jornal do ave nº40

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Quinzenal 20 de janeiro de 2016 Nº 40 Ano 2 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 € pub PUB //PÁGs.6 e 7 Santo Tirso e Famalicão dão cartas nos têxteis técnicos Jovens no Modatirso à procura de um lugar ao sol Profissionais queixam-se que “falta tudo” Hospital de Santo Tirso Domingo todos os caminhos levam ao S. Gonçalo em Covelas Detidos suspeitos por tráfico de droga NIC de Santo Tirso desmantela estufas //PÁG.4 //PÁG. 15 //PÁG. 11 //PÁG. 12 //PÁG.4 Misericórdia exige meio milhão ao Estado PUB Incêndio destrói armazém //PÁG.5 PUB

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Edição de 20 de janeiro de 2016

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Page 1: Jornal do Ave nº40

1 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Quinzenal 20 de janeiro de 2016 Nº 40 Ano 2 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

pubPUB

//PÁGs.6 e 7

Santo tirso e Famalicão dão cartas nos têxteis

técnicosJovens no Modatirso

à procura de um lugar ao sol

profissionais queixam-seque “falta tudo”

Hospitalde Santo tirso

Domingo todos os caminhos levam ao

S. Gonçalo em Covelas

Detidos suspeitospor tráfico de droga

NIC de Santo tirso desmantela estufas

//PÁG.4

//PÁG. 15

//PÁG. 11

//PÁG. 12

//PÁG.4

Misericórdia exige meio milhão ao Estado

PUB

Incêndio destrói armazém

//PÁG.5

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2 JORNAL DO AVE 20 JANEIRO 2016 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

// Vila Nova de Famalicão

// Vila Nova de Famalicão

O Tiago é um pequeno super--herói de quatro anos que luta con-tra um neuroblastoma, um tipo de cancro maligno que afeta, maiori-tariamente, crianças e que apre-senta grande resistência aos tra-tamentos e tem um crescimento explosivo.

Depois de darem a conhecer a história do Tiago, num pedido de ajuda para o levar aos Estados Uni-dos para ser alvo de um tratamen-to experimental de imunoterapia, os pais do menino têm conseguido fazer crescer, a cada dia que passa, uma onda de solidariedade, que já se espalhou por todo o país. Após dois anos de tratamentos intensi-vos a combater o tumor, nos quais se multiplicaram as sessões de qui-mio e radioterapia, os pais do Tia-go acalentam uma nova esperan-ça, que está em Nova Iorque, no Hospital Memorial Sloan Kettering Cancer Center.

No total, são necessários “cer-ca de 300 mil euros” para que o menino consiga ser tratado e, por isso, os pais, familiares e amigos do Tiago arregaçaram as mangas para angariar fundos. Uma das demonstrações de solidariedade aconteceu na Associação do Infan-tário de S. Tomé de Negrelos, con-celho de Santo Tirso, que o meni-no frequenta.

“Surgiu a ideia de proporcionar

Novecentos quilos de alimen-tos e mais de dois mil euros. Este foi o resultado da recolha solidá-ria feita pelos alunos do Colégio das Caldinhas, durante o perío-do natalício. Com esta iniciativa, cerca de dois mil jovens que fre-quentam cinco escolas do Colé-gio, incluindo a OFICINA, conse-guiram apoiar “57 famílias” dos concelhos de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão.

Enquadrada no projeto educa-

“Um grande cabaz de alimentos”. Esta foi a oferta da Casa do Futebol Clube do Porto (FCP) de Vila Nova de Famalicão à Associação Fama-license de Prevenção e Apoio à De-ficiência (AFPAD).

A recolha de alimentos foi pro-movida “entre sócios, amigos e vi-sitantes” da Casa do FCP do con-celho, que “não ficou indiferente”

Imbuídos no “espírito Natalício”, o Rotaract Club de Vila Nova de Famalicão, com o apoio da Esco-la Profissional Forave e de compa-nheiros e amigos, entregou “bens alimentares, roupa e brinquedos” no Centro Social e Cultural de S. Pedro de Bairro, a 9 de janeiro.

Esta instituição trabalha “12 va-lências”, nomeadamente “Creche, Jardim de Infância, Atividades de Tempos Livres, Centro de Dia, Cen-tro de Convívio, Centro de Ativida-

O Super t precisa de nósHugo Sousa, João Seabra, Paulo Baldaia e Joel Ricardo Santos são os humoristas que vão

animar a tarde de 31 de janeiro no pavilhão desportivo da Escola Básica de Negrelos. A inicia-tiva “Por TI a Rir” é solidária e os fundos angariados revertem a favor do pequeno Tiago, que sofre de um cancro e precisa de viajar aos Estados Unidos para ser alvo de um tratamento ex-perimental. CÁTIA VELOSO

um megaevento solidário. A as-sociação achou por bem pedir al-gum apoio à Junta de Freguesia de S. Tomé de Negrelos, que se mos-trou desde o primeiro momento apoiante da causa. A partir daí, fi-cou decidido fazer uma coisa em grande e para isso era necessário juntar as associações da freguesia para apoiar a organização e ten-tar chegar ao máximo de pesso-as possível”, explicou Micael Pa-checo, porta-voz da comissão or-ganizadora.

O movimento associativo de S. Tomé de Negrelos abraçou o pro-jeto e idealizou um espetáculo de humor, cujos fundos angariados revertem para a causa do peque-no Tiago. “Por TI a Rir” foi o epíte-to dado ao evento, que vai juntar na tarde de 31 de janeiro, no pavi-lhão desportivo da Escola Básica de Negrelos, os humoristas Hugo Sousa, João Seabra, Joel Ricardo

Santos e Paulo Baldaia.Graças à “diversidade” de coleti-

vidades associadas à iniciativa, foi possível “congregar esforços para a concretização de um só objeti-vo, ajudar o Tiago”, explicou Mica-el Pacheco.

Os bilhetes estão à venda, an-tecipadamente, na Junta de Fre-guesia de S. Tomé de Negrelos, na Associação Recreativa de Negre-los, na Associação Infantário de S. Tomé de Negrelos. A bilheteira também vai estar aberta no dia e no local do espetáculo. Os bilhetes custam cinco euros e as crianças até aos 12 anos têm entrada grátis.

“Se porventura alguém não con-seguir adquirir bilhetes pedimos que se informem no evento do fa-cebook ‘Por TI a Rir’, de modo a ob-ter algumas informações acerca dos bilhetes e aquisição dos mes-mos”, explicou Micael Pacheco.

Casa do FC porto solidária com a AFpADao trabalho desenvolvido pela as-sociação com “crianças, jovens e adultos portadores de deficiência ou incapacidade”. “Se o futebol é uma paixão, a solidariedade so-cial pode acompanhar essa paixão, mobilizando as pessoas para uma causa”, denotou Mário Martins, presidente da direção da AFPAD.

Num gesto que evidencia “a

grande responsabilidade social” de uma instituição ligada ao des-porto e especialmente ao futebol, a direção da Casa do FCP transmi-tiu à AFPAD “a grande satisfação e o enorme prazer” que sentia por poder “ajudar uma instituição que trabalha com portadores de defi-ciência”, contribuindo “modesta-mente, mas com grande satisfação e alegria para a sua qualidade de vida”. E como entre os utentes da associação há também adeptos e simpatizantes do Futebol Clube do Porto, o cabaz foi acompanhado por um cachecol, que “passa a in-tegrar a ‘sala de troféus’” da AFPAD.

P.P.

Rotaract presenteia Centro de S. pedro de Bairro

des Ocupacionais, Centro de Aco-lhimento Temporário/Lar de Jo-vens, Lar de Idosos, Serviço de Apoio Domiciliário, Formação Pro-fissional, Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social”. “Ten-do em conta a diversidade de ser-viços prestados e o facto de dia-riamente atenderem 600 utentes, a nossa doação foi muito bem re-cebida, mesmo sendo uma gota na imensidão de necessidades”, adiantou fonte do Rotaract. P.P.

Jovens da OFICINA ajudam famílias carenciadas

tivo do Colégio, esta recolha pro-curou exaltar “os valores da soli-dariedade e da ajuda ao próximo”.

“Estes resultados foram muito positivos e proporcionaram um Natal mais reconfortante a vá-rias famílias. Todos estes apoios não teriam sido possíveis sem o empenho e apoio de toda a co-munidade educativa do Colégio das Caldinhas”, afirmou Ângela Silva, do Gabinete de Serviço So-cial do INA. C.V.

“A pensar na sua saúde”, a Junta de Freguesia de Vila Nova do Cam-po desenvolve o projeto “Consul-tas Sociais de Nutrição”. Assim, a partir do dia 26 de janeiro, a sede da Junta de Freguesia, em S. Mar-tinho do Campo, recebe, entre as 9 e as 18 horas, a visita dos profis-sionais de saúde, que vão acom-

Consultas Sociaisalertam para a Nutrição

panhar “crianças até aos 12 anos de idade, idosos carenciados e ou-tros carenciados, desde que apre-sentem obesidade ou algum pro-blema de saúde que exija cuidado nutricional”.

As consultas são “gratuitas” e a próxima já está marcada para 5 de fevereiro. P.P.

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Tiago sofre de um cancro e precisa de ajuda

Rotaract entregou bens alimentares, roupa e brinquedos

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Atualidade// Santo Tirso

pub

Com o novo contrato, o mu-nicípio de Santo Tirso vai gastar

“menos cem mil euros” na reco-lha de resíduos sólidos e limpeza urbana. O anúncio foi feito pelo executivo municipal, que na tar-de de terça-feira, na Praça 25 de Abril, deu a conhecer o novo ser-viço, que será prestado pelo pe-ríodo de dez anos pelo consórcio Rede Ambiente/EcoRede, vence-dor do concurso público interna-cional. A tonelada de RSU recolhi-da e transportada passa de 39,55 euros para 29,65. Para Joaquim Couto, presidente da autarquia, esta adjudicação representa “me-lhor serviço por menos dinheiro”.

Além da poupança, a autar-quia destaca o reforço dos servi-ços prestados, nomeadamente “a varredura de várias ruas das fre-guesias de Vila das Aves e de San-

Menos 100 mil euros gastos com recolha do lixoMais poupança e mais serviços. Estes são os pontos que a au-

tarquia de Santo Tirso destaca com a celebração do novo con-trato de prestação de serviços na recolha de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana. Para o presidente da Câmara, mais do que garantir uma fatura mais pequena na recolha do lixo, o contrato é vantajoso por garantir mais serviços ao nível da limpeza urbana. CÁTIA VELOSO

to Tirso, bem como a limpeza de sarjetas, lavagem de alguns arru-amentos e praças e substituição de papeleiras”. Com este serviço atribuído à empresa, a autarquia garante “mais qualidade ambien-tal” e permite que, por exemplo,

“a Junta de Freguesia de Vila das Aves consiga deslocar os funcio-nários para outros locais”.

“A diminuição da despesa não pode ser feita a qualquer custo. Consideramos de extrema impor-tância manter o concelho limpo, servindo bem a população”, afian-çou o autarca.

Com atividade em vários locais da região, como Gondomar, Valon-go, Trofa, Ponte da Barca, Vila Ver-de, Póvoa de Varzim e Matosinhos, a Rede Ambiente/Ecorede tem 520 funcionários e serve cerca de 890 mil pessoas. “O serviço de proxi-midade” é, segundo o adminis-

trador, João Sá, um dos trunfos. “Aquilo que o município paga à em-presa é substancialmente inferior àquilo que pagava ao prestador de serviços anterior. Ao longo do tempo, as pessoas vão aperceber-

-se que os centros de Santo Tirso e de Vila das Aves vão ficar com um aspeto diferente”, garantiu.

PSD vota contra valores das tarifas

O PSD Santo Tirso manifestou--se contra as tarifas impostas pelo

executivo municipal referentes à recolha de resíduos sólidos urba-nos e água. O partido considera que perante a redução em “cerca de 100 mil euros” por ano do va-lor dos serviços, essa redução de-via ser refletida no valor pago pe-los tirsenses na fatura. Defenden-do essa opinião, os vereadores do PSD votaram contra os valores das tarifas respeitantes à recolha de resíduos sólidos urbanos e água proposta pelos socialistas, na úl-tima reunião de câmara.

Os sociais-democratas tirsen-

ses afirmam que a maioria socia-lista tem conduzido os assuntos dos tarifários com “ambiguida-de, pois o discurso vai num senti-do que não encaixa com as práti-cas”, explicando que “se por um lado o poder de compra per capita em Santo Tirso é dos mais baixos comparativamente com os conce-lhos vizinhos, por outro os valores cobrados pelos serviços são alta-mente penalizadores para as fa-mílias tirsenses, bem como para os agentes económicos a operar no concelho”.

