direto-ria da gestão 2002.

Nosso elogio maior destina-se a nossa própria SBA que com sua estrutura, ampla-mente democrática permi-te que todos os seus mem-bros possam ocupar cargos de destaque tanto na SBA co-mo nas demais entidades da área médica de nosso País

Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente do Conselho Superior da SBA

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Anestesia em revista - março/abril, 2003 - 24

Encontra-se em discussão no Congresso o Projeto de Lei no 25/2002, que regulamenta o ato médico. Mas, porque legislar sobre um assunto tão simples? Quando alguém fica doente vai ao médico. O médico pergunta, ouve, examina, solicita exames, faz o diagnóstico e prescreve o tratamento. Não é assim? Haverá quem discorde?

Pois acreditem, há.Foi quando, na cabina de passageiros do avião, ouvimos a voz do

comandante Menezes:“Senhores passageiros, estamos voando a 11 mil metros de al-

tura, nossa velocidade é de 945 km/h, a temperatura externa é -45 oC e em duas horas estaremos em nosso destino. Obrigado por voa-rem conosco.”

Pensei nos recursos técnicos que nos cercam e nas centenas de profissionais que tornam possível uma viagem destas. No gênio dos cientistas que desenvolveram os aviões. Na competência dos enge-

nheiros responsáveis pela sua contínua manutenção. No preparo dos controladores de vôo nos aeroportos. A organização do embarque e de-sembarque, e o trabalho complexo do pessoal administrativo de terra. Na qualificação do comandante, do co-piloto, dos comissários. Há tan-tos outros ainda que não vemos... Nas próximas duas horas, graças a todos eles, poderei continuar confortavelmente sentado em minha pol-trona e terminar a leitura do jornal que me ofereceram quando entrei no avião.

Foi quando nos veio uma nova mensagem: “Senhores passageiros, aqui quem vos fala é o novo “coman-

dante”. Meu nome é Fábio Silveira, comissário de bordo. A partir de agora, a pilotagem desta aeronave passa “democraticamente” para os demais membros que compõe a coletividade dos profissionais da aviação. Designamos a Srta. Hilda Gonçalves, uma das melhores in-tegrantes da nossa equipe de comissários, muito bem treinada no pro-tocolo da aterrissagem básica, para co-pilotar comigo este MD-11 até o nosso destino. Por sinal, comunico ainda aos senhores passageiros, que haverá um pequeno atraso, ocasionado por problemas surgidos no aeroporto: os controladores de vôo de nosso aeroporto de desti-no acabam de embarcar como pilotos no avião que nos precedia e os engenheiros da equipe de manutenção ainda não chegaram para as-sumir o setor de controle de vôo.”

Olho interrogativo o passageiro ao meu lado e percebo também nele um certo ar de perplexidade e apreensão. Volto ao jornal. Abro casualmente a página das notícias do Congresso Nacional e leio:

“Manifestantes questionam a Lei do Ato Médico e afirmam que definir a atuação do médico é atender ignóbeis interesses corporati-vos, desrespeitando a autonomia de outros profissionais da saúde.”

Pergunto ao ex-comandante, o piloto Menezes, que agora serve um copo d’água à assustada senhora sentada a minha frente:

“O senhor acha que o nosso vôo vai chegar muito atrasado?”

Dr. Carlos Alberto Pereira de MouraPresidente do Conselho Superior da SBA

aumentada em 20,83% o que correspondeu a um aumento na re-ceita realizada de 21%. Tal fato ratifica que nossa receita depende basicamente do pagamento da anuidade. A despesa realizada em função da variação inflacionária foi aumentada em 46,10%, neste mesmo período, demonstrando que foi necessário utilizar parte de nossas reservas e, assim sendo, evitou-se elevar o valor da anuida-de baseado nos índices oficiais de medida da inflação.

O dólar, também no período de 1997 a 2002, sofreu uma va-riação assustadora de cerca de 315%, considerando-se o seu va-lor em R$ 1,12 no final do ano de 1997 e, em 31 de dezembro de 2002, o mesmo dólar apresentava o valor de R$ 3,53.

Nossos honorários também se encontram defasados em rela-ção ao início do Plano Real. Praticamente os salários e os indexa-dores de nossa remuneração (ponto e CH) encontram-se estagna-dos desde 1994. As pequenas variações que ocorreram não foram suficientes para acompanhar o processo inflacionário conforme de-monstramos, principalmente se tomarmos como base o aumento do dólar. Apesar de tudo precisamos manter nossa Sociedade viva

e com boa vitalidade. Os momentos de crise servem para manter-mo-nos mais unidos e mostrarmos que temos força suficiente para superar as adversidades que nos são impostas. Vale lembrar o Pla-no Collor onde tivemos toda a receita da SBA confiscada da noite para o dia. Conseguimos superar. Pagamos naquele ano uma nova anuidade e mantivemos nossa SBA viva e atuante. Estamos dian-te de um novo governo que veio com o estigma da esperança ba-seada em uma ampla reforma social e tributária. Precisamos estar alertas e atuantes para que não sejamos esquecidos nesse proces-so e, para tal, precisamos mais uma vez solidificar a presença da SBA em todos os setores que nos dizem respeito com o objetivo de melhorar nosso ganho e diminuir nossas despesas. No momento, mais do que nunca, devemos nos valer da afirmação de que A SBA SOMOS TODOS NÓS.

