la giuditta - ccb - fundação centro cultural de belém · la spinalba e il trionfo d'amore,...

24
La Giuditta Os Músicos do Tejo

Upload: hatuong

Post on 01-Dec-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

La Giuditta Os Músicos do Tejo

23 setembro 2016Grande Auditório / 20h / M/6 Coprodução CCB / Músicos do Tejo . Duração aproximada 1h30

Os Músicos do TejoDireção: Marcos Magalhães e Marta Araújo

La Giudittade Francisco António de Almeida (1702-1755?) / Libreto de autor anónimoOratória estreada em Roma em 1726 / Dedicada a André de Melo e Castro, embaixador

DirecçãO MusicaL e cravO Marcos MagalhãesGiuDiTTa Sandra Medeiros (soprano) / achiOrre Ana Quintans (soprano)Ozia Carlos Mena (contratenor) / OLOferne Alberto Sousa (tenor)

viOLinOs 1: Tera Shimizu (concertino), Denys Stetsenko, Raphaelle Pacault e Raquel CravinoviOLinOs 2: Álvaro Pinto, Maria Bonina, Naomi Burrel e João Mendes / viOLas: Pedro Braga Falcão e Lúcio Studer / viOLOnceLOs: Ana Raquel Pinheiro (recitativos) e Luís André Ferreira cOnTrabaixO: Pedro Wallenstein e Jean-Michel Forest (recitativos) / faGOTe: Nicolas André ObOés: Pedro Castro e Luís Marques / fLauTas De biseL: António Carrilho e Pedro Castro / TrOMpas: Paulo Guerreiro e Luís Vieira / cravO: Marta Araújo

Os Músicos do TejoDireção: Marcos Magalhães e Marta Araújo

La Giudittade Francisco António de Almeida (1702-1755?) / Libreto de autor anónimoOratória estreada em Roma em 1726 / Dedicada a André de Melo e Castro, embaixador

DirecçãO MusicaL e cravO Marcos MagalhãesGiuDiTTa Sandra Medeiros (soprano) / achiOrre Ana Quintans (soprano)Ozia Carlos Mena (contratenor) / OLOferne Alberto Sousa (tenor)

viOLinOs 1: Tera Shimizu (concertino), Denys Stetsenko, Raphaelle Pacault e Raquel CravinoviOLinOs 2: Álvaro Pinto, Maria Bonina, Naomi Burrel e João Mendes / viOLas: Pedro Braga Falcão e Lúcio Studer / viOLOnceLOs: Ana Raquel Pinheiro (recitativos) e Luís André Ferreira cOnTrabaixO: Pedro Wallenstein e Jean-Michel Forest (recitativos) / faGOTe: Nicolas André ObOés: Pedro Castro e Luís Marques / fLauTas De biseL: António Carrilho e Pedro Castro / TrOMpas: Paulo Guerreiro e Luís Vieira / cravO: Marta Araújo

Depois de um trabalho intenso (com apoio do CCB) em torno da obra de Francisco António de Almeida que culminou com a publicação em CD na editora Naxos de La Spinalba e Il Trionfo d'Amore, Os Músicos do Tejo debruçam-se agora sobre a oratória La Giuditta. Nesta obra, composta ainda em Roma, vemos Almeida responder a um libreto que conta uma das histórias bíblicas mais sanguinárias e terríveis, com alguma da sua música mais poderosa e dramática. A piedade cristã é aqui substituída pela violência: o cruel Oloferne é decapitado pela frágil Giuditta naquilo que pode ser visto como um raro desafio à ordem patriarcal e que ficou imortalizado nas célebres pinturas de Gentileschi ou Caravaggio.

P r o g r a m afrancisco antónio de almeidaLa Giuditta (Oratória)

Abertura 1. Sventurata Giuditta! ... Quella fiamma – recitativo e ária

(Giuditta)

2. Qual mai gente superba – recit. (achiorre e Oloferne)

Invitti miei guerrieri – ária (Oloferne)

3. Ove gli occhi raggiro ... Tortorella – recit. e ária (Ozia)

4. Illustre prence – recit. (Giuditta e Ozia)

Saggio nocchiero – ária (Giuditta)

5. Ma quale ignoto duce – recit. (Ozia e achiorre)

La dolce speranza – ária (achiorre)

6. Ed orgogliosa ... Dal mio brando fulminante – recit. e ária

(Oloferne)

7. Prence, già d’ogni intorno ... Pallida e scolorita – recit. e

ária (achiorre)

8. A tanto rio dolore ... Giusto Dio – recit. e ária (Ozia)

9. Dunque, con alma – recit. (Ozia e Giuditta)

Sento que dice al cor – ária (Giuditta)

10. Ma qual vano consiglio ... Vanne, addio – recit. e dueto

(Ozia e Giuditta)

I N T e R V A L O

11. Alto Signore ... Dalla destra onnipotente – recit. e ária

(Giuditta)

12. Oh, come lieta – recit. (achiorre e Ozia)

Un’ alma forte – ária (Ozia)

13. Quest’ è il giorno fatale ... Date, o trombe – recit. e ária

(Oloferne)

14. Ma quale io veggio – recit. (Oloferne e Giuditta)

Lo splendor – ária (Giuditta)

15. Illustre pellegrina – recit. (Oloferne e Giuditta)

Cara, non paventar – ária (Oloferne)

16. Ormai Signor – recit. (achiorre e Ozia)

Non basta la speranza – ária (achiorre)

17. Giace dal sonno avvinto – recit. (Giuditta e Ozia)

Mi sento nel petto – ária (Ozia)

18. Tutta lieta e festosa – recit. (achiorre e Ozia)

Godete, sì godete – ária (Giuditta)

19. Questa, voi la mirate – recit. (Giuditta, achiorre e Ozia)

Vengo a te – ária (achiorre)

20. Ma come tant’ ardire ... Quel diletto – recit. e dueto

(Ozia e Giuditta)

A figura e a obra de Francisco António de Almeida — como de resto toda a História da Música portuguesa da primeira metade do século XVIII — são impossíveis de compreender fora do contexto mais geral da acção reformadora de D. João V em todos os domínios da Cultura e das Artes em Portugal. Concluída a paz definitiva com a espanha e encerrando-se assim finalmente o ciclo das guerras da Restauração, iniciada, por outro lado, a exploração sistemática das minas de ouro do Brasil e abrindo-se deste modo uma época de prosperidade financeira desconhecida no Reino desde os tempos áureos do tráfico de especiarias, o jovem monarca via agora criadas as condições para um novo ciclo de reabertura à europa e de desenvolvimento e modernização intensos do País.

esta visão europeísta do soberano chegou a tal ponto que D. João V concebeu mesmo a possibilidade de viajar ele próprio pelas principais cortes europeias, a exemplo do que fizera o Czar Pedro o Grande, para escolher in loco os modelos de desenvolvimento que lhe parecessem mais adequados para Portugal, e só as objecções dos seus conselheiros, que lhe fizeram ver os custos astronómicos de semelhante operação e as enormes desvantagens para o Reino de uma ausência necessariamente prolongada do monarca, conseguiram demovê-lo desse projecto. Nem por isso, no entanto, deixou de o animar a vontade decidida de introduzir em todos os domínios da vida nacional os modelos económicos, políticos, culturais e artísticos europeus que pessoalmente considerava mais avançados e de ao mesmo tempo procurar marcar no contexto europeu uma presença portuguesa de grande visibilidade.

A localização geográfica dos modelos escolhidos foi diversa. Se por um lado a referência matricial para o tipo de regime centrado no poder absoluto do monarca que D. João V tinha em mente não podia deixar de ser, em primeiro lugar, a França, tal como a moldara a acção de Luís XIV, por outro lado a necessidade de gerir uma realidade específica portuguesa caracterizada pelo peso determinante dos grandes corpos eclesiásticos intermédios levou-o a adoptar uma solução de estreita identificação entre o estado e a Igreja, próxima do modelo austríaco que ficaria conhecido por josefismo. e esta mesma fusão entre Poder civil e religioso — bem simbolizada pelo estabelecimento do Patriarcado de Lisboa como cabeça da Igreja portuguesa, cujo titular era contudo, simultaneamente, o Capelão-Mór do Rei e portanto um alto dignitário da Casa Real — fez com que no plano da representação simbólica do novo Poder Régio o padrão europeu escolhido não fosse o modelo profano de qualquer das grandes cortes seculares do continente mas o aparato cerimonial da própria Cúria Papal. Mais do que nos grandes espectáculos de Ópera e de Bailado ou nos grandes bailes e recepções de Corte, como os seus congéneres francês ou austríaco, o Absolutismo joanino adoptaria como imagem o esplendor litúrgico monumental da corte pontifícia. Diga-se, de passagem que esta opção, só compreensível face à inexistência em Portugal de uma sociedade civil suficientemente dinâmica em termos económicos para poder impor um outro projecto estético, mais próximo dos modelos iluministas seculares, seria vista com alguma estranheza por parte dessa europa que o monarca português tanto queria impressionar. Ficaria célebre, a este respeito, o comentário irónico de Frederico II da Prússia

n o t a s a o P r o g r a m aP O R R u I V I e I R A N e R y[ T e X T O R e P R O D u z I D O S O B L I C e N ç A D O A u T O R , e D A C A S A D A M ú S I C A ]

F R A N C I S C O A N T Ó N I O D e A L M e I D Aa figura e a obra

sobre a figura emblemática de Rei-Sacerdote que D. João V adoptaria de forma crescente ao longo da sua vida: "os seus prazeres eram as funções sacerdotais, as suas construções eram conventos, os seus exércitos eram frades e até as suas amantes eram freiras"...

