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1726 MANEJO E TRATAMENTO DE CAMA Artigo 164 Volume 09 Número 03 p.1801-1815 Maio/Junho 2012 Revista Eletrônica Nutritime, Artigo 164 v.9, n° 03 p.1801- 1815 – Maio/Junho 2012

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MANEJO E TRATAMENTO DE CAMA

DURANTE A CRIAÇÃO DE AVES

Artigo Número 164

Marcos José Batista dos Santos, Alcilene Maria Andrade Tavares Samay, Demósthenes Arabutan Travassos da Silva, Carlos Bôa-Viagem Rabello, Thaysa Rodrigues Torres, Priscila Antão dos Santos, Luiz Carlos Lemos

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RESUMO O material de cama mais

utilizado durante o processo produtivo de aves tem sido a maravalha ou cepilha de madeira. Outros tipos de materiais podem ser utilizados desde que tenham boa disponibilidade na região. Contudo, esse material torna-se oneroso uma vez que em determinadas regiões torna-se escasso, além do grande volume requerido graças ao crescente alojamento de aves nos últimos anos. Alguns autores relatam que pode reutilizar a cama em média de uma a seis vezes sem que haja diferenças significativas no que se refere à mortalidade, ganho de peso, consumo, eficiência alimentar e qualidade das carcaças. A manipulação inadequada pode trazer prejuízos à criação, além de resultar em contaminação para o ambiente natural e para os próprios frangos. Por isso, para reutilização de cama velha devem ser seguidos alguns cuidados: a cama se constitui na principal forma de contaminação do meio ambiente. A qualidade do ar nos galpões é regulada pela própria cama e seu manejo, e um dos fatores que afetam a qualidade do ar é a produção de amônia, um gás incolor e irritante às mucosas, sendo formado a partir da decomposição microbiana do ácido úrico eliminado pelas aves. Outro problema relacionado à cama é a salmonela, que hoje é um dos maiores problemas para a saúde humana na criação de frangos de corte. Alguns autores têm demonstrado que a salmonela é o agente patogênico de maior preocupação e tem sido associada ao consumo de produtos avícolas contaminados. Diante do exposto, objetivou-se nesta revisão descrever o manejo da cama, reutilização e implicações no manejo ambiental e formas de tratamentos utilizados durante o processo produtivo de aves.

INTRODUÇÃO

O material de cama mais utilizado durante o processo produtivo de aves tem sido a maravalha ou cepilha de madeira. Outros tipos de materiais podem ser utilizados desde que tenham boa disponibilidade na região, sejam de baixo custo, ter boa capacidade em absorver umidade e perdê-la rapidamente para o meio, não ter cheiro nem partículas estranhas e não ser tóxico. Contudo, esse material torna-se oneroso uma vez que em determinadas regiões torna-se escasso além do grande volume requerido, graças ao crescente alojamento de aves nos últimos anos.

Para início do ciclo de produção a cama deverá ser espalhada por todo o galpão de forma a cobrir todo o piso de maneira uniforme, atingindo 5 a 8 cm de altura durante o verão e de 8 a 10 cm no inverno; o volume de 1 m³ pode cobrir uma área de 30 m² com 5 cm de altura (Lana, 2000) com o objetivo de evitar o contato direto da ave com o piso, servir de substrato para a absorção da água, incorporação de fezes, urina e penas e contribuir para a redução das oscilações de temperatura no aviário (Souza, 2005).

A cama de aviário interfere nas condições sanitárias e no desenvolvimento do lote, por isso deve ser livre de empastamento, sendo preciso ser revolvida diariamente; principalmente nos primeiros dias e em horários de temperaturas mais amenas, para evitar a formação de placas como decorrência da umidade provocada pelo acúmulo de fezes e água derramada dos bebedouros. Porém, quando ocorrer problemas de cama molhada, esta deve ser removida e substituída por cama nova; além do que, a formação de placas favorece a calosidade nos pés das aves, o que no caso de matrizes causa dificuldades na cobertura com consequente queda de fertilidade, contribuindo para uma queda na eclosão dos ovos (Lana, 2000).

