jornal ocidente 02

16
OCIDENTE Jornal www.radioocidente.pt Director Jorge Tavares Ano1 | Nº 2 | Outubro de 2011 | GRATUITO Agualva Presidente “ incompatível ” com Coligação e Oposição Pág. 6 ÁRVORE HISTÓRICA HERANÇA CULTURAL Pág. 15 Congresso Hispano-Luso de ARBORICULTURA Seara e Marco inauguram pólo JI e 1º. Ciclo Escola Mestre Domingos Saraiva Pág. 10 Terrugem celebra passagem a Vila Freguesia Pág. 4 EDP renova Rede Eléctrica em Sintra Pág. 3 AESintra aposta nas tecnologias para Ultrapassar crise Pág. 9 “O Menino Longínquo” um conto do mar! Pág. 14 Ministro inaugura JI no Cacém Pág. 16 SMAS de Sintra comemoram Dia Nacional da Água Pág. 5 Obras da Refer em Agualva só em 2012 Pág. 7

Upload: jornal-ocidente

Post on 10-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Edição de Outubro de 2011 do Jornal OCIDENTE

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal OCIDENTE  02

OCIDENTEJornal www.radioocidente.pt

Director Jorge Tavares Ano1 | Nº 2 | Outubro de 2011 | GRATUITO

Agualva Presidente “incompatível” com Coligação e Oposição Pág. 6

ÁRVORE HISTÓRICAHERANÇA CULTURAL

Pág. 15

Congresso Hispano-Luso de ARBORICULTURA

Seara e Marco inauguram pólo JI e 1º. Ciclo

Escola Mestre Domingos Saraiva

Pág. 10

Terrugem celebra passagem a Vila

Freguesia

Pág. 4

EDP renova Rede Eléctrica em Sintra Pág. 3

AESintra aposta nas tecnologias para Ultrapassar crisePág. 9

“O Menino Longínquo” um conto do mar! Pág. 14

Ministro inaugura JI no Cacém Pág. 16

S M A S d e S i n t r a comemoram Dia Nacional da Água Pág. 5

Obras da Refer em Agualva sóem 2012Pág. 7

Page 2: Jornal OCIDENTE  02

2 Destaque Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

Vencer pela competitividadeAs expectativas dos empresários portugueses e estrangeiros relativa-mente ao crescimento da economia portuguesa são muito mais ténues do que no final dos anos 80. Desde a adesão de Portugal à União Euro-peia até à abertura dos mercados em 1992, a aposta dos empre-sários foi forte. Era a novidade. O desafio era grande e muitos foram os projectos que venceram por si mesmos. Outros, nem sequer tiveram razão de existir, e só foram alvo de aposta por parte dos investidores para aproveitarem a embalagem dos fun-dos comunitários. Lembram-se?As coisas mudaram e os mercados tornaram-se muito mais competitivos. Hoje, em plena crise económica e financeira, no mundo global, o poder de compra dos consumidores estagnou. O desemprego mora ou vive ao nosso lado. Casos em todas as famílias. O crescimento é uma incógnita, mesmo no espaço co-munitário europeu.Agora, o mote é poupar. Não se ganham guerras, mas batalhas no terreno, conquistadas “palmo-a-palmo”, mesmo que isso im-plique sacrifícios no parceiro.Acredito que a chave é vencer pela competitividade, já não é tão-somente pelo crescimento, porque o resultado desse não está garantido no futuro.

O directorJorge Tavares

Editorial

Obrigado!Obrigado por todas as manifes-tações de carinho e amizade que recebemos pelo lançamento do JORNAL da rádio OCIDENTE. Foi muito reconfortante sabê-lo. Mesmo com as dificuldades que todos sentimos, continuamos a

acreditar que, por Sintra, todo o esforço vale a pena.

Prometemos que não vamos deixar nada na gaveta. Atentos à realidade, à sociedade que nos rodeia, a informação da OCI-

DENTE, rádio/jornal vai conti-nuar a crescer.Podem ficar com a certeza de que hoje ainda vamos ser me-lhores do que ontem, para todos aqueles que nos procuram na plataforma ou nas bancas.Estamos felizes. Muito felizes. E, perdoem a imodéstia, orgu-lhosos. Muito orgulhosos. Mas mal do homem (mal do jornalis-ta...) se se deitar à sombra dos louros conquistados. Porque a ambição e as glórias só man-cham os espíritos mais peque-ninos...

Estamos felizes. Obrigado!

As noites da música romântica têm em Sintra a sua musa inspiradora. Temas do passado e do pre-sente que marcaram, sua geração. Música rigorsamente selecionada para tornar ainda mais agradável a contemplação do luar ou das noites mais frias, agora que o verão aca-bou. Deixe-se embalar pela magia dos sons que não morrem jamais!Para ouvir em qualquer idade!

Seg a Sex – 22h00/01h00Com, Jorge Manuel Cardoso

www.radioocidente.pt

Gerações

Rock FM

Techno, house, funk... todos os estilos passaram de moda. De ge-ração em geração, o Rock tem falado

mais alto. De segunda a sexta, entre as 20h00 e as 21h00, recordando o passado, o presente e o futuro, “a todo o gás”!

Seg a Sex – 20h00/21h00Com, Nuno Cachucho

Espaço MMSC

Todas as semanas na OCIDENTE ONLINE, o Mem Martins Sport Clube (MMSC) divulgação de toda a actividade desportiva e cultural de um dos mais emblemáticos e dinâmicos clubes do concelho de Sintra.Para ouvir, todos os dias

Ficheiros disponíveis em PODCAST

África de Sempre

O Calor da música africana eleva as emperaturas ao rubro nas noites de fim-de-semana. Sons e histórias de uma África sempre mistériosa, indelével nos seus ritmos e robus-ta na sua cultura. O reencontro das origens num abraço sempre fra-terno a tocar dois continentes e o mundo.

LuzáfricaCom, Fernando Jorge Lima

Tudo por siCom o lançamento do Jor-nal, a Rádio OCIDEN-TE está a preparar o novo passo a dar para reforçar a imagem e o prestígio de uma sucesso iniciado a 4 de Dezembro de 1986, in-terrompido em 2008 e re-tomado em 2010, na versão ONLINE. Com a equipa de sempre, conquistar no-vos públicos, outros ou-

vintes. Vamos continuar a crescer, estamos mais ex-perientes, mais maduros e até mais sábios. Vamos ter a informação que PRECI-SA, relatamos o desporto que GOSTA, rodamos a música que APRECIA... e em breve vamos ter MAIS!OCIDENTE, rádio/jornal – sempre o seu lado!

Page 3: Jornal OCIDENTE  02

3Sociedade Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Rádio Ocidentewww.radioocidente.pt

Feiras das Energias

dições para que os nossos Postos de Transfor-mação [mais de 100] possam ser controlados à distância, per-mitindo assim uma intervenção mais rápida na rede em caso de avaria ou intervenção na rede”, esclarece o responsável.

Índice de qualidadeDe referir que a Direcção da Rede e Clientes Lisboa, que ac-tua na Área Metropolitana de Lisboa, em que o concelho de Sintra se insere, “tem vindo a melhorar de modo sustentado a qualidade de serviço que presta, superando todos os objectivos que lhe são impostos, tanto em termos de qualidade do serviço técnico como comercial”, escla-rece Ferreira Pinto.Questionado sobre o Tempo de Intervenção Equivalente da Po-tência Instalada (TIEPI), que representa a qualidade de servi-ço técnica, prestada aos clientes, “tivemos de 2009 para 2010, uma melhoria deste índice em 11,6%”, ou seja, houve uma melhoria da qualidade de serviço de cerca de 12%, o que é bastante significati-vo”, sublinha o director-adjunto da Rede de Clientes de Lisboa.Esta realidade pode ser confir-mada pelo valor relativo ao tem-po de interrupção Equivalente da Potência Instalada (TIEP), índice que em 2010 teve um

desvio favorável de 11,6% face a 2009, segundo os dados da EDP. Os números acumulados até fi-nais de Agosto (37,64 minutos) são indicadores de que a me-lhoria se reforçará, no decorrer deste ano.

Posto da CarregamentoNuma outra vertente a EDP Dis-tribuição está a intervir no con-celho de Sintra, no que se refere à alimentação aos novos postos de carregamento, no âmbito da Mobilidade Eléctrica que “é um esforço da empresa em criar con-dições postos de alimentação de energia no país” destinados a alimentar os carros eléctricos e que no caso do concelho de Sin-tra, conta já com dez.De referir que o “MOBIE.E” tem como objectivo criar uma rede de mobilidade sustentável eléctrica em Portugal e que en-volve 25 municípios. No caso de Sintra, existem dez pontos fixos de carregamento, localizados sobretudo em zonas turísticas e de urbanização qualificada, o que permite criar alguma auto-nomia nesta vertente da mobili-dade eléctrica.Questionado sobre o número de procura destes postos, Luís Fer-nandes considera que nesta altu-ra “estamos ainda num estágio

de relançamento”, sublinhan-do que “Sintra está presente” através de uma estreita colabo-ração entre a EDP e a AMES, destacando o impacto a médio prazo, neste tipo de energia.Ferreira Pinto concorda que “neste momento ainda não há dados disponíveis que permi-tam fazer uma avaliação cor-recta” dos dados, uma vez que a prioridade, é dotar as cidades e regiões de postos em núme-

Marco Almeida, vi-ce-presidente da Câ-mara Municipal de Sintra (CMS), visi-tou demoradamente todos os stands, da II Feiras das Ener-gias, que decorreu no Cacém, ouvindo sugestões e expli-cações tecnológicas disponíveis na temá-tica da Energia, mas também participando em algumas das iniciativas, numa perspec-tiva de desenvolvimento local mais sustentável e harmonioso.

Cacém Feira das Energias com balanço positivo

Terminou a Feira das Ener-gias, uma iniciativa da Agên-cia Municipal de Energia de Sintra, em parceria com a Câmara de Sintra, que apre-sentou uma exposição de soluções tecnológicas, pre-tendendo sensibilizar a popu-lação para a importância da Utilização Racional de Ener-gia, da Eficiência Energética e das Energias Renováveis nas suas actividades diárias. Apesar da pouca afluência de público, contou com a pre-sença de técnicos e especialistas das diversas áreas que, através do seu conhecimento, prestaram esclarecimentos sobre questões relacionadas com a Energia, numa perspectiva de desenvolvimen-to local mais sustentável. Estiveram presentes parceiros tecnológicos que disponibilizaram, ao publico, desde veículos híbridos a painéis e colectores sola-res, tecnologias de eficiência energética na área de iluminação e uma zona de experimentação de modos suaves de mobilidade tais como carrinhos solares, segways, bicicletas e scooters eléctricas, “numa abordagem que se pretende esclarecedora, interessante e lúdica”, explicou Luís Fernandes, presidente da Agência Munici-pal de Sintra de Energia (AMES). “Boas práticas em termos de utilização de energia”, sublinhou o responsável, destacando como objectivo estratégico, “desenvolver uma política de proximidade” junto do público consumidor, ten-do como preocupação, “a redução dos consumos”, no preço final da factura de electricidade como “até a melhoria na qualidade de vida. Nessa perspectiva, o balanço foi positivo”, acrescentou Luís Fernandes.

Apesar da pouca afluência de público, Luís Fernandes, presidente da AMES faz “balanço positivo” da iniciativa

ro suficiente, acreditando que o número de carros eléctricos, deverão crescer nos próximos anos. Toda a zona metropolitana de Lisboa e em particular a fai-xa de Lisboa, Cascais, Sintra “é uma zona de grande densidade população e ao mesmo tempo de grande pressão turística e por isso faz sentido fazer a aposta que os municípios estão tam-bém a fazer”, destaca Ferreira Pinto.

