jornal eprm

20
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 1 notícias da escola profissional de rio maior distribuição gratuita • edição n.º4 • ano4 [2011’12] Teremos criado uma Tradição? Oferta Formativa para 2012/2013 Novos Cursos/Novas Turmas EPRM oferece Equipamentos de Proteção Individual aos seus alunos - Cursos Profissionais: * Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade; * Técnico de Instalações Elétricas; * Técnico de Auxiliar de Saúde; * Técnico de Energias Renováveis / Sistemas Solares.

Upload: eprm-rio-maior

Post on 07-Mar-2016

235 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Divulgação das noticias da EPRM

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 1

n o t í c i a s d a e s c o l a p r o f i s s i o n a l d e r i o m a i o r d i s t r i b u i ç ã o g r a t u i t a • e d i ç ã o n . º 4 • a n o 4 [ 2 0 1 1 ’ 1 2 ]

Teremos criado uma Tradição?

Oferta Formativa para 2012/2013Novos Cursos/Novas TurmasEPRM oferece Equipamentos

de Proteção Individual aos seus alunos

- Cursos Profissionais:

* Técnico de Comunicação, Marketing, Relações

Públicas e Publicidade;

* Técnico de Instalações Elétricas;

* Técnico de Auxiliar de Saúde;

* Técnico de Energias Renováveis / Sistemas Solares.

PV_Ed 4.indd 1 22-02-2012 16:59:28

Page 2: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’122

propriedadeEPRM, Escola Profissional

de Rio Maior, Lda, EM

diretorLuciano Vitorino

coordenação da edição Helena Coelho e Inês Sequeira

colaboradoresLuciano Vitorino, João Paulo Colaço, Issac Duarte, João

Carvalho, Ana Cristina Silva, Maria João Maia, Claúdia

Solange Gomes, Helena Coelho, Sónia Duarte, Sandra Costa,

Sandra Rosa, Ana Rita Loureiro, Pedro Guedes, CT Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, CT Energias

Renováveis/Sistemas Solares, CT Turismo Ambiental e Rural,

CT Energias Renováveis/ Eólicos, CT de Transportes,

CT Manutenção Industrial, CT de Frio e Climatização, CT

de Eletrónica, Automação e Instrumentação, CT de Design e

CT de Gestão.* os artigos publicados são da responsabilidade dos seus

autores e não vinculam a Escola Profissional de Rio Maior

paginação Inês Sequeira

impressão

rioGráfica

Tip. Santos & Marques, Lda.

tiragem

1000 exemplares

periodicidadeAnual

distribuição gratuita

contactos

www.eprm.pt;

[email protected]

[email protected];

[email protected]

www.facebook.com/epriomaior

FICHA TÉCNICA

Editorial

Num tempo em que a palavra mais abundantemente utilizada,

seja na televisão, na rádio, na imprensa, nas conversas familiares

ou entre amigos é CRISE, ocorreu-me abordar aquela que me parece

ser a melhor “arma” de que os jovens poderão dispor, em particular

os alunos da EPRM, para responder a essa CRISE. Pessoalmente, não

tenho dúvidas de que a melhor forma que todos temos de assegurar

um futuro mais risonho é aumentar as nossas competências, através

do reforço da nossa FORMAÇÃO e QUALIFICAÇÃO.

Vários estudos garantem que quanto melhor for a formação do

indivíduo e maior for o seu nível de qualificação, maiores serão as

garantias de estabilidade do emprego. Os números são prova disso

mesmo: mais de 70% dos desempregados só estudaram até ao 9º. ano

de escolaridade. Mas, mais preocupante é o facto de quanto menor é

o grau de escolarização do desempregado, maior é a probabilidade de

se tornar num desempregado de longa duração.

De uma forma mais ampla, é unânime entre os especialistas que

para o nosso país se transformar num país verdadeiramente autónomo

e viável, terá que aumentar a sua produtividade e competitividade.

Também existe consenso no caminho que é necessário percorrer para

que tal suceda: AUMENTAR A FORMAÇÃO E A QUALIFICAÇÃO DOS

PORTUGUESES.

Aliás, na “Magna Carta da Competitividade 2011”, emanada pela

AIP (Associação Industrial Portuguesa) em Dezembro de 2011, em

que é apontada como VISÃO ESTRATÉGICA fazer de Portugal, nos

próximos dez anos, um dos dez países mais desenvolvidos e atrativos

da União Europeia. No cenário em que atualmente vivemos, pode-nos

parecer um desiderato inalcançável. Contudo, a AIP aponta o caminho:

“Exige-se um forte empenho da sociedade portuguesa na economia do

conhecimento, baseado num crescimento sustentado, na qualidade e

na inovação”. Na opinião da AIP, para que possamos alcançar a meta

traçada, é necessário adaptar os sistemas de educação e de formação

às exigências da sociedade do conhecimento; desenvolver um sistema

de formação profissional contínua (life learning) tendente ao reforço

da produtividade do trabalho, da competitividade das empresas.

Em suma, fica claro que aqueles que lideram o nosso país em

termos de tecido industrial e produtivo têm como visão a necessidade

de mudança de paradigma, que passa, necessariamente, pela aposta

na EDUCAÇÃO, na FORMAÇÃO e QUALIFICAÇÃO dos portugueses.

Só assim poderemos ter uma sociedade mais empreendedora,

mais inovadora, mais criativa, mais produtiva, mais competitiva e,

consequentemente, mais inclusiva, mais igualitária e mais justa.

Portanto, o reforço da qualificação dos portugueses constitui

o principal desafio estratégico de Portugal, reconhecendo-se o

papel da educação e da formação como fatores insubstituíveis de

desenvolvimento económico e tecnológico, da coesão social, do

desenvolvimento

pessoal e do

exercício pleno da

cidadania.

O mercado de

emprego é cada

vez mais global

e tenderá a ser

mais exigente

nas qualificações

profissionais dos

indivíduos, o que implica, em última instância, a valorização dos

recursos humanos, possibilitar às organizações uma mão-de-obra

mais qualificada com reflexos importantes a nível de produtividade

e competitividade, contribuindo também para uma melhoria de

inserção na vida ativa. Nesta perspetiva, a formação profissional é

um agente de mudança fundamental no processo de ajustamento

das qualificações profissionais e das competências dos indivíduos

às exigências da sociedade/mercado de emprego e constitui, acima

de tudo, uma medida estratégica capaz de potenciar transformações

económicas, por via da pressão do mercado de trabalho sobre a

economia.

Nas últimas décadas, Portugal tem feito um enorme esforço de

qualificação escolar da população, que se traduziu em progressos

substanciais em matéria de educação. Contudo, o país continua

a apresentar um défice estrutural de formação e qualificação da

população que exige uma aposta clara e persistente na resolução dos

problemas que têm impedido a convergência com os atuais padrões

da União Europeia, nomeadamente os níveis de insucesso e abandono

escolares e o défice de qualificações da população ativa.

A superação destes obstáculos só é possível através da

concretização de medidas que coloquem a Escola no centro da

política educativa, qualificando-a, melhorando o seu funcionamento

e organização e os resultados escolares dos alunos.

Termino, dirigindo-me aos alunos da EPRM, com uma citação

de Mahatma Gandhi: “O Futuro dependerá daquilo que fazemos no

presente”.

O teu futuro depende da tua formação!

A tua formação define as tuas possibilidades de ter emprego.

Aposta na formação de qualidade, que é o que a EPRM promete

oferecer-te.

Luciano Vitorino

Diretor Pedagógico

A importância da Formação e da Quali� cação na construção de um futuro de sucesso

MaiorEnergia, Lda.Clean energie

Estrada de Santarém | Gato Preto | 2040-335 Rio [email protected] Tlm. 925 964 240

PV_Ed 4.indd 2 22-02-2012 17:03:54

Page 3: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 3

Módulo 0Em maio do ano de 2010, no decorrer das Jornadas

Profissionais realizadas pela EPRM, e depois de me ter

sido apresentada toda a Escola e a sua dinâmica, decidi

escolhê-la para minha futura escola. Até aí não tinha

qualquer intenção de selecionar a Escola Profissional

de Rio Maior para prosseguimento de estudos.

Desde logo, procurei saber os requisitos necessários

para me matricular e, após ter sido selecionado para o curso Técnico de Frio

e Climatização, fiquei extremamente ansioso para que chegasse o primeiro

dia de aulas, pois tive conhecimento que este iria ser dedicado às praxes e

desta forma, teria oportunidade de conhecer novas pessoas e integrar-me nas

atividades propostas pela Associação de Estudantes.

No dia 12 de setembro, quando cheguei a Rio Maior de manhã, o nervosismo

começou a “apertar” e ainda equacionei voltar para trás quando vi tantos

alunos pintados e a cantar! No entanto, enchi-me de coragem e participei

em todas as atividades ao longo do dia. Os alunos do 10º ano estiveram de

joelhos a ler o juramente do caloiro, que por sinal era bastante engraçado e

além disso, também cantámos uma música sobre a escola e relacionada com

aquele dia, designado de Módulo 0.

Em seguida, deslocámo-nos ao Jardim Municipal e, junto a um lago, fomos

batizados com água e farinha.

A partir daqui já pertencíamos à EPRM!

Posso referir ainda que, para além do Módulo 0, estou a gostar muito da

escola tendo em conta que aqui os professores nos fazem ver a atual realidade

e são nossos amigos, procurando sempre ajudar-nos na obtenção do sucesso

escolar e também pessoal. Além disso, aprecio a convivência bastante salutar

existente entre alunos e auxiliares, e claro, não esquecendo o nosso diretor,

o professor Luciano Vitorino, sempre alegre e muito presente na escola e em

tudo o que nela acontece.

Considero-me um jovem feliz por ser aluno da EPRM e estou muito contente

com o curso que escolhi porque considero que tem saída profissional, dando-

me, desta forma, boas perspetivas futuras. Assim, espero obter a qualificação

de nível IV na área que escolhi e tornar-me um excelente profissional.

Hugo Luís

Curso Técnico de Frio e Climatização

Este dia é muito esperado por todos nós!

Pensamos sempre que vai ser um dia péssimo, no

entanto, acaba por ser um dia muito divertido.

Tudo começou pelas 9:30h no dia 12 de setembro

de 2011 quando nos pediram para nos organizarmos

por turmas e nos entregaram fatos de índios feitos

de sacos de plástico. Posteriormente, recebemos um

papel com o juramento aos padrinhos e uma música

da conhecida cantora Shakira, “Waka-Waka”, mas

adaptada à EPRM.

Depois, dirigimo-nos até ao Jardim Municipal de Rio Maior e as pessoas

que circulavam pela cidade olhavam-nos e cumprimentavam-nos com

sorrisos simpáticos.

Parámos em frente à Câmara Municipal e os alunos mais velhos

mandaram-nos inventar uma coreografia que caracterizasse o nosso curso.

A turma vencedora foi a turma do Curso Técnico de Transportes, a minha

turma, que teve a honra de ser a primeira a ser batizada.

Foi um dia excelente que será sempre lembrado!

No que diz respeito à Escola Profissional, considero-a uma Escola onde

é agradável estudar, onde nos dão oportunidades de crescermos enquanto

indivíduos e profissionais através dos conhecimentos transmitidos quer por

professores, quer por funcionários. Por isso, penso que devemos aproveitar

esta possibilidade de adquirirmos uma qualificação profissional com o intuito

de, no futuro, sermos funcionários de qualidade na empresa que nos acolher.

Patrícia Vitorino

Curso Técnico de Transportes

PV_Ed 4.indd 3 22-02-2012 17:04:00

Page 4: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’124

Escola em Movimento

Numa perspetiva geral, existe uma tendência

para considerar que os estudantes do ensino

secundário já fizeram as suas escolhas

escolares e, dessa forma, não necessitam

de apoio em matéria de Orientação Escolar

e Profissional, sendo que esta tendência

se acentua particularmente em estudantes

do Ensino Profissional. Esta ótica não tem

em consideração a flexibilidade crescente

dos percursos secundários do ensino

profissional e a ampla variedade de opções

de carreira pós 12º ano.

No entanto, já no ensino secundário, também se verifica que existe um maior

acompanhamento em orientação escolar e profissional direcionado aos alunos que

carecem de preparação/ajuda para a escolha de uma área e consequente candidatura

ao ensino superior, com o intuito de frequentar uma licenciatura. Assim, os jovens que

se encontram no percurso profissional e que não pretendam candidatar-se ao ensino

superior tendem a receber um menor apoio, não sendo dado o devido valor em termos

profissionais e de mercado de trabalho e o auxílio que os jovens necessitam na sua

tomada de decisão.

No sentido de contrariar esta tendência, a Escola Profissional de Rio Maior realiza junto

dos alunos do 12º ano um Programa de Orientação Escolar e Profissional (POEP), com o

objetivo geral de encaminhar os alunos na tomada de decisão depois da conclusão do

12º. ano, através da promoção de competências que facilitem as diferentes escolhas:

prosseguimento de estudos, licenciatura ou curso de especialização tecnológica ou

ainda na procura do primeiro emprego. Para desenvolver este programa, começam por

desmistificar-se as expetativas, pouco concretas, que os jovens têm relativamente ao

POEP, tendo em consideração que estas expetativas podem inibir o seu desenvolvimento

vocacional. A exploração das mesmas é uma condição importante para o êxito da

intervenção. Além do mais, explorar as opiniões dos participantes em relação ao POEP

é uma boa forma de avaliar as suas necessidades e o seu estádio de desenvolvimento

no que respeita às dimensões profissionais, para além de representar uma base de

Por definição, a higiene e a segurança no trabalho são dois aspetos que estão intimamente relacionados com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a verificação de condições de Higiene e Segurança consiste "num estado de

bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e enfermidade ".A higiene no trabalho propõe-se combater, de um ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com diminuição da sinistralidade.Partilhando desta visão, na EPRM esforçamo-nos todos os dias por oferecer aos nossos alunos qualificação, educação e formação de qualidade. Sabemos que ambicionar esse objetivo implica, por vezes, decisões corajosas e inovadoras, sobretudo em momentos de contração económica e financeira, como os que estamos a viver. Tendo esta Escola uma oferta formativa fortemente marcada por cursos de índole oficinal, este ano letivo atribuímos, pela primeira vez, a título gratuito, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) a cerca de 120 alunos, destinados a garantir a segurança dos mesmos durante os

EPRM oferece Equipamentos de Proteção Individual aos seus alunos

trabalho útil, que permitirá a intervenção ao nível das necessidades do jovem ou do

grupo.

