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Confirmado a utilização de EPO/CERA num controlo
anti-"doping” realizado a pouco dias do início da Vol-
ta a Portugal, prova que viria a vencer no terreno, Nuno Ribeiro promoveu na passada quarta-feira uma
conferência de imprensa para justificar o sucedido.
Responsabilizou o médico que colaborava com a sua
equipa e prometeu cooperar na luta contra o
«doping».
«A principal sensação que tenho é sentir-me enganado», disse Nuno Ribeiro, que arrisca dois anos de suspensão pelo resultado positivo, para além de ter
já perdido a vitória na Volta a Portugal.
Para o corredor, disposto «a esclarecer tudo», garantindo até que para o efei-
to está a cooperar com a justiça, o médico que colaborava com a Liberty Seguros, o colombiano Alberto Beltrán, será o responsável, até porque garan-
te que «tudo passava por ele». «Nunca tínhamos tido problemas. Tivemos
imensos controlos. Eu pessoalmente fiz muitos controlos, a equipa fez mui-
tos controlos, nunca houve problema. Não havia motivo para desconfiar,
mas aconteceu o que aconteceu e a pessoa mais tramada sou eu, porque
estou sob processo disciplinar, vou ser castigado e não sei o que vem mais.» A ponderar a hipótese de agir judicialmente sobre o médico, Nuno Ribeiro
deixou ainda a garantia que não pensa em abandonar o ciclismo, mesmo que
seja alvo de longa punição: «Não gostava de acabar a carreira desta maneira.
Tenciono correr, nem que seja mais um ano para dignificar o meu nome e
mostrar que realmente não era por aquilo que eu andava. À partida sei que vou ter um castigo longo mas vou tentar treinar e estar no meu melhor para
quando voltar, estar na máxima força.»
Joaquim Gomes um dos melhores ciclistas portugueses da sua geração não
deixa de lamentar esta situação, considerando-a uma mancha no ciclismo português.
23 Outubro 2009
Volume 1, Edição 1
Liga Sagres 2
Liga Campeões 2
Opinião 3
Vicente Moura Quer Mais..
7
Hóquei em Patins 8
Liedson Salvador ?? 6
Ultimas 9
Nesta edição:
Este Espaço Pode
ser Seu
Saiba como:
Director: Joaquim Manuel Edição Online Semanal
TRAMARAM NUNO RIBEIRO ??
MUNDIAL DE 2018/2022 em BRAGA ? O Estádio Municipal de Braga continua a ser uma das hipóteses para o cam-
peonato do Mundo de 2018 ou 2022. Gilberto Madaíl havia anunciado que
há três palcos fixos, mas ontem na oficialização da candidatura ibérica des-
tacou que há outros cenários e um dos quais é o palco dos sonhos bracaren-
se.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail,
salientou que os estádios de Braga, bem como o do Algarve, são opções para
a candidatura ibérica ao Mundial-2018 ou 2020, mas terão de ser analisados
os custos. Madaíl lembrou que ambos os recintos “têm de ter mais 12.000
lugares cada um”.
O secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, pediu tempo para se
estudar bem essas questões com ponderação.
“É muito interessante que se façam todos os debates e mais alguns sobre
essas matérias, mas é também interessante que em relação a tudo isso a
candidatura dê passos seguros.
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Sp.Braga Líder ...ate quando ?
Página 2 O DESPORTIVO Volume 1, Edição 1
O Sporting de Braga mantêm, a sua trajectória 100 por cento vitoriosa na Liga portuguesa de futebol, ao bater em casa o Vitória de Setúbal por 2-0, em encontro da sétima jornada da prova.
Um golo do brasileiro Paulo César, aos 60 minutos, e outro de Hugo Viana, aos 94,
foram suficientes para os "arsenalistas" melhorarem o que era já a sua melhor entrada de sempre no campeonato e garantirem a manutenção da liderança isola-da por mais um ronda.
A formação sadina, que caiu para o 15.º e penúltimo lugar, jogou desde os 35 minutos em inferioridade numérica, devido ao segundo cartão amarelo mostrado
a Luís Carlos, mas ainda assustou, nomeadamente num livre directo do polaco Kazmierczak à barra, com Eduardo batido, aos 62.