Joaquim Couto explicou que, não obstante “haver uma parte significativa de utentes que não pagam” o serviço de recolha de lixo, devido à sua condição eco-nómica, há “necessidade de re-cuperar o tarifário degradado”, ou seja, “os tarifários aplicados não cobrem o custo do serviço”.

“Face à situação de crise e em que nos encontramos, em 2014, 2015 e 2016 mantivemos o tarifário. Se fôssemos cumprir rigorosamen-te o que está estabelecido, não só Santo Tirso como nos outros municípios tinham de subir os ta-rifários para o valor real dos ser-viços”, afiançou.

Joaquim Couto e João Sá apresentam equipa de recolha de resíduos

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Atualidade// Vila Nova de Famalicão // Santo Tirso

// Trofa & Santo Tirso // Vila Nova de Fsamalicão

A Polícia de Segurança Públi-ca (PSP) de Braga intercetou um homem a conduzir um veícu-lo, sem habilitação legal para o efeito, acabando por o deter. A detenção ocorreu pelas 19.45 horas de 13 de janeiro, na Aveni-da D. Afonso Henriques, em Vila Nova de Famalicão.

O detido foi notificado para comparecer nos Serviços do Ministerio Público junto do Tri-bunal Judicial de Vila Nova de Famalicão. P.P.

O Núcleo de Investigação Crimi-nal (NIC) do Destacamento Territo-rial de Santo Tirso, com o apoio de elementos da Polícia de Seguran-ça Pública do Porto, desmantelou e apreendeu “quatro estufas para cultivo de Cannabis”, no decorrer de uma operação que foi desen-cadeada a 12 de janeiro.

Em comunicado, fonte policial explicou que esta ação surgiu no âmbito de uma investigação rela-tiva à eventual prática do crime de tráfico de estupefacientes, tendo sido realizadas “nove buscas do-miciliárias e quatro não domicili-árias” nos concelhos da Trofa, Vila Nova de Gaia, Porto, Ermesinde, Vila Real e Gondomar.

A detenção, que ocorreu pelas 10.30 horas de 14 de janeiro, surge no decorrer de “uma fiscalização de prevenção e combate ao con-sumo de estupefacientes, junto das escolas dos concelhos de Barcelos e Vila Nova de Famalicão”.

O indivíduo, que e “suspeito de tráfico de estupefacientes”, auto-rizou “uma busca domiciliária à respetiva residência”, onde os mi-litares apreenderam “271 doses de haxixe, 80 euros em numerário,um cachimbo, uma arma branca (faca) e um telemóvel”. “O suspeito foi

Na Trofa, o caos instalou-se, es-pecialmente na freguesia de Bou-gado, devido à subida do caudal do Rio Ave e Rio Trofa. Houve habi-tações, em zonas rurais, que fica-ram isoladas devido à subida do ní-vel da água. O Parque das Azenhas, junto ao Rio, ficou totalmente de-baixo de água e a força da corren-te do Rio Ave provocou alguns es-tragos, em menor escala que a pri-meira cheia verificada naquela em-preitada executada com fundos co-munitários, em 2014.

Os automobilistas tiveram mui-tos problemas para circular desde a Trofa em direção a Vila do Con-de, uma vez que quase todas as

“Danos numa máquina e no sistema eletrico da empresa” foram o resultado de um incên-dio industrial, que deflagrou na madrugada de terça-feira, na freguesia de Fradelos, em Vila Nova de Famalicão.

O alerta soou pelas 3.35 horas e para o local foram mobilizados

“oito” elementos dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, apoia-dos por “dois veículos”. P.P.

Detidos suspeitos por tráfico de drogaUm jovem de 20 anos, resi-

dente em Brufe, concelho de Vila Nova de Famalicão, foi de-tido pelos militares da Secção de Programas Especiais (SPE) do Destacamento Territorial de Barcelos, junto à EB 2/3 e Secundária de Viatodos, no mesmo concelho, por ter na sua posse “uma quantidade de haxixe”, segundo avançou o Comando Territorial de Bra-ga da Guarda Nacional Repu-blicana, em comunicado.PATRÍCIA PEREIRA constituído arguido e sujeito a Ter-

mo de Identidade e Residência, res-tituído à liberdade e os factos parti-cipados ao DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Fa-malicão, prosseguindo-se com as necessárias diligências de investi-gação”, adiantou ainda em comu-nicado. No âmbito da mesma ação, um homem, de 27 anos, foi detido pelas 12.30 horas de 15 de janeiro, por “suspeitas de envolvimento no crime de tráfico de estupefacien-tes”. A detenção concretizou-se na

“sequência de diligências investiga-tórias que levaram à execução de uma busca domiciliária” em Brufe, onde foi apreendido “duas plantas

de cannabis com 124 (gramas), uma lâmpada de Halogenio, duas ventoi-nhas, um mediador de Ph, um tele-móvel marca Samsung, um tempo-rizador, duas saquetas isotermicas com sementes, um Grinder, uma faca com Lâmina de 12 centímetros, dois frascos de fertilizante, um tubo de ventilação, um transformador e um PC marca Toshiba”.

“Após ter sido sujeito a todas as formalidades legais, o detido foi res-tituído à liberdade e será notificado oportunamente para ser ouvido nas instâncias judiciais, em Famalicão”, adiantou fonte do Comando, refe-rindo que “prosseguem as diligên-cias de investigação”.

Chuva forte provoca inundações e desabamentosAs fortes chuvas que caíram na semana passada provocaram cheias e aluimentos um pouco por toda a região Norte. Na Trofa e em Santo Tirso houve corte de estradas e aluimentos. CÁTIA VELOSO

vias, incluindo a Estrada Nacional 104, com esse acesso foram corta-das ao trânsito. Foi uma aventura para muitos conseguir chegar ao destino, tentando várias ruas, em que alguns desistiram e preferiram ir para Vila do Conde pela freguesia de Ribeirão. Houve quem se atre-vesse a passar por uma rua intran-sitável e não ganhasse para o sus-to. Foi o caso de um motociclista que acabou por ser arrastado pe-las águas, na Rua da CEE, em San-tiago de Bougado. O homem con-seguiu agarrar-se, mas a mota aca-bou por desaparecer, tendo sido encontrada dias depois, quando o nível da água baixou.

No centro da cidade da Trofa, a água cortou a Estrada Nacional 14 e outras vias secundárias e inva-diu o edifício da Câmara Municipal, que teve de deslocalizar, tempora-riamente, os serviços para o polo 2.

Em Santo Tirso, tambem se re-gistaram o corte de estradas e inundações. Na freguesia da Re-guenga, a Estrada Agrícola das Agras foi cortada, devido à subida do nível do Rio Leça. Na freguesia de Vila Nova do Campo, houve alui-mento de terras que cortaram vias, desabamento de muros e queda de postes na via pública. As ruas

do Montinho, de Capela e Cimo de Vila estiveram fechadas à circula-ção rodoviária. Em Roriz, tambem houve registo da queda de muros.

O parque de estacionamento da estação ferroviária de Santo Tirso tambem teve acesso cortado, as-sim como a entrada para o pas-seio pedonal do Parque Urbano da Rabada, depois da ponte junto do Mosteiro de S. Bento. Na Estrada Nacional 204, em direção à rotun-da do Mosteiro de S. Bento, a que-da de uma árvore, obrigou ao cor-te do trânsito. Incêndio industrial

provoca danos

Detido sem habilitação para a condução

NIC desmantela quatroestufas de cannabis

Na operação foram detidos oito homens, com idades compreendi-das entre os 25 e os 53 anos de ida-de, que foram presentes no Tribu-nal de Instrução Criminal de San-to Tirso para primeiro interrogató-rio judicial, a 13 de janeiro. Foram ainda “apreendidos 6,603 quilos de Pólen de Haxixe, 12,776 quilos de Cannabis (folha), 73 plantas de Cannabis, cinco selos de LSD (áci-do lisergico dietilamida), três gra-mas de cocaína, 6609 euros, qua-tro viaturas, dois bastões extensí-veis e uma arma de ar comprimido, três balanças, dez telemóveis e vá-rios utensílios para corte e condi-cionamento de materia estupefa-ciente”. P.P.

Apreensão decorreu no âmbito de uma fiscalização junto de escolas

Em Vila Nova do Campo houve aluimentos e queda de muros

Cheias provocaram vários estragos materiais no concelho da Trofa

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Atualidade// Santo Tirso

// Vila Nova de Fsamalicão

O fumo era bastante intenso quando os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso chegaram junto de um armazém que continha desper-dícios têxteis na Zona Industrial da Poupa, em Santo Tirso. Depois do alerta, cerca das 21.30 horas de sexta-feira, 15 de janeiro, os solda-dos da paz chegaram ao local e de-pararam-se com a primeira dificul-dade: o armazém estava fechado e foi preciso alguns minutos para conseguir abrir uma das portas. Entretanto, e face à proporção do incêndio, alimentado por grandes quantidades de desperdícios têx-teis, os bombeiros tiveram de com-

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Famalicenses (AHBVF) celebrou a escritura de “um terreno com cerca de dois mil metros quadrados, na Rua Conselheiro Santos Viegas, destinado a uma futura am-pliação do Quartel/Sede”.

A escritura decorreu no Cartório Notarial do Dr. Aníbal Castro da Costa, a 13 de janei-ro, na presença de António Meireles, presi-dente da direção da AHBVF, e do tesourei-ro João Paulo Araújo. “Trata-se de um im-portante investimento que tem por objeti-vo permitir o crescimento das atuais instala-ções operacionais ou a instalação de outras valências que complementem as que atual-mente existem. Podem ainda constituir-se nesta parcela de terreno novas formas de

70 bombeiros combateram incêndio em armazémUm incêndio num armazém na Zona Industrial da Poupa, em

Santo Tirso, mobilizou 70 bombeiros de 11 corporações. Não houve feridos. CÁTIA VELOSO

bater as chamas também através das janelas do armazém.

Com a iminência da queda das estruturas do teto, o que veio a acontecer, a corporação “fez um combate defensivo”, tentando manter os bombeiros em seguran-ça e evitar que as chamas se pro-pagassem para os armazéns con-tíguos. Esse objetivo foi consegui-do e apenas há a registar alguns da-nos na tipografia ao lado, devido à água que acabou por entrar.

O incêndio mobilizou 11 corpo-rações de bombeiros: Santo Tirso, Tirsenses, Vila das Aves, Trofa, Fa-malicão, Famalicenses, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos

Leça, Moreira da Maia e Ermesinde. No combate às chamas estiveram 70 soldados da paz, apoiados por 20 veículos.

O fogo foi dominado cerca da

meia-noite e pouco tempo depois entrou em rescaldo, permitindo a entrada de uma máquina retroes-cavadora para a retirada dos mate-riais que existiam dentro do arma-

zém. As causas do incêndio estão a ser apuradas. As operações termi-naram às 11 horas do dia seguinte.

BV Famalicenses celebramescritura de novo terreno

financiamento das atividades associativas, designadamente daquelas levadas a cabo pelo Corpo de Bombeiros”, adiantou fonte.

Já a 6 de janeiro, o gerente da loja do In-termarché de Vila Nova de Famalicão, Nuno Ribeiro, entregou um cheque no valor de

“6500 euros” à AHBVF, através do presiden-te António Meireles e do comandante Bruno Alves. Esta ação surge no âmbito da iniciati-va “Ateste esta ideia”, que terminou a 31 de dezembro, em que “por cada litro de com-bustível, um cêntimo revertia para os BVF”.

Também a 31 de dezembro, terminou a campanha “Quartel Electrão”, onde a Asso-ciação recolheu “65871 quilos de resíduos, dos quais 1403 quilos correspondem a lâm-padas e 123 quilos a pilhas”. P.P.

Pub

Chamas destruíram armazém

Para a direção dos Bombeiros, trata-se de um “importante investimento”

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Atualidade// Santo Tirso

A 16 de dezembro de 2014, o Governo PSD/CDS-PP anunciou a passagem do hospital de Santo Tirso, que integra o Centro Hospi-talar do Médio Ave (CHMA) junta-mente com a unidade de Famali-cão, para a alçada da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso. Mas a 12 de dezembro de 2015, o Governo PS suspendeu o pro-cesso e, a 11 de janeiro, anulou os despachos de homologação da celebração do Acordo de Co-operação entre a Associação Re-gional de Saúde do Norte (ARS-

-N) e a União das Misericórdias, para a devolução do hospital de Santo Tirso.

José Santos Pinto relembra que “ao fim de negociações de um ano”, foi avisado com “15 dias de antecedência” da reversão deste processo, depois de já ter investi-do “cerca de 450 mil euros”. “So-mos uma instituição de referên-cia, com alto sentido de respon-sabilidade e, se íamos assumir a responsabilidade no dia 1 de ja-neiro de 2016, teríamos que es-tar devidamente preparados para dar o melhor contributo à comu-nidade”, justificou.

