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Araçatuba Marina Belei [email protected] Araçatuba Hélton Souza [email protected] Araçatuba Monique Bueno [email protected] F uncionários da Faculdade de Odontologia da Unesp em Araçatuba protesta- ram na manhã de ontem pela fal- ta de segurança no acesso ao campus localizado na rodovia Marechal Rondon. Por conta da chuva dos últimos dias, a estra- da que passa pelo viaduto Eloy Jacobs ficou inundada, obrigan- do os trabalhadores a se arrisca- rem em um caminho de terra próximo a uma encosta. Anteon- tem, dois carros atolaram e um quase caiu no barranco. Revoltados com a situação, que se repete toda vez que o vo- lume de chuva é grande na cida- de, os funcionários pararam os carros na rodovia, formando uma fileira de veículos que che- gou a cerca de um quilômetro de extensão. Por volta das 8h30, 37 veículos - entre eles ambulâncias de cidades vizinhas e carros oficiais da faculdade - ti- nham aderido ao movimento. "Fizeram uma gambiarra pa- ra que pudéssemos chegar até a faculdade, só que é muito arris- cado. Jogaram cascalho em parte do trecho de terra e o restante está pura lama", disse a auxiliar odontológica Sueli Ferreira da Silva. Ela fez questão de ressal- tar que o movimento tem inten- ção, apenas de cobrar da Via Rondon (concessionária que ad- ministra a rodovia) uma provi- dência sobre o problema. "Não é nada contra a faculdade, ao con- trário, queremos o melhor para nós." Ontem, enquanto a repor- tagem esteve no local, um moto- ciclista que se arriscou a passar pelo lamaçal caiu. A preocupação dos funcio- nários é porque, além deles, o acesso é usado por alunos e pes- soas atendidas no Centrinho. Por dia, segundo Sueli, cerca de 100 pacientes portadores de ne- cessidades especiais são atendi- dos na unidade da Unesp de Odontologia. Quando as aulas começarem e outros setores vol- tarem a funcionar, o movimento pode chegar a cerca de 800 pes- soas por dia. Em nota encaminhada na noite de ontem, o superinten- dente de operações da Via Ron- don, José Orlando Passador, in- formou que a manutenção das redes de drenagem é feita perio- dicamente. No entanto, no caso do viaduto de acesso à Unesp, o que ocorreu é uma erosão den- tro de uma propriedade rural que danificou a rede e provocou a obstrução. "Por se tratar de uma rede executada na época da duplica- ção, não sabemos como foi o mé- todo construtivo usado. O que es- tamos providenciando é a contra- tação de uma máquina escavadei- ra de grande porte para chegar- mos até a tubulação existente, a qual está bem funda. Tentamos efetuar com uma máquina peque- na e não foi possível", disse. Segundo Passador, para que o trabalho seja realizado é neces- sária autorização do dono da pro- priedade rural. O pedido, inclusi- ve, já foi feito e estava previsto para ser liberado ainda ontem. Com o documento em mãos, ele garante que as obras devem ser iniciadas o mais rápido possível, entre hoje e amanhã. SEGURANÇA A chuva que caiu na noite de quarta-feira e madruga- da de ontem alagou uma residência localizada na Chácara Panorama, no quilômetro 2 da ro- dovia Senador Teotônio Vilela. Pe- la manhã, cerca de dez pessoas trabalhavam na retirada dos mó- veis do local, que além do quin- tal, teve salas e a cozinha do an- dar inferior completamente toma- dos pela água, que atingiu cerca de 50 centímetros. Uma das proprietárias, a em- presária Cristiana Picolotto Verbe- na, conta que os alagamentos se tornaram frequentes no local des- de dezembro de 2010. Segundo ela, a canalização da água da rodo- via para uma lagoa que fica nos fundos da chácara é o que causa o problema, uma vez que a lagoa não tem vazão e transborda. "O quintal já ficou alagado várias ve- zes desde 2010, mas esta é a pri- meira vez que a água invade a ca- sa. A lagoa não suporta o volume e não tem vazão, transbordando", explicou. A empresária conta que a propriedade, que é alugada pela fa- mília para eventos, foi construída respeitando a área de preservação ambiental, portanto, não está em local de risco de alagamento, e que o DER (Departamento de Es- tradas de Rodagem), responsável pelas obras de canalização da água proveniente da rodovia, já foi procurado sobre o assunto. "Meu sogro, que é proprietário da chácara, procurou os engenheiros do DER na época das obras, mas sequer teve atenção. Diante disso, entrou com uma ação, que ainda tramita na Justiça", relatou. O caseiro do imóvel, Pedro Cintra, disse que a água começou a subir por volta das 23h de quar- ta-feira, mas que entrou na casa durante a madrugada. "Não tinha o que fazer, esperamos amanhe- cer e chamamos quem podíamos para tirar os móveis. Agora preci- samos encontrar um lugar para deixar os móveis porque a água vai demorar para sair", disse. O DER informou, por meio da assessoria de imprensa, que a execução das obras de duplicação da rodovia Senador Teotônio Vile- la não causou mudança no escoa- mento das águas pluviais, e alega que assim, não é responsável pe- los alagamentos na propriedade. Sobre a ação judicial, o departa- mento afirma que só se manifesta- rá após comunicação oficial. LAGOA Com a chuva, a Lagoa das Flores chegou a transbordar, mas nenhuma casa foi inundada, so- mente os quintais de algumas. Na noite de quarta-feira, a reportagem encontrou com o secretário de Obras e Serviços Públicos, Tadami Kawata, que vistoriava a região. Ele disse que passaria a madruga- da