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Marília, sexta-feira, 5 de outubro de 2018 E-mail: [email protected] Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam. (Platão) L I V R O S Editora Boitempo - 128 páginas Colocando em xeque políticas liberais que dizem defender esta forma de governo usando poderio militar, em O Ódio à Democracia (Editora Boitempo - 128 páginas), Jacques Rancière argumenta que há uma deturpação do ideal democrático e que o atual sistema - usado, muitas vezes, como argumento contra governos totalitários -, na verdade, é guiado por uma classe dominante que não o deixa existir plenamente. Em uma análise atemporal, o autor examina as formas pelas quais justificativas a favor da democracia são usadas contra o próprio sistema, além das contrariedades dos principais países e forças capitalistas. Nações autoproclamadas democráticas querem supostamente levar o sistema para outras regiões e, para isso, invadem e obrigam esses lugares a seguir suas regras. Dessa forma, esses países “espalham a democracia” de forma violenta, enquanto vendem uma imagem democrática dentro de seu próprio terri- tório (apesar de, muitas vezes, reprimirem lutas sociais dentro dele mesmo). Rancière também fala sobre o que ele acredita ser uma obsessão pelo “individualismo democrático” presente na sociedade há décadas. Para o autor, esse conceito é parte do chamado ódio à democracia, um conceito que, segundo o autor, é tão antigo quanto a própria ideia de democracia. Ele discorre sobre a relação entre este sentimento e a racionaliza- ção da “infinitude de desejos individuais” como um sintoma do excesso do que hoje conhecemos por democracia. Em O lulismo em crise (Editora Boitempo - 180 páginas), André Singer enfrenta o desafio de remontar o quebra-cabeça dos anos em que Dilma Rousseff foi presidente da república e apresenta uma interpretação original para o funcionamento do sistema político-partidário brasileiro. Com prosa límpida e argumentação rigorosa, Singer explica por que o afastamento de duas vigas estruturantes do arranjo lulista - a relação com o capital financeiro e com o PMDB (hoje MDB), o "partido do interior" - teve custo tão alto. Onças foram cutucadas com varas curtas, sem que tivesse havido mobilização de bases sociais que apoiassem a continuidade do lulismo, em sua nova versão, de reformismo forte. Em processo simultâneo, a Lava Jato acabou por galvanizar apoio de significativas frações da sociedade, tornando-se decisiva na propagação das ondas antilulistas que levariam ao impeachment. Reconstruindo de maneira minuciosa o que chama de ensaio desenvolvimentista e ensaio republicano tentados por Dilma, o autor apresenta as razões pelas quais acabou vencedora a fórmula do senador Romero Jucá do "acordo nacional", "com o Supremo, com tudo" para derrubar a presidente. André Singer nasceu em São Paulo, em 1958. Foi porta-voz e secretário de imprensa da Presidência da República (2003- 2007). É professor titular do departamento de ciência política da USP, colunista do jornal Folha de S.Paulo e autor de Esquer- da e direita no eleitorado brasileiro (2000), O PT (2001) e Os sentidos do lulismo (Companhia das Letras, 2012, prêmio da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais de melhor obra científica do ano). (Editora Boitempo - 180 páginas), Divulgação Divulgação "Quase Cinquenta Tons de Cinza" é atração no Teatro Municipal COMÉDIA ROMÂNTICA Vitor Branco, Bruna Andrade e Wanderlei Grillo, em cenas da paródia bem humorada focada principalmente no comportamento do personagem Cristian Grey, do livro “Cinquenta tons de cinza” Em cartaz neste sábado (6), às 21h, no Te- atro Municipal, a comédia romântica “Quase Cinquenta Tons de Cinza” é uma adaptação livre sem a pretensão séria do livro que causou a maior polêmica mundial sobre o assunto. Uma paródia bem humorada focada princi- palmente no comportamento do personagem Cristian Grey. A comédia romântica dirigida e protago- nizada por Vitor Branco satiriza os melhores momentos do livro e do filme. Um espetáculo leve que brinca com o tema sem cair no vulgar, nem no apelativo. A direção de Vitor Branco brinca com o tema sem fazer críticas ao gê- nero, seguindo a receita que vem lotando os teatros pelo País. “Vitor Branco transformou um dos maiores best-sellers mundiais, com cenas inspiradas na relação de Christian Grey e Anastasia Steele, numa adaptação teatral bem humorada e que agora segue com uma turnê apresentando em teatros por todo o Brasil”, afirmou o ator e divulgador Wanderlei Grillo. No palco estarão Vitor Branco (O Mafioso da Praça é Nossa), Bruna Andrade e Wanderlei Grillo (Ex-Malhação) , que faz um stand-up de abertura. As coreografias são de Edinei Annanias. Ingressos antecipados: R$ 25,00, à venda nas Lojas Roth, MIX Açai e no site megabilhe- teria.com Oktoberfest, maior celebração da cultura germânica, vai movimentar mais de 800 mil pessoas em três das mais importantes festas do Brasil TURISMO Tradição alemã ganha o Brasil Banda animando Oktoberfest de Igrejinha (RS) Divulgação/Juliano Arnold A maior festa de tradição germânica é um pacote com- pleto de cultura e turismo no Brasil: tem música, dança, culi- nária e trajes típicos regados a muito chope. A “brincadeira” de trazer a Alemanha para cá foi levada a sério e deu tão certo que a Oktoberfest tem, hoje, o status de um dos maiores eventos turísticos nacionais. Somente nas principais festas realizadas por Blumenau (SC), São Paulo (SP) e Igrejinha (RS), são esperadas 800 mil pessoas em cerca de 18 dias de festejo. Na cidade de Blumenau, ber- ço da colonização germânica no estado, o evento movimentou R$12 milhões em 2017 e atraiu 567 mil pessoas, o equivalente a quase uma cidade e meia chegando para provar joelho de porco e pronunciar “Ein prosit!” a cada brinde com cerveja. Na pequena Igrejinha, a festa reali- zada com o trabalho voluntário de três mil pessoas gerou mais de R$ 1,8 milhão e contabilizou público de 146 mil visitantes, mais de quatro vezes maior que os 35 mil habitantes. Já na maior cidade da América Latina, São Paulo, a Oktoberfest 2018 deve contribuir com R$ 30 milhões no caixa da economia local, entre impactos diretos e indiretos. “Os números são reflexo de que a festa é um dos grandes eventos geradores de fluxo turístico do Brasil e contribui para que o país cresça com o Turismo. Em Blumenau, por exemplo, mais de 70% das pessoas que participaram do evento no ano passado eram turistas. Já a edição deste ano em São Paulo vai gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indi- retos”, ressalta o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz. A “Oktober”, como é co- nhecida pelos cervejeiros de plantão, surgiu na cidade de Munique há mais de 200 anos. Virou tradição em diferentes partes do mundo, se espalhan- do também por dezenas de municípios brasileiros - é o caso de Macaé (RJ), Santa Cruz do Sul (RS), Itapiranga (SC) e Joinville (SC), que realiza o “Bierville”. Blumenau (SC) espera receber 570 mil pessoas para a Oktoberfest 2018, que começou na última quarta-feira (3) Seniorentag, dança típica realizada por grupos de terceira idade na Oktoberfest de Igrejinha (RS) Divulgação/Oktoberfest de Igrejinha Divulgação/Prefeitura de Blumenau Divulgação

