l i v r o s cinema “green book” é melhor filme para ... · grama, permitirá ao fungetur a...

1
Tudo que é rigorosamente proibido é ligeiramente permitido. (Roberto Campos) Marília, terça-feira, 22 de janeiro de 2019 E-mail: [email protected] L I V R O S Tão antiga quanto o Brasil, a corrupção está longe de ser um fenômeno exclusivo da atualidade. Desde o período colonial, teólogos e moralistas dedicaram-se a re- fletir sobre suas terríveis consequências para o governo dos povos. Como então se praticavam atos de corrupção? A que arti- fícios recorriam as autoridades coloniais para roubar os cofres régios e se enriquecer ilicitamente? Diante da roubalheira - tretas e manhas, como se dizia na época -, como reagiam os vassalos que aqui viviam? E, afinal, o que se entendia por corrupção? São essas questões que o livro Corrupção e poder no Brasil: Uma história, séculos XVI a XVIII (Editora Autêntica, 400 páginas), de Adriana Romeiro, busca responder. A partir de uma extensa pesquisa em arquivos históricos, a autora nos proporciona um mergulho em nosso passado para revelar as raízes desse mal que ainda persiste. A autora - Adriana Romeiro é doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pesquisadora do CNPq e professora do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde 1996. Investiga, entre outros, o estudo do imaginário político em Minas Gerais no século XVIII, a história da administração colonial, as relações de poder no âmbito do Império português e a circulação de manuscritos na América portuguesa. No aniversário de cinco anos da Opera- ção Lava Jato, Jorge Pontes e Márcio Ansel- mo, delegados que atuaram em diferentes momentos da Polícia Federal, narram, a partir de suas experiências pessoais e pro- fissionais, como a corrupção se infiltrou nas instituições brasileiras, tornando-se sistêmica. A Lava Jato impactou o Brasil, abalando tanto a classe política quanto a empresarial. Ela levou à prisão importantes figuras públicas e revelou, de forma inédita, a abrangência da ilegalidade no sistema. Pela primeira vez, a população brasileira tomou conhecimento de como acontecem as negociatas por baixo dos panos nas altas-rodas do governo. Em Crime.gov: Quando corrupção e governo se misturam (Editora Objetiva, 256 páginas), os autores descrevem uma nova modalidade de crime, que há décadas está entranhada nos três poderes mas que só recentemente passou a ser enxergada com clareza: o crime insti- tucionalizado. Diferente de tudo o que se conhecia até então, é uma dinâmica muito mais complexa, já que as esferas do governo se articulam para preservar a manutenção desses esquemas. Revelador e original, Crime.gov propõe um novo olhar sobre as relações de poder na política nacional. Um relato impressionante do envolvimento do poder público nos grandes esquemas de corrupção do país. Os autores - Jorge Pontes nasceu no Rio de Janeiro em 1960. É formado em direito e fez pós-graduação na Universidade de Virginia, nos Estados Unidos. Trabalhou como policial federal em diversos lugares do país e dedicou a maior parte da sua carreira à criação e implementação de delegacias especializadas no combate aos crimes ambientais. Márcio Anselmo nasceu em Cambé, no Paraná. É doutor em direito e delegado da Polícia Federal. Lá, trabalhou no Caso Banestado, presidiu as investiga- ções originárias da Lava Jato e permaneceu no grupo da operação em Curitiba por três anos. Atualmente, ocupa o cargo de coordenador-geral de repressão à corrupção e lavagem de dinheiro. Em O espetáculo da corrupção: Como um sistema corrupto e o modo de combatê- -lo estão destruindo o país (Editora Leya, 116 páginas), um livro contra a banaliza- ção da corrupção e a espetacularização do seu combate, o advogado Walfrido Warde radiografa os efeitos devastadores dos crimes de colarinho branco no Brasil e analisa os equívocos do sistema criado para enfrentar a roubalheira. Ele explica que não precisamos destruir o capitalismo brasileiro para combater a corrupção, não precisamos destruir as empresas para pu- nir os empresários corruptos e tampouco precisamos destruir a política para pren- der os políticos corruptos. É uma obra para corajosos: ao mesmo tempo contra a imoralidade e contra o moralismo barato. Nos últimos anos, a Lava Jato, segundo o autor, ruiu os pilares de uma política brasileira repleta de gangues, conchavos e relações pútridas com as principais e mais importantes organizações empresariais brasileiras, muitas delas com enorme capa- cidade de corromper agentes públicos. Na sua conclusão, parece um bom resultado, mas está longe disso. A Lava Jato e seus protagonistas acusaram, processaram e mandaram prender maus políticos e maus empresários, mas também arruinaram grandes empresas e, com isso, enfraque- ceram mercados fundamentais para a economia brasileira. Como ele afirma, “era ruim com as organizações empresariais criminosas. Ficou pior sem elas.” O livro aponta a direção para duas frentes. De um lado, mostra o quanto a corrupção deve ser combatida, pois é imoral e gera inefi- ciência e