EDP aposta em postos de transformação em Sintra

Entre as empresas e entidades representadas, destaque para a EDP Distribuição, que aprovei-tou a ocasião não só para apre-sentar o novo grafismo da marca da empresa, mas também para apresentar alguns dados concre-tos sobre a actividade da Direc-ção de Rede e Clientes Lisboa – a Direcção responsável pela prestação de serviço técnico nos dezoito concelhos da Área Me-tropolitana de Lisboa e também no concelho de Sintra.Nos últimos meses foram feitas intervenções, ao nível da ilu-minação pública, disse à OCI-DENTE, rádio/jornal, o direc-tor-adjunto da Rede de Clientes de Lisboa, dando conta de um conjunto de intervenções “be-neficiadas com um visual mais atractivo e mais moderno”, no-meadamente zonas de veraneio, como o Cabo da Roca, Magoito e Praia Grande. Ferreira Pinto, com responsabi-lidade na área de Distribuição, que inclui o Concelho de Sintra, deu ainda conta de um “plano de objectivos” para 2011/2012, em marcha e que passa pala ins-talação de “equipamento de te-lecomando em mais de 100 pos-tos de transformação de média tensão, só no concelho de Sin-tra”, adiantando que o plano de obras para Sintra “inclui ainda, em 2011, a construção ou melho-ria de cerca de seis quilómetros de rede de média tensão”, que está a ser renovada.“O telecomando da rede MT, está neste momento a sofrer uma grande renovação ao nível do telecomando, criando con-

A EDP Distribuição marcou presença na II Feira das Energias, que decorreu no Es-paço Multiusos do Cacém, numa acção de sensibilização no âmbito da “Mobilidade Sustentável, Eficiência Energética e Ener-gias Renováveis” uma boa ocasião para um balanço da actividade na Área Metropoli-tana de Lisboa e em particular no concelho de Sintra.

Page 4: Jornal OCIDENTE  02

4 Local

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Uma mulher com cerca de 50 anos morreu a semana passa-da na sequência de uma queda do Cabo da Roca, em Sintra, segundo fonte da Protecção Civil. Embora as autorida-des ainda não saibam o que sucedeu, suspeitam de que a mulher se tenha atirado e não caído acidentalmente.

Morte no Cabo da Roca

A Concelhia de Sintra do CDS-PP, iniciou um ciclo de debates mensais, “à conversa com”, convidando uma per-sonalidade para de “forma informal e descontraída” de-bater com militantes e simpa-tizantes, temas de actualidade sobre os mais diversos assun-tos. Hélder Amaral, deputado e ex-Coordenador Autárquico Nacional, foi o primeiro con-vidado, para falar das inten-ções do Governo para a Refor-ma Administrativa do País.

“À Conversa Com…”

O Plano Director Municipal (PDM) de Cascais entrou em fase de revisão, um processo que deverá estar concluído no final do primeiro semestre de 2012, contando com a partici-pação dos munícipes.

PDM de Cascais em revisão

Um jovem de 16 anos foi esfa-queado durante uma alegada rixa em São Marcos (Sintra), em mais um caso que envolve grupos de jovens, disse fonte da PSP. O jovem foi hospita-lizado e apresentava cortes nas costas e num dos braços. O jovem residente em Casal de Cambra terá estado envolvido num assalto há alguns meses a um outro residente em São Marcos e, quando se encon-trava nesta freguesia a visitar familiares, foi reconhecido.

Jovem esfaqueado em São Marcos

Como forma de promover o artesanato local, a Câmara de Sintra atribuiu o prémio “Selo de Qualidade” a artesãos do concelho. Este certificado é uma forma de dignificar e prestigiar os ofícios artesanais, com um atestado de qualida-de e excelência, que promove a revitalização, valorização e divulgação do que melhor se faz em Sintra nesta área.

Selo de qualidade do artesanato

Terrugem/Sintra

ruralidade produtiva moderna e não subaproveitada, no co-mércio e nos serviços”, disse o autarca, “não obstante a crise” económica e financeira que o país atravessa.José António Passo, destaca o apoio da Junta de Freguesia, “o nosso tecido empresarial e co-mercial”, que tem vindo a “criar campanhas e promovendo ini-ciativas que tornem a Terrugem num local apelativo, para se fa-zerem compras e criar empre-go”.Outro problema ao nível do “en-velhecimento da população e o desemprego”, assuntos que nas palavras do autarca, “monopo-liza grande parte do esforço da Junta de freguesia”.

Envelhecimento e desemprego

No primeiro caso, “temos pro-curado desenvolver soluções para que os idosos encontrem no território da freguesia a re-solução dos seus problemas”, pretendendo-se que “a idade não seja factor de isolamento,

de carência e solidão”, refere o presidente da Junta, destacando o “desemprego como outra pre-ocupação”, encarando “o apoio às famílias como a maior das prioridades” do executivo.“Dinâmica e espírito de sacrifí-cio” que permita encarar o futu-ro de uma forma mais “confian-te e promissora”, foram outras palavras usadas pelo autarca, em dia de festa. De referir que a sessão solene, que decorreu um espaço exterior à Igreja Matriz na Terrugem, contou ainda com intervenções de Nuno Cardoso, presidente da Assembleia de Freguesia, do de-putado Vitalino Canas (PS), um dos três subscritores do projecto de lei de elevação da Terrugem à categoria de vila, Marco Almei-da, vice-presidente da Câmara de Sintra, entre outras persona-lidades, convidados, autarcas e população.Aprovada em 6 de Abril de 2011, a Lei n.º 33/2011 de 17 de Junho, a Terrugem fica gravada para história da terra, através de um marco evocativo, junto ao coreto da Vila.

Terrugem celebra passagem a Vila

Com pouco mais de cinco mil habitantes a freguesia da Terrugem, assinalou o passado dia 18 de Setem-bro, com o descerramento de um marco evocativo, a elevação da terra, à catego-ria de Vila.

Sem pompa nem circunstância a Terrugem assinalou a passagem a Vila, com o içar da bandeira, na sede da Junta de Freguesia e algumas palavras de ocasião, desde logo do presidente daque-la autarquia, José António Paço, que destacou “em nome de de-senvolvimento da terra”, o papel que tiveram os subscritores do Projecto Lei, que possibilitou à Terrugem a distinção de Vila, – referindo os nomes dos deputa-dos na Assembleia da Repúbli-ca, Rui Pereira, Vitalino Canas e João Soares –, na concretização de um “objectivo esperado e ansiado” pela população, subli-nhando também o contributo de “todos os autarcas” que passa-ram por aquela Junta de Fregue-sia”. “Os problemas que afectam as populações não desaparecem como por magia” começou por sublinhou no seu discurso José António Paço, considerando que “a Terrugem é uma freguesia com uma ruralidade significa-tiva”, mas, ainda assim, “que-remos trabalhar para que passe a ser uma freguesia com uma

EB 2,3 da Terrugem

Marco Almeida, vice-presidente da Câmara Municipal de Sintra (CMS), aproveitou a ocasião para anunciar, em nome da autarquia, outra “forte” aposta na área da Educação, com o lançamento em Outubro deste ano, de “concurso de construção do novo pólo do Ensino Secundário, [Escola EB2,3] num investimento de quatro milhões de euros, para valorizarmos uma loca-lidade e beneficiarmos cinco fregue-sias”.Para Marco Almeida, este investimen-to “vai trazer uma nova centralidade à Terrugem e ao concelho de Sintra”, ex-plicando que a zona norte do concelho, no que se refere à Educação do ensi-no secundário, “ficará aqui sediado”, numa mais valia que “constituirá uma oportunidade para todos”, e uma “nova dinamização à Vila da Terrugem”.

Autarquia anúncia quatro milhões na Educação

Até 2036, Senhora do Cabo!A Freguesia de Santa Maria e S.Miguel em Sintra, despediu-se no dia 17 de Setem-bro, com lenços bran-cos e muita emoção, da imagem de Nossa Senhora do Cabo Es-pichel, que voltará à Igreja co-Pa-róquia de São Miguel em 2036.

Entretanto os jovens, Jorge San-tos e Sara Diniz foram escolhi-dos pela Comissão de Festas de Nossa Senhora do Cabo Espi-chel, para organizar a cerimó-nia em 2036. “Envolvimento, empenho, dedicação, simpatia”, são apenas alguns dos predica-dos que levaram a esta decisão. Hermínio Santos, presidente da Comissão de Festas, não tem dúvidas, que “mereceram, ser escolhidos como Juiz e Juíza de Solteiros”.Em declarações à OCIDENTE, rádio/jornal os dois jovens, na-morados, estão “conscientes das responsabilidades” ao serem escolhidos pela Comissão de Festas, para a organização dos festejos em 2036, altura em que a imagem da Senhora do Cabo Espichel, voltará à freguesia de Santa Maria e S.Miguel, em Sin-tra.Pensativo, Jorge Santos destaca a “experiência de vida” que a organização das festas lhe pro-porcionaram. Um exercício de vida, não vai esquecer, propor-cionado por “tantas pessoas que nos apoiaram. Foi Bom!”.A sorrir, Sara Diniz não esconde que “estava consciente do tra-balho que a festas nos trariam, mas foi com todo o gosto que participamos e partilhamos”, destacando com um brilho nos olhos “as orações, Até Amanhã, Senhora do Cabo”, já depois da meia-noite, como “momento de grande intensidade emocional e que nos levam a reflectir”, (…) sobre tudo isto”, referindo-se à importância e ao “significado das coisas” na vida de todos e cada um de nós.Jorge Santos troca o olhar com Sara Diniz e concorda que “esse momento foi o mais marcante”.Questionados sobre a organiza-ção das Festas de Nossa Senho-ra do Cabo Espichel em 2036, Sara, que terá na altura 46 anos, pede o mesmo “empenho” da comunidade na organização do evento e Jorge, então com 47 anos, mantém o desejo “que a Comissão de Festas seja tão grande como esta”.

Page 5: Jornal OCIDENTE  02

5Local

Rádio Ocidentewww.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

CascaiShopping e Fórum Sintra acolhem mostra de cartoons e exposição para crianças

SMAS de Sintra comemoram Dia Nacional da Água

Os SMAS de Sintra vão assinalar o Dia Nacional da Água, que se comemora no dia 1 de Outubro, com uma mostra de cartoons, no CascaiShopping, subordinada ao tema “O Humor e a Água”, e uma exposição, direccionada ao público mais jovem, no Fórum Sintra, que terá lugar de 1 a 9 de Outubro.

Com estas duas iniciativas, que abordam, entre outros temas, o abastecimento de água, o sane-amento, a poupança de água, as secas, os custos, pretende-se promover a reflexão sobre a im-portância dos recursos hídricos e consciencializar a população quanto à necessidade de os usar de forma sustentável.A inauguração da mostra, no pri-meiro dia do mês, está marcada para as 15h00, com trabalhos de Santos Álvaro, José Bandeira, Bruno Taveira, Hermínio Feli-zardo, José Santos, Luca, José Monginho, Paulo Serra, Pau-lo Pinto, Per, Pedro Manaças, Pedro Morais, Ricardo Galvão, Rui Pimentel, Santiagu, Tonho, Onofre Varela, Zé Manuel e Zé Oliveira. Contará ainda com a

presença de alguns dos cartoo-nistas.

Há mesma hora, mas no Fórum Sintra, será distribuído o livro in-fantil “Margot e Ondina”, com ilustrações das artistas plásticas Elisa Paulino e Joana Ratão.

