jornal pretexto expresso 7

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Gramado do Estádio do Café precisa de novo solo. Pág. 11 Jornalista investigativo José Maschio lança livro em Londrina. Pág. 12 Politicas do Hospital Veterinário abrem margem à discussão. Pág. 07 Ano 40 - Nº 7 - 11 de outubro de 2013

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Pretexto Jornal Expresso de 11-10-2013. Jornal Laboratório produzido pelo 4 º ano do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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Page 1: Jornal Pretexto Expresso 7

Gramado do Estádio do Caféprecisa de novo solo.Pág. 11

Jornalista investigativo José Maschio lança livro em Londrina.Pág. 12

Politicas do Hospital Veterinárioabrem margem à discussão.Pág. 07

Ano

40 -

Nº 7

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Não é nem do professor ficar enrolando que eu reclamo, nem do horário em si que eu acho ruim. Na minha opi-nião, a pior coisa em sair a essa altura da noite da facul-dade são os ônibus. Aquele monte de gente infeliz, que

não tem condições de bancar o próprio transporte e se espreme em busca de um mísero lugar à janela me deprime. Principalmente porque eu quase nunca pego a janela. Mas devaneios sociológicos à parte, o que vou contar aconteceu em um desses coletivos super--lotados, na volta para casa.

Aquele era um dia atípico, já que eu tinha conseguido ir sentado, e o mais atípico ainda era que do meu lado viajava um menino, de uns oito anos, talvez. É muito difícil ver crianças pequenas nessa linha e a esse horário, ainda mais desacompanhadas. Como o guri não parava de me encarar, resolvi puxar papo, perguntando se o meu novo corte de cabelo tinha ficado tão estranho assim. Olhando agora para o chão, o menino balançou negativamente a cabeça e disse que estava tentando entender a minha camiseta, o porquê dela estampar as letras A, C, D e outro C. Meio rindo, expliquei que era ‘Eici-Dici’, uma banda antiga de rock, e ainda me virei para mostrar que tinha uma música deles escrita nas costas.

Naturalmente, o pequeno não conhecia o conjunto, então apro-veitei os últimos suspiros da bateria do meu MP3 para apresentar a ele um pouco do meu acervo musical. O garoto com o fone direito e eu com o esquerdo, ouvimos Back in Black, depois Thunderstruck, mas a bateria acabou justo no riff de Shook me All Night Long. Uma pena. Enquanto recolhia os fios e guardava o aparelho, perguntei se ele tinha gostado. Olhando em meus olhos pela primeira vez naque-la conversa, o menino disse que era até legal, mas muito barulhento, e não entendia o que ‘carinha’ cantava. E, completando, falou que preferia as músicas brasileiras, tipo Luan Santana, Paula Fernandes e umas duplas que eu nem conhecia, mas deduzi serem sertanejas.

Nosso papo, até então descontraído, foi ficando monossilábico até acabar. Durante o trajeto até o terminal, onde nos separamos, fiquei pensando naquele guri, que nem cheguei a perguntei o nome, sua possível história de vida, seu relacionamento com a família, tudo baseado naquela frase. Seu gosto musical, totalmente inverso ao meu, não me impediu de simpatizar com ele, e manter uma curtíssi-ma amizade. Se esse menino vai buscar conhecer melhor as músicas que ele havia ouvido pela primeira vez através de mim, isso é outra história

O assunto é antigo, então vamos retomar de forma rápida: em 2010, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou uma resolução que obrigava todas as distribuidoras de energia do Brasil a transferirem, sem ônus, o sistema de iluminação

pública aos municípios nos quais estão instalados. Os municípios ficariam obrigados, então, a assumir todo ativo de iluminação pública pertencente às concessionárias de energia – no caso do Paraná, à Copel – de maneira que os custos com gestão, manutenção do sistema de distribuição, atendimento, operação e reposição de todos os materiais, das lâmpadas aos conectores, seriam de responsabilidade municipal.Em 2012, quando venceria o prazo inicial, uma nova resolução prorrogou o limite da mudança para 31 de janeiro de 2014, incluindo que a elaboração de projeto, a implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública seriam também de responsabilidade do município ou de quem fosse delegado para prestar tais serviços.Vejamos, primeiramente, o seguinte ponto: A Aneel é uma agência reguladora e, como tal, visa regulação, fiscalização e normatização do setor elétrico. Suas resoluções são atos normativos, devendo, portanto, completar as leis e permitir a sua efetiva aplicação, sem poder contrariá-la, restringi-la, ampliá-la ou inová-la, de acordo com o ordenamento pátrio. Além disso, por ser responsabilidade da União Federal, a cessão, doação,

alienação ou desmembramento do ativo da concessionária de energia elétrica somente poderia ocorrer mediante a expressa autorização do Presidente da República, por meio de decreto. Ao editar as resoluções de 2010 e 2012, a Aneel extrapolou sua competência de poder regulamentador, uma vez que criou e ampliou obrigações, reformou legislação de nível superior e invadiu a competência da União. Não há restrições quanto à municipalização da iluminação pública – em algumas cidades funciona bem, inclusive –, mas essa decisão deveria partir de cada município.Atualmente, o cenário brasileiro está composto de ações de prefeituras contra a Aneel, prefeituras que assumiram a responsabilidade da iluminação pública, outras que já haviam assumido há muito tempo, formação de consórcios entre pequenos municípios e terceirizações do serviço. Londrina, recentemente, anunciou que fará parte do último grupo, pois não terá tempo de montar uma estrutura municipal adequada em apenas quatro meses. Ainda que a imposição das resoluções da Aneel seja, de certa forma, absurda, deve-se lembrar de que o “recado” veio em 2010 e o “reforço”, em 2012. Um planejamento até poderia ter sido iniciado. Terceirizado, o custo será maior – para a prefeitura e para o contribuinte. A comodidade, também – essa só para a prefeitura. A qualidade do serviço? Espera-se que haja luz por aí...

Jornal Laboratório produzido pelo4º ano do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo, da Universidade Estadual de Londrina

Coordenação Editorial(docentes responsáveis):Emerson DiasFábio SilveiraGisele RechLauriano Benazzi

Editor-Chefe:Erick Lopes

Chefe de Redação:Lucas Rodrigues

Projeto Editorial:Emerson DiasFábio SilveiraGisele RechLauriano Benazzi

Projeto Gráfico:Erick LopesLais TaineLauriano Benazzi

Diagramação:Ananda RibeiroFernando AlmeidaLais Taine

Chefe do Departamentode Comunicação:Mário Benedito Sales

Coordenador do Colegiadode Jornalismo:Ayoub Hanna Ayoub

Correspondência:Coordenação do Curso de JornalismoUEL – Universidade Estadual de LondrinaRodovia Celso Garcia Cid, BR 445, Km 380CEP 86057-970 Londrina – PRTel.: (43) 3371-4328E-mail: [email protected]

PreTexto na Internet:facebook.com/JornalismoUEL www.issuu.com/jornalpretextowww.jornalismouel.com

E a luz no fim do túnel?

O sertanejoBruno Cunha

Opinião02 11 de outubro de 2013

EDITORIAL

CRÔNICA

MEMÓRIA PRETEXTO

Há 14 anos, em julho de 1999, o PreTexto trazia um especial sobre guerras, com as principais informações sobre as Guerras do Século. A edição continha matérias que abordavam os diferentes lados dos conflitos: a ajuda humanitária, os aspectos sociais, o trabalho da imprensa, depoimentos e um grande trabalho de retrospectiva. A Guerra do Kosovo, que encerrava-se recentemente, foi o principal assunto abordado.

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Parecer

MAL ESTAR

Na visita das autoridades a Log logística sobrou também para o diretor da Câmara de Lon-drina, Evandir Duarte Aquino. Quando o mestre de cerimô-nias anunciou o nome do dire-tor da Câmara o vereador Rony Alves, presidente da Casa de leis, olhou para ele daquele jeito tipo:oquequeestáacontecendo?

Ocorre que normalmente o cerimonial só anuncia os titu-lares. Aquino só seria citado caso estivesse representando o pró-prio vereador Rony Alves, que estava presente.

O mal estar foi rápido, logo depois Alves também foi nomi-nado e tudo voltou ao normal. (Blog Paçoca com Cebola)

OS MESMOS?

