90 anos recreio desportivo de Águeda - suplemento o jogo
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90º Aniversário Recreio Desportivo de Águeda - 1 de Junho, Jornal O JOGO www.cm-agueda.ptTRANSCRIPT
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90º ANIVERSÁRIO RECREIO DESPORTIVO DE ÁGUEDA
FESTEJAR 90 ANOS A OLHAR O FUTURO
>> No passado do Recreio Desportivo de Águeda há uma presença na I Divisão Nacional de futebol e a participação de atletas do clube nos Jogos Olímpicos. Relançar modalidades como o atletismo e manter a aposta na formação são os objetivos da Comissão Administrativa liderada por José Luís Alves. Vencer a Taça da AF Aveiro, no dia 7, é o sonho imediato.
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90º ANIVERSÁRIO RECREIO DESPORTIVO DE ÁGUEDAII DOMINGO 1.JUNHO.2014 D
A militar atualmen-te na I Divisão da Associação de Fu-tebol de Aveiro, o Recreio Desporti-
vo de Águeda teve uma passa-gem pelo escalão máximo do futebol português, em 1983/84. Este é um dos marcos que José Luís Alves, presidente da Co-missão Administrativa do clu-be, realça em 90 anos de histó-ria. O clube está a comemorar o 90º aniversário, o que realça nesta data histórica?
Esta é uma marca histórica do Recreio. Este clube tem um palmarés memorável e apre-sentou-se sempre como uma referência a nível distrital. Vi-veu momentos únicos, for-mou atletas nas mais varia-das modalidades e que sou-beram honrar o nome de Águeda e também de Portu-gal. Muitos internacionais formaram-se no Recreio e destaco dois momentos espe-ciais ao longo da sua história: a ascensão à 1ª Divisão Nacio-nal na época de 1982/1983 e a participação de canoístas atletas do Recreio, António Brinco e António Monteiro, nos Jogos Olímpicos de Barce-lona, em 1992, e em Seul, em 1988. Foram, de facto, mo-mentos inesquecíveis que vi-vemos em Águeda – nessa al-tura, o clube era o alvo de to-das as atenções e todos os ca-minhos iam dar ao Redolho
(localização do atual Estádio Municipal). Houve também momentos menos felizes...
Devo dizer que este clube teve outros momentos, viveu momentos difíceis e passou por grandes dificuldades. Mas Águeda sempre teve carinho pelo Recreio e soube-o abra-çar e devolver-lhe a mística que todos os aguedenses re-conhecem. Esta data históri-ca e o seu extenso programa comemorativo pretendem ser o relançar deste velhinho clube, que aos 90 anos apres-ta-se respeitado, tranquila-mente a respirar de boa saú-
de e com vontade de devolver ao concelho de Águeda as ale-grias que já teve noutros tem-pos. Que outros pontos altos des-taca na história do clube?
A profunda restruturação operada por Neca Carneiro nos anos 30, a formação de futebolistas que enverga-ram as cores da Seleção Na-cional e que fizeram parte dos melhores emblemas na-cionais, a construção do es-tádio em 1974 e a sua remo-delação posterior em 2004
foram outros momentos im-portantes. No entanto, não posso deixar de destacar a gigantesca comemoração do 90º Aniversário no passa-do dia 12 de abril com a par-ticipação de cerca de 500 pessoas no Hotel Palácio da Borralha e ainda a inaugura-ção do lindíssimo museu do clube na mesma data. Aos 90 anos, o clube é uma coletividade com futuro?
Claramente. Sendo esta a maior coletividade desportiva do concelho e a que mais lon-ge levou o nome de Águeda – basta visitar o recém-inaugu-rado museu. Estamos muito
felizes pelo trabalho alcança-do pelas últimas comissões administrativas que realicer-çaram o clube e lhe deram fulgor para pensar num pro-jeto a mais longo prazo. So-mos também um dos clubes da região com melhores con-dições a nível de infraestrutu-ras, portanto acho que o RDA tem todas as condições para poder perspetivar um bom futuro. E quais são os planos da Co-missão Administrativa a que preside para o futuro?
