jornal do sintesp - ano 2008 - nº 207 - ... · heitor domingues de oliveira ... desenvolvido um...

16
Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 1 Jornal do SINTESP - Ano 2008 - Nº 207 - www.sintesp.org.br - Sede - SP LANÇAMENTO DO LIVRO “TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO OS PARADIGMAS DE UMA PROFISSÃOPÁG. 12 S INTESP E SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO PAULO PROMOVERAM O 6º FÓRUM TÉCNICO DE DEBATES Pág. 4 PRESIDENTE E EX-PRESIDENTES DO SINTESP FORAM HOMENAGEADOS CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO ................................... PÁG. 10 CURSOS E EVENTOS ................................................... PÁG. 12 CURSO I NÉDITO DE ESPECIALIZAÇÃO CAPACITA PROFISSIONAIS PREVENCIONISTAS PARA O ATENDIMENTO DA NBR 14276 ....................................................... PÁG. 13 EVENTOS DAS REGIONAIS DO SINTESP .......................... PÁG. 14 MEIO AMBIENTE ........................................................ PÁG. 14 MOBILIZAÇÃO EM PROL DO CONSELHO DE CLASSE CARECE DE MAIOR I NTERVENÇÃO POLÍTICA PARA SUA APROVAÇÃO ........................................................ PÁG. 15 INSS ALTERA NORMA PARA QUE INFORMAÇÕES FIQUEM MAIS CLARAS E DETALHADAS PÁG. 15 Pág. 8

Upload: dinhnhan

Post on 18-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 1

J o r n a l d o S I N T E S P - A n o 2 0 0 8 - N º 207 - w w w . s i n t e s p . o r g . b r - S e d e - S P

LANÇAMENTO DO LIVRO“TÉCNICO DE SEGURANÇA

DO TRABALHOOS PARADIGMAS

DE UMA PROFISSÃO”PÁG. 12

SINTESP E SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃOPAULO PROMOVERAM O 6º FÓRUM TÉCNICO DE DEBATES

Pág. 4

PRESIDENTE E

EX-PRESIDENTES

DO SINTESP FORAM

HOMENAGEADOS

CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO ................................... PÁG. 10

CURSOS E EVENTOS ................................................... PÁG. 12

CURSO INÉDITO DE ESPECIALIZAÇÃO CAPACITAPROFISSIONAIS PREVENCIONISTAS PARA O ATENDIMENTODA NBR 14276 ....................................................... PÁG. 13

EVENTOS DAS REGIONAIS DO SINTESP .......................... PÁG. 14

MEIO AMBIENTE ........................................................ PÁG. 14

MOBILIZAÇÃO EM PROL DO CONSELHO DE CLASSECARECE DE MAIOR INTERVENÇÃO POLÍTICA PARASUA APROVAÇÃO ........................................................ PÁG. 15

INSS ALTERA NORMA PARA QUE

INFORMAÇÕES FIQUEM MAIS

CLARAS E DETALHADAS

PÁG. 15

Pág. 8

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 20082

Jornal do Sintesp - Nº 207 - Ano 2008

Publicação do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São PauloSede: Rua 24 de Maio, 104 - 5º andar - República - Centro - CEP 01041-000 - Fone (11) 3362-1104

E-mail: [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVAArmando Henrique- Diretor PresidenteLaércio Fernandes Vicente- Diretor Vice PresidenteSebastião Ferreira da Silva - Diretor Primeiro SecretarioWagner Francisco de Paula- Diretor Segundo SecretárioMarcos Antonio de A. Ribeiro- Diretor Primeiro Tesoureiro

Rene Alves Cavalcanti- Diretor Segundo TesoureiroHeitor Domingues de Oliveira- Diretor Executivo EstadualDIRETORIA ESTADUALTitulares - Adonai Gomes Ribeiro, Eduardo Neves da Sil-va, Élcio Pires, Francisco Thomé Filho, Laerte dos San-tos, Valdete Lopes Ferreira e Olívio de Oliveira Filho.Suplentes - Helena Aparecida Arcaro Conci, Luiz CarlosLucas Prado Spinelli, Valdirio Antonio Guerra, HomeroTadeu Betti, Cosmo Palasio de Moraes Junior, JorgeGimenez Berruezo e Rogério de Jesus SantosCONSELHO FISCALTitular - Luiz de Brito Porfírio, Milton Perez e Adenias

Santos SilvaSuplente - Altair Teixeira, Valdizar Albuquerque Sil-va e Tânia Angelina dos SantosCoordenação do jornalComunicação e Marketing - Heitor Domingues deOliveiraFotos - Arquivo Sintesp, Radamés Júnior,Armando e Heitor

Jornalista ResponsávelSofia Jussara da Conceição - MTb 28.703

Editoração EletrônicaAnema Editorial (11) 4401-2622

Com essa onda de PAC - Programa de Acele-ração do Crescimento do Governo pra todo tipode segmento, devemos ousar um pouco mais ecomeçar uma provocação para que também sejadesenvolvido um PAC na área de Segurança doTrabalho e que tenha como foco principal a uni-versalização da Segurança do Trabalho, visandoatingir as 3,2 milhões empresas que empregamtrabalhadores, bem como os serviços públicos eestatutários, entre outras modalidades de empre-go no país. Para viabilizar sua existência vamoster que contar com uma estrutura centralizadaem nível de Estado que possa coordená-lo, assimcomo financiar nem que seja uma parte dessePAC.

No passado até enxergaríamos como uma uto-pia a existência um PAC para a Segurança doTrabalho, mas hoje não, porque sabemos que exis-tem recursos econômicos pra isso, uma vez queexistem muitas formas de arrecadação do Esta-do, nas quais estão embutidos recursos para aprevenção, como é o caso da Saúde, DEPVAT e oSAT, que tem uma reserva para a área de Segu-rança do Trabalho, mas que não tem nenhumainiciativa de uso destes recursos para a preven-ção. O próprio Governo tem sinalizado de lançaralguma coisa de impacto nessa área, porém te-mos o receio de que se isso não for feito de formacompetente, com controle social e direcionado praquem realmente deve ser - que é o trabalhador -,acabaremos desperdiçando, mais uma vez, a opor-tunidade de fazer um grande trabalho na área deSegurança do Trabalho.

O grande detalhe é que pra fazer isso nãoprecisamos praticamente criar nada. É só execu-tar o que já está disponível, como o que está esta-belecido no dispositivo da NR 5, o qual diz que aempresa que não tem que ter Cipa tem que ter afigura do designado. Considerando isso já atin-giríamos as 3,2 milhões de empresas, e este de-signado teria que receber treinamento e qualifi-cação de Segurança do Trabalho 20 horas porano. Além disso, temos uma malha composta pelarede dos S´s (Senac, Sesi, etc), bem como sindi-catos, federações, consultorias no setor, absolu-tamente capazes de dar conta dessa tarefa semquebrar a rotina de nenhuma atividade que jáexista, bastando ter recurso financeiro pra queisso seja concretizado.

E sabemos que pra qualificar um trabalha-

PAC PARA O SETOR DESEGURANÇA DO TRABALHO

dor com 20 horas de treinamento custa, em mé-dia, R$ 100 per capita, então precisamos ser mui-to vigilantes porque de repente alguém pode pro-por um projeto faraônico que vai custar muito maisdo que isso, ou então que seja algo inatingível.Por isso, partindo desse princípio do baixo custoque representa o treinamento em segurança do tra-balho, basta uma arregimentação das forças, es-pecialmente, com consenso entre as seis CentraisSindicais, porque, em nossa opinião quem tem quegerenciar essa questão no que tange a buscar re-cursos do Governo, no mínimo, tem que ser vali-dado pelas Centrais Sindicais, porque envolve umuniverso dos trabalhadores muito grande e nãovemos como fazer isso sem envolver o movimentosindical, que é o verdadeiro interessado nessaquestão.

Certamente colocando essa proposta em prá-tica nós teremos um impacto jamais visto na his-tória da Segurança do Trabalho e sem muito es-forço. E isso talvez seja até um instrumento parafazermos valer o que hoje é um anseio de todo osetor prevencionista, que é a universalização daprevenção, grande parte dos sindicatos dos tra-balhadores estão se empenhando, além de quecontamos com todo um empenho da PrevidênciaSocial, dos Ministérios da Saúde, do Trabalho,que apesar do desmonte tem usado um quadro nãodesprezível de quase 3.000 auditores, temos tam-bém as delegacias e subdelegacias do Trabalho,com uma parcela participativa nesse processo.Mesmo assim temos notado que estão todos tra-balhando de forma descoordenada e talvez sejanisso que reside o problema do setor, até porqueainda não temos implantada a nova Política Na-cional de Saúde e Segurança do Trabalho que ogoverno vem prometendo. Por isso, enfatizamosque se não houver um trabalho conjunto continu-ará a tônica de sempre: todos são a favor da saú-de e segurança, todos entendem como algo degrande interesse social, mas cada um cuidandode forma isolada. E o grande desafio é transfor-mar esse empenho individual e isolado em um tra-balho integrado.

