jornal o lábaro - setembro de 2013

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O LÁBARO A serviço da evangelização 1 Setembro 2013 Orgão Oficial da Diocese de Taubaté www.dt7.com.br/ A serviço da Evangelização “Este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado” (Lc 15,24). O LÁBARO Ano CIV - Edição nº 2.124 - Setembro 2013 Distribuição Gratuita Eu Sou a Luz Bíblia, um livro a ser lido, interpretado e seguido Págs. 10 e 11 Simpósio Teológico 50 anos do Concílio Vaticano II - História e Perspectivas (Deca- nato de Caçapava, de 23 a 27 de Setembro) Pág. 15 Novena de Santa Teresinha Acontece nos dias de 20 à 28 de Setembro no Santuário Diocesa- no de Santa Teresinha, em Tau- baté. Pág. 18 Diocese promove a “Campanha São Paulo pela Vida” D epois de percorrer as paró- quias da Diocese e promover mutirões de coleta de assinaturas, a Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté, intensifica a campanha pela Inter- net, buscando concluir o projeto de iniciativa popular que visa incluir o direito a vida desde a concepção na Constituição do Estado de São Paulo. Pág. 9 SETEMBRO Mês da Bíblia “Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam Lc 11, 28” Família Internacio- nal de Schoenstatt irá comemorar em 2014 o centenário de sua fundação Pág. 13 Dom José Antônio do Couto: viveu o Evangelho e anun- ciou Cristo! Pág. 12 E o Papa Francisco se fez um de nós, um “Papa do Povo” Págs. 16 e 17

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Page 1: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 1Setembro 2013

Orgão Oficial da Diocese de Taubaté

www.dt7.com.br/

A s e r v i ç o d a E v a n g e l i z a ç ã o

“Este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado” (Lc 15,24).

O LÁBARO Ano CIV - Edição nº 2.124 - Setembro 2013Distribuição Gratuita

Eu S

ou a

Luz

Bíblia, um livro a ser lido, interpretado e seguido

Págs. 10 e 11

Simpósio Teológico 50 anos do Concílio Vaticano II - História e Perspectivas (Deca-nato de Caçapava, de 23 a 27 de Setembro)

Pág. 15

Novena de Santa TeresinhaAcontece nos dias de 20 à 28 de Setembro no Santuário Diocesa-no de Santa Teresinha, em Tau-baté.

Pág. 18

Diocese promove a “Campanha São Paulo pela Vida”

Depois de percorrer as paró-quias da Diocese e promover

mutirões de coleta de assinaturas, a Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté, intensifica a campanha pela Inter-net, buscando concluir o projeto de iniciativa popular que visa incluir o direito a vida desde a concepção na Constituição do Estado de São Paulo.

Pág. 9

SETEMBROMês da Bíblia

“Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam Lc 11, 28” Família Internacio-nal de Schoenstatt irá comemorar em 2014 o centenário de sua fundação

Pág. 13

Dom José Antônio do Couto: viveu o Evangelho e anun-ciou Cristo!

Pág. 12

E o Papa Francisco se fez um de nós, um “Papa do Povo”

Págs. 16 e 17

Page 2: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização2 Setembro 2013

a voz do pastor

Diretor: Pe. Leandro Alves de SouzaEditor e Jornalista Responsável: Dom Antonio Affonso de MirandaEditora Executiva: Iára de Carvalho - MTB 10655Conselho Editorial: Pe. Silvio Dias, Mons. Marco Silva, Henrique Faria, Anaísa Stipp, Conego Elair Fonseca FerreiraProjeto Gráfico: Sol Moraes

O LÁBAROA serviço da evangelização

Departamento de Comunicação da Diocese de TaubatéAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

Impressão: Katú Editora GráficaTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) site: www.dt7.com.br email: [email protected] As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.

CURA D´ARS

“Ai de mim se eu não evangelizar” (1 Cor 9.16)

1. “Muitas vezes e de muitas formas, Deus falou no passado a nossos pais por meio dos profetas. Nes-ta etapa final nos falou por meio de um Filho, a quem nomeou herdeiro de tudo, por quem criou o univer-so”. (Hb 1.1-2).

Jesus é o verdadeiro reve-lador e exegeta do Pai, além

de único mediador entre Deus e os homens. Verda-deiro revelador porque esta é a missão recebida do Pai. Autêntico exegeta porque sendo a própria Palavra Viva, conhece a Trindade e a realidade toda, por isso, torna a mensagem de Deus sempre atual e questiona-dora, além de reveladora.

Deus continua a nos educar, principalmente, pela Palavra e pela graça - seus grandes meios de co-

municação e conversão. Os profetas a receberam, e fa-lavam em nome de... Jesus é a própria Palavra feita sal-vação. Por isso, São João afirma que serão todos en-sinados por Deus (Jo 6.45). Quem, portanto, O escutar e Dele aprender, é atraído a Cristo, acrescenta o pró-prio Jesus (Jo 6.45).

Os Profetas precederam a Jesus – preparando Sua chegada, os Apóstolos fo-ram enviados para conti-nuar Sua obra. Os Santos Padres de outrora, assumi-ram sua parte, como, nós devemos assumir a nossa: Evangelizar. Quem não o fizer, é omisso, comprome-te a missão de Cristo e da Igreja.

2. Sem verdadeira e constante evangelização não há educação da fé, pois faltará o principal para a eficácia da missão. Deus continua também hoje a chamar, educar e enviar, como fez com os doze que permaneceram com Cristo, e foram formados, ouvin-do, vendo e acompanhan-do o Mestre. Hoje, mais do que nunca, a Evangeliza-ção é necessária. A Bíblia está nas mãos de todos os membros das Igrejas e das denominações religiosas Cristãs. Mas a afinação dos instrumentos é feita por músicos de escolas de afinação diversificada. Por isso mesmo, a Palavra de Deus está sendo instru-mentalizada e ideologiza-

da, não poucas vezes. Ser evangelizador é ser

autêntico transmissor da Boa Nova. Dois mil anos nos separam de Cristo, no tempo, mas a constante li-gação histórica com nossos predecessores nos liga a Pe-dro – Paulo, e ao próprio Cristo. Cabe-nos evangeli-zar mais, melhor com a Pa-lavra, e com o testemunho, a exemplo de São João Ma-ria Vianney.

Sem querer acusar a nin-guém, mas até agora nosso Cristianismo vive muito de “opiniões” e pouco de convicções. A fidelidade ao “múnus docendi” é su-perficial, e isso prejudica o múnus “regendi e santi-ficandi”. Além do mais, o mundo globalizado com os modernos paradigmas vigentes, é prejudicial ao trabalho missionário. Jesus realizou com os doze, ten-tativas de missão, e depois os enviou definitivamente: “Ide evangelizar... Ide fa-zer discípulos, não apenas batizados. Ide fazer teste-munhas com vosso teste-munho. São Pedro pede que os cristãos saibam dar as razões de esperança que os anima. Hoje, mais do que nunca, são necessá-rios “Paulos”, e “Lucas”, homens de convicção. De missionários. (Scio cui cre-didi – 2 Tm 1,12).

3. Precisamos de novos e autênticos “Cura D´ars”. Ele, certamente, não era tão prendado intelectual-

mente, nem tão aquinho-ado em termos retóricos. Mas era um homem de fé e de amor a Deus e à Igreja. Era um homem de oração e vida sacramental. Tinha intimidade com o Cristo Eucarístico, e sabia carre-gar sua cruz, a exemplo do Mestre. Não tinha co-nhecimentos teológicos de ponta, mas crescia na santi-dade e na fidelidade, todos os dias. Era um homem de Deus: sua Igrejinha estava sempre aberta para acolher os irmãos pecadores, e no confessionário da mesma forma, havia sempre um confessor misericordioso e um pastor semelhante ao Supremo Pastor: Jesus Cristo. Os fiéis de Ars, no começo, faltavam, mas de-pois cresciam. E hoje, em nossas comunidades? Se o Papa Bento XVI chamou tanta atenção para o gran-de Cura D´ars é porque precisamos de homens da envergadura apostólica dele. Como tornar nossas paróquias comunidade de comunidades, como con-seguir a conversão a Cristo, à pastoral, e assumir as ur-gências pastorais, não sen-do pastores semelhantes a São João Maria Vianney??

Parabéns, e que possa-mos todos, lembrando São João Maria Vianney, tor-nar-nos mais semelhantes a ele. Felicidades!!

________________________Dom Carmo João Rhoden, SCJBispo de Taubaté

Page 3: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 3Setembro 2013

No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era

apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onero-sos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobran-ça desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, ver-dadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tar-de, trocaria seu nome para Mateus, o “dom de Deus”. Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e en-controu com o cruel Levi. Olhou--o com firmeza nos olhos e disse: “Segue-me”. Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu ren-doso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Acredita-se, mesmo, que tal mu-dança não tenha realmente ocorri-do dessa forma, mas sim pelo seu

próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na verdade, o que se imagina é que Levi havia algum tempo cultivava a vontade de se-guir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no ca-minho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tor-nou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompa-nhando-o em todas as suas cami-nhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apósto-lo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolo-meu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-

-se pelo mundo e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que manda-ram arrancar-lhe os olhos e o en-carceraram para depois ser sacrifi-cado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Ma-teus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi cha-mado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Can-dece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os pre-sentes. Com esse ato, Mateus con-seguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos

apostólicos. São Mateus morreu por ordem

do rei Hitarco, sobrinho do rei Egi-po, no altar da igreja em que cele-brava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconforma-do com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.

No ano 930, as relíquias mor-tais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igre-ja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo.________________________fonte paulinas.org.br

santo do mês

21 de Setembro - São Mateus

mais informações acesse:

Page 4: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

4 Setembro 2013

Breve revisão históricaAs roupas utilizadas pelos

ministros nas celebrações litúr-gicas originaram-se das vestes gregas e romanas. Nos primei-ros séculos, a forma de vestir das pessoas foi também adota-da para o culto cristão, e esta prática foi mantida na Igreja. Como nos relata alguns escri-tores eclesiásticos, os minis-tros sagrados usavam suas me-lhores roupas, provavelmente reservadas para a ocasião, mas em nada diferentes da roupa dos demais participantes das celebrações.

Com o declínio do Império Romano, os costumes, e com eles também a forma de vestir dos novos povos que começa-ram a invadir os territórios do-minados pelos romanos, foram introduzidos no Ocidente, le-vando a “mudanças na moda”. A Igreja, ao contrário, mante-ve essencialmente inalteradas as roupas usadas pelos sacer-dotes no culto; foi assim que as vestes de uso cotidiano acaba-ram por se diferenciar das de uso litúrgico.

Função e significado espiritual

Quanto à sua função, as vestes litúrgicas apresentam dois sentidos bem precisos:

Primeiro: a veste litúrgica é um sinal – em um agrupamento de pessoas temos a necessidade de localizar aquele que desempenha um papel específico. Na sociedade temos médicos, bombeiros, garis, alunos com uniforme que identifi-ca sua escola, etc; na liturgia temos bispos, padres, diáconos (todos eles ministros ordenados) mas também temos coroinhas, leitores, MECEs, etc, que igualmente desempenham verdadeiros ministérios litúrgicos e que podem ser identificados pe-las vestes que utilizam. Assim se expressa a Introdução do Missal: “Na Igreja, Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham a mesma função. Esta diversidade de funções na celebração dos sa-cramentos manifesta-se exterior-mente pela diversidade das vestes sagradas, que por isso devem ser um sinal da função de cada minis-tro” (IGMR 335).

