jornal hora h - 2 edição

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  • 8/4/2019 Jornal Hora H - 2 Edio

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    De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 . N. 002 . Ano 1 . Quinzenal . Gratuito Director Pedro Fernandes . Sub-director Agostinho Silva

    Comunidades pg. 6 e 7

    Escravizado em Inglaterra

    Entrevista pg.20 e 21

    Ana Gomestrocou Viseupor Londres

    Entrevistmos um portugus que foi forado a trabalhar das 6 da manh s 11 da noite para receber poucomais de 100 libras por ms. Joaquim no tem dvidas de que ainda h escravatura em Inglaterra

    Desporto pg. 36guia visitaestdiodo Drago

    Brasil pg. 25

    Brazucasso maisde 40 mil

    Quandonotrabalhano restaurante,a jovem desenha roupasemprequepodee divideos sonhosentre o mun-do do estilismo e o da fotografia

    Na memria dosbenfiquistas ainda estfresca a humilhaodos 5-0 sofridos napoca passada

    Sporting Santacruzense de Londres promove a integrao e o respeito pelas culturas distintas

    Comunidades pg. 8 e 9

    Aproximando culturas

    No Montepio as transferncias para Portugal podem ser efetuadas de forma cmoda e segura, a parr de sua casa.Para ter acesso a este servio necessrio ser Cliente Montepio, ter o servio Homebanking Net24 avo, ter moradano Reino Unido e ser detentor de um carto de dbito, pertencente ao tular da conta, sobre conta sedeadano Reino Unido. Mnimo: 100 libras. Mximo 40.000 libras, dependendo do banco emissor do carto.

    Para mais informao contacte o nosso Escritrio de Representao em Londres

    10, Buckingham Palace Road, London SW1W OQP

    Tel. 00 44 207 931 9990

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    HORA H l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 20112ndice4 Comunidades

    Falta o Ms daCelebrao das cul-turas Hispnicas eLusfonas

    8/9 ComunidadesSportingSantacruzense deLondres promove aintegrao cultural

    14 PortugalDvida da Madeiraaprofunda distnciaentre Passos Coelhoe Jardim

    18/19 OpinioGuilherme Rosa eRubina Vieira apre-sentam desafios comunidade

    22 Espao mulherSaiba como

    que aLgia Costapreparou a imagemda Ana Gomes

    27 AngolaExcurso culturalindita levouangolanos a visitarmuseu em Kent

    29 GuinComunidadefestejou Dia daIndependncia

    37 DesportoEquipas portuguesasentraram como p direito na

    Liga dos Campeese na Liga Europa

    12

    A nossa equipa

    Cabo VerdeCesria vora regressa

    A rainha do Morna vaiactuar no London JazzFestival, em Novembro

    28

    Editorial

    Obrigado!

    Pedro FernandesDirector-executivo

    [email protected]

    commuitogostoqueescrevoestasprimeiraspalavrasaosleitoresdase-gunda edio do Hora H. Com elastentarei, de umaformasimples, dar

    a conhecer o projectodeste quinze-nrio. E gostaria de comear estemeuescritoquinzenalfazendoumamerecida homenagem a todos osque aceitaram o convite de partici-par nesta publicao, pois foram (econtinuaro a ser, no tenho dvi-das)cruciaiseindispensveisparaoseudesenvolvimento!

    Comeo por destacar o papel doDirio de Notcias da Madeira, jor-

    nalcommaisde135anosdeexistn-ciaequehojeconsideradoumdosmelhores jornais de Portugal,comoatestam os muitos prmios nacio-nais e internacionaisque ostentanasuaj extensagaleria de reconheci-mentos.

    ODIRIOapostouemnsdepoisdeconheceroprojectoedesecerti-ficar que este obedecia aos princ-pios da sua linha editorial, que sepauta pelorigor, pluralismode opi-nieseadefesadodireitoaumain-formaoindependente.

    Ao Dr. Jos Cmara, administra-dor-executivodoDIRIO,aoAgos-tinhoSilva,subdirectoreaojornalis-taRaulCaires,quetemsidoaponte

    que sustenta esta parceria, aqui fi-camosnossosmaissincerosagrade-cimentospelaconfianadepositadanesteprojecto.

    Fica a promessa de um cumpri-mento ntegro de todas as suas exi-gnciase critrios invocadosparaoestabelecimentodaparceira!

    Em segundo lugar, gostaria fazerum agradecimento especial nossaequipa. Acredito piamente que osmelhoreseosmaisslidosprojectoss so possveis quando nos rodea-mos dos melhores. E a equipa quetenho o prazer de poder contar, aqual comecei a reunir ao longo dosltimossetemeses,,defacto,mara-vilhosa. Sinto-me um homem com

    sorte porter-vosaomeulado.Obri-gadoa todos pelavossa disponibili-dade e coragem demonstrada emabraaresteprojecto!

    Por ltimo,e mas no menos im-portante, gostaria de agradecer scomunidades lusfonas radicadasem Londres, em particular portu-guesa, minha conterrnea. Sem avossa confiana, quer na qualidadede leitores que procuram aceder a

    Pedro [email protected]: 7825757335

    Agostinho [email protected]

    Renata QueirozJornalistaBrasil/Comunidades

    [email protected]

    LgiaCostaMake-upArtist/Beleza/[email protected]

    RubinaVieiraJornalista / [email protected]

    Marisa [email protected]

    Nuno CmaraJornalistaSocial/[email protected]

    [email protected]

    Atodosdeixoapromessadequeseremosdiferen-

    tesetambmocompromissodequeiremossem-preprocuradaunioeapoiare-

    mosobem-estaredesenvolvimento

    socialeeconmicodas comunidades.

    ComunidadesMayors Thames FestivalEvento voltou a ser um

    sucesso fantstico

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    De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORA H Pgina

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    3

    Uma cortesia Hora H

    Pg. 23

    O nosso anunciante da edio

    mais informao, conhecimento elazer(sim,ojornaistambmservemparaprovidenciarmomentosdeen-tretenimento), como na de anun-ciantes procura de clientes paraapresentar produtos e servios queoferecem, este projecto no seriapossvel!

    Qualquer projecto jornalsticoprecisadoapoiodeambos.Semlei-tores no seremos tidos nem acha-dos entre as comunidades que pre-tendemos levar informao e mo-mentos de lazer. Sem os empres-rios,noconseguiremosasseguraramquina que pretende afirma-se etornar-se indispensvel junto dosleitores.

    Felizmente,aprimeiraedioser-viu para demonstrar que podemoscontar com o apoio de ambos. NosoHoraHfoibemaceitepelasco-munidades como tambm vriosempresrios fizeram questode as-sociar os seus nomes e imagens aomomentodolanamentodoprojec-to.

    Contriburam com uma grandeinfluncia positivapara reforaraconfiana em ns depositada nos pelas autoridades portuguesascomo britnicas, como tambmpeloprprioDiriodeNoticiasdaMadeira, permitindo deste modoeliminar qualquer resqucio dedvida que pudesse existir par-

    tida.A todos deixo a promessa (leia-se certeza!) de que seremos dife-rentes e tambm o compromissode que iremos sempre procuradaunioeapoiaremosobem-es-tar e desenvolvimento social eeconmico das comunidades.esseonossoobjectivo!

    Umgrandebemhajamevo-tosboaseproveitosasleituras!

    Fernando [email protected]

    Filomena FurtadoJornalista Pases [email protected]

    Valter SchmaltzIT Suport/WebMaster/

    [email protected]

    Raul CairesCoordenao na [email protected]

    Ludgero [email protected]

    Ana

    Gom

    es

    Nasceu ecresceu em

    Viseu masveio paraLondres procura denovos desa-fios.pg. 20 e 21

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    ComunidadesHORA H l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 20114

    !Falta um Ms Ibero-americano

    Filomena [email protected]

    Teve lugar no passado dia 8 de Se-tembro,na residnciaoficialdo Em-

    baixador do Peru em Londres, umencontro entre dignitrios e lderescomunitrios representando vriasfaces de lngua Portuguesa e Es-panholanoReino Unido.

    O encontrocontou coma presen-a do Embaixador de Portugal emLondres,Joo de Vallera,do Embai-xadordo Brasilem Londres, Rober-

    to Jaguaribe, tal como de vrias ou-tras entidades e personalidades dascomunidades dos Pases AfricanosdeLnguaPortuguesa noReinoUni-do.

    Este encontro tevecomo objecti-vo fortificar a campanha peloreco-

    nhecimentodo MsIbero-america-no.Isaac Bigio, analista internacio-nale antigo professordo prestigiadoLondon School of Economics, tem

    vindo a lutarh vrios anospelore-conhecimento do msde Setembrocomo o ms da celebrao das co-munidades de Lngua Espanhola ePortuguesa.

    Bigioexplica queo elevadonme-rode falantes doEspanhole doPor-tugus que se encontram no ReinoUnidojustificamo reconhecimentodeum ms emquese celebre essasculturas. Bigio acrescenta que estereconhecimento justifica-se tam-

    bm porque no Reino Unido j se

    celebra diversidade cultural comeventos como o Black HistoryMonth,que acontece todos os anosemOutubro.

    Bigio exemplifica tambm quenos EUA jse celebra o ms daHe-rana Hispnica (que este ano de-correde15deSetembroa15deOu-tubro).

    Bigio reivindica que no ReinoUnidose celebre o msLuso-Ibero-

    Americano em Setembro.A escolhado ms de Setembro evitaria umchoque com o Black HistoryMonth,e coincidiriacom ofechodoNotting Hill Carnival, uma dasmaioresfestasderuadaEuropaquetambm conta com uma presena

    notveldeLatinos,incluindogruposda comunidadeBrasileira.Estima-se que existem cerca de

    um milhode latinosno ReinoUni-do,sendo as comunidadesbrasileirae colombiana possivelmente asmaiores. Estima-setambm que so-

    Miguel Mercado,o Embaixadordas Honduras, IvanRomero, e o seuhomlogoespanhol,CarlesCasajuana.

    Ins RaposoBrixton

    Gostaria que o jornal Hora Hdesse mais enfoque para osartistas que deixaram os seuspases e vieram para Londresmostrar seu trabalho

    Inqurito Como v o lanamento do Hora H?

    Ana Paula VieiraBethnal Green

    Achei o jornal muito criativo.A ideia de unir os diferentespovos que falam o mesmoidioma foi super original. Como olhar profissional de marke-ting, senti muita falta de umacoluna Classificados, toimportante para o pblico epara a popularizao/divulga-o do jornal.

    Heitor PanzerineFuno

    Interessante. Conseguiuencontrar um nicho diferen-te dos outros jornais j cria-dos aqui em Londres. Soubrasileiro e acho interessan-te estar informado sobreoutras culturas to diferen-tes, mas que acabam se unin-do pelo idioma. Talvez pode-riam produzir matrias com

    cunho social ou relatos devida.

    Micael RaposoManor House

    Hoje existem muitos meiosde comunicao e a informa-o est sendo actualizada deminuto em minuto naInternet. O mais importante,num jornal quinzenal, apre-sentar informaes teis,como por exemplo: os direitosdos imigrantes em Londres.

    Pilar GonzalezCamden Town

    Gostei muito da diviso dojornal, principalmente a colu-na de informaes teis.Cheguei h pouco tempo aLondres e assim, como todoimigrante, tambm gostaria deficar sempre informada sobredicas culturais.

    mentena rea de Stockwell, SuldeLondres, existam cerca de 30 milportugueses.

    No ano passado, numa recepofeita pela Cmara Municipal deLondres comunidade latina, com

    convidadosdas vrias comunidadesde Lngua Portuguesa, Bigio refor-ouante BorisJohnson,o presiden-te da Cmara, a importncia de sereconhecer as comunidadesde ln-gua espanhola e portuguesa nosCensosdopas.

    A Ibero-AmricaO termo Ibero-Amrica formado a partir das palavras Ibria e Amrica e utiliza-se para designar o grupo depases formado por Espanha, Portugal e as naes americanas independentes que foram antigas colnias destes pases. O gentlico ibero-americano ou ibero-americana.

    Lderes das co-munidades discu-

    tem a campanhapelo reconheci-

    mento do Ms daCelebrao das

    culturas Hispni-cas e Lusfonas

    no Reino Unido.

