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LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA – INTERNET: Uma motivação para pesquisa escolar

Selma Ferreira Vaz1 Thais Bento Faria2

RESUMO

Este trabalho apresenta a utilização da pesquisa escolar e também da Internet para aquisição de conhecimento e valorização da busca de informações. Para tanto foram empregados os recursos tecnológicos disponíveis na escola (laboratório de informática) bem como o estudo sobre a história da escola como meio motivador para a pesquisa. Levando em consideração a função social da escola de oferecer situações que favoreçam o aprendizado, proporcionando um ambiente que haja sede em aprender e também significado, este trabalho tem como objetivo enfatizar a relevância da leitura de textos escritos e/ou virtuais e da escrita no processo de investigação além de orientar os alunos para que recorram às diversas fontes de pesquisa. Trata-se de um estudo desenvolvido no Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional, situado na cidade de Cambé (PR) junto aos alunos da 1ª série do Ensino Médio do período matutino e seus professores de Língua Portuguesa e História. Desta forma, espera-se que este modelo de intervenção possibilite que o ambiente escolar favoreça o aprendizado, por intermédio de diversos recursos disponíveis a fim de construir uma aprendizagem significativa. A análise da intervenção pedagógica permite afirmar que a pesquisa escolar pode ser considerada uma ferramenta de trabalho capaz de provocar mudanças nas atitudes do professor e também dos alunos em seu processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Função social da escola; Laboratório de Informática; Internet; Motivação; Pesquisa Escolar.

1 Especialista em Sociologia para o Ensino Médio: sociedade, cultura e educação (UEL), formada em Pedagogia (UNOESTE), pedagoga do Colégio Estadual Olavo Bilac - ensino fundamental, médio, normal e profissional. 2 Mestrado em Educação (UEM), formada em Pedagogia (UEL), professora orientadora vinculada à Universidade Estadual de Londrina, pedagoga da Secretaria de Educação do Estado do Paraná.

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1 INTRODUÇÃO

Os recursos tecnológicos estão cada vez mais difundidos nas diversas áreas

do cotidiano das pessoas e, precocemente presentes na vida das crianças,

principalmente através da Internet. Neste cenário buscou-se desenvolver um projeto

de intervenção pedagógica no Colégio Estadual Olavo Bilac - ensino fundamental,

médio, normal e profissional, da cidade de Cambé-Pr.

A partir de uma necessidade de repensar a questão da pesquisa escolar e o

uso da Internet para melhoria do conhecimento e da valorização da busca dessas

informações, bem como dos desafios que envolvem este trabalho no espaço da

escola, foi desenvolvido junto à professores e alunos a presente investigação.

Entende-se que a escola é uma organização social cujo objetivo explícito é o

desenvolvimento das capacidades físicas, cognitivas e afetivas dos educandos,

através da aprendizagem dos conhecimentos, habilidades, atitudes, e valores que

devem acontecer de modo contextualizado desenvolvendo nos discentes a

capacidade de tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que vivem.

Neste sentido, o desafio é fazer do ambiente escolar um instrumento que favoreça o

aprendizado, onde a instituição educativa deixe de ser apenas um ponto de encontro

e passe a ser, além disso, encontro com o saber e de descobertas de forma

prazerosa e funcional.

Para tanto, são necessárias políticas que fortaleçam laços entre a

comunidade e a escola para que esta alcance melhores resultados. É preciso

compreender que o aluno é a razão da existência da escola, é sujeito que aprende,

que constrói seu saber, que direciona seu projeto de vida. Nesta perspectiva, cabe

ao pedagogo promover e participar da articulação de todos os segmentos do

ambiente escolar, repensando e estimulando as mudanças necessárias para o bom

andamento do trabalho pedagógico.

Vale ressaltar que as possibilidades de atuação do pedagogo só fará sentido

no trabalho coletivo, pelo qual o pedagogo mobiliza teorias e saberes no momento

da ação.

Pressupondo-se que uma das formas de tal ação acontecer é por intermédio

do ensino com motivação que possibilita e traz uma notável dinamicidade às

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atividades desenvolvidas na escola, uma vez que percebemos que nossos alunos

não apresentam disposição para utilizar-se da pesquisa em seus estudos, faz-se

necessário, assim, promovermos ações que proporcionem, ao mesmo tempo, o

reconhecimento da importância da pesquisa em seus trabalhos e também como

forma de motivação para a mesma.

A partir da reforma da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9.394,

em 1996, a pesquisa aparece como um princípio básico da educação nacional

levando em consideração “a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a

cultura, o pensamento, a arte e o saber”. No entanto, na escola, muitas vezes esta

prática tem sido utilizada de forma equivocada, levando os alunos a realizarem

apenas cópias de livros ou artigos da internet, apresentando recortes que

erroneamente denominam de pesquisa.

Compartilhando esta ideia, as Diretrizes Curriculares citam Barato (2010)

afirmando que o uso do termo pesquisa foi banalizado no cotidiano escolar, pois

concebem a pesquisa como uma busca por fontes que apresentam o conhecimento

de forma sistemática, por meio de registros escritos.

Neste sentido, esta investigação problematiza o como a Internet pode ser

utilizada como recurso motivador para pesquisa escolar.

São problemáticas como essas que engendram o presente estudo. Este se

pautou no trabalho integrado entre as disciplinas de História e Língua Portuguesa,

utilizou a pesquisa e a informática na escola para a motivação do conhecimento. De

modo similar, acreditou no envolvimento que surgiria da comunidade escolar ao

trazer à tona parte da história do colégio e ao criar um ambiente virtual para a

postagem das informações coletadas nas pesquisas.

Desta forma, elencamos como objetivo principal deste trabalho utilizar os

recursos tecnológicos como meio motivador para a pesquisa dentro e fora da

Internet, valorizando assim a escola.

