jornal músico empreendedor - nº 1 - ano 1

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Ano 1- n. 1 - 2014 - Editora: Claudia Souza - MTB 50644/SP - www.musicoempreendedor.com Novos Rumos para o Músico Trabalhador Brasileiro Por que as TV’s Web estão em alta? Audiência reforça TV Cinec na Net Mercado da Música Gospel e Instrumentos Musicais Sustentabilidade X Empreendedorismo Musical Luciano Pires e suas impressões sobre a boa música MOCINHO ou VILÃO? Em qual parte da história Wilson Sandoli teria deixado de ser o defensor dos músicos?

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O Jornal Músico Empreendedor é de propriedade da Fada Celeste Produções www.fadaceleste.com.br Acesse o site: www.musicoempreendedor.com.br

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Page 1: Jornal Músico Empreendedor - nº 1 - Ano 1

Ano 1- n. 1 - 2014 - Editora: Claudia Souza - MTB 50644/SP - www.musicoempreendedor.com

Novos Rumos para o Músico Trabalhador Brasileiro

Por que as TV’s Web estão em alta?Audiência reforça TV Cinec na Net

Mercado da Música Gospele Instrumentos Musicais

Sustentabilidade X Empreendedorismo Musical

Luciano Pires e suas impressões sobre a boa música

MOCINHO ou VILÃO?Em qual parte da história

Wilson Sandoli teria deixado de ser o defensor dos músicos?

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Olá amigos, esse é o número um de uma porção infinita de infor-mativos que pretendo lançar para os músicos daqui por diante.

O MÚSICO EMPREENDE-DOR surgiu em 2011 como um blog de informações para músicos em geral. Em 2013 aconteceu a parceria com o talentoso e queri-do amigo Maestro Eduardo Roz e abrimos um espaço de divulga-ção para um programa semanal que é gravado e transmitido pela TV Web Cinec todas as quintas feiras. Logo em seguida, resolvi adicionar um canal de Rádio web para divulgar os artistas que pas-sam pelo nosso programa, nossos parceiros, anunciantes e agora em 2014 nasceu o Informativo Músi-co Empreendedor.

Juntos vamos informar, denun-ciar, provocar e discutir assuntos, com espaço para as informações sobre produtos, serviços e gen-te que faz a diferença na vida de todos os MÚSICOS.

“Creio que a MÚSICA é uma linguagem estelar e o

MÚSICO, um mensageiro universal ”

Espero que gostem, apoiem, divulguem e participem!

Boa Leitura.

Claudia SouzaEditora

Em 13/02 a MR1 convidou o Mú-sico Empreendedor para cobertu-ra do evento “Panorama do Setor Evangélico em 2013” e os detalhes poderão ser conferidos no nos-so site com destaque no artigo do Maestro Eduardo Roz na página 10

Em fevereiro foi lançada a edição 14 da “Revista Músico!”, veiculo informativo da Ordem dos Músi-cos do Brasil. Na capa, Sérgio Reis, comemorando 50 anos de carreira. Parabéns ao editor Ribas Martins por mais esse belo trabalho.

Os músicos que quiserem rece-ber a revista gratuitamente, podem retirar na sede da Ordem dos Músicos em São Paulo. A versão eletrônica também está disponí-vel no site: www.tribunadomusico.com.br

O compositor “Praense” está feliz da vida comemorando os valores justos que tem recebido de direitos autorais após filiar-se ao SIND-CIESP— Sindicato dos Composito-res e Intérpretes do Estado de São Paulo.

Segundo o autor, após a interfe-rência do Sindicato, os valores fo-ram substancialmente atualizados.Na foto: Praense e Carlos Mendes (Presidente do SINDCIESP)

O jornalista Elton Frans está de Cd novo com Rock do bom e pro-cura patrocinadores para mais uma edição do seu livro Raul Seixas.

Ele conviveu com o artista por um período e faz grandes revelações em sua obra literária. www.elton-frans.com

Victor Sbracci (VRS Produções) e Eduardo Roz (FLM) estão pre-parando um documentário sobre a “vida de músico” e colhendo depoi-mentos de diversos profissionais da música e seus relacionamentos, com lançamento previsto para até 2015.

