informativo de Águeda :: outubro-dezembro 2012 :: n.º3
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- Chapéus coloridos promovem cidade e beneficiam comércio; - Águeda ganha mais uma vez galardão de autarquia Familiarmente Responsável; - Município de Águeda cada vez mais solidário, - Arranjos em casa feitos por “mão solidária” há mais de três anos; - Entrevista à Vereadora Elsa Corga “Autarquia faz uma forte aposta na Educação”; - Programa das Sextas Culturais 2012TRANSCRIPT
INFOMAIL | Edição nº 03 || Trimestral || outubro - dezembro || 2012 |
Coordenação: Gabinete de Apoio à Presidência
Águeda ganha mais uma vez galardão de autarquia Familiarmente Responsável
Pelo terceiro ano con-secutivo, o Município de Águeda é considerado um dos Mais Famil iar-mente Responsáveis.
O Obser vatór io das Autarquias Familiarmente Responsáveis distinguiu, este ano, 35 municípios portugueses com o título “Autarquia + Familiarmen-te Responsável 2012”, de um total de 103 candida-turas.
A Câmara Municipal de Águeda vai receber a bandeira verde da inicia-tiva Autarquia + Familiar-mente Responsável 2012, numa cerimónia que se realiza, na quarta-feira, dia 24 de outubro, pelas 17 horas, no Auditório da As-sociação Nacional de Mu-nicípios, em Coimbra.
O reconhecimento do Municíp io de Águeda der iva dos resultados de um inquér i to real i-zado a nível nacional e onde foram analisadas as pol í t icas de famí l ia das Câmaras Munici-
pais candidatas em dez áreas de atuação: apoio à maternidade e pater-nidade; apoio às famí-lias com necessidades especiais; serviços bá-sicos; saúde; educação e formação; habitação e urbanismo; transportes; cultura, desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais e participação social; saú-de e outras iniciativas.
São a inda ana l i sa-das as boas prát icas das au ta rqu i as pa ra com os colaboradores autárquicos em matéria de conciliação entre tra-balho e família.
Os dados recolhidos através dos inquéritos estão disponíveis no sí-tio-eletrónico do Obser-vatório, em www.obser-vatorioafr.org, permitindo a todos os interessados ficar a conhecer o traba-lho desenvolvido pelos municípios vencedores, bem como dos restantes participantes.
“Reforçámos o apoio às famílias”
Município de Águeda
informativo de ÁguedaElsa Corga, vereadora do Município
Família \\Chapéus coloridos promovem cidade e beneficiam comércio
A baixa da cidade co-briu-se de cor. Dezenas de chapéus decoraram as ruas com a finalidade de divulgar o concelho e pro-mover o comércio local.
As imagens percorre-ram o mundo através da Internet. Atraíram curio-sos há cidade, vindos de todos os cantos do país. Até estrangeiros de visita a Portugal, quiseram co-nhecer a decoração atra-tiva. Publicações interna-cionais fizeram referência aos “chapéus portugue-ses”, deixando-se conta-giar pela curiosidade e be-leza das imagens.
Os chapéus já não es-tão pendurados nas ruas, mas “ainda hoje, passa-do algum tempo, há quem pergunte porque foram re-tirados”, conforme conta Nuno Sapage, gerente do Restaurante Sabores, lo-
calizado na Praça da Re-pública. Para o comercian-te “a iniciativa da Câmara Municipal foi muito positi-va. Serviu como divulga-ção da cidade e isso é ótimo”. Nuno Sapage re-conhece ainda que foi im-portante para atrair novos clientes, pessoas que pas-savam para ver a decora-ção e que acabavam tam-bém por ficar a conhecer o restaurante que dirige. Por isso, agradece ao Municí-pio a iniciativa e não escon-de a vontade de ver repetir mais ações como estas, que “atraem pessoas, que é aquilo que a cidade mais precisa”. Também Paulo Pereira, da Óptica Diaman-te não esconde a satisfa-ção e apela à união dos comerciantes para desen-volverem mais vezes este tipo de iniciativas. Assume que não se importava de
ter alguns custos mensais para criar eventos na bai-xa da cidade, “como este dos chapéus, que teve um impacto brutal e com um custo certamente reduzi-do”. Diz que “existe muita gente com boas ideias que deviam ser aproveitadas, como estas foram na al-tura do AgitÁgueda”. Con-sidera que a associação que o representa deveria ser mais interventiva a este nível e que se assim fos-se não teria que ser a Câ-mara a fazer este tipo de serviço. Mas já que a baixa da cidade foi o centro das atenções por algum tem-po, Paulo Pereira chama a atenção para os prédios devolutos que ainda ali es-tão. “É urgente fazer qual-quer coisa para não dar este aspeto de degrada-ção. Não basta fazer inicia-tivas bonitas, mas é neces-
sário começar a criar faci-lidades para implementar aqui negócios”. Com von-tade de dar o melhor de si à cidade, Paulo Pereira apela a todos os proprie-tários particulares e públi-cos que tenham também eles vontade de fazer de Águeda um melhor con-celho para viver, trabalhar e perpetuar gerações.
