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Jornal do Sindicato dos Empregados em Escritórios de Contabilidade, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e Agentes Autônomos do Comércio do Grande ABC, Mogi, Suzano e Região. Telefone (11) 4994-9055 N° 72 - ANO 11 NOVEMBRO/2010 FILIADO À Querem reinventar o ‘pau de sebo’ Sindicato patronal quer colocar ‘cavalo de Tróia’ dentro da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria de Contabilidade e Assessoramento. Os SEAACs alinhados à FEA- AC perceberam o golpe que se constitui em um verdadeiro ‘pau de sebo’ a La Sescon e não assinaram a norma que vai contra os direitos trabalhistas defen- didos pela Constituição. Pág. 4 - Hora extra faz mal à saúde Estudo realizado por cientistas da Universidade de Londres e do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional confirma: hora extra causa doenças cardíacas fatais, infartos, angina, estresse, ansiedade, depressão, irrita- bilidade e impotência sexual. O banco de horas fulmina a dignidade da pessoa humana. Pág. 7 Destaques - Escritório atrapalhado registra empregados em transportadora Proprietário está em crise existencial e não sabe se o que ele faz é ou não Contabilidade. Registrou os empregados como se trabalhassem em uma transportadora. Pág. 8 N otícias do SEAA C Abandonados e desamparados Sindicato Patronal SESCON queria excluir alguns trabalhadores da proteção sindical, deixando-os de fora da garantia de reajuste salarial. Os SEAACs ligados à FEAAC disseram NÃO ao patrão espertinho.Pág. 5 - Trabalhadora é atirada na cova dos leões Bem aventurado Daniel que, a mando do rei, foi atirado em uma cova na qual continha leões que obedeciam a palavra de Deus. Mesma sorte não tem o trabalhador que é atirado dentro de uma Câmara ou Tribunal Arbitral, como ocorreu em Santo André. A trabalhadora teve seus direitos ferozmente dilacerados pelas garras da Câmara Arbitral da Acisa em parceria com seu patrão. Pág. 6 COMBATE - 6º Encontro Estadual EAA aprova documento contra o Assédio Moral no ambiente de trabalho. Pág. 3 PARCERIA - SEAAC firma convênio com Ski Mountain Park de São Roque. Pág. 8 BANCO DOS RÉUS - Enquanto for cabeça dura e não respeitar os direitos dos empre- gados, a MBM vai continuar sentada no banco dos réus. A empresa, que exigia nota fiscal para validar atestado médico, agora não quer pagar Vale Refeição para o pessoal com carga horária de seis horas e se recusa a fazer o reajuste salarial corretamente. Pág. 7

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Jornal do Sindicato dos Empregados em Escritórios de Contabilidade, Assessoramento, Perícias, Informações ePesquisas e Agentes Autônomos do Comércio do Grande ABC, Mogi, Suzano e Região. Telefone (11) 4994-9055

N° 72 - ANO 11NOVEMBRO/2010

FILIADO À

Querem reinventar o ‘pau de sebo’Sindicato patronal quer

colocar ‘cavalo de Tróia’dentro da ConvençãoColetiva de Trabalho dacategoria de Contabilidadee Assessoramento. OsSEAACs alinhados à FEA-AC perceberam o golpeque se constitui em umverdadeiro ‘pau de sebo’ aLa Sescon e não assinarama norma que vai contra osdireitos trabalhistas defen-didos pela Constituição.Pág. 4

- Hora extra faz mal àsaúde

Estudo realizado por cientistasda Universidade de Londres e doInstituto Finlandês de SaúdeOcupacional confirma: hora extracausa doenças cardíacas fatais,infartos, angina, estresse,ansiedade, depressão, irrita-bilidade e impotência sexual. Obanco de horas fulmina adignidade da pessoa humana.Pág. 7

Destaques

- Escritório atrapalhado

registra empregados emtransportadora

Proprietário está em criseexistencial e não sabe se o queele faz é ou não Contabilidade.Registrou os empregados comose trabalhassem em umatransportadora. Pág. 8