No que respeita à Música, este conjunto de opções do soberano teve consequências muito directas. Seria natural, por exemplo, noutras circunstâncias, que a corte portuguesa, ao abrir-se às modas artísticas europeias, se deixasse contagiar pela paixão pela Ópera italiana, que dominava já a vida musical na maioria dos grandes centros urbanos do continente. D. João V, no entanto, nunca se sentiu atraído pelo género melodramático, e não só durante todo o seu reinado não se ergueu um único grande Teatro de Ópera de corte como durante os últimos oito anos da sua vida, quando a doença o fez mergulhar num fanatismo religioso extremo, mandou mesmo proibir em todo o Reino quaisquer espectáculos públicos profanos, com ou sem música. As grandes cerimónias musicais promovidas pela Corte, com excepção de ocasionais serenatas no Paço para celebração de efemérides da Família Real, eram as celebrações litúrgicas da Patriarcal, que duravam longas horas e onde se ouvia alguma da melhor Música sacra europeia. O peso da Ópera, por outro lado, fizera com que fora da Península a maioria das escolas para formação de músicos profissionais tivessem um carácter secular e preparassem os seus alunos para escreverem e interpretarem um repertório musical de natureza predominantemente operática. em Lisboa, sucedendo à velha escola polifónica dos moços do coro da Sé, cabia agora à própria Patriarcal instituir a principal escola de música portuguesa, sob a forma de um Seminário cuja actividade incidia, como é natural numa instituição religiosa, no repertório sacro. Por último, enquanto nas grandes capitais do continente a vida musical era dominada pelo culto dos grandes cantores e instrumentistas de dotes virtuosísticos mais impressionantes, os quais se apresentavam sobretudo nos teatros de Ópera ou em séries de concertos públicos, em Portugal D. João V tomou também ele a iniciativa de mandar vir para a sua Corte os virtuosos internacionais de maior prestígio, começando logo pelo próprio Mestre da Capela Papal, Domenico Scarlatti, e por um exército de grandes cantores e executantes instrumentais pagos a peso de ouro, mas para integrarem, neste caso, o elenco da Capela Real, exclusivamente dedicada à celebração da liturgia.

Apesar destas importações sistemáticas de grandes estrelas do firmamento musical europeu, o Rei tinha bem a noção de que não era possível sustentar uma actividade musical contínua à escala nacional sem um forte investimento na formação de músicos locais, o que explica não só o estabelecimento do já mencionado Seminário da Patriarcal mas também um conjunto de outras acções de formação no âmbito do cantochão, destinadas ao clero de todo o País. À medida que deste investimento educativo emergiam alguns talentos musicais mais destacados houve a preocupação de os enviar como bolseiros régios para Itália, de forma a permitir-lhes beneficiar de um ensino especializado, bem como da própria aprendizagem prática decorrente do contacto com um meio musical muito mais intenso. É neste contexto que nos surge Francisco António de Almeida, sem qualquer dúvida o nosso maior compositor da primeira metade do século XVIII, mas curiosamente uma figura sobre quem, tendo em conta a sua dimensão artística de primeiro plano, muito pouco se sabe, começando, desde logo, pelas suas datas de nascimento e morte. Sabemos apenas que foi — como António Teixeira e João Rodrigues esteves — um dos jovens músicos que a partir de 1716 foram escolhidos para irem aprofundar a sua formação de compositores em Itália, e mais concretamente em Roma, modelo absoluto da Arte sacra em todos os seus domínios, que a Corte joanina fazia questão de imitar fielmente.

É possível que já em 1720 Francisco António estivesse em Roma, isto é, num dos círculos musicais mais brilhantes e intensos de toda a europa, para onde convergiam os mais célebres compositores e intérpretes das diversas regiões de Itália, e onde a par com o papel mecenático directo da Cúria papal, propriamente dita, eram inúmeros os grandes dignitários eclesiásticos e nobiliárquicos que protegiam e promoviam a actividade musical. Neste meio necessariamente muito competitivo, o jovem português parece ter rapidamente ascendido a uma posição de suficiente destaque para em 1722, no segundo domingo da Quaresma, ter sido executada na Igreja de San Girolamo della Caritá uma oratória de sua autoria, intitulada Il Pentimento di Davidde, sobre um libreto de um conhecido poeta árcade romano, Andrea Trabucco. em 9 de Julho de 1724, por sua vez, nova consagração: o desenhador Pier Leone Ghezzi, conhecido por retratar as figuras

mais destacadas do meio artístico e social de Roma, dedicava-lhe uma das suas caricaturas, apondo-lhe a seguinte legenda elogiosa: "O Senhor Francisco, português, que veio para Roma estudar, que presentemente é um excelente compositor de concertos e de Música de Igreja, o que, por ser jovem, é ainda mais de espantar, e que canta com um gosto inigualável".Muito provavelmente Almeida terá ainda composto outras peças de menor dimensão durante a sua estada em Roma, mas em 1726 vemo-lo assinar outra obra de grande envergadura, a oratória La Giuditta, representada no Oratório dos Padres da Chiesa Nuova e dedicada ao embaixador de Portugal naquela cidade, André de Melo e Castro, Conde das Galveias (não sendo, de resto impossível, que a embaixada portuguesa possa ter estado de algum modo envolvida na promoção deste evento e do anterior). Não temos qualquer indicação do sucesso alcançado pela obra, de que tanto o libreto como a partitura sobrevivem hoje em arquivos alemães, o primeiro na Bayrische Staatsbibliothek de Munique, o segundo na Preußische Staatsbibliothek de Berlim. O modelo seguido é o da típica oratória romana, que no período penitencial da Quaresma substituía por completo as representações de Ópera — levando, por sinal, às igrejas onde se representava aproximadamente o mesmo público daquelas — e que se dispunha convenientemente em duas partes de dimensões semelhantes, de forma a permitir inserir entre elas um sermão alusivo ao tempo litúrgico em curso.

A oratória deste período caracterizava-se por um estilo musical inteiramente operático e seguia, por conseguinte as convenções musicais e dramáticas da Ópera metastasiana, apenas com a diferença da escolha de uma temática bíblica, da ausência de cenários e figurinos e de um número mais reduzido de personagens. No caso de La Giuditta encontramos assim apenas quatro intervenientes — Giuditta (Soprano), Ozia (Contralto), Achiorre (Soprano) e Oloferne (Tenor) — que nos narram o episódio do Antigo Testamento em que Judite, seduzindo e assassinando o general do exército de Nabucodonosor, Holofernes, exorta e conduz os seus compatriotas hebreus à vitória contra o invasor. Como é também típico do género, a interacção dramática entre estes personagens resume-se a alguns dos recitativos, sendo a oposição estética e funcional entre recitativo e ária muito marcada: cabe ao primeiro ir-nos

narrando o evoluir da acção e à segunda transmitir-se o efeito dessa acção no universo de sentimentos e emoções de cada personagem.

Após uma abertura brilhante para a totalidade do efectivo orquestral (2 flautas, 2 oboés, 2 trombe da caccia, violinos I e II, violas e baixo contínuo), cada uma das partes da obra compõe-se de dez números, correspondendo cada número à sequência de recitativo-ária, excepto nos dois números finais, onde em ambos os casos a ária é substituída por um dueto. Com excepção do recitativo de Giuditta "Giacce dal sonno avvinto", na Parte II, que é acompanhado pela orquestra, numa escrita que procura sugerir o sono de Holofernes, todos os recitativos são "secos", ou seja, acompanhados apenas pelo baixo contínuo, o que acentua o seu contraste com colorido tímbrico mais rico das árias que se lhes seguem. Quanto às árias, seguem todas elas a fórmula da capo, isto é uma forma A-B-A em que uma primeira secção, introduzida em geral pelos instrumentos, que sugerem o material temático que a voz em seguida retoma, conduz depois a uma secção central mais ou menos contrastante, para depois se repetir a secção A, a qual deve ser agora profusamente ornamentada, com total liberdade improvisatória, pelo cantor.

Na Ópera como na Oratória, esta aparente monotonia de soluções formais era quebrada pelo contraste intenso entre tipos de árias diferenciados, cada um deles considerado adequado a um determinado estado de alma e como tal vem bem tipificado na Teoria Musical da época. Só a título de exemplo, podemos ver na ária de Oloferne "Dal mio brando fulminante", descrevendo a ira do agressor, a típica ária di coloratura, marcada por uma exibição de passagens vocais virtuosísticas, com escalas e saltos de grande dificuldade a transmitirem a ideia de uma agitação de sentimentos furiosos; na ária de Ozia "Giusto Dio", em que o sacerdote roga ao Deus dos hebreus que não deixe os infiéis duvidarem do Seu poder, encontramos a preghiera barocca, calma e serena, com um andamento mais lento, valorizando a técnica de legato do cantor; na ária de Giuditta "Sento che dice al cor", por sua vez, temos um caso em que o estilo geral da ária cantabile, também ele calmo e baseado no desenho expressivo da curvatura melódica, é ocasionalmente alterado por uma escrita mais

agitada, cada vez que se evoca a palavra "libertá". Quanto aos dois duetos, o primeiro mais lento e dramático, correspondendo à despedida de Ozia e Giuditta, o segundo rápido e jovial, celebrando a vitória contra o invasor, ambos se baseiam na simultaneidade de sentimentos entre os dois intervenientes, que ora alternam em perguntas e respostas musicais ora se sobrepõem em passagens à distância de terceira ou sexta. Mais importante do que a discussão de quaisquer modelos formais, o que é importante é constatarmos, através da maneira como Francisco António de Almeida os utiliza, a extrema maturidade artística que se evidencia já nesta sua obra de juventude, onde a segurança da escrita e o domínio hábil das convenções de estilo convivem com uma força lírica e uma inspiração melódica e dramática notáveis.