O senador João Capibe-ribe (PSB-AP) comemorou o ingresso de Marina Silva ao seu partido. A aliança, segundo ele, sepultará a “velha República” e iniciará uma nova era política no país. Doce ilusão. Mas como será Marina Silva no PSB? Ela foi testada nas urnas para a presi-dência da República e recebeu uma pusta votação.Será que vai ficar na sombra do governador Eduardo Campos que se mo-vimenta para ser o candidato a presidente pelo PSB? Capiberibe disse, pra quem quer acreditar, que se trata de uma parceria em torno de projetos e princípios, não envolvendo cargos. Uma união de forças para apresentar uma alternativa que supere “os vários vícios e o atraso da polí-tica brasileira”, como destacou durante leitura, em Plenário, de nota oficial da Rede Sustentabi-lidade, de Marina Silva. (Blog Pa-çoca com Cebola)

RICHA “SEM TEMPO”

O governador Beto Richa tem evitado microfones, grava-dores e câmeras de tevê. Pelo menos no que diz respeito a dois assuntos. Um deles já vem se arrastando há cerca de um mês: é a licitação do transporte coletivo de Curitiba, que vem sendo espancada de todos os lados. Há questionamentos em uma auditoria da prefeitura, numa CPI da Câmara e numa análise do TC. Luciano Ducci, que era o vice, já falou. Marcos Ísfer, da Urbs, também. Richa, o prefeito da licitação, ficou em silêncio.

Agora é o caso do suposto tráfico de influência na eleição de Fabio Camargo para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Nesta terça, o relatório do conselheiro Francisco Falcão disse que uma triangulação entre TJ, Assembleia e governo está sendo investigada. A suspeita surge em boa parte por o TJ ter aprovado uma transferência bi-lionária para o caixa de Beto no mesmo dia em que a bancada governista alçou Fabio Camargo ao TC.

Richa, procurado pela im-prensa, disse que não tinha tem-po para responder. Sabe como é: agenda lotada. Não dá para parar e tirar uma dúvida que envolve bilhões de reais e um suposto esquema ilícito entre os três Poderes do Paraná. (Blog Caixa Zero da Gazeta do Povo)

Em 2008 estudantes de medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL) entraram no Hospital Universitário fazendo uma verdadeira festa. Gritos, fogos e bêbados. Em 2012 es-tudantes do mesmo curso e da mesma instituição filmaram a

extração de um peixe do estômago de um paciente e disponibilizaram na internet. Agora é o caso de estudantes de direito da UEL que bo-bearam e deixaram vazar na rede um vídeo onde fazem uma paródia da música Show das Poderosas da cantora Anita – nele zombam dos clientes do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos (Eaaj) da UEL dizendo que estes têm “bafo” e “não tomam banho”. Escritório utilizado

em sua maioria pela população de baixa renda que não tem como custear a as-sessoria de um ad-vogado, e nestes me incluo. Até agora foi para falar de estudan-tes que o teclado foi utilizado, mas a histó-

ria não acaba por aí – o Conselho Universitário da mesma universi-dade pretende lutar na justiça para reaver um direito conquistado em reunião de forma muito escusa. Lutam pelo fim do voto paritário que dá o mesmo peso de voto entre professores, estudantes e funcioná-rios na eleição para reitoria. A idéia do Conselho Universitário é que a proporção na importância dos votos seja de 70% para professores, 20% para os estudantes e 10% para funcionários.São quatro eventos distintos e que, aparentemente, não possuem ne-nhuma relação. Ledo engano de quem acredita se tratar de casos iso-lados e desconexos. Também não se trata de nenhuma especificidade ou qualidade intrínseca da universidade relatada. Para entendermos, sem demagogia, proselitismo ou falso interesse, devemos ver como é estrutura a universidade pública no país e como ela é inserida na sociedade. Com o tratamento constantemente superficial do jorna-lismo cotidiano não é possível auferir a gravidade de tais problemas. Entretanto, é imprescindível, para quem não queira fazer uma análise

superficial dos fatos ter em mente em que posição o analista se encon-tra diante da forma como a universidade pública, em geral, é mantida (aí o manter não se refere somente a questão de recurso financeiro). Em primeiro lugar temos que ver que as universidades de hoje em dia não conseguem manter a qualidade geral que conseguiam tempos atrás – em geral estão todas sucateadas, a maioria dos professores e funcionários são mal pagos, os prédios deveriam ser bem melhores etc. Em segundo sabemos (e aí não pretendo persuadir ninguém) que o esquema de entrada e manutenção do estudante dentro da univer-sidade dificulta em muito que a população carente tenho acesso ver-dadeiro ao ensino superior (não tente me convencer que o estudante que se dedica integralmente ao estudos e àquele que precisa também trabalhar possuem as mesmas oportunidades). O terceiro ponto diz respeito à mercantilização dos cursos universitários, que têm se tor-nado cada vez mais apenas um meio de formação de mão de obra, reduzindo ano a ano o conteúdo de ciências humanas e suas impor-tantes discussões – pois nunca foi nem deveria ser função da universi-dade a formação de técnicos para a iniciativa privada. A quarta questão, e pra parar por aqui, ainda que pudesse ser pior, a permanência de professores retrógrados, autoritários e sem conteúdo vai até o fim de suas vidas. Muitos departamentos só se vêem livres de verdadeiros patrões universitários quando estes se aposentam.Mas, e daí? O que tudo isso tem a ver com estudantes de medicina, direito e conselhos universitários? O que acontece é que a universida-de pública está a quilômetros de distância da população em geral a qual deveria servir. Quando não são muros de concreto existem outros que dificultam o acesso e parece que a instituição é de pertence de seres superiores, mais sábios ou elevados. Fosse verdade não tería-mos este tipo de notícia nos jornais. Punir ou não punir estudantes não é o que vai mudar de fato o que deveria ser um braço de apoio da sociedade. Enquanto professores discursarem por democracia e seus representantes dentro da universidade votarem na contracorrente da história, toda verborragia utilizada em sala de aula caíra no vazio. Não há respostas. Aqui a única conclusão que se chega é de que enquanto a estrutura inteira não for mudada gastaremos páginas e mais páginas de jornal e horário de trabalho por nenhuma verdadeira transformação.

Que não seja pra enrolar peixe

Quando não são muros de concreto existem outros que dificultam o acesso e parece que a instituição é de pertence de seres superiores, mais sábios ou elevados.

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Lucas Rodrigues

Opinião 0311de outubro de 2013

DEBATES

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NAS REDES

[email protected]/JornalismoUEL issuu.com/jornalpretextojornalismouel.com

Confira o PreTexto e as produções dos estudantes do curso de Jornalismo da UEL na internet. Mande seus comentários e sugestões de pauta através do Facebook e do Twitter. Acompanhe também a versão digital dos jornais laboratórios e as produções das demais séries no portal de notícias do curso.

DEBATES

Pela infânciaA equipe do jornal Pretexto deseja às crianças uma infância alegre e colorida, de sorrisos e brincadeiras, de sonhos e aprendizado. Por isso, a conversa é diretamente com os adultos. De terça (8) a quinta-feira (10) foi realizada em Brasília a 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, presidida pelo governo brasileiro em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com a participação de 153 países. De acordo com o último relatório da OIT, divulgado em setembro, há 168 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil. De 2000 a 2012, a incidência mundial de trabalho infantil entre 5 e 14 anos caiu 36% e, no Brasil, 67%. Mas é preciso avançar mais. Denuncie toda e qualquer forma de exploração do trabalho infantil. A denúncia pode ser feita ao Conselho Tutelar de sua cidade, à Delegacia Regional do Trabalho mais perto de sua casa, às secretarias de Assistência Social ou diretamente ao Ministério Público do Trabalho.

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Londrina04 11 de outubro de 2013

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Falta água em LondrinaObras da Sanepar afetam o abastecimento regular de água para os moradores de Londrina

SECA

Londrina 0511 de outubro de 2013

Yuri Martinez e Felipe Leonel

Neste último final de se-mana, mais de 100 mil casas sofreram com a falta de abas-tecimento de água, devido a obras da Sanepar na região leste de Londrina. Mais de 100 mil famílias (cerca de 34 bairros)tiveram que passar o Sábado e o Domingo tendo que improvisar a higienização básica pessoal, residencial, de automóveis, etc. O transtorno aconteceu devido a fase de du-plicação do sistema Tibagi que visa melhorar a oferta de água para os municípios de Londrina e Cambé.