Os planos são muitos, mas passam por continuar a res-truturação, relançar o clube desportivamente e levá-lo para um caminho certo com as pessoas certas. Pretende-mos relançar as modalidades que entretanto estavam um pouco esquecidas pela insti-tuição. E estou em condições de afirmar aqui que começa-remos pelo atletismo. Já criá-mos uma secção com pessoas bastante conhecedoras da modal idade e em breve anunciaremos publicamen-te a sua constituição. As ca-madas de formação mere-cem também a nossa espe-cial atenção. Mais de 150 crianças e jovens praticam diariamente desporto e hon-ram o emblema nonagená-rio do Recreio. Queremos cada vez mais dar atenção à nossa formação e o nosso futuro passa, seguramente, por aí. A nível de infraestrutu-ras equacionamos, junta-mente com as entidades ca-marárias, um melhor aprovei-tamento do Estádio Municipal
criando condições para que todas as instituições despor-tivas de Águeda tenham um local especial para evoluírem. A criação de um Centro de Es-tágio de Alto Rendimento é uma ideia que todos equacio-namos muito seriamente. Num contexto de crise, como vive um clube da dimensão do Recreio de Águeda?
Como todas as outras co-letividades. Pretendemos ser cada vez mais autossus-tentáveis e cada vez mais bem organizados. No entan-to, sendo Águeda um conce-lho de grandes empreende-dores, um concelho com uma dimensão industrial ím-par, a crise fez-se sentir com alguma força. Mas realço a minha convicção de que se o clube passar para o exterior uma imagem que, de facto, volte a dignificar este conce-lho, naturalmente o contri-buto irá aumentar e espera-mos que os nossos patroci-nadores tenham essa sensi-bilidade. Os sócios estão na-turalmente a voltar ao está-
dio e a festejar cada golo do nosso clube. Vencer a Taça da AF Aveiro, cuja final é no dia 7 de junho frente ao Esmoriz, é o presen-te mais desejado para o 90º aniversário do RDA?
O maior presente foi aque-le que os sócios e amigos de-ram ao RDA no dia 12 de abril com a sua presença no ani-versário. Teve, de facto, um significado para nós Direção e comissão organizadora de grande e estimável valor. No entanto, devo acrescentar que a conquista da Taça Dis-trital de Aveiro seria um gran-de feito e passaria a constar dos maiores momentos da história dos 90 anos do Re-creio Desportivo de Águeda. Todos estamos empenhados para que tal aconteça e este grupo bem o merece. Esta-mos também atentos à possí-vel subida de divisão dos juve-nis, que pode acontecer pre-cisamente no dia 1 de junho [hoje]. Esse é também um dos presentes que gostaríamos de celebrar a curto prazo.■
“O RECREIO PERSPETIVA UM BOM FUTURO”
José Luís Alves, presidente da Comissão Administrativa do Recreio Desportivo de Águeda, está a trabalhar para relançar o clube. A passagem pela I Divisão de futebol, em 1983/84, e a participação de canoístas do clube nos Jogos Olímpicos são alguns dos pontos altos em 90 anos de história
De acordo com José Luís Alves, o Recreio Desportivo de Águeda é um dos clubes com melhores condições a nível de infraestruturas na região. Mas quer mais
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90 ANOS DE HISTÓRIA ETERNIZADOS EM MUSEU
A inauguração do museu foi o ponto alto das celebrações do 90º aniversário do Recreio de Águeda. Presenciado por 500 pessoas, o jantar também foi marcante
O sócios do Recreio Desportivo de Águeda participaram entusiasticamente nas comemorações do 90º aniversário. A inauguração do museu, que alberga os troféus que contam a história do clube, marcaram o dia 12 de abril
F undado em 10 de abril de
1924, o Recreio Desportivo de Águeda (RDA) comemorou o 90º aniversário com pompa e circunstância. O número de pessoas envolvidas (1200) nas mais diversas iniciativas levadas a cabo a pro-pósito da data foi uma prova de vitalida-de do emblema aguedense e deu força aos adeptos para o futuro.