Quando questionado se acre-dita na reversão do processo, o provedor afirmou que “não tem o dom de adivinhar” e por isso deixa “ao critério do bom senso dos portugueses e do Estado Por-tuguês”, adiantando que enviou,

“há 15 dias”, uma “carta registada ao secretário de estado” da Saú-de, questionando “o porquê” des-ta reversão, mas que até agora ainda “não obteve qualquer tipo de resposta”.

Questionado se pondera “um

Após anulação da passagem do Hospital, Misericórdia exige meio milhão“Uma injustiça”. É desta forma que o provedor da Santa Casa

da Misericórdia de Santo Tirso, José Santos Pinto, se refere à anulação da passagem do Hospital de Santo Tirso para a sua alçada, prevista para o dia 1 de janeiro de 2016. PATRÍCIA PEREIRA

contencioso”, José Santos Pin-to referiu que há “lei e justiça no país” e, por isso, “acredita que a lei prevaleça”, uma vez que “há investimentos feitos e logicamen-te têm que ser reembolsados”.

O provedor não entende “o por-quê de algumas dúvidas” sobre “a capacidade” da Santa Casa para fazer a gestão do Hospital, quan-do, “a nível nacional”, o seu “ser-viço é um exemplo”, sendo das

“primeiras” a ter “todas as suas valências certificadas”. “O Hos-pital de Santo Tirso tem cente-nas de pessoas em lista de espe-ra para fisiatria. Nós temos uma clínica onde se trata diariamen-te 600 pessoas e temos capaci-dade para 800. A Misericórdia não tem lista de espera e, por isso, faz melhor, com menos custos e com mais qualidade. É uma das van-tagens da Misericórdia”, exem-plificou.

Quanto a este processo, José Santos Pinto considera “inad-missível que o responsável pela autarquia”, Joaquim Couto, pas-se “a mensagem de que o Ser-viço Nacional de Saúde (SNS) ia sair”. “Mentira. O SNS mantinha-

-se da mesma maneira. Única e simplesmente mudava a gestão. A prova mais do que evidente de que a gestão da Misericórdia é um exemplo, é o facto de ser o maior empregador do concelho, com 360 trabalhadores”, mencionou.

“85 por cento do pessoal mostrou vontade para

trabalhar com a Misericórdia”

No comunicado emitido a 11 de janeiro, o gabinete de Adalber-to Campos Fernandes, ministro

da Saúde, afirmou que a decisão de anular a passagem do Hospi-tal de Santo Tirso para a Miseri-córdia local “foi ponderada” e em

“nada coloca em causa a históri-ca colaboração entre o Ministério da Saúde e a União das Misericór-dias Portuguesas, que se preten-de manter no futuro, num esfor-ço de complementaridade”. Nes-se sentido, o Ministério da Saúde e a União das Misericórdias Por-tuguesas vão proceder “à avalia-ção dos acordos de cooperação efetuados anteriormente, atra-vés da Comissão de Acompanha-

Após uma reunião entre os deputados do PSD Porto e o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, o líder dos sociais-democratas do Porto, Virgílio Macedo, afirmou que, “antes desta tomada de decisão por parte do Governo”, era “pa-cífico que o interesse das populações seria melhor servido através da entrega da gestão do Hospital de Santo Tirso à Misericórdia”. “O que está em cau-sa é que o Hospital de Santo Tirso tem um conjunto de valências que poderiam ser alargadas e de ser-viços que poderiam ser melhorados e um conjun-to de equipamentos que poderiam ser ainda me-lhores e é isso que a Misericórdia se tinha compro-metido. O objetivo final era prestar melhores servi-ços de saúde de proximidade a todos os tirsenses”, referiu, considerando “inexplicável” que, por “um simples preconceito ideológico”, este Governo faça

“uma reversão sem qualquer nexo” e que, “sobretu-do vai prejudicar todos os tirsenses”.

Virgílio Macedo adiantou que a Misericórdia “já ti-nha feito investimentos ao nível de informática, já tinha contratualizado investimentos ao nível de in-fraestruturas, de melhorar o edificado, que se en-contra deteriorado, já tinha feito todo um conjun-to de diligências no sentido de aumentar a oferta

Deputados do PSD Porto reúnem com provedoraos tirsenses e tudo isso travou”. “O que é que vai ser do Hospital de Santo Tirso daqui a dois ou três meses? Os investimentos que iam ser feitos pela Misericórdia de Santo Tirso vão ser feitos pelo Mi-nistério da Saúde”, questionou.

Também a deputada Andreia Neto, líder do PSD de Santo Tirso, reforçou que este acordo estabe-lecia “melhor qualidade de saúde que seria pres-tada a toda a comunidade”, estando “convencida que a reversão deste acordo prejudica gravemen-te a população de Santo Tirso e da Trofa”. A depu-tada adiantou ainda que, neste acordo, a Miseri-córdia de Santo Tirso “se comprometia a não ha-ver despedimentos no hospital, a manter as valên-cias que neste momento são prestadas a toda a população e ia mais além, porque havia um alar-gamento dessas valências”. Por essa razão, a 15 de janeiro, os deputados do PSD Porto deram en-trada de uma pergunta dirigida ao Ministro da Saú-de, onde questionam “onde é que estavam as fun-dadas dúvidas de que não existe interesse públi-co”, esperando que o Ministro da Saúde respon-da “rapidamente, para que os tirsenses possam ser esclarecidos”.

P.P.

mento prevista nos contratos, de forma a poder-se evidenciar a sua eventual mais-valia para o inte-resse público, bem como manter um diálogo ativo com as respeti-vas autarquias, cujos resultados vão nortear a discussão futura destes projetos”.

O gabinete explicou que deci-diu anular este processo, porque os “estudos e o modelo económi-co-financeiro que estão na base dos Acordos de Cooperação sus-citaram fundadas dúvidas sobre a efetiva defesa do interesse pú-blico” e “os utentes, os profissio-

nais de saúde e as autarquias têm evidenciado o seu desacordo re-lativamente a estes processos”.

Informação contrária foi avan-çada pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, que adiantou que, “quando fez o levantamento dos recursos humanos, 85 por cento do pesso-al existente no hospital mostrou vontade para trabalhar com a Mi-sericórdia”. “Acho que é uma má informação que está a intoxicar, infelizmente, a população com mentira profunda e que não tem um fundo de verdade”, terminou.

Andreia Neto está “convencida que a reversão deste acordo prejudica a população de Santo Tirso e da Trofa”

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7 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

Após anulação da passagem do Hospital, Misericórdia exige meio milhão

Cinco dias antes de o Ministé-rio da Saúde anular a passagem da gestão do Hospital de Santo Tirso

- pertencente ao Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) juntamente com a unida de Vila Nova de Fama-licão – para a Santa Casa da Mise-ricórdia de Santo Tirso, o SEP aler-tou, em comunicado, para a “situ-ação caótica que se vive em Santo Tirso” e que tem que ser “rapida-mente resolvida pelo atual Gover-no, nomeadamente na sua aposta na manutenção deste hospital na esfera pública”, sendo “uma exigên-cia ‘para ontem’, “garantir recursos humanos e materiais” para “permi-tir prestações de excelência aos ci-dadãos e doentes”. No comunica-do emitido a 11 de janeiro, o gabine-te do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garante que “o normal funcionamento destas uni-dades hospitalares, integradas nos CHMA”, encontra-se “salvaguarda-do”, no que concerne “à prestação de cuidados de saúde aos utentes, devendo as mesmas serem alvo de processos de desenvolvimento e sustentabilidade, a elaborar pe-los respetivos conselhos de admi-nistração”.

Mas o presidente da Secção Re-gional do Norte da Ordem dos Mé-dicos (SRNOM), Miguel Guimarães, denunciou que no início deste ano foram “transferidos nove médicos de Santo Tirso para Vila Nova de Famalicão, por decisão da direção do CHMA”, colocando “em causa o funcionamento” da unidade hospi-talar tirsense. “O serviço de Medici-na Interna perdeu quatro médicos especialistas e cinco internos para o Hospital de Famalicão, o que está a prejudicar o Serviço de Urgência e a resposta de centenas de utentes seguidos em consulta daquela es-pecialidade”, adiantou, acrescen-tando que “não chega dizer que o hospital não vai passar para a Mi-sericórdia”, mas “é preciso devol-ver-lhe os meios humanos neces-sários para que funcione”.

Em comunicado, o PS de Santo Tirso “congratula-se” com esta de-cisão do Governo, que vai “ao encontro da posição assumida” pela concelhia, que “sempre se manifestou contra a entrega daquela uni-dade hospitalar à Misericórdia”. “A justificação dada pelo Governo só veio confirmar as dúvidas levantadas pelo PS/Santo Tirso, que cha-mou a atenção para o risco de degradação da qualidade dos servi-ços prestados aos utentes dos concelhos de Santo Tirso e Trofa e do acesso aos cuidados de saúde”, referiu.

A concelhia socialista espera que o Ministério da Saúde “esteja dis-ponível para fazer a avaliação do estado em que se encontra o Hos-pital de Santo Tirso, por força da estratégia de degradação posta em prática pelo anterior Governo do PSD, e pondere a possibilidade de investir em recursos humanos, técnicos e financeiros num futuro a médio e longo prazo”.

Também o presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Vila Nova de Famalicão, Luís Andrade Moniz, afirmou que esta notícia é

“excelente para Famalicão e para os famalicenses”, uma vez que “está assegurada a manutenção e o desenvolvimento do CHMA, enquan-to um Centro Hospitalar de referência na rede de saúde pública por-tuguesa”. “O PS de Vila Nova de Famalicão congratula-se com esta decisão tomada pelo Governo, pois defende os famalicenses da des-qualificação do Hospital de Famalicão, da descaracterização do seu perfil assistencial, a caminho de um ‘hospital de proximidade’, sem maternidade e sem Urgência médico-cirúrgica”, completou.

Luís Andrade Moniz adiantou ainda que “não se pode esquecer” que “as circunstâncias atuais exigem um plano de intervenção que promova a melhoria das duas Unidades, nas suas dimensões estru-turais e humanas”.

Câmara “surpreendida”com declarações do provedor

PS de Santo Tirso e de Famalicão satisfeitos com notícia

O presidente da Câmara Munici-pal de Santo Tirso, Joaquim Cou-to, ficou “surpreendido” com as declarações do provedor da San-ta Casa, uma vez que, a 14 de ja-neiro, “almoçou com o provedor e com o presidente da União das Mi-sericórdias, a pedido deles”, onde explicou que “nada move a autar-quia contra a Misericórdia, que tem um papel fundamental sob o pon-to de vista da assistência social que presta no concelho”. “O que a Câ-mara de Santo Tirso sempre disse foi que havia uma grande preocu-pação de que, com a passagem do Hospital para a Misericórdia, os do-entes não tivessem a mesma equi-dade que no Serviço Nacional de Saúde”, referiu, mencionando que a “preocupação é agora comprova-da” pelo despacho do Ministério da Saúde, que alega que “esta trans-ferência poderia levar à redução/cessação da prestação de alguns cuidados de saúde”.

Perante “o abandono a que o Hospital de Santo Tirso foi votado nos últimos anos, com o objetivo de tornar a unidade hospitalar ob-soleta”, a Câmara Municipal defen-de que sejam feitos “os investimen-tos necessários e repostos recur-

sos humanos, para fazer face aos problemas existentes, devolvendo a confiança à população neste ser-viço”. Nesse sentido, o edil tirsen-se avançou ainda que a autarquia

“está disponível para apoiar os in-vestimentos que têm de ser rea-lizados no Hospital de Santo Tir-so”, tendo comunicado “ao Minis-tério da Saúde” que se “as obras a realizar no Hospital forem através de fundos comunitários, a Câma-ra está disponível para assumir os 15 por cento da contrapartida na-cional”. “Caso haja outra fonte de financiamento para as obras a rea-lizar, a Câmara está disponível para investir uma verba do orçamento municipal”, salientou.

E porque “as obras no Hospital de Santo Tirso são prioritárias”, Joaquim Couto recordou que, en-quanto vice-presidente da Área Me-tropolitana do Porto, “inscreveu no Pacto de Desenvolvimento Territo-rial da Área Metropolitana do Por-to uma verba para investimento na unidade hospitalar, que foi ignora-do pelo Governo do PSD/CDS-PP”. Já “em 2011”, relembra, “o Governo PS tinha previsto um investimento de cinco milhões de euros no Hos-pital de Santo Tirso”.