Victor Gonçalves, que pos-sui comércio na região Norte, foi um dos cidadãos que so-freram com a falta do recurso natural. “Aqui no comércio tive que dispensar funcionário por-que estava sem água pra be-ber; banheiro não podia usar porque estava sem descarga e tive que me deslocar pra casa da minha mãe pra poder tomar banho”, comenta.

Orçado em R$80mi, o in-vestimento nas obras da Sane-par gerou transtorno por con-ta de interligações que estão sendo feitas para reformar o sistema. Roberto Arai, gerente industrial da Sanepar, diz que as operações são semelhantes a fazer reformas em uma casa. “É difícil fazer essas interligações com tubulações com água den-tro. Por isso que a Sanepar tem que fazer esse isolamento. São várias etapas, já fizemos por

Para Mário Takahashi (PV) município deveria ser responsável pelo serviço para não depender de outras entidades ou Estado

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FESTIM DIABÓLICO

Um rapaz de 16 anos foi morto a tiros enquanto comemorava seu aniversá-rio na madrugada de quarta para quinta (10), em um bar de Ibiporã. De acordo com a PM, o garoto –com alguns antecedentes criminais – estava no estabelecimento quando um homem entrou e disparou contra ele, fugin-do em seguida. O jovem, atingido por disparos no peito e na cabeça, teve seu corpo encaminhado ao IML de Londrina.

EASY RIDERS - SEM DESTINO

Um homem ficou ferido na tarde desta quinta-feira (10) após colidir sua moto-cicleta contra um automó-vel no centro de Londrina, próximo ao Terminal. Ale-xandro Pereira de Souza Silva, de 26 anos, sofreu fraturas no braço esquerdo e no fêmur direito. A vítima foi encaminhada para a San-ta Casa e não corre risco de morrer.

ÁRIDO MOVIE

A realização de uma obra irá interromper o abastecimento de água nas Chácaras Maria Stela, zona norte de Londrina, nesta sexta-feira (11). O serviço será executado das 9h às 16h e a previsão é que o fornecimento seja norma-lizado por volta das 18h.A Sanepar disponibiliza o tele-fone 115 para atendimento ao cliente.

FILHOS DA ESPERANÇA

Os vestibulares da UEM para o próximo ano já têm data definidas: o de Inverno será aplicado de 6 a 8 de julho e o resultado divul-gado no dia 25 de julho. Já as provas de Verão serão realizadas de 7 a 9 de de-zembro, com a publicação do resultado prevista para o dia 22 de dezembro. O período de inscrição vai de 7 a 23 de abril de 2014 para o concurso de inverno e de 1º a 17 de setembro do mesmo ano para o vestibu-lar de verão.

ACQUÁRIA

Os portos de Parana-guá e Antonina fecharam setembro com 35 mi de toneladas movimentadas. O relatório divulgado nes-ta quinta (10) indicaque a carga geral registrou alta de 17%, totalizando 6,6 mi de toneladas movimentadas. Entre os destaques, estão a soja (registrando alta de 8% em relação a 2012) e o mi-lho (alta de 7%, usando o mesmo comparativo).

Outra questão importante relacionada à Companhia de Saneamento do Paraná é seu aspecto legal. A Sanepar passa por uma frágil questão judici-ária desde a administração de Luiz Eduardo Cheida. Desde lá, a empresa, de autonomia do Estado, vem sendo geri-da por contratos que vencem em cerca de 180 dias. “Para que a Sanepar possa trabalhar no município legalmente, este tem que reconhecer o servi-

Vereador defende municipalizaçãodois finais de semana e agora estamos programando as pró-ximas interligações”, explica.

Depois do corte que durou até a madrugada de Domingo (6) para Segunda (7), o prefei-to Alexandre Kireeff se reuniu com técnicos da Sanepar para esclarecimentos. Pelo Face-book, Kireeff comentou que houve uma “complexidade elevada” nos trabalhos, ocasio-nando a demora para a volta do abastecimento de água às casas.“Quanto ao inconvenien-te das obras estarem sendo feitas nos fins de semana, eles [técnicos da Sanepar] me disse-ram que o impacto de se fazer a interrupção em dia comer-cial é muito maior, pois afetaria escolas, comércio, indústria, além das próprias residências”, comentou. “Estão programa-dos mais três intervenções no sistema e eu solicitei que, quando isto ocorrer, a comu-nicação seja feita de forma que a população esteja esclarecida das consequências da interrup-ção do abastecimento, espe-cialmente quanto a duração”, acrescentou.

Além dos trabalhos da re-forma, o que pode ocasionar a queda de abastecimento de água pode ser a queda de ener-gia elétrica, uma vez que os sis-tema de água é um dependente fundamental do recurso ener-gético. Para preparar-se para eventuais futuros transtornos, Roberto Arai orienta: “nesse período é extremamente ne-cessário que a população use

PM detém quarteto e libera sequestrada

Greve dos bancários chega ao fim em Londrina

Halo solar: Fenômeno celeste chama a atenção

Ladrão de farmácias é preso após assalto

Três adolescentes e um maior de 18 anos foram de-tidos, no final da tarde desta sexta-feira (11) por policiais militares no município de Sa-báudia, após roubo seguido de sequestro ocorrido no centro em Rolândia. Com eles, a PM apreendeu um revólver calibre 32 e uma pistola de brinque-do. Conforme o capitão Vilson Laurentino da Silva, o quarteto havia roubado e em seguida sequestrado uma mulher na área central de Rolândia. A vítima foi colocada no porta--malas e os bandidos seguiam com o carro por estrada rural de Sabáudia quando foram abordados pela equipe da PM de Arapongas.

Os bancários de Londrina deram um ponto final à greve da categoria no fim da tarde desta sexta-feira (11). Uma as-sembleia realizada na sede do sindicato aprovou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última quinta-feira (10). Dos 164 bancários presentes, 153 votaram pela aprovação. Em 23 dias de movimento, foram fechadas 118 agências e sete PABs (Postos de Atendimento Bancário) da base territorial do sindicato em Londrina. Ao todo, 2.141 bancários e bancários de 16 cidades ficaram de braços cruzados no período. O atendi-mento volta ao normal na pró-xima segunda-feira (14).

O céu ficou diferente no fi-nal da manhã desta sexta-feira (11) em Londrina. Um fenôme-no chamado halo solar atraiu a atenção de curiosos. O círculo formado em torno do sol é mui-to mais comum do que muita gente imagina. O fenômeno de-pende das condições climáticas. No caso desta sexta, foi possibi-litado devido ao fato das nuvens estarem bem altas. Em geral, isso já ocorre. Mas como o sol brilha muito forte, esse halo é muito pequeno e fica quase imperceptível. O fenômeno é comum na passagem do inver-no para a primavera e foi re-gistrado por muitos fotógrafos, que espalharam as imagens pela internet.

A Polícia Militar deteve um homem na madrugada desta sexta-feira (11), que confessou ter roubado quatro farmácias de Londrina nos últimos dois dias. A prisão foi efetuada justamente após um dos assaltos, registrado desta vez contra um estabeleci-mento localizado no cruzamen-to das avenidas JK e Higienópo-lis, no Centro. Após o roubo, as equipes da PM foram avisadas e uma delas avistou um rapaz em atitude suspeita, transitando com uma motocicleta em alta velocidade pela Avenida Marin-gá, na região oeste. Um cerco foi feito e Elias Ferreira dos San-tos, 25 anos, foi parado na Ave-nida Tiradentes, esquina com a Avenida Rio Branco.

BALANçO

RondaBruno Cunha

ço da Sanepar, então ele o faz na forma de Decreto”, afirma o vereador Mario Takahashi (PV). Para o vereador, “o ideal é o município tomar conta da água, com um bom dinheiro em caixa; criar uma agência reguladora (pública) desse ser-viço municipal para que não fique dependendo de outras entidades, do Estado, etc... Mas não deve ser privatizado, visto que a água é um bem natural do ser humano”, defende.

a água pra atividade essencial, que seria higiene e alimenta-ção. Atividades como lavagem

de carros, regar jardim, lavar calçada, deve ser feito em ou-tras oportunidades”.

