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2011 - Lngua Portuguesa

gravidade, sendo ao mesmo tempo humorista inspirado e ensasta profundo". Essa rara combinao de planos e Analista de Sistemas Nivel I - PROVA B01 - TIPO 001 tons distintos pode ser adequadamente ilustrada por meio destes segmentos do texto: Conhecimentos Gerais I. Que penteado mais dez de setembro! e Os Estados Portugus Unidos descobriram um sentimento indito de Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao vulnerabilidade. texto II. um pouco como Deus o primeiro autocrtico fez seguinte. depois do Dilvio e o instinto de sobrevivncia Ps-11/9 tambm um caminho para a virtude. Li que em Nova York esto usando dez de setembro como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em: III. fatos inaugurais como o 11/9 tambm permitem s naes se repensarem e no se devem esperar Que penteado mais dez de setembro!. O 11/9 teria exames de conscincia mais profundos. mudado o Em relao ao texto, atende ao enunciado desta questo mundo to radicalmente que tudo o que veio antes o que se transcreve em culminando (A) I, II e III. com o day before [dia anterior], o ltimo dia das torres (B) I e II, apenas. em p, a ltima segunda-feira normal e a vspera mais (C) II e III, apenas. vspera (D) I e III, apenas. da Histria virou prembulo. Obviamente, nenhuma (E) II, apenas. normalidade foi to afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive ____________________ a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos 2. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o descobriram um sentimento indito de vulnerabilidade e sentido de um segmento em: (A) significando antigo, ultrapassado (1o pargrafo) = reorganizam suas prioridades para acomod-las, inclusive sacrificando conotando nostlgico, recorrente. alguns direitos de seus cidados, sem falar no direito de cidados estrangeiros no serem bombardeados por eles. (B) reorganizam suas prioridades para acomod-las (1o pargrafo) = ratificam suas metas para as estabilizarem. Protestos contra a radicalssima reao americana so (C) atos de contrio mais espetaculares (2o pargrafo) vistos = demonstraes mais grandiosas de arrependimento. como irrealistas e anacrnicos, decididamente dez de (D) teve o efeito paradoxalmente contrrio (2o pargrafo) setembro. = decorreu de uma irnica contradio. Mas fatos inaugurais como o 11/9 tambm permitem s naes se repensarem no bom sentido, no como submisso (E) foi prlogo, exatamente, de qu? (3o pargrafo) = a que mesmo serviu de pretexto? chantagem terrorista, mas para no perder a oportunidade ________________________________________ 3. Ao comentar a tragdia de 11 de setembro, o autor do observa novo comeo, um pouco como Deus o primeiro que ela autocrtico (A) foi uma espcie de prlogo de uma srie de muitas fez depois do Dilvio. Sinais de reviso da poltica dos outras manifestaes terroristas. Estados Unidos com relao a Israel e os palestinos so exemplos (B) exigiria das autoridades americanas a adoo de medidas de segurana muito mais drsticas que as disto. E certo que nenhuma reunio dos pases ricos ser como ento vigentes. (C) estimularia a populao novaiorquina a tornar mais era at 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos estreitos os at ento frouxos laos de solidariedade. (D) abriu uma oportunidade para que os americanos do mundo, no se devem esperar exames de conscincia mais venham a se avaliar como nao e a trilhar um novo profundos ou atos de contrio mais espetaculares, mas o caminho. (E) faria com que os americanos passassem a ostentar instinto de sobrevivncia tambm um caminho para a com ainda maior orgulho seu decantado nacionalismo. virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrrio de 4. Esto plenamente observadas as normas de concordncia me verbal na frase: fazer acreditar mais na humanidade. (A) Sobrevieram tragdia de 11/9 consequncias A questo : o que acabou em 11/9 foi prlogo, profundas, como a psicose coletiva a que se renderam exatamente, muitos cidados novaiorquinos. de qu? Seja o que for, ser diferente. Inclusive por uma questo de moda, j que ningum vai querer ser chamado (B) Agregou-se ao cotidiano de Nova York, a despeito das medidas de segurana, sentimentos de medo e de desconfiana generalizados. dez de setembro na rua. (C) Uma certa soberba, caracterstica dos americanos, (Luis Fernando Verissimo, O mundo brbaro) mesmo depois do atentado de 11/9 no se aplacaram. 1. J se afirmou a respeito de Luis Fernando Verissimo, (D) Muitas vezes decorre de uma grande tragdia coletiva, autor do texto aqui apresentado: "trata-se de um escritor como a de 11/9, sentimentos confusos, como os que consegue dar seriedade ao humor e graa

da humilhao, da revolta e da impotncia. (E) Sobrevivem at mesmo depois de grandes tragdias a tendncia dos homens ao prosasmo e ao mau gosto, como no uso da expresso dez de setembro. _____________________________ 5. Est adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) A obsolescncia e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expresso dez de setembro. (B) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou adoo de medidas de segurana em cuja radicalidade muitos recriminam. (C) A sensao de que o 11/9 foi um prlogo de algo ao qual ningum se arrisca a pronunciar um indcio do pasmo no qual foram tomados tantos americanos. (D) No descrena, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragdia, na esperana que queremos nos apegar. (E) Fatos como os de 11/9, com que ningum espera se deparar, so tambm lies terrveis, de cujo significado no se deve esquecer. _____________________________ Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) De fato, humor ferino e crtica lcida podem convergir em um mesmo texto, como o caso dessa crnica exemplar de Luis Fernando Verissimo. (B) H casos exemplares de crnicas como esta, aonde a ironia, a mordacidade e a anlise sabem conviver de modo a que paream naturais. (C) Este autor tem conseguido viver apenas do que escreve, alm de eventuais entrevistas em que ele concede, mesmo se considerando tmido. (D) O autor equipara o 11/9 ao Dilvio bblico, com base na proporo desses fatos e do sentido de autocrtica que contribui para ambos. (E) Poucos autores se pronunciaram sobre o 11/9, seja por que em respeito aos sacrificados, ou por que comum que as grandes tragdias impliquem em silncio. 7. Na frase No caso dos donos do mundo, no se devem esperar exames de conscincia mais profundos, correto afirmar que (A) a construo verbal um exemplo de voz ativa. (B) a partcula se tem a mesma funo que em E se ela no vier? (C) a forma plural devem concorda com exames. (D) ocorre um exemplo de indeterminao do sujeito. (E) a expresso donos do mundo leva o verbo ao plural. ____________________________ 8. Em 11 de setembro ocorreu a tragdia que marcou o incio deste sculo, e o mundo acompanhou essa tragdia pela TV. A princpio, ningum atribuiu a essa tragdia a dimenso que ela acabou ganhando, muitos chegaram a tomar essa tragdia como um grave acidente areo. Evitam-se as viciosas repeties da frase acima substituindose os elementos sublinhados, na ordem dada, por (A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar

(B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tom-la (C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe (D) acompanhou-a - a atribuiu - tom-la (E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar ________________________________________________ _________ 9. Est inteiramente adequada a pontuao do seguinte perodo: (A) H eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos; seja pelas consequncias que dele derivaram projetadas em escala mundial. (B) H eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico seja pela gravidade, que tiveram em si mesmos, seja pelas consequncias, que dele derivaram, projetadas em escala mundial. (C) H eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico - seja pela gravidade que tiveram, em si mesmos, seja pelas consequncias que dele derivaram, projetadas em escala mundial. (D) H eventos que, como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico, seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas consequncias que dele derivaram, projetadas em escala mundial. (E) H eventos, que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas consequncias que, dele, derivaram projetadas em escala mundial. 10. A m construo exige que se d nova redao seguinte frase: (A) Por se sentirem donos do mundo, os pases mais poderosos no esto habituados a fazer, com humildade, uma anlise crtica de si mesmos. (B) Uma das consequncias do trgico episdio de 11/9 foi o bombardeio a que os Estados Unidos submeteram o Iraque, pas tomado como bode expiatrio. (C) O significado que a expresso dez de setembro passou a ter depois do trgico atentado denota a preocupao dos americanos com o que est ou no na moda. (D) Jamais os Estados Unidos haviam tomado conscincia de sua vulnerabilidade, que ficou evidenciada com o bem-sucedido ataque terrorista s torres gmeas. (E) Ainda que se considere um episdio obviamente trgico, as torres gmeas constituam um smbolo da opulncia capitalista e da alta tecnologia americana. ANALISTA JUDICIRIO - AREA ADMINISTRATIVA - MARO DE 2011 - TRF 1 REGIO Lngua Portuguesa Nesta prova, considera-se uso correto da lngua portuguesa o que est em conformidade com o padro culto escrito. Ateno: Para responder s questes de nmeros 1 a 6, considere o texto abaixo. Assim como os antigos moralistas escreviam mximas, deume vontade de escrever o que se poderia chamar de mnimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada s limitaes do meu