Objetivos do Programa de Orientação Escolar e Profissional

• Promover o auto – conhecimento;

• Orientar os alunos na tomada de decisão após a conclusão do 12º ano;

• Promover o desenvolvimento de competências que facilitem a escolha de um curso

superior ou de um CET (Cursos de Especialização Tecnológica);

• Promover e apoiar os alunos na procura de primeiro emprego: elaboração do

curriculum vitae, carta de apresentação e exploração do mercado de trabalho.

O Nosso Programa de Orientação Escolar e Profi ssionalNa Escola Profissional de Rio Maior o POEP inicia-se no primeiro trimestre letivo,

com uma sessão de grupo/turma, em todas as turmas do 12º ano. Segue-se,

posteriormente, uma nova sessão de grupo/turma com os alunos que se inscreveram

no POEP e pretendem desenvolver este mesmo programa, tendo em consideração que

o POEP é opcional. Nesta segunda sessão, são exploradas as aptidões e os interesses

dos alunos finalistas. A posteriori são realizadas sessões individuais, nas quais os

alunos trabalham o conhecimento de si próprios e as possíveis opções a seguir após o

término do percurso formativo profissional de nível IV.

Além disso, torna-se ainda necessário trabalhar de forma individual os resultados

obtidos nas sessões realizadas em grupo.

A partir daqui, o processo de acompanhamento depende do aluno e do trabalho que

este realiza autonomamente.

Sob o ponto de vista formal, o programa termina aquando da entrega de um relatório

onde constam todos os resultados: testes e possíveis opções.

No que diz respeito ao aspeto informal do POEP, este finaliza quando se tornam

objetivos para o aluno: a escolha da área a seguir, as alternativas, objetivos pessoais,

datas, candidaturas, concursos e todas as burocracias inerentes a uma candidatura a

um emprego ou a um prosseguimento de estudos.

Sónia Duarte - Psicóloga

Programa de Orientação Escolar e Profi ssional

trabalhos oficinais e permitir que se habituem a utilizá-los e a cumprir a legislação laboral no que se refere a segurança e proteção.Estes equipamentos não impedem a ocorrência de acidentes, no entanto, a sua correta utilização diminui em muito a consequência dos mesmos. Saber utilizar os EPI, tratar da sua manutenção e cumprir com todas as regras de segurança no trabalho faz parte do processo de aprendizagem.Foi um processo longo, pois muitas foram as condicionantes e variáveis a ter em consideração, mas neste momento alunos de três cursos da área da mecânica (Manutenção Industrial, Frio e Climatização, Energias Renováveis / Sistemas Eólicos) receberam sapatos de biqueira de aço, batas, luvas, óculos e abafadores de ruído; dois cursos associados à área da eletricidade (Eletrónica, Automação e Instrumentação e Instalações Elétricas) receberam batas e óculos. Além deste equipamento, nas oficinas encontram-se armazenados tampões auditivos e luvas para trabalhos específicos assim como máscaras descartáveis.Equipados a rigor, com vontade de evoluir, numa ESCOLA DE FUTURO os nossos jovens têm pela frente um futuro que, neste momento apresenta desafios difíceis, mas possíveis de ultrapassar!A implementação desta medida representou um investimento significativo. Contudo, na EPRM vêmo-lo como um investimento e não como um custo, em primeiro lugar porque queremos a segurança e a proteção dos nossos alunos no trabalho oficinal. Depois, parece-nos pouco assertivo oferecer formação em que aspiramos um ideal, o da Higiene e Segurança no Trabalho e não o aplicamos no nosso quotidiano. Em suma, esta é mais uma medida, incluída num leque mais vasto de investimentos, que vêm sendo feitos, por forma a garantir FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE QUALIDADE.O que pretendemos atingir com a implementação desta medida?Reconhecimento por parte dos nossos alunos, das respetivas famílias e da comunidade em geral. Esperamos que os nossos alunos nos recompensem com uma postura e um comportamento assertivo, esperamos que se dediquem e se empenhem no seu processo de ensino e aprendizagem, produzindo bons projetos e obtendo sucesso escolar. Em última instância, esperamos que os nossos alunos sejam verdadeiros “outdoors” da EPRM.

Claúdia Solange Gomes

Formadora na área de Manutenção Industrial

PV_Ed 4.indd 4 22-02-2012 17:04:15

Page 5: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 5

Escola em Movimento

O DNescolas é um projeto de Educação para os Media, promovido pelo Diário de Notícias conhecido por N@escolas. No DNescolas, o caminho da liberdade é feito através do

conhecimento, com o despertar do interesse e do espírito crítico da nova geração face aos acontecimentos que a rodeiam. Construído para os alunos e professores do ensino

secundário e profissional de todo o país, este projeto lança uma série de desafios que completam um percurso onde cada jovem descobre as ferramentas necessárias para o exercício

pleno de uma cidadania ativa.

Este ano letivo, a EPRM participou no projeto com cinco equipas de alunos, coordenadas pelas professoras Sandra Costa e Ana Rita Loureiro, no âmbito das disciplinas de Área de

Integração e Português respetivamente, tendo sido selecionada nesta primeira fase com o Editorial redigido pela equipa EoliTeam com o título “O Poder das quatro rodas”.

Segue-se a segunda fase, com o Dia DN, que se realizará em março, na EPRM, com a presença de convidados do DN. Todas as equipas poderão voltar à competição. Esperamos que

mais uma vez a EPRM se inclua nas escolas selecionadas!

Todos os alunos participantes estão de parabéns, pelo espírito empreendedor e participativo e por contribuírem para o reconhecimento e notoriedade da Escola Profissional de Rio

Maior.

DESAFIOS 2011/2012

O Prémio Final é uma viagem de autocarro pela

Europa!

1 - Redigir um Editorial sobre um tema que se

insira numa editoria do DN (Política Nacional,

Internacional, Economia, Sociedade, Cultura (artes)

e Desporto.);

2 - Entrevistar personalidades que vão visitar

a escola no Dia DN, de acordo com um routing

preestabelecido; Fazer Reportagem de texto, vídeo

e imagem desse dia inesquecível.

4 - Fazer as perguntas certas às pessoas certas no

painel temático da Grande Final.

5- Competição individual (60 escolas selecionadas);

6- Premiar o melhor Jornal da Escola, oferecendo

a impressão de alguns exemplares e de um

“Espaço Media DNescolas”, equipado com os meios

necessários à produção de um jornal.

PARTICIPANTES

Kelly; Joana D.; Ana Rosa (11ºD)

Rui; Paulo; Joshua (11ºD)

Diogo; Tiago; Mauro; Joana A. (11ºD)

Rute; Magda (11ºD); Liliana (11ºB)

Joel; Jaime; Carlos; Diogo (11ºC)

Sandra Costa

Docente de Área de Integração / Economia

N@escolas - Projeto DN 5ª Edição

PV_Ed 4.indd 5 22-02-2012 17:04:20

Page 6: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’126

Eutanásia é um termo de origem grega (eu +

thanatos) que significa boa morte ou morte sem

dor. A prática de eutanásia é suportada pela

teoria que defende o direito do doente incurável

de pôr termo à vida, quando sujeito a intoleráveis

sofrimentos físicos ou psíquicos.

A eutanásia é um tema polémico, havendo países

com legislação definida sobre a sua prática e

outros países que a refutam categoricamente por

motivos diversos.

Os defensores da eutanásia argumentam que cada pessoa tem o direito à escolha entre viver

ou morrer com dignidade quando se tem consciência de que o estado da sua enfermidade

é de tal forma grave que não compensa viver em sofrimento até que a morte chegue

naturalmente.

Quem condena a prática de eutanásia, utiliza frequentemente o argumento religioso de que

só Deus tem o direito de dar ou tirar a vida e, portanto, o médico não deve interferir neste

dom sagrado.

A controvérsia do tema levou-nos a aprofundar o assunto e até a procurar saber a opinião

dos nossos colegas. A partir de um inquérito realizado na Escola Profissional de Rio Maior,

no âmbito de um trabalho de grupo realizado na disciplina de Área de Integração, a um

pequeno número de inquiridos (40) de ambos os sexos (feminino e masculino), concluimos

que pouco mais de metade dos inquiridos (55%), quando questionados se sabiam o que

era a eutanásia, respondeu afirmativamente. Quando questionados se concordavam com a

prática da eutanásia, 11% disse que sim, em qualquer situação, 49% se for um ato voluntário

e 40% não concorda com a prática da eutanásia.

De facto, este é um tema polémico que suscita muitas dúvidas e nos faz questionar o

Será a pena de morte a

melhor forma de punir os

crimes mais hediondos? Eu

discordo. Por que razão terá

de se descer a um nível tão

baixo da dignidade humana

para que se faça justiça? E

sendo suposto dar às nossas

crianças o bom exemplo,

como o poderemos conseguir,

quando se pensa que sujar as

nossas mãos de sangue é a melhor forma de fazer com

que os potenciais criminosos pensem duas vezes antes

de fazer o crime?

Ao aceitar esta forma de se fazer justiça, estamos

a aceitar o uso da violência para resolver os nossos

problemas, isso é contraditório com a ideia de que a

violência só se usa em último caso, pois existem outras

formas de se fazer justiça, como uma pena de prisão

mais pesada ou até mesmo a prisão perpétua.

Para além de ser contra o ideal de não se usar a

violência, existem certas situações em que a pena de

morte pode ser um grande problema, por exemplo, se a

pessoa condenada for mesmo inocente, mas devido às

nossas limitações tecnológicas formos incapazes de o

provar? Existem pelos menos 360 casos nos E.U.A nos

quais pessoas inocentes foram condenadas à morte.

Felizmente para estes inocentes, eles conseguiram

provar a sua inocência antes de serem executados, mas

isso não altera o facto de que se correu o risco de se

matar 360 pessoas inocentes. Mas há 25 casos iguais

em que não foi possível provar a inocência a tempo, e

portanto aquelas 25 pessoas foram executadas, apesar

de se ter provado depois a sua inocência. Pode parecer

que 25 pessoas sejam um número pouco significativo,

mas o valor da vida humana não pode ser medido, pois

essas pessoas inocentes tinham uma vida pela frente

que lhes foi tirada por não haver forma de se provar a

sua inocência.

Portanto, eu considero que a pena de morte não é

uma forma de justiça viável, pois para além de dar

uma imagem negativa da justiça, os riscos do sistema

podem pôr em causa os direitos humanos.

Diogo Jorge

Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural

Eu vivo num mundo que gosto e aproveito-o ao máximo em tudo o que posso,

no que ainda não posso, guardo para tentar fazê-lo mais tarde, se conseguir…

Este mundo onde todos nós vivemos, vai-se afundando cada vez mais provocado

pelas atitudes que o Homem tem vindo a tomar e de todas as consequências que

daí advêm, apesar dos constantes alertas feitos pelos entendidos.

Existem bens materiais que são considerados essenciais na atualidade, no

entanto, há duas ou três décadas, não eram sequer necessários para o quotidiano

das pessoas.

Considero que as pessoas viviam muito melhor sem esses bens de que dispomos neste momento à nascença, pois a

qualidade de vida somos nós que a gerimos com o que nos é cedido!

Torna-se necessário mudar os nossos hábitos, maus hábitos, uma vez que existem valores e tradições que se estão

a perder na tentativa de criar outros que, na minha opinião, não são apropriados. As consequências desses atos já

se estão a sentir e vamos senti-las muito mais se a sociedade não tomar consciência de que algo tem de mudar; a

crise que estamos a atravessar no nosso país é exemplo disso, em que existem famílias que estão a ficar sem meio

de sobrevivência, e refiro-me aos bens que todos, sem exceção, devíamos ter direito, tais como, a alimentação e a

habitação, enquanto outros têm tudo e muito mais!

Por que é que uma pessoa que corre atrás de uma bola ganha milhões de euros? Por que é que uma pessoa que trabalha

dez horas por dia, ganha o salário mínimo? Será que o Futebol é mais importante do que as pessoas que trabalham

arduamente para suportar as despesas essenciais de uma família, do que os professores que ensinam os mais novos,

do que aqueles que tentam combater o crime, arriscando a sua própria vida?

Penso que existem grandes mudanças sociais que deviam acontecer para que tudo mudasse, para melhor!

O povo português está a tornar-se demasiado “introvertido”, basta o exemplo de que antigamente qualquer pessoa

dizia um simples “olá” a quem passasse por si na rua, e eu próprio, enquanto jovem, sinto isso, às vezes cumprimento

pessoas na rua e, na maioria das vezes, com um semblante fechado, olham-me de lado ou ignoram-me simplesmente.

Leva-me a pensar o que teria ganhado aquela pessoa com essa atitude!

Se começássemos por mudar estes simples gestos, talvez as pessoas perdessem esta obsessão por ganhar dinheiro e

poder que acaba por nos afetar a todos. Trata-se de um egocentrismo desmedido…

Neste momento difícil que atravessamos, precisamos é de SER uns para os outros, para juntos ultrapassarmos este

grande problema económico e social e deixarmos um pouco de lado o ter, ter, ter…

Noto, por exemplo, na minha localidade e meio onde circulo que existem pessoas que discriminam outras por serem

diferentes ou apenas por se vestirem de forma diferente, por terem um aspeto menos convencional ou apenas por

serem gordas ou magras. Na minha mente não existe esse tipo de preconceito, cada pessoa é como é e ninguém tem

o direito de comentar sobre ela, apenas temos que nos preocupar com a nossa vida, porque essa sim, já nos dá muito

trabalho, às vezes…

A minha grande questão é : As pessoas não conseguem perceber que a origem da questão está na humildade?

No entanto, não desisto e penso que, com a ajuda de todos os portugueses conseguiremos um Portugal melhor, mais

calmo, mais unido, conseguindo lutar pelos nossos direitos, pois, juntos chegaremos longe, caso contrário, acabaremos

por ser comprados por “alguém” que nos fará naturalmente mudar, mas não será certamente para melhor…

Filipe Medeiros

Curso Técnico de- Eletrónica, Automação e Instrumentação

Pena de morte Ideias soltas …

Questiona o teu Mundo...

sentido da vida (e da morte?).

Os únicos países europeus onde a eutanásia é legal são a Bélgica e a Holanda, a Suíça tem

uma atitude tolerante e no Luxemburgo o processo está em fase de legalização. Em Portugal,

a eutanásia é considerada homicídio qualificado pelo Código Penal. No entanto, no inquérito

realizado na EPRM, quando questionados se a eutanásia deveria ser legalizada em Portugal,

72% dos inquiridos disse que sim, 23% disse que não e 5% não respondeu.