    Osembaixadoresdo Brasile dePortugal,Roberto Jaguaribee Joode Vallera.

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    HORA H l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 20116

    Comunidades

    Ainda hportuguesesque soescravosaqui

    Pedro [email protected]

    Nofoifcil,masdepoisdealgumashoraspassadasafazertelefonemasea pedir de informaes, porfim co-memos a ver luz ao fundo do t-nel. Procurvamos um testemunhode algum da nossa comunidadequetivessepassadoporessahorren-daprivao,quemuitosdensterodificuldadesemacreditarquepossaserreal nosnossos dias: serescravi-

    zado.O mote para trabalho foi dado

    pelarecente descoberta,no Conda-dodeBedfordshire,de 24pessoas aviver em condies de escravatura.A operao de resgate foi desenca-deadapelapolcialocalnamanhdodomingo,11.Maisde200polciasin-vadiram a quinta Greenacres e en-contraram 24 pessoas a viver emcondies degradantes: fechadascontraasuavontade,erammantidasemcaniseboxesdecavalosenquan-tonoestavamatrabalhar.

    As autoridadesacreditamqueal-guns dosindivduos,na suamaioriaingleses e de Leste, estavam a sermantidos naquelas condies h

    cerca de 15 anos sem nunca teremsido pagos pelo trabalho desempe-

    nhado. Ossuspeitos, quatro homense uma mulher, que foram detidosporsuspeitadeescravido,residiamnolocal.

    Anossademandaentreacomuni-dadeportuguesaculminounumen-contro com o Joaquim, que pediupara serassimtratado, como nomedoavfalecidohmuitosanos,dadoque das pessoas que guarda algu-mas das melhores recordaes dasuavida.

    Natural de uma aldeia situada

    pertodeViseu,onossointerlocutor umhomem pacatoe humilde queapresentanafaceasmarcasdeumavidadifcil.Antes decomearmos aentrevista pediu-nos para lhe tirarfotos.No,porfavor,umadascon-diesque imponho.No queroserreconhecido,disse,explicandoqueoseupedidonoseficavaadeveraoseupassado,ou pormedo derepre-slias,massimporqueachavaquejtinha sofrido o suficiente e queriadeixar definitivamente essa fasedasuavidaparatrs.

    Nosemantescontarasuahist-riaaoHoraH.paraajudaroutraspessoas,disse-nos,numtombuc-lico, indicando que tudo comeouem 2007, quandoatravs do amigo

    de um amigo, resolveu arriscar eemigrar para o Reino Unido. Joa-quim tinha ento 47 anos e a suavida estava a ficar cada vez maiscomplicada.Tinhaalgumas dvidasacumuladas e vivia sozinho numquarto alugado a uma das famliasmais abastadas da aldeia. Queixa-va-me de mim mesmo. No estavafeliz e achava que tinha uma vidamiservel, pois vivia em condiesque no eram as melhores, recor-dou.

    Aceitou ento a ajuda do amigodo seu amigo, que lhe apresentouuma oportunidade nica. No mepediramnada,apenasosdetalhesdopassaporte.Trataram de tudo, o bi-

    lhete de autocarro e tudo. E foi squando estvamos de viagem que

    nos informaram que os gastos se-riamretiradosdosnossosordenadosposteriormente.

    Para Joaquim a viagem foimuitom. Nunca tinha sado da sua fre-guesia,excepodeumaexcursoa Espanha, h muitosanos.Mas es-tava ansioso para iniciar uma novavida.Duranteaviagem,sonhouqueiriafinalmentepagarassuasdvidase, quem sabe, com a ajuda de Deus,tambm conseguir juntar um di-nheirinhoparaconstruirasuapr-priacasa.

    Demormosdoisdiasatchegar-mosa umacidade, oualdeia, disse,esclarecendo que a duvida persisteataodiadehojeporquenoquise-

    ramdizeronome.ApenassabequeestavaalgurespertodeCorby.

    Chegoumuitocansadoesqueriadormir,recorda-se.Foiquandoviuabarraca que lhe indicaram parapernoitar, com a promessa de queera uma acomodao temporria at se arranjar um local melhor,disseram-lhe que as dvidas co-mearamainstalar-senasuamente.A confirmao de que algo de mauestava prestes a ocorrer chegou nodiaseguinte.Acordaram-mes5damanh e fui assim mesmo, com anica roupa que tinha, levado paraumacarrinhaondeestavamumas12pessoas.Quandosaiudaviaturaes-tava numa fbrica, para empacotar

    legumes.Ascoisascomearamaen-rolare,nofinaldaprimeirasemana,

    Todosos cidadosdevemdenunciaros casosemqueos trabalhadoressotratadoscomoescravos. Foto DR

    Joaquim contouaoHoraHcomochegou a traba-

    lhar das 6 dama-nhs11danoite

    para receberpoucomaisde100

    libraspormsdisseram-lhequespagavamnofimdoms.

    Davam-noscomidaque traziamaofimdanoiteenroladaemplstico,e, na fbrica, davam-nos um copograndedecafcomleiteedoispes,queeunogostavanada,conta,ex-plicando que s ingeria estes ali-mentosporqueafomeapertava...

    Osdias forampassando e ficandomais difceis de suportar. O quartoque partilhava com mais quatroamigos,todosdaMoldvia,passoua acolher mais dois, que tambmiriamficartemporariamente.Joa-quimdecidiupropequenocolchoonde dormia no cho e todos fize-ram o mesmo, para que pudsse-

    mosdormirnaqueleespaode3por4metros.

    Toda a roupa, incluindo a decama,tinhadeserlavadapelospr-prios, com a gua fria de um velhochuveiroquelhespossibilitavaoba-nho. Oquarto cheirava muito mal,mas, sabes, a gente habitua-se...!,observa,comarresignado.Denoite,mesmo sendo sete pessoas numquatro,ofrioeraquaseinsuportvel,maseuspensavaqueaquelasitua-oeratemporria.

    Joaquim comeou a compor opuzzlecomaajudadashistriasdoscolegas de quarto. O amigo do seuamigo, que se chamava Victor, ti-nha desaparecido. Nunca mais o

    vi,disse,atquefinalmentedeixoudeperguntarporele.

    Como proceder?

    l Dirija-se a um agente daPolcia ou esquadra maisprxima da rea onde seencontra. A Polcia irencaminhar o seu casopara as autoridades com-petentes e direccion-lopara um abrigo, caso notenha onde residir at quea sua situao esteja regu-larizada.

    l Quando em situao deprivao de liberdade con-

    tacte, se possvel, o nume-ro 101.

    l Pode tambm contactartambm a linha de apoio avtimas, atravs da qualobter informaes sobreproceder na sua situaoem particular : 0845 30 30900.

    l Caso deseje participaralgo s autoridades masque no considere umaemergncia, contacte:0300 123 12 12

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    7De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORAH

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    A 23 de Agosto de 1833 foi aprovado,no Reino Unido, o Slavery AbolitionAct (Acto de abolio da escravatu-ra), pelo qual, desde 1 de Agosto de1834, ficaram livres todos os escravosdas colnias britnicas. Contudo,foram obrigados, durante um pero-do de transio de quatro anos, apermanecer a trabalhar para o seu

    amo mas em troca de um soldo.

    !

    Maso piorestavaparavir. Nuncadisseram aos colegas quanto iamreceberde ordenado, mas quantoa mim deram-me 120libras aofimde um ms de trabalho e explica-ram-meque estavama fazer o des-contodas despesas daviagem!

    Noms seguinte, Joaquim rece-beu150libras,acompanhadasmaisuma vez da explicao de que ti-nham sido descontadas as despe-sas de viagem. A coisa continuouassim at que um dia acordei eapercebi-me da situao grave emqueestava. Foi comose algome ti-

    vesse despertado, explica. Estevealimaisde umano,a ganharpoucomais de 100libras e achava aquilo

    normal; ou porque erao descontopara a viagem, ou porqueera pararenda,paraastaxasouparaacomi-da. Eles tinham sempre algumacoisaparaalegar!,diz,recordandoque chegoua umpontoem que sfalava com uma das pessoas, umingls, alto e carrancudo. Maisningum lhe dirigia a palavra eJoaquim entendiaapenaso sufi-ciente.

    Aescravatura aindaexiste aqui,h portugueses a passar pelames-masituaoque eu passei, afirma,sem pestanejar. Eu trabalhava desol a sol! Comeava numa fbricas 6 da manh e s parava s 3 datarde.Depois saamos dali e demo-

    rvamos 30 minutos at entrarnoutra,onde trabalhvamos atas

    11 danoite!Chegava todos osdias acasapor voltada meianoite e nem

    banho podia tomar, pois eramuitofrio e nunca tnhamos gua quen-te!, descreve, com muita mgoa

    estampada no rosto demasiada-menteenrugadoparaa suaidade.

    O ingls dizia-lhes que tinhamque render mais do que todos osoutros,senodeixariamde tertra-

    balho! Fui ameaado vrias vezesequandodissequequeriairembo-ra,alegaramque havia umcontrac-toacumprirequeseeusasseiaterproblemas graves, diz, acrescen-tando quechegou a serameaadocomporrada.

    Sem foras para resistir a umaagresso, a Joaquim comeou a te-mer tudoe todos. Atdos colegasde quarto comecei a recear e des-confia.Foientoque umdia deci-diuque tinha de fugir.Tinhacerca

    de 400libras emseu poder, enter-radas num local secreto dentro deum sacoplstico, agendouo diadafuga.Chegadoo momento, esperouqueos amigosadormecesseme ar-rancou sem olhar para trs. Se-riam umas 2 horas da manha,re-lembra comtristeza. Nuncamaisme esquecerei.O meucorao ba-tiamuitoforteeeusentiaummistodepesona conscinciae aomesmotempouma sensaode estara fa-zeroqueeracerto.Aminhacabeaandavaa roda.

    Caminhou durante 2 horas atchegar a umaaldeia,ondesubiu aum autocarro.Teve momentos emque no conseguia evitar as lgri-

    mas e ossoluos deum choro des-controlado. Vi muitas pessoaspreocupadas comigo, at que por

    voltadas 7 damanh, umasenhoraj de idade, espanhola, comeou afalarcomigo e ofereceu-me dinhei-ro, que eu no aceitei. Mas entoelaque memeteu noutro autocarroem direco ao Aeroporto doHeathrow, conta,explicandoquefoi parar a Londres, estaco de

    Victoria.Gostariamuitode umdiavoltara v-la, quemsabe...!, obser- va, sorrindo. Estou-lhe eterna-mentegrato!Naquelemomentofoicomo setivesse vistoum anjo!

    Sentindo-se perdido e descon-trolado, Joaquim s sonhava em

    voltara casa,a Portugal.Lembrou-

    se dos seus poucos amigos, masbons, e daquele quarto que tantodesprezou e que agora, depois doquetinhapassado,lhepareciaumparaso. Em Londresfez um ami-go-queaindahojeoseumelhoramigo e regressou a Portugal.Mais tarde voltou atravs deste oseu amigo a residir em Londres, ehojeconsidera-seum homemfeliz,e comumavidaboa.

    Nobanco dejardimonde contoua sua histria ao Hora H, entremuitos sorrisos e lgrimas, Joa-quimno conseguiudeixardepen-sar que existem pessoas a passarpelomesmoqueelepassou.Ses-pero que este testemunho sirva

    para ajudaras pessoasa nose dei-xaremapanhar.

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    HORAH l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 20118

    Comunidades

    Aproximando diferentes culturasMarisa Reis

    [email protected]

    Natural de Santa Cruz, EduardoCaetano decidiu mudar o rumoda sua vida quando aceitou oconvite do seu irmo, ento jemigranteem Londres, para resi-dir e trabalhar nesta cidade. Na

    Madeira diz ter sido muito feliz,ter tido uma boa vida e uma in-fncia repleta de todas as coisasqueuma criana necessitava paracrescer alegremente.

    OsseuspaisamamaIlhaeape-nas a deixaram para ir de frias.Mas, paraEduardo, a oportunida-de quese apresentou poderia tra-zer-lhe algo mais e, dado que jconhecia Londres, pois visitarafrequentemente o irmo, decidiuarriscar e apostarnuma vidanova.