Para tanto se fez necessário: discutir com os professores e alunos acerca da

função social da escola, da importância da motivação no processo da aprendizagem,

do uso da internet na escola e da metodologia da pesquisa usada nesta

investigação; enfatizar a necessidade da leitura de textos escritos e/ou virtuais e da

escrita no processo de pesquisa; oportunizar a aquisição de uma fluência

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tecnológica em que o aluno possa fazer, testar, relacionar, inventar, em vez de

memorizar o conteúdo; utilizar a informática como ferramenta de pesquisa escolar;

orientar a recepção das novas tecnologias de forma crítica e equilibrada, para torná-

los menos influenciáveis por elas; incentivar a mediação dos professores de Língua

Portuguesa e História na orientação dos trabalhos de pesquisa; orientar os alunos

para que recorram às diversas fontes de pesquisa: biblioteca pública, biblioteca da

escola, acervo do colégio, museu municipal, secretaria municipal de educação, entre

outras; motivar os educandos a sistematizarem os dados coletados em suas

pesquisas para a construção de uma página na internet (blog e site), além do

memorial e vídeo.

Indubitavelmente, a relevância deste trabalho esteve na possibilidade de

oportunizar a utilização do meio tecnológico presente: o laboratório de informática. A

proposta é que este artefato tecnológico, com acesso à internet, seja uma

ferramenta de pesquisa pelos discentes e um recurso para a melhoria da qualidade

de ensino e para a valorização do ambiente escolar, sendo premissa no aspecto

motivador para nosso alunado.

Com o propósito de alcançar os objetivos já citados, buscamos uma

metodologia que proporcionasse um ambiente efetivo de aprendizagem motivando o

aluno analisar as formas de pensar e aprender.

A implementação do projeto contribuiu no sentido de desenvolver nos alunos

a capacidade de aprendizagem autônoma através da intervenção pedagógica

participativa e interdisciplinar, criando um ambiente escolar motivador para o

desenvolvimento intelectual do aluno e o aprimoramento da pesquisa escolar por

meio de diversas fontes, bem como a internet.

Assim, a aplicação do projeto de intervenção pedagógica na escola obteve

resultados de grande repercussão tanto para corpo discente e docente do Colégio

Estadual Olavo Bilac, como também para a comunidade local.

Para melhor entendimento do trabalho organizamos este escrito nos

seguintes tópicos: Escola e Educação – Função social em que abordamos autores

no que diz respeito à escola enquanto espaço democrático do saber; Professor e

pedagogo como mediador, no qual retratamos a figura do professor e do pedagogo

como um educador, um mediador na formação de valores e espírito crítico de seus

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alunos; Motivação para a aprendizagem, que apresentamos sua importância para a

qualidade da aprendizagem; Pesquisa escolar no qual descrevemos os diversos

tipos de estudos; Laboratório de Informática e Internet em que ressaltamos o

período de transformação no sistema educacional com a globalização,

principalmente com as novas tecnologias, sobretudo com a internet. Na metodologia

descrevemos os aspectos teóricos e práticos durante a aplicação do projeto. Para

finalizar, apresentamos nossas considerações finais sobre o projeto de intervenção,

bem como os resultados obtidos.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ESCOLA E EDUCAÇÃO – FUNÇÃO SOCIAL

A primeira observação a se fazer é a necessidade de compreender o que é

escola. Aclaramos que este deve ser um espaço democrático dentro da sociedade

moderna onde se discute questões, possibilita o desenvolvimento do pensamento

crítico, traz informações, contextualiza-as e leva o aluno a buscar mais

conhecimento. Segundo o Dicionário de Língua Portuguesa (2011), escola é definida

como:

1. instituição que tem o encargo de educar, segundo programas e planos sistemáticos, os indivíduos nas diferentes idades da sua formação. 2. edifício onde se ministra o ensino. 3. conjunto formado por alunos, professores e outros funcionários de um estabelecimento de ensino.

Para Libâneo (2003), a escola tem por finalidade a formação para a

cidadania. Do mesmo modo, por se tratar de pessoas, tem como função difundir

valores, tradições, crenças e ampliar o leque de opções sem desconsiderar o

contexto político e econômico. Partindo desse pressuposto, acreditamos que uma

educação de qualidade é a que promove, para todos, o domínio dos conhecimentos

e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas, além de sua inserção no

mundo e a constituição da cidadania como poder de participação.

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Neste sentido, Libâneo cita o pensamento do educador italiano Mário

Manacorda (1989) que salienta que “cidadania é dirigir ou controlar aqueles que

dirigem”. Para que isso aconteça é necessário disponibilizar ao aluno condições

básicas para situar-se com competência e criticidade no sistema produtivo: cabe à

escola auxiliar no desenvolvimento de competências comunicativas que

possibilitarão diálogo e consenso baseados na razão crítica.

De acordo com Abbagnano (2000), a educação é a transmissão e o

aprendizado de técnicas culturais com as quais o homem é capaz de satisfazer suas

necessidades, proteger-se contra a hostilidade do ambiente físico e biológico e

trabalhar em conjunto, de maneira mais ordenada e pacífica. Deste modo, a

educação deve formar o homem para que seja capaz de realizar as transformações

sociais necessárias para o desenvolvimento de sua humanização.

Em consonância com estas afirmações, a função primordial do trabalho

educativo é garantir a possibilidade ao homem de tornar-se livre, consciente e

responsável por sua humanização. A escola e outras instituições sociais devem

proporcionar a investigação, a reflexão, a busca de explicações para a realidade,

pois é mediante a reflexão que surgem as respostas aos problemas.

Reafirmando essa ideia, Castro e Sousa (2010) certificam que compete à

escola formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos

e deveres, aptos a compreender a realidade em que vivem, capazes de participar da

vida econômica, social e política do país e de contribuir para a construção de uma

sociedade mais justa. Sendo assim, a função básica da escola é garantir a

aprendizagem de conhecimentos, habilidades e valores necessários à socialização

do indivíduo.

Para que esta função se concretize, é necessário que preparemos nossos

alunos para uma aprendizagem permanente, mesmo após o término de sua vida

escolar. Em sala de aula, o professor deve se preocupar em desenvolver

determinadas habilidades intelectuais sem as quais o aluno nunca será capaz de

uma aprendizagem autônoma. É preciso fazer com que o alunado pense, reflita,

analise, sintetize, critique, crie, classifique, tire conclusões, estabeleça relações,

argumente, avalie, justifique, etc. Para isto, é preciso que os professores utilizem

metodologias participativas, desafiadoras, que problematize os conteúdos e estimule

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a pensar, a formular hipóteses, colocar suas opiniões, suas divergências e dúvidas,

a fim de trocar informações com o grupo de colegas, defendendo e argumentando

seus pontos de vistas.