Do nosso ponto de vista, a eutanásia deveria ser legalizada em

Portugal, apesar de compreendermos que a prática da mesma,

só por si, é complicada e considerada um assunto controverso,

existindo prós e contras, mesmo que se trate de uma prática

eficaz, que não causa dor nem sofrimento à pessoa que pede a

morte como a única saída digna para o seu sofrimento.

Mais do que uma questão legal, a eutanásia representa

atualmente uma questão de ética e de direito. Algumas pessoas

não concordam com esse ato, mesmo que se esteja num estado

de sofrimento tão avançado que se peça voluntariamente e

conscientemente a própria morte. Já os argumentos a favor da eutanásia apontam para um

caminho para evitar a dor e o sofrimento do ser humano em fase terminal ou sem qualidade

de vida, um caminho que tem uma longa jornada de sofrimento e dor.

A controvérsia e a complexidade do tema não nos oferecem uma resposta fácil à questão.

Será justo prolongar ainda mais o sofrimento do ser humano que pede o recurso à Eutanásia,

obrigando-se uma pessoa a viver dependente de outras ou a ficar presa a uma máquina?

Será que o meio justifica o fim?

Ana Vieira, Inês Bernardino, Kelly Santos

Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural

Eutanásia – uma questão de ética, valores e direitos

Inquérito realizado a 40 alunos da EPRM

PV_Ed 4.indd 6 22-02-2012 17:04:23

Page 7: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 7

Questiona o teu Mundo...

O mundo, o nosso mundo, gira em torno de uma “ideologia” a que

nós chamamos Economia, economia esta que não economiza nada,

baseada no consumismo.

O que acontecerá ao mundo se um dia deixar de se produzir? - pois

nada é infinito, grande parte dos recursos do Planeta são finitos. Um dia

sem produzir significaria o colapso total do mundo, uma vez que a sua

dívida total é maior que o dinheiro que nele existe. Por isso, para pagar

esta dívida que continua a aumentar graças aos juros e outros fatores,

temos que continuar a produzir. Isto, num ciclo sem fim!

Todos os dias pagamos as obrigações de um sistema que um dia vai cair, trabalhamos

para ganhar dinheiro que vamos gastar para viver, jogamos um jogo cujas regras são criadas

e modificadas por aqueles que já dominam a economia, os ricos. Este jogo é baseado no

sacrifício de muitos, para poucos poderem ter a vida que os sacrificados lutam por ter.

Alguém já imaginou um mundo, um sistema económico baseado na construção de uma

sociedade em que cada pessoa trabalhasse para ter a sociedade que deseja?

Este sistema consistiria em não existir remuneração, assim, as pessoas poderiam possuir

a vida para a qual se sacrificavam, pois com este sistema todos seriam verdadeiramente

iguais, todos teriam direito a receber o que precisam, se contribuíssem para a mesma.

Penso que existem condições para todas as pessoas do Mundo terem a vida que precisam;

a desigualdade nele existente é que não permite essa realidade. Desde muito novos, somos

impostos à ganância pelos nossos pais, pela televisão e pelas pessoas à nossa volta, ficamos

com a ideia que quem tem mais é melhor.

Mas, por vezes, ter tudo não significa ter mesmo tudo, no verdadeiro sentido da palavra.

Este sistema que sugiro, pode ser facilmente representado por uma colmeia ou um

formigueiro, onde nós, cidadãos, somos as abelhas ou formigas, todos juntos, toda a

sociedade junta, em que cada pessoa teria o seu papel na sociedade e o seu objetivo seria

manter e melhorar o seu modo de vida. Por exemplo, uma pessoa que trabalhasse numa

central elétrica trabalharia para a sociedade usufruir dessa energia elétrica e um agricultor

trabalharia para que as pessoas pudessem comer e não receberiam nada em troca, além de

tudo o que necessitariam para trabalhar e viver.

Assim como uma abelha trabalha para que a sua colmeia se preserve e cresça, uma pessoa

poderia começar a fazer o mesmo com a sociedade, contribuir com o seu trabalho para que

esta funcione da mesma forma que a colmeia, de forma controlada.

No entanto, para que este sistema fosse implementado, seria necessária uma mudança de

mentalidade na sociedade, as pessoas teriam que deixar de ser gananciosas, uma vez que não

carecemos de carros e casas de luxo. Na minha opinião é preferível trabalhar por uma causa

maior do que para ter mais dinheiro!

A sociedade tem que ser mais unida para que as pessoas tenham a necessidade de

contribuir.

Este sistema não é perfeito, no entanto, é melhor que o sistema em que a nossa sociedade

foi construída, o sistema atual foi criado há demasiado tempo.

Se todo o mundo mudou, por que é que se mantém a desigualdade quando criamos

realidades nunca antes imaginadas?

Ricardo Maltez

Curso Técnico de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos

A definição de Mundo é algo complexo para a sanidade mental do Homem, pois este pode-se dividir por inúmeras potências e raízes quadradas, onde com certeza, o resultado será aquilo que cada Homem usará como algarismos, uns certamente usarão o “amor” e “solidariedade”, outros nem tanto, usarão a “ganância” ou o “poder”, e por vezes, estes últimos ao cubo.

Na atual sociedade consumidora e gananciosa, fazer o mal é sempre mais fácil que fazer o bem, estender a mão ao outro dá trabalho, exige tempo; afirmo que este é o pensamento mais comum na ignorância do Homem em geral. Existem os que lutam, que suam, que gritam de revolta, que questões da nossa pseudo-sociedade não lhes passam ao lado, que são incapazes de dar um passo em frente, sem olhar para o lado, ou seja, para o outro, para esses que por muitos que sejam, infelizmente, serão no entanto, sempre poucos.

Está na hora de passarmos apenas de um homem, mas sim passarmos a ser o Homem. No entanto, mudança imediata na hora de pensar em ajudar o outro seria o ideal, mas isso certamente será impossível, mas o ato de refletir é algo que todos temos o dever de fazer, não só sobre o que está bem, mas também sobre o que está mal e errado.

Ainda nos podemos dar ao luxo de ter a nossa tal “pseudo-sociedade”, que por muito imperfeita que seja, nela ainda existe algum civismo e alguma organização, e como se diz em bom português: “Ah!, dá para se viver!”.

Mas será sempre assim? As dificuldades aumentam de dia para dia, de hora para hora; receio que o verbo viver desapareça do nosso dicionário e seja substituído pela medonha e assustadora palavra sobreviver.

Há muito que o povo veste a camisola do medo e receio do futuro, mas é fundamental trazer no bolso a esperança e em cada sapato a vontade de dar um passo em frente, e apesar de trazer o cinto apertado, há que usar a gravata da confiança, esta de fazer mais e melhor, não só por cada um, mas também pelo tal indefinido mundo.

O monstro de cinco letras que ecoa nos nossos ouvidos, sim, a chamada crise, não é mais que filha do poder e da ganância e neta da velhinha corrupção, mas o gene presente em todos os que pertencem a esta família, não é mais que uma comum crise interior, onde o respeito e solidariedade pelo outro moram na casa ao lado e nunca, mas nunca, farão parte desta extensa árvore genealógica.

Agir é a forma mais eficaz de praticar a mudança, se o Homem agir perante o mundo, o mundo com certeza agirá perante o Homem.

A todos os que exercem, com “amor” e “solidariedade”, todos os que gritam de revolta e todos os que vestem o fato da mudança, um sincero e grandioso: Bem Hajam!

Concluindo, a definição de mundo será sempre a indefinição do ato do Homem.

Guilherme Monteiro

Curso Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Solares

Refl exão utópica...

O meu nome é Aulisa, tenho 18 anos e frequento o curso

Técnico de Transportes na Escola Profissional de Rio Maior.

Sou originária de S. Tomé e Príncipe, composto por duas

pequenas ilhas que se situam perto do Golfo da Guiné.

São Tomé e Príncipe é dotado de um clima quente e

húmido onde existe somente duas estações durante o ano: a

estação da chuva e a estação seca ou “gravana”.

Para o seu desenvolvimento, São Tomé e Príncipe tem

apostado no turismo, pelo facto de sermos privilegiados

com belíssimas praias de água quente e paisagens bastante

encantadoras. No entanto, a recente descoberta de jazidas

de petróleo nas suas águas abriu novas (embora ainda mal definidas) perspetivas para

o futuro económico do país.

A atividade pesqueira continua a ser uma das principais atividades económicas

do país, sendo desta atividade de onde a maior parte das famílias santomenses

necessitadas retira o seu rendimento para a satisfação das suas necessidades básicas,

como a alimentação.

O país continua a manter estreitas relações bilaterais com Portugal (desde que

se tornou num país independente, pois era colonizado por este) que, ao contrário

de São Tomé, para além de ser um país com maiores dimensões, é também mais

desenvolvido, por ter mais meios para adquirir os recursos financeiros necessários

para o desenvolvimento da sua economia.

No que diz respeito à constituição legislativa, os dois países não diferem muito, uma

Uma opção inteligente…vez que ambos possuem um Presidente e um Governo. No entanto, no que concerne

às oportunidades laborais para os jovens, S. Tomé continua a ser um país com um

défice bastante elevado, acabando a maioria dos jovens por seguir as “pegadas” da

restante população e viver (ou sobreviver) do que a natureza lhes oferece.

Eu considero-me uma jovem bastante ambiciosa e assim, associado às saudades

que tinha da família que vive em Portugal, decidi “emigrar” com a certeza de que

neste país conseguiria atingir os meus objetivos quer a nível pessoal, quer a nível

profissional.

No que diz respeito à minha escolha pela EPRM, aconteceu um pouco ao acaso,

uma vez que a minha prioridade era o curso de Gestão de Empresas, no entanto,

não existiam cursos na área que eu pretendia a iniciar, no presente ano letivo, na

zona de residência da minha família. Por conseguinte, um familiar pesquisou outras

alternativas e encontrou o Curso Técnico de Transportes na Escola Profissional de Rio

Maior. Depois de ter verificado o seu plano curricular e oportunidades de emprego,

decidi aceitar.

Assim, aqui me encontro na EPRM, constatando, apesar do pouco tempo ainda

decorrido, que as pessoas são bastante acolhedoras e simpáticas, tendo, desta forma,

facilitado a minha adaptação.

Além disso, apraz-me referir que nesta Escola fui muito bem recebida por toda a

comunidade e espero assim alcançar o sucesso que me fez mudar de continente!

Aulisa Silva

Curso Técnico de Transportes

Defi nição do (meu) mundo

PV_Ed 4.indd 7 22-02-2012 17:04:25

Page 8: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’128

Projetos

Tenho alguém que me ajuda nos meus problemas, que me envolve nos seus encantos, dá-

me tudo o que preciso para sobreviver e está sempre disponível para me ouvir e sei que não irá

divulgá-lo a ninguém.

Ouvir os seus murmúrios traz-me uma paz, ver os seus diversos aspetos, uma tranquilidade

que me acalmam e criam o difícil desafio de o entender.

Este “amigo” de quem vos falo é o meio que nos envolve.

O ambiente é de facto aquele amigo necessário diariamente para as nossas vidas. Não só pelo

ar que respiramos, pela água que bebemos ou pelos alimentos que comemos, mas também por

todos os benefícios que conseguimos usufruir sem que nos peça nada “em troca”.

Estamos a atravessar um período em que este nosso amigo está a sofrer muitas alterações

suscetíveis de colocar a vida na Terra em perigo. Nós, Humanos, também temos o dever de cuidar

deste nosso amigo.

Foi neste sentido e no âmbito do programa eco-escolas (promovido pela Associação Bandeira

Azul da Europa – ABAE que atribui a bandeira verde às escolas como reconhecimento da melhoria

do desempenho ambiental) que neste ano letivo se criou o clube do ambiente na Escola Profissional

de Rio Maior.

O Clube desenvolverá atividades acerca de cinco temas diferentes, nomeadamente Subsolo,

Água, Floresta, Energias e Resíduos. Assim, com a criação do Clube do Ambiente pretende-se que

a comunidade escolar se envolva e crie atividades ao longo do presente ano letivo de acordo com

o plano de ação a aprovar em Conselho eco-escolas; melhore as relações interpessoais dentro da

EPRM e envolva os alunos em ações educativas de modo a ocupar o seu tempo livre em prol de uma causa universal.

Apresentamos como parceiros para desenvolver este programa entidades como o Município, as Juntas de Freguesia de Alcobertas e de Rio Maior, o Instituto de Conservação da

Natureza e Florestas, a Guarda Nacional Republicana, os Bombeiros Voluntários de Rio Maior, as Águas do Oeste, a Valorsul, a comunidade escolar (direção, professores, formadores,

alunos e funcionários) e todos (entidades privadas e/ou públicas) que se queiram associar a esta iniciativa.

Estes parceiros tornam-se importantes para desenvolver algumas das atividades previstas para este ano letivo, devido ao facto de a sua área de atuação estar diretamente

associada aos temas abordados. Ainda assim, prevê-se a interação com outros setores de atividade que poderão ser fundamentais para o sucesso do programa, nomeadamente, a

rádio, empresas privadas e os restaurantes, são exemplo disso.

O aproveitamento de papel para transformar em briquetes, a recolha de latas e de outros materiais para a reciclagem, a sensibilização para a poupança de água e de energia,

entrevistas às entidades exploradoras do subsolo e a mostra do uso múltiplo da floresta são alguns exemplos de atividades que serão desenvolvidas pela comunidade escolar da

EPRM.

Como coordenador da implementação deste programa na EPRM, quero desde já agradecer a disponibilidade e a motivação dos meus colegas professores/formadores, dos

funcionários e principalmente dos alunos para a concretização das ações previstas.

Aos alunos, uma palavra especial de encorajamento e de motivação extra porque é um programa que ajuda a enriquecer o currículo dando visibilidade aos mais ativos num

mercado de trabalho cada vez mais exigente na pluridisciplinaridade dos trabalhos a desenvolver.

Obrigado a todos por me ajudarem a cuidar de um amigo muito, mas muito especial!

Pedro Guedes

Formador e Coordenador do Programa

O clube de Robótica/Eletrónica

da EPRM está a desenvolver uma

série de atividades nas áreas de

eletrónica e novas tecnologias,

entre as quais se destaca o projeto

Opera Numerare.

Trata-se de um grupo

ambicioso e inovador através do

qual se pretende sensibilizar os

alunos para a eletrónica e para a

importância das novas tecnologias.

O projeto Opera Numerare obtém ainda grande importância no grupo pela

participação no concurso monIT promovido pelo IT - Instituto de Telecomunicações

que tem como finalidade a criação de uma página de internet com informação

recolhida automaticamente na Serra dos Candeeiros. A referida informação não

só pode ser proveniente de grandezas físicas contínuas, como é o exemplo da

temperatura, mas também pode ser apenas uma contagem de eventos ocorridos

num determinado período.