Com a crescente ascensão da produção nacional de frangos ao longo

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dos anos, maiores quantidades de cama são produzidas e surge então a preocupação de pensar nas possibilidades de manejo e de destino destes resíduos a fim de minimizar os impactos por ele causados (Santos et al. 2005), ainda mais após sua proibição na alimentação dos animais ruminantes quando da encefalopatia espongiforme bovina (BSE) ou doença da vaca louca ocorrida na Europa em 2001. Considerando uma produção média de 1,75 kg de cama por frango de corte produzido (Santos et al. 2005), com média de 2,5 kg de peso vivo, estima-se uma produção média de 7,14 bilhões de kg de cama por ano. Desta forma, a grande quantidade de cama retirada dos aviários se tornaria um importante fator de preocupação por poluir o ambiente natural, além de submeter às aves a um ambiente de menor produtividade (Fiorentin, 2005). Esse mesmo autor ainda comenta que a utilização de cama nova a cada lote novo seria ideal do ponto de vista de saúde pública, mas aumentaria demasiadamente o custo de produção e geraria um grande volume de resíduos.

Sendo assim, os altos custos de produção na avicultura têm levado produtores a reutilizar a cama em vários lotes de criação como forma de reduzir esses custos.

Diante do exposto o objetivou-se nesta revisão descrever o manejo da cama, reutilização e implicações no manejo ambiental e formas de tratamentos utilizados durante o processo produtivo de aves.

UTILIZAÇÃO DA CAMA AVIÁRIA

A cama é o principal subproduto do ciclo de produção de aves e é composta, além de material absorvente, da excreta, restos de ração, penas, insetos e secreções.

Para um correto manejo deste resíduo é necessário conhecer sua composição química que de forma

geral apresenta média de 14% de proteína bruta, 16% de fibra bruta, 13% de matéria mineral e 0,41% de extrato etéreo, mostrando uma composição muito variável, porém, rica em nutrientes que propícia para o desenvolvimento de bactérias e fungos, além das próprias condições ambientais que se tornam favoráveis a proliferação desses microrganismos, como as variações de temperatura de 20 a 32°C dependendo da semana de criação (Fiorentin, 2005).

A qualidade pode variar em função das densidades populacionais adotadas, da quantidade inicial de substrato e do número de lotes criados sobre a mesma cama (Santos et al., 2005).

A cama se constitui na principal forma de contaminação do meio ambiente. A qualidade do ar nos galpões é regulada pela própria cama e seu manejo, e um dos fatores que afetam a qualidade do ar é a produção de amônia, um gás incolor e irritante às mucosas, sendo formado a partir da decomposição microbiana do ácido úrico eliminado pelas aves. Quando seu nível no ambiente for elevado (mais de 100 ppm) observa-se perdas no desempenho das aves por comprometer os processos fisiológicos de trocas gasosas (Oliveira et al., 2003). Esses altos níveis de amônia (60 a 100 ppm) podem ser observados no início da criação em galpões, quando se faz a reutilização da cama (Gonzáles & Saldanha, 2001).

A manipulação inadequada pode trazer prejuízos à criação, além de resultar em contaminação para o ambiente natural e para os próprios frangos. Para reutilização de cama velha devem ser seguidos alguns cuidados como: não reutilizar a cama caso tenha ocorrido problemas sanitários severos no lote anterior e não utilizá-la em círculos de proteção (alojar pintainhos com cama nova). É rotina substituir a cama sempre que algum episódio de ordem sanitária ocorrer no lote (Fiorentin, 2005), uma vez que a cama contaminada poderá favorecer a perpetuação de patógenos

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aviários de um lote para outro de aves (Silva et al., 2007).

Importantes patógenos estão corriqueiramente presentes na cama de aviários e são trazidos pelos próprios pintos ou por vetores e são perpetuados no ambiente a cada lote, na própria cama, ou albergados em reservatórios que escapam à desinfecção, como os cascudinhos ou os roedores, sendo o mais frequente a E. coli causadora de dermatite necrótica (Fiorentin, 2005). Desta forma, esse mesmo autor sugere que por ser um nicho microbiológico que alberga microrganismos patógenos, faz-se necessário, intervenções para a redução desses microrganismos quando da sua reutilização.