    Aps a chegada capital brit-nica comeou por trabalharnuma unidade hoteleira, ondepermaneceu aproximadamente15 anos. Paralelamente, foi ali-

    mentando a suapaixo pelofute-bol, circunstncia que o levou aunir-se a outros colegas da suagerao,muitos tambmnaturaisde Santa Cruz. Juntos fundaram,em 10 de Junhode 1993,aps ne-gociaes com o Sporting ClubeSantacruzense, a associaofilialdesse mesmo clube: o Club San-taCruzense de Londres,do qual vice-presidente.

    Inicialmente, a associao eraconstituda por voluntrios eapresentava apenas uma equipade seniores, que esteve activa at2004, lembra Eduardo Caetano.Faziam-se ento bailes e festaspara divulgar novos grupos mu-

    sicais da Madeira, ou simples-mente para se ficar conheceremnovas pessoas, festejar a vida,trazer um pouco de alegria aoquotidiano, criarum ambiente delazer para todos os que quises-sem participar, acrescenta onosso interlocutor, explicandoque a associaoestava presentemuitas vezes nas celebraes doDia de Portugal em Londres.Numa fase inicial, esta era a for-ma primordial usada para obterfundos para a associao.

    No entanto, com o passar dosanos,tornou-secada vezmais di-fcil angariar apoios. Na suamaioria, os patrocinadores eramos prprios fundadorese associa-dos. Esta conscincia, de que se-riam necessrios patrocinadorespara dar continuidade ao traba-lhoda organizao, levou neces-sidadede traarum novorumo.

    A Associao iniciou assimuma nova forma de manter ocontacto com a comunidade lo-cal, atravs da formao de equi-

    pas para crianas e jovens. aeste esprito de ajuda e interac-o com a camada mais jovem,quea associao sededicaat aosdiasde hoje,conta.

    Desta interaco com as ca-madas mais jovens resulta tam-bm uma aprendizagemrelativa-mente a diferentes culturas e,consequentemente, maior res-peito pelas mesmas, evidencia,observando que aproximada-mente 70 por cento dos associa-dos so portugueses e os restan-tes das mais variadas nacionali-

    dades, nomeadamente sul-ame-ricanos e de origemafricana.

    OfactodeoclubeserfiliadodoSporting Santacruzensepermitiuque fossem realizadas algumasviagens Madeira, cujas as des-pesas de transporte so suporta-das pelo clube e pelos prpriosjogadores. A estadia, na maioriadas vezes, suportada atravs deapoios, conseguidos por parte doSporting Santacruzense e do Go-vernoRegional da Madeira.

    Os jogos disputados do lugara um intercmbio cultural entreos jovens jogadores e permitemtambm que a Madeira seja dadaa conhecer, no s em terras de

    Sua Majestade, mas tambmcomo em vrios outros locais do

    mundo, contaEduardo Caetano.Actualmente, com quatroequi-

    pas na Liga Local e aproximada-mente 70 associados, o Club San-tacruzense de Londresconta comapoios de vrios empresrios dasmaisdiversas nacionalidades - in-clusivevriosempresrios lusos eda polcia local - fundamental aocrescimento da colectividade nacapital.

    Estes apoios, que constituema primeira batalha ganha pelaAssociao, foram conquistadosao longo de vrios anos, atravs

    do empenho e esforo do clubeem fazer valer a sua capacidadede gestoe em demonstrar conti-nuamente a boa ndole e altrus-mo das direces que o assumi-ramao longo dosanos, detalha.

    Uma vez ciente dos benefciosda presena da associao na Co-munidade, a Polcia de Battersea- considerada o aliado nmeroum da associao pelos actuaisdirigentes do Santacruzense deLondres - serviu de bssolapara apontar a direco de novosapoios governamentais e de di-vulgao do Clube.

    O seu imprescindvel apoiopermitiu que a associao entras-

    se, presentemente, em dilogocom entidades locais, de maneiraAsequipasjovens do SportingClubeSantaCruzense soum exemplode integrao cultural.

    EduardoCaetano ummadeirenseque vaideixandomarcaonde este quese assume comoum dospatronos do espritode comunidade.

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    9De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORAH

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    Integrao cultural e pobreza H duas maneiras de encarar os imigrantes: impor-lhes a prpria cultura, destruindo sua identidade; ouintegr-los sob o prprio tecto, respeitando-os. A assimilao forada foi comum no passado. Trouxe mais problemas que solues.Conflitos se arrastam at hoje, sobretudo onde governos autoritrios confrontam-se com migrantes apegados s prprias tradies.!

    a ultrapassar o seu maior obst-culo: a falta de instalaes. Uma

    vez acertadas as condies deuso relativas utilizao das ins-talaes, o seu usufruto permiti-r no s um maior nmero deassociados, mas tambm uma

    maior frequncia de treinos e apossibilidade de se instituremoutras opes desportivas ou delazer.

    Estas instalaes, localizadasnum rea prxima da sede doSantacruzense de Londres, voajudar o clube de forma a quecada vez mais crianas se asso-ciem, criando-se assim hbitossaudveis e dando-lhes um esca-

    Sporting Santa-cruzense de Lon-

    dres promove aintegraode diferentes cul-turas e um maior

    respeito pelasmesmas

    peparaa dura realidadecom queso, em alguns casos, diariamen-te confrontadase pela qual se po-dero deixarabsorver.

    A actual situao econmicaem Portugal e na Madeira, noparece ter afectado o Club deLondres, uma vez que os apoiosmonetrios vindos de Portugalno so determinantes.

    Relativamente ao esprito deconteno que se vive em Portu-gal neste momento, Eduardoacredita que, ainda que muitosdirigentes de clubes na Madeiraajudemem termosfinanceiros damelhormaneira que lhes poss-

    vel.Ao nvel de associaes des-

    portivas,deveria haver um maiorenvolvimento com as populaeslocais em geral, afirmando que

    necessria uma maiordinmicaeproactividade, para que os objec-tivos dosclubessejam atingidos.

    Noentanto,deixaa ressalva deque a actual situao do pas nofomenta um esprito de comuni-dade to vincado como aqueleque presenciou nos anos que vi-

    veu naMadeira,uma vez que, in-felizmente, este tipo de activida-deno temtantaadeso, por mo-

    tivos de cortes no oramento demuitasfamlias madeirenses.

    Quando perguntado pelo lega-doque o Clubedeixana Comuni-

    dadede Wandsworth,Lambeth etambm na Madeira, refere comhumildade que tudo o que fezpelo clube, voltaria a fazer, mes-moque um diano esteja presen-te na direco.

    O seu trabalho, bem como o demuitos outros associados nopede louros, nem mritos. Pedesim a alegriade ver a unio,queapouco e poucose foi perdendo. Oseu trabalho e o esforo ao longodos ltimos 18anos so o fruto deduas paixes que no morrem: ofutebole o espritode unio.

    Seguindo com os ps bem as-sentes na terra, esperanoso etentando criar novas oportunida-

    des com aquilo que a vida lheapresenta, Eduardo Caetano ummadeirense que vai deixandomarca onde est e que se assumecomo um dospatronos do espritode comunidade de WandswortheLambeth, respeitado por todos,pelos valores querepresenta, atra-

    vs das cores desse Clube que oClubSantacruzense de Londres.

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    PublirreportagemHORA H l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 201110

    Nas ondas do Mar AzulA grande noite de abertura do res-taurante e dinner-dancing Mar

    Azul, agendada parasexta-feira, 14de Outubro,promete ficar na hist-riadacidadedeLondresedacomu-nidadeportuguesa.

    Trata-se de umaaposta quere-sulta da parceriaestabelecida en-tredois grandes empresrios,queescolheram o 124, ClaphamRoad, SW9 0LA,bem no coraoda maior comunidade de Lon-dres,para acolher a suaaposta.

    Estivemos no local e ficmosdeveras impressionados com osconceitos de beleza e esttica quenortearam a decorao do esta-belecimento, o qualdispe de umespao amplo, dotado de exce-lentescondies e atoferece sa-

    lasprivadas! O quevem de algummodo fazer relembrar o velho

    Farol, ainda de certeza na me-mria de muitosde ns!

    Antnio, um dos proprietriosdeste novo grande restaurante,garante que a noite de aberturado Mar Azulser ummomentoinesquecvel.

    Para animar a noite, os empre-sriostrataramde trazerum gru-po vindo expressamente da Ma-deira: os Galxia Band.

    Outras surpresas esto previs-taspara animaruma noitequesepretende ser histrica e muitoagradvel. Todos quantos te-nham o prazer e a sorte de mar-car presena nesta inaugurao,podero contar com belos mo-mentos de confraternizao aosom de boa msica ao vivo, para

    apreciar at altas horas da ma-drugada!

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  • 8/4/2019 Jornal Hora H - 2 Edio

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    11De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORA HComunidades

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    2,5 milhes no desemprego O nmero de desempregados no Reino Unido ultrapassou os 2,5 milhes no trimestre de Maio a Julho,agravado pelos despedimentos no sector pblico, informou o instituto nacional de estatsticas britnico. A taxa de desemprego paraeste perodo era de 7,9%, correspondente a 2,51 milhes de pessoas sem trabalho, tendo subido face aos 7,7% do trimestre anterior.!

    19 marcas lusas naLondon Design WeekODecorexInternational,umeven-to de referncia da decoraomundial, que se realiza anualmen-te no mbito da London DesignWeek, vai contar este ano com 19marcasportuguesas.

    Nocertame,quedecorreentre25e28deSetembro,estaropresentesa Affaire, Alcino, Antiga BarbeariadoBairro,Attitude, BoaBocaGour-met,Boca doLobo, BRABBU, Cha-pu, Crere, Delightfull, Glamm,Koket,Myface, Renova,Sogevinus,Tapetes Beiriz, Temahome, Tra-lho,Furnituree Viarco.

    A participao destas empresasconta com o apoio da Portugal

    Brands,iniciativa criada em Julhode2008 coma finalidade de orien-tar e promover as marcas portu-guesasao nvelinternacional.

    O objectivo desta presena noReino Unido gerar oportunida-desde negcio para as marcasna-cionaisao coloc-las frente afrentecom potenciais compradores, in-formoua Portugal Brands, atravsde um comunicado citado pela

    AgnciaLusa.Aindano mbitoda LondonDe-

    signWeek,a PortugalBrands mar-car tambm presena naTramshed London, de 21 a 25 desetembro.

    Pedacinho de Portugal em LondresRenata Queiroz

    [email protected]

    A zona da Vauxhall, localizada noSul deLondres (pelomapado me-trofica na linha Victoria Line) en-cerra, tal como diversas outrasreas da cidade, muitas particulari-dades. Uma delas a diversidadetnica.

    Constituda por uma comunida-de significativa de portugueses,muitos dos quais naturais da Ma-

    deira, Vauxhall ficou conhecidacomoum Pedacinhode Portugalna capital britnica.

    Se optar por caminhar pelaSouth Lambeth Road, a cerca de300metros da estaode Vauxhall

    vai deparar-se comdezenas de es-tabelecimentos portugueses, prin-cipalmente restaurantes. V sempressa, pois os portugueses orgu-lham-se das suas histrias e co-

    mrcios. Valea penadesfrutar dosprazeres gastronmicos e entabu-lar uma boa conversa. Vale tam-

    bma pena descobrira variedadeea riquezados produtos tpicosquesooferecidos na zona. Para quemaindano conhece bemestarea,como redescobrir o verdadeirosa-

    borde Portugal. Para os muitos quedesfrutam diariamente dos sabo-res desta rea, comodar umaes-capadinhaat terranatal.

    Foi quando procurava efectuarnovas descobertas que o meu ca-minho cruzou-se com o do Portu-gal Restaurant. Foi ao parar naCasa daPoncha,paravisitaro N-lioe apreciaruma dassuas delicio-

    sas ponchas, que fiquei a pensaremprovara famosae torecomen-dada Espetada Madeirense. Epronto, ali estava o que eu queira!

    As minhas expectativas confirma-ram-se;sa satisfeita e ainda comoconhecimento de muitas histriasfantsticas!