Segundo: a veste litúrgica é um símbolo – aquele que se reveste de

algum paramento quer indicar que naquele momento ele não fala, age, preside ou realiza qualquer outro ato em nome próprio, mas que o realiza em nome de Cristo e por mandato da Igreja. Os diver-sos ministérios e carismas na Igre-ja tem seu fundamento em Cristo e no Batismo, sacramento que nos insere Nele. Desse modo a veste comum a todos os ministros, sejam eles ordenados ou não, é a túnica, que longe de representar qualquer realidade clerical, quer resgatar a dignidade comum de todos os bati-zados, revestidos de Cristo, simbo-lizado pela veste branca recebida no dia do batismo e que “cresceu” com o batizado que se tornou mi-nistro de Cristo e da Igreja – seja pelo ministério ordenado, instituí-do, confiado ou reconhecido pela Igreja.

A Instrução do Missal prevê o uso da túnica por todos os acóli-tos, leitores e outros ministros lei-gos, ou outra veste legitimamente aprovada pela Conferência Episco-pal em cada região. (IGMR 339). Com esta prescrição, o Missal Ro-mano possibilita o uso das atuais formas de vestes para leitores que pelo Brasil tem se popularizado – inclusive como resposta de nossa cultura local à necessidade do uso de uma veste que possa distinguir os Leitores dos demais ministros sem “clericalizá-los” por meio do uso da túnica, comum aos minis-tros ordenados.

_______________________________Pe. Roger Matheus dos SantosAssessor Diocesano da Liturgia

O LÁBAROA serviço da evangelização

Liturgia

Importância das vestes na Liturgia

Investir no espiritual é qualidade de vidaTemos Bíblias, livros, cartões, lembranças de batismo, comunhão e crisma, camisetas e baby-looks, terços, imagens e presentes em geral. Em breve, novidades. Av. José Felipe Cursino de Moura, 343 - Vila Aparecida - Taubaté - SP CEP:12052-090 [email protected](50 m da Casa do Construtor e próx. Supermercado Semar)

NOME DE SÃO JOSÉ INSERIDO NAS ORAÇÕES EUCARÍSTICAS DO MISSAL ROMANO

A Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramen-tos, por meio de um de um decreto emitido no dia 1º de maio passa-do, inseriu São José no texto das Orações Eucarísticas II, III e IV do Missal Romano. “Na Igreja Cató-lica os fiéis, de modo ininterrupto, manifestaram sempre uma especial devoção a São José honrando so-lenemente a memória do Esposo da Mãe de Deus como Patrono ce-leste de toda a Igreja; de tal modo que o Beato João XXIII, durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, decretou que no antiquíssimo Câ-non Romano fosse acrescentado o seu nome. O Sumo Pontífice Bento XVI acolheu e quis aprovar tal ini-ciativa manifestando-o várias vezes, e que agora o Sumo Pontífice Fran-cisco confirmou, considerando a plena comunhão dos Santos que, tendo sido peregrinos conosco nes-te mundo, nos conduzem a Cristo e nos unem a Ele”, explica o decreto.

A partir de agora, no texto das Orações Eucarísticas II, III e IV, o nome de São José deve ser coloca-do depois do nome da Bem-aventu-rada Virgem Maria como se segue, por exemplo, na Oração Eucarística II: “com a Virgem Maria, Mãe de Deus, com São José, seu esposo, os bem-aventurados Apóstolos...”. O decreto determina que a adição seja feita “a partir de agora”, ou seja, a partir de 19 de junho de 2013, data em que foi publicado o decreto.

Page 5: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

5Setembro 2013O LÁBAROA serviço da evangelização

história

É assim que julgo a pas-sagem, pelo mundo, de

Dom Othon Motta, com quem tive de cruzar cami-nhos nos serviços da Igreja de Campanha, em Minas Gerais, nos idos anos de 1977-1981.

Bendigo a Deus pelas re-miniscências que vou exa-rar agora, por escrito, para que se perpetue na história a lembrança desse real ser-vo de Deus que foi Dom Othon Motta, a quem su-cedi, não sem hesitação prolongada, após a consul-ta que me foi dirigida pela Nunciatura Apostólica.

Lembro-me, fugazmen-te, ter conhecido Dom Othon num almoço, não sei bem se em Juiz de Fora, na residência episcopal. Eu, jovem Bispo de Lorena, e ele, parece-me que, então, era Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro. Prosa animada pelo espírito alegre de Dom Othon. Fiquei cativo de seu sorriso acolhedor, na refei-ção amiga que nos oferecia Dom Geraldo Maria Peni-do, Arcebispo já, se não me engano, da Arquidiocese de Juiz de Fora. Gostou de mim Dom Othon, como eu dele gostei. Acho que foi recíproca a simpatia.

Passados alguns anos, recebia a consulta da Nun-ciatura Apostólica para ser Coadjutor com direito à sucessão de Dom Othon Motta. Demorei a dar res-posta. Dom Othon me telefonou para nos encon-trarmos em Baependi, na residência das Irmãs Fran-ciscanas. Ele estava ansio-so para que eu aceitasse a indicação que fizera de meu nome para seu futuro sucessor.

Poucos meses antes me convidara para pregar o re-tiro ao clero da Campanha, o que fiz com sincero agra-do. Agora, ele me dizia que seu clero me estimava, que seria recebido com simpa-tia para Coadjutor dele e

futuro sucessor. Eu, com a carta consulta retida há quase um mês, pensava e hesitava. Foi sua insistên-cia, sua simpatia e lealda-de, que me fez dizer, enfim, o assentimento, já desfeitos todos os meus receios.

Dom Othon afigurou-se--me um conselheiro amigo e companheiro, a quem não soube negar a aceitação de seu insistente convite.

E, a 6 de janeiro de 1977, eu fazia minha entrada so-lene na Catedral da Cam-panha, e era empossado como Coadjutor com di-reito à sucessão de Dom Othon.

Senti que a terrível doen-ça que o acometera – Park-son – fazia avanços em seu corpo que se empenhava por armar-lhe resistência. Em vão. Do corpo o mal passou-lhe à mente. Dia a dia o bom e querido amigo tornava-se mais combalido.

Pobre Dom Othon! Como sentia os seus desfaleci-mentos. E nada poder fa-zer, a não ser demonstrar--lhe meu fraterno afeto.

Por último ele se fixava mais no Rio de Janeiro, na casa de sua irmã. Era for-te, heróico, resignado no sofrimento, mas amava o episcopado de que fora in-vestido por graça de Deus. Nunca aceitou renunciar. Conservou o título de Bis-po da Campanha até o fim.

Um dia, recebi da Nun-ciatura a comunicação de que o Santo Padre me no-meara Bispo de Taubaté, Diocese então vaga pela renúncia de Dom José An-tônio do Couto, e avisava--me o Sr. Núncio Apostó-lico que eu me desligava, assim, da administração da Campanha e devia Dom Othon assumir o governo da Diocese.

Ele se achava no Rio.

Telefonei-lhe dizendo que a Diocese estava vaga, em virtude de minha transfe-rência, e, conforme o avi-so da Nunciatura, devia ser assumida por ele Dom Othon, de vez que ele era o Titular. Ele alegou não ter condições de saúde para reger sua diocese. Mas a explicação da Nunciatura foi que ele não renunciara; era o titular, portanto era o responsável, que devia assumir a sede então vaga. “Não tenho saúde para isso” – disse ele. E chorou, coitado! Mas era imperioso voltar a Campanha e assu-mir. Ele voltou, obediente, e assumiu.

Não pude seguir os trâ-mites quais foram, a partir de então. Um dia eu estava em Barbacena, e li num jor-nal: “Faleceu Dom Othon Motta, em Campanha. Seu enterro será hoje”. Nem se saísse na mesma hora, eu não chegaria a tempo. Limitei-me a dirigir um te-legrama ao Mons. Lefort, Chanceler do Bispado, pe-dindo que apresentasse a todo o clero os meus senti-mentos.

Dom Othon Motta deixou, tenho

certeza, imensa saudade. O povo o terá chorado com o seu clero. E eu, parecia-me ouvir, por dias, o sino

tangendo fúnebre.Um homem, um

Bispo, um Santo, não estava mais

presente em Campanha.

Eu não quis ir lá por vários anos. Dom Othon Motta afigurava-se-me o ícone daquela Diocese, que ele amava e de lá não devia ser tirado nem pela morte.

Alguém já me perguntou se eu não gostei de Cam-panha, e, se por isso, pedi para ser removido de lá.

Não. Não pedi para sair de lá. Nunca pediria.

Alguém, ou melhor, al-guns (Deus já os julgou) não me aceitaram em Campanha. Eu os perdoei. Lá não era, com certeza, o chão para fixar minhas raízes. Deus sabia disso e removeu-me para Tauba-té. Foi Dom Othon que me quis em Campanha. Só duas amizades tive nes-sa cidade: Dom Othon e o Mons. Lefort.

Sem profundos laços de amizade, muito fiquei de-vendo a dois padres, para os quais solicitei à Santa Sé o título de Monsenhor: Pe. Hugo e Pe. Joaquim Mar-ciano.

Campanha, no entanto, não é um assombro para minhas lembranças. Muito aprendi, onde muito sofri.

Ao lembrar agora os Cem Anos desse grande Santo, que foi

Dom Othon Motta, louvo a Deus por o ter conhecido, e bendigo as horas edificantes que

passei a seu lado.Um Santo não morre.

No Céu, Dom Othon, que reza por sua saudosa Dio-cese, ora também por mim, que o sucedi, e ali estaria talvez até hoje, se aquele fosse o chão que acolhesse minhas raízes.

Como seria prazeroso para mim, se Dom Othon estivesse vivo, e eu, a seu lado, pudesse, na mesma Campanha da Princesa, cantar “Parabéns para você!” nestes Cem anos!

Dom Othon, receba, nos céus, a expressão sincera do meu afeto e da minha saudade!

________________________Dom Antônio Affonso de Miranda, SDN - Bispo Emérito de Taubaté

Dom Othon Motta e a pianista Dulcemar Lafaille Silva, dois do grandes colaboradores para a realização Casa da Criança.

Acervo Fotográfico Paulino Araújo - Foto Araújo - Campanha MG

DOM OTHON MOTTA – CEM ANOS!

Page 6: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização6 Setembro 2013

Diocese em foco

“Não podemos, na verdade, invocar a Deus como Pai

de todos, se recusarmos o tratamento fraterno a certos homens, criados também à imagem de Deus. A relação

do homem para com Deus Pai e a relação do homem para com os homens irmãos, de tal modo se interligam, que a Escritura chega a afirmar:

‘quem não ama, não conhece a Deus’ (1Jo 4,8)” (Declaração

Nostra aetate sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs, n.5).

Neste ano em que se comemora o cinquentenário do Concílio

Vaticano II, e imbuídas do espírito desse grande referencial dogmá-

tico-pastoral da Igreja, as equipes de diálogo ecumênico e interreli-gioso das dioceses do Regional Sul 1 reuniram-se para seu encontro anual. O momento aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de agosto, no Hotel Vila Dom Bosco, em Campos do Jordão. A coordenação do evento coube à Casa da Reconciliação e ao seu responsável primeiro, cône-go José Bizon, da arquidiocese de São Paulo. A Casa tem como ob-jetivo promover a interação entre as diversas Igrejas e religiões, seja sediando momentos dessa nature-za, seja coordenando iniciativas de encontro em outros espaços Brasil a fora.