Page 6: Jornal Pretexto Expresso 7

Campus06 11 de outubro de 2013

MP denuncia HU por irregularidades

CRISE

Referência regional, o HU enfrenta denúncias referentes à funcionários e estrutura. Temor é de população possa ser prejudicada

Soraya Momi

Pronto Socorro tranquilo não traduz a deficiência que há no quadro de funcionário do Hospital Universitário da Uel

Investigações e irregula-ridades. Duas palavras que, ultimamente, estão sempre associadas ao Hospital Univer-sitário de Londrina. Nas últi-mas semanas, o Ministério Pú-blico (MP) ajuizou duas ações contra o hospital, que chama-ram a atenção da mídia e ga-nharam destaque na capa dos jornais: tratam-se da fraude de cartões ponto, cometidas por 14 médicos da instituição, e de uma série de irregularidades detectadas pela Vigilância Sani-tária Municipal nas dependên-cias do HU, exigindo urgentes providências por parte da Uni-versidade.

O caso envolvendo os mé-dicos – e suas falsas jornadas de trabalho – não é recente. As irregularidades, compro-vadas a partir de comparação

entre espelhos dos cartões ponto e as imagens capta-das por câmeras de seguran-ça, datam de abril e maio de 2007. Na época, seria prática comum a esses profissionais o não cumprimento parcial ou mesmo total de suas jornadas de trabalho, ficando a cargo de colegas o registro – “batidas” - indevido de seus cartões. Prá-tica que, além de ser moral e profissionalmente repudiável, gerou perda de R$ 26.438,64 aos cofres da UEL, que pa-gou corretamente as jornadas. Perdem os cofres públicos e arranhou-se a imagem da ins-tituição junto à população, que questiona-se se foi aquele o

único momento em que uma situação dessa natureza ocor-reu.

Mais recentes, as irregu-laridades apontadas pela Vigi-lância Sanitária apontam defici-ências em diversos setores do HU, tais como lavanderia, se-tor de alimentos, banco de lei-te humano, unidade de inter-nação, preparação de terapia

antineoplástica e sistemas de ar, água e controle de pragas. A falta de funcionários, tanto no setor administrativo como no operacional, também foi apontada em relatórios que se iniciaram em 2011. Fren-te à situação, o promotor de Justiça Paulo Tavares requereu determinação da Justiça para que o Estado e a Universidade adequem-se às exigências no prazo de 60 dias.

ServiçosConsiderando todos estes

obstáculos ao bom funciona-mento de um serviço públi-co essencial ao bem estar da comunidade, a reportagem do PreTexto foi até o Hospi-

tal Universitário e questionou a população so-bre a qualida-de dos serviços prestados. De

maneira geral, percebe-se que questões estruturais compro-metem o atendimento. Acom-panhando a esposa, que foi in-ternada pela manhã, o auxiliar de produção Rodrigo Gentil afirma que, já tendo necessi-tado dos serviços do hospital em outra ocasião, sempre foi bem atendido pelos profissio-nais, embora “às vezes, seja

possível perceber que há um certo ‘bate papo’ dos médi-cos nos corredores, ao invés de estarem focados em dimi-nuir o tempo de espera pela consulta”, relata. O tempo de espera, geralmente de duas a três horas, não é o ideal, mas suportável, ressaltando Ro-drigo que o fato de estar de férias do trabalho, ajuda: “Se não estivesse, teria que perder turnos de serviço, a situação estaria bem mais complicada”.

Após uma viagem de apro-ximadamente 170 km, o espo-so da dona de casa Edna San-tos passava pelos exames que precederiam sua internação para fazer uma cirurgia. De acordo com ela, o desloca-mento de Ivaiporã, interior do Estado, vale a pena, pois o HU oferece recursos inexistentes em sua cidade e em outras lo-calidades mais próximas. Uma vez estando os procedimentos agendados, Edna diz que o atendimento é rápido, a úni-ca dificuldade encontrada, se-gundo ela, “foi ter que esperar alguns dias para a liberação de uma vaga na UTI, para onde meu marido precisará ser en-caminhado após a cirurgia, já que o caso não estava classifi-cado como emergência”.

Há duas semanas na UTI, o irmão da auxiliar de serviços gerais Maria José Guedes, está, segundo ela, sendo muito bem atendido: “Não podemos re-clamar de qualidade: da aten-ção dispensada pelos médicos às refeições oferecidas, é tudo muito bom”. Maria José desta-ca que, na chegada do irmão ao local, não havia vagas dispo-níveis na UTI, mas que outros hospitais públicos de Londrina estavam na mesma situação, sendo o HU a alternativa mais viável: “Meu irmão ficou um dia em um quarto, aguardan-do leito, mas lá havia a estru-tura necessária à manutenção do estado dele, e a situação foi logo resolvida”. Também con-ta que sempre que ela ou seus familiares necessitam de aten-dimento médico, vem ao HU e que as únicas reclamações recorrentes são: “as de pesso-as aqui da cidade que chegam sem nenhum encaminhamen-to. O fato de, na maioria das vezes, serem priorizados aten-dimentos a doentes de outras cidades ou que já tenham re-cebido algum atendimento em outros locais, acaba se tornan-do um problema para quem chega aqui para o primeiro atendimento”, relata.

De maneira geral, percebe-seque questões estruturais comprometem o atendimento.

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Page 7: Jornal Pretexto Expresso 7

COLégIO DEAPLICAÇãO

A Semana Cultural do Colégio de Aplicação da UEL (Professor José Aloí-sio Aragão) ficou restrita às salas de aula esse ano. De-pois da decisão judicial que puniu a escola por supostas emissões de ruído acima da média, a atividade cultural que costumava envolver música, dança e gincana, trouxe apenas palestras aos estudantes. A escola aten-de alunos de ensino fun-damental e médio e a ati-vidade terminou na última sexta-feira (11).

CEPV

O Curso Especial Pré--Vestibular da Universidade Estadual de Londrina (CE-PV-UEL) abriu inscrições para seleção de instrutores bolsistas. O processo se-letivo é exclusivo para es-tudantes de graduação da UEL que ainda tenham dois anos de vínculo a cumprir com a Universidade.

As áreas disponíveis são Artes, Biologia, Espanhol, Filosofia, Física, Geografia, Gramática, História, Inglês, Interpretação e/ou Reda-ção, Literatura, Matemáti-ca, Química e Sociologia. A seleção é feita em duas etapas: uma prova escrita e uma banca avaliativa e para se inscrever não é neces-sário ter a disciplina de in-teresse na grade curricular. As inscrições são gratuitas e vão até 18 de outubro.

PRêMIO EM ExTENSãO

Na última quinta-feira, 10, a Pró-reitoria de Extensão da UEL (PROEX) divulgou a re-lação dos projetos premiados no “Por Extenso - II Simpósio de Extensão da UEL edição 2013”, que tem o objeti-vo de divulgar as melhores iniciativas, considerando a redução da vulnerabilidade e a promoção da inclusão social. O projeto classificado em primeiro lugar foi “Asses-soria para Desenvolvimento do Grupo de Mulheres do Assentamento Libertação Camponesa”, de autoria de uma equipe de estudantes ligados à Incubadora Tecno-lógica de Empreendimentos Solidários (INTES) da UEL.

Em segundo lugar ficou o projeto “Desenvolvimen-to de software de avaliação de feridas” e o terceiro clas-sificado foi o projeto “Jornal na escola: elemento incen-tivador da leitura e da escri-ta”, da estudante Fernanda de Souza. Além desses, a PROEX ainda ofereceu três prêmios de incentivo.

Campus 0711 de outubro de 2013

MP denuncia HU por irregularidades

DISCUSSãO

O Hospital Veterinário tem Plantão 24 horas desde 1994

O Hospital Veterinário (HV), enquanto órgão suplementar da Universidade tem por finalidade “servir de campo para o ensino, pesquisa e extensão e prestação de serviços”, de acordo com o seu Regimento. Entretanto, o fato de serviços como con-sultas, internação e medica-mentos serem cobrados – às vezes, por um valor superior ao praticado por clínicas parti-culares – gera discussão acer-ca do quesito “prestação de serviços”, já que ele deveria, em todos os aspectos, ter seu acesso facilitado à população interna e externa ao campus.

Oficialmente, o HV decla-ra, em comunicado público, que “não visa lucro, porém cobra pelo atendimento para repor materiais, medicamen-tos e equipamentos para po-der continuar funcionando”. A explicação gera discussões, já que entende-se que cabe ao governo esse respaldo orçamentário. Considera-se também que a cobrança, es-pecialmente quando praticada em valores maiores do que o ofertado em outros locais, acaba por distanciar até mes-mo a comunidade interna da prestação de seus serviços.

