jornal rumos n.º 1 pp.21-30

10
Contigo, Amigos e Irmãos 21 Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã 1933 | 2008 A Direcção do Colégio La Salle promoveu no passado dia nove de Janeiro uma cerimónia de entrega dos diplomas de Quadros de Excelência e Valor aos alunos que se encontravam em situação de os receber no ano lectivo 2007/2008. Com esta cerimónia, a Comunidade Educativa do Colégio La Salle reconhece os alunos, ou grupos de alunos, que se distinguem pelo seu valor “demonstrado na superação de dificuldades ou no serviço aos outros e pela excelência do seu trabalho”. Esta cerimónia contou com a presença de muitos alunos, pais e encarregados de educação, e ainda dos vários Directores de Turma. Este momento serviu Valor e Excelência para tornar evidente que o esforço e trabalho sempre são compensados e devem ser reconhecidos pela Comunidade Educativa. Os QUADROS DE EXCELÊNCIA reconhecem os alunos que revelam excelentes resultados escolares e pro- duzem trabalhos académicos ou realizam actividades de excelente qualidade, quer no domínio curricular, quer no domínio dos complementos curriculares. Carla Figueiredo - Professora - 5.º A: Ana Catarina Rosa Bar- bosa, Ana da Conceição Ra- mos da Costa, Ana Isabel Cruz Valadares, Daniel José Lopes Costa, Maria Francisca M.O.M. Henriques e Mariana Raquel Machado Lopes; 5.º B: Juliana Rafaela Vasconcelos Senra; 5.º C: Margarida Inês Fernandes Pereira e Vítor Renato Pires Ferreira; 6.º A: Cláudia Daniela Ribeiro Gomes, Inês Daniela Pereira Patrício e Tânia Cris- tina Fernandes Lopes; 6.º B: Inês Mariana Lima Freitas e José Luís Abreu Mendes; 6.º C: Catarina Daniela Fernandes Gomes, Miguel Carlos Lopes Vieira, Raquel Susana Vilas Boas Oliveira e Sara Isabel Miranda Carvalho; 7.º A: Diana Catarina Costa Simões, Renata Longras Fernandes Ribeiro e Sílvia Fernandes de Oliveira Ribeiro; 7.º B: Rafael da Silva Carvalho e Sandra Clara Barbo- sa Pereira; 7.º C: Inês Simões Vieira da Silva, Irene Maria Pereira Pedras, João Pedro Silva Duarte e Vítor Diogo Fer- reira de Sousa; 8.º B: Ana Luísa Martins Vasconcelos Senra, Fernando Torres Loureiro, Luís Filipe Bogas Simões, Ricar- dina Fernandes Macedo e Sara Isabel Peixoto Gomes; 8.º C: José Roberto Martins Gomes, Roberto Martins Barbosa e Sara Daniela Pinheiro Martins; 9.º A: Martinha Isabel Fernandes Vale; 9.º B: Sandra Filipa Fer- reira Gomes; 10.º A: Bruno José Loureiro Figueiredo, Bruno Miguel Martins Alves, Cristina Isabel P. Costa, Ma- ria João Pereira Vieira e Sara Daniela Fernandes Gouveia; 11.º A: César Duarte Dias da Silva, Emanuel Davide Fer- reira da Costa, Helena Regina Marques Martins, João Miguel Ferreira de Sousa, Jorge Flávio Rodrigues Barbosa, Rosana Isabel Rodrigues Dantas, Sérgio Alexandre Pereira Cruz e Tiago Rafael Silva Matos; 12.º A: Ana Gabriela Gomes Loureiro, Ana Margarida Costa dos Santos, Joana Daniela da Silva Costa, Luís Pedro Falcão Gonçalves, Melanie Araújo Cruz, Paulo Manuel Figueiras Forte, Pedro Miguel Peixoto Machado, Sara Cristina Vilas Boas Oliveira, Sara Manuela da Silva Matos Ferreira e Vítor Manuel Silva Cardoso.

Upload: jornal-rumos

Post on 15-Jun-2015

288 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Jornal Rumos n.º 1 pp.21-20

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009 Contigo, Amigos e Irmãos 21

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

1933 | 2008

A Direcção do Colégio La Salle promoveu no passado dia nove de Janeiro uma cerimónia de entrega dos diplomas de Quadros de Excelência e Valor

aos alunos que se encontravam em situação de os receber no ano lectivo 2007/2008. Com esta cerimónia, a Comunidade Educativa do Colégio La Salle reconhece os alunos, ou grupos de alunos, que se distinguem pelo seu valor “demonstrado

na superação de dificuldades ou no serviço aos outros e pela excelência do seu trabalho”.Esta cerimónia contou com a presença de muitos alunos, pais e encarregados de educação, e ainda dos vários Directores de Turma. Este momento serviu

Valor e Excelênciapara tornar evidente que o esforço e trabalho sempre são compensados e devem ser reconhecidos pela Comunidade Educativa.