engenho, traduzisse um tipo de experincia vivida, que no 4. ... que no chega a alcanar a sabedoria mas que, de chega a alcanar a qualquer modo, resultado de viver. sabedoria mas que, de qualquer modo, resultado de viver. Iniciando o segmento acima com que, de qualquer modo, Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas resultado de viver, a sequncia que preserva o sentido anotaes vadias foram feitas e ofereo-as ao leitor, sem original e a correo : que pretenda (A) porm no chega a alcanar a sabedoria. convenc-lo do que penso nem convid-lo a repensar suas (B) ainda que no chegue a alcanar a sabedoria. ideias. So palavras que, de modo canhestro, aspiram a (C) e no chega assim a alcanar a sabedoria. enveredar pelo (D) considerando que no chega a alcanar a sabedoria. avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um (E) sendo o caso que no chegue a alcanar a sabedoria. avesso, nem sempre perceptvel mas s vezes curioso ou 5. ...em que estas anotaes vadias foram feitas... surpreendente. Observando o contexto em que a frase acima foi C.D.A. empregada, a sua transposio para a voz ativa produz (Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas corretamente a seguinte forma verbal: [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3) (A) fizeram-se. 1. Nas palavras que prefaciam sua obra, Carlos Drummond (B) tinha feito. (A) compara-se aos antigos moralistas por tambm (C) fiz. preconizar, em seus escritos, normas de comportamento. (D) faziam. (B) desqualifica a produo de antigos moralistas ao (E) poderia fazer. chamar de mnimas o que eles denominavam mximas. 6. ...admitindo-se que elas tenham um avesso... (C) assume, bem humorado, no ter a sabedoria de traduzir Respeitando a situao em que foi empregada a frase em palavras a sua experincia, que, em si, gera acima, a NICA reformulao INCORRETA para o conhecimento elevado. segmento destacado : (D) deixa entrever seu entendimento de que qualquer (A) no caso de se admitir que. vivncia produz justo conhecimento, at as tmidas ou (B) caso se admita que. desajeitadas, at as no convencionais. (C) tomando-se como pressuposto que. (E) defende a explorao de ngulos obscuros da vida, (D) visto que patente que. lugar em que, de modo secreto, se agasalham as verdades (E) aceitando como hiptese que. que constituem a legtima sabedoria. Ateno: As composies a seguir esto entre as 2. Est traduzida corretamente a seguinte expresso do anotaes de Carlos Drummond de Andrade na mesma texto: obra de que se extraiu (A) os antigos moralistas escreviam mximas / os filsofos o texto anterior. Considera-as para responder s questes de da Antiguidade compunham poemas didticos. nmeros 7 e 8. (B) alguma coisa que, ajustada s limitaes do meu Rei engenho / algo que se ajustasse exclusivamente minha O rei nunca est nu no banho; capacidade criativa. cobre-se de adjetivos. (C) em que estas anotaes vadias foram feitas / nos quais * estes breves e casuais escritos foram registrados. Ao tornar-se carta de baralho, e no o baralho inteiro, (D) sem que pretenda convenc-lo do que penso / negando o rei propicia o advento da Repblica. que ele aceite meus pensamentos. (Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas (E) So palavras que [...] aspiram a enveredar pelo avesso [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 193) das coisas / so termos que concretizam o desejo de 7. Sobre as composies acima, plausvel a seguinte desnudar s interpretao: o lado nocivo das coisas. (A) a palavra Rei, que significa chefe de Estado investido 3. Sobre o que se tem no texto, afirma-se com correo: de realeza; prncipe soberano de um reino; monarca, (A) o emprego de Andei colabora para que se imprima sinaliza que frase um aspecto durativo, tal como ocorre em Anda a as sentenas do autor, exclusivamente de sentido literal, reclamar de expressam pensamentos restritos a esse tipo de soberano. tudo, depois que ele viajou. (B) o emprego de cobre-se impe o entendimento de que o (B) a expresso ou seja introduz explicao acerca do que rei sempre o agente da ao em que est envolvido, seria a vontade de escrever. cabendo (C) o segmento o que se poderia chamar de mnimas corte contempl-lo, inclusive na intimidade. expressa possibilidade bastante improvvel, dado o carter (C) a palavra adjetivos remete s qualificaes elogiosas aleatrio do que revestem a figura dos que detm o poder, sugerindo nome proposto. tanto que o (D) se a expresso pedacinhos de papel fosse substituda poderoso se afasta de sua real natureza, quanto a prtica da por uma nica palavra, estaria correto o emprego de bajulao. papelzinhos. (D) a considerao da carta de baralho, em oposio ao (E) reorganizando a frase ajustada s limitaes do meu baralho inteiro, conduz ao entendimento de que a renncia engenho, ela estaria correta assim ajustada mim, se for realeza levado em encarada como a perda mxima da dignidade. conta as limitaes do meu engenho. (E) a frase o rei propicia o advento da Repblica de teor -------------------------hipottico, equivalendo a forma verbal a propiciaria, visto

que Ao tornar-se corresponde a Caso se tornasse. --------------------------8. Contribuem para que as anotaes de Carlos Drummond enunciem observao de valor geral o emprego (A) do presente do indicativo e dos artigos o e a. (B) dos artigos o e a e do plural, em adjetivos. (C) do plural, em adjetivos, e do mesmo ttulo para duas distintas composies. (D) do mesmo ttulo para duas distintas composies e da formulao breve - duas pequenas linhas em cada composio. (E) da formulao breve - duas pequenas linhas em cada composio - e do plural, em adjetivos. Ateno: Para responder s questes de nmeros 9 a 13, considere o texto abaixo. A aproximao das duas Amricas 1 5 10 Ufano-me de falar nesta instituio, digna da cidade que, pelo seu crescimento gigantesco, vem assombrando o mundo como a mais avanada de todas as estaes experimentais de americanizao. Em Chicago, melhor do que em qualquer outro ponto, pode-se acompanhar o processo sumrio que usais para conseguir, de plantas aliengenas, ao fim de curto estgio de aclimao, frutos genuinamente americanos. Aqui estamos em frente de uma das cancelas do mundo, por onde vm entrando novas concepes sociais, novas formas de vida e que uma das fontes da civilizao moderna. O tributo cincia do qual nasceu esta universidade foi o mais benfazejo emprego de uma fortuna dedicada humanidade. Aumentar a velocidade com que cresce a cincia de longe o maior servio que se poderia prestar raa humana. A prpria religio no teria o poder de trazer terra o reino de Deus sem o auxlio da cincia, na poca de progresso que se anuncia e de que no podemos ainda fazer ideia. Aumentando o nmero de homens capazes de manejar os delicados instrumentos da cincia, de compreender-lhes as vrias linguagens e de aproveitarlhes os mais altos sentidos, as universidades trabalham mais depressa que qualquer outro fator para esse dia de adiantados conhecimentos que, no futuro, ho de transformar por completo a condio humana. (Conferncia pronunciada por Joaquim Nabuco a 28 de agosto de 1908 na Universidade de Chicago. Essencial Joaquim Nabuco. Organizao e introduo de Evaldo Cabral de Mello. So Paulo: Penguin Classics, Companhia das Letras, 2010, p. 548)

cincia, de que resultam as propcias possibilidades deste campo de conhecimento. (E) expressa temor pelos futuros aspectos negativos do progresso, de que dependeriam as transformaes da condio humana.

10. Na organizao do texto, apresentado como causa o seguinte segmento: (A) (linha 1) pelo seu crescimento gigantesco. (B) (linha 1) vem assombrando o mundo. (C) (linha 3) pode-se acompanhar o processo sumrio. (D) (linha 4) Aqui estamos em frente de uma das cancelas do mundo. (E) (linhas 4 e 5) por onde vm entrando novas concepes sociais. -------------------------------11. O autor, ao empregar o segmento (A) s estaes experimentais de americanizao, revela entender que o norte-americano, poca, ainda no tinha desenvolvido o sentimento de nacionalidade. (B) melhor do que em qualquer outro ponto, nega a possibilidade de que haja mais de uma estao americana em que se produzam frutos genuinamente nacionais. (C) pode-se acompanhar o processo sumrio, insinua crtica ao processo citado, por no respeitar o necessrio protocolo. (D) para conseguir, de plantas aliengenas, ao fim de curto estgio de aclimao, frutos genuinamente americanos, exemplifica o que concebe por americanizao. (E) estamos em frente de uma das cancelas do mundo, advoga para Chicago a legtima autoridade para acatar ou condenar uma conquista cientfica americana. 12. Sobre o que se tem no texto, afirma-se com correo: (A) (linha 7) O emprego de prpria torna mais decisivo o argumento a favor do auxlio prestado pela cincia. (B) (linhas 8 e 9) Em de que no podemos ainda fazer ideia, o termo destacado equivale a ao menos, tal como se nota em Ainda se aceitassem me receber, poderia justificar-me. (C) (linha 9) aceitvel o entendimento de que Aumentando equivale a Se aumentassem. (D) (linhas 9 e 10) Em de compreender-lhes as vrias linguagens, o pronome remete a homens capazes. (E) (linha 11) O segmento qualquer outro fator legitimado pelo padro culto escrito, como tambm o a seguinte estrutura: quaisquer que seja os fatores. 13. Em Chicago, melhor do que em qualquer outro ponto, pode-se acompanhar o processo sumrio que usais para 9. Em seu discurso, Joaquim Nabuco conseguir, de (A) d sequncia ideia inicial Ufano-me de falar nesta plantas aliengenas, ao fim de curto estgio de aclimao, instituio pela minuciosa descrio dos sentimentos que o frutos genuinamente americanos. consternam naquele momento. Na frase acima, (B) ressalta os aspectos que, segundo seu julgamento, (A) um deslocamento que alteraria substancialmente o motivam o fato de Chicago, naquele momento, vir sentido original seria este: Melhor do que em qualquer assombrando o mundo. outro ponto, pode-se (C) faz um enrgico tributo cincia, objeto principal de acompanhar, em Chicago... suas consideraes, sem conseguir disfarar certo (B) o emprego da forma verbal usais confirma que, em seu ressentimento de americano do sul. discurso, Joaquim Nabuco dirige-se ao interlocutor com o (D) atribui religio o adequado encaminhamento da pronome

de tratamento Vossa Excelncia. mudana social. Entretanto, conceitos herdados e (C) o segmento para conseguir estaria corretamente intelectualismos abstratos impediam a sensibilidade para substitudo por para que seja conseguido. com o processo do devir. Raramente o que se afigurava (D) a preposio de, em de plantas aliengenas, expressa como predominante na historiografia brasileira apontava ideia de procedncia. um caminho profcuo para o historiador preocupado em (E) substituindo ao fim de curto estgio de aclimao por estudar mudanas. Os caminhos institucionalizados finalizando a fase probatria da aclimatao, a correo e escondiam os figurantes mudos e sua fala. o sentido Tanto as fontes quanto a prpria historiografia falavam a originais estariam preservados. linguagem do poder, e sempre imbudas da ideologia dos 14. Dentre as frases abaixo, a nica clara e correta : interesses estabelecidos. Desvendar ideologias implica (A) Ao promover e colaborar com a compreeno desses para o historiador um cuidadoso percurso interpretativo problemas associados a aspectos tanto tnico quanto voltado para indcios tnues e nuanas sutis. Pormenores sociais, de cujo enfrentamento tanto se depende, ele fica significativos apontavam caminhos imperceptveis, o feliz. fragmentrio, o nodeterminante, o secundrio. Destes (B) ele quem responde pela mediao e interlocuo de proviriam as pistas que indicariam o caminho da sua comunidade com os agentes pblicos, e isso parece ser interpretao da mudana, do processo do vir a ser dos um alento para voltarem acreditar numa utopia. figurantes mudos em processo de forjar estratgias de (C) Sempre foi excessiva a dor associada s minhas sobrevivncia. dificuldades, mas, com o amadurecimento intelectual e o Era engajado o seu modo de escrever histria. Como trabalho como educador, fez-me ver que isso s me historiador quis elaborar formas de apreenso do mutvel, fortaleceu. do transitrio e de processos ainda incipientes no vir a ser (D) Daqui a pouco deve haver nova onda de ataques, como da sociedade brasileira. Enfatizava o provisrio, a se anunciou, desencadeado pelos grupos mais radicais, que diversidade, a fim de documentar novos sujeitos expontaneamente assumiram o iminente litgio. eventualmente participantes da histria. (E) Os extratos das suas contas-correntes comprovam como Para chegar a escrever uma histria verdadeiramente so exguos os recursos de que dispe, prova inconteste de engajada deveria o historiador partir do estudo da que dilapidou sua herana, em total menosprezo queles urdidura dos pormenores para chegar a uma viso de que o criaram. conjunto de sociabilidades, experincias de vida, que por sua vez traduzissem necessidades sociais. Aderir 15. Est redigida de modo claro e em conformidade com pluralidade se lhe afigurava como uma condio essencial o padro culto escrito a seguinte frase: para este sondar das possibilidades de emergncia de (A) Idneo, com extraordinrio senso de medida, e sempre novos fatores de mudana social. atuando com discrio, era o mais cotado para ascender ao Tratava-se, na historiografia, de aceitar o provisrio como cargo a cuja disputa ningum jamais se furtava. necessrio. (B) Quem quizesse afagar o ego do velho casmurro, lhe Caberia ao historiador o desafio de discernir e de bastava oferecer dois dedos de prosa e toda a pacincia para apreender, juntamente com valores ideolgicos ouvir-lhe em suas detalhadas lembranas do tempo da preexistentes, as possibilidades de coexistncia de valores e guerra. necessidades sociais diversas que conviviam entre si no (C) A estrutura do setor de compras possui aspectos que processo de formao da sociedade brasileira sem uma sem dvida, faz o funcionrio perder-se ao fazer os necessria coerncia. lanamentos, deixando para a chefia que o faam. (D) Todos devem ter o direito da integrao cultural, o que (Fragmento adaptado de Maria Odila Leite da Silva Dias, depende, em ltima instncia, dos que tomam decises Srgio respeitarem o princpio universal da igualdade de Buarque de Holanda e o Brasil. So Paulo, Perseu oportunidades. Abramo, (E) Surpreende a proposta feita anteontem, na diretoria pela 1998, pp.15-17) secretria geral, segundo a qual, porque no prouvemos o depsito de material de limpeza, tenhamos de providenci- 1. Na viso de Srgio Buarque de Holanda, o historiador lo a nossas prprias expensas. deve valorizar (A) os personagens que tiveram papel preponderante na histria nacional, deixando de lado os figurantes a TRT 23 REGIO - MAIO 2011 - ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA PROVA AY quem dado muito espao na historiografia brasileira tradicional. TIPO 001 (B) o fragmento e o detalhe, contrapondo-se assim historiografia brasileira tradicional, que privilegia a Ateno: As questes de nmeros 1 a 6 referem-se ao texto totalidade e a sntese. (C) o inacabado e o imperfeito, convergindo para a abaixo. Poltica e sociedade na obra de Srgio Buarque de historiografia brasileira tradicional, que sempre recusou a estabilidade e a permanncia. Holanda (D) os resultados em lugar do processo, objetivando tornar mais significativas as descobertas da histria tradicional Para Srgio Buarque de Holanda a principal tarefa do feita no Brasil. historiador consistia em estudar possibilidades de (E) as ideologias e o papel fundamental que Desempenham