2.2 PROFESSOR E PEDAGOGO COMO MEDIADOR

Neste contexto, a figura do professor passa a ser vista como um educador,

um mediador na formação de valores e espírito crítico de seus alunos. Conforme

Hurtado (1983, p.77):

O professor passará a orientar vivências, sendo um elemento crítico e questionador de valores, o que lhe permitirá realizar muito mais no sentido de desenvolver o espírito crítico dos alunos, se souber aproveitar fatos e informações obtidos de outras fontes que não são somente as da escola e, a partir deles, procurar auxiliá-los a estruturar sua personalidade.

Libâneo (1998) também confirma que os docentes devem assumir novas

atitudes diante da realidade do mundo contemporâneo. Dentre elas, o ensino como

mediação, incentivando uma aprendizagem ativa do aluno, inclusive com os

conteúdos próprios de sua disciplina. Contudo, sempre considerando os

conhecimentos, a experiência e os significados que trazem à sala de aula, seu

potencial cognitivo, suas capacidades e interesses, seus procedimentos de pensar,

seu modo de trabalhar.

Almeida (2006) acredita que o ser humano é um ser social e usa a mediação

para elevar seus níveis de desenvolvimento. A mediação é uma característica

essencialmente humana e ocorre mediante a negação de um posicionamento,

configurando-se na modificação, em direção à superação do plano imediato,

cotidiano, para o plano mediato, constituído por elementos provenientes do

conhecimento sócio-cultural. A mediação acontece entre os homens em sua

atividade produtiva e depende do modo como o homem, pela interação, modifica a

natureza e modifica a si mesmo.

Na educação escolar, especificamente nos processos de ensinar e aprender,

a mediação tem se caracterizado de várias maneiras. Não podemos considerar a

mediação simplesmente como uma atribuição daquele professor que se apresenta

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como uma ponte entre o que é ensinado e quem aprende. Para Almeida (2006), a

constituição dialética da mediação vai além dessa interpretação, atribuindo-lhe uma

conceituação mais complexa, baseada na contradição, que consiste num caráter

reflexivo entre as partes envolvidas.

O conhecimento é o objeto do trabalho da prática docente e, para

compreendê-lo na sua totalidade, Almeida, Arnoni e Oliveira (2007) destacam a

necessidade de que o professor saiba a teoria do conhecimento que ensina – lógica

da ciência – organize o processo de ensino – conteúdos, conceitos – e compreenda

as questões que norteiam e orientam seu trabalho educativo como os limites,

possibilidades, validação e meios de acesso ao referido conhecimento.

Cabe, também, destacar a mediação do pedagogo. Seu papel é nortear

novos caminhos para a educação, a aprendizagem, o interesse, a motivação do

aluno, a construção de uma nova escola que busque humanizar o que foi e continua

sendo barbaramente, desumanizado pelo capital: a relação entre os seres humanos

(CARVALHO, 2007). Deve-se considerar que não podem existir mais nas escolas,

trabalhos isolados, mas sim em parceria e com o olhar para a coletividade. Segundo

Libâneo (1996, p.127):

Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação histórica. Em outras palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situação, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações.

O desafio para o educador é coordenar o ensino de conceitos e proporcionar

um ambiente efetivo de aprendizagem. Neste contexto os educadores têm

enfrentado o problema da desmotivação nos alunos para a aprendizagem.

2.3 MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

A motivação para a aprendizagem tornou-se um problema em educação,

pois a sua ausência representa uma queda significativa na qualidade da

aprendizagem. Estudos realizados, dentre eles, Buruchovitch e Bzneck (2001),

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salientam os aspectos cognitivistas, a motivação intrínseca e extrínseca como

fatores importantes para o conhecimento sobre motivação.

Para motivar o alunado é essencial analisar as formas de pensar e aprender

para desenvolver estratégias de ensino que partam das suas condições reais,

inserindo-os no processo educativo como agentes ativos, o que é um dos objetivos

deste trabalho, ou seja, que o próprio aluno construa o seu conhecimento embasado

em suas pesquisas. Os alunos devem sentir-se estimulados a aplicar seus

esquemas cognitivos e a refletir sobre suas próprias percepções nos processos

educacionais, de modo que avancem em seus conhecimentos e em suas formas de

pensar e perceber a realidade.

Quanto mais avançada as séries, os problemas com a motivação tendem a

ser mais complexos e profundos, por terem origem naqueles que surgiram nas

séries iniciais e por serem influenciados pelas novas exigências dos diferentes tipos

de disciplinas, aliadas às características evolutivas do aluno (BUROCHOVITCH;

BZUNECK, 2004).

Do ponto de vista humanístico, motivar os alunos significa encorajar seus

recursos interiores, seu senso de competência, de auto-estima, de autonomia e de

auto-realização. Desta forma, a motivação não é competência nem atributo de quem

faz bem feito, entretanto de quem consegue despertar nos outros a vontade de fazer

bem feito. Competência relaciona a habilidade técnica (melhor maneira de fazer o

seu trabalho) e a habilidade comportamental.

Para Burochovitch e Bzuneck (2004, p. 17) [...] “níveis excessivamente

elevados de motivação rapidamente acarretam fadiga”. Os autores complementam

ainda que “em termos quantitativos, a motivação ideal no contexto das tarefas

escolares não pode ser fraca, mas também não deve ser absolutamente a mais alta”

(2004, p. 18).

A motivação, na concepção de Bock (1999) é o processo que mobiliza o

organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a

necessidade e o objeto de satisfação. Na base da motivação está sempre um

organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse,

uma vontade ou uma predisposição para agir. Assim, na motivação está também

inserido o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação.

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E, por fim, está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da

necessidade.