A dupla pretende lançar em película independente o depoi-mento com visões variadas de mú-sicos de todos os estilos musicais.

O produtor musical Sérgio Augusto está lançando o Guia Bra-sileiro de Festivais de Música 2014 recheado de informações e opor-tunidades. O portal “Festivais do Brasil” oferece calendários e dicas para quem quiser inscrever suas músicas.

Mais informações:www.festivaisdobrasil.com.br

Parabéns ao Claudionor Costa, presidente do SINAPREM—Sindi-cato dos Empresários e Produtores Artísticos, pela sua nova Revista. Muito Sucesso!

Mais informações:www.sinaprem.blogspot.com

Expediente:

INFORMATIVO MÚSICO EMPREENDEDORwww.musicoempreendedor.com

www.facebook.com/musicoempreendedorAno 1—nº 1—2014

- DISTRIBUIÇÃO GRATUITA -

Editor Responsável:CLAUDIA SOUZA—MTB 50644/SP

Realização:FADA CELESTE PRODUÇÕES

www.fadaceleste.com.br

Correspondência:R. Mario Capuano, 82—bl9/43

CEP 08225-271 SPTel: 11 4371-9831 / 99803-3384

Página 2—nº 1—Músico Empreendedor—www.musicoempreendedor.com

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Novos rumos para o Músico Trabalhador Brasileiro Por:Claudia Souza

A profissão de músico nunca foi tão discutida e avaliada como ulti-mamente. Após a retomada da Or-dem dos Músicos do Brasil em São Paulo, vários “delegados” foram desempossados. Arbitrariedades cometidas e muitas irregularida-des e fraudes descobertas e levadas à juízo, afastaram mais do que me-recidamente, o Dr. Wilson Sandoli (ex-presidente da OMB/CRESP e do SINDMUSSP) do poder. Nos últimos anos, a OMB/CRESP demonstra empenho em recuperar o tempo perdido, quebrando pa-redes, rompendo antigas alianças e estabelecendo novos caminhos rumo à valorização do exercício da profissão. Além dos trabalhos realizados pela autarquia federal que regula-menta a profissão do MÚSICO TRABALHADOR, barreiras tam-bém estão sendo derrubadas pela NOVA DIRETORIA do Sindicato dos Músicos no Estado de São Pau-lo – SINDMUSSP. Em São Paulo, os tempos são ou-tros, quase tudo o que se faz é pu-

blicado na internet e pode ser ques-tionado por músicos e internautas; o músico passou a ter aonde pedir informações e a integração anda de vento em popa, com homenagens, encontros, revitalização e huma-nização dos espaços nos quais es-tão sendo administrados cursos, workshops e reformas de estru-turação, com criação de estúdios, consultórios para atendimento à saúde, orientação profissional, en-tre outros. Os atuais presidentes em São Paulo, Professor Roberto Bueno (OMB/CRESP) e Gerson Tajes (SINDMUSSP) têm trabalhado em equipe para estruturar o atendi-mento aos músicos. Recentemente participaram do afastamento do Ex-Presidente da Ordem dos Músicos do Brasil – Conselho Federal, João Batista Vianna, que atualmente ocupa a cadeira de Presidente do Conselho Regional da OMB no Rio de Janei-ro.A ex-presidente da OMB/Conselho Regional do Rio de Janeiro, Célia

Silva, foi eleita Presidente do Con-selho Federal e tratou de tomar as primeiras iniciativas para mudan-ças radicais no setor. Não se sabe por quanto tempo ela permanecerá ocupando o cargo interino.A parceria firmada entre as duas diretorias em busca da moralização da Ordem dos Músicos do Brasil, pode ou não durar, dependendo dos interesses que norteiam as suas ações políticas.Ao que parece, Gerson Tajes está disposto à apoiar a Ordem dos Músicos, enquanto tiver consciên-cia de que a substituição dos “mem-bros” inadequados será realizada. O que se pode perceber é que todos os problemas que ocorrem dentro da Ordem dos Músicos do Brasil em âmbito nacional, despencam na mesa do Presidente do Conselho Regional do Estado de São Paulo, Professor Roberto Bueno, que além de administrar São Paulo, se deslo-ca aos outros estados em busca de soluções.O fato é que a OMB ainda tem mui-to o que melhorar. Nessa era digi-tal, aonde até as tribos indígenas navegam na internet; com exceção das grandes cidades, em alguns es-tados, seus sites estão em maioria, desatualizados, não se sabe o nome dos membros das diretorias, tele-fones errados, as informações es-tão todas defasadas, o que aumen-ta ainda mais o descrédito em sua missão. Algo tem que ser feito em tempo recorde para que se resgate a con-fiança dos músicos em seu órgão regulamentador. Os recém chega-dos que quiserem a aprovação da categoria, terão que se desdobrar para cobrir o déficit proporcionado por um passado inerte e corrupto.