    Os proprietrios do restaurante,Lus, natural de Amarante, Jos eRamos, ambos da Madeira (todos

    O maiscurioso foi quea ideiadereavivar estecantinho de Portugalsurgiude umabrincadeira entreostrs amigos. Sim, verdade, uma

    brincadeira que est a ser levadamuitoa srio.

    Uma tarde, estvamos os trsreunidos num Caf ao lado, olh-mosparao antigo restaurante Por-tugalCaf Tapas Bar, que estava fe-chado, e, meio a brincar, conclu-mosque podamos deixaresta his-tria acabar. Conversmos com oantigo proprietrio, e, em meadosde Agosto desse ano, reinaugur-mos o local, relataram, a meias, oLus e Jos.

    Como bons portugueses queso

    defendem: Htrs coisas que somuito importantes nas refeies:Qualidade, tradio da receita efartura, claro.

    Noentanto,apesarde nosconfe-rirem o segredo de um boa refei-o, a nossa tentativa de descobriro segredo do to saboroso bolo de

    bolacha revelou-se infrutfera. Areceita, dizem, o segredoda casa.Tereique voltar paraprovarmais...

    OLus eo Z, osdoisproprietrios dorestaurante.FotoRenata Queiroz

    Ana Moura actuano Barbican Centre

    AnaMoura,aaclamadanovavozdoFado,vaiactuarnoBarbicanCentre,em SilkStreet, na segunda-feira, 31deOutubro. A fadista quej actuouaovivocomPrincee osRollingSto-nes,vaiapresentarao pblicobrit-nico o seu repertrio marcado porsubtis arranjos tradicionais queconstrem canes sobre amoresperdidos,a separao e o desejo, asquaistmvindoaganharumespaocada vez mais significativo em au-

    dincias espalhadas pelomundo.Neste Vero, afadistaportuguesa

    mereceunaWomad,do TheTimes,oapodode Sublime;Mgica,se-gundo o TheIndependent; A pr-xima grande estrela do Fado, se-gundo TheObserver; e,para o TheGuardian,possui Umaintensidadeumaemooquedeverofazerdelaumagrande estrelaglobal.

    Nesta actuao, que assinala olanamento do seu lbum mais re-centeno ReinoUnido,SemNostal-gia, a fadista ser acompanhada

    por Lucas Santtana, Tom Z eThomYorke.

    fizeram questo de ser tratadospelosnomes comoso conhecidospor familiarese amigos)s exigemformalidades no servio. Os ac-tuais donos do mais recente res-taurante portugus de Vauxhall,

    ou melhor, os empresrios que seorgulham de contar como reinau-guraram o maisantigo restauranteportugus de Londres, defendemque no se pode brincar com oatendimento.

  • 8/4/2019 Jornal Hora H - 2 Edio

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    ComunidadesHORAH l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 201112Em 2012 ser mais cedo. No prximo ano, a 16 edio do The Mayors Thames Festival vai realizar-se mais cedo que o habitual,entre 8 e 9 Setembro. Tal fica-se a dever ao desejo da organizao de fazer coincidir a realizao do evento com os JogosParaolmpicos, que iro decorrer na altura em Londres.!

    Fotorreportagem

    Mayors ThamesFestival encantou!O15MayorsThamesFestival,que serealizouentre 10e 11Setembro,voltouaserumsucessofantstico.O eventoquecelebraLondresjuntoa umdos grandesconesdestacidade oTamisa trouxemais umavezmuitosmilharesde pessoassruas,pontesemargensdesterio.Danar,comer,conviver! Foito bom...FOTOS Fernando Silva

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    13De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORAHPortugal

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    Mais de 12 mil vagas Os resultados da primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior, divulgados no domingo, 18, deixaram porpreencher 11 938 vagas nas universidades portuguesas. O concurso para conseguir ocupar uma dessas vagas que faltam completarcomeou na segunda-feira seguinte.!

    Crise obriga a estudar na Madeira

    Independentemente da qualidadedoscursosedasuniversidades,findoosecundrio,estudarforadaRegio uma possibilidade que muitos jo-

    vensgostariamde concretizar. Con-tudo, para cada vez mais famlias,essa uma hiptese que acaba porser descartada devido s dificulda-des econmicas que a maior parteatravessaactualmente.Dissomesmoderam conta ao DIRIOalguns es-tudantes, entre as centenas que, napassadasegunda-feira,19,acorreram Universidade da Madeira (UMa)paraefectuaramatrculareferenteprimeirafasedecolocaes.

    Anny Costa encontrava-se maisao menos aomeioda longafilaqueenchia os corredores do segundopisodauniversidade.Aprimeiraop-

    o foi para Educao Bsica, naUMa, mas acabou por entrar emCinciasdaCultura,namesmauni-

    versidade.Admitequenasescolhaspesaram as questesfinanceiras. Omesmo acontece com Diogo Ale-xandre e Ricardo Faria, colegas nosecundrio e ambos colocados naprimeiraopo de candidatura, emEngenhariaInformtica.Sairtam-

    bm uma experincia nova, mas Matrculas daprimeirafaseat sexta-feirana Universidade daMadeira.

    Trabalhadores

    da construoabandonam pasO Sindicato da Construo dePortugal alertou o Governona passada segu nda-feira, 19,para a maior vaga de sem-pre de trabalhadores do sec-tor, que esto a abandonar opas por no terem mais tra-

    balho em Portugal.So mais de 200 trabalhado-

    res por dia que esto a abando-

    naropas,afirmouopresidentedo sindicato, Albano Ribeiro, sadadeumareunioquedecor-reu de manh no Ministrio daEconomia, em Lisboa.

    O dirigente sindical foi rece-bido pelo adjuntodo secretriode Estado das Obras Pblicas,Transportes e Comunicaes,Joo Dentinho, numa audin-cia que teve como objectivoalertarparaa crise queafectaosector da construo em Portu-gal e para a suspenso dasobras na Autoestrada do Ma-ro.

    Albano Ribeiro adiantou ain-daque,ataofinaldoano,mais

    de 30 mil trabalhadores voabandonar o sector da constru-

    o civil, porque medida queas obras vo sendo concludasno h alternativas de empre-go.

    Referiu que, neste momento,se o Governo quisesse avanarcom a construo da terceiratravessia do Tejo, Aeroporto eTGV, Portugal no tinhatraba-lhadores da construocivilsu-

    ficientes no pas para avanarcom essas infra-estruturas.

    Paracontrariarestacrise,osin-dicato apresentou algumas pro-postas ao Governo que, a seremmaterializadas, criariam, nascontas de Albano Ribeiro, maisde130milpostosdetrabalho.

    O responsvel defendeu umaaposta na requalificao de es-tradas secundrias, isto depoisde o pas estar agora bem servi-do de auto-estradas.

    Em termos de estradas se-cundrias, temos milhares dequilmetros que precisam deuma interveno ou requalifica-o rpida, o que criaria cerca

    de 30 mil postos de trabalho,sustentou.

    temos de ficar c, afirma RicardoFaria.

    Esmeralda Fariatambm admiteque as questes econmicas in-fluenciaramasuadeciso,aliadoaofacto de querer permanecer juntoda famlia. Esta jovem da RibeiraBrava ficou colocada na primeiraopo,emEconomia.

    JNazarRodriguesnodaMa-deira, masapenascolocoucomoop-es de candidatura os cursos daUniversidadedaMadeira.EntrouemCincia da Cultura, segunda opo,mastinhaescolhidoemprimeirolu-gar Cincias da Educao. Queria

    mesmovirparaaMadeira,disse.Tambm Andr Silva, colocadoem EngenhariaInformtica, prefe-riu ficarpela Regio,no tanto porquestes econmicas, mas porquequermanter-se junto dasuaequipade futebol. As matrculas na UMados alunos colocados na primeirafasedoConcursoNacionaldeAces-so decorrem at prxima sexta-feira,dia23deSetembro.

    Centenas deestudantes efec-

    tuaram a matrcu-la na primeira

    fase de coloca-es. Estudar fora

    est cada vezmais difcil

    [email protected]

  • 8/4/2019 Jornal Hora H - 2 Edio

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    PortugalHORA H l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 201114

    Passos Coelhodeve evitar JardimlvioPassos

    [email protected]

    Depois da presena de PassosCoelho ser dada como segura noltimo dia de campanha para aseleies regionais de 9 de Outu-

    bro, agora essa vinda Regio muito improvvel. So mesmosectores do PSD-Madeira que oadmitem, ainda queas pessoas emcausa no integrem as estruturasdo partido. Formalmente, o assun-to no foi discutido pelos social-democratas nosltimosdias.

    Certo que, tanto em Portugalcontinental como na Madeira, hlargos sectores do partido que en-tendem que o lder nacional nodeve aparecer ao lado de Jardim,sob pena de ficar irremediavel-mente ligado s prticas do exe-

    cutivo madeirense. Argumento a

    que o primeiro-ministro sersen-svel.

    Desde h muito queso conhe-cidas divergncias entre PassosCoelho e Jardim. Quando veio aoencerramento do Congresso dossocial-democratas madeirenses,Pedro Passos Coelho disse sim

    aos desejos de mais autonomia,masdeixou logoum aviso: s comcontrolo da dvida e rigor na ges-to da coisa pblica.

    Quando, na semana passada, older nacional do PS desafiou otambm primeiro-ministroa reti-rar a confiana poltica a Jardim,Passos Coelho tentou escapar aoincmodo dizendo tratar-se deuma questo que diz respeito aoPSD-M e aos madeirenses. Norevelou se tem ou no confianapoltica no lder regional do seupartido.

    Outros lderes nacionais doPSDiniciaram a suaqueda polti-ca na Regio ou devido a ela (Re-gio). Em plena campanha para

    as eleies legislativas nacionais

    de 2009, quando as sondagens da-vam um empate tcnico entre oPS e o PSD, ManuelaFerreira Lei-te, ento lder dos social-demo-cratas veio Regio em campa-nha. Questionada pelos jornalis-tassobrea razo da visita, Ferrei-ra Leiteproduziu umadeclarao

    que muitos analistas identificamcomo a razo queesteve no incioda sua queda poltica: Seriainadmissvel no vir Madeiraque um exemplo tpico, um bas-tio inamovvel do PSD, que umexemplo do bom Governo doPSD, o local docontinente e dasilhas, do todo o Portugal, em quea poltica social-democrata temmais efeitos visveis no que oxito, o progresso, o desenvolvi-mentoe bem-estar das pessoas.

    Namesma ocasio, a entolderdo PSD ainda garantiu no haverasfixia democrtica na Madei-ra, que o poder era legitimadopelovoto. Hasfixia democrti-ca no continente, ento com um

    governo de Jos Scrates.

    Altimavezque PassosCoelhoveio Madeirafoiparaencerraro CongressodoPSD.

    Ligao de Sines EuropaEduardo Souto Moura defende TGVO arquitecto Eduardo Souto Moura defendeu que a grandevantagem do TGV seria a ligao do porto de Sines Europa,sublinhando que para viajar entre Lisboa e Madrid h voostrs vezes mais rpidos e baratos. A grande vantagem doTGV, pelo que eu entendi nas conversas e quando fiz o pro-jecto [da estao de vora], fazer uma ligao de Sines [Europa]. Sines o grande porto onde sei que existe um pro-jecto para o transformar num grande porto europeu de bar-cos chineses, referiu Souto Moura. Em relao ligaoLisboa-Madrid, Souto Moura insinuou que desnecessria,porque os voos low cost custam trs vezes menos e demora

    trs vezes menos, afirmando: Eu no vou a Madrid de TGV,porque caro e demora. Eu vou a Madrid pela Ryanair.

    22 enfermeirosDespedidos por e-mailO Ministrio da Sade dispensou 22enfermeiros em Odivelas por e-maildepois de j ter despedido 24 profissio-nais em Lisboa, denunciou o Sindicatodos Enfermeiros Portugueses (SEP). Emcomunicado, o SEP diz que a medidaresulta do memorando de entendimentocom a troika internacional, tendo oMinistrio da Sade emitido um despa-cho em que divulgado que durante 2012pretende efectuar cortes de onze porcento nos custos operacionais das insti-

    tuies de sade integradas no sectorempresarial do Estado.

