jornal eprm
DESCRIPTION
Divulgação das noticias da EPRMTRANSCRIPT
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 1
n o t í c i a s d a e s c o l a p r o f i s s i o n a l d e r i o m a i o r d i s t r i b u i ç ã o g r a t u i t a • e d i ç ã o n . º 4 • a n o 4 [ 2 0 1 1 ’ 1 2 ]
Teremos criado uma Tradição?
Oferta Formativa para 2012/2013Novos Cursos/Novas TurmasEPRM oferece Equipamentos
de Proteção Individual aos seus alunos
- Cursos Profissionais:
* Técnico de Comunicação, Marketing, Relações
Públicas e Publicidade;
* Técnico de Instalações Elétricas;
* Técnico de Auxiliar de Saúde;
* Técnico de Energias Renováveis / Sistemas Solares.
PV_Ed 4.indd 1 22-02-2012 16:59:28
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’122
propriedadeEPRM, Escola Profissional
de Rio Maior, Lda, EM
diretorLuciano Vitorino
coordenação da edição Helena Coelho e Inês Sequeira
colaboradoresLuciano Vitorino, João Paulo Colaço, Issac Duarte, João
Carvalho, Ana Cristina Silva, Maria João Maia, Claúdia
Solange Gomes, Helena Coelho, Sónia Duarte, Sandra Costa,
Sandra Rosa, Ana Rita Loureiro, Pedro Guedes, CT Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, CT Energias
Renováveis/Sistemas Solares, CT Turismo Ambiental e Rural,
CT Energias Renováveis/ Eólicos, CT de Transportes,
CT Manutenção Industrial, CT de Frio e Climatização, CT
de Eletrónica, Automação e Instrumentação, CT de Design e
CT de Gestão.* os artigos publicados são da responsabilidade dos seus
autores e não vinculam a Escola Profissional de Rio Maior
paginação Inês Sequeira
impressão
rioGráfica
Tip. Santos & Marques, Lda.
tiragem
1000 exemplares
periodicidadeAnual
distribuição gratuita
contactos
www.eprm.pt;
www.facebook.com/epriomaior
FICHA TÉCNICA
Editorial
Num tempo em que a palavra mais abundantemente utilizada,
seja na televisão, na rádio, na imprensa, nas conversas familiares
ou entre amigos é CRISE, ocorreu-me abordar aquela que me parece
ser a melhor “arma” de que os jovens poderão dispor, em particular
os alunos da EPRM, para responder a essa CRISE. Pessoalmente, não
tenho dúvidas de que a melhor forma que todos temos de assegurar
um futuro mais risonho é aumentar as nossas competências, através
do reforço da nossa FORMAÇÃO e QUALIFICAÇÃO.
Vários estudos garantem que quanto melhor for a formação do
indivíduo e maior for o seu nível de qualificação, maiores serão as
garantias de estabilidade do emprego. Os números são prova disso
mesmo: mais de 70% dos desempregados só estudaram até ao 9º. ano
de escolaridade. Mas, mais preocupante é o facto de quanto menor é
o grau de escolarização do desempregado, maior é a probabilidade de
se tornar num desempregado de longa duração.
De uma forma mais ampla, é unânime entre os especialistas que
para o nosso país se transformar num país verdadeiramente autónomo
e viável, terá que aumentar a sua produtividade e competitividade.
Também existe consenso no caminho que é necessário percorrer para
que tal suceda: AUMENTAR A FORMAÇÃO E A QUALIFICAÇÃO DOS
PORTUGUESES.
Aliás, na “Magna Carta da Competitividade 2011”, emanada pela
AIP (Associação Industrial Portuguesa) em Dezembro de 2011, em
que é apontada como VISÃO ESTRATÉGICA fazer de Portugal, nos
próximos dez anos, um dos dez países mais desenvolvidos e atrativos
da União Europeia. No cenário em que atualmente vivemos, pode-nos
parecer um desiderato inalcançável. Contudo, a AIP aponta o caminho:
“Exige-se um forte empenho da sociedade portuguesa na economia do
conhecimento, baseado num crescimento sustentado, na qualidade e
na inovação”. Na opinião da AIP, para que possamos alcançar a meta
traçada, é necessário adaptar os sistemas de educação e de formação
às exigências da sociedade do conhecimento; desenvolver um sistema
de formação profissional contínua (life learning) tendente ao reforço
da produtividade do trabalho, da competitividade das empresas.
Em suma, fica claro que aqueles que lideram o nosso país em
termos de tecido industrial e produtivo têm como visão a necessidade
de mudança de paradigma, que passa, necessariamente, pela aposta
na EDUCAÇÃO, na FORMAÇÃO e QUALIFICAÇÃO dos portugueses.
Só assim poderemos ter uma sociedade mais empreendedora,
mais inovadora, mais criativa, mais produtiva, mais competitiva e,
consequentemente, mais inclusiva, mais igualitária e mais justa.
Portanto, o reforço da qualificação dos portugueses constitui
o principal desafio estratégico de Portugal, reconhecendo-se o
papel da educação e da formação como fatores insubstituíveis de
desenvolvimento económico e tecnológico, da coesão social, do
desenvolvimento
pessoal e do
exercício pleno da
cidadania.
O mercado de
emprego é cada
vez mais global
e tenderá a ser
mais exigente
nas qualificações
profissionais dos
indivíduos, o que implica, em última instância, a valorização dos
recursos humanos, possibilitar às organizações uma mão-de-obra
mais qualificada com reflexos importantes a nível de produtividade
e competitividade, contribuindo também para uma melhoria de
inserção na vida ativa. Nesta perspetiva, a formação profissional é
um agente de mudança fundamental no processo de ajustamento
das qualificações profissionais e das competências dos indivíduos
às exigências da sociedade/mercado de emprego e constitui, acima
de tudo, uma medida estratégica capaz de potenciar transformações
económicas, por via da pressão do mercado de trabalho sobre a
economia.
Nas últimas décadas, Portugal tem feito um enorme esforço de
qualificação escolar da população, que se traduziu em progressos
substanciais em matéria de educação. Contudo, o país continua
a apresentar um défice estrutural de formação e qualificação da
população que exige uma aposta clara e persistente na resolução dos
problemas que têm impedido a convergência com os atuais padrões
da União Europeia, nomeadamente os níveis de insucesso e abandono
escolares e o défice de qualificações da população ativa.
A superação destes obstáculos só é possível através da
concretização de medidas que coloquem a Escola no centro da
política educativa, qualificando-a, melhorando o seu funcionamento
e organização e os resultados escolares dos alunos.
Termino, dirigindo-me aos alunos da EPRM, com uma citação
de Mahatma Gandhi: “O Futuro dependerá daquilo que fazemos no
presente”.
O teu futuro depende da tua formação!
A tua formação define as tuas possibilidades de ter emprego.
Aposta na formação de qualidade, que é o que a EPRM promete
oferecer-te.
Luciano Vitorino
Diretor Pedagógico
A importância da Formação e da Quali� cação na construção de um futuro de sucesso
MaiorEnergia, Lda.Clean energie
Estrada de Santarém | Gato Preto | 2040-335 Rio [email protected] Tlm. 925 964 240
PV_Ed 4.indd 2 22-02-2012 17:03:54
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 3
Módulo 0Em maio do ano de 2010, no decorrer das Jornadas
Profissionais realizadas pela EPRM, e depois de me ter
sido apresentada toda a Escola e a sua dinâmica, decidi
escolhê-la para minha futura escola. Até aí não tinha
qualquer intenção de selecionar a Escola Profissional
de Rio Maior para prosseguimento de estudos.
Desde logo, procurei saber os requisitos necessários
para me matricular e, após ter sido selecionado para o curso Técnico de Frio
e Climatização, fiquei extremamente ansioso para que chegasse o primeiro
dia de aulas, pois tive conhecimento que este iria ser dedicado às praxes e
desta forma, teria oportunidade de conhecer novas pessoas e integrar-me nas
atividades propostas pela Associação de Estudantes.
No dia 12 de setembro, quando cheguei a Rio Maior de manhã, o nervosismo
começou a “apertar” e ainda equacionei voltar para trás quando vi tantos
alunos pintados e a cantar! No entanto, enchi-me de coragem e participei
em todas as atividades ao longo do dia. Os alunos do 10º ano estiveram de
joelhos a ler o juramente do caloiro, que por sinal era bastante engraçado e
além disso, também cantámos uma música sobre a escola e relacionada com
aquele dia, designado de Módulo 0.
Em seguida, deslocámo-nos ao Jardim Municipal e, junto a um lago, fomos
batizados com água e farinha.
A partir daqui já pertencíamos à EPRM!
Posso referir ainda que, para além do Módulo 0, estou a gostar muito da
escola tendo em conta que aqui os professores nos fazem ver a atual realidade
e são nossos amigos, procurando sempre ajudar-nos na obtenção do sucesso
escolar e também pessoal. Além disso, aprecio a convivência bastante salutar
existente entre alunos e auxiliares, e claro, não esquecendo o nosso diretor,
o professor Luciano Vitorino, sempre alegre e muito presente na escola e em
tudo o que nela acontece.
Considero-me um jovem feliz por ser aluno da EPRM e estou muito contente
com o curso que escolhi porque considero que tem saída profissional, dando-
me, desta forma, boas perspetivas futuras. Assim, espero obter a qualificação
de nível IV na área que escolhi e tornar-me um excelente profissional.
Hugo Luís
Curso Técnico de Frio e Climatização
Este dia é muito esperado por todos nós!
Pensamos sempre que vai ser um dia péssimo, no
entanto, acaba por ser um dia muito divertido.
Tudo começou pelas 9:30h no dia 12 de setembro
de 2011 quando nos pediram para nos organizarmos
por turmas e nos entregaram fatos de índios feitos
de sacos de plástico. Posteriormente, recebemos um
papel com o juramento aos padrinhos e uma música
da conhecida cantora Shakira, “Waka-Waka”, mas
adaptada à EPRM.
Depois, dirigimo-nos até ao Jardim Municipal de Rio Maior e as pessoas
que circulavam pela cidade olhavam-nos e cumprimentavam-nos com
sorrisos simpáticos.
Parámos em frente à Câmara Municipal e os alunos mais velhos
mandaram-nos inventar uma coreografia que caracterizasse o nosso curso.
A turma vencedora foi a turma do Curso Técnico de Transportes, a minha
turma, que teve a honra de ser a primeira a ser batizada.
Foi um dia excelente que será sempre lembrado!
No que diz respeito à Escola Profissional, considero-a uma Escola onde
é agradável estudar, onde nos dão oportunidades de crescermos enquanto
indivíduos e profissionais através dos conhecimentos transmitidos quer por
professores, quer por funcionários. Por isso, penso que devemos aproveitar
esta possibilidade de adquirirmos uma qualificação profissional com o intuito
de, no futuro, sermos funcionários de qualidade na empresa que nos acolher.
Patrícia Vitorino
Curso Técnico de Transportes
PV_Ed 4.indd 3 22-02-2012 17:04:00
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’124
Escola em Movimento
Numa perspetiva geral, existe uma tendência
para considerar que os estudantes do ensino
secundário já fizeram as suas escolhas
escolares e, dessa forma, não necessitam
de apoio em matéria de Orientação Escolar
e Profissional, sendo que esta tendência
se acentua particularmente em estudantes
do Ensino Profissional. Esta ótica não tem
em consideração a flexibilidade crescente
dos percursos secundários do ensino
profissional e a ampla variedade de opções
de carreira pós 12º ano.
No entanto, já no ensino secundário, também se verifica que existe um maior
acompanhamento em orientação escolar e profissional direcionado aos alunos que
carecem de preparação/ajuda para a escolha de uma área e consequente candidatura
ao ensino superior, com o intuito de frequentar uma licenciatura. Assim, os jovens que
se encontram no percurso profissional e que não pretendam candidatar-se ao ensino
superior tendem a receber um menor apoio, não sendo dado o devido valor em termos
profissionais e de mercado de trabalho e o auxílio que os jovens necessitam na sua
tomada de decisão.
No sentido de contrariar esta tendência, a Escola Profissional de Rio Maior realiza junto
dos alunos do 12º ano um Programa de Orientação Escolar e Profissional (POEP), com o
objetivo geral de encaminhar os alunos na tomada de decisão depois da conclusão do
12º. ano, através da promoção de competências que facilitem as diferentes escolhas:
prosseguimento de estudos, licenciatura ou curso de especialização tecnológica ou
ainda na procura do primeiro emprego. Para desenvolver este programa, começam por
desmistificar-se as expetativas, pouco concretas, que os jovens têm relativamente ao
POEP, tendo em consideração que estas expetativas podem inibir o seu desenvolvimento
vocacional. A exploração das mesmas é uma condição importante para o êxito da
intervenção. Além do mais, explorar as opiniões dos participantes em relação ao POEP
é uma boa forma de avaliar as suas necessidades e o seu estádio de desenvolvimento
no que respeita às dimensões profissionais, para além de representar uma base de
Por definição, a higiene e a segurança no trabalho são dois aspetos que estão intimamente relacionados com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a verificação de condições de Higiene e Segurança consiste "num estado de
bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e enfermidade ".A higiene no trabalho propõe-se combater, de um ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com diminuição da sinistralidade.Partilhando desta visão, na EPRM esforçamo-nos todos os dias por oferecer aos nossos alunos qualificação, educação e formação de qualidade. Sabemos que ambicionar esse objetivo implica, por vezes, decisões corajosas e inovadoras, sobretudo em momentos de contração económica e financeira, como os que estamos a viver. Tendo esta Escola uma oferta formativa fortemente marcada por cursos de índole oficinal, este ano letivo atribuímos, pela primeira vez, a título gratuito, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) a cerca de 120 alunos, destinados a garantir a segurança dos mesmos durante os
EPRM oferece Equipamentos de Proteção Individual aos seus alunos
trabalho útil, que permitirá a intervenção ao nível das necessidades do jovem ou do
grupo.
Objetivos do Programa de Orientação Escolar e Profissional
• Promover o auto – conhecimento;
• Orientar os alunos na tomada de decisão após a conclusão do 12º ano;
• Promover o desenvolvimento de competências que facilitem a escolha de um curso
superior ou de um CET (Cursos de Especialização Tecnológica);
• Promover e apoiar os alunos na procura de primeiro emprego: elaboração do
curriculum vitae, carta de apresentação e exploração do mercado de trabalho.
