jornal pretexto expresso 9

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Circo: atividade de inclusão para crianças da comunidade Pág. 10 Relações Públicas: curso de comemora 40 anos Pág. 07 J. Mateus: grande nome do jornalismo esportivo em Londrina Pág. 12 Véspera de Finados atrai familiares aos cemitérios e expõe situação precária de túmulos pág. 05 Ano 40 - Nº 8 - 23 de outubro de 2013 Cemitério

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Jornal Pretexto Expresso 9 Pretexto Jornal Expresso de 23/10/2013. Jornal Laboratório Produzido Pelo 4 º ano do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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Circo: atividade de inclusão para crianças da comunidadePág. 10

Relações Públicas: curso de comemora 40 anosPág. 07

J. Mateus: grande nome do jornalismo esportivo em LondrinaPág. 12

Véspera de Finados atrai familiares aos cemitérios e expõe situação precária de túmulospág. 05

Ano

40 -

Nº 8

- 23

de

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de 2

013

Cemitério

O mês de novembro se aproxima e já começa com dois feriados nacionais. No dia 1º é comemora-do o Dia de Todos os Santos, uma celebração católica em honra de todos os santos e mártires

conhecidos ou não. No dia 2 de novembro, outro feriado cató-lico marca o dia de rezas e homenagens aos falecidos: é o Dia de Finados, que foi criado para diminuir a influência do Dia das Bruxas, festa pagã celebrada no dia 31 de outubro e que pre-ga que os espíritos saem dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Afinal, entre santos, falecidos e bruxas, que importância estas datas têm para além das religiões?

Para a economia de Londrina, o dia de Finados não tem nada a ver com tristeza: ele é motivo de comemoração por movi-mentar certas áreas do comércio, como a venda das marmo-rarias e floriculturas. No caso desta última, as vendas nos dias que antecedem o feriado chegam a dobrar e muitas vezes cor-respondem a um mês inteiro de trabalho. A demanda - e con-sequentemente o lucro - também cresce para os trabalhadores dos cemitérios, pois aumentam os pedidos de limpezas, pinturas e obras nos túmulos. Os empregos temporários também vão crescer, pois a Administração de Cemitérios e Serviços Fune-rários de Londrina (Acesf) está cadastrando voluntários que vão trabalhar na entrada dos cemitérios da cidade para orientar a população a localizar os jazigos e para alertar sobre os cuidados com as velas e as embalagens das flores e a proibição da entrada das flores artificiais.

Enquanto o feriado gera aumento de vendas e de empregos, a comemoração não é tão grande por parte do Ministério Mu-nicipal da Saúde. Há a preocupação com os vestígios de vasos de flores e outros itens que possam ser deixados nos cemité-rios e que causem o acúmulo de água, facilitando a propagação do mosquito transmissor da dengue. O setor de Endemias vai aumentar a fiscalização e a orientações nos cemitérios nos dias próximos ao feriado de Finados.

Preocupação maior que comemoração também por parte da Polícia Rodoviária do Paraná. A expectativa é que, por causa do feriado, o movimento nas estradas da região de Londrina cresça cerca de 40%. Para diminuir o número de acidentes – no ano passado foram cerca de 60 -, todo o efetivo de policiais estará trabalhando nas rodovias na Operação Finados 2013. O lado positivo desde aumento do fluxo fica para a área do Turismo, que recebe maior procura durante o feriado.

Portanto, seja para trabalhar, viajar ou relembrar os familia-res, o feriado de Finados movimenta Londrina e região. É come-morado por alguns, resguardado por outros, e pauta uma das reportagens desta edição do PreTexto. Boa leitura.

Jornal Laboratório produzido pelo4º ano do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo, da Universidade Estadual de Londrina

Coordenação Editorial(docentes responsáveis):Emerson DiasFábio SilveiraGisele RechLauriano Benazzi

Editor-Chefe:Allyson PallisserChefe de Redação:Giulia Espina

Editores:Adam Escada Ana Teixeira Karen BuenoKeli GevezierLarissa Piauí

Reportagem:Claudia HirafujiRosana ReineriIsabela NicastroMariana MortariGuilherme VanzelaBruna Gonçalves

Diagramação: Beatriz BotelhoLigia GomesDeborah Vacari

Projeto Editorial:Emerson DiasFábio SilveiraGisele RecheLauriano Benazzi

Projeto Gráfico:Erick LopesLaís TaineLauriano Benazzi

Chefe do Departamentode Comunicação:Mário Benedito Salles

Coordenador do Colegiadode Jornalismo:Ayoub Hanna Ayoub

Correspondência:Coordenação do Curso de JornalismoUEL - Universidade Estadual de LondrinaRodoviaCelso Garcia Cid, BR 445, Km 380 CEP 86057-970Londrina – PRTel.: (43) 3371-4328E-mail: [email protected]

PreTexto na Internet:facebook.com/JornalimoUELwww.issuu.com/jornalpretextowww.jornalismouel.com

A expectativa é que, por causa do feriado, o movimento nas estradas da região de Londrina cresça cerca de 40%

CHARGE

Opinião02 23 de outubro de 2013

EDITORIAL

MEMÓRIA

CRÔNICA

Ás vezes eu me pego naquela crise existencial. De ques-tionar os rumos que a vida toma, as escolhas que tenho feito e as atitudes que tenho tomado. E, ultimamente, os questionamentos atingiram o lado profissional, o que

coincidiu com a tal “crise” que muitos afirmam afetar o Jornalismo. O que será da profissão daqui 10, 15 anos, com o amplo acesso à internet e o grande avanço das mídias sociais? O que será do profissional de comunicação quando este se torna cada vez mais dispensável?

Fico aqui pensando se eu não devia ter parado, quando aquela cigana me chamou, na rua, para descobrir o que seria do meu fu-turo. Talvez ela pudesse ter uma teoria que respondesse a todas as minhas dúvidas. Afinal, seria ótimo saber como eu estaria daqui a alguns anos. Mas não, jornalista é curioso, mas também é descon-fiado e, é claro, que eu não acreditaria no que aquela senhora me dissesse. Também porque, acredito que o futuro é a soma do que se faz no presente e, você vai construindo-o com o tempo, driblan-

do as ironias do destino e tendo um próprio desfecho. É dessa forma que pretendo livrar o Jornalismo da crise. Pelo

menos da minha crise, que está ali, me questionando o porquê de não ter feito Direito e concretizado o sonho da minha mãe de me ver na promotoria pública, questionando o porquê de aprender e sofrer com a diagramação na universidade, o porquê de aceitar ganhar menos quando o filho do amigo do seu pai ganha R$8 mil logo após ter se formado, o porquê de não ter a obrigatoriedade do seu diploma, o porquê de ter que conviver, muitas vezes, com a falta de ética nas redações.

E aí eu paro e penso. Penso bastante, penso junto com o senti-mento. Jornalismo envolve paixão, garra, dedicação. Coisa alguma paga a felicidade de ver um texto publicado, de olhar nos olhos daquele senhor desempregado que tem tanto a nos contar, de des-cobrir pessoas diferentes, de eliminar preconceitos, de derramar lá-grimas ou distribuir risos. E sinceramente, eu acredito no Jornalismo do futuro, que vai ser diferente desse de hoje, mas que não perderá sua essência. Os jornalistas estarão aí para impedir que a comuni-cação seja feita só com os meios e a técnicas, sem se esquecer do real sentido do comunicar-se: o de partilha, o de comunhão. É isso que eu espero e acredito fielmente, sem precisar da confirmação da tal senhora cigana.

O futuro ao jornalismo pertenceIsabela Nicastro

E aí eu paro e penso. Penso bastante, penso junto com o sentimento. Jornalismo envolve paixão, garra, dedicação

Finados é pra comemorar?

Em junho de 1996, o Pretexto trazia os números da CODEL Na época, a cidade de Londrina já era polo e atendia 235 municípios da região

UEL: catapultando profissionais ou políticos?

MÉDICOSÉ difícil que exista uma ca-

tegoria profissional que esteja se indispondo tanto com a so-ciedade quanto os médicos. A categoria vem de um enfrenta-mento com o governo federal por conta do programa “Mais médicos”. A crise do Hospital da Zona Norte, em Londrina, é mais um capítulo dessa novela. Depois de duas semanas sem plantonistas no final de sema-na, a explicação do diretor do HZN, Walter Marcondes Filho é de que os médicos preferem fazer plantões na região, em detrimento do Hospital Zona Norte, porque os plantões na região têm menos trabalho, já que o valor pago em Londrina é semelhante ao pago nas cida-des menores. É claro que não dá para lançar todo o peso dos problemas da saúde pública do Brasil na conta dos médicos. Mas alguns deles têm contribu-ído para assumir pelo menos parte desse ônus.

