jornal extra classe natal - dezembro 2015

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Veja nesta edição: Reposição salarial: ganhos como frutos da persistência na luta Pág. 2 2015: pesando na balança, um ano de vitórias Pág. 3 Relembre os assuntos discutidos na audiência entre o Sinte e o Pre- feito e a Secretária de Educação Pág. 5

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Jornal produzido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (SINTE/RN).

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Veja nesta edição:

Reposição salarial: ganhos como frutos da persistência na luta

Pág. 2

2015: pesando na balança, um ano de vitórias

Pág. 3

Relembre os assuntos discutidos na audiência entre o Sinte e o Pre-feito e a Secretária de Educação

Pág. 5

Produção: L4 Comunicação

Jornalista responsável:

Leilton Lima DRT/RN 579.

Estagiário:

Denor Ramos

Diagramação:

Marknilson Barbosa.

Revisão: Silvaneide Dantas

Endereço: Av. Cel. Estevam, 1139

- Cond. CECOM - Sala 09 - Alecrim -

Natal/RN - Fone/fax: (84) 3212-2388

E-mail: [email protected]

Av. Rio Branco, 790 - Centro - Natal/RN - Fones:(84)3211-4434ou (84)3211-4432 E-mail: [email protected]

www.sintern.org.br

EXPEDIENTE

2 Dezembro de 2015 I Extra CLasse

Coordenação Geral: Maria de Fátima Oliveira Cardoso, José Rômulo Arnaud Amâncio, José Teixeira da Silva

Diretoria de Organização: Francisco de Assis Silva, Eliane Bandeira e Silva

Diretoria de Administração e Finan-ças: Maria Luzinete Leite de Oliveira Pinto, Cristiane Medeiro Dantas

Diretoria de A. Jur. e Defesa do Trab. em Educação: Telma Lúcia de Oliveira Alves , Vera Lúcia Alves Messias

Diretoria de Comunicação: Miguel Salustiano de Lima, Francisco Leopoldo Nunes

Diretoria de Relações Sindicais e In-

terior: Ionaldo Tomaz da Silva, Francisco Alves Fernandes Filho

Diretoria de Formação Sindical e Educa-cional: Marcos Paulo Medeiros da Cunha, Enoque Gonçalves Vieira

Diretoria de Cultura e Lazer: José Lavousier Nogueira, Joildo Lobato Bezerra

Diretoria de Organização da Capital: Simonete Carvalho de Almeida, Sergio Ri-cardo de Carvalho Oliveira

Diretoria de Relação de Gênero: Maria Inês Almeida Morais, Inalvete Medeiros Lucena

Diretoria dos Aposentados: Marlene Sou-sa de Moura, Simão Pedro da Silva

Diretoria de Org. dos Funcionários de Educação: Ana Lucélia Chaves, Izauro Ri-beiro Dantas Neto

Diretoria de Adm. da Casa do Trabalha-dor em Educação: Marilanes França de Souza

Diretoria de Organização da Educa-ção Infantil: Gidália Ferreira de An-drade. Jônatas de Souza Lima

Suplente do Conselho Diretor: In-alda Teixeira de Lira, Maria de Fátima Costa, Erlon Valério Silva de Araújo, Josivaldo do Nascimento, Maria Vicên-cia Arimatéia dos Santos, Rafhael de Lima Barbosa, Jucyana Myrna Teixeira da Silva

Reposição salarial: ganhos como frutos da persistência na luta

empre soubemos que reaver a reposição dos 34,45% exigiria m u i t a l u t a .

Fizemos essa previsão em um bole t im de julho/2015. Na época, denunciamos que a Secretária municipal de Educação, Justina Iva, deixou de implantar os 5,01%, terceira parcela do acordo de 2013. E m 2 0 1 2 , o s 10%, foram estendidos para toda a categoria. R e s t a v a m 2 4 , 5 6 % da reposição salarial, apurados no período d e 1 9 9 4 a 2 0 0 3 , totalizando, na época, 89%. Uma reposição que vem acontecendo por força da luta e porque a direção do Sindicato não tem negligenciado nenhum item das nossas reivindicações. L e m b r a m o s sempre a necessidade de engajamento da categoria para que a luta pelas questões imediatas e históricas tenham

eficácia. Desse ú l t imo p e r c e n t u a l , f i c o u negociado que nos meses de julho e novembro dos anos de 2014 e 2015 teríamos a aplicação dos percentuais de 6,14% sobre o salário

de junho/2013. As duas parcelas de 2014 foram cumpridas, e o golpe está sendo dado em 2015. O discurso foi o mesmo de julho: cenário de cr ise , queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)

e outros argumentos que dizem respeito ao Prefeito, e não aos trabalhadores. A crise não é do(a) trabalhador(a). É por isso que continuamos agindo. Não aceitamos desculpas, queremos nossa reposição salarial. Vamos organizar nossa categoria em sintonia com os pais, para darmos a resposta através das lutas nas ruas e na greve.