O tema deste ano foi “Fé Abraâ-mica em Diálogo: judeus, cristãos e muçulmanos”. Os assessores de-

senvolveram suas reflexões a partir de suas crenças religiosos, áreas de especialização e do documento conciliar Declaração Nostra Aeta-te. O rabino Raul Meyer represen-tou a Comunidade Judaica; Sheikh Houssam Ahmad El Boustani, o Islamismo; Pe. Marcial Maçanei-ro, a Igreja Católica; pastor Lau-ri Wirth, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Os trabalhos de avaliação e prospec-ção das atividades das equipes ecu-mênicas foram conduzidos pelo reverendo José Carlos Volpato, da Igreja Presbiteriana Independente. Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar de São Paulo e atual refe-rencial para o diálogo ecumênico e macroecumênico do Regional Sul 1, também se fez presente e cele-

brou, no último dia, a missa para os fiéis católicos.

Nossa diocese foi representada por seu assessor e coordenador para o ecumenismo e diálogo in-terreligioso, diácono Adônis Sou-za Pinto, bem como pelo diácono José Rodrigues e pelo seminarista Marcelo Henrique de Souza (do segundo ano de Teologia).

Aqueles que se interessarem por esta área da missão evangelizadora da Igreja, que está sempre a buscar e a discernir a verdade, desejosa de amar mais e melhor os homens e mulheres, entre em contato com o Secretariado Diocesano de Pas-toral: (12) 3632-2855 /3631-799; e-mail: [email protected].

XVIII Encontro Ecumênico do Regional Sul 1

Page 7: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 7Setembro 2013

Page 8: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização8 Setembro 2013

Diocese em foco

Tivemos uma surpresa muito gratificante em

nossa paróquia (N. Sra. do Rosário - Taubaté), quando num sábado, o Paulinho, que faz parte do pessoal do Museu da Mitra (D. Epami-nondas), veio até a casa pa-roquial chamar-me, a mim ou ao pároco (Monsenhor Eugênio) para ir até o Mu-seu pois havia lá um grupo de jovens italianos, que, ao final da visita gostaria de visitar também o Santu-ário de Santa Teresinha. Naquele exato momento, Monsenhor não estava e eu fui. Chegando ao Museu encontrei a Curadora, pro-fessora Olga explicando a origem, as características e os detalhes daquelas tantas peças sacras do acervo, que tanto nos orgulham. A tra-dução era feita por Padre Victor Hugo Porto. Senhor Bispo, que fala muito bem italiano, também guiava o grupo de jovens pelos me-andros daquela instituição. Os jovens, afeitos à museus e sítios arqueológicos, mos-travam-se muito interessa-dos.

Eu, chegando e vendo aquilo

cheguei mesmo a expressar minha admiração ao ver aquelas dezenas

de rapazes e moças, tão jovens

e tão cheios de vida, interessados

em toda aquela “velharia”. Claro que sei do valor

histórico e cultural das peças e

imagens, mas isto é um pouco raro

no meio de nossa juventude por aqui.

Pois bem. Padre Victor Hugo, que reside em Pin-da, junto à paróquia de Nossa Senhora da Assun-ção, foi um dos responsá-veis (mais padre Luis Pau-lo) pela organização da ida dos jovens pindenses ao Rio por ocasião da Jorna-da Mundial da Juventude. Pinda acabou por receber, entre tantos outros, esses jovens italianos que vie-ram, por certo, participar da Jornada no Rio, mas co-nhecem o papa pois vivem em Roma (pelo que li nas costas das camisetas deles, eram da Paróquia de São Lourenço, Roma) mas eu senti que vieram, também ou principalmente, para se encontrar com seu querido dom Hugo. É assim que chamam os italianos os pa-dres, de “dom”, coisa que aqui no Brasil nós reserva-mos somente para os se-

nhores bispos. A gente via que aqueles jovens conhe-ciam e amavam padre Vic-tor Hugo. Também pudera, padre Victor Hugo viveu por mais de doze anos em Roma e, por certo, em con-tacto muito direto e estrei-to com aquela rapaziada. Acompanhavam-nos dois padres de lá, um checo e outro italiano mesmo, am-bos da sua paróquia de ori-gem e mais um casal: Esté-fano e Ana, em cuja casa eu mesmo tive oportunidade de visitar e comer uma bela massa de quando de minha ida à Roma para celebrar meu jubileu de prata sacer-dotal e padre Victor Hugo foi meu generoso e aben-çoado anfitrião. Este casal, em Roma, lidera na área em que vivem em Roma, o movimento “Comunhão e Libertação”, ou mais co-mumente conhecido como “O Caminho”, ainda não tanto conhecido em nossa diocese, pelo menos tanto quanto eu saiba. Termina-da a visita às obras de arte do museu, a Diocese lhes ofereceu um almoço (não tinha feijão e arroz, mas tudo mais na linha euro-péia de degustação) e então eles foram para o santuário. Nesse ponto, Monsenhor Eugênio já os estava espe-rando, e celebraram uma belíssima missa em italia-

no, com leituras e cânticos naquela língua, aos pés da imagem de nossa querida “santinha das rosas”.

Eu fiquei muito impres-sionado com aqueles, cer-ca de cinquenta, rapazes e moças, bonitos e cheios de vida, em suas bermudas e camisetas, muitas com o logo da Jornada, e enrola-dos nas bandeiras do Brasil e da Itália, alegres e cheios de vida, mas de uma fé e de uma capacidade de con-centração que me encanta-ram.

Parecia que eles estavam mesmo contagiados pelo “clima” da jornada, pelo charme do papa, pelas gra-ças daquele tempo de gra-ça. Padre Victor Hugo com liderança serena lhes inspi-rava confiança e lhes dava um senso de ordem.

É difícil guiar por terras estranhas, tantos jovens de

longe, com língua e mentalidade

tão diferentes da nossa.

Mas padre Victor Hugo lhes conhecia não só

os costumes mas a alma.

Foi tudo muito lindo e o clima da jornada que havia

começado com a vinda da Cruz Peregrina e do ícone de Nossa Senhora, na se-mana do Bota Fé, termina-va então, de maneira con-creta com aqueles jovens italianos fazendo de nosso santuário parte integrante da Jornada, vindo nos tra-zer esta eiva de juventude e esta seiva de fé. Queria que nossos jovens, do Just, do Jac, do São Marcos, nossos coroinhas e catequisandos pudessem ter se encontra-do com grupo tão bonito e tão contrito da querida Itá-lia, da diocese do papa, de nossa mãe Roma! Mas eles deixaram seu rastro de per-fume o qual vamos procu-rar seguir sempre nos reju-venescendo e fortalecendo nossos jovens a continua-rem a missão que o papa veio lhes confiar...

No âmbito maior, agra-decemos ao papa Fran-cisco por tudo que fez na Jornada e no sentido mais estrito de nossa paróquia, quero agradecer ao querido irmão Padre Victor Hugo este presente que ele nos deu. Que Deus o recom-pense fazendo-o muito fe-liz e realizando maravilhas ainda por muito tempo no meio de nós.

________________________Pe. Fred

Visita marcante de jovens italianos

Santuário Santa Teresinha MASDE Museu de Arte Sacra Dom Epaminondas

Page 9: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 9Setembro 2013

Diocese em foco

Diocese promove a “Campanha São Paulo pela Vida”

Depois de percorrer as paró-quias da Diocese e promover

mutirões de coleta de assinaturas, a Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté, intensifica a campanha pela Inter-net, buscando concluir o projeto de iniciativa popular que visa incluir o direito a vida desde a concepção na Constituição do Estado de São Paulo. São necessárias 330 mil as-sinaturas. Faltam aibnda cerca de 50 mil para concluir. A iniciativa conta o apoio da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, que agrega comissões de outras dioceses paulistas. O bis-po de Campinas, Dom Airton José dos Santos, que colaborou com dez mil assinaturas quando estava na Diocese de Mogi das Cruzes, se comprometeu em mobilizar Cam-pinas para até o final de novembro encaminhar novas assinaturas.

O trabalho agora chegou às re-des sociais, com assinaturas pela Internet. Quem puder participar pode acessar o site da Diocese de Taubaté: http://dt7.com.br/diocese-de-taubate-promove-a--campanha-sao-paulo-em-defesa--da-vida/ e assinar a petição. Ao assinar virtualmente, a equipe en-caminhará o link para o formulá-rio impresso.

Diante da sanção presiden-cial do PLC 03/2013, cuja lei

12.485/2013, abriu brechas para a legalização do aborto no Brasil, de acordo com os propósitos do Plano Nacional dos Direitos Hu-manos (PNDH3), que prevê a le-galização do aborto; a Diocese de Taubaté, em conjunto com outras dioceses e organismos da socieda-de, visa apresentar à Assembléia Legislativa do Estado de São Pau-lo, uma emenda constitucional, ga-rantindo o direito à vida, desde a concepção, tornando o Estado de São Paulo o primeiro a proteger a vida desde a concepção, detendo assim o holocausto silencioso do aborto, que vitima hoje milhares de seres humanos indefesos e ino-centes, privados do direito a vida, ao serem eliminados do ventre ma-terno.

O Prof. Hermes Rodrigues Nery, Coordenador da Campanha São Paulo pela Vida e coordenador da CDDV e Movimento Legislação e Vida, explica que “a Constituição Federal não permite emendas por via de iniciativa popular, apenas por meio de PECs apresentadas pelos próprios deputados, o Estado de São Paulo, no entanto, permite que seja feita emendas constitucio-nais por meio de iniciativa popular. Daí o motivo pelo qual a Diocese de Taubaté (que está no estado de São Paulo) apresentar o referido projeto de iniciativa popular.”

Page 10: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização10 Setembro 2013

O lema: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava perdido” (Lc 15).

O Evangelho segundo Lucas sob o prisma do discipulado-

-missionário, conforme o enfoque do Projeto de Evangelização: O Brasil na missão Continental, é o tema do mês da Bíblia de 2013. O tema escolhido releva o Evangelho do Ano Litúrgico C, e os cinco as-pectos fundamentais do processo do discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão pro-priamente dita.

O lema indicado pela Comissão Bíblico-Catequética da Conferên-cia dos Bispos do Brasil (CNBB) é: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava perdido” (Lc 15).

Quem é o autor?Desde o século II a obra foi con-

siderada de Lucas. Muitos comenta-ristas atribuem à profissão de médi-co (cf. Cl 4,14) e o identificam com o discípulo e colaborador de Paulo (cf. Fm 23ss, 2Tm 4,11). Porém, essa re-lação entre Paulo e Lucas, vem sen-do questionada, visto que há muitas diferenças entre a Teologia de Paulo e de Lucas.

Baseado na falta de consenso dos estudiosos em determinar quem é o autor do terceiro evangelho, deduz--se pelo texto que o autor, provavel-mente, é um cristão proveniente do paganismo e de origem grega.

O autor é influenciado pelo esti-lo dos historiadores (Lc 2,1-2) e dos poetas gregos; utiliza a tradução gre-ga da Bíblia e conhece bem o Impé-rio Romano.

Quando? Onde foi escrito? Com

qual finalidade?O Evangelho de Lucas prova-

velmente deve ter sido escrito en-tre os anos 80 a 90 e não há uma localização exata sobre onde foi escrito, mas a proposta apresen-tada pelos biblistas, seria entre as regiões da Grécia ou da Síria.