Para além da exposição, aos fins-de-semana, no Fórum Sin-tra, vão ter lugar ateliês de sen-sibilização para os mais jovens, entre as 10h00 e as 13h30 horas e as 15h00 e as 18h30 horas.

Fórum Sintra/Exposição lúdica “A água é o princípio de todas as coisas”

Fernando Seara, presidente da Câmara Municipal de Sintra e Batista Alves, presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra

Dia 1 Outubro10h00/13h30 “Jogos de Água”15h00 – Lançamento de Livro Infantil “Margot e Ondina”15h00/18h30 – Ateliê de Expressão Plástica e Pinturas Faciais

Dia 2 de Outubro10h00/13h30 – Ateliê de Expressão Corporal e Musical15h00/18h30 – “Concertos Pedagógicos”

Dia 5 de Outubro10h00/13h30 – Ateliê de Comunicação e Escrita15h00/18h30 – “Jogo de Água”

Dia 8 de Outubro10h00/13h30 – Ateliê de Expressão Plástica15h00/18h30 – Ateliê de Pinturas Faciais

Dia 8 de Outubro10h00/13h30 – Ateliê de Expressão Corporal e Musical15h00/18h30 – “Ateliê da Comunicação Escrita”

Page 6: Jornal OCIDENTE  02

6 Política

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

A Deputada Cecília Honório, do Bloco de Esquerda, ques-tionou o governo sobre a falta de funcionários no tribunal de Sintra, denunciada recentemente pela Juiz Presidente da Co-marca da Grande Lisboa Noroeste (que agrega os juízos de Amadora, Sintra e Mafra). A situação vivida nesta comarca, está a causar maior morosidade no cumprimento dos pro-cessos, na marcação de julgamentos e na realização de di-ligências, pondo em causa os resultados obtidos com a reor-ganização do mapa judiciário. O BE considera “inaceitável e incompreensível que a austeridade, a falta de pessoal nos quadros e a precariedade estejam a ameaçar o acesso à justiça e o Estado de direito democrático”.

Tribunal de Sintra questionadoA Federação da Área Urbana de Lisboa do Partido Socialis-ta (FAUL) quer que passem a ser os municípios a gerir os transportes públicos. A proposta prevê que a Carris, o Me-tro e as linhas da CP de Cascais, Sintra e Azambuja sejam concentradas. O objectivo é “repor os preços dos bilhetes e dos passes sociais aos níveis do início do ano”, antes dos aumentos de Agosto. A proposta, que abrange os concelhos da área metropolitana a Norte do Tejo, prevê que a Carris, o Metropolitano de Lisboa e as linhas da CP de Cascais, Sintra e Azambuja sejam concentradas num único operador, ao qual se deverão juntar as empresas municipais de esta-cionamento.

Municipalização dos TransportesA Concelhia de Sintra do CDS-PP iniciou um ciclo de deba-tes mensais, “À conversa com”, convidando todos os meses uma personalidade para de “forma informal e descontraída” debater com militantes e simpatizantes, temas de actualidade sobre os mais diversos assuntos.Hélder Amaral, deputado e ex-Coordenador Autárquico Na-cional, foi o primeiro convidado para “dois dedos de conver-sa” sobre as intenções do Governo para a Reforma Adminis-trativa do País.

“À Conversa com…”

Agualva/Assembleia de Freguesia

A última sessão da Assembleia de Freguesia de Agualva, que decorreu na passada terça-feira 13 de Setembro, foi marcada, pela polémica na sequência de uma série de suspeitas e des-confianças na gestão da Junta de freguesia, situação que penaliza todo o órgão autárquico e em especial, o presidente da Junta, Rui Castelhano, que já nem se dá ao trabalho de responder às críticas e insinuações, quer de munícipes quer dos próprios de-putados.A Assembleia de Freguesia de Agualva, rejeitou os nomes apresentados para a presidência da mesa deste órgão, depois da demissão dos anteriores eleitos, um dos quais a presidente da Assembleia, que renunciaram ao mandato por alegadas irregu-laridades entre o executivo e um empreiteiro.Os três nomes pro-postos pela Coligação Mais Sin-tra (PSD e CDS-PP), que preside à Junta de Freguesia, foram re-jeitados duas vezes consecutivas (12 votos contra seis favoráveis) pelos membros deste órgão.A anterior mesa da Assembleia de Freguesia, apresentou a de-missão em Agosto, na sequên-cia do teor de uma carta de um proprietário de uma empresa de construção que denunciou ale-gadas irregularidades por parte do executivo da Junta no paga-mento de despesas pelo emprei-teiro.Nesta carta, o empreiteiro denunciava o pagamento de um jantar no valor de 380 eu-ros, brindes e a colocação de

cartazes durante as autárquicas de 2009, facturadas pela Junta como trabalhos extra de coloca-ção de calçadas.

Oposição com os nervos em franja Nesta última reunião da Assem-bleia de Freguesia os partidos da oposição, PS, CDU e BE, que já entregaram uma carta ao Ministério Público de Sintra, a pedir a demissão executivo, que “já não tem condições” para o desempenho cabal das suas fun-ções, em especial, o presidente da Junta, Rui Castelhano, não se fizeram rogados nas suas criti-cas e considerações.

“O senhor não tem condições para continuar no cargo. Os di-nheiros, em vez de serem inves-tidos nas calçadas, estão a ser desviados para outras soluções. Este executivo não tem credi-bilidade e é altura de dar a pa-lavra aos agualvenses”, disse o socialista João castanho, vogal da Assembleia de Freguesia di-rigindo-se ao presidente da Jun-ta, que ainda chegou a pedir a palavra à mesa, mas que acabou por nada dizer, mesmo depois da intervenção de um outro ele-mento da bancada do PS, Filipe Barros, que pedir desculpa ao falar de uma “freguesia abanda-lhada”, de “falta de condições para continuar”, “ilegalidades”.Opinião idêntica tem Pina Gon-çalves, da CDU, ao considerar que a “maioria que governa a Junta já não tem condições para

gerir a freguesia”, acusando o presidente de “funcionar numa plataforma de correio”, de “op-ções de obscurantismo” e “falta de respeito e lealdade” política.Pragmático, o Bloco de Esquer-da (BE) pede “eleições” em nome da dignidade dos órgãos autárquicos e sobretudo pelo respeito aos agualvenses”. José Alcobia, diz-se “cansado” e pro-mete não falar mais do assunto, até porque é a vez do Tribunal se pronunciar.

Luís Roberto deixa executivoNenhum dos elementos da ban-cada PSD-CDS usou a palavra. Excepção para Luís Roberto, que em Agosto pediu a sua de-missão do executivo, passando à qualidade de Independente pela Coligação Mais Sintra, na As-sembleia de Freguesia.O autarca aproveitou a ocasião, ainda antes da ordem de traba-lhos, para explicar a sua posição que resulta de “uma profunda reflexão”, que “não permitiu o mínimo de condições para exer-cer um trabalho eficaz, por sen-tir falta de lealdade institucio-nal, transparência e rigor”, para continuar no executivo.

Em jeito de desabafo, Luís Ro-berto lamentou que “matérias que têm de ser debatidas e dis-cutidas em sede própria”, são do seu conhecimento através das intervenções na Assembleia, dando como exemplo o resulta-do da Inspecção Geral da Ad-

Não houve acordo entre os partidos. Também o executivo da Junta de Agualva, fica a funcionar com menos um elemento, uma vez que um dos membros também apresentou demissão [Luís Roberto] (Foto: Jornal OCIDENTE)

Rui Castelhano, presidente da Junta de Freguesia de Agualva

Idanha

GB elege MissFoi um êxito a eleição da Miss GB 22 de Maio – Sociedade da Idanha. Casa cheia e muita animação marcaram a noite de eleição da Miss da Colec-tividade Grupo de Bandolinis-tas 22 de Maio de 1925, sedia-da na freguesia de Belas. A iniciativa contou também com a presença de vários pre-sidentes das Juntas de Fregue-sia de Belas, Monte Abraão e Massamá e do vice-presidente

da Câmara de Sintra, Marco Almeida. O evento enquadra-se na dinâmica de uma nova direcção “com o ambicioso objectivo de revitalizar a colectividade e devolver à comunidade o verdadeiro espírito associativo”.

Miss GB e Simpatia: Cláudia Potes1ª. Dama de Honor: Priscila Sadrodin2ª. Dana de honor: Karina SilvaMiss Fotogenia: Vivian Marcelino

Rui Castelhano está isolado na gestão da Freguesia de Agualva. O presidente da Junta não se entende com os elementos da Coligação “Mais Sintra”, que integra. O ambiente é de suspeita e desconfiança e já levou à suspensão de mandato de seis dos elementos da lista PSD-CDS. A oposição fala de “bandalheira” e “falta de condições” para continuar.

ministração Local (IGAL), não se mostrando, disponível para continuar.

Nova sessão em breveE a sessão prossegue em breve, com os líderes das bancadas a tentar agendar uma nova reu-nião de Assembleia de Fregue-sia, para eleger uma nova mesa deste órgão.É que desta vez, não houve acor-do entre os partidos. Também o executivo da Junta fica a funcio-

Albogas/Almargem do Bispo

Decorre Taça Barnabé Albogas

Pavilhão cheio marcou o ar-ranque da 6ª edição da Taça Barnabé, iniciativa da Junta de Freguesia de Almargem do Bis-po (Sintra) e que está a ser um sucesso, pelo nível da participa-ção e envolvimento de atletas e

ALBOGAS

clubes, confirmando a iniciativa como um dos grandes eventos da freguesia e do concelho.A Taça Barnabé, promete con-tar com a participação de onze colectividades da freguesia, re-presentadas nos quatro escalões existentes.O evento, envolve mais de 400 atletas a participarem despor-tivamente, numa iniciativa que já é considerada como um dos grandes eventos sociais da fre-guesia e do concelho, pelo nível de participação e presença de publico nas bancadas, contan-do anualmente com assistências superiores a oito mil espectado-res.

nar com menos um elemento, uma vez que um dos membros também apresentou demissão [Luís Roberto].Apesar das críticas o presidente da Junta de Freguesia optou por não responder. Recorde-se que recentemente, Rui Castelhano (Coligação Mais Sintra) disse à agência Lusa que a carta do em-preiteiro enviada aos partidos da oposição são “calúnias” e que vai agir judicialmente.

Rui Castelhano não se entende com Coligação e oposição pede cabeça do presidente

Page 7: Jornal OCIDENTE  02

7Local

Rádio Ocidentewww.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Rui Castelhano não se entende com Coligação e oposição pede cabeça do presidente

Agualva Estação/Ferroviária

Comerciantes exigem conclusão de obras e ameaçam com pedido de indemnização

Atrasos na conclusão das obras do novo cais ferroviário na Rua Elias Garcia, in-cluído na remodelação total da estação, está a indignar os comerciantes do Largo da Estação, que se queixam dos estabe-lecimentos vazios.Os comerciantes dizem que a obra já devia estar concluída em Agosto, o que não aconteceu. Pior, estabelecimentos comerciais estão vazios porque a zona

Indignada Helena Rebelo, apela ao presidente da Junta de Freguesia de Agualva, Rui Castelhano, “para estar ao lado dos comerciantes”

Agualva Estação / REFER

Obras concluídas no

próximo ano

A conclusão das obras da estação ferroviária de Agualva (Sintra) está prevista para o primeiro trimestre de 2012, confir-mou a REFER, que con-siderou normais os atra-sos dos trabalhos.