S “ “A crise não é do(a) trabalhador(a). É por isso que continuamos agindo. Não aceitamos desculpas, queremos nossa

reposição salarial.

2015: pesando na balança, um ano de vitórias

m Sindica to n ã o t e m a caneta do Poder Executivo na

mão para determinar o

3Dezembro de 2015 I Extra CLasse

Basta uma olhada para observar que temos o que comemorar na luta deste ano

cumprimento de direitos de sua categoria. Seu papel é lutar, sempre! No entanto, é importante observar os frutos dessa

luta. E basta uma olhada para observar que temos o que comemorar na luta deste ano. Atuamos com firmeza em todos

os momentos de lutas e houve boa participação da categoria. Veja, a b a i x o , a l g u n s destaques:

U

Luta por direitos funcionais e valorização salarial foi

prioridade

política de valorização profissional p o d e s e r

considerada o maior i n v e s t i m e n t o d o SINTE/RN neste ano

4 Dezembro de 2015 I Extra CLasse

Sinte-RN sai em defesa dos readaptados discriminados pela SME

conceito de d o c ê n c i a p r o p o s t o pela Secre-

taria Municipal de Educação, que só

considera como docente os(as) professores(as) que estão em sala de aula, promove distorções e pune toda a categoria. Aliás, não é por

acaso que readaptados, c o o r d e n a d o r e s p e d a g ó g i c o s e o s p r o f i s s i o n a i s q u e atuam nos laboratórios de informática foram

O alvo dos maiores ataques promovidos pela prefeitura em 2015. Negando-lhes a condição de docentes, a SME impede que esses profissionais tenham o direito de escolher a jornada de trabalho de 20 ou 24 horas, conforme seu desejo. Sendo tratados como profissionais burocráticos, eles perderiam o 1/3 de hora-atividade. P o r i s s o , devemos reunir todas as forças e impedir esse ato discriminatório orques t rado pe lo prefeito e pela SME.

de 2015. A categoria, organizada através do nosso Sindicato, garantiu que saíssem do papel e da inten-ç ã o a s s e g u i n t e s conquistas:

1- Aplicação dos 13,01% no mês de janeiro; 2 - P u b l i c a ç ã o e pagamento de uma letra para os(as) profissionais da Lei 058/2010; 3 - Mudança de padrão dos(as) professores(as) da educação infantil que ingressaram em 2008; 4 - R e a l i z a ç ã o d e concurso público; 5 - P u b l i c a ç ã o e

p a g a m e n t o d e quinquênios referentes a 2013 e 2014; 6 - Promoção vertical referente a 2013/2014; 7-Modi f i cações ao decreto de avaliação de desempenho para incluir os(as) educadores(as) infantis; 8- Real ização das eleições em todas as unidades de ensino.

ALutas que ainda estão em andamento

1- Promoção de um níve l para os(as) Educadores Infantis - O processo já está finalizando. Se não

houver mudança no Plano de Carreira, será pago em janeiro de 2016; 2 - S e r á e n c a -

minhado, ainda este ano, o processo de aval iação dos(as) p r o f i s s i o n a i s d a LC 058/2010, que

continuará em 2016.3- Pagamento de quinquênios dos(as) profissionais que têm direito em 2015.

Organização e engajamento da categoria garantiram a implementação de oito

conquistas

Sindicato questionou conceito que considera docentes somente os professores que atuam em sala de aula

5Dezembro de 2015 I Extra CLasse

Livre organização sindical precisou ser defendida em 2015

u r a n t e t o d o es te ano de 2015, tivemos que reafirmar

a n o s s a l i v r e organização. Não foram poucas as vezes em que esse direito foi testado através de proibições e condicionamentos à participação da categoria nas lutas do seu Sindicato.

D Coube ao Sinte-RN a defesa desse princípio e o incentivo aos educadores para não abandoná-lo. A categoria deu respostas, participando e decidindo, s o b r e t u d o q u a n d o precisamos agir com mais força e fazer uso do instrumento chamado greve.

Relembre os assuntos discutidos na audiência entre o Sinte, o Prefeito e a Secretária de Educação

A audiência ocorreu no dia 20 de novembro de 2015.