Desta forma, uma das funções da motivação é melhorar a atenção e a

concentração. Nessa perspectiva pode-se dizer que é a força que move o sujeito a

realizar atividades, pois ao sentir-se motivado o indivíduo tem vontade de fazer

alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário durante o tempo que

for preciso para atingir o objetivo proposto.

Bock (1999) afirma também que a preocupação do ensino tem sido a de

criar condições para que o aluno fique interessado em aprender. Diante dessa

situação podemos perceber que a motivação deve ser considerada pelos

professores de forma cautelosa, buscando mobilizar as capacidades e

potencialidades dos educandos a este nível. Torna-se tarefa primordial do professor

identificar e aproveitar aquilo que atrai o aluno, a fim de privilegiar seus interesses,

para associá-lo ao ensino.

2.4 PESQUISA ESCOLAR

Historicamente falando, entende-se a pesquisa escolar como uma atividade

que envolve a produção de textos, como resultado de um processo de construção de

sentido conferido pelo discente a um tema proposto, em geral, pelo professor. O

texto da pesquisa escolar no contexto hipertextual da internet envolve a escrita de

um outro contexto enunciativo que, muitas vezes, é resultado de discursos utilizados

por quem propõe que se faça esse texto. Logo, cria-se uma controversa: a cópia de

um verbete de uma enciclopédia ou impressão de uma página da internet pode ou

não ser considerada uma pesquisa?

É necessário conceber que os suportes da leitura e da escrita se

modificaram, contudo a questão continua a mesma: copiar não é pesquisar. A

reprodução de textos que antes era feita com o recurso técnico de cópia, torna-se

hoje ainda mais fácil com o recurso das impressoras, porque o aluno não necessita

sequer dirigir-se a uma biblioteca.

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Ou seja, a questão do texto da pesquisa escolar concebida e efetivada como

mera cópia de trechos de um livro já nos é bastante conhecida. Precisamos, no

entanto, problematizá-la e se embasar em outros meios teóricos, com o objetivo de

avançarmos a respeito do conhecimento produzido. Para tanto, buscamos subsídios

na teoria enunciativa da linguagem de Bakhtin (1999), com o propósito de

ultrapassar o conceito de reprodutibilidade como mera operação técnica e/ou

mecanizada do texto pelo sujeito.

A prática da pesquisa da e para a escola, via internet pelos alunos levam

para o interior do processo pedagógico uma nova ferramenta de trabalho, um novo

instrumento que provoca alterações nas atitudes do professor em seu processo de

ensinar.

Como um dos meios de entrada da internet na escola tem sido justamente a

realização da pesquisa escolar, os alunos têm levado aos seus professores a

oportunidade de refletir sobre as consequências das novas tecnologias da

informação na produção do conhecimento escolar. A variedade de textos e

informações que a rede disponibiliza, a redução do tempo material e as

modificações trazidas pelo computador tem facilitado muito a realização da pesquisa

da e para a escola.

Segundo Marcuschi (1999), com a internet o computador deixou de ter

apenas uma dimensão utilitária. De um uso instrumental para digitação de trabalhos,

o computador passou a funcionar como uma ferramenta cultural, portadora de textos

criados por outras pessoas. Na opinião dos alunos, são estes textos de outros

autores que incomodam os professores. Assim como na época da enciclopédia, os

professores temiam que simplesmente copiassem textos ou trechos prontos já

elaborados por alguém. No caso da internet, seria ainda pior, pois não teriam nem o

trabalho de copiar, já que a impressora permite apenas dar o comando de imprimir.

E, assim, pesquisa feita, atividade cumprida em muito menos tempo e com muito

menos “trabalho”.

Sabe-se que não se trata só da cópia de trechos de sites da internet, e sim

dos já conhecidos verbetes de enciclopédia que, embora atualmente tenham sido

digitalizados, não sofreram grandes modificações em sua estrutura textual. Os

avanços na tecnologia da informação possibilita que um grande volume de palavras

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e textos sejam armazenados em um espaço material bem menor, como é o caso dos

cds-rom que trazem grandes obras como enciclopédias e dicionários. O que mudou

foi a forma da transmissão do texto e não o conteúdo propriamente dito (BAKHTIN,

2000).

Para construírem o texto de pesquisa escolar, os alunos buscam, além da

internet, outras fontes e suportes para enriquecerem os seus trabalhos. Conforme

Bakhtin (2000 p. 351) “a reprodução do texto pelo sujeito é um acontecimento novo,

irreproduzível na vida do texto, é um novo elo na cadeia histórica da comunicação

verbal”. Segundo os seus pressupostos, todo texto, ao ser reescrito pelo leitor,

adquire, no momento mesmo de sua (re)produção, novos sentidos. Toda

enunciação, tomada enquanto unidade da comunicação verbal – seja através do

discurso oral ou do discurso escrito – utiliza-se de unidades linguísticas concebidas

no interior de um sistema de signos baseado em regras e categorias socialmente

institucionalizadas, para instituir sua significação, tornando-se inteligível para uma

certa comunidade linguística.

No entanto, toda enunciação também possui um sentido único e, portanto,

não reiterável que constitui aquilo que Bakhtin chama de tema:

Um sentido definido e único (...) determinado não só pelas formas linguísticas que entram na composição, mas igualmente pelos elementos não verbais da situação (...) que procura adaptar-se adequadamente às condições de um dado momento da evolução” (1999, p. 128-129).

Isso nos leva crer que no processo de construção/produção do texto o

sujeito se apossa desses elementos que se reiteram ou se reproduzem, dos “já-

ditos”, com o objetivo de, a partir deles, construir seu próprio discurso e um novo

sentido carregado do lugar social em que se situa.

Para Bakhtin (1999), a reprodução de um texto, em sua literalidade, só é

possível com o auxílio de um aparato técnico, como no caso de uma reimpressão

mecânica mediante uma máquina reprográfica. No entanto, sua reprodução pelo

sujeito, no sentido de releitura, de nova execução, tradução ou citação do discurso

de outrem, fazendo parte de um acontecimento discursivo, penetra na realidade da

língua, encadeando-se novamente na comunicação verbal.