“Falta tudo” no Hospital, dizem médicos e enfermeirosCom a passagem do Hospi-

tal de Santo Tirso para a San-ta Casa da Misericórdia local, a unidade hospitalar foi sendo

“desmantelada”. Apesar deste processo ter sido anulado e do Governo garantir “o normal funcionamento”, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e a Ordem dos Médicos queixam-se de falta de meios humanos e equipamentos. PATRÍCIA PEREIRA

Miguel Guimarães contou ain-da que, face aos constrangimen-tos, “a diretora do Serviço de Medi-cina Interna apresentou a demissão do cargo”. Já o SEP vai mais longe e enumerou as várias falhas, como a “redução do número de enfermei-ros nos serviços de internamento de Santo Tirso”, a “falta de material (só têm um Dinamap, termómetro avariado, não têm saturímetros)” e a existência de “só um médico em Santo Tirso (passaram a chamá-lo de Médico Residente) e que fica res-ponsável por todos os doentes in-ternados no hospital”. Além disso,

“qualquer doente que recorra a San-to Tirso e precise de internamento tem que ir a Famalicão”. “Se aí de-cidirem o seu internamento, o do-ente é novamente reencaminhado para Santo Tirso muitas vezes sem qualquer informação entre hospi-tais”, exemplificou.

Em nota remetida à agência Lusa, fonte ligada à administração do CHMA afirmou que o “atendimen-to médico no serviço de urgência básica (SUB) de Santo Tirso é asse-gurado por uma equipa constituí-da por dois médicos, que é reforça-da por rotina por mais um elemento nos dias em que é esperada maior afluência ou de acordo com o mo-vimento verificado”. Quanto ao nú-mero de enfermeiros, a mesma fon-

te mencionou que, “comparando o último ano (janeiro de 2015 - ja-neiro 2016), passaram de 110 para 109”, sendo que esta diminuição se deveu a “um pedido de mobilidade por interesse público”.

Na nota podia ainda ler-se que “os doentes são transferidos para o serviço de urgência médico-cirúr-gica (SUMC) de Famalicão, quando existe necessidade de acesso a exa-mes ou cuidados mais diferencia-dos e não por situações de decisão clínica sobre internamento”.

Já a 6 de janeiro, os deputados Moisés Ferreira e José Soeiro, do Bloco de Esquerda, questionaram o Ministério da Saúde sobre esta si-tuação, perguntando se “o Governo tem conhecimento da situação”, se

“confirma que há doentes que dão entrada em Santo Tirso sendo enca-minhados para o Hospital de Fama-licão e, se aí se decidir pelo seu inter-namento são novamente reencami-nhados para Santo Tirso”, quantos

“enfermeiros exercem atualmente funções nos serviços com interna-mento do Hospital de Santo Tirso” e quantos eram “há um ano”. Os deputados querem ainda saber se

“o internamento é assegurado por um ‘médico residente’” e se o Gover-no “confirma a existência de só um Dinamap, que não há saturímetro e que há termómetros avariados”.

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8 JORNAL DO AVE 20 JANEIRO 2016 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade / Santo Tirso

Cecília Cunha, presidente do Rancho Folclórico Santa Eulália de Lamelas, considera “muito im-portante” os ranchos folclóricos do concelho “serem chamados para os encontros de janeiras”, uma ini-ciativa que espera que “nunca aca-be”. Já Abílio Soares, presidente do Grupo Etnográfico das Aves, afir-mou que esta “é uma excelente ini-ciativa”, porque “promove a cultu-ra e as tradições do povo de Vila

Ranchos folclóricos replicaramtradição do Cantar dos Reis

“Nasceu o Menino, filho de Maria.// Naquela noite não há igual,// nasceu o Menino e foi Natal”. O Rancho Folclórico Santa Eulália de Lamelas foi um dos vários grupos e ranchos folclóricos do concelho, que participaram no Cantar de Reis, promovido pela Câmara Municipal de Santo Tir-so, entre os dias 8 e 10 de janeiro. PATRÍCIA PEREIRA

das Aves e do concelho de Santo Tirso” e “preserva os usos, costu-mes e tradições do concelho”.

O Centro Cultural de Vila das Aves foi palco da primeira noite do Cantar de Reis, numa ação de des-centralização levada a cabo desde o ano passado. Já a 9 e 10 de janei-ro, o evento decorreu no átrio dos Paços do Concelho.

Tiago Araújo, vereador do pe-louro da Cultura da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso, referiu que o

O 3.º Encontro de Coros organizado pela Junta da União de Fre-guesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães foi, para o presidente Jorge Gomes, “a cereja no topo do bolo do proje-to ‘Unir Sorrisos”, que arrancou no início de dezembro com o Cubo Solidário”. A iniciativa, que juntou vários coros, decorreu no dia 8 de janeiro, no Salão Paroquial de S. Bartolomeu de Fontiscos.

O autarca garantiu que, com estas atividades, a Junta de Fregue-sia “vai continuar a promover os pilares fundamentais para a socie-dade, a união e a solidariedade”.

O Encontro de Coros contou com a participação do Coro do Con-vento de S. José, Coro dos Pequenos Cantores de Santo Tirso, Coro de S. Miguel do Couto, Grupo Coral Infantil de Sta. Cristina do Couto, Coro de S. Bartolomeu de Fontiscos, Grupo Coral de Santiago de Bur-gães, Grupo Coral dos Adolescentes de Sta. Cristina do Couto, Coro Grão de Trigo e Cristo Rei, Grupo Coral dos Adultos de Sta. Cristina do Couto e o Coro S. Bartolomeu de Fontiscos. A.A./C.V.

Cantar dos Reis “é uma tradição” da autarquia, que “há mais de 20 anos” organiza. “Nestes dois últi-mos anos estamos a organizar no Centro Cultural de Vila das Aves, o que permite que grupos folcló-ricos de Vale do Leça do conce-lho possam vir até à zona nascen-te do concelho e mostrar os seus cantares. Uma forma de enrique-cermos também o conhecimento de todos os grupos que temos no concelho”, adiantou.

3.º Encontro de Coros

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Atualidade//Vila Nova de Famalicão

Caracterizam-se por pe-quenos cubos, que não con-têm corantes nem conservan-tes e têm sido muito procura-dos pelos desportistas. Os la-drilhos de marmelada são um dos produtos que mais têm dado trabalho à empresa Es-trela Doce, de Brufe, Vila Nova de Famalicão, onde trabalham cerca de 20 pessoas. CÁTIA VELOSO

tal é a procura, que foi criado um minilaboratório para “garantir a temperatura e a humidade cer-tas, acelerando assim a produção e responder ao mercado”, expli-cou o administrador Rui Palhares, no âmbito da visita do executivo municipal à empresa, através do roteiro Famalicão Made IN.

Mas não é só de ladrilhos que vive a Estrela Doce. As frutas de conserva, os doces e as amêndo-as continuam a ter lugar de desta-que na produção da empresa que labora desde 1947, mantendo, se-gundo a administração, as “carac-terísticas artesanais”.

A marmelada do tipo caseiro e a tradicional são produzidas em quantidades industriais e assu-

Até 2018, Vila Nova de Famali-cão vai desenvolver o novo Con-trato Local de Desenvolvimento Social – CLDS 3G. Num investi-mento de “356 mil euros”, o pro-jeto, que será coordenado pela escola profissional CIOR em par-ceria com a Engenho (Associa-ção para o Desenvolvimento do Vale do Este) e Pasec (Platafor-ma de Animadores Socioeduca-tivos e Culturais), terá 26 ações, distribuídas por três eixos de in-tervenção identificadas no pla-no de ação do Conselho Local de Ação Social (CLAS): empre-go, formação e qualificação; in-tervenção familiar e parental e capacitação da comunidade e das instituições.

Ao longo do projeto, serão le-vadas a cabo ações de forma-

“Devesa em Família” é o projeto desenvolvido pela equipa do Par-que da Devesa para incentivar as famílias famalicenses a escolhê-

-lo como o destino dos domin-gos à tarde.

O programa passa por anima-ção, oficinas, teatro e exposições direcionadas às crianças, em con-texto familiar. As atividades têm um cariz de educação ambien-tal e científica, havendo também espaço e tempo para atividades culturais.

Paulo Cunha, presidente da Câ-mara Municipal de Famalicão, ex-plicou que a autarquia quer “criar todas as condições para que os fa-malicenses saiam à rua e usufru-am ao máximo do espaço público”.

O programa “Devesa em Famí-

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai disponi-bilizar uma verba, que “pode-rá chegar neste primeiro ano até 10 mil euros”, para finan-ciar “um projeto cultural”, que seja apresentado “em rede por várias entidades do concelho” e cuja “execução e implementa-ção decorra entre 1 de janeiro e 30 de julho de 2017”. “Progra-mar em Rede” é o nome da ini-ciativa que tem como objetivo

“envolver os vários agentes cul-turais do concelho na concreti-zação de um projeto que se di-ferencie pela inovação e criati-vidade, pela capacidade de ar-ticulação de meios, pela mobi-lização e atração de público e

Marmelada da Estrela Doceé produto sensação dos desportistas

mem uma das fatias mais impor-tante das vendas da Estrela Doce

– 150 toneladas em 2015 -, sendo distribuídas por confeitarias, sa-lões de chá, lojas gourmet e super-mercados. Mas também as frutas escorridas e cristalizadas – 200 to-neladas produzidas – têm um lu-gar de destaque na produção.

“Com a expansão territorial le-vada a cabo, graças às parcerias estabelecidas com distribuidores nacionais no sentido do relança-mento da marca em todo o terri-tório português, observamos um crescimento de cerca de 20% nas

vendas, o que se traduziu num vo-lume de faturação de 600 mil eu-ros”, revelou o Rui Palhares.

Os objetivos para o futuro pas-sam por “modernizar as insta-lações” e “inovar nos produtos”, sem descurar na “confeitaria com a naturalidade e qualidade das co-zinhas de antigamente”.

Nem só o “sabor delicioso dos produtos” impressionou o presi-dente da Câmara Municipal de Fa-malicão. Paulo Cunha destacou ainda a preservação dos métodos tradicionais “ao mesmo tempo que a diferenciação é uma aposta”.

Parque da Devesano roteiro de domingo à tarde

lia” decorre todos os domingos do ano, exceto nos meses de julho e agosto. As atividades começam às 15 horas e tem duração previs-ta de duas horas.

Calendarização e mais informa-ções no site do Parque da Devesa em www.parquedadevesa.com .

A.A./C.V.

Associações desafiadasa apresentar projetocultural em rede

pela descentralização da ativi-dade cultural”.

O projeto destina-se a entida-des com “atividade no domínio cultural que tenham sede em Fa-malicão”, e as candidaturas de-vem ser apresentadas, por email para o endereço eletrónico [email protected], até 31 de julho de 2016. As infor-mações estão disponíveis em www.vilanovadefamalicao.org. Caberá à divisão de Cultura e Tu-rismo do município a verificação da conformidade das candidatu-ras, a avaliação e decisão do pro-jeto vencedor será da responsa-bilidade do Conselho Municipal da Cultura (CMC).

P.P.

CIOR coordena projetode desenvolvimento social

ção de técnicos de organizações sociais, empresários e empreen-dedores, Feira das Profissões e será criada uma equipa de pre-venção do abandono escolar.

As entidades responsáveis pelo desenvolvimento do pro-jeto, trabalharão em articula-ção com a autarquia, Seguran-ça Social, Instituto de Emprego e Formação Profissional e co-missões sociais interfreguesias. Paulo Cunha, presidente da Câ-mara Municipal, considera que o projeto visa “ser um instrumen-to de intervenção de proximida-de, de modo a potenciar os ter-ritórios, a capacitação dos cida-dãos e das famílias, promoven-do assim, a equidade territorial, a igualdade de oportunidades e a inclusão social”. C.V.

CQEP quer formar adultos nas empresasO Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) de

Vila Nova de Famalicão quer deslocar-se às empresas do conce-lho para ministrar formação a adultos através do desenvolvimen-to de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências. Este modelo de “descentralização da formação de adultos”, como o caracteriza o vereador da Educação e do Empre-endedorismo da Câmara de Famalicão, Leonel Rocha, visa sobre-tudo “facilitar o processo de formação de adultos com baixos ní-veis de escolaridade, sem que para tal estes tenham que ir para fora das empresas onde trabalham”. A primeira empresa a rece-ber o CQEP é a Riopele, onde decorreu uma “ação de sensibiliza-ção para a importância da aprendizagem ao longo da vida” na presença de “120 colaboradores”. P.P.