O SINTE/RN reagiu à perseguição orquestrada pela SME contra os professores, que objetivava atrapalhar as atividades sindicais

A história do reajuste perdido

6 Dezembro de 2015 I Extra CLasse

i n c l u s ã o n o P l a n o Municipal de Educação da

cidade do Natal do conteúdo de Identidade de Gênero tem gerado polêmica . Se tores conservadores tratam dessa pauta com todas as reservas possíveis. Ao promoverem essa

Diálogo sobre identidade de Gênero gera reação dos conservadores

A

m dezembro de 2011, foi revogada a lei que tratava da

aplicação da correção salar ia l no mês de janeiro a partir do custo aluno. Tal reposição fazia parte de uma dívida que foi reconhecida, mas que durante todo o governo Micarla só 5% da correção foi aplicada.Sem a lei de correção em 2012, fomos à negociação com o então secretário Walter Fonseca. Depois de mui ta lu ta , e l e apresentou uma proposta de 10%, dividida em três parcelas. A direção do SINTE levou o caso para apreciação da categoria. Em assembleia, foi deliberado por acatar os percentuais com a devida ressalva: se não houvesse o pagamento

E da 1ª parcela, deveríamos chamar a greve de imediato. Deliberou-se que o SINTE chamaria a s semble ia após o calendário de pagamento de cada parcela para os encaminhamentos. F o i n e s s a a s s e m b l e i a q u e a oposição do Sindicato articulou para que a categoria revogasse a decisão da assembleia anter ior, embora o pagamento da primeira parce la tenha s ido efetuado. A assemble ia deliberou pelo indicativo de greve e tão logo o secretário Walter Fonseca recebeu o ofício do SINTE, anunciando a d e f l a g r a ç ã o d o movimento, retirou os 3,33% do pagamento da categoria e toda a

proposta. Assim, ficamos sem lei até 2013, quando foi encaminhado um projeto que determinava: “Reestabelecer a data base para o mês de janeiro e corrigir os salários com base no custo aluno”. P o r é m , a n t e s de a lei da data-base e

reajuste ser publicada e sancionada, negociamos em ju lho /2013 um reajuste de 10%. Uma conquis ta da nossa ousadia, já que pelo piso salarial proporcional d e t e r m i n a d o p e l o S u p r e m o Tr i b u n a l Federal a categoria não teria correção alguma.

defesa, estão tratando de preservar seus interesses de classe. O debate não se resume ao conceito de gênero e diversidade, mas da garantia de direitos humanos, pela equidade social, da manifestação do ser como sujeito e parte da cultura e da sua história. A a p a r e n t e

desculpa da complexidade do tema por alguns pode ser a justificativa para não fazer constar no plano tal conceito. Mas o SINTE vai apresentar uma emenda que trate desse conteúdo como uma meta e suas respectivas estratégias. Outras emendas s e r ã o f e i t a s p e l o SINTE. Iremos dialogar

c o m t o d o s ( a s ) v e r e a d o r e s ( a s ) que apresentarem emendas, levando e m c o n s i d e r a ç ã o as defesas da CUT, CNTE e da Federação I n t e r e s t a d u a l d e Educação, legislação em vigor e o plano de lutas do SINTE/RN.

Em 2012, pressa e estratégia equivocada enterraram reajuste salarial, penalizando toda a categoria

Complexidade do tema é o argumento que conservadores usam para defender a retirada do conceito de gênero do Plano Municipal de Educação

7Dezembro de 2015 I Extra CLasse

S e c r e t a r i a Municipal de Educação apre-sentou, na co-

missão da Educação de Jovens e Adultos, uma proposta de reordenamen-to da EJA. O objetivo da medida é acomodar na rede a redução do número de professores(as) nesse tipo de ensino, deslocan-do-os para outra moda-lidade, inclusive para o turno diurno. As representantes do Sinte-RN na comis-são, Edineuza Nobre e Simonete Almeida, se posicionaram contra a

Em defesa da EJA, Sinte propõe 2016 como ano de diagnóstico

A

SINTE/RN vai entrar com ação em favor dos(as)

educadores(as) infantis do concurso 2015

p e s a r d o edi ta l do ú l t i m o c o n c u r s o

para o ingresso neste segmento explicitar que os requisitos para concorrer seriam a l i c e n c i a t u r a e m pedagogia, curso superior ou curso médio modalidade magistério, a SME, ao convocar esses prof i ss ionais , os fez ingressa r na carreira com salário correspondente à