O prolongamento da obra, para além dos prazos previstos, – Agosto de 2011 –, foram alvo de protesto dos co-merciantes do local, que alegam ter prejuízos na ordem dos 60 por cento nas vendas.Segundo a REFER, estes atrasos devem-se à própria “condicionante urbana” que acaba por “criar cons-trangimentos” aos trabalhos, que deverão estar concluídos no primeiro trimestre de 2012.“Qualquer intervenção profunda, na infra-estrutura ferroviária, desenvol-vida em ambiente urbano, implica inevitáveis e inultrapassáveis trans-tornos para a população confinante, que naturalmente lamentamos e ten-tamos obviar”, referiu.Quanto às queixas dos comercian-tes, que tem pelos seus negócios com tantos atrasos, disseram que as obras têm estado paradas devido à falta de pagamento aos sub-empreiteiros, a REFER adiantou que estas nunca es-tiveram paradas e que não é verdade que hajam pagamentos em atraso por parte da empresa.

está vedada e exigem ser indemnizados pelas quebras de facturação a partir dessa data.“A obra esta parada e estamos a perder as forças. A situação é insustentável a nível financeiro. Já houve muitos despedimen-tos”, disse em sede da Assembleia de Fre-guesia, Helena Rebelo, em representação

Os comerciantes do Largo da Estação ferroviária de Agualva-Cacém (Sintra) estão preocupados com os atrasos das obras na estação e queixam-se de quebras de facturação, que em alguns casos atinge os 60 por cento. Um pedido de indemnização está a ser ponde-rado.

Pedro ventura responsabiliza a REFER pelos atrasos na conclusão das obras, considerando “uma total irresponsabilidade”

dos comerciantes da zona, que exigem “urgência” na conclusão das obras.Na sequência de cartas enviadas às Refer, “foi dito que a obra seria concluída em meados do próximo ano”, o que signifi-ca, sete meses de atraso e mais prejuízos para os comerciantes.Esta empresária adiantou estar a prepa-rar um abaixo-assinado para entregar ao Ministério da Economia, que exige in-demnizações pelos “avultados prejuízos” provocados pelos atrasos, desde de Agos-to deste ano, “porque foi até esta data que fizemos as nossas contas”.Em jeito de desabafo, “deixem-no traba-lhar”, porque “a partir desta data não é possível continuar” disse indignada He-lena Rebelo, apelando ao presidente da Junta de Freguesia de Agualva, Rui Cas-telhano, “para estar ao lado dos comer-ciantes, não de uma forma moral, mas activa”.

PCP reúne com comerciantesOs proprietários estiveram reunidos com membros do PCP de Sintra, a quem ex-puseram as suas queixas e preocupa-ções. Em declarações à agência Lusa, Pedro Ventura, do PCP, responsabilizou a REFER pelos atrasos na construção da obra.“Isto é uma total irresponsabilidade e de-fendemos que se a REFER não tem essas verbas agora, o ministro dos transportes deve tomar as medidas necessárias para se terminar a obra”, disse.Pedro Ventura adiantou desconhecer se os atrasos se devem à “falta de pagamen-to aos subempreiteiros ou se foi por um erro de planeamento da própria estrutu-ra”, lembrando que em Julho os empre-sários fizeram uma greve no local, protes-tando contra pagamentos em atraso.O militante e autarca, assumiu o compro-misso de voltar a levantar o assunto em reunião de câmara, considerando que a resposta dada pelo Presidente da Câmara

na última reunião, “foi claramente insu-ficiente”, estando disponível para levar a questão à próxima Assembleia Muni-cipal e apresentar um requerimento na Assembleia da Republica. Para além destas medidas o autarca exortou os lesados a comparecerem nas reuniões públicas dos órgãos autárquicos exigindo a resolução imediata da situação.A comitiva da CDU era com-posta por Pedro Ventura, ve-reador em exercício na Câ-mara Municipal de Sintra, Rui Monteiro do executivo da concelhia de Sintra do PCP e Rui Ramos e Pina Gonçalves, eleitos pela CDU na Assem-bleia de freguesia de Agualva.

Page 8: Jornal OCIDENTE  02

8 Actualidade

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

O Governo quer reduzir em 35% os verea-dores eleitos das câmaras municipais e em 31% o número daqueles que exercem o car-go a tempo inteiro, segundo o Documento Verde da Administração Local apresenta-do esta semana pelo primeiro-ministro.

A proposta do Governo é que os 308 municípios portugueses passem a eleger menos 618 ve-readores, passando dos actuais 1.770 para 1.152. Já os vereadores “em regime de permanência” (que exercem o cargo a tempo inteiro) passariam de 836 para 576 (menos 260). O novo número de vereadores

eleitos resulta de um novo crité-rio que tem na base o número de eleitores de cada município. Assim, Lisboa e Porto passa-riam a eleger 12 e 10 vereadores, contra os actuais 16 e 12, respec-tivamente. Depois, municípios com 100 mil ou mais eleitores elegeriam oito vereadores; com 50 mil e 100 mil eleitores seis

vereadores; 10 mil a 50 mil elei-tores quatro vereadores; até 10 mim eleitores dois vereadores. O mesmo documento confirma ainda a pretensão do Governo de Passos Coelho de reduzir os dirigentes municipais para cer-ca de metade. Assim, passaria a haver menos 1.642 dirigentes municipais, o que corresponde a uma redução de 52 por cento.Segundo dados do executivo an-teriormente, existem atualmente 70 dirigentes superiores (direto-res municipais), 563 dirigentes intermédios de primeiro grau (directores de departamento e equiparados) e 2.504 dirigentes intermédios de segundo e ter-ceiro graus (chefes de divisão e equiparados), o que dá um total de 3.137 dirigentes.

Empresas municícipais

O primeiro-ministro anunciou aina que no novo regime jurí-dico do setor empresarial local apenas será permitida a exis-tência de empresas municipais que comprovem a sua utilidade pública, sustentabilidade finan-ceira e atuação segundo regras

de mercado.“Apenas será permitida a exis-tência de empresas municipais que tenham evidentemente comprovada a utilidade pública, a sustentabilidade financeira e a capacidade para atuar com base num conjunto mínimo de regras de mercado”, declarou o primei-ro-ministro.Antes, Passos Coelho assegurou que de acordo com o novo re-gime jurídico a apresentar pelo Governo “a constituição de no-vas entidades municipais fica-rá sujeita à obrigatoriedade de prestação prévia de informações à Direção Geral das Autarquias Local”.

Reacções

As associações que representam as autarquias vão estudar os cri-térios apresentados pelo Gover-no, mas desde já consideram que os ganhos serão mais em eficiência do que financeiros.“Do nosso ponto de vista, pode até acrescentar alguma despesa, dado que vai haver uma reorga-nização administrativa, vai haver freguesias com maior dimen-

O Governo quer reduzir em 35% os vereadores eleitos das câmaras municipais e em 31% o número daqueles que exercem o cargo a tempo inteiro (Foto: Lusa)

Governo quer reduzir número de vereadores eleitos

são”, disse Armando Vieira, pre-sidente da Associação Nacional de freguesias (ANAFRE).Também Fernando Ruas, pre-sidente da Associação Nacio-nal de Municípios Portugueses (ANMP) está “convencido de que não vai gerar poupanças significativas”.“Aliás, aquilo que os move é também algo a que nos associa-mos, que é o objetivo da efici-ência e da eficácia”, disse Ruas, salientando que se a reforma “trouxer benefícios de ordem financeira tanto melhor, mas, se não trouxer e trouxer ganhos de eficiência e de eficácia, já vale a pena uma reforma”.O Governo anunciou como ob-jetivo a redução “substancial” do número de freguesias, sem quantificar.“Tenho ouvido dizer que são à volta de 1200”, afirmou Arman-do Vieira, realçando que na sua opinião as freguesias não são demais “pelo trabalho que elas desenvolvem e pelo custos que têm para a República portugue-sa”.

Ocidente, rádio/jornal com Lusa

Administração local

Page 9: Jornal OCIDENTE  02

9Comércio Local Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Rádio Ocidentewww.radioocidente.pt

Feira de Stocks em Agualva

Nos dias 7, 8 e 9 de Outubro a AESin-tra vai realizar a terceira edição da Feira dos Stocks, que terá lugar em Agualva, no Largo da República.A iniciativa realiza-se no âmbito das ac-ções do MODCOM e visa dinamizar o comércio local, de proximidade, contri-buindo para o seu desenvolvimento, ge-rando mais oportunidades de negócio e dando a conhecer ao público consumidor todas as suas potencialidades. Há reservado um espaço para animação, com palco, onde decorrerão acções de

animação e demonstrações, de forma a incentivar a presença dos consumidores, para além de insufláveis para as crianças e distribuição de brindes. A feira conta com a presença de 25 ex-positores e um espaço específico para a realização de uma Mostra de Artesanato. Para além dos expositores, o stand da AESintra irá ser dinamizado pela distri-buição de brindes, associado ao CAR-TÃO RESIDENTE.Aqui o público pode encontrar produtos de diversas marcas a preços convidati-vos.

Sintra Talentos realizam sonho

Durante a realização da Feira dos Stocks, a AESintra promove o “Sintra Talentos”, uma iniciativa que pretende proporcionar a oportunidade dos jovens participarem no Sintra Moda/2011, que vai decorrer no Centro Cultural Olga de Cadaval, no pró-ximo dia 4 de Novembro. Até lá, serão escolhidos seis manequins do sexo feminino e dois do sexo masculi-no, que farão a sua primeira experiência ao vivo, no âmbito da Feira de Stocks, no dia 9 de Outubro. O Prémio final é garantir a participação no Sintra Moda/2011, ao lado de inúme-ros manequins do mundo da moda. Estas iniciativas têm a colaboração da Câmara Municipal de Sintra e da Junta de Freguesia de Agualva.

AESintra

A AESintra esteve reunida com vários parceiros europeus do projecto E-Incor-porate, que visa desenvolver metodolo-gias que facilitem a utilização de tecno-logias de informação e comunicação por parte de micro empreendedores e das pe-quenas e médias empresas.Segundo o presidente da associação, Ma-nuel do Cabo, esta é uma medida que, numa altura de crise, em que muitas mi-cro e pequenas e médias empresas não utilizam novas tecnologias nos seus ne-gócios, poderá ajudar a superar as dificul-dades dos empresários.“Estamos a falar de tecnologias de ino-vação que nos permitirão mostrar e valo-rizar os nossos produtos e a forma como os expomos. Há determinados mercados que não estão a ser bem desenvolvidos e queremos por os sistemas electrónicos a funcionar”, sublinhou o responsável da AESintra.

Apostar na Internet

Segundo Manuel Cabo, “é fácil vender pela internet” e que esta tecnologia de informação trará muitas vantagens aos sectores do vestuário, do mobiliário e da restauração.“Muitos restaurantes já começam a utili-zar o take away e muitos pedidos são fei-tos através da internet. Queremos dizer aos empresários que estas tecnologias es-

tão ao seu alcance e vão desde os compu-tadores até aos próprios telemóveis, que hoje já têm internet”, disse.A associação de empresários esteve reu-nida pela primeira vez, em Colares (Sin-tra), com parceiros do Instituto Madrile-no de Apoio ao Desenvolvimento Local, da Federação Madrilena de Municípios e do Instituto Tecnológico de Aragão, com vista à troca de experiências para aplica-ção do projecto que será financiado em 75 por cento por um fundo da União Eu-ropeia.