O dia 12 de abril foi preenchido por um vasto leque de eventos e ficará guardado na memória dos agueden-ses. O programa comemorativo co-meçou com a visita aos cemitérios do concelho de Águeda, onde foram de-positadas coroas de flores a todos aqueles que contribuíram de forma positiva para o desenvolvimento do Recreio Desportivo de Águeda. Se-guiu-se uma cerimónia na Igreja de Santa Eulália, que contou com a pre-sença de sócios, antigos jogadores e simpatizantes do RDA. A festa prosse-
guiu em pleno Estádio Municipal de Águeda, com um jogo de velhas gló-rias do RDA e uma seleção de antigos atletas do concelho de Águeda.
Já depois da apresentação do I Grande Prémio Cidade de Águeda, prova de atletismo que se realiza hoje (ver página 6 deste suplemento), teve lugar um dos dos momentos altos das celebrações: a inauguração do museu do Recreio Desportivo de Águeda, construído e oferecido pela PH – Res-tauro e Engenharia e com o patrocínio da Revigrés. As cerca de 150 pessoas que marcaram presença na cerimónia exultaram quando a placa identificati-va foi descerrada pelo presidente da Câmara Municipal de Águeda, Gil Na-dais, o atleta do RDA mais antigo vivo, Vitorino Guerra, visivelmente emo-cionado, e pelo Conselho de Adminis-tração da Revigrés, composto pelo Comendador Augusto Gonçalves, Paulo Conceição e Ana Paula Roque.
Os festejos seguiram depois para o Hotel Palácio de Águeda, onde se rea-lizou um jantar histórico, dada a pre-
BI DO CLUBE
RECREIO DESPORTIVO DE ÁGUEDA
FUNDAÇÃO: 10 de abril de 1924 (90 anos) ESTÁDIO: Municipal de Águeda LOTAÇÃO: 10 000 lugares SÓCIOS: 1000 (400 pagantes) Equipamento: Camisola grená, calção azul e meias grená MODALIDADES: Futebol e atletismo TÍTULOS SENIORES FUTEBOL: II Divisão Nacional Zona Centro (1982/83); I Divisão da Associação de Futebol de Aveiro (1966/67, 1973/74, 2005/06 e 2007/08); Taça da Associação de Futebol de Aveiro (1947/48); Supertaça da Associação de Futebol de Aveiro (2007/08) PRESENÇA NA I DIVISÃO NACIONAL: 1983/84 (15º lugar)
sença de cerca de 500 pessoas, que não hesitaram em aclamar os princi-pais feitos do clube, recordados atra-vés de um vídeo. As palmas e gritos pelo Recreio Desportivo de Águeda foram surgindo de forma espontâ-nea, gerando alguns momentos de euforia. Neste contexto, destaque para a reinterpretação do hino do Re-creio pela Orquestra Típica de Águe-da, após os arranjos de letra e música por Luís Miguel Fernandes e Rogério Fernandes, respetivamente, efetua-dos propositadamente para estas co-memorações.
O presidente da Comissão Admi-nistrativa do Recreio Desportivo de Águeda, José Luís Alves, apontou a comemoração do 90º aniversário como “o ponto de partida para a res-truturação do clube e o impulso ne-cessário para reerguer o mesmo e co-locá-lo noutros patamares”. O discur-so final pertenceu ao presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais, que se mostrou totalmente “surpreendido pela força e grandeza” das comemo-rações, desejando voltar a ver “esta energia” no clube e prometendo apoio e dedicação da autarquia.