em todo o processo histrico, muito mais A frase acima est corretamente reescrita, Preservandoimportante que aquele exercido pelos indivduos. se em linhas gerais o sentido original, em: _______________________________________ (A) s formas de apreenso do mutvel, do transitrio e 2. Ao contrapor conceitos herdados e intelectualismos de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade abstratos, de um lado, e a sensibilidade para com o brasileira voltou-se o historiador Srgio Buarque, processo do devir, de outro, a autora afirma a opo de com o intento de elabor-las. Srgio Buarque de Holanda (B) Srgio Buarque, como historiador, dedicou-se (A) pelo pensamento metdico e consagrado em detrimento elaborar formas de apreenso do mutvel, do transitrio da observao sempre enganosa dos fatos. e dos processos ainda incipientes no vir a ser da (B) pela arte, capaz de despertar os sentidos mais sociedade brasileira. embotados, em detrimento da filosofia, em que a razo (C) As formas de apreenso do mutvel, do transitrio e invariavelmente predomina. de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade (C) pelo trabalho braal, palpvel e concreto, em brasileira o historiador Srgio Buarque pretendeu detrimento do trabalho intelectual, desvinculado da vida e dar elaborao. da realidade. (D) Em seu trabalho como historiador, Srgio Buarque (D) pelo passado, que se pode conhecer em detalhes e tinha como meta chegar certas formas de apreenso de modo seguro, em detrimento do futuro, que no do mutvel, do transitrio e de processos ainda pode ser previsto seno especulativamente. incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. (E) pela apreenso da realidade fugidia e instvel em (E) O historiador Srgio Buarque dedicou-se a elaborao detrimento da teoria inflexvel e da especulao de formas de apreenso do mutvel, do transitrio vazia. e de processos ainda incipientes no vir a ser da ___________________________________ sociedade brasileira. 3. Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho ... ____________________________________________ O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de Ateno: As questes de nmeros 7 a 10 referem-se ao complemento que o grifado acima est tambm grifado texto abaixo. em: (A) ... a principal tarefa do historiador consistia em A navegao fazia-se, comumente, das oito horas da estudar possibilidades de mudana social. manh s cinco da tarde, quando as canoas embicavam (B) Os caminhos institucionalizados escondiam os pelos barrancos e eram presas a troncos de rvores, com o figurantes mudos e sua fala. auxlio de cordas ou cips. Os densos nevoeiros, que se (C) Enfatizava o provisrio, a diversidade, a fim de acumulam sobre os rios durante a tarde e pela manh, s documentar novos sujeitos ... vezes at o meio-dia, impediam que se prolongasse o (D) ... sociabilidades, experincias de vida, que por sua horrio das viagens. vez traduzissem necessidades sociais. Antes do pr-do-sol, costumavam os homens arrancharse (E) Era engajado o seu modo de escrever histria. e cuidar da ceia, que constava principalmente de feijo _______________________________________ com toucinho, alm da indefectvel farinha, e algum 4. Tanto as fontes quanto a prpria historiografia falavam pescado ou caa apanhados pelo caminho. Quando a a linguagem do poder ... bordo, e por no poderem acender fogo, os viajantes Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a tinham de contentar-se, geralmente, com feijo frio, feito forma verbal resultante ser: de vspera. (A) eram faladas. De qualquer modo, era esse alimento tido em grande (B) foi falada. conta nas expedies, passando por extremamente (C) se falaram. substancial e saudvel. Um dos motivos para tal (D) era falada. preferncia vinha, sem dvida, da grande abundncia de (E) tinha-se falado. feijo nos povoados, durante as ocasies em que costumavam sair as frotas destinadas ao Cuiab e a Mato 5. O segmento retirado do texto cuja redao mantm-se Grosso. correta com o acrscimo de uma vrgula : (Adaptado de Srgio Buarque de Holanda. Mones. 3.ed. (A) Raramente o que se afigurava como predominante So na historiografia brasileira, apontava um caminho Paulo, Brasiliense, 2000, pp.105-6) profcuo ... (B) Caberia ao historiador, o desafio de discernir e de 7. O segmento cujo sentido est corretamente expresso apreender ... em outras palavras : (C) Para chegar a escrever uma histria verdadeiramente (A) alm da indefectvel farinha = sem contar a eventual engajada, deveria o historiador ... moagem. (D) Aderir pluralidade se lhe afigurava, como uma (B) feito de vspera = ritualmente preparado. condio essencial para este sondar ... (C) tido em grande conta nas expedies = muito caro (E) Desvendar ideologias, implica para o historiador um para as viagens. cuidadoso percurso interpretativo ... (D) arranchar-se e cuidar da ceia = abancar-se e servir o ______________________________________________ jantar. 6. Como historiador quis elaborar formas de Apreenso (E) impediam que se prolongasse = obstavam que se do mutvel, do transitrio e de processos ainda incipientes estendesse. no vir a ser da sociedade brasileira. __________________________________________

8. Quando a bordo, e por no poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijo frio, feito de vspera. Identificam-se nos segmentos grifados na frase acima, respectivamente, noes de (A) modo e consequncia. (B) causa e concesso. (C) temporalidade e causa. (D) modo e temporalidade. (E) consequncia e oposio. _____________________________________________ 9. Leia atentamente as afirmaes a seguir.

homicdios no s legtimos como tambm gloriosos. Todavia, como explicar que a guerra sempre tenha sido vista com horror pelos brmanes, tanto quanto o porco era execrado pelos rabes e pelos egpcios? Os primitivos aos quais foi dado o nome ridculo de quakers** fugiram da guerra e a detestaram por mais de um sculo, at o dia em que foram forados por seus irmos cristos de Londres a renunciar a essa prerrogativa, que os distinguia de quase todo o restante do mundo. Portanto, apesar de tudo, possvel abster-se de matar homens. Mas h cidados que vos bradam: um malvado furou-me um olho; um brbaro matou meu irmo; queremos vingana; quero um olho do agressor que me cegou; quero I. O segmento grifado em as canoas [...] eram presas todo o sangue do assassino que apunhalou meu irmo; a troncos de rvores, com o auxlio de cordas ou queremos que seja cumprida a antiga e universal lei de cips (primeiro pargrafo) pode ser substitudo por talio. auxiliadas consoante, sem prejuzo para a correo No podereis acaso responder-lhes: Quando aquele e a clareza. que vos cegou tiver um olho a menos, vs tereis um olho a mais? Quando eu mandar supliciar aquele que matou II. Em Os densos nevoeiros, que se acumulam sobre vosso irmo, esse irmo ser ressuscitado? Esperai alguns os rios (primeiro pargrafo), o segmento grifado dias; ento vossa justa dor ter perdido intensidade; no pode ser substitudo, sem prejuzo para a correo vos aborrecer ver com o olho que vos resta a vultosa e o sentido, por acumulados. soma de dinheiro que obrigarei o mutilador a vos dar; com ela vivereis vida agradvel, e alm disso ele ser vosso III. A expresso De qualquer modo, no ltimo pargrafo, escravo durante alguns anos, desde que lhe seja permitido equivalente a Em todo caso. conservar seus dois olhos para melhor vos servir durante Est correto o que se afirma em esse tempo. Quanto ao assassino do seu irmo, ser vosso (A) I, apenas. escravo enquanto viver. Eu o tornarei til para sempre a (B) II, apenas. vs, ao pblico e a si mesmo. (C) I e III, apenas. assim que se faz na Rssia h quarenta anos. Os (D) II e III, apenas. criminosos que ultrajaram a ptria so forados a servir (E) I, II e III. ptria para sempre; seu suplcio uma lio contnua, e foi ______________________________________________ a partir de ento que aquela vasta regio do mundo deixou 10. O verbo corretamente empregado e flexionado est de ser brbara. grifado em: (Voltaire - O preo da justia. So Paulo: Martins Fontes, 2001, pp. 15/16. Trad. de Ivone Castilho Benedetti) (A) de se imaginar que, se os viajantes setecentistas * Excerto de texto escrito em 1777, pelo filsofo iluminista antevessem as dificuldades que iriam deparar, muitos francs Voltaire (1694-1778). deles desistiriam da aventura antes mesmo de ** Quaker = associao religiosa inglesa do sc. XVI, embarcar. defensora (B) O que quer que os compelisse, cabe admirar a coragem do pacifismo. desses homens que partiam para o desconhecido sem saber o que os aguardava a cada volta do rio. 11. No segundo pargrafo, em sua argumentao contra (C) Caso no se surtisse com os mantimentos necessrios a pena de morte, Voltaire refuta a tese segundo a qual para o longo percurso, o viajante corria o risco de (A) a pena de morte sempre existiu entre os povos, literalmente morrer de fome antes de chegar ao sancionada pelos legisladores mais prestigiados. destino. (B) as guerras demonstram que a execuo do inimigo (D) Se no maldiziam os santos, bastante provvel uma prtica no apenas legtima como tambm que muitos dos viajantes maldizessem ao menos o universal. destino diante das terrveis tribulaes que deviam (C) os quakers constituem um exemplo de que, surgindo enfrentar. a oportunidade, os medrosos tornam-se valentes. (E) Na histria da humanidade, desbravadores foram (D) os homicdios s podem ser evitados quando os no raro aqueles que sobreporam o desejo de enriquecer responsveis relativa segurana de uma vida sedentria. por eles renunciam a suas prerrogativas. (E) a execuo de criminosos, justificvel durante uma Ateno: As questes de nmeros 11 a 20 referem-se ao guerra, torna-se inaceitvel em tempos de paz. texto seguinte. 12. Atente para as seguintes afirmaes: Do homicdio* Cabe a vs, senhores, examinar em que caso justo privar I. O caso dos quakers lembrado para exemplificar a da vida o vosso semelhante, vida que lhe foi dada por mesma convico sustentada por outra coletividade, Deus. a dos brmanes. H quem diga que a guerra sempre tornou esses II. A pena de talio refutada por Voltaire porque ele,