Os QUADROS DE EXCELÊNCIA reconhecem os alunos que revelam excelentes resultados escolares e pro-duzem trabalhos académicos ou realizam actividades de excelente qualidade, quer no domínio curricular, quer no domínio dos complementos curriculares.

Carla Figueiredo- Professora -

5.º A: Ana Catarina Rosa Bar-bosa, Ana da Conceição Ra-mos da Costa, Ana Isabel Cruz Valadares, Daniel José Lopes Costa, Maria Francisca M.O.M. Henriques e Mariana Raquel Machado Lopes; 5.º B: Juliana Rafaela Vasconcelos Senra; 5.º C: Margarida Inês Fernandes Pereira e Vítor Renato Pires Ferreira; 6.º A: Cláudia Daniela Ribeiro Gomes, Inês Daniela Pereira Patrício e Tânia Cris-tina Fernandes Lopes; 6.º B: Inês Mariana Lima Freitas e José Luís Abreu Mendes; 6.º C: Catarina Daniela Fernandes

Gomes, Miguel Carlos Lopes Vieira, Raquel Susana Vilas Boas Oliveira e Sara Isabel Miranda Carvalho; 7.º A: Diana Catarina Costa Simões, Renata Longras Fernandes Ribeiro e Sílvia Fernandes de Oliveira Ribeiro; 7.º B: Rafael da Silva Carvalho e Sandra Clara Barbo-sa Pereira; 7.º C: Inês Simões Vieira da Silva, Irene Maria Pereira Pedras, João Pedro Silva Duarte e Vítor Diogo Fer-reira de Sousa; 8.º B: Ana Luísa Martins Vasconcelos Senra, Fernando Torres Loureiro, Luís Filipe Bogas Simões, Ricar-

dina Fernandes Macedo e Sara Isabel Peixoto Gomes; 8.º C: José Roberto Martins Gomes, Roberto Martins Barbosa e Sara Daniela Pinheiro Martins; 9.º A: Martinha Isabel Fernandes Vale; 9.º B: Sandra Filipa Fer-reira Gomes; 10.º A: Bruno José Loureiro Figueiredo, Bruno Miguel Martins Alves, Cristina Isabel P. Costa, Ma-ria João Pereira Vieira e Sara Daniela Fernandes Gouveia; 11.º A: César Duarte Dias da Silva, Emanuel Davide Fer-reira da Costa, Helena Regina Marques Martins, João Miguel

Ferreira de Sousa, Jorge Flávio Rodrigues Barbosa, Rosana Isabel Rodrigues Dantas, Sérgio Alexandre Pereira Cruz e Tiago Rafael Silva Matos; 12.º A: Ana Gabriela Gomes Loureiro, Ana Margarida Costa dos Santos, Joana Daniela da Silva Costa, Luís Pedro Falcão Gonçalves, Melanie Araújo Cruz, Paulo Manuel Figueiras Forte, Pedro Miguel Peixoto Machado, Sara Cristina Vilas Boas Oliveira, Sara Manuela da Silva Matos Ferreira e Vítor Manuel Silva Cardoso.

Page 2: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009

Jornal Rumos | 1

22 Contigo, Amigos e Irmãos

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

Page 3: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009 Contigo, Amigos e Irmãos 23

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

1933 | 2008

Os QUADROS DE VALOR reconhecem os alunos ou grupos que no decorrer do ano lectivo manifestam ca-pacidades ou atitudes exemplares de superação das dificuldades ou que desenvolveram iniciativas ou acções, igualmente exemplares, de benefício claramente social ou comunitário ou de expressão de solidariedade, no Colégio ou fora dele.

Cláudia Daniela Ribeiro Gomes, Sara Daniela Pinheiro Martins, João Nelson Carvalho Lemos, Jorge Miguel Martins Mendes, Sandra Filipa Ferreira Gomes, Eliana Faria Carvalho,

Jéssica Campos Lopes, Maria Angelina Senra Costa, Adriana Fernandes Vale, Adriana Filipa Gomes Oliveira, Ângela Flávia da Silva Sousa, Celina Simões Senra Vilas Boas, Maria João

Pereira Vieira, Sandra Patrícia Gomes Dias, Sara Fernandes Gouveia, Dulce Alexandra Oliveira Sá, Helena Regina Marques Martins, Joana Filipa Fernandes Lopes, Juliana da