A prática de reutilização da cama se constitui em uma alternativa viável para aquelas regiões onde não há boa disponibilidade do material ou exista dificuldade para vender a cama após a saída dos animais (Santos et al., 2005).

Poucos estudos têm avaliado as características da cama reutilizada e, portanto, existem poucas informações sobre as vantagens e desvantagens de se reutilizá-la.

Segundo Souza (2005) os produtores brasileiros utilizam, em média, a mesma cama para criar cinco lotes. Corroborando com Brake et al. (1993) que relatam utilização da cama de 1 a 6 vezes sem que haja diferenças significativas no que se refere à mortalidade, ganho de peso, consumo, eficiência alimentar e qualidade das carcaças.

As restrições técnicas à reutilização de cama na criação de frango vêm progressivamente cedendo espaço à bem sucedida adoção do método por muitos criadores. Reutilizar cama, entretanto, não significa desconhecimento dos riscos associados ao método, ou desatenção aos cuidados de limpeza e desinfecção das instalações (Jorge et al., 1997).

Pereira (2009) relata que a reutilização da cama aviária é uma prática comum na avicultura brasileira, porém, requer tratamento

entre os lotes de frangos sadios, o que assegura condições sanitárias adequadas à produção.

De acordo com Fiorentin (2005) existem vários métodos disponíveis para a redução da concentração de bactérias na cama, para serem aplicados entre lotes, ou antes de sua deposição no ambiente natural.

Entre os agentes físicos, o pH da cama pode ser reduzido a índices que se contrapõem à multiplicação bacteriana. Porém, a eficácia deste método parece difícil de ser atingida, provavelmente devido ao poder tampão das fezes pela presença do ácido úrico; a adição de ácidos como o bisulfato de sódio, lignosulfato de sódio, ácido fórmico ou ácido propiônico, sulfato de alumínio ou ácido cítrico são opções disponíveis, porém, sua utilização é de custo elevado o que onera o custo de produção. A elevação do pH pode também ter alguma ação benéfica na redução da concentração de bactérias como a adição de gesso ou cal; a temperatura é um agente físico de grande eficiência na inativação de bactérias por meio do método de fermentação, sendo portanto, apenas possível na ausência das aves. Contudo, há dificuldades em se manter temperaturas elevadas e uniformes, havendo nestes casos benefício indireto da fermentação que é de proporcionar redução de artrópodos como as moscas e os cascudinhos que atuam como vetores de bactérias contaminantes da cama.

Em estudos realizados por Trialdi et al. (s/d) verificou-se que a cama reutilizada apresentou pH e amônia volatilizada significativamente superiores que a cama nova, o que já era esperado, uma vez que a cama reutilizada contém maior teor de ácido úrico e, portanto, maior teor de amônia e maior pH. Segundo Fiorentin (2005) a cama por ser um nicho ecológico no qual a microbiota está em franca atividade, quando de sua reutilização, não se pode descuidar da adoção de

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pelo menos um método de redução da carga bacteriana.

Em pesquisa conduzida por Silva et al. (2007) da Embrapa Suínos e Aves em parceria com a União Brasileira de Avicultura (UBA) e Associação Brasileira de Exportadores de Frango (ABEF) com o objetivo de avaliar três técnicas de tratamentos utilizadas no Brasil: a) secagem, com queima das penas por vassoura de fogo, e aplicação posterior de cal hidratado sobre a cama; b) fermentação da cama sem o empilhamento e c) empilhamento e fermentação após a retirada do lote de frangos, em relação à análise de índices de presença de bactérias mesófilas e enterobatérias totais, grupo que inclui patógenos como Escherichia coli e outras, após a aplicação do tratamento chegaram a resultados que mostraram que esses tratamentos usados no país reduzem substancialmente a carga bacteriana da cama aviária e que o tratamento de maior eficiência na redução da carga de enterobactérias foi o uso da fermentação através de cobertura com lona em toda a extensão do aviário, garantindo redução significativa da carga bacteriana, inclusive de salmonelas Silva et al., (2007), que se constitui a maior preocupação de ordem microbiológica na produção de aves no Brasil (FIORENTIN, 2005).