a par de consider-la eficaz, julga-a ilegtima e excessivamente cruel. III. O caso da Rssia serve a Voltaire para demonstrar que uma pena exemplar, cumprida em vida, tambm ndice de civilizao. Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e III. (E) II e III. __________________________________________ 13. Em relao ao quarto pargrafo, correto afirmar que Voltaire se vale do seguinte procedimento: (A) formula perguntas retricas, supondo sempre que se deva responder a elas de modo afirmativo. (B) imagina os argumentos a que seus leitores poderiam recorrer contra os defensores da pena de talio. (C) enumera as razes pelas quais so imorais as vantagens advenientes da aplicao da pena de talio. (D) simula mostrar complacncia diante do criminoso, para com isso fustigar os defensores da pena de morte. (E) tipifica os delitos para os quais se providenciaro a tortura pblica e uma reparao pecuniria. ___________________________________________ 14. Considerando-se o contexto, mostra-se adequada compreenso do sentido de um segmento em: (A) foram forados a renunciar a essa prerrogativa (2o pargrafo) = os quakers foram obrigados a desistir de qualquer intento blico. (B) possvel abter-se de matar homens (2o pargrafo) = no verdade que o instinto assassino deixe de prevalecer, em alguns casos. (C) que seja cumprida a antiga e universal lei de talio (3o pargrafo) = cumpra-se: olho por olho, dente por dente. (D) No podereis acaso responder-lhes (4o pargrafo) = sereis impedidos de lhes responder ao acaso. (E) seu suplcio uma lio contnua (5o pargrafo) = um martrio que se infligem perpetuamente. ____________________________________________ 15. correto concluir da argumentao de Voltaire, tomando-se o conjunto do texto: (A) Alm de ineficaz, a pena de morte impede uma reparao a quem de direito e impossibilita a aplicao de uma pena socialmente exemplar. (B) A pena de morte e a pena de talio so brbaras, ao contrariarem os desgnios divinos e os impulsos da natureza humana. (C) desprezvel a ideia da compensao pecuniria por direitos ofendidos, sendo justo promover a indenizao apenas pelo carter pedaggico da medida. (D) No h lio possvel a se tirar da pena de talio, por isso os legisladores devem preocupar-se com a reparao financeira que redima o criminoso. (E) Os brbaros adotam a pena de talio, que favorece os criminosos, ao invs de adotarem penas exemplares, que punem a sociedade.

16. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na frase: (A) Havendo quem vos pretendam convencer de que a pena de morte necessria, perguntem onde e quando ela j se provou indiscutivelmente eficaz. (B) Entre os cidados de todos os pases nunca deixaro de haver, por fora do nosso instinto de violncia, os que propugnam pela pena de morte. (C) Destaca-se, entre as qualidades de Voltaire, suas tiradas irnicas e seu humor ferino, armas de que se valia em suas pregaes de homem liberal. (D) Embora remontem aos hbitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de talio ainda goza de prestgio entre cidados que se dizem civilizados. (E) Ope-se s ideias libertrias de Voltaire, um lcido pensador iluminista, a violncia das penas irracionais que se aplicam em nome da justia. ___________________________________________ 17. Est adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) Os argumentos de que devemos nos agarrar devem se pautar nos limites da racionalidade e da justia. (B) Os casos histricos em que Voltaire recorre em seu texto ajudam-no a demonstrar de que a pena de morte ineficaz. (C) A pena de talio um recurso de cuja eficcia muitos defendem, ningum se abale em tentar demonstr-la. (D) Os castigos a que se submetem os criminosos devem corresponder gravidade de que se reveste o crime. (E) As ideias liberais, de cuja propagao Voltaire se lanou, estimulam legisladores em quem no falte o senso de justia. _____________________________________ 18. Deve-se CORRIGIR, por deficincia estrutural, a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) O tratamento de vs, que hoje nos soa to cerimonioso, ecoa uma poca em que se aliavam boa argumentao e boa retrica. (B) Voltaire no hesita em lembrar as vantagens reais da aplicao de penas que poupam a vida do criminoso para que pague pelo que fez. (C) Como sempre h quem defenda os castigos capitais, razo pela qual Voltaire buscou refut-los, atravs de alternativas mais confiveis. (D) Note-se a preocupao que tem esse iluminista francs em escalonar as penas de modo a que nelas se preserve adequada relao com o crime cometido. (E) Na refutao aos que defendem a pena de talio, Voltaire argumenta que o mal j causado no se sana com um ato idntico ao do criminoso. 19. Est adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase: (A) Os criminosos que tenham ultrajado a ptria seriam forados a servi-la pelo tempo que se julgava necessrio. (B) Os que vierem a ultrajar a ptria deveriam ser submetidos a um castigo que trouxera consigo uma clara lio.

(C) Ningum seria indiferente a uma vultosa soma que o evento. venha a receber como indenizao ao delito que o Qualquer cidado pode resolver sair da casca e dizer ao prejudique. mundo o que pensa da seleo brasileira, ou da mulher que (D) O prprio criminoso, se mantivesse alguma dose de o abandonou, ou da falta de oportunidades no seu ramo de decncia, possa tirar proveito da lio a que seja negcio. submetido. Artistas plsticos trocam figurinhas em seus blogs diante (E) Sempre houve povos que, por forte convico, evitaram de um largo pblico de espectadores, escritores adiantam a guerra, ainda quando fossem provocados. um captulo do prximo romance, um msico resolve ______________________________________ divulgar sua nova cano j acompanhada de cifras para 20. Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas acompanhamento no violo. s abrir um espao na mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de internet. morte no so capazes de atribuir pena de morte o Outro dia, num blog de algum sucesso, o autor gabavase efeito de reparao do ato do criminoso que de promover democraticamente, entre os incontveis Supostamente mereceria a pena de morte. seguidores seus, uma discusso sobre as mesmas questes Evitam-se as viciosas repeties da frase acima que preocupavam a roda fechada e cerimoniosa dos Substituindo- se os elementos sublinhados, filsofos companheiros de Plato. Isso sim, argumentava Respectivamente, por: ele, que um dilogo verdadeiro. Tal atrevimento supe (A) a defendem - lhe atribuir - a mereceria. que quantidade implicaria (B) a defendem - atribui-la - lhe mereceria. qualidade, e que democracia uma soma infinita das (C) defendem-na - atribui-la - merecer-lhe-ia. impresses e opinies de todo mundo... (D) lhe defendem - lhe atribuir - mereceriam-na. No importa a extenso das descobertas tecnolgicas, (E) defendem-lhe - atribuir-lhe - a mereceria. sempre ser imprescindvel a atuao do nosso esprito crtico diante de cada fato novo que se imponha nossa ateno. TRT 24 REGIO - fev 2011 - ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA PROVA A01 (Belarmino Braga, indito) TIPO 001 1. Considerando-se o contexto, deve-se entender por autoria institucional uma atribuio que se aplica a Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto seguinte. (A) grupos de pessoas que participam regularmente de Pensando os blogs um mesmo blog. (B) informaes publicadas em conhecidos rgos da H no muito tempo, falava-se em imprensa escrita, falada e televisada quando se desejava abarcar todas as imprensa. possibilidades da comunicao jornalstica. Os jornais e as (C) linguagens jornalsticas criadas para concorrer com revistas, o rdio e a televiso constituam o pleno espao as dos blogs. pblico das informaes. Tinham em comum o que se pode (D) matrias publicadas em srie sucessiva num mesmo chamar de autoria institucional: dizia-se, por exemplo, rgo da imprensa. que tal notcia deu no Dirio Popular, ou foi ouvida na (E) reportagens assinadas por jornalistas devidamente credenciados. rdio Cacique, ou passou no telejornal da TV Excelsior. Funcionava como prova de veracidade do fato. _____________________________ 2. De acordo com texto, os blogs tm como caracterstica Hoje a autoria institucional enfrenta sria concorrncia dos autores annimos, ou semi-annimos, que se valem dos I. a abertura para participao autoral de leitores recursos da internet, entre eles os incontveis blogs. Considerados uma espcie de cadernos pessoais abertos, interessados em se manifestar num espao virtual j constitudo; os blogs possibilitam interveno imediata do pblico e exploram em seu espao virtual as mais distintas formas de II. a reverso de matrias que seriam, a princpio, de interesse pblico em matrias de interesse exclusivamente linguagem: textos, desenhos, gravuras, fotos, msicas, privado; vdeos, ilustraes, reportagens, III. a explorao de diferentes gneros literrios e entrevistas, arquivos importados etc. etc. A novidade maior dos blogs est nessa imediata conexo que podem linguagens outras que no a verbal, alm da plena realizar entre o que seria essencialmente privado e o que liberdade na eleio dos temas a serem tratados. Em relao ao texto, correto depreender o que se afirma seria essencialmente pblico. At mesmo alguns velhos em jornalistas mantm com regularidade esses espaos (A) I, II e III. abertos da internet, sem prejuzo para suas colunas nos (B) I e II, apenas. jornais tradicionais. (C) I e III, apenas. A diferena que, em seus blogs, eles se permitem (D) II e III, apenas. depoimentos subjetivos e apreciaes pessoais que no (E) I, apenas. teriam lugar numa Folha de S. Paulo ou num O Globo, por exemplo. So capazes de narrar a cerimnia de posse do presidente 3. Ao final do texto, o autor desaprova, precisamente, o fcil entusiasmo de quem considera os blogs da Repblica incluindo os apartes e as impresses dos filhos pequenos que tambm acompanhavam e comentavam (A) irrefutveis evidncias das vantagens tecnolgicas de que muitos podem usufruir.