SERCOMTELO projeto de lei 233/2013,

que trata do uso de terrenos públicos como aporte de ca-pital na Sercomtel, esteve na pauta da sessão de ontem da Câmara. A Comissão de Justiça deu parecer favorável à trami-tação do projeto, mas também indicou a realização de uma audiência pública para discutir o assunto. Isso significa que o projeto foi para pauta, mas foi votado apenas o indicativo de audiência pública.

PLEBISCITOCom a “força” de 16.595

assinaturas de eleitores, a As-sociação Novo Estado acaba de protocolar na Câmara o projeto de lei de iniciativa po-pular pedindo plebiscito para decidir o futuro dos serviços de água e esgoto. De acordo com o ex-secretário municipal do Meio Ambiente José Fara-co, presidente da associação, a ideia é de que sejam feitas duas perguntas aos eleitores: se o serviço deve ser municipalizado ou licitado. Faraco afirmou que o plebiscito será um debate ho-nesto, “desde que a população seja esclarecida, tenha subsídios para decidir”.

CÂMARAHá um motivo para a pre-

sença maciça da tropa de cho-que governista na Câmara: o desgaste da administração mu-nicipal e segundo opositores, da líder do prefeito na Casa, Elza Correia (PMDB). As dificulda-des se traduzem no entrave à tramitação de projetos de lei de interesse dos governistas, casos dos aportes de capital da Sercomtel e da CMTU. Há um descontentamento exposto por Elza Correia com o parecer prévio da Comissão de Justiça pedindo mais informações so-bre a empresa que está pedin-do o incentivo. A Comissão de Justiça também quer saber se há espaço no Parque Tecnoló-gico Francisco Sciarra.

A vida universitária faz parte, obviamente, da qualidade da universidade em si. Fornecer qualidade de vida dentro de suas instalações colabora para a formação dos profissionais melhor qualificados

DEBATE

Opinião 0323 de outubro de 2013

PolíticaFábio Silveira

Allyson Pallisser

DespedidaAlunos do 4ª ano de Jornalismo matutino celebram o sucesso do encerramento do curso. Com o professor Emerson Escada, eles fecharam a últma edição do jornal PreTexto aproveitando um delicioso café da manhã. Estiveram presentes, professores e funcionários do depertamento, como o Seo Luis, pessoa querida de quem os alunos levarão o carinho e muitas lembranças positivas por toda a vida

REGISTRO

NAS REDES

[email protected]/JornalismoUEL issuu.com/jornalpretextojornalismouel.com

Confira o PreTexto e as produções dos estudantes do curso de Jornalismo da UEL na internet. Mande seus comentários e sugestões de pauta através do Facebook e do Twitter. Acompanhe também a versão digital dos jornais laboratórios e as produções das demais séries no portal de notícias do curso.

A revista EXAME, publicação mensal, divulgou recen-temente uma lista na qual levanta onze características

nas quais a universidade não prepara o profissional recém graduado, ca-racterísticas estas que são muito bem rebidas pelas empresas. Este quase--jornalista analisa estas características e vê na faculdade na qual conclui sua graduação muitas falhas e necessida-des.

Segundo a revista, em primeiro lugar é necessário ser multicultural. A Universidade Estadual de Londri-na (UEL), possui um agência na qual orienta seus estudantes na conquista de vagas em cursos de universidades mundo a fora. O curso de Comuni-cação Social, entretanto, não possui aliança alguma com cursos em insti-

tuições estrangeiras e não estimula tal prática, as únicas duas estudantes que fizeram um intercâmbio acadêmico até hoje na história do curso, o fizeram mediante acordo com o banco Santan-der. Tendo a universidade uma Asses-soria de Relações Internacionais com foco único para a prática.

Outras características levantadas pela revista podem ser intercaladas, como trabalho em equipe, fazer networking e ser interdisciplinar. Tais características podem ser encontra-das em diversas atividades dentro da UEL, como participar do movimento estudantil, em Centros Acadêmicos e Diretórios de Estudantes ou até mes-mo em organizações privadas, ligadas a Universidade, mas não obrigatoria-mente, como os órgãos do movimen-to estudantil.

A UEL possui diversas empresas júnior e Associações Acadêmicas, que fornecem, em sua maioria, trabalho em equipe, networking e a possibili-dade de ser interdisciplinar. Tudo se for levado a sério, obviamente. Estas atividades são desprezadas por vários órgãos administrativos da universidade, desde a reitoria, passando pelos cen-tros e acabando nos departamentos dos cursos.

A Associação Atlética de Comuni-

cação Social, por exemplo, há mais de um ano protocolou um documento na secretaria do Centro de Educação, Comunicação e Artes da UEL, pedin-do uma sala para suas reuniões e guar-dar seu patrimônio. Documento este que nunca obteve resposta. O que pode ser entendido como descaso e inércia dos representantes administra-tivos da Universidade.

Liderar e gerar pessoas, contratar, negociar e portar-se em uma reunião são características destacadas na revista EXAME e que podemos encontrar também em Empresas Juniores e As-sociações Acadêmicas espalhadas aos pares pela Universidade.

A vida universitária faz parte, obvia-mente, da qualidade da universidade em si. Fornecer qualidade de vida den-tro de suas instalações colabora para a formação de profissionais melhor qua-lificados. A universidade, ao desprezar tais fatos demonstra, em alto e bom som, que não se preocupa com a qua-lidade da formação que ela propõem. A Universidade Estadual de Londrina, com um ex-reitor que ao sair se can-didatou para Deputado Estadual e uma reitora que acaba de se filiar ao PSB, parece mais um trampolim político do que uma instituição preocupada com a qualidade de sua formação.

Marcos Gica

Paraná04 23 de outubro de 2013Rosana Reineri

ExtrasSEGURANÇA

RENÚNCIA

Os deputados paranaen-ses decidiram prorrogar, por mais 60 dias, os trabalhos da CPI dos Pedágios, que ven-ceriam no dia 21 de novem-bro. Segundo o presidente da CPI, deputado Nelson Luersen (PDT), o pedido foi feito porque os parlamentares precisam de mais tempo para realizar as oitivas e a busca de documentos, antes de se de-dicarem à produção do rela-tório final.

NEPOTISMO

O atual prefeito de Man-gueirinha, Albari Guimorvam Fonseca dos Santos, deve pagar duas multas ao Tribunal de Contas do Estado do Para-ná no valor de R$ 2.764,56. O prefeito que foi reeleito para a gestão 2013-2016 teria autorizado em 2009 a nomeação de duas filhas de diretores municipais para cargos em comissão. Os atos configuram nepotismo, no entendimento da Correge-doria-Geral do TCE, prática vedada pelo STF.

OPORTUNIDADE

Ficam abertas até o dia 5 de novembro as inscrições para o Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Secre-taria de Estado da Educação (Seed). O processo é destina-do a compor cadastro de re-serva de professores de todas as disciplinas, pedagogos, tra-dutores, intérpretes de Libras e agentes educacionais para atuar em escolas da rede es-tadual em 2014. Os profissio-nais serão chamados confor-me a necessidade das escolas. O processo seletivo consistirá de análise de títulos, com base nas informações fornecidas pelos candidatos. A inscrição é gratuita e o resultado provi-sório será divulgado em 20 de novembro.

CONCURSO

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) suspendeu o concurso público realizado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em junho, a decisão foi publicada em caráter liminar no dia 22. O TJ acatou um pedido da Pro-motoria de Defesa de Pesso-as com Deficiência proposta pela promotora Solange Vi-centin em abril. A UEL não teria respeitado o percentual de reserva de 5% a 20% do total de vagas do concurso para deficientes físicos. rela-tório final.

Superlotação do sistema carcerário preocupa autoridadesVEP vai transferir 100 presos para melhorar condições do sistema, mas agentes penitenciários podem entrar em greve em janeiro

A Vara de Execuções Pe-nais (VEP) de Londrina vai transferir cem presos de uni-dades prisionais para a Casa de Custódia de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A justificativa da VEP é melhorar as condi-ções do sistema carcerário de Londrina, atualmente en-frentando superlotação. Os presos foram divididos em grupos de 20 e começaram a ser transferidos esta semana.

Segundo o promotor de justiça da VEP Eduardo Di-niz Neto, as transferências estão sendo realizadas sema-nalmente sem divulgação de datas para manter um nível de sigilo necessário para ga-rantir a segurança tanto dos detentos quanto dos agentes penitenciários.

Os presos transferidos são das duas unidades da Pe-nitenciária Estadual de Lon-drina (PEL I e II) e da Casa de Custódia de Londrina. A transferência possibilitará abertura de vagas no siste-ma penitenciário do muni-cípio, atualmente atuando no limite. Essas vagas serão ocupadas por detentos das carcerárias com intenção de melhorar a situação de su-perlotação nessas unidades.