Segundo Souza (2005), a reutilização da cama de aviário vem sendo questionada pela Comunidade Europeia, que ameaça restringir as importações de carne de frango do Brasil, enquanto que este pretende mostrar à Comunidade Europeia que é possível utilizar a mesma cama nos aviários para a produção de vários lotes de frangos.

Estudos mostram que a cama reutilizada não se revelou prejudicial às aves, ao contrário, evidenciou propriedades benéficas para os plantéis, visto que os lotes nelas criados apresentavam problemas sanitários menos frequentes, menor mortalidade e índices zootécnicos de produtividade, em muitos casos

similares ou mesmo superiores aos observados nos lotes criados em cama nova (JORGE, 1991; PINHEIRO, 1994). Além disso, Santos (1997) constatou que há diminuição significativa na produção de resíduos na granja quando se reutiliza a cama. Segundo o autor, a produção de cama na qual se criou um lote foi de 0,521 kg de matéria seca (MS) de cama/kg de peso vivo de ave, e para dois lotes 0,439 kg de MS de cama/kg de peso vivo de ave, indicando que uma reutilização pode diminuir coeficiente de resíduo (produção de cama) em aproximadamente 16 %. Também Kelley et al. (1995), a reutilização de cama além de reduzir os custos com aquisição de cama nova, reduz a degradação ambiental.

Em trabalhos realizados por Santos et al. (2005) com objetivo de verificar os efeitos da densidade populacional e da reutilização da cama no desempenho de frangos de corte e na produção de cama verificou-se que as aves criadas em cama reutilizada já apresentavam, aos 21 dias, peso vivo superiores, maior consumo de ração, melhor conversão alimentar média, menor mortalidade e maior peso vivo em relação às aves criadas em cama nova, indicando que a reutilização de cama não interferiu negativamente no ganho de peso das aves. Avaliando-se ainda a viabilidade da criação constatou-se que aves criadas em cama reutilizada se mostraram superiores àqueles encontrados para aves criadas em cama nova, e maior fator de produção, independentemente da densidade populacional utilizada, além de permitir redução na geração de resíduos, em torno de 35%, assim, para cada quilograma de frango vivo produzido em cama reutilizada foram gerados 0,475; 0,394 e 0,332 kg MS de resíduo, respectivamente, nas densidades populacionais 10, 16 e 22 aves/m².

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SALMONELA NA CAMA

A salmonela hoje é um dos maiores problemas para a saúde humana na criação de frangos de corte. Alguns autores têm demonstrado que a salmonela é o agente patogênico de maior preocupação e tem sido associada ao consumo de produtos avícolas contaminados (Hoszowski et al., 1996; Byrd et al., 1997; Cox et al., 2000). A contaminação em humanos geralmente é atribuída à contaminação cruzada na cozinha, cozimento inadequado e temperatura imprópria de armazenamento (SILLIKER, 1980).

Corrier et al. (1995) demonstraram que a salmonela entra na cama no primeiro dia em que os pintos são alojados no galpão e pode ser achada na terceira semana de vida do lote. Em cama reciclada Receiber et al. (1990) identificaram possível fonte de contaminação por Salmonela em frangos pré-processados.

Alguns autores têm relatado uma maior incidência de salmonela na carcaça de frangos, em comparação com amostras dos cecos destas aves. Rigby et al. (1980,1982) encontraram um maior percentual de amostras de Salmonela na carcaça (42 e 50%) do que nos cecos destas aves 7%. Line (2002) registrou o dobro de Salmonela a partir da sexta semana de idade nas penas (44%) do que amostras dos Cecos destas mesmas aves (20%). Estes estudos demonstram que a carcaça é uma potencial fonte de contaminação de salmonela e não somente as vísceras. Corrier et al. (1995) quando fizeram coletas em um lote de frangos de pele, penas, Cecos e a cama em frangos com 6 semanas de idade, 21% das penas e pele foram positivos, 19% para os cecos e 65% das amostras da cama foram positivas.