pobreza, ainda que não impeça o crescimento econômico. O modo que o Brasil escolheu para combater corrupção, porém, arrasou setores inteiros da economia - sem acabar com o problema. Mais do que propor uma crítica à Lava Jato, Walfrido Warde apresenta solu- ções para que o processo de combate à corrupção se aperfeiçoe - e possa superar os terríveis efeitos colaterais que produz. O espetáculo da corrupção é, portanto, uma expressão patriótica em prol da democracia, da justiça social, da dignidade e do desenvolvimento econômico e humano do Brasil. Fotos: Divulgação Comédia dramática sobre direitos civis já havia conquistado três Globos de Ouro e tem chances aumentadas na corrida pelo Oscar CINEMA “Green Book” é melhor filme para Sindicato dos Produtores dos EUA Mahershala Ali e Viggo Mortensen em cena de “Green Book: O guia” Apenas duas semanas depois de conquistar três Globos de Ouro, "Green Book - o guia" conquistou, no último sábado (19), o prêmio de melhor filme do Sindicato dos Produtores (PGA), o que aumenta suas chances na corrida pelo Oscar. A comédia dramática so- bre direitos civis estrelada por Mahershala Ali e Viggo Mor- tensen venceu "Roma", "Nasce uma estrela", "A favorita", "Pantera Negra", "Infiltrado na Klan", "Podres de ricos", "Um lugar silencioso", "Vice" e "Bohemian Rhapsody". "Green Book" narra a improvável amizade entre Don Shirley, um virtuoso do piano, e seu motorista, Tony Lip, durante um turnê pelo sul dos Estados Unidos da década de 1960, anos de forte segregação racial. "Não preciso de prêmios", disse o produtor e diretor Peter Farrelly. "Isso é como Warren Buffett ganhando na loteria. Estou muito agrade- cido", completou. A vitória veio, apesar da recente polêmica em torno do filme, incluindo um tu- íte contra os muçulmanos publicado pelo roteirista Nick Vallelonga em 2015. Na semana passada, ele se desculpou. O mesmo Farrelly esteve na berlinda no início do mês, depois que vários jornais publicaram seu há- bito de mostrar o pênis de brincadeira em 1998. Entre outras categorias, o melhor filme de animação ficou com "Homem-Aranha: No Aranhaverso"; "The Ameri- cans" ganhou o melhor drama na televisão; e "The Marvelous Mrs Maisel", o de série de comédia. O PGA não tem a importân- cia do Globo de Ouro, mas é uma referência mais precisa em relação ao Oscar, já que tem entre seus membros grande parte dos votantes da Academia, que organiza a maior premiação do cinema americano. Este ano, os indicados ao Oscar serão anunciados nesta terça-feira (22) e a cerimônia de entrega das estatuetas acontece em 24 de fevereiro. Em 29 anos, os vencedores nas principais categorias de ambas as premiações coincidi- ram 20 vezes, como em 2018, com "A Forma da Água". Em 2018, Fungetur financiou R$ 71,7 milhões para 38 empresas do setor TURISMO O Fundo Geral do Turismo (Fungetur) encerrou o ano de 2018 com 38 contratos efeti- vados. As empresas beneficia- das, do ramo turístico, são de 27 municípios de oito estados brasileiros. Os financiamentos do Fungetur são destinados a empreendimentos de até R$ 10 milhões, através de agentes financeiros conveniados com o programa nos estados, como bancos e agências de desen- volvimento. Os empreendi- mentos financiados, em sua maioria, ficam em cidades que integram o Mapa do Turismo Brasileiro. O valor médio dos projetos é de R$ 1,8 milhão. O estado com o maior nú- mero de contratos assinados foi Mato Grosso: 12, ao todo, sendo seis em Cuiabá, dois em Chapada dos Guimarães e os demais em Campo Novo do Parecis, Sinop, Porto dos Gaúchos e Barão de Melgaço, perfazendo R$ 2,75 milhões. Já o estado do Rio Grande do Sul registrou o maior volume de recursos contratados: R$ 24,54 milhões em cinco finan- ciamentos para Gramado (3), Bento Gonçalves (1) e Santana do Livramento (1). De acordo com a Coordena- ção Geral de Apoio ao Crédito do MTur, a Pasta disporá, até o final de 2019, de um total de R$ 518 milhões para financiar projetos turísticos. A soma dos últimos aportes, associada à entrada de novos agentes financeiros no pro- grama, permitirá ao Fungetur a ampliação dos negócios ao longo do ano, já que muitos projetos estão em análise nos bancos. OUTROS CONTRATOS Em Minas Gerais, foram assinados três contratos em 2018: Belo Horizonte, Araxá e Caeté, totalizando R$ 7,72 milhões. No Espírito Santo, foram sete: Venda Nova do Imigrante (3), Vitória (1), Do- mingos Martins (1), Jaguaré (1) e Cariacica (1), somando R$ 2,64 milhões. Araucária, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Maringá, todos no Paraná, também fecharam um contrato por município, completando R$ 14,6 milhões. Em Santa Catarina, um em- preendimento turístico em Balneário Camboriú e outro em Mafra foram beneficiados com um total de R$ 10 mi- lhões. Um empreendimento de Aracaju assinou empréstimo no valor de R$ 1,63 milhão e outros três projetos foram financiados no estado de São Paulo, no valor de R$ 7,76 milhões (Cosmópolis, Atibaia e São Paulo capital). Cuiabá (MT), cidade que registrou maior número de financiamentos contratados Flávio André/MTur Divulgação