Visando atingir esse objetivo há algum tempoforam reunidas mais de 50 instituições preven-cionistas, que estabeleceram a Agenda Brasil,com a expectativa de que essa iniciativa partis-se do Governo que é quem, em nosso entendi-mento, deveria lhe dar sustentação. Como isso

não aconteceu estamos retomando a AgendaBrasil e queremos que ela seja bem sociabili-zada com a proposta de que ninguém se apro-prie por interesses políticos ou econômicos. Es-tamos trabalhando no sentido de que consiga-mos arregimentar o maior número possível deforças em torno dessa Agenda Brasil que deveráter um formato dinâmico, para que de tempos emtempos possa ser reformulada até pra atualizarde acordo com a demanda momentânea. E o Sin-tesp apóia totalmente essa iniciativa até porqueentendemos que não interessa qual a origem daspropostas, e sim se ela é consistente e é boa parao trabalhador, é boa também pro técnico de segu-rança e nós, como representantes dessa catego-ria, temos a obrigação de apoiar tudo que tenhaobjetivo de melhorias.

Nós entendemos que a Agenda Brasil seriauma ferramenta do PAC, e estamos saindo nafrente, invertendo um pouco o processo, umavez que a proposta é fazer um trabalho focadoe com o maior número possível de participaçãoda sociedade. A nossa grande expectativa é queainda nesse governo do Lula, consigamos re-verter esse quadro e de que, principalmente, porser um governo do trabalhador que a seguran-ça do trabalho seja desenvolvida em conjuntoe não apenas por mérito individual e isoladode instituições e pessoas, e nem mesmo somen-te por ações de governo que tem dado priori-dade para outras áreas.

Sob esse aspecto ressaltamos, ainda, que onosso meio precisa aprender a transformar essaárea numa área de interesse social sob o pontode vista político, porque percebemos que quan-do morrem 15 pessoas num atentado o mundotodo fica sabendo, vira manchete de jornal, masaqui no Brasil morrem 3 mil pessoas por causade acidentes e doenças do trabalho e ninguémnem toma conhecimento. Isso, sem dúvida, é re-sultado dos 36 anos que estamos falando pranós mesmos, num sistema atrofiado, quando naverdade, esse processo deveria mudar, e pas-sarmos a falar para o trabalhador que é quemvai nos ajudar a gerar demanda, que é quemvai requisitar os nossos serviços e é, sobretudo,quem vai, conseqüentemente, nos auxiliar a me-lhorar esse cenário no país.

Armando Henrique - Presidente

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 3

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 20084

O Sintesp – Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho doEstado de São Paulo e o DSST do Sindicato dos Metalúrgicos de SãoPaulo e Mogi das Cruzes promoveram, no dia 29 de agosto de 2008,durante a realização da XVII FISP – Feira Internacional de Segurançae Proteção, no auditório 1 do Centro de Exposições Imigrantes, emSão Paulo, SP, o 6º Fórum Técnico de Debates, que teve como temaprincipal a “NR-4: Repercussões para os profissionais do SESMT etrabalhadores”.

O debate teve o apoio da Revista Cipa e contou com cerca de 400pessoas e recebeu representantes de diversos estados brasileiros, en-tre eles Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Paraíba, Rio Grandedo Sul, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Alagoas, entre outros.Ao final das apresentações foi sorteada uma televisão de LCD entreos sócios do Sintesp.

A mesa de abertura foi composta por Armando Henrique, presi-dente do Sintesp; Mário Bonciani, auditor fiscal do Trabalho; EliasBernardino da Silva Junior, presidente da Fenatest; Marcos Domin-gos, representando o presidente da Fundacentro; Adir de Souza, pre-sidente do Sintespar; Luizinho, do Sindicato dos Metalúrgicos de SãoPaulo, Cleonice Caetano, secretária Nacional da Saúde e Segurançado Trabalho da UGT; e Antonio Ramalho, presidente do Sintracon-SPe que representou a Força Sindical na ocasião.

Armando Henrique iniciou os discursos ressaltando o quanto erabom ver as pessoas reunidas pela causa do trabalhador. Ele cumpri-mentou a mesa citando que talvez fosse uma novidade, mas a questãoda saúde e segurança, especialmente, em relação aos SESMTs e aNR-4 tem sido uma caixinha de surpresas. “Apesar da comemoraçãodos 36 anos do SESMT feita em julho passado, poucos trabalhadoressabem o que ele significa, pois falta ainda a reflexão sobre essa ques-tão. Nesse sentido vamos fazer um evento focado, principalmente noque se refere a socialização doSESMT, por isso, vamos, pormeio deste debate, entender me-lhor essa questão”, avisou Ar-mando.

Todos os componentes damesa fizeram suas consideraçõessobre a iniciativa e a importân-cia do evento para buscar umamaior qualidade de vida para ostrabalhadores. Em seu discurso,Mário Bonciani, por exemplo,destacou que o Ministério do Tra-balho sempre fica muito orgulho-so de poder estar presente emeventos do Sintesp, em parte pelaforte relação de respeito mútuo,apesar das divergências em al-guns momentos. “Todos esses eventos têm sempre temários que desa-fiam, mas que sempre primam pela democracia. Este tema é muitoimportante e teve há pouco tempo um desfecho que merece um deba-te da categoria como vocês estão fazendo”, observou Bonciani.

Com a palavra Luizinho, do Sindicato dos Metalúrgicos de SãoPaulo, disse que em todos os outros fóruns que o Sindicato dos Meta-lúrgicos promoveu foi com o objetivo de discutir os problemas co-muns que eram importantes tanto para os técnicos, quanto para ostrabalhadores do setor e isso tem sido muito útil para o setor dos Me-talúrgicos.

“Quero dizer que também como sindicalista represento como con-selheiro a CTPP – Comissão Tripartite Paritária Permanente, na qualdiscutimos as NR´s, e quando o José Roberto Sevieri, que é o respon-

SINTESP E SINDICATO DOS METALÚRGICOS DESÃO PAULO PROMOVERAM O 6º FÓRUM TÉCNICO

DE DEBATES DURANTE A XVII FISPsável por esta feira, nos colo-cou à disposição a possibilida-de de fazermos esse evento,nas conversas com o Arman-do decidimos tratar das mu-danças da NR-4, cuja ques-tão está afetando a todos nós.Então sugerimos fazer estedebate justamente com quempossa agregar valor que sãoesses profissionais que cuidam da nossavida. Sabemos que os Técnicos de Segurança do Trabalho precisamexercer sua função com qualidade, por isso precisamos definir real-mente qual vai ser o SESMT, qual vai ser a redação dessa NR, poissabemos que as mudanças que estão sendo propostas tem muita coisaque seria importante realmente fazer, por exemplo, flexibilizar o aten-dimento, criar SESMT comum naquelas empresas onde não existe,por exemplo, terceiros trabalhando, pequenas empresas, dentro da-quele espaço físico, realmente seria importante porque geralmente amatriz, a empresa contratante, ela tem o SESMT e a contratada nãotem e a matriz não se responsabiliza pelas coisas que acontecem equando você cria realmente o SESMT coletivo e a contratante passa aassumir a responsabilidade isso ajuda. Agora quando você fala de ter-ritório e de criar SESMT coletivo pra empresas que não tem nada aver com a outra, ou de uma região, neste caso o SESMT está sendoterceirizado e isso pra gente não é bom. Então nós queremos levantaressa discussão com vocês porque queremos que possamos fazer umarepresentação lá na CTPP pelo menos com a proposta, se vai ser apro-vada ou não eu não sei porque depende também agora de abrir umanova discussão porque o GT que discute a NR-4 já foi encerrado, mas

a gente pode tentar, inclusive,reabrir essa discussão porquenós sabemos que se for aprova-do a NR da forma como estásendo apresentado, lá ela nãovai ajudar, vai é prejudicar, porexemplo, o SESMT coletivonum Shopping Center é bomporque todas as lojas vão poderse juntar e criar um SESMTpara aquela unidade, mas umSESMT coletivo num municí-pio de São Paulo, onde empre-sas se juntam e criam não vaiser bom”, concluiu ele.