Célia Silva, cantora, é a nova Presidente Interina da Ordem dos Músicos do Brasil—Conselho

Federal. Ocupava o cargo de Presidente do Conselho Regional - RJ

Professor Roberto Bueno, músico, assumiu a Presidência do Conselho Regional do Estado de São Paulo e tem sido reconhecido e ho-menageado por diversos Órgãos por serviços

prestados em prol do Músico Trabalhador.

Gerson Tajes, músico e sindicalista, assumiu o Sindicato dos Músicos—SINDMUSSP,

afastando de vez o antigo Presidente. Está promovendo reformas, ampliando os canais de informação e declarou que dora-vante pretende lutar pela moralização dos

direitos dos músicos.

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Vários nomes que intencionaram trabalhar em prol de músicos, intérpretes e compositores emergiram das lutas do passado e hoje lideram seus grupos independentes em São Paulo:

SINDCIESP – Sindicato dos Compositores e Intérpretes do Estado de São Paulo, que tem como Presidente o cantor e compositor Carlos Mendes que atuou diversas vezes junto com Gerson Tages e Marinho TP nas

manifestações em prol dos músicos.

SIMPRATEC – Sindicato dos Músicos Profissionais Práticos, Músicos Profissionais Técnicos, Intérpretes, Autores e Titulares de Direitos Autorais (cujo pedido de registro sindical foi arquivado pelo Secretário das Relações do Trabalho e publicado no Diário Oficial em 27/09/2013 – pág. 188), representado por Mario Henrique de Oliveira, músico e ex-funcioná-rio da OMB/CRESP, motivado pela defesa ao direito de aposentadoria do músico trabalhador.

Ordem dos Músicos—CRESPwww.ombsp.org.br

Av. Ipiranga, 318-Bl A—6º—SP—Tel.: 11 3237-0777

Sindmusspwww.sindmussp.com.br

Av. Ipiranga, 318—Bloco A—7º—SP—Tel.: 3214-6503

SindciespR. Sete de Abril, 154—Cj. Comercial 3—cj 270—2º—SP

Tel.: 3486-6138/97373-0680/96422-9160

Em 18/06/2013 foi uma data histó-rica. Músicos faziam manifestação em frente ao prédio do Sindicato em apoio ao afastamento de Wilson Sandoli. Foto: Revista Músico!

Em 2012 Gerson Tages e Marinho TP subiam ao palco para homena-gens no Dia dos Músicos Foto: UGT

Em 13/09/2011 a Ordem dos Músicos e representantes defendiam na Assembleia Legislativa os seus direitos trabalhistas através da Nota Con-tratual.

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MOCINHO ou VILÃO?Em qual parte da história Wilson Sandoli teria deixado de defender os músicos ?Quando se corrompeu e vitimou-se de sua ganância e má administração?Sempre agiu de má fé ou foi prejudicado pelas circunstâncias? Como saber a verdade?O enigmático “Presidente” evita falar com jornalistas e comparecer em eventos públicos.

“Wilson Sandoli, sempre reserva-do, evita receber jornalistas e com-parecer em eventos públicos. Quan-do necessário, envia um de seus subordinados para representa-lo.” Assim disse uma funcionária.

Depois que vieram à tona seus desacertos enquanto Presidente da Ordem dos Músicos do Bra-sil, Conselhos Federal, Regional do Estado de São Paulo e SIND-MUSSP—Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo, o vete-rano ainda preside efetivamente a FEDTRA—FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EMPRE-SAS DE DIFUSÃO CULTURAL E ARTÍSTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, que funciona “curio-samente” no mesmo prédio das ou-tras duas entidades.