percorrendo pontos críticos. OCORRÊNCIAS Também por conta da chu- va, o trecho da avenida Joaquim Pompeu de Toledo próximo à rua Baguaçu ficou alagado durante a noite de quarta-feira, o que fez com que muitos carros parassem no local. Conforme constatou a re- portagem, alguns motoristas acio- naram guinchos particulares para retirar os automóveis, e outros contaram com a solidariedade das pessoas que passavam pela região. Ainda na noite de quarta-fei- ra, um homem ficou preso dentro do carro na companhia de uma criança entre a rua Saldanha Mari- nho e a avenida João Arruda Bra- sil. Ele precisou da ajuda dos bom- beiros para sair, já que o veículo so- freu uma pane por conta da água. RURAL Moradores da zona rural também reclamam pela inunda- ção da estrada da Água Funda, por conta do transbordamento do córrego Paquerê. O aposentado Valdir Roberto Queiroz conta que os moradores estão ilhados, uma vez que a via se tornou intransitá- vel. Conforme a coordenadoria es- tadual da Defesa Civil, choveu 54,6 milímetros em Araçatuba en- tre as 9h de quarta-feira e as 9h de ontem. Funcionários da Unesp protestam contra más condições da via de acesso ao campus >>Cidades CLIMA Além da área de lazer, temporal que caiu na noite de quarta-feira e madrugada de ontem inundou ruas e alguns quintais de casas perto da Lagoa das Flores IRRESPONSABILIDADE Mototaxista fica preso em bueiro ao ser arrastado pela enxurrada Chuva alaga chácara à margem de rodovia Paulo Gonçalves/Folha da Região - 26/01/2012 Ontem de manhã, cerca de dez pessoas faziam a retirada de móveis Lixo hospitalar é descartado incorretamente e fica na rua A esquina entre as ruas América do Sul e Cussy de Almeida foi tomada na manhã de ontem por materiais uti- lizados no procedimento de diáli- se. O lixo hospitalar, descartado in- corretamente, assustou comercian- tes e moradores da região. "Che- guei para trabalhar de manhã e vi bolsas com sangue, sondas, luvas, tudo jogado na rua", disse o empre- sário Ricardo Borges, 38 anos. Para o empresário, o material foi espalhado na rua pela enxurra- da após a chuva que caiu na noite de quarta-feira. Ele chegou a pedir para guardas municipais retirarem o lixo, mas até a tarde de ontem, luvas, máscaras, bolsas de sangue, sondas, agulhas, entre outros pro- dutos, continuavam espalhados na via. "Imagina se alguém pisa numa agulha usada?", questionou. OUTRO LADO A Prefeitura informou, por meio de nota, que uma equipe da Vigilância Sanitária fará inspe- ção no local. Dependendo das condições dos materiais e da pre- servação das informações sobre os lotes, será possível identificar a origem. Segundo a nota, o município contrata empresa especializada pa- ra recolher o lixo hospitalar produ- zido nos equipamentos públicos e incinerar, ação que ocorre em ou- tra cidade. O descarte pode impli- car crime contra a saúde pública e contaminação do meio ambiente, além de gerar aplicação de multa. Alexandre Souza/Folha da Região - 26/01/2012 Márcio Bracioli/Folha da Região - 26/01/2012 Um mototaxista ficou preso em um bueiro no bairro Paraíso após ser arrastado pela enxurrada na noite de quarta-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, o rapaz não precisou de atendimento mé- dico, e foi socorrido por pessoas que passavam pelo local. Aos bombeiros coube somente amar- rar a motocicleta da vítima para retirá-la do bueiro, localizado no cruzamento da rua Vereador Al- do Campos com a Imaculado Co- ração de Maria. Como não foi ne- cessário atendimento médico, o nome do rapaz não foi divulga- do, e moradores também não souberam informar sua identida- de, mas ainda assim, o comer- ciante Sidnei Budin, que presen- ciou a cena, relata os momentos de agonia. "A água cobria a rua e ele caiu ao tentar desviar da en- xurrada. Depois, foi arrastado e fi- cou enroscado entre a moto e o bueiro. Corremos para socorrê-lo, caso contrário, ele iria se afogar", contou. Segundo o morador, a tam- pa do bueiro é levada frequente- mente pelas chuvas. "Os quatro bueiros do cruzamento não têm grades e com qualquer chuva fi- cam destampados. Cansamos de pedir providências, mas nada é feito", lamenta. Bueiros destampados são problema em vários pontos da ci- dade. No cruzamento da rua Ba- guaçu com a Maris de Barros, além de mal tapado, as grades da- nificadas ficam apontadas para ci- ma, o que representa perigo a quem passa pelo local. No cruzamento da rua Coe- lho Neto com a Duque de Caxias, perigo idêntico. Os bueiros não possuem grades, e um deles teve a tampa levada pela enxurrada e permanecia descoberto na manhã de ontem. O técnico em teleco- municações Luís Augusto Costa, que mora nas proximidades, teme pela segurança do filho de 6 anos. Ele lembra que o problema é re- corrente, e que há alguns meses uma idosa caiu em um dos buei- ros do cruzamento e necessitou de atendimento médico. "Os mo- radores é que providenciam a tam- pa quando ela vai embora com a chuva", relatou. M.B. Paulo Gonçalves/Folha da Região - 26/01/2012 PISCINA Cômodos no térreo foram invadidos pela chuva; segundo proprietários, canalização da água da rodovia para lagoa na propriedade é que causou estrago PERIGO Sondas e bolsas utilizadas em diálise ficaram espalhadas no asfalto FILA Servidores pararam os carros para se manifestar contra precariedade de via LOCAL Bueiro onde aconteceu acidente; outros na cidade preocupam moradores Araçatuba, sexta-feira, 27 de janeiro de 2012 B3