O projeto terá quatro grandes fases, apresentadas na figura seguinte:

O objetivo do projeto é realizar um protocolo de transmissão e disponibilização

de dados à distância, não interessando de imediato quais as grandezas físicas a

serem lidas.

Este protótipo pode ser usado em várias aplicações de diversas empresas

e institutos e desenvolve-se em diversas fases: a Fase 0 em que são efetuadas as

definições físicas e levantamento da estrutura do projeto; a Fase 1 que consiste na

definição e desenho, constituída por análise de requisitos, escolha e observação

da tecnologia a ser usada, estudo e especificação da solução e por fim, o desenho/

conceção do Sistema; a Fase 2 que se baseia na implementação do protótipo

propriamente dito através das seguintes tarefas:

Hardware (Escolha dos componentes de acesso/leitura; desenho de

esquemáticos [Placa de teste/debug]; desenho de PCB [Placa de teste/debug];

aquisição de componentes e produção da PCB; montagem dos protótipos e

produção das PCB finais e necessárias à instalação final.

Software (Implementação do software de gestão da página WEB, testes e

correções de erros) e finalmente a última e designada de Fase 3 que se resume às

conclusões e testes ao trabalho final efetivado.

Através da realização deste trabalho irá ser possível realizar consultas,

variando a duração do período e o tipo de grandeza a ser consultada, como por

exemplo, o número de carros que sobem e descem a serra dos Candeeiros numa

semana; num mês; etc.

Trabalho já Realizado:- Seleção de alguns componentes para as antenas, a instalar na Serra;

- Definição das grandezas a serem registadas;

- Realização de protocolos de comunicação entre a placa de eletrónica e o PC;

- O programa de PC que actualiza a base de dados local está com uma conclusão

de 80%;

Trabalho a realizar:- Programação da página WEB;

- Construção de placas PCB’s e respetivas antenas a serem colocadas na serra;

- Protocolo entre as placas da Serra e a Escola;

- Programação e testes de todos os sistemas;

- Conclusão.

Isaac Duarte

Formador de Eletricidade e Eletrónica e Coordenador do Projeto

Obrigado meu amigo!!!

MONIT-Opera Numerare

PV_Ed 4.indd 8 22-02-2012 17:04:28

Page 9: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 9

ProjetosO projeto twist – a tua energia faz a diferença é um projeto da EDP e da empresa

Sair da Casca dirigido aos alunos do ensino secundário e profissional com vista à sensibilização para o tema da Eficiência Energética e Alterações Climáticas.

O twist aposta nos alunos como embaixadores da mudança de comportamentos e pretende que sejam eles próprios a implementar medidas de eficiência energética na sua escola.

Na EPRM contamos com a participação e empenho dos alunos do Curso Profissional Técnico de Instalações Elétricas, mais propriamente os alunos Daniel Simões, Diogo Ferraria, Gonçalo Figueiredo e Flávio Branco, que já iniciaram o seu trabalho com diversas atividades no âmbito do projeto.

Um prémio total no valor de €100.000 destinado à implementação de medidas de eficiência energética nas escolas será atribuído às três escolas vencedoras do concurso. Os twisters vencedores receberão também um vale Fnac no valor de €700.

Segundo o sítio oficial do projeto em http://www.twist.edp.pt/ “os especialistas sabem que o Clima tem variado ao longo da História do Planeta. No entanto, durante muitos milhares de anos estas alterações ocorreram quase sempre de forma lenta e ligadas a causas naturais, nomeadamente variações de luminosidade do sol e variações nos parâmetros que definem a órbita da Terra em torno do astro e que se supõe serem responsáveis pelos períodos glaciares.”

A mesma fonte refere que “nos últimos 150 anos, alguma coisa mudou: a industrialização e o aumento da população provocaram alterações na composição da atmosfera, em particular devido às emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE), como vapor de água (H2O), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), clorofluorcarbonetos (CFC), perfluorcarbonetos (PFC), hexafluoreto de enxofre (SF6) e ozono (O3).”

Nesta questão, o Homem tem um papel decisivo na manutenção do “equilíbrio na atmosfera que depende da concentração de GEE, uma vez que estes gases absorvem e emitem radiação e são eles que controlam a temperatura. Um aumento da concentração destes gases provoca consequentemente um aumento da quantidade de energia que fica retida e como efeito um aumento da temperatura numa zona chamada ‘baixa troposfera’. É a este fenómeno de aquecimento que se dá o nome de Efeito de Estufa.”

Pode ler-se ainda que “A concentração de CO2 aumentou devido à combustão de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e às alterações do uso do solo. As principais atividades que levam a esta situação são: os transportes, a indústria e a

desflorestação. A maior parte da eletricidade que consumimos é produzida através da queima do petróleo, do carvão e do gás natural, logo, as centrais de produção de energia elétrica contribuem para o aumento do efeito de estufa. São estas atividades as grandes responsáveis pelas tão faladas ‘alterações climáticas’ que o nosso planeta tem vindo a sofrer.”

Uma das formas mais eficazes de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e de tornar o abastecimento energético mais sustentável é melhorar a eficiência energética. Ser eficiente significa mudar os comportamentos sem perder o conforto, ou seja, usar a energia de forma inteligente. Usar lâmpadas de baixo consumo e desligar todos os aparelhos no botão, eliminando os consumos em modo stand by, por exemplo, ajuda a reduzir as emissões associadas à produção de eletricidade, não abdicando de ter a luz acesa, quando necessário.

Ao longo do presente ano letivo, os twisters deverão implementar ações que permitam integrar os temas da eficiência energética e alterações climáticas nas suas rotinas e preocupações diárias.

Os twisters poderão usar da máxima criatividade para o desenvolvimento e implementação de ações nas escolas, coerentes com a temática e com o concurso, devendo obrigatoriamente garantir o cumprimento das seguintes tarefas: 1º Participar no workshop regional organizado pela EDP e Sair da Casca; 2º Elaborar um diagnóstico ao consumo energético da escola com base no formulário disponibilizado; 3º Realizar inquéritos aos hábitos de consumo energético junto dos colegas, na fase inicial e final do projeto, com base no formulário disponibilizado e por fim, elaborar um relatório final de todas as ações desenvolvidas no âmbito do projeto twist – a tua energia faz a diferença!

Pedro Guedes

Formador/Coordenador do Projeto

“Twist – a tua energia faz a diferença”

PV_Ed 4.indd 9 22-02-2012 17:04:33

Page 10: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1210

Entrevista

1. Há quantos anos leciona na Escola Profissional de Rio Maior?Desde 1992, primeiro ano de funcionamento da escola.

2.Como define a EPRM?Considero que é uma Escola reconhecida e valorizada no meio local e regional

pela forma como apoia e acompanha o percurso escolar dos seus alunos, com um

projeto educativo vocacionado para a formação e qualificação profissional de recursos

humanos e que mantém uma grande interação com o meio envolvente.

3. Sendo um dos professores mais antigos desta Escola, quais são as principais diferenças entre a EPRM de quando iniciou e a EPRM de hoje?

Existem diferenças óbvias em termos de instalações e equipamento, número de

cursos, ações de formação, número de alunos e de formadores (no primeiro ano de

funcionamento havia só dois cursos com cerca de 40 alunos), projetos e atividades

em desenvolvimento. No início a escola foi uma alternativa de formação dos jovens,

face ao sistema de ensino existente na altura e que pretendiam uma formação mais

prática e direcionada para o mercado de trabalho. Atualmente, apesar do alargamento

1. Há quantos anos leciona na Escola Profissional de Rio Maior?Leciono na EPRM desde 1993, o segundo ano de vida da escola.

2. Como define a EPRM?A EPRM foi um projeto inovador na altura em que foi constituída e continua a

ser uma referência em termos de formação. Sempre procurou adequar a sua oferta

às reais necessidades do mercado e essa é com certeza uma das razões para o seu

sucesso. Outro aspeto importante, tem a ver com a qualidade do pessoal docente e

não docente que imprimem na escola uma dinâmica fantástica.

A EPRM foi um projeto que abracei desde o início, pois sempre acreditei nele.

3. Sendo uma das professoras mais antigas desta Escola, quais são as principais diferenças entre a EPRM de quando iniciou e a EPRM de hoje?

No início éramos poucos e funcionávamos como uma “família”, com grande

proximidade e informalidade apesar do necessário rigor e qualidade no ensino.

Quando mudamos de instalações e crescemos, isso perdeu-se um pouco, mas

rapidamente voltamos a ser novamente como uma família e penso que essa é uma

vantagem da escola que nunca se deve perder e que constitui mesmo uma relevância

competitiva importante para o seu sucesso. Gostaria ainda de acrescentar, novamente,

que o bom funcionamento da escola se deve a todos os que com ela colaboram e muito

da oferta de formação de cursos profissionais às escolas secundárias, nem sempre

em complementaridade, continua a ser uma alternativa de formação importante no

concelho.

Devido, principalmente, às prioridades de ingresso nos cursos profissionais

(preferência aos alunos provenientes de cursos alternativos ao ensino básico regular),

a maior diferença que se verifica, é quanto a mim, o público-alvo que se modificou

muito ao longo dos últimos anos. A maioria dos alunos que ingressam nos cursos

profissionais, são agora provenientes de cursos de educação e formação para onde

foram “desviados” por mau aproveitamento e/ou comportamento a fim de “não

estragarem as estatísticas” do ensino regular e que foram vítimas de um facilitismo

exagerado. Estes alunos chegam ao 10º ano sem regras, sem saber estar numa sala

de aula e sem hábitos de trabalho, gerando situações muito difíceis de ultrapassar e

pondo em risco a qualidade que se pretende para o ensino profissional.

4. Qual ou quais os motivos que o fazem continuar a colaborar com esta Instituição / Escola?

A minha colaboração, para além de poder participar num projeto diferente, mas

complementar daquele que exerço na escola secundária, tem um motivo relevante

respeitante à componente monetária que resulta das funções desempenhadas.

5. Que mensagem gostaria de deixar à Comunidade Escolar neste ano em que a EPRM comemora o seu 20º aniversário?

Desejo que todos os envolvidos, proprietários, direção, professores, funcionários

e alunos continuem a trabalhar em prol da qualidade do ensino profissional,

desenvolvendo um projeto educativo dinâmico e inovador, promovendo a formação

de técnicos qualificados, responsáveis e solidários, de acordo com as necessidades

das empresas, permitindo nestes tempos conturbados encarar o mercado de trabalho

com maior confiança.

João Luís Carvalho

Docente de Matemática

especialmente aos seus diretores, o primeiro e o atual, respetivamente, o Professor

Humberto Novais, profissional que muito admiro e estimo e o Professor Luciano

Vitorino que “vestiu a camisola” da escola desde o primeiro dia.

4. Qual ou quais os motivos que a fazem continuar a colaborar com esta Instituição / Escola?

O facto de continuar a acreditar neste projeto e a possibilidade e o privilégio de

poder contribuir e de ver os resultados e a transformação dos jovens, que optam

por frequentar esta instituição de ensino. Também aprecio bastante o ambiente de

trabalho e o clima de entre ajuda e equipa que existem. Posso afirmar ainda, que cresci

bastante como pessoa e profissional ao longo destes anos de colaboração. Por tudo

isto, só posso estar grata por colaborar com a EPRM.

5. Que mensagem gostaria de deixar à Comunidade Escolar neste ano em que a EPRM comemora o seu 20º aniversário?

A longevidade de uma organização é um dos critérios utilizados para medir o

sucesso da mesma. Portanto, 20 anos é um bom motivo para comemorar e felicitar

todos os que com ela colaboraram ao longo desses anos e que muito ajudaram a

alcançar esse sucesso.

Que este ano de 2012 vai ser um ano difícil, já todos sabemos. No entanto, não

devemos ser pessimistas mas aproveitar a adversidade para repensar as nossas vidas

ao nível das prioridades, das competências e daquilo que consideramos realmente

importante, sempre sem cruzar os braços.

As crises acontecem sempre que há uma rutura do equilíbrio em que supostamente

haveria estabilidade e harmonia e provocam sempre bastante tensão.

A palavra “crise” em chinês tem um duplo significado: “perigo e oportunidade”.

Neste contexto e apesar de tudo, ainda existe a possibilidade de explorar as

oportunidades emergentes e em relação ao perigo, considero-o como alguém disse, “o

que não nos mata torna-nos mais fortes”…

Finalmente, por mais negro que nos pareça o futuro, temos de ter esperança, ser

otimistas, positivos e persistentes, só assim conseguimos ultrapassar as dificuldades

e barreiras com que nos deparamos no nosso dia-a-dia.

Maria João Maia

Docente de Contabilidade e Gestão

PV_Ed 4.indd 10 22-02-2012 17:04:37

Page 11: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 11

Entrevista

1. Há quantos anos leciona na Escola Profissional de Rio Maior?“ Dos primeiros passos à maioridade.”

Leciono na Escola Profissional de Rio Maior desde o segundo ano de funcionamento,

ou seja, há 18 anos.

2. Como define a EPRM?“ Entre a certeza do passado e a incerteza do futuro”

Entre a certeza do passado e a incerteza do futuro, onde uma boa visão estratégica,

focalizada em objetivos partilhados por toda a organização, e com uma estratégia de

motivação e mobilização interna de todos os colaboradores é vital para a sustentabilidade

da Escola. Trabalhar muito e bem, ser exigente com os alunos, ser proativo, antecipar

necessidades, ser criativo, exige – se mais do que nunca num contexto de mudança.

A EPRM resultou de uma iniciativa que mobilizou a Autarquia, a Associação

Empresarial de Rio Maior e a Associação de Produtores Agrícolas. A procura da excelência

ao nível da formação de jovens, levou -a a privilegiar a contratação de profissionais

qualificados nas diferentes áreas profissionais, que asseguravam essencialmente as

disciplinas técnicas e a integrar a sua atuação nas dinâmicas sociais, económicas e

empresariais locais e regionais.

O prestígio alcançado a nível local e regional, permitiu o estabelecimento de

protocolos com diversas empresas, para a colocação de alunos em estágio e permitiu

taxas de empregabilidade muito significativas. Os empresários da região confiavam na

formação destes jovens.

A par do lema “Uma escola/ escolha de sucesso “, a coesão do corpo de colaboradores

e de gerentes, perfeitamente focados nos objetivos estratégicos da organização,

possibilitou que se criasse ao longo do tempo uma cultura e identidade própria e de

pertença. Foi com muito orgulho e satisfação que pertenci a “uma grande família”

com “progenitores” sempre presentes e que se foram revelando capazes de entender

os desafios e responsabilidades, de lidar com os obstáculos e resolvê-los, de ouvir e

atuar. Respeito, dinâmica e capacidade foram vitais para o crescimento e consolidação

do projeto.