Como chegou na OMB?

O idealizador da Ordem dos Mú-sicos do Brasil foi o Maestro José de Lima Siqueira que fundou em 1960, no governo de Juscelino Kubits-check a autarquia Federal que até hoje regulamenta a profissão de Músico. Naquela época, os músi-cos trabalhadores (que viviam do exercício da música) não eram re-conhecidos como profissionais. Ao serem abordados pela polícia, sem carteira assinada, eram presos para averiguação e quando provavam que eram profissionais da noite, a Polícia Federal emitia uma cartei-rinha de identificação igual a das prostitutas da época. Isso fazia com

que se sentissem profissionais des-velados.

Surge então a necessidade de uma organização em prol da regu-lamentação da profissão. Sendo assim o Maestro José Lima de Si-queira, ativista, junto com grandes nomes como Heitor Villa Lobos, Radamés Gnatalli, Francisco Mig-none, entre outros, realizaram o grande desejo de fazer alguma coisa para melhorar a condição de traba-lho do músico brasileiro. Mas, em época de ditadura militar, em que artistas de um modo geral eram perseguidos, diz-se que um rapaz, crooner de orquestra com disco gravado (fatos comprobatórios in-disponíveis até o momento) dela-tou José de Lima Siqueira como se ele fosse “comunista” e assumiu a presidência interina da OMB, sen-do eleito posteriormente.

Seu nome: Wilson Sandoli. Ele precisava provar que era me-

lhor que o seu antecessor. Reuniu os grandes nomes da época, desde então, comemorou o DIA DO MÚ-SICO (22 de novembro) com belas e pomposas festas. O advogado, bem relacionado, apoiado na “de-fesa” de uma categoria admirada pela opinião pública; ao contrário dos seus direitos respeitados como profissionais, obtinha a simpatia e aprovação de grandes aliados polí-ticos.

Nestes eventos reuniam-se os que hoje são ídolos e alguns que ainda estavam em início de carreira. Eram todos prestigiados, com honrarias, troféus e homenagens. A pompa e

o glamour das solenidades aproxi-mavam os políticos e personalida-des com os mais escusos interesses. Afinal, os artistas são formadores de opinião e quem é que não gosta de badalação e reconhecimento?

Durante anos foi comum ver car-tazes colados nos postes e muros da cidade com a “campanha” pedindo a legalização dos cassinos com mú-sica ao vivo no Brasil, campanha na qual Sandoli se apoiava para con-seguir prestígio.

Essa notoriedade transformou Wilson Sandoli em uma personali-dade querida e respeitada, mas que hoje em dia divide opiniões. Al-guns de seus ex-funcionários o de-fendem dizendo: O Dr. Wilson foi um pai pra mim... Em compensa-ção, existem relatos de vários músi-cos dizendo se tratar de um homem autoritário e muitas vezes “rude” tratando-os com rispidez quando era questionado.

Quatro décadas depois, após sus-peitas, acusações de improbidade administrativa, compras realizadas sem licitação, venda irregular de patrimônios da OMB, utilização de recursos em benefício próprio que

resultaram em inúmeros proces-sos, a sua reputação ficou mancha-da.

O glamour ficou para trás, a es-tagnação de 40 anos das Entidades, agora em defluência com os novos dirigentes, empenha-se em alinhar as engrenagens para fazer com que a “máquina” volte a funcionar, mesmo com obstáculo de uma tre-menda redução orçamentária, de milhões de reais nos cofres.

Às vezes o Desembargador apo-sentado é visto embarcando no seu carrão preto com um motorista “meio segurança” que lhe serve de escolta. Só fala com quem o interes-sa e não atende a imprensa.

“Como quem cala, consente”, podemos até inocentemente “pre-sumir” que o outrora cavalheiro tenha sido vítima de sua própria ganância e hoje envergonha-se da desmoralização, tendo que convi-ver com as frustrações de seus de-vaneios de poder, nos longos anos em que sonhou ser “O DONO” DO MÚSICO TRABALHADOR.

Agora, o sonho acabou.

Prédio antigo da Ordem dos Músicos no Largo Paissandu —Centro de São Paulo. As pessoas da foto, em maioria, eram músicos, compositores e artistas circenses, que trans-formavam o local em ponto de encontro.