Regressando a Portugal pouco tempo depois da representação desta sua obra, visto que o encontramos já em Lisboa em 1728,

como organista da Patriarcal, Almeida veio ocupar uma posição de algum destaque na vida musical da Corte portuguesa, vendo três das suas óperas representadas no Paço da Ribeira — La pazienza di Socrate (1733), La finta pazza (1735) e La Spinalba ovvero il vechio matto (1739) — e compondo com alguma regularidade não só serenatas destinadas aos dias festivos da Família Real como Música sacra para a Capela Real. Não parece contudo ter chegado a ascender à dignidade de Mestre de Capela, mesmo depois da partida do titular do cargo, Domenico Scarlatti, para Madrid, nesse mesmo ano de 1728. Sabemo-lo ainda em vida em 1752, ano em que a sua serenata L’Ippolito foi representada no Paço da Ribeira e em que chegou a Portugal o novo Mestre da Capela Real, o napolitano David Perez. A partir daí perdemos-lhe o rasto, e o Terramoto de 1755 encarregou-se de destruir grande parte da documentação relativa a esses seus últimos anos de vida (e certamente muita da sua Música).

A oratória deste período caracterizava-se por um estilo musical inteiramente operático e seguia, por conseguinte as convenções musicais e dramáticas da Ópera metastasiana, apenas com a diferença da escolha de uma temática bíblica, da ausência de cenários e figurinos e de um número mais reduzido de personagens. No caso de La Giuditta encontramos assim apenas quatro intervenientes — Giuditta (Soprano), Ozia (Contralto), Achiorre (Soprano) e Oloferne (Tenor) — que nos narram o episódio do Antigo Testamento em que Judite, seduzindo e assassinando o general do exército de Nabucodonosor, Holofernes, exorta e conduz os seus compatriotas hebreus à vitória contra o invasor.

La Giuditta

P r i m a P a r t e

giudittaSventurata Giuditta!Se nell’ estinto SposoPerdesti il tuo riposo,Or per maggior tua penaDa nemico furor mirar dovraiLa Patria oppressa, e i cari figli suoiO’ sospirar sotto servil catena,O’ la vita spirar tra duolo, e pianto.Quant ‘infelice sei, misera, oh quanto!Ma dove son? Che parlo?Giuditta non son io, quella, che ascosePortò sempre nel CoreDi puríssimo amoreFiamme Divine, e che lassù nel Cielo,L’alte speranze sue, tutte ripose?Dunque che temi? Ei da si crudo, e rioDestin ci toglierà: Non spera in vanoChi ben confida in Dio.

Quella fiamma, che il seno m’accende, II mio Cor più magnanimo rende Contro l’ira di sorte crudel:Nulla teme quell’alma, che in Dio Fisso tiene l’ardente desiò, E ogn’or l’ama costante e fedel.Quella fiamma, etc.

oloferneQual mai Gente superbaLa sù le cime di quell’erto MonteBaldanzosa la fronte Innalza, e tanto serba nel Core orgoglio, Che d’opporsi aspiraDell’Assiro regnante al brando, e all’ira?

achiorreCapitano degl’ Ammoniti Germi son di Caldea, genti soggette Del Gran Dio d’Israele ai forte Impero.

oloferneQual nume è questo ai lidi miei straniero?

achiorrePorta ognor questo nume alto, e possenteIntorno al Trono i più bei rai del Sole,E con l’eterna menteQuello, che pensa, e vuole,Tutt’egli può, che al suo suprem volereVanta nell’opre sue ugual potere.

oloferneMa questo nume, e come Come salvar potrà le genti amiche Da tant’armi nemiche Coronate di Palme, e di Trofei?

achiorreMille, e mille potreiNarrar del suo potere alti portenti:Che se colpa, o delittoNon Io rende sdegnato,II suo Popolo amatoNon teme al balenar d’aste guerriere:Pugnano in Ciel al suo favor le sfere.

P r i m e i r a P a r t e

JuditeDesventurada Judite!Se com a morte de teu esposoPerdeste a tua tranquilidadeAgora, para aumentar a tua dorTens de testemunhar o furor do inimigo,A pátria oprimida e seus filhos amados Gemer sob servil cativeiroOu morrer em dor e pranto.Quão infeliz és, pobre, oh quanto!Mas onde estou? Que digo?Não sou eu Judite, aquela que sempreTrouxe consigo no coraçãoAs chamas divinas do puríssirno amore que confiou aos céusTodas as suas esperanças?então, que temes? e deste cruel e funestoDestino ele nos livrará: não espera em vãoQuem confia em Deus.

esta chama que me incendeia o seioe torna o meu coração mais magnânimoContra a ira de uma sorte cruel:Nada teme a alma que a Deus Confia o seu ardente desejo e sempre O ama, constante e fiel. esta chama... etc.

HolofernesMas quem é esta gente altivaLá, sobre o cimo daquele monte escarpadoQue temerosamente levanta a frontee que, de coração orgulhoso,Aspira a opor-se à espada e à ira do Rei Assírio?

aquiorComandante dos AmonitasSão da Caldeia, súbditosDo poderoso Império do Grande Deus de Israel.

HolofernesQue Deus é este, desconhecido na minha terra?

aquioreste grande Deus, cheio de nobrezaRodeia o Seu trono dos mais belos raios de Sole com o seu espírito eternoAquilo que pensa e querTudo isso ele pode: e a sua suprema vontadeexerce-se nas suas obras com um poder igual.

HolofernesMas como pode este Deus Salvar o seu povo De tantos exércitos inimigos Coroados de palmas e de troféus?

aquioreu poderia citar os milhares e milharesDas grandes provas do seu poder:Pois se o pecado ou o delitoNão despoletarem a sua iraO seu Povo amadoNão teme os clarões das lanças guerreiras:As esferas celestiais combatem a seu favor.

oloferneNon vi è nume al forte in Cielo, o in terra Che resister mai possa al mio valore.

Ma se del mio Gran Rè vanti maggiore II nume d’Israelle,Vanne collà tia quella gente imbelle, Vanne a perir dall’armi mie traffito;

E all’or, che il suol tu premerai morendo,Dal sangue tuo sol questa fede attendo, Che il Regnante d’Assiria è il Nume invitto.

Invitti miei Guerrieri, Voglio vendetta, e voglio Depresso il fiero orgoglio Dal vostro bel valor!Cada il nemico esangue, E immerso nel suo Sangue Dell’error suo la pena Senta dal mio rigor.

Lnvitti miei Guerrieri, ecc.

oziaOve gl’occhi raggiro,D’Alto spavento, e duoloQual oggetto crudele, o Dio, Rimiro!

Odo delle mie gentiI larghi pianti, e flebili lamenti:Veggio l’altiero, e forteNemico minacciare, e Strange, e Morte.

Tortorella, se rimira II suo Ben tra ferri stretto,Piange ognor, ognor sospiraE al suo duol pace non ha.Tale in mezzo al gran periglio

HolofernesNão há deus no Céu e na Terra Que seja tão poderoso que possa resistir à minha valentia.

Mas se dizes que é maior que o meu Grande Rei esse deus de IsraelJunta-te então a esse povo pacífico Vai perecer com ele, trespassado pelas minhas armas;

e quando estiveres a morrer, estendido no solo, Do teu sangue esperarei apenas este credo: Que o Rei da Assíria é o Deus invencível.

Meus guerreiros invencíveis, Quero vingança, e quero Quebrar o orgulho temerário Através da vossa bela valentia!Que caia o inimigo exangue e imerso no seu sangue sinta o castigo dos seus erros Sob o meu jugo.

Meus guerreiros invencíveis, etc.

osiasOnde quer que seja que os meus olhos fitem eu contemplo, ó Deus, a visão cruel Do horror e da dor!

Oiço os grandes prantos e os pungenteslamentos do meu povo.Altivo e forte, vejoO inimigo ameaçar-nos de massacre e morte!

Vendo os seus entes queridosPresos a ferros A pomba chora continuamente, e suspirae não encontra alívio para a sua dor.Assim no meio do grande perigo

este meu destroçado coração Não mais consegue resistir A esta cruel e funesta dor.

JuditeIlustre Príncipe, que dor funesta é esta, que temor te assaltaQue o teu coração priva de toda a esperança?

osiasSobre o perigo que se avizinha, amargopranto só posso derramar; mas diz-me, com todo este perigoO que torna o teu coração tão alegree tão sereno?Diz-me, quem te protege?

JuditeA minha alegria vem do Céu,um coração fiel a Deus jamais temerá.

Se o timoneiro avisado vê uma estrela a brilharNo meio da tempestade Não mais teme a ira do Mar.Porque o meu Coração que em Deus espera Despreza a ímpia temeridade do arrogante inimigo.Se o timoneiro avisado..., etc.

osiasMas quem é este oficial desconhecido Que de nós se aproxima tristemente?

aquiorAqui me conduzA vontade injusta do inimigo cruelQue deseja que eu morra entre as vossas Hostes.

Questo misero mio Core, Al suo rio crudel dolore Piú resistere non sà.

giudittaIlustre Prence, e qualeDoglia sì ria, sì timor t’assaleChe d’ogni speme il cor privo ti rende?

oziaSul vicino periglio amaro piantoSparger convien;ma dimmi in questo, ahi, questoAcerbo caso, il senoChi mai ti fà si lieto, e si sereno?Dimmi, chi ti difende?

giudittaIl mio gioir scende dal Cielo, un Core a Dio fedel non ha giammai timore!

