jornal do povo zona norte 6ª edição

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n Página 3 n Página 13 ZONA NORTE Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012 1,00 Ano I - Edição 006 Edinho quer um basta no abuso moral Macapá está de berço O laudo da Polícia Técnica sobre a causa da morte do universitário Ramon Vasconcelos e Silva, 21, está previsto para sair a partir de se- gunda-feira, 06. Com ele, a polícia deverá indiciar os envolvidos no crime, segundo delegada. n Página 9 CASO RAMON: ENVOLVIDOS SERÃO INDICIADOS n Página 8 DENÚNCIA DE MECÂNICO FAZ DIRETOR DO IMAP “DANÇAR” DO CARGO ANUNCIE GRÁTIS Nome: Deixe aqui seu anúncio com até 3 linhas de texto, recorte e entregue no ponto de venda do jornal. Telefone: Anúncio: n Página 10 BATE E REBATE Jucap fala sobre denúncia de estelionato empresarial Durante esta semana, a Jucap, foi alvo de denúncia sobre possível fa- vorecimento de estelionato empresa- rial. Em defesa do órgão, o advogado Edson Lopes, rebateu as acusações e afirmou que a Jucap agiu dentro dos parâmetros legais. ESPECIAL POLÍTICA

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Jornal do Povo Zona Norte 6ª Edição

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Page 1: Jornal do Povo Zona Norte 6ª Edição

n Página 3

n Página 13

ZONA NORTE

Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

1,00

Ano I - Edição 006

Edinho quer um basta no abuso moral

Macapá está de berço

O laudo da Polícia Técnica sobre a causa

da morte do universitário Ramon Vasconcelos e Silva, 21, está previsto para sair a partir de se-

gunda-feira, 06. Com ele, a polícia deverá indiciar os envolvidos no crime,

segundo delegada.n Página 9

Caso ramon: envolvidosserão indiCiados n Página 8

denúnCia de meCâniCo faz diretor do imap “dançar” do Cargo

anUnCie grÁtis

Nome:

Deixe aqui seu anúncio com até 3 linhas de texto, recorte e entregue no ponto de venda do jornal.

Telefone:

Anúncio:

n Página 10

BATE E REBATE

Jucap fala sobre denúncia de estelionato empresarialDurante esta semana, a Jucap, foi alvo de denúncia sobre possível fa-vorecimento de estelionato empresa-rial. Em defesa do órgão, o advogado Edson Lopes, rebateu as acusações e afirmou que a Jucap agiu dentro dos parâmetros legais.

ESPECIAL

POLÍTICA

Page 2: Jornal do Povo Zona Norte 6ª Edição

Uma cidade amanhe-ceu em festa pelas ban-das do extremo norte do Brasil. No mapa, um pedaço pequeno de terra no topo do país. Macapá, de frente pro rio das Amazo-nas surgidas do de-vaneio de Orelana. Pele morena resfria-da por água barrenta. De cima, da janela do avião, asfalto traçado em meio a luzes. Sauda-de de quem vai, satisfação quando se vem. Vontade de beijar o chão quan-do te sinto novamente sob meus pés, minha terra. És tão pequena se comparada a outras, mas elas são tão frias, não têm este calor que nos acolhe, não têm esta orla de fim de tarde onde pode-mos escolher entre correr e beber. Apreciar as pancadas do rio contra o concreto que de vez em quando encharca um ou outro.

Sentir esse teu calor de 36 ou um frio repentino depois da chuva forte imprevista e entender que teu clima não tem nada definido. Passear pelo teu centro de poucas ruas que até algumas décadas não passavam de igapó. Lembrar que

al-g u -

mas pra-ças de hoje, antes

eram somente descampados onde o futebol de fim de tarde era sagra-do. Hoje são somente lembranças por trás de prédios novos. Esqui-nas que mudaram com o tempo. Casas que não existem mais, paisagens que se foram. Amigos que se foram. Estás mudada terra minha. Já não vejo mais as antigas vendas onde comprava frações de

arroz, feijão e açúcar, embalados com uma maestria fantástica. Manteiga colocada em papel. Ir ao mercado

domingo comprar jornal, de bicicleta e fazer o trajeto todo sem ouvir uma bu-zina. Comprar leite cedinho na fazen-da do velho Muca, sentindo o cheiro de capim. Onde tudo isso foi parar?

Onde está a água cristalina e fria das

ressacas onde aos fins de tarde se podia

ver as garças? Paisagens que não voltam mais, levadas

pelo progresso. Mas continuas linda, mesmo assim, modificada. Teu povo, seja o nascido aqui ou o que te escolheu para viver, hoje te parabeniza. Macapá, terra ado-rada entre outras mil, és de longe a mais amada neste norte do Brasil. Que teus 254 anos se projetem em tantos outros para que futuras ge-rações testemunhem teu progres-so nestes lados do país onde o céu é mais azul a nossos olhos, onde o sol que se acende nos mostra tuas belezas sem igual. És única terra minha. És minha, terra única.

O c a p í t u -

lo final se deu apenas na última

quinta-feira, mas a novela pela saída do técnico Vanderlei Luxemburgo foi longa. Com um mês de duração, o técni-

co travou uma intensa luta nos bastidores do Flamengo para conseguir se manter no cargo após as inúmeras polêmicas desde o início de 2012.

Além da “guerra fria” com o vice de finanças do clube, Michel Levy, o treinador teve que aturar um verdadeiro

processo de fritura dentro do elenco capitaneado pelo cra-que Ronaldinho Gaúcho, que já não aguentava mais ter que aturar Luxa. Por fim, após ver a guerra perdida, o treinador ainda desabafou ao deixar o clube e participou de uma au-têntica troca de xingamentos.

O ex-treinador não pou-pou termos de baixo calão na hora de demonstrar sua irritação com o diretor de fu-tebol Luís Augusto Veloso e também teve que escutar al-gumas palavras indesejáveis de conselheiros e sócios do clube. (UOL)

ZONA NORTE

Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

OPINIÃO2

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Jornal do POVO

EXPEDIENTE Conceitos emitidos em artigos

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n QUEM CUIDA:Aracy Neto

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Jardim DRT 040

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n QUEM FAZ:Redação

n QUEM OLHA:Carlos Magno

n QUEM DEFENDEDr. Eduardo Lopes

OAB-AP 392

n QUEM VENDEMarcia Araujo Cel 91496847

n QUEM ESPALHA Bené Raiol

Cel 91381739

n ONDE FICARua General Ron-

don, 1467 - Sala 26

n QUEM COLABORAVocê! De qualquer

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contato através do email ou telefone e

passe as informações.

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Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

ESPORTE15

Guerra com diretoria, xingamentos e briga com R10: veja os bastidores

da queda de Luxa no Fla

Editorial

És única, terra minha. És minha, terra única

Tirinhas

Enquanto isso naESCOLA...

Veja os principais capítulos do calvário de Luxa do início da temporada até a última quinta-feira

ATRASO DE ALEX SILVA NA REAPRESENTAÇÂO GERA A PRIMEIRA IRRITAÇÃOLogo no primeiro dia de trabalho do Flamengo em 2012 (03/01), Vanderlei Luxemburgo teve uma prévia de que a temporada não seria das mais fáceis. Sem receber os direitos de imagem que o clube lhe devia, o zagueiro Alex Silva não se reapresentou e irritou Luxa já no iní-cio da temporada. O jogador alegou problemas pessoais, mas Luxa não perdoou. “Já começou mal a tempo-rada. Vai ter que se explicar, contar uma história muito boa. Alguma punição ele vai sofrer, disse.