Hebe Camargo, Chico Buarque, Nelson Ned, Silvio Santos, e quase todas as perso-nalidades artísticas e políticas foram home-nageadas em 1969 com o “Troféu Ordem dos Músicos”

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Audiência reforça TV Cinec na WebSustentabilidade X Empreendedorismo Musical

Considerada uma das melhores da cidade de São Paulo, a TV Cinec vem despontando em audiência em relação às demais, caindo no gosto dos seus apresentadores e visitantes. O diferencial, além da estrutura, se dá pelo fato de todos os integrantes da enxuta equipe familiar que opera téc-nica, iluminação, áudio e vídeo, possuírem larga experiência de mercado.

Depois da democratização da internet e banalização dos canais abertos, com programas apelativos e de cultura inútil, surgiu um novo público, “o internauta” que busca conhecimento e diversão na telinha do compu-tador, buscando suas afinidades.

Artistas e comunicadores que não encontram oportunidade na mídia convencional, tornam-se produtores independentes e formam o seu pró-prio público através da TV na internet, divulgando músicos e assuntos de todos os tipos.

A realidade é vista nua e crua nos programas web, com pessoas autên-ticas, verdadeiras, longe da fantasia que a TV convencional vende. Os patrocinadores estão migrando para escolher os comunicadores que re-almente atendem às suas necessidades e entregam a divulgação para o verdadeiro consumidor, que por simpatizar com aquele tipo de progra-mação, dá mais atenção à mensagem, em sua maioria testemunhal.

A Tv Web é um universo aonde vê-se de tudo, das mais sofisticadas até as mais simples manifestações da arte e da cultura popular.

E assim, pela qualidade técnica com que a TV Cinec leva a imagem até o internauta e cuidado com o qual trata qualquer tipo de programa que compra o seu espaço, sem diferenciação, é que está entre as primeiras.

Rodolfo Estevam (foto), seu fundador, iniciou o projeto em 2005, regis-trado pela Ancine como TVWeb Oficial e hoje, depois de quase uma dé-cada, possui em sua grade mais de 40 programas. O player está disponível em mais de 64 repetidoras, com autorização de acesso em 198 países.

Este ano, comemora 10 anos de existência com a inauguração de uma filial na cidade de Registro, com um amplo estúdio e atuará em parceria com as autoridades da região.

Mais informações: Rua das Casuarinas, 30— Jabaquara—SP—Tel.: 11 3562-9539

Há muito tempo que ouvimos falar em sustentabilidade e a necessidade de se aplicar seus conceitos para salvar o planeta.

Muitas civilizações sucumbiram por não saber lidar com o meio ambiente e os recursos naturais de suas regiões.

No Brasil, o assunto é discutido há mais de quarenta anos, mas somente depois dos anos 80 é que ficou compro-vado o buraco na camada de ozônio, alterações climáticas desastrosas, perda da biodiversidade das florestas, acidifi-cação dos oceanos, morte de peixes em massa, etc.

É preciso fazer alguma coisa, cons-cientizar a população e os empresários sobre a preocupação com a sustentabi-lidade cotidiana.

E nesse momento então, o artista pode usar da sua criatividade para uma finalidade positiva e como formador de opinião, levar a sua mensagem para quem quiser ouvir.

Assim estão agindo vários deles, transformando um assunto relevante em negócio sustentável.

Recentemente o cantor Lenine divul-gou para a imprensa o seu projeto “En-contros socioambientais com Lenine” aonde percorrerá 5 regiões do país e mostrará seus encontros com as comu-nidades, gestores e técnicos, mesclados com a sua música.

O cantor Marcos Fernandes também resolveu produzir um Cd com 11 mú-sicas autorais, todas elas, falando sobre o tema.

O importante para o músico é estu-dar sobre o assunto e planejar ações que possam ter valor agregado em seus trabalhos, pensando como um produto e agindo como uma empresa.

Nesse caso, o planejamento é fun-damental. Colocar na ponta do lápis o que se vai gastar e como transformar o seu produto em negócio é o mais im-portante antes de começar a agir.