Empresa dá trabalho a cerca de 20 pessoas

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Eduação// Vila Nova de Famalicão

Na escola bilingue, as crianças con-tactam, por semana, dez vezes mais com o Inglês do que outra criança com ensino normal. A instituição já abriu as inscrições para o próximo ano letivo e a mensalida-de é de 165 euros. O JA entrevistou o pre-sidente da Mundos de Vida, Manuel Araújo, que explicou o que contribuiu para a certi-ficação da Escola Bilingue e as vantagens que as crianças têm em aprender em por-tuguês e em inglês.

Mundos de Vida com a primeira escola bilingue certificada

A primeira escola bilingue do país com certificado de qualidade está em Lousado. A Mundos de Vida ga-rantiu este estatuto no primeiro ano de funcionamento de uma escola onde 33 por cento do curriculum do 1.º ciclo é lecionado na língua ingle-sa. CÁTIA VELOSO

Jornal do Ave (JA): Que aspetos se desta-caram para a obtenção desta certificação?

Manuel Araújo (MA): O colégio Mundos de Vida é a primeira escola bilingue portugue-sa de 1.º ciclo com certificado de qualidade. Já tinha sido, no ano passado, a primeira, em toda a região Norte, a receber autoriza-ção do Ministério da Educação para funcio-nar em regime bilingue. Na Semana Aber-ta, por exemplo, em vez de aulas, os alunos de 1.º ano fizeram trabalhos de campo que incluíram estudos práticos numa estufa de cogumelos, num hipermercado, num mu-seu de geologia e zoologia e a realização de um julgamento no Tribunal de Famali-cão. Ainda mais importante que as insta-lações – a nossa escola está entre as mais bonitas do país - é a qualidade das nossas professoras. A distinção de qualidade que recebemos confirma que estamos a traba-lhar muito bem, é marca de confiança e mo- tivo de felicidade para todos, pais e alunos.

JA: Qual o balanço do funcionamento da escola nestes primeiros meses do ano letivo? Quantas crianças frequentam a escola?

MA: Estamos muito entusiasmados. Há mais de 30 anos que, na Mundos de Vida, educamos crianças. A nossa escola de 1.º ciclo não é parecida com as outras. É es-pecial. O resultado do projeto foi extraor-dinário. Em maio, a primeira turma já esta-va completa. Atualmente, a escola tem 24 alunos de 1.º ano. Em cada ano, uma parte da nova turma é reservada a crianças que frequentaram outros jardins de infância, prioritariamente, de famílias de Famalicão, Santo Tirso e Trofa. A integração é maravi-lhosamente fácil. Para corresponder ao in-teresse das famílias, já abrimos inscrições para o novo 1.º ano, queremos dar tempo aos pais para ver e pensar – escolher a es-cola primária é uma das decisões mais im-portante para o futuro dos filhos.

JA: Como se processa o ensino das lín-guas e dos programas letivos nesta escola?

MA: Na escola bilingue da Mundos de Vida, 33 por cento do curriculum do 1.º ciclo é dado na língua inglesa, através das disci-plinas de estudo do meio, música, drama, artes e classes de inglês. Numa escola bi-lingue como a nossa, o professor primário é fluente na língua inglesa, pois não basta haver um professor de inglês como nas es-colas normais. No colégio de Lousado, cada criança tem, por semana, dez vezes mais tempo de contacto com a língua inglesa do que um aluno de uma escola pública de 1.º ciclo. Mas o que é mais inovador na nossa escola é o método, e aí o British Council é o nosso consultor: as crianças aprendem in-glês por imersão, de forma natural, como nós aprendemos o português quando fo-mos pequenos.

JA: Como é o dia a dia das crianças na sala de aula?

MA: As professoras, no colégio Mundos de Vida, trabalham para que os alunos atinjam um nível académico elevado e, em sintonia com os pais, ajudam a educar o carácter das crianças para que sejam amigas, corajosas e honestas e também determinadas e per-sistentes, preparando-se, desde cedo, para a universidade e para serem pessoas adul-tas realizadas e em harmonia com os outros. Educamos diariamente as crianças a serem autónomas e independentes. Por isso, não adotamos um manual único para a turma. Dentro da sala de aula, os alunos têm 300 livros para a sua idade. Para além de apren-derem a ler, queremos que pratiquem e se-jam bons leitores desde pequenos.

JA: Quais as vantagens de frequentar uma escola bilingue?

MA: As crianças, no nosso colégio, no mo-mento em que aprendem a ler e a escrever, começam a ver e a sentir o mundo atra-vés de duas línguas, de forma natural, ao ponto dos pais nos terem já contado que as apanharam, em casa, a brincar às casi-nhas e a falar sozinhas com as bonecas em inglês. A família também nos disse que, de-corridos apenas três meses de aulas, os fi-lhos começaram a corrigir a pronúncia dos pais em casa. Estas histórias confirmam o valor do projeto. Os estudos internacio-nais mostram que crianças que frequen-tam uma escola bilingue, comparadas com outras da mesma idade, num teste escrito de 4.º ano, também têm melhores resulta-dos na sua língua materna. Já todos sabía-mos que uma criança com uma educação bilingue fala e escreve muito melhor o in-glês, o que acontece é que também escre-ve melhor o português. As crianças no co-légio bilingue Mundos de Vida têm, na rea-lidade, o melhor de dois mundos. Para uma criança, este é o melhor começo!

A instituição já abriu inscrições para o próximo ano letivo

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11 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Reportagem// Santo Tirso & Vila Nova de Famalicão

O têxtil voltou e está mais forte que nunca. O setor que atra-vessou grandes dificuldades na década de 90, levando ao desem-prego de milhares de pessoas na região do Vale do Ave, ressurgiu reinventado e tem dado cartas na produção diferenciada. Os têxteis técnicos ganharam expressivida-de no mercado ao ponto de, se-gundo contas da Associação Têx-til e Vestuário de Portugal (ATP), representar “20 a 25 por cento do volume de negócios do setor, que se cifra nos 6,4 mil milhões de eu-ros”. E a percentagem, disse Pau-lo Vaz, diretor-geral da ATP, pode ter “um crescimento exponencial”, podendo chegar aos 30 por cento em 2020, aproximando-se da Ale-manha, que apresenta 40 por cen-to, mas ainda longe do que se ve-rifica na Finlândia (70 por cento).

Para este boom na indústria de têxteis técnicos muito têm contri-buído as empresas que estão se-diadas em Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão.

Quando Usain Bolt obteve o re-corde olímpico dos 100 metros, em Londres, vestia um equipa-mento cuja malha técnica de alta performance foi produzida pela LMA, que emprega 40 pessoas e fatura anualmente cerca de sete milhões de euros. O tecido con-cebido pela empresa tirsense des-taca-se pela leveza e pela capaci-dade na transmissão de ar e na

Santo Tirso e Famalicãona vanguarda dos têxteis técnicos

Quando Usain Bolt bateu o recorde olímpico dos 100 metros, vestia uma malha produzida em Santo Tirso. O mesmo aconteceu com Nelson Évora, quando venceu a medalha de ouro olím-pica no triplo salto. As empresas de têxteis técnicos, que se desenvolvem no concelho tirsense, e também em Famalicão, têm contribuído para o renascimento da indústria no país. CÁTIA VELOSO

gestão da humidade, através de produtos encapsulados que pas-sam ao estado líquido para arre-fecer o corpo quente ou passam ao estado sólido para aquecer o corpo frio.

Para estes resultados, certifica-dos por atletas de alto rendimen-to, como Usain Bolt, e até pela equipa de Fórmula 1 da Red Bull 2015/2016, a LMA investe dez por cento do volume de negócios na componente I&D (Investigação e Desenvolvimento), com sete pes-soas responsáveis por essa ati-vidade.

Produzir malhas para mantas com fibras de alta performance e poderes de acumulação capazes de transformar o calor do corpo e da luz em radiações de infraver-melhos são é um dos projetos que estão a ser desenvolvidos na LMA.

Malhas que não pegam fogo e meias que calçam estrelas

de futebolDe entre as dez empresas que

a revista EXAME destacou como referência na indústria de têxteis técnicos, duas delas laboram no concelho tirsense.

A A. Sampaio & Filhos, fundada em 1947 e reinventada pelos ir-mãos Miguel e João Mendes, em-prega 200 pessoas e é líder na Pe-nínsula Ibérica na produção de malhas tricotadas em teares cir-culares e vende para marcas de moda e de desporto, multinacio-

nais, exércitos e forças de segu-rança, exportando cerca de me-tade da produção. A outra parce-la destina-se a confeções do Vale do Ave.

Esta empresa criou malhas ter-morreguladoras, que não pegam fogo, que refletem raios UV, de se-cagem rápida, repelente de água, à prova de vento ou que previnem os maus odores.

Já a Endutex especializou-se no vestuário para quem trabalha nos postos de eletricidade, com resis-tência ao arco voltaico e à chama e que dá alta visibilidade. O proces-so de desenvolvimento interno da empresa sediada em Santo Tirso permitiu apresentar preços mais acessíveis, destacando-se, dessa forma, no mercado. E ainda é a das poucas unidades industriais, a nível mundial, a conseguir produ-zir telas de cinco metros para im-pressão digital. Fatura 34 milhões de euros anualmente e cerca de 85 por cento da produção destina-se ao mercado externo.

No universo das meias, reina a MFA, empresa famalicense que opera nas instalações da antiga Fi-tor, que se assume como o maior fabricante de meias na Europa Ocidental, trabalhando para gran-des marcas mundiais. É o caso da norte-americana New Balance a quem fornece as meias que os jo-gadores do FC Porto, Sevilha, Li-verpool e Stoke City calçam.

A Scoop, sediada em Famali-cão, é especializada na confeção de vestuário técnico para a práti-ca de desportos de inverno e este ano estará responsável pela li-nha de vestuário comemorativa da 50.ª edição do Super Bowl, fu-tebol americano.

A produção de capas para os cocheiros da Rainha de Holan-da e de um casaco com leds para as equipas de salvamento de al-tas montanhas, para além de um casaco com airbag incorporado para a equitação e de um blazer com proteção cervical para equi-tação e ski, são alguns dos traba-lhos em curso.

Mercado automóvelJá no mercado automóvel, a

Coindu tem uma palavra a dizer. Quando entra num Audi A4, Audi A5, Audi TT ou BMW Serie 1, BMW Série 3, Série 6, Série 5 ou, ainda, Volvo V70, Volvo XC 90, Volvo S80, muito provavelmente se vai sen-tar num produto produzido por esta empesa de Vila Nova de Fa-malicão. Couro, tecido e PVP são os materiais usados por esta em-presa que produz estofos e ou-tros componentes soft de interior. Nas duas unidades de produção em Famalicão (Joane e Mogege), onde emprega um total de cerca de duas mil pessoas, são fabrica-dos por dia estofos para 2500 au-tomóveis. A empresa está respon-sável pela produção dos interiores do Audi Q7, que será comercializa-do este ano.

Instalada em Santo Tirso des-de 2010, a Copo Têxtil, que pro-duz têxteis para o revestimento interior dos automóveis, conhe-ceu um crescimento assinalável em 2015, graças à entrada de no-vos clientes, como a BMW e Merce-des. Com 150 colaboradores nes-te concelho, exporta 85 por cento da produção.

Criado por universidades e cen-tros tecnológicos, o CeNTI (Cen-

tro de Nanotecnologia e Mate-riais Técnicos, Funcionais e Inteli-gentes), instalado em Famalicão, também mereceu o destaque da revista EXAME.

Meias que libertam medicamen-tos para tratamento de doenças venosas, alcatifas que aquecem, meias que medem o ritmo cardí-aco e atoalhados com capacida-de de repelência à sujidade são al-guns dos exemplos dos produtos inventados neste centro.

CresCimento Continua

Muitas das empresas enunciadas já divulgaram a intenção de reforçar a ca-pacidade produtiva e, por conseguinte, aumentar o número de funcionários.

Segundo paulo Vaz, da Atp, ainda há muito por explorar. “Mais de 70 por cento dos materiais e apli-cações que farão o amanhã desta atividade (têxtil) es-tão ainda por inventar”, frisou, em declarações ao Expresso.

Endutex é uma das empresas referência em Santo Tirso

Coindu fabrica estofos para 2500 automóveis, por dia, em Famalicão CeNTI também mereceu destaque na revista EXAME

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26 JORNAL DO AVE 20 JANEIRO 2016 www.JORNALDOAVE.pt12

Moda// Santo Tirso

// Trofa

Os candidatos vão desfi-lar com “coordenados de jovens criadores e consagrados esti-listas, tais como Eduardo Amo-rim, Catarina Oliveira, Tânia Ni-cole, Susana Bettencourt, Mica-ela Oliveira e Vicri”, perante um

“júri composto por diversas ce-lebridades do mundo da moda e do espetáculo, como Luís Bu-chinho, Miguel Vieira, Júlio Tor-cato, Micaela Oliveira, Jorge Fer-reira, João Rafael Koehler, Fre-derico Martins, Helena Silva, Ra-quel Guimarães, Paulino Ribeiro e Alex Lima e de Joaquim Couto e Célia Machado”.