    Ministro manda

    Regio assumirresponsabilidadesO ministro das Finanas, VtorGaspar, disse segunda-feira, 19,que devero ser muito limita-dos osimpactosdo buracoago-ra conhecido nas contas da Ma-deira no dfice oramental de2011, que dever ficar em 5,9%doPIB e que setratade umcasopontual. Mas,desde logo, condi-cionou a ajuda do Estado ao as-sumir de responsabilidades, porparteda Regio,pela situaodo

    passado.VtorGasparfalava aosjorna-

    listas margemde um encontrode bancos centrais de pases delngua portuguesa,em Lisboa.

    Questionado sobre se seronecessrias mais medidas deausteridade j este ano paracompensar os efeitos do buracorecentemente descoberto nascontas da Madeira,o governanteafirmou que ainda no hquaisquer estimativas sobre oimpacto no dfice deste anopelo que qualquer comentrioser prematuro.

    Apesar de estas contas aindano estarem feitas, VtorGaspar

    garantiu que o efeito ser pe-queno. Noentanto, os impactos

    que parecem decorrer desseefeitoso muitolimitados.

    Ainda assim, Vtor Gasparadiantou que oexerccio da so-lidariedade nacional, a existir,s poder ter lugar num qua-dro em que a responsabilidaderegio autnoma no seu ajusta-mento e por honrar seus com-promissos passados seja absolu-tamente clara.

    Ou seja,depois de serfeitoum

    levantamento completo da si-tuao oramental e financeirada regio que dever ser conhe-cido at finaldo corrente ms.

    Quanto a uma eventual puni-o aos responsveis pela ocul-tao de informao estatstica,

    Vtor Gaspar disse que h apossibilidade de aplicao decoimas pelo Tribunal de Con-tas, mas acrescentou ser pre-maturo falar dos contornosexactos das penalidades.

    O ministro das Finanas ga-rantiu ainda que o buraco nascontas da Madeira um casopontual e que o Governo est atomar medidas para evitar que

    uma situao destas se volte arepetir.

    VtorGaspardizqueoTCpodeviraaplicarcoimas.

    Uma irregularidade muito cara A irregularidade nas contas da Madeira vo obrigar reviso dos dfices de 2008 a 2010,para incluir no dfice oramental portugus 1.113,3 milhes de euros s nestes trs anos, a maior parte (915,3 milhesde euros) a incluir em 2010.!

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    PortugalHORAH l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 201116

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    Lanada nova revistano Luxemburgo

    [email protected]

    Chama-se C.A.S.A. Magazine enasceu de uma proposta de cola-

    boradores de outros rgos de in-formao, que acharam que seriauma mais-valia, criar uma revistaem LnguaPortuguesa, parainfor-mar, esclarecer, apoiar o mundoassociativo, novos talentos e pro-moveraculturaemgeral.

    Malaequipaquelideraoprojec-to apresentou ao presidente daFundao C.A.S.A., ComendadorJos Ferreira Trindade o que sepropunham fazer, este viu com

    bons olhos o projecto, dado queviuem simultneo a realizaodeum sonho que tinha em mente muitosanos.

    Deu-se incio ao projectocrian-do a primeira revista, que foi en-

    viada a todas as instituies ofi-ciais luxemburguesas e altos re-presentantes do Governo portu-gus no Grande Ducado, bemcomoa empresrios, e diversos r-gos de comunicao social,entreoutras instituies e associaes.

    Aps a recepo da mesma, to-das as instituies comearam amanifestar-se de forma positiva,daa vontade de continuar.

    Lanou-se mos obra e foicriada a primeira edio oficialquesaiuparaasbancasa15deSe-tembrocompreodevendanova-lor de 4 euros e com uma tirageminicial de 3500 exemplares, mascom possibilidades de aumentar.Tambmpoder ser adquirida por

    assinatura anual pelo valor de 40

    euros, no Luxemburgo, ou 60 eu-rosparaorestodaEuropa.

    Sabemos que nos encontramosfora do nosso pas e deveramosadaptarmo-nos ao pas de acolhi-mento, tanto ao nvel lingusticocomo em integrao. Mas feliz-mente as coisas foram mudando ehoje j possvel encontrar namaioriadas instituies oficiaisbo-

    letins em diversaslnguas incluin-

    do o Portugus. Tambm os parti-dospolticosnos seuscartazes j ofazememPortugusparacativaracomunidade lusfona a votar naseleiescomunais.

    Para mais informaes sobre estarevistanohesiteemconsultaranos-sa pgina noFacebook (C.A.S.AMa-gazine)ouvisitaronossostionaIn-ternet: www.casamagazine.eu, onde

    poderacederaoutroscontactos.

    Tolentino Mendonainvestiga em NY

    TolentinoMendonapartiutera-feira,20,paraNovaIorque.Vai par-ticipar durante um ano num pro-

    jecto de investigao em torno dotemaReligioeEspaoPblico.

    Opadreepoetamadeirensetra-balhar, na qualidade de Investi-gadorConvidado, naUniversida-de de Nova Iorque. Espera-o umprojecto queexige dedicao ex-clusivaque,entreoutrasmisses,implica que escreva um livro decarcter cientfico sobre o temaem anlise. A oportunidade obri-ga-oainterromperoutrastarefas,comoporexemplo,acolaboraosemanalcomo DIRIO.

    Todos os domingos, na crnicapublicadanarevistaMais,Tolen-

    tino Mendona confidenciava

    que Uma grandeviagemcomeapor um s passo. Um ttulo quefoibuscarsabedoriadosviajan-tes,porentenderqueocaminhoumadasimagensmaissimplesecompletasque conheo para des-creveravida.

    Desde 17 de Outubro marcouregularmente presena nas pgi-

    nas da Mais.Deixou-nos na edi-ode11deSetembro,comanota:Nesta que a minha ltimacr-nicadesta srie, queriaagradecerao Dirio de Notcias a oportuni-dade que me concedeu de parti-lhar aqui o vinho e a vida. E es-tendo o mesmo obrigado a todososleitores.Boasviagens.

    Foi com imenso orgulho que orecebemos nesta viagem. Deixoumarcas, comosempre.O DIRIOmanifesta-lhetodagratido,aquea excelncia e profundidade dostextospartilhadosmerece,edese-

    ja-lheamelhorsorte.Edesejaquevolte! Alis, Tolentino Mendonavoltar ao DIRIO sempre quequiser. imprescindvel farol na

    caminhadacolectiva.

    Opadree poeta trabalharna qualidadede InvestigadorConvidado.

    80.000 lusos radicados no Luxemburgo As estimativas mais recentes sobre a Comunidade Portuguesa residente no Luxemburgoapontam para 80.000 pessoas, 16 por cento da populao total do pas e 50 por cento da populao estrangeira. Anualmente,registam-se cerca de 1.200 nascimentos na Comunidade por ano.!

    Ricardo Miguel [email protected]

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    17De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORA HPublirreportagem

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    [email protected]

    Como melhorara sua sade oral

    Jos LageMdico Dentista da NDP

    [email protected]

    Estimados leitores, nesta semanavamos falar de alguns temas sobreos quais recebo muitas perguntasporpartedosmeuspacientes.

    Existemuitagentecomrestaura-esdechumbonosdenteseque-remsaberseestematerial,quemui-tosdentistasaindausam,seguro.

    NaNDPNaturezaDentalPrac-tice no usamos restauraes dechumbo, pois acredito que hojeemdiaexistemmateriaiscommui-tomelhorqualidadeeesteticamen-te superiores, que permitem aindasalvar mais estrutura dentria emcomparao com o chumbo. Nanossa clnica s usamos restaura-es brancas. As restauraes deamlgama,conhecidasvulgarmen-te por chumbo, so uma misturade vrios metais em que um dosprincipaisconstituintes o merc-rio.sabidoqueomercrioextre-

    mamente prejudicial para a nossasadee,na minhaopinio, todososmateriaisquecontenhammercrionodeviamserutilizadosemMedi-cina Dentria. Muitos testes tmsidofeitoseatagoraasautoridadesdesadedoReinoUnidoaindacon-sideram esse material como sendoseguro.Noentantoproibidodeitaras sobras da amlgama para o lixonormal,poissegundoasleisdoRei-no Unido esse mesmo materialpodecontaminarossoloseasguas. assimobrigatrio queessemate-rial seja colocado num recipienteadequado, selado e recolhido poruma companhia qualificada. Pare-ce-melgicoqueseomesmomate-

    rial que se coloca nos dentes daspessoas considerado perigoso

    paraossolostambmdeviasercon-siderado perigoso para a sade dospacientes. Apesar disto no achoque as pessoas precisem de trocartodas as suas restauraes. Eu saconselhoos meus pacientesa tro-caro chumbo nosdentes quandoestejnoestejaemboascondies,quando ospacientesqueremvoltara ter os dentes brancos e decidemtrocaras restauraesde metalporrestauraes brancas ou quando,

    por motivos de sade, alguns pa-cientesapresentamproblemasrela-cionadoscomoexcessodemetalnaboca e soenviados pelo seuMdi-co.

    Outra pergunta que me fazemcom frequncia sobre os dentesquecomeamaabanaremaistardeacabamporterqueserextrados.Aspessoasqueremsaberporquequeissoacontece.

    O fato dos dentes abanarem eeventualmente acabarem por cairnadatema ver com a idade.O quecausa este problema umadoenachamadaperiodontite.Aperiodon-tite,tambmconhecidacomodoen-a periodontal, conhecida popu-larmente como piorreia. umain-

    flamaocrnicaqueafectaasgen-givas,o ossoe osligamentosde su-portedosdentes.Estaumadoenaquegeralmente evoluide umafor-ma lenta, em que no incio existesangramentodasgengivasesmaistarde,numafasejmaisavanada,queosdentescomeamaabanar.Seaperiodontitefortratadalogonumafaseinicial,oossonochegaasofrerdanoeosdentesnochegamaaba-nar. Dependendo da gravidade dadoenaexistemvrios tiposdetra-tamento para a periodontite. Noscasos mais graveso tratamentoge-ralmente deve ser feito por um es-pecialista em doenas da gengivachamado periodontologista. O seu

    dentista dever saber explicar-lhequaloseucasoesenecessrioen-

    vi-lo para um especialista paraefectuarotratamentonecessrio.E por este motivo, principalmente,quemuitoimportanteiraodentis-tapelomenos1vezporano,mesmoquenosintadores,paraqueospro-blemas que possam existir sejamdetectados numa fase inicial, maisfcildetratar.

    Outrapergunta interessante quemecostumamfazerseexistealgu-maformade manteros denteslim-

    posquandonotemosoportunida-de de escovar a seguir a uma refei-o.

    Realmente o ideal seria lavar osdentes 3 vezes por dia, ou seja, demanh,depoisdoalmooeantesdodeitar.Noentantoamaioriadaspes-soas, por vrias razes, no conse-guelavarosdentesdepoisdoalmo-o. Isto no grave.Existemvriascoisas que pode fazer para evitarproblemas,tais como: escovarbemos dentes de manh e noite; tercuidadocomaalimentao;evitaroconsumo de doces entre as refei-es; evitar bebidas com gs emgrandes quantidades; visitar o seudentistaregularmente.

    Outracoisaquepodefazerdepois

    do almoo, para proteger os seusdentes, mastigar uma pastilhaelsticasemacar,duranteuns2a5 minutos. A pastilha elstica semacarajudaaprotegerosseusden-tesporque fazcom quese produzamaissalivanasuabocaeaomesmotempoajudaaremoverrestosdeali-mentosquepossamficarpresosen-treosdentes.

    Espero que estas dicas tenhamsidoteisetraremosmaisassuntosinteressantesnaprximaedio.Sequiseremcolocar alguma perguntapodemfaz-lopore-mailparadrla-ge@naturezadental.co.ukouenviarpor carta para NDP NaturezaDental Practice, 9 Portland Road,

    South Norwood, London SE254UF.Obrigadoeatbreve.