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O texto como um acontecimento discursivo, sugere além de um processo de

reconhecimento de signos por parte de um sujeito que os decifra, também um outro,

de compreensão que engloba duas consciências, dois sujeitos. Dialógico por

excelência, este processo marca o encontro de dois textos no momento da leitura:

aquele que, na materialidade do papel, está concluído, e, um outro que, em reação

ao primeiro, está sendo elaborado pelo leitor.

Poderíamos salientar que também ao escrever, o sujeito lança mão de

palavras que vêm do discurso do outro que, da passagem da esfera interdiscursiva

para a intradiscursiva, vão, aos poucos, tornando-se próprias.

Entende-se, a partir dos estudos de Bakhtin (1999), que todo texto se faz na

relação dialógica com outros textos, não carrega, portanto, o discurso escrito em sua

materialidade, uma “palavra final”, a palavra e/ou o sentido por excelência, nega a

visão romântica de autoria, como ato solitário e individual: “o autor, indivíduo

autônomo e interiormente uno (...), é, no uso de seu gênio inventivo, de sua

imaginação criadora, a fonte soberana, a origem absoluta do texto” (BAKHTIN, 1999,

p. 4). É da diversidade de vozes sociais e de suas relações dialógicas que surge a

figura do autor que não destitui-se, no entanto, de sua individualidade.

Bakhtin (1999) desconstruiu, desde sua época, um conceito romântico de

autor, amparando uma outra concepção de linguagem, na qual os conceitos de

dialogismo, polissemia, polifonia, interdiscursividade articulam-se numa formação

intersubjetiva da consciência humana e, portanto, da própria linguagem. De modo

similar muitos estudiosos acreditam que com o avanço da internet – que tem como

principal representante o hipertexto midiático – a noção de propriedade sobre o texto

é radicalmente transformada.

Todavia, a pesquisa na Internet requer uma habilidade especial devido à

rapidez com que são modificadas as informações nas páginas e à diversidade de

pessoas e pontos de vista envolvidos. Neste sentido, valoriza-se a importância da

mediação do professor na orientação dos trabalhos no que diz respeito à

necessidade de bom senso, gosto estético e conhecimento específico para

selecionar as mais importantes e seguras fontes de pesquisa do mundo virtual.

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2.5 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA - INTERNET

A internet é uma tecnologia que pode motivar os alunos, pela novidade e

pelas possibilidades de pesquisa que oferece. Tal motivação aumenta quando o

professor oferece um ambiente de confiança e cordialidade com o grupo.

Atualmente, as escolas vivenciam um período de transformação no sistema

educacional com a globalização, principalmente com as novas tecnologias,

sobretudo com a internet que possibilita o acesso às mais diversas informações,

caracterizando uma nova maneira de pensar e construir conhecimento. Tendo como

premissa que o processo de construção do conhecimento significa assimilar o objeto

a esquemas mentais, o sujeito aprende quando a estrutura cognitiva é reajustada

pela incorporação de um elemento novo. Observamos que, a internet pode ser

instrumento utilizado na educação com o objetivo de formar um sujeito mais crítico e

consciente, capaz de produzir seu conhecimento (TRYPHON, 1998 apud PIAGET,

1998).

Com a chegada da informática nas escolas ficou mais simples a implantação

de novos elementos metodológicos para motivar processos cognitivos de

aprendizagem no aluno, favorecendo a construção do conhecimento no qual “a

criança se torne um experimentador ativo, que procura e encontra soluções para os

problemas que ele se coloca por seus próprios meios intelectuais” (TRYPHON, 1998

apud PIAGET, 1998, p.21).

Conforme Valente (1998, p.2), “informática na educação refere-se à inserção

do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos

os níveis e modalidades de educação”. Visto desta forma, o computador é uma

ferramenta que pode auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia,

criticidade e criatividade do aluno. No entanto, para que isto se efetive, faz-se

necessário que assuma o papel de mediador da interação entre educando,

conhecimento e computador.

O computador pode ser um instrumento útil no processo de ensino e

aprendizagem quando o aluno, assessorado pelo professor, assume o controle da

máquina, utilizando sua criatividade no uso de programas que atendam seus

interesses e necessidades.

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Acredita-se que a educação deve participar deste avanço tecnológico com a

sociedade em geral e também utilizar essas tecnologias com os estudantes. É claro

que a utilização do computador não deve, em hipótese alguma, ser como um fim em

si mesmo, todavia como uma ferramenta auxiliar no processo de ensino e

aprendizagem, despertando um maior interesse para o conhecimento.

De acordo com Moran (2000), uma das formas de uso da internet é por meio

de pesquisas, uma vez que traz inúmeras possibilidades para educadores e

educandos, dentro e fora da sala de aula. O professor deve procurar contextualizar,

ampliar o universo alcançado pelos alunos, problematizar, descobrir novos

significados no conjunto das informações obtidas. Neste processo, todos se

envolvem, participam, na lista eletrônica e na home page, porque é um ambiente

fascinante, criativo, cheio de novidades e de avanços. O conhecimento elaborado a

partir da própria experiência se torna mais efetivo e definitivo.

A utilização da internet promove as mais profundas e radicais

transformações na atividade leitora-escritora, uma vez que, são os modos de

organização, de estruturação, de consulta ao suporte do escrito que se modificaram

e não somente as suas técnicas de reprodução (CHARTIER, 2001).

Da passagem de uma leitura necessariamente oral, indispensável ao leitor

para a compreensão de seu sentido, para uma leitura possivelmente silenciosa e

visual; de um modelo de escrita cujas funções eram a conservação e memorização,

a um modelo escolástico que confere a leitura funções de trabalho intelectual; de um

estilo intensivo de leitura a um outro, extensivo, encontram-se, os “leitores-

navegadores” do ciberespaço, no começo da revolução digital, diante de uma nova

forma de leitura que muitos denominam por “hiperextensiva” ou “leitura para

informação” (CHARTIER, 2001).

Este modo de leitura relaciona-se a uma carga intensa de informações

disponíveis no ciberespaço, cujos efeitos, através da realização de pesquisas

hiperextensivas, no leitor, seria o de fragmentação de sua experiência de leitura em

pequenas unidades de informação (RODRIGUES, 2000).