INSÔNIA DE RONALDINHO GAÚCHO INICIA “GUERRA” COM O CRAQUEApós um mês de férias e muitas baladas no Rio de Janeiro, Ronal-dinho Gaúcho sofreu com insônia nos primeiros dias de trabalho do Flamengo em 2012. Com o horário “trocado”, o jogador não aguentava participar das atividades da manhã no CT Ninho do Urubu e dormia no vestiário enquanto os companheiros corriam no campo. O episódio irri-tou Luxemburgo e iniciou a guerra entre o camisa 10 e o técnico. Em Londrina, durante a pré-temporada, a comissão técnica teve que apelar para um sonífero para que R10 dormisse normalmente

ATRITO COM VICE DE

FINANÇAS E “PUXÃO DE ORELHA” DA PRESIDENTEApós seguidas demonstrações de insatisfação dos jogadores pelos vencimentos (direitos de imagem e premiações) atrasados, o vice de finanças do clube, Michel Levy, entrou no “circuito” e disse que os jogadores não tinham que ficar reclamando. Os atletas resolvem, en-tão, se calar como forma de protesto. Luxa aproveita o momento para sair em defesa do grupo e atacar Levy, seu grande desafeto dentro da dire-toria, e inicia a guerra com a cúpula rubro-negra. Irritada com a “troca de farpas” pela imprensa, a presidente Patrícia Amorim se pronuncia pela primeira vez e diz que estava na hora de cada um fazer apenas a sua função e cuidar do seu departamen-to. Em um primeiro momento, Luxa e Levy ficam esvaziados pela briga sob holofotes

R10 DORME COM MULHER NA CONCENTRAÇÃO E LUXA PERDE MAIS UMA BRIGAApós o episódio da noite em que Ronaldinho fugiu de seu andar e dormiu com uma mulher no hotel do Flamengo, o clube enviou o vice jurídico, Rafael De Piro, e o diretor de futebol, Luiz Veloso, à Londrina para resolver a punição a ser dada ao craque pelo descumprimento do regime de concentração. Luxembur-go tentou até o fim que o meia fosse imediatamente desligado do elenco e

voltasse ao Rio. A cúpula do futebol decidiu apenas multar o atleta. O treinador se irritou, sentiu-se esva-ziado pela diretoria e declarou guerra contra os dirigentes e Ronaldinho

DIRETORIA SE ESFORÇA PARA PAGAR ATRASADOS DE R10 E ESVAZIA LUXAVisivelmente incomodado com os salários atrasados Ronaldinho, através de seu irmão e empresário, Assis, ameaça não embarcar com o Flamengo para a Bolívia, onde o time disputaria a partida de ida da pré-Libertadores contra o Potosí. O esforço da diretoria para pagar Ronaldinho e o manter no grupo irrita Luxemburgo. O técnico não queria ver o camisa 10 no grupo que viajou para a Bolívia. Mais uma vez, os dirigentes ignoram suas vontades, esvaziam o treinador e mostram apoio irrestrito ao craque Gaúcho

VICE DE FINANÇAS CONTRA-TA ZAGUEIRO SEM AVAL DE LUXA E ACIRRA GUERRAEm mais uma batalha da “guerra fria” com a diretoria, Luxemburgo viu o vice de finanças do clube, Michel Levy, contratar um zagueiro sem seu aval. O treinador foi contra a negociação com Marcos González (foto), mas viu Levy “bater no peito” e trazer o jogador mesmo contrarian-do suas vontades. O episódio acirrou a queda de braço entre os dois e Luxemburgo passou a ver que estava

perdendo as forças

“SORRISO AMARELO” EM UMA TENTATIVA DE SELAR A PAZJá na Bolívia, durante homenagem de Evo Moráles a Ronaldinho, o treinador e o camisa 10 foram obrigados a posar para uma foto que foi divulgada no site do clube como tentativa de amenizar o clima de guerra entre os dois. O “sorriso ama-relo” de Luxemburgo revelou todo o desconforto da situação. A foto acabou tendo efeito contrário e foi tratada como piada por conselheiros e pessoas próximas a ambos

BONS RESULTADOS,DISCURSO AMENO E MULTA DE R$ 4 MILHÕESEsvaziado pela diretoria e fritado pelos jogadores, Luxemburgo sentiu que o fim estava próximo e resolveu mudar a estratégia. Agarrado a multa rescisória de R$ 4 milhões de reais, o treinador tentou fazer o papel de “santinho” na guerra. Exaltando a classificação na Libertadores e com um tom bem mais ameno no discur-so, o treinador tentava ao máximo não dar motivos para que fosse em-bora. Em caso de saída, Luxa optaria por ser demitido, fazendo com que o clube pagasse a bolada pela rescisão unilateral do contrato

NOITE NO HOTEL EÚLTIMAS TENTATIVAS

Após a partida da última quarta-fei-ra, Vanderlei Luxemburgo adotou o discurso de “o trabalho continua” e chegou a dormir no hotel que serve de concentração para o Flamengo como forma de se sentir seguro no cargo. A tentativa, no entanto, não deu certo. Na tarde de quinta, Luxa foi chamado para uma conversa com Patrícia Amorim para ser comunicado de sua demissão. Na chegada à Gávea, o treinador se mostrava descontraído e ainda acre-ditava em uma reviravolta. A última cartada seria “ganhar” a presidente na conversa. Tudo em vão. Ele foi demitido após pouco mais de uma hora de reunião

XINGAMENTOS NA DESPEDIDA DA GÁVEAA descontração de Luxemburgo na chegada à Gávea para a reunião derradeira com Patrícia Amorim deu lugar a um certo descontrole após a confirmação de sua demissão. “Não acredito que perdi para esses vi...”, desabafou Luxa, enquanto deixava o clube, numa clara referência à guerra travada com Michel Levy (foto) e Luís Augusto Veloso. Por fim, como em uma despedida melancólica, o treinador teve que escutar provo-cações de conselheiros e sócios. “Já vai tarde”, “Saiu o empresário, vamos ganhar um técnico”, “Tchau, incompetente”, bradavam alguns enquanto Luxa arrancava com seu luxuoso carro

Page 3: Jornal do Povo Zona Norte 6ª Edição

Já está pronta a proposta do deputado Edinho Duarte (PP) que dispõe sobre a prevenção e a punição de assédio moral na administração pública no Esta-do. Preocupado com esse tipo de abuso dentro das repartições do governo amapaense, o par-lamentar explicou que a matéria será alvo de intensa discussão no primeiro semestre do ano, “isso em decorrência das inúme-ras queixas de pessoas vítimas do constrangimento por conta até de preferência partidária, cor e credo”, justifica o parlamentar. O projeto está sendo protoco-lado na secretaria legislativa do Parlamento para tramitar pelas comissões constituídas onde irá receber pareceres, corpo legis-lativo e jurídico e a atenção da sociedade. A matéria alerta que conforme a gravidade da falta a pessoa acusada da prática do constrangimento deve ser ime-diatamente repreendida pelo superior, suspensa na seqüên-cia do ato e se continuar no erro pode até ser demitida.

Caminho - O inciso 1 do arti-go 3º do projeto considera como assédio moral as seguintes for-mas: desqualificar reiteradamen-te, por meio de palavras, gestos, ou atitudes, a autoestima, a se-gurança ou a imagem de agentes públicos, valendo-se de posição hierárquica ou funcional superior, equivalente ou inferior. Também, prossegue o inciso: desrespeitar limitação individual de agente público, decorrente de doença física ou psíquica, atribuindo-lhe atividade incompatível com suas necessidades especiais.

O inciso segundo da propo-

sição avisa ainda que nenhum agente público pode ser punido, posto a disposição ou ser alvo de medida discriminatória, direta ou indireta, notadamente em maté-ria de remuneração, formação, lotação ou promoção, por haver--se recusado a ceder à prática de assédio moral ou por havê-la, em qualquer circunstância, testemu-nhado tal fato.

Casos – A direção do Sindi-cato dos Servidores Público Civis Federais do Amapá (Sindsep) in-formou que somente no ano pas-sado recebeu cerca de 10 recla-mações de servidores federais informando que foram vítimas de assédio moral em repartições pú-

blicas do Estado. Segundo Hedoelson Uchôa

(o Doca), diretor sindical, os ca-sos foram registrados no setor jurídico da entidade que abriu inquérito administrativo para apurar os fatos. Pelas denúncias, os órgãos citados de maior ocor-rência do crime administrativo são: Super-Fácil, a Secretaria Estadual da Educação (Seed) e a Companhia de Eletricidade do Amapá (Cea). “A maior inci-dência foi logo no início da nova administração do Estado, mas ainda existem lugares onde os servidores estão passando por esse tipo de constrangimento”, revelou Doca.