Saggio Nocchiero in ria procella se splender mira amica Stella, Più non paventa l’ira del Mar.Così il Cor mio che nel suo Dio ha Ia speranza L’Empia Baldanza del fier Nemico sà disprezzar.Saggio Nocchiero, ecc.

oziaMa quale ignoto Duce A noi mesto sen vien?

achiorreQuà mi ConduceDel nemico Crudel l’ingiusta vogliaChe tra le schiere tue morto mi vuole.

oziaE qual cagion lo muove?

achiorrePerche l’eccelse prove Gli narrai di quel Dio Difensor di tue genti.

oziaE che presume?

achiorreVanta il suo Rè maggior del tuo gran Nume.

oziaQuanto s’inganna, quantoNelle speranze sue quel cor superbo!Vedrai, non paventar, opressa, e vintaLa sua baldanza, e la Città, che cinta Intorno miri dagli ostil furori, Adorna la vedrai di vaghi allori. Confida in quel Gran Dio, cui desti Iode Ch’ei sente i prieghi, e in sua pietà poi gode.

achiorreLa dolce Speranza Con raggio sereno Nel mesto mio seno Comincia a regnar.Al cor piú non sento L’acerbo tormento, E lieta già l’alma Tranquilla la calma Ritorna a sperar.

oloferneEd orgogliosa ancor l’empia Betulia Niega di tributarmi i giust’omaggio, E con folle coraggioOsa di contrastare al gran valore Dell’invitte mie schiere?Ma se dall’alte sfere

osiasMas por que razão?

aquiorPorque lhe contei os feitos excelsos do Deus defensor do teu povo.

osiase que disse ele?

aquiorAfirmou que o seu Rei é maior que o teu grande Deus.

osiasQuanto se engana, nas suas expectativas, O seu coração cheio de soberba! Vais ver, e não temas, oprimida e vencidaA sua arrogância, e a Cidade Que ele agora cerca com furor hostil Será adornada com belos louros. Confia em que Deus, a quem louvaste, Ouvirá as preces e regozijará na Sua misericórdia.

aquiorA doce esperança Com o seu raio sereno Começa a reinar No meu triste peito.Não mais sinto no coração O amargo tormento, e já a alma alegre, Tranquila e calma Se enche de esperança.

Holofernese ainda orgulhosa, a ímpia Betúlia Se nega a prestar-me justo tributo,e com tola coragem Ousa enfrentar o grande poderDas minhas invencíveis legiões?

Quelle superbe gentiDal Dio degl’EIementiSperan soccorso, e aita,Quando a spirar la vitaSaran costrette dal mio brando forte,Vedran s’ei le torra da braccio a morte.

Dal mio brando fulminante La superba oppressa, e doma Al mio piè cader vedrò.

Piangerà le sue rovine E’l mio sdegno, e i torti miei Nel suo Sangue, e nel suo pianto Con rigor vendicherò.

Dal mio brando fulminante, ecc.

achiorrePrence, già d’ogni intorno, odo, e rimiroUn’alto duolo, e un flebil mormorioDi lingue sitibonde,Cui tolte son nel Cristallino RioLe dolci, elimpid’ Onde:Gravi querele contro il tuo consiglioSpargono il Padre, e il figiio;E le pudiche verginelle EbreeSparso il Crin, mesto il volto, e le PupilleMolli d’amare StilleMuovon timido il passo.E pria, che sì crudele ingiusta sorteBraman soffrire, o servitude, o Morte.

Pallida, e scolorita La mesta Donzelletta Sospira il lacci ai pié. Men cara della vita All’alma in pene stretta La morte mai non è.

Pallida, ecc.

Mas se das altas esferaseste povo orgulhosoespera auxílioDo Deus dos elementos,Quando for compelido a deixar a vidapela força da minha espada,Veremos então se é salvo do abraço da morte.

Pela minha espada fulguranteOs orgulhos, reprimidos e dominadosVerei cair a meus pés.

Chorarão as suas ruinas e a sua ignomínia e ultrajes, No seu sangue e no seu pranto Sem piedade vingarei.

Pela minha espada fulgurante, etc.

aquiorPríncipe, ao meu redor ouço e vejoGrandes lamentos e murmúrios fraquejantes,De línguas ressequidasQue foram privadas das doces e límpidasOndas do rio cristalino:Pesadas queixas contra o teu decretoespalham o pai e o filhoe as púdicas virgens hebraicasDe cabelos em desalinho, e rostos tristesos olhos molhados de amargas lágrimasVagueiam com tímidos passos.e preferem sofrer a escravatura ou a morteA terem tão cruel e injusto destino.

Pálida e desfalecida,A inconsolável donzelaSuspira, de grilhões nos pésPois nunca menos cara do que a vidaé a morte, para a almaAcabrunhada pela dor.

Pálida e desfalecida, etc.

oziaA tanto rio dolorePiú resister non sò.Deh tu, Signore,Le antiche, e nuove colpe, ond’tant’ iraPotea destarsi in Ciel pietoso oblia,E del Cor nostro i prieghi ascolta, e mira.

Ah, non permetter, nò, che un Empio, un Rio Oltraggioso mi dica: “Ov’è il tuo Dio?”

Giusto Dio,il Popol mioDal furor d’iniqua sorteDeh ti piaccia di salvar;Sull’ indegno,Il tuo gran sdegnoScenda omai possente, e forteChe lo giunga ad atterrar.Dunque, con alma corraggiosa ancoraFinchè nel Ciel I’AuroraPer cinque volte a noi non fa ritornoIn sì duro soggiornoPassiamo i dì dolenti,Se poi delle sue gentiI pianti, e i voti non ascolta Iddio,Andremo a chieder pace al Popol rio.

giudittaFrena gl’incauti accenti,Non chiedi a Dio pietà, ma tu Io tenti.

oziaE che mai far deg’io?

giudittaImpor legge non devi al grand’Iddio.

osiasNão consigo resistirA tanta e amarga dor.Digna-te, SenhorA esquecer os nossos pecados antigos e novos, Que tanta ira despertaram no piedoso Céu.Ouve as preces dos nossos corações e contempla-as.

Ah, não permitas, não, que um ímpio, um vilão ultrajante me diga: "Onde está o teu Deus?"

Deus justo, Que seja da tua vontadeDa fúria deste destino iníquo Salvar o meu povo;Que toda a Tua iraem toda a sua força e poderSobre o indignoSeja lançada, derrotando-o.e agora, com renovada coragem,Até que a aurora, no céu,Após outras cinco passagens, a nós regresse,Passemos pois estesdias dolorososNeste lugar hostil.Se então Deus não tiver escutadoas nossas preces,Iremos pedir tréguas ao inimigo.

JuditeRefreia as tuas incautas palavras:Não pedes a Deus piedade, antes o tentas!

osiase que mais poderei fazer?

JuditeNão podes impôr leis ao Deus Todo-Poderoso.

oziaDesir si folle entro il mio Cor non cade.

giudittaMa prefiggi il confine a sua pietàde.Ill sovrano desìoDel grand motor de Cieli,Non si governa con l’umane menti:Ne sempre egli si sdegna all ‘or che il tenti.

Chiedi pietàde, e di preghiere, e votiSpargano i SacerdotiOfferte umili a i sagri Altari intorno,Che mentre al nuovo giornoVerso le tende ostili affectto il piede,Scorga amico, e pietosoil Ciel mio fede.

Sento, che dice al Cor Un placido pensier: Misera, non temer Ma spera libertà. Del Ciel l’alto Signor Mirando i tuoi sospir Del lungo tuo languir Sentì nel sen pietà.

Sento, che dice al Cor, ecc.

oziaMa qual vano consiglioTi muove a gir tra l’Inimiche Schiere,Ove aggiunger tu puoiFasto al superbo, ed il periglio a noi?

giudittaTal è dei mio Signor l’alto volere,Ei mi spirò grand’opera, egli m’ha sceltoA far vendetta ria di quell’audace,E voi riporre in libertà, e in pace.

osiasJamais tão vão desejo entrou no meu coração.

JuditeMas pões limites à sua misericórdiaO desejo soberanoDo grande senhor dos Céus,Não se governa com a mente humana:Nem ele se irrita sempre com aqueles que o tentam.

Pede piedade, e com preces e votosespalhem os sacerdotesoferendas pelos altares sagrados,para que ao amanhecerquando me encaminhar para a tenda do inimigoo céu possa ver a minha confiança combenevolência e misericórdia.

Sinto que ele instila no meu Coraçãoum plácido pensamento:"Tu que padeces de aflição, não temasMas espera antes a liberdade."Lá dos Céus, o SenhorVendo a tua angústiae teu longo sofrimentoSentiu no seu seio piedade.

Sinto que ele instila, etc.

osiasMas que decisão insensataTe leva a procurar as legiões inimigasOnde não mais poderás do que reforçarO orgulho do inimigo e o nosso próprio perigo?

JuditeTal é a vontade do meu Senhor,que me inspirou um grande feito; escolheu-me para vingar duramente este inimigo arrogante e a guiar-vos de novo à liberdade e à paz.

oziaDunque vanne felice:Le magnanime idee della tua menteSecondi il Ciel pietosoE cangi i nostri affanni in bel riposo.

oziaVanne, addio.

giudittaResta, addio.

oziaII desir tuoi...

giudittaPensier miei

ozia e giuditta Con felice amica sortePiaccia al Ciel di secondar

oziaIl mio Core...

giudittaL’alma mia

oziaDall’immenso suo dolore...

giudittaDalla pena acerba, e ria...

ozia e giudittaGià comincia a respirar

Vanne felice, ecc.

F I N e D e L L A P R I M A P A R T e

osiasParte, então, sob felizes auspícios:Que a tua magnânima ideia seja secundada pelo Céu misericordioso e que transforme a nossa angústia em doce paz.

osiasVai, adeus.

JuditeFica, adeus.

osiasOs teus desejos…

JuditeOs meus pensamentos...

osias e JuditeQue possa o céu favorece-losCom um destino feliz e benigno.

osiasO meu coração...

JuditeA minha alma...

osiasDo seu imenso sofrimento...

JuditeDa sua dor aguda e cruel...

osias e JuditeJá começa a recuperar.

Parte, então, sob felizes auspícios, etc.

F I M D A P R I M e I R A P A R T e

s e c o n d a P a r t e

giudittaAlto Signore, al cui sovran potereIn van forza mortal resistir osa,Tu Gran Dio d’ Israele,Fabro di maravigli, e di portenti,Dell’afflitive tue GentiVolgi, deh, volgi un guardo al gran dolore.Poi con irato ciglioMira l’’empio furoreDi chi minaccia al Templi tuoi periglio.Ascolta mille scherni al tuo gran Nome;Tu vedi il tutto, e come il soffri? E come?