Para o coordenador da Pastoral Carcerária da Arqui-diocese de Londrina, Padre Edivan dos Santos, a situação enfrentada pelo sistema car-cerário chega a ser perigosa para os detentos e funcioná-rios. “Com o sistema elétri-co sobrecarregado, corre o risco de incêndio no sistema público. Seria uma carnifici-na”, desabafa.

Um dos agravantes das más condições do sistema

carcerário londrinense é o número excessivo de comar-cas atendidas. Segundo Edu-ardo Diniz Neto, Londrina recebe hoje detentos de 33 comarcas, chegando a mais de 100 municípios, o que culminou no número de pre-sos muito acima do limite.

O Padre Edivan dos San-tos comenta que a transfe-rência foi uma medida ne-cessária para melhorar as condições de vida dos presos no sistema carcerário, mas o ponto negativo é a perda do contato familiar. “Isso pre-judica a relação dos presos com a família. Esse é o dado ruim. Afasta o preso de sua família, pois os parentes que o visitavam sempre podem não ter condições de visitá--lo com frequência em outro município”, relata.

Para o padre, o funciona-mento das punições no Brasil

Mariana Mortari

Keli Gevezier

Paraná lidera ranking de emprego industrial EMPREGO

A PEL I é uma das penitenciárias de Londrina que terá presos transferidos

Ricardo Chicarelli

deveria ser revisto de forma a garantir uma mudança mais eficaz na situação dos siste-mas penitenciário e carce-rário. “O Brasil só pensa em encarcerar. É hora de pensar em encarceramento como última opção e adotar outras formas, medidas alternativas à pena”, defende.

Outra preocupação a respeito do sistema peni-tenciário de Londrina são as condições de trabalho dos agentes, que anunciaram possível greve para janeiro do ano que vem, se o gover-no não atender às reivindica-ções da categoria.

Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes Peni-tenciários de Londrina (Sin-darspen), Adilson de Moura, o trabalho é tenso por conta do baixo número de funcio-nários atuando no sistema. O sindicato requer a con-

tratação de mais servidores, dentre eles médicos, psicó-logos e advogados, para ga-rantir qualidade de vida para o preso. Para Adilson, “essa falta faz com que presos de facções conquistem os de-mais”.

Dentre as reivindicações do Sindarspen, destacam-se a contratação de servido-res, a permissão do porte de armas para a categoria, aposentadoria especial e re-posição sobre o Adicional de Atividade Penitenciária (AAP). A justificativa do sin-dicato para a aposentadoria especial é a expectativa de vida dos agentes penitenciá-rios que, segundo o wdire-tor, não passa de 50 anos. A categoria aguarda retorno do governo a respeito da re-posição salarial de 23,37% sobre o AAP, prometida para janeiro de 2014.

A indústria do Paraná se manteve em primeiro lugar no ranking brasileiro do emprego industrial nos últimos 12 meses, com alta de 0,8%, na oferta de vagas pelo setor de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, realizada pelo Instituto

Keli Gevezier Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As atividades industriais do Estado que apresentaram melhor desempenho na abertura de empregos foram: têxtil, fumo, produtos químicos, alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos e refino de petróleo e álcool. No mesmo período,

o número de postos de trabalho na indústria nacional caiu 1%.

O Paraná mantém o bom desempenho apesar do registro de queda de 0,8%, no emprego industrial, no comparativo de agosto de 2013 com o mesmo mês do ano passado. Na média brasileira, houve retração de 1,3%, para o mês,

com redução de postos de trabalho em treze dos 14 locais pesquisados pelo IBGE.

No acumulado de janeiro a agosto de 2013, o emprego nas unidades industriais do Paraná avançou 0,7%, contra uma baixa de 0,8%, para o Brasil. (Com informações de Odiario.com).

Londrina 0523 de outubro de 2013

FALTA DE TEMPO

Tido como prioridade na gestão do prefeito Ale-xandre Kireeff (PSD), as leis complementares do Plano Diretor ainda pen-dentes na Câmara Munici-pal de Londrina vão ficar para o ano que vem. Tan-to o presidente, Rony Al-ves (PTB), quanto a líder do Executivo, Elza Cor-reia (PMDB), admitem que não há tempo hábil para apreciar os textos que já chegaram ao Le-gislativo, mas que depen-dem de nova redação a ser enviada pelo Executi-vo. A aprovação do Plano Diretor de Londrina foi definida como prioridade na primeira reunião entre o prefeito e a Mesa Exe-cutiva, ainda na primeira semana da atual gestão.

LEMBRANÇAS DO TEMPORAL

O mutirão de limpeza promovido pela Secreta-ria Municipal do Ambiente (Sema) no sábado conse-guiu retirar apenas 33% dos galhos espalhados pe-las ruas e avenidas de Lon-drina desde que a cidade foi atingida por um tem-poral em 22 de setem-bro. Em virtude disso, um novo mutirão será realiza-do no próximo sábado, 26 de outubro. Da previsão inicial de recolher galhos, troncos e folhagem em 450 pontos, foi possível atender apenas 153 locais.

SEM PREVISÃO

Vai demorar mais um pouco para começar a re-ceber o troco pelo uso da Zona Azul em Londrina. O projeto de lei de Mário Takahashi (PV) foi aprova-do, na semana passada, em primeira discussão, mas foi retirado ontem de pauta por dez sessões. O vereador já havia dito que pretendia discutir melhor o texto com a Escola Pro-fissional e Social do Menor de Londrina (Epesmel) e o prefeito Alexandre Kireeff (PSD).

LEI

O governador Beto Richa sancionou nesta se-mana uma lei que decla-ra de utilidade pública o Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (iNESCO). O instituto, com sede em Londrina, promove a for-mação de profissionais de saúde, em graduação e pós-graduação e atua com organização dos sistemas e serviços de saúde, entre eles o SUS no Paraná.

FINADOS

RondaKeli

GevezierTúmulos recebem limpeza e reforma para o Dia de FinadosA expectativa é de que pelo menos 200 mil pessoas visitem os treze cemitérios da cidade

Às vésperas do Dia de Fina-dos, o trabalho de limpeza e re-forma de túmulos se intensifica. Afinal, há prazos a serem cum-pridos. As reformas podem ser feitas até o dia 28, pinturas até o dia 29 e limpeza até o dia 30 de outubro. Para fazer pintura e limpeza a Administração de Ce-mitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf) não precisa ser avisada, já para a realização de obras é preciso retirar uma licença e pagar uma taxa, que varia de R$ 21,00 a R$ 47,00 por edificação, dependendo do tipo da reforma.

Segundo a superintendente da Acesf, Sônia Gimenez, as da-tas são necessárias para que haja tempo para a retirada de resídu-os, contribuindo para que os cemitérios estejam aptos a rece-ber a população no feriado do dia 2 de novembro. “No iníco de outubro foram retiradas cer-ca de 17 toneladas de resíduos dos 13 cemitérios da cidade. A retirada foi necessária para que pudéssemos dar uma resposta à população, que buca um espaço limpo para a visitação no Dia de Finados”, explicou Sônia.

O coveiro Valdecir Aran-da, que há 19 anos trabalha na Acesf, afirma que a data é es-pecial. “A gente trabalha o ano todo para o feriado de Finados. É um grande evento pra nós.” Quando o mês de novembro se aproxima, o dia de trabalho de Valdecir vira uma correria. Além dos sepultamentos diários que realiza, ele precisa fiscalizar a limpeza e a reforma dos tú-mulos. Nesta época do ano, o trabalho dobra.

Isabela Nicastro

Isabela Nicastro

Novo cemitério na cidade

De acordo com Sônia, há uma busca intensifica-da por uma área que possa servir como espaço de um novo cemitério para a cidade. No entanto, ainda não há uma área definida. “Por enquanto, toda a movi-mentação da Acesf se dá em torno do dia de Fina-dos. Após esse dia, estaremos trabalhando com mais afinco em torno da definição desta área”, explicou.

A proposta é a de construção de um cemitério vertical. Atualmente, os espaços detinados aos cemitérios tradicio-nais devem ser otimizados e, para isso, a proposta de verti-calização é ideal. Além disso, a intenção da Acesf é construir um crematório regional, o que contribuiria para minimizar os resíduos e, consequentemente, os impactos ambientais. Sônia Gimenez,

superintendente da Acesf

A faxineira Conceição Apar-ceida Benat faz a limpeza parti-cular dos túmulos do Cemitério São Pedro, localizado na Rua Alagoas, 825. Em companhia da filha, ela chega a limpar cerca de dez túmulos por dia nas sema-nas que antecedem os Finados. Conceição faz esse trabalho há 20 anos e garante que a pro-cura maior se dá nos últimos dias que antecedem o feriado. “Muitas pessoas nos procuram na última hora, aí o trabalho acumula. Alguns túmulos levam mais de meia hora para serem

limpos, pois, geralmente, estão há muito tempo sem limpar”. Para o trabalho, Conceição e a filha utilizam vassoura, muito detergente e limão. “O limão é importante para dar brilho aos letreiros e placas de bronze”, explicou.