Edinho quer dar um basta no abuso moral em repartições públicas

ZONA NORTE

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Jornal do POVO Jornal do POVOMacapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012 Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

NACIONAL POLÍTICA14 3

Mário Negromonte (PP--BA) deixou cargo na quinta (2) após denúncias.

Aguinaldo Ribeiro (PP--PB) toma posse na próxima segunda-feira (6).

O novo ministro das Ci-dades, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse ao G1 nes-ta sexta-feira (3) que sua nomeação para o cargo foi de “supetão” e que, por conta disso, ainda não teve tempo para pensar na nova equipe que montará para administrar a pasta.

Aguinaldo Ribeiro foi anunciado como novo mi-nistro na tarde de quinta (2) após Mário Negromon-te pedir demissão do cargo em razão de uma série de denúncias.

Perguntado sobre se já tem nomes para com-por sua equipe, o ministro disse: “Tem muita questão para resolver. Como foi de supetão, a gente ainda não tinha parado para pensar na equipe. Vamos escolher bons técnicos, pessoas de ponta. Temos que montar um time vencedor paara o que a presidenta Dilma quer e o Brasil precisa”, afirmou Aguinaldo ao che-gar para uma visita ao an-tecessor Mário Negromonte na manhã desta sexta.

Aguinaldo Ribeiro, que toma posse nesta segunda--feira (6), se reuniu na manhã desta sexta com parlamenta-res de seu partido, o PP.

O novo ministro afirmou que está “começando a tra-

balhar, pensar em equipe, recebendo material do pes-soal do ministério, fazendo o estudo das diversas secreta-rias, se inteirando do tama-nho do orçamento em cada área”. “Já na próxima sema-na a gente começa a montar uma equipe para tocar este barco.”

Ainda segundo Aguinal-do Ribeiro “cada um tem um estilo próprio”, mas o novo ministro disse que vai “im-plementar” seu estilo, “res-peitando aquilo que o Negro-monte fez”.

Ele também disse que pretende atuar por um “resul-tado rápido” com uma “ges-tão eficaz” à frente da pasta.

O novo ministro afirmou que faria nesta sexta o pri-meiro contato com Negro-monte desde o anúncio da troca. “Não vou no minis-tério hoje (sexta). Vou só cumprimentar o ministro. Tenho uma boa relação com o ministro. Tentei on-tem contato, não consegui e deixei para hoje.”

Mário Negromonte dei-xou o cargo após uma série de denúncias sobre a gestão da pasta e a exoneração de outros dois servidores da cú-pula do ministério. Indicado ao cargo pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), Negromonte sofreu desgas-te no ministério após uma

série de acusações de irre-gularidades - que vão des-de suposto favorecimento na destinação de verbas da pasta até suspeitas de frau-dar documentos relativos à implantação de um novo sistema de transportes em Cuiabá (MT).

Ribeiro, o sucessor, era líder da bancada do PP na Câmara e desde de que seu nome foi apontado para o cargo passou a ser divul-gado que ele respondia a inquéritos por improbidade administrativa. Na quinta, ele se defendeu das denúncias.

Natural de Campina Grande (PB), Ribeiro já foi secretário estadual de Agri-

cultura, Irrigação e Abaste-cimento e de Ciência e Tec-nologia, Recursos Hídricos e Meio Ambiente. Foi também secretário municipal de Ci-ência e Tecnologia em João Pessoa, além de já ter conta-bilizado dois mandatos como deputado estadual.

Reuniões com PPPela manhã, o novo minis-

tro se reuniu com parlamen-tares de seu partido, segundo o vice-presidente nacional do PP, Ricardo Barros, que afirmou ter participado do encontro. “Ele conversou so-bre a nova estruturação da equipe e sobre tarefas que tem que ser resolvidas de imediato”, contou.

Conforme Barros, duran-te o fim de semana Agui-nalgo Ribeiro se reúne com outros parlamentares da legenda. “Ele vai falar com cada um agora para dar um suporte para sua atuação no ministério.”

O presidente nacional do PP, Francisco Dornelles, afirmou ao G1 que não par-ticipou do encontro porque embarcou nesta manhã para seu estado, o Rio de Janeiro, mas disse que volta para a posse do correligionário na segunda-feira.

“Tenho uma admiração muito grande pelo Mário, mas o Aguinaldo tem mui-ta habilidade política e vai fazer uma excelente ges-tão no ministério foi para o rio e volta segunda a tarde para a posse.”

Novo ministro das Cidades diz que nomeação foi de ‘supetão’

Os sete novos vereadores que forem eleitos para a Câmara de Macapá, este ano, correm o risco de não terem onde despachar em 2013. É que a estrutura não tem espaço para mais gente, além dos atuais 16 parlamentares. Não existe lugar no plenário e muito menos gabinetes. A alteração no número de vereadores veio pela Emen-da Constitucional nº 58/09. A mudança vai ocorrer em todo o país, de acordo com o número de habitantes. A presidência da casa já pensa em alugar um anexo como alternativa, mas a proposta precisa entrar em discussão. “Já está difícil trabalhar com o número atual, e isso vai piorar com mais sete vere-adores”, disse o vereador Marcelo Dias (PSDB) sobre a situação. Para o presidente da CMM, Rilton Amanajás, este é um problema para o futuro presidente resolver. “O aluguel de um anexo é o mais indicado”, disse ele.

EmendaA Emenda Constitucional de 2009 permitiu que municí-pios com até 15 mil habitan-tes tenham nove vereadores; de 15.001 a 30 mil serão 11

parlamentares; de 30.001 a 50 mil, 13; de 50.001 a 80 mil, 15; de 80.001 a 127 mil, 17; de 120.001 a 160 mil, 19 cadeiras no legislativo; de 160.001 a 300 mil, 21; de 300.001 a 450 mil, 23 verea-dores; e de 450.001 a 600 mil habitantes, 25 parlamentares.Municípios com população de até 100 mil habitantes, a Câmara receberá 7% do or-çamento do município; entre 100 mil e 300 mil, o repasse deve ser de 6%; 5% com po-pulação entre 300.001 a 500 mil; 4,5% para municípios entre 500.001 a 3 milhões de habitantes; 4% para muni-cípios entre 3.000.001 a 8 milhões; e 3,5% para muni-cípios com população acima de 8 milhões.

Novos vereadores ainda não têm gabinete e nem lugar no plenário

Aguinaldo Ribeiro, aochegar para uma visita na residência do antecessor

PROJETO

Page 4: Jornal do Povo Zona Norte 6ª Edição

ZONA NORTE

Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012 8ZONA NORTE

Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

POLÍCIACIDADES9

Vamos lá minha gente boa. Estamos nós de parabéns hoje festejando nossa linda cidade que chega aos 254 anos. Em nome de toda a redação e ad-ministração quero deixar aqui nossos parabéns a essa terra linda. Parabéns Macapá. E agora vamos dar o bocão de algumas historinhas que rolaram durante a semana.

Mucajá on lineMucajá ainda está rendendo e até pelo twitter. Esta semana, o deputado Dalton Martins (PMDB) trocou farpas com o

presidente da Companhia de Água e Esgoto, Ruy “cabeludo” Smith. O motivo, faturas consi-deradas exorbitantes, cobradas dos moradores do residencial. Para o deputado, é um absurdo a cobrança, já para o diretor, tudo é normal.

DOPSBoatos de que o Núcleo de Combate à Corrupção, também conhecido como DOPS da situ-ação iria deflagrar operação esta semana não se concretizaram. Novamente o alvo é a oposição. Há quem diga que o tal núcleo ainda vai aprontar muita lam-bança, principalmente com o ano político.

DOPS IIEnquanto isso, alguém sabe me dizer o que resultou as denúncias de patifaria no Detran? Parece que a toalhinha quente já foi colocada em cima da chaleira. O DOPS não se pronunciou sobre nada, o diretor acusado de privilegiar uns e outros, tam-bém não, e a imprensa... bom, a imprensa... é melhor ficar nas entrelinhas.

