josÉ saramago literatura portuguesa professora: amanda magalhães

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JOSÉ SARAMAGO JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães Professora: Amanda Magalhães

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Page 1: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

JOSÉ SARAMAGOJOSÉ SARAMAGO

Literatura PortuguesaLiteratura Portuguesa

Professora: Amanda MagalhãesProfessora: Amanda Magalhães

Page 2: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

Saramago nasceu em Portugal (Ribatejo), em 1922. Fez

estudos secundários com muitas dificuldades. Seu primeiro

emprego foi como serralheiro mecânico, tendo exercido

depois, diversas outras profissões: desenhista, funcionário

de saúde e de previdência social, editor, tradutor,

jornalista. Em 1972 fez parte da redação do jornal Diário

de Lisboa. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente

de seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois

como autor. Foi laureado com o prêmio Nobel daLiteratura

1998 Atingiu a celebridade aos 60 anos Vive hoje (2008)

nas ilhas Canárias.

JOSÉ SARAMAGOJOSÉ SARAMAGO

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1. Manual de Pintura e Caligrafia (1977)

O livro parece uma autobiografia mas, na sua intensidade, encerra também o tema do amor, assuntos de natureza ética, impressões de viagens e reflexões sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade.

2. Memorial do Convento (1982)

É um texto multifacetado e plurissignificativo que tem, ao mesmo tempo, uma perspectiva histórica, social e individual, permeada de imaginação.

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3. O ano da Morte de Ricardo Reis (1984)

A ação passa-se em Lisboa no ano de 1936, em plena ditadura, mas possui um ambiente de irrealidade superiormente evocado Este ambiente é acentuado pelas repetidas visitas do poeta Fernando Pessoa à casa da personagem principal (que é extraída da produção pessoana) e das suas conversas sobre a existêcia do homem. Juntos deixam o mundo após seu último encontro. É Fernando Pessoa encontrando-se com um dos seus heterõnimos.

4. A Jangada de Pedra (1986) Uma série de acontecimentos sobrenaturais

culmina na separação daPenínsula Ibérica que começa a vagar no Atlântico, inicialmente em direção aos Açores. Comentários sobre a vida, ironiza as autoridades e os políticos.

Page 5: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

5. História do Cerco de Lisboa (1989)5. História do Cerco de Lisboa (1989)

É um romance sobre um romance. A história É um romance sobre um romance. A história nasce da obstinação de um revisor ao nasce da obstinação de um revisor ao acrescentar um acrescentar um nãonão, um estratagema que dá , um estratagema que dá ao acontecimento histórico um percurso ao acontecimento histórico um percurso

diferente.diferente.

6. O Evangelho segundo Jesus Cristo 6. O Evangelho segundo Jesus Cristo (1991)(1991)

Romance sobre a vida de Jesus encerra, na Romance sobre a vida de Jesus encerra, na sua franqueza, reflexões merecedoras de sua franqueza, reflexões merecedoras de atenção sobre grandes questões. Deus e o atenção sobre grandes questões. Deus e o Diabo negociam sobre o mal. Jesus contesta Diabo negociam sobre o mal. Jesus contesta

o seu papel e desafia Deus.o seu papel e desafia Deus.

Page 6: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

7. Todos os Nomes (1977)7. Todos os Nomes (1977)

Uma história de dimensões quase metafísicas sobre Uma história de dimensões quase metafísicas sobre um funcionário público da Conservatória dos um funcionário público da Conservatória dos Registros Centrais. Ele fica obsecado por um dos Registros Centrais. Ele fica obsecado por um dos nomes do registro e segue a sua pista até seu nomes do registro e segue a sua pista até seu trágico final.trágico final.

8. As Intermitências da Morte (2005)8. As Intermitências da Morte (2005)

Uma visão dos fatos a partir do dia primeiro de Uma visão dos fatos a partir do dia primeiro de janeiro quando ninguém mais morreu naquele janeiro quando ninguém mais morreu naquele lugar. Na ausência da morte surgem conflitos, lugar. Na ausência da morte surgem conflitos, discussões e soluções para o problema dos que não discussões e soluções para o problema dos que não morrem. No sétimo capítulo há uma carta mandada morrem. No sétimo capítulo há uma carta mandada pela morte a uma emissora de televisão, para que pela morte a uma emissora de televisão, para que seja levada a público a notícia de seu retorno.seja levada a público a notícia de seu retorno.