A finalista Ana Coelho, de S. Tomé de Negrelos, afirmou que

“sempre gostou muito de moda” e tinha “uma paixão por ver o ta-lento das modelos nas passerel-les”. “Sinto-me muito orgulhosa por fazer parte do Modatirso. De centenas de pessoas ser uma das 30 é muito importante para mim”, referiu, mencionando que, desta participação, espera “tirar ami-zades, mais profissionalismo, ex-periência e portas abertas para

Grandes nomes da Moda na gala final do Modatirso

Paula Matos abriu nova loja na Rua Conde S. Bento

A Nave Cultural da Fábrica de Santo Thyrso vai ser a passe-relle da gala final da 2.ª edição do concurso Modatirso, a 23 de janeiro, promovido pela agência One Models e Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso. Dos 30 finalistas, apresentados a 9 de janeiro, o “júri de luxo” vai escolher “os dois novos rostos do concelho”. PATRÍCIA PEREIRA

o seu futuro”.Já Shahzod Yusupov, de Rebor-

dões, declarou que “nunca teve muito interesse na moda”, tendo decidido “experimentar uma coi-sa nova” por “incentivo dos ami-gos”. “Nunca pensei que chegas-se até aqui, porque entendi isto como uma brincadeira. Agora sinto-me bem e é para ganhar”, adiantou, asseverando que com esta participação espera “levar novas amizades e experiências”.

A diretora da One Models, Cé-lia Machado, asseverou que este ano a “responsabilidade era acrescida”, porque tiveram “um tremendo sucesso” na 1.ª edi-ção, “superando imenso as ex-pectativas”.

“Fizemos o casting por todas as escolas do concelho, tivemos centenas de candidaturas e foi difícil chegar aos 90 semifina-listas. Começamos a dar forma-ção, onde uns foram-se mostran-do mais, desenvolveram-se mais, mostraram mais autoconfian-ça e lutaram mais para cá esta-rem”, explicou.

Quanto ao grupo de 30 finalis-

tas, Célia Machado caracterizou--se como “diferente”, em que são “todos engraçados e com muito potencial, uns com mais vonta-de de seguir esta área e outros inscreveram-se pela experiência e para elevar a sua autoestima”.

Já para Joaquim Couto, presi-dente da Câmara Municipal de Santo Tirso, “é com enorme satis-fação” que recebe “o contributo de um júri tão prestigiante”. “É si-nal que o Modatirso está a crescer e a ganhar dimensão. Para nós é muito importante o contributo de todas estas pessoas, com cré-ditos firmados na área da moda e que nos podem ajudar a criar si-nergias para promover o quartei-rão cultural da Fábrica de Santo Thyrso”, explica.

Com início marcado pelas 21.30 horas, a gala final do Modatirso vai ser animada pela Orquestra ARTAVE, Rute Lopes, Cláudia Duarte, Ana Afonso e a Banda Highway to Heavens. O evento conta ainda com uma atuação da Academia de Dança Palco e uma apresentação de ginásti-ca rítmica do Ginásio Clube de Santo Tirso.

Os dois vencedores da Modatirso serão escolhidos pela soma pon-derada entre a avaliação do júri presente no dia do desfile (50%), vo-tação em papel pelos presentes no evento (30%) e maior número de

“gostos” na sua fotografia no facebook do evento (20%).Os vencedo-res do concurso, um do sexo masculino e outro do sexo feminino, fi-cam agenciados na ONE Models por “um ano”, e têm “direito a usu-fruir gratuitamente, durante o mesmo período, das instalações do gi-násio patrocinador, bem como a receber várias ofertas do comércio do concelho”.

A Câmara Municipal de Santo Tirso disponibiliza transporte gratui-to para o local, entre as 20 e as 21.30 horas, nas traseiras da Câmara Municipal e no Mercado Municipal. O regresso será entre a 00.30 e as 2 horas, da Fábrica de Santo Thyrso para os mesmos locais.

Autarquia disponibiliza transporte gratuito

Há mais de 27 anos que Pau-la Matos se dedica ao comércio de vestuário na cidade da Trofa. Fazendo jus à máxima “ano novo vida nova”, Paula Matos decidiu

apostar numa nova loja e esco-lheu a Rua Conde S. Bento, no co-ração da cidade, para instalar um novo espaço onde tem algumas das mais conceituadas marcas

de vestuário para senhora. Fer-rache, Rita Castro, Silvina Cam-pos, Zumbi, Rialbanni, Missimi-ni são apenas algumas das mar-cas de vestuário de senhora que pode encontrar na nova loja de Paula Matos.

Aproveitar as promoções com descontos de 50 por cento em to-das as peças é uma oportunida-de que não pode perder.

Na loja da Rua Conde S. Ben-to, as cores pintam os exposito-res com malhas, vestidos, capas e os sobretudos de fazenda para ajudar a enfrentar os dias frios que se avizinham a preços con-vidativos.

Apesar de já ter uma loja há 27 anos na Lagoa, em Santiago de Bougado (junto à Segurança Social), Paula Matos continua

a apostar na Trofa e decidiu-se pela abertura de um novo espa-ço numa das ruas comerciais de S. Martinho de Bougado, a Rua Con-de S. Bento, “para apoiar o cres-

cimento da economia do conce-lho, em vez de sair da Trofa”. “É importante apoiar o nosso con-celho e investir na nossa terra”, adiantou Paula Matos.

Final do concurso realiza-se no sábado, 23 de janeiro

Paula Matos abriu nova loja na Rua Conde S. Bento

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// Vila Nova de Famalicão

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Política// Santo Tirso

O histórico socialista e o pre-sidente da Comissão Politica Con-celhia do PS de Santo Tirso surgi-ram ao lado da candidata num jan-tar de campanha realizado no Res-taurante Tirsense. E nem as últi-mas sondagens, que colocam Ma-ria de Belém em terceiro lugar nas intenções de voto, arrefeceu o am-biente que a candidata encontrou em Santo Tirso.

Manuel Alegre aproveitou a oca-sião para retribuir a Maria de Belém o apoio que esta lhe deu há cinco anos, nas mesmas eleições, ates-tando o longo histórico político da ex-presidente do PS. “Ela não precisa de dizer que é a esquerda da direita, para depois dizer que é a esquerda da esquerda ou que é a direita da esquerda”, atirou o socialista.

O jantar serviu, inclusive, para Manuel Alegre deixar alguns reca-dos a camaradas do partido, que apoiam Sampaio da Nóvoa: “Eu já vi este filme. Já vi o PS a apoiar um candidato independente, pes-

Ao longo desta quarta-feira, 20 de janeiro, Marisa Matias, candida-ta pelo Bloco de Esquerda às elei-ções presidenciais, vai estar em campanha eleitoral por Vila Nova de Famalicão. Pelas 10.30 horas,

O Bloco de Esquerda de Vila Nova de Famalicão decidiu “apre-sentar uma participação contra incertos junto das autoridades”, porque, “ao longo dos últimos meses”, tem verificado “uma re-corrente e sistemática destruição de propaganda num muppi (car-taz), afixado na rotunda Bernar-dino Machado, no centro da ci-dade”. “Curiosamente, este tipo de vandalismo em cartazes do BE em Vila Nova de Famalicão apenas tem ocorrido neste local, o que nos leva a concluir que se trata de uma ação deliberada e intencional, com objetivo claro de destruir a nossa mensagem”, informou em comunicado envia-do à imprensa.

Fonte do BE famalicense adian-tou que sabe que as suas “posi-ções políticas incomodam a di-reita mais reacionária, que infeliz-mente ainda existe e que vive mal com a democracia e com a liber-dade de expressão”. P.P.

O PSD de Santo Tirso organi-zou a sua Festa de Reis, na noite de sexta-feira, na sede concelhia do partido. O Rancho Folclórico de Santiago de Rebordões foi o gru-po convidado a cantar as janeiras aos militantes e simpatizantes do

Maria de Belém com o apoiode Manuel Alegre e Joaquim CoutoTem “mais de 40 anos de militância, apoiada por causas e valores”, é “uma mulher corajosa, com grande sensibilidade para as questões sociais e um grande sentido do que é a cidadania ativa e participativa”. Estes foram alguns dos argumentos utilizados por Manuel Alegre e Joaquim Couto para demonstrar o apoio a Maria de Belém nas eleições presidenciais de 24 de janeiro. CÁTIA VELOSO

soa íntegra, mas que se deixou ar-rastar para a crítica aos partidos e acabou por formar um partido con-tra o PS. Eu já vi este filme e não quero que aconteça outra vez e os dirigentes do PS deviam aprender com os erros do passado”. Manuel Alegre considera que Maria de Be-lém será capaz de “ter uma inter-pretação correta da Constituição”, de ser “moderadora, mas também inspiradora de causas”.

No plano local, Joaquim Couto também surgiu ao lado de Maria de Belém e explicou porquê. Por ser “uma mulher intelectualmen-te independente, imparcial e com grande capacidade natural para estabelecer compromissos e con-sensos”, o também autarca de San-to Tirso considera que a candida-ta é a pessoa com “mais condições” para impedir a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa.

A candidata retribuiu o apoio do socialista com elogios à governa-ção autárquica, sublinhando que

“se a região, que conheceu proble-mas dificílimos em época de crise,

não está pior é porque a Câmara liderada por Joaquim Couto apli-ca 60 por cento do orçamento em políticas de coesão”.

Mas este é um cenário que não se vê por grande parte do país, diz Ma-ria de Belém. Por isso, há que haver mobilização para proteger os que estão mais suscetíveis aos efeitos da crise, as crianças, o grupo etá-rio que, segundo a candidata, “é o que está em maior risco de pobre-za, tendo ultrapassado os idosos”.

“Isto é dramático. Sabemos que as

crianças pobres que não têm aces-so àquilo que é indispensável para o seu crescimento ficam definitiva-mente comprometidas nas suas capacidades. Isso significa que, num país que tem poucas crian-ças, será um problema grave no presente e gravíssimo no futuro”,

E porque tem autoridade para criar políticas públicas, Maria de Belém compromete-se a combater o flagelo num trabalho de “mobili-zação da sociedade civil”.

Maria de Belém defendeu ainda

que na campanha foi quem não se desviou do cerne de candidatura presidencial, distanciando-se dos outros candidatos, a quem acusa de “terem caído no erro de pro-meterem aquilo que sabem que não podem cumprir e só mais tar-de dizer que o seu programa polí-tico é a Constituição. Mas não foi por aí que começaram e, em po-lítica, também há direitos de au-tor”, atirou.

Depois de uma calorosa receção, onde não faltaram as tradicionais janeiras, Maria de Belém rumou ao concelho vizinho de Vila Nova de Famalicão, no dia seguinte, para vi-sitar os Bombeiros Voluntários de Riba d’Ave e prestar homenagem aos soldados da paz pelo trabalho desenvolvido, não só no combate aos fogos, mas também no socor-ro e salvamento de pessoas e bens.

Do outro lado, a candidatada ou-viu queixas por parte da presiden-te da instituição, Maria José Gon-çalves, sobre a falta de financia-mento e às dificuldades de atrair voluntários.

Marisa Matias em campanha// Vila Nova de Famalicão

// Santo Tirso

Marisa Matias estará na entrada do lado da antiga feira e contará com o apoio de Catarina Martins e de Francisco Louçã. As eleições presidências decorrem este do-mingo, dia 24 de janeiro. P.P.

pSD organiza Festa de Reis

Sampaio da Nóvoa na trofa

PSD em Santo Tirso.A presidente da concelhia do

partido, Andreia Neto, aprovei-tou a ocasião para desejar aos pre-sentes “um excelente ano de 2016, com votos de saúde, alegria e tra-balho”. A.A./C.V.

BE apresenta queixa por destruírem propaganda

Sampaio da Nóvoa, candidato às eleições presidenciais, vai es-tar esta quinta-feira, 21 de janei-ro, em campanha eleitoral pelo concelho da Trofa.

A visita começa pela Escola Se-

cundária da Trofa, pelas 11 horas, de onde segue para a sua sede, localizada no 2.º andar das Gale-rias Catulo, junto à Rotunda, em S. Martinho de Bougado.