Troca de experiências

Em declarações à agência Lusa, Pablo Alonso, da Federação Madrilena de Mu-nicípios, considerou que esta troca de experiências entre os vários parceiros “é vital” para o desenvolvimento das micro e pequenas e médias empresas do espaço sudoeste europeu.“A crise afecta todos e precisamos de ter novas ideias e novas ferramentas para ul-trapassá-la”, refere Manuel Cabo.Nos próximos meses, a AESintra vai promover acções de formação junto dos quatro mil associados, de forma a sensi-bilizar os empresários para a aplicação das novas tecnologias aos seus modelos de negócio.

OCIDENTE, rádio/jornal com Lusa

Novas tecnologias para ultrapassara crise

A Associação Empresarial de Sintra (AESintra) quer ultrapassar a crise, reforçando a competitividade das pequenas e micro empresas associadas com a aplicação das novas tecnologias de informação nos modelos de negócios actuais.

Page 10: Jornal OCIDENTE  02

10 Educação

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTEEscola Básica Mestre Domingos Saraiva

Presidente e vice-presidente da Câmara de Sintra, inauguraram o novo Pólo de Jardim-de-infância e 1º Ciclo do Ensino Básico da Escola Básica Mestre Domingos Saraiva. Um novo equipa-mento educativo, que representa um investimento da autarquia na ordem dos dois milhões de euros.

O investimento permitiu o au-mento significativo da oferta ao nível do pré-escolar no Agrupa-mento de Escolas do Algueirão (Mestre Domingos Saraiva), assim como a entrada em fun-cionamento em regime normal da totalidade das suas turmas do 1.º ciclo.O edifício possui qua-tro salas de actividades para o pré-escolar, oito salas de aula para o 1.º ciclo, uma sala poliva-lente e um amplo espa-ço exterior com áreas de recreio adequadas a cada nível de ensino.A intervenção realiza-da na EB2,3 Mestre Domingos Saraiva in-cluiu ainda a requa-lificação do espaço exterior afecto ao 2.º e 3.º ciclos, através da substituição integral dos campos de jogos, da construção de ban-cadas, da substituição das co-berturas do refeitório e de um bloco de salas, bem como da instalação no pavilhão gimno-desportivo de um sistema de aquecimento de água através de painéis solares.Segundo o prof. Mário Silva, di-rector do agrupamento, a nova escola conta com 227 alunos, dos quais 152 do 1º ciclo e 75 para o Jardim-de-Infância, ga-rantindo que “todos os pedidos de JI foram satisfeitos”. Na inauguração da nova escola, contou com a presença de Fer-nando Seara e Marco Almeida, respectivamente, presidente e vice-presidente da Câmara de Sintra que destacam a impor-tância daquele equipamento na comunidade e no contexto con-celhio. “Este agrupamento está, actual-mente, em regime normal, com

o esforço financeiro e de inves-timento realizado pela Câmara”, sublinhou Marco Almeida des-tacando o investimento do mu-nicípio na área da Educação.Em breve vai ser inaugurado o Jardim-de-Infância da Escola

do n.º 2 do Cacém, estando em fase de obra a construção do JI do Linha e pólo do 1º Ciclo do

Agrupamento de Colares. De referir que o município vai ainda avançar com as obras de substituição da Visconde de Ju-romenha, na Tapada das Mercês e a ampliação da Escola Secun-dária EB2,2 da Terrugem alar-

gando a sua frequência até ao 12º. Ano de escolaridade.

Sintra oferece manuais escolares

A Câmara de Sintra vai distribuiu gratuita-mente 45.900 manuais escolares a alunos do primeiro ciclo, numa iniciativa que se repete nos últimos dez anos e que tem por objectivo, “diminuir os encargos das famí-lias com a educação”, disse Marco Almei-da, vice-presidente da câmaraSegundo Marco Almeida, este projecto arrancou em 2002 e este ano contemplou a entrega de manuais a todos os alunos de escolas do primeiro ciclo, num total de 15.300 estudantes, sendo os custos para a câmara de 370 mil euros.

Em 2010 foram entregues ma-nuais a 17 mil alunos, num total de 390 mil euros, verba suporta-da pela autarquia. “Quando há 10 anos, (...) tomei esta decisão pela primeira vez, sabia que te-ria enorme impacto social. Hoje, com a profunda crise que vive-mos, ela assume uma importân-cia extraordinária para as famí-lias”, refere Marco Almeida.

Entretanto e segundo o vice-presidente da Câmara de Sin-tra, responsável pelo pelouro da Educação, a diminuição do nú-mero de alunos acentua-se des-de 2006, com maior incidência nas escolas das zonas urbanas.

“Quando há 10 anos, (...) tomei esta decisão pela primeira vez, sabia que teria enorme impacto social. Hoje, com a profunda crise que vivemos, ela assume uma importância extraordinária para as famílias”, refere Marco Almeida (Foto: José Correia)

“Diminuir os encargos das famílias com educação”

Nas suas palavras, “isto não sig-nifica que a crise não se tenha acentuado e que não haja alunos a deixarem as escolas privadas, mas o concelho está a perder alunos porque não cresceu o que era expectável. O concelho parou do ponto de vista urbanís-tico”.

A entrega dos manuais aos agrupamentos contempla alu-nos até ao 5.º ano. No entanto, a partir do próximo ano lectivo a autarquia vai desenvolver uma espécie de “banco de troca de li-vros”, até ao 10.º ano.Feitas as contas, a autarquia de Sintra vai gastar este ano lectivo cerca de dois milhões de euros no transporte escolar de 6.758 alunos e mais de seis milhões de euros em refeições. No total, os 98 estabelecimentos de ensino do concelho de Sintra, vão servir mais de 2,4 milhões de refeições.

Seara e Marco Almeida inauguram Pólo JI e 1º Ciclo

Mira Sintra

Nos próximos dias 3, 4 e 5 têm lugar em Mira-Sintra (Sintra) as Festas em Honra de São Francis-co de Assis. A Comissão de Fes-tas preparou um conjunto de ac-tividade e iniciativas, religiosas e lúdicas com destaque, para a Caminhada pela Serra da Carre-gueira e as Exposições ‘Volunta-

riado’ e do Artesanato, no dia 5. Sábado dia 8, as Festas abrem com “ciclo turismo”, seguindo à tarde, música popular e tradi-cional portuguesa. Hora do Con-to, ginástica, teatro e um desfile de moda, são outras iniciativas previstas. Domingo, destaque para a “Missa Solene”, às 11h30 e a Procissão em Honra de São Francisco de Assis que se realiza às 15h30 e que será acompanha-da por vários grupos musicais. Animação Infantil, Quermesse e Feira Outlet Stocks, são outros motivos fortes, que convidam a uma visita.

Festas de São Francisco de Assis

Page 11: Jornal OCIDENTE  02

11Património

Rádio Ocidentewww.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTEPatrimónio / Sintra

Monte da Lua vai gerir Palácios de Sintra e Queluz

De referir que os dois palácios, antigas residências da Família Real, estavam sob a tutela do Instituto dos Museus e Conser-vação (IMC).A empresa PSMS, detida em 34 por cento pela SEC, através do Instituto de Gestão do Patri-mónio Arquitectónico e Arque-ológico (IGESPAR), tutela já, entre outros espaços, o Parque e Palácio da Pena, também anti-ga residência régia, o Chalet da Condessa d’Edla e o Palácio de Monserrate.No comunicado a SEC afirma que esta decisão “contou com o apoio dos ministérios que tute-lam o Turismo e as Florestas”, respectivamente o da Economia e Emprego e o da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Orde-namento do Território.“O objectivo é o de que os Palá-

cios”, escreve a SEC em comu-nicado – os palácios “que agora transitam da gestão do IMC para a Monte da Lua – beneficiem grandemente dos efeitos positi-vos decorrentes da sua inclusão num roteiro cultural integrado da zona de Queluz e Sintra, e também da eficácia da gestão da própria Parques de Sintra Monte da Lua, comprovada já por um crescimento de dezoito por cen-to nos seu resultados operacio-nais”,

Palácios residências oficiais

O Palácio da Vila, em Sintra, foi reedificado no século XV e ostenta características arqui-tectónicas mudéjares, góticas, manuelinas, renascentistas e

românticas. Uma das últimas intervenções foi feita no século passado sob orientação do ar-quitecto Raul Lino.Foi residência da Família Real portuguesa até 1910, quando se tornou Monumento Nacional, e já recebeu vários banquetes de Estado, designadamente quan-do das duas visitas da Rainha Isabel II, de Inglaterra.O Palácio Nacional de Queluz, também no concelho de Sintra, de traça barroca, de autoria do arquitecto Mateus de Oliveira, começou a ser construído no final da primeira metade do sé-culo XVIII. Serviu para receber a princesa espanhola Carlota Jo-aquina que se casaria mais tarde com D. João VI, mas inicialmen-te foi construído como residên-cia de D. Pedro de Bragança que se casou com a sua sobrinha, a Rainha D. Maria I que ali viveu quando mentalmente doente.Recentemente, os jogos de água e as estátuas de bronze dos jar-dins foram alvo de um restauro, apoiado em parte pelo World

Monuments Fund.O palácio foi residência régia de 1794 até 1807, quando a Família Real partiu para o Brasil e, em 1908, foi comprado pelo Estado que, em 1910, o classificou como monumento nacional. O palácio foi restaurado na primeira me-tade do século XX após ter sido alvo de um incêndio em 1934.

Uma das alas do palácio, o pavi-lhão de D. Maria, é actualmente um quarto de hóspedes exclusi-

Os palácios nacionais de Queluz e da Vila em Sintra vão passar para a alçada da empresa pública Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML), informou hoje em comunicado, ao Jornal OCIDENTE, a Secretaria de Estado da Cultura (SEC).

vo para Chefes de Estado estran-geiros, em visita a Portugal. A SEC esclarece que os PSML são uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000, na sequência da classi-ficação pela UNESCO da Paisa-gem Cultural de Sintra como Pa-trimónio da Humanidade e dos compromissos assumidos com a sua recuperação, conservação e divulgação.

“Diminuir os encargos das famílias com educação”

Paços do concelho

Sintra atribui Grau Ouro à empresa Würth

Na ocasião, Fernando Seara falou do “momento de particular dificuldade e in-definição” que afecta o futuro imediato dos cidadãos, das empresas, das institui-ções, até das nações. Ainda assim, “neste momento histórico, ser empresa boa ci-dadã é ser, essencialmente, empresa so-brevivente, sustentável e empregadora. Mais do que qualquer outra coisa”, sa-lientou o presidente da Câmara de Sintra, destacando o papel e a importância da Würth, como uma empresa com consci-ência social. “Por ser uma boa empresa, uma empre-sa que cria riqueza, que dá trabalho e que presta solidariedade à comunidade que integra”, razão porque o município de Sintra entendeu distinguir a empresa, sediada em Mem Martins (Sintra) com a medalha de ouro.

Empresa líder mundial

A Würth Portugal pertence ao Grupo Würth, multinacional líder de mercado na área da fixação e montagem profis-sional, que está representada em 84 pa-íses por mais de 400 empresas. As áreas de negócio em Portugal abran-gem ainda o comércio de parafusos e respectivos acessórios, produtos quími-cos, ferragens para mobiliário e cons-trução civil, buchas de vários tipos, material de isolamento, ferramentas manuais, eléctricas e pneumáticas, pro-dutos de manutenção e conservação, materiais de ligação e fixação, sistemas de arrumação e vestuário de trabalho. De referir que a Würth Portugal assegu-ra 750 postos de trabalho, apresentou 62 milhões de euros de facturação em 2010, tendo 13 filiais em território nacional (Sintra, Loures, Funchal, Maia, Braga, Paredes, Gaia, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Montijo e Quarteira). Em 2010, o Grupo Würth obteve um vo-lume de vendas de 8.633 mil milhões de euros em todo o mundo.