O Nosso Programa de Orientação Escolar e Profi ssionalNa Escola Profissional de Rio Maior o POEP inicia-se no primeiro trimestre letivo,
com uma sessão de grupo/turma, em todas as turmas do 12º ano. Segue-se,
posteriormente, uma nova sessão de grupo/turma com os alunos que se inscreveram
no POEP e pretendem desenvolver este mesmo programa, tendo em consideração que
o POEP é opcional. Nesta segunda sessão, são exploradas as aptidões e os interesses
dos alunos finalistas. A posteriori são realizadas sessões individuais, nas quais os
alunos trabalham o conhecimento de si próprios e as possíveis opções a seguir após o
término do percurso formativo profissional de nível IV.
Além disso, torna-se ainda necessário trabalhar de forma individual os resultados
obtidos nas sessões realizadas em grupo.
A partir daqui, o processo de acompanhamento depende do aluno e do trabalho que
este realiza autonomamente.
Sob o ponto de vista formal, o programa termina aquando da entrega de um relatório
onde constam todos os resultados: testes e possíveis opções.
No que diz respeito ao aspeto informal do POEP, este finaliza quando se tornam
objetivos para o aluno: a escolha da área a seguir, as alternativas, objetivos pessoais,
datas, candidaturas, concursos e todas as burocracias inerentes a uma candidatura a
um emprego ou a um prosseguimento de estudos.
Sónia Duarte - Psicóloga
Programa de Orientação Escolar e Profi ssional
trabalhos oficinais e permitir que se habituem a utilizá-los e a cumprir a legislação laboral no que se refere a segurança e proteção.Estes equipamentos não impedem a ocorrência de acidentes, no entanto, a sua correta utilização diminui em muito a consequência dos mesmos. Saber utilizar os EPI, tratar da sua manutenção e cumprir com todas as regras de segurança no trabalho faz parte do processo de aprendizagem.Foi um processo longo, pois muitas foram as condicionantes e variáveis a ter em consideração, mas neste momento alunos de três cursos da área da mecânica (Manutenção Industrial, Frio e Climatização, Energias Renováveis / Sistemas Eólicos) receberam sapatos de biqueira de aço, batas, luvas, óculos e abafadores de ruído; dois cursos associados à área da eletricidade (Eletrónica, Automação e Instrumentação e Instalações Elétricas) receberam batas e óculos. Além deste equipamento, nas oficinas encontram-se armazenados tampões auditivos e luvas para trabalhos específicos assim como máscaras descartáveis.Equipados a rigor, com vontade de evoluir, numa ESCOLA DE FUTURO os nossos jovens têm pela frente um futuro que, neste momento apresenta desafios difíceis, mas possíveis de ultrapassar!A implementação desta medida representou um investimento significativo. Contudo, na EPRM vêmo-lo como um investimento e não como um custo, em primeiro lugar porque queremos a segurança e a proteção dos nossos alunos no trabalho oficinal. Depois, parece-nos pouco assertivo oferecer formação em que aspiramos um ideal, o da Higiene e Segurança no Trabalho e não o aplicamos no nosso quotidiano. Em suma, esta é mais uma medida, incluída num leque mais vasto de investimentos, que vêm sendo feitos, por forma a garantir FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE QUALIDADE.O que pretendemos atingir com a implementação desta medida?Reconhecimento por parte dos nossos alunos, das respetivas famílias e da comunidade em geral. Esperamos que os nossos alunos nos recompensem com uma postura e um comportamento assertivo, esperamos que se dediquem e se empenhem no seu processo de ensino e aprendizagem, produzindo bons projetos e obtendo sucesso escolar. Em última instância, esperamos que os nossos alunos sejam verdadeiros “outdoors” da EPRM.
Claúdia Solange Gomes
Formadora na área de Manutenção Industrial
PV_Ed 4.indd 4 22-02-2012 17:04:15
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 5
Escola em Movimento
O DNescolas é um projeto de Educação para os Media, promovido pelo Diário de Notícias conhecido por N@escolas. No DNescolas, o caminho da liberdade é feito através do
conhecimento, com o despertar do interesse e do espírito crítico da nova geração face aos acontecimentos que a rodeiam. Construído para os alunos e professores do ensino
secundário e profissional de todo o país, este projeto lança uma série de desafios que completam um percurso onde cada jovem descobre as ferramentas necessárias para o exercício
pleno de uma cidadania ativa.
Este ano letivo, a EPRM participou no projeto com cinco equipas de alunos, coordenadas pelas professoras Sandra Costa e Ana Rita Loureiro, no âmbito das disciplinas de Área de
Integração e Português respetivamente, tendo sido selecionada nesta primeira fase com o Editorial redigido pela equipa EoliTeam com o título “O Poder das quatro rodas”.
Segue-se a segunda fase, com o Dia DN, que se realizará em março, na EPRM, com a presença de convidados do DN. Todas as equipas poderão voltar à competição. Esperamos que
mais uma vez a EPRM se inclua nas escolas selecionadas!
Todos os alunos participantes estão de parabéns, pelo espírito empreendedor e participativo e por contribuírem para o reconhecimento e notoriedade da Escola Profissional de Rio
Maior.
DESAFIOS 2011/2012
O Prémio Final é uma viagem de autocarro pela
Europa!
1 - Redigir um Editorial sobre um tema que se
insira numa editoria do DN (Política Nacional,
Internacional, Economia, Sociedade, Cultura (artes)
e Desporto.);
2 - Entrevistar personalidades que vão visitar
a escola no Dia DN, de acordo com um routing
preestabelecido; Fazer Reportagem de texto, vídeo
e imagem desse dia inesquecível.
4 - Fazer as perguntas certas às pessoas certas no
painel temático da Grande Final.
5- Competição individual (60 escolas selecionadas);
6- Premiar o melhor Jornal da Escola, oferecendo
a impressão de alguns exemplares e de um
“Espaço Media DNescolas”, equipado com os meios
necessários à produção de um jornal.
PARTICIPANTES
Kelly; Joana D.; Ana Rosa (11ºD)
Rui; Paulo; Joshua (11ºD)
Diogo; Tiago; Mauro; Joana A. (11ºD)
Rute; Magda (11ºD); Liliana (11ºB)
Joel; Jaime; Carlos; Diogo (11ºC)
Sandra Costa
Docente de Área de Integração / Economia
N@escolas - Projeto DN 5ª Edição
PV_Ed 4.indd 5 22-02-2012 17:04:20
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’126
Eutanásia é um termo de origem grega (eu +
thanatos) que significa boa morte ou morte sem
dor. A prática de eutanásia é suportada pela
teoria que defende o direito do doente incurável
de pôr termo à vida, quando sujeito a intoleráveis
sofrimentos físicos ou psíquicos.
A eutanásia é um tema polémico, havendo países
com legislação definida sobre a sua prática e
outros países que a refutam categoricamente por
motivos diversos.
Os defensores da eutanásia argumentam que cada pessoa tem o direito à escolha entre viver
ou morrer com dignidade quando se tem consciência de que o estado da sua enfermidade
é de tal forma grave que não compensa viver em sofrimento até que a morte chegue
naturalmente.
Quem condena a prática de eutanásia, utiliza frequentemente o argumento religioso de que
só Deus tem o direito de dar ou tirar a vida e, portanto, o médico não deve interferir neste
dom sagrado.
A controvérsia do tema levou-nos a aprofundar o assunto e até a procurar saber a opinião
dos nossos colegas. A partir de um inquérito realizado na Escola Profissional de Rio Maior,
no âmbito de um trabalho de grupo realizado na disciplina de Área de Integração, a um
pequeno número de inquiridos (40) de ambos os sexos (feminino e masculino), concluimos
que pouco mais de metade dos inquiridos (55%), quando questionados se sabiam o que
era a eutanásia, respondeu afirmativamente. Quando questionados se concordavam com a
prática da eutanásia, 11% disse que sim, em qualquer situação, 49% se for um ato voluntário
e 40% não concorda com a prática da eutanásia.
De facto, este é um tema polémico que suscita muitas dúvidas e nos faz questionar o
Será a pena de morte a
melhor forma de punir os
crimes mais hediondos? Eu
discordo. Por que razão terá
de se descer a um nível tão
baixo da dignidade humana
para que se faça justiça? E
sendo suposto dar às nossas
crianças o bom exemplo,
como o poderemos conseguir,
quando se pensa que sujar as
nossas mãos de sangue é a melhor forma de fazer com
que os potenciais criminosos pensem duas vezes antes
de fazer o crime?
Ao aceitar esta forma de se fazer justiça, estamos
a aceitar o uso da violência para resolver os nossos
problemas, isso é contraditório com a ideia de que a
violência só se usa em último caso, pois existem outras
formas de se fazer justiça, como uma pena de prisão
mais pesada ou até mesmo a prisão perpétua.
Para além de ser contra o ideal de não se usar a
violência, existem certas situações em que a pena de
morte pode ser um grande problema, por exemplo, se a
pessoa condenada for mesmo inocente, mas devido às
nossas limitações tecnológicas formos incapazes de o
provar? Existem pelos menos 360 casos nos E.U.A nos
quais pessoas inocentes foram condenadas à morte.
Felizmente para estes inocentes, eles conseguiram
provar a sua inocência antes de serem executados, mas
isso não altera o facto de que se correu o risco de se
matar 360 pessoas inocentes. Mas há 25 casos iguais
em que não foi possível provar a inocência a tempo, e
portanto aquelas 25 pessoas foram executadas, apesar
de se ter provado depois a sua inocência. Pode parecer
que 25 pessoas sejam um número pouco significativo,
mas o valor da vida humana não pode ser medido, pois
essas pessoas inocentes tinham uma vida pela frente
que lhes foi tirada por não haver forma de se provar a
sua inocência.
Portanto, eu considero que a pena de morte não é
uma forma de justiça viável, pois para além de dar
uma imagem negativa da justiça, os riscos do sistema
podem pôr em causa os direitos humanos.
Diogo Jorge
Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural
Eu vivo num mundo que gosto e aproveito-o ao máximo em tudo o que posso,
no que ainda não posso, guardo para tentar fazê-lo mais tarde, se conseguir…
Este mundo onde todos nós vivemos, vai-se afundando cada vez mais provocado
pelas atitudes que o Homem tem vindo a tomar e de todas as consequências que
daí advêm, apesar dos constantes alertas feitos pelos entendidos.
Existem bens materiais que são considerados essenciais na atualidade, no
entanto, há duas ou três décadas, não eram sequer necessários para o quotidiano
das pessoas.
Considero que as pessoas viviam muito melhor sem esses bens de que dispomos neste momento à nascença, pois a
qualidade de vida somos nós que a gerimos com o que nos é cedido!
Torna-se necessário mudar os nossos hábitos, maus hábitos, uma vez que existem valores e tradições que se estão
a perder na tentativa de criar outros que, na minha opinião, não são apropriados. As consequências desses atos já
se estão a sentir e vamos senti-las muito mais se a sociedade não tomar consciência de que algo tem de mudar; a
crise que estamos a atravessar no nosso país é exemplo disso, em que existem famílias que estão a ficar sem meio
de sobrevivência, e refiro-me aos bens que todos, sem exceção, devíamos ter direito, tais como, a alimentação e a
habitação, enquanto outros têm tudo e muito mais!
Por que é que uma pessoa que corre atrás de uma bola ganha milhões de euros? Por que é que uma pessoa que trabalha
dez horas por dia, ganha o salário mínimo? Será que o Futebol é mais importante do que as pessoas que trabalham
arduamente para suportar as despesas essenciais de uma família, do que os professores que ensinam os mais novos,
do que aqueles que tentam combater o crime, arriscando a sua própria vida?
Penso que existem grandes mudanças sociais que deviam acontecer para que tudo mudasse, para melhor!
O povo português está a tornar-se demasiado “introvertido”, basta o exemplo de que antigamente qualquer pessoa
dizia um simples “olá” a quem passasse por si na rua, e eu próprio, enquanto jovem, sinto isso, às vezes cumprimento
pessoas na rua e, na maioria das vezes, com um semblante fechado, olham-me de lado ou ignoram-me simplesmente.
Leva-me a pensar o que teria ganhado aquela pessoa com essa atitude!
Se começássemos por mudar estes simples gestos, talvez as pessoas perdessem esta obsessão por ganhar dinheiro e
poder que acaba por nos afetar a todos. Trata-se de um egocentrismo desmedido…
Neste momento difícil que atravessamos, precisamos é de SER uns para os outros, para juntos ultrapassarmos este
grande problema económico e social e deixarmos um pouco de lado o ter, ter, ter…
Noto, por exemplo, na minha localidade e meio onde circulo que existem pessoas que discriminam outras por serem
diferentes ou apenas por se vestirem de forma diferente, por terem um aspeto menos convencional ou apenas por
serem gordas ou magras. Na minha mente não existe esse tipo de preconceito, cada pessoa é como é e ninguém tem
o direito de comentar sobre ela, apenas temos que nos preocupar com a nossa vida, porque essa sim, já nos dá muito
trabalho, às vezes…
A minha grande questão é : As pessoas não conseguem perceber que a origem da questão está na humildade?
No entanto, não desisto e penso que, com a ajuda de todos os portugueses conseguiremos um Portugal melhor, mais
calmo, mais unido, conseguindo lutar pelos nossos direitos, pois, juntos chegaremos longe, caso contrário, acabaremos
por ser comprados por “alguém” que nos fará naturalmente mudar, mas não será certamente para melhor…
Filipe Medeiros
Curso Técnico de- Eletrónica, Automação e Instrumentação
Pena de morte Ideias soltas …
Questiona o teu Mundo...
sentido da vida (e da morte?).
Os únicos países europeus onde a eutanásia é legal são a Bélgica e a Holanda, a Suíça tem
uma atitude tolerante e no Luxemburgo o processo está em fase de legalização. Em Portugal,
a eutanásia é considerada homicídio qualificado pelo Código Penal. No entanto, no inquérito
realizado na EPRM, quando questionados se a eutanásia deveria ser legalizada em Portugal,
72% dos inquiridos disse que sim, 23% disse que não e 5% não respondeu.
Do nosso ponto de vista, a eutanásia deveria ser legalizada em
Portugal, apesar de compreendermos que a prática da mesma,
só por si, é complicada e considerada um assunto controverso,
existindo prós e contras, mesmo que se trate de uma prática
eficaz, que não causa dor nem sofrimento à pessoa que pede a
morte como a única saída digna para o seu sofrimento.
Mais do que uma questão legal, a eutanásia representa
atualmente uma questão de ética e de direito. Algumas pessoas
não concordam com esse ato, mesmo que se esteja num estado
de sofrimento tão avançado que se peça voluntariamente e
conscientemente a própria morte. Já os argumentos a favor da eutanásia apontam para um
caminho para evitar a dor e o sofrimento do ser humano em fase terminal ou sem qualidade
de vida, um caminho que tem uma longa jornada de sofrimento e dor.