O caso do servidor da UEL, Rafael Bataglia da Silva, ilustra a situação. Mesmo trabalhando ao lado do HV ele tem recor-rido a outros locais de atendi-mento, particulares, quando algum de seus cinco cães ne-cessita de cuidados veteriná-rios. Rafael já utilizou muitas vezes o serviço do Hospital Veterinário, sendo, na totalida-

de dessas vezes, bem atendido e tendo os problemas de seus animais resolvidos. Entretanto, assustado com os valores co-brados, decidiu fazer uma pes-quisa de preço, e constatou: “Em um dos casos, meu cão necessitava de uma consulta, injeção e medicamentos. O orçamento apresentado pelo HV foi de R$ 390,00. Na clí-nica veterinária de um amigo meu paguei R$ 230,00 pelos mesmos itens. O atendimento prestado foi igualmente de ex-celente qualidade”, relata.

A cadelinha do senhor Sid-nei Aparecido Costa passou recentemente por um atendi-mento no HV, para tratamen-to de uma virose. Apesar de não se lembrar com exatidão do valor pago, Sidnei diz que não o considerou exagerado, embora ressalte que não tem muitos parâmetros, já que, dada a gravidade da situação, não verificou valores em ou-tros locais. Ele elogia a atenção que os funcionários lhe presta-ram, mas revela um fato intri-gante: o animal foi, há alguns meses, lhe doado pelo próprio HV, que segundo ele: “não ofertou nenhuma assistên-cia veterinária gratuita, ainda que por um período mínimo após a adoção.” Assim, surge também o questionamento acerca da viabilidade da imple-mentação de uma política de incentivo a adoção de animais abandonados, através da isen-ção – ainda que parcial – de valores em caso de posterior necessidade de atendimento do Hospital. (S.M.)

PerobalIsabela CunhaHV: prestação de serviços

tarifados à comunidade

//////

//////

////H

U e

m Inaugurado em 1975

Déficit de 218 funcionários

Atende pacientes de 350 cidades

Possui 1,8 mil técnicos

administrativos e cerca de

200 docentes/médicos

Por ano são realizadas

8,7 mil cirurgias

e perto de 1,1 milhão

de exames e análises

números

Page 8: Jornal Pretexto Expresso 7

Geral08 11 de outubro de 2013

Roger Bressianini com Agência Brasil

Manifestação dos professores estaduais do Rio termina pacificamente

A coordenadora criticou o governo do estado que, além de não receber os representantes dos professores

PROTESTO

Rio de Janeiro – A manifes-tação dos professores da rede estadual de ensino, que come-çou na manhã de hoje (10), no Largo do Machado, no Catete, na zona sul da capital fluminen-se, terminou pacificamente no mesmo local no começo da noite, mas alguns professores se juntaram a um grupo de masca-rados e seguiram em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da ci-dade. A decisão de ir até a Alerj, no entanto, não contou com o apoio do Sindicato dos Profissio-nais de Educação (Sepe).

A manifestação, durante toda a tarde e início da noite, com os professores tentando chegar ao Palácio Guanabara, sede do go-verno fluminense, provocou o fechamento da Rua Pinheiro Ma-chado, no bairro de Laranjeiras. Segundo a cordenadora-geral do Sepe, Ivanete Conceição da Silva, a intenção era pedir ao governo do estado a retomada das nego-ciações para pôr fim à paralisação da categoria, que começou no dia 8 de agosto.

A coordenadora criticou o governo do estado que, além de não receber os representan-

Professores protestam em ruas cariocas contra veto de lei. Greve passou de um mês e segue sem previsão de acabar

tes dos professores, ainda mon-tou um esquema com a Polícia Militar para impedir a chegada dos manifestantes ao palácio. De acordo com Ivanete, entre as reivindicações estão a defini-ção de 40 horas para os funcio-nários da área de educação, que hoje trabalham com a carga de 30 horas; o veto à lei que de-

termina uma matrícula do pro-fessor por escola; a mudança na grade curricular para 2014 e a implantação de um terço de carga horária para planejamen-to. “São pontos determinantes para o fim da paralisação”, disse.

Enquanto os professores fa-ziam a manifestação, no trecho da Rua Pinheiro Machado, que

estava cercado por policiais mili-tares (PMs), alguns ativistas ten-taram entrar em confronto com os PMs., mas a diretora de im-prensa do Sepe, Vera Nepomu-ceno, pediu que os professores não aceitassem provocação. “Estamos aqui tranquilamen-te. Quem é estranho ao nosso movimento a gente agradece o

apoio, mas não queremos con-fusão”, disse.

Ao fim do protesto, os profes-sores marcaram um ato para ter-ça-feira (15), quando é comemo-rado o Dia do Professor. Segundo a coordenadora do Sepe, a con-centração será na Candelária e a passeata seguirá até a Cinelândia, no centro da cidade.

INVESTIMENTOS VETERINÁRIA

Agência Brasil Agência Brasil

Europa está aberta ao crescimento conjunto como Brasil, diz Antonio Tajani

UFSC obtém autorização para utilizar animaisem aulas de medicina

Brasília – A Europa está dis-posta a expandir os negócios com o Brasil, e para isso “precisamos competir em igualdade de condi-ções”, disse hoje (10) o vice-pre-sidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, em solenidade na Confederação Nacional da Indús-tria (CNI).

Segundo ele, existem mui-tas oportunidades nos diversos ramos da atividade econômi-ca, tais como os setores de energia, infraestrutura, tecno-logia e informação, comércio e outros. “Temos potencial de complementariedade em todos eles”, disse.

Antonio Tajani lembrou que o Brasil vai sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpí-

adas em 2016, competições esportivas que se constituem em oportunidades para gran-des investimentos. Segundo ele, nunca um país promoveu tantos eventos importantes em tão pouco tempo, e “temos que trabalhar isso em conjunto”.

O encontro na CNI reuniu empresários e representantes governamentais em torno do diálogo Parceria Estratégica Bra-sil – União Europeia: Competi-tividade e Promoção de Negó-cios, que discutiu a negociação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, incluindo temas como proprie-dade intelectual, integração das cadeias produtivas e investimen-tos bilaterais.

Brasília - A Universidade Fe-deral de Santa Catarina (UFSC), que estava proibida de usar ani-mais em suas aulas de medicina, poderá voltar a utilizar o recurso didático. A suspensão da proibi-ção foi dada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador federal Tadaaqui Hirose.

Em seu voto, Hirose explicou que, “embora veja como neces-sária a adoção de métodos alter-nativos pelo meio científico, certo é que a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa está devidamente regulada por lei em vigor (...)”.

A ação, movida contra a uni-versidade por uma entidade de defesa dos animais, gerou a de-

terminação de proibição do uso de animais pela Faculdade de Me-dicina da instituição. No entanto, o presidente do TRF4 entendeu que a UFSC não aplica métodos considerados cruéis nos animais, como o uso de cães e a ausência de anestesia em outros animais, e que a própria sentença anterior havia reconhecido isso.

A suspensão da proibição vale até o término do processo, que está em segunda instância e ainda não tem decisão final. Cabe ape-lação contra a decisão do desem-bargador federal. Outros processos semelhantes correm na Justiça con-tra universidades em Porto Alegre e Santa Maria, ambas no Rio Grande do Sul. Todos os processos ainda estão em andamento.

Correios lançam selos omemorativos

Acontece na próxima terça-feira (15), no início da sessão plenária da Assembleia Legislativa, a solenidade de lançamento dos selos come-morativos da Série Relações Diplomáticas Brasil-Alemanha – Temporada da Alemanha no Brasil, pela Empresa Brasi-leira de Correios e Telégrafos (ECT). Sob o lema “Quando ideias se encontram” foi criada uma minifolha com cinco selos que representam as principais áreas de cooperação entre os dois países: Turismo, Ciência e Educação, Economia, Política e Cultura. A parte superior da minifolha apresenta uma fai-xa com as bandeiras do Brasil e da Alemanha entrelaçadas, formando um painel ilustrado com ícones arquitetônicos dos dois países.

Agência Brasil

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RATO NA gARRAFA

Tem causado repercus-são a reportagem veicula-da pela Record, sobre o caso do rato encontrado dentro de uma garrafa de Coca-Cola. Especialistas em crise analisam que o procedimento adotado pela empresa – que não está dando muita impor-tância ao caso – no trata-mento do caso não tem sido o ideal para uma po-lêmica de tal porte.