Dalla destra Omnipotente Scenda un fulmine fremente Tanti oltraggi a vendicar. S’armi il Ciel contro quell’empio E nel suo crudele scempio, Senta omai quel grave sdegno, Ch’egli osò di provocar.

Dalla, ecc.

achiorreO come lieta alle Nemiche schiere Giuditta inoltra il piede! Chi mai la regge, e guida?

oziaAmore, e Fede;Della Patria dilettaScorge l’alto periglio, e ardita tentaDi sottrarla al furore, ove paventa.

achiorreE che giàmai può far femina imbelle?

s e g u n d a P a r t e

JuditeGrande Senhor, a cujos soberanos poderesOusa em vão a força mortal resistir,Tu, Grande Deus de Israel,Que fazes maravilhas e prodígios,Volve, imploro-Te, teus olhosPara a grande dor do teu aflito povo.Com um olhar iradoObserva a fúria profanaDaqueles que ameaçam o teu Templo.Ouve as mil blasfémias sobre o teu grande NomeTu, que tudo vês, como o podes tolerar? Como?

Da Omnipotente mãoDesce um raio fulgurantePara vingar tantos insultos!O Céu arma-se contra o ímpioQue, pelo seu cruel massacre,Sente agora a poderosa iraDaquele que ousou provocar.

Da Omnipotente mão, etc.

aquiorOh, como se encaminha Judite, tão alegre,Para as hostes inimigas! Que força a rege e a guia?

osiasAmor e Fé;ela sente o grande perigoem que se encontra sua dileta pátria e tenta com coragemLivrá-la do mal que a aterroriza.

aquiorMas que pode fazer uma mulher indefesa?

oziaNel motor delle StelieCon alma saggia, e fidaLe sue speranze, e suoi pendière affida.Un ‘alma forte d’estrema sorte L’aspro rigore non teme, nò.E se Ia guida con luce fida iI Suo Signore, Allor tutto può.Un’alma, ecc.

oloferneQuest’è il giorno fatale, ultimo giorno, Che di Betulia il temerario orgoglio Vedrò depresso, ed alzeranno il soglio Ai chiari miei TrofeiL’ossa insepolte de Nemice rei.Date, o Trombe, il suon guerriero:Sù, miei fidi, a voi s’aspettaFar vendettaDell’offesa mia pietà.

Lo splendor della vittoriaLa mia gloria più sublime inalzerà.

Date, ecc.

Ma quale io veggio, a gl’occhi, ed al sembiante Vaghissima Donzella Ver me volger le piante?

giudittaUn’Infelice AncellaIo son del tuo valore.Crudo destin mi fé sortir Ia CunaColà trà quelle mura,A cui con forte sdegnoMinaccian l’armi tue fiera sventura.

osiasÀquele que move as estrelasela confia a sua alma impregnada de féA ele ela confia as suas esperanças eintenções.uma alma forte não teme o seu destino Por duro que seja.e se é guiada pela luz que não esmoreceDo seu Senhor, então desafia qualquer coisa e tudo pode fazer.uma alma forte, etc.

Holoferneseste é o dia fatal, o último dia em que o temerário orgulho de Betúlia Verei ser derrubado, e em que, privados de sepultura, os ossos dos meus inimigos adornarão o meu trono. Que soem as trompetes, o som dos guerreiros:erguei-vos, meus companheiros, de vós se esperaQue a vingança seja feitaLavando da ofensa a minha honra.

O esplendor da vitóriaA minha glória Mais sublime exaltará.

Que soem as trompetes, etc...

Mas que vejo? Parece ser uma belíssima donzela Que de mim se aproxima.

JuditeSou uma infeliz servaDa vossa valentia.O destino cruel me fez nascerAtrás daquelas muralhasQue agora com grande fúriaO teu exército ameaça destruir.

oloferneDonna gentil, ne vaghi lumi tuoi Amor pose il suo Regno.

giudittaAh, no, Signor, meco scherzar tu vuoi.Lo splendor, che porto in voltoEgli è un lumeDi quel NumeA cui serbo fedeltà.Se piú vaghi sparge poiI sereni raggi suoi, Cresce allora in me Beltà.

Lo splendor, ecc.

oloferneIllustre Pellegrina, appena il guardo Nelle vivaci tue dolci pupilleFissai, che tosto al sen, ben mille, e milleFiamme sentii destarsi, onde tutt’ardo;Chiedi pur ciò, che brami, e chiedi molto, Che può tutto impetrare ii Luo bel volto.

giudittaCon tante grazie tue più mi confondi. Non oso favellar.

oloferneChe vuoi? Rispondi!

giudittaDel Popol mio le gravi colpe immenseTanta svegliar potero ira nel senoDel mio Nume Sovrano,Che nell’eterno suo saggio ConsiglioDi farne ha destinatoStrage crudel sotto il tuo forte brando.Ma dell’alto ComandoAncor non giunge il termine prefisso.

HolofemesGentil senhora, nos teus belos olhos O amor assentou o seu reino.

JuditeAh, não, Senhor, pois quereis brincar comigo.O esplendor que vês na minha faceÉ a luzDaquele DeusA quem sirvo fielmente.Quanto mais belos foremOs serenos raios que em mim derramaMaior será a minha beleza.

O esplendor, etc.

HolofernesIlustre estrangeira, mal fixei o meu olharNa beleza dos teus doces olhosSenti de imediato no meu peito,Milhares de chamas ardentes.Pede tudo o que quiseres, podes pedir muitoPois a tua beleza te garantirá tudo o que desejares.

JuditeConfundes-me com tanta bondade! Não me atrevo a falar.

HolofernesQue queres? Responde!

JuditeO peso dos imensos pecados do meu povoTal fúria despertou no peito do meu DeusTodo-Poderoso, que, de acordo com a suaeterna e sábia decisão,ele decretou que o povo seja entregueA cruel massacre sob a tua poderosa espada.

Io, che sovente affissoLa mente ai Ciei, il suo voler comprendo.Di palesarti intendo iI fatal punto, e l’ora.Ma ti sovvenga alloraDi me tua Serva, e mi permetti in tantoCh’io possa far nel campo tuo dimora.

oloferneVivi contenta, e lieta, ed or, ch’invitaA dar ristoro a i sensiDi cibi, e di liquor, mensa gradita,Tu pur, mia speme e vitaTu qui meco t’assidi,E l’amaro tuo pianto, e’l rio doloreDiscaccia dal tuo Ciglio, e dal tuo Core.Cara, non paventar! Co i dardi de tuoi sguardi Già mi piagasti il Cor. Lascia di sospirar; In me già l’ire ha tolto Del tuo leggiadro volto L’amabile splendor.

achiorreOrmai, Signor, le Turbe egre, e dolentiNiegan più di soffrir i lor tormenti;Mirano i mesti PadriNel volto della Prole, e delle SposeDi funesto pallor tinte le Rose,E per temprar lor penaChiedon gemendo la servil Catena.

oziaTaci! Ne più mi tormentar il seno.Vanne all’afflitte genti,Di Ior, che ai Ciei rivolteAI fonte d’ogni BeneTornino alla memoria i suoi portenti,E fermino constante in lui Ia speme.

achiorreAh! Ben sovente la speranza inganna,E se Ia dolce desiata CalmaTornar no vede, più s’afflige l’AIma.Non basta la Speranza A consolar un Cor Che vive in pene. Langue la sua Costanza Se giungere non mira Quel che sospira ognor Bramato Bene.

giudittaGiace dal sonno avvintoEbro, e di sensi privoQuel mostro empio, e lascivo!Ques to è’l punto fatal nel Ciel già scritto.In cui cada trafittoII Barbaro nemico, e omai ritorniAll’afflitta Città la gioja, e’l riso!Deh, tu, Nume immortal, la cui PotenzaIn Cielo, in Terra, e in Mare alto risuona,Se me vile scegliesti a tanta impresa,Tanta ancora al mio braccio ispira, e donaForza, che al grave colpo, ei non s’arrenda.Ecco, gia il ferro stringo, Ecco ch’estintoCadde il Nemico; nel tuo nome, ho vinto.Amica Ancella,Ecco diviso il capoDalI’esecrando bustoCol tuo velo Io copri e fra gli orrori,Della notte portianciDi Betulia alle MuraChe al tuo passo farò scorta sicura.

oziaStelle! Qual mai nel sen nascer mi sento Nuovo piacer, che del comun periglioTutto discaccia il fiero, e rio spavento?

Mas a hora marcada para este alto decretoAinda não chegou. eu, que tantas vezes elevo a minha mente aos céus e compreendo os seus desígnios pretendo revelar-te a hora fatal. Mas não te esqueças de mim, tua serva, e entretanto permiteQue eu me abrigue no teu acampamento.

HolofernesFica despreocupada e alegre, e agoraQue a mesa repleta de comida e bebidaNos convida a restaurar os sentidos.Vem, minha esperança e vida,e senta-te a meu lado.A amargura do teu pranto e da tua dorexpulsa do teu olhar e do teu coração.Querida, não temas!Com os dardos do teu olharJá me feriste o coração.Deixa de suspirarA minha ira já se dissipouPor causa da beleza radiosaDa tua gentil face.

aquiorAgora, Senhor, as gentes desfalecidase sofredorasNegam mais sofrimento e tormentos;Vêem os tristes pais No rosto dos filhos e das esposas De funesta palidez está a rosa tingidae para temperar a sua dorPedem, gemendo, a servil grilheta.

osiasCala-te! Não me atormentes mais.Vai-te às gentes aflitasDiz-lhes que para o Céu se voltem,Para a fonte de todo o BemQue tornem a memória os seus prodígiose mantenham constante a esperança.

aquiorAh! Muitas vezes a esperança engana e se a doce e desejada tranquilidade Não vê regressar, mais se aflige a Alma.Não basta a esperançaPara consolar um coração que vive em dor.Perde a confiançaSe não vir chegarAquele que sempre suspiraDesejado bem.