Já Adão Gonçalves trabalha com marmoraria desde 1970. A procura nessa época é de re-vestimentos de cerâmica e de granito nas sepulturas. “O obje-tivo é deixar com uma boa apa-rência e, por isso, nas semanas perto do Finados, o trabalho au-

menta. Todo mundo quer tudo pronto para o tão esperado dia de visitas”, afimou Adão. Ao final do trabalho, ele garante retirar todos os resíduos que sobraram das obras.

A expectativa de visitação aos cemitérios no Dia dos Fi-nados é de 200 mil pessoas. O horário para visitação será das 7h às 18 h. O maior número de visitantes deve ser observa-do durante a manhã e no final da tarde. Portanto, a dica para evitar tumultos é visitar entre o meio dia e 15h.

Adão Gonçalves, no serviço de revestimento dos túmulos

Campus 23 de outubro de 201306

ligados à Incubadora Tecno-lógica de Empreendimentos Solidários (INTES) da UEL. Há quase 10 anos, a INTES, formados por integrantes de diversas áreas, proporciona apoio às cooperativas, asso-ciações e grupos de trabalho coletivo auxiliando naquilo

Pés no presente e olhos no futuroCom o semestre terminando, muitos estudantes correm para cumprir o prazo de entrega dos TCCs e se preparam para as apresentações

Uma pilha de livros em cima da mesa, noites em claro e litros de café. Este provavelmente é o cenário em que se encontra a maioria estudantes da Uni-versidade Estadual de Londri-na (UEL) que estão prestes a deixar os bancos acadêmicos. Isto porque, ao final da gradu-ação, há o chamado Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que os acompanham tirando--lhes o sossego. Vinicius Tashi-ma que o diga. O estudante de Educação Física corre contra o tempo. “Estou muito preocu-pado porque o prazo já está terminando. Nem sei se vou conseguir me formar. Está mais difícil sair da universidade com diploma do que passar no ves-tibular”.

As regras deste trabalho aca-dêmico de caráter obrigatório e instrumento de avaliação final variam de acordo com as espe-cificidades de cada curso. Já ao final, o processo é semelhante, consistindo na apresentação do material a uma banca julgadora. Marcelo Cavalini de Araujo ex-plica que em seu curso de Ad-ministração há três formas de elaborar o trabalho: pesquisa científica, consultoria e criação de empresa. Motivado pelo seu espírito empreendedor, Araujo

Por Extenso premia três projetos de extensãoAssessoria realizada pelo grupo INTES para o desenvolvimento das atividades agrícolas de um grupo de mulheres assentadas ganha a primeira colocação

Cláudia Hirafuji

Ao final do II Simpósio Por Extenso que ocorreu entre os dias 9 e 10 deste mês, três projetos exten-sionistas foram premiados no evento. Foram expos-tos mais de 150 pôsteres ligados a várias áreas te-máticas da extensão da Universidade Estadual de Londrina (UEL), entre elas Saúde, Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Edu-cação, Tecnologia e Pro-dução, Comunicação, Tra-balho e Meio Ambiente.

O tema do projeto clas-sificado em primeiro lugar é “Assessoria para Desen-volvimento do Grupo de Mulheres do Assentamen-to Libertação Campo-nesa”, desenvolvido por uma equipe de estudantes

Giulia Espina

Por Extenso

Cláudia Hirafuji

O estudante de Educação Física Lucas Massoni durante uma sessão de teste para a pesquisa de seu TCC

Integrantes do grupo vencedor em reunião após a divulgação do prêmio Por Extenso.

que o empreendimento ne-cessita com base nos princí-pios da Economia Solidária. A sua intervenção contribui para a inserção política, so-cial e econômica do grupo na sociedade.

A partir do interesse de um grupo de mulheres, mo-

radoras do Assentamento Libertação Camponesa em Ortigueira em produzir e vender produtos agrícolas em conjunto, o grupo pro-pôs o assessoramento em diversos aspectos como a comercialização, a gestão administrativa, a agroecolo-gia e a formação de hortas para a entrega dos produ-tos ao Programa de Aqui-sição de Alimentos (PAA). O projeto visa formalizar o negócio e dar condições de autonomia e auto-gestão às mulheres.

Além dos prêmios mate-riais como mochila, garra-fa térmica e caneca, Diego Henrique de Souza Javara, estudante do 2º ano de Ser-viço Social, que foi respon-sável por escrever e subme-ter o projeto, ressalta que a maior recompensa foi o re-conhecimento pelo trabalho

desenvolvido.Em segundo lugar fi-

cou o projeto intitulado “Desenvolvimento de software de avaliação de feridas”, da estudante Ta-mires Mendonça da Silva. E em terceiro, o projeto da estudante Fernanda de Souza com o tema “Jornal na escola: elemento in-centivador da leitura e da escrita”.

Ainda foram oferecidos prêmios de incentivo aos estudantes André Miguel com o projeto “Programa Paranaense de Certifica-ção de Produtos Orgâ-nicos”, o estudante Caio Garcia com o projeto “Curso de Formação de Tutores em Robótica Edu-cacional” e Isabella Panho com o projeto “O Direito Infanto-juvenil e a educa-ção”.

Cláudia Hirafuji

optou pela abertura de uma loja de roupas infantis. O princi-pal objetivo é avaliar a viabilida-de de sua implantação.

Victor Fattori explica que no curso de Farmácia o TCC pode ser realizado em forma de monografia ou artigo, po-dendo ser teórico, prático ou experimental. De acordo com o estudante, o primeiro mode-lo segue as normatizações da

ABNT, enquanto a outra se ba-seia nas normas da revista que se pretende publicar. Ao atuar em um laboratório cuja linha de pesquisa é a dor, a inflamação, a neuropatia e o câncer, o es-tudante pesquisou sobre a efi-cácia da curcumina (composto com atividade anti-infamatória e antioxidante).

O estudante de Educação Física, Vinicius Tashima optou

por defender em um artigo científico a análise da glicemia e do colesterol em mulheres obesas entre 40 e 60 anos de idade que foram submetidas a determinados treinamentos. Já Lucas Massoni Pulici, da mes-ma área, escolheu verificar os efeitos da ação muscular na resposta cardiovascular antes e após o exercício físico.

Uma das reclamações mais

comuns é a sobrecarga no últi-mo ano do curso. Tashima ex-plica que além da preocupação em realizar o TCC, que já ocu-pa bastante tempo, devem ser cumpridas, ao longo do ano, 12 matérias com suas provas e trabalhos, além do estágio. “É muito puxado e desgastante. Estou ansioso para que o dia da entrega do trabalho chegue logo para eu tirar um peso das minhas costas”, desabafa Arau-jo.

Com a aproximação da data da entrega e do final do curso, sensações de liberdade, de dever cumprido e de no-vos desafios já tomam conta. A um passo para estarem fora da Universidade, muitos já sabem exatamente o que querem para o futuro. Fattori é firme em sua reposta: “Após o térmi-no da graduação pretendo en-trar de vez na área acadêmica. Vou prestar o mestrado e de-pois o doutorado pelo Progra-ma de Patologia Experimental da UEL”. Araujo também está decidido. Se não for efetivado na empresa onde está esta-giando, fará um intercâmbio para aperfeiçoar o seu inglês e quando voltar fará inscrições para trainee. Entretanto, ad-mite que concluir o seu TCC, por enquanto, já está de bom tamanho.

ESTUDOS

Campus 0723 de outubro de 2013

PerobaAdam

Escada

CONCURSOS DE MODA

Três estudantes da UEL, dois do curso de Design de Moda, e um do curso de es-pecialização em Moda são finalistas de concursos para-naenses do setor da Moda. São iniciativas que reconhe-cem novos talentos da área, além de estimular o potencial criativo dos alunos.

Gustavo Neves e Fer-nando Steinbrenner estão entre os 13 finalistas do 10º Prêmio João Turin, realizado anualmente em Curitiba. Já Breno Lorenzoni, é finalista da 13º edição do Concurso Paraná Criando Moda.

O desfile e a premiação do Concurso Paraná Crian-do Moda será no dia 30 de outubro, às 20h30, em Ma-ringá.