Silva Cortez, Natália Marisa Senra Costa, Nelson Rafael Rodrigues da Costa

Page 4: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009

Jornal Rumos | 1

24 Contigo, Amigos e Irmãos

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

Inserida no âmbito no Projecto de Justiça e Solidariedade, decorreu de 5 a 9 de Janeiro a “Semana da Paz”. Logo pela manhã, alguns alunos do 12.º ano fizeram, e muito bem, uma reflexão alusiva ao tema pelo sistema de som do Colégio e que serviria de mote para uma reflexão mais alargada dentro da turma. Ainda nesta semana, alguns alunos, na disciplina de Língua Portuguesa, deram asas à sua criatividade e imagina-ção poética, escrevendo alguns textos e poemas, alguns muito interessantes, sobre a Paz, bem como alguns trabalhos da disciplina de Educação Visual e Tecnológica. A Semana fi-nalizou com uma “Marcha pela PAZ”, dentro do Colégio. Aliás, refira-se a propósito que, neste dia a neve veio ter connosco, cobrindo de branco a paisagem, tornando o momento ainda mais interessante, apesar do frio! Foi bastante participada por profes-sores e alunos. Estamos todos de parabéns.Infelizmente, nestes últimos tempos assistimos a momentos de tensão e guerra no Médio Oriente, o que contrasta muito com o conceito de PAZ. Oxalá, esta Semana dedicada à Paz e esta Marcha, atenuem o sofri-mento desta gente.

Para terminar, deixo algumas frases escritas pelos alunos, alusivas à PAZ:

“Paz é estar bem com nós mes-mos, com o próximo e com a Humanidade” José Mendes 7.º C

“Paz é quando está tudo bem, quando as pessoas se respeitam, quando não há guerra, quando as pessoas se esforçam para que tudo se mantenha bem e que não façam justiça pelas próprias mãos.” Sofia Miranda 7.º C

“Paz é partilha, tolerância, amor, alegria, amizade e har-monia.” Marta Gonçalves 7.º A

“A partir do eu e do nós, a chama da PAZ começa a brilhar para os outros.” Carlos Cardoso 11.º A

“Paz que é palavra pequena, mas de grande poder, levas o mundo a sonhar com ideais e cria ideias Mundiais”

Bruno Figueiredo 11º A

“Paz é não haver guerra nem conflito entre as pessoas. Quan-do há Paz, as pessoas andam mais alegres e felizes.”

Ana Sofia Silva 8.º B

“Paz é estar rodeado de beijos e abraços, é ter o aconchego maternal como bebés, é sentir o coração palpitar cheio de amor e carinho. Paz, é simplesmente ser feliz.” Vítor Diogo Sousa 8.º C

“Acima de tudo, Paz é criar um clima de harmonia e bem estar na família e comunidade, lembrando-se sempre de que onde há amor, há Paz, onde há Paz, há Deus e onde há Deus, nada falta.” Magda Sousa 10.º A

UMA CAUSA UNIVERSALSemana da Paz5-9 de Janeiro de 2009

Joaquim Cunha- Professor -

Poema

A Paz é…É o sossego mais embalador de todos;

É a mais graciosa melodia da nossa mente;É a fortuna que o mais pobre facilmente alcança;

É o mundo pintado com sorrisos e lágrimas de alegria;É o desabrochar de cada flor primaveril;

É a carícia meiga da brisa que se vai;É andar à chuva sem que ela nos usurpe;

É a liberdade na sua mais celestial dimensão;É a vida despreocupada de todas as malvadezas;

É um feroz grito apaziguante e incomum;É o canto nocturno de um grilo, de um pássaro;É a estrela que nos deixa enclausurados em si;

É deixar que o coração fale por nós;É o voo quase estático de uma ave feliz;

É o sorriso contente de uma pobre criança;É o abraço que se dá a quem se ama;

É o que é mais raro e necessário.

A paz hoje seria…Um dia sem mortes;Um dia sem assaltos;

Um dia sem violações;Um dia sem raptos;Um dia sem crise;

Um dia sem injustiças;Um dia sem guerra;

Seria bem-vinda.Jorge Barbosa 12.º A

Page 5: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009 Contigo, Amigos e Irmãos 25

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

1933 | 2008

Este filme trata de uma jovem mulher, Vianne Rocher, que se mudou para uma pequena aldeia, de uma comunidade antiquada, juntamente com a sua filha, Anouk… esta mulher não foi desde início bem vista pelos habitantes desta aldeia, pois abriu uma loja de choco-lates precisamente na altura da Quaresma, para além de ser mãe solteira… No entanto, e com o passar do tempo, ela consegue conquistar alguns moradores da aldeia… A certa altura, Vianne envolve-se com Roux, um músico andarilho que aí desembarca…Na minha opinião, as pessoas da aldeia viam Vianne como alguém demasiado liberal, mas que acabou por levar alegria àquela pequena vila conserva-dora. No fundo, Vianne levou até àquela aldeia, a tentação proibida… e, por isso, foi tão criticada… Penso que este filme retrata um pouco a obsessão pela religião, e podemos obser-var isso através das pessoas que achavam que comer chocolate é pecado… Podemos também identificar uma dessas situa-ções, quando um dos persona-gens do filme dizia gostar de uma senhora, mas não lhe dizia porque é que ela havia ficado viúva recentemente (há mais de trinta anos). Ou seja, a noção de “pecado” está muito presente neste filme, onde se considera pecado o mínimo prazer, como por exemplo, comer choco-late… Pude também observar que este filme realça o facto de toda a gente errar… O próprio sacerdote caiu na tentação, não só de comer chocolate, mas também de o fazer às escondi-