JuditeJá jaz, sucumbido ao sonoÉbrio e sem sentidos0 monstro ímpio e lascivo!Chega agora a hora fatal escrita nos Céus,Na qual o bárbaro inimigo é trespassadoe a alegria e o riso são devolvidos à cidadeem agonia.Ah, tu, Deus imortal, cujo poder ressoaNo Céu, na Terra e no Mar,Se me escolheste para este grande feitoGuia também a minha mão e dá-lhe forçasPara que ele não possa sobreviver ao golpe fatal.eis que pego na espada... eis que estámorto. O inimigo caiu, em Teu nome o venci. Serva Amiga,eis aqui a sua cabeça.Separada do seu execrando corpoCobre-a com o teu véue, na escuridão da noite,Leva-a para as muralhas de Betúliaenquanto eu te escolto os passos em segurança.

osiasÓ estrelas! Que alegria sinto nascer no meu peito, novo prazer que dissipa o imenso terror que nos ameaçava?Sinto no peito

Mi sento nel petto Un dolce diletto, Che spento iI tormentoM’invita a goder. Al Ciel chieggio aita E un raggio sereno M’accende nel seno Più certo piacer.

achiorreTutta lieta, e festosaErgendo al Ciei le luci alme, e sereneGiuditta a noi sen viene;Poi battendo le PalmeRivolge il guardo intorno a queste mura.

oziaPresaga è l’ alma mia d’alta ventura.

giudittaGodete, si godete, Alme contente, e liete, Che piacque ai Ciei pietoso II vostro pianto udir! Tal doppo ria procella, Tranquilla Calma, e bella II timido Nocchiero Ri torna a far gioir.

Questa, voi la mirate, Questa dell’Empio Assiro E’la recisa Testa.

achiorreAh! Ciel, Che miro!

oziaChi l’uccisor ne fu?

giudittaFù il braccio mio.

um delicioso bem-estarQue o tormento agora desvanecidoMe convida a apreciar.Peço aos céus ajudae um raio serenoMe incendeia o peitoDe uma alegria absoluta.

aquiorToda alegre e festivaerguendo ao céu os seus olhos Piedosamente animados e serenos, Judite regressa para nós! Agora, batendo as palmas, Volve os seus olhos na direcção destas muralhas.

osiasA minha alma pressagia-meuma grande ventura.

JuditeRejubilai, sim, rejubilaiAlmas contentes e alegres.Pois agradou ao Céu piedosoOuvir as vossas súplicas!Assim, depois da tormentosa tempestade,Vem a calma e a tranquilidadeO assustado timoneiroRegressa, rejubilante.

Vinde, vinde verAqui está a cabeça cortadaDo ímpio assírio.

aquiorAh! Céus, que vejo!

osiasQuem o matou?

JuditeFoi o meu braço.

achiorreChi mai gli diede tanta forza?

giudittaIddio. Ei mi sottrasse dall’impuro ardore, E rese nel periglio audace in Core.

achiorreOh nuovo a i giorni miei chiaro portento!L’Alta virtú Divina io ben comprendo,Onde dal sen togliendoQuelle tenebre, in cui giacqui sepoltoI falli miei detesto, ed abbandonoE a te, gran Dio, tutto me stesso io dono.

Vengo a te, vengo ancor io,Grande Iddio,Ad offrirti, e l’alma, e ‘l Cor.E se tardi a te men riedo,Piango, e chiedoII Perdono a tanto error.

Vengo, ecc.

oziaMa come tant’ardire accogliesti nel seno, Donna, del popol mio gloria ed onore?

giudittaNella grand’ opra la celeste aita, Di fervidi preghiere acceso, il core Chiese e dall’alte sfere Discese in lui tutto il divin potere.

oziaDunque, scordando intantoOgn’affanno e ogni pianto,

aquiorMas quem lhe deu tamanha força?

JuditeDeus. ele defendeu-me de um desejo impuroe despertou, no perigo, a audácia do meu coração.

aquiorOh, um novo prodígio desponta na minha vida.A grande virtude divina eu agora compreendo Assim, arranco do meu coração Toda as trevas que o sepultavam Abomino os meus pecados e abandono-os e a Ti me entrego por inteiro.

Venho até ti, Grande Deus,Para te oferecer a alma e o coraçãoe se tardei a descobrir-teDeploro-o, e peço-teQue me perdoes os meus erros.

Venho até ti, etc

osiasMas como conseguiste tanta coragem,Senhora, que és a glória e honra de meu povo?

JuditePara conseguir este grande feito,O meu coração, inflamado de ardentes preces Pediu a ajuda celeste, e das altas esferasDesceu todo o Seu poder divino.

osiasentão, esquecendo agoraTodo o sofrimento e pranto

Di lieti inni festiviS’odan pur risonaie i sacri tempi,Dando Iode a quel Dio che atterra gli empi.

giuditta e oziaQuel diletto Che ho nel petto, Quel piacer che sento ai core Vien dal ciel, ne può maggiore Gioia a noi giammai recar. Troppo, o Dio, de’ doni tuoiFosti prodigo con noi, E ‘l mio core e l’alma mia Più non può né sa bramar.

Quel diletto, ecc.

F i n e d e l l ’ o r a t o r i o

Que felizes hinos festivosRessoem nos templos sagradosDando graças ao Deus, que derrotou os ímpios.

Judite e osiaseste deleiteQue sinto no peitoesta alegria no meu coraçãoVem do Céu; Alegria maiorjamais nos poderia acontecer.Foste demasiado pródigoNas bênçãos que nos concedeste, ó Deuse o meu coração, e a minha almaPor mais não poderiam ansiar.

este deleite, etc.

F i m d a o r a t ó r i a

a n a Q u i n t a n sA C H I O R R e

c a r l o s m e n aO z I A

s a n d r a m e d e i r o sG I u D I T T A

a l b e r t o s o u s aO L O F e R N e

m a r c o s m a g a l H ã e s em a r t a a r a ú J oD I R e ç ã O D e O S M u ú S I C O S D O T e J O

o s m ú s i c o s d o t e J oDireção: Marcos Magalhães e Marta Araújo

Projeto musical no campo da música antiga fundado e dirigido por Marcos Magalhães e Marta Araújo.“Os Músicos do Tejo” tiveram a sua primeira apresentação em Setúbal em Dezembro de 2005 e na sua curta existência como grupo especializado em música antiga já desenvolveram uma parceria com o CCB que os levou produzir três óperas, editaram dois discos, apresentaram-se em inúmeros concertos em Portugal e no estrangeiro e foram objeto de diversos apoios institucionais (Fundações Gulbenkian, Oriente e Stanley Ho; Câmara Municipal de Lisboa, Direção Geral de Reinserção Social e Instituto Camões) e mecenáticos (AMARSuL, mecenas privados). As duas óperas La Spinalba de F. A. de Almeida e Lo Frate Nanmorato de G.B. Pergolesi, estreadas no CCB, foram recebidas com grande sucesso a nível de público e obtiveram críticas entusiásticas por parte da totalidade da crítica especializada (Publico, Diário Notícias, Jornal de Letras, expresso). A ópera La Spinalba foi objeto de uma digressão em Portugal e espanha e já vai na sua décima apresentação. Também no CCB, estrearam em Maio de 2011, a ópera Le Carnaval et la Folie de A.C. Destouches e em Janeiro de 2013, a serenata Il Trionfo d’ Amore de F.A. Almeida, ambas com excelente acolhimento por parte do público e da crítica especializada. O disco As Sementes do Fado (com Ana Quintans, Ricardo Rocha e Marcos Magalhães) obteve 4 estrelas (em 5) no jornal “Público” – Ipsílon e foi considerado pelos críticos do JL como um dos melhores discos nacionais do ano de 2007. Graças a este disco, o programa Sementes do Fado já foi apresentado 6 vezes, entre as quais em Outubro de 2011 na Église des Billetes em Paris. Nessa altura foram também convidados do programa de Gaëtan Naulleau: Le matin des Musiciens na rádio France Musique. O disco As Árias de Luisa Todi (com a soprano Joana Seara), que apresenta o repertório cantado pela

célebre Prima-Donna portuguesa do século XVIII, obteve igualmente 4 estrelas (em 5) no jornal “Público” – Ípsilon.em 2010 colaboraram com o Teatro Praga no espetáculo Sonho de uma Noite de Verão estreado no CCB e apresentado no Festival Facyl em Salamanca em 2011 e no Festival Le Standard Idéal em Bobigny – Paris em 2012. em 2012 apresentaram-se no Festival das Artes em Coimbra e no âmbito dos concertos - Rota dos Mosteiros, em Tomar, Alcobaça, Batalha e Jerónimos. Os Músicos do Tejo apresentaram-se em concerto em locais tão variados como Mafra, Vigo, Brest, Paris, Goa na Índia, Sastmala na Finlândia e Praga na R. Checa. A Associação Cultural Os Músicos do Tejo foi criada em Junho de 2009. em Novembro de 2012 foi editado pela Naxos a sua gravação da ópera La Spinalba de F. A. de Almeida com apoio da Dgartes, CML e do ISeG, que obteve no jornal “Público” 5 estrelas (em 5). este disco foi selecionado entre os 10 melhores de música clássica de 2012 pelo “Público”, e pelo “expresso” como um dos 50 discos imprescindíveis, de entre todos os discos editados mundialmente. Os Músicos do Tejo lançaram o triplo disco La Spinalba no CCB e realizaram diversas sessões de apresentação do mesmo na Fnac Chiado, Almada entre outros.