ELEIÇÃO DCE

As eleições para o Diretó-rio Central dos Estudantes da UEL (DCE) serão realizadas nos dias 29 e 30 de outu-bro. Quatro chapas irão dis-putar a eleição para a gestão 2014/2015

As chapas inscritas são a Mobiliza UEL, Vem Toda UEL, Necessidade e Vontade e a Desamarrem os Laços. Cada chapa é formada por sete estudantes de diversos cursos de graduação, nos car-gos de presidente, vice-presi-dente, 1º e 2º secretário, 1º e 2º tesoureiro e Orador.

Nos dias 24, 25 e 28 de outubro estão previstos deba-tes entre as chapas, em locais ainda a ser definidos. No dia da eleição haverá uma urna em cada Centro de Estudos, e também na COU, no HU e no RU. Para votar o estudante deverá apresentar documen-to com foto.

SEMANA DE COMUNICAÇÃO

Estão abertas as inscri-ções para a V semana de Comunicação. A abertura será na próxima terça-feira (29/10) com a palestra da re-pórter, da Caros Amigos, Li-lian Primi. O evento encerra na sexta-feira (01/11) com a palestra de Almir Freitas (ex--Bravo) sobre Comunicação Cultural.

A semana é uma promo-ção do Centro Acadêmico de Comunicação (CACOM) e a taxa de inscrição custa R$15,00 para as palestras e R$5,00 para as oficinas. As inscrições podem ser feitas com qualquer membro do CACOM e cada participante receberá um certificado de 40 horas.

A abertura da exposição itinerante “40 memórias: 40 anos de RP” marcou o início das comemorações do ani-versário de 40 anos do cur-so de Relações Públicas (RP) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), nesta ter-ça à noite. Esta exposição que consiste na exibição de 40 fragmentos relevantes da história do curso, bem como curiosidades e histó-rias de experiências de ex--alunos, foi desenvolvido por um grupo de oito estu-dantes do segundo ano de RP, matutino.

Segundo uma das inte-grantes desse grupo, De-bora Facci, 19, este trabalho está relacionado à disciplina de Eventos, que eles tem de cumprir neste período do curso. As turmas do segun-do ano, matutino e noturno, foram divididas em duas, en-tão são quatro grupos reali-zando eventos direcionados às comemorações dos 40 anos do curso que se esten-derão até o final do ano que vem, uma vez que “o ani-versário, mesmo é no dia 1º de agosto do ano que vem”, explica. O grupo dela ficou encarregado da exposição, enquanto os outros alunos da turma serão os respon-sáveis pela organização de uma mesa redonda com ex-alunos convidados para a abertura da Jornada de RP, em novembro. Os dois grupos do período noturno farão uma mostra de relan-çamento do jornal Espaço, produzido pelos alunos do curso durante anos, e um calendário das atividades do curso, no qual cada mês será ilustrado com uma fotografia antiga, do próprio curso.

ComemoraçõesA coordenadora do curso

de RP da UEL, Maria Amélia Pirolo, explica que a progra-mação das comemorações do 40º aniversário do cur-so contará com atividades envolvendo os alunos. Ela explica que para que isto ocorra, efetivamente, todas as disciplinas do curso estão mobilizadas a produzir ma-terial para esta comemora-ção.

Segundo ela, as come-morações tem por objetivo a divulgação do curso de Comunicação da universi-

Rosana Reineri

Exposição organizada por alunos de Relações Públicas da UEL abre comemoração dos 40 anos do curso

Programação parcial de comemoração dos 40 anos do curso de RP

dade. Ela conta que desde a criação muitos desafios foram enfrentados para que ele se tornasse um curso nacionalmente respeitado como, de fato, é hoje. “Esta seria a melhor hora de se mostrar os frutos deste tra-balho”, complementa.

Considerações sobre o curso

Tanto Debora como seus companheiros de grupo, Letícia Mingoni, 20; Victó-ria Paludetto, 19; Guilher-me Carvalho, 19; Amanda Bueno, 19; Sara Takase, 21 e Marilda Otinta, 22, acre-ditam que o curso de RP oferecem aos alunos pro-fessores bem preparados e suporte para que eles se desenvolvam na academia e tenham condições de se destacar no mercado de tra-balho.

Debora comenta que, como em todo curso, exis-tem coisas que poderiam ser melhoradas, como a estrutura física oferecida e a quantidade e qualidade dos laboratórios, no entanto, na visão de Guilherme estas coisas acabam não mudan-do por falta de iniciativa e acomodação dos próprios alunos, que, segundo ele, são muito menos engajados que os ex-alunos pesquisa-dos para a realização da ex-posição.

Outro ponto destaca-do por Guilherme é o fato de o empenho do aluno ser determinante para uma boa formação. “Não adian-ta o aluno só ficar esperan-do para a universidade. Eu acho que a UEL dá bastante base, RP é um curso que te prepara para o mercado de trabalho, mas o desempe-nho de cada um depende do seu próprio esforço. Se o aluno não for atrás de fa-zer um estágio, participar de um projeto de pesquisa, de uma monitoria, esta práti-ca, vai fazer falta pra ele lá na frente. O aluno está mais habilitado para o trabalho quando ele já vem desen-volvendo o que aprendeu dentro dos quatro anos do curso”, acrescenta.

Resultados alcançadosDe acordo com a coor-

denadora, o aluno formado pelo curso de RP “sai daqui com uma visão bem genera-lista, a gente brinca que eles cabem em qualquer lugar,

2013

22 de outubro – Lançamento da Exposição Itinerante “40 memórias: 40 anos de RP” (estará no CECA de 22 a 25/10; CESA de 29 a 31/10 e Biblioteca Central, de 4 a 7/11 – retorna ao CECA no dia 11/11)

30 de outubro – Mostra de relançamento do Jornal Espaço

Final de 2013 / início de 2014 – Lançamento da revista impressa comemorativa (data a ser definida)

2014

Fevereiro – Lançamento do Portal RP (data a ser defini-da)

14 a 16 de maio – Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp) – Local: UEL

Agosto – Simpósio de Comunicação Popular e Comuni-tária (data a ser definida)

Agosto – Evento de Comunicação Transcultural (data a ser definida)

21 de agosto – IX Conferência Brasileira de Comunica-ção Eclesial (Eclesiocom)

Adam Escada

A organização da exposição ficou a cargo de um grupo de estudantes do segundo ano matutino.

tanto em uma pequena em-presa quanto em uma multi-nacional. Agora ele tem que sair com os fundamentos da profissão bem definidos.Se ele tiver esta visão ele con-segue se virar no mercado e uma hora ele encontra o es-paço dele”. Mas ela admite que por mais que os profes-sores se esforcem, sempre vai acontecer de um ou ou-tro não sair 100%, porque a gente sabe que existem alguns alunos que se em-penham mais que outros”, pontua.

No entanto, de acordo com Maria Amélia, os resul-tados alcançados atendem as expectativas “pelo menos as nossas” (risos). O fato é que, segundo ela, 70% do

quadro de comunicadores da Petrobrás é formado pela UEL, contratados por meio de aprovação em concur-so público. Nas principais empresas estatais do Brasil existem comunicadores for-mados pela UEL. “Se for-mos pensar em Embrapa, a coordenadora geral de co-municação interna é RP ex--aluna nossa, a Juciane. No último concurso público que a Embrapa realizou entra-ram três comunicadores for-mados pela UEL, os três que entraram já são gerentes de comunicação cada um em seu lugar: um em Belém do Pará, outro em Teresina e o outro no Rio de Janeiro” e brinca, “Não dá uma alegria e meia?” (risos).

EMPREENDEDORISMO

“40 memórias, 40 anos de RP”

Geral08 23 de outubro de 2013

Karen Bueno

Campo de Libra é divididoO maior reservatório de petróleo do país é leiloado à empresas estrangeiras Unidos

O campo de Libra, que faz parte da bacia de Santos do pré-sal, foi leiloado na úl-tima segunda-feira (21). Esse reservatório recém-desco-berto é a maior fonte de pe-tróleo do país e tem recur-sos recuperáveis entre oito e 15 bilhões de barris – quase toda a reserva do Brasil após 60 anos de atuação da Pe-trobras. O leilão foi vencido por um superconsórcio li-derado por Petrobras (10%, mais os 30% obrigatórios), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada).

A venda inaugurou um modelo inédito de leilão no país, segundo o governo fe-deral, num sistema de par-tilha. Em pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff negou que estariam privati-zando o petróleo brasileiro. “O modelo de partilha que nós construímos significa também uma nova conquista para o Brasil. Com ele, esta-

VAZOU

Os serviços secretos dos Estados Unidos inter-ceptaram 70,3 milhões de chamadas telefônicas na França, além de espionar as embaixadas francesas em Washington e Nova York, informou nesta terça-feira (22) o jornal francês “Le Monde”. As ligações vigia-das foram registradas em apenas 30 dias – entre finais de 2012 e início de 2013.O periódico apresentou do-cumentos da Agência Na-cional de Segurança (NSA) dos EUA, detalhando os métodos e os dispositivos eletrônicos usados para vi-giar as ligações diplomáticas francesas no país.

