jornal do racionalismo cristão · caça-palavras vida e obra de luiz de mattos luiz de mat-tos...

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A Razão Jornal do Racionalismo Cristão ANO CII – Nº 2655 – Janeiro / 2018 – PREÇO: R$ 2,00 Fundado em 19/12/1916 por Luiz de Mattos e Luiz Thomaz Sonhos A memória e o pensamento não descansam de todo. Por isso, cada um sonha, em geral, de acordo com os fatos de seu passado. Pág. 16 A RAZÃO CRIANÇA Aproveitamento Reveses e sucessos oferecem li- ções. As pessoas devem aprender com elas, rememorando os bons mo- mentos e avaliando os maus. Pág. 10 Mudança É dever da pessoa faltosa mu- dar para melhor, caminhando firme pela estrada da evolução ao racio- cinar com acerto. Pág. 10 Trace e siga um rumo na vida Ano Novo, época que convida à autoanálise, renovação de propósi- tos e estabelecimento de metas, é o momento propício a que tracemos um rumo e o sigamos. É isto que o Racionalismo Cristão recomenda, in- dependentemente da ocasião: tra- çar um rumo na vida, levando em conta o que fazer em nosso próprio benefício e em benefício de nos- sos semelhantes. Orientação nesse sentido é dada por uma equipe de militantes a uma mulher que pediu aconselhamento (faleconosco@ racionalismocristao.org) porque só conseguia pensar em coisas negati- vas, ainda que tentasse afastar es- ses pensamentos, vivia em agonia e não controlava o choro. Segundo afirmou, não aguentava mais. Pág. 9 71 anos da Filial Cuiabá Silvana Benevides, Jorge Fares, Gilberto Silva e Nelson Ferreira da Costa Filho na comemoração da Filial Cuiabá Extensa e variada programação marcou as comemorações do 71º ani- versário de ascensão da casa racio- nalista cristã de Cuiabá (MT), presi- dida pela sra. Silvana Benevides, a Filial. Além de reunião cívico-espiri- tualista, os militantes e frequentado- res assistiram a palestras de Nelson Ferreira da Costa Filho, Jorge Fares e Gilberto Silva, presidente da Dou- trina, na sede da Filial e na Universi- dade de Cuiabá, com esclarecimento de dúvidas ao final de cada uma. encerrando a comemorações, o Coral Vérper, de crianças e adolescentes, fez um recital na Associação de Ma- gistrados. Págs. 4 a 7 Tempo de lazer e brincadeiras Nada de livros e cadernos Conto de Clarice Lispector Férias Uma galinha Piada Caça-palavras Vida e obra de Luiz de Mattos Luiz de Mat- tos (foto), cujos ensinamentos são sempre atuais, nasceu em 3 de janeiro de 1860. Codificou o Racio- nalismo Cristão e legou a todos nós um código de con- duta exemplar. Se postos em prática, seus pre- ciosos ensinamentos levam o ser hu- mano a ter uma vida mais feliz, har- mônica e com excelente qualidade de vida. Saiba mais, na página 20 Passo a passo da evolução Olá, caro leitor, pág. 2 FOTO VALÉRIA DE PAULA

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A RazãoJornal do Racionalismo Cristão

ANO CII – Nº 2655 – Janeiro / 2018 – PRE ÇO: R$ 2,00 Fun da do em 19/12/1916 por Luiz de Mat tos e Luiz Thomaz

SonhosA memória e o pensamento não

descansam de todo. Por isso, cada um sonha, em geral, de acordo com os fatos de seu passado. Pág. 16

A RAZÃO CRIANÇA

AproveitamentoReveses e sucessos oferecem li-

ções. As pessoas devem aprender com elas, rememorando os bons mo-mentos e avaliando os maus. Pág. 10

MudançaÉ dever da pessoa faltosa mu-

dar para melhor, caminhando firme pela estrada da evolução ao racio-cinar com acerto. Pág. 10

Trace e siga um rumo na vidaAno Novo, época que convida à

autoanálise, renovação de propósi-tos e estabelecimento de metas, é o momento propício a que tracemos um rumo e o sigamos. É isto que o

Racionalismo Cristão recomenda, in-dependentemente da ocasião: tra-çar um rumo na vida, levando em conta o que fazer em nosso próprio benefício e em benefício de nos-

sos semelhantes. Orientação nesse sentido é dada por uma equipe de militantes a uma mulher que pediu aconselhamento ([email protected]) porque só

conseguia pensar em coisas negati-vas, ainda que tentasse afastar es-ses pensamentos, vivia em agonia e não controlava o choro. Segundo afirmou, não aguentava mais. Pág. 9

71 anos da Filial Cuiabá

Silvana Benevides, Jorge Fares, Gilberto Silva e Nelson Ferreira da Costa Filho na comemoração da Filial Cuiabá

Extensa e variada programação marcou as comemorações do 71º ani-versário de ascensão da casa racio-nalista cristã de Cuiabá (MT), presi-dida pela sra. Silvana Benevides, a Filial. Além de reunião cívico-espiri-tualista, os militantes e frequentado-res assistiram a palestras de Nelson Ferreira da Costa Filho, Jorge Fares e Gilberto Silva, presidente da Dou-trina, na sede da Filial e na Universi-dade de Cuiabá, com esclarecimento de dúvidas ao final de cada uma. encerrando a comemorações, o Coral Vérper, de crianças e adolescentes, fez um recital na Associação de Ma-gistrados. Págs. 4 a 7

Tempo de lazer e brincadeirasNada de livros e cadernos

Conto de Clarice Lispector

Férias

Uma galinha

PiadaCaça-palavras

Vida e obra deLuiz de Mattos

Luiz de Mat-tos (foto), cujos ensinamentos são sempre atuais, nasceu em 3 de janeiro de 1860. Codificou o Racio-nalismo Cristão e legou a todos nós um código de con-duta exemplar.

Se postos em prática, seus pre-ciosos ensinamentos levam o ser hu-mano a ter uma vida mais feliz, har-mônica e com excelente qualidade de vida. Saiba mais, na página 20

Passo a passo da evoluçãoOlá, caro leitor, pág. 2

FOTO VALÉRIA DE PAULA

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A RAZÃO2 JANEIRO / 2018

PresidenteGilberto Silva

Representante Regional na Região NorteEdiel Oliveira de Matos

Representante Regional na Região NordesteFrancisco Buarque Silva

Representante Regional na Região SulVilson Vieira

Representante Regional na Região Centro- OesteSilvana Benevides Ferreira

Representante Regional no Estado de Minas GeraisLília Rodrigues da Silva Paiva

Representante Regional nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito SantoLucy Gonçalves da Costa

Representante Regional no Estado de São PauloHerval Tavares de Campos

Representante Regional em PortugalAntónio Lino Pinto dos Santos

Representante Regional no Norte da EuropaVitorino Chantre

Representante Regional nos Estados UnidosEmmanuel Santiago

Representante Regional nas Ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, em Cabo VerdeAntero Filipe dos Santos

Representante Regional em Cabo Verde, exceto nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau Tomé Cipriano Barreto Monteiro

RACIONALISMO CRISTÃOA Razão Empresa Jornalística Ltda.CNPJ.: 28 345 494/0001-65

Fundadores: Luiz de Mattos e Luiz Thomaz

Diretor: Gilberto SilvaE-mail: [email protected]

Editor: João Batista AntunesE-mail: [email protected]

Redação, Administração e Publicidade:Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro. CEP 20.550-220 - Telefone: (21) 2117-2102

A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não. Para a reprodução de artigos e reportagens, favor consultar a direção.

Olá, caro leitor

Passo a passo da evoluçãoGilberto SilvaPresidente do

Racionalismo Cristão

Ensina o Racionalismo Cristão que, no decorrer das reencarnações, o espírito vai forjando uma per-sonalidade psíquica que se defi-

ne em razão do próprio pensamento e da capacidade de conceber, de criar e de realizar obras. Assim, em cada existência, a pessoa bem-intencionada procura superar maus hábitos, substi-tuindo-os por boas ações. Também, as consequências do trabalho honrado do ser humano têm significado maior do que o seu proveito físico proporciona. As lições retiradas das atividades ho-nestas e voltadas para o bem comum fazem com que a pessoa se aperfei-çoe a cada nova experiência em que necessite socorrer-se dos seus valores morais.

As obrigações dos seres humanos se fundam nas suas necessidades evo-lutivas, e seu desenvolvimento consiste em cuidados não apenas ao corpo físi-co, mas ao espírito, através da prática de atos e pensamentos de valor. Na infância, principalmente, esses compor-tamentos formam exemplos, motivam e podem ser notados nos gestos de solidariedade e desprendimento em benefício do semelhante. Os atos de valor são também revelados nas oca-siões em que o jovem é submetido a testes e competições, tendo que expe-rimentar e compreender o verdadeiro significado da vitória e da derrota. Na escola, por exemplo, a dignidade é demonstrada com o afinco nos estudos e a gratidão em relação aos esforços de pais e mestres.

A formação moral da criança é de grande importância para as decisões

que ela irá tomar na juventude e na madureza, fases da vida onde suas responsabilidades se intensificam. En-quanto na infância há um estado de adaptação do espirito encarnado ao convívio humano e intensa capacidade de absorção de novos ensinamentos, na fase adulta espera-se dele atitudes cônscias e escorreitas, reveladoras de caráter, de respeito às diferenças e úteis ao progresso. A pessoa valorosa apresenta características que bem de-finem o equilíbrio de sua personalida-de, de sua tranquilidade ao pensar e agir. Ela utiliza o raciocínio e a razão para ponderar sobre os valores da jus-tiça e da equidade, muitas vezes acima dos interesses individuais que revelam desejos intemperados e sentimentos egoístas.

O interesse pela verdade enseja atitudes honradas e dignas, constituin-do uma das mais sublimes aspirações do ser humano espiritualmente escla-recido. A verdade é assimilada e in-tegrada ao âmago à medida que o indivíduo identifica sua real composi-ção astral e física e passa a concentrar suas energias na busca dos valores do espírito, em substituição aos ilusórios cenários da materialidade. Mais que isso: quando percebe o significado da existência e sua finalidade precípua, que é a evolução espiritual.

A assimilação dos conteúdos es-piritualistas defendidos e divulgados pelo Racionalismo Cristão faculta mais ampla compreensão da vida e de sua fenomenologia, constituindo va-liosa ferramenta na obtenção do es-clarecimento espiritual, que redunda

na saúde psíquica, tão necessária no enfrentamento dos desafios evoluti-vos, precisamente por proporcionar o entendimento da transitoriedade do mundo físico. Assim, à medida que se consolida essa percepção, o indivíduo passa a substituir os impulsos egoístas por elevadas aspirações em bem dos seus semelhantes.

Força do pensamento. Pensar com elevação e agir com coerência consti-tuem alguns dos excelsos objetivos do espírito. O pensamento elevado é li-vre da interferência de desejos cons-trangedores e de pseudonecessidades emocionais e materiais, ensejando o surgimento do senso de renúncia e des-prendimento, tão necessário ao conví-vio fraterno entre os habitantes deste planeta-escola. À medida que a com-preensão da vida transcende os limites físicos, o indivíduo rompe seus condicio-namentos restritivos e interesseiros, e passa a agir com ética, justiça e valor.

O ser humano esclarecido é forte, não se abate diante das fraquezas e maldades humanas. É tolerante com o semelhante e austero consigo mesmo. Integro e valoroso, luta com tenacida-de para romper os próprios limites, ampliando seus atributos e suas facul-dades espirituais. O ser esclarecido não se entrega à lamentação inútil e investe sua potencialidade em ações construtivas, no cumprimento dos deve-res e na prática constante e desinteres-sada do bem.

Aprende-se com o Racionalismo Cristão que o mal age transitoriamen-te, ao mesmo tempo em que a Doutri-

na transmite a certeza de que o bem sempre prevalecerá. Só existe um mal a se evitar, qual seja o que abrigamos interiormente, através de pensamen-tos e sentimentos indignos, contrários, portanto, ao progresso moral. Maledi-cência, censura, vaidade e leviandade afastam de seus cultivadores as melho-res oportunidades de evolução, além de deixarem marcas de onerosa repa-ração em suas estruturas fluídicas. Am-pliar sistematicamente o valor pessoal que dignifica deve ser a prioridade, para que o indivíduo resista aos impul-sos inadequados.

Quando seu comportamento não corresponde às reais convicções espi-ritualistas, o ser humano vive a farsa que decorre do egoísmo e da falta de escrúpulos. Quem assim procede en-gana o próximo, aufere vantagens em todas as situações, demonstra covardia moral. Todavia, não consegue reparar que sua atitude infelicita e atormenta a pessoa prejudicada. Mesmo quando obtém êxito em seu danoso intento não se satisfaz e quer sempre mais, porque não se descobre como indivíduo vazio e inseguro.

Assim, em decorrência da lei de causa e efeito, o mal praticado será em algum momento resgatado, uma vez que inexiste perdão no sentido de anular erros praticados. Portanto, é dever dos seres humanos raciocinar, agir com acerto e virtude, de modo a ampliar seu arcabouço moral e contri-buir de forma eficaz na obra de espi-ritualização da humanidade.

Boa Leitura!

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A RAZÃO3 JANEIRO / 2018

Sob a orientação da presidente da Filial Lisboa, Maria do Céu Sousa, e do presidente da casa racionalista cristã no Arquipé-

lago dos Açores, Horácio Machado, realizou-se em novembro o 1º Encontro de estudos do Racionalismo Cristão no Correspondente Ilha de São Miguel.

Essa primeira reunião de grupo de estudos teve como tema Síntese dos princípios racionalistas cristãos. A apresentação foi feita na sala de estudos João Pacheco Machado, fun-dador do Racionalismo Cristão, na Ilha de São Miguel, em 28 de março de 1930. A sala foi totalmente tomada pelo público.

Maria do Céu Sousa prontamente aceitou o convite para apresentar, em conjunto com o presidente do Corres-pondente, a reunião do grupo de es-tudos, e conduziu os trabalhos com a sua calma, simpatia e sabedoria, para militantes e assistentes, que demonstra-ram grande interesse.

As novas tecnologias possibilitaram a presença, via Skype, do presidente do Racionalismo Cristão, Gilberto Sil-va, que cumprimentou os presentes e dirigiu-lhes mensagem de incentivo.

Salienta-se a grande empatia existente entre a presidente da Filial Lisboa com as pessoas na assistência, com troca de ideias e debates, provo-cando assim a intervenção de todos os presentes.

As duas horas de duração desse encontro foi pouco tempo, levando-se em conta a vontade de participar e o entusiasmo de todos os intervenientes.