254 anosAniversário da cidade. Festa pra todo lado. Da zona norte até Fazendinha o povão pode comemorar à vontade, e o que é melhor, sem ter que ir muito longe para isso, como era anti-

gamente. Descentralização foi pensada para isso mesmo. Muito boa a idéia.

Carnaval A festa está chegando e a Po-lícia Militar já anuncia que vai colocar um super efetivo nas ruas, principalmente no sam-bódromo. O objetivo é evitar que os ânimos se exaltem por causa da folia. De acordo com o comando, estatísticas do ano passado têm que ser superadas em redução de ocorrências.

Carnaval IIA exemplo da PM, o Corpo de Bombeiros também anuncia efetivo em alerta, tanto no quar-

tel quanto fora dele. Locais dos desfiles são o alvo. Acidentes e incidentes dão muito trabalho neste período por conta dos exageros dos foliões.

BafômetroDepois de dar um tiro no pé fabricando uma lei que vai de encontro à Constituição Fede-ral, que garante ao cidadão se negar a produzir provas que o incriminem, os defensores da lei seca agora querem que o bafômetro seja peça decorativa. Basta a declaração de uma ou duas testemunhas confirmando que o condutor estava bêbado ao volante, e pronto. Vamos ver se vai dar certo dessa vez.

Dando o bocão...Por Enzo Rúbio

Denúncias fazem diretor “dançar” do Imap Polícia espera laudo e deve indiciar suspeitos

Mulher é condenada a 14 anos por matar ex-namorada

As denúncias de pro-pina no Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá, Imap, feitas pelo mecânico Ama-rildo Jucá surtiram efeito. O diretor administrativo fi-nanceiro, Mário Barbosa foi afastado esta semana. Ele teria cobrado R$ 2 mil de Amarildo em troca de facili-tar o pagamento de serviços feitos na oficina do mecâni-co, em veículos do Imap. O diretor será alvo de uma sindicância interna e pode até ser banido do serviço público, caso as denúncias sejam mesmo comprova-das. Na última quarta-feira, 01, Amarildo revelou uma gravação feita em aparelho celular, de uma conversa

onde uma segunda pessoa fala do pagamento de R$ 2 mil. A voz, segundo o mecâ-nico, é de Mário.

Tudo começou ano pas-sado, quando Amarildo Jucá

recebeu na oficina dele, sete caminhonetes do Imap, para fazer manutenção. O mecânico acabou sem rece-ber pelo serviço, orçado em R$ 17 mil. Depois de muito

“desce e sobe” a suposta trambicagem foi proposta. Amarildo teria um contra-to de R$ 8 mil, e em troca pagaria R$ 2 mil a Mário. O mecânico disse ter rejeitado a oferta e ainda reteve os carros como garantia. Ele diz ter em mãos, várias or-dens de serviço autorizando o conserto dos veículos. Os documentos estão assina-dos por Eduardo Bentes então coordenador do Imap exonerado ano passado. Amarildo disse ter feito em-préstimo bancário para ga-rantir a demanda, no valor de R$ 5 mil, que acabou se transformando em uma dí-vida, e mais R$ 10 mil. Os carros continuam no pátio da oficina são eles, uma

Mitsubishi L-200, prata, pla-ca NEM-0577; Mitsubishi L-200, branca, NEM-0387; Ford Ranger, cinza, NEZ-6850; e a Nissan Frontier, cinza, NER-7529; Fiat Uno, branco, NER-7174; Fiat Uno, cinza, NER-7134; e uma Kombi, branca, NEQ-0357.

O diretor-presidente do Imap, Maurício de Souza disse que decidiu afastar Mário Barbosa por uma medida de prevenção. Ele também falou que o paga-mento ao mecânico será feito depois que o orçamen-to de 2012 for aberto. Bar-bosa chegou a declarar que processaria Amarildo por calúnia, antes de saber da gravação.

PROPINA CASO RAMON

O laudo da Polícia Técnica sobre a causa da morte do uni-versitário Ramon Vasconcelos e Silva, 21, está previsto para sair a partir de segunda-feira, 06. Com ele, a polícia deverá indi-ciar os envolvidos no crime, se-gundo informou a delegada Ma-ria de Lurdes, que apura o caso pela Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Decipe). O inquérito aguarda um parecer técnico que só poderá ser dado com o laudo. Ramon foi encontrado morto na rua da casa onde morava no bairro Jardim Marco Zero, zona

sul de Macapá. Na noite ante-rior, ele havia saído com cole-gas para um baile funk. Era 13 de janeiro, sexta-feira. Durante a festa, colegas do rapaz disseram ter visto ele consumindo bebida alcoólica na companhia do re-pórter Wellington Costa. A saída de Ramon não foi acompanhada pelo grupo. O que foi divulga-do é que ele e o repórter saíram do local em um táxi na compa-nhia de mais pessoas, mas que somente os dois chegaram ao Marco Zero. Daí em diante, tudo é mistério. Uma quebra cabeças

que deve ser montado esta sema-na. Os depoimentos de Welling-ton e do taxista foram colhidos na semana após o caso. De acor-do com o taxista, Ramon teria sido arrastado pelo carro e es-taria embriagado. O pai do uni-versitário fez várias declarações onde chamou o taxista de irres-ponsável, o mesmo foi dito sobre Wellington. A possibilidade de homicídio foi considerada pela polícia. O mesmo acontece com a possibilidade de atropelamen-to. Mas somente o laudo pericial poderá confirmar alguma coisa.

Em sessão histórica para a magistratura brasileira, na tarde de ontem (2) foi condenada a 14 anos de reclusão em regime fechado, por decisão da maioria dos jurados da Vara de Violên-cia Contra a Mulher, Adriana Costa Ribeiro Silveira, 22 anos, por homicídio qualificado. A condenada assassinou a facada a ex-namorada, que na época tinha 15 anos, por não suportar ver a ‘ex’ namorando com outra pessoa, no caso, um rapaz. O que torna o julgamento emblemático é que esse foi o primeiro caso julgado no Brasil envolvendo a lei Maria da Penha aplicado a um relacionamento homoafetivo.

A defesa feita pelo defensor público Alex Noronha alegou que Adriana e a vítima, enquan-to namoravam, costumavam ter muitas brigas em que uma agre-dia a outra. E no momento em que desferiu o golpe de faca, a ré não teria tido intenção de matar, agindo em legítima defesa. Mas a tese foi rejeitada pelo júri, que acatou os argumentos do promo-tor Franklin Prado e o relato de

testemunhas, que defenderam a tese de que Adriana imobilizou a vítima, e quando ela estava sem defesa, a esfaqueou.

A pena aplicada contra Adriana é considerada de médio porte (o máximo seria 30 anos e o mínimo 12 anos), mas ela ain-da terá que indenizar por danos morais a família da vítima em R$ 40 mil, ainda que o defensor te-nha alegado que, por ser feirante, a ré não teria condições de pagar tal quantia. Mas prevaleceram os argumentos da promotoria, de que a vida de uma adolescente de 15 anos, com toda vida pela frente, ceifada na condição em

que se deu o crime passional, os danos à família são ainda mais cruéis. Agora, caso seja mesmo comprovado que a condenada não tem condições de pagar a indenização, a Justiça confiscará dela bens que possam somar o valor estabelecido.

JUSTIÇA“Não vai trazer minha filha

de volta, mas a justiça foi feita”, comemorou aliviada a mãe da vítima, Socorro Gomes dos San-tos, 50 anos, que após derramar lágrimas de pesar por dois anos, dessa vez derramou lágrimas de alegria pelo caso finalmente jul-

gado. Familiares da ré também acompanharam o julgamento, e apesar de também lamentarem o fato, não contestaram a decisão. “Ela [Adriana] tinha que pagar pelo que fez. Gostaria de mais uma vez pedir desculpas à famí-lia da vítima”, se desculpou o pai da ré, Miguel Costa, de 44 anos.

4º ARMÁRIOA juíza Fabíola Urbinati Ma-

roja, que presidiu o júri, explica que, do ponto de vista da lei, o julgamento pode ser considera-do uma evolução no reconhe-cimento dos efeitos da relação homoafetiva no Brasil. Segundo ela, apesar de esse ser o primeiro caso de condenação por homi-cídio entre casais homoafetivos no Brasil, “existem muitos casos de lesão corporal cometidos por mulheres contra suas parceiras sendo acompanhados pela Vara de Violência Contra a Mulher”.