No dia seguinte, as portas do Está-dio Municipal abriram-se para o jogo contra o Soutense, da I Divisão da As-sociação de Futebol de Aveiro, com entrada livre para mais de 600 pes-soas. No intervalo, foram homena-geados, com medalhas de Mérito e Glória, os sócios Carlos Rodrigues de Jesus (número um) e António Gomes Brandão, os ex-atletas António Rodri-gues Filipe e Sílvio Morais da Silva, e os dirigentes Manuel Varandas San-ches e António Nascimento Tabuada. Foi ainda entregue um prato come-morativo do 90º aniversário ao verea-dor do Desporto da Câmara Munici-pal de Águeda, Edson Santos. ■
90º ANIVERSÁRIO RECREIO DESPORTIVO DE ÁGUEDAIV DOMINGO 1.JUNHO.2014 D
“Jamais esquecerei o valor da superação e do esforço, do respeito e da solidariedade por colegas e adversários e das conquistas alcançadas”
FRASES
Luís Castro Treinador do FC Porto B
“Desejo que o RDA continue a ser um espaço de esperança e realização dos sonhos de todos os jovens que diariamente se empenham na prática desportiva”Luís Castro Treinador do FC Porto B
V90º ANIVERSÁRIO RECREIO DESPORTIVO DE ÁGUEDADOMINGO 1.JUNHO.2014D
Luís Castro é uma das referências históri-cas do Recreio Des-portivo de Águeda. O treinador, de 52
anos, saltou para a ribalta na úl-tima época, quando orientou a equipa principal do FC Porto, o que encheu ainda mais de or-gulho os aguedenses. Natural de Vila Real, Luís Castro cons-truiu uma ligação íntima com o clube, já que foi ali que termi-nou a carreira de jogador e ini-ciou a de treinador.
Depois de representar clubes como Vieirense, Lei-ria, Vitória de Guimarães, O Elvas e Fafe, o então defesa Luís Castro chegou ao Re-creio Desportivo de Águeda em 1990. Seguiram-se sete temporadas com este em-blema ao peito, assumindo mesmo o estatuto de capi-tão. De seguida, iniciou no clube o percurso de treina-dor, primeiro na formação e, depois, ao serviço da equipa principal, quando esta mili-tava nos escalões nacionais. Saiu em 2000 para rumar ao Mealhada, mas levou o RDA no coração.
Luís Castro treinaria, de-pois, Estarreja, Sanjoanense e Penafiel, até se mudar para o FC Porto em 2006 e assumir o cargo de diretor técnico da formação. Responsável pela equipa B portista em 2013/14 concluiu a época no comando técnico do plantel principal. E foi exatamente nessa condi-ção que Luís Castro, na im-possibilidade de estar presen-te, enviou uma mensagem ao Recreio Desportivo de Águe-
veitou a oportunidade para incentivar os órgãos direti-vos do Recreio Desportivo de Águeda a manterem a aposta na formação como base de um futuro risonho. “Se, como disse Fernando Pessoa, “Um homem é do ta-manho do seu sonho” desejo que, no futuro, o RDA conti-nue a ser um espaço de espe-rança, engrandecimento e realização dos sonhos de to-dos os jovens que diariamen-te se empenham na prática desportiva”, vincou Luís Cas-tro, que terminou o discurso expressando o desejo de “muitos êxitos para todos aqueles que trabalham para a elevação do Recreio Despor-tivo de Águeda”. ■
FRASES
“QUE O CLUBE CONTINUE A SER UM ESPAÇO DE ESPERANÇA”
Antigo jogador e treinador do Recreio Desportivo de Águeda, Luís Castro é uma referência para o clube. Na comemoração dos 90 anos, o técnico que orientou a equipa principal do FC Porto na última época deixou uma mensagem de incentivo
Figuras emblemáticas
DE MANUEL ALEGRE A HERNÂNINuma gala repleta de homenagens e agradecimentos, as 500 pessoas presentes ovacionaram Jorge Costa e Augusto Semedo pelo contributo nas camadas jovens do clube. Hernâni Silva, antiga glória do FC Porto e da Seleção Nacional, cujo currículo é um motivo de orgu-lho para os aguedenses, foi também recordado. De seguida, foi homenageado o mais antigo dos sócios presentes, o número dois Tété Saraiva. Outro dos pontos altos foi a leitura de mensagens de figuras emblemáticas do RDA que não puderam estar pre-sentes: David Sucena, antigo campeão nacional pelo FC Porto, Manuel Alegre, ilustre político aguedense, e Carlos Rodrigues, sócio número um, além do treina-dor Luís Castro. A cerimónia contou ainda com os dis-cursos emotivos dos principais impulsionadores desta gala: Joaquim Albano, Fernando Balreira, Horácio Marçal, Albano Soares e o presidente mais antigo vivo, Faria Gomes.