O evangelista dá prioridade aos cristãos provenientes do paganis-mo de cultura grega e aos judeus que moravam fora da Palestina (na diáspora).

No evangelho percebe-se que o redator final pertencia a uma co-munidade mista cultural e econo-micamente e, passa por um perío-do de crise. Portanto, o evangelho se dirige às comunidades que já receberam a primeira evangeliza-ção.

Diante da catástrofe que foi a guerra judaica (70 E.C.) e os con-flitos internos e externos que trans-parecem no texto, provavelmente a finalidade do Evangelho segun-do Lucas seria a de fortalecer a fé das comunidades e reforçar o seu papel na história da salvação e, as-sim, mantê-las corajosamente no se-guimento a Jesus Cristo.

Estrutura do Evangelho Segundo Lucas

Existem várias formas de estru-turar o Evangelho Segundo Lucas. A nossa proposta é de subdividi-lo em seis partes. A primeira parte é o prólogo, no qual o autor explica os motivos que o levaram a escrever o Evangelho, apresenta o método uti-lizado e o dedica a Teófilo (1,1-4).

Lc 1,5-4,15 corresponde à segun-da parte, na qual contém a narração, em paralelo, do nascimento e da infância de João Batista e de Jesus. Bem como, a apresentação, prega-ção e encarceramento de João Ba-tista, e os acontecimentos que pre-

cedem o ministério público de Jesus (batismo, sua genealogia e as tenta-ções – Lc 3,1-4,13).

O autor relata, na terceira parte (Lc 4,14-9,50), o início do Ministério de Jesus na Galileia, marcado pela rejeição em Nazaré, as atividades em Cafarnaum e no lago; controvér-sias com os fariseus, ensinamentos, milagres, parábolas e questões refe-rentes à sua identidade. Essa parte conclui-se com a transfiguração.

Na quarta parte, encontra-se o Re-lato da viagem de Jesus a Jerusalém e a sua pedagogia para com seus dis-cípulos e discípulas, apresentando as exigências no seguimento e os pon-tos fundamentais do Reino de Deus (9,51-19,27).

Em Lc 19,28-21,38, quinta parte, o autor narra o ministério de Jesus em Jerusalém com a entrada e ativi-dade na área do Templo e o discurso escatológico.

Na sexta parte do Evangelho Se-gundo Lucas (22,1-24,53) encon-tram-se os relatos da paixão, mor-te, sepultamento (22,1-23,56a), das aparições do ressuscitado (23,56b-24,35) junto ao túmulo vazio e no caminho de Emaús (24,13-35); e finaliza com a ascensão ao céu (24, 36-53).

Linhas fundamentais da Teolo-gia Lucana

Os pontos fundamentais da Teo-logia Lucana são os seguintes: Teo-

logia da História, a Salvação, os tí-tulos de Jesus Cristo, a importância de Jerusalém. Outras colunas funda-mentais são: a ênfase na oração, o papel das mulheres no seguimento, a contraposição entre pobreza e ri-queza, como uma das características da ética lucana e a presença forte do Espírito Santo.

Teologia da HistóriaA teologia Lucana é marcada por

uma ênfase na história da salvação, que é dividida em três períodos: 1) o tempo da preparação, ou período da promessa, que seria a história de Israel (AT), representado pelas per-sonagens Zacarias, Isabel e João Ba-tista; 2) o tempo do cumprimento da promessa que é o tempo da vida de Jesus; e 3) o tempo do anúncio, da Igreja, retratado no Livro dos Atos dos Apóstolos.

Uma peculiaridade na concepção histórico-salvífica de Lucas, é sua abertura universal. Portanto, a sal-vação atinge todo o tempo e todas as pessoas, a humanidade (cf. Lc 2,30-32; 3,6; 9,52-53; 10,33; 17,16). Com isso, nos aponta para outro ponto fundamental que é o tema da Salvação.

SalvaçãoNão podemos compreender a

salvação como um “ir para o céu” após a nossa morte, mas a salvação acontece na história. Para a Teolo-

Bíblia, um livro a ser lido, interpretado e seguido

Page 11: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 11Setembro 2013

gia Lucana, salvação e libertação são termos equivalentes. Com isso, podemos dizer que a salvação con-templa a totalidade da pessoa, em suas múltiplas relações, ou seja, é o restabelecer a justa relação com Deus, com os outros, consigo mes-mo e com todo o Universo. Nesse sentido, Jesus é o nosso “Salvador” (Lc 2,11; cf. At 5,31; 13,23), pois é ele que nos mostra, com a sua encar-nação, o sentido profundo da huma-nização das relações.

Jesus Cristo Jesus Cristo, na Teologia Lucana,

é apresentado como compassivo--misericordioso (cf. Lc 7,13; 10,33; 15,20) e como um profeta eleito por Deus, para levar a Boa Nova aos po-bres (Lc 4,16-30; 7,36-50; 13,32-34). Ele também é o lugar por excelência da revelação de Deus (Lc 1,42).

O título de Senhor está vinculado ao seu ministério público e é apre-sentado como o Messias enviado por Deus, para salvar o seu povo (Lc 1,47; 2,11.30-32).

Jesus, em Lucas, é caracteriza-do pelo acolhimento dos samarita-nos, publicanos (Lc 5,27: Levi e Lc 19,2-10: Zaqueu), dos pecadores (Lc 7,36-50; Lc 15,11-32); da viúva (Lc 7,11-17), enfim dos marginalizados e excluídos da sociedade.

Cidade de Jerusalém Lucas dá à cidade de “Jerusalém”

um grande destaque, pois é o único que começa e termina em Jerusalém (1,5-23; 24,53). Jesus também parti-cipa das festas no templo, em Jeru-salém (2,22.42), e metade do evan-gelho narra a sua viagem e estadia nessa cidade (9,50-21,38). Portanto, Jerusalém é o ponto de chegada de Jesus para realizar a obra (Lc 17,11; Lc 19,28-38) e o ponto de partida para as comunidades que, após a ressurreição, continuarão a sua mis-são (Lc 24,52).

Oração A dimensão orante, em Lucas,

está presente em toda a vida de Je-sus, sobretudo, nos momentos mais importantes (Lc 1,10-11.13; 3,21; 5,16.33; 6,12; 9,18.28; 11,1.2-8; 18,9-14; 22,32.41; 23,46).

O autor não somente nos informa que Jesus reza, mas nos apresenta o conteúdo da sua oração (Lc 10,21-24; 22,42; 23,46), frisa o pedido dos discípulos (Lc 11,1) para ensiná-los a rezar e enfatiza a eficácia de ser perseverante na oração (Lc 18,1-8; 19,6-8; 21,36).

A ética Lucana Outro ponto é a contraposição en-

tre pobreza e riqueza, que é um dos aspectos centrais do seu programa ético. Diante dessa implicação éti-ca da fé, Lucas reforça a dimensão do despojamento, como uma das principais exigências do seguimen-

to a Jesus (Lc 5,11; 6,29-36; 9,58; 12,33-34; 14,33; 18,22.25; 21,1-4) e sinal concreto de conversão. Conse-quentemente, sublinha a confiança incondicional na providência divina (12,29-30).

Em Lucas o termo “pobre” não é visto somente na perspectiva sócio--econômica, mas compreende tam-bém os presos, os oprimidos (Lc 4,18), os desolados, os aborrecidos e difamados, os perseguidos (Lc 6,20-22) e inclusive os mortos (Lc 7,22).

O Papel das mulheres As mulheres têm uma presença

e uma participação marcante no Evangelho Segundo Lucas. Desde o início, Lucas apresenta a estéril Isa-bel, recordando a história das ma-triarcas e nos aponta para a dimen-são teológica, como aquela pessoa que está totalmente disponível ao dom de Deus e reforça a intervenção extraordinária do poder de Deus no útero feminino, lugar privilegiado da ação divina.

No útero dessa história, surge Ma-ria, aquela que se dispõe a participar da história da salvação. É nela que começa a se manifestar o mistério do Deus encarnado.

Ela é o modelo do discípulo/ da discípula, pois acolhe Jesus, está presente no seu ministério (4,16-30), participa da sua dor e da sua rejeição durante a sua missão.

Além disso, Lucas apresenta ou-

tras mulheres, que seguem Jesus desde a Galileia (Lc 8,1-3), estão presentes na sua morte e são as pri-meiras testemunhas da Ressurreição (Lc 22,27 e 23,50-56). Também são narradas várias curas e encontros significativos, nos quais as mulheres são protagonistas.

Espírito Santo e a Alegria Lucas é o evangelista que dá

maior importância à figura do Es-pírito Santo e a necessidade de uma abertura à sua ação. O Evangelho inicia apresentando a ação do Espí-rito, no nascimento de João Batista (Lc 1,15) e na encarnação de Jesus (1,41). Está presente em momentos significativos do ministério público de Jesus (3,22; 4,1.14.18; 11,13) e é Ele que revela a presença de Deus na história (2,26).

O último ponto é o tema da ale-gria. O autor reforça a certeza de que a verdadeira alegria nasce do seguimento de Jesus, do agir mise-ricordioso, do desprendimento cons-tante, do se deixar guiar pelo Espíri-to, da experiência profunda de que Jesus Cristo morto e ressuscitado é a Boa-Nova para toda a humanidade.

________________________________fonte: paulinas.org.br

Bíblia, um livro a ser lido, interpretado e seguido

Page 12: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização12 Setembro 2013

Dom José Antônio do Couto nasceu num

povoado do interior do município de Formiga--MG, São Pedro, a 1 de novembro de 1927. Seus pais, Joaquim Antônio do Couto e dona Rita Maria da Conceição do Couto.

José Antônio do Couto passou sua infância e um pouco da sua juventude no interior do município de Formiga. Concluídos os estudos no Seminário de Lavras, no ano seguin-te seguiu para o Seminá-rio Sagrado Coração de Jesus de Corupá-SC, onde completou o curso gina-sial (1947) e fez o colegial (1948-1950). Em 29 de outubro de 1950 foi admi-

tido como postulante. No ano seguinte, fez novicia-do em Brusque-SC, emi-tindo os primeiros votos religiosos aos 2 de feve-reiro de 1952, na Congre-gação dos Padres do Sa-grado Coração de Jesus. Após a profissão religiosa, iniciou o curso normal de filosofia, em Brusque-SC, de 1952 a 1953.

Em 1953 foi escolhido para cursar teologia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, onde se licenciou em te-ologia pela Universidade Gregoriana (1957). De-pois de dois anos, fez o licenciado em Teologia Moral pela Academia Afonsiana de Roma, em 1959. Em 1960 fez douto-rado em Teologia Moral pela Universidade Urba-niana de Roma.

É ordenado presbítero em Roma, no dia 1 de ju-lho de 1956. Em 1960 re-torna ao Brasil. Exerceu atividade pastoral na pa-róquia Nossa Senhora da candelária, em Vila Ma-ria, São Paulo. Em janeiro de 1961, foi para Taubaté, para o Convento Sagrado Coração de Jesus, assu-mindo encargos em sua Congregação e ministran-do aulas de Teologia Mo-ral e Direito Canônico.

Prestou serviço em ca-pelas rurais de Taubaté e com a criação da Paró-quia Sagrado Coração de Jesus, na Vila de São Ge-raldo, exerceu a função de vigário paroquial. Pres-tou assessoria teológica e pastoral a Dom Francisco Borja do Amaral (1898-1989).