das… Talvez (no meu ponto de vista), aquelas pessoas fossem muito agarradas e obcecadas pela religião, talvez para elas a religião significasse sacrifício… Mas, na altura de receberem a mulher na vila, não a receberam da melhor forma… Vendo este filme numa perspectiva pessoal, acho que há uma contradição, alguém que se diz tão religioso, e faz tantos sa-crifícios, não consegue receber bem nem ajudar uma mulher que chega à vila com uma filha de seis anos… Bem, no fundo compreendo o lado des-sas pessoas, pois talvez a sua educação tenha sido muito severa nesse as-pecto… Mas acho que Vianne conseguiu mudar um pouco o ponto de vista dos habitantes da vila… Este filme chamou-me a aten-ção maioritariamente numa perspectiva religiosa! Apesar de ter outras visões e outros pon-tos de reflexão, retrata muito o que as pessoas mais antigas pensam acerca da religião… Chamou-me também a aten-ção o preconceito das pessoas perante uma mulher solteira com uma filha… Não é digno julgar alguém pelas aparências, sem sequer conhecer… Vianne era julgada por ser ousada, e alegre, por vestir colorido, por usar sapatos vermelhos, por não ser como todas as mulheres daquela época, naquela aldeia, que eram discriminadas, e que usam roupas muito discretas, vivendo num ambiente aus-tero, repressivo, antiquado

e tradicionalista da aldeia. Também através do vestuário percebemos a mentalidade conservadora dos habitantes da aldeia. Algo que constatei com bastante facilidade, foi que as mulheres não tinham direito a expressar os seus sentimentos, vivendo numa infelicidade tremenda… Verificamos isto através da mulher que sofria de violência doméstica, que a certa altura foi viver com Vianne, e que conseguiu ser feliz…

- Vianne, representa o papel de uma mulher solteira, atra-ente, que tem uma filha, e que consegue através de uma habili-dade mágica, descobrir o desejo mais

profundo de cada pessoa, levan-do-os à tentação;- Anouk, filha de Vianne, rep-resenta o papel de uma menina de 6 anos, que, desde muito cedo foi habituada a uma vida um tanto estranha que sua mãe vivia, andando em direcção aos ventos do norte. Ela é discrimi-nada por não ir à missa, por não saber quem é o pai, e por sonhar;- Canguru, representa um amigo imaginário de Anouk;- Conde de Reynaud, assume a direcção moral da pequena comunidade, e impõe uma mentalidade preconceituosa e conservadora;- Padre, profere discursos na igreja, que são censurados pelo conde, para melhor moldar o pensamento das pessoas;- Amande, representa o papel de uma senhora idosa, rejeitada

pela filha, devido à sua falta de preconceito. Esta não a deixa ver o neto. Esta não deve comer chocolates, devido à sua saúde, mas não resiste às delícias de Vianne;- A filha e o neto de Amande, representam as pessoas vul-gares da aldeia, que discrimi-nam quem não está de acordo com as suas convicções e formas de vida;- A mulher maltratada e o marido, representam um estrato social naturalíssimo naquela época. A mulher era obrigada a aceitar que o marido fizesse o que queria, até mesmo a violên-cia doméstica, e a trabalhar para ele. A mulher era discriminada, obrigada a seguir regras impos-tas, sem sequer poder revelar os seus sentimentos. No entanto, Vianne ajudou essa mulher e, de certo modo, fez com que ela mudasse a sua mentalidade;- O senhor do cão, representa um homem, que, não querendo cair na tentação, desculpa-se da sua curiosidade através do cão;- A viúva eterna, representa um papel muito natural naquele tipo de ambiente; embora já tivesse ficado viúva há muitos anos, ter outro companheiro significaria pecar, e estaria sem-pre de luto;- Roux, representa um músico andarilho, que também não é muito bem visto pelas pessoas da aldeia, devido ao seu estilo de vida pouco comum e incerto. Este fará par romântico com Vianne.Em 1959, em França, todas as situações relatadas acima eram frequentes, pois a mudança das mentalidades só se deu a 1968. Após o Concílio do Vaticano II, deve viver-se num ambiente de progresso. Esta pequena aldeia, deveria ter evoluído um pouco mais, principalmente nos meios de comunicação usados, e na mentalidade.