No caso de Marcos Fernandes, ele pensou em tudo. A capa do Cd é fei-to de material reciclado, o público que pretende atingir é estudante e a venda já está disponível na internet em um canal do “Mercado Livre”. Além disso, ele possui um site www.marcosfernan-des.com.br e um blog tributoanatureza.blogspot.com com textos e vídeos so-bre o tema.

Lenine, tem patrocinadores de peso como a Petrobrás e a sua turnê já está praticamente paga, conheça o site www.lenine.com.br .

Empreendedorismo é assim, você enxerga possibilidades de lucros aonde todos pensam que só existe prejuízo.

Pense nisso!

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Mercado da Música Gospel e de Instrumentos Musicais Por:Maestro Eduardo Roz

Segundo levantamento feito pela Or-dem dos Músicos do Brasil, nos últimos 10 anos, a atividade em torno da música à nível mundial, é a segunda maior fonte de renda do mundo. Perde apenas para o petróleo. Ganha inclusive do tráfico de drogas e armas JUNTOS.

Em torno da música, gera-se um comér-cio gigante: Educação, comunicação, cria-ção de mídias de comunicação, fabricação, venda e reforma de Instrumentos Musicais e acessórios, shows, arrecadação de direi-tos autorais de execução pública e privada, direito de imagem em revistas, jornais, te-vês, ensino musical, enfim, é um universo infinito que absorve profissionais de todas as áreas e movimenta Bilhões de Dólares.

Engana-se quem pensa que no Brasil, música não movimenta o capital! Ela é responsável por grande parte do mercado de trabalho ativo nacional. Emprega advo-gados, médicos, engenheiros, professores, dentistas, marceneiros, profissionais da limpeza, movimenta o comércio, turismo, incentiva o consumo de bens e serviços através de jingles comerciais ou letras de músicas, emprega esportistas que traba-lham com o patrocínio de fabricantes de instrumentos musicais, marcas de equipa-mentos de áudio, promotores de eventos, produtores fonográficos e artísticos, mer-cado de marketing e comunicação, exem-plo disso é a própria atuação do Grupo MR1 Comunicação e Marketing e o Salão internacional Gospel, organizados e presi-didos pelos especialistas Marcelo Rebello e Luciana Mazza, referência em feira Cristã

da América Latina, imbatível no seu seg-mento. Esse mercado da música absorve principalmente a venda, editoração e lan-çamentos de livros e song book´s, além de eventos de exposição e divulgação ampla de livros e editoras, como é o caso da FLIC (Feira Literária Internacional Cristã), co--organizadora deste evento.

Acredita-se que o mercado da música seja incalculável, presume-se que a falta de referências concretas envolvendo músicos, ultrapasse economicamente no todo, o vo-lume de arrecadação de dinheiro do petró-leo, haja vista que muitos músicos e inter-mediadores da arte trabalhem de maneira informal, e música é produto mundial. Os comerciais de carro, gasolina e petróleo, utilizam a música como pano de fundo.

De acordo com a Federação Internacio-nal da Indústria Fonográfica (IFPI), em 2012 o mercado musical mundial cresceu 0,3%. O número é insignificante mas esta é uma boa notícia, porque este foi o primeiro resultado positivo desde 1999. Dois fatores podem ser apontados como responsáveis por esta mudança: o aumento expressivo das vendas digitais e o crescimento de mercados emergentes, como Índia e Bra-sil. Os números da Associação Brasileira dos Produtores de Disco (ABPD) confir-mam esta expansão. Em 2012 o mercado brasileiro cresceu 5,13% mas o melhor é que em 2011, enquanto o mercado mun-dial ainda estava no negativo, as vendas por aqui já haviam crescido 8,4%.

No acumulado, o mercado fonográfi-co brasileiro cresceu 13,96% nos últimos dois anos, este sim um número bastante expressivo. O crescimento do mercado in-terno despertou a atenção da indústria do entretenimento e não é à toa que Paul Mc-Cartney tornou-se local e vários blockbus-ters tem agora lançamento por aqui com direito as estrelas de Hollywood.

É preciso que o meio cultural brasileiro fique atento as oportunidades que o mo-mento oferece. 