Upload: trinhnhi

Post on 25-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Tudo que é rigorosamente proibido é ligeiramente permitido. (Roberto Campos)

Marília, terça-feira, 22 de janeiro de 2019 E-mail: [email protected]

L I V R O STão antiga quanto o Brasil, a corrupção

está longe de ser um fenômeno exclusivo da atualidade. Desde o período colonial, teólogos e moralistas dedicaram-se a re-fletir sobre suas terríveis consequências para o governo dos povos. Como então se praticavam atos de corrupção? A que arti-fícios recorriam as autoridades coloniais para roubar os cofres régios e se enriquecer ilicitamente? Diante da roubalheira - tretas e manhas, como se dizia na época -, como reagiam os vassalos que aqui viviam? E, afinal, o que se entendia por corrupção? São essas questões que o livro Corrupção e poder no Brasil: Uma história, séculos XVI a XVIII (Editora Autêntica, 400 páginas), de Adriana Romeiro, busca responder. A partir de uma extensa pesquisa em arquivos históricos, a autora nos proporciona um mergulho em nosso passado para revelar as raízes desse mal que ainda persiste.

A autora - Adriana Romeiro é doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pesquisadora do CNPq e professora do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde 1996. Investiga, entre outros, o estudo do imaginário político em Minas Gerais no século XVIII, a história da administração colonial, as relações de poder no âmbito do Império português e a circulação de manuscritos na América portuguesa.

No aniversário de cinco anos da Opera-ção Lava Jato, Jorge Pontes e Márcio Ansel-mo, delegados que atuaram em diferentes momentos da Polícia Federal, narram, a partir de suas experiências pessoais e pro-fissionais, como a corrupção se infiltrou nas instituições brasileiras, tornando-se sistêmica. A Lava Jato impactou o Brasil, abalando tanto a classe política quanto a empresarial. Ela levou à prisão importantes figuras públicas e revelou, de forma inédita, a abrangência da ilegalidade no sistema. Pela primeira vez, a população brasileira tomou conhecimento de como acontecem as negociatas por baixo dos panos nas altas-rodas do governo. Em Crime.gov: Quando corrupção e governo se misturam (Editora Objetiva, 256 páginas), os autores descrevem uma nova modalidade de crime, que há décadas está entranhada nos três poderes mas que só recentemente passou a ser enxergada com clareza: o crime insti-tucionalizado. Diferente de tudo o que se conhecia até então, é uma dinâmica muito mais complexa, já que as esferas do governo se articulam para preservar a manutenção desses esquemas. Revelador e original, Crime.gov propõe um novo olhar sobre as relações de poder na política nacional. Um relato impressionante do envolvimento do poder público nos grandes esquemas de corrupção do país.