Do outro lado da rua, a colaboradora da loja Ga-leria do Outeiro, Mónica Elias diz que os eventos re-alizados na altura do Agi-tÁgueda, como as deco-rações da rua e o Carna-val Fora D’Horas atraíram muita gente. Reconhece que “a baixa ficou muito mais bonita” e que a ini-ciativa ajudou “um bocadi-nho ao negócio”, o que por estes dias de crise que se atravessam é sempre uma mais-valia.
Turismo \\
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Família
“Foi uma iniciativa que fez uma excelente
divulgação da cidade”
Nuno SapageRestaurante Sabores
“Atraiu imensa gente de fora à cidade e a rua ficou cheia de vida”
Mónica EliasGaleria do Outeiro
“O impacto da iniciativa dos chapéus versus custo foi
extremamente aproveitado”
Paulo PereiraÓptica Diamante
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Arranjos em casa feitos por “mão solidária” há mais de três anosHá mais de três anos
no terreno, o Águeda So-lidária é outro dos projetos da autarquia para apoiar os mais desfavorecidos. O programa é uma ajuda gratuita para os idosos, pessoas com mobilidade condicionada ou portado-ras de deficiência física e/ou mental.
No âmbito do Águeda Solidária prestam-se ser-viços relacionados com tarefas básicas do dia-a-dia, como por exemplo a mudança de uma lâmpa-da que há muito deixou de funcionar, o arranjo de uma torneira que tei-ma em pingar ou a troca de uma fechadura que já não é segura. No fundo, realizam-se trabalhos em
casa de pessoas incapa-citadas para o fazerem e/ou que têm dificuldade em contratar serviços pri-vados.
Maria Clarice Santiago, da Borralha, é uma das beneficiárias do projeto. Foi a diretora técnica do Centro de Dia da fregue-sia onde reside que a “me-teu nestas coisas”. “Ela é que começou a dizer que eram uns senhores da Câmara que vinham cá e olhe eu deixei”, relata a septuagenária bem-hu-morada.
Já se habitou à pre-sença dos colaborado-res do Município destaca-dos para o serviço e ga-rante que “é com todo o amor” que eles fazem os
pequenos arranjos que a casa precisa. Com mobili-dade reduzida, Maria Cla-rice Santiago reconhece a importância do apoio e assume que “se não fos-sem estes amigos, muito respeitadores”, não sabe quem mais a poderia aju-dar.
Luís Pereira, colabora-dor da autarquia e mem-bro ativo do programa desde que arrancou diz que se sente “um privile-giado de trabalhar com estas pessoas” e reco-nhece que juntamente com o colega de traba-lho José Carlos Coutinho acabam “por ser amigos dos idosos” e “não ape-nas funcionários que fa-zem arranjos lá em casa”.
Atenta aos problemas dos idosos que frequen-tam o Centro de Dia do Centro Social e Paro-quial da Borralha, a dire-tora técnica, Iola Antunes já encaminhou quatro utentes para o Águeda Solidária. Está sempre presente na primeira visi-ta dos colaboradores do projeto a casa das pes-soas que recomenda, pois sabe que os idosos têm muita dificuldade em deixar entrar em casa desconhecidos. Este é o “único entrave” que sen-te quando fala do proje-to a algum utente, mas que depois de ultrapas-sado, “já não querem ou-tra coisa e até anseiam a visita.
Município de Águeda cada vez mais solidárioDesde o início do mês
de outubro que o Municí-pio de Águeda tem mais um projeto de solidarie-dade no terreno. Chama-se SOS Solidão e procu-ra prestar um serviço de apoio à população idosa residente nas zonas isola-das do concelho.