A controvérsia e a complexidade do tema não nos oferecem uma resposta fácil à questão.
Será justo prolongar ainda mais o sofrimento do ser humano que pede o recurso à Eutanásia,
obrigando-se uma pessoa a viver dependente de outras ou a ficar presa a uma máquina?
Será que o meio justifica o fim?
Ana Vieira, Inês Bernardino, Kelly Santos
Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural
Eutanásia – uma questão de ética, valores e direitos
Inquérito realizado a 40 alunos da EPRM
PV_Ed 4.indd 6 22-02-2012 17:04:23
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 7
Questiona o teu Mundo...
O mundo, o nosso mundo, gira em torno de uma “ideologia” a que
nós chamamos Economia, economia esta que não economiza nada,
baseada no consumismo.
O que acontecerá ao mundo se um dia deixar de se produzir? - pois
nada é infinito, grande parte dos recursos do Planeta são finitos. Um dia
sem produzir significaria o colapso total do mundo, uma vez que a sua
dívida total é maior que o dinheiro que nele existe. Por isso, para pagar
esta dívida que continua a aumentar graças aos juros e outros fatores,
temos que continuar a produzir. Isto, num ciclo sem fim!
Todos os dias pagamos as obrigações de um sistema que um dia vai cair, trabalhamos
para ganhar dinheiro que vamos gastar para viver, jogamos um jogo cujas regras são criadas
e modificadas por aqueles que já dominam a economia, os ricos. Este jogo é baseado no
sacrifício de muitos, para poucos poderem ter a vida que os sacrificados lutam por ter.
Alguém já imaginou um mundo, um sistema económico baseado na construção de uma
sociedade em que cada pessoa trabalhasse para ter a sociedade que deseja?
Este sistema consistiria em não existir remuneração, assim, as pessoas poderiam possuir
a vida para a qual se sacrificavam, pois com este sistema todos seriam verdadeiramente
iguais, todos teriam direito a receber o que precisam, se contribuíssem para a mesma.
Penso que existem condições para todas as pessoas do Mundo terem a vida que precisam;
a desigualdade nele existente é que não permite essa realidade. Desde muito novos, somos
impostos à ganância pelos nossos pais, pela televisão e pelas pessoas à nossa volta, ficamos
com a ideia que quem tem mais é melhor.
Mas, por vezes, ter tudo não significa ter mesmo tudo, no verdadeiro sentido da palavra.
Este sistema que sugiro, pode ser facilmente representado por uma colmeia ou um
formigueiro, onde nós, cidadãos, somos as abelhas ou formigas, todos juntos, toda a
sociedade junta, em que cada pessoa teria o seu papel na sociedade e o seu objetivo seria
manter e melhorar o seu modo de vida. Por exemplo, uma pessoa que trabalhasse numa
central elétrica trabalharia para a sociedade usufruir dessa energia elétrica e um agricultor
trabalharia para que as pessoas pudessem comer e não receberiam nada em troca, além de
tudo o que necessitariam para trabalhar e viver.
Assim como uma abelha trabalha para que a sua colmeia se preserve e cresça, uma pessoa
poderia começar a fazer o mesmo com a sociedade, contribuir com o seu trabalho para que
esta funcione da mesma forma que a colmeia, de forma controlada.
No entanto, para que este sistema fosse implementado, seria necessária uma mudança de
mentalidade na sociedade, as pessoas teriam que deixar de ser gananciosas, uma vez que não
carecemos de carros e casas de luxo. Na minha opinião é preferível trabalhar por uma causa
maior do que para ter mais dinheiro!
A sociedade tem que ser mais unida para que as pessoas tenham a necessidade de
contribuir.
Este sistema não é perfeito, no entanto, é melhor que o sistema em que a nossa sociedade
foi construída, o sistema atual foi criado há demasiado tempo.
Se todo o mundo mudou, por que é que se mantém a desigualdade quando criamos
realidades nunca antes imaginadas?
Ricardo Maltez
Curso Técnico de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos
A definição de Mundo é algo complexo para a sanidade mental do Homem, pois este pode-se dividir por inúmeras potências e raízes quadradas, onde com certeza, o resultado será aquilo que cada Homem usará como algarismos, uns certamente usarão o “amor” e “solidariedade”, outros nem tanto, usarão a “ganância” ou o “poder”, e por vezes, estes últimos ao cubo.
Na atual sociedade consumidora e gananciosa, fazer o mal é sempre mais fácil que fazer o bem, estender a mão ao outro dá trabalho, exige tempo; afirmo que este é o pensamento mais comum na ignorância do Homem em geral. Existem os que lutam, que suam, que gritam de revolta, que questões da nossa pseudo-sociedade não lhes passam ao lado, que são incapazes de dar um passo em frente, sem olhar para o lado, ou seja, para o outro, para esses que por muitos que sejam, infelizmente, serão no entanto, sempre poucos.
Está na hora de passarmos apenas de um homem, mas sim passarmos a ser o Homem. No entanto, mudança imediata na hora de pensar em ajudar o outro seria o ideal, mas isso certamente será impossível, mas o ato de refletir é algo que todos temos o dever de fazer, não só sobre o que está bem, mas também sobre o que está mal e errado.
Ainda nos podemos dar ao luxo de ter a nossa tal “pseudo-sociedade”, que por muito imperfeita que seja, nela ainda existe algum civismo e alguma organização, e como se diz em bom português: “Ah!, dá para se viver!”.
Mas será sempre assim? As dificuldades aumentam de dia para dia, de hora para hora; receio que o verbo viver desapareça do nosso dicionário e seja substituído pela medonha e assustadora palavra sobreviver.
Há muito que o povo veste a camisola do medo e receio do futuro, mas é fundamental trazer no bolso a esperança e em cada sapato a vontade de dar um passo em frente, e apesar de trazer o cinto apertado, há que usar a gravata da confiança, esta de fazer mais e melhor, não só por cada um, mas também pelo tal indefinido mundo.
O monstro de cinco letras que ecoa nos nossos ouvidos, sim, a chamada crise, não é mais que filha do poder e da ganância e neta da velhinha corrupção, mas o gene presente em todos os que pertencem a esta família, não é mais que uma comum crise interior, onde o respeito e solidariedade pelo outro moram na casa ao lado e nunca, mas nunca, farão parte desta extensa árvore genealógica.
Agir é a forma mais eficaz de praticar a mudança, se o Homem agir perante o mundo, o mundo com certeza agirá perante o Homem.
A todos os que exercem, com “amor” e “solidariedade”, todos os que gritam de revolta e todos os que vestem o fato da mudança, um sincero e grandioso: Bem Hajam!
Concluindo, a definição de mundo será sempre a indefinição do ato do Homem.
Guilherme Monteiro
Curso Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Solares
Refl exão utópica...
O meu nome é Aulisa, tenho 18 anos e frequento o curso
Técnico de Transportes na Escola Profissional de Rio Maior.
Sou originária de S. Tomé e Príncipe, composto por duas
pequenas ilhas que se situam perto do Golfo da Guiné.
São Tomé e Príncipe é dotado de um clima quente e
húmido onde existe somente duas estações durante o ano: a
estação da chuva e a estação seca ou “gravana”.
Para o seu desenvolvimento, São Tomé e Príncipe tem
apostado no turismo, pelo facto de sermos privilegiados
com belíssimas praias de água quente e paisagens bastante
encantadoras. No entanto, a recente descoberta de jazidas
de petróleo nas suas águas abriu novas (embora ainda mal definidas) perspetivas para
o futuro económico do país.
A atividade pesqueira continua a ser uma das principais atividades económicas
do país, sendo desta atividade de onde a maior parte das famílias santomenses
necessitadas retira o seu rendimento para a satisfação das suas necessidades básicas,
como a alimentação.
O país continua a manter estreitas relações bilaterais com Portugal (desde que
se tornou num país independente, pois era colonizado por este) que, ao contrário
de São Tomé, para além de ser um país com maiores dimensões, é também mais
desenvolvido, por ter mais meios para adquirir os recursos financeiros necessários
para o desenvolvimento da sua economia.
No que diz respeito à constituição legislativa, os dois países não diferem muito, uma
Uma opção inteligente…vez que ambos possuem um Presidente e um Governo. No entanto, no que concerne
às oportunidades laborais para os jovens, S. Tomé continua a ser um país com um
défice bastante elevado, acabando a maioria dos jovens por seguir as “pegadas” da
restante população e viver (ou sobreviver) do que a natureza lhes oferece.
Eu considero-me uma jovem bastante ambiciosa e assim, associado às saudades
que tinha da família que vive em Portugal, decidi “emigrar” com a certeza de que
neste país conseguiria atingir os meus objetivos quer a nível pessoal, quer a nível
profissional.
No que diz respeito à minha escolha pela EPRM, aconteceu um pouco ao acaso,
uma vez que a minha prioridade era o curso de Gestão de Empresas, no entanto,
não existiam cursos na área que eu pretendia a iniciar, no presente ano letivo, na
zona de residência da minha família. Por conseguinte, um familiar pesquisou outras
alternativas e encontrou o Curso Técnico de Transportes na Escola Profissional de Rio
Maior. Depois de ter verificado o seu plano curricular e oportunidades de emprego,
decidi aceitar.
Assim, aqui me encontro na EPRM, constatando, apesar do pouco tempo ainda
decorrido, que as pessoas são bastante acolhedoras e simpáticas, tendo, desta forma,
facilitado a minha adaptação.
Além disso, apraz-me referir que nesta Escola fui muito bem recebida por toda a
comunidade e espero assim alcançar o sucesso que me fez mudar de continente!
Aulisa Silva
Curso Técnico de Transportes
Defi nição do (meu) mundo
PV_Ed 4.indd 7 22-02-2012 17:04:25
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’128
Projetos
Tenho alguém que me ajuda nos meus problemas, que me envolve nos seus encantos, dá-
me tudo o que preciso para sobreviver e está sempre disponível para me ouvir e sei que não irá
divulgá-lo a ninguém.
Ouvir os seus murmúrios traz-me uma paz, ver os seus diversos aspetos, uma tranquilidade
que me acalmam e criam o difícil desafio de o entender.
Este “amigo” de quem vos falo é o meio que nos envolve.
O ambiente é de facto aquele amigo necessário diariamente para as nossas vidas. Não só pelo
ar que respiramos, pela água que bebemos ou pelos alimentos que comemos, mas também por
todos os benefícios que conseguimos usufruir sem que nos peça nada “em troca”.
Estamos a atravessar um período em que este nosso amigo está a sofrer muitas alterações
suscetíveis de colocar a vida na Terra em perigo. Nós, Humanos, também temos o dever de cuidar
deste nosso amigo.
Foi neste sentido e no âmbito do programa eco-escolas (promovido pela Associação Bandeira
Azul da Europa – ABAE que atribui a bandeira verde às escolas como reconhecimento da melhoria
do desempenho ambiental) que neste ano letivo se criou o clube do ambiente na Escola Profissional
de Rio Maior.
O Clube desenvolverá atividades acerca de cinco temas diferentes, nomeadamente Subsolo,
Água, Floresta, Energias e Resíduos. Assim, com a criação do Clube do Ambiente pretende-se que
a comunidade escolar se envolva e crie atividades ao longo do presente ano letivo de acordo com
o plano de ação a aprovar em Conselho eco-escolas; melhore as relações interpessoais dentro da
EPRM e envolva os alunos em ações educativas de modo a ocupar o seu tempo livre em prol de uma causa universal.
Apresentamos como parceiros para desenvolver este programa entidades como o Município, as Juntas de Freguesia de Alcobertas e de Rio Maior, o Instituto de Conservação da
Natureza e Florestas, a Guarda Nacional Republicana, os Bombeiros Voluntários de Rio Maior, as Águas do Oeste, a Valorsul, a comunidade escolar (direção, professores, formadores,
alunos e funcionários) e todos (entidades privadas e/ou públicas) que se queiram associar a esta iniciativa.
Estes parceiros tornam-se importantes para desenvolver algumas das atividades previstas para este ano letivo, devido ao facto de a sua área de atuação estar diretamente
associada aos temas abordados. Ainda assim, prevê-se a interação com outros setores de atividade que poderão ser fundamentais para o sucesso do programa, nomeadamente, a
rádio, empresas privadas e os restaurantes, são exemplo disso.
O aproveitamento de papel para transformar em briquetes, a recolha de latas e de outros materiais para a reciclagem, a sensibilização para a poupança de água e de energia,
entrevistas às entidades exploradoras do subsolo e a mostra do uso múltiplo da floresta são alguns exemplos de atividades que serão desenvolvidas pela comunidade escolar da
EPRM.
Como coordenador da implementação deste programa na EPRM, quero desde já agradecer a disponibilidade e a motivação dos meus colegas professores/formadores, dos
funcionários e principalmente dos alunos para a concretização das ações previstas.
Aos alunos, uma palavra especial de encorajamento e de motivação extra porque é um programa que ajuda a enriquecer o currículo dando visibilidade aos mais ativos num
mercado de trabalho cada vez mais exigente na pluridisciplinaridade dos trabalhos a desenvolver.
Obrigado a todos por me ajudarem a cuidar de um amigo muito, mas muito especial!
Pedro Guedes
Formador e Coordenador do Programa
O clube de Robótica/Eletrónica
da EPRM está a desenvolver uma
série de atividades nas áreas de
eletrónica e novas tecnologias,
entre as quais se destaca o projeto
Opera Numerare.
Trata-se de um grupo
ambicioso e inovador através do
qual se pretende sensibilizar os
alunos para a eletrónica e para a
importância das novas tecnologias.
O projeto Opera Numerare obtém ainda grande importância no grupo pela
participação no concurso monIT promovido pelo IT - Instituto de Telecomunicações
que tem como finalidade a criação de uma página de internet com informação
recolhida automaticamente na Serra dos Candeeiros. A referida informação não
só pode ser proveniente de grandezas físicas contínuas, como é o exemplo da
temperatura, mas também pode ser apenas uma contagem de eventos ocorridos
num determinado período.
O projeto terá quatro grandes fases, apresentadas na figura seguinte:
O objetivo do projeto é realizar um protocolo de transmissão e disponibilização
de dados à distância, não interessando de imediato quais as grandezas físicas a
serem lidas.