(B) exemplos incontestes da superioridade da inteligncia artificial em relao humana. (C) vlidos desafios, que podem e devem estimular a nossa reao e anlise crticas. (D) dilogos espontneos e, por isso, verdadeiros, em consonncia com a tradio dos dilogos platnicos. (E) espaos generosos que multiplicam debates de nvel superior aos dilogos dos pensadores clssicos. ______________________________________ 4. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

institucional de outras modalidades autorais, presumindo que a primeira obtm maior crdito. (C) Para muitos, os blogs so um recurso de comunicao de eficcia nunca antes alcanada, suplantando em extenso e profundidade os dilogos platnicos. (D) Ainda que possam ser benvindos, os blogs no devem constituir uma obcesso tal que remova seus usurios de diligenciarem outras formas de linguagem. (E) A democratizao do pensamento no pode ficar presa uma forma de comunicao, visto que so os contedos que determinam sua consumao.

(A) abarcar todas as possibilidades (1o pargrafo) = 8. No contexto do 3o pargrafo, a frase final s abrir incrementar todas as hipteses. um espao na internet tem como sentido implcito o que (B) prova de veracidade do fato (1o pargrafo) = aprovao enuncia este segmento: da verossimilhana da ocorrncia. (A) e assim se comprovar como possvel superar (C) possibilitam interveno imediata do pblico (2o Plato. pargrafo) = consignam o imediatismo do pblico (B) para corporificar essas iniciativas na linguagem de participante. um blog. (D) a roda fechada e cerimoniosa dos filsofos (4o (C) e adviro as reaes que costuma provocar a autoria pargrafo) institucional. = o crculo restrito e solene dos pensadores. (D) para se comprovar a efemeridade das informaes (E) atuao do nosso esprito crtico (5o pargrafo) = de um blog. apropriao (E) para que um blog passe a enfrentar severa reao de nossa sensibilidade intuitiva. crtica. ________________________________ _______________________________________ 5. A expresso cadernos pessoais abertos (2o pargrafo), 9. Est adequado o emprego de ambos os elementos no contexto, sublinhados na frase: (A) Os recursos da internet, dos quais podemos nos valer (A) assinala a conexo que os blogs promovem entre a a qualquer momento, permitem veicular mensagens esfera do privado e a esfera pblica. por cujo contedo seremos responsveis. (B) refere-se ao carter acidental e transitrio que marca (B) Artistas plsticos, que suas obras lhes interessa a vigncia dos blogs como espao virtual. divulgar, frequentam os espaos da internet, (C) indica o primarismo um tanto escolar que costuma mediante aos quais promovem a divulgao de seu caracterizar as linguagens exploradas nos blogs. trabalho. (D) enfatiza a contradio que impede os blogs de (C) Jornalistas veteranos, de cujas colunas tantos leitores constiturem um espao de discusso democrtica. j frequentaram, passaram a criar seus prprios (E) ressalta o improviso e a superficialidade das blogs, pelos quais acrescentam uma dose de subjetivismo. confidncias que habitualmente se fazem nos blogs. (D) comum que, num blog, os assuntos pblicos, a cujo 6. As normas de concordncia verbal esto plenamente interesse social ningum duvida, coabitem aos assuntos respeitadas na frase: particulares, que a poucos interessar. (A) No passado, com as qualificaes escrita, falada e (E) As mltiplas formas de linguagem com que o autor televisada pretendiam-se designar toda a abrangncia de um blog pode lanar mo obrigam-no a se familiarizar das formas de comunicao jornalstica. com tcnicas de que jamais cogitou dominar. (B) A multiplicao de tantos autores annimos de blogs ________________________________________________ acabaram por representar uma sria concorrncia para os _________ profissionais da comunicao. 10. Transpondo-se para a voz passiva a frase Hoje a (C) Em nossos dias, cabem a quaisquer cidados tomar autoria institucional enfrenta sria concorrncia dos a iniciativa de criar um blog para neles desenvolverem autores annimos, obter-se- a seguinte forma verbal: seus temas e pontos de vista. (A) so enfrentados. (D) J no se opem, num blog, a instncia do que seja (B) tem enfrentado. de interesse privado e a instncia do que seja de interesse (C) tem sido enfrentada. pblico. (D) tm sido enfrentados. (E) Permitem-se aos seguidores de um blog levantar (E) enfrentada. discordncia quanto s linhas de argumentao desenvolvidas por seu autor. Ateno: As questes de nmeros 11 a 15 referem-se ao __________________________________ texto seguinte. 7. Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: Leis religiosas e leis civis (A) Nos blogs h uma subjetividade da qual os outros As leis religiosas tm mais sublimidade; as leis civis meios de comunicao jornalstica se ressentem, dispem de mais extenso. uma vez que no de sua caracterstica contemplla. As leis de perfeio, extradas da religio, tm por objeto (B) O autor do texto exime-se ao diferenciar autoria mais a bondade do homem que as segue do que a da

sociedade na qual so observadas; ao contrrio, as leis civis versam mais sobre a bondade moral dos homens em geral do que sobre a dos indivduos. Deste modo, por respeitveis que sejam os ideais que nascem imediatamente da religio, no devem sempre servir de princpio s leis civis, porque outro o princpio destas, que o bem geral da sociedade. (Montesquieu, Do esprito das leis)

tempos e modos verbais na frase:

(A) As leis de perfeio teriam por objeto mais a bondade do homem que as seguisse do que a da sociedade na qual fossem observadas. (B) As leis de perfeio tinham por objeto mais a bondade dos homens que as seguir do que a da sociedade na qual sero observadas. (C) As leis de perfeio tero por objeto mais a bondade 11. Atentando-se para a primeira frase e considerando- dos homens que as tivessem seguido do que a da se o conjunto do texto, os termos sublimidade e extenso sociedade na qual tero sido observadas. dizem respeito, respectivamente, ao carter (D) As leis de perfeio teriam por objeto mais a (A) mstico dos evangelhos cannicos e materialista dos bondade do homem que as siga do que a da textos da jurisprudncia. sociedade na qual tm sido observadas. (B) de espiritualidade das normas religiosas e de (E) As leis de perfeio tero tido por objeto mais a abrangncia social do direito civil. bondade do homem que viesse a segui-las do que a (C) dogmtico das convices de f e libertrio das da sociedade na qual fossem observadas. legislaes constitucionais. (D) divino dos postulados cristos e humanista da 15. O verbo indicado entre parnteses dever ser declarao dos direitos humanos. flexionado numa forma do plural para preencher de (E) de profundidade das certezas msticas e de modo correto a lacuna da frase: superficialidade da ordem jurdica. (A) s bondades individuais ...... (dever) seguir um benefcio que se estenda ao conjunto de uma sociedade. 12. Atente para as seguintes afirmaes: (B) Nem sempre ...... (haver) de respeitar as leis da religio quem se curva s leis civis. I. A bondade do indivduo e as virtudes coletivas so (C) No se ...... (respeitar) as leis civis por bondade, instncias que se ligam entre si, de modo inextricvel nem as religiosas por esprito cvico. e em recproca dependncia. (D) No se ...... (opor) o princpio da religio ao da ordem II. A diferena de princpios permite distinguir entre o civil, embora as instncias de uma e outra sejam que h de respeitvel nos ideais religiosos e o que se elege distintas. como um bem comum nas leis civis. (E) ...... (ser) de se notar, entre as leis civis e as religiosas, III. Tanto no mbito das leis civis quanto no das religiosas, a diferena dos princpios que as regem. o objetivo ltimo o mesmo: o aprimoramento moral do indivduo. TRE AMAP- jun 2011 - ANALISTA JUDICIRIO Em relao ao texto, est correto o que se afirma em REA ADMINISTRATIVA PROVA B02 TIPO 001 (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. Portugus (C) II e III, apenas. Ateno: Para responder s questes de nmeros 1 a 8, (D) I e III, apenas. considere o texto abaixo. (E) II, apenas. __________________________________________ 1. As indstrias culturais, e mais especificamente a 13. As leis religiosas tm mais sublimidade; as leis civis do cinema, criaram uma nova figura, mgica, dispem de mais extenso. absolutamente moderna: a estrela. Depressa ela A respeito da construo da frase acima, correto Desempenhou um papel importante no sucesso de massa afirmar que que o cinema (A) o verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que 5. alcanou. E isso continua. Mas o sistema, por assume na frase A solido dispe o homem melancolia. muito tempo restrito apenas tela grande, estendeu-se (B) da comparao entre leis civis e leis religiosas, expressa progressivamente, com o desenvolvimento das indstrias pelo termo mais, resulta a superioridade culturais, a outros domnios, ligados primeiro aos setores inconteste de uma delas. do espetculo, da televiso, do show business. Mas (C) entre os dois segmentos separados pelo ponto e vrgula 10. alguns sinais j demonstravam que o sistema estabelece-se uma relao de sentido equivalente estava prestes a se espalhar e a invadir todos os domnios: ao da expresso ao passo que. imagens como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de fotos (D) entre os dois segmentos separados por ponto e vrgula a psteres, no mundo inteiro, anunciavam a planetarizao estabelece-se uma relao de sentido equivalente de um sistema que o capitalismo de ao da expresso por conseguinte. 15. hperonsumo hoje v triunfar. (E) o verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que O que caracteriza o star-system em uma era hipermoderna assume na frase O sacristo disps o altar para a , de fato, sua expanso para todos os domnios. Em todo o missa. domnio da cultura, na poltica, na religio, na cincia, na ________________________________________ 20. arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, at 14. Est plenamente adequada a correlao entre na cozinha, tem-se uma economia do estrelato, um mercado