Em 5 de junho de 1974, Dom José Antônio do Couto foi nomeado pelo Papa Paulo VI (1963-

1978) Bispo Coadjutor da Diocese de Taubaté, com a função de ajudar o Bis-po Diocesano no governo da Diocese, com direito à sucessão.

Sua ordenação episco-pal ocorreu no dia 18 de agosto de 1974, na Cate-dral de Taubaté. Com a renúncia de Dom Fran-cisco Borja do Amaral assume automaticamente o governo da Diocese de Taubaté. Dom Couto, no dia 5 de maio de 1976, adotou como lema epis-copal: “Não vim para ser servido, mas para servir” (Mc 20,28).

Trabalhou com afin-co pela evangelização da Diocese promovendo a organização da pastoral diocesana desenvolvendo a pastoral de conjunto. Foi sua ideia a criação da Diocese de São José dos Campos. Em 28 de de-zembro de 1979 foi aco-metido de um derrame. Em 19 de agosto de 1981 seu pedido de renúncia foi aceito pela Santa Sé. De-pois de quase 18 anos de enfermidade (1979-1997) faleceu em 30 de julho de 1997.

Viveu o Evangelho e anunciou Cristo, fez de sua vida uma contínua

comunhão de amor com a vontade de Deus,

inclusive no sofrimento. A elegância de uma

alma que se despende no louvor a Deus.

Trilhou o caminho da santidade!

________________________Pe. Gustavo, mss

Dom José Antônio do Couto: viveu o Evangelho e anunciou Cristo!

Senhor nosso Deus e Pai, nós Vos louvamos pelo que sois e Vos agradecemos pelo que reali-zais na vida de vossos filhos e filhas. Quereis nossa realização pela busca da santidade. Para alcançá--la, apesar de nossa fraqueza, continuamos a lutar, contando com Vossa Graça. Por isso, desejamos ouvir com fé Vossa Palavra e viver com amor os mandamentos, para assim, crescermos no discipu-lado de Jesus Cristo.

Vosso filho, dehoniano, Dom José Antônio do Couto, o conseguiu de modo admirável e exem-plar. Assim sendo, nós Vos pedimos, ó Pai amado: Que se for do Vosso agrado e para a Vossa glória, possa ele um dia não distante, alcançar a honra dos altares. Isso, Vos suplicamos, ó Pai, através do coração de Vosso Amado Filho – Jesus Cristo – que ele tanto amou e serviu, para quem, fielmente, viveu e exemplarmente morreu. Amém

Oração pela Beatifica-ção do Servo de Deus Dom José Antônio do Couto

exemplo de vida

Page 13: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 13Setembro 2013

Livro ‘A Igreja é viva e jovem’ lançado durante JMJ Rio 2013

O livro “A Igreja é viva e jovem”, de autoria

do professor Hermes Ro-drigues Nery foi um dos títulos lançados durante a Jornada Mundial da Juven-tude na Expocatólica. Com a obra o autor pretende dei-xar um apelo a cada jovem, especialmente os que parti-ciparam da Jornada Mun-dial da Juventude, para a vivência e a prática do bem diante de “forças hostis à fé cristã”.

Hermes Nery é coorde-nador da Comissão Dioce-sana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Tau-baté e tem vasta atuação na defesa da dignidade da vida humana, acompanhando projetos de lei referentes à família no Congresso Na-cional e no SupremoTribu-nal Federal em Brasília.

Atualmente, acumula a função de diretor da Asso-ciação Nacional Providafa-mília e membro da Comis-são em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB. A obra conta com a cola-boração do bispo-auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Dias Duarte, que prefaciou o livro e apresen-tação do bispo da Diocese de Taubaté, Dom Carmo João Rhoden.

O LÁBARO – Qual a mensagem principal do seu li-

vro ao público jovem?Hermes Rodrigues Nery

– Dirijo-me de modo espe-cial a cada jovem partici-pante da Jornada Mundial da Juventude, vindo de tan-tos países, para participar de um evento celebrativo, e ouvir a palavra do Papa: “o mundo precisa de pessoas que descubram o bem, que se alegrem por causa dele e que, desse modo, encon-trem a energia e a coragem para o bem”, ressaltou Ben-to XVI que convocou-os para esta Jornada e está em oração por eles. Esperamos então que o papa Francisco venha reforçar o que Bento XVI anunciara, com emo-ção: “A Igreja é viva. E a Igreja é jovem (…) porque Cristo é vivo!” Está viva, mas sofre ataques em um nível agudo, sem preceden-tes na história.

Hoje, de modo mais in-tenso, emergem como mo-vimentos organizados, for-ças hostis à fé cristã, dentre elas um ateísmo militante e muitas vezes agressivo. O fato é que já não há mais um ambiente geral cristão. Forças hostis, cada vez mais sofisticadas e com amplo poder tecnológico, influem por uma revolução cultural global que visa des-construir a própria identi-dade do ser humano como pessoa, e joga seus dardos contra a Igreja, porque é a instituição que historica-mente mais se comprome-teu com a defesa e o bem integral da pessoa humana. Como dentre muitos desa-fios é como ser Igreja nesta sociedade cada vez mais descristianizada, daí a ne-cessidade de voltarmos a compreender o significado de ser cristão, para que a Igreja seja não apenas com-preendida, mas amada.

O LÁBARO – O seu tí-tulo faz uma afirmação, a de que a Igreja é viva e jovem. O

jovem católico sabe dar razões de sua fé na atualidade?

Hermes Rodrigues Nery – Ser jovem e ser o rosto jo-vem da Igreja, eis o desafio que a juventude católica tem pela frente, como des-tacou Dom Antonio Au-gusto Dias Duarte, bispo--auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no prefá-cio do livro. A Igreja é viva, sempre viva, porque Cristo é vivo sempre. E é jovem, porque seus princípios e valores, em sua história bi-milenar, não envelhecem, a cada geração faz revigorar o amor pela vida, a vida verdadeira anunciada por Jesus de Nazaré. Em con-versa com muitos jovens no dia-a-dia, nas mais va-riadas situações, é evidente o fato de muitos estarem à procura de um sinal que os ajude a discernir os traços da presença de Deus no nosso tempo.

Mesmo em meio a tantos apelos do imediatismo e do consumismo, os jovens têm percepção e aderem com entusiasmo àquilo que dá a eles um sentido de vida verdadeiramente humano. Quando param para pres-tar atenção e não embar-cam na primeira propos-ta que aparece, e quando conseguem fazer o discer-nimento, então compreen-dem Deus “enquanto fonte de amor”, daquilo que é verdadeiro sempre, e en-tão descobrem o elo entre a verdade da vida e a cari-dade, expressão da vida em Deus. E então o jovem, fei-to esta descoberta do Deus pessoal da Criação, que é também Deus que salva, encontra as razões da fé em Jesus Cristo, caminho de verdade e vida.

________________________Parte de entrevista também publicada na Agência ZENIT e Portal A12.

Família Internacional de Schoenstatt irá comemorar em 2014 o centenário de sua fundação.

Para celebrar, acontecerá em 2014 uma peregri-nação ao Santuário da Mãe Peregrina na Alema-nha e também a Roma, onde está prevista uma audiência de representantes do Movimento com o Santo Padre.

A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt da nossa Diocese também vai comemorar esse Jubi-leu que se inicia no próximo dia 18 de outubro com a abertura oficial do centenário em todo o Brasil.

A celebração pretende fomentar as iniciativas apostólicas do Movimento em diversos campos de atuação, como a valorização do sacramento do ma-trimônio, os desafios e o dinamismo da juventude, a aplicação e difusão do pensamento do Padre Ken-tenich no campo da pedagogia, a inserção na Igreja diocesana e universal com o nosso carisma original e a colaboração efetiva na gestação de uma nova or-dem social e de uma cultura inspirada pela Aliança.

A Obra Internacional de Schoenstatt foi funda-da pelo Padre José Kentenich em 18 de outubro de 1914, em Schoenstatt, na Alemanha. A entidade foi fundada em plena Primeira Guerra Mundial. Na época, o sacerdote alemão, Padre José Kente-nich, junto com alguns jovens sentiu-se chamado a fundar um movimento que resgatasse os valores tradicionais. Padre José Kentenich.

“O ato da Fundação é a Aliança de Amor, selada pelo Pe. José Kentenich juntamente com um grupo de seminaristas pallottinos, convidando a Mãe de Deus a estabelecer-se numa Capelinha e fazer dela um Santuário de graças, de onde partisse um mo-vimento de renovação religioso e moral para mun-do”.

A Aliança de Amor é o alicerce de toda a espiri-tualidade do Movimento. Os membros “selam” um pacto de amor com Maria como uma forma “eficaz para a vivência mais consciente da Nova e Eterna Aliança, na qual somos inseridos pelo Batismo. ______________________________________________ Fonte: Movimento Apostólico de Schoenstatt.

Tríduo

lançamento

Page 14: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização14 Setembro 2013

O Papa Francisco

O Papa Francisco vi-sitou o Brasil. Veio

para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janei-ro. Deixou saudades. Sua simpatia, doçura e paciên-cia encantaram fiéis católi-cos, evangélicos, crentes de outras religiões e mesmo ateus. Até críticos contuma-zes da Igreja renderam-se ao carisma do Papa Fran-cisco. Essa foi a sua pri-meira viagem como pontí-fice. Os jornalistas estavam visivelmente desarmados e rendidos diante daque-le homem singelo, sempre sorridente e cercado pela multidão que o assediava em busca de uma bênção e carinho. Protocolos fo-ram quebrados. Esquemas de segurança tornaram--se ineficientes e, porque não, às vezes, até mesmo desnecessários. Francisco não se sentiu nem por um momento ameaçado, nem se perturbou com os que queriam apenas pedir-lhe a bênção. Ele sabia-se, e não pretendia ser outra coisa senão um pastor, um padre para o seu rebanho. Inte-ressante notar que também as manifestações, tão temi-das, encontraram acolhida e aprovação nas palavras do papa. A agressividade dos manifestantes perdeu força ante a multidão de milhões que circulavam pacificamente pelas ruas e pela orla da praia, rezavam e cantavam alegremente e, pacientemente, aguardava a passagem do papa hu-milde. E o papa Francisco não deixou decepcionado quem esperava ver o seu sorriso, sua mão estendi-da abençoando, sua figu-ra curvando-se para beijar crianças, abraçar vovozi-nhas e abençoar portadores de deficiência física.

Contudo, o Papa Fran-

cisco demonstrou mais o seu carisma e a força de sua liderança espiritual quando pregou a Palavra de Deus e presidiu as preces dos fi-éis. Espantou ainda mais a todos quando ele conduziu ao silêncio milhões de jo-vens, antes barulhentos em sua santa algazarra. Sur-preendidos, comentaristas diziam espantados que era possível ouvir distintamen-te a rebentação das ondas na praia de Copacabana. Causou inveja aos políticos populistas e demagogos de plantão, que tentaram, sem sucesso, capitalizar a pre-sença e as palavras do San-to Padre. Mas a força que anima o papa lhes falta de longe: a docilidade ao Espí-rito Santo, a coerência com os ensinamentos do evan-gelho, o despojamento, a generosidade e a despreten-são de intenções isentas de vaidades.