Segundo Daniela Santa Brígi-da, 26 anos, membro da Articu-lação Brasileira de Lésbicas e da Lesbipará (Articulação de Lésbi-cas do Pará), esse tipo de caso é

denominado pelo movimento de “4º Armário”. Daniela declara que enfrentar a violência domés-tica envolvendo casais estáveis homossexuais, tanto de homens quanto de mulheres, é uma das bandeiras históricas do movi-mento. “Antigamente a lei Maria da Penha não atendia mulheres que tinham relações homoafeti-vas. Por isso, esse julgamento que agora dará jurisprudência a juízes de todo Brasil, é considerada para nós uma vitória histórica”, disse.

Mais do que uma vitória do ponto de vista da lei, o caso re-presenta uma maior aceitação por parte da sociedade a ca-sais formados por pessoas do mesmo sexo, apesar de que a homofobia ainda é enorme em nosso país, segundo Daniela. Tanto para a militante, que con-vive há 11 anos com uma com-panheira, quanto para a juíza Fabíola Urbinati, o caso expli-ca que amar e odiar, acariciar e agredir, é algo que faz parte da realidade humana, indepen-dente do gênero e da orientação sexual. (Diário do Pará)

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CIDADES5

DE COSTAS

Os resultados positivos da campanha movimentada pelo Instituto Joel Magalhães com a ajuda de profissionais da im-prensa local na luta para ajudar pacientes que lutam contra o câncer já começam a aparecer. Tendo arrecadado cerca de R$ 700 mil reais há pouco menos de duas semanas, o Ijoma já se movimenta. Ciente dos proble-mas enfrentados pelos doentes internados no Hospital Alberto Lima, o padre Paulo Roberto, coordenador do instituto se ofe-receu para fazer a doação de um elevador e recebeu um sonoro não da Secretaria de Estado da Saúde como resposta.

O interesse veio das inúme-ras reivindicações dos doentes. O equipamento não está funcio-nando há muito tempo. Devido às complicações trazidas pelo câncer, as dificuldades para su-bir escadas são muitas. O cen-tro de oncologia fica no terceiro piso. O padre explicou que, um dos objetivos da Ong é ajudar as vítimas da doença e casas de saúde que oferecem o tratamen-to. “Foi por isso que propomos a doação do elevador”, expli-cou. Ele também disse que o Ijoma está completamente do-cumentado e dentro da legali-dade para qualquer convênio. E que o procedimento é feito em

outros estados do país.“Existem casos em que as

Ongs chegam a construir ane-xos para melhorar o atendimen-to de pacientes”, disse. O padre avalia que o estado, diante da recusa, tem condições de rea-tivar o elevador ou até colocar um novo. “Se for assim, o di-nheiro será usado em outros be-nefícios para os doentes”, con-siderou o coordenador.

Segundo o secretário de saú-de Edilson Pereira, o problema do elevador será solucionado dentro de no máximo um mês. As peças danificadas teriam sido identificadas por um técni-co para que a compra fosse feita.

Sesa diz não à doação de elevador oferecida pelo Ijoma

Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

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Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

POLÍCIA12

O presidente da Liga das Es-colas de Samba do Amapá-Liesa, Orles Braga, apresentou ontem, 29, para os presidentes e conselhei-ros das agremiações, a relação de 72 jurados indicados para julgar o desfile das escolas de samba deste ano. Dos currículos apresentados, foram aprovados somente 27. Os demais foram impugnados pelos conselheiros. Para evitar dúvidas com relação à lisura do ato, além das escolas de samba e Liesa, acompanharam a reunião o promo-tor do Ministério Público, Adilson Garcia e a presidente da Comissão de Carnaval do Governo do Esta-do, Ivana Antunes. Foi reaberto o cadastro para novos jurados para que o regulamento da Liesa seja cumprido e a li sta esteja completa.

A Liesa recebeu 52 novos currí-culos e incluiu para avaliação os no-

mes de jurados que participaram do julgamento de carnavais anteriores. Os critérios que são avaliados nos currículos são a idoneidade, experi-ência em banca de jurados, conhe-cimento, afinidade com o carnaval e relações pessoais com membros de escolas de samba ou Liesa que não ponham em dúvida a isenção do candidato a jurado. Dos novos cur-rículos que foram entregues à Liesa, 26 são considerados aptos, dentro dos critérios e não foram rejeitados por qualquer conselheiro. Entre os motivos de rejeição de nomes, a não apresentação de documentos que comprovassem o que relatava o cur-rícu lo, relações pessoais considera-das comprometedoras e julgamento em anos anteriores cuja justificativa de nota foi avaliada como injusta.

Ao todo a comissão julgadora será composta de 54 jurados, destes,

36 são titulares e 18 suplentes. En-redo, samba de enredo, bateria, ale-goria e adereço, fantasia, comissão de frente, mestre-sala e porta-ban-deira, evolução e harmonia são os quesitos a serem julgados. Quatro jurados titulares julgam um item, de acordo com seu conhecimento defi-nido por sua indicação e com a ava-liação da Liesa e conselheiros. “Os candidatos a jurados estão sendo criteriosamente avaliados para não termos problemas. Eles têm impor-tância fundamental no resultado do carnaval e devem ter consciência de sua responsabilidade. Não adianta somente gostar de carnaval ou ter opiniã o crítica, é necessário conhe-cimento e capacitação comprovada para julgar os itens. Professor de educação física não pode julgar fan-tasia nem estilista avaliar bateria”, disse o presidente.

DE FORA

Liesa “lima” 45 candidatos a jurados do carnaval

Civil “derruba tocas” de bicheiros e leva milicos na rede

DEU ZEBRA

A casa caiu esta semana pelo menos para parte de uma das conexões do jogo do bicho que funciona em Macapá. Mer-cearias e outros estabelecimen-tos servem de fachada para a contravenção que conta até com o apoio de policiais milita-res na segurança e transporte de valores. Tudo foi revelado por um trabalho de investiga-ção da Polícia Civil que durou cerca de quatro meses. Com mandados de busca e apreen-são nas mãos a equipe chefiada pelo delegado Luís Carlos Go-mes partiu pra cima do bando e fechou três centrais do bicho apreendendo documentos, R$ 30 mil em dinheiro e máquinas caça-níqueis. No “pacote”, três soldados da PM foram presos. Um deles, no bairro Santa Rita,

em frente a uma mercearia, que seria a fachada do negócio ile-gal. Na parte de trás, as pratelei-ras escondiam as máquinas de jogo. No bairro Perpétuo Socor-ro o “grampo” foi usado em dois outros soldados sem uniforme. Dentro da casa onde estavam, foi encontrado um cofre e livros-

-caixa com a contabilidade das bancas de apostas.

A operação tomou o rumo da zona norte. Em uma casa no bairro Cidade Nova I foi encon-trado mais dinheiro, praticamen-te tudo em moeda embalada em sacos plásticos. O valor, no entanto, não foi revelado. Na re-sidência mora um ex-vereador e ex-deputado estadual. Todos os envolvidos foram ouvidos e colo-cados em liberdade.

Muitos juristas brasileiros de-fendem que o jogo do bicho tem que passar a ser visto como cri-me e não somente contravenção. A criminalização do jogo poderia render mais de dois anos de prisão aos envolvidos impossi-bilitando a substituição da pena privativa de liberdade pela pres-tação de serviços. Hoje, só existe prisão se ficar configurado outros crimes como a formação de qua-drilha, por exemplo.

MILICAGEMNas esferas militares não foi

revelado o nome de nenhum dos soldados detidos na operação. Do lado da Polícia Civil, o de-legado Leandro Totino, à frente do caso declarou que os milicos exerciam o papel de seguranças nas centrais que movimentavam maiores valores. A contratação de militares seria uma forma de intimidar assaltantes. Pelo servi-ço, é paga a quantia de R$ 2 mil até R$ 6 mil.