Ao término dos pronuncia-mentos dos representantes quecompuseram a mesa de abertu-

ra foi iniciado o Painel “Modelos bem sucedidos de atuação profissi-onal em Segurança e Saúde do Trabalhador e seus benefícios”, tendocomo expositores Zeneide Maria Cavalcante, enfermeira do Trabalhoda Philips do Brasil; Everaldo Inácio da Silva, técnico de Segurançado Trabalho, que atua na ISS Services System como gerente corpora-tivo de Segurança e Medicina do Trabalho Brasil; e Eduardo Milaneli,engenheiro de Segurança do Trabalho, que exerce a função de gerentecorporativo de Segurança do Trabalho na Philips do Brasil. Ambosforam escolhidos em razão de terem sido os profissionais de destaquenas homenagens dos 36 anos do SESMT este ano e aproveitaram aoportunidade de explanação para fazerem referências sobre a impor-tância do implemento das boas práticas de saúde e segurança em suasrespectivas profissões, e os benefícios que todos os trabalhadores e as

Momento da abertura do evento

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 5

empresas compartilham por meio dessasações positivas.

Em seguida foi composto o Painel “Mo-tivos das interrupções da discussão da NR-4– Quem é a favor e quem é contra a terceiri-zação do SESMT”. Os palestrantes convi-dados foram Adir de Souza, do Sintespar;Rogério de Jesus, do Sindicato dos Comer-ciários de São Paulo; e Adonai Ribeiro, doSindicato dos Metalúrgicos de São Paulo eMogi das Cruzes, os quais fizeram comen-tários sobre o desenvolvimento das discus-sões a cerca da NR-4, as lutas, as angustias, repercussões nos âmbitospatronal, governamental e dos trabalhadores e os entraves que estãopermeando toda essa questão, com posicionamento sobre a importân-cia do envolvimento de toda a categoria para um consenso geral e queatenda as expectativas dos trabalhadores.

Os debates tiveram continuidade com a apresentação dos Painéis“SST nas Pequenas e Micro Empresas”, “Qualidade do Atual modelode SESMT – Qual o modelo de SESMT que queremos” e “AgendaBrasil de Segurança e Saúde no Trabalho”, nos quais participaramSandra Regina Bruno Fiorentini, do Sebrae; Luizinho, do Sindicatodos Metalúrgicos; Aristeu Lázaro Salvador, do Sintestal - Sindicatodos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de Alagoas; CarlosAlberto Nascimento, do Sinditest/RS - Sindicato dos Técnicos de Se-gurança do Trabalho do Rio Grande do Sul e Armando Henrique, doSintesp.

Em sua explanação, Armando destacou que a NR-4 ficou em dis-cussão durante 7 anos devido a complexidade da norma, que tem trêscomponentes: o técnico, o político e o econômico. Para ele, seria umaatitude irresponsável apressar a aprovação da norma devido a essacomplexidade e em vista disso as discussões necessariamente preci-

sam passar pela avaliação no âmbito tripar-tite para que alcance os objetivos almeja-dos por todos.

Ele informou que também foram convi-dados representantes da CUT, com o objeti-vo de validarem a posição das outras Cen-trais Sindicais sobre a questão, assim comorepresentantes do setor empresarial, que nãocompareceram, mas cujas ausências forambastante ressaltadas entre os participantes eevidenciaram a falta de interesse para oavanço das discussões e participação tripar-

tite, contemplando, dessa forma, todos os setores envolvidos com di-reito de voz e proposições para o desenvolvimento do processo emprol da nova NR-4.

CONCLUSÕES E REIVINDICAÇÕES

Os debates se tornaram acirrados no fórum, no qual, parte da mesa,defendeu a proposta de se lutar pela revogação total da portaria 17,que alterou a NR 4.

Entretanto, outra parte dos participantes, que mostrou ser a maio-ria absoluta, defendeu a proposta de se alterar a portaria 17, mantendoos princípios que atendem os interesses dos profissionais integrantesdo SESMT e dos trabalhadores, representados pelos Sindicatos dosMetalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, dos Comerciários deSão Paulo e da Construção Civil de São Paulo, além da maioria dosSindicatos de Técnicos de todo o Brasil e da representação da Fenatest,Federação dos Técnicos de Segurança do Trabalho.

Sabemos que os debates e as respectivas resoluções do Fórum nãopodem ser considerados ou comparados com os de uma assembléiada categoria. Porém, em uma assembléia, teríamos somente os profis-

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 20086

sionais da categoria dos técnicos e, com o debate aberto, da forma quefoi feito, foi possível a participação de profissionais das outras cate-gorias que integram o SESMT.

Da mesma forma, entendemos que o debate é importante e demo-crático, fortalecendo os direitos e respeitando opiniões, o que é salu-tar.

Assim, puderam opinar sobre o assunto, não somente os profissi-onais do SESMT mas, de forma consciente, parte importante dos tra-balhadores ali representados, preocupados com o destino de um ser-viço que pode em muito contribuir para a melhoria dos ambientes detrabalho e, conseqüentemente, para a melhoria da saúde do trabalha-dor.

Daí a importância do controle social sobre o SESMT, não somen-te no sentido fiscalizador, mas, sim, na ótica da parceria e do fortale-cimento deste serviço, possibilitando sim, o conhecimento em rela-ção à qualidade e a liberdade destes profissionais na sua dedicação aotrabalho que é o de oferecer ao trabalhador um ambiente digno.

Lembramos que o Brasil de hoje tem um perfil que contemplamilhares de pequenos e micro negócios, que a terceirização apesar dapolêmica que o assunto traz, existe e coloca milhares de trabalhado-res à mercê de riscos nos ambientes de trabalho. Enfim, os processosindustriais se modernizam, sofrem influências internas e externas, pordiversos fatores como os ligados à economia, o mercado das importa-ções e exportações, e outros fatores que tem provocado mudanças decultura, como qualidade, competitividade, responsabilidade social eaté mesmo, a sobrevivência dos empreendimentos. E a segurança e asaúde do trabalhador não podem estar fora desse processo.

Concluindo, no 6º Fórum Técnico de Debates foram consensadaspropostas que servirão de base nas reivindicações para a busca deuma norma justa, que atenda às expectativas dos trabalhadores e dosprofissionais integrantes do SESMT e que possa ser conduzida semgrandes dificuldades pelos empregadores.

As propostas são:1 - Implantar o Controle Social do SESMT pela representação

dos Trabalhadores2 - Ampliar a cobertura dos serviços3 - Melhorar a qualidade dos serviços4 - Regulamentar a atual prestação externa deste serviço5 - Não terceirizar o serviço quando este já estiver contemplado

na atual norma6 - Revisar a portaria 17, mantendo os princípios que atendam os

interesses dos profissionais integrantes do SESMT e dostrabalhadores

7 - Priorizar pela SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho)as ações de segurança e saúde do trabalhador

8 - Estabelecer um FÓRUM PERMANENTE nacional parao direcionamento de uma agenda comum de ações de SST.

Foi assinada no dia 21 de agosto de 2008 a quarta edição da“Convenção Coletiva de Melhoria das Condições de Trabalho emPrensas e Equipamentos Similares, Injetoras de Plástico e Trata-mento Galvânico de Superfícies”, com vigência no período de 2008-2010, consolidando-se como um marco importante na proteção aotrabalho com máquinas e servindo de referência em todo o Brasil.

A cerimônia de assinatura foi realizada no Auditório da tradici-onal Escola SENAI “Francisco Matarazzo”, no bairro do Brás, emSão Paulo, SP, e contou com a presença de representantes dos traba-lhadores de diversos Sindicatos, das Centrais Sindicais e das Fede-rações da Força Sindical e da CUT, dirigentes patronais e de empre-sas metalúrgicas, representantes da Superintendência Regional doTrabalho, e Trabalhadores.

Além disso, estiveram presentes os membros titulares, suplen-tes e colaboradores da CPN-IM (Comissão Permanente de Negoci-ação da Indústria Metalúrgica), todos profissionais envolvidos nasdiscussões que resultaram na renovação da Convenção, atualizadafrente à realidade dos dias atuais.

Durante a cerimônia, Luís Carlos Oliveira, o “Luizinho”, dire-tor sindical dos Metalúrgicos de SP e Mogi, responsável pela áreade Segurança e Saúde do Trabalhador, que representou a Força Sin-dical, observou que “esta nova Convenção reafirma o compromissodos envolvidos e mostra a seriedade dos trabalhos que, ao longodos últimos anos, contribuiu sensivelmente para livrar milhares detrabalhadores de acidentes graves como mutilações de braços, mãose dedos, e até mesmo da morte”.

Informações sobre a Convenção pelo e-mail:[email protected]

ASSINADA A NOVA CONVENÇÃO

COLETIVA DE PRENSAS E SIMILA-RES, INJETORAS E GALVÂNICAS

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 7

O Sintesp se fez presente na 17ª edição da FISP no estande do Sindicatodos Metalurgicos de São Paulo. Durante os três dias, funcionários e diretoresdo Sindicato atenderam Técnicos de Segurança, estudantes e demais partici-pantes que visitaram a feira e fizeram uma ampladivulgação das atividades e materiais informativosda Entidade.