PETROBRAS TERÁ DE INVESTIR R$ 1 BI

A Petrobras, por exigên-cia da Agência Nacional do Petróleo (ANP), investirá mais de R$ 1 bilhão em seu maior campo produtor, o Marlim Sul. Após uma revi-são do plano de desenvol-vimento do campo, a ANP lançou a previsão de que a Petrobras faça pelo mais menos dez poços novos. Atualmente, há cerca de 40, e três serão construídos ainda em 2013.

BALAS DE BORRACHA EM SP

Proibidas desde a onda de protestos em junho, as balas de borracha voltarão a ser usadas pela Polícia Mili-tar em São Paulo. A medi-da, faz parte da força-tarefa anunciada pelo procurador--geral de Justiça de São Pau-lo, Márcio Fernando Elias Rosa.

ZIRALDO é INTERNADO NA ALEMANHA

O escritor Ziraldo, que viajou para representar o Brasil na Feira do Livro de Frankfurt, teve um mal-estar e precisou ser hospitaliza-do na quinta-feira (10). Zi-raldo integrava a delegação de autores convidados pelo governo brasileiro para re-presentar o país em um dos mais importantes eventos do setor. O Brasil é o país ho-menageado do ano.

BRASIL POLUI COMO DESENVOLVIDO

O pesquisador peruano José Marengo, representante latino-americano no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), colocou o Brasil entre os países que mais poluem no mundo. Segundo Marengo, o desmatamento deixou há muito de ser o principal pro-blema no combate a emissão de gases que causam o efei-to estufa. Atualmente, o que basicamente coloca o país no topo da lista de poluidores é a grande queima de combus-tíveis fósseis.

Giro 0911 de outubro de 2013

CurtasRogerBressianini

“Temos que garantir a livre expressão e a livre circulação de ideias e informação. Se isso for violado de alguma maneira, o Judiciário pode reparar”

As forças opositoras ao regime do ditador sírio Bashar Assad executaram 190 civis e fizeram outros 200 reféns durante o mês de agosto, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pela organização HumanRights Watch

“Estou numa fase de beijos. Só beijos (...) Os beijos são para o Brasil”Dilma Rousseff, presidente do Brasil, quando perguntada sobre sua relação com o Con-gresso. (Folha de S. Paulo, 10/10/2013)

“Ela foi um dos ícones do Cinema Novo como uma figura de mulher de centros urbanos”Celso Amorim, ministro da Defesa e ex-cineasta, sobre a morte da atriz Norma Bengell, aos 78. (Agência Brasil)

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, sobre a recente polêmica da proibição de biografias de artistas como Roberto Carlos e Caetano Veloso.

(Folha de S. Paulo, 10/10/2013)

do Rio prende 6 Black Blocs nesta sexta (dia 11)

Com 17 mandatos de busca e apreensão, polícia

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Com uma fachada simples e um banner pequeno de identificação, al-guém desatento pode não perceber que no número 546 da Rua Lindóia, está o grupo Casa das Fases. O nome faz re-ferência ao fato da Companhia tratar da fase três da vida, a terceira idade.

“Somos todos envelhescentes”, com essa frase o diretor Henrique Ber-nardi demonstra o que o seu trabalho

deseja passar para o público. O Grupo, que trabalha apenas com atrizes idosas, não acredita que seu trabalho deva ser rotulado como teatro de terceira idade. Destacando que arte vai além de um rótulo, o diretor deseja passar a mensa-gem de que todos nós estamos em uma fase de transição.

Os vlogs vieram para ficar. Desde que a internet popularizou a produção independente, a televisão deixou de dominar a cultura dos audiovisuais. A cada dia, um novo canal surge no You-tube - ou em outra plataforma para ví-deos -, chamando a atenção do público, seja com piadas politicamente incorre-tas, seja com bastidores e curiosidades.

Há um ano no ar, o canal “Você não sabia?”, do curitibano Andrei Bedene, 24, faz sucesso entre os jovens. Com uma proposta criativa - e bem diferente da dos populares “Porta dos Fundos” e “Parafernalha” - o vlog traz uma série de curiosidades sobre desenhos, filmes e séries marcantes, que fizeram parte da infância de várias pessoas. Atingindo um milhão de visualizações no final de agosto, “Você não sabia?” reúne cerca de 70 mil assinantes no Youtube.

Mix10 11 de outubro de 2013

“Você não sabia?” é sucesso no Youtube

EM CENA

Andreza Pandulfo

Giovanna Machado

Renan Cunha

SESSãO DA TARDE

A partir de hoje, o Cine Com-Tour/UEL passou a ofe-recer sessões vespertinas dia-riamente, além da já tradicional sessão noturna, às 20h30. Os filmes serão exibidos sempre às 16h00 e a estreia da pro-gramação fica por conta da animação Zarafa (França/Bél-gica, 2012), em cartaz até a próxima sexta-feira. Durante a semana de lançamento, a en-trada será promocional, com preço único a R$ 6. Excepcio-nalmente na quarta, 16, não haverá exibição vespertina.

OUTUBRO COM SOTAQUE

Três grandes músicos nor-destinos desembarcam em Londrina esse mês. O per-nambucano Lenine se apre-senta no teatro Marista dia 25, com ingressos entre R$ 60 e R$ 120. No mesmo local, dia 26, o também recifense Siba é a atração do Vectra Constru-Som. Convites entre R$ 20 e R$ 40. Na madrugada do dia 27, o baiano Moraes Moreira promete agitar a estrutura do Anfiteatro do Zerão, na Virada Cultural Paraná. A apresenta-ção é gratuita e a Virada conta ainda com shows das bandas Real Coletivo, Humanish, Ne-vilton e Rosa Armorial.

NATIVOS DIgITAIS

Pesquisa da União In-ternacional das Telecomu-nicações (UIT), órgão da ONU, revelou que o Brasil tem a 4ª maior população do mundo de “nativos digi-tais”, jovens que cresceram acompanhando de perto a expansão da internet. São 20 milhões de jovens entre 15 e 24 anos com experi-ência de conexão à rede de no mínimo cinco anos. O país está atrás apenas de China, EUA e Índia.

BRASIL QUER SNOwDEN

Os membros da CPI da Espionagem querem agendar videoconferência com Edward Snowden, ex-consultor da CIA dos EUA. Segundo o senador Ricardo Ferraço, relator da CPI, o governo brasileiro quer informações objetivas sobre a possível violação às informações da ANP (Agên-cia Nacional de Petróleo), além de esclarecimentos a respeito das motivações da espionagem do Canadá a empresas brasileiras. Os requerimentos foram apro-vados pela CPI na quarta, 9, e devem ser encaminhados ao advogado de Snowden e ao governo russo.

Tech&Cult

Teatro sobre nós, os envelhescentesCompletando vinte e seis anos de carreira, a Companhia londrinense ‘Casa das Fases’ faz planos para o futuro

A Companhia iniciou sua história no ano de 1986, no Sesc Londrina, em um grupo de convivência que sentiu a necessidade de estudar teatro. À época, Bernardi foi convidado para fazer parte desse grupo comandado por Sueli Bor-tolin. “Esse grupo cresceu, eu me en-cantei pelo teatro, aprendemos juntos, deu certo”, afirma o diretor.

Em 2000, iniciou uma nova fase para o grupo, que decidiu sair do Sesc e ter uma sede própria. Bernardi e o pro-

dutor Fabricio Borges criaram a Casa das Fa-ses, inicialmente com sede no Jardim Hi-gienópolis, e somente há cerca de um ano

mudaram para o Jardim San Remo. Atu-almente, além de Henrique e Fabricio, fazem parte da ‘Casa’ as atrizes Carmen, Benedita e Rosa, a figurinista Ella Mello e o iluminador Devas Girotto.

Fabricio destaca que em todos esses anos a companhia precisou se moldar a algumas necessidades do mercado.

“Nós não gostávamos do termo ‘ter-ceira idade’, mas é algo que o mercado pede, as pessoas entendem assim, então ou você se adapta ou você é engolido”. Henrique explica que a Companhia so-brevive financeiramente de projetos, patrocinados pelo Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) ou de editais de cultura, e afirma: “Não esta-mos bem. Se estivéssemos trabalhando com soja, vacas, prédios, estaríamos melhor, é claro, mas a gente não pode reclamar, estamos conseguindo passar nossa mensagem”.