Este protótipo pode ser usado em várias aplicações de diversas empresas
e institutos e desenvolve-se em diversas fases: a Fase 0 em que são efetuadas as
definições físicas e levantamento da estrutura do projeto; a Fase 1 que consiste na
definição e desenho, constituída por análise de requisitos, escolha e observação
da tecnologia a ser usada, estudo e especificação da solução e por fim, o desenho/
conceção do Sistema; a Fase 2 que se baseia na implementação do protótipo
propriamente dito através das seguintes tarefas:
Hardware (Escolha dos componentes de acesso/leitura; desenho de
esquemáticos [Placa de teste/debug]; desenho de PCB [Placa de teste/debug];
aquisição de componentes e produção da PCB; montagem dos protótipos e
produção das PCB finais e necessárias à instalação final.
Software (Implementação do software de gestão da página WEB, testes e
correções de erros) e finalmente a última e designada de Fase 3 que se resume às
conclusões e testes ao trabalho final efetivado.
Através da realização deste trabalho irá ser possível realizar consultas,
variando a duração do período e o tipo de grandeza a ser consultada, como por
exemplo, o número de carros que sobem e descem a serra dos Candeeiros numa
semana; num mês; etc.
Trabalho já Realizado:- Seleção de alguns componentes para as antenas, a instalar na Serra;
- Definição das grandezas a serem registadas;
- Realização de protocolos de comunicação entre a placa de eletrónica e o PC;
- O programa de PC que actualiza a base de dados local está com uma conclusão
de 80%;
Trabalho a realizar:- Programação da página WEB;
- Construção de placas PCB’s e respetivas antenas a serem colocadas na serra;
- Protocolo entre as placas da Serra e a Escola;
- Programação e testes de todos os sistemas;
- Conclusão.
Isaac Duarte
Formador de Eletricidade e Eletrónica e Coordenador do Projeto
Obrigado meu amigo!!!
MONIT-Opera Numerare
PV_Ed 4.indd 8 22-02-2012 17:04:28
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 9
ProjetosO projeto twist – a tua energia faz a diferença é um projeto da EDP e da empresa
Sair da Casca dirigido aos alunos do ensino secundário e profissional com vista à sensibilização para o tema da Eficiência Energética e Alterações Climáticas.
O twist aposta nos alunos como embaixadores da mudança de comportamentos e pretende que sejam eles próprios a implementar medidas de eficiência energética na sua escola.
Na EPRM contamos com a participação e empenho dos alunos do Curso Profissional Técnico de Instalações Elétricas, mais propriamente os alunos Daniel Simões, Diogo Ferraria, Gonçalo Figueiredo e Flávio Branco, que já iniciaram o seu trabalho com diversas atividades no âmbito do projeto.
Um prémio total no valor de €100.000 destinado à implementação de medidas de eficiência energética nas escolas será atribuído às três escolas vencedoras do concurso. Os twisters vencedores receberão também um vale Fnac no valor de €700.
Segundo o sítio oficial do projeto em http://www.twist.edp.pt/ “os especialistas sabem que o Clima tem variado ao longo da História do Planeta. No entanto, durante muitos milhares de anos estas alterações ocorreram quase sempre de forma lenta e ligadas a causas naturais, nomeadamente variações de luminosidade do sol e variações nos parâmetros que definem a órbita da Terra em torno do astro e que se supõe serem responsáveis pelos períodos glaciares.”
A mesma fonte refere que “nos últimos 150 anos, alguma coisa mudou: a industrialização e o aumento da população provocaram alterações na composição da atmosfera, em particular devido às emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE), como vapor de água (H2O), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), clorofluorcarbonetos (CFC), perfluorcarbonetos (PFC), hexafluoreto de enxofre (SF6) e ozono (O3).”
Nesta questão, o Homem tem um papel decisivo na manutenção do “equilíbrio na atmosfera que depende da concentração de GEE, uma vez que estes gases absorvem e emitem radiação e são eles que controlam a temperatura. Um aumento da concentração destes gases provoca consequentemente um aumento da quantidade de energia que fica retida e como efeito um aumento da temperatura numa zona chamada ‘baixa troposfera’. É a este fenómeno de aquecimento que se dá o nome de Efeito de Estufa.”
Pode ler-se ainda que “A concentração de CO2 aumentou devido à combustão de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e às alterações do uso do solo. As principais atividades que levam a esta situação são: os transportes, a indústria e a
desflorestação. A maior parte da eletricidade que consumimos é produzida através da queima do petróleo, do carvão e do gás natural, logo, as centrais de produção de energia elétrica contribuem para o aumento do efeito de estufa. São estas atividades as grandes responsáveis pelas tão faladas ‘alterações climáticas’ que o nosso planeta tem vindo a sofrer.”
Uma das formas mais eficazes de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e de tornar o abastecimento energético mais sustentável é melhorar a eficiência energética. Ser eficiente significa mudar os comportamentos sem perder o conforto, ou seja, usar a energia de forma inteligente. Usar lâmpadas de baixo consumo e desligar todos os aparelhos no botão, eliminando os consumos em modo stand by, por exemplo, ajuda a reduzir as emissões associadas à produção de eletricidade, não abdicando de ter a luz acesa, quando necessário.
Ao longo do presente ano letivo, os twisters deverão implementar ações que permitam integrar os temas da eficiência energética e alterações climáticas nas suas rotinas e preocupações diárias.
Os twisters poderão usar da máxima criatividade para o desenvolvimento e implementação de ações nas escolas, coerentes com a temática e com o concurso, devendo obrigatoriamente garantir o cumprimento das seguintes tarefas: 1º Participar no workshop regional organizado pela EDP e Sair da Casca; 2º Elaborar um diagnóstico ao consumo energético da escola com base no formulário disponibilizado; 3º Realizar inquéritos aos hábitos de consumo energético junto dos colegas, na fase inicial e final do projeto, com base no formulário disponibilizado e por fim, elaborar um relatório final de todas as ações desenvolvidas no âmbito do projeto twist – a tua energia faz a diferença!
Pedro Guedes
Formador/Coordenador do Projeto
“Twist – a tua energia faz a diferença”
PV_Ed 4.indd 9 22-02-2012 17:04:33
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1210
Entrevista
1. Há quantos anos leciona na Escola Profissional de Rio Maior?Desde 1992, primeiro ano de funcionamento da escola.
2.Como define a EPRM?Considero que é uma Escola reconhecida e valorizada no meio local e regional
pela forma como apoia e acompanha o percurso escolar dos seus alunos, com um
projeto educativo vocacionado para a formação e qualificação profissional de recursos
humanos e que mantém uma grande interação com o meio envolvente.
3. Sendo um dos professores mais antigos desta Escola, quais são as principais diferenças entre a EPRM de quando iniciou e a EPRM de hoje?
Existem diferenças óbvias em termos de instalações e equipamento, número de
cursos, ações de formação, número de alunos e de formadores (no primeiro ano de
funcionamento havia só dois cursos com cerca de 40 alunos), projetos e atividades
em desenvolvimento. No início a escola foi uma alternativa de formação dos jovens,
face ao sistema de ensino existente na altura e que pretendiam uma formação mais
prática e direcionada para o mercado de trabalho. Atualmente, apesar do alargamento
1. Há quantos anos leciona na Escola Profissional de Rio Maior?Leciono na EPRM desde 1993, o segundo ano de vida da escola.
2. Como define a EPRM?A EPRM foi um projeto inovador na altura em que foi constituída e continua a
ser uma referência em termos de formação. Sempre procurou adequar a sua oferta
às reais necessidades do mercado e essa é com certeza uma das razões para o seu
sucesso. Outro aspeto importante, tem a ver com a qualidade do pessoal docente e
não docente que imprimem na escola uma dinâmica fantástica.
A EPRM foi um projeto que abracei desde o início, pois sempre acreditei nele.
3. Sendo uma das professoras mais antigas desta Escola, quais são as principais diferenças entre a EPRM de quando iniciou e a EPRM de hoje?
No início éramos poucos e funcionávamos como uma “família”, com grande
proximidade e informalidade apesar do necessário rigor e qualidade no ensino.
Quando mudamos de instalações e crescemos, isso perdeu-se um pouco, mas
rapidamente voltamos a ser novamente como uma família e penso que essa é uma
vantagem da escola que nunca se deve perder e que constitui mesmo uma relevância
competitiva importante para o seu sucesso. Gostaria ainda de acrescentar, novamente,
que o bom funcionamento da escola se deve a todos os que com ela colaboram e muito
da oferta de formação de cursos profissionais às escolas secundárias, nem sempre
em complementaridade, continua a ser uma alternativa de formação importante no
concelho.
Devido, principalmente, às prioridades de ingresso nos cursos profissionais
(preferência aos alunos provenientes de cursos alternativos ao ensino básico regular),
a maior diferença que se verifica, é quanto a mim, o público-alvo que se modificou
muito ao longo dos últimos anos. A maioria dos alunos que ingressam nos cursos
profissionais, são agora provenientes de cursos de educação e formação para onde
foram “desviados” por mau aproveitamento e/ou comportamento a fim de “não
estragarem as estatísticas” do ensino regular e que foram vítimas de um facilitismo
exagerado. Estes alunos chegam ao 10º ano sem regras, sem saber estar numa sala
de aula e sem hábitos de trabalho, gerando situações muito difíceis de ultrapassar e
pondo em risco a qualidade que se pretende para o ensino profissional.
4. Qual ou quais os motivos que o fazem continuar a colaborar com esta Instituição / Escola?
A minha colaboração, para além de poder participar num projeto diferente, mas
complementar daquele que exerço na escola secundária, tem um motivo relevante
respeitante à componente monetária que resulta das funções desempenhadas.
5. Que mensagem gostaria de deixar à Comunidade Escolar neste ano em que a EPRM comemora o seu 20º aniversário?
Desejo que todos os envolvidos, proprietários, direção, professores, funcionários
e alunos continuem a trabalhar em prol da qualidade do ensino profissional,
desenvolvendo um projeto educativo dinâmico e inovador, promovendo a formação
de técnicos qualificados, responsáveis e solidários, de acordo com as necessidades
das empresas, permitindo nestes tempos conturbados encarar o mercado de trabalho
com maior confiança.
João Luís Carvalho
Docente de Matemática
especialmente aos seus diretores, o primeiro e o atual, respetivamente, o Professor
Humberto Novais, profissional que muito admiro e estimo e o Professor Luciano
Vitorino que “vestiu a camisola” da escola desde o primeiro dia.
4. Qual ou quais os motivos que a fazem continuar a colaborar com esta Instituição / Escola?
O facto de continuar a acreditar neste projeto e a possibilidade e o privilégio de
poder contribuir e de ver os resultados e a transformação dos jovens, que optam
por frequentar esta instituição de ensino. Também aprecio bastante o ambiente de
trabalho e o clima de entre ajuda e equipa que existem. Posso afirmar ainda, que cresci
bastante como pessoa e profissional ao longo destes anos de colaboração. Por tudo
isto, só posso estar grata por colaborar com a EPRM.
5. Que mensagem gostaria de deixar à Comunidade Escolar neste ano em que a EPRM comemora o seu 20º aniversário?
A longevidade de uma organização é um dos critérios utilizados para medir o
sucesso da mesma. Portanto, 20 anos é um bom motivo para comemorar e felicitar
todos os que com ela colaboraram ao longo desses anos e que muito ajudaram a
alcançar esse sucesso.
Que este ano de 2012 vai ser um ano difícil, já todos sabemos. No entanto, não
devemos ser pessimistas mas aproveitar a adversidade para repensar as nossas vidas
ao nível das prioridades, das competências e daquilo que consideramos realmente
importante, sempre sem cruzar os braços.
As crises acontecem sempre que há uma rutura do equilíbrio em que supostamente
haveria estabilidade e harmonia e provocam sempre bastante tensão.
A palavra “crise” em chinês tem um duplo significado: “perigo e oportunidade”.
Neste contexto e apesar de tudo, ainda existe a possibilidade de explorar as
oportunidades emergentes e em relação ao perigo, considero-o como alguém disse, “o
que não nos mata torna-nos mais fortes”…
Finalmente, por mais negro que nos pareça o futuro, temos de ter esperança, ser
otimistas, positivos e persistentes, só assim conseguimos ultrapassar as dificuldades
e barreiras com que nos deparamos no nosso dia-a-dia.
Maria João Maia
Docente de Contabilidade e Gestão
PV_Ed 4.indd 10 22-02-2012 17:04:37
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 11
Entrevista
1. Há quantos anos leciona na Escola Profissional de Rio Maior?“ Dos primeiros passos à maioridade.”
Leciono na Escola Profissional de Rio Maior desde o segundo ano de funcionamento,
ou seja, há 18 anos.
2. Como define a EPRM?“ Entre a certeza do passado e a incerteza do futuro”
Entre a certeza do passado e a incerteza do futuro, onde uma boa visão estratégica,
focalizada em objetivos partilhados por toda a organização, e com uma estratégia de
motivação e mobilização interna de todos os colaboradores é vital para a sustentabilidade
da Escola. Trabalhar muito e bem, ser exigente com os alunos, ser proativo, antecipar
necessidades, ser criativo, exige – se mais do que nunca num contexto de mudança.
A EPRM resultou de uma iniciativa que mobilizou a Autarquia, a Associação
Empresarial de Rio Maior e a Associação de Produtores Agrícolas. A procura da excelência
ao nível da formação de jovens, levou -a a privilegiar a contratação de profissionais
qualificados nas diferentes áreas profissionais, que asseguravam essencialmente as
disciplinas técnicas e a integrar a sua atuação nas dinâmicas sociais, económicas e
empresariais locais e regionais.
O prestígio alcançado a nível local e regional, permitiu o estabelecimento de
protocolos com diversas empresas, para a colocação de alunos em estágio e permitiu
taxas de empregabilidade muito significativas. Os empresários da região confiavam na
formação destes jovens.
A par do lema “Uma escola/ escolha de sucesso “, a coesão do corpo de colaboradores
e de gerentes, perfeitamente focados nos objetivos estratégicos da organização,
possibilitou que se criasse ao longo do tempo uma cultura e identidade própria e de
pertença. Foi com muito orgulho e satisfação que pertenci a “uma grande família”
com “progenitores” sempre presentes e que se foram revelando capazes de entender
os desafios e responsabilidades, de lidar com os obstáculos e resolvê-los, de ouvir e
atuar. Respeito, dinâmica e capacidade foram vitais para o crescimento e consolidação
do projeto.
3. Sendo uma das professoras mais antigas desta Escola, quais são as principais diferenças entre a EPRM de quando iniciou e a EPRM de hoje?