Durante o evento a diretoria do Sintesp recebeua visita de muitos representantes de outros Estados,que ressaltaram a importância do trabalho que o Sin-dicato paulista tem feito pela categoria em São Pau-lo e que tem repercutido em nível nacional.

João Carlos Figueira, presidente do Sindicato dosTécnicos de Segurança de Santa Catarina, em seudepoimento para o Jornal Primeiro Passo informouque a categoria dos técnicos de segurança do traba-lho em Santa Catarina passou muitos anos no ostra-cismo ao contrário do que aconteceu em São Pauloe Paraná que se destacam pela atuação pró-ativa jáhá muitos anos. “Agora estamos reestruturando omovimento sindical, buscando o acompanhamentodos profissionais técnicos desde a sua formação, bemcomo estamos num momento de fortalecimento dacategoria no Estado atuando, principalmente, para acriação do nosso conselho de classe. E o Sintesp temsido um grande parceiro nesse trabalho”, declarouele.

Alfredo Luiz, diretor do Sindicato dos Técnicosde Segurança do Trabalho do Rio Grande do Norte,por sua vez, expressou que a maior preocupação dacategoria no Estado diz respeito a qualificação pro-fissional. “Temos algumas escolas que ministramcursos e temos notado a tendência de que os alunosformados por elas estão pensando muito mais em uma união que agregue ostrabalhadores para que possam buscar uma representação forte da categoria,

com um sindicato que os represente e fale em nome dessa categoria”, salien-tou ele. O diretor citou também que a cidade de Mossoró, por exemplo, temse destacado por promover vários cursos e eventos na área e estão, inclusive,

organizando um congresso internacional para acon-tecer em 2009.

“Apesar de termos profissionais que não se filiamao sindicato porque acham que não tem retorno, te-mos muitos profissionais que estão aliados conosco,que são bastante participativos e querem esse cres-cimento. Por isso, estamos evoluindo um pouco maiscom o nosso trabalho atentos, principalmente, àsmudanças que estão acontecendo no setor, como asPortarias 10, 17 e a 262, que estão tirando algumasregras que conquistamos como direitos adquiridos eque podem influenciar e vir, inclusive, a prejudicara nossa categoria”, disse Alfredo Luiz.

O presidente do Sindicato dos Técnicos de Se-gurança do Paraná – Sintespar, Adir de Souza, tam-bém contribuiu com seu depoimento ressaltando queo Sintespar tem conseguido grandes avanços nos úl-timos anos, com a atuação intensiva em eventos, se-minários, cursos, além da disseminação de informa-ções via informativos, páginas na Internet e com umarádio via on-line, que após um ano de seu lançamen-to já conta com mais de 1.000 acessos de técnicos desegurança de todo o Brasil por dia.

Adir ressalta que além da atuação técnica, juntoaos profissionais da área, o Sintespar desenvolve tam-bém uma atuação muito política. “Temos que agirassim porque o mundo do trabalho é muito político,tanto é que outros temas ligados a área da saúde, porexemplo, tem programas de governo, mas a saúde

do trabalhador, responsável pela morte de 3.000 pessoas em média por anono Brasil, não faz parte de política pública. Mudar essa realidade tem sido a

Técnicos de Segurança no estande

Diretores do Sintesp

SINTESP FOI DESTAQUE NA 17ª EDIÇÃO DA FISP

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 20088

minha principal luta nos últimos anos porque precisamos de políticas públi-cas em todas as esferas: municipal, estadual e federal e temos que contribuirpara que isso seja efetivado no setor de Saúde e Segurança do Trabalho tam-bém”, mencionou ele.

Ele contou ainda que a parceria entre o Sintespar e o Sintesp nasceu apartir do envolvimento dos sindicatos para a regulamentação da profissãonos idos de 1980, desde quando foi criada a Aprossetesp. “Com essa parceriafoi possível muitas conquistas para o setor, como a regulamentação da cate-goria e o currículo que aprovamos no MEC e muitas ainda virão”, avaliouAdir.

PRESIDENTE E EX-PRESIDENTES DO SINTESPFORAM HOMENAGEADOS DURANTE A XVII FISP

O Sintesp foi contemplado com uma honrosa homenagem durante a dé-cima sétima edição da FISP. No dia 28 de agosto de 2008, o Grupo Cipa, poriniciativa de seu diretor, José Roberto Sevieri, incluiu na programação daXVII FISP, a realização de uma homenagem especial aos quatro ex-presi-dentes do Sintesp, os senhores Oduvaldo Requião (de 1.982 a 1986 –APROSSETESP); Wilson Lourenço (de 1986 a 1988 – APROSSETESP e de1988 a 1992 – SINTESP); José Ferreira do Nascimento (de 1992 a 1995 –SINTESP); Valdete Lopes Ferreira (de 1995 a 2003 – SINTESP) e ao atualpresidente, Armando Henrique (de 2003 a 2011 – SINTESP).

A homenagem foi recebida com muito apreço pelos ex-presidentes e atu-al presidente da Entidade, ressaltando o caráter inovador e pró-ativo de cadaum deles nos respectivos períodos de vigência dos cargos e o quanto soma-ram, cada um a seu tempo, para as lutas em prol da saúde e segurança dotrabalhador e os reflexos que essas ações transmitem até os dias de hoje.

Em depoimento ao Jornal do Sintesp, os ex-presidentes expressaram suascontribuições para o desenvolvimento do Sindicato e o quanto ficaram satis-feitos com a homenagem.

Wilson Lourenço, que participou nas duas fases que compuseram o de-senvolvimento da classe dos Técnicos de Segurança do Trabalho em SãoPaulo - a Aprossetesp e depois o Sintesp -, achou excelente a iniciativa daCipa, pois foi um retorno às origens do próprio Sindicato. “Essa homenagemfoi um momento de lembranças e reencontros com companheiros que estãonessa luta e fizeram história com muita garra mesmo sem recursos e o Grupo

Cipa possibilitou o resgate de uma parte dessa contribuição que cada um dosex-presidentes deram ao Sindicato”, destacou Lourenço.

Ele citou três tópicos que considera importantes para a história do Sindi-cato: 1º - A conquista da carta sindical para que os técnicos de segurança dotrabalho tivessem realmente uma entidade representativa; 2º - Reconheci-mento como categoria profissional; e 3º - Criação do curso de formação detécnico de segurança do trabalho pelo MEC.

Em sua opinião, Lourenço diz que o Técnico de Segurança do Trabalhoainda tem muita coisa para almejar e conquistar. “O passo fundamental é oConselho Regional de Classe e os profissionais devem lutar por isso”, aler-tou.

Para Valdete Lopes Ferreira, que participou da gestão entre 1993 e 2005,a homenagem foi muito boa, principalmente por recebê-la em vida. “Fiqueimuito feliz até pela oportunidade de reunir os cinco presidentes que atuaramem prol do Sintesp todos esses anos. Pra mim, esse momento foi uma jogadade mestre do Sevieri”, comemorou ele.

Valdete expôs três pontos importantes para serem lembrados com essahomenagem e que foram implementados na sua gestão. O primeiro foi o

Homenageados com Jose Roberto Sevieri

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 9

estabelecimento do piso salarial por acordo; osegundo foi a interiorização do Sindicato, pormeio da criação de sub-sedes no interior doEstado; e o terceiro foi a abertura que o Sin-tesp fez no mundo sindical. “Esse ponto eu con-sidero o mais fundamental, pois foi por meiodo nosso trabalho que conquistamos um espa-ço importante no cenário sindical e o hoje oSintesp tem uma estrutura muito boa, é reco-nhecido pelo seu trabalho e a atual diretoriacontinua avançando nesse aspecto”, avaliou ele.

Oduvaldo Requião, por sua vez, conside-rou a homenagem uma forma bonita de lem-brar os feitos dos ex-presidentes e do atual pre-sidente do Sintesp. Em sua opinião, o Sindica-to teve algumas conquistas, mas em todos es-ses anos não houve muita melhora. “Existemuita politicagem e o que realmente precisa-se fazer é dar ênfase a responsabilidade doTécnico de Segurança do Trabalho e hoje sinto que não tem muita perspecti-va pra ele. Ninguém mais trabalha por amor e veste a camisa, como era naminha época”, observou ele.

Em sua gestão ele ressaltou a criação da categoria de classe como sendoo item mais importante. “Nós conseguimos a criação da nossa categoria como critério de ser uma categoria profissional diferenciada, porque atua emtodas as áreas, quer seja na indústria, no comércio, na prestação de serviços,entre outros. Com isso, posteriormente, conseguimos criar o nosso Sindica-to”, mencionou Requião.

