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Podemos minimizar o risco de cheias? Amieiro Galego, no Rio Ave, diz-nos que é possível! JRA: Rafael João Almeida Nesta reportagempretendo abordar as consequências que as cheias podem trazer à população de Vila das Aves, e de certo modo comprovar fotograficamente, que a limpeza dos rios pode ser um fator muito importante na minimização das mesmas. A limpeza do rio Ave na zona de Vila das Aves, mais concretamente no troço que vou abordar (entre o Amieiro Galego e a Ponte da Pinguela) é algo que não compete à Junta de Freguesia, pois segundo me informei o rio Ave neste local é explorado por empresas e daí não se poder mexer. Contudo neste último Verão, a limpeza que ocorreu foi feita pelo Senhor Abreu, empresário responsável pela exploração da barragem/mini-hídrica que aparece nas fotografias subsequentes. As areias que ao longo do tempo vinham a ser depositadas junto da barragem vieram a formar uma camada que estava a um metro da superfície, algo que prejudicava em grande escala o funcionamento da barragem e consequentemente, provocando prejuízo a quem a explora. Esta acumulação de areias também contribuía para as grandes cheias que havia durante o inverno, nomeadamente as de 2013. Tendo em conta a pluviosidade registada nesse ano (2013) com a do ano atual (2016), verificou-se que apesar da deste ano ( dia 13 de fevereiro de 2016), ter sido muito mais intensa, do que a do dia 19 de janeiro de 2013, as consequências das mesmas foram bastante menores, sobretudo nos danos causados nas margens! Isto só vem realçar que os riscos de cheias podem ser minimizados, se forem tomadas as devidas precauções. Claro

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Page 1: Jovens Repórteres para o Ambiente€¦ · Web viewFoi destruída e substituída, em 1995, por uma nova ponte, em betão armado, da responsabilidade da Junta Autónoma de Estradas

Podemos minimizar o risco de cheias?

Amieiro Galego, no Rio Ave, diz-nos que é possível!

JRA: Rafael João Almeida

Nesta reportagempretendo abordar as consequências que as cheias podem trazer à população de Vila das Aves, e de certo modo comprovar fotograficamente, que a limpeza dos rios pode ser um fator muito importante na minimização das mesmas.

A limpeza do rio Ave na zona de Vila das Aves, mais concretamente no troço que vou abordar (entre o Amieiro Galego e a Ponte da Pinguela) é algo que não compete à Junta de Freguesia, pois segundo me informei o rio Ave neste local é explorado por empresas e daí não se poder mexer.

Contudo neste último Verão, a limpeza que ocorreu foi feita pelo Senhor Abreu, empresário responsável pela exploração da barragem/mini-hídrica que aparece nas fotografias subsequentes. As areias que ao longo do tempo vinham a ser depositadas junto da barragem vieram a formar uma camada que estava a um metro da superfície, algo que prejudicava em grande escala o funcionamento da barragem e consequentemente, provocando prejuízo a quem a explora. Esta acumulação de areias também contribuía para as grandes cheias que havia durante o inverno, nomeadamente as de 2013.

Tendo em conta a pluviosidade registada nesse ano (2013) com a do ano atual (2016), verificou-se que apesar da deste ano ( dia 13 de fevereiro de 2016), ter sido muito mais intensa, do que a do dia 19 de janeiro de 2013, as consequências das mesmas foram bastante menores, sobretudo nos danos causados nas margens!

Isto só vem realçar que os riscos de cheias podem ser minimizados, se forem tomadas as devidas precauções. Claro que se trata do estudo de um troço pequeno, de um rio que por si também não é muito grande! Mas por vezes devemos pegar em pequenos casos de sucesso e extrapolá-los, para podermos evitar catástrofes de maiores dimensões.

Há medidas que permitem reduzir o risco de cheia e prevenir os seus efeitos, tais como: manter limpos e desobstruídos os leitos dos leitos dos rios e fazer o desassoreamento;reflorestar áreas onde há maior risco de arrastamento de sedimentos;fazer uma boa gestão das bacias hidrográficas;implementar sistemas de vigilância, que permitam avisar atempadamente as populações de forma a diminuir os riscos de inundações;construir barragens para regularizar os caudais dos rios;

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Figura 1 (imagem aérea do Google Maps do troço em estudo)

Amieiro Galego em pleno Verão, zona mini-hídrica, antes da limpeza. (Figura 2)

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Foto retirada do mesmo local que a figura 2, mas após limpeza. (figura 3)

Rio Ave, Parque Amieiro Galego na Primavera zona mini-hídrica, durante a Primavera . (figura 4)

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Nas cheias de Fevereiro de 2016 zona mini-hídrica (figura 5)

O mesmo local da figura 5, mas desta feita no Verão. (figura 6)

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Cheias de 2016 (figura 7)

Cheias de 2013 (Figura 8)

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Cheias de 2016 (figura 9)

O mesmo local da figura 9 antes da colocação do parque de merendas e durante o verão. (figura 10)

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O local mostrado na figura 10, mas nas cheias de 2016 (figura 11)

Parque de Merendas do Amieiro Galego no Outono. (figura 12)

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O parque da figura 12, fotografado em Fevereiro de 2013. (figura 13)

Ponte Da Pinguela no Verão. (figura 14) A Ponte da Pinguela de Romão, construída sobre o rio Ave, ligava as freguesias de Bairro (Vila Nova de Famalicão) e Aves (Santo Tirso). A sua orientação era grosso modo poente-nascente. A memória da sua construção perde-se no tempo, vindo referenciada em documentos do século XVIII, como tendo sido inicialmente de madeira, aliás, como o próprio nome "Pinguela" o indica. Apresentava três vãos que iam diminuindo de nascente para poente. O vão maior, a nascente, correspondia à vazão do rio em época estival. Entre o primeiro e o segundo vãos e entre este e o terceiro existem, do lado de montante, dois talha-mares constituídos por prismas triangulares, assentes em rocha viva. O tabuleiro

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era em betão armado. Foi destruída e substituída, em 1995, por uma nova ponte, em betão armado, da responsabilidade da Junta Autónoma de Estradas.

Ponte da Pinguela, a mesma da foto da figura 14, mas após a limpeza do rio. Apesar da água próxima do tabuleiro, não foi necessário fechar a passagem da ponte (figura 15)

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Outra perspetiva da foto anterior. Figura16

AgradecimentosPara a realiação deste trabalho, contei com a preciosa colaboração de dois ilustres avenses que me autorizaram a usar as fotos por eles tiradas durante as cheias de 2013 e de 2016, pelo facto quero aqui deixar-lhes o meu agradecimento.

Rafael Almeida, Fevereiro de 2013

Bibliografia

https://i.ytimg.com/vi/m41ZBcoavLg/maxresdefault.jpg

https://i.ytimg.com/vi/m41ZBcoavLg/maxresdefault.jpg

https://avesitar.files.wordpress.com/2013/11/jhbs.jpg

https://www.google.pt/maps/@41.3733427,-8.4145299,252m/data=!3m1!1e3?hl=pt-PT

http://www.jf-viladasaves.pt/

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http://famalicaoid.inwebonline.net/ficha.aspx?t=i&id=2240