Alguns dos presentes tiveram na reu-nião o primeiro contato com a doutrina racionalista cristã, independentemente de já terem ouvido falar dela, através de familiares. Foi, então, uma experiên-cia engrandecedora para suas vidas.

O presidente Horácio Machado e sua esposa acolheram todos os inter-venientes com a sua simpatia e amabi-

lidade, prolongando assim o convívio com os presentes.

Saliente-se a importância para todos, no Correspondente Ilha de São Miguel, de ter havido esse encontro, que certamente foi o primeiro de mui-tos outros que virão a ser realizados com a mesma entrega e entusiasmo de todos os participantes.

Colaboração de Patrícia Macha-do, militante do Correspondente Ilha de São Miguel.

Reportagem

Encontro de estudosna Ilha de São Miguel O Correspondente Barão de Mon-

te Alto (Minas Gerais) do Racionalismo Cristão comemorou seu 75º aniversário, com muita alegria, conforme destacou sua presidente, Elza Andrade de Paula.

Após agradecer os cumprimentos do presidente do Racionalismo Cristão, Gilberto Silva, em carta na qual envia palavras de “incentivo e força para le-varmos adiante nossa missão de prati-car e divulgar os princípios da Doutrina, tão importantes para contribuir com a paz e prosperidade espiritual neste planeta”, a presidente fez referência a Luciana Gertrudes de Paula, primeira presidente da Casa, e seu marido, Joa-quim Jacintho de Andrade, seu sobrinho Francisco Pereira de Andrade, que, com familiares, implantaram e consolidaram o Racionalismo Cristão na cidade.

A presidente destacou que no site do RC encontram-se os seguintes objetivos da Doutrina: “O Racionalismo Cristão va-loriza o pensamento, a vontade, a dis-ciplina, o trabalho e a moral. Combate qualquer tipo de discriminação e não tem preferências partidárias. O Racio-nalismo Cristão orienta, educa e espiritu-aliza as pessoas, para que sejam justas, valorosas, honradas, simples, verdadei-ras e preparadas para, conscientes de suas responsabilidades, serem úteis a si, à família, à pátria e à humanidade.”

A filosofia espiritualista Raciona-lismo Cristão é libertadora, na medida que não infunde medo às pessoas, não promete castigos nem benesses, apenas conscientiza o ser humano de que ele é constituído de Força e Matéria e deve cuidar de ambos com o mesmo empenho para sua evolução espiritual. Para ven-cer os desafios que se apresentam nes-sa vida terrena, o espírito foi dotado de todas as faculdades como: inteligência, raciocínio, vontade, consciência de si mes-mo, domínio próprio e principalmente o livre-arbítrio, a capacidade de conduzir sua vida e arcar com as responsabilida-des de sua decisão.

Horácio Machado (o 2º) e Maria do Céu (a 4ª) entre militantes, nos Açores

Correspondentecomemorao 75º aniversário

A disciplina estabelecida para a prática do Racionalismo Cristão é impor-tantíssima, pois, pelo pensamento bem irradiado, pela corrente formada, é que se pode conectar com a plêiade do As-tral Superior, para cumprir os objetivos almejados. Companheiros e companhei-ras, agradeço a todos o apoio e o esfor-ço para mantermos acesa a chama do Racionalismo Cristão por esses 75 anos e esperemos por muito tempo mais. Não podemos esmorecer nessa empreita.

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A RAZÃO4 JANEIRO / 20182018

Reportagem

Três dias de trabalhos profícu-os – 27, 28 e 29 de outubro – marcaram os 71 anos da ascensão da casa racionalista

cristã de Cuiabá de correspondente a filial do Racionalismo Cristão. Somado o tempo de sua fundação à inaugu-ração da nova sede, a Doutrina está presente em solo mato-grossense há 92 anos.

Já na tarde do dia 27, sexta-feira, no auditório do campus da Universida-de de Cuiabá, ocorreu o 1º Encontro Científico em Ambiente e Saúde, pro-movido pelo Programa de Pós-Gradu-ação, com a palestra sobre Equilíbrio biopsíquico-espiritual e a influência no ambiente para um público em torno de 200 profissionais e alunos de mestra-do, graduandos e professores da área de saúde e afins.

Primeiramente Jorge Fares, como médico e dada a sua experiência, ex-planou sobre definição de equilíbrio biológico, psíquico, espiritual e am-biente; o que é o Racionalismo Cristão; causas de desequilíbrios; sinais iniciais de desequilíbrio, sugestões para man-ter o equilíbrio; conceito de pólo de atração e sugestões para os profissio-nais de saúde.

Dando prosseguimento à conferên-cia, o presidente do Racionalismo Cris-tão, Gilberto Silva, explanou, com pro-priedade, sobre fatores de desequilíbrio, educação e espiritualidade, ciência e espiritualidade, como avaliar a própria saúde, como obter o equilíbrio biopsí-quico-espiritual. Concluindo sua disserta-ção, destacou conflito interno, padrão de conduta, estudos e pesquisas da filosofia racionalista cristã. Encerrou-se o encontro

científico com discussão dos temas apre-sentados pelos palestrantes e apresenta-ção de sessão de pôsteres e confraterni-zação de todos os presentes.

Ainda no dia 27, às 18h30min., procedeu-se a inauguração da ram-pa de acesso ao prédio-sede da Filial para facilitar, principalmente, quem tem dificuldade de locomoção.

Esclareceu a presidente da Casa, Silvana Benevides Ferreira: “Para essa construção e também para toda a re-forma predial tivemos apoio e colabo-ração dos engenheiros Maristela Maria-no Ferreira Alcântara, Edijan de Souza Fernandes e, na coordenação dos tra-balhos, José Ferreira Filho. Há que se destacar a colaboração do empresário Bordone e, principalmente, os esforços dos militantes e dos amigos do RC”.

Em prosseguimento aos eventos co-

memorativos, à noite, na sede a Filial, ocorreu reunião cívico-espiritualista, após reunião de limpeza psíquica, pre-sidida pelo presidente Gilberto Silva, presentes cerca de 400 pessoas.

Discursaram a anfitriã, Silvana Be-nevides Ferreira; Jorge Fares, repre-sentando os presidentes de todas as casas racionalistas cristãs; e Joaquim Vasconcellos Ferreira, presidente do correspondente de Brasília e conselhei-ro da Casa-Chefe, representando os presidentes da região Centro-Oeste. Joaquim Ferreira destacou: “É tempo de prosseguir com as conferências rea-lizadas pelo mestre Luiz de Mattos na divulgação da nossa Doutrina, de levar, para além dos nossos recintos os conhe-cimentos prodigalizados pelo mestre, para que tenhamos o alcance de todos, principalmente de nossos jovens”.

71º aniversário da Filial CuiabáA sra. Silvana Benevides agradece aos colaboradores na reforma da Filial Formação da mesa do estrado na reunião cívico-espiritualista comemorativa

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FOTOS VALÉRIA DE PAULA

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A RAZÃO5 JANEIRO / 20182018

Crianças dão brilho à festaNo dia 28, sábado, a manhã foi

reservada ao lazer no par-que Mãe Bonifácia, área de 77 hectares, reserva ecológica

turística, que serve a caminhadas e exercícios físicos, na zona urbana de Cuiabá, inaugurado em 2000.

Nas palavras da presidente Sil-vana, “seguimos com a bióloga Nely Tocantins e mais de 30 jovens, abai-xo de 80 anos. Apreciamos a apre-sentação que Nely fez da história do parque, de sua fauna e flora, e a destacada exposição sobre quem foi Mãe Bonifácia: a cuidadora de re-fugiados da escravatura, justamente homenageada.”

Ainda no sábado, à tarde, reuniu-se o grupo de estudos, com destaque para os temas Modéstia e sensibilida-de, apresentado por Jorge Fares, e Perspicácia e percepção, por Nelson Ferreira da Costa Filho, presidente da Filial Marília (SP).

Jorge Fares bem resumiu a sua mensagem ao discorrer sobre modés-tia e simplicidade: “Um dos mais belos ornamentos da alma é a simplicidade; não uma simplicidade estudada para causar efeito ou esconder a vaidade.

Ela deve ser espontânea e natural e revela nível elevado de evolução. A simplicidade no indivíduo é formada e se apura de encarnação em encar-nação, no curso de muitas delas” (Luiz de Souza).

Sobre sensibilidade citou: “A sen-sibilidade é, ainda, o instrumento da dor – dor que faz, não poucas vezes, a pessoa desatenta, indiferente e dis-tante do cumprimento do dever, con-centrar-se em si mesma, despertar e voltar-se para a realidade da vida”. (Luiz de Mattos).

Metas. Nelson Ferreira da Costa Filho abordou problemas do mundo moderno que interferem nos cinco sentidos (visão, audição, olfato, pa-ladar e tato). Nesse sentido, “o forta-lecimento espiritual, o esclarecimen-to, a meditação e a reflexão diária são premissas básicas para um bom viver”, disse. Acrescentou que preci-samos ter um propósito, planos e me-tas, e que, no momento em que mu-damos nossa vibração, o mundo todo começa a agir em nosso benefício”. Ao final das apresentações os pales-trantes esclareceram as dúvidas, com destaque para o sono e a sensibili-

dade mediúnica. As atividades comemorativas fo-

ram encerradas no domingo, 29, na Associação dos Magistrados (Amam). Ao anúncio das cerimonialistas, as jo-vens Carmem Ribeiro e Carolina Ri-beiro, o Coral Vesper, sob a regência do professor Odenil Sebba, abriu a atividade cultural. As vozes de cem crianças e adolescentes com músicas típicas, coreografias e instrumentos musicais abrilhantaram a manhã.

O recital foi apreciado por todos os presentes e, segundo a presiden-te Silvana, “com emanação, temos a certeza, de vibrações benéficas que ecoaram no espaço”.

A seguir, outra marcante apre-sentação foi a da francesa Mathilde Julienne Gisèle Champeau Ferreira, nora da presidente, que, ao som de clarinete, interpretou o Hino Nacio-nal Brasileiro e o clássico Tico-tico no fubá. Foi ouvida, de pé, por mais de 400 pessoas.

Após a abertura, o senhor Gilber-to Silva fez palestra sobre O desper-tar da espiritualidade.

Finalizado o evento, o Grupo de Siriri Coração Atalaiense apresentou

um show da dança tradicional cuiaba-na regida pelo jovem empreendedor Douglas Queiroz de Souza. Em segui-da, o almoço preparado por Dona Diva e sua equipe.

Na ocasião a Sra. Silvana Bene-vides Ferreira agradeceu a todos os militantes e amigos do Racionalismo Cristão, aqueles que, de alguma ma-neira, não puderam comparecer à festividade comemorativa e fez um agradecimento especial ao presiden-te Gilberto Silva e sua comitiva pela presença, o que se soma aos esforços os militantes locais de contribuir para o engrandecimento da Doutrina.

A presidente afirmou ser oportuno salientar a carta enviada à Filial pela secretária de saúde do município de Cuiabá, Sra. Eliseth Lúcia de Araújo, enaltecendo os propósito dos eventos comemorativos.

Por fim, destacou a presença das senhoras Iraci Silva, Soraia Silva e Soraya Camacho, esta acompanha-da do esposo, e dos presidentes da Região Centro-Oeste Emir Grachet, Ubaldo Souza, Gelmo Ribeiro e de-mais militantes e amigos do Raciona-lismo Cristão.

A apresentação dos instrumentistas e dos integrantes do coral, com suas coreografias e interpretação de repertório conhecido, foi de total agrado do público

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FOTOS VALÉRIA DE PAULA

Reportagem

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A RAZÃO6 JANEIRO / 20182018

O público que acompanhou os eventos comemorativos do 71º aniversário da elevação da casa racionalista cristã de Cuiabá à

categoria de Filial teve oportunidade de se informar sobre fundamentos, princí-pios, prática e benefícios do Racionalis-mo Cristão ao assistir às duas palestras apresentadas pelo presidente da Doutri-na, Gilberto Silva. Uma delas, na sede da Associação de Magistrados, versou sobre O despertar para a espiritualidade.

Após citar elucidativos textos de Luiz de Mattos e Humberto Rodrigues, o pa-lestrante destacou que os seres humanos em geral não escapam aos momentos difíceis. Mesmo assim, ainda buscam superar maus hábitos e imperfeições, a fim de evitar sofrimentos desneces-sários. “Reveses são fenômenos úteis ao desenvolvimento espiritual. Constituem, portanto, oportunidades para a real conscientização da vida, para o equi-líbrio psíquico e para a supressão de desejos intemperados, mas nem sempre o sofrimento se faz necessário para o despertar espiritual”, disse.

Explicou que, quando o ser humano se volta para o estudo de si mesmo ad-quire, à medida que mais se dedica a esse estudo, o conhecimento e controle de suas faculdades e de seus atributos espirituais, despertando, gradativamen-te, o interesse pelo seu aprimoramento. Sua conduta vai aos poucos destacan-do-se no meio em que vive, em razão de seu equilíbrio psíquico e de suas ações, ponderadas e refletidas, sempre volta-das para a prática do bem.

Gilberto Silva explicou também que a pessoa equilibrada constrói em torno de si um ambiente fluídico condizente com seus pensamentos elevados e suas ações benfazejas. Seu sucesso nas rela-ções pessoais, no trabalho e na socie-dade de modo geral inspiram os seme-lhantes, estimulando o desenvolvimento espiritual, especialmente o atributo da vontade, para superar os obstáculos.

Lembrou que os ensinamentos espi-ritualistas defendidos e divulgados pelo Racionalismo Cristão convidam ao exer-

cício da razão, da ponderação e da reflexão. Sua prática cotidiana produz inumeráveis benefícios, tanto espirituais quanto materiais, que só as pessoas que têm a felicidade de vivenciá-los sabem avaliar.

Destacou que, nas casas racionalis-tas cristãs, os princípios espiritualistas se revelam nos detalhes, na sutileza do ambiente fluídico formado, na disciplina dos militantes, no clima de otimismo e solidariedade humana. A cada reunião pública de limpeza psíquica e esclareci-mento espiritual, o Racionalismo Cristão proporciona aos assistentes e militantes a alta oportunidade de interiorização, de vivência da espiritualidade elevada e de entendimento do real sentido da vida, que é a evolução adquirida atra-vés do esclarecimento espiritual, que permite a harmonização de pensamen-tos, a subjugação dos impulsos, a am-pliação do discernimento.

Durante as reuniões espiritualistas das casas racionalistas cristãs, disse Gil-berto Silva, o trabalho se desenvolve em dois campos vibratórios: o astral e o físi-co. Há, portanto, duas equipes interagin-do: as Forças Superiores e a militância do Racionalismo Cristão. Dessa forma, os militantes devem ter sempre em mente os elevados objetivos desse intercâmbio es-piritual: aprender, para estudar a si pró-prio, e trabalhar, para se aperfeiçoar moralmente, de modo a produzir as con-dições necessárias à atração de espíritos do Astral Superior, que coordenam todos os trabalhos realizados em nossas Casas.