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da para ser lida na gala do 90º aniversário. As palavras escri-tas pelo técnico geraram um dos momentos mais emoti-vos da noite festiva.
“O convite para estar pre-sente na celebração dos no-venta anos do RDA fez-me re-cordar com saudade os mo-mentos que vivi no clube e to-das as pessoas com quem tive o privilégio de trabalhar en-quanto jogador e treinador. Jamais esquecerei o valor da superação e do esforço, do respeito e da solidariedade por colegas e adversários e das conquistas alcançadas”, afirmou Luís Castro.
O treinador, que na nova época voltará a orientar a equipa B do FC Porto, apro-
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REPETIR O FEITO DE 1948 NO REGRESSO À FINAL
Sem sofrer qualquer golo nas eliminatórias, o RDA está na final da Taça da AF Aveiro, competição que conquistou há 66 anos. O jogo é no próximo dia 7
O Recreio Desportivo de Águeda vai disputar a final da Taça da Associação de Futebol de Aveiro no dia 7 de junho, em Avanca, dian-te do Esmoriz.
Depois de uma campa-nha irrepreensível, durante a qual não sofreu um único golo, o RDA prepara-se para regressar à final de uma competição que não vence desde a longínqua tempo-rada de 1947/1948.
Isento na primeira elimi-natória, o Recreio de Águe-da recebeu e goleou o Man-sores, por 5-0, na segunda ronda, com golos de Samer, Óscar Lopes, Paulo Simões, Tojó e Bruno Leite na pró-pria baliza. De seguida, o RDA deslocou-se ao terre-no do Valecambrense e venceu por 2-0, com golos apontados por Óscar Lopes e Tojó.
CAMPEÃ EUROPEIA CORRE HOJE NA CIDADE
O I Grande Prémio Cidade de Águeda em atletismo é apadrinhado por Dulce Félix, campeã europeia dos dez mil metros em 2012
Promovido pelo Recreio Desportivo de Águeda, o I Grande Prémio Cidade de Águeda em atletismo reali-za-se hoje, evento apadri-nhado por Dulce Félix, atle-ta portuguesa que, entre outros títulos, se sagrou campeã da Europa nos dez mil metros, em Helsínquia, em 2012.
A prova insere-se nas co-memorações do 90º aniver-sário do Recreio Desportivo de Águeda e serve de rampa de lançamento do atletismo como nova modalidade des-portiva no clube.
O I Grande Prémio Cida-de de Águeda contempla uma Corrida de dez quiló-metros, que percorrerá a ci-dade, com partida e chega-da no Estádio Municipal. A iniciativa conta ainda com a Caminhada de cinco quiló-metros, também pela cida-de, e a Corrida da Criança, que terá lugar no recinto do
clube. Para além da prova de atletismo, a iniciativa desenvolve-se com um for-te cariz familiar, já que se realiza no Dia Mundial da Criança. Nesse sentido, numa parceria entre o clube e a Câmara Municipal de Águeda, haverá animação para os mais novos no Está-dio Municipal, com insuflá-
veis, pinturas, karts, BTT Kids e matraquilhos huma-nos. Para os mais crescidos da família há ainda ativida-des de spinning e zumba.
O dia promete ser longo, com a possibilidade de os participantes almoçarem pelo recinto e à tarde, a par-tir das 16h15, assistirem a uma demonstração de gi-nástica. Às 17h00, as aten-ções viram-se para o jogo entre o Recreio de Águeda e o Paivense, a contar para a última jornada do Campeo-nato da I Divisão Distrital de Aveiro.
Inserido nas comemorações do 90º aniversário do Recreio Desportivo de Águeda, o I Grande Prémio da Cidade foi criado com o objetivo de alavancar o atletismo como nova modalidade do clube
Na quarta eliminatória, o RDA venceu fora de portas o dérbi frente ao Mouris-quense (3-0). Desta feita, Óscar Lopes, Rhony e David foram os marcadores de serviço. Depois de ter fica-do novamente isento na quinta eliminatória, o Re-creio de Águeda deslocou-se até Albergaria-a-Velha para disputar as meias-fi-nais da prova diante do Al-ba, naquele que foi o jogo mais difícil e equilibrado deste percurso de sucesso.