Notícias do SEAACAbandonados e desamparados

Sindicato Patronal SESCON queria excluir alguns trabalhadoresda proteção sindical, deixando-os de fora da garantia dereajuste salarial. Os SEAACs ligados à FEAAC disseram NÃOao patrão espertinho.Pág. 5

- Trabalhadora é atiradana cova dos leões

Bem aventurado Daniel que, amando do rei, foi atirado emuma cova na qual continha leõesque obedeciam a palavra deDeus. Mesma sorte não tem otrabalhador que é atirado dentrode uma Câmara ou TribunalArbitral, como ocorreu em SantoAndré. A trabalhadora teve seusdireitos ferozmente dilaceradospelas garras da Câmara Arbitralda Acisa em parceria com seupatrão. Pág. 6

COMBATE- 6º Encontro Estadual EAA aprovadocumento contra o Assédio Moralno ambiente de trabalho. Pág. 3

PARCERIA- SEAAC firma convênio com SkiMountain Park de São Roque.Pág. 8

BANCO DOS RÉUS- Enquanto for cabeça dura e nãorespeitar os direitos dos empre-gados, a MBM vai continuar sentadano banco dos réus. A empresa, queexigia nota fiscal para validaratestado médico, agora não querpagar Vale Refeição para o pessoalcom carga horária de seis horas ese recusa a fazer o reajuste salarialcorretamente. Pág. 7

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Novembro/20102 - SEAAC em Revista

QueQueQueQueQuebrbrbrbrbrando parando parando parando parando paradigmasadigmasadigmasadigmasadigmasO povo brasileiro elegeu uma mulher como presidenta da República. Isto faz de nós

uma sociedade que anda na vanguarda das mudanças. Mudanças das quais ahumanidade precisa para extirpar de vez os preconceitos, o racismo e todo tipo dedesigualdade que mantém profunda disparidade entre o avanço da ciência e tecnologia,e do Índice de Desenvolvimento Humano em todo o mundo.

Independentemente de profecias de como será o governo Dilma, o povo brasileiro já évencedor. Primeiro porque elegeu e reelegeu um operário para governar esse País,quebrando as amarras do medo, dando um tapa na cara da elite que nas entrelinhas eem mensagens subliminares da grande mídia, atrelada aos interesses do capitalestrangeiro, destilavam veneno, ódio e ranço porque perderam o poder que vinhamorquestrando a mais de 500 anos.

O povo acertou. Lula deixa o Governo Federal com o maior índice de aprovaçãojamais registrada por um presidente do Brasil.

Isto deixa a direita, os reacionários e a elite falida em prantos, desnorteada, usandoseus meios de comunicação para fazer a cabeça de debilóides e lacaios, que na torpezade suas mentes, transformam em textos e palavras os ensinamentos absorvidos peladoutrina da grande mídia, disseminando tais imbecilidades através da internet. Um meiode comunicação precioso, mas que, infelizmente, se torna também esconderijo doscovardes, que na sombra de sua insignificância, reproduz pateticamente a lição dosverdadeiros derrotados, fazendo o papel de insetos sociais, atacando o vencedor equem nele votou.

De nada adianta as crises de nervos dos derrotados e inconformados, tendo em vistaque na história da humanidade não há registro de retrocesso social, a tendência ésempre de avançar. Nos Estados Unidos temos um presidente negro, aqui elegemos e

reelegemos um operário, agora uma mulher, sendo que há poucos anos atrás as mulheres nem direito a voto tinham. Isto é trilharo caminho da civilização. A única coisa que não se pode tolerar é a intolerância.

Então que se envenenem com seu próprio ódio os intolerantes, porque não farão nenhuma falta para a humanidade. Não sãoeles que escrevem a história. Avante Brasil!

Editorial

Vagney Borges de Castro - Presidente

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Novembro/2010 3 - SEAAC em Revista

SEAAC em Revista é uma publicação do Sindicato dos Empregados em Escritórios de Contabilidade, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas

e Agentes Autônomos do Comércio do Grande ABC, Mogi, Suzano e Região, com sede na avenida João Ramalho, 52, Vila Assunção, Santo André, SP, CEP 09030-320.