José Ferreira do Nascimento, presidente entre 1992 a 1995, destacou asdificuldades que o Sintesp passou quando foi criado, mas, que por outrolado, conseguiu também muitas conquistas importantes. “De lá pra cá muitacoisa mudou e evoluiu, diante do esforço dos integrantes do Sintesp em to-das as cinco gestões para promover as melhorias necessárias em prol dotrabalhador, sempre com muita disposição e competência. Esse é o reflexodo sucesso que estamos vendo hoje”, comentou ele.

De todas as conquistas Ferreira julgou a aquisição da sede própria comouma das mais importantes. “Foi com muita satisfação que visitei a sede naRua 24 de Maio e fiquei muito contente com essa conquista”, disse ele.

Homenageados com diretores do Sintespe Luizinho dos Metalúrgicos de SP

Para Ferreira, a homenagem foi ummomento impar para todos os ex-presiden-tes e o atual presidente do Sintesp. “Jamaisimaginei que pudéssemos estar os cinco reu-nidos num momento como esse. Fiquei mui-to emocionado e feliz por esta oportunida-de, principalmente pela lembrança doSevieri, que mais uma vez demonstrou suaperspicácia, inteligência e foi formidávelcom mais essa iniciativa”, declarou.

SINTESP INTENSIFICOUA CAMPANHA

DE SINDICALIZAÇÃODURANTE A XVII FISP

O Sintesp aproveitou a realização daFISP para intensificar sua Campanha de Sin-dicalização. O Sindicato sorteou uma TV de

LCD de 42 polegadas entre todos os associados com a contribuição em dia enovos associados durante a Feira. Nesta edição, o grande ganhador foi WilliamManoel da Silva, nº de sócio 145453, de Suzano, SP.

Este foi um momento propício para tratar do assunto com o destaque elemerece. Segundo Armando Henrique, presidente do Sintesp, agora mais doque nunca temos que investir tudo na sindicalização, porque foi aprovado oprojeto de lei, dia 21 de agosto de 2008, por meio do qual foi decidido, coma participação das Centrais Sindicais e do Governo, que provavelmente em2009 já deixe de existir as três contribuições: a confederativa, a assistenciale a sindical (que é a que sustenta o sindicato) e entrará em vigor uma novataxa que eles chamam de “taxa negocial” e tem que ser aprovada em assem-bléia.

“Acho ótimo que isso aconteça, pois temos que democratizar mesmoessa questão e o Técnico de Segurança do Trabalho tem que ter a liberdadede decidir o que ele quer. Então, a partir desse novo modelo de taxa, quedeverá ser aprovada em assembléia, e por dois terços da categoria associada,se quisermos ter um sindicato forte e representativo teremos que avançarmuito na questão da adesão do sindicato, como sócios com direito a voto e aser votado, e mais do que isso nós temos que ampliar mais ainda a nossa

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 200810

relação junto aos sócios para sermos bem sucedidos em nossas reivindica-ções”, afirmou Armando.

Conforme ele, certamente quem vai dar mais força para o sindicato é opróprio associado e quanto mais sócios o sindicato tiver, mais recurso teráconseqüentemente. “Tendo mais recursos podemos dar um atendimento me-lhor ao associado, inclusive, melhorando os nossos serviços”, salienta ele.

Em São Paulo, na capital, onde está centralizado o maior número deprofissionais, Armando conta que essas ações são mais fáceis, porém no in-terior, existem muitas dificuldades para levar os serviços do Sintesp, justa-mente por carência de recursos e estruturas. “Temos certeza de que com essanova normalidade da contribuição dos trabalhadores para o financiamentodo sindicato teremos condições de ampliar esses serviços nas bases e, diantedisso, é um direito das bases exigirem o seu retorno, e não dá pra enxergaresse movimento de forma democrática, participativa, se não for através daampliação do quadro dos associados”, especifica Armando.

Conforme ele, o Sintesp até que está numa situação confortável, pois seenquadra em quase todos os pré-requisitos estabelecidos pela nova legisla-ção sindical, mas mesmo assim, Armando considera ainda insuficiente essasituação e ressalta que a entidade quer ter muito mais que isso. “Acho quenão é justo, por exemplo,estabelecermos um pisoda categoria que hoje é omaior piso salarial doBrasil, no qual uma meiadúzia só de pessoas con-tribui ou participa das de-cisões. Sem contar que émuito cômodo o sujeito fi-car distanciado da sua ins-tituição, muitas vezes sóse beneficiando dos resul-tados e quando não temum resultado positivo fi-car criticando a institui-ção como se ela fosseinoperante. Na verdade eucostumo dizer o seguinte:o sindicato é a base, en-tão se você falar mal do seu sindicato está falando mal de você mesmo por-que cabe a cada um que se não está satisfeito com a direção do seu sindicatofiliar-se e adquirir direitos e deveres iguais, e se for o caso candidatar-se,montar chapa de oposição e derrubar quem estiver inoperante, essa é a de-mocracia e só ficar criticando não vai resolver nada”, exemplifica Armando.Para ele, a categoria dos Técnicos de Segurança do Trabalho é muito bemesclarecida e tem todo um perfil para conseguir ter uma participação maisativa na condução da sua vida profissional e do seu futuro, bastando, paraisso, se organizar melhor como categoria profissional.

Além disso, de acordo com Armando, essa mudança na contribuição sin-dical prejudica o movimento sindical no sentido de que o sindicato que nãotrabalha vai fechar e aquele que não tiver sócios vai acabar “Nós temos con-venção coletiva - que por sinal é tida como uma das mais eficientes do Brasile pouca gente sabe disso, porque nós negociamos com 262 sindicatos patro-nais, temos o maior piso salarial do Brasil e nunca, até hoje, perdemos umprocesso e nem um expediente burocrático, uma vez que o trabalho do nossojurídico é muito eficiente, servindo, inclusive, de referência para muitas ca-tegorias. Quero dizer com isso que aquele sindicato que não tem história,que não tem convenção coletiva, não tem sócio, não tem base, ou corre parase acertar, ou vai desaparecer”, explica ele.

Para Armando, por um lado isso é bom porque valoriza o bom sindicalis-mo. Em sua opinião, não adianta ficar rotulando o sindicalismo de modogeral como se faz na política se a categoria também não interage para melho-rar o cenário. “Acreditoque essa lei veio em boahora e certamente vamoster uma nova história dosindicalismo daqui prafrente”, avalia ele. Umapergunta que se faz muitono meio sindical e que Ar-mando diz que vale a pen-sa salientar é em relação aquestão financeira dos sin-dicatos com essa nova taxa.A notícia boa, segundo ele,é que com essa taxanegocial há uma previsãode redução acentuada nacontribuição, ou seja, serão

PARTICIPE DO JORNAL PRIMEIRO PASSO

ANUNCIANDO AQUI A SUA EMPRESA.

ENTRE EM CONTATO PELO TELEFONE

3729-9178 OU

E-MAIL: [email protected]

E FALE COM SOLANGE MIRANDA

SINTESP FOI BEM SUCEDIDO NA

1ª MESA REDONDA REALIZADA

EM TATUÍ

O Sintesp teve mais uma atuação bem sucedida em prol do tra-balhador. No dia 8 de setembro de 2008, foi realizada a 1ª MesaRedonda na Agência Regional do Ministério do Trabalho e Empre-go, em Tatuí, SP, visando promover a regularização da categoriados Técnicos de Segurança do Trabalho em empresas da região.

Nesta 1ª Mesa Redonda reuniram-se de um lado FranciscoThomé Filho, Valdemar José da Silva e Marco Antonio de AlmeidaRibeiro, diretores do Sintesp; e de outro Claudionor Ferreira daCosta, representante da empresa Comanche Biocombustível deSanta Anita Ltda., e a advogada da empresa Dra. Heloisa Dourado,além de Antonio Carlos de Morais, que mediou o encontro promo-vido com a finalidade de firmar entre a empresa e o Sintesp umacordo no qual a empresa se comprometeu em regularizar o pisosalarial de Técnico de Segurança do Trabalho, a partir de 01 desetembro de 2008, bem como efetuar a alteração da função de maisoutro funcionário para a função de Técnico de Segurança do Tra-balho, tendo em vista que o mesmo concluiu o curso no mês dejulho passado.

Diante disso, ficou acordado que a empresa enviará ao Sindica-to no dia 10 de outubro próximo o comprovante de regularizaçãoda Categoria dos Técnicos. Ambas as partes se deram por satisfei-tas e lavraram o acordo em Ata registrada na SuperintendênciaRegional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo – Agên-cia Regional de Tatuí.