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    Opinio

    Uma mina de ouro por explorar

    Guilherme Rosa

    NoLittlePortugal te-mosumaminadeouropor explorar.Ouroqueaculin-riaportuguesa,comtonsdeverdedonossonicoazeite e doiradodo bacalhauas-sado.penanoserdoagradoepaladarda grandemassa dos lon-drinos,pois teramosum filoinesgotvel.Maspodeser quete-

    nhamosengenhode prestaminaa darpepitase trabalhosempree paratodos.Simples-mente bastatrabalho,unio,coordenao,ideiasnovase ac-tuais.Acaboude se realizarna passadasegunda-feiradia 19, umfrumde empresrios portuguesesra-dicadosemLambeth sob iniciati-vacamarria. Este acontecimen-toeemsimesmoalgodeassina-lvel.O intuito daCmaraem convo-carestesempresrios parafalarsobrecomopoderemosdinami-zara actividadeeconmica eprincipalmenteo comrcioderestauraoque j presentemen-

    te tantasfamlias nossasalimen-tamnesteBorough. notvel einovador, o factode seestar aaglutinarvontadese dinamismospara sepoderdaro real potencialao comrcioda restaurao.OIntuito principaldeste esforoser emultima instnciao de tor-narrotineiramenteconhecidoepopularnestametrpolea nossacomida, almdo ambiente cultu-rallusfono quese respira nestapartesudoestedeLondres.Todosnos londrinosatentos,jreparamos, oumesmosaciamosiguarias com sabores deumcertopas,em restaurantes quepornorma se concentramnumani-

    ca rua. usualmuitosbritnicos,ouns quesomos seus convida-

    dos sedentrios, organizaremcomamigosidasaumacertazonapara experimentar umanova comida feita porgentes deoutra origemoumelhor naciona-lidade.E porque razo StockweelTubenopoder estarnarotadestaopo de gastronomia lon-drina?Modada qual algumasco-munidadescommaisapetnciaculinria de outros recantosdomundobeneficiam.Assim, oLittle Portugal(PetiscoFC)querjogarnadivisodares-tauraoaondejogam:BrickLane(Bangladesh,Bengali);Stoke

    Newington(Turca,Ocabaxi);KingslandRoad(Vietnamita);ChinaTown(Chinesa; St.Corea-na);St.Kensington(Francesa,Nouvellecousine);FulhamBroadway(Espanhola,Tapasori-ginais). Infelizmentea diviso

    ondejogamculinriasfrancesa,indiana, italiana e tailandesa, quenemsequertemzona especificamasestoespalhadospor todaacidadecomcentenas derestau-rantescada,sendodefactoumaindstria nacionalquealimentaumamiradedecuriososbritni-cos.Parasechegaraestadivisoede factonecessriopercorrerumcaminhodeorganizaoe coope-raomuito rduo,maspossvel.Investigueinestewebsite rele-vantesobre restaurao, porPortugueseRestauranthttp://www.london-ea-

    ting.co.uk/search-results.asp .Fiquei acalentadopor saber quetemos l os nossosrestaurantesmais conhecidos, no entantosoengolidospor umaimensido deNandos, queno mepareceserlmuitodanossagenteoure-

    presentar fidedignamente o nos-so paladar. Para notabilizarnamemria, retina e paladar anglo-saxnico de quese andaremmais umas estaces paraalmdeVictoria, poderodesembarcarnuma quea zona tempequenosespaosconvidativos comumacomidareputadamente bemser-vida, gostos e comum atendi-mento omais emptico queLon-dres oferece.Se formoscapazes de criar siner-giasparadesenvolver este ouro,criar umMarketingcomum; Pu-blicidadenos locais relevantes

    (Revistas ldicas sobre a cidade);Fazerpromoes de trazer umamigo ingls, elepagametade(Edepois vemcom osAmigos); Or-ganizar umsrio festival gastro-nomia ( A legiode Chefs Portu-guesesespalhados pelosmelho-

    resrestaurantesde centralLon-donpoderiam ajudar); Especiali-zaros Restaurantespara diversi-ficar a oferta(Grelhados ouChurrasqueira;Marisqueiraoude Peixe; Tasca;Cervejaria;Buffet;Regionais; etc.);Usar asnossaslistaspessoais comtodosos contactosde e-maile tambmnoFacebookpara espalhar in-formao sobreesteprojecto e divulgar iniciativas e amovida local; Usarastutaspromoes (traga amigoBifeparaexperimentarBacalhauqueele pagametade) e trazerc fa-

    mososamigos; Abrilhantar asruas e criar umambiente seguro,tranquiloe pacato;Procurar terofertade diverso e cultura parao tempoa seguir dedigesto.Es-tase outrasiniciativaspoderiam de facto,tendoemconta a excelncia da oferta,fa-zerexplodir a aflunciade ou-tros aosnossosespaos.O simplesfactodos britnicosgostaremdo conceito doNan-dos, quej comeram sardinhasno calor algarvio e adoraram,queouviram falar na peculiarformanossa de comer o seubacalhau (Esccia), indicia for-tementea possibilidadede que

    comecem a pensarde poderemviranossapequenaLondres portu-guesa e certamenteiro comer ebem. Simisto e possvel, bastan-doque sejamlevadasa serioesteconjunto de iniciativas e queosempresriosda restaurao ti-remalgumdo tempo do espetoparausara caneta e o telefonecooperando e coordenandoumdesenvolvimentomutuoe co-mumnegociono seutodo,sendoqueassimassegura umbom fu-turo,para si e todauma comuni-dade.Quantos empregosmaissurgiriamdesta iniciativa?Quantos Restaurantesmaiseaindamelhores (Alguns J so

    bem bons) teriamassim oportu-nidadede existnciaque de ou-tra forma e numazona jesgota-da apenase principalmentefo-calizada na clientela Portuguesa,no teriamviabilidadeeconmi-cae nunca poderiam ver a portaabertaao publico.Talvez estemovimento denota-bilizar a nossa opo gastron-mica petisqueira emLondresemrelao as grandesmassasdestametrpoles, seja ironicamente aoportunidadepara nos termosumacozinha conhecidamundialmente, cirando porven-tura, a oportunidade de queemhajaem todas as capitais sempre

    umaCasade repastocomas nos-sas cores.

    E porque razoStockweel Tube

    nopoderestar na

    rota destaopo de

    gastronomialondrina?

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    19De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORA H

    Cartas do leitorO HORAH reservou umespao para o seus leito-res em todas as edies.Os artigos desta seco,

    que no devem exceder 2mil caracteres, so datotal responsabilidadedos seus autores. No

    sero aceites textos que

    no estejam acompanha-dos da identificao doseu autor. O HORAH

    reserva-se ao direito deno publicar os textos nantegra e no se respon-sabiliza pela devoluode originais. Os textos

    devem ser enviados com

    a referncia Cartas doLeitor, por correio ou

    para o e-mail [email protected], sem-pre acompanhados de

    identificao, morada eindicao de um nmerode telefone para eventual

    reconfirmao.

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    [email protected]

    Ter sucesso entre

    os britnicos

    RubinaVieira

    Jornalista / [email protected]

    Onmero de cidadosportugueses a vivernoReinoUnido bastante expressivo.As autoridades bri-tnicas noso obrigadasa fa-

    cultar estatsticas s autorida-des portuguesas, e os nmerostm sido avanados, volta emeia, sem haver grande preci-so ou rigor.Fala-se de 400mil,500 mil, 700milouatdeummilhodepor-tugueses espalhadospor Ingla-terra, Pas de Gales, Esccia, Ir-landa do Norte e Ilhas do Ca-nal. O que certo que somosuma comunidade expressiva ediversa nos propsitos que nostrazem a este reino.Os portugueses so conhecidospor serem trabalhadores dedi-cados e esforados, e gostam

    de sentir que a cultura do seupas tambm est presente noseu pas de adopo. Penso quetodos os portugueses deveriamsentir orgulho por poderem as-sistir a eventos culturais e des-portivos, terem associaes re-creativas que perpetuam onome de Portugal alm frontei-ras, e tambm por poderemmatar saudades dos pratos t-picos, ou da bica bem tirada,nos inmeros cafs, restauran-tes e supermercados espalha-dos por terras de sua majesta-

    de., contudo, igualmente impor-tante que os portugueses se in-tegrem, que faam um esforopor dominar a lngua inglesa,que tirem formao e enrique-am o seu currculo, e que nocinjam a sua actividade profis-sional exclusivamente s em-presas de capital portugusque se criaram por c.H todo um universo a ser ex-plorado e do qual temos quesaber tirar proveito. No querocom isto dizer que devemosexplorar o sistema e viver deapoios do Estado. Essa uma

    situao que alimenta um ciclode vida vicioso e que no trazdesenvolvimento profissionalnem intelectual.Devemos sim tirar partido dofacto do governo britnico es-tar a tornar mais difcil a entra-da de emigrantes de fora da UEpara - com formao e expe-rincia - competirmos e preen-chermos as eventuais vagasque esta situao poder criar.Portanto, a melhor forma depassarmos uma imagem positi-

    va de Portugal, no Reino Uni-

    do, mostrando que somos tocompetentes e bem preparadosquanto os cidados britnicos,ou de qualquer outra naciona-lidade.

    A plena integrao ajuda a ul-trapassar as dificuldades ine-rentes a uma mudana de ar-mas e bagagens, tanto para asprimeiras como para as gera-es seguintes.Temos queter sucessoentreosde csem esquecerque somosde l. Somos, essencialmente,cidados do Mundo numa Eu-ropa que, notendo fronteiras,d-nos oportunidades.

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    Entrevista

    Gosto muito de fo

    Lgia CostaMake-upArtist

    [email protected]

    Trabalha num restaurante emWandsworthRoad e adora dese-nhar roupa nos tempos livres.Gostava de serestilista,mas o seu

    maior sonho singrar no mundoda fotografia. Ana Gomes, 20anos, nascida e criada em Viseu,estradicadaem Londresh cin-co meses.Afirma ter pena porterdeixado tudo para trs, talvezporque ainda se sinta em fase deadaptao.

    Ol Ana. Antes de tudo, bem-vinda ao Hora H. Chegaste aLondres h quanto tempo? Cin-co meses...

    E ests a gostar? Bem... (risos)A tua vida mudou muito,

    isso? Sim,muito.Mudou radical-mente, e, claro, ainda estou emfasede adaptao...

    Masj ests a trabalhar? Sim,trabalho no Restaurante O Moi-

    nho, em Wandsworth Road, afull-time.

    Ana Gomes trocou Viseu pela ca-pital britnica h cinco meses.

    Est a trabalhar num restaurante,enquanto desenha roupa sempre

    que pode e divide os sonhosentre o mundo do estilismo e

    o da fotografia

    O teu namoradotambmestc? Sim, estou com ele h quatroanos.

    Quer isso dizer queos nossosleitores interessados, podemtiraro cavalinho da chuva?(Ri-sos)... essa boa! Ests a querermeter-me em problemas. Sim,claro que sim!

    Ok, fica aqui a nota! E em re-laoao teufuturo, quaisso os

    teus sonhos. O que que pre-tendes fazer?Ai... olha, eu gosta-ria de um dia ser estilista e gostomuito de fotografia (risos)

    Ests a fazer algo por isso?Por enquanto no (risos...), mas,mesmo comeando por ser umabrincadeira, desenhoroupas sem-pre que posso, para mim claro.Houve uma altura da minha vidaem que quisformar-me. Masparaissotinha que sairdo pas e eunoestava preparada paraisso... (risos)

    E agora?Comoficamos?Pre-tendes dar continuao a essesonho? Estilismo, no tenho acerteza. Masfotografia sim!

    Quem sabe um dia passaspara o outro lado da objectiva,

    aqui no Hora H... Sim! (risos)Quemsabe!

    Rapidinha

    Com que idadete apaixonaste pela

    primeira vez?

    16 aninhos

    Quemlevarias para uma ilha deserta?

    O meu irmo

    Quemdespacharias para Lua?

    Leonardo Di Caprio

    Dep ou deitada :

    Deitada... Lol

    O tamanho dele, importante?

    No

    Porto, Sporting ou Benfica? Sporting

    Jantar a luz de vela ou Disco?

    Jantar luzde vela

    Homens bonitosou Inteligentes?

    Os dois!

    Tom Cruise ou Brad Pitt? Brad Pitt

    Portugal ou Inglaterra?Portugal

    Praia ou Campo? Campo

    Fritos ou Salada? Saladas

    Sabiacomo quea

    LgiapreparouaimagemdaAnanapgina22.

    FotosAndr Martins

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    21De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORA H

    ografia

    Se te propusessem para pou-sar nua,aceitavas? No.