“ Hoje mais do que nunca exige – se que a escola seja aprendente e criativa”
Existem diferenças e estranho seria se assim não fosse. A Escola já fez 19 anos. Tem
hoje instalações próprias, muitos colaboradores entraram e outros saíram e encontra –
se num processo de maturidade que pode significar um novo ciclo de crescimento ou
declínio. Os objetivos gerais, ao nível do sucesso da formação, da criação de dinâmicas
e envolvimento empresariais, continuam a estar presentes. A concorrência é maior,
mais escolas oferecem formação profissional e é preciso uma maior notoriedade e
diferenciação para atrair os jovens. É também necessário que a formação dos jovens
seja adequada às necessidades das empresas e as supere. Que novas exigências? O que
é que o mercado quer hoje? São questões prévias e para as quais se exige respostas
adequadas.
4. Qual ou quais os motivos que a fazem continuar a colaborar com esta Instituição / Escola?
“ Motivação e gosto” .
Gosto do que faço. Gosto de ensinar e de aprender. Gosto de desafios. Identifico -
me com o projeto e julgo ter um acumulado de experiências pessoais e profissionais
que devo continuar a colocar ao dispor da escola; havendo reciprocidade, continuarei a
trabalhar na EPRM.
5. Que mensagem gostaria de deixar à Comunidade Escolar neste ano em que a EPRM comemora o seu 20º aniversário?
“Um novo paradigma exige atitude, motivação, criatividade e desempenho de
excelência – Não temos hoje emprego e empresas para toda a vida.”
A fase “adulta” da escola exige a perceção muito realista do contexto em que a
mesma se insere. Exige – se da escola uma boa preparação dos jovens ao nível das
competências e atitudes necessárias para o seu desenvolvimento profissional e pessoal.
Os requisitos das competências/tarefas mudam no decorrer do tempo.
O perfil de competências dos alunos terá de ser ajustado e adaptado para refletir
estas mudanças. Os jovens devem adotar uma postura empreendedora, polivalente,
com capacidade de aprender e perceber que a formação os acompanhará ao longo da
sua vida; motivação, atitude positiva e empreendedora, criatividade e responsabilidade,
estão nos primeiros requisitos comportamentais que o mercado de trabalho exige.
As novas lideranças da escola devem ter visão estratégica, devem cultivar a
criatividade e responsabilidade, fomentar uma identidade própria e diferenciadora,
comunicar de forma assertiva e eficaz os objetivos e a estratégia da mesma, que una e
mova colaboradores motivados e comprometidos com o sucesso de todos.
“Que a EPRM continue a ser uma escola/ escolha de sucesso”.
Ana Cristina Figueiredo e Silva
Professora/ Formadora da EPRM
PV_Ed 4.indd 11 22-02-2012 17:04:43
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1212
Nas horas vagas...
A maioria das pessoas associa o
Atletismo à corrida de atletas num
estádio ou numa via. No entanto,
trata-se de uma modalidade bastante
mais complexa, compreendendo três
modalidades: corrida, lançamentos
e saltos.
Através da prática do Atletismo
pode treinar-se todos os músculos
do nosso corpo, mas existe uma
modalidade para a qual é necessário
ter muita coragem, o salto com vara.
O salto com vara era a sub-
modalidade que eu mais praticava
e onde tinha maior destaque como
atleta, tendo até conseguido o
segundo lugar do ranking nacional
na época de 2008/2009.
No entanto, a vida dá muitas
voltas e, um certo dia, estava a
treinar e fiz uma lesão grave no
ombro esquerdo que teve como
consequência uma recuperação
de dois meses, obrigando-me a
abandonar esta prática uma vez que a lesão voltou a agravar-se tendo sido
submetido a uma operação e a seis meses consecutivos de fisioterapia que
me impediram, assim, de concluir um dos meus maiores desejos, ser campeão
nacional!
Ainda hoje, passados quase três anos desde a última vez que pratiquei
salto com vara, cada vez que me dói o ombro, lembro-me dos prémios que eu
ganhei e poderia vir a ganhar se este acidente não tivesse ocorrido.
Fica a feliz lembrança de bons tempos vividos e vitórias que alcancei, nunca
esquecendo que o desporto é uma prática extremamente saudável que sempre
tentarei praticar de outras formas.
José Santos
Curso Técnico de Frio e Climatização
O Futebol é um desporto praticado em equipa e é considerado o mais popular do mundo. Talvez por isso seja o meu desporto favorito!
Comecei a praticar futebol com mais ou menos catorze anos de idade quando, em conjunto com os meus pais, emigrei para a Suíça. Esta prática servia para não estar sempre em casa a jogar computador, para conhecer mais amigos permitindo, assim, a minha integração na comunidade em que estava inserido e desenvolver a língua alemã, falada naquele país.
Enquanto permaneci na Suíça, joguei sempre futebol e, neste momento, que já me encontro novamente em Portugal e a estudar na Escola Profissional de Rio Maior, integrei a equipa de Juniores do Núcleo Sportinguista de Rio Maior há dois anos.
Considero o meu grupo uma grande equipa, onde encontrei bons colegas e amigos!
Gostaria de terminar, deixando a perceção de que o futebol não é apenas um desporto que nos favorece a nível físico, mas também uma forma de poder ter mais amigos e saber trabalhar em equipa, desenvolvendo, dessa forma, as nossas competências pessoais.
Gonçalo Figueiredo
Curso Técnico de Instalações Elétricas
Pronunciar-me sobre
a minha entrada para a
Filarmónica de São Sebastião
é fácil, difícil será explicar
essa minha decisão.
Tudo se iniciou quando
eu era pequena e comecei a
assistir a concertos da banda,
gostava imenso do que via.
Para além dos músicos,
parecia que lá existia uma
enorme harmonia e uma
grande animação entre
todos, de tal forma, que
decidi entrar para a banda
uma vez que não tinha nada
a perder caso não me adaptasse. Fui assistir a um ensaio e para mim foi como se estivesse em
casa, pois o ambiente era ótimo e as pessoas bastante simpáticas.
Frequentei as aulas de solfejo através do estudo de pauta e posteriormente as aulas de
trompa com instrumento, e quando os meus superiores verificaram que estava preparada,
comecei a tocar nos ensaios, no entanto, a minha entrada oficial foi no dia 1 de novembro de
2008, data do batismo realizado pelos restantes elementos da banda.
Desde esse dia faço parte da Filarmónica de S. Sebastião e refiro-o com muito orgulho pois
com esta vivência já aprendi muito, desde a responsabilidade que deposito em cada serviço, até
ao crescimento que fui adquirindo como pessoa, pois tive de começar a aceitar as opiniões de
todas as pessoas como também a respeitá-las. Os músicos que fazem parte deste grupo, para
além de amigos, são como uma segunda família pois estão lá para o bem e para o mal, para nos
repreenderem se for necessário e para nos valorizarem quando brilhamos.
Que mais posso dizer? Apenas que sou feliz no seio do grupo que constitui a banda, que
tenho aprendido muito, tenho conhecido pessoas novas, novos lugares, adquirindo mais
responsabilidade através do cumprimento de horários e aceitação de ordens, pois embora
tenhamos pelo meio as nossas discussões, os nossos momentos de loucura e de brincadeira,
continuamos a ser felizes!
Tatiana Henriques
Curso Técnico de Transportes
A associação de Jovens de Arrouquelas, denominada H2O, exímia em desenvolver formas
de participação e comunicação dos jovens através da dinamização de projetos pedagógicos de
âmbito local, regional e internacional, proporcionou-nos no passado mês de abril, coincidente
com as férias da Páscoa,
realizar um intercâmbio
internacional e levou-
nos até Praga, capital da
República Checa, com o
intuito de desenvolver
diversas aprendizagens
e troca de experiências
no âmbito da “Educação
Ambiental”.
O intercâmbio teve
como participantes
sete países Europeus,
nomeadamente a República Checa, Letónia, Finlândia, Macedónia, Arménia, Ucrânia e claro,
Portugal com a representação de três alunos da Escola Profissional de Rio Maior, da turma
12ºA – Curso Técnico de Energias Renováveis – Sistemas Solares, Cátia Catarino, Filipe Nobre
e Guilherme Monteiro.
O encontro tinha como objetivos partilhar conhecimentos, ou seja, ensinar e aprender
diversas questões e procedimentos sobre os hábitos ambientais de outros países.
Nós saímos de Portugal com o objetivo de partilharmos os nossos conhecimentos e
experiências adquiridas ao longo da vida e da frequência do curso Técnico de Energias
Renováveis.
A nossa apresentação consistiu em primeiro lugar, em apelar à importância do apoio
às vítimas de catástrofes naturais, onde cada grupo teve de pintar uma t-shirt e deixar uma
mensagem de apoio.
Na segunda apresentação ensinámos aos participantes como construir um forno solar que
no final servia para assarmos maçãs, tal como já havíamos apresentado na EPRM. Por fim,
fizemos dois jogos ambientais que consistiam em compor uma música ecológica e debater no
“Naturebook” (inventado por nós) problemas e soluções para os diversos problemas ambientais.
Esta foi uma experiência muito gratificante e que jamais iremos esquecer, quer pela
convivência interpessoal, quer pelas aprendizagens adquiridas.
Cátia, Filipe e Guilherme,
Curso Técnico de Energias Renováveis
Saltar bem alto…
Com a bola nos pés...
Chamar a música…
Em intercâmbio…
PV_Ed 4.indd 12 22-02-2012 17:17:08
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 13
Visitas de Estudo
Mais uma vez, o Grupo Disciplinar de Educação Física da Escola Profissional de Rio Maior, EM., organizou um grande
dia dedicado às Atividades de Exploração da Natureza. Tal como no ano letivo anterior, esta visita de estudo serviu de
momento avaliativo do Módulo de Atividades de Exploração da Natureza I e II e também uma forma de proporcionar
aos nossos alunos novas experiências e vivências num ambiente mais informal, em pleno espírito de companheirismo
e camaradagem, com os demais colegas e professores. Não esquecendo a presença numa etapa do campeonato do
mundo de Surf “Rip Curl Pro 2011 – Peniche”, que acabou por não se concretizar, uma vez que, para nossa surpresa, o
campeonato tinha terminado no dia anterior.
Foi no dia 20 de outubro de 2011. Todos se encontravam empolgados e expectantes com a participação na visita
de estudo ao “mundo” das atividades de exploração da natureza. Mais uma vez, o encontro dos alunos, das quatro
turmas de 10º ano (A, B, C, D), das duas de 11º ano (A e B) e professores foi feito na escola, para que todos se pudessem
preparar e organizar da melhor forma. De seguida, todos rumámos a Peniche (Praia da Gamboa), local onde decorreriam
as várias atividades de exploração da natureza. Entre conversa, música e espírito de camaradagem a viagem realizou-se
sem qualquer percalço. A agitação era bastante e a vontade de realizar as atividades era maior ainda pois não são todos
os dias que temos atividades deste género! Foi explicado aos alunos como iria decorrer a atividade. Da parte da manhã,
realizaram duas atividades, num sistema de rotatividade e foram as seguintes: jogos de praia, com vários jogos de
dinâmica de equipa (voleibol, futebol, râguebi, entre outros) testando a coesão dos membros da mesma; e por último, a
atividade de maior destaque, pela sua especificidade, dificuldade magia e contacto com a natureza, o surf e bodyboard.
Os alunos tiveram uma aula de surf e bodyboard, onde obtiveram conhecimentos teóricos básicos (segurança e
técnicos), para logo de seguida colocar em prática, da melhor forma possível a “surfar nas ondas”.
Da parte da tarde, os alunos realizaram uma corrida de orientação na zona da “Papôa” em que percorriam um
percurso por trilhos e carreiros, com vários pontos marcados num mapa, em pares ou trios, numa corrida contra o
tempo, aproveitando para apreciar a beleza natural de Peniche.
Do balanço efetuado pelos alunos e professores, podemos afirmar que a atividade correu da melhor forma possível,
atingindo-se os objetivos pedagógicos e sócioafectivos, previamente estabelecidos.
Alguns dos alunos viveram esta experiência pela segunda vez e referiram que esta segunda oportunidade tinha sido
mais proveitosa, uma vez que já tinham adquirido conhecimentos no ano anterior. Para aqueles alunos que foram pela
primeira vez, bastou ver os sorrisos de satisfação esboçados nas suas caras.
A visita de estudo contou com a participação de cento e trinta alunos (parabéns pelo empenho, dedicação e cumprimento de normas) e sete colaboradores (professores que
ajudaram na realização da atividade, a quem desde já agradecemos a vossa colaboração, Obrigado!), para além dos dois professores organizadores.
Mais uma vez, o Grupo Disciplinar de Educação Física quer agradecer à Direção da Escola Profissional de Rio Maior, pela forma arrojada com que voltou a aceitar esta proposta
de visita de estudo e tudo fez para que fosse um sucesso e também à Escola de Surf de Peniche pela forma simpática e profissional com que nos receberam.
Se criámos uma tradição, não sabemos, só o tempo o dirá. Mas que esta, já está... Já!
Para o ano, veremos…
A todos, o nosso sincero OBRIGADO!
Eurico Cavaco
Docente de Educação Física
É senso comum que o que distingue a visita de estudo de um passeio é a sua pertinência e
complemento no âmbito do processo ensino-aprendizagem de uma ou mais disciplinas. Este tipo
de atividade visa a motivação e sensibilização dos alunos para a abordagem de um determinado
conteúdo podendo ter como principal objetivo concretizar e aplicar conhecimentos já adquiridos,
culminando o estudo de um tema.
Assim e no âmbito do tema Os Media abordado nas disciplinas de Português e de Inglês
(módulos 5 e 4), os alunos do 11ºano dos cursos de Instalações Elétricas de de GPSI visitaram o
Museu da RTP com o objetivo de aprender um pouco mais acerca da caixinha mágica que mudou o
mundo das telecomunicações em Portugal.
A visita guiada começou pelas 10 horas da manhã, os nossos alunos tiveram a oportunidade
de conhecer uma parte importante da coleção museológica de rádio e televisão, que de outro modo
seria inacessível ao grande público.
Durante a visita, os alunos tiveram oportunidade de conhecer a Exposição comemorativa dos
50 Anos da RTP, uma galeria com imagens/vídeos de peças museológicas (500 fotografias de rádio
e de televisão), conteúdos televisivos e radiofónicos que fizeram história em Portugal.
Os alunos tiveram, ainda, acesso a um Estúdio Virtual de Televisão onde tiveram oportunidade
de gravar um pequeno programa improvisado.
A atividade prevista para a manhã terminou com uma visita relâmpago aos estudios de gravação
da RTP. Aqui, os alunos puderam observar a gravação de um noticiário que estava a passar em
direto no canal RTP Informação.