Segundo Thomé Filho, diretor do Sintesp, que junto com de-mais integrantes da Diretoria está coordenando esta iniciativa, tra-ta-se de uma ação do Sindicato que visa buscar junto às empresas ocumprimento de admitir Técnicos de Segurança do Trabalho, as-sim como verificar se as empresas estão cumprindo a convençãocoletiva, aplicando o piso salarial da categoria e as exigências deprofissionais quando há necessidade de acordo conforme a lei e asnormas regulamentadoras.

“Esta foi a primeira ação nesse sentido, que foi muito bem su-cedida e atendeu as expectativas do Sintesp”, avaliou Thomé. Con-forme ele, já estão em andamento outras reuniões com empresas dediversas cidades do interior de São Paulo para formalizar outrosacordos nesses mesmos moldes.

Momento de Sindicalização

Presidente Armando entregandoa TV para o associado

trocadas três contribuições por uma e essa nova taxa será bem menor que asoutras três somadas. Mesmo com essa nova condição Armando consideraque haverá um fortalecimento do sindicato, uma vez que contará com maisprofissionais contribuindo, apesar da contribuição ser menor, mas, entretan-to, será muito mais justa socialmente. “Minha previsão é a de que os contri-buintes do Sintesp irão triplicar em quantidade, só que o valor arrecadadonão será o mesmo. Porém, o que importa é que tenhamos uma boa base derepresentatividade através dessas adesões e que o associado contribua den-tro de uma condição mais razoável e que possa ter um impacto tão fortecomo já temos no setor atualmente”, finaliza ele.

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 11

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 200812

Foi lançado durante a XVII FISP, dia 28 deagosto de 2008 o livro “Técnico de Segurança noTrabalho – Os paradigmas de uma Profissão”, deautoria de Armando Henrique, Técnico em Segu-rança no Trabalho com 36 anos de experiência naárea de Segurança e Saúde no Trabalho, tendo atu-ado como coordenador em empresas nacionais einternacionais, entre outras atribuições e atualmen-te atuando como presidente do Sintesp.

Contemplando o universo do Técnico de Se-gurança no Trabalho, Armando Henrique objetivacom essa iniciativa auxiliar os profissionais e estudantes interessados nessesetor. “Me motivei a juntar neste livro as publicações e ferramentas que pudedesenvolver e disponibilizar aos interessados, sem restrições que – para mi-nha surpresa – foram reproduzidas aos milhares no meio técnico especializa-do e aplicado nas mais diversas frentes de trabalho”, informou Armando nanota do autor publicada no livro.

Além dos prefácios (capítulo I), com depoimento de Álvaro Zoccio; aobra é composta pelos capítulos: II) Índice, III) Introdução; IV) Regulamen-tação da Profissão; V) Formação e Qualificação; VI) Exercício da Profissão;VII) Indicadores de Desempenho; VIII) Gestão de Programas; IX) CondutaProfissional; X) Publicações e XI) Bibliografia.

Segundo o autor, está previsto um evento para o lançamento oficial dolivro no mês de outubro, em São Paulo. O livro custa R$ 25,00 para os asso-ciados em dia com a contribuição. Fora da grande São Paulo, haverá os cus-tos para envio por Sedex. Os interessados podem entrar em contato com oSintesp, tel. (11) 3362-1104 ou e-mail: [email protected]

LANÇAMENTO DO LIVRO“TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO -

OS PARADIGMAS DE UMA PROFISSÃO”Livro aborda os paradigmas da profissãodo Técnico de Segurança no Trabalho.

CURSOSPerfil Profissiográfico Previdenciário- Sócio em dia R$ 120,00 – Demais R$ 240,00Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horária 14h – 06 a09/10/2008 – das 19H00 às 22H30Técnicas de Instrumentos de Medições de Agentes Ambientais- Sócio em dia R$170,00 – Demais R$ 340,00Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horária 14h –13a 16/10/2008 – das 19H00 às 22H30Elab./Implementação do PPRA – Programa de Prev. De Riscos Ambientais-Sócio em dia R$ 120,00 – Demais R$ 240,00Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horária 14h – 20a 23/10/2008 – das 19H00 às 22H30Investigação de Acidente – Árvore de Causa- Sócio em dia R$ 120,00 – Demais R$240,00 - Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horária 14h– 27 a 30/10/2008 – das 19H00 às 22H30Curso Instrutor de Empilhadeira - Sócio em dia R$ 170,00 – Demais R$ 340,00Publico Alvo: Técnico de Segurança e Demais interessados – Carga horária 21h – 03 a06/11/2008 – das 19H00 às 22H30. Dia 08/11 – Praticadas 08H00 às 15H00*Cursos Sujeitos alterações.

EventosData Evento Local02/10 Debate Técnico no Sintesp Sede16/10 Debate Técnico no Sintesp Sede24/10 Seminário Sobre SST Guarulhos26/10 Encontro Sobre SST Jabaquara / Senac30/10 Debate Técnico no Sintesp Sede13/11 Debate Técnico no Sintesp Sede13/11 IIII Seminário Bracol São Paulo27/11 Comemoração Dia do TST São Paulo*Eventos: Sujeitos alterações.Inscrição: [email protected] Fone: 11-3362-1104 R. 38

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 13

Com o objetivo de capacitar e habilitar o Técnico de Segu-rança do Trabalho e outros profissionais da área para o atendi-mento da NBR 14276, o Sintesp e o Colégio Rocha Marmo, con-solidaram uma parceria para a realização do “Curso de Especia-lização em Segurança contra Incêndios e Atendimentos Pré-Hospitalar” em 2008, cuja primeira turma irá se formar no finaldo mês de outubro próximo.

Em vigor desde 2007, a norma traz uma exigência de só con-siderar como profissional habilitado para instrutor o profissio-nal que tiver o curso de capacitação composto por 100 horas desegurança contra incêndio para risco grande, 100 horas de aten-dimento pré-hospitalar e 40 horas de técnicas de incêndio. Odiferencial do curso ministrado pelo Sintesp e o Colégio RochaMarmo é que é o único no mercado que atende a norma e temregistro na Secretaria de Educação.

Além disso, com um caráter bastante dinâmico e interativo,a grade do curso é composta por 60% de aulas teóricas e 40%de aulas práticas, sendo estruturado com 240 horas/aulas, dasquais 130 são voltadas para a segurança contra incêndio e 110para atendimento pré-hospitalar (antigo primeiros-socorros).

“Os alunos da 1ª turma se mostram muito satisfeitos e em-polgados, bem como são bastante participativos ao ponto deagregarem sugestões de visitas técnicas mediadas pelo próprioaluno, que se somam aquelas já programadas na grade curricu-

CURSO INÉDITO DE ESPECIALIZAÇÃO CAPACITA PROFISSIONAISPREVENCIONISTAS PARA O ATENDIMENTO DA NBR 14276

lar”, informou Dr. Jorge Gimenez, diretor estadual do Sintesp ecoordenador do curso junto com o Sr. Luiz Porfírio, tambémdiretor do Sindicato.

A próxima turma está prevista para iniciar em 13 de outubrode 2008, com aulas de 2ª a 6ª feiras. A turma de sábado inicia nodia 18 de outubro. Para mais informações, falar com Celeste, nasede do Sintesp, através do telefone (11) 3362-1104 ramal 38.

As fotos que ilustram essa reportagem demonstram a dinâ-mica e interatividade que o curso proporciona por meio de si-mulados e exercícios práticos que ajudama enriquecer a vivência do profissionalcom as atividades promovidas pelos ins-trutores.

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 200814

No dia 29 de agosto de2008 foi realizado, em pa-ralelo a XVII FISP, o VENATEC - 2008 – Encon-tro Nacional dos Técnicosde Segurança do Trabalho,no auditório 1 do Centro deExposições Imigrantes, emSão Paulo, SP.

A programação do En-contro foi composta pelaspalestras “Apresentaçãoda Portaria 17 (SESMT) ePortaria 262, de 29.05.08 (Registro Profissional da Categoria)”, proferida porElias Bernardino da Silva Junior, presidente da Fenatest; “Formação Tecnoló-gica X Qualificação Profissional - A diferença da metodologia para o perfil doprofissional da segurança do trabalho”, apresentada pela palestrante Dra.Maria Mucillo, da Fundacentro e “Catástrofes nos Ambientes de Trabalho”,ministrada por Lioberto Ubirajara Caetano de Souza, Coronel do Corpo deBombeiros do Estado de RO.

Também fez parte da programação a entrega do Prêmio “Destaque Naci-onal”, que este ano contemplou o especialista Milton Perez, diretor do Sin-tesp; Iloni Bantle, presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança doEstado de Rondônia e Maria Mucillo, pesquisadora da Fundacentro.