DEOLHO@NO FACEBOOK

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Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

CIDADES6

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Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012 11

A Coordenadoria Munici-pal de Turismo recepcionou esta semana cerca de 150 turistas franceses que de-sembarcam no porto de San-tana. O evento aconteceu na concha acústica do Araxá. A recepção teve participação de artesões e grupos de dança.

O objetivo da coordenado-ria é dar mais visibilidade aos pontos turísticos de Macapá e atrair mais turistas para a ci-

dade. Segundo a Coordena-dora de Turismo de Macapá Luzia Grunho, o turismo ainda precisa ser fortalecido no mu-nicípio e no Estado. “Macapá tem pontos turísticos que im-pressionam qualquer visitan-te, mas ainda temos muito trabalho para desenvolver nesses pontos. Para isso, es-tamos dando o primeiro pas-so. A idéia é mostrar nosso artesanato e danças típicas

da região, como o marabaixo. Vale ressaltar que já estamos montando uma programação maior para recepcionar outros turistas”, declarou.

O trabalho desenvolvido pela coordenadoria tem a parceria de grupos folclóricos e de artesões do município. O espaço da concha acústica receberá uma grande estrutu-ra com tendas, som e músi-cas de cantores regionais.

Turistas franceses são recepcionados pelo município

Prefeitura de Macapá divulga ações para o carnaval 2012

A Prefeitura de Macapá estará presente nas ações do Carnaval 2012 através dos órgãos municipais que atuam em setores como trânsito, tu-rismo, meio ambiente, desen-volvimento urbano, limpeza pública e saúde. Nos dias de desfile, os agentes de trânsito da Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac) estarão rea-lizando blitz nos locais de aces-so ao sambódromo. No ano passado, as ações ocorreram com apoio do Departamento Estadual de Trânsito. O muni-cípio convidou o órgão nova-mente este ano.

Além disso, médicos e enfermeiros estarão prestan-do atendimento e agentes de saúde distribuirão preserva-tivos e entregando cartilhas sobre prevenção. As ações de saúde durante o período do carnaval são necessários pois estudos realizados com base nos dados do programa

Saúde da Família demons-tram que o mês de novembro é um dos de maior natalida-de. “É reflexo das gravidezes indesejadas que iniciam jus-tamente durante o carnaval”, explica o secretário Otacílio Barbosa.

Quanto ao licenciamento dos eventos carnavalescos, técnicos da Secretaria de De-senvolvimento Urbano (Se-mduh) e da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) já recebe-ram as solicitações de licenças de uso do solo e de sonoriza-ção. Juntas, as taxas somam mais de R$ 200 mil. A Prefei-tura estuda isentar as escolas do pagamento dessas taxas, como tem feito nos ensaios, como forma de investimento no carnaval. Somados, impos-tos com ensaios e o desfile ul-trapassam R$ 500 mil.

TurismoA Prefeitura de Macapá

também firmou parceria com a empresa aérea Gol, que está com promoção nos vôos com destino a Macapá. A idéia é trazer o maior núme-ro de turistas para as duas principais comemorações de fevereiro: o aniversário da ci-dade e o carnaval.

Nos postos de venda da empresa, a prefeitura está dis-ponibilizando material publici-tário que destacam a cidade, sua história e pontos turísticos. Os textos são de autoria do so-ciólogo Fernando Canto. Além disso, dentro das aeronaves, estão sendo distribuídos pan-fletos com informações da cidade. Um deles diz: “Dentro de poucos minutos você es-tará pousando em Macapá, a única capital da Amazônia banhada pelo rio Amazonas. Nela você poderá contemplá--lo com suas marés, passear na orla e sentir no rosto o ven-to que vem de longe trazendo

a poesia e a verve dos ances-trais que formaram o povo macapaense. Apesar de ser fundada apenas em 1758, Macapá, cujo nome significa lugar das bacabas, há muito tempo era objeto da cobiça estrangeira, tanto que o seu primeiro nome foi o de Ade-lantado de Nueva Andaluzia, dado pelo rei da Espanha, em 1544, a Francisco Orellana, o descobridor do rio das Ama-zonas. Depois foi colonizada por açorianos e povoada em seguida pelos descendentes de índios tucuju e de escravos africanos que para cá vieram para construir a Fortaleza de São José de Macapá. Ela é a maior fortificação militar do pe-ríodo colonial do Brasil e está localizada na frente da cidade, na margem da grande baía de Macapá. Hoje, com cerca de 400 mil habitantes, a capital amapaense é o orgulho de uma gente feliz e hospitaleira

e rica na sua diversidade am-biental e cultural.

Abençoada pelas águas, ela também se banha diaria-mente da energia da luz do equador, pois está esperando você no meio do mundo, sob a linha imaginária que divide o planeta.

Celebre esta data conos-co e com a GOL. Conheça Macapá. 04 de fevereiro de 2012. 254º anos de fundação de Macapá”.

Com a parceria, o pre-feito Roberto Góes espera potencializar o turismo local. Outra medida é a reativação dos CATs (Centros de Apoio ao Turista), onde ocorrerá a distribuição de folderes, ma-pas da cidade e indicação de hotéis e locadoras. A reativa-ção dos CATs é uma iniciati-va da nova coordenadora de turismo, Luzia Grunho, numa parceria com a operadora de telefonia Vivo.

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Durante esta semana, a Junta Comercial do Amapá, Jucap, foi alvo de denúncia sobre possível favorecimento de estelionato empresarial. Em defesa do órgão, o advo-gado Edson Lopes, rebateu as acusações e afirmou que a Jucap agiu dentro dos parâ-metros legais e de acordo com as determinações judiciais.

A matéria veiculada em um jornal local afirmou que a empresa Ecometals Manga-nês do Amapá Ltda ingres-sou com ação judicial contra o presidente da Jucap, Jean Alex. O objetivo do mandado de segurança, segundo o jor-nal, é garantir a eficácia dos atos constitucionais e demais alterações da empresa, as quais foram canceladas pela Junta Comercial.

Entenda o caso Este imbróglio surgiu há

cinco anos, quando o então proprietário da empresa Alto Tocantins, Jorge Augusto Carvalho de Oliveira, firmou acordo de transferência de propriedade para Antônio Tavares Vieira Neto. Toda-via, durante ação, Oliveira questionou a legitimidade da 5° alteração contratual, que diz respeito à transferência de propriedade. Ele afirmou haver fraude no processo, pois não havia assinado a documentação.

A ação correu na justiça e o juiz Anselmo Gonçalves da Silva, da 1ª Vara Federal afirmou, em júri, que a 5ª alte-ração promovida no contrato social da empresa Alto To-cantins possuía vícios e o que

tudo indicava que houve uma sobreposição de um texto novo sobre uma procuração anteriormente assinada por Oliveira. E então a transfe-rência patrimonial foi suspen-sa até posterior apuração do processo administrativo.

De acordo com o advoga-do Edson Lopes, a ação de transferência, de fato, pos-suía vícios. “Obviamente, se a Junta Comercial conside-rou erros na documentação, este processo precisava ser modificado e refeito. Porém esta decisão estava sujeita, tão somente, à determinação judicial”, acrescentou Lopes.

Neste meio tempo, Jorge Augusto Carvalho de Olivei-ra vendeu partes da empre-sa Alto Tocantins e, de uma destas partes, surgiu a em-presa Ecometals Manganês do Amapá Ltda. Algum tempo depois, Oliveira apresentou nova documentação, registra-da em cartório, a qual asse-gurava que o processo da 5ª alteração contratual de trans-ferência de propriedade, que outrora afirmou ser fraudulen-

ta, estava totalmente legal e sem vícios.

“Sendo assim, o senhor Antônio Neto considerou que a empresa Alto Tocantins já era de sua propriedade quando foi desmembrada e vendida em partes. Logo, pediu anulação do registro da empresa Ecometals. A Jucap considerou válido o pedido e efetuou o cancela-mento, simplesmente porque a venda da empresa Alto To-cantins foi feita com vícios e o senhor Oliveira não poderia vender algo que já não era dele”, destacou o advogado Edson Lopes.