Telefone (11) 4994.9055. Site: www.seaacdogradeabc.org.br - E-mail: [email protected]. Subsede de Mogi: rua Dr. Deodado Wertheimer, 1.352, 2° andar, sala 23, Centro

de Mogi das Cruzes, SP, CEP 08710-430. Telefone (11) 4798.2180, Fax (11) 4726.3335. E-mail: [email protected] - Base territorial: Biritiba Mirim, Diadema, Ferraz de

Vasconcelos, Mauá, Mogi das Cruzes, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Suzano. Diretoria Executiva -

Presidente: Vagney Borges de Castro. Tesoureiro: Cláudio Rodrigues Chagas. Secretário-geral: Edma Mota Carneiro. Ilustrações: Thor. Diagramação: Carol Binato.

Realizado nos dias 23 e 24 de outubro, o 6º EncontroEstadual EAA, promovido pela Federação dosEmpregados de Agentes Autônomos do Comércio Estadode São Paulo (FEAAC), reuniu os delegados dos SEAACsfederados, coroando com êxito as discussões e debatesocorridos em todos os Encontros Regionais organizadose promovidos pelos sindicatos.

Com o tema Assédio Moral: Um inimigo invisível no localde trabalho, as entidades cumpriram o primeiro passo queconsistiu na discussão do problema com os trabalhadores,concluído com a elaboração de documento base paraorientação política aos SEAACs, na condução do combate àprática criminosa do assédio moral em todas suas nuances.

No primeiro dia do Encontro, a desembargadora doTribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Dra. IvaniContini Bramante, em brilhante e elucidativa palestra,discorreu sobre o assunto segundo a visão jurisprudenciale a forma que vem sendo tratada pela justiça do trabalho.

A Dra. Margarida Barreto, médica ginecologista e dotrabalho, autora do livro Violência, Saúde, Trabalho – Uma Jornada dehumilhações (Editora PUCSP) e uma das principais pesquisadoras sobreo assunto no Brasil, proferiu palestra ressaltando os danos à saúde dostrabalhadores, decorrente da prática do assédio moral.

Após as discussões em grupo e amplo debate em plenário, já no segundodia do evento, foi aprovado o documento que guiará a política de combateao assédio moral no âmbito de cada SEAAC em sua região.

Além disso, as resoluções servirão como plano de ação a ser conduzidapela FEAAC junto a diversos organismos dos poderes Executivo eLegislativo das instâncias federal, estadual e municipal.

6º Encontr6º Encontr6º Encontr6º Encontr6º Encontro Estadual da cao Estadual da cao Estadual da cao Estadual da cao Estadual da catetetetetegggggoria elaoria elaoria elaoria elaoria elaborborborborboraaaaadocumento sobrdocumento sobrdocumento sobrdocumento sobrdocumento sobre combae combae combae combae combate ao te ao te ao te ao te ao Assédio MorAssédio MorAssédio MorAssédio MorAssédio Moralalalalal

Presidente do SEAAC do Grande ABC, Vagney Borges de Castro,integrou a comissão organizadora do Encontro Estadual

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Novembro/20104 - SEAAC em Revista

O pau de sebo é uma tora de madeira lisa e previamente banhada desebo, graxa ou outra substância gordurosa, que varia de cinco a oitometros de altura. Trata-se de uma brincadeira típica de Festas Juninas,principalmente do nordeste, onde os brincalhões tentam subir até o topopara apanhar o prêmio que fica pendurado na extremidade. O fato é quenão se consegue alcançar o prêmio, ficando todos com muita sujeira emelação. Todos os participantes são derrotados.

A Convenção Coletiva de Trabalho, que recusamos aceitar, tem tambémum pau de sebo. Parece brincadeira, mas infelizmente é verdade. A normaestipula um piso salarial de R$ 680,00 para os empregados decontabilidade. No entanto, para conseguir atingir este valor, o empregadotem de atingir um ano de trabalho no escritório.