do nome e do renome. A prpria literatura consagra foto ou pster. escritores no mercado internacional, os quais negociam (C) comprovar que o sistema associado figura da seus direitos por intermdio de agentes, segundo o sistema estrela estava ligado aos setores do espetculo, da que prevalece nas indstrias do televiso, do show business. 25. espetculo. Todas as reas da cultura valem-se de (D) conferir dignidade indstria cultural, demonstrando paradas de sucesso (hit-parades), dos mais vendidos (best- que essa indstria tem tambm a funo de dar sellers), de prmios e listas dos mais populares, assim visibilidade imagem de grandes lderes. como de recordes de venda, de frequncia e de audincia (E) demonstrar, por meio de particularizao, que antes destes ltimos. da era hipermoderna j havia sinais de que o starsystem 30. A extenso do star-system no se d sem uma invadiria todos os domnios. forma de banalizao ou mesmo de degradao - da figura ___________________________________ pura da estrela, trazendo consigo uma imagem de 3. Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas tela eternidade, chega-se vedete do momento, figura fugidia grande, estendeu-se progressivamente, com o da celebridade do dia; do cone nico e insubstituvel, desenvolvimento das indstrias culturais, a outros passa domnios, ligados primeiro aos setores do espetculo, da 35. se a uma comunidade internacional de pessoas televiso, do show business. conhecidas, celebrizadas, das quais revistas Na frase acima, o segmento destacado equivale a: especializadas divulgam as fotos, contam os segredos, perseguem a intimidade. (A) por conta de ter ficado muito tempo restrito. Da glria, prpria dos homens ilustres da (B) ainda que tenha ficado muito tempo restrito. Antiguidade e que era como o horizonte resplandecente (C) em vez de ter ficado muito tempo restrito. 40. da grande cultura clssica, passou-se s estrelas - (D) ficando h muito tempo restrito. forma ainda heroicizada pela sublimao de que eram (E) conforme tendo ficado muito tempo restrito. portadoras , depois, com a rapidez de duas ou trs dcadas de hipermodernidade, s pessoas clebres, s 4. A extenso do star-system no se d sem uma forma de personalidades conhecidas, s pessoas. Deslocamento banalizao ou mesmo de degradao - da figura pura da progressivo estrela, trazendo consigo uma imagem de eternidade, 45. que no mais que o sinal de um novo triunfo da chega-se vedete do momento, figura fugidia da formamoda, conseguindo tornar efmeras e consumveis as celebridade do dia; do cone nico e insubstituvel, passaprprias estrelas da notoriedade.. se a uma comunidade internacional de pessoas conhecidas, celebrizadas, das quais revistas (Adap. de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy. Uma cultura de especializadas divulgam as fotos, contam os segredos, celebridades: a universalizao do estrelato. In A cultura perseguem a intimidade. mundo: resposta a uma sociedade desorientada. Trad: Considerado o fragmento acima, em seu contexto, Maria Lcia Machado. So Paulo: Companhia das Letras, correto afirmar: 2011, p.81 a 83) (A) A expresso ou mesmo indica que os autores atribuem 1. No texto, os autores palavra degradao um sentido de rebaixamento mais intenso do que atribuem palavra banalizao. (A) tecem elogios s indstrias culturais, assinalando (B) A substituio de no se d sem uma forma de como positivo o desempenho delas na constituio banalizao por procede de um tipo de atitude de sociedades modernas. trivial mantm o sentido original. (B) advogam o reconhecimento do papel exclusivo do (C) A forma trazendo expressa, na frase, sentido de cinema na criao e disseminao da figura da estrela. condicionalidade, equivalendo a se trouxer. (C) atribuem s estrelas do cinema a massificao dessa (D) O contexto exige que se compreendam os segmentos arte, em um sistema que permanece unicamente da figura pura da estrela e do cone nico e insubstituvel por fora da atuao das atrizes de alta categoria. como expresses de sentidos opostos. (D) condenam a expanso do sistema que equivocadamente (E) A substituio de das quais por cujas mantm a se constituiu no passado em torno da figura da estrela, correo e o sentido originais. porque ele tornou obrigatria a figura __________________________________ intermediria do agente. 5. Da glria, prpria dos homens ilustres da Antiguidade (E) apontam a hipermodernidade como era que adota, de e que era como o horizonte resplandecente da grande modo generalizante, prticas que na modernidade cultura clssica, passou-se s estrelas - forma ainda mais se associavam s indstrias do espetculo. heroicizada pela sublimao de que eram portadoras - , ____________________________________ depois, com a rapidez de duas ou trs dcadas de 2. Os autores referem-se a Gandhi ou Che Guevara com hipermodernidade, s pessoas clebres, s personalidades o objetivo de conhecidas, s pessoas. Deslocamento progressivo que no mais que o sinal de um novo triunfo da formamoda, (A) insinuar que, na modernidade, a imagem independe conseguindo tornar efmeras e consumveis as do valor que efetivamente um homem representa. prprias estrelas da notoriedade. (B) recriminar, em aparte irrelevante para a argumentao Levando em conta o acima transcrito, em seu contexto, principal, a falta de critrio na exposio da figura de um assinale a afirmao correta. lder, que acarreta o uso corriqueiro de sua imagem - numa (A) No segmento que se encontra entre vrgulas,

imediatamente depois de Da glria, somente uma das declaraes destina-se a caracterizar glria. (B) legtimo entender-se do fragmento: as estrelas ostentavam, e pelas mesmas razes, a aura de herosmo que representava a glria dos homens ilustres da Antiguidade. (C) No segmento que descreve a segunda parte do processo de deslocamento, introduzida por depois, a expresso que est subentendida Da glria. (D) As aspas, em pessoas, chamam a ateno para o particular sentido em que a palavra foi usada: como sinnimo das duas expresses imediatamente anteriores. (E) A forma efmeras e consumveis obtm sua fora expressiva pela repetio de uma mesma ideia, repetio que se d sem acrscimo de trao de sentido.

6. Em certas passagens do primeiro pargrafo, os autores referem-se a certas aes pretritas que consideravam contnuas. A forma verbal que demonstra essa atitude 9. Est correta a seguinte frase: (A) (linha 2) criaram. (B) (linha 5) alcanou. (C) (linha 5) continua. (D) (linha 13) anunciavam. (E) (linha 15) v triunfar. ________________________________________ 7. Considere as afirmaes que seguem.

do sistema que hoje se v triunfar segundo o capitalismo de hiperconsumo. (B) ...tanto Gandhi e tambm Che Guevara, com imagens indo de fotos a psteres no mundo inteiro anunciavam aquilo que o capitalismo de hiperconsumo chama planetarizao de um sistema. (C) ...indo de fotos a psteres, no mundo inteiro, imagens tais como a de Gandhi ou Che Guevara anunciavam que havia se planetarizado o sistema que o capitalismo de hiperconsumo, hoje, v triunfar. (D) ...planetarizou-se o sistema - aquele que o capitalismo de consumo hoje v o triunfo - o que foi anunciado com as imagens de Gandhi e Che Guevara indo pelo mundo com fotos a psteres. (E) ...um sistema que o capitalismo de hiperconsumo hoje v seu triunfo teve anunciado sua planetarizao por Gandhi ou tambm Che Guevara, com sua ida pelo mundo, por fotos e psteres.

(A) Ainda que os mritos pela execuo do projeto no coubessem quele engenheiro, foram-lhe logo atribudos, mas ele, com humildade, no hesitou em recus-los. (B) Parecia haver muitas razes para que seus estudos de metereologia no convencesse, mas a mais excntrica era inventar pretextos inverossmeis para seus erros. (C) Devem fazer mais de seis meses que ele no constroe nenhuma maquete, talvez por estresse; por isso, muitos so I. A sequncia na poltica, na religio, na cincia, na a favor de que lhe seja concedido as frias acumuladas. arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, at na (D) Ele especialista em vegetais euros-siberianos, motivo cozinha constitui elenco de profisses que tiveram das suas anlizes serem feitas em extensa faixa de se associar ao domnio da cultura para atingir a da Europa e dele viajar to vontade. economia do estrelato. (E) Ao que me disseram, tratam-se de questes totalmente II. Em A prpria literatura consagra escritores no mercado irrelevante para o pesquisador, mas, mesmo internacional, os quais negociam seus direitos assim, jornalistas tentam assessor-lo na divulgao por intermdio de agentes, segundo o sistema delas. que prevalece nas indstrias do espetculo, a ______________________________________ expresso em destaque foi obrigatoriamente empregada 10. A alternativa que apresenta frase correta : para evitar a ambiguidade que ocorreria se, em seu lugar, fosse usado o pronome que. (A) - Senhor Ministro, peo sua licena para advertir III. Em A prpria literatura consagra escritores no que Vossa Excelncia se equivocais no julgamento mercado internacional, os quais negociam seus direitos dessa lei to polmica. por intermdio de agentes, segundo o sistema que (B) Seus companheiros, at os recm-contratados, no prevalece nas indstrias do espetculo, o segmento lhe atribuem nenhum deslize e creem que esse mais um destacado poderia ser substitudo por prevalecente, injusto empecilho entre tantos com que ele j se defrontou. sem prejuzo do sentido e da correo originais. (C) Se eles no satisfazerem todas as exigncias, no O texto legitima se tm como contrat-los sem enveredar pelo caminho da irregularidade. (A) I, somente. (D) O traumtico episdio gerou grande ansiedade, (B) II, somente. excitao desmedida que lhe fez xingar e investir contra (C) III, somente. a pessoa mais cumpridora com seus deveres. (D) I e III, somente. (E) Caso ele venha a se opor, ser uma compulso a (E) I, II e III. que ningum deve compartilhar, sob perigo de todos ___________________________________________ os envolvidos se virem em situao de risco na 8. ...imagens como as de Gandhi ou Che Guevara, indo empresa. de fotos a psteres, no mundo inteiro, anunciavam a planetarizao de um sistema que o capitalismo de TRE RN- fev 2011 - ANALISTA JUDICIRIO REA hiperconsumo hoje v triunfar. Outra redao, clara e ADMINISTRATIVA ESPECIALIDADE correta, para o segmento acima : CONTABILIDADE PROVA C03 TIPO 001 (A) ...no mundo inteiro, Gandhi ou Che Guevara em imagens de fotos ou psteres, anunciavam a planetarizao