A exigência do conhecimento dis-ciplinar básico por parte dos militan-tes garante a segurança dos trabalhos espiritualistas realizados nas casas racionalistas cristãs, e o conhecimento da Doutrina proporciona as condições necessárias para esclarecer de modo convincente os assistentes das reuniões públicas, de modo a aliviar suas angús-tias e lhes facultar o aprendizado es-piritualista mediante essas orientações coerentes e positivas, mas, sobretudo, os convencendo através de exemplos salu-tares e dignificantes.

A harmonia do conjunto Astral Su-perior e militância é realçada como ob-jetivo a ser alcançado pelo grupo, num processo espiritual em que a dedicação de cada militante interage com a dos demais, estabelecendo-se uma corren-te fluídica poderosa, cujo resultado é maior que a soma das partes.

A cooperação é a chave que abre a porta do sucesso ao trabalho de equipe e expressa, efetivamente, o bem-que-rer que envolve assistentes e militantes nas casas racionalistas cristãs. Essa mo-tivação permanente para a prática do bem se consolida nas reuniões públicas de limpeza psíquica e esclarecimento espiritual, e se espraia além dos limi-tes físicos dos recintos de nossas Casas, para abraçar a humanidade como com-ponente do Todo Universal em evolução.

O militante valoriza o Todo Univer-sal, a Vida do Universo no seu aspecto amplo, profundo e construtivo, e procura

isso transmitir aos assistentes das reuniões públicas nas casas racionalistas cristãs, a fim de crescerem cada vez mais na esca-la de valores espiritualistas que o Racio-nalismo Cristão defende e divulga.

Sem estabelecer qualquer crítica a outros segmentos filosóficos, sem fixar o pensamento em preferências quanto a lugares e posições – pois esses hábitos comprometem o resultado dos trabalhos espiritualistas realizados nas casas ra-cionalistas cristãs – o militante cônscio dos compromissos assumidos em seu mundo de estágio espiritual prossegue em sua caminhada evolutiva, respeitan-do as normas disciplinares da Doutrina, a si mesmo e os demais militantes. Des-sa forma, estabelece sintonia vibratória com os campos superiores da espiritua-lidade e reforça a corrente fluídica har-mônica existente em nossas Casas, re-cebendo, e transmitindo aos assistentes das reuniões públicas o influxo positivo dessa ação altruísta.

Consciente de suas responsabilida-des, o militante avança sempre em sua evolução, esforçando-se no sentido de corrigir suas imperfeições, de alinhar-se aos objetivos evolutivos por meio da prática do bem, sem preconceitos e distinções, sem esperar reconhecimento de ninguém, pois sabe que o exercício da abnegação proporciona a assistên-cia astral benfazeja das Forças Supe-riores, sabe que esse influxo vibratório, conjugado à consciência de estar cum-prindo deveres, constitui a expressão máxima de bem-estar espiritual e ma-terial de que pode gozar neste mundo de escolaridade.

O campo fluídico criado pelo Astral Superior em torno das casas racionalistas cristãs é poderosa região de irradiações benéficas, que ultrapassam os contornos esboçados pela visão mediúnica. À me-dida que os militantes são assíduos, dis-ciplinados, unidos e sinceros em seus pro-pósitos de benfazer, nossas Casas vão sendo imanizadas por fluidos de elevado teor, para que os assistentes das reuniões públicas, ao entrarem no recinto, sintam paz e revigoramento espiritual.

Despertar para a espiritualidadeFOTO VALÉRIA DE PAULA

Rua São Francisco Xavier, 467 – Loja E – Tijuca – RJ

Gilberto Silva em sua palestra

Reportagem

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A RAZÃO7 JANEIRO / 20182018

Nossa palestra não tem a preten-são de ser um tratado científico a narrar casos relativos ao tema de forma detalhada e em linguagem

técnica. Ela objetiva levar os ouvintes a descobrir seu verdadeiro papel no con-junto humano e os integrar ao conheci-mento de si mesmos, para planificar e construir o próprio equilíbrio em todas as dimensões.

Com essa explicação, o presidente do Racionalismo Cristão, Gilberto Silva, iniciou sua palestra sobre Influência do meio ambiente no equilíbrio biopsíquico-espiritual do ser humano, no 1º Encontro Científico em Ambiente e Saúde, realiza-do na Universidade de Cuiabá, logo ao início das comemorações da filial local do Racionalismo Cristão.

Explicou o palestrante que a filosofia racionalista cristã, utilizando uma lingua-gem de fácil entendimento invoca a soli-dariedade universal ao mostrar às pes-soas os grandes benefícios que a vivência da espiritualidade produz na vida delas, proveitos que não se restringem apenas à recuperação de sua integridade física, pois também as auxilia na conquista do equilíbrio emocional e psíquico.

Gilberto Silva destacou que não se podem desconsiderar os efeitos da ir-responsável devastação ambiental, da ganância desenfreada, do imediatismo de ter vantagem em tudo, do modelo de desenvolvimento injusto e da cultu-ra do descarte sobre a vida dos habi-tantes da Terra. E lembrou que esses aspectos ensejam o esquecimento da realidade espiritual existente no que cerca o indivíduo.

Citou o crescimento descontrolado e desproporcional de cidades, tornando pouco saudável a vida de seus habitan-tes, do descontrole urbano, da poluição visual e sonora como fatores que contri-buem para o quadro de desequilíbrio que marca a sociedade contemporânea

As mudanças sociais assumem cará-ter global e os componentes dessas so-ciedades convivem, entre outros fatores, com o desemprego produzido pelas ino-vações tecnológicas, com instabilidades econômicas, com exclusões sociais, com desigualdades distributivas de serviços essenciais e com o consequente surgimen-to de novas formas de agressividade fí-sica e psíquica. Esses são alguns elemen-tos que demonstram a influência do meio ambiente nos desequilíbrios biopsíquicos-espirituais dos seres humanos.

Gilberto Silva disse que “o caminho

proposto pelo Racionalismo Cristão visa a enfatizar o sentido da espiritualidade, ou, ainda, a finalidade evolutiva da ex-periência humana, a fim de que a huma-nidade não descambe para uma visão reducionista e utilitarista, desprezando a realidade espiritual que dá significado aos mais diversos fenômenos da vida.

O racionalismo cristão afirma que espírito, corpo fluídico e corpo físico são uma unidade indissociável na realidade terrena e, como tal, os fatores emocio-nais, psíquicos e físicos se correlacionam. Para que a saúde integral seja alcança-da deve englobar as dimensões consti-tuintes do ser humano, conforme propõe a filosofia espiritualista do RC.

Para a obtenção do equilíbrio biop-síquico-espiritual, algumas perguntas a devem ser feitas para avaliação da pró-pria saúde. Por exemplo, qual o propósi-

to da minha vida? como meus pensamen-tos interferem na rotina da minha vida? como são minhas emoções na maior par-te do tempo? como me relaciono com as pessoas?

O palestrante destacou que ciência e espiritualidade são dois caminhos que não se opõem, e lembrou que, segun-do a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde deve contemplar o bem-estar físico, psicológico e social, não podendo ser considerada apenas au-sência de doenças.

A visão de ser humano integral foi conceitualmente proposta no início do sé-culo passado pela filosofia racionalista cristã, enfatizando as três dimensões que constituem o indivíduo em evolução na terra, e que são: espírito, corpo fluídico e corpo físico.

Ao propor o diálogo entre a influên-cia do meio ambiente e o equilíbrio biop-síquico-espiritual, o Racionalismo Cristão pretende estabelecer transparência nos processos decisórios das necessidades humanas, eliminando o conflito interno gerado pela desarmonia entre o que é intencionado e o que efetivamente é produzido.

À medida que constatamos em gran-de número de indivíduos estados emocio-nais alterados, pensamentos confusos e disfunções morais como fatores que ge-ram desequilíbrios psíquicos e doenças físicas, podemos afirmar, com segurança, que o estudo e a prática já secular dos preceitos espiritualistas defendidos e di-vulgados pelo Racionalismo Cristão dão resposta elevada e eficaz a esse flagelo humano.

Equilíbrio biopsíquico-espiritualReportagem

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FOTO VALÉRIA DE PAULA

Racionalistas cristãos com alunos e professores da Universidade Cuiabá

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A RAZÃO8 JANEIRO / 20182018

Muita união e companheirismo garantiram o sucesso do primeiro bazar da Filial Nova Iguaçu do Racionalismo Cristão, realizado no dia 7 de outubro.

Participaram da organização e atendimento ao público colaboradores militantes e assistentes da Filial Nilópolis e de outras casas racionalistas cristãs.

Bom começo

Com muita alegria e gratidão, a Filial Teresópolis (RJ) do Racionalismo Cristão recebeu a visita da Sra. Marluce de Oliveira Rodrigues e militantes

da Casa-Chefe, que subiram a serra para apoiar o Bazar da Marluce realizado no dia 18/11/2017, em beneficio da filial. Na foto, com a

homenageada, companheiros que atuaram no projeto e realização do Bazar.

Homenagem a Marluce

Subimos a serra de Teresópolis em 18 de novembro. Fomos Emy, Carla e eu, a fim de prestigiar o bazar da casa racionalista cristã da cidade, que denominaram carinhosamente como Bazar da Marluce.

Nossa alegria foi imensa em confraternizar com amigos queridos. E como ficaram contentes com nossas presenças!

Foi uma tarde de felicidade e alegria por vermos tanta dedicação da amiga Ivonete, militante da Casa-Chefe. Quando sobe a serra, como ela própria diz, não deixa de frequentar nossa querida filial. Seu marido, Jorge, e filha, Thais, também lá estavam. Jorge mostrava-se feliz em ficar no caixa, felicidade esta que deixava transparecer através de seu permanente sorriso. E Thais ajudava a mãe, recebendo convidados e mostrando-lhes as peças existentes. Não posso deixar de reverenciar também o Sr. Rogelio por seu trabalho e abnegação à nossa querida causa em Teresópolis.

O bazar estava bem sortido e bonito, com preços módicos e atraentes. No final, recebemos, Emy e eu, lindas orquídeas das mãos do Sr. Rogelio, oferecidas em seu nome e dos companheiros, como prova de amizade e cari-nho pela nossa presença. Nós é que devemos agradecer pelos momentos de felicidade e por como fomos recebidas.

Ivonete, continue com sua garra e assim, a cada ano sob sua direção, o Bazar crescerá, conforme aconteceu com o Bazar da Érica.

Todos os companheiros de Teresópolis recebam nosso carinho e amor. Faremos todo possível para aí estar de volta em 2018...

Marluce de Oliveira Rodrigues

Reconhecimento

Sucesso absoluto noBazar da Érica 2017

Fim de ano, mais uma edição vitorio-sa do Bazar da Érica. Nas palavras da co-ordenadora dos tra-balhos de preparação e execução do Bazar, Iraci Ferreira Silva, “tudo transcorreu às mil maravilhas, com re-novado entusiasmo dos colaboradores e gran-de sucesso de público, que elogiou bastante a extensão nos dias de atendimento. Com especial agradeci-mento a quantos cola-boraram para o êxito do Bazar, conclamou: “Agora, a preparação para o “extra”, o ba-zar do Dia das Mães.”

FOTO MILDE CASTÊDO

Reportagem

Aniversário do RCPela Circular nº 271, assinada pelo

presidente da Doutrina, Gilberto Silva e dirigida aos representantes regio-nais, presidentes de filiais e correspon-dentes e demais militantes do Raciona-lismo Cristão, a Casa-Chefe determina que todas as casas racionalistas cristãs deverão comemorar, no dia 26 de ja-neiro de 2018, o 108º aniversário de fundação da Doutrina.

Nessa data deverá ser realizada

reunião cívico-espiritualista, logo após o encerramento da reunião pública, quando, a exemplo do ano passado, a data será conclamada como o Dia da Espiritualidade.

A Portaria apresenta um relato das principais realizações do Racio-nalismo Cristão em 2017 e agrade-ce a participação e o empenho de cada militante para o alcance des-ses feitos.

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A RAZÃO9 JANEIRO / 20182018

Trace e siga um rumo na vidaDesde muito cedo comecei a lu-

tar pela minha vida. Tinha tanta vontade de emigrar, que já o fiz quatro vezes, mas volto sempre

porque quando estou fora sinto agonia, e quando chego de volta é a mesma coisa, agonia, choro, tristeza, penso só em coisas negativas. Mesmo que eu não queira pen-sar, o pensamento invade a minha mente. Não aguento mais. O que faço?

Resposta: Prezada, você está dei-xando-se envolver por cargas negativas que estão causando-lhe desequilíbrio psí-quico, com consequências imprevisíveis, se você não puser fim a isso e não reagir a essas vibrações negativas que lhe obs-truem a mente e não lhe permitem tomar decisões corretas e coerentes.

É preciso muita força de vontade e coragem para vencer esse inimigo oculto e perigoso, que absorve as suas energias anímicas e pode conduzir você ao fracasso moral e espiritual. Por isso, tome a sábia decisão de estabelecer um rumo para sua jornada terrena, usando o seu raciocínio, a sua inteligência e o seu bom senso. Planeje o seu futuro com calma e equilíbrio, e mantenha-se fiel a esse planejamento, mesmo que surjam percalços no caminho, naturais para to-dos os seres humanos.

Exercite a sua vontade e o seu pen-samento, para fortalecê-los no caminho do bem. Controle os seus sentimentos e as suas emoções, de modo a mantê-los fir-mes e positivos. Entenda que você pode superar todas essas tendências negativas, desde que queira realmente, desde que tenha coragem e determinação e seja

perseverante nos seus objetivos de al-cançar uma vida melhor, com paz interior, saúde mental e física, e sucesso nas suas atividades cotidianas.

Para fortalecer o seu espírito, nada melhor do que seguir a disciplina raciona-lista cristã, por meio das seguintes ações:

1. Prática da limpeza psíquica no lar.

A limpeza psíquica é uma prática de higiene mental, uma forma de se obter equilíbrio interior e tranquilidade espiritual, recomendada pelo Raciona-lismo Cristão. Consiste nas irradiações, cuja finalidade é estabelecer contato com as Forças Superiores. Quando as irradiações se elevam com convicção, atingem, invariavelmente, a meta, e o Astral Superior, ao qual são dirigidas, capta as suas vibrações.