A modalidade do curso médio. E s t a m o s solicitando desses companheiros(as) que possam apresentar o c o m p r o v a n t e d e p a g a m e n t o do concurso e os c o n t r a c h e q u e s p a r a m o v e r m o s uma ação judicial, já que o município incorre nesse erro. Quanto mais rápido chegar ao SINTE as solicitações, maior será a agilidade.

proposta. Para o Sindicato, a modalidade de ensino deve ser mantida nos moldes atu-ais durante o ano de 2016. Nesse ano, a EJA receberia maior atenção para que fosse possível fazer um diagnósti-co a ser apresentado no final do ano, momento em que

seriam tomadas as medidas de reorganização que se fi-zessem necessárias. As ponderações das representantes do Sindicato ganharam a simpatia dos profissionais que trabalham a EJA na Secretaria. Para o SINTE, não serão encon-

tradas soluções eficientes com arranjos de última hora, mas sim tratando a EJA como matriz cur-ricular, conforme reco-mendam as organizações internacionais, bem como a nacional. Prevendo a pos-sibilidade de ocorrerem fechamentos de turmas e turnos da EJA, a direção do SINTE, em 28 de fe-vereiro deste ano, aprovou na sua pauta de reivindica-ção que essa modalidade fosse discutida amplamen-te para responder aos seus desafios.

Piso Salarial Nacionalsofre novo ataque

luta é muito maior do que a imaginada. Q u a n d o

es tamos t raçando os caminhos para reivindicar o cumprimento das metas 17 e 18 do Plano Nacional de Educação (PNE) e dos planos municipais e estadual de educação, começa a rondar um fantasma: Os secretários de estado, reunidos em um fórum, realizado nos dias 19 e 20 de novembro/2015, pediram a suspensão de qualquer reajuste ao piso salarial enquanto durar a crise econômica no país. Essa solicitação foi fei ta ao Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, bem como

A à P r e s i d e n t e D i l m a Rousseff. Agora vamos correr para evitar que a pressão de governadores(as), prefeitos(as), sustentadas a partir da crise política existente no governo Dilma, leve a esse tipo de concessão, resultando num grande golpe aos profissionais do magistério. A CNTE, CUT e os sindicatos da educação deste país estão mobilizados. Nós, do SINTE, buscaremos a senadora Fátima Bezerra, não por ter acesso ao Ministro da Educação, mas por ter sido ela a relatora do FUNDEB, além de uma grande articuladora do piso salarial e por ter negociado as metas do PNE com a visão da valorização da categoria.

Ação vai pedir elevação salarial de acordo com o nível de formação

Alegando a crise econômica, secretários de estado pediram ao Governo Federal a suspensão do reajuste do Piso Salarial

Para o SINTE, não serão encontradas soluções eficientes com arranjos de

última hora, mas sim tratando a EJA como matriz curricular, conforme

recomendam as organizações internacionais, bem como a nacional.

8 Dezembro de 2015 I Extra CLasse

A visão privatizante está presente em vários projetos apresentados no congresso nacional

á r io s p ro j e -tos de lei com cunho privati-zante tramitam

atualmente no Congres-so Nacional. Um deles é o PL 4330/2004, que propõe a liberação da terceirização de qual-quer área, atividade ou setor produtivo das em-presas. Tal projeto visa flexibilizar a lei traba-lhista, o que representa uma ameaça ao emprego formal. Outros projetos estão sendo debatidos, como o PL 6.726/2013, que trata da exploração e produção do petróleo, gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos. Esse PL quer substituir o regime de “partilha”

V

pelo regime de conces-são, o que significa dizer que no regime de con-cessão a soberania da Petrobrás no processo de exploração é quebrada

e substituída por em-presas multinacionais, trazendo enormes pre-juízos ao nosso País. O mesmo acon-tecerá com a exploração

do pré-sal. A lei da parti-lha instituiu o Fundo So-cial e destinou recursos para a educação e saúde. Para reforçar esse ataque às nossas con-quistas, o Senador José Serra, do PSDB de São Paulo, apresentou o PL 131/2015. O projeto do político paulista visa re-tirar a exclusividade da Petrobrás nas operações do pré-sal, passando o controle do petróleo para as empresas privadas multinacionais, impon-do uma arrecadação bem inferior ao Fundo Social da União e comprome-tendo a destinação de novos recursos para a educação e saúde.

Parlamentares propõem flexibilizar a terceirização, retirar a exclusividade da Petrobrás no Pré-Sal e substituir o regime de partilha