3. Sendo uma das professoras mais antigas desta Escola, quais são as principais diferenças entre a EPRM de quando iniciou e a EPRM de hoje?

“ Hoje mais do que nunca exige – se que a escola seja aprendente e criativa”

Existem diferenças e estranho seria se assim não fosse. A Escola já fez 19 anos. Tem

hoje instalações próprias, muitos colaboradores entraram e outros saíram e encontra –

se num processo de maturidade que pode significar um novo ciclo de crescimento ou

declínio. Os objetivos gerais, ao nível do sucesso da formação, da criação de dinâmicas

e envolvimento empresariais, continuam a estar presentes. A concorrência é maior,

mais escolas oferecem formação profissional e é preciso uma maior notoriedade e

diferenciação para atrair os jovens. É também necessário que a formação dos jovens

seja adequada às necessidades das empresas e as supere. Que novas exigências? O que

é que o mercado quer hoje? São questões prévias e para as quais se exige respostas

adequadas.

4. Qual ou quais os motivos que a fazem continuar a colaborar com esta Instituição / Escola?

“ Motivação e gosto” .

Gosto do que faço. Gosto de ensinar e de aprender. Gosto de desafios. Identifico -

me com o projeto e julgo ter um acumulado de experiências pessoais e profissionais

que devo continuar a colocar ao dispor da escola; havendo reciprocidade, continuarei a

trabalhar na EPRM.

5. Que mensagem gostaria de deixar à Comunidade Escolar neste ano em que a EPRM comemora o seu 20º aniversário?

“Um novo paradigma exige atitude, motivação, criatividade e desempenho de

excelência – Não temos hoje emprego e empresas para toda a vida.”

A fase “adulta” da escola exige a perceção muito realista do contexto em que a

mesma se insere. Exige – se da escola uma boa preparação dos jovens ao nível das

competências e atitudes necessárias para o seu desenvolvimento profissional e pessoal.

Os requisitos das competências/tarefas mudam no decorrer do tempo.

O perfil de competências dos alunos terá de ser ajustado e adaptado para refletir

estas mudanças. Os jovens devem adotar uma postura empreendedora, polivalente,

com capacidade de aprender e perceber que a formação os acompanhará ao longo da

sua vida; motivação, atitude positiva e empreendedora, criatividade e responsabilidade,

estão nos primeiros requisitos comportamentais que o mercado de trabalho exige.

As novas lideranças da escola devem ter visão estratégica, devem cultivar a

criatividade e responsabilidade, fomentar uma identidade própria e diferenciadora,

comunicar de forma assertiva e eficaz os objetivos e a estratégia da mesma, que una e

mova colaboradores motivados e comprometidos com o sucesso de todos.

“Que a EPRM continue a ser uma escola/ escolha de sucesso”.

Ana Cristina Figueiredo e Silva

Professora/ Formadora da EPRM

PV_Ed 4.indd 11 22-02-2012 17:04:43

Page 12: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1212

Nas horas vagas...

A maioria das pessoas associa o

Atletismo à corrida de atletas num

estádio ou numa via. No entanto,

trata-se de uma modalidade bastante

mais complexa, compreendendo três

modalidades: corrida, lançamentos

e saltos.

Através da prática do Atletismo

pode treinar-se todos os músculos

do nosso corpo, mas existe uma

modalidade para a qual é necessário

ter muita coragem, o salto com vara.

O salto com vara era a sub-

modalidade que eu mais praticava

e onde tinha maior destaque como

atleta, tendo até conseguido o

segundo lugar do ranking nacional

na época de 2008/2009.

No entanto, a vida dá muitas

voltas e, um certo dia, estava a

treinar e fiz uma lesão grave no

ombro esquerdo que teve como

consequência uma recuperação

de dois meses, obrigando-me a

abandonar esta prática uma vez que a lesão voltou a agravar-se tendo sido

submetido a uma operação e a seis meses consecutivos de fisioterapia que

me impediram, assim, de concluir um dos meus maiores desejos, ser campeão

nacional!

Ainda hoje, passados quase três anos desde a última vez que pratiquei

salto com vara, cada vez que me dói o ombro, lembro-me dos prémios que eu

ganhei e poderia vir a ganhar se este acidente não tivesse ocorrido.

Fica a feliz lembrança de bons tempos vividos e vitórias que alcancei, nunca

esquecendo que o desporto é uma prática extremamente saudável que sempre

tentarei praticar de outras formas.

José Santos

Curso Técnico de Frio e Climatização

O Futebol é um desporto praticado em equipa e é considerado o mais popular do mundo. Talvez por isso seja o meu desporto favorito!

Comecei a praticar futebol com mais ou menos catorze anos de idade quando, em conjunto com os meus pais, emigrei para a Suíça. Esta prática servia para não estar sempre em casa a jogar computador, para conhecer mais amigos permitindo, assim, a minha integração na comunidade em que estava inserido e desenvolver a língua alemã, falada naquele país.

Enquanto permaneci na Suíça, joguei sempre futebol e, neste momento, que já me encontro novamente em Portugal e a estudar na Escola Profissional de Rio Maior, integrei a equipa de Juniores do Núcleo Sportinguista de Rio Maior há dois anos.

Considero o meu grupo uma grande equipa, onde encontrei bons colegas e amigos!

Gostaria de terminar, deixando a perceção de que o futebol não é apenas um desporto que nos favorece a nível físico, mas também uma forma de poder ter mais amigos e saber trabalhar em equipa, desenvolvendo, dessa forma, as nossas competências pessoais.

Gonçalo Figueiredo

Curso Técnico de Instalações Elétricas

Pronunciar-me sobre

a minha entrada para a

Filarmónica de São Sebastião

é fácil, difícil será explicar

essa minha decisão.

Tudo se iniciou quando

eu era pequena e comecei a

assistir a concertos da banda,

gostava imenso do que via.

Para além dos músicos,

parecia que lá existia uma

enorme harmonia e uma

grande animação entre

todos, de tal forma, que

decidi entrar para a banda

uma vez que não tinha nada

a perder caso não me adaptasse. Fui assistir a um ensaio e para mim foi como se estivesse em

casa, pois o ambiente era ótimo e as pessoas bastante simpáticas.

Frequentei as aulas de solfejo através do estudo de pauta e posteriormente as aulas de

trompa com instrumento, e quando os meus superiores verificaram que estava preparada,

comecei a tocar nos ensaios, no entanto, a minha entrada oficial foi no dia 1 de novembro de

2008, data do batismo realizado pelos restantes elementos da banda.

Desde esse dia faço parte da Filarmónica de S. Sebastião e refiro-o com muito orgulho pois

com esta vivência já aprendi muito, desde a responsabilidade que deposito em cada serviço, até

ao crescimento que fui adquirindo como pessoa, pois tive de começar a aceitar as opiniões de

todas as pessoas como também a respeitá-las. Os músicos que fazem parte deste grupo, para

além de amigos, são como uma segunda família pois estão lá para o bem e para o mal, para nos

repreenderem se for necessário e para nos valorizarem quando brilhamos.

Que mais posso dizer? Apenas que sou feliz no seio do grupo que constitui a banda, que

tenho aprendido muito, tenho conhecido pessoas novas, novos lugares, adquirindo mais

responsabilidade através do cumprimento de horários e aceitação de ordens, pois embora

tenhamos pelo meio as nossas discussões, os nossos momentos de loucura e de brincadeira,

continuamos a ser felizes!

Tatiana Henriques

Curso Técnico de Transportes

A associação de Jovens de Arrouquelas, denominada H2O, exímia em desenvolver formas

de participação e comunicação dos jovens através da dinamização de projetos pedagógicos de

âmbito local, regional e internacional, proporcionou-nos no passado mês de abril, coincidente

com as férias da Páscoa,

realizar um intercâmbio

internacional e levou-

nos até Praga, capital da

República Checa, com o

intuito de desenvolver

diversas aprendizagens

e troca de experiências

no âmbito da “Educação

Ambiental”.

O intercâmbio teve

como participantes

sete países Europeus,

nomeadamente a República Checa, Letónia, Finlândia, Macedónia, Arménia, Ucrânia e claro,

Portugal com a representação de três alunos da Escola Profissional de Rio Maior, da turma

12ºA – Curso Técnico de Energias Renováveis – Sistemas Solares, Cátia Catarino, Filipe Nobre

e Guilherme Monteiro.

O encontro tinha como objetivos partilhar conhecimentos, ou seja, ensinar e aprender

diversas questões e procedimentos sobre os hábitos ambientais de outros países.

Nós saímos de Portugal com o objetivo de partilharmos os nossos conhecimentos e

experiências adquiridas ao longo da vida e da frequência do curso Técnico de Energias

Renováveis.

A nossa apresentação consistiu em primeiro lugar, em apelar à importância do apoio

às vítimas de catástrofes naturais, onde cada grupo teve de pintar uma t-shirt e deixar uma

mensagem de apoio.

Na segunda apresentação ensinámos aos participantes como construir um forno solar que

no final servia para assarmos maçãs, tal como já havíamos apresentado na EPRM. Por fim,

fizemos dois jogos ambientais que consistiam em compor uma música ecológica e debater no

“Naturebook” (inventado por nós) problemas e soluções para os diversos problemas ambientais.

Esta foi uma experiência muito gratificante e que jamais iremos esquecer, quer pela

convivência interpessoal, quer pelas aprendizagens adquiridas.

Cátia, Filipe e Guilherme,

Curso Técnico de Energias Renováveis

Saltar bem alto…

Com a bola nos pés...

Chamar a música…

Em intercâmbio…

PV_Ed 4.indd 12 22-02-2012 17:17:08

Page 13: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 13

Visitas de Estudo

Mais uma vez, o Grupo Disciplinar de Educação Física da Escola Profissional de Rio Maior, EM., organizou um grande

dia dedicado às Atividades de Exploração da Natureza. Tal como no ano letivo anterior, esta visita de estudo serviu de

momento avaliativo do Módulo de Atividades de Exploração da Natureza I e II e também uma forma de proporcionar

aos nossos alunos novas experiências e vivências num ambiente mais informal, em pleno espírito de companheirismo

e camaradagem, com os demais colegas e professores. Não esquecendo a presença numa etapa do campeonato do

mundo de Surf “Rip Curl Pro 2011 – Peniche”, que acabou por não se concretizar, uma vez que, para nossa surpresa, o

campeonato tinha terminado no dia anterior.

Foi no dia 20 de outubro de 2011. Todos se encontravam empolgados e expectantes com a participação na visita

de estudo ao “mundo” das atividades de exploração da natureza. Mais uma vez, o encontro dos alunos, das quatro

turmas de 10º ano (A, B, C, D), das duas de 11º ano (A e B) e professores foi feito na escola, para que todos se pudessem

preparar e organizar da melhor forma. De seguida, todos rumámos a Peniche (Praia da Gamboa), local onde decorreriam

as várias atividades de exploração da natureza. Entre conversa, música e espírito de camaradagem a viagem realizou-se

sem qualquer percalço. A agitação era bastante e a vontade de realizar as atividades era maior ainda pois não são todos

os dias que temos atividades deste género! Foi explicado aos alunos como iria decorrer a atividade. Da parte da manhã,

realizaram duas atividades, num sistema de rotatividade e foram as seguintes: jogos de praia, com vários jogos de

dinâmica de equipa (voleibol, futebol, râguebi, entre outros) testando a coesão dos membros da mesma; e por último, a

atividade de maior destaque, pela sua especificidade, dificuldade magia e contacto com a natureza, o surf e bodyboard.

Os alunos tiveram uma aula de surf e bodyboard, onde obtiveram conhecimentos teóricos básicos (segurança e

técnicos), para logo de seguida colocar em prática, da melhor forma possível a “surfar nas ondas”.

Da parte da tarde, os alunos realizaram uma corrida de orientação na zona da “Papôa” em que percorriam um

percurso por trilhos e carreiros, com vários pontos marcados num mapa, em pares ou trios, numa corrida contra o

tempo, aproveitando para apreciar a beleza natural de Peniche.

Do balanço efetuado pelos alunos e professores, podemos afirmar que a atividade correu da melhor forma possível,

atingindo-se os objetivos pedagógicos e sócioafectivos, previamente estabelecidos.

Alguns dos alunos viveram esta experiência pela segunda vez e referiram que esta segunda oportunidade tinha sido

mais proveitosa, uma vez que já tinham adquirido conhecimentos no ano anterior. Para aqueles alunos que foram pela

primeira vez, bastou ver os sorrisos de satisfação esboçados nas suas caras.

A visita de estudo contou com a participação de cento e trinta alunos (parabéns pelo empenho, dedicação e cumprimento de normas) e sete colaboradores (professores que

ajudaram na realização da atividade, a quem desde já agradecemos a vossa colaboração, Obrigado!), para além dos dois professores organizadores.

Mais uma vez, o Grupo Disciplinar de Educação Física quer agradecer à Direção da Escola Profissional de Rio Maior, pela forma arrojada com que voltou a aceitar esta proposta

de visita de estudo e tudo fez para que fosse um sucesso e também à Escola de Surf de Peniche pela forma simpática e profissional com que nos receberam.

Se criámos uma tradição, não sabemos, só o tempo o dirá. Mas que esta, já está... Já!

Para o ano, veremos…

A todos, o nosso sincero OBRIGADO!

Eurico Cavaco

Docente de Educação Física

É senso comum que o que distingue a visita de estudo de um passeio é a sua pertinência e

complemento no âmbito do processo ensino-aprendizagem de uma ou mais disciplinas. Este tipo

de atividade visa a motivação e sensibilização dos alunos para a abordagem de um determinado

conteúdo podendo ter como principal objetivo concretizar e aplicar conhecimentos já adquiridos,

culminando o estudo de um tema.

Assim e no âmbito do tema Os Media abordado nas disciplinas de Português e de Inglês

(módulos 5 e 4), os alunos do 11ºano dos cursos de Instalações Elétricas de de GPSI visitaram o

Museu da RTP com o objetivo de aprender um pouco mais acerca da caixinha mágica que mudou o

mundo das telecomunicações em Portugal.

A visita guiada começou pelas 10 horas da manhã, os nossos alunos tiveram a oportunidade

de conhecer uma parte importante da coleção museológica de rádio e televisão, que de outro modo

seria inacessível ao grande público.