Os autores - Jorge Pontes nasceu no Rio de Janeiro em 1960. É formado em direito e fez pós-graduação na Universidade de Virginia, nos Estados Unidos. Trabalhou como policial federal em diversos lugares do país e dedicou a maior parte da sua

carreira à criação e implementação de delegacias especializadas no combate aos crimes ambientais. Márcio Anselmo nasceu em Cambé, no Paraná. É doutor em direito e delegado da Polícia Federal. Lá, trabalhou no Caso Banestado, presidiu as investiga-ções originárias da Lava Jato e permaneceu no grupo da operação em Curitiba por três anos. Atualmente, ocupa o cargo de coordenador-geral de repressão à corrupção e lavagem de dinheiro.

Em O espetáculo da corrupção: Como um sistema corrupto e o modo de combatê--lo estão destruindo o país (Editora Leya, 116 páginas), um livro contra a banaliza-ção da corrupção e a espetacularização do seu combate, o advogado Walfrido Warde radiografa os efeitos devastadores dos crimes de colarinho branco no Brasil e analisa os equívocos do sistema criado para enfrentar a roubalheira. Ele explica que não precisamos destruir o capitalismo brasileiro para combater a corrupção, não precisamos destruir as empresas para pu-nir os empresários corruptos e tampouco precisamos destruir a política para pren-der os políticos corruptos. É uma obra para corajosos: ao mesmo tempo contra a imoralidade e contra o moralismo barato. Nos últimos anos, a Lava Jato, segundo o autor, ruiu os pilares de uma política brasileira repleta de gangues, conchavos e relações pútridas com as principais e mais importantes organizações empresariais brasileiras, muitas delas com enorme capa-cidade de corromper agentes públicos. Na sua conclusão, parece um bom resultado, mas está longe disso. A Lava Jato e seus protagonistas acusaram, processaram e mandaram prender maus políticos e maus empresários, mas também arruinaram grandes empresas e, com isso, enfraque-ceram mercados fundamentais para a economia brasileira. Como ele afirma, “era ruim com as organizações empresariais criminosas. Ficou pior sem elas.” O livro aponta a direção para duas frentes. De um lado, mostra o quanto a corrupção deve ser combatida, pois é imoral e gera inefi-ciência e pobreza, ainda que não impeça o crescimento econômico. O modo que o Brasil escolheu para combater corrupção,

porém, arrasou setores inteiros da economia - sem acabar com o problema. Mais do que propor uma crítica à Lava Jato, Walfrido Warde apresenta solu-ções para que o processo de combate à corrupção se aperfeiçoe - e possa superar os terríveis efeitos colaterais que produz. O espetáculo da corrupção é, portanto, uma expressão patriótica em prol da democracia, da justiça social, da dignidade e do desenvolvimento econômico e humano do Brasil.

Fotos: Divulgação

Comédia dramática sobre direitos civis já havia conquistado três Globos de Ouro e tem chances aumentadas na corrida pelo Oscar

CINEMA

“Green Book” é melhor filme para Sindicato dos Produtores dos EUA

Mahershala Ali e Viggo Mortensen em cena de “Green Book: O guia”

Apenas duas semanas depois de conquistar três Globos de Ouro, "Green Book - o guia" conquistou, no último sábado (19), o prêmio de melhor filme do Sindicato dos Produtores (PGA), o que aumenta suas chances na corrida pelo Oscar.

A comédia dramática so-bre direitos civis estrelada por Mahershala Ali e Viggo Mor-tensen venceu "Roma", "Nasce uma estrela", "A favorita", "Pantera Negra", "Infiltrado na Klan", "Podres de ricos", "Um lugar silencioso", "Vice" e "Bohemian Rhapsody".