Atualmente a USDA vem tentando impor normas para o

controle da salmonela na produção de frangos, o seu interesse está centrado sobre a redução da contaminação deste patógeno na granja e carcaças das aves. Comercialmente as aves são criadas em constante contato com a cama, o que pode ser um grande foco de contaminação por salmonela (Corrier et al., 1999; Trampel et al., 2000). A sobrevivência da salmonela na cama depende de fatores físicos e químicos como: temperatura, umidade da cama, concentração de amônia e Ph. No entanto, a contaminação do lote pode se intensificar quando os animais estão sobre alta densidade, estresse calórico ou quando passou por um desafio imunológico recente.

Segundo estes trabalhos uma amostra do ambiente pode ser mais representativo do que amostras dos cecos ou da carcaça do animal. Contudo. outros autores têm mostrado que amostras do ambiente não são totalmente confiáveis. Kingston (1981) foi capaz de detectar nove cepas de salmonela usando esfregaço, mas apenas Três cepas foram positivas na cama.

TRATAMENTO Para o combate de salmonela

na cama aviária a literatura vem trazendo algumas alternativas; uma delas é a utilização de alguns compostos a acidificação como meio de diminuir a incidência de amônia para controlar a proliferação deste microrganismo É sabido que altos teores de amônia no ambiente afetam negativamente o desempenho de frangos de corte como: peso corporal, conversão alimentar, eficiência alimentar entre outros.

Frangos criados em altas densidades, a taxa de amônia é elevada e consequentemente interfere no desempenho das aves, principalmente a taxa de crescimento das aves (Quarles e Kling, 1974; Reece et al., 1979) eficiência alimentar (Caveny et al., 1981), diminuição da postura (Deaton al., 1984), danos ao aparelho respiratório

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(Nagaraja et al., 1983), aumenta a susceptibilidade a doença de Newcastle (Anderson et al., 1964), aerosaculite (Quarles e Kling, 1974; Qyetunde et al., 1976), os níveis de Mycoplasma gallisepticum (Sato et al., 1973).

Charles e Payne (1966) observaram que frangos expostos a 100 ppm NH3 tiveram menor taxa de respiração, ganho de peso, consumo alimentar do que em aves que não estavam expostos a níveis mais baixos. Line e Bayle (2006) utilizaram sulfato de alumínio e bissulfeto de sódio tentando acidificar a cama, no entanto, não houve efeito significativo para os dois tratamentos no combate a salmonela. Maurice et al. (1998) não encontraram diferenças quanto ao desempenho e ocorrência de lesões nas carcaças de frangos criados sobre cama não tratada e tratada com sulfato de alumínio. Similarmente Pope e Cherry (2000) utilizando bissulfeto de sódio não encontraram efeito significativo. Isto pode ter ocorrido porque a acidificação da cama é perdida rapidamente por causa da presença da amônia onde reage com os íons H+ alcalinizando o meio. A salmonela tem a capacidade de regular o pH citoplasmático perto do neutro, quando são expostos a pH perto de neutro, quanto exposto a condições de diminuição do pH; contudo, este procedimento é extenuante (principalmente quando o pH extracelular está muito abaixo do pH interno) o que leva a morte celular Hill et al. (1996).

Line et al., (2002) trabalhando com bissulfeto de sódio e sulfato de alumínio observaram efeito rápido na diminuição do pH na cama e o uso de sulfato de alumínio promoveu a acidificação da cama por um período mais longo do que o bissulfeto de sódio que teve o seu efeito diminuído rapidamente, entretanto, os autores não encontraram diferença significativa na população de salmonela no cecos das aves. Contrariamente, outros autores usando sulfato de alumínio

encontraram melhor ganho de peso Mc Ward e Taylor, (2000), sulfato de alumínio apresentaram melhor ganho de peso, melhor conversão alimentar Oliveira et al. (2002). O sulfato de alumínio também provém vantagens na sua utilização no que concerne o menor gasto com ventilação e melhoria na qualidade da cama como fertilizante Moore et al. (1999), melhor qualidade da carcaça, diminuição de lesões de peito e nos sacos aéreos Mc Ward e Taylor (2000). O uso de gesso agrícola na cama também pode trazer benefícios no tratamento da cama de frango, ao avaliarem a adição de gesso agrícola à cama de frango Bruno et al. (1999) e Wyatt e Goodman (1992), os autores não encontraram diferenças no ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e mortalidade em relação ao tratamento-controle, independente do nível de adição. Também não encontram efeito negativo sobre o ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar de frangos de corte. Entretanto, o uso de sulfato de alumínio (0,25kg/m2), acrescido de superfosfato simples (0,4kg/m2), prejudicou o ganho de peso e a conversão alimentar Ali et al. (2000). A cal hidratada é um dos produtos mais utilizados na cama para prevenir a produção de gases tóxicos produzidos na cama. Singh et al. (1990) não encontraram diferenças quanto ao peso vivo e ganho de peso. Entretanto, a cal reduziu o número de bactérias na cama e melhorou o ganho de peso quando adicionada em níveis de 0,2% e 1% do peso da cama Stanush et al. (2000).