Durante a visita, os alunos tiveram oportunidade de conhecer a Exposição comemorativa dos

50 Anos da RTP, uma galeria com imagens/vídeos de peças museológicas (500 fotografias de rádio

e de televisão), conteúdos televisivos e radiofónicos que fizeram história em Portugal.

Os alunos tiveram, ainda, acesso a um Estúdio Virtual de Televisão onde tiveram oportunidade

de gravar um pequeno programa improvisado.

A atividade prevista para a manhã terminou com uma visita relâmpago aos estudios de gravação

da RTP. Aqui, os alunos puderam observar a gravação de um noticiário que estava a passar em

direto no canal RTP Informação.

À tarde, os nossos alunos assistiram à peça, em língua inglesa “I Spy with my little eye”

dinamizada pela companhia teatral inglesa Interacting, no Auditório Santa Joana Princesa, na zona do Areeiro, Lisboa.

Os atores protagonizaram uma paródia aos filmes de espionagem, com recurso a diálogos simples e bem humorados, cativando a atenção dos alunos das diferentes escolas

que assistiram à peça. Alguns dos presentes (incluindo os nossos alunos) tiveram a oportunidade de subir ao palco e aplicar os seus dotes linguísticos no que à língua inglesa diz

respeito. Excusado será dizer que todos estiveram à altura do desafio atuando de acordo com as diretrizes dos atores. À experiência de pisar um palco, aliou-se a possibilidade de

interagir em inglês. Por este motivo, faz todo o sentido repetir as palavras que a companhia refere na sua apresentação: “Laugh while you learn!” (ri enquanto aprendes).

Sandra Rosa

Docente de Inglês

Visita ao Museu da RTP

Os Desportos de Natureza voltaram à EPRM: Teremos criado uma Tradição?

PV_Ed 4.indd 13 22-02-2012 17:04:53

Page 14: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1214

Visitas de EstudoA realidade enquanto objeto de estudo: a matéria das visitas de estudo

Um olhar sobre as práticas educativas: uma matéria difícil!

O ressurgimento sistemático

de novas propostas para velhas

ideias não é apanágio dos

nossos dias. Não se estranha

por isso que no atual panorama

educativo sejam já visíveis

alterações nas práticas e nas

políticas públicas de educação.

O facto de se ter regressado à

dominação natural das áreas

escolares tradicionalmente

“fortes” (matemática, ciências,

línguas,…), em detrimento das

componentes não escolares

(estudo acompanhado, área de

projeto, educação cívica, …),

parece retomar a velha questão

das (dis)funções da escola e da

sua aparente (in)disponibilidade

para acolher “clientes” menos

aptos e dificilmente ajustáveis

às culturas emergentes. Paira

algures uma sensação “dejá

vu” que, esperamos, nos traga

resultados diferentes dos que o

passado foi registando.

Pressente-se o regresso ao

espaço privilegiado da escola (a

sala) e a deslocação para outros

domínios daquele que é (foi!) o

espaço e o tempo da integração

das coisas que dizem respeito à

escola e à sociedade. Esperamos

neste, como noutros domínios,

não assistir ao seu lento

caminhar rumo ao esvaziamento,

nem à sua redução a mero

“desperdício pedagógico”,

contrário a valores que parecem

regressar à escola e à sociedade

após longo e apurado período

de decantação. Neste sentido,

e salvaguardada a imodéstia

do apelo, aproveitaremos este

espaço para reforçar alguns

dos aspetos ligados à visita

de estudo enquanto atividade

de integração, que (sobre)vive

do contacto com a realidade,

enquanto dimensão de estudo e

análise.

Já por aqui escrevemos sobre

o assunto. Já nos referimos aos

seus intervenientes habituais,

com especial destaque para o

papel do professor que, à falta

de melhor, acolhe em si a parte

substancial das propostas e

dos seus resultados, propondo

releituras diferenciadas para

realidades que nem sempre

se adequam aos desejos e às

expectativas dos participantes.

De facto, a valorização

das experiências e dos

conhecimentos vai-se mantendo

na esfera do professor, já que

no que respeita ao envolvimento

e à participação dos restantes

atores, vamos construindo

opiniões menos consensuais.

Vem isto a propósito

da realização da visita de

estudo “papafreguesias”,

promovida pelo atual curso

Profissional de Técnico de

Manutenção Industrial. Visa-

se, neste contexto, percorrer

in loco e in sito algumas das

freguesias do concelho de Rio

Maior, aproveitando o que

resta do “balanço” permitido

pelos conteúdos de Área de

Integração, componente original

dos cursos profissionais, que

relaciona temas de interesse no

campo das ciências sociais com

problemas concretos retirados

da experiência e da sua postura

reflexiva dos alunos, de acordo

com métodos e técnicas de

análise retiradas do campo

escolar.

A exemplo de outros

momentos, também neste caso

se pretende passar das temáticas

inscritas no manual de apoio (que

se assume como um elemento

perverso), para as práticas reais.

Esta tentativa de promover

transferências entre os espaços

privilegiados das operações

abstratas (escola) e das situações

concretas (sociedade/ natureza)

deve permitir a consolidação de

alguns dos conceitos analisados

em sala e possibilitar o acesso

a espaços de aprendizagem

integrados (bio-geo-sócio-eco).

Na sua versão simplista,

não se estranham as reservas

habituais, do ponto de vista

curricular, relativas à sua eficácia

enquanto estratégia de ensino

e aprendizagem. No entanto,

ao propor a realização de uma

visita, pretende-se, antes de

mais, criar contextos de trabalho

em que seja possível “pôr os

pés na água”, sentir o pulsar da

realidade, invertendo o sentido

das aprendizagens e os contextos

em que se inserem, isto é: passar

da elaboração de propostas

assentes na sistematização de

conceitos, para a apropriação

de elementos concretos, que

emanam da relação que os

alunos aceitam construir face a

uma realidade nova.

Mas se tudo isto é

razoavelmente interessante,

sob o ponto discursivo, já os

resultados nos vão sujeitando

a alguma contenção e reserva,

dado que a transmissão fiel

das pretensões de uma saída

de campo, ou de uma visita

à fábrica mais próxima, nem

sempre colhe sucesso imediato.

Em muitos casos, ficará o dia,

ou parte dele, bem passado

(para uns), se possível sem

grandes exigências e que permita

regressar cedo a casa (para

outros), porque existem sempre

outras propostas, essas sim,

realmente importantes. Vejamos

então a visita “papafreguesias”

em detalhe, para podermos

reter algo em benefício dos seus

defensores.

A matéria dada: o espaço em torno da escola

A ideia surgiu bem cedo,

vinha aliás preparada de anos

anteriores. O grupo de alunos

começou por evidenciar as

descrenças face a uma ideia que

parecia contrariar um percurso

escolar feito de razoabilidade.

Qual o motivo que leva um

conteúdo escolar (a matéria!)

para a rua, associado à a

obrigatoriedade de se utilizar

a bicicleta, ao contrário dos

materiais tradicionalmente

aceites?

Imbuídos do necessário

espirito critico, favorecido pela

tradicional “veia argumentativa”,

os alunos lá forma tolerando

a proposta, apesar das

dissonâncias serem suficientes

para justificações e todo o

tipo de recusa: “Não tenho

bicicleta!”, “Partiu-se o eixo!”,

“Não tem travões!”, “Não estou

habituado!”, “Não vou!”.

Passada a estranheza inicial,

passou-se à fase de preparação,

colocando sobre o espaço

de trabalho o maior número

de elementos disponíveis,

remetendo as práticas, na

sua versão acessível, para o

núcleo de conteúdos inscritos

nas propostas de contacto

com o território em redor da

escola, quer quanto às suas

características geomorfológicas,

quer sociais e económicas, tendo

em vista o reforço das interações

entre todos os alunos.

Uma das primeiras etapas de

trabalho foi a sua denominação.

Em termos de estratégia, optou-

se pela tradicional “tempestade

de ideias”, com ajustes em

função do grupo, transformando

o conceito numa situação

concreta, perante a qual poucos

acreditavam estar perante uma

proposta de trabalho. Dadas as

semelhanças, mais parecia uma

brincadeira de rua.

Com uma simbologia muito

rudimentar, obteve-se uma

designação ajustada, que fez

justiça ao envolvimento do

grupo. Só a partir deste momento

foi possível estabelecer um

compromisso e definir os locais

e os conteúdos associados à

atividade. Apesar das incertezas,

terminou-se a tarefa com uma

abordagem à dimensão física

do projeto: pelo menos 35

quilómetros para observar

algumas das freguesias e testar

a elasticidade do grupo.

Assumido o compromisso,

delimitado o território e

identificados os conteúdos,

partiu-se para a visita,

aproveitando a disponibilidade

do clima e a descrença dos

participantes. Os registos

iniciais confirmaram estas

suposições: pouca atenção ao

enquadramento proporcionado

(habitação, tipologias de

trabalho, mobilidade de pessoas

e bens, clima, população, …). No

entanto, o alinhamento manteve-

se, apesar das manifestações de

cansaço, físico e mental, precoce,

apoiado por uma cantilena

militarizada, a fazer justiça à

motivação dos visitantes.

A perceção do risco, aliada

às interações justificadas no

rude confronto com o relevo

e na ausência das referências

habituais, foi consolidando o

grupo, que atingiu o seu patamar

médio de envolvimento passados

os primeiros quilómetros. Foi

então possível estabelecer

elementos de comparação entre

o que se pretendia observar

e o que se acabou por ver. As

contradições entre as imagens

mentais que se constroem e a

realidade que lhes dá forma,

foram contributos interessantes

para a troca de ideias em torno

dos elementos que se iam

“atravessando no caminho”: as

fronteiras naturais e os limites

construídos pela ação humana

(rio, freguesia, propriedade),

o casario irregular e os efeitos

da massificação das atividades

económicas (suinicultura) e das

práticas florestais (monocultura,

abandono, destruição, …),

o antigo e o moderno, o

desenvolvimento, a tradição e o

progresso, tudo sintonizado na

frequência do grupo.

O trajeto foi evoluindo,

deixando nos participantes

um aparente conforto perante

o abandono temporário das

práticas educativas e o acesso

natural a um novo objeto

de estudo, analisado agora

a partir da sua componente

física, alterando deste modo as

perceções mantidas com base

nas práticas quotidianas e nos

seus efeitos.

Para encerrar a atividade,

após o merecido repouso,

foi solicitada uma produção

PV_Ed 4.indd 14 22-02-2012 17:04:58

Page 15: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 15

Visitas de Estudo

Quais as palavras certas para se dizer Adeus?Se é que palavras certas existem… Talvez um poema, uma música ou uma carta faça isso por nós. No entanto, não deixa de

ser uma tarefa difícil!

Assim, no passado dia 26 de outubro, pelas 18h e 30m, os alunos das turmas 10ºB e 10ºD, curso Técnico de Transportes e Frio

e Climatização, respetivamente, participaram no ” Workshop de Escritos - Com os dias perdidos dentro”, promovido pelo Teatro

Virgínia na cidade de Torres Novas, com Sofia Dinger, uma recente mas talentosa atriz e criadora portuguesa.

Em torno do seu espetáculo Nothing´s ever yours to keep, Sofia Dinger orientou o workshop de escrita em torno da memória e

do esquecimento, defendendo que a evocação do que não nos lembramos, não deixa de ser uma estratégia para não esquecermos

e que os registos diários do que conseguimos concretizar não deixa de ser uma seleção, uma possibilidade ou tentativa. Em que

lugares de memórias, acontecimentos e perdas reconhecemos as nossas vidas, as vidas dos outros?

Neste workshop, procurou-se um esboço da escrita de todos os dias como matéria para chegarmos uns aos outros. E foi assim,

que divididos em grupos ou individualmente, alunos e professores acompanhantes se “isolaram do mundo” por alguns momentos

e, através dos conhecimentos adquiridos ao longo da aprendizagem do Módulo 1 da disciplina de Português – Textos de Caráter

Autobiográfico e das vivências pessoais alcançadas, levaram até ao passado as suas melhores ou piores lembranças e, através de

cartas, autobiografias, autorretratos, partilharam com os presentes, de uma forma muito comovente, aquelas que consideraram

as palavras certas para se dizer Adeus!

Foi um momento bastante intimista nas vivências dos nossos alunos e que certamente não irão esquecer.

Obrigada pela vossa colaboração!

Helena Coelho

Docente de Português

escrita, tomando como base

de trabalho a sinalização das

aprendizagens mais evidentes,

sinalizando problemáticas que

se poderiam analisar a partir

das observações efetuadas. No

fundo, uma estratégia que pouco

difere das tradicionais “revisões

da matéria”, onde se pretende

apenas identificar o que fica

para memória futura, para

que o caráter especulativo do

investimento não se esgote pelo

caminho.

Revisão da matéria dada:

para ir além da “cepa torta”!

Quando se mete a mão ao

bolso e não se confirma o que se

previu, temos (pelo menos!) um

problema: ou ficamos em dívida,

ou recomeçamos a tarefa até se

encontrarem novos meios de

resolução. É claro que existem

outras soluções, mas nem

sempre os meios se ajustam aos

princípios estabelecidos. À falta

de melhor, e para não piorar as

coisas, será razoável reconhecer

que se teremos de continuar a

trabalhar, mais e melhor.

Colocados perante um

dilema, os alunos tentaram,

pelos meios ao seu alcance,

remeter estas questões para

outros espaços e outros tempos.

Alguns afirmaram a sua adesão

obsessiva à prática (“temos que

fazer isto mais vezes, todos os

meses!”), outros transformaram

a árdua tarefa da reflexão num

ato de contrição perante a

componente física (“pensava que

não aguentava!”), outros ainda,

fiéis à sua resistência mental,

abandonaram a tarefa sem mais

demoras (“não faço. Tenho mais

que fazer!”) e, felizmente, alguns

(poucos) arriscaram uma reflexão

empírica mais consequente

(“havia muitos eucaliptos”;

“cheirava muito mal”; “as casas

eram baixinhas”; “o concelho é

maior do que eu pensava!”).

Percorrer os caminhos

da memória costuma ser um

caminho árduo. A lembrança

costuma ser mais fácil de

consultar. Neste caso, de nada

valeria a cábula, a não ser que

na bicicleta houvesse forma de

registar o que vai mexendo (lá

chegaremos!).

Não se pretende com

isto eliminar o que dissemos

inicialmente: mantemos os

propósitos perante a importância

de uma componente empírica

no ensino e na aprendizagem;

regulamos as estratégias por

referência ao que vamos lendo,

observando, reaprendendo;

investimos o que conseguimos

(por vezes mais do que aquilo

que temos), praticamos o que

julgamos saber, tendo em

conta que os resultados, nestas

matérias, continuam a ter um

juro muito baixo, quase residual.