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9. Ensaio sobre a Cegueira (1995)9. Ensaio sobre a Cegueira (1995)A obra mostra o caos que se chega A obra mostra o caos que se chega quando um dos sentidos falta a uma quando um dos sentidos falta a uma população. Evidencia uma epidemia de população. Evidencia uma epidemia de

cegueira.cegueira.

Page 8: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

ContextoContexto

I - I - “ Se podes olhar, vê. Se podes ver, “ Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”repara.”

Palavras de José Saramago, na apresentação Palavras de José Saramago, na apresentação pública do seu romance Ensaio sobre a pública do seu romance Ensaio sobre a Cegueira.Cegueira.

“ Este é um livro francamente terrível com o “ Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto quanto qual eu quero que o leitor sofra tanto quanto eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. longa tortura. É um livro brutal e violento. São trezentas É um livro brutal e violento. São trezentas páginas de constante aflição. Através da páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso”reconhecer isso”

Page 9: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

II- A idéia do título nasceu num restaurante II- A idéia do título nasceu num restaurante de Lisboa.de Lisboa.

Reflexão → E se fôssemos cegos? Como Reflexão → E se fôssemos cegos? Como seríamos?seríamos?

A idéia original transforma-se em algo que A idéia original transforma-se em algo que vai muito além da própria cegueira, como a vai muito além da própria cegueira, como a cegueira da razão, e não – simplesmente - a cegueira da razão, e não – simplesmente - a física.física.

III – Ensaio sobre a Cegueira é uma obra em III – Ensaio sobre a Cegueira é uma obra em que obriga a sociedade a fazer um profundo que obriga a sociedade a fazer um profundo exame de consciência sobre o mundo. exame de consciência sobre o mundo. ..

De característica De característica oniscienteonisciente, a narrativa , a narrativa leva-nos a refletir sobre a moral, os leva-nos a refletir sobre a moral, os costumes, a ética e o preconceito. [ crítica costumes, a ética e o preconceito. [ crítica aos valores sociais da socie-dade aos valores sociais da socie-dade

portuguesa contemporânea].portuguesa contemporânea].

Page 10: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

IV – Estilo IV – Estilo

Pode-se afirmar que a obra é difícil de ser lida, não Pode-se afirmar que a obra é difícil de ser lida, não apenas pelo seu contexto filosófico, mas pelo estilo apenas pelo seu contexto filosófico, mas pelo estilo de José Saramago: as falas entre vírgulas forçam o de José Saramago: as falas entre vírgulas forçam o leitor a um verdadeiro mergulho em suas idéias.leitor a um verdadeiro mergulho em suas idéias.A desconstrução do tempo linear em suas idas e A desconstrução do tempo linear em suas idas e vindas nas memórias das personagens evoca as vindas nas memórias das personagens evoca as características do ser características do ser humano: humano:

• PoderPoder• ObediênciaObediência• CarinhoCarinho• DesejoDesejo• VergonhaVergonha• MesquinhezMesquinhez• InstintosInstintos

Page 11: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

Reforça perguntas essenciais: Reforça perguntas essenciais:

• O que é viver?O que é viver?• Quem é o outro?Quem é o outro?• Que relação tenho com a vida, com Que relação tenho com a vida, com o o mundo, com o tempo? mundo, com o tempo? • Onde estou?Onde estou?• Quem sou?Quem sou?• Como sobreviver?Como sobreviver?

Page 12: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

V – PersonagensV – Personagens

As personagens não são caracterizadas por As personagens não são caracterizadas por seus nomes, mas por particularidades seus nomes, mas por particularidades O sentimento, a ação e a atitude dos O sentimento, a ação e a atitude dos indivíduos passam a ser suas identidades. indivíduos passam a ser suas identidades.

VI – ConclusãoVI – Conclusão

“ Sou simplesmente a que nasceu para ver o “ Sou simplesmente a que nasceu para ver o horror.”horror.”

A pergunta que fica é: como o ser humano A pergunta que fica é: como o ser humano ultrapassa as situações insólitas, momentos ultrapassa as situações insólitas, momentos pitorescos, perigosos e até onde ele pode pitorescos, perigosos e até onde ele pode suportar em nome da sobrevivência.suportar em nome da sobrevivência.

Page 13: JOSÉ SARAMAGO Literatura Portuguesa Professora: Amanda Magalhães

ReflexãoReflexão

“Sua visão do mundo nunca mais “Sua visão do mundo nunca mais será a mesma.”será a mesma.”