Numa conjuntura dessas, é preciso apos-tar nos países que, apesar da crise, forta-leceram as economias na última década. O Brasil parece uma opção óbvia, mesmo para artistas com escalação garantida em festivais internacionais importantes. Caso da Orquestra Contemporânea de Olinda, ao lado do outro grupo pernambucano Bongar, os únicos representantes nacio-nais no WOMEX, realizado em outubro de 2013 no País de Gales. Recentes pesqui-

sas revelam: o mercado gospel é um dos mais rentáveis no país quando se fala em música.

Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD) revelam que a música gospel está presente entre os 20 CDs mais vendidos no Brasil. A MK Music apresentou dados de que o segmento gospel fatura em torno de um bilhão de reais ao mês.

Tais números tem atraído diversos em-presários dispostos a investir no setor e recebido destaque também na política bra-sileira. A hora é agora, os profissionais de vários setores que aproveitarem este ano para EXPOR e VENDER os seus produtos, sejam eles, cds, livros, dvd´s, instrumentos musicais, com certeza sentirão o calor do momento num mercado que gira algo em torno de 2 milhões de empregos no país.

A Associação Brasileira da Música, que reúne os principais fabricantes, importa-dores e distribuidores do segmento, esti-ma que 40% desse mercado seja absorvido pelos evangélicos. Segundo a entidade, a cada dez consumidores de instrumentos musicais e acessórios, quatro são evan-gélicos. Em 2009, o segmento faturou R$ 555 milhões e em 2010, subiu para os R$ 610 milhões. Em 2013, calcula-se que o segmento faturou R$ 790 milhões. Um au-mento significativo.

Entre as empresas do setor que partici-pam da Expomusic, Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Acessórios – a participação do segmento no consumo desses itens também cresce a cada ano. A Equipo, que distribui mais de 20 marcas em todo o País, tem 53% das suas vendas absorvidas por consumidores evangélicos e estima

que este percentual cresça em torno de 22 % ao ano. Na mesma linha, a fabrican-te de instrumentos de percussão, Odery Drums, estima em 50% a participação desse público em seu faturamento. Já a importadora Pride Music e a fabrican-te de pedais de efeito Fuhrmann apon-tam um índice menor, mas ainda assim alto, 30% de participação do consumidor evangélico nesse mercado.

Eduardo Roz é Maestro, escritor de 30 livros didáticos de música,

compositor, cantor, apresentador do Programa Músico Empreendedor e Reitor da Faculdade Livre de Música

“Maestro Eduardo Roz”.

Vários de seus livros estão disponíveis para doação em PDF.

Basta entrar em contato no e-mail:[email protected]

www.faculdadelivredemusica.com.br

Tel.: 11 2211-6232

2211-4307

Página 10—nº 1—Músico Empreendedor—www.musicoempreendedor.com

Page 11: Jornal Músico Empreendedor - nº 1 - Ano 1

Chegando a São Paulo, ao retornar de pales-tra que realizei em Salvador, peguei meu carro e segui pela Marginal do Tietê em direção à mi-nha casa. Era mais de meia noite, liguei o rádio na CBN e peguei o começo do programa do Jô. Aguardei para ver quem seriam os convidados e decidi ouvir o papo com o cantor Emílio San-tiago, outra daquelas entrevistas burocráticas, sem grandes novidades. Mas quando fui entrar na garagem, Emílio começou a cantar o clássico Misty, de Errol Garner e Johnny Burke, e aquele som tomou conta de mim. Uma delicadeza, uma tranquilidade, um acompanhamento delicioso da banda, uma interpretação que não pode ser defi-nida com outra palavra que não “bela”. Não con-segui sair do carro. Em seguida Emílio engatou o bolero Solamente una Vez, do mexicano Augus-tín Lara... Meus olhos se encheram de lágrimas. E então ele completou com Eu e a Brisa, de Johnny Alf. Emocionante.