Como o triunfo alcançado no Estádio Axa, a formação "arsenalista" reforçou o melhor registo da sua história e colocou-se a um dos oito alcançados em
2007/2008 pelo FC Porto, liderado por Jesualdo Ferreira.
Os comandados de Domingos Paciência precisam de vencer fora o Rio Ave, a 24 de Outubro, em embate da oitava jornada, para igualar o feito dos "azuis e bran-cos", que, há duas épocas, só perderam pontos à nona, ao empatarem em casa com o Belenenses (1-1).
1 Sp. Braga 21
2 Benfica 19
3 FC Porto 16
4 Sporting 11
5 Nacional 11
6 Rio Ave 10
Jesualdo Ferreira já tinha avisado que o Apoel viria ao Dragão com uma
postura muito defensiva, jogando para o empate e tentando não deixar o porto
jogar e organizar jogo.
Não foi um inicio de jogo fácil para o Porto, que teve muitas dificuldades
em penetrar na defesa do Apoel, que com duas linhas de quatro e cinco jogadores
formou uma autentica muralha á frente da sua baliza, fazendo com que o porto só
conseguisse criar perigo com jogadas individuais. Apenas aos 17 minutos o guar-
da-redes Chiotis foi obrigado a duas defesas dignas desse registo com Falcão pri-
meiro fora da área e depois Rodriguez num pontapé de bicicleta a tentarem o
golo. Ao minuto 21 o Dragão congelou com o auto golo de Alvaro Pereira, num lance dividido de
carrinho dentro da área, a dar vantagem aos cipriotas, que nem um remate tinham efectuado à
baliza de Helton e já venciam por uma bola a zero.
A resposta do Porto não tardou e 10 minutos depois chegava mesmo ao empate numa perda de bola do
meio campo visitante, a bola a sobrar para Falcão que desmarca Hulk na direita e de pé esquerdo o brasileiro
não falhou, desviando a bola do alcance do guarda-redes e empatando a partida.
Após o empate o Apoel continuou fechado na sua defensiva, só conseguindo os dragões criar perigo
através de erros dos cipriotas como ocorreu num livre indirecto dentro da área após um mau atraso de Grnca-
rov que obrigou o seu guarda-redes a tocar a bola com a mão, mas o livre apontado por Bruno Alves viria a ser
aliviado pela barreira, e chegava-se ao intervalo com a igualdade no marcador apesar das estatísticas darem
19 remates para o Porto e 0 para o Apoel.
A segunda parte começa quase com o penalty e golo do Porto, após cruzamento de Alvaro Pereira e
mão na bola de Elia dentro da área a dar origem a grande penalidade. Na marcação Hulk facturou o segundo
da noite e colocou os azuis e brancos em vantagem pela primeira vez.
O jogo parecia controlado e equipa azul e branca dominava a partida e ia tendo as melhores oportuni-
dades, até que aos 73 minutos num acto irreflectido Mariano Gonzalez agride o capitão Satsias com uma
cotovelada e é expulso pelo árbitro Felix Brych, passando o Porto a jogar com 10 homens e a ter que reestru-
turar a equipa. Uma vitória do FC Porto que, aproveitando a vitória do Chelsea por quatro bolas ao Atlético
de Madrid, fica assim com cinco pontos de vantagem sobre Atlético e Apoel e com boas perspectivas de passa-
gem aos oitavos-de-final.
LIGA DOS CAMPEÕES
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Bruno Pais e Joana Marques Campeões
LIGA EUROPA
Página 3 O DESPORTIVO Volume 1, Edição 1
Os tri-atletas Bruno Pais e Joana Marques, sagraram-se campeões nacionais de triatlo no
Estoril, numa prova que marcou a estreia de um novo modelo competitivo implementado
pela Federação Portuguesa de triatlo.
No sector masculino, o atleta olímpico Bruno Pais venceu pelo sexto ano consecutivo, cor-
tando a meta na finalíssima do Estoril completamente isolado da concorrência.