Maria de Belém foi calorosamente recebida em Santo Tirso

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15 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Trofa// Santo Tirso

“Cerca de 80 mil euros” é o valor do investimento das obras de re-construção dos muros de suporte na Rua de Vilar, em Monte Córdo-va, da responsabilidade da Câma-

Devem “estar concluídas em breve” as obras de ligação viária entre a Rua dos Talhos e a Traves-sa da Quelha, na localidade de S. Salvador do Campo, freguesia de Vila Nova do Campo. As obras, da

É já este domingo, 24 de ja-neiro, que milhares de romei-ros rumam à festa de S. Gon-çalo, em Covelas, concelho da Trofa. PATRÍCIA PEREIRA

A comissão de festas, compos-ta por “11 mulheres”, espera que “S. Pedro ajude no bom tempo”, para não afastar as pessoas da primei-ra romaria do concelho da Trofa. Canário e Zé Amaro são os cabe-ças de cartaz da festa de S. Gonça-lo. O concerto de Canário e Amigos está marcado para as 21 horas de sábado, dia 23 de janeiro, terminan-do com uma sessão de fogo de ar-tifício, enquanto o concerto de Zé Amaro é à mesma hora, de domin-go. O programa começa pelas 21.30 horas desta sexta-feira, com o con-certo da Banda Arraial Show. Já no dia seguinte, o Grupo de Bombos Os Malinos vão percorrer a fregue-sia. Às 12 horas há missa em hon-ra de S. Gonçalo dos Gonçalos e às 18 horas uma missa vespertina. No

“Temos que deixar marca nas pessoas”. Esta foi a mensagem proferida por Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, durante o jantar de Reis, a 6 de janeiro, que reuniu a família au-tarca de todas as freguesias do concelho. O edil famalicense afirmou que “não basta ter equipamentos e edifícios novos se não houver quem deles tire proveito”, referindo que o foco central da gestão da autarquia são “as pessoas” e por isso “é preciso inves-timento no plano imaterial e este tem que ser encarado com o mesmo grau de impor-tância das obras físicas”. “De nada vale ter-mos uma escola nova, se não tivermos alu-nos e uma comunidade educativa compro-metida e motivada com o processo educa-

Família autárquicareuniu-se em jantar de Reis

tivo. De nada vale a existência de espaços desportivos, se não existirem associações dinâmicas que fomentem a prática despor-tiva e captem as novas gerações para a sua frequência. De nada vale gastar fortunas na reabilitação dos centros cívicos das fregue-sias se depois ninguém desfrutar dos espa-ços”, exemplificou.

A anfitriã da reunião familiar dos autarcas famalicenses, Estela Veloso, presidente da União de Freguesias de Famalicão e Calen-dário, declarou “que os presidentes de jun-ta do concelho estão em sintonia com a atu-al gestão camarária e apenas querem ser-vir as pessoas, ajudá-las a viver com quali-dade e a desfrutar das iniciativas e progra-mas para a comunidade”. P.P.

Festa de S. Gonçalo de Covelas é já este fim de semana

domingo, está marcada uma missa na Igreja Matriz de ação de graças a S. Sebastião, pelas 8 horas, e mis-sa em honra de S. Gonçalo, na Ca-pela, às 10 e 11.30 horas. A Banda de Música da Trofa vai atuar duran-ta grande parte da manhã, partici-pando ainda na procissão, que terá início depois da celebração da pa-lavra, pelas 15.30 horas. O progra-ma das festas encerra na segunda-

-feira, com a missa e procissão do voto, pelas 9 horas, e a atuação de André Marinho e as suas Andreletes, pelas 15 horas.

Segundo Isaura Marques, tesou-reira da comissão de festas, o pro-

grama foi feito para “agradar ao maior número de pessoas possí-vel”, tendo sido necessário um or-çamento de “cerca de 30 mil eu-ros”. “Demos o nosso melhor e agora gostávamos de o ver reco-nhecido, através da muita ade-são da população”, referiu. Isaura Marques aproveitou para alertar que no dia 24 de janeiro, o trânsi-to na Rua Central, em frente à Ca-pela de S. Gonçalo, vai ser corta-do pela Guarda Nacional Republi-cana da Trofa, “até ao final da pro-cissão”, de forma a facilitar a pas-sagem dos romeiros que se deslo-cam a cavalo ou de bicicleta.

Obras de melhoriaem Monte Córdova

ra Municipal de Santo Tirso.Além destas obras, vão ser fei-

tas “melhorias às infraestruturas de drenagem das águas pluviais e retificações ao pavimento”. P.P.

Ligação viária em S. Salvador do Campo para breve

responsabilidade da Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso, foram visi-tadas pelo edil Joaquim Couto e por Marco Cunha, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo. P.P.

Comissão de festas realizou várias iniciativas para angariar fundos

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16 JORNAL DO AVE 20 JANEIRO 2016 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Vila Nova de Famalicão

As obras de reabilitação e am-pliação da Escola Básica de Olivei-ra Santa Maria implicaram “um in-vestimento total de cerca de meio milhão de euros”, incluindo o mo-biliário, material didático e equi-pamento informático. A interven-ção envolveu a requalificação das quatro salas do edifício centená-rio e ainda a construção de uma sala para a educação pré-escolar, uma sala multifunções, copa, re-feitório escolar, sala de professo-res, instalações sanitárias, recreio coberto e arranjos exteriores.

No dia da inauguração, a 14 de janeiro, Fernando Lopes, diretor do Agrupamento de Escolas de Pedome, a qual pertence a Esco-la Básica de Oliveira Santa Maria, felicitou “a preocupação e o tra-balho” que a Câmara Municipal tem feito em “proporcionar boas condições de trabalho, ensino e aprendizagem a todos os alunos e professores”.

Já Delfim Abreu, presidente da Junta de Freguesia de Oliveira Santa Maria, referiu que o estado do antigo edifício fazia com que a freguesia estivesse “em contraci-clo”, porque “muitos dos alunos estavam a dispersar-se pelas fre-guesias vizinhas, ou porque a es-cola não tinha condições ou por-que os pais achavam que era mais

A Unidade de Ensino Estrutu-rado para a Educação (UEEA) da Escola Básica de S. Martinho do Campo foi presenteada com “um quadro interativo”, pela Câmara Municipal de Santo Tirso.

No dia 13 de janeiro, a Escola recebeu o edil Joaquim Couto e Ana Maria Ferreira, vereadora da Educação da autarquia, com al-guns cânticos.

O quadro interativo “é mais um contributo da Câmara para equi-par esta unidade, única no conce-lho, e que foi inaugurada no início do ano letivo”, que se dedica aos

“alunos com perturbações do es-petro do autismo”.

P.P.

A delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) de-senvolveu uma sessão de sensi-bilização sobre o bullying com base no livro “A Inocência das Fa-cas”, que lançou com o apoio de empresários e da Editora Tcharan.

A sessão decorreu na EB 2/3 de Ribeirão, contou com a presença de duas turmas do 6.º ano e teve como convidada uma das autoras do livro, Adélia Carvalho. A sessão passou pela leitura de três textos que compõem o livro e pela dis-cussão de temas relacionados com o bullying e a violência, tal como questões sobre a autora e o seu percurso.

A delegação da Trofa da CVP

Oliveira Santa Maria e Lousado ganharam escola de qualidadeOs “Reis” da escola, as crianças, brindaram os visitantes com

o cantar das janeiras, num ambiente de grande entusiasmo e alegria. É que este ano escolar, os 90 alunos de Oliveira San-ta Maria receberam uma escola requalificada e com melhores condições. PATRÍCIA PEREIRA

bonito” levar as crianças para ou-tros estabelecimentos escolares com “outra estrutura e qualida-de”. “Quando pedimos à Câmara Municipal para que instalasse aqui uma nova escola foi para contra-riar essa situação. Neste momen-to posso dizer que resultou em pleno, pois este ano temos qua-tro turmas do 1.º ciclo e uma pré-

-primária com número de alunos razoável”, referiu.

O edil famalicense, Paulo Cunha, mencionou que as crianças são

“os reis da nossa ação, aqueles para quem trabalhamos e quere-mos servir”, criando “condições para que sejam bem-sucedidos”.

“Toda a comunidade tem feito um trabalho em rede notável, que é notado no país como um traba-lho exemplar, porque permite que possamos aproveitar o que cada um sabe fazer. E se cada um colo-car em cima da mesa as suas com-petências e habilitações, o conjun-to é forte. A escola não se faz só de edificado, nem de material infor-mático. Faz-se daquilo que é a sala de aula do ponto de vista imate-rial, do que é a aula, do que são as competências e do que é a forma-ção abrangente. Queremos uma escola global e integrada, porque sabemos que é importante para os alunos”, terminou.

Lousado tem nova escola básica

Já a 7 de janeiro, foi a vez da Es-cola Básica de Lousado ser inau-gurada, na presença dos “139 alu-nos do 1.º ciclo”. A requalificação e ampliação da Escola de Lousa-do custaram cerca de 775 mil eu-ros, incluindo a adjudicação e liga-ção de rede de gás, obras comple-mentares, mobiliário, materiais di-dático e informático e arranjos ex-teriores. Refira-se que a Escola Bá-sica de Lousado nasceu da recupe-ração de um edifício centenário e resultou da união de dois edifícios escolares, que passa a dispor de oito salas de aula, sala de profes-sores, biblioteca, cantina e cam-po de futebol.

A diretora do Agrupamento de

Escolas de Ribeirão, Elsa Carnei-ro, estava “orgulhosa e satisfei-ta” com esta obra, pois a “parte da Educação, funcionários, pro-fessores e alunos têm a ganhar”, uma vez que “há mais partilha, in-clusão, tudo está mais próximo e estas condições são fantásticas e fabulosas”.

Para Manuel Martins, presiden-te da Junta de Freguesia de Lou-sado, foi “uma satisfação e orgu-lho” estar presente nesta inaugu-ração, recordando que esta requa-lificação foi “uma batalha de lon-gos anos, em que andaram a in-sistir devido ao estado de degra-dação em que se encontrava”, e que, segundo o próprio, “valeu a pena”, pois vem “contribuir para que a educação seja melhor” e

para que a comunidade educati-va “tenha outras condições que não tinha”.

Já o presidente da Câmara Mu-nicipal de Vila Nova de Famalicão referiu que esta escola foi inter-vencionada “fruto não só da situ-ação de degradação que a afeta-va, mas da necessidade que havia de criar as condições ideais para que haja um ensino de excelên-cia”. “Este investimento foi feito a cem por cento com o orçamen-to municipal. Pode ou não haver apoio comunitário, mas a exis-tência ou não deste apoio não foi decisiva para a obra. Se hou-ver é bem-vindo porque nos per-mite fazer outras obras no futu-ro”, adiantou.

Cruz Vermelha da Trofa promove sessão sobre Bullying

considera que estas ações são “momentos de contacto privile-giado com a comunidade juvenil” e onde se pode “discutir e abordar temas normalmente muito sensí-veis”. “Aliar uma obra como ‘A Ino-cência das Facas’ ao CLDS Trofa 3G Motor de Oportunidades” cum-pre os objetivos a que a mesma se propôs aquando da candidatu-ra, como “formar jovens multipli-cadores para a promoção de valo-res de liberdade e igualdade”, afir-mou fonte da instituição.

A delegação mostrou-se “dispo-nível para promover estas sessões” em associações, escolas, empre-sas ou outras entidades.

A.A./P.P.

Unidade de Ensino Estruturado recebe quadro interativo

// Santo Tirso// Trofa

Quadro interativo “é mais um contributo” da autarquia

Empreitada em Lousado custou aos cofres da autarquia 775 mil euros

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17 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

// Vila Nova de Famalicão

A Ordem dos Beneditinos tem relação intrínseca com S. Ben-to, que surgiu no século VI e en-trou para a vida monástica cristã, com a experiência do deserto em Subiaco e da vida de mosteiro no Monte Cassino, Itália. Foi neste lo-cal que escreveu a Regra, marca-da por um espírito de equilíbrio e de discrição e inspirada na pala-vra de Deus, tanto do Antigo como do Novo Testamento, que possi-bilitou o seguimento monástico a um número muito grande de fiéis, por toda a Europa.

“Na Regra, S. Bento não escre-veu nada que não tivesse vivido em mosteiro e, apesar dos sécu-los, permanece no tempo e assu-me-se como uma experiência de vida atual, que deve ser interpre-tada aos olhos de hoje”, explicou o padre Luís Aranha, monge e an-

No ano em que se celebra o centenário do nasci-mento dos padres famalicenses Benjamim Salgado (de Joane) e Manuel Faria (de Seide São Miguel), a Ar-quidiocese de Braga, as câmaras municipais de Vila Nova de Famalicão e de Braga e a Fundação Cuperti-no de Miranda vão organizar “um programa cultural rico, diversificado e abrangente” ao longo de 2016.