Por estes motivos, valemo-

nos sobretudo do que fica de

imaterial (algo que até parece

da ordem da contradição!): as

sensações, as ambiências, a

expressão, a genuinidade, as

aprendizagens não ligadas às

matérias, mas que se situam para

além delas. O protagonismo dado

aos alunos implica por um lado a

rutura com a tradição educativa

e, por outro, a alternância

entre intervenções centradas

em temas, em problemas e em

projetos, atenuando os riscos

associados à mistura explosiva

entre ensino e animação. Deste

modo, propõe-se aos alunos uma

Vivemos, atualmente, na era das novas tecnologias, onde impera a inovação e o progresso técnico e muitos se deixam seduzir por um simples clique de um botão. Exemplo disso é a Internet e a sua crescente importância na divulgação de informação. Jornais, revistas, programas de rádio e de televisão, tudo está ao alcance de todos através de um pequeno ecrã e em poucos segundos. É fácil constatar que cada vez menos se folheia um jornal para se obter informação e cada vez mais se ignora o facto de que foi este o primeiro meio de comunicação social.

Assim, na tentativa de valorizar a importância dos media na sociedade, e em particular a importância do Jornal, as turmas de Energias Renováveis (Sistemas Eólicos) e de Turismo Ambiental e Rural, da EPRM, participaram num Workshop promovido pelo MediaLab, em parceria com o Diário de Notícias, e desta forma, puderam conhecer a história deste jornal bem como constatar o seu papel ativo na sociedade e nos acontecimentos mais marcantes. Contudo, história à parte, o mais emocionante para os alunos foi mesmo o facto de assumirem o papel de jornalistas e editores, por uns breves momentos, e criarem eles próprios a primeira página de um jornal, selecionando e redigindo as notícias, escrevendo os títulos e escolhendo as imagens. Foi, na verdade, uma iniciativa que mereceu o agrado de todos, pois se estudar os media em sala de aula pode parecer apenas mais um conteúdo, compreender a sua organização e o seu funcionamento torna-se muito mais interessante e apelativo.

Mas se hoje se valoriza cada vez mais o futuro, importa também não esquecer o passado e o papel que ele possa ter tido para as inovações que ocorreram até então. O Museu da Água é um exemplo marcante que chegou até aos nossos dias e que teve anteriormente grande relevância para os habitantes da cidade de Lisboa. O Museu, constituído por quatro núcleos distintos, é composto pelo Aqueduto das Águas Livres, pela Mãe d’Água das Amoreiras, pela Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos e pelo Reservatório da Patriarcal. Este último, situado no subsolo do Jardim do Príncipe Real, foi visitado pelas duas turmas da EPRM e foi em tempos o reservatório mais importante na rede de distribuição de água da baixa lisboeta. Foi construído entre 1860 e 1864 e era abastecido pelo Aqueduto das Águas Livres. O reservatório da Patriarcal é uma enorme cisterna em alvenaria, com planta octógona que funcionou até aos anos 40 do século XX. Contudo, se hoje basta rodarmos a torneira para termos água a qualquer momento e em toda a parte, nem sempre isso aconteceu e a água foi já um bem escasso para as populações. É lamentável que nos esqueçamos tão depressa de que nem sempre tudo foi como hoje, conseguindo, assim, desvalorizar o que temos no presente, por nos parecer tão banal.

Ana Rita Loureiro

Docente de Português e Francês

Do Museu da Água ao DN

intervenção que permite resolver

e ultrapassar dilemas concretos.

Dito de outro modo: poderá a

“cepa torta” transformar “uva

mijona” em casta de referência?

João Paulo Colaço

Docente de Área de Integração

PV_Ed 4.indd 15 22-02-2012 17:05:08

Page 16: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1216

Palavra aos Alunos

NOME• Rute SeabraIDADE• 15 anosCLUBE• Benfi ca UM LIVRO• AmanhecerUM FILME•Step Up UMA MÚSICA• Extreme - More than words

UMA VIAGEM DE SONHO• ParisQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• FotosGOSTAVA DE SER•Diretora de uma EmpresaO MEU PRATO PREFERIDO É• Frango à BrásSARDINHAS OU LAGOSTA• LagostaO ESTADO DO PAÍS• LamentávelO ENSINO PROFISSIONAL• É mais acessívelA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Aconselhável e Agradável AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Muita sorte e felicidades

NOME• Liliana SantosIDADE•18 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• O nome do Vento UM FILME• Dear John UMA MÚSICA• Clandestino

UMA VIAGEM DE SONHO•AustráliaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FAL-TAR•Água GOSTAVA DE SER• Engenheira CivilO MEU PRATO PREFERIDO É• LasanhaSARDINHAS OU LAGOSTA•LagostaO ESTADO DO PAÍS•PéssimoO ENSINO PROFISSIONAL• Melhor que o regularA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Muito boaAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• O melhor de tudo

NOME• Daniel Paixão IDADE•16 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• Os 5 em AcçãoUM FILME• Velocidade Furiosa 5 UMA MÚSICA• Bruno Mars

UMA VIAGEM DE SONHO•AustráliaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FAL-TAR• ComputadorGOSTAVA DE SER• MotoristaO MEU PRATO PREFERIDO É• Bacalhau com NatasSARDINHAS OU LAGOSTA•SardinhasO ESTADO DO PAÍS•PéssimoO ENSINO PROFISSIONAL• BomA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Do melhorAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO • Um bom futuro com muito trabalho

NOME• Hugo Luis IDADE•15 anosCLUBE•Benfi caUM LIVRO• Uma AventuraUM FILME• Velocidade Furiosa UMA MÚSICA• Kizomba, Trance

UMA VIAGEM DE SONHO•IbizaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Máquina fotográfi ca e produtos de higieneGOSTAVA DE SER•Militar ou EnfermeiroO MEU PRATO PREFERIDO É• Bacalhau com Natas ou Bifi nhos com cogumelosSARDINHAS OU LAGOSTA•LagostaO ESTADO DO PAÍS•Miserável O ENSINO PROFISSIONAL• Está razoável A ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É uma escola divertida e existe uma grande ajuda de todos os seus membrosAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Muita alegria , diversão, festas, aventuras e que consigam um emprego com um salário de 1000€ ou mais e se puderem, emigrem.

NOME• Gerson VieiraIDADE• 20 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• A verdade é que não sou muito dedicado à leitura! UM FILME• “The Hangover Part II”UMA MÚSICA “BANDA EM GERAL”• “Red Hot Chilli Peppers”

UMA VIAGEM DE SONHO• Nova YorkQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Boa Disposição e vontade de descansar!GOSTAVA DE SER• Uma boa questão! Numa altura difícil como estas, o futuro é sempre incerto!O MEU PRATO PREFERIDO É• Bacalhau com natasSARDINHAS OU LAGOSTA• Sardinhas.O ESTADO DO PAÍS•Sou realista e admito que o nosso país vai de mal a pior!O ENSINO PROFISSIONAL• Vejo o ensino profi ssional como uma mais-valia para a necessidade de ter mais “mão-de-obra” qualifi cada, para vários empregos, áreas e empresas. A ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR•Ótima! A meu ver uma das melhores escolas a nível nacional dedicada ao ensino profi ssional; AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO•Sendo eu um aluno fi nalista também, resta-me desejar a todos os outros colegas fi nalistas os parabéns a todos aqueles que chegaram “até aqui”. As minhas palavras para todos, são palavras de encorajamento, força e dedicação. Boa sorte e bons sucessos a todos os fi nalistas!

O que faltava saber sobre os Delegados...

PV_Ed 4.indd 16 22-02-2012 17:05:12

Page 17: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 17

Palavra aos Alunos

NOME•Daniel SimõesIDADE•16 anosCLUBE•SportingUM LIVRO• Filhos da DrogaUM FILME•Avatar UMA MÚSICA• 30 Seconds to Mars -

HurricaneUMA VIAGEM DE SONHO• A volta ao mundoQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Telemóvel e InternetGOSTAVA DE SER• Engenheiro ElectrotécnicoO MEU PRATO PREFERIDO É• Polvo à LagareiroSARDINHAS OU LAGOSTA• Lagosta O ESTADO DO PAÍS• A endireitar-se O ENSINO PROFISSIONAL• Foi a melhor coisa que me aconteceuA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É a mãe de uma grande Família AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Que corra tudo bem e encontrem um trabalho rapidamente

NOME•Rute SantosIDADE•18 anos CLUBE• SportingUM LIVRO• Filhos do AbandonoUM FILME• A melodia do Adeus UMA MÚSICA• Daquilo que eu chamo

de AmorUMA VIAGEM DE SONHO• VenezaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Uma boa companhiaGOSTAVA DE SER• Diretora de um hotelO MEU PRATO PREFERIDO É• LasanhaSARDINHAS OU LAGOSTA•SardinhaO ESTADO DO PAÍS•Péssimo O ENSINO PROFISSIONAL• É um ensino muito bom que nos proporcionará um bom futuroA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• A MELHOR AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Que para o futuro consigam ter um trabalho e uma vida estável. Boa Sorte!

NOME• Ruben Correia IDADE•18 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• Uma aventuraUM FILME• 2012UMA MÚSICA• David Guetta - Memories

UMA VIAGEM DE SONHO• Brasil QUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Dinheiro, telemóvel, comida, bebidas, raparigasGOSTAVA DE SER• MecânicoO MEU PRATO PREFERIDO É• BitoqueSARDINHAS OU LAGOSTA•NenhumaO ESTADO DO PAÍS• Está malO ENSINO PROFISSIONAL• É muito bom A ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É uma escola muito gira. Tem boas condições e é 5 estrelas porque tem um diretor bacano.AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Boas notas

NOME• Bárbara CostaIDADE• 20 anosCLUBE• Sporting, és o meu campeão!UM LIVRO• Queimada Viva… UM FILME•Avatar, O turista, Alvin e os esquilosUMA MÚSICA

• Sum 41 – Pieces, Luan Santana – Amar não é pecado, Hoobastank – The reasonUMA VIAGEM DE SONHO• EgitoQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Ora… não pode faltar dinheiro…GOSTAVA DE SER• Gosto de mim como sou, mas para o futuro gostava de pelo menos ter trabalho O MEU PRATO PREFERIDO É• Bouble Chesse Natura, do Mc Donald´sSARDINHAS OU LAGOSTA• SardinhasO ESTADO DO PAÍS• De mal a pior… Apetece “fugir”…O ENSINO PROFISSIONAL• Na minha opinião este tipo de ensino prepara melhor e com mais qualidade os alunos para o mundo do trabalhoA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É uma famíliaAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Nunca desistam, lutem sempre pelo que desejam

NOME• Eusébio AlmeidaIDADE•16 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• O diário de Anne FrankUM FILME• Avatar UMA MÚSICA

• Adele- Someone like youUMA VIAGEM DE SONHO•Brasil QUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• A minha irmãGOSTAVA DE SER• Como o meu tio O MEU PRATO PREFERIDO É• LasanhaSARDINHAS OU LAGOSTA•Nenhuma O ESTADO DO PAÍS•Uma misériaO ENSINO PROFISSIONAL• BomA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É boa AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Bons resultados e boa sorte para o futuro

NOME• Gabriel TofesIDADE• 17 anosCLUBE• Sport Lisboa e Benfi caUM LIVRO• Uma AventuraUM FILME• Quem quer ser bilionárioUMA MÚSICA• Arctic Monkeys - brian-

stormUMA VIAGEM DE SONHO• CaraíbasQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• DinheiroGOSTAVA DE SER•DesignerO MEU PRATO PREFERIDO É• MariscoSARDINHAS OU LAGOSTA• LagostaO ESTADO DO PAÍS• Está um pouco mau, mas acredito que melhore.O ENSINO PROFISSIONAL• É muito bom, aconselhoA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Uma escola ótimaAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Neste caso, e tambem a mim, desejo muita sorte para a vida futura, se arranjarem emprego que o estimem porque está difícil e, se for da área em que obtiverem qualifi cação, melhor ainda.

O que faltava saber sobre os Delegados...

PV_Ed 4.indd 17 22-02-2012 17:05:21

Page 18: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1218

Acordo Ortográfico

AS MUDANÇAS ABRANGEM APENAS CERCA DE 2%

DO LÉXICO DA LÍNGUA PORTUGUESA.

Características Genéricas

- Privilegia-se mais o critério fonético (PRONÚNCIA) do que o

critério etimológico

(ORIGEM);

- Inclusão de três novas letras no alfabeto português – Y ; K ; W

- Sistematização do uso de maiúsculas e minúsculas;

- Supressão gráfica de consoantes mudas ou não articuladas;

- Mudanças na acentuação gráfica;

- Redução e sistematização das regras de emprego do hífen;

- Ocorrência de duplas grafias.

1. Alfabeto da Língua Portuguesa

1.1.Introdução de três novas letras: - K (capa ou cá)

- Y (ípsilon ou i grego)

- W (dáblio ou dâblio)

Nota: O alfabeto português é formado por vinte e seis letras.

1. Alfabeto da Língua Portuguesa

1.2.O seu uso verifica-se em:

a) NOMES PRÓPRIOS E SEUS DERIVADOS:

Darwin – darwinismo

Kant – Kantiano

b) TOPÓNIMOS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA E PALAVRAS QUE

DELES DERIVAM:

Kosovo - Kosovar

Washington - washingtoniano

1. Alfabeto da Língua Portuguesa

c) NAS SIGLAS, SÍMBOLOS E UNIDADES DE MEDIDA INTERNACIONAIS:

Kg ( quilograma); WWW ( World Wide Web);

Km ( quilómetro);WC ( Water Closet)

d) NAS PALAVRAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DE USO CORRENTE:

Kart, windsurf, yoga, carjacking, whisky

2. Maiúsculas e Minúsculas

2.1. Uso da minúscula:

a) Meses do ano: janeiro, abril, novembro, etc.

b) Estações do ano: primavera, verão, outono, inverno

c) Designações usadas para mencionar alguém cujo nome

se desconhece: fulano, sicrano, beltrano

d) Pontos cardeais, colaterais e subcolaterais:

norte, este, sudeste, és-nordeste, etc.

2. Maiúsculas e MinúsculasATENÇÃO!

Se as designações anteriores se referirem a uma região, ou quando se usam as

correspondentes abreviaturas, escrevem-se com inicial maiúscula.

Ex: O Norte está em festa.