Os eletrólitos também são responsáveis pelo maior aumento de umidade nas fezes das aves o que contribui para a proliferação de microrganismos na cama. Casado e Virseda (1983), ao suplementarem rações de aves de recria com Na e K-1, concluíram que ambos promovem aumento da excreção de água. O teor de umidade da cama pode ter grande

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influência sobre a incidência e a severidade das lesões na carcaça de frangos por ser um fator favorável ao desenvolvimento de bactérias que podem contaminar a pele e, consequentemente, a carcaça (Angelo et al., 1997).

Vieites et al. (2005) observaram que o Balanço eletrolítico foi o responsável pelo aumento na umidade da cama das aves. Esses dados corroboram com Hijikuro (1976), citado por Casado & Viserda (1983), com aves de recria com diferentes níveis de NaCl, observaram que, à medida que o consumo de sal elevou, houve aumento do consumo de água e de produção de fezes. Day (1986), também observou aumento de consumo e de excreção de água com aumento dos níveis de Na (0,1 para 0,2%) e potássio (0,6 para 0,9%) na ração. Entretanto, não observou alteração no consumo e na excreção de água quando elevou o nível de Cl (0,10 para 0,25%).

AMÔNIA NA CAMA

A amônia é um gás incolor e irritante às mucosas, sendo formado a partir da decomposição microbiana do ácido úrico eliminado pelas aves. Pessoas que trabalham com frangos apresentam alta incidência de sintomas agudos e crônicos incluindo tosse, irritação nos olhos, fadiga, congestão nasal, espirro, dor de cabeça, irritação na garganta e febre (Donham, 2000). A amônia que se desprende da cama de frangos pode se tornar problemática, nos meses de inverno, sob condições de umidade excessiva da cama, propiciando o crescimento de agentes patogênicos (Avila et al., 1992).

Mesmo considerando os teores de amônia baixos, no entanto, já a partir 10 ppm é que se inicia a deterioração dos cílios do epitélio traqueal das aves e somente acima de 20 ppm é que se observa maior susceptibilidade às enfermidades. Quando a quantidade de amônia inalada é superior a 60 ppm, a ave

fica predisposta a doenças respiratórias, aumentando os riscos de infecções secundárias às vacinações. Quando o nível de amônia no ambiente atinge 100 ppm, há redução da taxa e profundidade da respiração, prejudicando os processos fisiológicos de trocas gasosas. Esses níveis altos de amônia (60 a 100 ppm) podem ser observados no início da criação em galpões, com a reutilização da cama (GONZÁLES & SALDANHA, 2001).

A redução de pH tem influência direta sobre os níveis de amônia no ar. A volatilização da amônia é baixa, quando o pH é menor que sete, e aumenta, à medida que o pH se eleva (Reece et al., 1979).

O uso de aditivos ou condicionadores químicos na cama de frango é uma solução rápida e econômica para melhorar sua qualidade física, química e microbiológica. Propiciando maior conforto às aves, favorecendo seu desempenho zootécnico e sanitário reduzindo a volatilização da amônia e amenizando alguns problemas como o aumento na incidência de doenças respiratórias nas aves e no ser humano. A desclassificação de carcaça devido às lesões na pele e também a redução do teor de nitrogênio na cama, diminui seu valor como fertilizante. Além disso, o uso de condicionadores não afeta a umidade da cama que está relacionada a fatores como tipo de dieta, consumo de água, temperatura ambiente, ventilação e, principalmente, tipo de bebedouro segundo descrito por McWard e Taylor (2000) (sulfato de alumínio), Ali et al. (2000) (superfosfato), Neme et al. (2000) (gesso agrícola) e Oliveira et al. (2003) (cal hidratada)