A Câmara Munici-pal de Sintra (CMS) atribuiu, no dia 23 de Setembro, a Medalha de Mérito Grau Ouro à empresa Würth, com sede no concelho, por ser “empresa que cria riqueza, que dá trabalho e que presta solidariedade à co-munidade que integra”.

Page 12: Jornal OCIDENTE  02

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

12 Empresas e Negócios Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

empresas & negócios€ € € € € € € € € € € €

INFANTÁRIO

O Infantário “Sítio do Picapau Amarelo”, situado em São Mar-cos (Sintra), foi fundado em 1993. Corresponde à concretiza-ção de um sonho antigo de Ma-ria de Fátima Rocha. Ao entrar neste espaço o que mais se sente é o complemento afectivo que utilizam na forma-ção de cada criança que aqui permanece. Tal como diz Maria de Fátima “trabalhamos essencialmen-te por Amor… Amor à vida…Amor à profissão … AMOR ÀS CRIANÇAS!”

No dia 1 de Setem-bro comemoraram o 18ºAniversário, e para assinalar a data, a festa no dia 10, juntou antigos e actuais alunos, familiares, funcio-nários e a m i g o s . Houve churrasco, quermesse, dança do ventre e muita animação. Mais que a festa dos 18 anos da fundação do Infantário, foi a co-memoração do sonho de uma menina que vivia em São Mar-cos, e que há 18 anos, já adulta o concretizou.

Pub.

Neste dia juntou a “sua famí-lia”, para em conjunto celebra-rem a “maioridade”. Como diz o poeta, “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”.

Parabéns, Fátima!

ANIVERSÁRIO

18º

SintraSegurança e trabalho em debateA Câmara Municipal de Sintra, em parceria com a ACT-Autori-dade para as Condições de Tra-balho, o ISEC-Instituto Superior de Educação e Ciência e a revista “Segurança”, organizam nos pró-ximos dias 25 e 26 de Outubro o Congresso SST SINTRA – Ma-nutenção e Reparação Seguras, em Sintra. Este evento insere-se no âmbito da Campanha da Agência Europeia para a Saúde e Segurança no Trabalho dedicada à “Reparação e Manutenção e Se-gurança”.

Magpower “Tecnologia solar” mora em Agualva-CacémA nova “coqueluche das tecno-logias solares”, uma célula foto-voltaica de um centímetro qua-drado com uma pela de vidro por cima, para concentrar a radiação, encontra-se guardada na Estrada de Paços de Arcos, em Agualva-Cacém, a centenas de metros do movimentado IC19. A está a ser produzida pela portuguesa Mag-power, liderada por Pedro Falcão e Cunha. (Jornal Negócios)

JurosBCE pode descer taxas

O governador do Banco Central da Bélgica disse que o Banco Central Europeu poderá agir so-bre os riscos para o crescimento europeu já em Outubro se os da-dos económicos forem desanima-dores.

Gouveia/Fontanelas

“Jardim do Petisco”

O restaurante “Jardim do Petis-co” fica na “Aldeia em Verso” – Gouveia – Fontanelas, em Sin-tra. É um espaço em estilo rústico, com ambiente descontraído e familiar. Gerido por Sofia Tei-xeira e Luís Vicente, que fazem questão de saber o nome de cada cliente logo à primeira visita ao restaurante pois a partir desse mo-mento passam a ser considerados ami-gos: “É isso que nos transmitem (que se sentem a jantar em casa de amigos) quando nos ligam a reservar mesa, ou aparecem para pe-tiscar!” – diz Sofia.Este espaço nasceu após o encerramen-

to da “Paixão dos Petiscos” em Lisboa. Por motivos pessoais foram obrigados a mudar a resi-dência para esta zona, pela qual rapidamente se apaixonaram, e assim que viram este espaço co-mercial decidiram “transferir” o “Paixão dos Petiscos” de Lisboa para o “Jardim dos Petiscos” de Gouveia – a alteração no nome deve-se ao jardim que tem em redor e que em breve terá tam-bém parque infantil. Por terem também filhos, sen-tem que deve haver um espaço para as crianças permitindo aos pais estar “umas horas” sen-tados a degustar petiscos, sem “obrigar” as crianças a estar sentadas, por isso criaram tam-bém um espaço no interior do restaurante destinado só a elas, onde podem brincar e os pais podem estar em convívio.

Com esta mudança de Lisboa para Sintra trouxeram todos os “amigos” que apreciam o con-ceito deste restaurante, onde não se comem refeições tradi-cionais, “apenas” constam na lista + de 100 petiscos feitos à base de produtos portugueses, desde os mais típicos aos mais inovadores, nomeadamente os enchidos de porco preto ali-mentado unicamente a bolota e confeccionados com receitas centenárias. Variedade na ementa não falta, a dificuldade sente-se na esco-lha, mas para ajudar na decisão dos petiscos está a Sofia, dentro das preferências de cada grupo, aconselhando a começar-se por aquilo que nunca se provou, a “ementa propositadamente não está por ordem alfabética, para não irem imediatamente ao que conhecem”.Todos estes petiscos são obra do Luís Vicente que, apesar da sua timidez, diz ser gratificante ser reconhecido por esta sua pai-xão, não permitindo ninguém na cozinha enquanto prepara as iguarias. “Não há petiscos aquecidos” daí fazerem questão de dizer que “este não é um espaço para vir comer à pressa, passamos o nosso dia-a-dia a correr. Aqui as pessoas podem descontrair e

aproveitar a refeição para con-versar, conviver, como não o fazem habitualmente, enquanto aguardam as suas escolhas, que são feitas ao momento, e essen-cialmente partilhar, este é o nos-so espírito e conceito: a partilha e o convívio”, refere Luís Vicen-te. “Mais que um restaurante cheio, queremos a casa cheia de amigos”, remata Sofia Teixeira.

Queijo assado, ovos mexi-dos com farinheira, salada de polvo com alho e coentros, tábua de enchidos, moelas, coraçõezinhos fritos, pernas de rã, amêijoas, tiras de por-co preto, cogumelos Porto-bello assados com queijo de cabra gratinado, e muitos, muitos mais…. (Estando ainda mais uns quantos em fase de estudo para uma pró-xima ementa.)Para acompanhar aconse-lham o vinho da casa engar-rafado da região de Évora, e uma fantástica sangria feita pela Sofia.

Sugestão do chefe:

Page 13: Jornal OCIDENTE  02

13História Local

Rádio Ocidentewww.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTEEspírito do Lugar e suas Memórias

Monte Abraão, a sentinela – o lugar de memórias (I)O Monte Abraão foi, e ainda é de certa maneira, um daqueles lugares em que se pode e tem, uma sensação de sedução pela História, pela Serra de Sintra, pela paisagem estuarina do Tejo. Em criança, vivemos du-rante anos essa mesma sensa-ção. Nesse tempo, a vertente Sul do monte ainda não estava urbanizada.

Paisagem soberba, no ondular do trigo (ainda que raquítico), na imponência dos seus três monumentos megalíticos, de lajes calcárias brancas de páti-ne milenar. Monumentos que lhe conferem o estatuto de lugar com espírito próprio, um Genius Loci. Se na actualidade a nossa sociedade, depauperada eco-nomicamente e desajustada so-cialmente, não percepciona esse “espírito do lugar” de imediato, ainda, assim, este continua for-te e “intimidador”. Razão pela qual alguns senhores, bem pou-cos por sinal, mas actuantes a coberto do desconhecimento da maioria, vão perpetrando suces-sivos atentados a este valiosíssi-mo património edificado, sem-pre na esperança de alcançar a possibilidade de “urbanizar” o que resta deste singular monte.Neste aspecto, a de degradação física destes monumentos, o de-nominado “Pedra dos Mouros” acaba por se tornar paradigmá-tico, já que ao longo de pouco menos de um século, foi alvo de acções antrópicas que, directa ou indirectamente, levaram a uma constante degradação que ame-aça, já, a própria existência físi-ca deste Monumento Nacional (1). A anta de Pedra dos Mouros localiza-se dentro da quinta co-nhecida por Senhor da Serra, ou dos Marqueses de Belas, numa

cota de 200m. Integra um dos conjuntos ou Cluster megalíti-co sepulcral (BOAVENTURA, 2009:37), mais importante da região de Lisboa. Na realidade a presença de três monumen-tos funerários megalíticos, res-pectivamente a referida Pedra

dos Mouros, a Anta do Monte Abraão e Anta da Estria, confere ao Monte Abraão, um estatuto de “ plataforma necropoliza-da” (2). É evidente que ao lon-go dos últimos cinco mil anos, este estatuto incorporou cam-biantes de proveniência diversa, mantendo-se, contudo, sempre dentro dos parâmetros, conhe-cidos e estudados, do culto dos

mortos. Culto que pressupõe, grosso modo, para este, como para outros lugares, o princípio da sacralidade do mesmo (3). Assim, entendemos, que é neste contexto que devemos interpre-tar, complexo grandioso ceno-gráfico setecentista denominado de: Santuário do Senhor Jesus da Serra, arrimado à encosta nas-cente do Monte Abraão, dentro

da vetusta quinta dos Senhores de Belas, os Condes de Pombei-ro e Marqueses de Belas. O Santuário do Senhor Jesus da Serra é, em dois dos seus as-pectos, os mais importantes, a saber: o da Sacralidade e o ce-nográfico; um caso de perfeita

simbiose, entre a geomorfologia do Monte Abraão e a sua Histó-ria Local. Esta última materiali-zada, na inclusão de um monu-mento pré-histórico megalítico de cariz funerário, em praxis ritualistas obrigatoriamente de-safiadoras, quer da Fé quer da

(1) - As antas Pedra dos Mouros, Monte Abraão e Estria, estão classificadas como Monumentos Nacionais pelo Decreto de 16/6/1910, publicado no Diário do Gover-no nº 136 de 23 de Junho de 1910. (2) - Uma expressão “emblemática” para este peneplanalto de 400 metros de altura máxima. “Fronteira” entre duas unidades geológicas distintas: o basalto, do Com-plexo Basáltico de Lisboa e os calcários do Cretácico, em particular das bancadas do Albiano-Cenomaniano Médio e Inferior, com calcários e margas do “Belasiano” (Ramalho et al., 1993; SGP, 1991). (3) - É raro o local sagrado de sedimenta-ção pré-histórica que tenha sido completa-mente esquecido ou perdido da memória colectiva local. Antes pelo contrário o mais usual é encontrar-mos locais em que o es-tatuto de sacralidade é contínuo desde o mais puro paganismo primitivo ao cristia-nismo saído da Contra-Reforma.(4) – O autor afirma que retomará o assun-to em edição posterior. Mas, tanto quanto julgamos saber, não voltou a fazer qualquer alusão ao assunto, pelo menos não encon-tramos qualquer registo do facto.(5) - Este Livro nunca chegou a ser impres-so, pelo que permanece em manuscrito. É frequentemente citado, com transcrições parciais em várias obras de cariz histórica por vários autores sobretudo nos primór-dios do século XX.(6) – Ainda, a este propósito tenha-se em conta os numerosos grupos revivalistas no Reino Unido, que utilizam os monumen-tos megalíticos para cerimonial do Solstí-cio, que o folclore contínuo a atribuir aos Celtas.(7) – O Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, tinha inúmeras propriedades no termo de Lisboa. Em Belas era detentor de algumas, sendo, uma delas, confinante com a quinta dos Senhores de Belas e co-nhecida como o Casal da Xetaria ou Chu-taria. É portanto, e do ponto de vista eco-nómico estratégico que os padres de São Vicente também aforassem terras vizinhas às suas, como é o caso referido.