Em um documento de agosto de 2010, retirado da direção de informação eletrônica da NSA, fica evi-dente como as informações das chancelarias estrangei-ras, em particular a da Fran-ça, tiveram um importante papel na votação de uma

Pena para homicídio pode aumentar

O projeto de lei que aumenta as penas mínimas para crimes de homicídio simples (aquele que não têm agravantes) e qualificado (que possui agravan-tes) foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

O homicídio

França é novo alvo da espionagem americana

Noronha é membro efetivo do TSE

O ministro João Otávio de Noronha que mantinha o cargo de ministro subs-tituto, desde maio deste ano, tornou-se membro efetivo do Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE). Noro-nha irá ocupar a vaga dei-xada pelo ministro Castro Meira, que vai se aposen-tar durante o mês de se-tembro.

É válido mencionar que, no mínimo, sete mi-nistros compõem o TSE,

Aumenta o acesso ao exame de mamografia

Entre 2010 e 2012 au-mentou em 37% o acesso de mulheres entre 50 e 69 anos ao exame de mamo-grafia oferecido pelo Siste-ma Único de Saúde (SUS). Esta parcela da população feminina é considerada prioritária pelo Ministério da Saúde, já que, depois dos 35, a incidência do câncer de mama aumenta progres-sivamente.

Foram feitos no total 4,4 milhões de mamografias

três destes são do Supre-mo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal deJustiça (STJ) e os outros dois são nomeados pelo presidente da República dentre seis advogados in-dicados pelo Superior Tri-bunal Federal.

O ministro Noronha é especialista em direito do trabalho e direito proces-sual civil, formou-se na Fa-culdade de Direito do Sul de Minas Gerais.

pelo SUS, o que repre-senta um crescimento de 26% em relação a 2010. Ano passado o Ministério da Saúde in-vestiu R$ 92,3 milhões para aumentar o acesso ao exame.

É importante ressaltar que em 2010 morreram 12.705 mulheres e 147 homens em decorrên-cia do câncer de mama. Em 2011, foram 13.225 mortes pela doença.

simples, que antes tinha pena mínima de seis anos, pas-sa para dez anos de reclusão. Já o homicídio qua-lificado sobe de 12 para 16 anos. Para ser validado o projeto precisa ainda ser vota-do pelo plenário da Câmara e, se aprovado, seguirá para o Senado.

PRÉ-SAL

País teria 70,3 milhões de chamadas telefônicas interceptadas

codinomeinformação.blogspot.com

As denúncias de Edward Snowden, ex-agente da NSA, desencadearam uma série de descobertas sobre a espionagem americana.

mos defendendo um equilí-brio justo entre os interesses do Estado brasileiro e os lu-cros da Petrobras e das em-presas parceiras. Trata-se de uma parceria onde todos sai-rão ganhando”, disse a presi-dente. “Pelos resultados do leilão, 85% de toda a renda a ser produzida no Campo de Libra vão pertencer ao Esta-do brasileiro e à Petrobras. Isto é bem diferente de pri-vatização”, completou.

Ao longo de todo o dia o leilão foi alvo de protestos no Rio de Janeiro, onde foi rea-

lizado, e também de críticas da oposição no Congresso, em Brasília. Segundo o jor-nal Folha de S. Paulo, cerca de 200 pessoas protestam durante a noite, em fren-te à Câmara Municipal, no centro do Rio. No início da noite, o grupo se reuniu em frente à sede da Petrobras. Mais cedo, pelo menos oito pessoas ficaram feridas numa manifestação próxima ao ho-tel onde foi realizado o leilão. A Força Nacional usou balas de borracha para conter os manifestantes.

A maior reserva de petróleo do país fica na Bacia de Santos

Ilustração

Integrantes da Força Nacional reagiram contra os manifestantes

peixecombatatanews.blogspot.com

Karen Bueno resolução no Conselho de Segurança da ONU que im-punha mais sanções ao Irã por seu programa nuclear.

O jornal Le Monde re-velou o caráter massivo da espionagem america-na sobre as comunicações emitidas na França. O fato

teve como base os dossiês revelados pelo ex-agente da NSA Edward Snowden. O presidente francês Fran-çois Hollande, que pediu explicações ao presidente americano, Barack Obama, manifestou “sua profunda reprovação a essas práticas inaceitáveis entre aliados e amigos”, já que, segundo ele, “atentam contra a vida privada dos cidadãos fran-ceses”, segundo a agência EFE.

O presidente francês François Hollande, que

pediu explicações ao presidente americano,

Barack Obama

Esporte 0923 de outubro de 2013

Pena para homicídio pode aumentar

Meninos de 5 a 15 anos treinam nas escolinhas para serem jogares profissionais

Bruna Gonçakves

Crianças buscam o sonho de serem jogadoras profissionaisLondrina possui várias escolas de futebol para crianças que juntas somam mais de 900 alunos em busca se profissionalizarem no esporte

Chute Inicial Corinthians Londrina, Boca Juniors Lon-drina, Meninos da Villa Escola de Futebol, Academia de Fu-tebol São Caetano de Londri-na... opções não faltam para as crianças poderem se exercitar, fazer amizades e tentar alcan-çar o sonho de ser um jogador de futebol. “Todo mundo quer ser o Messi ou o Ronaldo, o difícil são os pais aceitarem isso como carreira”, conta Felipe Veloso, dono da Academia de Futebol São Caetano de Lon-drina. Apesar dos pais não apoiarem que seus filhos sigam na profissão, eles veem o cres-cimento da criança quando participa de esportes coletivos.

Os treinos são três vezes na semana e há vários campe-onatos municipais e estaduais, como a Liga Futebol Sub-15, Copa Escolinha e as copas em parceria com os times gran-des, assim, quem quiser ter uma chance de jogar, precisa se esforçar, participar dos trei-nos e ainda ir bem na escola. “Muitos pais veem procurar a gente porque o filho está mal na escola, não está co-mendo direito ou está sendo mal-educado. Quando isso acontece, nós falamos que o menino só vai poder jogar quando melhorar e isso mo-tiva muito”, afirma Glênio de Souza, professor da Escola do São Caetano. Os treinos tra-zem muita disciplina e tanto Felipe como Glênio contam com orgulho que o mais boni-to de trabalhar nas escolinhas é ver a criança crescer e ver que eles estão formando ver-dadeiros cidadãos. Esse é um ponto muito forte nas escolas de base, Eduardo Henrique Filho, coordenador da Chute Inicial Corinthians Londrina explica que tem criança que quer ser profissional, mas tem aqueles que buscam pelo es-porte mesmo, por isso o lema da escola é “futebol com arte e disciplina”.

Mesmo que não seja uma carreira fácil de se começar, Londrina já exporta alguns jovens talentos, como o Ga-briel Olimpio, que treina na Boca Juniors Londrina, e está fazendo a avaliação para o Cruzeiro. Vânia Borges, coor-denadora da escola, comenta que em dois anos que Gabriel treina, ele não faltou mais de três vezes, mesmo morando em Sertanópolis. Vânia ainda conta que a maioria dos alunos não é de Londrina, mas da re-gião, como Primeiro de Maio

NA BRIGA PELO TÍTULO

Dois times do Iate Clu-be de Londrina disputam neste sábado e domingo a terceira e última etapa do 19º Campeonato Brasileiro de Caiaque Pólo na cidade de Massaranduba (SC). O Iate Grilos Team, formado por jogadores sub-21, e o Iate Londrina vão brigar pelo título contra o tradi-cional São Pólo, da capital paulista. As equipes londri-nenses venceram uma eta-pa cada um.

Além de definir o cam-peão, a última etapa em Santa Catarina também servirá para selecionar os atletas que defenderão o Brasil no Campeonato Pan--Americano de Caiaque Pólo. A competição reuni-rá a nata da modalidade na América nas imediações do Iate Clube de Londrina, no Lago Igapó, dos dias 7 a 10 de novembro.

GRAND PRIX DE FUTSAL

O Brasil fechou a pri-meira fase do Grand Prix de futsal como líder do Grupo A. Com 100% de aprovei-tamento, três vitórias em três jogos, a seleção bra-sileira terminou a primeira fase com nove pontos.

Na semifinal, o Brasil enfrenta o Paraguai, que garantiu a vaga após golear a Guatemala por 5 a 0. Os jogos acontecem no próxi-mo sábado (26) no Ginásio Chico Neto, às 11h ho-ras na cidade de Maringá. Nas bilheterias, os ingres-sos custam R$ 30 e R$ 15 (meia). Todas as entradas para a final que acontece no domingo (27) já foram vendidas.