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Marília, sexta-feira, 5 de outubro de 2018 E-mail: [email protected]

Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam. (Platão)

L I V R O S

Editora Boitempo - 128 páginasColocando em xeque políticas liberais que dizem defender

esta forma de governo usando poderio militar, em O Ódio à Democracia (Editora Boitempo - 128 páginas), Jacques Rancière argumenta que há uma deturpação do ideal democrático e que o atual sistema - usado, muitas vezes, como argumento contra governos totalitários -, na verdade, é guiado por uma classe dominante que não o deixa existir plenamente. Em uma análise atemporal, o autor examina as formas pelas quais justificativas a favor da democracia são usadas contra o próprio sistema, além das contrariedades dos principais países e forças capitalistas. Nações autoproclamadas democráticas querem supostamente levar o sistema para outras regiões e, para isso, invadem e obrigam esses lugares a seguir suas regras. Dessa forma, esses países “espalham a democracia” de forma violenta, enquanto vendem uma imagem democrática dentro de seu próprio terri-tório (apesar de, muitas vezes, reprimirem lutas sociais dentro dele mesmo). Rancière também fala sobre o que ele acredita ser uma obsessão pelo “individualismo democrático” presente na sociedade há décadas. Para o autor, esse conceito é parte do chamado ódio à democracia, um conceito que, segundo o autor, é tão antigo quanto a própria ideia de democracia. Ele discorre sobre a relação entre este sentimento e a racionaliza-ção da “infinitude de desejos individuais” como um sintoma do excesso do que hoje conhecemos por democracia.

Em O lulismo em crise (Editora Boitempo - 180 páginas), André Singer enfrenta o desafio de remontar o quebra-cabeça dos anos em que Dilma Rousseff foi presidente da república e apresenta uma interpretação original para o funcionamento do sistema político-partidário brasileiro.

Com prosa límpida e argumentação rigorosa, Singer explica por que o afastamento de duas vigas estruturantes do arranjo lulista - a relação com o capital financeiro e com o PMDB (hoje MDB), o "partido do interior" - teve custo tão alto. Onças foram cutucadas com varas curtas, sem que tivesse havido mobilização de bases sociais que apoiassem a continuidade do lulismo, em sua nova versão, de reformismo forte. Em processo simultâneo, a Lava Jato acabou por galvanizar apoio de significativas frações da sociedade, tornando-se decisiva na propagação das ondas antilulistas que levariam ao impeachment.