A Casa das Fases também oferece regularmente oficinas teatrais. Os cursos têm o objetivo de formar novos atores para a Companhia. As atrizes Rosa e Benedita fizeram uma das oficinas e de-cidiram se comprometer com a rotina da ‘Casa’. O grupo também ministra oficinas nas cidades de Arapongas, Apu-carana e na periferia de Londrina.

Ao todo a ‘Casa’ já visitou cinco pa-íses: Alemanha, Suécia, Inglaterra, No-ruega e Dinamarca. O último projeto

internacional foi com a Companhia dina-marquesa ‘Odin Teatret’, em que o gru-po teve a oportunidade de fazer um in-tercâmbio de trabalhos, realizando uma oficina para idosos no país: “O teatro de fora, internacional, é mais assistencialista, o nosso é mais artístico. Com esse in-tercâmbio, eles acabam experimentan-do outras coisas e nós também”, afirma Fabricio.

A Companhia está com a peça Yo-landa Calaboca em cartaz durante todo o mês de outubro e tem como foco a solidão, as lembranças, as memórias, o envelhecer. No palco, apenas a atriz de 82 anos, Carmen Mattos. Ela foi convi-dada para participar do grupo em 2000: “Os filhos cresceram, netos, e eu pen-sei: Preciso fazer alguma coisa para pre-encher esse vazio”, diz ela. O teatro tem conseguido preencher. A Casa das Fases tem planos para o futuro, projetos inter-nacionais, documentários e está a todo vapor, o principal objetivo é simples e difícil, diz o diretor Henrique Bernardi: “Sobreviver”.

“Esse grupo cresceu, eu me encantei pelo teatro, aprendemos juntos, deu certo”

ENTRETENIMENTO

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O canal estreou em outubro de 2012, contando os bastidores de “Onde está o Wally?”, famosa série de livros infanto-juvenis que deu origem a uma animação homônima. Mas a ideia do projeto surgiu muito an-tes. Em abril do mesmo ano, Bedene pre-cisou fechar sua empresa de pro-jeção interativa, a Be Move. As dificuldades o incentivaram a buscar novos caminhos. Foi então que o ra-paz descobriu que era possível ganhar dinheiro com vídeos. “E aí eu comecei a estudar, passei seis me-ses estudando a internet, o marketing digital, como funcionava o Youtube”,

explica o vlogueiro.O vlog conta hoje com 20 episó-

dios. Um dos mais aclamados pelos assinantes foi “Desenhos mais polê-micos da história”, que de tanto su-

cesso, ganhou uma segunda parte. “Você não sabia?”

também já revelou o plágio do filme

“O Rei Leão”, os bastidores de “Piratas do Ca-ribe” e a versão americana dos super-heróis ja-

poneses, “Power Rangers”. Mas para

Bedene, o que mais lhe agradou foi o episódio

sobre “He-man”: “É um per-sonagem carismático, bastante rico em informação (...) ele transmite uma men-sagem legal, principalmente para as crian-

ças, e eu fiz questão de destacar isso”.Andrei Bedene faz edições audiovi-

suais desde os 11 anos, quando pediu aos pais uma placa de vídeo, a fim de converter arquivos de VHS em confi-gurações compatíveis para a internet. Desde então, o jovem vem se especia-lizando na área. Atualmente, o vloguei-ro cursa o quarto ano de Comunicação em Tecnologia Institucional, na Univer-sidade Federal do Paraná.

Apesar da repercussão do canal, Bedene revela que o trabalho, no mo-mento, é quase um hobby, uma vez que o retorno financeiro ainda é mui-to baixo. “Eu estou só no começo, eu já sei aonde quero chegar e o que eu preciso fazer para atingir meus objeti-vos, mas isso leva um longo proces-so”, explica. Para os próximos meses, ele espera regularizar uma produção semanal e a criação de novos quadros para o “Você não sabia?”

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Areia no Estádio do Café

Esporte 1111 de outubro de 2013

Amanda Tostes

Avaliação feita por equipe multidisciplinar do IAPAR é de março deste ano e FEL continua com medidas paliativas. Fato é que gramado precisa de novo solo

NOVELA

Com a determinação do STJD (Superior Tribunal de Jus-tiça Desportiva ) de perda de dois mandos de campo, o Pal-meiras escolheu Londrina para atuar diante do Figueirense, no dia 8, e do Guaratinguetá, hoje à noite.

A nova casa do Verdão, não está, contudo, muito bem pre-parada para a correria das chu-teiras. O campo apresenta um gramado de baixa qualidade, com falhas na cobertura. O pes-quisador Valdir Lourenço Junior, da Área de Proteção de Plantas do Instituto Agronômico do Pa-raná (IAPAR), participou da ava-liação de amostras do gramado, e afirma que foram encontrados fungos dos gêneros Fusarium e Curvularia na grama do Estádio Jacy Scaff, o Café.

São fungos que infectam as raízes de diversas espécies de gramíneas. “O fungo Curvularia também infecta a parte aérea da grama esmeralda, causando manchas amareladas e secas nas folhas (foto). Um dos principais fatores que favorecem a ocorrên-cia desses fungos é a compactação do solo que dificulta a drenagem e mantém o ambiente úmido por longo período de tempo”.

É esse o problema do Café. O pesquisador Cezar Francisco Araujo Junior, da Área de Solos do IAPAR, explica que a gran-de quantidade de areia do tipo muito fina, presente no solo do Estádio, é a principal causa da

Cinco clubes conseguem superar, em termos de tor-cida, o Tubarão em Londrina. São eles, por porcentagem de preferência entre a população: Corinthians (24,56%), Pal-meiras (11,18%), São Paulo (11,03%), Santos (10,11%) e Flamengo (4,49%). Os dados são do Instituto Paraná Pes-quisas, em levantamento feito entre novembro e dezembro

de 2011. O Londrina Esporte Clube (LEC) ocupa o sexto lugar, com 4,11% do gosto local.

Com exceção do Santos, os outros times do quinteto visitaram Londrina nos dois últimos anos. Corinthians e Flamengo empataram por dois gols em amistoso no iní-cio da temporada 2012, no dia 15 de janeiro, no Estádio do Café. Em 2013, o tricolor

paulista fez um amistoso con-tra a equipe da casa. No dia 22 de maio, o tricampeão mundial bateu o alviceleste por dois a um, com gols de Roni e Luís Fabiano. Nessa semana, o Palmeiras mandou dois jogos pela Série B do Brasileirão em terra roxa. Na terça-feira (8), contra o Figuei-rense, e na sexta-feira (11), contra o Guaratinguetá. (A.T.)

EQUILÍBRIO

Com o título na mão do Cruzeiro, a disputa que empolga no Brasileirão é a luta contra o rebaixamen-to. Do quinto colocado, Atlético-MG, para o pri-meiro da zona da degola, Vasco, são sete pontos de diferença.

FIRsT TIME, BABy!

Neste feriado de dia das crianças, será real-izado o primeiro jogo da história da NBA em solo (ou quadra) brasileiro. Chicago Bulls e Washing-ton Wizards se enfrentam no Rio de Janeiro. Chance de ver all-stars como Joa-quim Noah, Derrick Rose e Loul Deng pelo lado do Bulls e o brasileiro Nenê, representando o time da capital estadunidense.

FóRMULA 1 COM ChUCRUTE

Neste fim de semana, Sebastian Vettel (RBR), pode se tornar o mais jovem tetracampeão do mundo, se vencer o GP do Japão e o vice-líder, Fernando Alonso (Fer-rari), não passar do nono lugar. Com o caneco, o piloto da RBR alcança a marca de quatro títulos, ficando a três do compa-triota Michael Schumach-er, sete vezes campeão. Com o de 2013 e o título da próxima temporada, Vettel igualaria o feito de Schumi, que ganhou cin-co vezes seguidas entre 2000 e 2004.

AIndA InvICTOs

Após cinco jogos, ape-nas dois times permane-cem invictos na NFL, a liga de futebol americano. São eles: New Orleans Saints, do quarterback Drew Brees, e Denver Broncos, de Peyton Manning. Tour pela Ásia.

A seleção da CBF fará dois jogos nos próximos dias. No sábado (às 8h de Brasília), os comandados de Felipão enfrentam a Coreia do Sul. Na quarta-feira, o adversário é a afri-cana Zâmbia.

VestiárioHeron Heloy

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A areia do Estádio, do tipo muito fina, é a principal causa dos danos no gramado

Mesmo com problemas, Café tem recebido grandes times nos últimos anos.