    Qual o melhorelogioque tejfizeram?

    Quesei fazer ascoisas.O que que mudarias no teu

    corpo? Quase tudo.

    Qual o teumaior arrependi-mento? Ter deixado tudo para

    Houve umaaltura daminha vida emquequisformar-me. Masparaisso tinha quesair

    Desenho roupassempre que posso,

    para mim claro

    Perfil

    Sobretudo achei que um jornal diferen-

    te. No feito depolitiquices e muito

    agradvel de ler

    trs.E a maior loucura que j co-

    meteste? Quando apanhei a piorbebedeirada minha vida.

    Fala-me acerca do teu mo-mento mais embaraoso? Athoje...o momento em quefiquei a

    conhecer o meu namorado. Nosabia comoreagir...

    Se tivesses que optar entreum grande amor e uma grandecarreira,o que queescolhias?A carreira.

    Muito bem. Ana, para termi-nar, tens algo que gostarias departilhar com os nossos leito-

    res? Ai, nem sei. Olha, que leiamo Hora H (risos). Vai valer sem-prea pena.

    O que que achaste? Sobretu-do achei que um jornal diferen-te. No feito de politiquices e muito agradvel de ler. Tem his-trias sobre ns, que vivemos c,e acho que isso o mais impor-tante!

    Ento gostaste do nosso con-ceito? Sim, claro. Foi uma expe-rincia diferente. Achei-o muitoengraado.

    Obrigado Ana. Que te corratudo bem por c, por terras deSua Majestade. Obrigada eu.Gostei muito desta experincia e

    deixo aqui um grande beijo paraos todosos leitores.

    Jeans ou calaclssica? Cala cls-sicaPijama ou lingerie? Nem umacoisanem outra.Bikiniou fatode banho? BikiniEmcasa com amigos ou noitadas?Em casacom amigosUm grande ramode floresou pre-sente? Um GRANDE ramo de flores

    Signo Caranguejo

    Altura 1,62

    Olhos Castanhos escuros

    Cabelo Preto

    Medidas 93-71-92

    Talento Secreto Desenhar roupa

    Vcios Jogos de computador

    Defeitos Muito resmungona

    mesa Polvo Lagareiro

    No ipod Msica Portuguesa

    No corpo Tatuagem,gostava muito

    Cor Vermelho

    Filme Eduardo mos de tesoura

    Tv Show No vejo isso

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    Espao mulherHORAH l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 201122

    Para ficar diferente e mais sexy

    Lgia CostaMake up [email protected]

    Ol caros leitores. Sejam bem-vindos minha pgina, onde de-dico um espaoparaas mulheresquedesejamaprendermais sobrecomo aplicar maquilhagem.

    Nesta edio podero ficar co-nhecer o novo visual que crieipara a Ana Gomes. Procurei queela se sentisse diferente e mais

    sexy. Espero quepossamaprovei-tar dicas que aqui deixo e adap-t-las ao vosso prprio estilo.

    1. Como a Anatinhaumasbor-bulhas e manchas vermelhas norosto,prepareia peledela usandoum bom creme hidratante e, emseguida, usei o meuKit Camufla-gem, com tons verdes, para con-trariar os tonsvermelhos da pele.

    2. Apliquei uma base da Maccom a cor prpria do tom depele da Ana, usando um pincelprpriode base para criar um vi-sual impecvel. Como a Ana temtinha a pele um bocadinho oleo-sa, apliquei depois um p trans-

    luzentepara quea maquilhagemdurasse o dia todo. essencialque seja aplicado o correctivoantes da base, e, se for precisooutra camada, ento apliquemtambm depois da base para

    suavizar e tapar as olheiras e ru-gas.

    3. ComoaAnatemocabeloes-curoeumvestidocomumpadro

    de animal em estilo designercomo o Roberto Cavalli, eu opteiporpintar-lhe osolhoscom som-bra preta, em super smokey eye,para ficar com um visual sexy.Uma dica para quando pintar osolhos, especialmentecom cor es-curas:meta o p transluzente emcamada por baixo dos olhos paraa sombracair por cimae no bor-rar a pele; para tirar use um pin-cel com um movimento rpido egentil.

    4. Dadoque a Ana temos olhosescuros, tive de optar por meters um bocadinho de blush, emtom castanho, no contorno das

    bochechas para dar um visualmais dramtico, ao estiloCatwalk.

    5. Para acabar o visual sexy daAna, apliqueium batom muito se-dutor: vermelho da MAC, emRussian red.

    Pronto, aqui est o visual sexyda Ana. Espero que tenham gos-tado do visual e que o possamadaptar ao vosso estilo, especial-mente para sair noite ou parauma ocasiomuito especial.

    Ladies! Se vocs querem fazerperguntassobre belezaou estoaprecisar de aconselhamento so-bre este tema,por favor, nohesi-

    tem em enviar um e-mail [email protected]. Prometoque darei o melhor de mim pararesponder s vossas perguntasoupedidos.

    Atbreve.

    HorscopoCarneiroSemanas influencia-das pela carta n 41,

    A Herana. Grandesexigncias em termos

    laborais. Ter de as enfrentar damelhor forma possvel. necess-rio saber aquilo que realmente

    quer e pretende atingir. Seromomentos prsperos para todosaqueles que lidam com o mundoda grande finana.

    TouroSemanas influencia-das pela carta n 2, A

    Estrela do Homem. Assuas indecises condu-

    zem-no ao conflito interior. Procureter mais calma para poder consoli-dar a sua relao amorosa.A since-

    ridade dos seus sentimentos importante para poder estabelecerum relacionamento com a pessoaamada mais profundo e duradouro.

    GmeosSemanas influenciadaspelacartan 28,A

    Famlia.Sero diasmaisvoltadospara a famlia,o

    que querdizer, tambmmais voltadospara assuasrazes, aquelasque nsgostamose quenos permitem obter

    umagrande dose de autoconfianaedeterminao. O equilbrio entre a suavidasentimentale profissional dar-lhe- uma fortesensaode bem-estar.

    CaranguejoSemanas influencia-das pela carta n 48,

    A Fatalidade. Podemsurgir surpresas que

    numa primeira abordagem seroalgo negativas como a ruptura decontrato. Lembre-se que h males

    que vm por bem. Podem surgiralguns conflitos, excesso de traba-lho e mesmo tarefas que lhe pare-cem im possveis de cumprir.

    LeoSemanas influencia-das pela carta n 45,

    A Felicidade. A con-fiana instalou-se e isso

    reflecte-se na sua vida amorosa esentimental. A amizade tambm uma forma de amor que se traduz

    pela vontade que tem em estarcom os seus amigos. Em termosde carreira e trabalho sero diasfrtis em novas ideias.

    VirgemSemanas influencia-das pela carta n 46,

    O Infortnio. No deitetudo a perder, no crie

    tempestades sem fundamento.Confie no amor e abandone-seexclusivamente nesse sentimento.

    No permita que terceiros estra-guem uma relao ou o seu inciocom meras suposies ou atalguma dor de cotovelo.

    BalanaSemanas influencia-daspelacarta n 10,

    Os Presentes. essen-cial saber manter a chama

    do amor. Diascalmos no seio fami-liar, facto que o ligacadavez mais ssuasrazes ou famlia que formou.Podem pedir-lhe mais responsabili-dade e sobretudo uma maiorcapaci-dade de trabalho que se traduz emmais tempodedicado empresa.

    EscorpioDias influenciadospela carta n 49, A

    Graa. Exponha assuas ideias e opinies

    sem medo de ser contrariado. Nodesanime, lembre-se que quemno arrisca no petisca e ter medode falar, far com que no se sintabem consigo prprio. Estes serodias em que a sua fora de vontadedesbloqueia o seu esprito criativo.

    SagitrioDias influenciadospela carta n 23, O

    Trfico. Paira no aruma ambiente pouco

    agradvel para quem quer trabalhare ter sucesso na sua vida profissio-nal. Poder vir a ter srios conflitosno seu local de trabalho cuja nicacausa a sua distraco e falta demotivao para o bom desempenhodas suas tarefas.

    CapricrnioDias influenciadospela carta n 25, Os

    Prazeres.Voc no sevai poder queixar. A sua

    vida amorosa vai dar de facto umagrande volta. Sentir-se- com-preendida e amada, por aquilo que. Sentir uma grande n ecessidadede mostrar trabalho bem como assuas capacidades profissionais.Siga em frente, confiante.

    AqurioDias influenciadospela carta n 39, O

    Apoio. O seu trabalhoser rentvel. Esto pro-

    tegidos os nativos que exercemprofisses que exijam trabalhoem equipa. Toda a energia eempenho que impuser em con-

    junto num qualquer projecto,ser extremamente recompensa-da. Sentir-se- apoiado.

    PeixesDias influenciadospela carta n4, A

    Natividade. Se tem umrelacionamento recente os

    prximos dias sero decisivos paracriarum novo elo e sentir-se maisprximo da pessoa com que partilhaa sua vida oficializando esse mesmorelacionamento. No se afaste dosseus ideais. fundamental que apersistncia esteja presente.

    Umaimagemespecial parasair noite ou paraumaocasiomuitoespecial. FotosAndr Martins

  • 8/4/2019 Jornal Hora H - 2 Edio

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    Espao mulherHORA H l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 201124Mundo dos Famosos

    Ronaldo e Irinacasam em 2012Indiferente opinio da famliaAveiro, que nunca gostou de IrinaShayk, Cristiano Ronaldo,de 26anos, continua mais apaixonado doquenunca e j ter marcado casa-mento com a bela modelorussa, de25 anos.Segundo a Revista Vidas,do jornalCorreioda Manh,osdois planeiam subir ao altar noprximo Vero,numa cerimniaque, ao queesta conceituada publi-cao conseguiu apurar, ter lugarna ilha de PortoSanto, na RegioAutnoma da Madeira.Depois do Europeu de Futebol

    (que decorre, em Junho, naPolnia e Ucrnia), o Cristiano vaicasar com a Irina. Eles j queriamdar este passo h muito tempomas quiseram deixar passar o pri-meiro ano de namoro para marcara data. Agora de vez, explicou Vidas um amigo da famlia Aveiro,acrescentando que, depois de a ex-ama de Katia Aveiro ter reveladoque o cl no gostava de Irina,tudo aconteceu depressa. Agora,com o filho j noivo, Dolores temfeito um esforo para se aproxi-mar da manequim.

    Diana ChavesconfirmagrvidezDiana Chaves est gr-vida de trs meses. Anotcia, que j era fala-da entre amigos maisprximos, foi confir-mada pela agncia daactriz portuguesa, aGlam Celebrity. Deacordo com a agncia,Diana Chaves, que

    ainda desconhece osexo do do primeirofilho, est muito felizporque este um bebmuito desejado.A actriz, que actual-mente integra o elen-co da telenovela daSIC Laos deSangue, preferiuesperar at aos trsmeses de gravidez,para ento divulgar anotcia.

    Nini Silva recebe prmiointernacional em Londres

    Nini Andrade Silva foireconhecidacom oprmio de melhor pea de design mobi-liriodo mundo do anode 2011,na passa-da sexta-feira, 16 de Setembro. A designerde interiores madeirense, j por diversasvezes galardoada em eventos e concursosinternacionais, juntou assim mais umdestacadoprmio ao seucurrculo.

    A distino foi anunciada e entregueem Londres, numa gala que decorreu noHotel Mandarin Oriental, um dos maisluxuosos da capital britnica. Nini An-

    dradeSilva autora de diversosprojectosde arquitectura de interiores para hotise outros espaos, em diversas cidades domundo, tendo se distinguido nos ltimosanos na criao de peas de mobilirio,com as quais tem ganho tambm a prefe-rncia e votao de jris internacionais.

    Felipe Oliveira Baptistaestreou-se em Nova IorquePerante alguns dos mais importan-tes nomes da imprensa do sector,daqueles que possuem um estatutocapaz de fazer e desfazer carrei-ras, o portugus Felipe OliveiraBaptista estreou-se frente dadireco criativa da Lacoste naSemana de Moda de Nova Iorque.O aoriano reside em Paris,Frana, h mais de uma dcada,integrou o calendrio oficial da

    Semana de Moda com a sua marcaem nome prprio, apadrinhado no

    incio da carreira pelo criadorfrancs Jean-Paul Gaul tier.O primeiro criador portugus aassumir a direco criativa deuma casa de moda parisiense (eque j trabalhou com as italia-nas Max Mara e Cerruti, com ajaponesa Uniqlo ou a Nike) enca-rou a necessidade de refrescar aimagem da marca dos plos docrocodilo com um enquadra-

    mento mental de design maisdemocrtico.