Se dependesse da vontade do empregado a meta seria atingida, masinfelizmente aqui no Brasil existe a demissão imotivada, na qual o patrãodemite o empregado sem motivo e justificativa. Portanto, o prêmio (pisosalarial de R$ 680,00) fica sob a conveniência do patrão e não doempregado.

Essa situação causa rotatividade que é um ‘câncer’ na relação detrabalho, deixando trabalhadores na insegurança e gerando ônus aoEstado e ao próprio patrão abestado, que na ânsia de pagar salário mensalmenor, nem faz as contas para ver que o custo beneficio da rotatividadelhe causa maiores prejuízos.

Lamentavelmente o sindicato patronal SESCON incentiva essa políticaasinina, obrigando alguns sindicatos de empregados a aceitarem cláusulasque são verdadeiros ‘cavalos de Tróia’ ou ‘pau de sebo’.

QuerQuerQuerQuerQuerem rem rem rem rem reineineineineinvvvvventar o entar o entar o entar o entar o ‘pau de se‘pau de se‘pau de se‘pau de se‘pau de sebo’bo’bo’bo’bo’

A fossa é uma cova. Umacavidade subterrânea para ondese despejam excrementoshumanos, que sempre ficaabaixo do piso.

E é neste local que oSESCON quer obrigar ossindicatos de trabalhadores alançarem o salário dosempregados de contabilidadecom até um ano de tempo deserviço.

Assinar norma coletiva detrabalho estabelecendo um pisosalarial inferior para oempregado com menos de dozemeses de serviço é colocar acorda no pescoço dos demais.

ABABABABABAIXAIXAIXAIXAIXO DO PISOO DO PISOO DO PISOO DO PISOO DO PISOÉ A FOSSAÉ A FOSSAÉ A FOSSAÉ A FOSSAÉ A FOSSA

É condená-los ao desem-prego e impor ao novato umaespécie de contrato por tempodeterminado. Ou seja, quandocompletar um ano, para não serpuxado para o piso, vai dafossa para o olho da rua.

Os sindicatos não alinhadoscom a FEAAC assinaram aConvenção Coletiva deTrabalho com o piso (leia-sefossa) de R$ 635,00 atécompletar um ano de serviço.Esse é um dos motivos pelosquais este SEAAC e os demais,alinhados à FEAAC, nãoassinaram a Convenção deagosto de 2010.

Piso é piso, tem de ser o localonde nos equilibramos, tem deser forte, resistente e ninguémdeve permanecer abaixo dele,porque somente minhocas e

dejetos humanos ficam abaixodo piso. Sem esquecer doagravante de que a maioria dosescritórios contábeis tem o pisocomo se fosse o teto.

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Novembro/2010 5 - SEAAC em Revista

O SESCON conseguiu que alguns sindicatos do Interior, nãoalinhados com a FEAAC, assinassem Convenção Coletiva permitindoque trabalhadores com salários superiores a R$ 10 mil não tenhamreajuste salarial. Caso queiram, que negociem diretamente com seuspatrões.

A renúncia de um sindicato na representação de um grupo detrabalhadores, independentemente do valor do salário deles, seequipara ao abandono moral ou afetivo sofrido por um filho rejeitado

Abandonados e desamparAbandonados e desamparAbandonados e desamparAbandonados e desamparAbandonados e desamparadosadosadosadosadospelo pai, ensejando pedido de indenização para reparação dos danospsíquicos, além de ser punição pedagógica para o lesante.

O trabalhador é hipossuficiente, parte mais fraca na relação deemprego. O trabalho é um ato existencial e seu absoluto controle estánas mãos do patrão. Portanto, sendo o emprego o bem jurídico maisvalioso do empregado, que precisa dele para sua subsistência, nãotem como contrariar o interesse do patrão, caso contrário perde oemprego. E não é o valor do salário que torna o empregado imune ademissão ou outra forma de retaliação.

Por isso o legislador constitucional fez constar no inciso III do artigo8º da Constituição Federal, que “ao sindicato cabe a defesa dosdireitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusiveem questões judiciais ou administrativas;”. Já o inciso VI do mesmoartigo constitucional diz que “é obrigatória a participação dos sindicatosnas negociações coletivas de trabalho;”.