em abril de 2013 tiveram a sua estreia no Grande Auditório da F.C. Gulbenkian com a ópera Dido e Eneias de H. Purcell. A 15 de Julho estrearam-se em concerto no Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim. Outros marcos importantes foram concertos nos Dias da Música CCB com Paul Badura-Skoda, óperas La Spinalba, Il Mondo della Luna de P.A. Avondano e Paride ed Elena de C. W. Glück respetivamente no festival da Póvoa de Varzim, Festival de Alcobaça e CCB, no Festival das Artes em Coimbra com os Reais Fogos de Artifício, Gloria de Vivaldi na Igreja da Graça, ciclo “Ciência na Música” no Teatro Thalia, entre outros projetos. O seu mais recente CD para a editora

Naxos, Il Trionfo d'Amore, de F.A. Almeida, tem tido um excelente acolhimento por parte da crítica – 5 estrelas no Público, Diário de Notícias e expresso, 4 na revista Diapason – tendo sido nomeado para a escolha “Bestenliste” da Preis der “Deustschen Schallplattenkritik.”. Incluído na lista dos melhores discos do ano do Público e do expresso. Apresentarem neste ano um espetáculo de Cinema e Música, no grande auditório da Fundação Gulbenkian, em colaboração com o realizador Pedro Costa. Compromissos futuros incluem: Fado Barroco com Ana Quintans e Ricardo Ribeiro, na F.C. Gulbenkian.

a n a Q u i n t a n s

Ana Quintans é licenciada em escultura e estudou Canto na eMCN em Lisboa e no Flanders Operastudio em Ghent (bolseira da F.C.Gulbenkian). Iniciou-se profissionalmente em 2005 com Monteverdi e dedica ainda hoje a maioria do seu trabalho à música dos séc. XVII e XVIII. Nesse âmbito colabora com maestros como William Christie; Marc Minkowski; Michel Corboz; Raphael Pichon; Alan Curtis; Vincent Dumestre; Marcello de Lisa; Antonio Florio; Marcos Magalhães; Laurence Cummings; Leonardo G. Alarcón; enrico Onofri e Ivor Bolton. Destacam-se apresentações na Opéra Comique de Paris; Théâtre des Champs elysées; Festival d’Aix en Provence; Glyndebourne Festival; DNO Amsterdão; Concertgebouw Amsterdão; Opéra de Lyon; Opéra de Rouen; bayerische Staatsoper; TNSC Lisboa; Alten Oper Frankfurt; Teatro Real de Madrid; Scottish Opera; Victoria Hall Genebra; Bozar Bruxelas; Fundação Calouste Gulbenkian; Centro Cultural de Belém; Casa da Música Porto; Carnegie Hall Ny; BAM Ny; La Folle Journée Japão; Helsinki Music Center; Maggio Musicale Fiorentino; Wien Festwochen; Opéra Royal Versailles; edinburgh International Festival e Mozarteum Salzburg. Gravou Albinoni Arias com Marcello di Lisa e Concerto de’ Cavalieri (Deutsche

Harmonia Mundi); “Spinalba” e "Il trionfo d'amore" de Francisco António de Almeida com Marcos Magalhães e Os Músicos do Tejo (Naxos); Round Time de Luís Tinoco com David Alan Miller e Orquestra Gulbenkian (Naxos); Requiem de Fauré com Sinfonia Varsovia e Michel Corboz (Mirare); Judicium Salomonis de Charpentier com LAF e William Christie (Virgin); As Sementes do fado com Os Músicos do Tejo; Kleine Musik com obras de Schutz e Ivan Moody com Sete Lágrimas (Murecords); Victor Macedo Pinto com Canções de Amigo do mesmo compositor (Numérica). em suporte DVD gravou Dido and Aeneas de Purcell (Christie/Warner/Opera Comique Paris); L’incoronazione di Poppea de Monteverdi (Christie/Pizzi/Teatro Real de Madrid); Hippolyte et Aricie de Rameau (Christie/Kent/Glyndebourne Festival); Dido and Aeneas (Dumestre/Roussat/Lubek/Opèra de Rouen) e David et Jonathas de Marc- Antoine Charpentier (Christie/Homoki/Festival D’Aix en Provence).Ainda este ano interpretará Ilia na ópera Idomeneo de Mozart na Flanders Opera (Antuérpia e Ghent) sob a direcção de Paul McCreesh; Amour e zaire em Les Indes Galantes de Rameau na Bayerische Staatsopera e Angel na Jephtha de Handel na DNO Amsterdão ambas com o maestro Ivor Bolton.

c a r l o s m e n a

Carlos Mena nasceu em 1971 em Vitoria-Gasteiz, em espanha. estudou na Schola Cantorum Basiliensis, na Suíça, sob a orientação de Richard Levitt e René Jacobs. Apresentou-se em importantes palcos, incluindo o Konzerthaus de Viena, o Teatro Colón de Buenos Aires, o Alice Tully Hall de Nova Iorque, o Fisher Symphony Hall de Detroit, a Ópera de Tóquio e o Osaka Symphony Hall, entre outros, incluindo prestigiados festivais internacionais. Tem sido também uma presença regular nas temporadas de

música da Fundação Gulbenkian.No domínio da ópera, interpretou o papel principal em Radamisto de Händel na Felsenreitschule de Salzburgo, no Konzerthaus de Dortmund, no Musikverein de Viena e no Concertgebouw de Amesterdão. O seu repertório inclui ainda: Orfeo (Speranza) de Monteverdi, na Staatsoper Berlin; Rappresentazione di anima e di corpo (Angelo Custode) de Cavalieri, no Théâtre de la Monaie, em Bruxelas; Il trionfo del Tempo e del Disinganno (Disinganno) de Händel, no Festival de Salzburgo; Europera 5 de John Cage, no Festival da Flandres; Sonho de uma noite de verão (Oberon) de Britten; no Teatro Real de Madrid, Ascanio in Alba (Ascanio) de Mozart, no Barbican Centre de Londres; Bajazet (Tamerlano) de Vivaldi, no Teatro Arriaga de Bilbau; e Morte em Veneza de Britten, no Gran Teatre del Liceu de Barcelona.É o atual diretor artístico da Capilla Santa María, patrocinada pela Fundación Catedral Santa María de Vitoria.

s a n d r a m e d e i r o s

Nasceu em S. Miguel, nos Açores. estudou no Conservatório Regional de Ponta Delgada, com Imaculada Pacheco. É licenciada em Canto pela escola Superior de Música de Lisboa tendo integrado a classe da professora Joana Silva. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e Centro Nacional de Cultura prosseguiu estudos de pós-graduação em canto na Royal Academy of Music (RAM) em Londres, onde se graduou com “Distinção”, obteve o Dip. RAM e o prémio Amanda von Lob memorial Prize. Foi premiada em concursos nacionais e internacionais de canto dos quais se destaca o 2º Prémio no V Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão no Brasil. Gravou para as rádios portuguesa, búlgara e inglesa, para as televisões portuguesa, espanhola

e brasileira e para as editoras Naxos e Hyperion. A sua ac«tividade como solista distribui-se pela música antiga, oratório, lied, melodie, canção do séc.XX/XXI e ópera, tendo ac«tuado sob a direc«ção de ilustres maestros tais como Michael Corboz, Lawrence Foster, Marc Minkowski, Philippe Herreweghe, Sir Charles Mackerras, Laurence Cummings, Alberto Lysy, enrico Onofri, entre muitos outros. Também atuou com as mais destacadas orquestras portuguesas, com os mais conceituados grupos de música antiga portugueses, nomeadamente Os Músicos do Tejo e Divino Sospiro, com as orquestras Barroca da RAM, Camerata Lysy de Gstaad, Sinfonia Varsóvia e com o grupo L’Avventura London. No domínio da ópera os seus papéis incluem, Barbarina (Le Nozze di Fígaro) Princese (L’énfant et les sortiléges), Gémea Siamesa (Corvo Branco, Philip Glass), Dragonfly (A raposinha matreira), Frasquita (Carmen), Serpina (La serva padrona), D. Anna (D. Giovanni), Cardella (Frate Nnamorato), Tirsi (Serenata L’Angelica, Sousa Carvalho), Carlota (As Damas Trocadas, Marcos Portugal), Lindane (Lindane e Dalmiro, Cordeiro da Silva), Flaminia (Il Mondo della luna, Pedro Avondano), entre outros. É convidada regular das temporadas dos principais teatros, salas de concerto e festivais de música portugueses. Tem-se apresentado, também, em Macau, espanha, França, Luxemburgo, Alemanha, Inglaterra, Bulgária, Brasil e uruguai. Paralelamente à sua vida artística, tem vindo a desenvolver atividade pedagógica. É regularmente convidada para realizar workshops sobre técnica e saúde vocal (Évora, Santarém), masterclasses de canto (S. Miguel/Açores e Badajoz) e membro de júri de concursos de canto em Portugal.

a l b e r t o s o u s a

Nasceu na Madeira e iniciou os seus estudos musicais no então Conservatório de Música da Madeira. Licenciou-se em ensino do Canto na universidade de Aveiro onde estudou com António Salgado e concluiu o Mestrado em Performance no Curso de Opera da Guildhall School of Music and Drama, na classe de canto de Laura Sarti. Na sequência da sua participação na prestigiada Solti Te Kanawa Accademia di Bel Canto, gravou um CD de canção italiana produzido pelo maestro Richard Bonynge, em comemoração do centenário do nascimento do maestro Georg Solti. Recentemente, Alberto ganhou o 2º lugar e Prémio do Público no Robert Presley Memorial Verdi Competition organizado pela Fulham Opera, uma companhia de ópera londrina que posteriormente o convida a cantar o papel de Gabriele numa nova produção de Simon Boccanegra (Verdi). Os últimos dois anos têm-no levado a vários palcos internacionais e incluíram, entre outros projetos, uma digressão de concertos de repertório belcantístico no Japão, La Traviata (Verdi) no Barga Belcanto Festival (Itália), uma digressão europeia de Orlando Paladino (Haydn) com a Purpur Opera e a sua estreia no Gran Teatre del Liceu (Barcelona) com uma performance do Requiem de Mozart.em Londres, onde reside e trabalha, Alberto apresentou-se recentemente em La Bohème (Puccini) com o Clapham Opera Festival, Die Fledermaus (J. Strauss) com a Danube Opera em St. John's Smith Square, Faust (Gounod) com a Swansea City Opera, Nick na Fanciulla del' West (Puccini) Carlo em D. Carlo (Verdi) com o Grange Park Opera Festival e Pinkerton (Madame Butterfly, Puccini) em concerto no Cadogan Hall.Projetos futuros incluem ainda a interpretação do papel titular em o Nariz (Schostakovich) para a Royal Opera House, uma 9ª Sinfonia (Beethoven) com a Orquestra Clássica da Madeira e uma nova produção de Orlando Paladino em Fribourg (Suíça).