À tarde, os nossos alunos assistiram à peça, em língua inglesa “I Spy with my little eye”
dinamizada pela companhia teatral inglesa Interacting, no Auditório Santa Joana Princesa, na zona do Areeiro, Lisboa.
Os atores protagonizaram uma paródia aos filmes de espionagem, com recurso a diálogos simples e bem humorados, cativando a atenção dos alunos das diferentes escolas
que assistiram à peça. Alguns dos presentes (incluindo os nossos alunos) tiveram a oportunidade de subir ao palco e aplicar os seus dotes linguísticos no que à língua inglesa diz
respeito. Excusado será dizer que todos estiveram à altura do desafio atuando de acordo com as diretrizes dos atores. À experiência de pisar um palco, aliou-se a possibilidade de
interagir em inglês. Por este motivo, faz todo o sentido repetir as palavras que a companhia refere na sua apresentação: “Laugh while you learn!” (ri enquanto aprendes).
Sandra Rosa
Docente de Inglês
Visita ao Museu da RTP
Os Desportos de Natureza voltaram à EPRM: Teremos criado uma Tradição?
PV_Ed 4.indd 13 22-02-2012 17:04:53
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1214
Visitas de EstudoA realidade enquanto objeto de estudo: a matéria das visitas de estudo
Um olhar sobre as práticas educativas: uma matéria difícil!
O ressurgimento sistemático
de novas propostas para velhas
ideias não é apanágio dos
nossos dias. Não se estranha
por isso que no atual panorama
educativo sejam já visíveis
alterações nas práticas e nas
políticas públicas de educação.
O facto de se ter regressado à
dominação natural das áreas
escolares tradicionalmente
“fortes” (matemática, ciências,
línguas,…), em detrimento das
componentes não escolares
(estudo acompanhado, área de
projeto, educação cívica, …),
parece retomar a velha questão
das (dis)funções da escola e da
sua aparente (in)disponibilidade
para acolher “clientes” menos
aptos e dificilmente ajustáveis
às culturas emergentes. Paira
algures uma sensação “dejá
vu” que, esperamos, nos traga
resultados diferentes dos que o
passado foi registando.
Pressente-se o regresso ao
espaço privilegiado da escola (a
sala) e a deslocação para outros
domínios daquele que é (foi!) o
espaço e o tempo da integração
das coisas que dizem respeito à
escola e à sociedade. Esperamos
neste, como noutros domínios,
não assistir ao seu lento
caminhar rumo ao esvaziamento,
nem à sua redução a mero
“desperdício pedagógico”,
contrário a valores que parecem
regressar à escola e à sociedade
após longo e apurado período
de decantação. Neste sentido,
e salvaguardada a imodéstia
do apelo, aproveitaremos este
espaço para reforçar alguns
dos aspetos ligados à visita
de estudo enquanto atividade
de integração, que (sobre)vive
do contacto com a realidade,
enquanto dimensão de estudo e
análise.
Já por aqui escrevemos sobre
o assunto. Já nos referimos aos
seus intervenientes habituais,
com especial destaque para o
papel do professor que, à falta
de melhor, acolhe em si a parte
substancial das propostas e
dos seus resultados, propondo
releituras diferenciadas para
realidades que nem sempre
se adequam aos desejos e às
expectativas dos participantes.
De facto, a valorização
das experiências e dos
conhecimentos vai-se mantendo
na esfera do professor, já que
no que respeita ao envolvimento
e à participação dos restantes
atores, vamos construindo
opiniões menos consensuais.
Vem isto a propósito
da realização da visita de
estudo “papafreguesias”,
promovida pelo atual curso
Profissional de Técnico de
Manutenção Industrial. Visa-
se, neste contexto, percorrer
in loco e in sito algumas das
freguesias do concelho de Rio
Maior, aproveitando o que
resta do “balanço” permitido
pelos conteúdos de Área de
Integração, componente original
dos cursos profissionais, que
relaciona temas de interesse no
campo das ciências sociais com
problemas concretos retirados
da experiência e da sua postura
reflexiva dos alunos, de acordo
com métodos e técnicas de
análise retiradas do campo
escolar.
A exemplo de outros
momentos, também neste caso
se pretende passar das temáticas
inscritas no manual de apoio (que
se assume como um elemento
perverso), para as práticas reais.
Esta tentativa de promover
transferências entre os espaços
privilegiados das operações
abstratas (escola) e das situações
concretas (sociedade/ natureza)
deve permitir a consolidação de
alguns dos conceitos analisados
em sala e possibilitar o acesso
a espaços de aprendizagem
integrados (bio-geo-sócio-eco).
Na sua versão simplista,
não se estranham as reservas
habituais, do ponto de vista
curricular, relativas à sua eficácia
enquanto estratégia de ensino
e aprendizagem. No entanto,
ao propor a realização de uma
visita, pretende-se, antes de
mais, criar contextos de trabalho
em que seja possível “pôr os
pés na água”, sentir o pulsar da
realidade, invertendo o sentido
das aprendizagens e os contextos
em que se inserem, isto é: passar
da elaboração de propostas
assentes na sistematização de
conceitos, para a apropriação
de elementos concretos, que
emanam da relação que os
alunos aceitam construir face a
uma realidade nova.
Mas se tudo isto é
razoavelmente interessante,
sob o ponto discursivo, já os
resultados nos vão sujeitando
a alguma contenção e reserva,
dado que a transmissão fiel
das pretensões de uma saída
de campo, ou de uma visita
à fábrica mais próxima, nem
sempre colhe sucesso imediato.
Em muitos casos, ficará o dia,
ou parte dele, bem passado
(para uns), se possível sem
grandes exigências e que permita
regressar cedo a casa (para
outros), porque existem sempre
outras propostas, essas sim,
realmente importantes. Vejamos
então a visita “papafreguesias”
em detalhe, para podermos
reter algo em benefício dos seus
defensores.
A matéria dada: o espaço em torno da escola
A ideia surgiu bem cedo,
vinha aliás preparada de anos
anteriores. O grupo de alunos
começou por evidenciar as
descrenças face a uma ideia que
parecia contrariar um percurso
escolar feito de razoabilidade.
Qual o motivo que leva um
conteúdo escolar (a matéria!)
para a rua, associado à a
obrigatoriedade de se utilizar
a bicicleta, ao contrário dos
materiais tradicionalmente
aceites?
Imbuídos do necessário
espirito critico, favorecido pela
tradicional “veia argumentativa”,
os alunos lá forma tolerando
a proposta, apesar das
dissonâncias serem suficientes
para justificações e todo o
tipo de recusa: “Não tenho
bicicleta!”, “Partiu-se o eixo!”,
“Não tem travões!”, “Não estou
habituado!”, “Não vou!”.
Passada a estranheza inicial,
passou-se à fase de preparação,
colocando sobre o espaço
de trabalho o maior número
de elementos disponíveis,
remetendo as práticas, na
sua versão acessível, para o
núcleo de conteúdos inscritos
nas propostas de contacto
com o território em redor da
escola, quer quanto às suas
características geomorfológicas,
quer sociais e económicas, tendo
em vista o reforço das interações
entre todos os alunos.
Uma das primeiras etapas de
trabalho foi a sua denominação.
Em termos de estratégia, optou-
se pela tradicional “tempestade
de ideias”, com ajustes em
função do grupo, transformando
o conceito numa situação
concreta, perante a qual poucos
acreditavam estar perante uma
proposta de trabalho. Dadas as
semelhanças, mais parecia uma
brincadeira de rua.
Com uma simbologia muito
rudimentar, obteve-se uma
designação ajustada, que fez
justiça ao envolvimento do
grupo. Só a partir deste momento
foi possível estabelecer um
compromisso e definir os locais
e os conteúdos associados à
atividade. Apesar das incertezas,
terminou-se a tarefa com uma
abordagem à dimensão física
do projeto: pelo menos 35
quilómetros para observar
algumas das freguesias e testar
a elasticidade do grupo.
Assumido o compromisso,
delimitado o território e
identificados os conteúdos,
partiu-se para a visita,
aproveitando a disponibilidade
do clima e a descrença dos
participantes. Os registos
iniciais confirmaram estas
suposições: pouca atenção ao
enquadramento proporcionado
(habitação, tipologias de
trabalho, mobilidade de pessoas
e bens, clima, população, …). No
entanto, o alinhamento manteve-
se, apesar das manifestações de
cansaço, físico e mental, precoce,
apoiado por uma cantilena
militarizada, a fazer justiça à
motivação dos visitantes.
A perceção do risco, aliada
às interações justificadas no
rude confronto com o relevo
e na ausência das referências
habituais, foi consolidando o
grupo, que atingiu o seu patamar
médio de envolvimento passados
os primeiros quilómetros. Foi
então possível estabelecer
elementos de comparação entre
o que se pretendia observar
e o que se acabou por ver. As
contradições entre as imagens
mentais que se constroem e a
realidade que lhes dá forma,
foram contributos interessantes
para a troca de ideias em torno
dos elementos que se iam
“atravessando no caminho”: as
fronteiras naturais e os limites
construídos pela ação humana
(rio, freguesia, propriedade),
o casario irregular e os efeitos
da massificação das atividades
económicas (suinicultura) e das
práticas florestais (monocultura,
abandono, destruição, …),
o antigo e o moderno, o
desenvolvimento, a tradição e o
progresso, tudo sintonizado na
frequência do grupo.
O trajeto foi evoluindo,
deixando nos participantes
um aparente conforto perante
o abandono temporário das
práticas educativas e o acesso
natural a um novo objeto
de estudo, analisado agora
a partir da sua componente
física, alterando deste modo as
perceções mantidas com base
nas práticas quotidianas e nos
seus efeitos.
Para encerrar a atividade,
após o merecido repouso,
foi solicitada uma produção
PV_Ed 4.indd 14 22-02-2012 17:04:58
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 15
Visitas de Estudo
Quais as palavras certas para se dizer Adeus?Se é que palavras certas existem… Talvez um poema, uma música ou uma carta faça isso por nós. No entanto, não deixa de
ser uma tarefa difícil!
Assim, no passado dia 26 de outubro, pelas 18h e 30m, os alunos das turmas 10ºB e 10ºD, curso Técnico de Transportes e Frio
e Climatização, respetivamente, participaram no ” Workshop de Escritos - Com os dias perdidos dentro”, promovido pelo Teatro
Virgínia na cidade de Torres Novas, com Sofia Dinger, uma recente mas talentosa atriz e criadora portuguesa.
Em torno do seu espetáculo Nothing´s ever yours to keep, Sofia Dinger orientou o workshop de escrita em torno da memória e
do esquecimento, defendendo que a evocação do que não nos lembramos, não deixa de ser uma estratégia para não esquecermos
e que os registos diários do que conseguimos concretizar não deixa de ser uma seleção, uma possibilidade ou tentativa. Em que
lugares de memórias, acontecimentos e perdas reconhecemos as nossas vidas, as vidas dos outros?
Neste workshop, procurou-se um esboço da escrita de todos os dias como matéria para chegarmos uns aos outros. E foi assim,
que divididos em grupos ou individualmente, alunos e professores acompanhantes se “isolaram do mundo” por alguns momentos
e, através dos conhecimentos adquiridos ao longo da aprendizagem do Módulo 1 da disciplina de Português – Textos de Caráter
Autobiográfico e das vivências pessoais alcançadas, levaram até ao passado as suas melhores ou piores lembranças e, através de
cartas, autobiografias, autorretratos, partilharam com os presentes, de uma forma muito comovente, aquelas que consideraram
as palavras certas para se dizer Adeus!
Foi um momento bastante intimista nas vivências dos nossos alunos e que certamente não irão esquecer.
Obrigada pela vossa colaboração!
Helena Coelho
Docente de Português
escrita, tomando como base
de trabalho a sinalização das
aprendizagens mais evidentes,
sinalizando problemáticas que
se poderiam analisar a partir
das observações efetuadas. No
fundo, uma estratégia que pouco
difere das tradicionais “revisões
da matéria”, onde se pretende
apenas identificar o que fica
para memória futura, para
que o caráter especulativo do
investimento não se esgote pelo
caminho.
Revisão da matéria dada:
para ir além da “cepa torta”!
Quando se mete a mão ao
bolso e não se confirma o que se
previu, temos (pelo menos!) um
problema: ou ficamos em dívida,
ou recomeçamos a tarefa até se
encontrarem novos meios de
resolução. É claro que existem
outras soluções, mas nem
sempre os meios se ajustam aos
princípios estabelecidos. À falta
de melhor, e para não piorar as
coisas, será razoável reconhecer
que se teremos de continuar a
trabalhar, mais e melhor.
Colocados perante um
dilema, os alunos tentaram,
pelos meios ao seu alcance,
remeter estas questões para
outros espaços e outros tempos.
Alguns afirmaram a sua adesão
obsessiva à prática (“temos que
fazer isto mais vezes, todos os
meses!”), outros transformaram
a árdua tarefa da reflexão num
ato de contrição perante a
componente física (“pensava que
não aguentava!”), outros ainda,
fiéis à sua resistência mental,
abandonaram a tarefa sem mais
demoras (“não faço. Tenho mais
que fazer!”) e, felizmente, alguns
(poucos) arriscaram uma reflexão
empírica mais consequente
(“havia muitos eucaliptos”;
“cheirava muito mal”; “as casas
eram baixinhas”; “o concelho é
maior do que eu pensava!”).
Percorrer os caminhos
da memória costuma ser um
caminho árduo. A lembrança
costuma ser mais fácil de
consultar. Neste caso, de nada
valeria a cábula, a não ser que
na bicicleta houvesse forma de
registar o que vai mexendo (lá
chegaremos!).
Não se pretende com
isto eliminar o que dissemos
inicialmente: mantemos os
propósitos perante a importância
de uma componente empírica
no ensino e na aprendizagem;
regulamos as estratégias por
referência ao que vamos lendo,
observando, reaprendendo;
investimos o que conseguimos
(por vezes mais do que aquilo
que temos), praticamos o que
julgamos saber, tendo em
conta que os resultados, nestas
matérias, continuam a ter um
juro muito baixo, quase residual.
Por estes motivos, valemo-
nos sobretudo do que fica de
imaterial (algo que até parece
da ordem da contradição!): as
sensações, as ambiências, a
expressão, a genuinidade, as
aprendizagens não ligadas às
matérias, mas que se situam para
além delas. O protagonismo dado
aos alunos implica por um lado a
rutura com a tradição educativa
e, por outro, a alternância
entre intervenções centradas
em temas, em problemas e em
projetos, atenuando os riscos
associados à mistura explosiva
entre ensino e animação. Deste
modo, propõe-se aos alunos uma
Vivemos, atualmente, na era das novas tecnologias, onde impera a inovação e o progresso técnico e muitos se deixam seduzir por um simples clique de um botão. Exemplo disso é a Internet e a sua crescente importância na divulgação de informação. Jornais, revistas, programas de rádio e de televisão, tudo está ao alcance de todos através de um pequeno ecrã e em poucos segundos. É fácil constatar que cada vez menos se folheia um jornal para se obter informação e cada vez mais se ignora o facto de que foi este o primeiro meio de comunicação social.