O atleta natural do Fundão, representando o Sport Lisboa e Benfica, controlou a prova de
inicio ao fim, sempre atento aos seus principais adversários. Nos 1500 metros de natação
destaque Pedro Mendes (Clube Natação Cartaxo), o primeiro atleta a sair da água logo segui-
do de toda a concorrência para a transição para os 40km de Ciclismo, onde Bruno Pais
começou a fazer estragos no pelotão, chegando ao final deste segmento apenas com a com-
panhia de Pedro Gomes (Halcon/Spiuk/Olímpico de Oeiras), que acabaria por ficar para trás
nos 10km de corrida onde Bruno Pais não deu hipóteses aos adversários, vencendo a prova
com o tempo de 1:56.31. Como este resultado, o atleta do Fundão terminou o campeonato
com 600 pontos, mais 30 do que Miguel Arraiolos, quarto no Estoril; o também olímpico
Duarte Marques (quinto) fechou o pódio do nacional.
No lado feminino Joana Marques é a nova campeã nacional de triatlo, sucedendo a
Vanessa Fernandes que lesionada esteve impossibilitada de participar.
A agora campeã nacional não começou muito bem a finalíssima do Estoril, saindo da agua
no meio do pelotão liderado pela Sofia Almeida (Alhandra Sporting Clube). No segmento de
ciclismo Joana viria a recuperar algumas posições e assim aproximando-se da frente que
nesta altura era liderado pela Mariana Costa do Olímpico de Oeiras. À partida para a ultima
fase da prova a líder do campeonato até esta altura, Filipa Ferreira, apresentava muitas difi-
culdades para prosseguir na prova, que passados uns metro se viria a confirmar a sua desis-
tência.
A partir deste momento, Joana Marques era a atleta melhor posicionada para aspirar ao
campeonato nacional, não desiludindo a fazendo uma corrida muto rápida, conseguindo
chegar ao segundo lugar, onde viria a terminar a corrida logo atrás de Mariana Costa vence-
dora desta prova.
No fim do campeonato, Joana Marques somou 560 pontos, mais 40 que Ana Filipa Sampaio
(quarta nesta prova) e 89 que Liliana Silva (quinta).
Goleada das antigas (5-0) com magia de Dí Maria
O Benfica goleou o Everton (5-0) e subiu à liderança do grupo I da Liga Europa. Num jogo disputa-
do a ritmo intenso, a águia foi mais eléctrica e contagiou os adeptos nas bancada.
Depois da derrota na Grécia e frente ao líder do grupo o Benfica estava proibido de deslizar. E se
não deslizou, fez ainda melhor: reduziu o Everton a cinzas, graças a uma exibição endiabrada de
Dí Maria e ao grande acerto ofensivo de Saviola (dois golos) e de Óscar Cardozo (outros dois) e
outro de Luisão
Nacional cai de pé (2-1) em Bilbau
O Nacional perdeu com o Bilbau por 2-1, jogo da 3.ª jornada da Liga Europa, e caiu para o último
lugar do Grupo L. Ruben Micael levou os madeirenses para o intervalo a vencer, Exteberria e Llo-
rente viraram o resultado a favor dos bascos.
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Página 4 T í tu lo do bolet im Volume 1, Edição 1
Portugal sobe para 10º
Portugal deu um "salto" de sete lugares no "ranking" da FIFA e fecha o "top-10", passando a ser a
segunda selecção mais cotada entre as quatro cabeças-de-série nos "play-off" europeus para o Mun-
dial2010 em futebol.
Esta "promoção", que se deve às três vitórias e um empate nos últimos quatro jogos do Grupo 1 da
zona europeia de qualificação, permite a Portugal reforçar a condição de favorito na eliminatória
decisiva de apuramento para o torneio na África do Sul.
A recta final da campanha de apuramento começou a 05 de Setembro, com o empate 1-1 na Dina-
marca, qualificada directamente para o Mundial2010, seguindo-se, quatro dias depois, o triunfo na
Hungria por 1-0.
Portugal fechou este mês o apuramento com duas vitórias robustas em casa, novamente com a
Hungria (3-0) e Malta (4-0), que asseguraram em definitivo uma das oito vagas nos "play-off" da
zona europeia.
Como já estava definido antes de ser hoje publicado o novo "ranking" da FIFA, Portugal evitará a
França (9.ª), Rússia (12.ª) e Grécia (16.ª), integrando um sorteio livre com Ucrânia (22.ª), Irlanda
(34.ª), Bósnia (42.ª) e Eslovénia (49.ª).