Entre a Tradição e a ModernidadeComentário ao Filme “Chocolate”

Adriana Figueiredo- 10.º A -

Page 6: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009

Jornal Rumos | 1

26 Contigo, Amigos e Irmãos

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

No âmbito do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA, foi realiza-do, no dia 27 de Novembro, no Largo da Porta Nova de Barce-los, um evento promovido pela Empresa Municipal de Educa-ção e Cultura em parceria com o Centro de Saúde de Barcelos/Barcelinhos. O Colégio La Salle associou-se a esta iniciativa através da elaboração de car-tazes alusivos ao tema, pelos alunos do 9º ano, os quais foram expostos no próprio dia em pai-néis colocados no mesmo local. Por volta das 12:00h realizou-se um cordão humano no centro da cidade envolvendo a partici-pação de diversas instituições, alunos e população em geral. Apraz salientar a importância de iniciativas deste género que pre-tendem alertar a sociedade para os flagelos que a assolam.

Civismo e CidadaniaDia Mundial de Luta Contra a Sida

Carlos Lopes- Professor -

Torneios de Damas e XadrezA Ludoteca em Acção...

Fernando Gomes- Professor -

Foram entregues no dia 10 de Dezembro, na Ludoteca, as taças referentes aos torneios de damas e xadrez realizados na mesma, referentes ao ano lectivo 2007/2008. Torneios que contaram com a adesão de 56 alunos de damas e 12 alunos no xadrez, tendo sido entregues as taças aos seguintes alunos: - Torneio de damas: 1.º - Fi-lipe Rodrigues, 8.º A; 2.º - José

Mendes, 6.º B; 3.º - Jorge Duarte, 8.º A. - Torneio de xadrez: 1.º - Filipe Rodrigues, 8.º A; 2.º - José Mendes, 6.º B; 3º – Vítor Torres, 8.º A.A entrega de prémios contou com uma grande ovação dos alunos presentes na Ludoteca, pois a entrega de prémios foi numa quarta-feira, que é um dos dias em que o espaço é mais visitado pelos nossos alunos, pois trata-se do dia do cinema, dia em que é projecta-do um filme.

Cartaz da autoria do aluno António Ferreira - 9.º C

Page 7: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009 Contigo, Amigos e Irmãos 27

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

1933 | 2008

PÁGINA DA MATEMÁTICA

Curiosidades

Sabias que para medir comprimentos o Homem começou por uti-lizar determinadas partes do seu corpo como referência?

A polegada, a braça (comprimento da ponta de uma palma à outra, com os braços abertos), o palmo, o pé, o cúbico (comprimento da ponta do cotovelo à ponta do dedo mínimo) e muitas outras medi-das são disso exemplo.

A utilização de partes do corpo na medição tinha, contudo, uma grande desvantagem: os resultados obtidos não eram precisos. Numa tentativa de uniformizar e convencionar o modo de medir comprimentos, em 1790, um grupo de matemáticos estabeleceu uma nova unidade de comprimento, o metro, que passou a ser aceite em praticamente todo o mundo como unidade básica de comprimento do sistema internacional.

Para determinar o metro, os referidos matemáticos mediram a distância, em linha recta, de Dunquerque (cidade francesa) a Bar-celona (cidade espanhola) e dividiram essa medida em 400 000 partes iguais.

Carla Figueiredo- Professora -

Frases Célebres

“A Escada da Sabedoria tem os degraus feitos de números.”Blavatsky

“A Álgebra é generosa: frequentemente, ela dá mais do que se lhe pediu.”

Jean Le Rond D’Alembert“O Zero, esse nada que é tudo!”

Laisant“Os números governam o mundo.”

Platão

Adivinha o número…Pensa num número, adiciona-lhe 3, multiplica a soma obtida por 5. De seguida subtrai 15 ao resultado, por fim, multiplica o núme-ro obtido por um quinto. Que número obtiveste? Porque será?

Um camponês tem cinco montes de palha num campo. Noutro campo, tem quatro montes de palha. Se os juntar ao pé da sua casa, com quantos montes de palha fica?

Quinze e quinze não são trinta. Porém, com mais quarenta e cinco são dezasseis. Como pode ser?

É Divertido Brincar com a Matemática!

Page 8: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009

Jornal Rumos | 1

28 Contigo, Amigos e Irmãos

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

Após ter frequentado o Colégio La Salle de Barcelos nos anos lectivos 2006-2007 e 2007-2008, nos quinto e sexto anos, no Verão de 2008 emigrei com os meus pais para o Dubai. O Dubai é um Emirado e faz parte dos Emirados Árabes Unidos (EAU). A capital é Abu Dhabi.Os Emirados dos EAU são sete:

• Abu Dhabi• Ajman• Dubai• Fujairah• Ras al-Khaimah• Sharjah• Umm al-Quwain.

O Dubai é governado pelo Sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum.