Só no dia seguinte, ao acessar a entrevista pela internet é que vi em que condições Emílio can-tou: sentado ao lado do Jô, sem grandes gestos, tranquilo. Que delícia o sorriso imenso após cada música cantada! Vê-lo foi um impacto tão grande quanto ouvi-lo. Assisti de novo e me emocionei

Chorei! Chorei! Por:Luciano Pires

outra vez com as interpretações. Se você quiser saber como foi, acesse http://bit.

ly/Mth8ax e assista a partir dos oito minutos. Pois bem, alguns dias depois eu estava no Au-

ditório Ibirapuera, o grande templo da música em São Paulo. A apresentação era “Cauby, violão e voz”. Exatamente, Cauby Peixoto, aos 81 anos de idade, acompanhado “apenas” pelo violão de Ronaldo Rayol. Coloquei o “apenas” entre aspas em respeito a Rayol, um artista espetacular. E Cauby mandou ver. Fugiu do roteiro, conversou com o público, demonstrou claramente a fragi-lidade física, cantou todo o tempo sentado e dei-xou clara sua satisfação com aquele momento.

O Auditório Ibirapuera é hoje, ao lado da Sala São Paulo, um dos raros palcos que ampliam o talento dos artistas e Cauby, que nos últimos anos tem se apresentado em casas noturnas e restau-rantes, soube reconhecer a grandeza do lugar. Ah, sim, o preço do ingresso foi 20 reais.

Cauby brindou a plateia com interpretações fantásticas. Lá pelas tantas, mandou uma Edith Piaf, e meus olhos marejaram. Depois veio Ave Maria no Morro, de Herivelto Martins, que Cauby cantou com Vânia Bastos. E as lágrimas começam a descer. Até que chegou a vez de Bastidores, de Chico Buarque. Aí não deu pra segurar, chorei a música toda, aos borbotões. Eu reagia a um artis-ta mais que maduro, completo, no final da vida, que me presenteava com momentos únicos. Que sorte minha estar ali! Ao agradecer a reação da plateia, Cauby comentou sobre o violonista que o acompanhava: “Vejam que coisa espetacular esse violão. Para tocar assim, tem que saber to-car. E para cantar assim tem que saber cantar. E vocês sabem o que é saber cantar.” Vibrei com aquela imensa ironia, um misto de elogio ao pú-blico com provocação para reflexão. Cauby to-cou no ponto: saber cantar. Sem necessidade de dancinhas, decibéis e macaquices, apenas cantar, abrindo caminho para o coração da gente. Emi-lio Santiago e Cauby Peixoto me conduziram pela verdadeira experiência da arte. Por isso chorei. E me orgulho disso. Muito obrigado.

Luciano Pires é palestrante, escritor, jornalista e apresentador do Podcast Café Brasil.

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Empreendedordo Mês!

O nosso “Empreendedor do Mês” é uma cantora.Mônica Alves possui uma bagagem cheia de co-

ragem e dinamismo quando o assunto é atingir os seus objetivos. Ela iniciou carreira na adolescência e afastou-se da arte para cuidar da família. Depois de anos, resolveu produzir junto com Ribas Martins um Cd com Rock dos Anos 60 em ritmo de Bossa Nova. Com o Cd e site prontos, sentiu-se preparada para dar os primeiros passos em busca de divulga-ção. Como a “verba” é curta, usa a criatividade para se divulgar aonde quer que esteja.

Ao invés de acomodar-se e esperar cair do céu, aproveitou as férias do marido Marcos, que é um grande parceiro, e juntos saíram com espírito de aventura. O primeiro passo foi ir até aonde o povo está em busca de aumentar a sua audiência. Com uma caixa amplificada, acomodaram-se na Praça da República em São Paulo, colocaram a música pra to-car, Mônica cantou e vendeu vários Cds.

A aventura não terminou aí! Durante uma segun-da lua de mel num navio, fizeram amizade com os músicos e divulgaram-se por lá também!

Tudo registrado, fotografado e filmado por Marcos, que depois postou o sucesso dos autógrafos no Youtube. Ele tem futuro como empresário!

Assim eles seguem dando um passo à cada dia, tentando, arriscando, aprendendo, empreendendo e formando um público cada vez maior.

O sucesso começa assim: Um produto bom, de-gustação e a opinião pública se encarrega de divul-gar você. Muitos cresceram assim...

Cada um inventa o seu jeito, o importante é planejar, ousar e agir.

Que tal inventar o seu modo de ser feliz?

Conheça Mônica Alves:www.monicaalvescantora.webnode.com

Da Praça da República à uma viagem de navio, Mônica Alves (no centro) não perde a chance de mostrar o seu talento.

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