Bibliografia:

BOAVENTURA, Rui Jorge Narciso, 2009 «As antas e o Megalitismo da região de Lisboa». Tese de Douto-ramento em Pré-História (em sorte digital). Submetida à F.L. de Lisboa de UCL, departamento de História. Volume I, pg. 37.ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA, N.º 80 de 1907

Fontes documentais:

- Arquivo Histórico Ultramarino. Tombo da Casa de Belas, pg. 19-22.

compleição física dos romeiros. A realidade é que, quer os ho-mens quer as mulheres ao desli-zarem pelo enorme esteio, com uma inclinação considerável, es-tão a perpetuar antigos ritos de fecundidade, no caso feminino, e de virilidade, no caso masculi-no. Os mesmos ritos que carac-terizaram as comunidades agro pastoris do Neolítico Final, pro-

dutoras destes monumentos na região, e que estão sempre pre-sentes no “imaginário” mágico e/ou religioso das comunidades rurais tradicionais em qualquer parte do mundo.Noutra ordem de ideias, volta-mos a constatar a real importân-cia do cluster megalítico funerá-rio do Monte Abraão. A história tem contornos simples e uma

raiz erudita; Vilhena Barbosa es-crevia no século XIX, no Archi-vo Pittoresco (4), que na quinta nos Senhores de Belas e Pom-beiro tinham em tempos antigos encontrado umas antiqualhas, entre elas uma “inscrição” se-pulcral com a seguinte inscri-

ção: HIC JACET VIRIATUS LUSITANOS DUX. A história está recheada de informações contraditórias e situações ro-cambolescas, que vamos tentar esclarecer. A informação surge-nos, em pri-meiro lugar, no Livro das Anti-

guidades e Cousas Notáveis de 1549, de João de Barros (5), onde se refere que um tal Pedro Ma-chado, proprietário da Quinta da Carregueira e por essa razão alcunhado de: “o carregueiro” procurou engrandecer historica-mente a quintã pelo que tentou forjar-lhe alguns vestígios ou “antiqualhas” históricas. Ora, sendo esta quinta vizinha da quinta dos Senhores de Belas e nesta pontificar os monumen-tos pré-históricos, facilmente se compreende que aos olhos e no entender de Pedro Machado, a sua também tinha de ser presti-giada. Mas, porquê o túmulo de Viriato? - Aqui, voltamos entrar numa outra ordem de ideias. No século XVI, século consagra-do ao Humanismo, a descoberta e compreensão dos vestígios ou, como então se dizia, das anti-qualhas é uma constante. Mas, o “despertar” do Homem qui-nhentista português para o pas-sado, o seu passado como povo e nação não estava completamen-te isento, ainda, dos Cânones da Igreja. Assim sendo, e segundo a lição das Sagradas Escrituras, os povos mais antigos do pós Dilúvio, para a Europa, eram os Celtas. Povos a que eram atri-buídas as inúmeras construções megalíticas disseminadas por toda Europa Atlântica e Medi-terrânica. Ora, tendo o Monte Abraão uma notável presença megalítica fu-nerária, reforçada, eventualmen-te por outros monumentos em áreas relativamente próximas, estes não passaram despercebi-dos aos Humanistas da Corte Portuguesa. Assim, e perante a presença tão localizada destes monumentos, a interpretação foi mais que lógica para a época: eram túmulos de chefes guerrei-ros celtas. A partir desta ideia interpretativa, a possibilidade destes túmulos poderem ser de Viriato e dos seus seguidores, foi apenas um curto “passo”, uma vez que Viriato fora o maior chefe dos Lusitanos que, como todos sabemos, era uma tribo de origem Celta ou Celtibérica. De resto, esta ideia dos Celtas como construtores Megalíticos só se desvaneceu já no século XIX, com o avançar da Arqueologia como Ciência. Ainda assim, a ideia continua a perdurar. Tome-se como exem-plo o famoso Obélix, persona-gem de banda desenhada da autoria de dois franceses, res-pectivamente Alberto Uderzo e René Goscinny, que nos aparece desde 1959 como um celta gau-lês construtor de Menires (6).

Voltamos a encontrar referencia a estes monumentos do Monte Abraão no século XVIII, quan-do a senhora de Belas, D. Maria Rita de Castelo Branco Correia e Cunha, faz o levantamento dos bens para proceder a novo tombo do morgado de Belas, em 1787. Pela informação sustenta-da na confrontação de proprie-dades, são referidas as antas: «… foreiros a este morgado, e com terra da Amendoeira, foreira aos frades de São Vicente de For; do Poente, com terras do mesmo prazo, foreira aos ditos padres, com terra chamada as Antas» (A. H. Ultramarino. Tombo da Casa de Belas, pg. 19-22) (7). Curiosamente, ou talvez não, no Casal de Monte Abraão também se localizava a forca da Vila de Belas. O Monte Abraão reunia e reúne todo um conjunto de me-mórias e de vestígios históricos que estão longe de serem esgo-tados.

Rui OliveiraArqueólogo e Investigador de História Local

Figura 1 – Archivo Pittoresco (1863) Foto 1 - Vista Oeste

Anta da Pedra dos Mouros

Foto 2 – Pedra dos Mouros. O estado actual do maior esteio, completamente destruído. (foto de Rui Oliveira)

Foto 2 – Romeiros do Senhor da Serra Foto 3 – Anta do Monte Abraão (Foto de Rui Oliveira) Foto 4 – Anta da Estria (Foto de T. Marques - Arquivo IPA)

Figura 2 - Planta interpretativa do monumentoIn: Ilustração Portuguesa N.º 80 de 1907 de autoria da arqueóloga alemã Vera Leisner

Page 14: Jornal OCIDENTE  02

14 Cultura

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Memória

“Documentos do mês”Com o objectivo de divulgar o vasto e rico espólio documental existente nos Arquivos Munici-pais, a autarquia escolhe men-salmente um documento que servirá de montra para perpetu-ar a história sintrense. Os “do-cumentos do mês” pretendem ser uma panorâmica e uma pri-meira abordagem à diversidade do património arquivístico da Câmara de Sintra.

PinturaArtistas de CáVários artistas sintrenses partici-param na exposição colectiva de Pintura, Desenho e Escultura de criadores residentes nos conce-lhos de Cascais, Oeiras e Sintra, designada “Artistas de Cá”, que pode ser visitada até 19 de Ou-tubro, entre as 19h00, na Gale-ria de Arte do Casino Estoril.

ExposiçãoArte Pública VIII“Um homem, um mundo” é o mote da oitava edição da Expo-sição de Escultura ao ar livre, que pode ser apreciada ao longo do passeio, na Volta do Duche em Sintra e o Palácio Valenças, até Junho de 2012.

TeatroUtopia faz quinze anos A Galeria Municipal Casa Man-tero/Biblioteca Municipal de Sintra acolhe, até 8 de Outubro, a exposição alusiva aos 15 anos Da Utopia Teatro. Meia centena de espectáculos, animações tea-trais e performances, nos quais participaram cerca de uma cen-tena de pessoas.

Centenário

Implantação da RepúblicaIntegrado nas comemorações municipais do centenário da Implantação da República, vai realizar-se no próximo dia 5 de Outubro, pelas 18H45, na Vila Alda, em Sintra, uma conferên-cia subordinada ao tema “Os Intelectuais e a República”, com a participação de Nuno Júdi-ce, ensaísta, poeta, ficcionista e professor universitário.

Palácio Valenças/Sintra

“O Menino Longínquo”, um Conto do Mar!Dia 1 de Outubro, vai ser lançado em Sin-tra, “O Menino Longínquo”, um Conto do Mar, livro escrito por Jason Forbus e ilustra-do pela artista Bissan Rafe Qasrawi. Sons do Mundo pela Banda Snakes & Lizards e pela homenagem a Maria Almira Medina são outros momentos da iniciativa.

Comemore o Dia da Casa das Cenas – Educação Pela Arte, dia 1 de Outubro, no Palácio Valen-ças, em pleno coração da Vila de Sintra. Parta nesta viagem com “O Menino Longínquo”, um Conto do Mar, livro escrito por Jason Farbus e ilustrado pela ar-tista Bissan Rafe. Navegue ainda com a interpre-tação criativa do grupo de Te-atro Tribo Amarela, explore a exposição ilustrativa do livro e envolva-se numa conversa aber-ta com os autores. Neste Dia Mundial da Música contagie-se pelos sons do Mun-do trazidos pela Banda Snakes & Lizards e pela homenagem a Maria Almira Medina, matriarca da Cultura Sintrense.O “Dia da Casa das Cenas” ce-lebra o encontro das artes atra-vés da presentação do Conto de Fadas do Mar “O Menino Lon-gínquo, no Palácio Valenças.

Viagem fantásticaEsta fantástica estória conta a aventurosa viagem de um meni-no que deixa a segurança da sua ilha para descobrir se o mundo é redondo, como todos acreditam, ou plano! O Menino Longínquo reflecte sobre o impulso huma-no para descobrir o mundo, mas sobretudo, fala-nos sobre a nos-sa sede insaciável pela verdade de uma forma muito inocente.

Jason Forbus nasceu em Roma a 17 de Dezembro de 1984. De dupla nacionalidade Italiana- -Americana e com raízes diversas e complexas desenvolveu, desde cedo durante a sua infância, um amor por viagens e um imenso interesse por outras culturas,

que o levou a viver, trabalhar e a estudar em diferentes países. A Literatura tem sido desde sem-pre a sua grande paixão.Bissan Rafe Qasrawi nasceu num campo de refugiados no Kuwait a 20 de Janeiro de 1986. Membro da Diáspora Palestinia-na, Qasrawi é uma viajante que vive entre vários mundos: entre a sua identidade do Médio Oriente e a cultura Americana, país onde reside actualmente; entre as ar-tes, que representam um motor de vida para explorar, e ciência, a sua forma de ajudar os outros. É uma artista reconhecida, e o seu caminho deverá levá-la até às margens da sua imaginação, onde os seus sonhos mais elusi-vos se encontram, esperando. Este conto de fadas foi já tradu-zido em várias línguas por pro-fissionais nativos e escritores.

Na Casa das Cenas – Educação pela Arte – Atelier Maria Almira Medina, a artista Maria Almi-ra Medina será homenageada, com uma surpresa, pela sua de-dicação ao desenvolvimento da Cultura Sintrense e ao Projecto Casa das Cenas – Educação pela Arte.

Estão abertas as candidaturas à atribuição do Prémio de Me-dalha Contemporânea de Sin-tra Dorita de Castel-Branco VI edição cujo valor do prémio é de 1.500 euros. Podem candidatar-se todos os artistas nacionais e estran-geiros residentes em Portugal

Prémio Dorita de Castel-Branco

País dePoetas

Movimentos vãosSozinho…Sozinho na longa noite do sonho, onde as estrelas se tocam.Talvez fosse o vento nocturno, ou a luz brilhante do luar.Tocam-se os ramos de uma árvore, grande, larga.Braços abertos espantados, para um mundo onírico.Sozinho…Sozinho no caminho para o regresso.Estradas que se cruzam como veias entumecidas de sangue.Canais onde navegam gôndolas de madeira, vertiginosas.Sozinho…Fora do tempo, fora do lugar.Braço que se apertam e deixam escapar o etéreo.Sozinho…Estrelas que se cruzam num céu negro como os olhos de coruja.Sozinho…Sem palavras, sem frémitos de criação.

Ana Aparício

Este espaço é seu.