População

No Dubai vivem cerca de 1.141.959 pessoas. Embora seja um Emirado Árabe aqui podemos encontrar pessoas de todas as nacionalidades.

Indumentária

Os árabes locais usam roupas tradicionais. A roupa das sen-horas pode ser usada de muitas formas e normalmente é preta. As mulheres árabes não estão autorizadas a usar um biquini

por razões culturais. Como tal elas utilizam o burquini.Existem burquinis de muitas cores mas são todos baseados no mesmo modelo como a foto exemplifica.

Tempos livres

Nos meus tempos livres, eu vou à piscina, ao shopping, faço patinagem no gelo…Tenho mais tempo livre do que

em Portugal porque a minha escola acaba às 15h15m.

Na Escola

Em todas as escolas dos EAU o uso do uniforme é obrigatório. A minha escola é internacional no sentido em que é constituída por alunos e professores de diferentes nacionalidades. Na escola onde eu estudo a língua

oficial é o Inglês.A escola é enorme e integra perto de 650 alunos. Recebe alunos desde o infantário até ao secundário.A escola é constituída por:

• Campo de futebol e rugby de tamanho oficial;

• Pista de atletismo;• Piscina olímpica;• Campos de ténis;• Campo de basquetebol;• Campo de desportos

radicais;• Uma biblioteca;• Um auditório;• Um planetário;

O meu inglês é bom e na escola pratico-o muito. Quando vim para o Dubai o meu inglês não era tão avançado como o de al-guns colegas, mas com o tempo pratiquei-o e aprendi muito. O que eu mais gosto

Eu gosto muito dos centros comerciais. Aqui no Dubai existem os dois maiores centros comerciais do mundo. Adoro os prédios grandes e os arranha-céus.Estou no Dubai porque o meu pai está a construir a torre maior do mundo, Burj Dubai. Esta imagem em baixo é uma imagem de computador do aspecto do Burj Dubai quando

estiver terminado.No Dubai existe o primeiro hotel com seis estrelas, o Burj

Al Arab. É um ícone da arqui-tectura mundial.Esta é a avenida mais famosa do Dubai, Sheik Zayed Road fotografada à noite. Tem pré-dios muito bonitos!

O que eu não gosto tanto/O que mais estra-nhei

Quando eu saí do aeroporto estava muito calor, mais de 40 graus. Eu não gostei muito do calor mas depois comecei a habituar-me.Eu estranhei que as pessoas ára-bes usassem aquelas roupas…

O que mais me custou deixar em Portugal

O que mais me custou a deixar em Portugal foi a minha grande e melhor amiga, os meus ami-gos, a minha família e o meu cão. Eu tenho muitas saudades da Francisca…

Temperatura

A temperatura em Agosto é de cerca de 45 graus e a humidade de 75 %. Entre Dezembro e Fe-vereiro são os meses mais frios

UM SONHO DAS ARÁBIASInês Patrício

- Antiga Aluna -

Page 9: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009 Contigo, Amigos e Irmãos 29

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

1933 | 2008

Um homem foi ao palácio do rei para lhe pedir um barco. No palácio havia várias portas e cada uma tinha a sua utilidade. O rei passava o tempo na porta dos obséquios, onde os tais lhe eram oferecidos. O homem foi bater na porta das petições, pois estava ali para fazer um pedido. O rei, no entanto, fingia não ouvir as batidas da aldraba na porta e nada fazia até que o barulho fosse tal, que começava a incomodar a vizinhança que se questionava sobre o rei que tinham, pois nem atendia aos pedidos do seu povo. Quando isso acontecia o rei mandava o primeiro secretário ver o qual era o pedido, mas este pedia ao segundo secretário que, por sua vez, pedia ao terceiro e assim era até chegar à mulher da limpeza que, não tendo em quem mandar, ia ver quem estava a bater à porta. Foi assim que o homem que queria um barco foi atendido. A mulher da limpeza fez com que o pedido do homem chegasse ao rei, mas este recusou-se a dar-lhe uma resposta e não foi lá. O homem ao ouvir isto disse que não sair-ia dali enquanto não lhe fosse permitido falar pessoalmente com o rei. Deitou-se, então, na soleira da porta e esperou. Visto ele lá estar, e porque era lei, mais nenhum outro habitante daquela terra podia lá ir fazer o seu pedido, e claro que isto agradou ao rei. Mas já haviam passado três dias, existia já uma enorme multidão de pessoas à espera de poderem fazer, tam-bém o seu pedido. Uma enorme confusão se instalou e o rei foi ter com o homem.