Sendo assim, permitir formalmente em norma coletiva o abandonoe desamparo dos empregados que recebem salários acima dedeterminado valor é um abandono moral, pois está largando a própriasorte aquele empregado para negociar diretamente com o patrão,abdicando o sindicato de sua representação conferida pelaconstituição. Maldade sem limites, pois se sabe da dependência destepelo emprego, principalmente por ganhar salário maior, sua dependênciaé bem maior. Também por isso não assinamos a Convenção doSESCON.

Imaginar que estamos noséculo 21, em uma das Regiõesmais desenvolvidas do País eainda há algumas empresas tãopicaretas que nem merecemser tratadas como empresas.Cometem atos criminosos quenem mesmo no escravismo oufeudalismo da Idade Média erapraticado: a imposição deassinar recibos ou hollerithscom valores a maior.

Este tipo de empresário se utilizada necessidade do trabalhadorem manter o emprego, sua únicafonte de renda, e faz chantagem,obrigando-o a assinar recibos devalores que o empregado nãorecebeu.

Isso é comum quando osindicato ingressa com ação

Assinar rAssinar rAssinar rAssinar rAssinar recibo sem terecibo sem terecibo sem terecibo sem terecibo sem terrrrrreceeceeceeceecebido o vbido o vbido o vbido o vbido o valor é crimealor é crimealor é crimealor é crimealor é crime

para forçar a empresa a pagarum direito dos empregados queela não vem cumprindo.Imediatamente aparece asmentes brilhantes com umamontoado de recibos comdatas retroativas e fazem osempregados assinarem, aquelesque não assinam são demitidos.

É coisa difícil de se provar, issoporque as assinaturas são reaise o sindicato não pode requererdepoimento pessoal das vítimas,pois se assinaram por medo, nãotestemunharão contra o patrãopicareta pelo mesmo motivo etemos de respeitar.

É um crime hediondo. Estamosinvestigando algumas empresas eprocurando formas de compro-vação convincente para serem

apresentadas em juízo. Se você forvítima de uma situação como esta,faça contato com o SEAAC.

Vamos procurar uma forma depegar o patrão pilantra. E sevocê não quis assinar e foidemitido, nos procure, porquese foi o único a não assinar e

foi demitido é uma comprovaçãodo crime.

Tenha o máximo de cuidado,não use o telefone nem ocomputador da empresa para secomunicar com o sindicato,essa espécie de empregador épior de que rato de esgoto.

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Novembro/20106 - SEAAC em Revista

1 - REAJUSTE SALARIAL DE 2003

Em 2003, os sindicatos alinhados à FEAAC também se recusarama assinar a Convenção Coletiva imposta pelo SESCON. Queríamosum reajuste salarial mínimo de 18%, isto porque os institutos depesquisas de preços assim o indicavam. No entanto, os mesmossindicatos de empregados que hoje já assinaram a Convenção Coletivacom o SESCON, assinaram também naquela ocasião, com um reajustesalarial de 14%.

Nós, sindicatos alinhados à FEAAC,sofremos muitas críticas, até mesmo dealguns trabalhadores que não entendiamporque todos tinham fechado acordo enós continuamos brigando. Era a ideiaidiota de que sindicato bom era aqueleque fechava acordo rapidinho, nãoimportando a qualidade do acordo.

Fomos vitoriosos e o Tribunal doTrabalho nos deu razão, conseguimos os18% para todos trabalhadores dosSEAACs alinhados com a FEAAC. Orestante ficou com cara de tacho e opatronal teve de engolir a seco.

2 - VALE REFEIÇÃO NAS LOTERIAS E COMISSÁRIOS

Outro feito foi na categoria de Comissários e Consignatários,quando lutávamos para conseguir o VALE REFEIÇÃO para osempregados de Casas Lotéricas e demais empresas. Nãoassinamos a Convenção Coletiva com o sindicato patronal, mas osmesmos SEAACs que hoje já assinaram com o SESCON, firmaramacordo com um VALE REFEIÇÃO de R$ 50,00 por mês, querepresentava R$ 2,72 por dia. Isto porque estávamos reivindicandoum vale mínimo de R$ 7,00 por dia.