Todos os dias, nos mesmos horários, as pessoas devem reunir-se para fazer as irradiações. Devem escolher um horá-rio pela manhã e outro à noite, de prefe-rência, às 7 horas da manhã e às 8 horas da noite, seguindo as instruções contidas no folheto explicativo que pode ser obti-do gratuitamente em qualquer casa ra-cionalista cristã ou através do site http://racionalismocristao.net/limpezapsiquica/

É possível acompanhar a limpeza psíquica pela Rádio A Razão, ou a qual-quer momento, através de um áudio da limpeza psíquica, também, gratuito dis-ponível na página citada.

Momentos antes do horário das irra-diações, as pessoas devem preparar-se e de preferência num lugar silencioso, elevar os pensamentos, vibrá-los positi-

vamente, com firmeza e entusiasmo, com confiança de que tudo na sua vida vai sair da melhor maneira possível, com convicção nos efeitos benéficos da limpe-za psíquica, e iniciar as suas irradiações com o pensamento liberto de todas as coisas materiais, sem pensar em ninguém, em nenhum problema, atendo-se apenas ao significado das palavras que estão pronunciando.

Ao terminar a limpeza psíquica, es-tarão aptas a realizar as suas tarefas di-árias com alegria e entusiasmo, confian-tes de que a vida é maravilhosa para aquelas que sabem usufruir dela, que sa-bem tirar proveito de tudo de bom que ela oferece.

A doutrina racionalista cristã aconse-lha as pessoas a terem equilíbrio espiri-tual e físico, por meio de um viver disci-plinado, metódico e consciente, e adverte que o indispensável preparo mental, con-seguido através da limpeza psíquica, é tão necessário ao espírito quanto a hi-giene física é para o corpo.

2. Leitura das obras recomenda-das pelo Racionalismo Cristão. Para você inteirar-se com mais facilidade dos belíssimos ensinamentos desta Doutrina, sugerimos a leitura das nossas obras, podendo começar pelo folheto intitu-lado Conceitos racionalistas cristãos. E pode dar prosseguimento aos seus estu-dos através das demais obras recomen-dadas por esta Doutrina, principalmen-te as essenciais:

Racionalismo Cristão, que em sua 45ª edição contém assuntos de grande valor filosófico, moral e espiritual, e ao

final do livro, uma síntese dos princípios racionalistas cristãos, princípios esses que devem ser seguidos com a maior fidelidade possível;

A vida fora da matéria, atualmente em sua 24ª edição, com ilustrações muito elucidativas que mostram a importân-cia da irradiação de bons pensamen-tos para atrair as Forças Superiores; o trabalho dos espíritos do Astral Superior durante as reuniões espiritualistas em uma casa racionalista cristã, para efetu-ar a limpeza da atmosfera fluídica da Terra e desanuviar este planeta de tan-tas influências negativas; e

Prática do Racionalismo Cristão, 13ª edição. Livro importantíssimo para os mi-litantes, por conter toda a disciplina utili-zada nas reuniões espiritualistas em uma casa racionalista cristã, mas que também traz informações de grande relevância para todos aqueles que desejam espiri-tualizar-se dentro da disciplina adotada por esta Doutrina.

3. Frequência às reuniões públicas em uma casa racionalista cristã. Caso esteja dentro das suas possibilidades, frequente as reuniões públicas de lim-peza psíquica e de esclarecimento es-piritual em uma casa racionalista cristã, por serem momentos de grande eleva-ção espiritual, em que você receberá os fluidos benéficos das Forças Superiores e aconselhamentos que lhe proporcio-narão grande bem-estar. Por meio do site: racionalismocristao.net/casas-rc/você encontrará o endereço, os dias e os horários das reuniões públicas nas casas racionalistas cristãs. Entrada franca.

Coleção Clássicos do Racionalismo Cristão

Maria CottasO ter cei ro vo lume da co leção Clás sicos do Raciona lismo Cris tão ho me nageia a escritora Ma­ria Cot tas. O li vro, seleção de crô ni­cas publicadas em A Razão e dedou trina ções dadas em reuniões pú blicas da Casa­Chefe, está disponível, ao preço de R$ 23,00, na Casa­Chefe e filiais, pelo telefone (21) 2117­2100 e e­mail casa [email protected].

O texto biográfico Antonio Cottas, uma lição de vida vem a lume para integrar o acervo da bi blioteca de cada um de seus leitores, que irão guardar da vida de An tonio Cottas, o consolidador do Ra cionalismo Cristão, verdadeira li ção, gra ças ao agora cele brado biógrafo Dr. Gal dino Rodri gues de Andra de.

Cada exemplar custa R$ 28,00 ou US$ 10.00 (dólares americanos) ou, ainda, € 9.00 (euros).

Pedidos podem ser feitos à Casa­Chefe pelo telefone (21) 2117­2102 ou pelo e­mail [email protected]

Antonio Cottas,uma lição de vida

Aconselhamento

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A RAZÃO10 JANEIRO / 20182018

Humberto RodriguesPresidente Astral do Racionalismo Cristão

Ao terminar o ano, as pessoas têm o hábito de pensar no que aconteceu de bom e de ruim em suas vidas. Umas se

prendem aos fatos que transcorreram bem, enquanto outras remoem as más lembranças. Todavia, o que devem fa-zer é revigorar na memória os bons episódios e avaliar os ruins, para que aprendam as grandes lições que su-cessos e reveses oferecem, e toquem a vida para frente, como se costuma dizer. Rever as situações que não fi-caram bem resolvidas e impulsionar melhores soluções através de esforço, vontade e trabalho é uma boa deci-

são, para que possam dar continuida-de à evolução no ano que se inicia, porque o espírito se revigora a cada problema resolvido.

Muitas pessoas se deixam aba-ter quando encontram dificuldades, tão comuns neste mundo de aprendi-zado constante. O que elas precisam é de empenho nas lutas que enfren-tam, pensando nas melhores estra-tégias para a solução de seus pro-blemas, e, assim, avançar um pouco mais na longa caminhada evolutiva.

Sendo a evolução espiritual constante e contínua, os estudiosos da espiritualidade devem consultar periodicamente os livros editados pela Casa-Chefe do Racionalismo Cristão, para que tomem decisões corretas em suas vidas, tanto em re-

lação a si mesmos quanto aos que estão ao redor.

As pessoas que procuram as ca-sas racionalistas cristãs sempre en-contram boa acolhida sai ano entra ano, sobretudo as que apresentam desequilíbrio psíquico, pois chegam com grande esperança de breve normalização. Todas saem espiri-tualmente fortalecidas, todas re-cebem orientações seguras para a resolução de seus problemas, todas têm suas dúvidas de natureza dou-trinária esclarecidas. O livre-arbí-trio voltado para o bem é escolha própria, como é a determinação de mudar para melhor, pois o aprendi-zado é individual. Confiantes em si mesmas, irão avançar em evolução no ano-novo.

Maria CottasEscritora

A perturbação é atualmente imensa em toda a Terra. Os seres humanos em geral, ao conduzir suas vidas de maneira tão ruim, procuram e acham os sofrimentos por que pas-sam, pois formam nas ocasiões pro-pícias mau ambiente astral. Nessas condições, correntes de pensamentos elevados e positivos são necessárias por parte dos indivíduos de bem, com a convicção precisa dos deveres a cumprir, auxiliando no diuturno sa-neamento da atmosfera fluídica do planeta feita pelas Forças Superio-res, que beneficia milhares e milhares de pessoas vítimas do indevido uso que fazem do livre-arbítrio.

Os seres humanos andam psiquica-mente muito perturbados, porque não raciocinam, não têm força de vontade para vencer na vida, pois querem tudo alcançar de maneira fácil, e as coisas fáceis não trazem resultados benéficos. Só pelo trabalho honesto, pela persis-tência em vencer as dificuldades da

vida é que as pessoas conseguem evo-luir espiritualmente e progredir mate-rialmente. Só pelo desprendimento das coisas imediatas e efêmeras é que po-dem alcançar algo com valor moral, e as Forças Superiores ficam satisfeitas e prestam sua assistência astral ao ob-servarem as que têm noção do dever a cumprir.

Logo, é importante cumprir deve-res, ser útil ao Todo Universal. Ao ser útil como parcela do Princípio Inteli-gente, o espiritualista é útil ao seme-lhante e a si mesmo, pois quem bem faz para si o faz.

Por isso, temos uma recomendação a fazer. As pessoas que passam por algum sofrimento de natureza física devem procurar tratamento médico com otimismo, porque há incalculável número de médicos competentes. A

Medicina está muito avançada, exis-tem medicamentos para a cura da maioria das doenças, não ficando a parte alimentar dissociada desse avanço quando os nutricionistas são consultados. É fundamental viver cons-ciente de que o corpo físico saudável é a máquina adequada de que o es-pírito precisa para evoluir na Terra.

Ser pessoa forte pelo pensamen-to positivo, pela vontade poderosa e pela ação construtiva é ser oti-mista, não a portadora do otimismo descompromissado, mas do otimismo confiante em melhores condições de vida, de não fracassar, e não fra-cassa mesmo, pois sabe que dias de maior prosperidade virão.

Assim sendo, desejamos que to-dos se cuidem, porque a saúde cor-poral faz parte da saúde psíquica, e o espírito precisa do corpo físico em boas condições para continuar a luta por sua evolução na Terra. É para isso que está neste mundo de escolaridade. Sejam saudáveis e oti-mistas, condições que muito auxiliam no viver.

Luiz de MattosCodificador do Racionalismo Cristão

Não há perfeição humana na Terra. Logo, o indivíduo deve corrigir seus erros, para se esmerar dentro dos princípios racionalistas cristãos. É dever da pessoa faltosa mudar para melhor, caminhando firme pela estrada da evolução ao ra-ciocinar com acerto, a fim de encontrar solução para os problemas difíceis mui-tas vezes criados por ela própria.

Há muitas coisas belas na vida para as pessoas contemplarem. São tantos os bons exemplos, são tantas as experiências adquiridas pela obser-vação de erros de umas e outras, que servem de lições para as que querem aprender e se modificar. São muitas as possibilidades de os seres humanos se corrigirem ao enveredar pelo cami-nho evolutivo, na busca da perfeição possível neste mundo de escolaridade, lutando contra si próprios, dominando-se, tornando-se úteis e dignos da consi-deração dos semelhantes.

Todos devem estudar o Raciona-lismo Cristão, a fim de enfrentarem as intempéries morais que a vida sempre apresenta aos indivíduos incautos. Mui-tos deles não conquistam a própria fe-licidade ao se deixarem envolver por coisas que lhes falam ao paladar, mas sem qualquer valor espiritual. O astral inferior vai aos poucos envolvendo-os com sua brisa maléfica por não perce-berem que têm algo superior no âma-go, que é o sentido espiritual da vida.

O mundo é bom, a vida é boa, mas é necessário que as pessoas, como par-celas que são do Princípio Inteligente em evolução, usando sua fortaleza físi-ca e vibração espiritual, ofereçam bra-ços, vontade e coragem voltados para a produção das riquezas necessárias ao bem-estar da humanidade.

As casas racionalistas cristãs estão com suas portas sempre abertas sai ano entra ano, acolhendo pessoas carentes de equilíbrio psíquico e estudiosos da espiritu-alidade. As Forças Superiores, com sabe-doria e eflúvios fortalecedores, trabalham em faina diuturna pelo esclarecimento espiritual da humanidade. Quem chega às nossas Casas encontra o que procura, cria, com paciência e perseverança, as condições necessárias ao cumprimento dos deveres com segurança e dignidade, conquistando a real felicidade.

Nota

Cada um deve aprender com lições dos sucessos e reveses

SábiaS palavraS

Tenha força para vencer na vida

liçõeS de vida

“ Ser pessoa forte pelo pensamento positivo, pela vontade e pela ação construtiva é ser otimista.”

É dever de quemcomete faltasmudar para melhor

Artigos

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A RAZÃO11 JANEIRO / 20182018

Artigos

Nossa razão de sereditorial

Humberto Rodrigues

Há certos fatos característicos do nosso meio social que maculam a nossa época pela feição degra-dante com que se verificam, nesse

volutear constante de civilização moder-na ávida de progresso, e que, apesar dessa benéfica avidez, deixa-se influen-ciar por ideias pouco condizentes com os princípios rígidos de moral, tão necessá-rios ao equilíbrio espiritual dos seres.

Ligeira análise pelos vários setores de atividade, quer nos lares, quer nos diferen-tes locais de trabalho ou nas escolas, senti-mos de maneira inequívoca o abastarda-mento de hábitos e costumes, observamos uma lamentável falta de escrúpulos, já ha-vendo até quem afirme convictamente ser um indivíduo honesto, um tolo ou idiota, que não sabe aproveitar-se de ocasiões opor-tunas para conseguir posições vantajosas ou situações invejáveis no turbulento cená-rio de nossa sociedade. Outros há ainda que dizem ser a honestidade absoluta uma utopia, e, portanto, impraticável.

Essa mentalidade alastra-se qual erva daninha, lançando suas raízes em todas as camadas sociais, malgrado as tentati-vas infrutíferas de uma minoria esclareci-da, que, não se deixando corromper pelo influxo de ideias perniciosas, mantém-se em justificável estado de defesa e revolta.

Quando a sociedade periclita e os remédios aplicados não surtem o devido efeito, é natural depositar-se esperanças na mocidade em geral, antevendo-se um futuro mais otimista no desempenho dos homens de amanhã, das turmas que saindo das academias, atiram-se à luta titânica a que o mundo impele, no exercí-cio das respectivas profissões. Mas, para grande consternação dos observadores sensatos, a onda corruptora de costumes já começa a se fazer sentir desde os pri-meiros anos de vida acadêmica, conta-minando a formação moral dos jovens estudantes que sem se perceberem vão absorvendo desde cedo, em virtude da falta de orientação firme e cuidadosa, o vírus destruidor de uma sociedade mo-ralmente em decadência.

Falta aos meios acadêmicos, o verda-deiro espírito universitário, indispensável ao labor construtivo e profícuo de pre-parar os caracteres jovens para o dia de amanhã, esse espírito universitário que se encontra profundamente deturpado pe-las concepções errôneas de uma mentali-dade deplorável.

Um vasto programa de reorganiza-ção social, que deve ser a finalidade pri-macial de todo o governo que se ufane de suas nobres intenções, não pode fal-tar o firme propósito de reformar de ma-neira profunda, as normas reguladoras de nosso ensino, inclusive o superior, no sentido de devolver-lhe o espírito univer-sitário sadio, tão essencial ao desenvol-vimento de ideais nobilitantes, que sem-pre foram os característicos primordiais da juventude acadêmica, com o que se tornará mais suscetível de prognósticos otimistas a árdua tarefa de forma social e moralização dos costumes, se no pre-sente, num futuro não muito remoto.