Existe na internet um grande número de hipertextos que também podem ser

dos mais variados tipos. Há aqueles criados especificamente para o ambiente

virtual, no entanto, pode ocorrer também uma transposição de textos tradicionais

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através da informatização de sua estrutura para a internet. Podemos destacar que

os possíveis e reais efeitos desta nova tipologia/ gênero textual para os modos e

formas de leitura que, são, portanto, fundamentais no processo de construção de

uma pesquisa que tem como fonte de informação o meio virtual.

Pode-se citar também as transformações na relação do leitor com o texto.

Conforme Chartier (2001), este é um dos aspectos totalmente novos inaugurados

com o hipertexto, ou seja, a possibilidade do leitor imergir na própria escritura,

tornando-se dela co-autor, permite novas conceituações do que seja autoria.

Segundo o estudioso, para os gregos, o leitor era escravo do texto, por isso a

existência dos avisos, alertas e prólogos no todo da obra. No entanto, alerta-nos que

o leitor tem através da leitura a capacidade de criar novos sentidos, extrapolando as

páginas do texto.

Afirma que, além de escravo o leitor é também um produtor, um criador de

um texto sempre novo – “aquele que ele cria dentro de si mesmo”. Se antes o leitor

era considerado escravo e criador, agora essa escravidão está acabando por

completo. O leitor de hipertextos midiáticos pode interferir na própria materialidade

da escritura, ou seja, o meio eletrônico possibilitou o direito de submeter o texto a

diversas operações e, a partir delas, construir um novo texto. A tela libera o leitor

que, se antes só inscrevia-se no objeto impresso clandestinamente, ocupando os

espaços em branco deixados de lado pelo escrito, agora pode com o hipertexto

eletrônico tornar-se “um dos autores de uma escrita de várias vozes ou, pelo menos,

encontra-se em posição de constituir um texto novo a partir de fragmentos

recortados e reunidos” (CHARTIER, 1994, p. 103).

Seja nas bibliotecas convencionais ou virtuais e digitais, pelo texto

convencional ou hipertexto, o homem se utiliza das mais diversas buscas e

controversas fontes de informação para construir conhecimentos. Esse é o ponto-

chave para se partir para uma outra conceituação da atividade de pesquisa da e

para a escola no contexto hipertextual da internet: a diferenciação entre informação

e conhecimento.

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2.6 METODOLOGIA

Baseando-nos nos estudiosos, nas nossas experiências profissionais e na

realidade do espaço que aconteceria a intervenção pedagógica, elaboramos o

projeto. Este foi apresentado aos diretores, equipe pedagógica, professores das

disciplinas de Língua Portuguesa e História e alunos da 1ª série do Ensino Médio do

período matutino, bem como o cronograma de atividades. Neste momento, os

estudantes, de uma forma geral, apresentaram muita curiosidade e admiração pelo

fato de terem sido escolhidos, além de demonstrarem interesse em contribuir com

seus conhecimentos prévios. Algumas questões foram recorrentes: “Professora, o

que vamos fazer?”; “Vamos utilizar o laboratório de informática todos os encontros?”;

“Você irá nos ensinar a fazer pesquisa?”; “Seremos avaliados?”.

Diante da meta de motivar o público alvo, composta por adolescentes, o

processo de escolha das atividades práticas se deu de forma morosa e reflexiva. O

uso de um filme já conhecido, mas pouco analisado, foi a primeira estratégia de

intervenção. Assistir a filmes está entre alguma das atividades cotidianas dos jovens,

portanto pode ser um recurso para motivar a aprendizagem. “Mãos Talentosas, a

história de Bem Carson”, foi o eleito para análise, pois desperta o interesse para a

leitura e a pesquisa. A mãe do protagonista, embora analfabeta, sempre incentivou a

prática de pesquisa e leitura por seus filhos, o que enfatiza que o estudo é

fundamental na obtenção do sucesso. Além disso, a obra serviu como uma

introdução e suporte para a iniciação do estudo dos temas abordados na sequência.

Desta forma, após sua exibição, realizamos, em outros encontros,

pesquisas no Laboratório de Informática utilizando a Internet, a fim de buscar

aprofundamento teórico sobre conceitos voltados a temas como: “Educação de

qualidade: para a Escola cumprir sua função social”; “Ensino e Aprendizagem: o

problema da falta de motivação”; “Revolução Tecnológica – Internet”; e “Pesquisa

Escolar”, conforme sua classificação segundo as formas de estudo (pesquisas:

descritiva; documental e bibliográfica; de campo; experimental; pesquisa-ação).

A partir desse trabalho, proporcionou ao aluno a compreensão de que a

escola não se restringe a abordagens de conteúdos, mas também as relações

sociais (aluno-aluno, aluno-professor), apenas os livros didáticos já não são

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suficientes para se motivar a aprendizagem, uma vez que tais alunos encontram-se

na era digital. A prática da pesquisa da e para a escola, via Internet, pelos alunos,

levam para o interior do processo pedagógico uma nova ferramenta de trabalho, um

novo instrumento que provoca alterações nas atitudes do professor em seu processo

de ensinar.

Os educandos apresentaram algumas reclamações com relação às poucas

oportunidades de frequentarem o laboratório de informática e sugeriram que

determinadas disciplinas disponibilizassem algumas aulas para pesquisas na própria

escola via internet, uma vez que tal prática possibilita o acesso às mais diversas

informações, caracterizando uma nova maneira de pensar e construir o

conhecimento.

A solicitação dos discentes está em concordância com a defesa de Valente.

O pesquisador afirma que a “informática na educação refere-se à inserção do

computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os

níveis e modalidades de educação”. Visto desta forma, o computador é uma

ferramenta que pode auxiliar na aprendizagem, autonomia, criticidade e criatividade

do aluno. No entanto, para que isto se efetive, faz-se necessário que o professor

assuma o papel de mediador entre aluno, conhecimento e computador (1998, p.02).