VVVVVOCE JÁ OCE JÁ OCE JÁ OCE JÁ OCE JÁ VIU ESSE FILME VIU ESSE FILME VIU ESSE FILME VIU ESSE FILME VIU ESSE FILME ANTES ?ANTES ?ANTES ?ANTES ?ANTES ?Novamente saímos vitoriosos. O Tribunal do Trabalho reconheceu

nossa luta e conseguimos um VALE REFEIÇÃO de R$ 6,50 pordia, que representava R$ 143,00 por mês. Quem tinha assinadocom R$ 50,00 por mês, novamente ficou com cara de tacho e opatronal teve de engolir sem mastigar.

3 - CONQUISTA DO VR NA CONTABILIDADE EASSESSORAMENTO

Na luta pela conquista do VALEREFEIÇÃO para os trabalhadores deContabilidade e Assessoramento foi amesma ladainha. Não assinamos no anode 2006 porque queríamos o vale mínimode R$ 6,50. Os mesmos SEAACs quehoje já assinaram com o SESCON,assinaram naquela ocasião um ‘calaboca’, que consistia em um vale de R$80,00 por mês, que podia ser através decesta básica, ticket refeição, ticketalimentação, refeição dentro do escritório.Enfim, era o ‘samba do crioulo doido’.

Os apavorados e os pelegos noscriticaram duramente, mas continuamos

firmes e conseguimos o VALE REFEIÇÃO de R$ 6,00 por dia, querepresentava R$ 132,00 por mês para todos os trabalhadores, quevem sendo reajustado anualmente.

É de se ressaltar que em todas essas nossas vitórias, o sindicatopatronal (SESCON) foi obrigado a estender para todos ostrabalhadores do Estado de São Paulo, que muito embora suasdireções sindicais tenham aceitado as migalhas do patronal, forambeneficiados por nossa luta, pois os patrões não podem dartratamento diferente aos trabalhadores da mesma categoria emcidades diferentes.

Uma ex-trabalhadora deempresa contábil de SantoAndré foi atirada na cova dosleões, representada atualmentepor entidades denominadas deCâmaras ou Tribunais Arbitrais.Este caso foi na Câmara Arbitralda Associação Comercial eIndustrial de Santo André(ACISA).

Essas Câmaras ou Tribunaisarbitrais foram criadas pela lei9307/96 e já no artigo 1º,dispõe que sua competênciarestringe-se aos litígios relativosa direitos patrimoniais

Trabalhadora é atirada na cova dos leõesdisponíveis, portanto essasentidades não tem que ficarmetendo o bedelho naquilo quelhes falta competência.

Esse pessoal acha que todomundo é trouxa, primeiro porquetodos os casos flagrados deintromissão dessas entidadesnas relações de trabalhoindividual ocorrem por ocasião dahomologação da rescisãocontratual. Na verdade, isso querdizer que não existe ‘litígio’, massomente a falta de vergonha nacara do empresário de nãoquerer pagar os direitos do

empregado, procurando essasentidades com o único objetivo deconseguir a quitação geral doextinto contrato de trabalho.

Assim, o patrão que nãocumpriu com suas obrigaçõesdurante todo o curso do contratode trabalho, saí de lá com umtermo de quitação geral e umcompromisso da vitima de quenão entrará com nenhumprocesso contra o sabidão.

Foi o que aconteceu com a exfuncionária de contabilidade naACISA. É o que acontece comtodo trabalhador que vai para

essas câmaras ou tribunaisarbitrais, todos são lesados. Éuma verdadeira cova dos leões.

Só Daniel conseguiu sair livrede uma situação desta, quandofoi atirado na cova dos leõespor intriga de seus inimigos enos termos do capítulo seis,versículo 22 do seu livro bíblico,disse ao rei que foi a suaprocura no dia seguinte: “Omeu Deus enviou o seu anjo efechou a boca dos leões paraque não me fizessem dano.” Doalto, o rei viu os leões brincandocom Daniel dentro da cova.