CONHECIMENTOS GERAIS homens e animais que pode ser considerado singular e Portugus ultrapassado. Ateno: As questes de nmeros 1 a 6 referem-se ao texto (E) deu origem a um padro para as futuras extines de abaixo. animais, que estariam sempre ligadas colonizao humana Nas ilhas Mascarenhas Maurcio, Reunio e Rodriguez , de novas terras. localizadas a leste de Madagscar, no oceano ndico, muitas espcies de pssaros desapareceram como 2. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inteis... resultado direto ou indireto da atividade humana. Mas (2o pargrafo) Ao que tudo indica, as duas espcies se aquela que regalaram com os ovos do dod, alcanados com o prottipo e a tatarav de todas as extines tambm facilidade nos ninhos ocorreu nessa localidade, com a morte de todas as espcies desprotegidos no cho... (ltimo pargrafo) de uma famlia singular de pombos que no voavam - o A expresso grifada nas frases acima transcritas deixa solitrio da ilha Rodriguez, visto pela ltima vez na dcada transparecer, em relao s afirmaes feitas, de 1790; o solitrio da ilha Reunio, desaparecido por volta de 1746; e o clebre dod da ilha Maurcio, (A) a sua comprovao cientfica irrefutvel. encontrado pela ltima vez no incio da dcada de 1680 e (B) a certeza absoluta que o autor quer partilhar com o quase certamente extinto antes de 1690. leitor. Os volumosos dods pesavam mais de vinte quilos. Uma (C) o receio do autor ao formular um paradoxo. plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de (D) a sua pequena probabilidade. pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabea (E) o seu carter de hiptese bastante provvel. avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, 3. Esto empregados no texto com idntica regncia os inteis (pelo menos no que diz respeito a qualquer forma verbos grifados em: de voo). Os dods punham apenas um ovo de cada vez, em ninhos construdos no cho. (A) Os dods punham... (2o pargrafo) / ... sua extino Que presa poderia revelar-se mais fcil do que um pesado ocorreu... (ltimo pargrafo) pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, (B) ... muitas espcies de pssaros desapareceram... (1o provavelmente no foi a captura para o consumo pelo pargrafo) / Os primeiros navegadores trouxeram... homem o que selou o destino do dod, pois sua extino (ltimo pargrafo) ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbao (C) Uma plumagem cinza-azulada cobria... (2o pargrafo) / humana. Os primeiros navegadores trouxeram porcos e ... e no encontrou nenhum. (ltimo pargrafo) macacos para (D) Os volumosos dods pesavam ... (2o pargrafo) / ... no as ilhas Mascarenhas, e ambos se multiplicaram de foi a captura... (ltimo pargrafo) maneira prodigiosa. Ao que tudo indica, as duas espcies (E) ... a tatarav de todas as extines tambm ocorreu... se regalaram com os ovos do dod, alcanados com (1o pargrafo) / ... e muitos naturalistas atribuem... facilidade nos ninhos desprotegidos no cho e muitos (ltimo pargrafo) naturalistas atribuem um nmero maior de mortes chegada desses animais do que ao humana direta. De 4. Ainda assim, provavelmente no foi a captura para o todo modo, passados os primeiros anos da dcada de 1680, consumo pelo homem o que selou o destino do dod, pois ningum jamais voltou a ver um dod vivo na ilha sua extino ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da Maurcio. Em 1693, o explorador francs Leguat, que perturbao humana. Os elementos grifados na frase passou vrios meses no local, empenhou-se na procura dos acima podem ser substitudos, sem prejuzo para o dods e no encontrou nenhum. sentido e a correo, respectivamente, por: (Extrado de Stephen Jay Gould. O Dod na corrida de comit, A montanha de moluscos de Leonardo da Vinci. (A) Contudo - no obstante. So Paulo, Cia. das Letras, 2003, pp. 286-8) (B) Conquanto - por que. (C) Em que pese isso - embora. 1. Mas aquela que o prottipo e a tatarav de todas as (D) Apesar disso - visto que. extines tambm ocorreu nessa localidade... (1o (E) Por isso - porquanto. pargrafo) A frase acima transcrita deve ser entendida como 5. O segmento cujo sentido est corretamente expresso indicao de que a extino das espcies de pombos que em outras palavras : no voavam das ilhas Mascarenhas (A) se multiplicaram de maneira prodigiosa = cresceram ilusoriamente. (A) seria um modelo a ser utilizado pelos homens no futuro,(B) as duas espcies se regalaram = os dois gneros se quando decididos a erradicar espcies inteis ou empanturraram. prejudiciais. (C) uma famlia singular = um conjunto variegado. (B) uma das primeiras extines de animais vinculadas (D) que selou o destino = que indigitou a fatalidade. ao direta ou indireta dos homens de que se tem notcia. (E) empenhou-se na procura = dedicou-se com afinco (C) teria ocorrido muito tempo antes do verdadeiro incio busca. da extino de espcies por conta de aes humanas diretas 6. Leia as afirmaes abaixo sobre a pontuao utilizada no ou indiretas. texto. (D) um episdio to antigo na histria das relaes entre I. Em - Maurcio, Reunio e Rodriguez -, os travesses

poderiam ser substitudos por parnteses, sem prejuzo 8. Umas so arredondadas e cheias, aquelas magras e para o sentido e a coeso da frase. angulosas, e todas tm ar prprio, que no se presta a II. O travesso empregado imediatamente depois de confuso. (1o pargrafo) voavam (1o pargrafo) pode ser substitudo por dois A relao semntica existente entre as expresses pontos, sem prejuzo para o sentido e a coeso da frase. grifadas na afirmativa acima percebida tambm entre III. Em o explorador francs Leguat, que passou vrios os dois elementos grifados em: meses no local, empenhou-se na procura dos dods, a retirada das vrgulas no implica prejuzo para o sentido e a (A) que revela a ao de muitos dias e muitas lavadeiras. correo da frase. (B) um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho. Est correto o que se afirma em (C) a pedra a acompanha em surdina... parece que o canto (A) I, apenas. murmurante vem da pedra. (B) I e II, apenas. (D) e a lavadeira lhe d volume e desenvolvimento. (C) II e III, apenas. (E) as pedras so uma fortuna, jias que elas no precisam (D) III, apenas. levar para casa. (E) I, II e III. 9. Considere as observaes seguintes sobre a associao Ateno: As questes de nmeros 7 a 9 referem-se ao texto de palavras no texto e o sentido decorrente dessa abaixo. associao: Lavadeiras de Moor I. No segmento passando de me a filha, de filha a neta, como vo passando as guas no tempo h uma comparao, que associa a transmisso de costumes ao fluxo das guas do rio. II. As referncias s pedras, especialmente no 2o pargrafo, atribuem a elas qualidades humanas. III. Na frase Servem de espelho a suas donas possvel entender o sentido literal, como referncia ao reflexo da gua sobre as pedras, e o sentido contextual, como identidade e cumplicidade entre a mulher e a pedra. Est correto o que se afirma em:

As lavadeiras de Moor, cada uma tem sua pedra no rio; cada pedra herana de famlia, passando de me a filha, de filha a neta, como vo passando as guas no tempo. As pedras tm um polimento que revela a ao de muitos dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E suas formas diferentes tambm correspondem de certo modo figura fsica de quem as usa. Umas so arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas tm ar prprio, que no se presta a confuso. A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa (A) II, apenas. uma cano, percebe-se que a pedra a acompanha em (B) I e II, apenas. surdina. Outras vezes, parece que o canto murmurante vem (C) I e III, apenas. da pedra, e a lavadeira lhe d volume e desenvolvimento. (D) II e III, apenas. Na pobreza natural das lavadeiras, as pedras so uma (E) I, II e III. fortuna, jias que elas no precisam levar para casa. Ateno: As questes de nmeros 10 a 13 referem-se ao Ningum as rouba, nem elas, de to fiis, se deixariam texto abaixo. seduzir por estranhos. Obs.: manteve-se a grafia original, constante da obra citada. Gesso (Carlos Drummond de Andrade. Contos plausveis, in Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova O gesso muito branco, as linhas muito puras Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.128) Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse). 7. Evidencia-se no texto H muitos anos tenho-a comigo. O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de ptina (A) a presena da pedra como smbolo da rotina pesada de [amarelo-suja. uma vida sem perspectivas de melhora da maioria das Os meus olhos, de tanto a olharem, mulheres brasileiras. Impregnaram-na da minha humanidade irnica de tsico. (B) o primitivismo das condies de trabalho em alguns Um dia mo estpida lugares, que impede a necessria alterao dos costumes Inadvertidamente a derrubou e partiu. familiares. Ento ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes (C) a extrema pobreza em que vivem muitas famlias fragmentos, brasileiras, sem qualquer condio de sobrevivncia mais [recompus a figurinha que chorava. digna. E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo (D) a associao ntima e at mesmo afetiva entre ser [mordente da ptina... humano e elemento da natureza, identificados por um tipo Hoje este gessozinho comercial de trabalho dirio. tocante e vive, e me fez agora refletir (E) a identificao entre o rio e a pedra, prefigurando os Que s verdadeiramente vivo o que j sofreu. obstculos sociais que impedem a ascenso econmica de Manuel Bandeira muitos brasileiros. 10. A ao do tempo sobre a esttua de gesso vista pelo

poeta como

(D) s - a - a (E) s - -

(A) o que acabou por torn-la mais vivaz e expressiva, pelo menos at que um acidente a fizesse perder essa vivacidade. 14. Embora pudesse estar estampada na primeira (B) responsvel por danos que levaram uma obra de arte a pgina de um jornal, a manchete fictcia que traz deslize perder sua pureza e vivacidade originais. quanto concordncia verbal : (C) um elemento que, juntamente com os danos causados por um acidente, d vida e singularidade ao que era (A) Economistas afirmam que em 2011 haver ainda mais inexpressivo e vulgar. oportunidades de emprego na indstria e no comrcio do (D) o causador irremedivel do envelhecimento das coisas e que em 2010. da consequente desvalorizao dos objetos pessoais mais (B) Os que insistem na minha culpa havero de se valiosos. arrepender pela injustia cometida, declara o secretrio (E) capaz de transformar um simples objeto comercial em exonerado. uma obra de arte que parece ter sido criada por um escultor (C) Expectativas em relao ao aumento da inflao faz genial. bolsas carem ao menor nvel este ano. (D) Crescem no Brasil a venda e o comrcio de produtos 11. Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura importados ilegalmente. chorasse). correto afirmar que a frase entre (E) Ergueram-se mais edifcios nos ltimos dois anos do parnteses tem sentido que nos cinco anos anteriores, constata estudo sobre o mercado imobilirio. (A) adversativo. 15. Considerando-se as qualidades exigidas na redao de (B) concessivo. documentos oficiais, est INCORRETA a afirmativa: (C) conclusivo. (A) A conciso procura evitar excessos lingusticos que (D) condicional. nada acrescentam ao objetivo imediato do documento a ser (E) temporal. redigido, dispensando detalhes irrelevantes e evitando elementos de subjetividade, inapropriados ao texto oficial. 12. Um dia mo estpida Inadvertidamente a derrubou e (B) A impessoalidade, associada ao princpio da finalidade, partiu. Ento ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes exige que a redao de um documento seja feita em nome fragmentos, [recompus a figurinha que chorava. E o do servio pblico e tenha por objetivo o interesse geral dos tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo cidados, no sendo permitido seu uso no interesse prprio [mordente da ptina... ou de terceiros. Sobre os versos acima transcritos INCORRETO (C) Clareza e preciso so importantes na comunicao afirmar: oficial e devem ser empregados termos de conhecimento geral, evitando-se, principalmente, a possibilidade de (A) mo estpida pode ser aluso do poeta a si prprio e interpretaes equivocadas, como na afirmativa: O Diretor carregaria assim algum matiz da raiva que o teria informou ao seu secretrio que os relatrios deveriam ser acometido quando derrubou a esttua. encaminhados a ele. (B) Inadvertidamente tem o sentido de de modo (D) A linguagem empregada na correspondncia oficial, descuidado, indicando o carter acidental do episdio. ainda que respeitando a norma culta, deve apresentar (C) em recompus a figurinha que chorava, o poeta se vale termos de acordo com a regio e com requinte adequado de uma ambiguidade para sugerir o sofrimento da esttua importncia da funo desempenhada pela com a queda. autoridade a quem se dirige o documento. (D) com a aluso s feridas causadas esttua, o poeta se (E) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com a refere aos sinais visveis da juno dos pedaos dela depois formalidade, ou seja, h certos procedimentos, normas e de reconstituda. padres que devem ser respeitados com base na (E) com a expresso o sujo mordente da ptina, o poeta observncia de princpios ditados pela civilidade, como alude transformao da esttua de sofredora em causadora cortesia e polidez, expressos na forma especfica de de sofrimento. tratamento. 13. O valor que atribumos ...... coisas resultado, no raro, de uma histria pessoal e intransfervel, de uma relao construda em meio a acidentes e percalos fundamentais. Assim, nosso apreo por elas no corresponde absolutamente ...... valorizao que alcanariam no mercado, esse deus todo-poderoso, que, no entanto, resta impotente quando ao valor econmico se superpe ...... afeio. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, (A) s - - a (B) as - - a (C) as - a - TRE TO fev 2011 - ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA PROVA B02 TIPO 001 Ateno: As questes de nmeros 1 a 3 referem-se ao texto abaixo. De volta Antrtida A Rssia planeja lanar cinco novos navios de pesquisa polar como parte de um esforo de US$ 975 milhes para reafirmar a sua presena na Antrtida na prxima dcada. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um documento do governo estabelece uma agenda de