Publicado em 8 de dezembro de 1955

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Edição de dezembro, lugar de pres-tar contas e renovar votos e propósi-tos para o ano então prestes a nascer. A Razão não tinha contas a prestar, eis que durante todo o ano, tanto quanto desde seu surgimento, manteve linha austera na defesa do Direito e dos di-reitos dos que não dispõem de meios de defender-se da opressão, da espo-liação, da corrupção, da bandidagem de colarinho branco e da bandidagem de bermuda, camiseta e fuzil na mão.

O que nos ofereceu, então? A per-gunta “o que esperar do próximo ano?” Este em que já estamos, é óbvio. E listou sonhos pessoais e coletivos, aspirações à paz e à felicidade, melhorias das con-dições materiais, que ninguém é apenas espírito, e possibilidade de confiança em seus governantes, se eles vierem a comprovar probidade no trato da coisa pública, o que, para tristeza da nação brasileira, ainda está distante.

Citou com segurança que já não havia “mais que se reclamar de risco à estabilidade política, que foi consolida-da, na verdade a um preço muito alto, mas foi.” Ainda assim, resguardado o mandato do presidente da República e com ele a segurança das instituições, que poderia sofrer abalo se a Câmara dos Deputados não tivesse despachado para o próximo ano o julgamento das acusações feitas pela Procuradoria Ge-ral da República, Legislativo e Executivo não se afinam com relação à reforma previdenciária. Votá-la nos últimos dias de 2017 ou na abertura do novo ano legislativo tornou-se discussão mais aca-lorada que a das emendas ao projeto.

De resto, o que mais esperar de 2018? No Brasil é possível prever que a qualquer momento acontecerá algo imprevisível, inimaginável.

Pois é, em outubro teremos eleições. Até lá muitos sorrisos congelados na tela da TV. À medida que se aproximar o Dia D irá aumentando a quantidade de san-tinhos acumulados nas calçadas à espera de um temporal para fechar bueiros e inundar cidades, sempre vulneráveis a chuvas intensas. Como em toda eleição proporcional, haverá candidatos que nem aparecerão no horário gratuito da TV. Como votar neles se não se sabe que estão concorrendo? E talvez esses sejam honestos, e por isso afastados da disputa pelas cúpulas partidárias.

Por fim, esperar para ver o que mais está em baixo do tapete, que sur-presas nos oferecerão as lava-jatos.

Das contas edas esperanças

reflexões

Se você quer transformar o mun-do, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e reali-zar inovações no seu próprio interior. Essas atitudes se refletirão em mudan-ças positivas em seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto.

Tenzin Gyatso

A discrição é a virtude de guardar o que se ouve, de não revelar assuntos que são ou podem ser secretos, evitan-do situações desagradáveis, e até mes-mo desfechos funestos.

Luiz de Souza

Se você não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que va-lham a pena ler ou faça coisas que va-lham a pena escrever.

Benjamin Franklin

Não existe nada tão raro como um homem inteiramente mau, a não ser tal-vez um homem inteiramente bom.

Denis Diderot

Se seu navio não chega, nade até ele.Jonathan Winters

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A RAZÃO12 JANEIRO / 20182018

Os nossos dois ‘eus’Artigos

“ Pensar e refletir sobre a vida e vivê-la são coisas bem diferentes, mas complementares.”

Caruso SamelEscritor, militante da Filial Butantã (SP)

“Uma introspecção nos dois “eus” dentro de um homem esclarece muitas confusões e contradições. Foi nosso entendimento que pre-cedeu à nossa vitória”.

Vernon Howard

Se eu tivesse que responder à pergunta sobre o que é a vida terrena, eu poderia simplesmen-te dizer que é “estar no aqui e

no agora”, realizando o meu projeto de vida de encarnado. Nada mais intuitivo que isso porque o passado já não é mais e o futuro ainda é. E diria, também, que nada é mais verdadeiro que isso, mas infelizmente este conceito não basta. É preciso aplicar, adaptado para a espi-ritualidade, o ensinamento de Sócrates contido na frase: “conhece-te a ti mes-mo”. Por isso, neste artigo, vamos apro-fundar-nos nesses conceitos.

Quando encarnamos, nosso espírito, ou seja, nossa essência espiritual – que é o nosso “eu” real ou verdadeiro, se indi-vidualiza como criatura única, com seus atributos. E, mais que isso, o indivíduo é dotado e passa a dispor de seu livre-ar-bítrio, o que lhe permite pensar e fazer o que bem lhe aprouver, um poderoso ins-trumento que o responsabiliza pelos seus atos. Mas ao se posicionar neste mundo como espírito encarnado ele não está só. Terá que conviver com seus irmãos em es-sência para prover a sua evolução. Ou seja, falando pragmaticamente, ele terá que se relacionar com seus semelhantes

nas mais diversas circunstâncias da vida terrena. Como consequência de sua atu-ação nesse sentido amplo, seu “eu” se exterioriza para enfrentar os desafios da vida comunitária ou, mais precisa-mente, sua vida em sociedade, inician-do-se na vida familiar como ser humano que passou a ser. Então, tão logo ele se joga para o mundo exterior ele passa a dispor de um segundo “eu”, que vamos denominar como seu ego ou seu “eu ex-perimentador”. Este é o “eu” que está vi-vendo a experiência atual no nosso aqui e agora.

Estudos realizados nos Estados Uni-dos demonstraram que o eu experimen-tador (ego) está presente em tudo que realizamos e só se aquieta quando esta-mos sozinhos e serenos, em concentração profunda, em meditação ou em absoluto silêncio. Nestas condições, o eu real ou verdadeiro reina absoluto. Uma corrente de psicólogos denomina esse eu de “eu projetivo”, que estrutura os nossos pen-samentos, olha para o passado e para o futuro, atravessa essa interface e pensa sobre a vida. Esses dois “eus” são ambos comandados pelo nosso espírito, porém o eu experimental ou ego está mais dire-tamente ligado à faculdade do livre-ar-bítrio (voltado para o exterior, para a nossa vida de relação), enquanto o eu real ou projetivo está mais intimamente

associado aos atributos do espírito (vol-tado para o nosso interior) sob a vigilân-cia da nossa consciência.

Desses estudos podemos concluir que pensar e refletir sobre a vida e vivê-la são coisas bem diferentes, porém uma não é mais importante que a outra por serem complementares. Aqui não há an-tagonismo, mas o importante mesmo é sabermos as diferenças de cada “eu” para atendermos às suas demandas, sem deixarmos vitimizar-nos quando se tratar do “eu experimental” ou ego. As-sim, precisamos sempre ponderar sobre cada “eu” e suas diferenças, já que são eles que constroem e consolidam nossos valores nas experiências que vamos ab-sorver da vida. É dessa sabedoria que vamos experienciar ou não a felicidade relativa que esse mundo pode nos pro-porcionar, guiando-nos para um aprovei-tamento real de nossa evolução em cada reencarnação.

Vamos explicar melhor suas diferen-ças sob a ótica da espiritualidade. Esta separação dos dois “eus” no mundo ter-reno deriva da funcionalidade de cada um, pois para alcançarmos uma vida equilibrada precisamos viver as duas vidas, a espiritual e a material. No meu ponto de vista, quanto mais espirituali-zados formos mais reduzimos a distân-cia entre os dois “eus”, até o ponto em que o “eu experimental” não se torne mais necessário, por não precisarmos mais adquirir novas experiências rela-cionais. Neste ponto, enquanto ainda encarnados estivermos, nossa vida se tornará mais serena, mais feliz do que vinha sendo. Em muitos casos, estaremos

quase inteiramente voltados, incons-ciente e conscientemente, para o nosso “mundo interior”. É a chegada da razão pura de nós mesmos, bem como de tudo e de todos que se encontram ao nosso redor.

Nessa linha de pensamento, po-demos imaginar que, quando estamos conversando com outra pessoa, temos quatro “eus” relacionando-se com conhe-cimentos, experiências e interesses dife-rentes envolvidos. Imaginemos, então, em um círculo de pessoas! Daí porque preci-samos de muita cautela, muita atenção e muita compreensão para termos um bom diálogo, respeitando a vez de cada um expor suas ideias para que, ao ouvi-las, possamos chegar ao bom entendimento sobre o assunto em pauta.

Em nosso artigo publicado neste jor-nal sob o título O egocentrismo, em ja-neiro/2014, tratamos do problema do ego, segundo outra vertente psicológica, mostrando que os egocentristas priori-zam os seus desejos em consonância com sua ação centralizadora imersa sobre si mesmos. Aqui, a ênfase que demos foi a de mostrar que o mundo para qualquer pessoa é muito mais ela e menos os ou-tros, estes sempre num papel secundário. Também, deixamos claro, segundo a psi-cologia, que o ego é a instância psíqui-ca que permite que um indivíduo tenha consciência de si mesmo. Nesse sentido, é a consciência que individualiza o “eu”, enquanto sob o ponto de vista da espiri-tualidade é o espírito que caracteriza os três: a consciência e o os dois “eus”.

Continua na página 13.

RÁDIO A RAZÃO

Aproveite para fazer a limpeza psíquica no lar,

acompanhando as irradiações que são transmitidas pela Rádio A Razão às 5h e 7h da manhã, e às 18h e 20h

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A RAZÃO13 JANEIRO / 20182018

Os nossos dois ‘eus’

Outra qualificação, mais clássica, adotada pela psicologia para classifi-car os tipos de ego ou “eu experimen-tal”, também chamado de “eu experien-cial” dos indivíduos, é a de introvertidos e extrovertidos, os primeiros, indivíduos voltados para dentro de si mesmos (self 1) e os segundos, indivíduos voltados para fora de si mesmos (self 2).

A classificação conceitual do self em self 1 e self 2 foi estabelecida por Timothy Gallwey, quem diria, um treina-dor de tênis, nas décadas de 60-70 do século passado, nos Estados Unidos, pio-neiro no movimento da psicologia apli-cada ao esporte e ao mundo corpora-tivo e reconhecido como o fundador do conceito Coaching.

Timothy escreveu vários livros e se tornou, ele mesmo, um destacado coa-ch. Ele notava que jogadores de tênis balbuciavam frases sempre que er-ravam as jogadas, por exemplo: “ora bolas, errei de novo!”; “caramba, como pude fazer essa jogada?” Conversan-do com esses jogadores ele fez a se-guinte pergunta: “com quem você está falando?”. E a resposta quase sempre era a mesma: “estou falando comigo mesmo”. Daí, Timothy procurou entender quem era o “eu” e quem era o “comigo mesmo”. A partir disso ele conceituou o “eu” propriamente conhecido como sen-do o self 1 (introvertido) e o “comigo mesmo” como sendo o self 2 (extrover-tido), classificação essa que é adotada nos procedimentos de Coaching e cujas características foram elencadas no refe-rido artigo de minha autoria. A palavra self (próprio) foi incorporada em nosso vocabulário.

A espiritualidade ao alcance de todosO que é o Racionalismo Cristão

O Racionalismo Cristão é uma doutrina filosófica de caráter espiritualista, esteada no cristia nismo e, de forma objetiva, nos ensina a viver melhor, para obtermos nossa evolução espiritual. A Doutrina valoriza o pensamento, a vontade, a disciplina, o tra-balho, a moral, e não discrimina raça nem tem cor política. Pre-para o ser humano para, consciente de suas responsabilidades, tornar-se útil a si, à família, à pátria e à humanidade.

Rua Jorge Rudge, n° 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJCEP 20550-220 – Telefone (21) 2117-2100

Reuniões às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h30min. às 20h30min.

Visite o Racionalismo Cristão na internetwww.racionalismocristao.net

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Artigos

A RazãoCriança

Leia e recomende

Dias inesquecíveisLília Rodrigues da Silva PaivaPresidente da Filial Belo Horizonte (MG)

Militantes e frequentados da Filial Belo Horizonte do Racio-nalismo Cristão sentiram, em 29 e 30 de setembro, “imensa

alegria e intensa felicidade de rece-ber em nossa Casa a visita do estima-do presidente da Doutrina, Gilberto Silva, e sua esposa, Iraci Ferreira Sil-va”. O casal, recebido no aeroporto de Confins pela presidente da Filial BH e pela colaborada Regina Márcia Gibin, e se hospedou em hotel próxi-mo à Filial.

“À noite, acompanhei o casal, do hotel à Filial, e fomos diretamente para a Sala de Estudos Olga Bran-dão, onde os alunos, militantes e assis-tentes, têm aulas todas as segundas, quartas e sextas-feiras, à tarde. A professora e psicopedagoga Linda-leia Ricoy mostrou ao nosso presidente a metodologia de estudos, com o ma-terial de apoio do Grupo de Estudos enviado pela Casa-Chefe.”

Em seguida, todos se dirigiram à mesa estrado, para as preliminares. Por volta de 19h30min. cheguei com minha mãe para a reunião.

Após presidir a reunião regula-mentar, Gilberto Silva dirigiu breve reunião para homenagear todas as casas racionalistas cristãs de Minas Gerais que fizeram aniversário em se-tembro, incluindo a Filial Belo Horizon-te, que aniversariou no dia 13.

Estiveram presentes à reunião o presidente da Filial Conselheiro La-

faiete, Dr. Albertino de Souza Pereira Filho; Dona Sônia Tocafundo, da Filial Patrocínio; Anderson Vieira, presiden-te da Filial Pirapora; Edson Augusto, presidente da Filial Caeté; Anderson Simões, presidente da casa racionalis-ta cristã de Sete Lagoas. A Casa es-tava superlotada, e algumas pessoas ficaram no salão do piso inferior, onde todos têm acesso ao que se passa no salão principal, por meio do circuito fechado de TV.

Fiz breve discurso destacando a ida do presidente à Filial BH e entre-guei-lhe uma placa em homenagem ao trabalho que vem realizando em todas casas racionalistas cristãs. Por fim, Gilberto Silva fez um pronuncia-mento e encerrou a reunião.

Palestra. No dia seguinte, 30 de setembro, logo pela manhã o presi-dente Gilberto Silva fez palestra sob o tema O Despertar para a Espirituali-dade para grande número e assisten-tes. A nós, militantes, só restou agra-decer profundamente a presença do presidente em nossa Filial.

Ao término da palestra, enquan-to todos se dirigiam para o Salão de Eventos Thereza Costa, onde seria servido o almoço a todas as pessoas que assistiram à palestra, mostramos as obras que foram realizadas na Fi-lial, de agosto de 2016 a setembro de 2017, as externas concluídas e as internas faltando pintura e alguns de-talhes em duas salas de reuniões.

Após o almoço, um descanso para bate-papo. Levei o presidente e espo-sa ao hotel. Ele precisava estar bem

cedo no aeroporto. Então, eu e Regina Márcia Gibin os levamos para o ae-roporto de Confins e nos despedimos.

Este fim de setembro de 2017 certamente ficará marcado para sempre em nossas mentes. Foram dois dias de muita alegria e felicidade para todos nós.