Isto quer dizer que a selecção orientada por Carlos Queiroz e as outras três equipas cabeças-de-
série não garantem, desta forma, a disputa em casa do segundo e decisivo jogo desta eliminatória
a duas "mãos", ficando esse factor dependente do "capricho" do sorteio.
Tal como sucede habitualmente nas competições a eliminar, um golo marcado fora vale por dois
para as contas totais.
Em caso de igualdade ao fim dos dois jogos, recorre-se ao habitual prolongamento de 30 minutos
para encontrar o vencedor. Se o empate persistir, serão as grandes penalidades a definir quem
estará na fase final do Mundial do próximo ano, na África do Sul.
Portugal vai jogar num batatal na Bósnia
Más notícias para Portugal: a Selecção Nacional vai encontrar condições muito adversas na deslo-
cação à Bósnia, para a segunda mão dos play-off de acesso ao Mundial 2010, a 18 de Novembro.
O director de departamento de futebol e formação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Car-
los Godinho, chegou ontem a Zenica, cidade onde terá lugar o encontro decisivo e ao princípio da
noite traçou o quadro a A BOLA: «Está muito frio. A cidade é montanhosa [318 metros acima do
nível do mar] e o clima é típico das regiões altas. Neste momento o termómetro regista apenas um
grau e não se esperam melhoras para Novembro. Tal como Sarajevo [capital da Bósnia], as colinas
já estão cobertas de neve.»
Mas se o frio é algo que os homens não podem mudar (a Humanidade sim, mas isso fica para a
cimeira de Copenhaga, em Dezembro, onde vão ser debatidas as medidas a tomar para combater as
alterações climáticas), o mesmo não se pode dizer do relvado do Estádio Bilino Polje, palco do
encontro. O estado geral é francamente mau, segundo relatou Godinho: «Está em péssimo estado.
Aquilo nem é bem um relvado, antes uma mistura de relva, erva e trevo. Hoje [ontem] estava ainda
pior: tinha muita lama por causa da chuva e neve que caiu.»
O batatal que espera Portugal situa-se num estádio «antigo, com poucas condições, pouco habi-
tuais comparativamente aos recintos onde a Selecção tem jogado ultimamente», nas palavras de
Carlos Godinho, pouco optimista na melhoria do tapete: «A equipa local [NK Celik] joga e treina-se
aqui, o relvado não descansa.»
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Onde Chegariam Eusébio e Ronaldo sem Péle e Messi?
Página 5 T í tu lo do bolet im Volume 1, Edição 1
Ao longo dos tempos, o futebol foi-nos dando a conhecer os melhores artistas do Mundo. Di Stefa-
no dominava na viragem da década de 60. Seguiram-se Pelé e Eusébio, Cruyff, Platini, Maradona,
Van Basten, Ronaldo Fenómeno, Zidane , e por aí fora. Hoje, e à imagem do que aconteceu com
Eusébio, Cristiano Ronaldo não consegue ter o domínio absoluto...
Os dois expoentes máximos da história do futebol português, Eusébio e Cristiano Ronaldo (sim, eu
sei que é cedo em relação ao Ronaldo e que eu não incluo o Figo , mas leiam até ao fim), tinham
futebol de sobra para marcarem uma era com o seu nome acima de qualquer outro. Dois talentos
natos a quem o mundo do futebol faz uma vénia e reconhece um lugar de destaque entre os melho-
res de sempre , mas que nunca deixaram de ter uma sombra que os impediu de reinar sozinhos.
Eusébio jogou no tempo de Pelé, Ronaldo joga no tempo de Messi .
Os dois portugueses não são casos únicos, evidentemente, mas são aqueles a quem o talento talvez
lhes permitisse outro endeusamento, caso fossem os únicos a estar vários patamares acima dos
demais no seu tempo. Outro português, Luís Figo , não tinha um talento tão natural nem com tan-
ta margem de crescimento e jogou numa era dominada por vários talentos: de Ronaldo Fenómeno
a Zinedine Zidane , passando por Henry, Raúl, Ronaldinho ou Del Piero , nenhum deles tinha capa-
cidade para arrasar toda a concorrência de forma unânime. Talvez Zidane e Ronaldinho tivessem,
mas eram os únicos...