Lopes ainda destacou que a Ecometals ingressou com mandado de segurança, para garantir a permanência do re-gistro. “A Jucap irá responder ao mandado de segurança e logicamente esperar a deci-são da justiça. Hoje o enten-dimento da Junta é que houve irregularidades durante o pro-cesso, mas qualquer decisão só será tomada a partir da determinação judicial”, escla-receu o advogado.

Jucap rebate denúncia de estelionato empresarial

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Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012GERAL 10ZONA NORTE

Jornal do POVO Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012 7

Ruanne Lima

As obras de revitalização da Rodovia JK estão desde o mês de dezembro paralisadas. A recuperação, que iniciou em novembro de 2011, já deveria estar em fase de conclusão, mas a realidade está longe disso. O Governo do Estado se comprometeu em revitalizar 13 km da via, mas poucos trechos deste percurso foram realmente recuperados. As obras estão avaliadas em R$ 2,4 milhões. O recurso prevê também a sinalização vertical e horizontal.

Um dos poucos perímetros que foram recapeados foi à frente da Universidade Federal do Amapá, Unifap. A falta de sinalização no trecho é outra preocupação dos motoristas, que frequentemente se sentem lesados, principalmente durante o período de chuva e à noite.

Segundo a servidora pública Rutilene dos Reis, outro pro-blema é o asfalto que foi utilizado na obra. “Este asfalto não tem aderência nenhuma ao pneu do veículo, isso é facilmente comprovado neste período chuvoso. Se o motorista não tomar muito cuidado e trafegar com baixa velocidade, graves aciden-tes podem acontecer”, enfatizou a servidora.

No ano passado 49 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito no Amapá, sendo que 10 destas ocorrências foram registradas na Rodovia JK. E enquanto as obras não são reto-madas, os condutores se arriscam fazendo manobras ousadas e perigosas para desviar da buraqueira.

No início do mês de janeiro, representantes da Secretaria Esta-dual de Transportes, Setrap, afirmaram que as obras só foram pa-ralisadas por conta dos recessos de final de ano. Até agora nenhum maquinário foi visto ao longo da rodovia. (Ruanne Lima)

Obras da Rodovia JK continuam zeradas

Page 8: Jornal do Povo Zona Norte 6ª Edição

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Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012ZONA NORTE

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Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012ESPECIAL

Macapá está em festa. A pro-gramação montada pelo município foi descentralizada para que as co-memorações dos 254 anos da cidade cheguem mais perto da população. Tudo começou ontem, na Câmara de Vereado-res com a entrega de medalhas a 50 personalidades e adesivagem de veículos. O slogan criado pela comissão organizadora este ano destacou a satisfação de viver em Macapá. 254 anos, FelizCidade foi estampado em outdoors pela cidade e veiculado no rádio e TV conquis-tando a simpatia do munícipe.

Da zona norte à zona sul, praças e locais de lazer foram transforma-dos para receber a programação. Antes, uma salva de tiros saldou o amanhecer abrindo as comemora-ções no estacionamento do Merca-do Central. Em seguida um culto ecumênico antecede o canto de parabéns e corte do bolo, que será distribuído aos presentes. A progra-mação vai até o coração do centro, na Praça do Côco.

Na zona norte, os festejos acontecem no bairro Marabai-xo I e entrada da Rodovia do Curiaú. Na zona sul, a rua Clau-domiro de Moraes, uma das mais extensas, foi a escolhida para re-ceber as comemorações, que se es-tendem até o Balneário de Fazendi-nha. A programação de shows inicia às 10h. Voltando ao bairro Central, um dos pontos fortes será a Praça Floriano Peixoto. Praticamente ao lado do Mercado Central, o local irá receber uma programação variada que envolve brincadeiras infantis e shows culturais até as 15h.

Lá, será a largada e chegada da corrida de atletismo, às 8h; Em se-guida acontece o Torneio de Judô Infantil Cidade de Macapá, às 9h; Às 10 será a vez das brincadeiras e jogos, que envolve apresentação de palhaços, pedalinhos, brinquedos infláveis, pula-pula, distribuição de pipoca, refrigerantes e salgados.

Às 11h começa o show artístico e às 15 horas a programação será encerrada na praça, mas prossegue no centro. A expectativa da Prefei-

tura de Macapá é reunir um público supe-

rior ao de anos ante-

riores. “Este ano procu-ramos levar as comemorações para os bairros e não somente concentrar tudo no centro. Afinal, Macapá é a reunião de todos os bairros. Nossos munícipes merecem essa festa”, disse o Coordenador de Comunica-ção do Município Renivaldo Costa. Para o prefeito Roberto Góes, as novidades da festa de 254 anos de Macapá mostram uma preocupação com o munícipe de todos os pontos da capital. “Estamos levando essa festa para todos os cantos de nos-sa cidade e não só no centro. Muita gente que não podia vir, agora terá

como c o m e -

morar perto de casa”, con-

cluiu o prefeito.Ele também lembrou que

os distritos não ficaram de fora da programação. Bailique, Maruanum, Igarapé do Lago, Santa Luzia e Pe-dreira foram incluídos na festivida-de. Em todos haverá programação cultural iniciada a partir das 10h.

No Mercado Central, a partir das 19h acontece o show Macapá, Minha Cidade. No mesmo horário a programação gospel Macapá Aben-çoada começa na Praça do Côco. “Vamos comemorar todos juntos, declarando o nosso amor pela cida-de de Macapá e agradecendo essa dádiva que é mais um ano de histó-ria,” finalizou o prefeito.

HISTÓRIAMacapá é capital do estado do

Ama-pá. Fica no

sudeste do estado, às margens do Rio Amazonas, e é a

única cortada pela linha do Equa-dor. É também a 5ª cidade mais rica da Região Norte do país. Represen-ta 2,85% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) da região e reúne em sua região metropolitana 509.883 habitantes, o que a coloca como terceira maior aglomeração urbana do Norte brasileiro. Sozinha, Ma-capá representa 60% da população do Estado do Amapá, ficando com 3,50% da população de toda a Re-gião Norte.

De acordo com o IBGE, em 2011 a capital tinha uma população de 407.023. Desse total, 97,92% vivem na zona urbana e 2,08% na zona rural. O nome de origem da cidade vem do tupi, uma variação de “macapaba”, que significa lugar de muitas bacabas, palmeira nativa da região, que tem o nome cientí-fico “Oenocarpus bacaba Mart”. Antes de se chamar Macapá, cha-mou-se Adelantado de Nueva An-

daluzia, em 1544, por Carlos V, de Espanha.

A história de Macapá está es-treitamente ligada à defesa das fronteiras de um Brasil domina-do ainda por Portugal. Em 1738 foi criado destacamento militar e depois, no dia 04 de fevereiro de 1758 foi levantado o pelourinho na presença do Capitão General do Estado do Grão Pará, Francis-co Xavier de Mendonça Furtado, fundando a Vila de São José de Macapá. É dessa época a For-taleza de São José de Macapá, a Igreja de São José e a antiga Intendência de Macapá, hoje Museu Histórico Joaquim Ca-etano da Silva. Antes, abri-gou a Prefeitura de Macapá, na época do interventor major Magalhães Barata, e como prefeito o também major Eliezer Levy.

A Igreja de São José de Macapá é outro mar-co. A construção foi ini-

ciada em 1752, seis anos an-tes da Vila de São José de Macapá. A inauguração aconteceu em 5 de março de 1761. O padre era Joa-quim Pair, seu primeiro vigário. A imagem original do padroeiro São José, esculpida em madeira, tem 35 cm de altura, considerada uma das relíquias sacras mais importantes do Estado. A paróquia ficou sem vi-gário por 40 anos. E em 1904, o Pa-dre Francisco Hiller e o Intendente Coronel Teodoro Mendes restaura-ram a igreja.

Macapá também tem um tra-piche que também é parte da his-tória. A estrutura homenageia o então Prefeito Eliezer Levy, que na época recebeu recursos do in-terventor do Pará, Magalhães Barata, para executar a obra. Na última reforma o trapiche recebeu uma estrutura de concreto, mas os barcos deixaram de atracar. As em-barcações aportam no “Igarapé das Mulheres” e nas rampas em frente ao bairro Santa Inês. O Trapiche Eliezer Levy, tem 472 metros de comprimento e é uma das atrações turísticas da cidade.