Apenas esperamos ter atendido as expectativas do nosso presidente, por quem temos muito carinho, respei-to e admiração em todos os sentidos. E saiba ele que estaremos aqui, sem-pre a postos, para auxiliá-lo em tudo que for preciso, para o crescimento e o avanço da Doutrina.

Toda a reunião e a palestra foram filmadas pelo diretor de Programas da TV Band Minas, Maurício Mora-es. Assim que a matriz estiver pronta, iremos reproduzir os DVDs, para dis-ponibiliza-os tanto para os militantes quando para os assistentes.

Como dissemos, estas datas mar-caram, mais uma vez, como que gra-vada em mármore, a visita do terceiro presidente do Racionalismo Cristão a Belo Horizonte, pois anteriormente veio Antônio Cottas, na inauguração da Filial, e outras vezes mais. Da mes-ma forma veio Dr. Humberto, para as mais significativas solenidades e festi-vidades. E agora, já por várias vezes, o nosso atual presidente.

Então podemos sentir-nos não só felizes, mas orgulhosos de tão precio-sas visitas à nossa Casa. Agradecemos profundamente ao presidente Gilberto Silva, por nos honrar e nos brindar com sua visita à Filial Belo Horizonte do Ra-cionalismo Cristão.

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A RAZÃO14 JANEIRO / 2018

Hilton Ferreira MagalhãesEngenheiro, professor, assistente do Ra-cionalismo Cristão

A intensa busca por energias al-ternativas para atender a cres-cente demanda no Brasil e no mundo faz com que determina-

dos segmentos de fontes primárias de energias ganhem especial destaque. Com esse panorama, que nos parece inexorável e irreversível, sobretudo de-vido ao clamor dos organismos interna-cionais constituídos por pesquisadores de notório saber nas áreas atinentes às mudanças climáticas e que têm a cola-boração de líderes de grande influên-cia e da própria sociedade, nos coloca numa posição de grande relevância.

A natureza nos privilegiou com uma matriz energética predominantemen-te renovável. Procuramos nesse artigo, com a devida modéstia, fazer comentá-rio sobre o álcool como um importante combustível, que, felizmente, está conso-lidado e perene nos dias de hoje.

O petróleo, uma das mais impor-tantes commodities, é sujeito a flutua-ções no preço do barril, que é determi-nado pelo mercado spot de Rotterdã. Citemos o meado e os meses finais de 2007, quando o barril atingiu a marca histórica de US$ 100. Portanto, em vir-tude desse panorama, o álcool já ad-quiriu posição estratégica importante.

No contexto do mercado mundial, o Brasil é um dos atores principais, senão o

mais importante. As vantagens da cana de açúcar para a produção de etanol no Brasil são inquestionáveis, quando comparado com os maiores produtores mundiais, em face de utilizarem alimen-tos do cardápio humano, como acontece nos Estados Unidos, que fazem uso do

milho como a maior fonte para a pro-dução do etanol, e na Europa, onde se recorre ao trigo e à beterraba.

Segundo a visão de especialistas e estudiosos, a agroenergia no Brasil não tem um perfil de produção que possa concorrer com a de alimentos, repre-

sentando inquestionável vantagem competitiva, evitando, desta forma, reações de outros setores do estrato social, os quais teriam motivos indefen-sáveis para criar barreiras complica-doras para a expansão da produção do etanol. Essa vantagem estratégica se reproduz com relação a outras re-giões do mundo, como Sudeste Asiáti-co e Oceania, sendo que a demanda por alimentos e energia estão em ritmo crescente, muito embora a produção de etanol possa ser obtida por meio de outras culturas, por exemplo man-dioca, sorgo e outras matérias primas.

Outra vantagem competitiva, que também ajuda a consolidar a posição privilegiada do Brasil, é que no nosso território a situação atual da produção de etanol a partir da cana de açúcar é muito superior a qualquer outra tec-nologia comercial para a produção de bioetanol em larga escala no mundo e também em virtude do altíssimo co-eficiente de redução das emissões de gases de efeito estufa.

A título de comparação, a tabela ao lado mostra a relação de energia produzida por energia consumida no caso do etanol de milho nos Estados Unidos, e do etanol derivado do trigo e da beterraba na União Europeia, onde se verifica que é muito inferior ao resultado energético da produção de etanol de cana de açúcar no Brasil.

Continua na página 15

Vantagens competitivas na produção do etanol no Brasil

Eficiência EnErgética por matéria prima

Matéria prima para a produção de etanol

TrigoMilho

BeterrabaCana de açúcar no Brasil

Energia produzida por energia consumida

1.21.3 - 1.8

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artigos

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A RAZÃO15 JANEIRO / 2018

Para reforçar ainda mais o lugar especial que o etanol pode ocu-par, citamos que tanto os Estados Unidos quanto a União Europa

decidiram aumentar em duas a três ve-zes a produção de biocombustíveis, nos próximos anos, sinalizando que esses produtos têm importância estratégica para os maiores consumidores de com-bustível do mundo.

Colaborando com esse panorama, mencionamos que o etanol é uma exce-lente alternativa principalmente como carburante, que existe basicamente sob a forma de álcool etílico anidro carburante (AEAC), que é utilizado como um aditivo que aumenta a octanagem da gasolina, e o álcool hidratado carburante (AEHC), que, por conter um teor d’água em sua composição, tem a sua utilização exclusi-va nos automóveis conhecidos como “car-ros 100% a álcool ou dedicados”.

O álcool combustível pode ser mis-turado também ao óleo diesel, biodie-sel ou utilizado em outras rotas tecno-lógicas, como na célula combustível e na aviação, embora seu uso nesse caso ainda, respectivamente, tem que supe-rar obstáculos técnicos e econômicos, de modo que possa adquirir uma esca-la comercialmente viável. Não constitui redundância frisar a importante rele-vância do etanol para a diminuição dos impactos ambientais, o que lhe concede uma posição de realce no cenário na-cional e mundial, pelas vantagens que possui quanto à redução de emissão de monóxido de carbono (CO), quan-do confrontado com os combustíveis de origem fóssil, contribuindo para a miti-

gação dos gases que aumentam o efei-to estufa, estando, portanto, em conso-nância com os intensos movimentos que, hoje, envolvem todas as nações, como aconteceu na convenção em Bali, há dez anos, que tentou construir uma agenda para a sobrevivência, com qualidade ambiental, para o planeta.

Para o Brasil se vislumbrou uma oportunidade para conquistar grande fatia do mercado internacional com a possível exportação de biocombustível. O desafio é criar, desenvolver e manter

uma matriz produtiva, economicamente viável, sustentável e competitiva no am-biente interno e externo.

A permanente criação de condições mínimas necessárias para que não se corra o risco de a cana de açúcar tor-nar-se uma monocultura, exige atuação conjunta dos setores públicos privado. É uma alternativa a mais para fomentar o emprego e a renda nacionais, sobretu-do para as pequenas comunidades ru-rais, como na sua maioria é a do setor sucroalcooleiro, que tem um perfil ade-quado para se associar, por exemplo, em cooperativas.

As oportunidades estão criadas e o momento é bastante auspicioso para o etanol, e o Brasil não pode deixar de aproveitar essa oportunidade e não

voltar a cometer erros que provocaram a descontinuidade do Programa Nacio-nal do Álcool (Proálcool), lançado em 14 de novembro de 1975, por meio do Decreto presidencial nº 76.593, com o objetivo de estimular a produção de álcool para atender os mercados inter-no e externo, e evitar, mesmo de forma parcial, a dependência da política de preços praticada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Desde essa época, os avanços tecnológicos continuaram até os dias de hoje, e o Brasil detém a suprema-cia na geração e difusão de toda a ca-deia produtiva de açúcar e do álcool da cana. Outro desafio é consolidar o etanol como uma commodity energética na área dos combustíveis. Há obstáculos grandes a serem removidos no ambien-te da Organização Mundial do Comér-cio (OMC), ocorrendo protecionismo das nações consideradas mais desenvolvi-das técnica e economicamente.

Outro obstáculo para a expansão do consumo do etanol no mundo é que o mercado dos combustíveis fósseis é total-mente liberado e o de combustíveis re-nováveis sofre restrições mercadológicas, principalmente, das nações mais desen-volvidas, as quais têm enorme poder de barganha e de veto.

Contrapondo as dificuldades acima registradas no mercado internacional foi o fato de que o Brasil desenvolveu o carro flex, colaborando para incentivar o aumento da produção do etanol, e ga-rantiu escoamento para o mercado inter-no. Citamos também como um aspecto in-teressante para incentivar a indústria da

cana de açúcar, e, por conseguinte, a do etanol, a produção de energia elétrica a partir da biomassa vegetal, em uma escala maior do que é normalmente pro-duzida. Esse setor conta com centenas de milhões de toneladas de bagaço, palha e pontas que ainda são desperdiçados nos processos de queima no campo e na utilização em equipamentos ultrapassa-dos e de baixo rendimento operacional para gerar energia elétrica, como são, na sua grande maioria, as caldeiras.

O grande clamor é: energia ge-rada de fonte limpa e totalmente re-novável, de baixo impacto ambiental, com o tempo de construção pequeno, quando comparado aos empreendi-mentos hidroelétricos de grande porte, frisando-se que pequenas usinas ter-melétricas podem ser construídas mais próximas dos centros consumidores, com o conceito de geração distribuída, que é bastante difundido na América do Norte e Europa.

Mais um aspecto importante da bio-eletricidade é a complementariedade à sazonalidade da energia elétrica de origem hidráulica, podendo ser conec-tada à rede de transmissão do Sistema Nacional de Energia Elétrica, ou seja, os industriais do setor sucroalcooleiro, atuando como autoprodutores, gerando parte de suas necessidades ou tornan-do-se autossuficientes, possibilitando a venda do excedente gerado, auferindo uma renda que pode ajudar a alavan-car o investimento no setor, melhorando o seu retorno. Enfim, as condições neces-sárias e suficientes estão postas e à nos-sa disposição.

Vantagens competitivas...

“ O Brasil desenvolveu o carro flex, incentivando o aumento da produção do etanol, e garantiu escoamento para o mercado interno.”

Artigos

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A RAZÃO16 JANEIRO / 2018

Alberto BarrosMilitante da Filial do Porto

Quando sonhamos temos a impres-são da realidade das coisas, como se estivéssemos acordados. Por exemplo: uma pessoa sonha

com uma mesa, uma paisagem e tem a impressão de que são reais e visíveis como se fossem materiais. Somente ao despertar e lembrar do sonho é que a pessoa percebe que o que sonhou não era real, mas enquanto sonhava a im-pressão era de realidade.

Para que se compreenda melhor a formação dos sonhos, e o porquê da sua falta de lógica, faremos uma compara-ção. Um livro é uma sucessão de folhas escritas e colocadas na devida ordem, para que o leitor interprete devidamen-te o que o autor escreveu. Pois bem, se desfizermos o livro folha por folha e as baralharmos, colocando-as em qualquer ordem, ao tentarmos ler o livro sairão páginas soltas, mas não em ordem e, portanto, as ideias contidas nele não te-rão concatenação lógica.

A pessoa em sonhos pensa, sente e

quer, julgando e atuando nas situações que se lhe apresentam, de acordo com os conhecimentos e experiências adquiridos em sua vida. Isso indica que a memória e o pensamento não descansam de todo, mas trabalham um pouco. Por isso, cada um sonha, em geral, de acordo com os fatos de seu passado e de acordo com o que existe em seu subconsciente.

Acontece que, como a pessoa não conhece muitas das ideias e imagens de seu subconsciente, quando estas lhe apa-recem em sonho, resultam desconhecidas. Diz que sonhou coisas que nunca vira nem pensara, e tem razão, porque desconhe-cia muitas das ideias ou imagens que desde há anos se iam acumulando em seu subconsciente sem que o percebesse.

Entre o consciente e o subconsciente existe uma comunicação que permanece quase interrompida quando a pessoa está acordada, porque então funcio-nam os centros superiores do cérebro. Em

compensação, durante o sono, quando descansam estes centros superiores, es-tabelece-se a comunicação e as ideias ou imagens do subconsciente surgem no espírito da pessoa que sonha.

Muitas vezes, ao despertar, a pes-soa esquece o que sonhou. Dá-se o caso de querer recordar o sonho, o que não consegue, porque quanto mais se esforça mais depressa desperta e mais se rompe o contato com ele, recordando-o menos. Em compensação, se não fizer grande esforço, a pessoa permanecerá meio adormecida e é mais fácil que surja na memória a lembrança do que sonhou.

Geralmente, no instante de desper-tar, lembra-se do que sonhou, mas é comum que se apague imediatamente. Isso acontece quando entram em ativida-de os centros superiores do cérebro e a consciência.

Às vezes sonham-se coisas verdadei-ramente esquisitas e fantásticas, sem que

causem qualquer estranheza a quem so-nhar. Por exemplo, pode-se sonhar que um amigo, advogado, lhe engraxa os sapatos porque é engraxador; que se vai apanhar um automóvel e, logo, este se transforma num avião e voa; que se vive num mundo de anões para os quais se tem que olhar para cima; que alguém se transporta voando por seus próprios meios de um lugar a outro. Embora es-sas coisas absurdas causem estranheza ao acordar, durante o sonho não se dá o mesmo.

Quando uma pessoa sonha que se aborrece com outra que lhe é desco-nhecida, esta simboliza as muitas com as quais, na vida real, teve discussões ou brigas. Pode também dar-se o caso con-trário, ou seja, sonhar com uma pessoa formosa, amável e cheia de boas qua-lidades, que lhe é desconhecida. O que acontece é que essa imagem simboliza recordações agradáveis que teve no tra-to com pessoas na vida real.

Em ambos os casos, o sonho não dá imagem de uma pessoa conhecida em particular, mas sim de um homem ou uma mulher simbólicos.

Os sonhos

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O Racionalismo Cristão desperta o ser humano para a realidade espiritual

Artigos

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A RAZÃO17 JANEIRO / 2018

Ingredientes400 gramas de sal-

mão assado e desfiado (pode ser em lata)

Uma xícara (chá) de batata-doce cozida

Um ovo grandeMeia xícara (chá)

de farinha de amêndoaDuas colheres (sopa) de salsa

(ou salsinha) picadaDuas unidades de cebolinha

(francesa ou cebolete) em rodeli-nhas

Uma colher (chá) de molho de pimenta picante

Meia colher (chá) de pápricaUma colher (chá) de sal Um quarto de colher (chá) de

pimenta-do-reinoDuas colheres (sopa) de óleo de

coco (para untar)Meio limão

Modo de preparoEm uma tigela, junte todos os in-

gredientes (exceto o óleo de coco). Misture bem e molde os bolinhos. Coloque em uma assadeira forra-da com papel-manteiga untado com o óleo de coco. Achate os bo-linhos até ficarem com 2,5 cm de altura, aproximadamente. Asse por 10 minutos no forno preaquecido a 220º. Vire-os com uma espátu-la e leve novamente ao forno até dourar. Sirva com gotas de limão e molho tártaro.