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Novembro/2010 7 - SEAAC em Revista

Ficar no trabalho mais tempo do que o estabelecido como jornadalegal de trabalho prejudica a qualidade de vida, especialmente o sistemacardiovascular, causando doenças cardíacas fatais, infartos e angina,além do estresse, ansiedade, depressão, irritabilidade e impotênciasexual. Comprovação feita por cientistas da Universidade de Londres

e do Instituto Finlandêsde Saúde Ocupacional,por meio de pesquisacom 6.014 empregados,publicado no dia 12 demaio de 2010, na revistaEuropean Heart Journal.

Já em janeiro de2008, uma pesquisafeita em Barcelona,concluiu que umajornada de trabalho demais de 40 horassemanais causa danosemocionais à saúde.Estudo publicado narevista ScandinavianJournal Of WorK,Environment & Healthindica ainda a causa deansiedade, depressão eproblemas cardíacos.

Segundo os estudos as mulheres apresentam mais sintomascomo hipertensão, ansiedade, aumento de probabilidade defumar, restrição de outras atividades de ócio e de prática deexercício e uma insatisfação geral. Também foram observadostranstornos psíquicos e hormonais. Os homens são afetadosprincipalmente por meio de distúrbios no sono, que acarretamdanos irreversíveis como as doenças cardíacas, irritabilidade ea falta de apetite sexual.

HorHorHorHorHora ea ea ea ea extrxtrxtrxtrxtra fa fa fa fa faz mal a saúdeaz mal a saúdeaz mal a saúdeaz mal a saúdeaz mal a saúde,,,,, diz pesquisa diz pesquisa diz pesquisa diz pesquisa diz pesquisaO valor da hora trabalhada a mais, com o acréscimo de adicional, por

maior que seja, não paga os danos a saúde do empregado, imagineentão ter de passar por todo esse sacrifício sem receber nenhumtostão. Pois é isso que o SESCON quer, sendo que alguns SEAACsnão filiados a FEAAC já assinaram Convenção Coletiva, permitindo otrabalho extraordináriosem o pagamento dahora e nem do adicional.É mole!?

O sindicato patronalquer inserir na cláusulade compensação dehoras, um banco dehoras aparentementeinofensivo, mas quearrebata toda adignidade da pessoahumana, pois o condenaao trabalho gratuito e aoenriquecimento semcausa do patrão. Aceitarcláusula permitindo obanco de horas emConvenção Coletiva,sem nenhuma regra, élançar o trabalhador nasgarras das ferassedentas de lucro.

Imaginar que as supostas horas que a vítima terá de ‘folgas’serão horas úteis para seu lazer ou compromissos pessoais, ouque poderá escolher o dia e hora de descanso é aceitar atestadode burrice. Como percebe-se, o banco de horas por si só já éinjusto e leonino, feito por meio de Convenção é crime contra aorganização do trabalho. Também por isso não assinamos aConvenção Coletiva do SESCON.

Empresa de São Caetano do Sul vai ao banco dos réus porque insiste em ouvir e seguir as orientações do sindicato patronalSESCON. Teimosa que nem mula empacada, a empresa MBM vai responder, em juízo, ação de cumprimento porque não querpagar o vale refeição para os empregados com jornada de seis horas, além de não conceder corretamente o reajuste desalário de todos os empregados.

Não é a primeira vez que a empresa vai para a Justiça do Trabalho para responder por seus desvarios. Também já esteve noMinistério do Trabalho e já sofreu fiscalização do Serviço de Vigilância Sanitária Municipal, mesmo assim é cabeça dura.

O SEAAC já moveu outro processo na Justiça do Trabalho, requerendo agora a condenação no pagamento do vale refeiçãopara todos empregados, o pagamento retroativo e o reajuste salarial correto para todos.

Vamos ver se o SESCON vai acompanhar seu filhote na audiência na Justiça como o fez no Ministério do Trabalho, parapagar novo ̀ mico`.