FUTEBOL FEMININO

O Foz Cataratas segue com 100% de aproveita-mento na segunda fase do Campeonato Brasileiro de futebol feminino. Na tar-de desta terça-feira (22), no Oeste paranaense, as donas da casa venceram o Vitória (PE) por 2 a 0. Com o resultado positivo, a equipe comandada pelo técnico Gezi Damaceno chegou a seis pontos, e li-dera o seu grupo.

A próxima partida do Foz Cataratas no torneio nacional será contra o Ti-radentes (PI), novamente em casa, mas somente no dia 13 de novembro. O Brasileiro será paralisado para a disputa da Copa Li-bertadores da categoria, em Foz do Iguaçu. A final do Brasileirão Feminino está marcada para o dia 4 de dezembro.

Entre Linhas

e Jataizinho. Outro talento londrinense é o José Leite, do sub-11 da escolinha do Corin-thians e que vai toda semana para São Paulo para treinar e jogar no próprio Corinthians. E tem outros ainda no Londri-na Esporte Clube, no Palmei-ras e no Ponte Preta.

Samuel Jarjua, de 11 anos, já treina há seis anos na escola do São Caetano e quer seguir a carreira no esporte. Ele co-meçou a jogar porque ia sem-pre com o avô buscar o irmão e um dia o técnico perguntou se ele não queria treinar e foi aí que tudo começou. Os trei-nos ajudaram-no na escola e diz que dentro de campo não tem diferenças, “eu jogo com os meninos de 15 anos tam-bém e é todo mundo jogador igual”, conta.

A paixão não fica só nas crianças, todos que se envol-vem de alguma maneira com o esporte, se encantam com ele, “o dia que não estou no campo, parece que falta algu-ma coisa”, fala Glênio. Felipe conta que foi a paixão pelo fu-tebol que o fez abrir a escola, “como toda criança, eu que-ria ser jogar de futebol, mas como não deu certo, estudei Educação Física e abri a escola para me manter perto do es-porte”. E a escolha pelo São Caetano não foi por ser torce-dor do time, “na verdade, eu sou corinthiano. Mas escolhi o São Caetano por ser um time neutro, que ninguém odeia, assim viria torcedor de qual-quer time treinar aqui”, explica Felipe.

O relacionamento com os alunos não é somente profis-sional, os professores contam que muitos não se sentem a vontade para conversar com os pais e acabam procurando apoio na escola. Glênio fala que uma das belezas da pro-

E as meninas?Nas escolinhas há poucas meninas que treinam junto com os

meninos e não é por falta de vagas ou falta de respeito em campo, “os meninos respeitam muito as meninas, mas o problema é o preconceito das outras pessoas”, desabafa Glênio. Muitas vezes as meninas sofrem preconceito da família, achando que porque ela treina, ela é “sapatão” e, por isso, muitas param de jogar.

Felipe conta que ano passado o São Caetano conseguiu fechar um time só de meninas, mas ela não tinham contra quem competir e isso as desmotivou a continuar, “por mais que a gente feche um time aqui, não tem campeonatos, não tem outros times”, explica.

Apesar de o Brasil ser o país do futebol, ainda há mui-to que evoluir em relação ao futebol feminino além da verba e do investimento serem bem menores para elas. Em outros países, como Alemanha e os Estados Uni-dos, onde há campeonatos nacionais de futebol femini-no, essa modalidade é até mais popular que o masculino.

Felipe Souza abriu a escola so São Caetano há 13 anos e não se vê fazendo outra coisa.

FUTEBOL

fissão é esse relacionamento, “pode passar anos, mas eles te cumprimentam na rua! Talvez você não se lembre de todos, mas eles vão lembrar de você e isso mostra que você foi im-portante para eles, é muito bonito”.

10 23 de outubro de 2013MixCIRCO

Paulo Líbano teve seu pri-meiro contato com o circo em 2001, graças ao projeto social de ALC desenvolvido no Centro Cultural Lupércio Luppi. Doze anos depois, Paulo mantêm-se conectado com a arte, mas desta vez ensinando crianças a praticá--la. Sua história serve de exemplo para todas as que integram o projeto, visto que ele tem como sua única fon-te de renda o circo e é um exemplo de que ele pode sim servir como uma forma de integração para a socieda-de.

O projeto que iniciou-se em meados de 1997, a partir de 2001 vinculou-se a ALC e segue até hoje com seu for-mato atual. O público alvo deles são crianças da comu-nidade que possuem tempo ocioso no período da tarde ou da manhã e a procura dos

APPLE ANUNCIA IPAD AIR COM TELA RETINA

A Apple anun-ciou nesta terça a sua nova geração do iPad, que passa a se chamar iPad Air. O nome deriva do fato de que mode-lo é mais leve, fino e poderoso do que versão anterior. O iPad Air virá nas cores branco com prata e em cinza com preto. O tablet terá câmera de vídeo ainda com 5MP, vídeos em HD, câmera frontal com HD para FaceTime e dois mi-crofones. O iPad Air terá preços a partir de US$ 499 nos EUA.

A empresa também anunciou que seu sistema operacional e o pacote de aplicativos iWork serão agora oferecidos gratuitamente a todos os usuários.

INSTAGRAM: APLICATIVO CHEGA AO WINDOWS PHONE EM BREVE

Depois de meses de pressão da Nokia, o CEO do Instagram, Kevin Systrom, confirmou hoje que o aplicativo oficial será disponibilizado aos usuários do Windows Phone nas próximas semanas. No entanto, a Nokia e Instagram não detalharam se todos os recursos do aplicativo estarão disponíveis.

Tech&CultGuilherme Vanzela

APLICATIVO DE NAMORO É ACUSADO DE INCENTIVAR PROSTITUIÇÃO

O novo aplicativo, Carrot Dating é criação de Brandon Wade. O site que se propõe a jun-tar pessoas com “benefício mútuo”. O aplicativo lançado nesta semana, por outro lado, diz-se interessado em proporcionar relacionamentos amorosos. O Carrot Dating sugere que homens usem presentes para conquistar um primeiro encontro com as mulheres cadastradas na rede social.

Inúmeros sites e organizações têm criticado o app por beirar a prostituição, ao sugerir que o encontro entre dois usuários seja viável por cau-sa de um “agrado”, que pode ser interpretado como pagamento.

NOKIA LANÇA NOVO MODELO DE SMARTPHONE

A Nokia fez hoje sua ousada entrada no mundo dos phablets com o Lumia 1520. É um aparelho grande, cheio de números enormes e tecnologias novas – e que não deve chegar ao Brasil tão cedo.

A grandiosidade começa na tela: 6 polega-das, resolução Full HD, com todos os recursos presentes nos demais Lumia topo de linha: tec-nologia Clear Black para maior nitidez, modo de alto brilho, visibilidade à luz do sol, proteção com Gorilla Glass 2 e possibilidade de uso com luvas/toque da unha. E na mão fica grande.

O circo como forma de inclusão Projeto desenvolvido pela Associação Londrinense de Circo (ALC) na Zona Norte oferece atividades de inclusão para as crianças da comunidade, mas a falta de apoio é presente

Artista expõe seus medos e vergonhas

Tímida por natureza, a jovem artista londrinense Va-nessa Akie, 23 anos, formada em Artes Visuais faz sua pri-meira exposição individual na galeria de Artes do Sesc da Fernando de Noronha. Ela alia o trabalho manual com o tecnológico e retrata uma grande diversidade de pen-samentos e medos que, com muita dificuldade, os coloca a mostra, tentando mostrar que um dos grandes desafios de um artista é o modo com que sua arte será recebida.

A exposição intitulada Ouvidos & Coração pelo fato de que no ideograma ja-ponês, a palavra “vergonha” é constituída de letras que significam ouvido e coração. Vanessa nasceu em Belém no Pará, mas muito nova foi para o Japão, onde viveu por 10 anos. De lá ela traz gran-de parte de suas influências artísticas que agora estão à mostra. Para a exposição no Sesc, a artista precisou adap-

Guilherme Vanzela

Site Terra

Allyson Pallisser pais para inscrever os filhos é grande. No período da tarde, inclusive, é preciso colocar o nome na lista de espera, visto a grande procura. “Um dos critérios para a manutenção da criança no projeto é que ela não exceda o limite de quatro faltas no mês. Caso isso ocorra, ela perde a vaga e precisa retornar a lista de espera”, explica Paulo Líbano.

Dentre as crianças o cli-ma de descontração e com-panheirismo prevalece. É comum ver um ajudando ao outro no aprendizado e sorrisos acoplados no rosto de cada um durante as ati-vidades. Uma das crianças é Davi Cardoso, 10 anos, que há trinta dias integra o projeto e já sente muitas diferenças. “Agora eu me estico mais, es-tou mais feliz e quero seguir aqui por muito tempo”. Davi é uma das diversas crianças da região que ficaria um perí-odo em casa ocioso caso não

fosse ao Centro Cultural pe-las manhãs.