O p ro je to base ia-se no voluntar iado e pre-vê a realização de diver-sas atividades entre os voluntár ios e os idosos referenciados, nomeada-mente a dinamização de
jogos, a realização de pe-quenas tarefas como uma ida às compras, a leitura de livros e jornais e acima de tudo, conversar e es-cutar.
Quebrar o isolamen-to social dos seniores e melhorar a assistência a pessoas dependentes e sujeitas a isolamento são alguns dos objetivos do SOS Solidão, conforme ressalva a vereadora da Solidariedade e Família, Elsa Corga. A autarca su-blinha ainda a importância
do projeto no combate à solidão e melhoria da qua-lidade de vida dos idosos que vivem mais isolados.
O SOS Solidão tem atu-almente como entidades parceiras o Centro Social de Belazaima, Associação Nossa Senhora da Espe-rança, Centro Social e Pa-roquial da Borralha, Centro Social e Paroquial de Re-cardães e Santa Casa da Misericórdia de Águeda.
O objetivo é alargar o projeto a outras zonas do concelho.
Ação Social \\
Faça as compras de Natal no comércio tradicional de Águeda. A oferta é variada e os
preços competem com os das grandes superfícies comerciais. Tem ainda a garantia de
um atendimento de excelência e a certeza que vai oferecer um produto de qualidade.
Alguns valores que marcam a ação social do
Município
Programa de apoio às Instituições Particulares de
Solidariedade Social
272.949,15 €
Habitação Social e Subsídio ao Arrendamento
35.999,29 €
Ação Social Escolar/ auxílios económicos
31.063,86 €
Projeto 60+
6.000 €
Digital SéniorO Município equipou uma sala destinada à edição
vídeo, 3D, áudio e imagem. Serão planeadas formações
para os alunos das Universidades Seniores. As sessões serão dirigidas por funcionários do Município e
voluntários.
TIC SéniorA iniciativa pretende ser
uma forma de combate à infoexclusão, proporcionando
à população sénior a oportunidade de adquirir e desenvolver competências básicas nas Tecnologias
da Informação e da Comunicação (TIC).
Tardes Seniores Consiste na organização de programas culturais diversos e temáticos ao longo do ano. As atividades proporcionadas
são gratuitas e têm como objetivo principal proporcionar
o convívio entre os utentes das diferentes IPSS’s do
concelho.
60+O projeto proporciona
à população sénior do concelho aulas de
atividade física através da disponibilização de um professor de Educação
Física que se desloca às freguesias aderentes.
Mais projetos destinados aos seniores
0+
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Há poucas semanas começou mais um ano letivo. Em Águeda, o ar-ranque decorreu sem sobressaltos?
Sim, começou com naturalidade.
Como sabem, hoje, as competên-
cias da autarquia na área da Educa-
ção são muitas, o que faz com que a
preparação do novo ano letivo, seja
sempre um período de grande traba-
lho, a grande ritmo. Conseguimos,
com a colaboração das escolas e
restantes parceiros, que o arranque
do novo ano decorresse dentro do
que é normal.
Falou precisamente das cada vez mais com-petências da Câmara ao nível da Educação. Nes-te momento quais são as competências que a Câmara assume?
Efetivamente nos últimos anos
têm s ido mui tas as competên-
cias que, no caso da autarquia de
Águeda, têm sido transferidas. Nes-
te momento, temos competências
em termos de refeições, de trans-
portes escolares, das Atividades de
Enriquecimento Curricular (AEC), da
componente de Apoio à Família, o
programa da fruta escolar, a ges-
tão do pessoal não docente até ao
3º ciclo e ainda a gestão dos equi-
pamentos das EB 2,3. São muitas
as competências que a autarquia
assume na Educação e que vão des-
de o pré-escolar, passando pelo 1º
ciclo até ao 2 e 3º ciclos.
São transferidas estas competências para o Município. E ao nível das verbas, a transferência é equivalente?
Não, de forma alguma. As compe-
tências são normalmente acompanha-
das pela transferência de verbas, mas
no terreno e na prática, nós verificamos
que as verbas não são suficientes. O in-
vestimento que a autarquia faz é sem-
pre superior às verbas que são trans-
feridas. Se pensarmos, por exemplo,
nos transportes escolares, a discrepân-
cia é muito elevada. Estamos a falar de
um investimento da autarquia que está
normalmente acima do meio milhão de
euros e o financiamento que vem é mui-
to inferior, pouco mais de 100 mil euros.