Tratamento O gesso agrícola, com

disponibilidade comercial e custo baixo, representa uma alternativa no manejo do esterco avícola. Segundo Glória et al.(1991), é capaz de reduzir a volatilização da amônia em até

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49,5% em 30 dias. Sua utilização, entretanto, tem gerado resultados controversos quanto à umidade, pH e volatilização de amônia da cama de frango (Wyatt e Goodman, 1992; Neme et al., 2000; Oliveira et al., 2003). O gesso agrícola é o único que parece interferir no teor de matéria seca da cama, devido à sua alta capacidade de absorver umidade (WYATT & GOODMAN, 1992). Sob condições de umidade excessiva a cama pode produzir amônia a partir do metabolismo microbiano sobre os resíduos fecais. Ao desprender-se pode propiciar o aparecimento de lesões respiratórias e oculares de importância econômica. Entretanto, Wyatt e Goodman (1992), ao estudarem o uso de gesso agrícola na cama de frango, demonstraram que o teor de matéria seca da cama aumentou significativamente de 84,9 para 88%. A utilização de aditivos na cama de frangos é, ainda, um assunto pouco explorado e a principal função do gesso agrícola misturado à cama seria a de evitar a perda de grandes quantidades de nitrogênio pela volatilização de amônia das dejeções das aves.

Teuscher & Adler (1985) citaram a reação ocorrida entre o carbonato de amônio e o sulfato de cálcio como a responsável pelo mecanismo de fixação do nitrogênio: (NH4)2 CO3 + CaSO4 + (NH4)2 SO4 + CaCO3. Delgado (1998), analisando a composição químico-bromatológica da cama de frangos com a aplicação única de 30% do gesso, concluiu que o aditivo melhorou a composição químico-bromatológica da cama e que o subproduto avícola demonstrou ser um alimento viável para suplementação de ruminantes. Já Sampaio et al. (1999), ao trabalharem com diferentes níveis de gesso em duas formas de aplicação, concluíram que a aplicação parcelada de 30% de gesso diminuiu a contagem padrão de microrganismos na cama. Em outro estudo, Marin (1998) determinou a composição químico-bromatológica de três tipos de cama (casca de arroz, maravalha e

casca de amendoim) sem e com gesso (15kg gesso/35kg material absorvente), sob duas formas de estocagem (amontoada e ensilada). Os resultados demonstraram que a adição de gesso às camas reduziu os teores de FDA (fibra em detergente ácido) e FDN (fibra em detergente neutro), elevou os teores de MM (matéria mineral) e de N-NH3, e melhorou sua qualidade. Com a finalidade de inibir as perdas de amônia no manuseio do esterco avícola, Malavolta et al. (1979) salientaram a eficácia do gesso agrícola para esse propósito, aliada ao seu baixo custo. Estudos sobre o desempenho das aves criadas em camas tratadas com gesso agrícola têm demonstrado não haver efeito negativo no seu desempenho produtivo (BRUNO, 1997; NEME, 1997). Segundo Sampaio et al. (1999) em seu experimento a umidade relativa do ar declinou no 25º dia (73,9%) e ao final (54,5%), contribuindo para a detecção de menores valores de volatilização de amônia. Desse modo, pode-se afirmar que o efeito do gesso agrícola aliado às condições de umidade relativa do ar diminuíram a quantidade de amônia liberada pela cama.