Puxando a fita atrás, lembramo-nos dos jogadores holandeses - como Frank Rijkaard, Ruud Gullit e
sobretudo Marco Van Basten - a dominar o final dos anos 80 e o início dos 90. Antes disso, Mara-
dona era rei absoluto e só Platini tinha capacidades para lhe perturbar o sono. Corria a década de
80, já depois de Johan Cruijff ter encantado ao serviço de Ajax e Barcelona e da " Laranja Mecâni-
ca " como a grande referência de uns anos 70 que viram também George Best desperdiçar nos
vícios a oportunidade de estar presente entre todos estes nomes. Beckenbauer não ficou esqueci-
do, mas a sua arte era outra, a de defender. Recuando finalmente aos anos 60, recordamos nomes
como Denis Law, Bobby Charlton, Gianni Rivera ou o português Eusébio , mas nenhum destes
logrou alcançar o patamar e o estatuto de Pelé , a mega-estrela que o futebol conheceu após o
domínio do madridista Alfredo Di Stéfano . Naquele tempo, Eusébio era uma das figuras mundiais
do futebol e chegou mesmo a vencer a Bola d'Ouro , mas havia Pelé, considerado pela FIFA o Atleta
do Século e aquele que ainda hoje discute com Maradona o título de Melhor de Sempre na boca do
povo. Se não tivesse Pelé jogado na mesma altura, até onde poderia ter ido Eusébio? Seria a gran-
de referência dos anos 60?
Hoje, Cristiano Ronaldo vive o mesmo problema ao ter de partilhar os louros com Léo Messi . Há
muitos jogadores de topo no momento, como Fernando Torres, Gerrard, Lampard, Drogba, Rooney,
Xavi, Iniesta, Eto'o, Ibrahimovic, Kaká, Benzema, Ribery ou Ronaldinho , mas estes dois estão cla-
ramente acima de todos os outros. São completamente diferentes, mas destacam-se sem levantar
suspeita. E qualquer um deles, na sequência mais lógica da sua evolução enquanto futebolistas de
primeiro nível, pode ser elevado à categoria dos mais notáveis de todos os tempos. Até porque ain-
da são jovens. Contudo, seria mais fácil de acontecer se não tivessem competidor directo. Se não
houvesse termos de comparação. Se não existissem milhões de adeptos em todo o Mundo a tomar
o partido de um deles . Seria mais fácil, do ponto de vista do português que toda a gente pudesse
reconhecer com a maior das facilidades: o melhor do mundo é Ronaldo. Porque não existiria Mes-
si...
Por isso, dá que pensar até onde poderia chegar Cristiano Ronaldo. Como português, e apesar de
me deliciar ao ver jogar Messi (quem não se delicia?), tenho pena que Ronaldo não marque uma
era . Que ele não seja eleito 3 ou 4 vezes seguidas a Bola de Ouro ou a distinção da FIFA. Sei que
ele não se tornou no fenómeno que todos víamos nele capacidades para se tornar, mas também sei
que se tornou noutro tipo de fenómeno.
Director
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Página 6 T í tu lo do bolet im Volume 1, Edição 1
Liedson e mais 10...
Está-se a tornar um caso preocupante, a maneira como o
Sporting vai conseguindo ganhar e somando pontos à custa
de um “Levezinho” que por aqueles lados lá vai resolvendo
como pode, levando o Sporting às costas.
Neste campeonato, decorridas que estão sete jornadas,
apenas por uma vez o Sporting foi capaz de vencer um jogo
com Liedson a não marcar (3-2 contra o Olhanense), o que
demonstra a influência do número 31 na eficácia da equipa.
Nos outros seis jogos o Sporting o Sporting ganhou por duas
vezes, cedeu dois empates e perdeu outros dois jogos. Assim estão as contas do clube de Alvalade
que vive de vitórias muito por culpa de Liedson, que apesar de apenas ter 2 golos está época vai
sendo o salvador da equipa quando tem oportunidade para facturar.