Reconstruindo de maneira minuciosa o que chama de ensaio desenvolvimentista e ensaio republicano tentados por Dilma, o autor apresenta as razões pelas quais acabou vencedora a fórmula do senador Romero Jucá do "acordo nacional", "com o Supremo, com tudo" para derrubar a presidente.

André Singer nasceu em São Paulo, em 1958. Foi porta-voz e secretário de imprensa da Presidência da República (2003-2007). É professor titular do departamento de ciência política da USP, colunista do jornal Folha de S.Paulo e autor de Esquer-da e direita no eleitorado brasileiro (2000), O PT (2001) e Os sentidos do lulismo (Companhia das Letras, 2012, prêmio da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais de melhor obra científica do ano).

(Editora Boitempo - 180 páginas),

Divulgação

Divulgação"Quase Cinquenta Tons de Cinza"

é atração no Teatro Municipal

COMÉDIA ROMÂNTICA

Vitor Branco, Bruna Andrade e Wanderlei Grillo, em cenas da paródia bem humorada focada principalmente no comportamento do

personagem Cristian Grey, do livro “Cinquenta tons de cinza”

Em cartaz neste sábado (6), às 21h, no Te-atro Municipal, a comédia romântica “Quase Cinquenta Tons de Cinza” é uma adaptação livre sem a pretensão séria do livro que causou a maior polêmica mundial sobre o assunto. Uma paródia bem humorada focada princi-palmente no comportamento do personagem Cristian Grey.

A comédia romântica dirigida e protago-nizada por Vitor Branco satiriza os melhores momentos do livro e do filme. Um espetáculo leve que brinca com o tema sem cair no vulgar, nem no apelativo. A direção de Vitor Branco brinca com o tema sem fazer críticas ao gê-nero, seguindo a receita que vem lotando os teatros pelo País.

“Vitor Branco transformou um dos maiores best-sellers mundiais, com cenas inspiradas na relação de Christian Grey e Anastasia Steele, numa adaptação teatral bem humorada e que agora segue com uma turnê apresentando em teatros por todo o Brasil”, afirmou o ator e divulgador Wanderlei Grillo.

No palco estarão Vitor Branco (O Mafioso da Praça é Nossa), Bruna Andrade e Wanderlei Grillo (Ex-Malhação) , que faz um stand-up de abertura. As coreografias são de Edinei Annanias.

Ingressos antecipados: R$ 25,00, à venda nas Lojas Roth, MIX Açai e no site megabilhe-teria.com

Oktoberfest, maior celebração da cultura germânica, vai movimentar mais de 800 mil pessoas em três das mais importantes festas do Brasil

TURISMO

Tradição alemã ganha o Brasil

Banda animando Oktoberfest de Igrejinha (RS)

Divulgação/Juliano ArnoldA maior festa de tradição

germânica é um pacote com-pleto de cultura e turismo no Brasil: tem música, dança, culi-nária e trajes típicos regados a muito chope. A “brincadeira” de trazer a Alemanha para cá foi levada a sério e deu tão certo que a Oktoberfest tem, hoje, o status de um dos maiores eventos turísticos nacionais. Somente nas principais festas realizadas por Blumenau (SC), São Paulo (SP) e Igrejinha (RS), são esperadas 800 mil pessoas em cerca de 18 dias de festejo.

Na cidade de Blumenau, ber-ço da colonização germânica no estado, o evento movimentou R$12 milhões em 2017 e atraiu 567 mil pessoas, o equivalente a quase uma cidade e meia chegando para provar joelho de porco e pronunciar “Ein prosit!” a cada brinde com cerveja. Na pequena Igrejinha, a festa reali-zada com o trabalho voluntário de três mil pessoas gerou mais de R$ 1,8 milhão e contabilizou público de 146 mil visitantes, mais de quatro vezes maior que os 35 mil habitantes. Já na maior cidade da América Latina, São Paulo, a Oktoberfest 2018 deve contribuir com R$ 30 milhões no caixa da economia local, entre impactos diretos e indiretos.

“Os números são reflexo de que a festa é um dos grandes eventos geradores de fluxo turístico do Brasil e contribui para que o país cresça com o Turismo. Em Blumenau, por exemplo, mais de 70% das pessoas que participaram do evento no ano passado eram turistas. Já a edição deste ano em São Paulo vai gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indi-retos”, ressalta o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.

A “Oktober”, como é co-nhecida pelos cervejeiros de plantão, surgiu na cidade de Munique há mais de 200 anos. Virou tradição em diferentes partes do mundo, se espalhan-do também por dezenas de municípios brasileiros - é o caso de Macaé (RJ), Santa Cruz do Sul (RS), Itapiranga (SC) e Joinville (SC), que realiza o “Bierville”.

Blumenau (SC) espera receber 570 mil pessoas para a Oktoberfest 2018, que começou na última quarta-feira (3)

Seniorentag, dança típica realizada por grupos de terceira idade na Oktoberfest de Igrejinha (RS)

Divulgação/Oktoberfest de Igrejinha

Divulgação/Prefeitura de Blumenau

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