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Page 1: Lagoa p b3

Araçatuba

Marina Belei

[email protected]

Araçatuba

Hélton Souza

[email protected]

Araçatuba

Monique Bueno

[email protected]

Funcionários da Faculdadede Odontologia da Unespem Araçatuba protesta-

ram na manhã de ontem pela fal-ta de segurança no acesso aocampus localizado na rodoviaMarechal Rondon. Por conta dachuva dos últimos dias, a estra-da que passa pelo viaduto EloyJacobs ficou inundada, obrigan-do os trabalhadores a se arrisca-rem em um caminho de terrapróximo a uma encosta. Anteon-tem, dois carros atolaram e umquase caiu no barranco.

Revoltados com a situação,que se repete toda vez que o vo-lume de chuva é grande na cida-de, os funcionários pararam oscarros na rodovia, formandouma fileira de veículos que che-gou a cerca de um quilômetrode extensão. Por volta das8h30, 37 veículos - entre elesambulâncias de cidades vizinhase carros oficiais da faculdade - ti-nham aderido ao movimento.

"Fizeram uma gambiarra pa-ra que pudéssemos chegar até afaculdade, só que é muito arris-cado. Jogaram cascalho em partedo trecho de terra e o restante

está pura lama", disse a auxiliarodontológica Sueli Ferreira daSilva. Ela fez questão de ressal-tar que o movimento tem inten-ção, apenas de cobrar da ViaRondon (concessionária que ad-ministra a rodovia) uma provi-dência sobre o problema. "Não énada contra a faculdade, ao con-trário, queremos o melhor paranós." Ontem, enquanto a repor-tagem esteve no local, um moto-

ciclista que se arriscou a passarpelo lamaçal caiu.

A preocupação dos funcio-nários é porque, além deles, oacesso é usado por alunos e pes-soas atendidas no Centrinho.Por dia, segundo Sueli, cerca de100 pacientes portadores de ne-cessidades especiais são atendi-dos na unidade da Unesp deOdontologia. Quando as aulascomeçarem e outros setores vol-

tarem a funcionar, o movimentopode chegar a cerca de 800 pes-soas por dia.

Em nota encaminhada nanoite de ontem, o superinten-dente de operações da Via Ron-don, José Orlando Passador, in-formou que a manutenção dasredes de drenagem é feita perio-dicamente. No entanto, no casodo viaduto de acesso à Unesp, oque ocorreu é uma erosão den-tro de uma propriedade ruralque danificou a rede e provocoua obstrução.