A investigação envolveu a leitura e a produção de sentido do lido e

pesquisado, sentido que nasce tanto da parte exterior quanto do próprio texto. Na

proposta, uma pesquisa documental, buscou-se, nos acervos da biblioteca da escola

e municipal, e do museu de Cambé, dados (informações sobre a história do colégio,

seus diretores e período de gestão e cursos oferecidos desde sua fundação). Um

estudo do passado da escola eleva o respeito e motiva os alunos e professores na

busca de conhecimento histórico, dando oportunidade de se sentirem valorizados no

ambiente em que estão inseridos, compreendendo melhor a importância do colégio

no contexto educacional e social.

Todas as atividades deste projeto foram acompanhadas pelos professores

das disciplinas de Língua Portuguesa e História e da professora PDE, haja vista que

acreditamos que papel do professor na sociedade atual está estreitamente ligado a

sua relação com seus alunos e com o conhecimento. Como salienta Masetto (2000),

a mediação pedagógica compreende a atitude e comportamento docente como

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facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, indica que o papel do

professor atua como uma ponte que aproxima o aluno do conhecimento.

A partir da discussão do filme e dos textos, percebemos a intenção de uma

futura mudança no que diz respeito ao interesse pela leitura, pois os alunos teceram

comentários acerca da importância da leitura de livros, principalmente de se

frequentar mais as bibliotecas públicas e da escola, bem como da necessidade de

se programar um tempo para estudos em casa.

A pesquisa bibliográfica possibilitou aos alunos um crescimento a respeito

de sua importância no processo de aprendizagem, além de conhecerem métodos de

pesquisa. Neste momento, demonstraram não conhecer as diferentes

nomenclaturas referentes às pesquisas, apesar de já conhecerem algumas em sua

prática. A pesquisa documental e bibliográfica foi a que apresentou maior dificuldade

de realização por estar muito longe da realidade dos educandos.

Um dos grandes resultados desta atividade foram os trabalhos acadêmicos

realizados durante o ano letivo, os quais melhoraram significativamente no conteúdo

pesquisado, na forma de apresentação dos mesmos, sendo formatados dentro de

padrões normativos como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Acerca destes resultados, os professores envolvidos com tais alunos

relataram uma preocupação com relação a formatação dos trabalhos, um maior

questionamento a respeito do tipo de pesquisa e modo de serem formuladas.

Esta atividade proporcionou uma grande interação entre alunos, professores,

escola e comunidade, levando-os a valorização do ambiente e contribuindo com a

construção do conhecimento histórico. Buscaram informações acerca da história do

colégio na biblioteca e museu, leram outras fontes documentais (jornal, atas, livros,

fotos, monografias, sites) objetivando aprofundar o estudo. Sistematizaram as

informações e elaboraram o “Memorial do Colégio” e vídeo com fotos antigas e

atuais da escola, organizando-as por datas. De modo similar, selecionaram o fundo

musical de acordo com as décadas retratadas nas fotografias.

Também foi solicitado aos discentes, acompanhados pelos docentes, em

pequenos grupos que elaborassem apresentações escritas e orais, com a

possibilidade de recorrer aos recursos da TV multimídia, apresentadas em forma de

seminário para os colegas e comunidade escolar para a divulgação do ambiente

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virtual construído. Após as apresentações, houve momento de diálogo entre alunos

e professores a fim de salientarem os pontos positivos e negativos da pesquisa,

oportunizando momentos de auto avaliação. Esta avaliação foi primordial para

percebermos o interesse dos mesmos em melhorar sua participação nas atividades

propostas pela escola.

Os professores de Língua Portuguesa e História avaliaram quantitativamente

a participação dos alunos e realizaram um acréscimo na média do aproveitamento

semestral da disciplina.

Todos os conteúdos trabalhados partiram do Caderno Temático, instrumento

didático primordial no qual os assuntos foram debatidos e analisados. Eles têm o

objetivo de motivar uma discussão sobre a prática pedagógica e refletirem sobre

fazeres cotidianos tão importantes para uma boa atuação docente. Os tópicos foram

relevantes para alunos e professores envolvidos no projeto de intervenção.

Vale mencionar também o Grupo de Trabalho em Rede (GTR), uma das

etapas previstas no processo de formação continuada do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE). As atividades do GTR são realizadas via

Internet, na plataforma Moodle, e contam como ferramentas de apoio o fórum de

discussão e o diário.

O objetivo foi a partilha de novas experiências no âmbito escolar, com

sugestões significativas quanto ao uso do laboratório de informática - Internet. Este

projeto de intervenção pedagógica teve grande repercussão junto ao Grupo de

Trabalho em Rede. Os fóruns de discussões e envio de mensagens diárias

possibilitaram a troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes,

contribuindo para o aprimoramento do projeto e sua disseminação como uma

proposta de intervenção pedagógica.

O GTR iniciou com o fórum de discussão sobre o projeto de intervenção. O

primeiro tema abordado foi “Laboratório de Informática – Internet: uma motivação

para pesquisa escolar”. Dentre as sugestões dos participantes, destacou-se a

importância de o aluno frequentar o laboratório em seu horário normal de aula, a fim

de que o professor possa orientá-lo de maneira mais específica, voltada para o tema

indicado. Também comentou-se sobre o número ideal de computadores ofertado

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pela escola, e em pleno funcionamento, a fim de possibilitar aos alunos utilizarem

esta ferramenta de maneira apropriada.

Foi de grande importância a abordagem dos temas previstos no Caderno

Temático: “Educação de qualidade: para a escola cumprir sua função social”;

“Ensino e aprendizagem: o problema da falta de motivação”; “A intencionalidade

pedagógica na ação docente”; “Pesquisa escolar”, todos discutidos no diário. A troca

de experiências, quanto ao uso do laboratório de informática e das discussões dos

temas trabalhados via Internet, foi relevante para a implementação da aplicação do

projeto, no aspecto teórico e prático, pela tutora e demais participantes.

Observando todos estes relatos, foi notória que, na visão dos participantes, a

pesquisa escolar através da internet é uma importante ferramenta na construção do

conhecimento, mas para que este processo seja efetivamente válido o professor e o

pedagogo, como mediadores, devem se preparar no sentido de saber conduzir estas

aulas e motivar os alunos com relação ao processo de aprendizagem.