As visitas dos grandes

drenagem deficiente. “Nós não vemos outra alternativa, o solo precisa ser substituído”.

De acordo com a pesquisa-dora do Laboratório de Nema-tologia do IAPAR, Andressa Ma-chado, as análises feitas em março deste ano descartaram a presença de vermes prejudiciais às plantas em quantidade suficiente para se-rem apontados como os grandes vilões da história.

A Fundação de Esportes de

Londrina (FEL), responsável pela manutenção do Estádio, aplicou alguns tipos de produtos e, segundo o assessor da FEL, Sidimar Ernegas, nos últimos três meses houve melhora nas condições.

Ainda existem outras benfei-torias a fazer: o placar da praça ainda é manual, mesmo com 30 mil cadeiras na arquibancada. Os banheiros tiveram a reforma inter-rompida. Faltam portas e, segundo

a FEL, não há verbas. A fundação está à espera de um aditivo.

Ernegas afirma que melho-rias têm sido feitas nos últimos anos. “Solicitamos a implantação de 32 câmeras, sendo 25 fixas e sete giratórias. Implantamos um sistema de irrigação, a arquiban-cada recebeu oito mil novas ca-deiras”, explicou o assessor.

Mesmo com os problemas, só em 2013, São Paulo e Palmei-ras vieram jogar aqui (ver Box).

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Perfil12 11 de outubro de 2013

METRALHADORA GIRATÓRIA

José Maschio, o Ganchão, recebe a reportagem do Pretexto em sua chácara e dá lambadas em todo mundo. Sobrou até para os jornais laboratório

A democracia no Brasil é mais nova do que Ganchão. Ele tem 56 anos. Ela, entre idas e vindas, regimes de exceção, Var-gas, Geisel, é, nas palavras dele, uma pré--adolescente. Por isso, quando o encontrei na chácara onde mora, ali entre Cambé e Londrina, o jornalista mostrou confiança na evolução do Brasil. Seja ela econômica, política, ou social. “Estamos bem melho-res que no começo do século XX, do que há cinquenta, dez anos” avaliou Ganchão, entre um gole na cerveja e uma beliscada em um saboroso quiabo em conserva feito pela esposa. Porém, ele não vê com bons olhos a polarização do debate político na-cional entre PT e PSDB. “Precisamos parar

com esse Fla-Flu, com esse maniqueísmo”.A diversidade de assuntos mastigados

à mesa por Ganchão foi além do campo político. As cutucadas foram amplas. Um dos alvos foi o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Flávio Balan. O jornalista criticou a suposta prepotência do homem forte da entida-de classista. “[Ele] fala uma besteira atrás da outra todo dia no noticiário e ninguém contesta. O cara é extremamente arrogan-te. Uma cidade não se faz com arrogância. Uma cidade não se faz com gente falando sim, sim, sim. Uma cidade se faz com po-lêmica, com discussão, com cobrança”. As orelhas dos vários coelhos que Ganchão cria na chácara ficaram ainda mais em pé.

Do jornalismo...Se peço a ele uma avaliação sobre os

Lucas Marcondescursos de jornalismo (o da UEL, por exem-plo), a saraivada de críticas é ainda mais in-tensa. A começar por nós, estudantes, e nossos jornais laboratório (te cuida, Pre-texto!). Para Ganchão, os proto-jornalistas, inconscientemente, reproduzem o que é feito nos grandes veículos de mídia. “O pessoal do curso de Jornalismo faz os jor-nais repetindo os jornalões, as TVs, as rá-dios que ficam criticando no dia a dia. Eles pensam que estão fazendo coisa diferente. Você pega o produto final, é exatamente igual”. O mundo acadêmico, para ele, tem problemas ainda maiores. Maschio afirmou que a universidade é dividida em castas e reproduz as discriminações da sociedade. Algumas graduações são prestigiadíssimas, outras são relegadas. “Nos cursos de Me-

dicina ou de Odontologia não falta [aparelho de] raios--x. O curso de Jornalismo não tem uma gráfica, não tem uma TV a serviço dos

estudantes, não tem uma rádio a serviço dos estudantes”.

Ganchão é cria do curso de Jornalis-mo da UEL. Porém, ele relembrou que, quando sentou nos bancos da graduação, os estudantes pareciam ser mais dispos-tos a enfrentar os problemas do curso. “Nós éramos mais briguentos. Se nós não nos satisfazíamos, ocupávamos a reitoria exigindo as coisas. Agora eu vejo que os estudantes, talvez por conta do ensino básico, entram na universidade sem se preocupar, não tem reflexão”. A preocu-pação do jornalista pelos futuros colegas de profissão pode virar livro. É o “Manual de indignação para jovens jornalistas”. Embora tenha ‘manual’ no nome, a obra, será um contraponto “a esse ensino tecnicista nas universidades”, explicou Ganchão. “No

jornalismo, como você mexe com gente todo dia, você tem que ser especialista em gente. Falta isso, porque é muito técnico. E, quando vão discutir teóricos, a univer-sidade discute teóricos da moda, aqueles que são lá de fora”. E vai além: “uma elite foi fazer jornalismo, e é uma elite que não sabe andar de ônibus”.

... Para a literaturaQuando começou a escrever o “Ma-

nual”, Ganchão foi atrás de dados para o livro em anotações de gastos de viagens feitas por ele quando repórter da Folha de S. Paulo. Os rabiscos sobre coberturas realizadas nos rincões e nos grandes cen-tros do Brasil, além de países da América Latina, reavivaram a memória para situa-ções que não entraram, ou não puderam entrar, nas matérias do jornal. “Eu comecei a folhear aquilo e tudo tinha uma historinha interessante que eu lembrava”. Agora, o “Manual” está temporariamente na ge-ladeira e o jornalista escreve um novo livro: “Apontamentos de repórter”. “Vou escrever umas 100 historietas, separar umas 60, 70. Pretendo fechar até o final do ano”, planejou.

Mas, para 2013, um terceiro livro já saiu do forno e será lançado agora, sexta--feira (18). Escrito em parceria com o jornalista Luiz Taques, “Crônica de uma Grande Farsa” é um livro reportagem que relata como a suposta denúncia de com-pra de votos contra um ex-deputado fe-deral do Mato Grosso Sul tornou-se, na verdade, o centro de uma trama planejada por um grupo político que tentava liquidar a carreira do ex-parlamentar. No coman-do dos responsáveis pela farsa estava o

atual governador do estado, André Puc-cinelli (PMDB). “O caso do Mato Grosso do Sul é uma síntese do que acontece na política brasileira, independente de parti-do”, exemplificou Ganchão.

Depois de dizer como o livro se de-senvolve, Ganchão deu alguns marca-pá-ginas da obra. Pediu para que eu distribuís-se entre os colegas de sala e os convidasse para o lançamento. A entrevista acabou, mas a conversa continuou. As críticas, claro, estavam presentes. Mas feitas de modo sensato, sem a raiva cega de alguns cronistas do cotidiano. Ganchão cutuca (“jornalismo vagabundo, burocrata” – so-bre a cobertura de greves feita por tele-pone, sem deixar a redação), mas aponta saídas (“Londrina comporta um jornal po-

pular – não popularesco”).Saí da chácara por volta de 20h (eu ha-

via chegado às 16h). De todos os causos, histórias, críticas e bordoadas que saíram da voz rouca de Ganchão, uma frase de impacto ficou. “Jornalismo é a arte diária da indignação”, soltou ele. Na verdade, se o recanto do jornalista tivesse uma placa logo na entrada, ela poderia muito bem estar com essa máxima. Ou, então, uma plaqueta como aquelas de “cão bravo”, mas alertando para um “jornalista indigna-do”.

“Crônica de uma Grande Farsa” será lançado sexta-feira (18), as 19h, na Bi-blioteca Pública Municipal de Londrina. O livro custará R$ 30 e os dois autores esta-rão no local para autografá-lo.

CUIDADO,

“Londrina comporta um jornal popular – não popularesco”

“Além de “Crônica de uma Grande Farsa”, Ganchão planeja lançar outros dois livros”

Foto

: Luc

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arco

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Ganchão: “O pessoal do curso de Jornalismo faz os jornais repetindo os jornalões, as TVs, as rádios que ficam criticando no dia a dia. Eles pensam que estão fazendo coisa diferente”

jornalista indignado