Se escreve poesia, não esqueça os seus trabalhos na gaveta. Nós Públicamos. Envie os seus poemas para: Jornal

OCIDENTE, Rua das Eiras, 10-B, 2725 Mem Martins. Se preferir pode enviar por

e-mail: [email protected]

Para comemora, o também, Dia Mundial da Música, as Bandas Snakes & Lizards e Vero enri-queceram o ambiente já por si cultural e híbrido com sons do Mundo.

Ana Rita Matias

com idade igual ou superior a 18 anos. As candidaturas, bem como os respectivos trabalhos, devem ser dirigidas à Câmara Mu-nicipal de Sintra, Divisão de Animação Cultural – Praça da República, nº 23 (Edifício do Turismo), 2710-616 Sintra.

Page 15: Jornal OCIDENTE  02

15Cultura

Rádio Ocidentewww.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Ficha TécnicaDirector

Jorge [email protected]

963 964 040

RedacçãoAna Maria Rodrigues, Ana

Marreiros, João Paulo Teixeira, Rui Camões, Rui Oliveira, Solange

Henriques

Rua das Eiras, 10-B Mem Martins

2725-294 Mem [email protected]

Telef: 214 036 154 218 000 303

Rádio OCIDENTE ONLINE

Artur Barral, Fernando Mateus, Hugo Saraiva,

Jorge Lima, Jorge Manuel Cardoso, Lilia Sebastião

Mota, João Antunes, Marinela Tavares, Miguel Ângelo, Nuno Cachucho,

Nuno Diogo, Pedro Esteves, Paulo Barulho

Marketing / PublicidadeMaria Gaspar

[email protected] 386 599

FotografiaJosé Correia

CartoonLuis Cardoso

Design / PaginaçãoDesigner Gráfico:

Victor Duziteo

Impressão na Empresa Gráfica Funchalense, SAMorelena – Pêro Pinheiro

(Sintra)

Tiragem: 10 mil exemplaresDepósito Legal: 332891/11

Poetas

Congresso Hispano-Luso de Arboricultura

As árvores de Sintra vão estar sob o olhar especializado internacional, no decorrer do Congresso Hispano-Luso de Arboricultura que terá lugar nos Parques da Pena e de

Monserrate, entre 20 e 23 de Outubro.

– Abies normandiana e o Cedro do Himalaia- Cedrus deodara, seleccionadas de acordo com as suas particularidades para as palestras e workshops previstos.Além das sessões plenárias, terão também lugar mesas re-dondas, workshops técnicos, exposições de fotografia e co-merciais, visitas-guiadas e o 1º Campeonato Hispano-Luso de escalada de árvores.A temática do Congresso centra-se fundamentalmente na gestão de árvores monumentais e pa-trimónio arbóreo enquanto he-rança cultural, incluindo árvores em jardins históricos, botânicos e contextos urbanos.

Projecto “Talking Trees”

Durante o Congresso será tam-bém apresentado o Projecto “Talking Trees”, implementado pela Parques de Sintra – Monte da Lua, que envolve a classifi-cação e a georreferenciação dos exemplares arbóreos, disponibi-lização de informação aos visi-tantes relativamente às árvores dos Parques da Pena e Mon-serrate, através de tecnologias inovadoras em espaços naturais, nomeadamente identificadores RFID (Radio-Frequency Iden-tification). A informação é disponibilizada através de plataformas móveis (smartphones, tablets e PDA’s).Este Congresso será Certificado Carbono Zero, na medida em que todas as emissões de ga-ses com efeito estufa resultan-tes da organização e realização do evento serão quantificadas e compensadas, anulando por essa via, o seu efeito no clima.As actividades de comemoração do Ano Internacional das Flo-resta 2011 são dinamizadas pelo comité português, que envolve o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território e a Comissão Nacio-nal da UNESCO em Portugal.

Contando com três centenas de participantes de todo o mundo (incluindo Portu-gal, Espanha, Reino Unido e Brasil), e integrando as comemorações do Ano In-ternacional das Florestas, o Congresso tem como objecti-vo, debater a importância e a gestão de árvores monumen-tais, distinguidas doutras da sua espécie pelo porte, dese-nho, idade, raridade, interes-se histórico ou paisagístico.A realização deste Congresso Hispano-Luso, resultante de uma parceria entre a Parques de Sintra – Monte da Lua e a Associação Espanhola de Arboricultura, receberá cerca de 300 participantes, incluin-do técnicos de áreas ligadas à arboricultura, jardinagem, gestão de espaços verdes e gestão florestal, bem como gestores de arvoredo monu-mental de todo o mundo.A Parques de Sintra – Monte da Lua pretende, com esta iniciativa, divulgar o patri-mónio botânico à sua guarda, incentivar a investigação e a formação em arboricultura, estimular as melhores práti-cas na protecção e valoriza-ção das árvores históricas e reflectir sobre o seu papel na composição das paisagens culturais.

Árvores monumentais de Sintra

As árvores dos Parques da Pena e de Monserrate re-ceberão particular atenção por parte dos especialistas presentes, nomeadamente o Plátano – Platanus hybri-da, a Faia – Fagus sylvatica, a Thuya plicata e a Mag-nólia- Magnolia tripétala, bem como a Pseudotsuga – Pseudotsuga menziesii, a Araucária (Pinheiro Bunia) – Araucaria bidwillii, o Abeto

Oradores- Professor Dr. António Lamas – Presidente do Conselho de Administração da PSML- Dr. Salvador Cañís – Presidente da Associação Espanhola de Arboricultura- Professora Dr.ª Margarida Cancela de Abreu -Presidente da Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas- Professora Dr.ª Helena Freitas – Directora do Jardim Botânico de Coimbra e Vice-Reitora da Universidade de Coimbra- Dr. Rafael de la Cruz – Director do Alhambra e Generalife- Brian Muelaner – Perito em Árvores notáveis no National Trust- Eng.ª Carla Abrantes – Perita em arboricultura- Dr. Gabriel Iguiñiz – Perito em arboricultura- Dr. Gerard Passola – Perito em arboricultura- Dr. Mariano Sánchez – Perito em arboricultura

“A árvore histórica, herança cultural”

Page 16: Jornal OCIDENTE  02

16 Última

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

Outubro de 2011Jornal OCIDENTE

Queluz

Bombeiros fazem 90 anos

Taça Portugal Sintra entre os grandes

Almoçageme

Festas de Nossa Senhora da Graça

“Os Bispinhos”

Feira Saloia em Almargem do Bispo

Queluz

Oferta de manuais escolares

Abertura ano lectivo Sintra homenageia

Decorrem até 5 de Outubro, em Almoçageme (Colares) as Festas em Honra de Nossa Senhora da Graça. Uma tradição secular que se realiza há 243 anos e que este ano tem por objectivo a anga-riação de fundos que revertem a favor dos bombeiros Voluntários de Almoçageme, para a criação de um posto clínico no edifício do heliporto.

A Associação de Reformados e Pensionistas “Os Bispinhos” vai realizar a I Feira Saloia em Almar-gem do Bispo, com início às 8h00 e serviço de pequeno almoço. Pelas 15h00s destaque para a actuação do Grupo Coral “ Os Resistentes de Aruil” e às 16h00 a actuação do Rancho Folclórico Infantil “As Lavadeiras do Sabugo”.

A Junta de Freguesia de Queluz dispõe de alguns livros escolares para oferecer à população. A lista destes livros pode ser consultada nas instalações da Junta de Fre-guesia de Queluz, na Rua Conde de Almeida Araújo nº 44. Não se tratam de livros novos, mas apre-sentam um bom estado de conser-vação.

Uma vez mais o município de Sin-tra homenageou, no passado dia 21 de Setembro, docentes e não docentes aposentados e recepção à Comunidade Educativa, com a entrega de medalhas, bem como às Associações de Pais e Encarrega-dos de Educação que completem 10,15,20 e 35 anos de actividade. Fernando Seara, e Marco Almei-da, Presidente e vice-Presidente da Câmara de Sintra, respectiva-mente, estiveram presentes.

O FC Porto, detentor da Taça de Portugal, vai jogar em casa do Pêro Pinheiro (Sintra), equipa da série E da terceira divisão enquan-to o 1º de Dezembro (Sintra) da zona sul da segunda divisão, volta a receber o Sporting de Braga, di-tou o sorteio para a 3ª. Eliminató-ria da Taça de Portugal. Jogos com relato em directo na OCIDENTE, rádio/jornal

A Associação de Bombeiros Vo-luntários de Queluz, assinala em Outubro os 90 anos de actividade. A iniciativa inicia dia 2 de Outu-bro. A sessão solene está marcada para dia 23 com a inauguração de uma nova viatura de socorro, en-trega de diplomas e medalhas aos sócios e corpo de bombeiros, ter-minando com uma exposição com trabalhos realizados pelas escolas da Cidade de Queluz.

O cidadão norte-americano detido pela Polícia Judiciária, em Almoçageme (Sintra), opôs-se à extradição para os EUA, onde foi preso e fugiu há 41 anos, tendo oito dias para apresentar defesa junto do Tribunal da Relação de Lisboa. Fonte judicial disse que George Wright, conde-nado por homicídio nos Esta-dos Unidos e capturado pela PJ depois de estar há cerca de 20 anos em Portugal, vivia sob identidade falsa, com o nome de José Luís Jorge dos Santos.

Condenado detido em Sintra

Quartas-feiras/Parque da Pena

Cavalos de força na Serra de Sintra“Cavalos nas Florestas de Sintra – Tradição e Sustentabilidade” é o mote proposto pela Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML), para uma conjunto de iniciativas de demonstração, a partir de 12 de Outubro, às quartas-feiras, às 15h00, na Quinta da Pena, em Sintra. Nestas demonstrações os tra-tadores irão apresentar a forma como trabalham na floresta com os cavalos, nomeadamente atra-vés de exercícios de precisão (empilhando os troncos com determinada ordem), exercícios de força (puxando grandes tron-cos) e exercícios de equilíbrio

(um tronco por cima de outro), bem como efectuando percursos com os troncos entre as árvores (evitando obstáculos). Os cavalos são comandados es-sencialmente através de ordens vocais e sem grande auxílio das rédeas, reagindo a mais de 10 ti-pos diferentes de ordens vocais, e respondendo sempre pelo seu nome.Com estas demonstrações a Par-ques de Sintra pretende dar a conhecer o tipo de trabalho re-alizado pelos cavalos Ardennais e o facto de o seu impacto no solo ser mínimo ao passar pela floresta com o tronco (ao con-trário dos rodados de um trac-tor, que danificam substancial-mente mais o solo e a vegetação herbácea e jovem - arbustos e árvores).

Escola Básica Cacém nº.2

O ministro-adjunto e dos As-suntos Parlamentares, Miguel Relvas inaugurou no dia 28 de Setembro, o Jardim de Infância da Escola Básica Cacém nº.2.O edifício é constituído por duas salas de actividades, uma sala polivalente/refeitório e uma cozinha, permitindo a criação de resposta ao nível

do pré-escolar para 50 crianças, assim como garante o forne-cimento de refeição a todos os alunos deste estabelecimento de ensino, que conta com mais 89 alunos do 1.º ciclo do ensino básico. Para o município esta interven-ção representou um investimen-to de 312 mil euros e faz parte de

um conjunto de quatro novos equipamentos educativos que deverão entrar em funciona-mento ainda do decorrer do ano lectivo, apurou a OCIDENTE, rádio/jornal. A sua construção é financiada pelo Ministério da Educação no âmbito do Programa de Alarga-mento da Rede Pré-Escolar.

Ministro inaugura Jardim de infância