Apoiado por centenas de adeptos que se deslocaram
até Albergaria-a-Velha, o RDA chegou ao golo logo aos sete minutos através de Jorgito e segurou a vanta-gem até ao fim com inteli-gência e sentido tático. Já o Esmoriz , na meia-f inal , afastou o Carregosense, no desempate por penáltis, e será o último obstáculo do RDA na Taça da Associação de Futebol de Aveiro. ■
O Recreio Desportivo de Águeda fez um percurso imaculado até à final da Taça da Associação de Futebol de Aveiro: quatro vitórias em quatros jogos; zero golos sofridos e 11 marcados
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“REFERÊNCIA DESPORTIVA QUE VAI MUITO ALÉM DO RECONHECIMENTO LOCAL”
Gil Nadais, presidente da Câmara Municipal de Águeda, salienta a dimensão nacional do RDA e elogia o empenho da Direção do clube
Gil Nadais defende que o clube deve crescer com sustentabilida-de e contribuir para a formação dos mais novos. O que lhe apraz dizer na passa-gem desta data histórica?
O Recreio Desportivo de Águeda foi fundado no dia 10 de abril de 1924. Este ano e por-que celebramos o seu 90º ani-versário, queremos celebrar, com grandeza, este aconteci-mento da história desportiva do concelho de Águeda, que teve o ponto alto na tempora-da de 1983/1984 quando a sua equipa de futebol sénior dispu-tou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Qual a importância do Re-creio para o concelho?
O Recreio Desportivo de Águeda é uma referência des-portiva que vai muito além do reconhecimento local. Prova
disso é o seu histórico que re-vela todo o trabalho e empe-nho em envolver sucessivas gerações de jovens na prática de diversas modalidades des-portivas, fazendo jus ao nome de Águeda. Qual a relação entre a autar-quia e o clube?
A relação com o clube tem-se pautado pela cooperação, com o objetivo de promover o desporto e o concelho de Águe-da. Destaca-se também a su-perior proatividade e empenho da Direção do Recreio Despor-tivo de Águeda, que em muito tem contribuído para esta coo-peração.
Quais os desejos da autarquia para o futuro desta coletivida-de desportiva?
O Município de Águeda de-seja que a instituição frutifique e cresça com sustentabilidade, formando as jovens gerações presentes e vindouras na práti-ca desportiva sã, contribuindo para cidadãos responsáveis e preparados para o futuro. O que pensa da realização do I Grande Prémio Cidade de Águeda?
Esta prova desportiva reflete o esforço da Direção em colo-car o Recreio Desportivo de Águeda a par da sua história, através de uma modalidade da
qual já foi forte representante. Esta prova deixa-nos orgulho-sos, pois surge no momento di-fícil em que nos encontramos e vai de encontro à estratégia municipal de desporto, onde implementámos um programa de incentivo à prática desporti-va através do Centro Municipal de Marcha e Corrida. Olhando para trás, quais são os momentos que destaca na longa história do RDA?
Se hoje o clube está vocacio-nado para o futebol, de onde ao longo da sua longa e prestigio-sa história saíram jogadores que se transferiram para as equipas de formação de gran-des clubes em Portugal, certo é que tempos houve em que se destacou em diversas modali-dades, como o atletismo, a ca-noagem, e o ciclismo, onde em 1964 registou a participação
na Volta a Portugal em Bicicle-ta. Como síntese e vénia a todo o seu percurso de 90 anos, o clube apresenta agora o seu Museu, fiel depositário do es-
pólio que conta a história do Recreio Desportivo de Águeda, das suas Direções e atletas que o consagraram e que consigo levaram Águeda mais longe. ■
Gil Nadais entende que o I Grande Prémio Cidade de Águeda, em atletismo, vai ao encontro do programa de incentivo à prática desportiva implementado pela autarquia a que preside.
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Equipa do RDA que obteve a subida à I Divisão em 1982/83, o ponto alto da história do clube destacado por Gil Nadais
Gil Nadais com Manuel Alegre, uma das referências do clube. O autarca destaca a importância do clube para os jovens aguedenses
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