m a r c o s m a g a l H ã e s

Nasceu em Lisboa, estudou na escola Superior de Música de Lisboa e no CNSM de Paris com Ch. Rousset, K. Gilbert, K. Haugsand, F. Marmin, C. Rosado Fernandes e K Weiss. Mais recentemente tem tido aulas de direção de orquestra com J.M. Burfin. Marcos Magalhães tem desenvolvido intensa atividade concertística tanto em Portugal como no estrangeiro: ensemble Barroco do Chiado na Temporada Gulbenkian, Centro Cultural Gulbenkian em Paris, Festa da Música - CCB, nos festivais de espinho, Mafra, encontros com o Barroco do Porto; com outros agrupamentos - concertos em Paris, Bratislava, festival "Les Baroquiales" em Nice e no festival dos Capuchos. No verão de 2003 tocou com o ensemble Barroco do Chiado a convite da Fundação Oriente na Índia (Nova Deli, Goa e Bangalore) e Sri Lanka (Colombo). Tocou na Festa da Música do CCB a solo e em duo com Paulo Gaio Lima e a solo com a Orquestra Gulbenkian sob a direção de Joana Carneiro. Participou em várias produções de ópera e integrou a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra da Madeira e a Orquestra Barroca da união europeia em variadas ocasiões. Fundou, em conjunto com Marta Araújo, Os Músicos do Tejo, grupo dedicado à música antiga. Dirigiu no CCB as óperas La Spinalba de F. A. de Almeida, Lo Frate Nnamorato de G.B Pergolesi, Le Carnaval et la Folie de A.C. Destouches, a serenata de F. A. de Almeida Il Trionfo d'Amore e Dido e Eneias de H. Purcell (fund. Gulbenkian). Dirigiu e editou os CD's Sementes do Fado (com Ana Quintans e Ricardo Rocha), As Árias de Luísa Todi (com Joana Seara) e já foram editados pela Naxos dois discos, por si dirigidos: La Spinalba, em 2012, e Il Trionfo d'Amore, ambas obras de F. A. de Almeida. Dirigiu em várias ocasiões a Orquestra Metropolitana. Também tem colaborado com esta mesma orquestra como continuista e solista. está neste momento a realizar, na universidade Nova, doutoramento orientado por David Cranmer em torno das Modinhas Luso-Brasileiras. É bolseiro da F.C.T. É professor-acompanhador na Academia de Música de Óbidos.

m a r c o s m a g a l H ã e s

Nasceu em Lisboa, estudou na escola Superior de Música de Lisboa e no CNSM de Paris com Ch. Rousset, K. Gilbert, K. Haugsand, F. Marmin, C. Rosado Fernandes e K Weiss. Mais recentemente tem tido aulas de direção de orquestra com J.M. Burfin. Marcos Magalhães tem desenvolvido intensa atividade concertística tanto em Portugal como no estrangeiro: ensemble Barroco do Chiado na Temporada Gulbenkian, Centro Cultural Gulbenkian em Paris, Festa da Música - CCB, nos festivais de espinho, Mafra, encontros com o Barroco do Porto; com outros agrupamentos - concertos em Paris, Bratislava, festival "Les Baroquiales" em Nice e no festival dos Capuchos. No verão de 2003 tocou com o ensemble Barroco do Chiado a convite da Fundação Oriente na Índia (Nova Deli, Goa e Bangalore) e Sri Lanka (Colombo). Tocou na Festa da Música do CCB a solo e em duo com Paulo Gaio Lima e a solo com a Orquestra Gulbenkian sob a direção de Joana Carneiro. Participou em várias produções de ópera e integrou a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra da Madeira e a Orquestra Barroca da união europeia em variadas ocasiões. Fundou, em conjunto com Marta Araújo, Os Músicos do Tejo, grupo dedicado à música antiga. Dirigiu no CCB as óperas La Spinalba de F. A. de Almeida, Lo Frate Nnamorato de G.B Pergolesi, Le Carnaval et la Folie de A.C. Destouches, a serenata de F. A. de Almeida Il Trionfo d'Amore e Dido e Eneias de H. Purcell (fund. Gulbenkian). Dirigiu e editou os CD's Sementes do Fado (com Ana Quintans e Ricardo Rocha), As Árias de Luísa Todi (com Joana Seara) e já foram editados pela Naxos dois discos, por si dirigidos: La Spinalba, em 2012, e Il Trionfo d'Amore, ambas obras de F. A. de Almeida. Dirigiu em várias ocasiões a Orquestra Metropolitana. Também tem colaborado com esta mesma orquestra como continuista e solista. está neste momento a realizar, na universidade Nova, doutoramento orientado por David Cranmer em torno das Modinhas Luso-Brasileiras. É bolseiro da F.C.T. É professor-acompanhador na Academia de Música de Óbidos.

OS MúSICOS DO TeJO TêM O APOIO DA BIBLIOTeCA NACIONAL De PORTuGAL e DA CâMARA MuNICIPAL De LISBOA

www.ccb.Pt BILHeTeIRA ONLINe

tel 1820 INFORMAçõeS e ReSeRVAS

A SeGuIR

PARCeIRO MEDIA TeMPORADA 2016

PARCeIRO INSTITuCIONAL

ccb cOnseLhO De aDMinisTraçãO

eLÍSIO SuMMAVIeLLe PReSIDeNTe

ISABeL CORDeIRO VOGAL

MIGueL LeAL COeLHO VOGAL

JOãO CARÉLuÍSA INêS FeRNANDeSRICARDO CeRQueIRASeCReTARIADO

DireçãO De espeTÁcuLOs

PROGRAMAçãO

ANDRÉ CuNHA LeAL FeRNANDO LuÍS SAMPAIODePARTAMeNTO De OPeRAçõeSCOORDeNADORA

PAuLA FONSeCAPRODuçãO

INêS CORReIAPATRÍCIA SILVAHuGO CORTezJOãO LeMOSSOFIA SANTOSDIReçãO De CeNA

PeDRO RODRIGueS PATRÍCIA COSTAJOSÉ VALÉRIOTâNIA AFONSOCATARINA SILVA eSTAGIÁRIASeCReTARIADO

SOFIA MATOSDePARTAMeNTO TÉCNICOCOORDeNADOR

SIAMANTO ISMAILy

CHeFe TÉCNICO De PALCO

RuI MARCeLINOCHeFe De eQuIPA De PALCO PeDRO CAMPOSTÉCNICOS PRINCIPAIS

LuÍS SANTOSRAuL SeGuROTÉCNICOS eXeCuTIVOS

F. CâNDIDO SANTOSCÉSAR NuNeSJOSÉ CARLOS ALVeSHuGO CAMPOSMÁRIO SILVARICARDO MeLORuI CROCAHuGO COCHATDANIeL ROSA CHeFe TÉCNICO De AuDIOVISuAIS

NuNO GRÁCIOCHeFe De eQuIPA De AuDIOVISuAIS

NuNO BIzARROTÉCNICOS De AuDIOVISuAIS

eDuARDO NASCIMeNTOPAuLO CACHeIRONuNO RAMOSMIGueL NuNeSTÉCNICOS De AuDIOVISuAIS / eVeNTOS

CARLOS MeSTRINHORuI MARTINSTÉCNICOS De MANuTeNCãO

JOãO SANTANALuÍS TeIXeIRAVÍTOR HORTASeCReTARIADO De DIReçãO TÉCNICA

yOLANDA SeARA

2 out 2016

Grande Auditório / 17h / M/6

TeMpOraDa DarcOs

Orquesta ciudad de GranadaCriada em 1990, a Orquestra Ciudad de Granada é uma das mais importantes e prestigiadas orquestras espanholas. Nesta sua primeira visita a Lisboa e Torres Vedras, onde será dirigida pelo maestro Nuno Côrte-Real, a orquestra interpretará obras de Beethoven e Schumann, e fará a estreia absoluta da versão orquestral do ciclo vocal Livro de Florbela, do compositor Côrte-Real, sobre poesia de Florbela espanca. Juntam-se a tão meritório elenco, o soprano Dora Rodrigues, cantora portuguesa que tem vindo a construir uma sólida carreira internacional, e o violinista italiano Massimo Spadano, celebrado intérprete daquele instrumento, que nos oferecerá, com certeza, uma inesquecível interpretação do apaixonado concerto para violino de Schumann.

Dora rodrigues soprano / Massimo spadano violino / nuno côrte-real direção musical

L. v. beethoven (1770-1827)Abertura “egmont”, em fá menor (op. 84) n. côrte-real (1971-)Livro de Florbela (op. 42b) para soprano e orquestra(estreia absoluta da versão orquestral de N. Côrte-Real)

ExaltaçãoÁrvoresOs versos que te fizEste livroNum postalCinzentoÀ Morte

r. schumann (1810-1856)i. Concerto para violino e orquestra, em ré menorii. In kräftigem, nicht zu schnellem tempoii. Langsamiv. Lebhaft, doch nicht schnell