S 41º

2. Maiúsculas e Minúsculas 2.2. Uso facultativo da minúscula ou maiúscula:

a) Disciplinas escolares, cursos e domínios de saber:

matemática ou Matemática

b) Nomes de vias, lugares públicos, monumentos ou edifícios:

Torre dos Clérigos ou torre dos Clérigos

Rua da Alegria ou rua da Alegria

Igreja da Graça ou igreja da Graça

2. Maiúsculas e Minúsculas c) Formas de tratamento, expressões que exprimem reverência,

hierarquia, cortesia:

Santo António ou santo António

Senhor Doutor ou senhor doutor

Exmo. Senhor ou exmo. senhor

Vossa Santidade ou vossa santidade

d) Títulos de livros ou obras, exceto o primeiro elemento e os nomes

próprios que se grafam com maiúscula inicial:

Memorial do Convento ou Memorial do convento

O Crime do Padre Amaro ou O crime do padre Amaro

3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas

O Acordo Ortográfico prevê a supressão das consoantes mudas ou não

articuladas. Nos casos em que existe oscilação da pronúncia, aceitam-se as

duas grafias.

3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas

3.1. Consoantes mudas

São suprimidas as consoantes mudas ou não articuladas

em determinadas sequências consonânticas.

Mantêm-se as consoantes que se pronunciam, ou seja, todas

aquelas que são articuladas.

Assim, há vocábulos com as mesmas sequências consonânticas

cuja ortografia muda e outros cuja ortografia não muda.

Quando a mudança ocorre nas sequências mpc; mpç e mpt, o m passa a n,

em obediência a outra regra ortográfica:

Assumpção – assunção peremptório - perentório

3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas

3.2. Duplas grafias

Estabelece-se a aceitação de dupla grafia dos numerosos vocábulos

em que se verifica a oscilação de pronúncia, ou seja, nos casos em que a

norma culta portuguesa produz, para o mesmo vocábulo, uma pronúncia em

que a consoante é articulada e outra pronúncia sem registo dessa consoante.

3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas

3.2. Exemplos:

- característica ou caraterística;

- sector ou setor;

- facto ou fato;

- insecticida ou inseticida;

- recepção ou receção;

- dactilografia ou datilografia;

- infecção ou infeção, etc…

MUDA:

CC - C

- accionar – acionar

- coleccionar – colecionar

- direccional – direcional

- fraccionar – fracionar

- leccionar – lecionar

- seleccionar - selecionar

NÃO MUDA:

CC - CC

- faccioso

- ficcional

- friccionar

- etc…

PORQUE A CONSOANTE

SE PRONUNCIA.

MUDA:

CÇ- Ç

- Acção – ação

- Colecção – coleção

- Direcção – direção

- Fracção – fração

- Injecção – injeção

- Selecção - seleção

NÃO MUDA:

CÇ - CÇ

- convicção;

- ficção;

- sucção

- etc…

PORQUE A CONSOANTE

SE PRONUNCIA.

MUDA:

CT- T

-actual – atual

- adjectivo – adjetivo

- colectivo – colectivo

- directo – direto

-electricidade – eletricidade

- objecto – objeto

NÃO MUDA:

CT - CT

- bactéria;

- compacto;

- convicto;

- intelectual;

PORQUE A CONSOANTE

SE PRONUNCIA.

MUDA:

PC - C

- anticoncepcional - anticon-

cecional

- decepcionar – dececionar

- excepcional – excecional

- recepcionista - rececionista

NÃO MUDA:

PC - PC

- egípcio

- núpcias

- opcional

- etc…

PORQUE A CONSOANTE

SE PRONUNCIA.

MUDA:

PÇ - Ç

- acepção – aceção

- adopção – adoção

- decepção – deceção

- excepção – exceção

- intercepção – interceção

- recepção - receção

NÃO MUDA:

PÇ - PÇ

- corrupção;

- erupção;

- interrupção;

- opção; etc…

PORQUE A CONSOANTE

SE PRONUNCIA

Afi nal, o que mudou?

PV_Ed 4.indd 18 22-02-2012 17:05:36

Page 19: Jornal EPRM

Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 19

4. Acentuação Gráfi ca 4.1. Supressão do acento a) As palavras graves com o ditongo tónico oi:

- asteróide – asteroide

- bóia – boia

- heróico – heroico

- jibóia – jiboia

- jóia – joia

4. Acentuação Gráfi ca 4.1. Supressão do acento b) As formas verbais graves terminadas em eem:

- crêem – creem

- dêem – deem

- descrêem – descreem

- lêem – leem

- relêem – releem

- revêem – reveem

- vêem - veem

4. Acentuação Gráfi ca 4.1. Supressão do acento

c) Os verbos arguir e redarguir:

- argúis, argúi, argúem – arguis, argui, arguem

- redargúis, redargúi, redargúem – redarguis, redargui,

redarguem

4. Acentuação Gráfi ca 4.2. Acentos diferenciais

4. Acentuação Gráfi ca

4.3. Facultatividade

a) Nas formas verbais terminadas em –ámos ( pretérito perfeito

do indicativo dos verbos da 1ª conjugação):

- andámos – andamos

- falámos – falamos

- passámos – passamos

4. Acentuação Gráfi ca

4.3. Facultatividade

b)Forma verbal da 1.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo

do verbo dar:

dêmos ou demos

c)Nome feminino que significa ‘molde’ ou ‘recipiente’:

forma ou fôrma

d) Alguns verbos em -guar, -quar, -quir:

averiguo ou averíguo

4. Acentuação Gráfi caATENÇÃO!

4. Acentuação Gráfi ca

4.4. Dupla acentuação a) Palavras graves e esdrúxulas com e e o tónicos seguidos das

consoantes nasais m ou n com as quais não formam sílaba:

ténis e tênis Br / oxigénio e oxigênio Br

b) Palavras agudas com e e o tónicos, geralmente provenientes

do francês, em que há oscilação de pronúncia:

bebé e bebê Br

4. Acentuação Gráfi ca

4.4. Dupla acentuação c) Palavras agudas terminadas em o fechado:

judo e judôBr / metro e metrôBr

4. Acentuação Gráfi ca

4.5. Norma brasileira

a)Palavras graves com ditongo tónico éi:

assembléiaBr > assembleia idéiaBr > ideia

b)Palavras graves com i e u tónicos precedidos de ditongo:

baiúcaBr>baiuca

c) Palavras graves terminadas em o duplo:

enjôoBr> enjoo vôoBr> voo

d) Palavras com trema:

lingüistaBr > linguista tranqüiloBr > tranquilo

5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen

a) Locuções de uso geral:

cartão-de-visita > cartão de visita

fim-de-semana > fim de semana

5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen

b) Compostos em que se perdeu a noção de composição:

manda-chuva > mandachuva

pára-quedas > paraquedas

5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen c) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados em vogal e

em que o segundo elemento começa por r ou s, duplicando-se estas consoantes:

anti-rugas > antirrugas

co- seno > cosseno

contra – reacção > contrarreação

micro – sistema > microssistema

mini – saia > minissaia

semi- recta > semirreta

ultra-secreto > ultrassecreto

5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen d) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados

em vogal e em que o segundo elemento começa por vogal diferente:

Agro – industrial > agroindustrial

auto-estrada > autoestrada

Co – autor > coautor

extra-escolar > extraescolar

Hidro – eléctrico > hidroelétrico

Pluri – anual > plurianual

5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen

e) Formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo

haver seguidas da preposição de:

hei-de > hei de

hás-de > hás de

hão-de > hão de

5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen a) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados em

vogal e em que o segundo elemento começa pela mesma vogal:

- anti-inflamatório

- contra – almirante

- infra – axilar

- intra – arterial

- micro-ondas

- semi - interno

5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen b) Palavras formadas pelos prefixos ou falsos prefixos em que o segundo

elemento começa por h:

anti – higiénico

extra – humano

pré – história

super – homem

semi - hospitalar

5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen

d) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados

em consoante e em que o elemento seguinte começa por consoante

igual:

inter – regional

hiper – requintado

sub – bibliotecário

super - resistente

5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen e) Compostos que designam espécies botânicas ou zoológicas:

estrela-do-mar erva - doce

feijão-verde couve - flor

f) Palavras formadas pelos prefixos pós-, pré- e pró-:

pós-graduação

pré-escolar

pró-vida

Agora para para refletir! Não fiques a olhar para o teto.

As alterações não são um bicho de sete cabeças.

Não leem algumas consoantes? Logo não as escrevam...Com o Acordo,

as joias não ficam mais baratas, mas ficam mais leves sem o acento. Os

antirrugas não deixam de existir e até têm mais uma letra. Precisamos

de ser um pouco autodidatas. Está na hora de uma autoeducação e

não vale a pena fazer um trinta e um. Qualquer professor, encarregado

de educação ou aluno deve tentar ser perfeccionista ou perfecionista.

Prezamos a correção, por isso, vamos cooperar! Precisam de

um tira-dúvidas?! Consultem as nossas obras de referência.»

Votos de um ótimo trabalho!

É de salientar que já não se acentuavam

palavras com idêntico ditongo oi, como de-

zoito, comboio, boina…

AO 1945 AO 1990

pára (forma do verbo parar) / para(preposição) para

Pêlo(nome) / pélo (forma do verbo pelar) /pelo(contração) pelo

péla (forma do verbo pelar) /péla (nome)/ pela(contração pela

pêra (nome) / pera (preposição arcaica) pera

pêro (nome) / pero (conjunção arcaica) pero

coa (contração) /côa (nome) /Coa (topónimo) coa/Coa

O acento continua a ser obrigatório em pôde (3.ª pessoa do pre-

térito perfeito do indicativo de poder) para diferenciar de pode

(3.ª pessoa do presente do indicativo de poder) e em pôr (infini-

tivo) para distinguir de por (preposição).

Exceções:

fêmea, sêmola e têmpera

Exceções:

água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-

-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

Exceções:

Com os prefixos – co e –re não se em-

prega o hífen:

coobrigação; coocorrente; reescrever;

reexaminar; reeleição

Se o elemento seguinte começa por

uma consoante diferente ou por uma

vogal, não se usa hífen: hipermercado,

superinteressante.

Exceções:

Nas formações com os prefixos – des, -in e –re não se

emprega o hífen:

desumano, inábil, reabilitar

PV_Ed 4.indd 19 22-02-2012 17:05:39

Page 20: Jornal EPRM

PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1220

Técnico de Energias Renováveis - Sistemas Solares

Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas

CIO

-CU

LTU

RA

L Português 320

Língua Estrangeira I, II, III 220

Área de Integração 220

Tecnologias da Informação e Comunicação 100

Educação Física 140

1000

CIE

NTÍ

FIC

A Matemática 300

Física e Química 200

500T

ÉC

NIC

A Tecnologias e Processos 435

Organização Industrial 120

Desenho Técnico 300

Práticas Ofi cinais 325

Formação Contexto Trabalho 420

1600

Total 3100**

SAÍDA PROFISSIONALTéc. Instalador de Sistemas Solares – Qualifi cação Profi ssional de Nível IV

FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃO08 Mecânica 522 -Electricidade e Energia

NOTAS

* Curso aprovado pela Portaria 944/05 de 28 de Setembro

**Cargas horárias a distribuir pelos três anos

Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições

Técnico de Instalações Elétricas

Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas

CIO

-CU

LTU

RA

L Português 320

Língua Estrangeira I, II, III 220

Área de Integração 220

Tecnologias da Informação e Comunicação 100

Educação Física 140

1000

CIE

NTÍ

FIC

A Matemática 300

Física e Química 200

500

CN

ICA Eletricidade e Eletrónica 423

Tecnologias Aplicadas 232

Desenho Esquemático 141

Práticas Ofi cinais 384

Formação Contexto de Trabalho 420

1600

Total 3100**

SAÍDA PROFISSIONALTécnico de Instalações Eléctricas – Qualifi cação Profi ssional de Nível IV

FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃOElectricidade e Electrónica 522 –Electricidade e Energia

NOTAS

* Curso aprovado pela Portaria 890/05 de 26 de setembro

** Cargas horárias a distribuir pelos três anos

Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições

Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade

Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas

CIO

-CU

LTU

RA

L Português 320

Língua Estrangeira I, II, III 220

Área de Integração 220

Tecnologias da Informação e Comunicação 100

Educação Física 140

1000

CIE

NTÍ

FIC

A Psicologia e Sociologia 200

História da Cultura e das Artes 200

Matemática 100

500

CN

ICA Marketing 270

Comunicação Publicitária e Criatividade 240

Técnicas e Práticas de Comunicação e R. P. 240

Comunicação Gráfi ca e Audiovisual 430

Formação Contexto Trabalho (Estágio) 420

1600

Total 3100**

SAÍDA PROFISSIONALTécnico Comunicação/Marketing Rel. Públicas e Publicidade– Nível IV

FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃOComunicação, Imagem e Som 342 -Marketing e Publicidade

NOTAS

* Curso aprovado pela Portaria 1286/06 de 21 de novembro

** Cargas horárias a distribuir pelos três anos

Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições

Técnico de Auxiliar de Saúde

Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas

CIO

-CU

LTU

RA

L Português 320

Língua Estrangeira I, II, III 220

Área de Integração 220

Tecnologias da Informação e Comunicação 100

Educação Física 140

1000

CIE

NTÍ

FIC

A Matemática 200

Física e Química 150

Biologia 150

500

CN

ICA Saúde 355

Gestão e Org. dos Serviços e Cuidados de Saúde 200

Comunicação e Relações Interpessoais 175

Higiene, Segurança e Cuidados Gerais 450

Formação Contexto Trabalho (Estágio) 420

1600

Total 3100**

SAÍDA PROFISSIONALTécnico Auxiliar de Saúde - Nível IV

FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃOTecnologias da Saúde 729 -Educação e Formação de Saúde

NOTAS

* Curso aprovado pela Portaria Nº1041/2010 de 07 de outubro

** Cargas horárias a distribuir pelos três anos

Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições

CICLO DE FORMAÇÃO 2012/2015

INSCRIÇÕES

_ 14 de maio a 9 de julho de 2012

SELECÇÃO DOS CANDIDATOS

_ 11 de julho de 2012

MATRÍCULAS

_ 12 e 13 de julho de 2012

AUXÍLIOS SOCIOECONÓMICOS (ATRIBUÍDOS NAS CONDIÇÕES LEGALMENTE PREVISTAS):

- SUBSÍDIO DE ALIMENTAÇÃO

- SUBSÍDIO DE TRANSPORTE

- SUBSÍDIO DE ALOJAMENTO

- BOLSA DE PROFISSIONALIZAÇÃO

APOIO PEDAGÓGICO A MATEMÁTICA E FÍSICA E QUÍMICA

PV_Ed 4.indd 20 22-02-2012 17:21:41