O homem voltou a pedir ao rei um barco, para ir à procura da ilha desconhecida. O rei, perante tal pedido, estupefacto, afirmou que tal não existia, no entanto o homem argumentou e com o apoio do povo, que por sua vez estava já aborrecido com a espera, e assim teve o barco concedido. O rei mandou que ele fosse ao porto ter com o capitão, mas que a tripulação não lha concederia e por isso teria de ser ele a tratar disso. O rei pegou num cartão, e lá es-creveu que, para não ficar com remorsos, lhe fosse dado um barco suficientemente seguro, que navegasse bem. No ins-tante em que o homem partiu, muitos correram para a porta das petições, mas o rei já havia saído e a mulher da limpeza também; esta havia saído pela porta das decisões; decidira que iria limpar barcos e junto com o homem iria à procura da ilha desconhecida.Ao chegar às docas o homem esteve com o capitão que o questionou acerca da sua experiência sobre a arte de ser marinheiro. De longe, a mulher da limpeza observava e esco-lhia entre os barcos qual o que gostava mais. O capitão cedeu ao homem uma caravela modi-ficada, e por ser justamente o barco que a mulher havia es-colhido, gritou que era o barco dela; aproximou-se, apresentou--se e ofereceu-se para limpar a caravela.Enquanto ele foi procurar marinheiros para poder embar-car, a mulher ficou encarregue de limpar a caravela. Voltou cabisbaixo, sem marinheiros, apenas com o jantar para os dois. Os homens a quem ele havia pedido para navegar em

busca da ilha desconhecida, mais por não acreditarem em tal, recusaram-se a abandonar os seus lares para se aventura-rem, em mares tenebrosos onde todas as ilhas já haviam antes sido descobertas.Perante o facto de não ter uma tripulação, revelou vontade de desistir. Porém a mulher afirmou que havia ele passado três dias à porta das petições e que não poderia agora ele desistir. Constatou também que havia sido ele que a fez pas-sar pela porta das decisões e, sucedesse o que sucedesse, ela não iria tornar a passar por ela, e concluindo disse que nem que ficassem a viver no barco, a caravela é que não iam aban-donar. Jantaram os dois, depois de visitarem toda a caravela, e não sobrou sequer uma mi-galha. Despediram-se então com um simples: “boa noite, durma bem e tenha sonhos felizes”. Foram cada um para seu lado - o homem a pensar o quanto a mulher era bonita e a mulher a pensar que ele só tinha olhos para a ilha desconhecida.Dormiram. Ele sonhou durante toda a noite com ela. Sonhou que tinha uma tripulação com homens, mulheres e crianças. Que levava sementes, terra, animais e árvores. No sonho, no último instante, a mulher da limpeza abandonava a aventura. E ele procurava-a com os olhos mesmo sabendo da desistên-cia. Os homens, quando ques-tionados, diziam não ver ilha nenhuma que fosse desabitada e desconhecida. Então, quando passaram por terras habitadas, exigiram o desembarque. O homem viu todos descerem, a terra espalhar-se pelo barco e as árvores e sementes a brotarem.Acordou e tinha nos seus braços a mulher da limpeza. No dia seguinte, baptizaram o barco como Ilha Desconhecida e partiram.

Momento de LeituraA Ilha DesconhecidaResumo de O Conto da Ilha Desconhecida -José Saramago, Editorial Caminho

Sara Martins- 9.º C -

podendo chegar aos 7 graus positivos. Poucas vezes aconte-cem tempestades de areia.

Hábitos Culturais

Os naturais gostam de conduzir grandes carros e têm pouca sensibilidade para o ambiente. Vão para o deserto e dormem em tendas. Fazem corridas de camelos e são grandes aprecia-dores de cavalos de pura raça e de falcões. Gostam de conduzir os seus potentes carros 4x4 na areia do deserto.As senhoras fazem uma pintura nas mãos, no braço ou nos pés chamada Hena.Para fazer a Hena aplica-se um creme próprio e depois um artista executa o desenho. A pintura não sai facilmente mudando de cor com o tempo e permanecendo na pele por várias semanas.

Eu fiz a HENA no dia nacional; eis o resultado final.O Dubai é um Emirado de

maioria muçulmana onde se celebra o famoso Ramadão que dura cerca de 40 dias durante os quais os muçulmanos não po-dem comer, beber, fumar, entre outras coisas, desde o nascer até ao pôr do Sol.As outras festividades são o dia nacional a 2 de Dezembro e o fim do ano.Espero que tenham gostado do meu testemunho de vida num país tão diferente de Portugal, mas tão fascinante.