Prof. Dr. José Luiz Gomes do Amaral

Prof. Dr. José Luiz Gomes do AmaralPresidente da Associação Paulista de Medicina

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Divulgacao

MARÇO12/03 Quarta-feira - In¡cio às 20 horas - Auditório Maior da AMBrBem-vindos, Residentes Abertura: - A SBA e suas regionais Dr. Edisio Pereira - Presidente da SADIFConferência:- Os Centros de Ensino e Treinamento da SBA Dr. Ruy Leite de Melo Lins Filho - Presidente da CET/SBAMesa de debates:Coordenador: Dr. Ruy Leite de Melo Lins FilhoParticipantes:- Dr. Edno Magalhães - CET/HUB- Dr. Jos‚ Henrique Leal Araújo - CET/HRAN- Dr. Jos‚ Tadeu dos Santos Palmieri - CET/HBDF

Programa científico da Sadif

ABRIL16/04 Quarta-feira - Início às 20 horas - Auditório Maior da AMBrSimpósio - Responsabilidade legal do anestesiologistaCoordenação: Dr. Eduardo Pinheiro Guerra, TSA (DF) Secret rio CRM-DFResponsabilidade penal do anestesiologistaDes. Edson Alfredo Martins Smianiotto - Desembargador do TJDFResponsabilidade civil do anestesiologistaProf. Artur Udelsman, TSA (SP)Situações de risco no cotidiano da anestesiaDr. Eduardo Pinheiro Guerra, TSA (DF)

MAIO14/05 Quarta-feira - In¡cio às 20 horas - Auditório Maior da AMBrAnestesia em ObstetríciaConferência:- Analgesia do parto Dr. Amaury Sanchez Oliveira, TSA (SP) Mesa Redonda: Situações especiais em anestesia obstétricaCoordenador: Dr. Amaury Sanchez Oliveira, TSA (SP)- Urgências obstétricas Dra. Cátia Sousa Goveia, TSA (DF)- Complicações maternas pós-operatórias: prevenção e tratamento Dr. Joaquim Lucas de Castro, TSA (DF)

JUNHO17/06 Terça-feira - Início às 20 horas - Auditório Maior da AMBrDiscussão de Casos ClínicosCaso 1: Anestesia pediátrica “A criança com infecção das vias aéreas superiores - não cance-la o meu caso”Moderador: Dra. Miriam Nóbrega Rodrigues Pereira , TSA (DF)Debatedores: Dr. Dário Humberto de Paiva, TSA (GO) Dr. Leonardo Teixeira Domingues Duarte, TSA (DF) Caso 2: Anestesia ambulatorial “Pneumonia de aspiração após endoscopia digestiva”Moderador: Dra. Ana Maria Vilela Bastos Ferreira, TSA (MG) Debatedores: Dr. Paulo César de Andrade, TSA (DF) Dr. José Tadeu dos Santos Palmieri, TSA (DF)

AGOSTO01 a 03/08 - XXXV Curso Fundamentos Científicos da AnestesiologiaAnestesia Pediátrica

Programa da SAEB

A SAEB – Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia vem, nes-ta oportunidade, informar-lhes a programação científica para o ano de 2003, na qual muito nos honraria a vossa participação:

EVENTO DATA LOCAL

Abertura da Programação Cien-tífica do XI Curso Integrado de Especialização em Anestesiolo-gia e XII Curso de Atualização em Anestesiologia

07 de fevereiro Sede da SAEB

8º ENAI-BA – Encontro de Anest. do Interior da Bahia 31 de maio

Porto Seguro - BA

IV Curso Preparatório para o TSA Norte/Nordeste

23 a 27de agosto

Sede da SAEB

17º JORBA – Jornada Baiana de Anestesiologia

19 e 20de Setembro

Salvador - BA

Cel. ao dia do Anestesiologia Outubro Sede da SAEB

Encerramento do Prog. Cien. Dezembro Sede da SAEB

Programa Científico XIV J NRG e VIII J Mossoró

A SAERN, junto com o seu Departamento Regional do Oeste, pro-move nos dias 1 e 2 de agosto A XIV JORNADA NORTERIOGRAN-DENSE DE ANESTESIOLOGIA E A VIII JORNADA DE ANESTESIO-LOGIA DE MOSSORÓ.

Nova diretoria SAETO

A Sociedade de Anestesiologia do Estado do Tocantins tem a satisfação de informar-lhe a composição da diretoria do biênio 2003/2004:

Presidente: Dr. José Celso Rodrigues CintraVice Presidente: Dr. Antenor de Muzzio GrippPrimeira Tesoureira: Dra. Patrícia Crisanto Guedes da SilvaSegunda Tesoureira: Dra. Valdilei Barbosa AguiarPrimeiro Secretário: Dr. Jacob KichezeSegundo Secretário: Dr. Roberto CorreaDiretora Científica: Dra. Welma Rezende Fuso de Assis

Nova diretoria SPA

A Sociedade Paranaense de Anestesiologia comunica que foi eleita e empossada a nova diretoria para o biênio 2003/2004:

Presidente: Dra. Maria Aparecida TanakaVice Presidente: Dr. Pedro Paulo TanakaPrimeira Secretária: Dra. Débora de Oliveira CuminoSegundo Secretário: Dr. Mohamad Sharif Mohamad YoussefPrimeiro Tesoureiro: Dr. Cláudio José Caminada MirandaSegundo Tesoureiro: Dr. Ricardo SakataDiretor Científico: Dr. Paulo armando Ribas JúniorVice Diretor Científico: Dr. Fábio Maurício TopolskiConselheiro Consultivo e Fiscal:Dr. Carlos Henrique Jorge JacobDra. Mara Ovande Amaral E. de CarvalhoDr. Osny Cesar Kluppel de Miranda