Já com o sulfato de alumínio, vários autores também têm avaliado o seu uso com o objetivo de reduzir o pH e a volatilização de amônia da cama de frango(Elkinci et al., 2000; Worley et al., 2000). Burgess et al. (1998) compararam o efeito do sulfato de alumínio sobre o pH da cama de frango composta por palha de arroz e observaram que sua adição provocou redução do pH de 7,47 para 4,43. A redução do pH se deve ao fato de o sulfato de alumínio ser um ácido com seis moles de prótons formados para cada mol de sulfato de alumínio dissociado. A aplicação do sulfato de alumínio pode reduzir em até 99% a volatilização da amônia, utilizando-se doses de 100g por kg de cama de frango (Moore et al., 1995). Segundo Oliveira et al. (2004) o sulfato de alumínio inibiu em 54,8%, 83,9% e 70,8% a quantidade de amônia

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volatilizada das camas no 42º dia no primeiro, segundo e terceiro lotes, respectivamente. Íons H+ e pH abaixo de 7,0 resultam em aumento na proporção NH3/NH4 +, e como o íon amônio não é volátil, há redução das perdas de nitrogênio por volatilização da amônia. À medida que o pH se eleva, essa razão aumenta, causando maior volatilização. Moore et al. (1996), que utilizaram sulfato de alumínio na quantidade de 65 e 130g/kg de cama e detectaram aumento no teor de NH4 + na cama, demonstrando, com isso, que houve redução da amônia volatilizada, e McWard e Taylor (2000) verificaram redução na volatilização da amônia de 33,3% em relação ao tratamento controle. Portanto, o sulfato de alumínio é efetivo em reduzir o pH da cama e, consequentemente, a volatilização da amônia.

O superfosfato simples é outro tipo de tratamento que apresenta ação inibidora da volatilização da amônia da cama de frango (Glória et al., 1991). Segundo Collins, citado pelos mesmos autores, o uso de superfosfato simples é uma das recomendações mais antigas para inibir as perdas de amônia. Este condicionador químico mostrou-se eficaz na redução da quantidade de amônia volatilizada sendo, porém, efetivo na redução do pH somente até 10 dias de experimento, quando comparado ao tratamento-controle (Reece et al., 1979). Glória et al. (1991), ao utilizarem o superfosfato simples na quantidade de 62,5 a 175kg/t de cama de frango, verificaram que o produto foi eficiente na inibição da volatilização da amônia em até 93% , ao fim de 30 dias. Glória et al. (1991) observaram redução na volatilização da amônia na cama de frango tratada com superfosfato simples (62,5 a 175kg/t) e gesso agrícola (50 a 175kg/t). A inibição atribuída ao superfosfato simples foi de 58,9% e ao gesso agrícola, 39,3%. Da mesma forma, Ali et al. (2000), ao utilizarem o superfosfato na quantidade de 0,7kg/m2, relataram reduzida

volatilização de amônia das camas de frango aos 42 dias.

A cal hidratada (Ca(OH)2) também vem sendo utilizada no intuito de melhorar a qualidade da cama de frango. Este produto foi avaliado com o propósito de reter nitrogênio na cama de frango por Wildey (1984). O autor constatou que a retenção do nitrogênio durou apenas duas semanas, necessitando de nova aplicação após esse período. Quanto à ação da cal hidratada, Sobih e Dosoky (1990) observaram que ela se mostrou efetiva no controle da emissão de amônia. Moore et al.(1995), ao avaliarem a ação da cal hidratada sobre a cama de frango durante 42 dias, relataram que não houve diferença significativa em relação à cama não tratada. As perdas da amônia por volatilização foram ocasionadas pelo elevado pH. Os autores mencionaram ainda que, ao final do período experimental, houve queda no pH ocasionada, provavelmente, pela formação do CaCO3. Já, Sobih e Dosoky (1990), ao estudarem a ação da cal hidratada comparando com o sulfato de cobre (4%), ácido benzóico (2%), ácido acético (3%), notaram que o sulfato de cobre e a cal hidratada mostraram-se mais efetivos, controlando a emissão de amônia (pela fixação de nitrogênio nos dejetos) durante 21 dias. Os ácidos benzóico e acético controlaram a emissão de amônia somente por 10 e 15 dias, respectivamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cama de aviário pode ser reaproveitada e tratada, proporcionando a melhoria das condições ambientais e diminuição dos custos de produção da avicultura;

Existem vários métodos utilizados no tratamento da cama, porém, o mais eficiente na redução de microrganismos patógenos, segundo a literatura foi o a fermentação através

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de cobertura com lona em toda a extensão do aviário;

Além da redução da carga bacteriana, os tratamentos utilizados

promovem redução no pH e na volatilização da amônia.

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