ObituáriO

Anezia Leite Moura Tezotto, 76

Faleceu em 14 de junho de 2017, aos 76 anos de idade, a militante da Filial Sorocaba (São Paulo) do Raciona-lismo Cristão Ane-zia Leite Moura Tezotto. Nascida em 20 de maio de 1940, na cidade Sorocaba, conheceu a Doutrina ainda criança e nunca mais deixou de frequentá-la. A maioria de seus familiares é ou foi militante, inclusi-ve sua mãe, a Sra. Francisca Xavier de Marins, que, em 2008, foi homenagea-da por ocasião da inauguração da Sala das Crianças, que recebeu seu nome. Anezia era querida por todos. Militante de uma dedicação ímpar, cumpridora de seus deveres, exerceu praticamente todas as funções dentro da Filial Soro-caba, inclusive doutrinando por aproxi-madamente 20 anos. Portadora de um conhecimento raro, e em todas as suas doutrinações sempre procurava enfati-zar com seu modo de falar: “Belíssima doutrina é o Racionalismo Cristão”.

Anezia Leite de Moura Tezotto deixou saudades, mas também ensina-mentos e o registro da certeza da sua grande felicidade por ter em vida físi-ca dedicado anos em prol do Raciona-lismo Cristão e ter contribuído para o esclarecimento da humanidade.

Colaboração de Hélio Aparecido Silvério, militante Filial Sorocaba (SP)

FOrnO e FOgãO

Maria Tereza Gomes, Secretária da Casa-Chefe

Bolinho de salmão

Sorvete de milhoIngredientesUma lata de Leite condensadoIgual medida (da lata) de leiteUma lata de creme de leiteUma lata de milho verde escorrido (200 g) Modo de Preparo

A receita de sorvete de milho verde começa assim: Em um liquidi-

ficador, bata todos os ingredientes. Passe por uma peneira e coloque em um recipiente.

Leve ao freezer, coberto com filme plástico, por cerca de quatro horas. Retire do freezer e bata no-vamente no liquidificador. Retorne ao freezer por cerca de mais qua-tro horas ou até endurecer.

Sirva.

Artigos

Isaura de CarvalhoSupermercado CometaPraça da Bandeira, 85Tel.: (21) 2273-0496Aceitamos todos os cartões de crédito e ticketsEntregamos em domicílio

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Carnes daas melhores procedências.Preços imbatíveis.

Há 30 anos o melhor galeto do Rio

Faleceu em 19 de setembro de 2017 a Sra. Isaura Rodrigues de Carvalho, ex-militante da Fi-lial São Gonçalo e mãe da nossa companheira Léa de Almeida Carvalho Menezes.

Dona Isaura inscreveu-se como militante do Racionalismo Cristão nes-ta filial em 1980, e mais tarde se trans-feriu para a Filial Cabo Frio, por ter ido residir naquela cidade com a famí-lia. Juntamente com o marido, Evaldo Mourão de Carvalho, colaborou inten-samente com os trabalhos realizados, com assiduidade, responsabilidade e amor à nossa Doutrina.

Valdirene MagalhãesMilitante da filial Mirassol (SP)

Quando as pessoas chegam às casas racionalistas cristãs têm acesso à espiritualidade e vão conhecendo-se como Força e

Matéria, corpo e espírito. Passam a as-similar as leis universais e as leis espiri-tuais, entre elas a lei de causa e efeito.

O Racionalismo Cristão afirma que por tudo que nós fizermos ou simples-mente pensarmos seremos os respon-sáveis. Não é por medo de ser res-ponsabilizadas, ou para ter privilégios nas benesses, que as pessoas passam a ser frequentadoras das reuniões públi-cas de limpeza psíquica ou se tornam simpatizantes, seguidoras e pratican-tes desses ensinamentos, tornando-se, muitas vezes militantes do Racionalismo Cristão, mas por sentirem o despertar para a espiritualidade.

Essas pessoas sentem bem-estar em praticar e fazer o bem. A sua sintonia se modifica automaticamente. Todas as suas vibrações se transformam. E, mesmo que passem por contratempos e contrariedades, tornam-se aptas a encontrar soluções mais precisas e co-erentes para os seus problemas. Criam condições maiores de aceitação, não de conformismo, desistência ou desolação. Tornam-se pessoas resilientes, amoldan-do-se às situações que as rodeiam, con-trolando assim os agentes que causam estresse, vivendo plenamente sua vida espiritual neste estágio material.

Espiritualidade à espera dos visitantes do RC

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A RAZÃO18 JANEIRO / 2018

Clecy RibeiroJornalista, professora das Faculdades Integradas Hélio Alonso, RJ

Chavão! O que o futuro nos reserva neste ano novo de 2018? Chavão! A esperança de dias melhores. O ano chega com uma sensação de

continuidade, aliada à perspectiva de ajustes ou abalos, que acompanha, na surdina ou já flagrante, o efeito de de-cisões governamentais, acontecimentos previsíveis ou imprevistos, enfim, situações inerentes à vida do homem neste planeta de aprendizado. São momentos de indig-nação – e de esperança.

Há cientistas políticos que, face à perda de apoio social a democracias ocidentais consolidadas, temem um pro-cesso de desconstrução do sistema. Há tempos, os partidos políticos deixaram de representar o cidadão. Distancia-mento, descrédito, corrupção, indignação nada têm com o exercício real da demo-cracia. A quantos países cabe a carapu-ça? Para os habituados a líderes fortes, a continuidade é fato: Vladimir Putin, reeleito na Rússia; Xi Jinping, na China, com uma concentração de poder jamais vista desde Mao Tsé-tung. Por seu mérito, ou não, World Economic Forum coloca a China no rumo da Quarta Revolução In-dustrial, com liderança em energia solar. Acompanham os indianos, com a marca ‘made in India’, em indústrias-chave como automotiva e aerospacial.

Na Europa, o clima é de nacionalis-mo, anti-imigração, controle de fronteiras, resistência a uma globalização já consu-mada. O povo segue o dinheiro. Depois de Grécia e Portugal, persiste a tendên-cia à bancarrota, culpa da moeda única. Chipre pode ser o próximo. O euro vai manter-se ou sucumbir? Numa Alemanha cansada da política da premier Merkel, o caos político (dissensões na coligação) enfraquece o governo. Hoje, quase um quarto da população alemã é de estran-geiros, gerando mais e mais tensões, por causa da partilha de benefícios.

Em Downing Street, Theresa May

(também enfraquecida) enfrenta ne-gociações arrastadas sobre o Brexit (saída da União Europeia), pressões diretas por parte da ala direita do Partido Conservador (os amotinados) e sua exigência para apressar o proces-so, a fim de tornar a Grã-Bretanha “um país plenamente independente, quan-do da próxima eleição”. Mas o outro lado mudou de tom, tanto mais quanto a UE também deu seu ultimato: 60 bi-lhões de euros como parte do acordo de saída. Há quem fale em reverter a decisão britânica, fruto de referendo, entre eles o ex-embaixador na União Europeia, Lorde John Kerr. A se consu-mar ou não, o Brexit já causou danos à economia britânica e impacienta à comunidade de negócios, sobretudo as empresas com operações no exterior. Também a Irlanda do Norte, com seu pequeno partido aliado a May, exige igualdade de tratamento, sobretudo no comércio interno do Reino Unido.

“Até Trump, o Brexit era a única coisa mais estúpida que um país ja-mais provocou”. Palavras recentes de Michael Bloomberg somam-se a ditos nada lisonjeiros sobre o espalhafatoso presidente americano, fiel à bizarra (e perigosa) política de esticar a corda para ver quando e onde rompe. Como na Ásia (Coreia do Norte nuclear) e Oriente Médio (reconhecimento de Je-rusalém como capital israelense, ou o “beijo da morte”, segundo alguns, na solução do conflito com os palestinos). Incômoda declaração (em Medium), também recente, do senador republica-no John McCain, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, aler-ta para a erosão constante da ordem liberal mundial. “Aqui em casa, nossas próprias instituições caíram vítimas da ordem em declínio... Em Washington, reina o caos político. Polarização e partidarismo levaram à paralisação”. Afronta Trump: “Nosso presidente vê virtude em sua imprevisibilidade e prefere tweets desinformados a estra-tégias intencionais...”

Enquanto Trump esbraveja e tumultua a política externa, o Irã, mansa e agil-mente, cultiva influência política e militar no Oriente Médio, às custas dos sauditas. Já “ganhou” o Líbano, está “ganhando” Síria e Iraque e “drenando” os sauditas no Iêmen, em guerra nevrálgica, que co-meçou com um levante popular contra a corrupção e levou o país de roldão. Até hoje, e sabe-se lá até quando.

Dependência. Para os africanos, continua a dependência de doações ex-ternas. Recursos para isto ou contra aqui-lo desviam atenção e meios de enfrentar corrupção e pobreza. O desenvolvimen-to urbano parece enterrado na política vigente. De Gâmbia parte uma esperan-ça na democracia: Adama Barrow, vito-rioso em eleição contra um ditador há 22 anos no poder. Com o voto da juventude.

Na América Latina, o impacto da era digital atinge em cheio o espaço emprego/trabalho. Ninguém fica de fora na reforma trabalhista em curso. Que, no Brasil, incide nas grandes ci-dades, que o resto nem conta. Espe-cialista no assunto, Matthew E. Car-nes (Universidade de Georgetown) descortina três realidades na região. Primeiro, as torres, abrigo de bancos, empresas de advocacia e consultoria

financeira. “Representam um segmento altamente qualificado da economia, de rendas altas e ritmo dinâmico, mas um nicho que constitui menos de 10% de todo o emprego”. Segundo: a indús-tria, manufaturas e agronegócios. Suas diversificadas instalações de produção testemunham longas horas de tarefas repetitivas, a cargo de trabalhado-res egressos das zonas rurais. Deixa-das para trás, as famílias continuam a desempenhar atividades tradicionais, alvo de dispensa, redução de meios e custos, mercê das novas tecnologias. De 20% a 40% da força de trabalho.

“Entre esses dois mundos, oculto em cada espaço desocupado, está o maior segmento da mão de obra”. De 40% a 60%, constata Carnes. São os peque-nos comércios familiares, ambulantes, camelôs – de tudo um pouco -, mais os provedores de serviços, como cabelei-reiros, lavanderias ou quaisquer outras formas. Altamente heterogêneo, não é oficialmente registrado, não paga im-postos nem recebe benefícios. “Infor-mal, inexiste”. Bastaria para explicar tensões e a grita popular – contra o status, contra a reforma sugerida.

O Brasil caiu na armadilha da des-qualificação, mesmo porque se ressen-te da base: saúde e educação. Anne Vigna, jornalista do Diplo, presente ao último Fórum de Porto Alegre, constata como objetivo da direita emergente, visando às próximas eleições: “limpar as cavalariças de Áugias”. Expressão que se refere ao rei de Élida, cujos es-tábulos, 30 anos sem limpeza, deman-daram de Hércules desviar dois rios, Alfeu e Peneu, e inundá-los. O esterco molhado semeou a terra.

Dentre muitos, nomes de todo o mundo – estrategistas, visionários, ba-luartes da democracia –, o juiz Sérgio Moro integra a nova lista de Foreign Policy de pensadores, ou repensado-res, como prefere intitular. 2017, con-siderado um ano de avaliação e con-fronto com novas realidades, lega a 2018 seu espírito: reformular.

Entre mudar ou continuar

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Juiz Sérgio Moro

Comentário internacional

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A RAZÃO19 JANEIRO / 2018

Dia 1Filial Tatuí – 63º aniversário da ascensão a FilialSede – Rua Martiniano Azevedo, 39Tatuí, São Paulo, BrasilPresidente – José Nanni Neto

Dia 2Filial Bebedouro – 34º aniversário da ascensão a FilialSede – Praça Abílio Alves Marques, 121, Centro Bebedouro, São Paulo, BrasilPresidente – Rosa Della Valentina de Campos

Filial Espargos – 21º aniversário da fundaçãoSede – Bairro Novo 2, Ilha do SalEspargos, Cabo VerdePresidente – Manoel Santos

Dia 3Filial São João de Meriti – 58º aniversário da fundação e 53º da nova sede e da ascensão a FilialSede – Rua São Pedro, 117, CentroSão João de Meriti, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Madalena Lobo Ribeiro da Costa

Filial Florianópolis – 82º aniversário da ascensão a Filial e 16º aniversário da nova sede (19/1/2002)Sede – Rua Delminda Silveira, 665, AgronômicaFlorianópolis, Santa Catarina, Brasil Presidente – Vilson Edio Pereira Vieira

Correspondente Carolina – 104º aniversário da fundaçãoSede – Praça Alípio Carvalho, 1.465, Carolina, Maranhão, Brasil Presidente – Maria Augusta de Medeiros Britto

Dia 5

Filial Santa Efigênia – 26º aniversário da fundaçãoSede – Rua Benjamim Quadros, 274, Paraíso, Santa Efigênia Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil Presidente – Umbelina Maria dos Santos GuimarãesPresidente em exercício -Ângela de Fátima Guimarães

Dia 6

Filial Cabo Frio – 11º aniversário da nova sedeSede – Rua Omar Fontoura, 641, BragaCabo Frio, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Wilson Bernardo da Silva

Filial Várzea Grande – 34º aniversário da ascensão a FilialSede – Avenida Castelo Branco, 929Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil Presidente – Gelmo Corrêa Ribeiro

Dia 7Correspondente Praia Branca – 26º aniversário da nova sede Sede – Praia Branca, Concelho do TarrafalIlha de São Nicolau, Cabo Verde Presidente – Joaquim Jorge Spencer

Dia 9Filial Aveiro – 23º aniversário da ascensão a FilialSede – Rua da Bela Vista, 59, Cabo Luís, Esgueira 3.800, Aveiro, PortugalPresidente – Ernestina Fernandes Marques Bastos

Correspondente Capão do Leão – 26º aniversário da fundaçãoSede – Rua Rui Barbosa, 318 Capão do Leão, Rio Grande do Sul, BrasilPresidente – Clair Gonçalves Maiche

Dia 11

Filial Miracema – 97º aniversário da ascensão a filialSede – Praça Bruno de Martino, 20 Miracema, Rio de Janeiro, BrasilPresidente – José Roberto Gonçalves Filho