Ao nível das refeições também a dife-
rença é muito elevada e temos ainda as
AEC em que o investimento vai também
anualmente acima do meio milhão de
euros e a transferência que nos é feita
fica sempre aquém das necessidades.
Em todos estes casos há sempre um
grande investimento da autarquia.
Ao nível dos Centros Escolares quais é que entraram em funcio-namento este ano le-tivo?
No início do ano letivo entraram
em funcionamento, o da Borralha
e também a escola Fernando Cal-
deira, nomeadamente a par te do
1º ciclo que não estava ainda a
funcionar. Os alunos já iniciaram o
ano letivo nos novos edifícios. No
entanto, no caso da escola Fer-
nando Caldeira, no espaço exte-
rior falta ainda alguma interven-
ção. Temos a decorrer as obras
no Centro Escolar de Fermentelos
que, em termos de obra, em ou-
tubro estará concluído. Temos o
de Barrô que está um pouco mais
atrasado, mas que também já está
a decorrer.
Neste tempo de cri-se que atravessamos, o Município fez cor-tes ao nível dos custos com a Educação?
A Educação é uma área em que
não f izemos cor tes. Se compa-
rarmos o ano letivo anterior com
este ano letivo, não vamos veri-
ficar nenhuma diminuição. Muito
pelo contrário. Como no decorrer
do ano letivo anterior criámos al-
gumas medidas de apoio refor-
çado para famílias que não têm
escalão 1 ou 2 da Segurança So-
cial, que são sujeitas a uma aná-
lise socioeconómica e a um apoio
extraordinário por parte da autar-
quia. Este apoio abrange nomea-
damente refeições e transpor tes
escolares.
Falamos de verbas muito elevadas quando falamos na Educação. É claramente uma das grandes apostas deste Município?
A Educação tem sido, desde há
vários anos, uma área na qual te-
mos apostado, na qual a autarquia
tem investido muito com verbas
próprias e como referi há pouco,
que não são transferidas pelo Mi-
nistério da Educação. Se juntarmos
também a Ação Social, que é uma
área que está intimamente ligada
com a área da Educação, estas são
claramente duas áreas onde nós
temos apostado, onde temos pro-
curado dar as melhores respostas.
Apostamos na área da Educação,
porque entendemos que as crianças
devem ter, desde logo, as melhores
condições para poderem fazer o seu
percurso escolar. Na área Social,
porque sabemos que as famílias es-
tão cada vez com mais dificuldades
e temos, na medida do possível, que
tentar apoiar essas famílias.
“Autarquia faz uma forte “Autarquia faz uma forte aposta na Educação”aposta na Educação”
O arranque do ano let ivo representa, para os alunos, uma fase de novidades. Mas para as famílias é também sinónimo de preocupação, já que estão associados inúmeros cus tos . Ta m b é m p a r a o Município a fatura n ã o é p e q u e n a . N um a e n t r e v i s t a c om a ve r eado r a da Educação, Elsa C o r g a , f i z e m o s a s c o n t a s a o s inves t imen tos do Município.
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No âmbito da Ação Social Escolar, no ano letivo 2011/2012, foi transferida, para os Agrupa-
mentos de Escolas do concelho, uma verba superior a 30 mil euros. Este apoio destina-se
a famílias carenciadas e abrange a aquisição de manuais e material escolar.
Alguns dos Investimentos na Educação
Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) → 543.859,14 €
Componente de apoio à família (Pré-escolar) → 262.749,73 €
Refeições→ 377.358,64 €
Transportes escolares → 547.164,07 €
Total → 1.731.131,58 €
Tem sido posit iva a experiência como vereadora?
Tem, até ao momento tem sido o desafio da minha vida, até por-
que começou muito cedo. Começou há sete anos atrás, eu era muito
jovem e ainda sou (risos). Tem sido muito interessante esta experiên-
cia, muito positiva, apesar de difícil, porque nem sempre os políticos
são bem entendidos. Naturalmente que muitas vezes gostaríamos de
fazer as coisas de uma forma diferente, mas também temos que ter
meios para o fazer e nem sempre é possível ir onde nós gostaríamos
de ir. De qualquer modo a experiência tem sido muito boa e se o de-
safio surgisse hoje eu voltaria a dizer que sim.
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