Page 10: Jornal Rumos n.º 1 pp.21-30

2008 | 2009

Jornal Rumos | 1

30 Contigo, Amigos e Irmãos

Há 75 anos em Portugal, ao Serviço da Educação Cristã

A mulher da limpeza encon-trava-se agora junto da proa da Caravela. De cabeça erguida olhava todo o Mar, como se naquele momento o Mar fosse a única coisa que existia, nada mais lhe interessava. Nem sequer olhara para a Terra que deixara, só lhe interessava agora, o que ainda haveria de vir. Assim como ela, o Homem do Leme, o Santiago, só olhava em frente não querendo saber daquilo que ficava para trás.Santiago tinha agora outras preocupações. Cada vez que ele olhava a Esmeralda, ela pare-cia-lhe ainda mais bela. Seus olhos verdes resplandeciam alegria. Sua face branca bril-hava com o reflexo do Sol. Seus lábios despertavam-lhe o desejo de lhe dizer tudo o que sentia. O seu coração batia fortemente e a sua voz estremece pronun-ciando o seu nome: -Esmeralda! - diz ele...Temos que esclarecer uma coisa - diz a mulher da limpeza permanecendo no seu lugar, imóvel.-Sim. Preciso dizer-te algo im-portante – diz Santiago, aproxi-mando-se de Esmeralda.-Ai sim? Que tens para me dizer?-Bem... Eu... É que... Caramba, quando estou contigo nem falar consigo. Fazes o meu coração tremer cada vez que te aproximas... Mas temos que esclarecer o quê? – diz San-tiago tentando mudar o rumo de conversa devido à sua falta de coragem.- Não, continua... Ias bem...- Não. A Senhorita primeiro. Faço questão.

Os dois entreolharam-se e de-cidiram quebrar aquele silêncio que por momentos ficara a pairar...-Eu gosto de ti... – revelaram os dois em uníssono. Estava então a história a começar a ter um rumo. Já não se avistava a Terra de onde partiram. Da Ilha Desconhecida nem sinal.-Vou fazer algo para comermos! – exclamou Esmeralda – Pena é ter de sair do conforto dos teus braços que me fazem sentir imune a todos os problemas Mas quero o Meu Marinheiro bem cuidado. - Vou contigo. Agora, para tudo ficar mesmo perfeito só falta encontrar a ilha desconhecida. – revela Santiago à sua amada.Uma semana mais tarde, depois de muito conversarem e de partilharem a sua história, uma vez unidos, num fim de tarde, os dois, juntos num profundo olhar, na leve neblina que se levantava e no brilho da Lua que ia aparecendo, fazendo in-veja aos demais, avistaram uma nova Terra.-Vamos desembarcar lá – afirma Santiago esperançoso e crente na Ilha Desconhecida.Quando desembarcaram, enorme foi a desilusão. Aquela Ilha era como todas as que tinham visto até agora, era habitada. Tristes, embarcaram novamente na caravela e continuaram à procura da Ilha Desconhecida.Um dia depois e nada. Dois dias depois e nada. Três se-manas depois e nada. Quatro meses depois e só ilhas conhe-cidas. Cinco meses depois e já estavam cansados. Seis meses depois e nem sinal. Desistiram. Decidiram então, ficar na ilha seguinte, para não terem de chegar à Terra de onde haviam

partido e ter de dar de caras com os Marinheiros que os tinham ignorado.Então naquela manhã, ouviam--se gaivotas. Por certo estavam perto de alguma costa.Ali estava uma pequena ilha. A ilha que tanto procuravam e que agora era dona do sonho de ambos. A ilha na qual desem-barcariam, que lhes traria esper-ança. Valente e decidido como sempre, Santiago é o primeiro a desembarcar e pisar Terra firme, após tanta navegação. Seus lábios carnudos alongavam-se de orelha a orelha, dando lugar aos seus brilhantes e certinhos dentes. Seus olhos condiziam com a cor de carvão do cabelo. Os seus caracolitos saltavam a cada passo que dava. Seu bronzeado era maravilhoso, na quantidade certa, não tendo queimaduras nem manchas na sua pele. Ficava-lhe bem aquela camisa de linho branco que Esmeralda lhe costurara. Era, incrivelmente, o preciso dia que ele a estreara. E eram aquelas

calças pretas as suas de eleição.-Vem... É seguro! – exclamava Santiago, morto por explorar.Esmeralda lá foi. No início com receio, mas vendo Santiago com tanta segurança, deixou-se de preconceitos. Naquele mes-mo dia começaram a explorar, pois estavam tão empolgados que não conseguiram ficar ali parados. Lá começaram a criar alguns animais que traziam na Caravela de outras Ilhas Conhecidas e a cultivar milho, centeio, batata entre outras plantas e árvores de fruto, que nasciam das sementes que eles transportavam. Santiago já se tinha prevenido para isto graças ao sonho que tivera. E foi lá que constituiram família, le-vando também para lá algumas pessoas para que aquela Ilha que agora passara de Descon-hecida a Conhecida pudesse ser povoada. Mas, será que eles descobririam o porquê de terem de procurar aquela ilha? Descobrir aquela Ilha era mesmo necessário, ou teriam de descobrir algo antes e mais importante?

Momento de LeituraA Ilha Desconhecida Continuação imaginada do conto de José Saramago

Cátia Araújo- 9.º A -