Estejamos atentos, no entanto, a visita do Papa Francisco não foi apenas um evento em sua agenda. Suas palavras e atitudes – coerentes com o nome que escolheu para o seu pontificado e com a sua primeira apresentação na sacada da Basílica de São Pedro – revelam um pro-grama de vida em sintonia com o evangelho. E suas opções não foram pautadas por sua eleição no último conclave. Conhecendo um pouco de sua biografia, podemos notar que esse já é seu modo de viver a fé no Cristo e seu amor pela Igreja. Representa a sua opção evangélica. Seus discursos deixaram claro sua intenção de universali-zar princípios presentes no Documento de Aparecida, do qual foi um dos relato-res. Com suas palavras, o Papa Francisco desenhava uma Igreja mais próxima da pessoa humana, mais despojada de títulos e hon-rarias, mais comprometida com as causas da justiça e da paz; uma Igreja aberta

ao diálogo e humilde; uma Igreja corajosa e ardente por evangelizar; uma Igreja que se compadece com os pecadores e se solidariza com os necessitados; uma Igreja que se faz presente e próxima, à imagem do Ver-bo Encarnado, seu esposo.

De tudo, o que mais me comoveu na visita do Papa Francisco foi seu chamado à esperança. Lembrando a sua missão de ser, como papa, aquele que deve con-firmar os irmãos na fé, o Papa Francisco insistia em que não devemos desani-mar jamais. Fosse com os jovens, fosse com os bispos, ele convidava a uma cons-tante e incansável conver-são. Jamais devemos nos cansar de pedir perdão, portanto, de nos reconhe-cermos pecadores. Apesar disso, instava o Papa, não podemos nunca desanimar de promover a revolução do evangelho, de buscar a santidade de vida e de construir um mundo mais justo e fraterno. Em tempos que, parece, tempestades se avolumam no horizonte, a presença e as palavras do Papa Francisco foram uma brisa reconfortante e enco-rajadora para continuar-mos nossa missão de cris-tãos. Somos todos a Igreja que ele convoca para ir ao encontro do mundo e evan-gelizar.

Que a visita do Papa e a Jornada Mundial da Juventude não sejam apenas um momento na história da Igreja

no Brasil, ou um instante registrado por máquinas fotográficas ou celulares e depois exposto nas mídias sociais. Façamos,

com nossa dedicação missionária, que seja um sopro renovador do Espírito que tudo

consola, transforma e santifica.

________________________Pe. Silvio José Dias

Peregrinação da Irmandade de Santa Teresinha

Em junho, participação da Novena de Santo Antônio na Capela do Cristo Redentor.

Missa solene no dia 11/07, com participação do Pe. Ricardo.

Em agosto, dia 06, visita à Basílica do Senhor Bom Jesus, festa do jubileu de 350 anos.

Ônibus do Expresso Redenção, gentilmente ce-dido pela direção da empresa.

A Irmandade deverá continuar sua peregrina-ção até o final do ano, se Deus quiser.

Novos membros serão empossados dia 19/09 no Santuário de Santa Teresinha._______________________________Neide BrunácioPresidente-diretora3632-2534

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viver a fé

Page 15: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 15Setembro 2013

O Papa Francisco e os pobres: a serviço do evangelho“Como gostaria ter uma Igreja pobre e para os pobres”, disse o Papa Francisco no Vaticano durante um encontro com cerca de seis mil jornalistas acreditados na Santa Sé.

Na verdade, Jesus, o Reino e os pobres

são inseparáveis. Os estu-dos bíblicos e cristológicos das últimas décadas tem mostrado de modo cada vez mais consensual que não se pode falar de Jesus Cristo senão a partir e em função do reinado de Deus e que no centro do reinado de Deus está a justiça aos pobres e oprimidos deste mundo.

O reinado de Deus tem a ver fundamentalmente com a justiça ao pobre,ao órfão,á viúva e ao estran-geiro – símbolo dos margi-nalizados de todos os tem-pos.

No dia 11 de setembro de 1962, um mês antes da abertura do Concílio Vati-cano II, o papa João XXIII enviou uma mensagem ao mundo. Nela, o papa fala de Jesus como “luz” e da missão da Igreja de ‘irra-diar’ essa luz no mundo; fala dos graves problemas do mundo atual e da pre-ocupação e responsabi-lidade com esses proble-mas. Neste contexto, João XXIII acrescentou o que considera “outro ponto luminoso”: Pensando nos países subdesenvolvidos,a Igreja se apresenta e quer realmente ser a Igreja de todos,em particular, a Igre-ja dos pobres”.

O Concílio Vaticano II define o ser humano como portador da imagem divina e da dignidade humana.Existe uma memória que não pode desaparecer e que reconduz a Igreja in-teira para aquilo que é o coração mesmo do Evan-gelho que a inspira e move: a bem-aventurança dos pobres,prediletos do Deus de Jesus.

O Papa Francisco lem-

brou em várias ocasiões da importância que a gra-tuidade e a pobreza devem ter na identidade da Igreja Católica e no anúncio da mensagem cristã.O anún-cio da mensagem cristã “deve caminhar pela estra-da da pobreza”. O teste-munho desta pobreza: não tenho riqueza, a minha ri-queza é apenas o dom que recebi,Deus.Esta gratuida-de: está é a nossa riqueza.

No Brasil o Papa Fran-cisco ao visitar a favela de varginha lembrou: “Um país, só é grande quando não deixa os pobres para trás”. Um dos temas que caracterizam o pensamento do Papa Francisco: evitar uma Igreja autossuficiente e autorreferencial e que, ao contrário,se transforme em uma Igreja que chegue a to-das as periferias humanas. O convite constante de es-tar perto dos pobres.

Em suas palavras: “A Igreja é chamada a sair de si própria para ir até as periferias,não apenas as ge-ográficas, mas também as periferias existenciais: as do mistério do pecado,as da dor,as da injustiça, as da ignorância e da abs-tenção religiosa, as do pensamento,as de toda a miséria”.

O Papa tem consciência que muitas pessoas não dispõem dos direitos mais elementares e dos bens mais essenciais para viver dignamente. Em sua ho-milia, por ocasião da inau-guração de seu pontificado disse: “Uma Igreja que seja testemunha de uma vida simples e que tenha cuida-do pelos mais frágeis”.

O Papa Francisco foi presidente da comissão de redação do Documento de Aparecida (2007). Nes-

ta assembléia se reafirmou com vigor a opção prefe-rencial pelos pobres, já de tradição latino-americana desde Medellín.Em diver-sas ocasiões,o então Carde-al Bergoglio, fez referência à identidade cristã que este lugar teológico dos pobres decide. Certa ocasião disse: “que somente na convivên-cia com os pobres se aclara o conhecimento de Cristo”.

Voltar ao contato com os pobres como algo evange-licamente central e essen-cial, na solidariedade e no serviço, aprendendo assim a ser uma Igreja despojada, simples, servidora, certa-mente evangélica e fiel a Cristo.Ser pobres a serviço do Evangelho.

A atividade evangeliza-dora deve ser uma oferta de vida digna e plena para as pessoas. Uma missão ale-gre e generosa que chegue às periferias e que ponha ênfase nas verdades cen-trais e mais belas do Evan-gelho, sobretudo na pessoa de Jesus Cristo. Convida a crescer como discípulos humildes e disponíveis, amigos dos pobres.

Uma das questões por-tanto que mais marcam a vida e o ministério do Papa Francisco é a opção preferencial pelos pobres.Este tema se destaca no documento de Aparecida. A opção preferencial pelos pobres é um dos traços que marcam a fisionomia da Igreja latino-americana e caribenha.

Significativas são as palavras da Madre Tere-sa de Calcutá: “Sabemos quem são os nossos po-bres. Conhecemos os nos-sos vizinhos,os pobres da nossa área de residência. É fácil falarmos sem cessar sobre os pobres de outros

locais. Muitas vezes, temos as pessoasvelhas, indeseja-das, sentindo-se profunda-mente infelizes – que estão perto de nós e nós nem se-quer as conhecemos. Nem sequer temos tempo para lhes sorrir”. E continua: “Deus continua hoje a mar tanto o mundo que entrega cada um de nós para amar o mundo,para sermos o amor Dele, a compaixão Dele. É um pensamento tão belo para nós – e é uma convicção – de que nós po-demos ser esse amor e essa compaixão”.

A Igreja latino - americana é chama-da a ser sacramento de amor,solidariedade e jus-tiça entre nossos povos.A opção pelos pobres não deve ficar no plano teórico ou emotivo,pelo contrário

deve incidir nos comporta-mentos e decisões.

”Pede que dediquemos tempo aos pobres,que lhes prestemos uma amável atenção,que os ouçamos com interesse,que os acom-panhemos nos momentos mais difíceis,escolhendo--os para compartilhar horas,semanas ou anos de nossa vida e procurando,a partir deles,a transforma-ção de sua situação.Não podemos nos esquecer de que o próprio Jesus propôs isto com seu modo de agir e com suas palavras: ‘Quando der um banquete,convide os pobres,os aleijados,os coxos e os cegos’ “.(Docu-mento de Aparecida,n.397)

16.09.2013

_______________________Prof. José Pereira da Silva

Page 16: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização16 Setembro 2013

Ao chegar ao Brasil, dia 22 de julho, dirigiu

palavras muito carinhosas: “Aprendi que para ter aces-so ao Povo Brasileiro é pre-ciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delica-damente a esta porta”. E o próprio Papa Francisco im-pressionou-se ao abrir a ja-nela do Fiat Idea (um carro popular que preferiu usar) e ver a imensa multidão que o aguardava: “Tudo isso é para mim?”. Pouco depois de chegar no Rio de Janei-ro, em sua primeira viagem internacional,o Papa esta-va alerta a todo momento, bem disposto aos 76 anos de vida, com um espírito jovem. Embora uma via-gem internacional (Itália--Brasil) de 12 horas de vôo, sem dormir, não deixava entrever nenhum cansaço.

Ao passar pelas ruas do

Rio de janeiro, nas calça-das milhares de pessoas se acotovelavam, telefones celulares, máquinas foto-gráficas a postos em inúme-ros ‘flesches’ para registrar algum momento da passa-gem de Francisco, que foi assim durante toda a sema-na. Fez questão de andar no ‘papamóvel’ aberto e a todos que pode estendeu as mãos, afagou as crianças, distribuiu cumprimentos, abraçou idosos e deficien-tes, fazendo-se , insistente-mente, próximo do povo. Acostumado às massas, atraídas pela voz mansa e clara, de mensagem dire-ta e estilo simples de ser, o Papa Francisco, antes um argentino que poucos conheciam na grande mí-dia internacional, atraiu à Jornada Mundial da Ju-ventude (JMJ) milhões de pessoas e conquistou a to-das (Calcula-se em 3,5 mi-

lhões). ......................................Em Aparecida, a terra da

Padroeira do Brasil, ele se deixou fotografar emocio-nado, como um simples pe-regrino diante da imagem da Imaculada Conceição, Nossa Senhora Aparecida. Na homilia convidou a to-dos a conservar a esperan-ça, a deixar- se surpreen-der por Deus e a viver na alegria. Na tribuna Bento XVI, deu uma benção toda especial aos que participa-ram da missa fora do San-tuário através dos telões, prometendo voltar em 2017 para a comemoração dos 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora . Do mesmo modo, deixou--se fotografar com o pesso-al da cozinha e agradeceu um a um pela refeição em que se fartou de purê de ba-nana e doce de leite.

......................................