Abordando o tema “Internet como motivador para a pesquisa escolar”,

diversos relatos foram publicados no espaço “Diário”, através da descrição das

experiências de cada participante. Foram relatadas algumas dificuldades

encontradas, tais como: a falta de computadores e demais recursos (impressoras,

tintas, softwares), ou seja, a infraestrutura necessária para realizar um bom trabalho.

Também foram citadas algumas estratégias que contribuem para um bom

aproveitamento do laboratório, por meio do envolvimento dos colaboradores, além

da troca de experiências com os demais professores da escola. Também foi

comentado que, ainda, é comum os alunos apresentarem cópias da internet como

resultado de pesquisa, porém já existem muitos realizando excelentes pesquisas

com o apoio da internet.

Outra prática mencionada foi o uso da internet na disciplina de Língua

Estrangeira para comunicação de discentes das escolas de outros países.

Analisando tais experiências, nota-se que é bastante difundida a utilização

dos laboratórios de informática nas escolas e que, apesar de algumas dificuldades,

os resultados têm contribuído para o desenvolvimento do alunado.

Em um segundo fórum, foi discutido o tema “Conceito de Pesquisa Escolar”,

no qual os participantes foram motivados pela tutora a responderem “O que se faz

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necessário no processo de produção de conhecimento na utilização dos recursos

tecnológicos – Internet?”. Este fórum também teve uma importante contribuição na

construção do conhecimento sobre o tema, através da participação dos integrantes.

Os participantes do GTR em questão demonstraram interesse na discussão

e aplicação das atividades em suas próprias escolas, uma vez que consideraram

relevantes para a motivação da pesquisa escolar. As sugestões apresentadas foram

importantes para encaminhamento da intervenção do projeto na escola.

Infelizmente, constatou-se um número significativo de desistentes, fato

recorrente também em outros GTRs, devido ao período de realização do mesmo,

pouco tempo para as postagens das atividades, a coincidência dos prazos com o

fechamento de notas, entre outros.

Diante da aplicação do projeto de intervenção, o recurso didático Caderno

Temático se tornou uma “Produção Didática” de relevância para a melhoria e

ampliação do projeto, recurso importante para o trabalho docente e discente. Este

documento consolida o movimento de busca do conhecimento do contexto escolar,

com a incorporação dos estudos realizados no PDE, proporcionado pela SEED

(Secretaria de Estado da Educação) e IES (Instituto de Ensino Superior). Intenta

oferecer suporte para a produção e elaboração do material didático que visa

contribuir para a qualidade de ensino, busca a valorização da escola pública e, em

especial, o incentivo à pesquisa, sendo os professores preciosos protagonistas com

suas experiências e sugestões.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos estudos e reflexões realizados durante o desenvolvimento do

PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) e a implementação do projeto de

intervenção na escola, foi notável o processo de ensino, que vem integrando

tecnologias a propostas pedagógicas inovadoras, acreditando nas possibilidades de

garantir a todos condições de aprendizagem. As possibilidades educacionais são

preciosas para esta interação entre o saber e as pessoas envolvidas.

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A aprendizagem para os participantes do “Projeto de Intervenção na Escola”

foi um processo instigante e prazeroso, permeado de significado, porque veio ao

encontro dos desejos dos alunos, isto é, de suas necessidades na busca pelo saber.

Constituiu-se em um fator de motivação a utilização do laboratório de informática, o

uso da Internet para pesquisa escolar, podendo-se concluir que ensinar pela

pesquisa torna a aprendizagem mais efetiva.

Os alunos demonstraram interesse em trabalhar com a pesquisa,

enfatizando o estudo como valor primordial para aquisição de conhecimentos e a

utilização dos recursos tecnológicos oferecidos pela SEED – Secretaria de Estado

da Educação do Paraná. Nos aspectos teóricos e práticos promoveram resultados

positivos. Desta forma, a pesquisa escolar foi fonte de conhecimento, proporcionou a

aquisição e ampliação de informações sobre os assuntos já elencados neste artigo.

Esta proposta de pesquisa possibilitou o aprofundamento teórico por meio

da leitura e análise dos dados que foram coletados, enfocando os conceitos de

compreensão dos fenômenos físicos e sociais do colégio onde se deu a intervenção,

o que enriqueceu o ponto de vista intelectual, cultural e social dos alunos.

O estudo do passado da escola elevou o respeito e motivou os sujeitos na

busca de conhecimento histórico, dando oportunidade de se sentirem valorizados no

ambiente em que estão inseridos, compreendendo melhor a importância do colégio

no contexto educacional e social.

Desta forma, por intermédio desta intervenção, fizemos do ambiente escolar

um espaço que favoreceu a aprendizagem significativa, na elaboração e

apresentação do material produzido por eles.

Portanto, cabe à escola incentivar a pesquisa com compromisso e

responsabilidade, para o aperfeiçoamento intelectual dos estudantes. Para tanto, é

necessário que a pesquisa escolar conste no PPP - Projeto Político Pedagógico da

escola e no PTD - Plano de Trabalho Docente como recurso pedagógico. Levando

em consideração a função social da escola de oferecer situações que favoreçam o

aprendizado, proporcionando um ambiente em que haja sede de aprender e também

significado.

Sendo assim, a escola precisa organizar momentos de estudo para que

numa postura interativa os professores discutem, estudem e planejem seu trabalho

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visando desenvolver com eficiência o ensino, a aprendizagem através da pesquisa,

formando na teoria e na prática leitores e escritores capazes de construir

conhecimentos com competência e utilizando todos os recursos disponíveis.

Nesta perspectiva, cabe ao pedagogo promover e participar da articulação

de todos os segmentos do ambiente escolar. A atuação do pedagogo só fará sentido

no trabalho coletivo, em que articula teorias e saberes no momento da ação, tal

como afirmamos no início deste escrito.

Em consonância com estas afirmações, a função primordial do trabalho

educativo é garantir a possibilidade ao homem de tornar-se livre, consciente e

responsável por sua humanização. A escola deve proporcionar a investigação, a

reflexão, a busca de explicações para a realidade, pois é mediante a reflexão que

surgem as respostas aos problemas.

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