A frente de ataque do Sporting parece que ainda não reúne consenso a Paulo Bento, e só
Liedson tem lugar cativo no sector avançado. Neste inicio de campeonato o treinador leonino tem
alternado entre Hélder Postiga e Yannick Djalo para formar a dupla atacante e nas outras provas
em que o clube está presente, já foram também testados Caicedo e Saleiro na companhia do levezi-
nho. Até agora parece que nenhuma destas duplas cativou Paulo Bento, porem Postiga tem sido o
mais utilizado, talvez pela sua maior experiência e melhor sentido posicional dentro de campo,
mas sem grandes resultados. Na comparação entre estas quatro opções para o ataque, Djalo é o
jogador com melhor registo (2 golos), mas que parece ainda não ter agarrado o lugar ou não ter
agradado inteiramente ao mister, sendo preferencialmente suplente e entrando na segunda parte
para o ataque ou até como já aconteceu em alguns encontros, fazendo uma posição de médio ata-
cante para tentar fazer uso da sua velocidade e drible.
Para já, e enquanto as experiências não acabam, vai-se apelando ao 31 para resolver e ten-
tar em jogadas individuais fazer o que o colectivo não tem conseguido na maioria dos jogos esta
época e também a tranquilidade que os sócios e adeptos esperam nas exibições da equipa.
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VICENTE QUER MAIS E MELHOR PARA O COMITÉ
Página 7 T í tu lo do bolet im Volume 1, Edição 1
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), Vicente Moura, considera "incompreensível" o
atraso na constituição do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que entende ser "a solução para
muitos dos problemas que grassam no desporto".
"Antes das eleições legislativas o Secretário de Estado do Desporto assegurou-me que a portaria a
autorizar o tribunal seria publicada até Outubro, mas o facto é que ainda não aconteceu", disse à
Agência Lusa Vicente Moura.
O responsável manifestou-se "desagradado" com o atraso na criação do TAD, que espera há dois
anos pela respectiva aprovação por parte do Estado, e antevê novo atraso devido à formação do
novo Governo.
Vicente Moura desconhece se a responsabilidade do atraso na aprovação do TAD se deve a alguma
questão de pormenor relacionada com o Ministério da Justiça ou se devido a questões de ordem
governamental.
"Esta situação tem a ver com a forma como em Portugal se vê o desporto: que é de uma forma
menor. E tem a ver também com interesses corporativos político partidários", desabafou Vicente
Moura.
Quando o novo Governo tomar posse, Vicente Moura assegura que a constituição do Tribunal Arbi-
tral do Desporto será uma das matérias a incluir na agenda.
"Para o Comité Olímpico de Portugal, para as federações e para a comissão de trabalho que esteve
na base do projecto é completamente incompreensível o silêncio", adiantou ainda Vicente Moura.
De acordo com Vicente Moura, o atraso não se deve à necessidade de ultrapassar algum obstáculo
ou esclarecer determinada matéria que possa suscitar dúvida. "É apenas silêncio. O que nota que
em política aquilo que parece é".
Para além do investimento na criação do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), Vicente Moura deli-
neou como objectivos até ao final do seu mandato, em Maio de 2013, a criação do Museu Olímpico
e a Fundação Olímpica.
Vicente Moura admite que "não foi feito muita coisa" em relação à criação do Museu Olímpico,
apesar de reconhecer que "há um projecto em desenvolvimento" e que até o espaço para a sua
construção já está pensado.
O responsável refere que o facto de a Secretaria de Estado ter optado por fazer um Museu do Des-
porto no Pavilhão Carlos Lopes afecta as pretensões do Comité Olímpico de Portugal em erguer
também um.
"Além de fazer o museu, necessitamos que a Câmara (de Lisboa) ceda o terreno, da aprovação do
Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e de financiamento, por parte de
'sponsors', autarquia e Governo", disse.
Vicente Moura reconhece a dificuldade em erguer o projecto, ainda por cima se já há um em fase
mais adiantada: "É complicado fazer dois museus ao mesmo tempo. Parece até antagónico".
O dirigente máximo do COP descarta a hipótese de o projecto do Museu Olímpico vir a integrar o
do Museu do Desporto, até porque defende que "são diferentes": "O do desporto é mais abrangente.
As medalhas olímpicas têm que ficar no olímpico".