Já Pâmela Rodrigues, 13 anos, mora no Bairro Vista Bela e precisa pegar ônibus para chegar às aulas. Porém, isto não gera nenhum impe-dimento para ela que já está há um ano e meio no proje-to. “Eu vim quando uma ami-

ga me chamou. Gosto muito de fazer esporte e o circo é um muito legal. Tem gente que fala que circo é coisa de palhaço, mas estas pessoas não sabem o que ele é de verdade”.

No entanto, nem tudo são luzes para o projeto. A estrutura para a prática está

Atividades desenvolvida na Zona Norte pela ALC oferece lazer e cultura para crianças

longe de ser ideal e diversas improvisações precisam ser feitas para abrigar o maior número de crianças possível. “90% da atividade circense em Londrina são frutos da escola. Por isso o que peço é um olhar mais atento do poder público para o circo”, pede Paulo Líbano.

tar sua obra marcada por tra-ços de erotismo e violência para que pudesse ser exibida para público de todas as ida-des.

A dificuldade de Vanessa sempre foi expor seus traba-lhos com medo da reação do público. “As vezes você gosta de determinadas coisas mas têm dificuldade em expô-las. Mas depois você percebe que não é só você que têm vergonha e isto acaba facili-tando, mas a dificuldade em lidar com a vergonha é gran-de.” No trabalho exposto há desde de traços instantâneos feitos com papel e lápis até impressões de desenhos fei-tos no computador que ga-nham efeitos especiais ao se lançar água sobre o impres-so. Para quem quiser conferir a exposição, ela ficará até o dia 30 de outubro no Sesc - localizado na rua Fernando de Noronha, 264 – que fica aberto ao público das 8 às 22 horas.

Giro 1123 de outubro de 2013

STF VALIDA RESERVA INDÍGENA DE RAPOSA

SERRA DO SOLNesta quarta-feira, o Supre-

mo Tribunal Federal validou a reserva indígena de Raposa Serra do Sol, onde 20 mil índios vivem

em 17 mil km quadrados. Na decisão, o STF reiterou a validade das 19 salvaguardas chanceladas em 2009 para a criação da zona

de proteção.Entre outras coisas, elas

garantem às Forças Armadas o direito de uso do território - in-clusive para a instalação de bases militares -, proíbem a mineração por parte dos índios e condicio-nam a instalação de novas reser-vas à aprovação do município, do estado e da federação. Esta

última, por exemplo, não afeta a reserva de Raposa Serra do Sol,

que já está instalada.Isso se repete com outras

condicionantes. É o caso da 17, que proíbe a ampliação da reserva. Raposa Serra do Sol tem toda sua expansão refer-

endada pelo STF. Mas há outras terras indígenas, em especial

no centro-sul, que concentram grandes populações em territórios

pequenos. Um eventual efeito vinculante prejudicaria automati-

camente essas comunidades.

ITALIANOS FORAM ESPIONADOS NÃO SÓ

POR AMERICANOS, MAS POR BRITÂNICOSO jornalista americano Glenn

Greenwald, autor das reportagens que denunciaram o esquema inter-nacional de espionagem comanda-do pelos Estados Unidos, disse à revista semanal italiana L’Expresso que os italianos eram monitorados

não apenas pelos americanos, como pelos britânicos. Baseado nas revelações do ex-técnico da

CIA Edward Snowden, o repórter detalhou que o programa britânico

era “paralelo e convergente” ao americano.

“A Itália não era somente alvo do sistema Prism, criado pelos serviços americanos. Com um

programa paralelo e convergente denominado Tempora, os serviços de espionagem britânicos espio-naram cabos de fibra ótica que

transportam as conversas telefôni-cas, os emails e o tráfego na inter-net na Itália”, declarou o jornalista, em posse dos arquivos confiados por Snowden. De acordo com

Greenwald, as informações impor-tantes recolhidas pelos britânicos eram compartilhadas com a NSA, a Agência Nacional de Segurança

americana.

Allyson Pallisser

“Se não houver essa mudança, vamos ficar a mercê apenas de biografias chapa branca. E toda a luta que a sociedade travou no país contra a ditadura e a censu-ra terá sido, em grande par-te, em vão.”

Presidenta do Sindicato dos editores, Sônia Machado Jardim comenta a

polêmica das biografias

O programa Bolsa Famí-lia recebeu o 1º prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security, espécie de No-bel concedido a cada três anos. É o mais importan-te reconhecimento de um programa responsá-vel por ajudar a quebrar no País um ciclo histórico

de fome e miséria.

E no Brasil há campa-nha para suspender o direito político dos beneficiários...

Dilma pede desculpas a médico cubano

hostilizado no Ceará

“Quero cumprimentar o Juan não apenas pelo fato de ele ter sofrido um imen-so constrangimen-to quando chegou,

e por isso, do ponto de vista pessoal e do

governo, peço nossas desculpas a ele.”

Argentina dando olé no Brasil

Sírio está "preso" em aeroporto de Dubai

O presidente da Comissá-ria Europeia, José Manuel Durão Barroso, defendeu hoje o “direito fundamen-tal” ao respeito da vida privada. Ao comentar as últimas denúncias, que atingem a França e a Ale-manha, ele evocou os pe-

rigos do “totalitarismo”.

Comissão Europeia pede ação conjunta contra espionagem

Soldado abre fogo em base naval nos EUA e fere dois colegas

Desde a aprovação da lei de meios, foram instaladas, na Argen-tina, 152 rádios em escolas de pri-meiro e segundo graus, 45 TVs e 53 rádios FM universitárias. Os nú-meros mostram o resultado da ga-rantia do direito à comunicação.

Um sírio que tentava deixar o país está bloqueado há duas semanas no aeroporto de Dubai, em um caso que lembra o filme “O Terminal”, no qual o personagem encarnado pelo ator Tom Hanks passa nove meses no aeroporto JFK, em Nova York.

O circo como forma de inclusão

Artista expõe seus medos e vergonhas

Perfil12 23 de outubro de 2013

J. Mateus, quase cinco décadas de profissão

JORNALISMO

Trilogia do Esquecimento

Emerson D. Dias

O rádio esportivo em Londrina tem nome: J.Mateus

Nem mesmo a limitação motora, decorrente da paralisia infantil que atingiu suas pernas no pri-meiro ano de vida, impediu que

José Mateus de Lima se consolidasse como um dos mais respeitados profissionais do rádio no sul do Brasil. Nascido em Arapongas (PR) dia 21 de abril 1947, no distrito rural de Água das Três Ilhas, viveu até os nove anos alternando a vida em família com longos internamentos em hospitais. Condição que transformou o rádio em companheiro de infância e ferramenta que garantiria o futuro profissional. É casado com Olésia Santoni de Lima, desde 1971, e tem duas filhas: Ana Cláudia e Maria Cecília.

J. Mateus conseguiu o primeiro emprego aos 16 anos, quando ligou para a Rádio Arapongas imitando locutores esportivos da época. Convi-dado pela direção, começou como plantonista

e em poucas semanas já atuava como repór-ter esportivo. Consolidou-se como narrador e comentarista nas rádios Cultura de Arapon-gas, Apucarana e Maringá, além das emissoras Atalaia(Maringá), Rádio Clube(Londrina) e Rádio Alvorada(Londrina), até fixar-se na Rádio Paique-rê AM de Londrina (PR), em 1975. Ainda, foi editor de esportes da TV Cultura (retransmisso-ra da Rede Globo em Maringá, 1986/87)e do jornal O Diário do Norte do Paraná(no mesmo período), além de colunista do Jornal de Lon-drina.

Em praticamente cinco décadas de profissão, conheceu 32 países, cobriu nada menos que seis Copas do Mundo consecutivas (entre 1990 e 2010), uma Olimpíada (1996), oito Copas Amé-rica (entre 1989 e 2007) e dois Pré-Olímpicos (1995 e 2000), além de incontáveis amistosos da Seleção, campeonatos brasileiros e paranaenses, sempre com destaque para o Londrina Esporte Clube. O time da cidade onde atualmente mora

Emerson S. Dias

é uma paixão desde 1962 (quando o LEC ga-nhou o campeonato estadual), tanto que lançou o livro “Do Caçula Gigante ao Tubarão - 40 anos do Londrina” (1996). É autor também de “Onze contra Onze” (2002). Atualmente comanda os programas diários Bate Bola, Em Cima do Lance e Show Paiquerê. Recebeu o título de cidadão honorário de Londrina em 2010.