"Por se tratar de uma redeexecutada na época da duplica-ção, não sabemos como foi o mé-todo construtivo usado. O que es-tamos providenciando é a contra-tação de uma máquina escavadei-ra de grande porte para chegar-mos até a tubulação existente, aqual está bem funda. Tentamosefetuar com uma máquina peque-na e não foi possível", disse.

Segundo Passador, para queo trabalho seja realizado é neces-sária autorização do dono da pro-priedade rural. O pedido, inclusi-ve, já foi feito e estava previstopara ser liberado ainda ontem.Com o documento em mãos, elegarante que as obras devem seriniciadas o mais rápido possível,entre hoje e amanhã.

SEGURANÇA

Achuva que caiu na noitede quarta-feira e madruga-da de ontem alagou uma

residência localizada na ChácaraPanorama, no quilômetro 2 da ro-dovia Senador Teotônio Vilela. Pe-la manhã, cerca de dez pessoastrabalhavam na retirada dos mó-veis do local, que além do quin-tal, teve salas e a cozinha do an-dar inferior completamente toma-dos pela água, que atingiu cercade 50 centímetros.

Uma das proprietárias, a em-presária Cristiana Picolotto Verbe-na, conta que os alagamentos setornaram frequentes no local des-de dezembro de 2010. Segundoela, a canalização da água da rodo-via para uma lagoa que fica nosfundos da chácara é o que causao problema, uma vez que a lagoanão tem vazão e transborda. "Oquintal já ficou alagado várias ve-zes desde 2010, mas esta é a pri-meira vez que a água invade a ca-sa. A lagoa não suporta o volumee não tem vazão, transbordando",explicou.

A empresária conta que apropriedade, que é alugada pela fa-mília para eventos, foi construídarespeitando a área de preservaçãoambiental, portanto, não está emlocal de risco de alagamento, eque o DER (Departamento de Es-tradas de Rodagem), responsávelpelas obras de canalização daágua proveniente da rodovia, jáfoi procurado sobre o assunto.

"Meu sogro, que é proprietário dachácara, procurou os engenheirosdo DER na época das obras, massequer teve atenção. Diante disso,entrou com uma ação, que aindatramita na Justiça", relatou.

O caseiro do imóvel, PedroCintra, disse que a água começoua subir por volta das 23h de quar-ta-feira, mas que entrou na casadurante a madrugada. "Não tinha

o que fazer, esperamos amanhe-cer e chamamos quem podíamospara tirar os móveis. Agora preci-samos encontrar um lugar paradeixar os móveis porque a águavai demorar para sair", disse.

O DER informou, por meioda assessoria de imprensa, que aexecução das obras de duplicaçãoda rodovia Senador Teotônio Vile-la não causou mudança no escoa-mento das águas pluviais, e alegaque assim, não é responsável pe-los alagamentos na propriedade.Sobre a ação judicial, o departa-mento afirma que só se manifesta-rá após comunicação oficial.

LAGOA

Com a chuva, a Lagoa dasFlores chegou a transbordar, masnenhuma casa foi inundada, so-mente os quintais de algumas. Nanoite de quarta-feira, a reportagemencontrou com o secretário deObras e Serviços Públicos, TadamiKawata, que vistoriava a região.Ele disse que passaria a madruga-da percorrendo pontos críticos.

OCORRÊNCIAS

Também por conta da chu-va, o trecho da avenida Joaquim

Pompeu de Toledo próximo à ruaBaguaçu ficou alagado durante anoite de quarta-feira, o que fezcom que muitos carros parassemno local. Conforme constatou a re-portagem, alguns motoristas acio-naram guinchos particulares pararetirar os automóveis, e outroscontaram com a solidariedade daspessoas que passavam pela região.

Ainda na noite de quarta-fei-ra, um homem ficou preso dentrodo carro na companhia de umacriança entre a rua Saldanha Mari-nho e a avenida João Arruda Bra-sil. Ele precisou da ajuda dos bom-beiros para sair, já que o veículo so-freu uma pane por conta da água.

RURAL

Moradores da zona ruraltambém reclamam pela inunda-ção da estrada da Água Funda,por conta do transbordamento docórrego Paquerê. O aposentadoValdir Roberto Queiroz conta queos moradores estão ilhados, umavez que a via se tornou intransitá-vel. Conforme a coordenadoria es-tadual da Defesa Civil, choveu54,6 milímetros em Araçatuba en-tre as 9h de quarta-feira e as 9hde ontem.