"Aqui (junto à sede do COP, em Lisboa), mais cedo ou mais tarde irá nascer o Museu Olímpico",
assegura Vicente Moura, explicando que ainda recentemente pôde visitar um projecto idêntico na
instituição congénere polaca.
A Fundação do Desporto é outro dos projectos que Vicente Moura ambiciona concretizar, ou colo-
car em movimento, durante o seu mandato, "mas a sua concretização reflecte bem a situação
financeira geral do país".
"A criação das fundações tem sido dificultada pelo Governo.”
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As Novas Regras do Hóquei em Patins
Página 8 T í tu lo do bolet im Volume 1, Edição 1
A época 2009/2010 em hóquei em patins começa com várias novidades em termos de
regras de jogo e arbitragem com o objectivo de ter um jogo mais correcto e disciplinado, com mais
golos e mais emotivo. A nível mundial as regras só entram em vigor a partir do dia 1 de Janeiro de
2011, mas foi delibera pelo Comité Europeu de Rink Hóquei (CERH), sob proposta das Federações
Espanhola, Italiana e Portuguesa antecipar a sua adopção para o início da Época de 2009/2010.
Nesta edição iremos ver quais as principais novidades aprovadas no novo regulamento e o
primeiro impacto das novas regras nos campeonatos já inicializados.
Comecemos pelo Regulamento Técnico onde existem várias novidades em relação à época
transacta:
Zona de protecção do guarda-redes: vai de poste a poste, sendo marcada a partir do seu centro, situa-
do a meio da linha de golo;
Anteriores marcas (cruzes) de livre directo são eliminadas, sendo substituídas, em cada meia-pista, por
uma marca idêntica à do penalty e situada a uma distância de 7,40 metros do centro da
linha de golo, no seu alinhamento perpendicular;
As “linhas de anti-jogo” foram eliminadas, pelo que é a linha de meia-pista que faz a delimitação das
seguintes “zonas”de jogo: ZONA DEFENSIVA + ZONA ATACANTE
Quando uma equipa assumir a posse da bola na sua zona defensiva, dispõe de 10 segundos para
conduzir a bola para a zona atacante. No entanto e depois dessa primeira situação de ata-
que, a equipa pode voltar com a bola para a sua zona defensiva, mas depois só dispõe de 5
segundos para voltar a conduzir a bola na zona atacante;
Nos últimos 5 minutos da 2ª parte do tempo normal de jogo, o Guarda-Redes pode ser substituído por
um jogador de pista, mas este não pode beneficiar dos direitos especiais concedidos aos guar-
da-redes;
O livre directo e o penalty são sempre marcados na meia pista da equipa do infractor, cujas marcas estão, res-
pectivamente, situadas a 7,40 e 5,40 metros do centro da linha de baliza, os restantes jogado-
res – sem intervenção na execução ou defesa do livre directo - têm de colocar-se na outra meia pista, no interior
da área de grande penalidade, só podendo movimentar-se e voltar a intervir no jogo quando
a bola for impactada ou tocada;
O Guarda-Redes pode manter um dos joelhos apoiado no solo, excepto aquando da execução de um
penalty ou de um livre directo contra a sua equipa;
Em relação à Arbitragem também existem novidades. Mais trabalho para as equipas de arbitra-
gem que irão estar atentas a todos os contactos para além das leis e também para o tempo
específico de cada situação de jogo que agora são exigidos aos atletas.
As principais novidades são:
O controlo da Mesa de Jogo é da responsabilidade de um Árbitro devidamente equipado e que pode
ser designado entre os filiados no país ou na região onde decorre a prova;
Foram abolidos os cartões amarelos.
A pista de jogo tem de ficar disponível para o aquecimento das equipas com uma antecedência de 20 minu-
tos, pelo menos, relativamente à hora oficialmente marcada para início do jogo;
Considera-se que uma equipa atacante incorre em jogo passivo quando – mantendo a bola na sua pos-
se e depois de transcorrido um período razoável do tempo de jogo (45 segundos) - não
revela qualquer intenção de rematar à baliza adversária;
“Power-play” é … uma sanção disciplinar que penaliza as equipas cujos representantes
cometam faltas disciplinares de gravidade, sendo obrigadas – ainda que temporaria-
mente - a jogar em inferioridade numérica face à equipa adversária. 2 Minutos de, no
caso das faltas graves (cartão azul), 4 minutos, no caso das faltas muito graves (cartão vermelho).