Segundo Elias Bernardino, presidente da Fenatest, entidade que organi-zou o evento, o encontro alcançou suas expectativas com a participação decerca de 330 pessoas oriundas de 16 Estados brasileiros, ultrapassando acapacidade do auditório.

O presidente da Fenatest julgou importante a realização do evento, emrazão, principalmente, pela preocupação que a categoria prevencionista temem relação a Portaria 17 e a Portaria 262, sendo que esta, em especial, prati-camente deixa o profissional técnico de segurança sem o registro na carteira.“Isso é um absurdo, um desrespeito para uma categoria que soma cotidiana-mente para a prevenção e a saúde dos trabalhadores”, observou ele.

Elias informou que dessa reunião foi tirado um documento que será entre-gue ao Ministro Carlos Lupi, discorrendo sobre toda essa discordância emrelação as Portarias 17 e 262 e a NR-4, em referência aos representantes dos16 Estados presentes. “Sou a favor de que os debates sobre esses assuntosdevem mesmo existir, porque acho que tem que haver mudança sim, desde queseja pra melhorar, e não para retirar o direito do trabalhador e precarizar seutrabalho”, concluiu Elias.

V ENATEC, EM SÃO PAULO, CONTOU COM ASPRESENÇAS DE REPRESENTANTES DE 16 ESTADOS

SANTOS REALIZOU 1º SEMINÁRIO TÉCNICO DESAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR

A cidade de Santos foi asede do 1º Seminário Técnicode Saúde e Segurança do Tra-balhador de Santos e Região,que aconteceu no dia 12 de se-tembro de 2008, no Auditóriodo Sindicato dos Trabalhado-res da Construção Civil, noCentro. Mais uma vez oSintesp cumpriu com o seucompromisso de promover ointercâmbio e o aperfeiçoa-mento profissional do Técnico de Segurança do Trabalho contando com umpúblico de, aproximadamente, 140 pessoas entre Técnicos de Segurança, Es-tudantes, Sindicalistas e demais interessados no tema.

Na programação foram apresentadas as palestras: “Como vincular a Se-gurança do Trabalho com o Meio Ambiente na Elaborado do PPRA”, minis-trada pelo diretor do Sintesp e consultor de empresas nas áreas de Segurançado Trabalho e Meio Ambiente, Wagner De Paula; “Trabalhos em Altura”,proferida por Sérgio Pedro, Sargento do Corpo de Bombeiros de São Paulo eprofessor do Senac nos cursos profissionalizantes de Segurança do Trabalho,entre outras atribuições; “Metodologia de escolha de luvas aos riscos”, quecontou com a participação de Wilton Abdalla, técnico em Desenvolvimentodas linhas Mapa e Mucambo e especialista em equipamentos de proteção dasmãos; e o tema “Alterações da NR´s + Conselho de Classe TST”, apresenta-do pelo Dr. Jorge Gimenez Berruezo, advogado, consultor e diretor do Sintesp.

Também estiveram presentes no Seminário, o vice-presidente do Sintesp,Laércio Fernandes Vicente e o diretor Valdizar Albuquerque. O evento contoucom a Regional de Santos através de seu vice-presidente Regional, PauloSérgio, e o diretor, Luiz Carlos. Os participantes contribuíram com a doaçãode 2 quilos de alimentos não perecível.

Para reunir profissionais preven-cionistas e demais interessados no se-tor de Segurança e Saúde no Trabalho,com o objetivo de trocar informaçõese experiências que ajudem a capacitá-los para uma melhor qualidade de vidano ambiente ocupacional, o Sintesp –Regional Guarulhos, promoveu no dia3 de setembro de 2008, no Anfiteatrodo Sindicato dos Químicos, em Gua-rulhos, SP, o Encontro Técnico sobreSegurança no Trabalho.

O encontro técnico contou com a participação de profissionais ligadosaos setores segurança e saúde ocupacional, e, principalmente, de estudantes,somando um público de 150 pessoas.

Armando Henrique, presidente do Sintesp, foi convidado para abordaros temas: Empregabilidade para os Técnicos de Segurança do Trabalho; Im-portância da Formação e Especialização; Organização Profissional dos Téc-nicos de Segurança do Trabalho; Segurança e Saúde do Trabalho na Pequenae Micro Empresa; Relação das demandas conjunturais e o Técnico de Segu-rança do Trabalho; Estrutura do Sintesp; Posição do Técnico de Segurançado Trabalho na terceirização e Modelo Tripartite de construção de normas deSegurança e Saúde no Trabalho.

Segundo Selma Rossano, vice-presidente da Regional Guarulhos do Sin-tesp, durante a realização do encontro houve uma importante interatividadeentre os presentes, que deram suas opiniões sobre os temas tratados e contri-buíram para o alcance das expectativas esperadas pela entidade. O diretor DePaula, do Sintesp, também esteve presente colaborando com o evento.

Mais informações no e-mail: [email protected]

SINTESP REGIONAL GUARULHOS PROMOVEU ENCON-TRO TÉCNICO SOBRE SEGURANÇA NO TRABALHO

CIDADE DE OURINHOS SEDIOU ENCONTRO REGIONALDOS TÉCNICOS SOBRE SEGURANÇA DO TRABALHOFoi realizado no Anfiteatro do

Serviço de Anestesiologia, na cidadeOurinhos, interior do Estado de SãoPaulo, o Encontro Regional dos Téc-nicos de Segurança do Trabalho, nodia 22 de agosto de 2008.

Com esta iniciativa, o Sintesp vi-sou promover a troca experiências im-portantes para o dia-a-dia do profis-sional prevencionista. O encontro téc-nico contou com a participação de pro-fissionais ligados aos setores seguran-ça e saúde ocupacional, e, principalmente, de estudantes, somando um públi-co de 150 pessoas.

Os diretores do Sintesp, Laércio Vicente Fernandes e Wagner FranciscoDe Paula, e o diretor estadual licenciado, Valdete Lopes Ferreira, participaramda programação que abordou os seguintes temas: Empregabilidade para osTécnicos de Segurança do Trabalho; Importância da Formação e Especializa-ção; Organização Profissional dos Técnicos de Segurança do Trabalho; Segu-rança e Saúde do Trabalho na Pequena e Micro Empresa; Relação das deman-das conjunturais e o Técnico de Segurança do Trabalho; Estrutura do Sintesp;Posição do Técnico de Segurança do Trabalho na terceirização e ModeloTripartite de construção de normas de Segurança e Saúde no Trabalho.

MEIO AMBIENTE1ª FIBoPS - FEIRA INTERNACIONAL

PARA INTERCÂMBIO DAS BOASPRÁTICAS SOCIOAMBIENTAIS

Foi realizado nos dias 23, 24 e 25 de Setembro de 2008, no Centro deConvenções CADORO – Rua Augusta, 129, São Paulo, SP, a primeira feiratemática desta natureza que contou com exposição dos cases selecionadospelo Programa Benchmarking e cases internacionais indicados por entida-des representativas nacionais e organismos internacionais.

O evento aberto ao público contou com apoio das principais universi-dades para moderação, divulgação e envio do seu corpo docente e discentepara aulas técnicas e atividades extras curriculares, da FNQ – FundaçãoNacional da Qualidade, com Oficinas de Boas Práticas, e presença dos me-lhores especialistas nacionais e internacionais atuantes nas várias vertentesda gestão socioambiental, além das autoridades, entidades representativasnacionais e internacionais e convidados especiais.

Momento da abertura

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 2008 15

TÉCNICA/INFORMATIVAINSS ALTERA NORMA PARA QUE

INFORMAÇÕES FIQUEM MAISCLARAS E DETALHADAS

Os trabalhadores expostos a agentes nocivos – com direito à apo-sentadoria especial – já podem verificar se a empresa para qual traba-lham informou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre ocumprimento ou não dos requisitos de proteção no Perfil Profissiográfi-co Previdenciário (PPP). Até maio passado, quando foi publicada a Ins-trução Normativa nº 27, o PPP – emitido pela empresa e entregue aotrabalhador quando o contrato é rescindido ou quando ele está para seaposentar – era um documento muito técnico e de difícil compreensãopor quem não fosse da área.

Com a instrução normativa, o INSS passou a exigir mais detalhesnas informações do PPP, documento pela empresa para a contagem etempo e comprovação das condições necessárias para a concessão daaposentadoria especial.

O PPP foi modificado e agora contém uma relação em que o empre-gador deve assinalar se os requisitos de proteção foram ou não cumpri-dos. Antes, o responsável técnico da empresa respondia apenas “Sim”ou “Não” de forma genérica para a existência desses equipamentos.