MBM no banco dos réusMBM no banco dos réusMBM no banco dos réusMBM no banco dos réusMBM no banco dos réus

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Novembro/20108 - SEAAC em Revista

Não se trata da tragédia deHamlet, príncipe da Dinamarca,famosa peça teatral de WilliamShakespeare, mas de umatrágica situação que ocorre naAvenida do Taboão, nº 3987,bairro do Taboão, em SãoBernardo do Campo. Neste localfunciona um escritório decontabilidade que você podeconferir na foto.

De fato é um escritório contábil,onde os empregados realizamtodos os serviços de rotina, como:Contábil (Lucro Real, LucroPresumido, Simples, ME,Balancetes, Razão Analítico,Diário, Livro-caixa, Lalur, entreoutros); Fiscal (Livros de Entrada,Livros de Saída, Livros deApuração do IPI, Livros deApuração do ICMS, entre outros);Trabalhista (Apontamento, Folhade Pagamento, GPS, SEFIP,DARFS, entre outros); Outros(Aberturas, Transferência,Encerramento de Empresas,

DIRPF, Consultoria, Assessoria,Certidões Negativas).

Então, é ou não um escritóriocontábil? To be or not to be,that’s the question?

Pobre proprietário, vivepenoso dilema, isso porqueregistrou todos os empregadosnuma transportadora, issomesmo, numa empresatransportadora.

O contador, que é oproprietário do escritório, deveestar com problemas que nãoaqueles do príncipe daDinamarca, mas que podem serresolvidos pelos ensinamentosde Sigismund Schlomo Freud,criador da psicanálise.

Ou então um processo de açãode cumprimento na Justiça doTrabalho, combinada compedidos de fiscalização pelaReceita Federal e denúncias noMinistério do Trabalho porfalsidade ideológica registradanas CTPS dos empregados.

Ser ou não serSer ou não serSer ou não serSer ou não serSer ou não ser,,,,, ei ei ei ei eisssss a questãoa questãoa questãoa questãoa questão

Localizado em uma das belasmontanhas da EstânciaTurística de São Roque,formada por 320 mil metros deMata Atlântica e a 1.200 metrosacima do nível do mar, o SkiMountain Park fica apenas 54km de distância da cidade deSão Paulo,com fácil acessopelas Rodovias Castello Brancoe Raposo Tavares.

O Ski oferece aos visitantesa oportunidade de desfrutardos prazeres deste paraísoecológico, além da linda vistapanorâmica de São Roque.

Nesse cenário natural, oparque apresenta diversas

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CurCurCurCurCurso de RH na sede do Sindicaso de RH na sede do Sindicaso de RH na sede do Sindicaso de RH na sede do Sindicaso de RH na sede do Sindicatototototo

Já está em andamentoo primeiro módulo docurso de RECURSOSHUMANOS. As aulasocorrem no 2º andar dasede do SEAAC doGrande ABC, todas asterças e quinta-feiras.

O curso recebeu 47inscrições de associadose/ou dependentes e teve

início no dia 4 de novembro. O término do módulo está previstopara 7 de dezembro. As inscrições para o módulo avançadoserão abertas após o recesso de final de ano. O curso éministrado pela professora Vera Lucia de Almeida Parmegiani.

Mais informações podem ser obtidas no site do SEAAC(www.seaacdograndeabc.org.br) ou pelo telefone (11) 4994-9055. O sindicato fica na avenida João Ramalho, nº 52, VilaAssunção, Santo André/SP.

atrações para todas as idadese gosto, tanto para quemprocura adrenalina comotambém os que apreciam aboa gastronomia e desejamrelaxar.

As atrações principais são:pista de Esqui, pista Treino,tobogã, Circuito Radical,teleférico, playground, trilhaecológica, mini golf, arco eflecha, passeio a cavalo,viveiro, entre outros.

Para adquirir ingressos comdescontos, fale com oDepartamento Associativo doSEAAC do Grande ABC, Mogidas Cruzes e Região.