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RAPIDAS
TV DESPORTO
Rua Elísio de Moura Nº 80 2 º Dto
4710-422 Braga
tel. 253217150
Telem. 910921145
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Turismo. Algarve recebe etapa portuguesa do
WTCC.
A mudança da etapa portuguesa das ruas do
Porto (circuito da Boavista) para a pista do
Autódromo do Algarve (Portimão), a 4 de Julho
é uma das alterações no calendário para 2010
do campeonato WTCC (World Touring Car
Championship), que continuará a ter 12 eta-
pas duplas (24 corridas).
Porto recebe Mundial Universitário em 2010
O Estádio do Bessa, no Porto, vai ser o palco
do IV Mundial Universitário de Râguebi de 7
(Seven), a realizar entre 21 e 14 Julho do pró-
ximo ano sob organização da Universidade do
Porto (UP), de salientar a presença da Austrá-
lia.
Francisco Lobato já pode contar com a vitória na
regata Transat 6,50
Com mais de 22 horas de vantagem na classifica-
ção geral, o slipes solitário português Francisco
Lobato, a bordo do ROFF/ /TMN, está prestes a
conquistar a regata Charente Maritime Bahia/
/Transat 6,50. Com apenas seis horas de défice em
relação ao francês Charlie Dalin, que lidera a
segunda etapa da travessia oceânica, Lobato é
esperado em Salvador da Baía (Brasil) amanhã ou
no sábado
Farías feliz com interesse do Corinthians
O avançado argentino do FC Porto falou ao jornal
„Lance‟ sobre o alegado interesse do Corinthians
nos seus serviços. Farías diz desconhecer a exis-
tência de contactos oficiais, mas sempre se mos-
trou agradado com a possibilidade de representar o
clube de São Paulo, onde milita Ronaldo.
Salvador quer Hermínio fora da Liga
O presidente do Sporting de Braga afirmou hoje que Hermínio Loureiro deve abandonar a liderança
da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e
optar pela Câmara Municipal de Oliveira de Aze-
méis, para a qual foi recentemente eleito.
“Já o tinha dito, quando soubemos que ia candida-
tar-se à Câmara de Oliveira de Azeméis, que ele devia optar por uma das situações”, começou por
dizer António Salvador, à margem da apresentação
de um produto para os sócios, o “Sporting Clube
de Braga Seguros”.
Preços do Portugal – Bósnia vão dos 10 aos 25
euros
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF)
informou esta terça-feira, na sua página ofi-cial, os preços dos bilhetes para assistir ao
Portugal – Bósnia na primeira “mão” do “play-
off” de acesso ao Mundial 2010, agendada para
o próximo dia 14 de Novembro, no Estádio da
Luz, em Lisboa.
Pedro Mendes lesionado, falha “playoff” com a
Bósnia
O médio internacional português, Pedro Men-
des, ficou hoje a saber que terá de ficar de fora
das quatro linhas entre seis e oito semanas a
recuperar de uma lesão contraída no jogo da
passada terça-feira com o Unirea Urziceni, na
3.ª jornada da Liga dos Campeões, o que signi-
fica que não poderá ajudar a selecção nacional
a ultrapassar a Bósnia nos “playoff” de acesso
ao Mundial 2010.
S. Pedro do Estoril recebe FREEPASS / QUERU
PRO em Novembro
S. Pedro do Estoril vai receber nos dias 7 e 8 de Novembro o FREEPASS / QUERU Pro, 4ª etapa do
Campeonato Nacional de Surf Open e 5ª do Femini-
no 2009. O evento é organizado pela Associação
Nacional de Surfistas (ANS) em parceria com o Sur-
fing Clube de Portugal (SCP), sob a égide da Fede-
ração Portuguesa de Surf. A etapa de Grau 2 terá uma premiação bruta de
2.000€ sendo que os vencedores desta prova (Open
e Feminino) irão arrecadar 875 pontos para o ran-
king nacional. Em ambos os circuitos, e de acordo
com os regulamentos, contarão para o apuramento dos campeões nacionais, os quatro melhores resul-
tados.