    Vou entrarnumrealityshow.(...) parao canal americano E!Entertainment TV, quetemaudinciasbrutais,e vai ser aoestilo dos reality shows queestonoar neste momento,comoo da Denise Richards...Jos Castelo Branco TVMais

    Sofia e Rbenderam o nA actriz e o manequim casaram, nopassado 10 de Setembro, na igrejade S. Cristovo de Nogueira, noconcelho de Cinfes do Douro,numa cerimnia onde no faltaramas lgrimas. A lua-de-mel foi naMalsia e na Indonsia. Depois deum ano de namoro, a actriz, de 26anos, e o modelo, de 24, disseramfinalmente o sim perante cerca de180 convidados. Vestidos pelo esti-lista Miguel Vieira, os noivos no

    conseguiram esconder a sua felici-dade perante amigos e familiaresque assistiram boda.

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    25De 21 de Setembro a 4 de Outubro 2011 l HORA HBrasil

    Mais de 41 mil barazucas

    Um estudo divulgado pela Univer-sidade Queen Mary, e patrocinadapela ONG britnica Trust for Lon-don, conclui queso 41.380os brasi-leiros a residir no pas da RainhaElizabeth II.

    Em 2001, o numero de latino-americanos a residir em Londresera de 31.211, e, hoje, segundo da-dos divulgados na mesma pes-

    quisa, j atingem a marca de113.578. Isto significa que, em 10anos, a comunidade latina naGr-Bretanha teve crescimentoacelerado de 300%, com predo-minncia da comunidade brasi-leira, seguida pela colombiana,argentina e equatoriana.

    Os latino-americanos so nasua maioria muito bem-educa-dos, sendo que 75% deles obtive-

    A maioriados brasileirosemigrou parao ReinoUnidopara estudar. Foto DR

    Bilhete de Identidade

    Capital Braslia

    Lngua oficial Portugus

    Moeda Real

    Lema Ordem e Progresso

    rea 8.514.876,599 km

    Fronteiras Argentina, Bolvia,Colmbia, Guiana Francesa

    (Frana), Guiana, Paraguai, Peru,

    Suriname, Uruguai e Venezuela

    Populao

    l INDICADORES GERAIS

    Habitantes 190.755.799

    Homens 93.406.990

    Mulheres 97.348.809

    Resid. rea urbana 84,36 %

    Resid. rea rural 15,64 %

    Densidade 22,43 hab/Km2

    PIB US$1.571.957 milhes

    PIB per capita US$ 8.114

    Alfabetizao > 15 anos 90,0%

    Natalidade 16 por cada 1000

    Mortalidade 6 por cada 1000Esperana de vida 72,9 anos

    l GOVERNO

    Repblica Federal presidencialista

    Presidente Dilma Rousseff

    Vice-presidente Michel Temer

    l RECURSOS NATURAIS

    Ouro, mangansio, nquel, fosfa-

    tos, platina, elementos raros da

    terra, urnio e hidronergeria.

    l Feriados fixos

    1 de JaneiroConfraternizaoUniversal

    1 de MaioDia do Trabalhador

    7 de SetembroDia da Independncia

    12 de OutubroNossa Senhora Aparecida

    (Dia da Criana)

    2 de NovembroFinados

    15 de NovembroProclamao da Repblica

    25 de Dezembro

    Natal

    Apoio a fricaFormao paradiplomatasOBrasilestaestudarapossi-bilidadeapoiara formaodediplomatasafricanos,umareanaqualopastemtradi-o,disseLusaodirector

    doInstitutoRioBranco,res-ponsvel pelaselecoe for-maode diplomatasbrasi-leiros.Temosum sistemadebolsasque favorecepaseslusfonosda fricae Timor-Leste, afirmou o embaixa-dorGeorge Lamazisre.

    Rio Grande do NorteAgricultor orgulha-se dos 50 filhosLuiz Costa de Oliveira,um agricultor brasileiro de 90 anos, foinotcia no Brasil, nopelo trabalho na lavoura,mas por tertido

    50 filhos, de relacionamentos comduas mulheres,uma cunhadae uma sogra.De acordocom a publicao Diriode Natal, cita-da pela agncia Efe, Luiz Costa de Oliveira,que vive em RioGrandedo Norte, teve 50 filhos, mass 33 esto ainda vivos,que lhederamcem netos e 30 bisnetos. Alm dos 50 filhos, LuizCostaOliveira admitiu que possivelmente ter mais descen-dentes, porque sempre gostou da companhia feminina.

    AmazniaActivistas mortosAs autoridades brasileiras deti-veram duas pessoas poresta-rem alegadamente implicadasna morte de dois ativistas dadefesa do meio ambiente,emMaio, na regioamaznicadePar, informaramdomingo, 18,fontespoliciais.

    Rio de JaneiroContra a intolerncia religiosaMilhares de pessoas juntaram-se no domingo, 18 de Setembro,no Rio de Janeiro,contraa intolerncia religiosa,numa inicia-tiva da comunidadede religies afro-brasileiras, que denun-ciamperseguies da comunidade evanglica. Cerca de 200mil manifestantes eramesperados na praia de Copacabana,onde lderes religiosos afro-brasileiros, catlicos, muulmanos,

    judeus, espritas, protestantes, budistase bahai se juntaram,envergando trajes tradicionaisdas respectivas confisses.

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    ram qualificaes nos pases deorigem antes de emigrar. 70%deles obtiveram algum tipo deeducao alm do segundo grau,e 13%tm ensinotcnico, revelao estudo que, foi baseado emquestionrios respondidos pormais de 1000pessoas de diferen-tes nacionalidades e classes so-ciais.

    Entre os latino-americanos, apopulao brasileira que residena capital londrina a que temmaiores ndices de empregabili-dade, mas representa tambm amaioria dos que esto irregular-mente na Gr-Bretanha.

    A pesquisa revela que estagrande massa populacional dei-xou o Brasil por dois grandes

    motivos: Muitos emigrarampara melhorar o seu nvel educa-cional, principalmente por meioda aprendizagem do ingls, mastambm para procurar melhoresqualificaes (profissionais).Tambm vieram para a Gr-Bre-tanha por motivos econmicos no caso do Brasil, esse fluxocresceu a partir do ano 2000.

    ! O gigante lusfono O Brasil o nico pas falante da lngua portuguesa nas Amricas e o maior paslusfono do mundo, alm de ser uma das naes mais multiculturais e etnicamente diversas do planeta,resultado da forte imigrao vinda de muitos pases.

    Renata [email protected]

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    MoambiqueHORA H l De 21 de Setembro a 4 de Outubro 201126

    Juntos contra a malriaMais de 80 lderes de diferentesreligies da provncia de Gaza, Sulde Moambique, receberam for-mao sobre combate malria,uma iniciativa que visa reduzir onmero de infeces na regio,atravs da mudanade comporta-mentos das comunidades locais,noticiou a agnciaLusa.

    O Projecto Integrado de Con-trolo de Malria na regio deChokws (PICMC), uma inicia-tiva doInstituto de Higienee Me-dicina Tropical de Lisboa, emparceria com a ONG portuguesaMdicos do Mundo.

    O PICMC tem agora o apoio do

    Programa Inter ReligiosoContra aMalria (PIRCOM), com vista transmisso de conhecimentos so-

    bre a preveno e tratamento damalria porvia de um sistemahie-rrquicode influncia comunitria.

    O nosso projectotem como umdos seus objectivos na reacomu-

    nitria fazer a formao dos gru-pos chave,aquelesgrupos que po-dem provocar a mudana decomportamentos da comunidade,porisso,usamos a experincia doPIRCOM, disse lusa Rita Chi-co,coordenadorado PICMC.

    O PIRCOM um movimentoque nasceu em Moambique, em2006, e que congrega diferentesreligies, como catlica, muul-mana, e anglicana, entre outras,no combate malria.

    Na provncia da Zambzia, quefoio primeirostio ondese instalouo movimento, nsvimosa reduo(de casos de malria) onde o PIR-

    COMesta trabalhardisse Lusao bispoanglicano DinisSengulane,director do PIRCOM.

    Tenho encontrado pessoas queme dizem que houve uma reduode 40 a 50% de casos de malriagraas ao uso dos mtodos que fo-ramaqui divulgados,revelou. As actividades incluema pulverizaodomiciliria.

    Bilhete de Identidade

    Capital MaputoLngua oficial PortugusMoeda Meticalrea 801.590 KmFronteiras Tanznia, Zmbia,Malauwi, Suazilndia, Zimbabwee frica do Sul

    l

    INDICADORES GERAISHabitantes 23.405.670Homens 11.399.271Mulheres 12.006.399Resid. rea urbana 38,43%Resid. rea rural 61,57%Densidade 29 hab/Km2PIB US$9.579 milhesPIB per capita US$418Alfabetizao > 15 anos 46,2%Natalidade 38 por 1000Mortalidade 16 por 1000Esperana de vida 48,4 anos

    l GOVERNORepblica presidencialistaPresidente Armando GuebuzaVice-presidente Aires Ali

    l RECURSOS NATURAISCarvo, sal, grafite, bauxite, ouro,

    pedras preciosas e semipreciosas,gs natural e mrmore.

    l PRINCIPAIS PRODUTOSAlgodo, cana-de-acar, casta-

    nha-de-caju, copra (polpa do coco),mandioca

    l OUTROS DADOSLinhas telefnicas0,38 por cada 100 habitantesAssinantes telemvel30,88 por cada 100 habitantes

    Nmero de PCS pessoais1,43 por cada 100 habitantes

    Utilizadores com acesso net4,17 por cada 100 habitantes

    reas protegidas14,74% da rea total

    reas cultivadas6,04% da rea total

    reas de pastagempermanente55,95% da rea total

    Shot-B defende muralCultura urbanaO artista plsticomoambica-no Shot-B quer catalisar acultura urbana emMoambique, propondoparaissoum graffiti num muralcom mais de 200metros,loca-lizados portasde Maputo.Nesta cidadee emMoambique funciono comoum catalisador e activistadesta cultura urbana, que

    tento sempre puxar, razopela qualescolhi esteespao.

    CompetitividadeQueda para 133Moambique caiu de 131para 133 na lista da com-petitividade global doFrum EconmicoMundial, estando a desci-da associada sua elevadacarga fiscal e reduzidadisponibilidade de infra-estruturas, situao quecoloca o pas entre as pio-res economias do mundo(numa avaliao que com-

    preendeu um total de 142pases).

    Ensino bilingueDefinir o grauO ensino bilingue (uso dalngua portuguesa, a oficial,e autctones) pode trazermelhorias no aproveita-mento dos estudantesmoambicanos, considerammsicos e escritoresmoambicanos, mas oDepartamento de Traduoda Universidade EduardoMondlane defendea elaborao de uma polti-

    ca lingustica que defina ograu de cada lngua.

    Moambique est no momen-to de capitalizar as lnguas nati-

    vas, depois de ter conseguidoque a lngua portuguesa garan-tisse a unidade do pas e a suaafirmao no mundo, conside-rou o acadmico moambicanoLoureno do Rosrio.

    O acadmico realou a impor-tncia de valorizaro patrimniolingustico nacional, quando fa-lava aos jornalistas margem docolquiosobre Diversidade Lin-gustica nos Pases da Comunida-de dos Pases de Lngua Portu-guesa (CPLP), que teve lugar,

    recentemente, em Maputo.

    O acadmico, que igualmentereitorda Universidade A Politc-nica, de Moambique, conside-rouacertada a atribuio doesta-tuto de lngua oficial ao Portu-gus, logo aps a independncia,em 1975, mas declarou que j tempo de o pas valorizar as ln-guas nacionais.

    Durante muito tempo, conside-rou-se queera precisodefinira ln-gua portuguesa como um instru-mento de unidade nacional e deafirmao d