prioridades para o continente gelado at 2020. A principal _______________________________________ delas a reconstruo de cinco estaes de pesquisa na Ateno: As questes de nmeros 4 a 6 referem-se ao Antrtida, para realizar estudos sobre mudanas texto abaixo. climticas, recursos pesqueiros e navegao por satlite, entre outros. A primeira expedio da extinta Unio Quando eu sair daqui, vamos comear vida nova numa Sovitica Antrtida aconteceu em 1955 e, nas trs cidade antiga, onde todos se cumprimentam e ningum nos dcadas seguintes, a potncia comunista construiu conhea. Vou lhe ensinar a falar direito, a usar os sete estaes de pesquisa no continente. A Rssia herdou as diferentes talheres e copos de vinho, escolherei a dedo seu estaes em 1991, aps o colapso da Unio Sovitica, mas guarda-roupa e livros srios para voc ler. Sinto que voc pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O leva jeito porque aplicada, tem meigas mos, no faz documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras cara ruim nem quando me lava, em suma, parece uma naes para preservar a paz e a estabilidade na moa digna apesar da origem humilde. Minha outra Antrtida, mas salienta que o pas tem de se posicionar mulher teve uma educao rigorosa, mas mesmo assim para tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um mame nunca entendeu por que eu escolhera justamente desmembramento territorial do continente. aquela, entre tantas meninas de uma famlia distinta. (Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23) (Chico Buarque. Leite derramado, So Paulo, Cia. das 1. A principal delas a reconstruo de cinco estaes de Letras, pesquisa na Antrtida, para realizar estudos sobre 2009, p. 29). mudanas climticas, recursos pesqueiros e navegao por satlite, entre outros. 4. Leia atentamente as afirmaes abaixo sobre o texto. O segmento grifado na frase acima tem sentido I. Ao expressar o desejo de viver numa cidade onde todos se cumprimentam e ningum nos conhea, o (A) adversativo. narrador incorre numa evidente e insolvel contradio. (B) de consequncia. II. A afirmao de que a outra mulher teve uma educao (C) de finalidade. rigorosa reafirmao, por contraste, de que (D) de proporo. aquela a quem o narrador se dirige no a teve, o (E) concessivo. que j estava implcito no propsito de lhe ensinar a __________________________________________ falar direito, a usar os diferentes talheres e copos 2. Em paz e a estabilidade, na ltima frase do texto, o de vinho etc. emprego das aspas III. Ao dizer que sua interlocutora parece uma moa digna apesar da origem humilde, o narrador sugere, (A) indica que esse segmento transcrio literal do por meio da concessiva, que a dignidade no costuma documento do governo russo mencionado no incio ser caracterstica daqueles cuja origem do texto. humilde. (B) sugere a desconfiana do autor do artigo com relao aos supostos propsitos da Rssia de manter a paz na Est correto o que se afirma em Antrtida. (C) revela ser esse o principal objetivo do governo russo (A) I, II e III. ao reconstruir estaes de pesquisa na Antrtida (B) II e III, apenas. que datam do perodo sovitico. (C) I e III, apenas. (D) aponta para o sentido figurado desses vocbulos, (D) I e II, apenas. que no devem ser entendidos em sentido literal, (E) II, apenas. como o constante dos dicionrios. (E) justifica-se pela sinonmia existente entre paz e 5. ... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros srios estabilidade, o que torna impensvel a existncia de para voc ler. A expresso grifada na frase acima pode uma sem a outra. ser substituda, sem prejuzo para o sentido original, por: 3. H exemplos de palavras ou expresses empregadas no texto para retomar outras j utilizadas sem repeti-las (A) pessoalmente. literalmente, como ocorre em: (B) de modo incisivo. (C) apontando. I. o continente gelado = a Antrtida (D) entre outras coisas. II. Moscou = a Rssia (E) cuidadosamente. III. a revista Science = o blog Science Insider _______________________________ IV. a potncia comunista = a Unio Sovitica 6. Minha outra mulher teve uma educao rigorosa, mas Atende corretamente ao enunciado da questo o que est mesmo assim mame nunca entendeu por que eu em escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de (A) I e III, apenas. uma famlia distinta. O verbo grifado na frase acima (B) I e IV, apenas. pode ser substitudo, sem que se altere o sentido e a (C) II e III, apenas. correo originais, e o modo verbal, por: (D) I, II e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. (A) escolheria.

(B) havia escolhido. (C) houvera escolhido. (D) escolhesse. (E) teria escolhido. _________________________________ Ateno: As questes de nmeros 7 a 10 referem-se ao texto abaixo. Carto de Natal

Com a frase acima o poeta (A) alude a uma impossibilidade. (B) exprime um desejo. (C) demonstra estar confuso. (D) revela sua hesitao. (E) manifesta desconfiana. INFRAERO - maio/2011 - AUDITOR - AUDITORIA DE ENTIDANDES DE PREV. COMP. E DEMONST. CONTBEIS - PROVA 02 TIPO 001

Pois que reinaugurando essa criana pensam os homens Ateno: As questes de nmeros 1 a 3 referem-se ao texto reinaugurar a sua vida abaixo. e comear novo caderno, fresco como o po do dia; Primeiras estrias , certamente, o melhor livro para pois que nestes dias a aventura comear a entender Guimares Rosa. Com uma variedade parece em ponto de voo, e parece de temas e situaes onde se encontram exemplares de que vo enfim poder vrios tipos de conto do fantstico ao anedtico, explodir suas sementes: passando pelo psicolgico, o autobiogrfico e o satrico que desta vez no perca esse caderno Guimares Rosa mantm seu estilo prprio com uma sua atrao nbil para o dente; estrutura mais assimilvel pelo leitor, em consequncia do que o entusiasmo conserve vivas prprio gnero conto. O tratamento que dado aos temas suas molas, tambm diversificado: ora pattico, ora jocoso, ora e possa enfim o ferro sarcstico, lrico, erudito e popular. comer a ferrugem A maioria dos contos desenrola-se numa regio no o sim comer o no. especificada, mas reconhecvel como a das obras Joo Cabral de Melo Netoanteriores, embora seu cenrio seja apenas esboado. E isso porque, como h um estilo Guimares Rosa, h 7. No poema, Joo Cabral tambm um mundo, um universo Guimares Rosa perfeitamente identificvel, no sentido de que sua obra (A) critica o egosmo, e manifesta o desejo de que na criou um mbito prprio, um espao geogrfico passagem do Natal as pessoas se tornem generosas e temporal que no se demarca por latitudes e longitudes, e faam o sim comer o no. nem pelo calendrio. o espao que circunscreve seus (B) demonstra a sua averso s festividades natalinas, mticos personagens, e to amplo como aquele outro, o pois nestes dias a aventura parece em ponto de vo, mundo real, de cujos habitantes esses personagens so mas depois a rotina segue como sempre. outras tantas facetas. (C) critica a atrao nbil para o dente daqueles que (Adaptado do texto de apresentao de Primeiras estrias, transformam o Natal em uma apologia ao consumo e de Guimares Rosa, retirado da quarta capa da 26a edio se esquecem do seu carter religioso. Ed. Nova Fronteira). (D) observa com otimismo que o Natal um momento de renovao em que os homens se transformam 1. De acordo com o texto, correto afirmar: para melhor e fazem o ferro comer a ferrugem. (E) manifesta a esperana de que o Natal traga, de fato, (A) Ao qualificar de mticos os personagens do livro, o uma transformao, e que, ao contrrio de outros autor sugere no terem eles qualquer vnculo com natais, seja possvel comear novo caderno. as pessoas que de fato existem. (B) Primeiras estrias considerado pelo autor do texto 8. correto perceber no poema uma equivalncia entre como o melhor dos livros publicados por Guimares (A) ferrugem e aventura. Rosa. (B) dente e entusiasmo. (C) A diversidade presente em Primeiras estrias no (C) caderno e vida. se restringe temtica, mas se estende composio (D) sementes e po do dia. dos prprios contos. (E) ferro e atrao nbil. (D) Ainda que no tragam uma precisa demarcao ____________________________________________ geogrfica latitudes e longitudes todos os contos 9. Pois que reinaugurando essa criana O segmento do livro se passam em torno da cidade onde nasceu grifado acima pode ser substitudo, no contexto, Guimares Rosa. por: (E) A linguagem de Primeiras estrias mais intrincada (A) Mesmo que estejam. do que aquela utilizada nos outros livros de Guimares (B) Apesar de estarem. Rosa. (C) Ainda que estejam. (D) Como esto. 2. A substituio do elemento grifado pelo pronome (E) Mas esto. correspondente, com os necessrios ajustes, foi realizada __________________________________________ de modo INCORRETO em: 10. que desta vez no perca esse caderno

5. Leia os quadrinhos da tirinha abaixo. (A) O tratamento que dado aos temas = O tratamento que lhes dado. NQUEL NUSEA FERNANDO GONSALES (B) que circunscreve seus mticos personagens = que os circunscreve. (C) para comear a entender Guimares Rosa = para comear a entend-lo. (D) sua obra criou um mbito prprio = sua obra criou-o. (E) Guimares Rosa mantm seu estilo prprio = Guimares Rosa lhe mantm. _________________________________________ 3. O verbo empregado pelo autor do texto no singular e que poderia igualmente ter sido empregado no plural, mantidos o sentido e a correo da frase, est em: Que absurdo!! Um cavalo assistindo a corrida de cavalo! (A) ... um espao geogrfico e temporal que no se Absurdo por qu? demarca por latitudes e longitudes ... (B) A maioria dos contos desenrola-se numa regio no especificada ... (C) ... sua obra criou um mbito prprio, um espao geogrfico e temporal ... (D) ... espao que circunscreve seus mticos personagens ... (E) ... h tambm um mundo, um universo Guimares Rosa ... _________________________________ 4. Leia o texto abaixo e as afirmaes I, II e III feitas em seguida. Panorama o nome dado, grosso modo, a qualquer vista abrangente de um espao fsico, ou seja, uma ampla - Voc est de frias! Devia pensar em outra coisa! vista geral de uma paisagem, territrio, cidade ou de parte - Faz sentido! destes elementos, normalmente vistos de um ponto elevado ou relativamente distante. (Folha de S.Paulo, ilustrada, 24.03.2011, p. E13) A palavra foi originalmente cunhada na segunda metade co