Assim, na tentativa de valorizar a importância dos media na sociedade, e em particular a importância do Jornal, as turmas de Energias Renováveis (Sistemas Eólicos) e de Turismo Ambiental e Rural, da EPRM, participaram num Workshop promovido pelo MediaLab, em parceria com o Diário de Notícias, e desta forma, puderam conhecer a história deste jornal bem como constatar o seu papel ativo na sociedade e nos acontecimentos mais marcantes. Contudo, história à parte, o mais emocionante para os alunos foi mesmo o facto de assumirem o papel de jornalistas e editores, por uns breves momentos, e criarem eles próprios a primeira página de um jornal, selecionando e redigindo as notícias, escrevendo os títulos e escolhendo as imagens. Foi, na verdade, uma iniciativa que mereceu o agrado de todos, pois se estudar os media em sala de aula pode parecer apenas mais um conteúdo, compreender a sua organização e o seu funcionamento torna-se muito mais interessante e apelativo.
Mas se hoje se valoriza cada vez mais o futuro, importa também não esquecer o passado e o papel que ele possa ter tido para as inovações que ocorreram até então. O Museu da Água é um exemplo marcante que chegou até aos nossos dias e que teve anteriormente grande relevância para os habitantes da cidade de Lisboa. O Museu, constituído por quatro núcleos distintos, é composto pelo Aqueduto das Águas Livres, pela Mãe d’Água das Amoreiras, pela Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos e pelo Reservatório da Patriarcal. Este último, situado no subsolo do Jardim do Príncipe Real, foi visitado pelas duas turmas da EPRM e foi em tempos o reservatório mais importante na rede de distribuição de água da baixa lisboeta. Foi construído entre 1860 e 1864 e era abastecido pelo Aqueduto das Águas Livres. O reservatório da Patriarcal é uma enorme cisterna em alvenaria, com planta octógona que funcionou até aos anos 40 do século XX. Contudo, se hoje basta rodarmos a torneira para termos água a qualquer momento e em toda a parte, nem sempre isso aconteceu e a água foi já um bem escasso para as populações. É lamentável que nos esqueçamos tão depressa de que nem sempre tudo foi como hoje, conseguindo, assim, desvalorizar o que temos no presente, por nos parecer tão banal.
Ana Rita Loureiro
Docente de Português e Francês
Do Museu da Água ao DN
intervenção que permite resolver
e ultrapassar dilemas concretos.
Dito de outro modo: poderá a
“cepa torta” transformar “uva
mijona” em casta de referência?
João Paulo Colaço
Docente de Área de Integração
PV_Ed 4.indd 15 22-02-2012 17:05:08
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1216
Palavra aos Alunos
NOME• Rute SeabraIDADE• 15 anosCLUBE• Benfi ca UM LIVRO• AmanhecerUM FILME•Step Up UMA MÚSICA• Extreme - More than words
UMA VIAGEM DE SONHO• ParisQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• FotosGOSTAVA DE SER•Diretora de uma EmpresaO MEU PRATO PREFERIDO É• Frango à BrásSARDINHAS OU LAGOSTA• LagostaO ESTADO DO PAÍS• LamentávelO ENSINO PROFISSIONAL• É mais acessívelA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Aconselhável e Agradável AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Muita sorte e felicidades
NOME• Liliana SantosIDADE•18 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• O nome do Vento UM FILME• Dear John UMA MÚSICA• Clandestino
UMA VIAGEM DE SONHO•AustráliaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FAL-TAR•Água GOSTAVA DE SER• Engenheira CivilO MEU PRATO PREFERIDO É• LasanhaSARDINHAS OU LAGOSTA•LagostaO ESTADO DO PAÍS•PéssimoO ENSINO PROFISSIONAL• Melhor que o regularA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Muito boaAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• O melhor de tudo
NOME• Daniel Paixão IDADE•16 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• Os 5 em AcçãoUM FILME• Velocidade Furiosa 5 UMA MÚSICA• Bruno Mars
UMA VIAGEM DE SONHO•AustráliaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FAL-TAR• ComputadorGOSTAVA DE SER• MotoristaO MEU PRATO PREFERIDO É• Bacalhau com NatasSARDINHAS OU LAGOSTA•SardinhasO ESTADO DO PAÍS•PéssimoO ENSINO PROFISSIONAL• BomA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Do melhorAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO • Um bom futuro com muito trabalho
NOME• Hugo Luis IDADE•15 anosCLUBE•Benfi caUM LIVRO• Uma AventuraUM FILME• Velocidade Furiosa UMA MÚSICA• Kizomba, Trance
UMA VIAGEM DE SONHO•IbizaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Máquina fotográfi ca e produtos de higieneGOSTAVA DE SER•Militar ou EnfermeiroO MEU PRATO PREFERIDO É• Bacalhau com Natas ou Bifi nhos com cogumelosSARDINHAS OU LAGOSTA•LagostaO ESTADO DO PAÍS•Miserável O ENSINO PROFISSIONAL• Está razoável A ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É uma escola divertida e existe uma grande ajuda de todos os seus membrosAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Muita alegria , diversão, festas, aventuras e que consigam um emprego com um salário de 1000€ ou mais e se puderem, emigrem.
NOME• Gerson VieiraIDADE• 20 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• A verdade é que não sou muito dedicado à leitura! UM FILME• “The Hangover Part II”UMA MÚSICA “BANDA EM GERAL”• “Red Hot Chilli Peppers”
UMA VIAGEM DE SONHO• Nova YorkQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Boa Disposição e vontade de descansar!GOSTAVA DE SER• Uma boa questão! Numa altura difícil como estas, o futuro é sempre incerto!O MEU PRATO PREFERIDO É• Bacalhau com natasSARDINHAS OU LAGOSTA• Sardinhas.O ESTADO DO PAÍS•Sou realista e admito que o nosso país vai de mal a pior!O ENSINO PROFISSIONAL• Vejo o ensino profi ssional como uma mais-valia para a necessidade de ter mais “mão-de-obra” qualifi cada, para vários empregos, áreas e empresas. A ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR•Ótima! A meu ver uma das melhores escolas a nível nacional dedicada ao ensino profi ssional; AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO•Sendo eu um aluno fi nalista também, resta-me desejar a todos os outros colegas fi nalistas os parabéns a todos aqueles que chegaram “até aqui”. As minhas palavras para todos, são palavras de encorajamento, força e dedicação. Boa sorte e bons sucessos a todos os fi nalistas!
O que faltava saber sobre os Delegados...
PV_Ed 4.indd 16 22-02-2012 17:05:12
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 17
Palavra aos Alunos
NOME•Daniel SimõesIDADE•16 anosCLUBE•SportingUM LIVRO• Filhos da DrogaUM FILME•Avatar UMA MÚSICA• 30 Seconds to Mars -
HurricaneUMA VIAGEM DE SONHO• A volta ao mundoQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Telemóvel e InternetGOSTAVA DE SER• Engenheiro ElectrotécnicoO MEU PRATO PREFERIDO É• Polvo à LagareiroSARDINHAS OU LAGOSTA• Lagosta O ESTADO DO PAÍS• A endireitar-se O ENSINO PROFISSIONAL• Foi a melhor coisa que me aconteceuA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É a mãe de uma grande Família AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Que corra tudo bem e encontrem um trabalho rapidamente
NOME•Rute SantosIDADE•18 anos CLUBE• SportingUM LIVRO• Filhos do AbandonoUM FILME• A melodia do Adeus UMA MÚSICA• Daquilo que eu chamo
de AmorUMA VIAGEM DE SONHO• VenezaQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Uma boa companhiaGOSTAVA DE SER• Diretora de um hotelO MEU PRATO PREFERIDO É• LasanhaSARDINHAS OU LAGOSTA•SardinhaO ESTADO DO PAÍS•Péssimo O ENSINO PROFISSIONAL• É um ensino muito bom que nos proporcionará um bom futuroA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• A MELHOR AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Que para o futuro consigam ter um trabalho e uma vida estável. Boa Sorte!
NOME• Ruben Correia IDADE•18 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• Uma aventuraUM FILME• 2012UMA MÚSICA• David Guetta - Memories
UMA VIAGEM DE SONHO• Brasil QUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Dinheiro, telemóvel, comida, bebidas, raparigasGOSTAVA DE SER• MecânicoO MEU PRATO PREFERIDO É• BitoqueSARDINHAS OU LAGOSTA•NenhumaO ESTADO DO PAÍS• Está malO ENSINO PROFISSIONAL• É muito bom A ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É uma escola muito gira. Tem boas condições e é 5 estrelas porque tem um diretor bacano.AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Boas notas
NOME• Bárbara CostaIDADE• 20 anosCLUBE• Sporting, és o meu campeão!UM LIVRO• Queimada Viva… UM FILME•Avatar, O turista, Alvin e os esquilosUMA MÚSICA
• Sum 41 – Pieces, Luan Santana – Amar não é pecado, Hoobastank – The reasonUMA VIAGEM DE SONHO• EgitoQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• Ora… não pode faltar dinheiro…GOSTAVA DE SER• Gosto de mim como sou, mas para o futuro gostava de pelo menos ter trabalho O MEU PRATO PREFERIDO É• Bouble Chesse Natura, do Mc Donald´sSARDINHAS OU LAGOSTA• SardinhasO ESTADO DO PAÍS• De mal a pior… Apetece “fugir”…O ENSINO PROFISSIONAL• Na minha opinião este tipo de ensino prepara melhor e com mais qualidade os alunos para o mundo do trabalhoA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É uma famíliaAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Nunca desistam, lutem sempre pelo que desejam
NOME• Eusébio AlmeidaIDADE•16 anosCLUBE• Benfi caUM LIVRO• O diário de Anne FrankUM FILME• Avatar UMA MÚSICA
• Adele- Someone like youUMA VIAGEM DE SONHO•Brasil QUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• A minha irmãGOSTAVA DE SER• Como o meu tio O MEU PRATO PREFERIDO É• LasanhaSARDINHAS OU LAGOSTA•Nenhuma O ESTADO DO PAÍS•Uma misériaO ENSINO PROFISSIONAL• BomA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• É boa AOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Bons resultados e boa sorte para o futuro
NOME• Gabriel TofesIDADE• 17 anosCLUBE• Sport Lisboa e Benfi caUM LIVRO• Uma AventuraUM FILME• Quem quer ser bilionárioUMA MÚSICA• Arctic Monkeys - brian-
stormUMA VIAGEM DE SONHO• CaraíbasQUANDO VOU DE FÉRIAS O QUE NÃO PODE FALTAR• DinheiroGOSTAVA DE SER•DesignerO MEU PRATO PREFERIDO É• MariscoSARDINHAS OU LAGOSTA• LagostaO ESTADO DO PAÍS• Está um pouco mau, mas acredito que melhore.O ENSINO PROFISSIONAL• É muito bom, aconselhoA ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR• Uma escola ótimaAOS ALUNOS FINALISTAS DESEJO• Neste caso, e tambem a mim, desejo muita sorte para a vida futura, se arranjarem emprego que o estimem porque está difícil e, se for da área em que obtiverem qualifi cação, melhor ainda.
O que faltava saber sobre os Delegados...
PV_Ed 4.indd 17 22-02-2012 17:05:21
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1218
Acordo Ortográfico
AS MUDANÇAS ABRANGEM APENAS CERCA DE 2%
DO LÉXICO DA LÍNGUA PORTUGUESA.
Características Genéricas
- Privilegia-se mais o critério fonético (PRONÚNCIA) do que o
critério etimológico
(ORIGEM);
- Inclusão de três novas letras no alfabeto português – Y ; K ; W
- Sistematização do uso de maiúsculas e minúsculas;
- Supressão gráfica de consoantes mudas ou não articuladas;
- Mudanças na acentuação gráfica;
- Redução e sistematização das regras de emprego do hífen;
- Ocorrência de duplas grafias.
1. Alfabeto da Língua Portuguesa
1.1.Introdução de três novas letras: - K (capa ou cá)
- Y (ípsilon ou i grego)
- W (dáblio ou dâblio)
Nota: O alfabeto português é formado por vinte e seis letras.
1. Alfabeto da Língua Portuguesa
1.2.O seu uso verifica-se em:
a) NOMES PRÓPRIOS E SEUS DERIVADOS:
Darwin – darwinismo
Kant – Kantiano
b) TOPÓNIMOS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA E PALAVRAS QUE
DELES DERIVAM:
Kosovo - Kosovar
Washington - washingtoniano
1. Alfabeto da Língua Portuguesa
c) NAS SIGLAS, SÍMBOLOS E UNIDADES DE MEDIDA INTERNACIONAIS:
Kg ( quilograma); WWW ( World Wide Web);
Km ( quilómetro);WC ( Water Closet)
d) NAS PALAVRAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DE USO CORRENTE:
Kart, windsurf, yoga, carjacking, whisky
2. Maiúsculas e Minúsculas
2.1. Uso da minúscula:
a) Meses do ano: janeiro, abril, novembro, etc.
b) Estações do ano: primavera, verão, outono, inverno
c) Designações usadas para mencionar alguém cujo nome
se desconhece: fulano, sicrano, beltrano
d) Pontos cardeais, colaterais e subcolaterais:
norte, este, sudeste, és-nordeste, etc.
2. Maiúsculas e MinúsculasATENÇÃO!
Se as designações anteriores se referirem a uma região, ou quando se usam as
correspondentes abreviaturas, escrevem-se com inicial maiúscula.
Ex: O Norte está em festa.
S 41º
2. Maiúsculas e Minúsculas 2.2. Uso facultativo da minúscula ou maiúscula:
a) Disciplinas escolares, cursos e domínios de saber:
matemática ou Matemática
b) Nomes de vias, lugares públicos, monumentos ou edifícios:
Torre dos Clérigos ou torre dos Clérigos
Rua da Alegria ou rua da Alegria
Igreja da Graça ou igreja da Graça
2. Maiúsculas e Minúsculas c) Formas de tratamento, expressões que exprimem reverência,
hierarquia, cortesia:
Santo António ou santo António
Senhor Doutor ou senhor doutor
Exmo. Senhor ou exmo. senhor
Vossa Santidade ou vossa santidade
d) Títulos de livros ou obras, exceto o primeiro elemento e os nomes
próprios que se grafam com maiúscula inicial:
Memorial do Convento ou Memorial do convento
O Crime do Padre Amaro ou O crime do padre Amaro
3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas
O Acordo Ortográfico prevê a supressão das consoantes mudas ou não
articuladas. Nos casos em que existe oscilação da pronúncia, aceitam-se as
duas grafias.