Na favela em que visitou no Rio de Janeiro, na Co-munidade da Varginha, em Manguinhos, ao passar por um templo evangélico de portas abertas, surpreendeu a todos ao pegar na mão de dois pastores na porta e pedir: “Rezem por mim” e juntos rezaram o ‘Pai--Nosso’. Na missa, em Co-pacabana, o tom parecia--se, ainda que involuntário, com um samba, dizendo um jargão da JMJ: “Bote fé e a vida terá um novo sa-bor”. Diante das palavras de Francisco a multidão de fiéis foi ao ‘delírio’, numa força de expressão.

......................................Na sexta-feira, dia 28

de julho, quando voltou a Copacabana, para a ence-nação da ‘Via-Sacra’ feita pelos jovens e com a par-ticipação especial dos ar-tistas, Francisco já estava definitivamente instalado

como o “Papa do Povo”. Tratou-se de uma ‘Via-Sa-cra’ composta pelos nossos padres dehonianos, ‘Zézi-nho’ e ‘Joãozinho’, tra-zendo os dramas, paixões, calvários, que vivem os nossos jovens hoje, à luz do drama que viveu Jesus em sua Paixão. Por detrás de tantos desencontros huma-nos o Homem-Deus, Jesus, encontra-se com a humani-dade e, para além dos nos-sos calvários, nos apresenta o caminho da verdadeira vida. O Papa Francisco amarrou muito bem fazen-do uma profunda reflexão sobre o mistério da cruz e nos convidou a contagiar por esse amor divino de Je-sus, que nos ensina a olhar o outro com misericórdia, para transfigurarmos a nos-sa realidade.

......................................

E o Papa Francisco se fez um de nós, um “Papa do Povo”

A notícia ecoou nos jornais e revistas do Brasil, a despeito dos que poderiam querer uma notícia diferente: O Papa Francisco, de jeito simples, sorriso aberto e mãos estendidas, caiu nas graças do povo em sua visita ao Brasil e acena para um futuro melhor para os nossos jovens, desencantados com o mundo que está aí. O encontro do Papa com os jovens foi uma renovação das esperanças.

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O LÁBAROA serviço da evangelização 17Setembro 2013

Para uma cidade litorâ-nea, tropical mesmo

no inverno, foram dias chu-vosos, de muito sereno, nu-blado, frio... como há mui-to não se fazia, mas, em contrapartida, não faltou o calor humano, a acolhida entusiasmada da juventu-de sempre alegre, eufóri-ca, bem como a acolhida calorosa do carioca e do povo em geral. O balanço do encontro com os jovens foi excepcional, embora a própria cidade do Rio de Janeiro não estivesse pre-parada para receber tanta gente. Na televisão, a jor-nalista anunciava que o Rio de Janeiro nunca ha-via recebido tanta gente de uma só vez. A grande praia de Copacabana, nome que homenageia Nossa Senho-ra de Copacabana, um dos cartões postais da cidade, ficou completamente cheia em toda a sua extensão, com muitas vozes, de lín-guas do mundo inteiro, com a diversidade das cul-turas sinalizadas nas inú-meras bandeiras, atestando a universalidade da Igre-ja. Faltou ônibus, metrô, infra-estrutura, acomoda-ção (muitos dormiram na praia), mas não faltaram o espírito esportivo, a tole-rância, a animação, o bri-lho da juventude do mun-do inteiro que se encontrou no Rio de Janeiro. No Rio dos protestos zangados, que por sinal não arrefece-ram, o Pontífice iluminou as legiões de católicos que tomaram conta da cidade com mensagens de fé, para espanto dos desavisados.

O Papa, mostrando

que veio, de modo especial para os jovens,

falou do risco dos valores efêmeros como

o sucesso e o poder, alertou para as atitudes egoístas, convocou-os

a não esmorecer na luta contra a corrupção

e reforçou a cruzada contra a pobreza e a desigualdade social,

que já promovia

quando ainda era o arcebispo Mário

Bergoglio, em Buenos Aires, Argentina. Disse

enfático:” não se acostumem com o mal,

é preciso vencê-lo”.

O jesuíta mais francisca-no da Santa Sé embarcou em Roma, carregando a própria pasta de couro que levou para todo lado. Den-tro dela havia um ‘nécessai-re’ simples com objetos de higiene pessoal, os discur-sos que escreveu para fazer aqui, a ‘Liturgia das Horas’ e um livro de Santa Teresi-nha do Menino Jesus, de-voto que é da ‘Santinha das Rosas’, mais um motivo de alegria para nós de Tau-baté que temos o primeiro santuário dedicado a ela. Na ocasião de sua vinda cumprimentou e conver-sou com os jornalistas, leu o ‘L’Osservatore Romano’, jornal oficial do Vaticano, e passou a maior parte da viagem de pé, conversando com outros prelados. Se-gundo informações, o Papa Francisco tem dores crôni-cas no quadril e no joelho e, em tais circunstâncias, pre-fere ficar de pé. Cada Papa tem o seu brilho próprio. Com efeito, o Papa João Paulo II era queridíssimo do povo e possuía uma fi-gura muito mediática com a sua simpatia; o Papa Bento XVI, hoje emérito, tem uma natureza muito reservada, mas possui uma invejável intelectualidade: é profundíssimo com uma linguagem muito acessível. Já o Papa Francisco, com sua natural simplicidade, tem uma fala direta e pro-cura responder aos desvios de rota em muitos com a determinação de um pai que quer colocar ordem na família, exercendo um po-der querido pelo Evange-lho; a de um pai amoroso, exortando quando necessá-rio os seus filhos. O sopro de renovação que o novo Pontífice encarna reflete tanto nos depoimentos fa-voráveis a sua pessoa, dado

pelo povo, quanto aos an-seios expostos pelos jovens que vieram à JMJ. O Papa Francisco não se furtou de ir às ruas: ao ver um cadei-rante junto à barreira de proteção, mandou parar o ‘papamóvel’, desceu e foi abençoá-lo. Por alguns mi-nutos ficou rodeado pelo povo. Aliás, cada passagem do ‘papamóvel’ em qual-quer lugar, era acompanha-do por gente que tentava se aproximar do Pontífice para apreensão e susto de uma segurança cheia de falhas do lado brasileiro. Outras milhares de pes-soas enfrentavam a chuva para ouvir o Papa na favela de Varginha, na zona norte do Rio. Antes do discurso no qual elogiou a disposi-ção do brasileiro de sempre ‘por água no fejon’, para alimentar a quem mais chega, ele proporcionou ao eletricista Manoel da Pe-nha, 58 anos, e sua esposa Lúcia,62, a maior emoção de suas vidas: fez-lhes uma visitinha. A casa estava en-tre as 7 pré-selecionadas e 20 pessoas entre parentes e amigos se apertavam com o casal na sala decorada com balões e um pôster do Papa.”Ele chegou sorrin-do e cumprimentou a cada um. Depois pegou no colo as quatro crianças que esta-vam lá e as beijou”, conta Lúcia emocionada.Todos ganharam um terço e uma benção. Assim, dadas as diferenças próprias de cada um, o Papa Francisco repe-tiu o gesto de João Paulo II, em 1980 – a primeira e monumental visita de um Papa ao Brasil-, que tam-bém esteve numa favela, a do Vidigal. No caso de Francisco, a simplicidade é marcante, embora o “Papa pertence a uma das ordens mais sofisticadas e compe-tentes da história da Igreja, a dos jesuítas... é uma pes-soa bem formada intelectu-almente”, diz o professor Roberto Romano, profes-sor de ética e filosofia da UNICAMP. Mas todos os que estiveram com ele, sem

exceção, comentam a sua simplicidade. Na residên-cia onde se hospedou no Rio, quanto ao cardápio... comia de tudo. Avesso as ostentações, seu anel papal é de prata dourada e a cruz peitoral é de ferro, a mesma que usava como arcebispo. Até o sapato é franciscano, de cor preta, uma vez que dispensou os sapatos ver-melhos, usados pelos papas ( o vermelho,no caso,é sím-bolo do martírio de Pedro). Os sapatos que usa são fei-tos na Argentina, sob medi-da, pois tem os pés chatos.

Com todo esse modo simples de ser, o Papa Francisco se identifica com o povo e o povo responde generosamente à simpatia do Pontífice. O mesmo su-cesso que fez na JMJ, fez no vôo de volta à Roma. Submeteu-se a uma sabati-na de 26 perguntas dos jor-nalistas em 82 minutos de conversa, com uma infor-mação bonita pela simplici-dade, dita em italiano. Na verdade, o Papa concedeu duas entrevistas corajosas. Uma delas, exclusiva ao re-pórter Gerson Camarotti, da Globo News (exibido no Fantástico, no domingo, dia 28 de julho). A outra concedeu dentro do avião, numa coletiva – costume inaugurado por João Paulo II, mas com perguntas pre-viamente prontas-. Já com o Papa Francisco tudo foi feito sem uma preparação prévia. Ele apareceu no fundo da aeronave, pegou um microfone e de modo calmo e simpático, com o mesmo carisma que atraiu multidões no Rio e em Aparecida, passou tran-quilamente pelos temas espinhosos. Foi direto, sincero, seguindo, como era de se esperar, as leis do Evangelho. Embora chefe supremo da Igreja compor-tou-se com os jornalistas como um fiel comum, que-brando protocolos, diz o cientista da religião, Afon-so Soares, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Abordou temas

como corrupção na Cúria, evasão de fiéis, o Vatileaks, o “Lobby gay” de forma serena e tranqüila: é contra tudo o que está errado, ob-viamente; nenhum lobby é bom, deseja uma Igreja acolhedora e misericordio-sa, considera inaceitável o afrouxamento em relação à doutrina cristã. Mostrou que sabe conversar com o seu rebanho evitando te-mas cujas respostas são óbvias e vê o Papa emérito, Bento XVI, como um ho-mem de oração e um avô sábio que tem na família, de quem tem muita admi-ração. Trata-se de um Pas-tor que se compadece das ovelhas de Cristo e mostra um sincero desejo de fazer uma bela limpeza na seara do Senhor, para fortalecer a Igreja, sanado-a por den-tro e tornando-a uma Igre-ja genuinamente evangeli-zadora. Diz o Papa:” ir até as periferias, não apenas geográficas mas também existenciais” com simpli-cidade nos atos e nas pa-lavras. No Brasil esbanjou gestos de expontaneidade: carro aberto, ir ao encontro do povo em diversos mo-mentos (para desespero dos “angeli custodi”, os “anjos da guarda”, como são cha-mados os seguranças do Papa), ganhando presentes, abraços, beijos.

Reunindo pareceres po-sitivos e várias informações de diversos jornalistas o presente artigo conclui pelo tema proposto. Ao deixar a Capela dos Apóstolos, em Aparecida, o Papa se vol-ta novamente para a ima-gem da Padroeira do Brasil e sorri, transmitindo um semblante inspirado, ilumi-nado...; de fato, um com-portamento arrebatador, de uma sensibilidade notá-vel: um “Papa do Povo”... alguém que se fez um de nós.________________________Monsenhor José Eugênio de Faria Santospároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário.

Os dias da JMJ no Rio de Janeiro foram singulares

Page 18: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização18 Setembro 2013

celebração

Mediante o Tema do Mês Vo-cacional, no terceiro domin-

go, 18 de agosto, os Motos Clubes Xavantes e Motociclistas de Cristo tiveram a graça de Deus de se reu-nirem para celebrar os Mistérios Pascais de Cristo, aos pés de João Batista, o Padroeiro da Comunida-de, pela Assunção de Maria eleva-da aos céus em corpo e alma.