Funcionários da Unesp protestam contramás condições da via de acesso ao campus

>>Cidades

CLIMA Além da área de lazer, temporal que caiu na noite de quarta-feira e madrugada de ontem inundou ruas e alguns quintais de casas perto da Lagoa das Flores

IRRESPONSABILIDADE

Mototaxista fica preso em bueiroao ser arrastado pela enxurrada

Chuva alaga chácara à margem de rodoviaPaulo Gonçalves/Folha da Região - 26/01/2012

Ontem de manhã,

cerca de

dez pessoas faziam

a retirada de

móveis

Lixo hospitalar é descartadoincorretamente e fica na rua

Aesquina entre as ruasAmérica do Sul e Cussyde Almeida foi tomada na

manhã de ontem por materiais uti-lizados no procedimento de diáli-se. O lixo hospitalar, descartado in-corretamente, assustou comercian-tes e moradores da região. "Che-guei para trabalhar de manhã e vibolsas com sangue, sondas, luvas,tudo jogado na rua", disse o empre-sário Ricardo Borges, 38 anos.

Para o empresário, o materialfoi espalhado na rua pela enxurra-da após a chuva que caiu na noitede quarta-feira. Ele chegou a pedirpara guardas municipais retiraremo lixo, mas até a tarde de ontem,luvas, máscaras, bolsas de sangue,

sondas, agulhas, entre outros pro-dutos, continuavam espalhados navia. "Imagina se alguém pisa numaagulha usada?", questionou.

OUTRO LADO

A Prefeitura informou, pormeio de nota, que uma equipeda Vigilância Sanitária fará inspe-ção no local. Dependendo dascondições dos materiais e da pre-servação das informações sobreos lotes, será possível identificara origem.

Segundo a nota, o municípiocontrata empresa especializada pa-ra recolher o lixo hospitalar produ-zido nos equipamentos públicos eincinerar, ação que ocorre em ou-tra cidade. O descarte pode impli-car crime contra a saúde pública econtaminação do meio ambiente,além de gerar aplicação de multa.

Alexandre Souza/Folha da Região - 26/01/2012

Márcio Bracioli/Folha da Região - 26/01/2012

Um mototaxista ficou presoem um bueiro no bairro Paraísoapós ser arrastado pela enxurradana noite de quarta-feira. Segundoo Corpo de Bombeiros, o rapaznão precisou de atendimento mé-dico, e foi socorrido por pessoasque passavam pelo local. Aosbombeiros coube somente amar-rar a motocicleta da vítima pararetirá-la do bueiro, localizado nocruzamento da rua Vereador Al-do Campos com a Imaculado Co-ração de Maria. Como não foi ne-cessário atendimento médico, onome do rapaz não foi divulga-do, e moradores também nãosouberam informar sua identida-de, mas ainda assim, o comer-ciante Sidnei Budin, que presen-ciou a cena, relata os momentosde agonia. "A água cobria a rua eele caiu ao tentar desviar da en-xurrada. Depois, foi arrastado e fi-cou enroscado entre a moto e obueiro. Corremos para socorrê-lo,caso contrário, ele iria se afogar",contou.

Segundo o morador, a tam-pa do bueiro é levada frequente-mente pelas chuvas. "Os quatro

bueiros do cruzamento não têmgrades e com qualquer chuva fi-cam destampados. Cansamos depedir providências, mas nada éfeito", lamenta.

Bueiros destampados sãoproblema em vários pontos da ci-dade. No cruzamento da rua Ba-guaçu com a Maris de Barros,além de mal tapado, as grades da-nificadas ficam apontadas para ci-ma, o que representa perigo aquem passa pelo local.

No cruzamento da rua Coe-lho Neto com a Duque de Caxias,perigo idêntico. Os bueiros nãopossuem grades, e um deles tevea tampa levada pela enxurrada epermanecia descoberto na manhãde ontem. O técnico em teleco-municações Luís Augusto Costa,que mora nas proximidades, temepela segurança do filho de 6 anos.Ele lembra que o problema é re-corrente, e que há alguns mesesuma idosa caiu em um dos buei-ros do cruzamento e necessitoude atendimento médico. "Os mo-radores é que providenciam a tam-pa quando ela vai embora com achuva", relatou. M.B.

Paulo Gonçalves/Folha da Região - 26/01/2012

PISCINA Cômodos no térreo foram invadidos pela chuva; segundo proprietários, canalização da água da rodovia para lagoa na propriedade é que causou estrago

PERIGO Sondas e bolsas utilizadas em diálise ficaram espalhadas no asfalto

FILA Servidores pararam os carros para se manifestar contra precariedade de via

LOCAL Bueiro onde aconteceu acidente; outros na cidade preocupam moradores

Araçatuba, sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

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