3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas
3.1. Consoantes mudas
São suprimidas as consoantes mudas ou não articuladas
em determinadas sequências consonânticas.
Mantêm-se as consoantes que se pronunciam, ou seja, todas
aquelas que são articuladas.
Assim, há vocábulos com as mesmas sequências consonânticas
cuja ortografia muda e outros cuja ortografia não muda.
Quando a mudança ocorre nas sequências mpc; mpç e mpt, o m passa a n,
em obediência a outra regra ortográfica:
Assumpção – assunção peremptório - perentório
3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas
3.2. Duplas grafias
Estabelece-se a aceitação de dupla grafia dos numerosos vocábulos
em que se verifica a oscilação de pronúncia, ou seja, nos casos em que a
norma culta portuguesa produz, para o mesmo vocábulo, uma pronúncia em
que a consoante é articulada e outra pronúncia sem registo dessa consoante.
3. Supressão gráfi ca de consoantes mudas e não articuladas
3.2. Exemplos:
- característica ou caraterística;
- sector ou setor;
- facto ou fato;
- insecticida ou inseticida;
- recepção ou receção;
- dactilografia ou datilografia;
- infecção ou infeção, etc…
MUDA:
CC - C
- accionar – acionar
- coleccionar – colecionar
- direccional – direcional
- fraccionar – fracionar
- leccionar – lecionar
- seleccionar - selecionar
NÃO MUDA:
CC - CC
- faccioso
- ficcional
- friccionar
- etc…
PORQUE A CONSOANTE
SE PRONUNCIA.
MUDA:
CÇ- Ç
- Acção – ação
- Colecção – coleção
- Direcção – direção
- Fracção – fração
- Injecção – injeção
- Selecção - seleção
NÃO MUDA:
CÇ - CÇ
- convicção;
- ficção;
- sucção
- etc…
PORQUE A CONSOANTE
SE PRONUNCIA.
MUDA:
CT- T
-actual – atual
- adjectivo – adjetivo
- colectivo – colectivo
- directo – direto
-electricidade – eletricidade
- objecto – objeto
NÃO MUDA:
CT - CT
- bactéria;
- compacto;
- convicto;
- intelectual;
PORQUE A CONSOANTE
SE PRONUNCIA.
MUDA:
PC - C
- anticoncepcional - anticon-
cecional
- decepcionar – dececionar
- excepcional – excecional
- recepcionista - rececionista
NÃO MUDA:
PC - PC
- egípcio
- núpcias
- opcional
- etc…
PORQUE A CONSOANTE
SE PRONUNCIA.
MUDA:
PÇ - Ç
- acepção – aceção
- adopção – adoção
- decepção – deceção
- excepção – exceção
- intercepção – interceção
- recepção - receção
NÃO MUDA:
PÇ - PÇ
- corrupção;
- erupção;
- interrupção;
- opção; etc…
PORQUE A CONSOANTE
SE PRONUNCIA
Afi nal, o que mudou?
PV_Ed 4.indd 18 22-02-2012 17:05:36
Ano Letivo 2011’12 • PONTO;VÍRGULA 19
4. Acentuação Gráfi ca 4.1. Supressão do acento a) As palavras graves com o ditongo tónico oi:
- asteróide – asteroide
- bóia – boia
- heróico – heroico
- jibóia – jiboia
- jóia – joia
4. Acentuação Gráfi ca 4.1. Supressão do acento b) As formas verbais graves terminadas em eem:
- crêem – creem
- dêem – deem
- descrêem – descreem
- lêem – leem
- relêem – releem
- revêem – reveem
- vêem - veem
4. Acentuação Gráfi ca 4.1. Supressão do acento
c) Os verbos arguir e redarguir:
- argúis, argúi, argúem – arguis, argui, arguem
- redargúis, redargúi, redargúem – redarguis, redargui,
redarguem
4. Acentuação Gráfi ca 4.2. Acentos diferenciais
4. Acentuação Gráfi ca
4.3. Facultatividade
a) Nas formas verbais terminadas em –ámos ( pretérito perfeito
do indicativo dos verbos da 1ª conjugação):
- andámos – andamos
- falámos – falamos
- passámos – passamos
4. Acentuação Gráfi ca
4.3. Facultatividade
b)Forma verbal da 1.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo
do verbo dar:
dêmos ou demos
c)Nome feminino que significa ‘molde’ ou ‘recipiente’:
forma ou fôrma
d) Alguns verbos em -guar, -quar, -quir:
averiguo ou averíguo
4. Acentuação Gráfi caATENÇÃO!
4. Acentuação Gráfi ca
4.4. Dupla acentuação a) Palavras graves e esdrúxulas com e e o tónicos seguidos das
consoantes nasais m ou n com as quais não formam sílaba:
ténis e tênis Br / oxigénio e oxigênio Br
b) Palavras agudas com e e o tónicos, geralmente provenientes
do francês, em que há oscilação de pronúncia:
bebé e bebê Br
4. Acentuação Gráfi ca
4.4. Dupla acentuação c) Palavras agudas terminadas em o fechado:
judo e judôBr / metro e metrôBr
4. Acentuação Gráfi ca
4.5. Norma brasileira
a)Palavras graves com ditongo tónico éi:
assembléiaBr > assembleia idéiaBr > ideia
b)Palavras graves com i e u tónicos precedidos de ditongo:
baiúcaBr>baiuca
c) Palavras graves terminadas em o duplo:
enjôoBr> enjoo vôoBr> voo
d) Palavras com trema:
lingüistaBr > linguista tranqüiloBr > tranquilo
5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen
a) Locuções de uso geral:
cartão-de-visita > cartão de visita
fim-de-semana > fim de semana
5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen
b) Compostos em que se perdeu a noção de composição:
manda-chuva > mandachuva
pára-quedas > paraquedas
5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen c) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados em vogal e
em que o segundo elemento começa por r ou s, duplicando-se estas consoantes:
anti-rugas > antirrugas
co- seno > cosseno
contra – reacção > contrarreação
micro – sistema > microssistema
mini – saia > minissaia
semi- recta > semirreta
ultra-secreto > ultrassecreto
5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen d) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados
em vogal e em que o segundo elemento começa por vogal diferente:
Agro – industrial > agroindustrial
auto-estrada > autoestrada
Co – autor > coautor
extra-escolar > extraescolar
Hidro – eléctrico > hidroelétrico
Pluri – anual > plurianual
5. Hifenização 5.1. Supressão do hífen
e) Formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo
haver seguidas da preposição de:
hei-de > hei de
hás-de > hás de
hão-de > hão de
5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen a) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados em
vogal e em que o segundo elemento começa pela mesma vogal:
- anti-inflamatório
- contra – almirante
- infra – axilar
- intra – arterial
- micro-ondas
- semi - interno
5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen b) Palavras formadas pelos prefixos ou falsos prefixos em que o segundo
elemento começa por h:
anti – higiénico
extra – humano
pré – história
super – homem
semi - hospitalar
5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen
d) Palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados
em consoante e em que o elemento seguinte começa por consoante
igual:
inter – regional
hiper – requintado
sub – bibliotecário
super - resistente
5. Hifenização 5.2. Emprego do Hífen e) Compostos que designam espécies botânicas ou zoológicas:
estrela-do-mar erva - doce
feijão-verde couve - flor
f) Palavras formadas pelos prefixos pós-, pré- e pró-:
pós-graduação
pré-escolar
pró-vida
Agora para para refletir! Não fiques a olhar para o teto.
As alterações não são um bicho de sete cabeças.
Não leem algumas consoantes? Logo não as escrevam...Com o Acordo,
as joias não ficam mais baratas, mas ficam mais leves sem o acento. Os
antirrugas não deixam de existir e até têm mais uma letra. Precisamos
de ser um pouco autodidatas. Está na hora de uma autoeducação e
não vale a pena fazer um trinta e um. Qualquer professor, encarregado
de educação ou aluno deve tentar ser perfeccionista ou perfecionista.
Prezamos a correção, por isso, vamos cooperar! Precisam de
um tira-dúvidas?! Consultem as nossas obras de referência.»
Votos de um ótimo trabalho!
É de salientar que já não se acentuavam
palavras com idêntico ditongo oi, como de-
zoito, comboio, boina…
AO 1945 AO 1990
pára (forma do verbo parar) / para(preposição) para
Pêlo(nome) / pélo (forma do verbo pelar) /pelo(contração) pelo
péla (forma do verbo pelar) /péla (nome)/ pela(contração pela
pêra (nome) / pera (preposição arcaica) pera
pêro (nome) / pero (conjunção arcaica) pero
coa (contração) /côa (nome) /Coa (topónimo) coa/Coa
O acento continua a ser obrigatório em pôde (3.ª pessoa do pre-
térito perfeito do indicativo de poder) para diferenciar de pode
(3.ª pessoa do presente do indicativo de poder) e em pôr (infini-
tivo) para distinguir de por (preposição).
Exceções:
fêmea, sêmola e têmpera
Exceções:
água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
Exceções:
Com os prefixos – co e –re não se em-
prega o hífen:
coobrigação; coocorrente; reescrever;
reexaminar; reeleição
Se o elemento seguinte começa por
uma consoante diferente ou por uma
vogal, não se usa hífen: hipermercado,
superinteressante.
Exceções:
Nas formações com os prefixos – des, -in e –re não se
emprega o hífen:
desumano, inábil, reabilitar
PV_Ed 4.indd 19 22-02-2012 17:05:39
PONTO;VÍRGULA • Ano Letivo 2011’1220
Técnico de Energias Renováveis - Sistemas Solares
Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas
SÓ
CIO
-CU
LTU
RA
L Português 320
Língua Estrangeira I, II, III 220
Área de Integração 220
Tecnologias da Informação e Comunicação 100
Educação Física 140
1000
CIE
NTÍ
FIC
A Matemática 300
Física e Química 200
500T
ÉC
NIC
A Tecnologias e Processos 435
Organização Industrial 120
Desenho Técnico 300
Práticas Ofi cinais 325
Formação Contexto Trabalho 420
1600
Total 3100**
SAÍDA PROFISSIONALTéc. Instalador de Sistemas Solares – Qualifi cação Profi ssional de Nível IV
FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃO08 Mecânica 522 -Electricidade e Energia
NOTAS
* Curso aprovado pela Portaria 944/05 de 28 de Setembro
**Cargas horárias a distribuir pelos três anos
Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições
Técnico de Instalações Elétricas
Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas
SÓ
CIO
-CU
LTU
RA
L Português 320
Língua Estrangeira I, II, III 220
Área de Integração 220
Tecnologias da Informação e Comunicação 100
Educação Física 140
1000
CIE
NTÍ
FIC
A Matemática 300
Física e Química 200
500
TÉ
CN
ICA Eletricidade e Eletrónica 423
Tecnologias Aplicadas 232
Desenho Esquemático 141
Práticas Ofi cinais 384
Formação Contexto de Trabalho 420
1600
Total 3100**
SAÍDA PROFISSIONALTécnico de Instalações Eléctricas – Qualifi cação Profi ssional de Nível IV
FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃOElectricidade e Electrónica 522 –Electricidade e Energia
NOTAS
* Curso aprovado pela Portaria 890/05 de 26 de setembro
** Cargas horárias a distribuir pelos três anos
Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições
Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade
Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas
SÓ
CIO
-CU
LTU
RA
L Português 320
Língua Estrangeira I, II, III 220
Área de Integração 220
Tecnologias da Informação e Comunicação 100
Educação Física 140
1000
CIE
NTÍ
FIC
A Psicologia e Sociologia 200
História da Cultura e das Artes 200
Matemática 100
500
TÉ
CN
ICA Marketing 270
Comunicação Publicitária e Criatividade 240
Técnicas e Práticas de Comunicação e R. P. 240
Comunicação Gráfi ca e Audiovisual 430
Formação Contexto Trabalho (Estágio) 420
1600
Total 3100**
SAÍDA PROFISSIONALTécnico Comunicação/Marketing Rel. Públicas e Publicidade– Nível IV
FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃOComunicação, Imagem e Som 342 -Marketing e Publicidade
NOTAS
* Curso aprovado pela Portaria 1286/06 de 21 de novembro
** Cargas horárias a distribuir pelos três anos
Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições
Técnico de Auxiliar de Saúde
Disciplinas 10º, 11.º, 12.º N.º horas
SÓ
CIO
-CU
LTU
RA
L Português 320
Língua Estrangeira I, II, III 220
Área de Integração 220
Tecnologias da Informação e Comunicação 100
Educação Física 140
1000
CIE
NTÍ
FIC
A Matemática 200
Física e Química 150
Biologia 150
500
TÉ
CN
ICA Saúde 355
Gestão e Org. dos Serviços e Cuidados de Saúde 200
Comunicação e Relações Interpessoais 175
Higiene, Segurança e Cuidados Gerais 450
Formação Contexto Trabalho (Estágio) 420
1600
Total 3100**
SAÍDA PROFISSIONALTécnico Auxiliar de Saúde - Nível IV
FAMÍLIA PROFISSIONAL ÁREA FORMAÇÃOTecnologias da Saúde 729 -Educação e Formação de Saúde
NOTAS
* Curso aprovado pela Portaria Nº1041/2010 de 07 de outubro
** Cargas horárias a distribuir pelos três anos
Curso em fase de candidatura, sujeito a aprovação e abertura condicionada a um número mínimo de inscrições
CICLO DE FORMAÇÃO 2012/2015
INSCRIÇÕES
_ 14 de maio a 9 de julho de 2012
SELECÇÃO DOS CANDIDATOS
_ 11 de julho de 2012
MATRÍCULAS
_ 12 e 13 de julho de 2012
AUXÍLIOS SOCIOECONÓMICOS (ATRIBUÍDOS NAS CONDIÇÕES LEGALMENTE PREVISTAS):
- SUBSÍDIO DE ALIMENTAÇÃO
- SUBSÍDIO DE TRANSPORTE
- SUBSÍDIO DE ALOJAMENTO
- BOLSA DE PROFISSIONALIZAÇÃO
APOIO PEDAGÓGICO A MATEMÁTICA E FÍSICA E QUÍMICA
PV_Ed 4.indd 20 22-02-2012 17:21:41