Os diversos Motos Clubes pre-sente na celebração, num gesto de gratidão, a exemplo da vida religiosa, partilharam seus dons e talentos, tornando o encontro em torno do altar, uma oferta de amor e doação a Igreja e aos Irmãos, principalmente os mais necessi-tados. Foi um momento especial de oração com comprometimento aos princípios do evangelho.

Na homilia o Padre Gonçalves

deu um testemunho pessoal, re-alçando a intercessão de Nossa Senhora na vida das pessoas. Ao final foi apresentada uma homena-gem a todas as Nossas Senhoras, inclusive, gerando emoção aos pre-sentes, consagrando a Celebração num momento filial a Nossa Se-nhora.

Como esperado, agora ficou confirmado todos os 3° Domin-gos de cada mês, os Motociclistas estarão celebrando a Eucaristia as 10h00, na Comunidade São João Batista. Portanto, queremos convi-dar toda a Comunidade e as Co-munidades vizinhas para partici-par conosco e conhecer melhor o que é ser Motociclista._______________________________José Tarcísio de CastroBacharel em Teologia Pastoral

2ª Missa em Ação de Graças Motociclistas de Cristo e Moto Clube Xavantes 18 de Agosto de 2013 - Paróquia São João Batista Taubaté – SP

Page 19: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização 19Setembro 2013

seu patrimônio

Natalício

02 - Diác. Alberto Aparecido Ferreira04 - Diác. Petrus Eugênio Lencioni07 - Pe. Luiz Gustavo Sampaio Moreira09 - Pe. Alaôr dos Santos09 - Pe. Antônio Marcondes Barbosa, scj11 - Diác. José Francisco dos Santos13 - Pe. Carlos Alberto de Souza 13 - Diác. Cristóvão Amador Bueno14 - Diác. José Roberto Macedo16 - Diác. José Rodrigues17 - Diác. Washington Luiz Marcondes Leite19 - Pe. Ederson Carlos Alves Rodrigues21 - Côn. Francisco Carlos Euzébio21 - Diac. João Ivoneri Teixeira24 - Pe. Celso Aloísio Cardoso25 - Diác. José Carlos Caetano26 - Diác. Benedito Gobbo28 - Côn. Paulo César Nunes de Oliveira

Ordenação

03 - Frei Antônio José Corniatti, OFMconv07 - Diác. Antônio Donizete dos Santos07 - Diác. José Roberto Macedo07 - Diác. Pedro Luiz dos Santos 07 - Diác. Sinvaldo Souza Amorim07 - Diác. Washington Luiz Marcondes Leite16 - Pe. Cláudio Altair da Silva de Jesus17 - Côn. Francisco Carlos Euzébio20 - Diác. José Carlos dos Santos Mendrot21 - Pe. José Fernandes de Oliveira, scj29 - Diác. José Waldyr Pereira Júnior

Aniversários: Bispos, Padres e Diáconossetembro

Aniversários auxiliares paroquiais

SETEMBRO

01 Cláudio (Catedral)

01 Luana (Par. Sagrado Coração de Jesus)

10 Juliana (Par. São José – Tremembé)

11 Marcela

(Par. N. Sra. do Bom Sucesso - Pinda)

17 Danielle (Par. N. Sra. do Belém)

28 Ana Paula (Par. São Benedito – Pinda)

29 Cristina (Paróquia Santo Antônio de Lisboa)

Se sua comunidade tendo obe-decido todos os cuidados que

elencamos em artigos anteriores continua com o firme propósito de construir, chega a hora de con-tratar um engenheiro para fazer o projeto, é claro, o contrato deverá ser por escrito, não caia no mesmo erro de muitos que se deixaram levar por sorrisos e amabilidades

desse ou daquele profissional que é amigo ou filho do conhecido, mas que, quando incomodado por qualquer olhar atravessado, sabe recorrer à justiça e invocar tudo aquilo que julga seu direito.

O projeto de uma Igreja, salão paroquial e assemelhados não é um serviço que qualquer profissional da engenharia ou arquitetura faça com qualidade sem nenhuma ins-

trução religiosa ou litúrgica. Antes de contratar o profissional busque referencias junto à Mitra Dioce-sana e junto a outras paróquias. Acontece em algumas comunida-des a contratação de profissionais que foram verdadeiros desastres ou agentes de má fé em outras con-tratações e, se mostrando “bonzi-nhos”, expõem seus novos contra-tantes aos mesmos riscos.

Resolvida a contratação do pro-jeto é preciso definir com muita cautela como será feita a contra-tação da mão-de-obra (pedreiros, serventes, eletricistas ou constru-tora).

Quando a obra é de pequeno porte, muitas vezes a comunidade opta pela utilização da mão-de--obra em regime de mutirão, ou seja, membros da comunidade se reúnem em datas especiais para fazerem as vezes de pedreiros, serventes, etc... É bonito, é bara-to, mas exige cuidados! Antes de iniciar a obra por mutirão é preciso documentar o sistema de mutirão junto ao INSS. Se sua comunidade

dispõe de um contador ou advoga-do para orientar-lhes nesse sentido, consulte-o, se não tem, não arris-que, consulte os departamentos competentes da Mitra Diocesana.

Quando a obra é de maior porte certamente serão contratados pro-fissionais ou construtoras e nisso deveremos ter uma série de cui-dados para não comprometermos mal o dinheiro da comunidade e o nome da Mitra Diocesana, uma vez que, toda e qualquer imperícia ou má administração dos recursos ou do pessoal na menor das comu-nidades ou capelas fatalmente terá reflexos no nome e CNPJ da Mitra e que poderá gerar complicações para todas as 40 paróquias da dio-cese e suas inúmeras comunidades.

Conversaremos melhor sobre isso em nossas próximas reflexões. Por enquanto.... na dúvida, não re-alize, consulte a administração da Mitra Diocesana de Taubaté.________________________Amadeu Pelóggia FilhoAdvogado da Mitra Diocesana de Taubaté

VAI COMEÇAR A CONSTRUIR? CONTINUE ATENTO!

Page 20: Jornal O Lábaro - Setembro de 2013

O LÁBAROA serviço da evangelização20 Setembro 2013

Diocese de Taubaté

Decanatos | Decanos | Paróquias | Párocos Horário de MissasDECANATO TAUBATÉ IDecano: Mons. Marco Eduardo 3632-3316

DECANATO TAUBATÉ IIDenaco: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864

DECANATO TAUBATÉ IIIDecano: Pe. José Vicente 3672-1102

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇACôn. José Luciano 3652-1832Matriz: Nossa Senhora da Esperançadomingo 10h • 19h

PARÓQUIA SÃO PIO XFrei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Matriz: São Beneditodomingo 6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h

PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Luiz Carlos 3653-5903 Matriz: Menino Jesusdomingo 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESPe. Gracimar Cardoso 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Doresdomingo 8h • 19h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Kleber Rodrigues da Silva 3653-4719Matriz: São José Operariosábado 19hdomingo 9h • 19h

DECANATO PINDAMONHANGABADecano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320

DECANATO CAÇAPAVA Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052

PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAPe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848Matriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)domingo 8h • 10h30 • 19h

DECANATO SERRA DO MARDecano: Côn. Amâncio 3676-1228

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA

Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMons. José Eugênio 3632-2479Matriz Santuário de Santa Teresinhadomingo 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19hsábado 19h

PARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGAS Mons. Marco Eduardo 3632-3316sábado 12h • 16hdomingo 7h • 9h • 10h30 • 18h30 • 20h......................................................Convento Santa Clarasábado 7h • 19hdomingo 7h • 9h • 11h • 19h......................................................Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)domingo 8h30 .....................................................Igreja de Santanadomingo 9h30 (Rito Bizantino)

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOACôn. Elair Ferreira 3608-4908Igreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)domingo 8h • 20h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOPe. Luís Lobato 3633-2388Matriz: São José Operáriosábado 12h • 18h. domingo 7h • 10h30 • 18h • 20h

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOPe. Fábio Modesto 3633-5906Matriz: São Pedro Apóstolodomingo 8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAPe. Octaviano, scj 3411-7424Matriz: Santuário São Beneditodomingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA MENINO JESUSPe. Vicente, msj 3681-4334Matriz Imaculado Coração de Mariadomingo 8h • 11h • 19h

PARÓQUIA SANTA LUZIA Pe. Ricardo Cassiano 3632-5614Matriz: Santa Luziadomingo 10h • 19h

PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAPe. Arcemírio, msj 3681-1456Matriz: Sagrada Famíliadomingo 8h • 10h30 •17h • 19h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOPe. Éderson Rodrigues 3621-8145

Matriz: São Vicente de Paulodomingo 7h • 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMPe. Celso Luiz Longo 3621-5170Matriz Nossa Senhora do Belémdomingo 9h30 • 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOPe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)sábado 19hdomingo 8h • 18h

PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3629-4535domingo 8h • 10h • 19h

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADECôn. Paulo César 3621-3267Matriz: Nossa Senhora das Graçasdomingo 7h • 9h • 10h30 • 19h

PARÓQUIA SAGRADO CORA-ÇÃO DE JESUSPe. Aloísio Wilibaldo Knob, scj 3621-4440Matriz: Sagrado Coração de Jesussábado 17hdomingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUSPe. José Vicente 3672-1102Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesusdomingo 7h • 8h30 • 10h • 17h • 18h30 • 20hIgreja São SebastiãoMissa:18h (Rito Bizantino)

PARÓQUIA SÃO JOSÉPe. Alan Rudz 3672-3836Matriz: São José (Jardim San-tana)sábado 18h30domingo 7h30 • 10h30 • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTOPe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250domingo 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDADecano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052Matriz: São João Batistadomingo 6h30 • 9h30 • 11h • 18h30

PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAPe. Décio Luiz 3652-6825Matriz: Santuário Santo An-tônio de Páduadomingo 7h • 9h • 19h....................................................Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirantedomingo 17h

PARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOCôn. Luiz Carlos 3642-2605Matriz: Santuário Nossa Se-nhora do Bom Sucessodomingo 7h • 9h • 11h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃOPe. Celso Aloísio 3642-1320Matriz: São Beneditodomingo 7h • 9h30 • 18h • 19h30....................................................Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos (Cidade Jardim)domingo 8h • 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMACôn. Francisco 3642-7035Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátimadomingo 7h30 • 9h • 19h

PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Pe. João Miguel 3643-6171Matriz: São Miguel Arcanjodomingo 8h • 19h

PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Pe. José Júlio 3641-1928Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)domingo 8h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOCôn. Geraldo 3637-1981

Igreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)domingo 7h • 9h • 19h30

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade NovaPe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvãodomingo 7h • 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZCôn. Amâncio 3676-1228Matriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)domingo 8h • 18h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADECôn. Joaquim 3677-1110Matriz: Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra)domingo 9h30 • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOPe. Antonio Claudio 3677-4152Matriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)domingo 10h (2º e 4º Domingos do mês)

PARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSPe. Celso, sjc 3662-1740Igreja Matriz: Santa Terezi-nha do Menino Jesus (Aber-néssia)domingo 7h • 9h • 19h

PARÓQUIA SÃO BENEDITOPe. Vicente Batista, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito (Capivari)domingo 10h30 • 18h

PARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍPe. Ronaldo, msj 3971-2227Matriz: São Bentodomingo 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALPe. Edson Alves 3666-1127Matriz: Santo Antôniodomingo 8h • 10h • 19h

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