Dia 13Filial Cachoeiro de Itapemirim – 34º aniversário da ascensão a FilialSede – Rua Anacleto Ramos, 25/27, FerroviáriosCachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, Brasil Presidente – Nelcino Bittencourt de MirandaPresidente em exercício – Antonio Carlos de Carvalho

Dia 15Filial Neves Paulista – 79º aniversário da ascensão a Filial Sede – Rua Floriano Peixoto, 274 Neves Paulista, São Paulo, Brasil Presidente – João Viscardi

Correspondente Volta Redonda – 16º aniversário de fundação Sede – Rua Vereador Francisco Evangelista Delga-do, 360 , São Lucas Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Osvaldo Hélio Cardoso

Dia 19Filial Nova Lima – 77º aniversário da fundaçãoSede – Rua da Liberdade, 62, CascalhoNova Lima, Minas Gerais, BrasilPresidente – Miguel Alcanjo LopesPresidente em exercício – Sônia de Souza Coelho

Dia 20Filial Avenida de Holanda – 33º aniversário da nova sedeSede – Avenida de Holanda s/n, Mindelo, Ilha de São Vicente, Cabo VerdePresidente – Antonio Simas de Oliveira Vera-Cruz

Dia 22Filial Nilópolis – 40º aniversário da nova sedeSede – Avenida Mirandela, 1.580Nilópolis, Rio de Janeiro, BrasilPresidente – Moysés Calixto da Rosa

Dia 24Filial Niterói – 90º aniversário da fundaçãoSede – Rua Visconde de Sepetiba, 468, Centro

Niteroi, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Amílcar Muniz Guedes

Dia 25

Filial Campo Grande –21º aniversário da nova sedeSede – Estrada do Campinho, 190, Campo GrandeRio de Janeiro, RJ, Brasil Presidente – Nelson Pinheiro Correspondente Lombo – 10º aniversário da fundaçãoSede – Lombo, MindeloIlha de São Vicente, Cabo Verde Presidente – Inês Maria do Nascimento

Dia 26108º Aniversário do Racionalismo Cristão

Filial Santos – 108º aniversário da fundaçãoSede – Avenida Ana Costa, 67, Vila MatiasSantos, São Paulo, BrasilPresidente – Jorge Alexandre Fares Correspondente Vitória da Conquista – 9º aniversário da fundaçãoSede – Rua Sifredo Pedral Sampaio (antiga 10 de Novembro), 515, Bairro RecreioVitória da Conquista, Bahia, Brasil, Presidente – Teresa Cecília Prates Santana

Correspondente Chã de Alecrim – 1º aniversário da fundaçãoSede – Apartado, 449Mindelo, Ilha de São Vicente, Cavo Verde Presidente – Pedro Nascimento Monteiro Rodrigues

Dia 27

Filial Sete Lagoas – 22º aniversário da fundação e 20º da ascensão a Filial (17/1/1998)Sede – Rua Monte Carmelo, 348, São JoãoSete Lagoas, Minas Gerais, BrasilPresidente – Anderson Simões de Alvarenga

Dia 30

Filial São Gonçalo – 19º aniversário da nova sedeSede – Rua Salvatori, 48São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Lucy Gonçalves da Costa

Dia 31

Filial Achada de Santo Antonio – 24º aniversário da fundaçãoSede – Achada de Santo AntonioIlha de Santiago, Cabo Verde Presidente – Cláudio Inocêncio NevesPresidente em exercício - Silvestre José Barbosa Mendes Filial Ilha de Santo Antão – 19º aniversário da nova sedeSede – Vila das Pombas, Vicente do PaúlIlha de Santo Antão, Cabo VerdePresidente – Feliciano Domingos do Rosário

Comemorações e solenidades em casas racionalistas cristãs em janeiro de 2018

Eventos

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A RAZÃO20 JANEIRO / 2018

Artigos

Cláudio MagalhãesProfessor, orientador educacional e con-selheiro da Filial Itaquaquecetuba (SP)

É sempre oportuno relembrar os grandes fatos que a história da humanidade registra, como a data de nascimento de Luiz

de Mattos, 3 de janeiro de 1860. Esse grande benfeitor e humanista, cujos en-sinamentos são sempre atuais, ao co-difi cador a escola fi losófi ca do Racio-nalismo Cristão, legou a todos nós um código de conduta exemplar. Se postos em prática, seus preciosos ensinamentos levam o ser humano a ter uma vida mais feliz, harmônica e com excelente quali-dade baseada sempre nas leis natu-rais e imutáveis que regem o Universo. Importante livro a Casa-Chefe publicou com o título Luiz de Mattos, sua vida, sua obra, de autoria do biógrafo Galdino Rodrigues de Andrade.

Luiz de Mattos, notável cidadão por-tuguês, embarca ainda jovem para o Bra-sil e, na cidade de Santos (SP), encontra um futuro promissor, tornando-se estimado por todos, por sua correção moral, e um vencedor nas atividades comerciais que desenvolvia junto à praça cafeeira no Es-tado de São Paulo.

Nos negócios com o café nada era feito sem consulta a Luiz de Mattos, que emitia parecer brilhante graças a sua competência e dedicação ao trabalho, com muita simplicidade, o que lhe permitiu ganhar fortuna.

Autodidata que colaborou em diversos jornais de Santos, com seu espírito abolicio-nista e de convicção republicana, sempre

defendendo os fracos e oprimidos, ocupou honrosos cargos, como presidente da So-ciedade Portuguesa de Benefi cência de Santos e vice-cônsul de Portugal em Santos, proporcionando exemplos edifi cantes.

Em seus momentos de folga, Luiz de Mattos era sempre visto lendo obras de Voltaire, Camões, Antonio Vieira e outros, sendo também um amante da natureza. Esteve sempre rodeado de amigos e de bons livros.

A professora Maria Thomazia, espo-sa de Luiz de Mattos, foi importante na educação dos seus fi lhos por ser pessoa de nobres sentimentos e pelos fortes laços de união conjugal e entendimento mútuo que uniam o casal.

Sendo uma pessoa admirada, com-petente, de grande projeção social e cultural, esteve próximo aos homens mais ilustres da nacionalidade brasileira, in-gressou na Maçonaria e se tornou o re-presentante de sua loja no Grande Orien-te do Brasil .

Ao codifi car o Racionalismo Cristão, Luiz de Mattos se desligou da Maçonaria para se dedicar totalmente à implanta-ção desta escola fi losófi ca que, ao dizer a verdade, consola, educa e espiritualiza todos aqueles que desejarem, além de promover a limpeza psíquica, que liberta milhares de pessoas da perturbação e do assédio dos espíritos do astral inferior.

Sempre bondoso e afável, Luiz de Mattos foi um chefe de família exemplar, estremado pai que acompanhava de perto a conduta dos fi lhos.

Um encontro feliz de dois espíritos de-dicados à vida espiritual, Luiz de Mattos e Luiz Thomaz encontraram as verdades

espirituais num casebre humilde onde foi ensaiado o seu mergulho nas profunde-zas do psiquismo e a vasta pesquisa no campo da espiritualidade para codifi car o Racionalismo Cristão.

Uma data meritório foi 24 de dezem-bro de 1912, quando foi inaugurada, na cidade do Rio de Janeiro, a antiga Casa-Chefe do Racionalismo Cristão, que hoje abriga uma obra benemerente e é cha-mada de Solar Luiz de Mattos.

Outra data importante foi a funda-ção do Jornal A Razão, 19 de dezembro de 1916, reunindo o que de melhor exista entre os jornalistas e que se fi rmou no con-ceito público dando sempre o direito de resposta a todos.

Sempre na defesa da questão social, Luiz de Mattos lutou pela jornada de tra-balho de oito horas, casa própria para empregados, sistema previdenciário, en-tre outros benefícios.

O falecimento de Luiz de Mattos, em 15 de janeiro de 1926, deixou um enor-me vazio e seus amigos afi rmavam que o exemplo de excessiva bondade e con-descendência seria sempre lembrado por todos e que a grande obra de Luiz de Mattos se expandiria mundo afora como de fato aconteceu.

E hoje a Casa-Chefe continua a obra de Luiz de Mattos aos quatro cantos do planeta e pelas mídias sociais, compro-vando que a morte não interrompe a vida e que as verdades espirituais do Raciona-lismo Cristão são o caminho de luz a ser seguido por todos que desejam a verda-de da espiritualidade, estimulando o viver correto, melhorando sua vida para maior evolução espiritual.

Luiz de Mattos, vida e obra

“ Se postos em prática, os ensinamentos de Luiz de Mattos levam o ser humano a ter uma vida mais feliz.”

Atendimentopersonalizado

A Casa-Chefe do Ra cio-nalismo Cristão mantém um ser-viço de atendimento pessoal ao público, às quartas e sextas-fei-ras, das 16h30min. às 17h30min., e aos sábados, das 9h às 10 ho-ras, com a fi nalidade de prestar esclarecimentos sobre a Dou trina e orientação para problemas existenciais.

Casa-Chefe: Rua Jor ge Rudge, 119, Vi la Isa bel, Rio de Ja neiro, Brasil. CEP: 20.550-220 - Telefo ne (21) 2117-2100

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A RAZÃO CRIANÇAPÁGINA 1 JANEIRO / 2018

f sairéChegou o momento mais esperado do ano: as férias!

O resto deixe para outro dia.

Curta bastante.Assinale, com um X bem grande, o que tem a ver com as férias.

E aí, já sabe como vai aproveitar o tempo?

Veja na páginacoisas

que podem ser feitas durante

as horas livres.

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Os corredores dão 25 voltas em um cabo de vassoura e correm de costas até a linha de chegada. Quem chegar primeiro vence.

Colocam-se cadeiras em círculo, cada participante senta, sendo que uma criança é destacada para dirigir o jogo. O dirigente da brincadeira grita: “já!” Todos levantam e andam em roda das cadeiras. O dirigente retira uma cadeira. À voz de “já!”, todos procuram sentar. Quem ficar sem lugar comandará a nova volta. Assim, as cadeiras vão sendo retiradas e o grupo vai diminuindo. Será o vencedor aquele que conseguir sentar na cadeira ao último comando.

Variante: As cadeiras são dispostas em duas fileiras (de costas uma para a outra). As crianças sentam nas cadeiras e uma fica responsável por ligar e desligar o rádio e também por retirar as cadeiras. Quando o rádio for ligado, as crianças circulam pelas cadeiras. Quando o rádio for desligado, as crianças sentam. A cada parada vai sendo retirada uma cadeira. Quem fica sem cadeira cai fora. É considerado vencedor o participante que conseguir sentar na cadeira, na última disputa.

Esconde-escondeA criança tem de esconder-se e não

ser encontrada. O participante que deve-rá procurar os demais elementos do gru-po deve permanecer de olhos fechados e contar até 10 para que todos tenham tempo de se esconder. Após a contagem, a criança sai em busca dos amiguinhos que estão escondidos. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar to-dos os escondidos e correr para a base.

Um participante esconde um objeto, enquanto os outros fecham os olhos. À voz

de pronto, as crianças saem a procurar. O que escondeu o objeto vai

alertando, conforme a distância que estiverem do esconderijo: Está quente (quando

próximo), Está frio (quando distanciado), Está queimado (quando bem perto).

Quem encontrar o objeto será o encarregado de escondê-lo na repetição da brincadeira.

Fonte: Blog Brasileirinhos (https://brasileirinhos.wordpress.com/brincadeiras/)

Sem inspiração para brincar nestas férias? Deixe o celular, o tablet e a TV de lado, chame os amigos e vamos brincar de...

brincadeirasJANEIRO / 2018

A RAZÃO CRIANÇA2

Quente e frio

ança da cadeira

Corrida ao contrário

Hoje em dia, é preciso saber falar às crianças e aos jovens, em razão dos maus exemplos que se ob-servam à volta deles. É necessário afastar meninos e meninas, e a mocidade em geral, dos maus hábi-tos, chamando sua atenção com carinho para os riscos das más companhias, a fim de que depositem a máxima confiança nos pais. Não o pai austero de que venham a ter medo, mas o pai amigo. Não a mãe ranzinza que traz desassossego com seu mau humor, mas a mãe carinhosa e conselheira com quem se abram, contem o que acontece na escola com os colegas e professores, nada escondendo. Se tal acom-panhamento não for feito, cedo ou tarde irão seguir pelo caminho errado. Para que nada escondam, é preciso que tenham confiança nos pais. E só terão confiança nos pais se deles receberem bons exem-plos, tornando-se seus melhores amigos.”

Luiz de Mattos

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P W E R H P J KI S L O N A O LC D S F I L T GA V A Q J H R LD B D X R A E ÇE M A Z T Ç W UI C I R C O S TR P P U Z T D RO S H Y P R G EC A R T O L A W

Respostas: picadeiro, piadas, lona, circo, cartola e palhaço.

MÁGICA

No dia 31 de janeiro, comemora-se o Dia Mundial do Mágico. Vamos encontrar no diagrama ao lado palavras que têm a ver com essa profissão, que diverte crianças e adultos.

O paraíso...

“O amor precisa ser uma solução, não um problema. Toda a gente me diz: o amor é um problema. Tudo bem. Posso dizer de outro modo: o amor é um problema mas a pessoa amada precisa ser uma solução.”

(O paraíso são os outros, Valter Hugo Mãe.)

JANEIRO / 2018A RAZÃO CRIANÇA

3

Passatempo

Esta

mo

s em

A mãe do Joãozinho estava a conversar com uma amiga e dizia-lhe:

– O meu Joãozinho gosta muito de dançar e de cantar. Quando for grande quer dedicar-se a uma destas duas coisas.

Diz a amiga:– Então acho que devia

dedicar-se à dança.– Porquê? Já o viste a

dançar?– Não. Mas já o ouvi a

cantar!

Fonte: muitobacana.com

Horrível!

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JANEIRO / 2018A RAZÃO CRIANÇA

4

Clarice Lispecto

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passa-va de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para nin-guém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quan-do a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um ins-tante ainda vacilou - o tempo da cozinheira dar um grito - e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e cons-ternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer espo-radicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgên-cia outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De te-lhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mes-ma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto

o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para

nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi pre-sa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violên-cia. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos rou-cos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpre-endida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois,

nascida que fora para a ma-ternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, res-pirando, abotoando e desabo-toando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, sole-vava e abaixava as penas, en-chendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu

a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

- Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem!

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentan-do seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olha-vam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém aca-riciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

- Se você mandar matar esta galinha nunca mais come-rei galinha na minha vida!

- Eu também! - jurou a me-nina com ardor. A mãe, cansa-da, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colé-gio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quan-do ainda se lembrava: “E dizer que a obriguei a correr naque-le estado!” A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas, quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, res-quícios da grande fuga - e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recor-tara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não can-taria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho - era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.

Conto publicado no livro Laços de Família, Ed. Rocco.

Uma galinha