Macapá comemora 254 anos com festa para todos

Programações foram montadas nas zonas norte e sul, descentralizando as comemorações que só ocorriam no centro da cidade. Distritos também festejam o aniversário

FORTALEZA

IGREJA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ

TRAPICHE ELIEZER LEVI

INTENDÊNCIA DE MACAPÁ

IGREJA SÃO JOSÉ DE MACAPÁ

A Fundação da Associação Re-creativa Escola de Samba Império do Povo confunde-se com a tradição de se fazer carnaval de rua no município de Santana. Desde os anos 70, a Es-cola de Samba Santanense de nome “UNIDOS DO AMAPÁ” já abrilhantava com honra e galhardia, representando este município, nos desfiles em Ma-capá. Aquela agremiação naqueles tempos era originalmente constituída por funcionários da ICOMI, e como lembrança daqueles dias de folia nos deixaram gravado o Samba de Enredo “Exaltação ao Amapá”, uma genial composição de Max Darlindo, compositor reconhecidíssimo dentro da comunidade do Samba do Amapá, que no ano de 1972 tornou-se Cam-peã do Carnaval amapaense, vindo no ano seguinte representar o Enredo “O Mundo Encantado das Crianças.”

Desde então, o carnaval de Santa-na sempre procura preservar sua tradi-ção. Já nos anos 80, surge no cenário carnavalesco de Santana a Escola de Samba Império Santanense, que após filiar-se à Liga das Escolas de Samba do Amapá – L. E. S., em Macapá, veio a alcançar a 2ª colocação como título maior de sua existência, no desfile das Escolas de Samba, defendendo o Samba de Enredo, “Sofia, a Sereia do Porto”, uma composição de Bi Trinda-de e Ricardo Rodrigues, tendo como intérprete Olavo Almeida.

Após uma grande dissidência dentro da Escola Império Santanense, a mesma se extingue e dá origem a duas novas agremiações carnavales-cas em Santana, que foram o Bloco do Povo e a Konstituinte, as quais durante alguns anos foram as principais rivais dentro do carnaval de rua de Santana. O Bloco do Povo desde aqueles tem-pos já era admirado e respeitado pela comunidade do samba do Amapá, por abrigar compositores e intérpretes de renome dentro do cenário cultural do estado.

Após longos anos de existência, folia, alegrias e glórias, a Diretoria da Escola Império do Povo decidiu por regularizar de fato e de direito a entida-de, fundando-a desta vez com o nome de Associação Recreativa Escola de Samba Império do povo, ARESIP, em 03 de Fevereiro de 1993, data de seu aniversário.

A TRADIÇÃOEntre as Escolas de Samba do

Amapá, a Império do Povo é consi-derada a caçula do Carnaval Amapa-

ense, no entanto, para quem conhece suas raízes, sabe que ela está entre as maiores ganhadoras de títulos e tradi-cionais entidades deste estado. Que o diga a comunidade santanense.

A Império do Povo é uma entidade carnavalesca que nasceu predestina-da a vitórias. Grandes rivais desapare-ceram, outras surgiram, mas a verde e branco de Santana continua lá, con-quistando cada vez mais respeito por onde exibe suas apresentações.

Períodos difíceis, como o final dos anos 90 nem são inéditos na história da IMPÉRIO DO POVO, quando qua-se que se acabou de vez com os desfi-les das escolas de samba de Santana. Porém, a agremiação superou suas dificuldades, soube levantar a cabe-ça, repensar o carnaval que corria em suas veias e ressurgir cada vez mais forte, e mais uma vez campeã.

Foi assim, no final do Desfile das Escolas de Samba, em 1998, quando após sentir-se visivelmente prejudica-da ao final da apuração daquele ano, e, após amargar um inédito título de 2º lugar, por meio ponto apenas, a Diretoria da IMPÉRIO DO POVO, na-quele mesmo dia se reuniu e decidiu que a escola já crescera o suficiente para buscar um espaço maior, reco-nhecendo-se a real potência dos seus desfiles. Estava assim decidido que a Escola de Samba Império do Povo iria desfilar em Macapá, e assim, re-presentar Santana, no palco maior do carnaval amapaense, o Sambódromo.

E assim, esse fato foi consumado, após a sua legal inscrição na Liga das Escolas de Samba do Amapá, L. E. S., a Império do Povo teve sua filiação aprovada, e ganhou o direito de desfi-lar no desfile das Escolas de Samba do Amapá, ano de 1999, no Grupo de Acesso. Portanto, às 22 horas do dia...., Sábado, a Império do povo es-

treou por debaixo de uma chuva tor-rencial, no Desfile maior do carnaval amapaense. O primeiro passo havia sido dado... É verdade, que durante 03 anos, a Escola e sua Diretoria penou para se adaptar à dura realidade que se mostrou, de conseguir levar uma média de 1.000 brincantes e 04 carros alegóricos, de um município para o ou-tro, sem sofrer com os reveses que a natureza nos impõe no dia-a-dia. Nos bastidores da notícia do samba, ainda hoje, é muito comum ainda se ouvir o “boato”: “Eles não vão conseguir pas-sar nem na ponte...”

No ano de 2004, à volta por cima tão bem traçada e defendida, foi enfim alcançada. A Associação Recreativa Escola de Samba Império do Povo, re-presentante do município de Santana, no Desfile das Esco las de Samba do Amapá, no Sambódromo, sagrou-se Campeã do Carnaval Amapaense, no grupo de acesso, derrotando agremia-ções tradicionais do vizinho município, como: Embaixada de Samba Cidade de Macapá, Emissários da Cegonha, Solidariedade e Jardim Felicidade, passando a partir de então a compor o grupo de elite das Escolas de Samba do Amapá, o Grupo Especial.

Em 2008, a escola conquistou seu primeiro título do carnaval do Amapá com o enredo Macapá 250: Uma Via-gem Fascinante Pelas Terras Tucuju. A disputa foi definida pelo número de estandartes e a Império do Povo sagrou-se vitoriosa, recebendo cinco dos dez estandartes distribuídos (Fan-tasia, Comissão de Frente, Evolução, Harmonia e Baianas). Enredo para o carnaval deste ano: “Perfume”, que vai contar a história do perfume desde a origem até o apogeu. A agremiação realiza os seus ensaios de 2ª a 6ª fei-ra, às 20:30h, no Centro Vitória Régia, Rua: Ubaldo Figueira – Santana-AP.

Por: Cliver CamposTwitter: @clivercamposBlog: http://www.clivercampos.blogspot.come-mail: [email protected]

DE SAMBAPAPO

Império do Povo: 19 anos de CarnavalPiratas da Batucada e o Vale Encantado do Tapajós

Piratas da Batucada neste carnaval traz o Enredo: “O Vale Encantado do Tapajós”. Fazendo uma viagem até Santa-rém, Oriximiná, Monte Alegre e outras cidades pertencentes aquela região. O Piratas, recebe nesta sexta-feira 03/02, às 22:00h, a visita do governador do estado e da corte do carna-val formada pela diretoria executiva da Liga das Escolas de Samba do Amapá, juntamente com o Rei Momo Raimundo Tavares (Sucurijú), Cidadão do Samba (Aureliano Neck) e Musa (Nauva Alencar). Local Quadra do Ginásio Santa Inês. No dia 10/02, a agremiação realiza ensaio técnico, às 21:00h no Sambódromo. Neste domingo 05/02, tem mais um Arrasta Povão na Orla de Macapá. Concentração: 16:00h, no Com-plexo do Araxá.

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ZONA NORTE

Jornal do POVO GALERA DA CITYCom Lorrana Kérr Wara

16Macapá, 4 a 11 de fevereiro de 2012

Ana Paula, completando 15 anos. Felicidades.

Família Lopes do Rio Grande do Norte em visita a Macapá

Ivonéa Socorro, exibindo charme para nossa coluna

Nonato Corte e Cleuda Amanajás, com sua neta Daniela Costa

Tiana Campos e Peter Albuquerque

Turma recém formada em Biomedicina em Congresso na Curitiba