Com a reformulação, a empresa é obrigada a informar a hierarquiadas medidas de proteção, como o uso de Equipamentos de ProteçãoColetiva (EPC), medidas de caráter administrativo ou de organizaçãodo trabalho – como a troca de maquinário por modelos mais modernos eseguros ou menos barulhentos – e o uso do Equipamento de ProteçãoIndividual (EPI), nessa ordem.

As mudanças permitem que esse segurado identifique mais facil-mente situações de descumprimento das normas. Possibilita, ainda, queele entenda melhor os motivos para um pedido de aposentadoria especi-al ser ou não atendido. Dependendo do grau de exposição a agentesnocivos relatada no PPP, esse trabalhador pode se aposentar em perío-dos de 25, 20 ou 15 anos de atividade, em vez de 30 anos, exigidos paraas mulheres, e 35 no caso dos homens, quando exercem atividades nor-mais.

O formulário que compõe o PPP é preenchido com base em laudoemitido pelo médico do trabalho ou engenheiro de segurança do traba-lho. Contém dados atualizados sobre a rotina do trabalhador e a exis-tência de EPC ou o uso do EPI que diminuam a intensidade dos agentesagressivos a limites de tolerância. A empresa que não mantiver esselaudo técnico atualizado pode ser punida.

A utilização de EPI – como fones que bloqueiem ruídos, máscarascontra poeira ou absorção respiratória de solventes, por exemplo – sódeve ser implantada quando as medidas de proteção coletiva adotadasanteriormente não foram suficientes. O PPP também deverá indicar aexistência de condições de funcionamento e uso continuo de EPI e sefoi dado treinamento para utilizá-lo; sobre o prazo de validade dos equi-pamentos; da periodicidade de troca e de sua higienizacao.

Outra mudança na IN altera os incisos I e II do artigo180, retirandoa exigência da anexação de histograma ou memória de cálculo ao perfildo trabalhador para períodos anteriores a 11 de outubro de 2001.

Agora, esses procedimentos passam a ser exigidos somente a partirda data de publicação da IN 57, a primeira norma previdenciária a pre-ver sua utilização.

O trabalhador que acredita que a empresa onde trabalha não cumpreou não informa corretamente o cumprimento das exigências de prote-ção pode denunciar ou fazer reclamação. Inclusive anônima, na Supe-rintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE, antiga DelegaciaRegional do Trabalho). Nos casos em que a perícia médica do INSSidentificar irregularidade nos recolhimentos das contribuições para aaposentadoria especial do trabalhador, a Receita Federal do Brasil, res-ponsável pela arrecadação, é notificada.

De acordo com a legislação, a empresa deve recolher à PrevidênciaSocial um percentual equivalente ao risco do empregado que dá direitoa aposentadoria aos 15, 20 ou 25 anos, correspondente a 12, 9% u 6%sobre a remuneração do trabalhador.

Histograma – É o gráfico gerado a partir da medição contínua dosruídos a que um trabalhador está exposto. É feito pela fixação de umdosímetro (microfone) ao trabalhador durante a jornada de trabalho.

Memória de cálculo – Processo matemático que contabiliza diver-sas medições para chegar a um valor único.

Fonte: ACS/MPS

“O movimento em prol da regulamentação do Conselho de Classe aindaestá muito tímido e deixa uma questão no ar: “Afinal, queremos ou não onosso Conselho?”, questiona Armando Henrique, presidente do Sintesp, umadas principais entidades ligada ao universo dos técnicos de segurança do tra-balho e que tem feito um trabalho maciço em prol da regulamentação.

Para Armando, a regulamentação do Conselho consiste na construção ena aprovação de uma lei que o regulamente. Conforme ele, até que existevontade política em relação ao assunto, tanto que até hoje nenhum represen-tante do Governo, do poder público, entre outras autarquias, se opôs contra oConselho, bem como todos os Ministros do Trabalho que passaram nos últi-mos anos são a favor, mas a aprovação do Conselho não acontece por razõessimples, como a falta de uma força política e social significativa. “Com isso,estamos hibernando nas intenções, porém, enquanto não tivermos uma orga-nização de mobilização impactante com representatividade, principalmente,lá em Brasília, ou então tivermos um ministro ou deputado que tenha prestí-gio e que queira realmente abraçar essa causa, nós não vamos conseguir onosso Conselho”, avalia Armando.

Para ele, esse apoio é essencial para o sucesso da regulamentação e é abase de sustentação da proposta, já que não basta que os representantes polí-ticos sejam somente simpáticos à causa. “Temos conhecimento que existemmais de 50 pedidos de Conselhos represados lá em Brasília e devemos enten-der que se o Ministro liberar o Conselho dos Técnicos de Segurança vai des-pertar a cobrança dos outros 49 e todos eles têm seus partidos políticos, unsmais fortes, outros menos. Diante disso, pra conseguirmos o nosso Conselho,temos que ser ousados ao ponto de sermos persuasivos nesse convencimentojunto às autoridades, e sermos fortes o suficiente até para sustentar a propos-ta ao governo pra que ele apóie a nossa causa”, explica Armando.

Em vista desse cenário, Armando argumenta que os profissionais da áreatêm que ter consciência de que ou saem do casulo e vão pras frentes, mostrarpara sociedade e pessoas que são diretamente responsáveis pela regulamen-tação do Conselho, que os técnicos de segurança do trabalho querem e sus-tentam essa proposta ou, então, a classe vai ficar mais 20, 30 anos correndoatrás só do sonho. “Achar que um sindicato, uma federação ou meia dúzia degatos pingados vão conseguir isso é ilusão, pois cada um faz a sua parte, masainda é insuficiente”, alerta ele.

Armando exemplifica que o Sintesp, por exemplo, tem se esforçado aoextremo para levar adiante essa proposta em parte por ser o Sindicato maisforte e tem mais condições, tem representatividade no setor. “Seria da nossaparte uma conduta socialmente irresponsável se não assumíssemos isso. En-tão arcamos com as nossas idas pra Brasília constantemente e muito do que éfeito hoje é bancado pelo Sintesp. Sabemos que São Paulo tem o númeromaior de profissionais da categoria e nós temos que dar uma resposta paraesse público. Porém, entendemos que apesar de fazer a nossa parte e estar-mos profundamente comprometidos, ainda é insuficiente para avançarmosna velocidade que gostaríamos. Nós tivemos um grande aliado no passadoque foi o Medeiros, quando era deputado, só que infelizmente, nós os técni-cos de segurança não fomos suficientemente fortes para reelegê-lo então eledeixou de ser deputado e hoje não tem nem como fazer muita coisa, poisagora está no cargo de Secretário do Trabalho, e ele até tem força no Minis-tério, só que lá ele é Governo, ele não pode demonstrar publicamente queestá defendendo o nosso conselho, pois no dia seguinte essas 49 forças queexistem estaria colocando-o fora de lá e nós, do Sintesp, compreendemosperfeitamente que ele continua simpático a nossa causa, mas no momentonão pode nos apoiar”, observa Armando.

Circunstancialmente Armando acredita que o ideal é que a classe dostécnicos de segurança do trabalho tivesse um deputado em cada Estado queapoiasse publicamente a regulamentação o que tornaria mais fácil o processode aprovação junto aos órgãos competentes. “Se em cada Estado o nossocolega dirigente sindical convencesse um deputado da importância da causajá seriam 22 deputados lá em Brasília pressionando o Ministro do Trabalho,o presidente da Republica, o presidente da Câmara, e tenho certeza absolutaque esse Conselho teria um grande diferencial em relação aos demais e aca-baria essa insegurança que há dos políticos em liberar o nosso conselho, ape-sar de entenderem que a causa é justa”, salienta o presidente do Sintesp.

Segundo Armando, existe uma cobrança forte dos profissionais da áreapara que o Conselho seja aprovado até porque no Estado de São Paulo existeunanimidade da categoria por acreditar que o Conselho é a saída para o setorno futuro. “Sabemos que o Conselho não vai resolver todos os nossos proble-mas, mas sem ele podemos até acabar um dia”, avalia Armando, informandoque esse entendimento é muito bem trabalhado pelo Sintesp junto a categoriaem São Paulo, que, por sua vez, tem uma expectativa muito grande. “Umadas perguntas que mais escuto quase que diariamente é: `quando vai sair onosso conselho?´, justamente por causa dessa grande expectativa, o que jánão acontece muito em outros Estados, talvez mesmo até por falta de divul-gação”, conclui ele.

MOBILIZAÇÃO EM PROL DO CONSELHO DE CLASSE CARECEDE MAIOR INTERVENÇÃO POLÍTICA PARA SUA APROVAÇÃO

Jornal do Sintesp - nº 207 - Ano 200816