"Green Book" narra a improvável amizade entre Don Shirley, um virtuoso do piano, e seu motorista, Tony Lip, durante um turnê pelo sul dos Estados Unidos da

década de 1960, anos de forte segregação racial.

"Não preciso de prêmios", disse o produtor e diretor Peter Farrelly. "Isso é como Warren Buffett ganhando na loteria. Estou muito agrade-cido", completou.

A vitória veio, apesar da recente polêmica em torno do filme, incluindo um tu-íte contra os muçulmanos publicado pelo roteirista Nick Vallelonga em 2015. Na semana passada, ele se desculpou. O mesmo Farrelly esteve na berlinda no início do mês, depois que vários jornais publicaram seu há-bito de mostrar o pênis de brincadeira em 1998.

Entre outras categorias, o melhor filme de animação ficou com "Homem-Aranha:

No Aranhaverso"; "The Ameri-cans" ganhou o melhor drama na televisão; e "The Marvelous Mrs Maisel", o de série de comédia.

O PGA não tem a importân-cia do Globo de Ouro, mas é uma referência mais precisa em relação ao Oscar, já que tem entre seus membros grande parte dos votantes da Academia, que organiza a maior premiação do cinema americano.

Este ano, os indicados ao Oscar serão anunciados nesta terça-feira (22) e a cerimônia de entrega das estatuetas acontece em 24 de fevereiro.

Em 29 anos, os vencedores nas principais categorias de ambas as premiações coincidi-ram 20 vezes, como em 2018, com "A Forma da Água".

Em 2018, Fungetur financiou R$ 71,7 milhões para 38 empresas do setor

TURISMO

O Fundo Geral do Turismo (Fungetur) encerrou o ano de 2018 com 38 contratos efeti-vados. As empresas beneficia-das, do ramo turístico, são de 27 municípios de oito estados brasileiros. Os financiamentos do Fungetur são destinados a empreendimentos de até R$ 10 milhões, através de agentes financeiros conveniados com o programa nos estados, como bancos e agências de desen-volvimento. Os empreendi-mentos financiados, em sua maioria, ficam em cidades que integram o Mapa do Turismo Brasileiro. O valor médio dos projetos é de R$ 1,8 milhão.

O estado com o maior nú-mero de contratos assinados foi Mato Grosso: 12, ao todo, sendo seis em Cuiabá, dois em Chapada dos Guimarães e os demais em Campo Novo do Parecis, Sinop, Porto dos

Gaúchos e Barão de Melgaço, perfazendo R$ 2,75 milhões. Já o estado do Rio Grande do Sul registrou o maior volume de recursos contratados: R$ 24,54 milhões em cinco finan-ciamentos para Gramado (3), Bento Gonçalves (1) e Santana do Livramento (1).

De acordo com a Coordena-ção Geral de Apoio ao Crédito do MTur, a Pasta disporá, até o final de 2019, de um total de R$ 518 milhões para financiar projetos turísticos. A soma dos últimos aportes, associada à entrada de novos agentes financeiros no pro-grama, permitirá ao Fungetur a ampliação dos negócios ao longo do ano, já que muitos projetos estão em análise nos bancos.

OUTROS CONTRATOSEm Minas Gerais, foram

assinados três contratos em

2018: Belo Horizonte, Araxá e Caeté, totalizando R$ 7,72 milhões. No Espírito Santo, foram sete: Venda Nova do Imigrante (3), Vitória (1), Do-mingos Martins (1), Jaguaré (1) e Cariacica (1), somando R$ 2,64 milhões. Araucária, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Maringá, todos no Paraná, também fecharam um contrato por município, completando R$ 14,6 milhões. Em Santa Catarina, um em-preendimento turístico em Balneário Camboriú e outro em Mafra foram beneficiados com um total de R$ 10 mi-lhões. Um empreendimento de Aracaju assinou empréstimo no valor de R$ 1,63 milhão e outros três projetos foram financiados no estado de São Paulo, no valor de R$ 7,76 milhões (Cosmópolis, Atibaia e São Paulo capital).

Cuiabá (MT), cidade que registrou maior número de financiamentos contratados

Flávio André/MTur

Divulgação