A homenagem a estes dois famalicenses arran-ca a 11 de fevereiro e pretende “revisitar as obras e memórias destes dois reconhecidos sacerdotes”. Do programa o destaque vai para a apresentação de dois livros sobre a vida e obras destes dois fa-malicenses e ainda para a realização de diversos

Mosteiro de Singeverga: Oração e trabalho à luz da Regra de S. Bento

Nem só de oração individual se faz o Mosteiro de Singeverga. A vida em comunidade, respeitando as regras da ordem bene-ditina, é um dos aspetos mais valorizados por aqueles que, vi-vendo em clausura, transmitem para o exterior a mensagem que S. Bento transmitiu: “Ora et Labora” (Reza e Trabalha). CÁTIA VELOSO/ANTÓNIO COSTA

tigo abade de Singeverga.“Ora et Labora” (“Reza e traba-

lha”) resume o modo de vida dos monges e Luís Aranha defende que também serve de “lema para todos os cristãos”, que “levam uma vida de reza e de trabalho”. O “princípio fundamental” dos monges é a oração, privilegian-do “a vida cenobítica”, em que a comunidade se junta diariamen-te para cumprir a oração comuni-tária da Liturgia das Horas, a eu-caristia e partilha fraterna da Co-munidade, a leitura orante da Pa-lavra de Deus e o acolhimento, na hospedaria, de todos aqueles que, no silêncio e na paz, procuram o encontro com Deus. Os monges cumprem ainda o princípio do trabalho, ocupando-se de diver-sas atividades, como a biblioteca, a pecuária, a agricultura e a pro-dução de licor.

Licor de SingevergaE no cumprimento deste prin-

cípio, no alto de Roriz, nasceu um dos licores mais afamados do País, apreciado pela tonalidade, textu-ra e, claro está, pelo sabor, poten-ciado pelo sem número de espe-ciarias utilizadas. Começou a ser produzido em 1945, com o apoio de um engenheiro químico e, ini-cialmente, a diminuta quantidade resultante servia de “oferta” aos benfeitores do Mosteiro. Mais tar-de, frei José Laranjeiro aventurou-

-se pela venda e distribuição do licor e, hoje em dia, é usual vê-lo nas prateleiras dos super e hiper-mercados nacionais.

O monge padre Albino Noguei-ra é o atual responsável pelo fabri-co do licor e, com a ajuda de um funcionário, consegue produzir, por ano, aproximadamente qua-tro mil litros.

Já houve tempos em que se ven-deu mais, mas a crise afetou as vendas. Hoje, dá para “pagar ao

colaborador e pouco mais”. Não é “rendimento”, mas continua a ser produzido “porque prestigia a Ordem” e “é já um produto tra-dicional”, que “já foi reconhecido pela Comissão Europeia”, contou.

Baunilha, canela, noz-moscada, açafrão e cravinho são algumas das especiarias utilizadas para fa-zer o licor, às quais se junta o cála-mo e a raiz angélica. Há outros in-gredientes que continuam “no se-gredo dos deuses”.

O fabrico é dividido por várias fases, começando pela colocação das especiarias e ervas no álcool etílico. Mais tarde, junta-se água e deixa-se macerar por quatro dias. Segue-se a destilação da água e do álcool para que perca gradua-ção (desce de 95 para 30 por cen-to) e a junção do xarope, feito de açúcar, água, ácido cítrico e chá preto, e o caramelo, que vai dar tonalidade ao líquido. Feitas as contas, são precisas “duas sema-nas” para que o processo de fabri-co esteja concluído, explicou Albi-no Nogueira. O licor é vendido em garrafas de 10, 50 e 70 centilitros.

MosteiroO Mosteiro de Sinverga surgiu

em 1892, dependente do de Cucu-jães. Começou por uma pequena casa de lavoura e com os anos foi ganhando envergadura. Ao lon-go dos tempos, a Ordem Benedi-tina sofreu, assim como as outras ordens religiosas, alguns reveses. Em 1901, houve uma “crise” devi-do à expulsão de todos os monges estrangeiros e em 1910, com a Im-plantação da República, o Mostei-ro de Cucujães foi encerrado, ten-do voltado a abrir anos depois. Só em 1922, o Mosteiro de Singeverga se tornou independente, toman-do posse de algumas proprieda-des da Ordem beneditina, como o Colégio e Priorado de Nossa Se-nhora da Assunção de Lamego, a Cela de S. Bento da Vitória, no Porto, a Cela de Nossa Senhora da Graça, em Lisboa, o priorado simples de Nossa Senhora das Vi-tórias, em Luena (Angola) e a Cela de Nossa Senhora da Visitação, em Huambo (Angola).

Em Roriz, Santo Tirso, existe uma zona envolvente ao mosteiro de vá-rios hectares de terra, que são tra-tados por assalariados, que se de-dicam à agricultura e pecuária. Atu-almente, Dom Bernardino Costa é o abade de Singeverga.

Padres Benjamim Salgadoe Manuel Faria homenageados

concertos, chamando para o programa uma das maiores paixões de Benjamim Salgado e Manuel Faria – a música.

Para o autarca famalicense, Paulo Cunha, esta homenagem “não pretende ser um simples exer-cício de memória”, mas “a valorização da exem-plaridade incontestada destas duas personagens que deixaram um legado cultural forte e influencia-ram positivamente tantas instituições da região”.

Já o Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, quer “manter ativa a obras destes dois ilustres sa-cerdotes ligados a muitas causas e com uma pai-xão comum: a música”. P.P.

Licor é produzido no Mosteiro desde 1945

Mosteiro de Singeverga localiza-se em Roriz, no concelho de Santo Tirso

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18 JORNAL DO AVE 20 JANEIRO 2016 www.JORNALDOAVE.pt

Cultura// Vila Nova de Famalicão

Armando Queirós, de Vila Nova de Famalicão, ganhou uma via-gem aos Açores, por ter compra-do no comércio tradicional, que lhe deu a senha de 1.º classifica-do do Sorteio de Natal promovi-do pela Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Fama-licão (ACIF), integrado na campa-nha natalícia. O 2.º prémio, um iPad, foi para Maria Carvalhal, de

O mais recente trabalho a solo de David Fonseca, “Futuro Eu”, vai ser apresentado na Casa das Artes, a 30 de janeiro em Vila Nova de Famalicão. No palco, “Chama-me que eu vou”, “Deixa ser” ou “Hoje eu não sou”, confirmam o génio criativo de David Fonseca que se afirmou com músicas como “So-

“Os livros proibidos pela Ditadu-ra” estão expostos no Museu Ber-nardino Machado, em Vila Nova de Famalicão, até ao dia 13 de março.

A exposição de 150 livros cen-surados pelo regime salazaris-ta, entre os quais “Bichos” de Mi-guel Torga, “Luanda” de Luandi-no Vieira e “A Esperança Agredi-

PELE, um projeto musical for-mado por Nuno Santos, Sérgio Sil-va, Paulo Silva e João Pacheco, vai ter o seu concerto de apresenta-ção no Auditório da antiga Junta de Freguesia de Joane, localidade natal da banda. O concerto está marcado para as 21 horas de 27 de

José Maria Carneiro Costa foi eleito presidente da Comissão Social Interfreguesias da Área Ur-bana de Famalicão (CSIFAUVNF). para o próximo biénio. A liderar a única lista candidata, José Maria Carneiro Costa, da Associação de Moradores das Lameiras, terá o apoio de Catarina Pereira, do Cen-tro Social de Calendário, eleita co-ordenadora do núcleo executivo, e Joana Gomes, do Agrupamen-

Comissão Social de Famalicãotem novo núcleo executivo

to de Escolas D. Sancho I, que foi eleita para secretária.

A equipa de qualificadores que colaboram com a Comissão So-cial de freguesias também sofreu alterações, mantendo-se Ricar-do Ribeiro, técnico da Associação de Moradores das Lameiras, e en-trando Ivone Calafate, da LIPAC, e Maria Barroso, em representa-ção do Centro Social e Paroquial das Antas.

A CSIFAUVNF é constituída por 50 instituições do concelho. No fi-nal da tomada de posse, a 13 de ja-neiro, Mário Martins, representan-te da Associação Gerações, parcei-ro da Comissão Social apresentou o projeto “Anos de prata... Saúde de Ouro”, que vai envolver “140 pessoas maiores de 65 anos em atividades e iniciativas de manu-tenção de saúde e bem-estar físi-co e mental”. A.A./C.V

Janeiro foi escolhido para a apresentação do programa co-memorativo das “bodas de prata” da Rusga de Joane, numa iniciati-va realizada a 9 de janeiro no Jo-annem Auditorium, que também serviu para homenagear os sócios fundadores do grupo, assim como os três presidentes que lideraram as várias direções até à atualida-de e os atuais elementos.

Camilo Alves, presidente da Rus-ga de Joane, deixou uma palavra de agradecimento “aos vários di-retores técnicos que dirigiram ar-tisticamente o grupo, sendo eles, os grandes responsáveis pela ima-gem e pela representatividade das tradições populares que orgulho-samente se preza de fazer, com es-pecial destaque ao atual diretor técnico, Ricardo Carneiro, que as-sume este papel há 11 anos”.

Já o presidente da Junta de Fre-guesia de Joane, António Oliveira, agradeceu à Rusga de Joane “por

Um ano de festa nas “bodas de prata” da Rusga de Joane

Todos os meses do ano 2016 ficarão marcados por uma atividade evocativa dos 25 anos do Grupo Etnográfico Rusga de Joane. CÁTIA VELOSO

ser uma das melhores referências no âmbito do folclore, não só em Joane, nem no concelho, mas sim na região minhota” e “pela capa-cidade de tornar o folclore e a et-nografia mais atrativa, através de inovadas técnicas de palco, apro-ximando-se da juventude”.

O programa de comemorações já circula pela Vila e a sua execu-ção foi pensada ao pormenor, ao estilo de um calendário, onde cada mês é ilustrado por uma fo-tografia, especialmente prepara-da e de acordo com as tradições de cada mês.

Em fevereiro, no dia 20, pelas 21.30 horas, o grupo promove a tertúlia “Cantigas Tradicionais nos Grupos Folclóricos”, no Joan-nem Audiotorium. Março, mês do aniversário, terá o maior número de iniciativas. No dia 5, há um jan-tar de gala e no dia 13 uma missa evocativa. Já no dia 24, Quinta-

-Feira Santa, decorre a venda de tremoços e rosquinhas, no Largo

3 de Julho.Para abril está marcado o 5.º En-

contro Nacional de Amigos Folclo-ristas e em maio realiza-se um en-saio aberto à comunidade. O Festi-val de Folclore do Grupo tem lugar no Anfiteatro do Parque da Deve-sa, no dia 11 de junho. Até ao fim do ano, há várias iniciativas agen-dadas, entre as quais uma Feira Rural (setembro), uma exposição sobre a história da Rusga de Joa-ne (outubro) e um espetáculo et-nográfico (novembro).

Fundado a 8 de março de 1991, a Rusga de Joane representa os usos e os costumes do folcore do Baixo Minho, trabalhando na recupera-ção e representação dos tempos no final do século XIX e início do século XX. Associado da Federa-ção do Folclore Português, a Rusga de Joane já espalhou as tradições por vários locais do país e até inter-nacionalmente, em Israel, Estados Unidos da América, Mónaco, Suíça, Alemanha, França e Espanha.

Livros proibidos pelaDitadura em exposição

da” de José Manuel Mendes, con-ta também com relatórios elabo-rados pelos censores.

Os elementos da exposição, que pretende mostrar um pouco daquela era de forte restrições, pertencem à Associação de Jor-nalistas e Homens de Letras do Porto. A.A./P.P.

PELE em concertode apresentação em Joane

fevereiro e tem entrada gratuita.A apresentação ao vivo da ban-

da acontece a convite das Velhas Glórias do Liceu de Joane. Para mais informação, pode visitar o site www.a-pele.com .

A.A./C.V

Armando Queirós vence Sorteio de Natal da ACIF

Jesufrei, e o 3.º prémio, uma tele-visão LED, para Luís Pereira, de Ri-beirão. A entrega dos prémios está agendada para as 15 horas desta sexta-feira, 22 de janeiro, nas ins-talações da ACIF.

O sorteio de Natal foi uma das iniciativas levadas a cabo durante a Campanha de Natal 2015, com o intuito de “criar um ambiente ape-lativo às compras no concelho”.

David Fonseca de regressoà Casa das Artes

meone that cannot love”, “The 80’s” ou a “Cry 4 Love”.

O espetáculo, com duração de 90 minutos, realiza-se pelas 21.30 horas, no Grande Auditório. Os bi-lhetes têm “o custo de 15 euros ou 7,5 euros para estudantes ou portadores do Cartão Quadrilá-tero Cultural”.

Presidente do Grupo prestou homenagem aos diretores técnicos

Sorteio da ACIF

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19 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Cultura// Santo Tirso

A Caminhada de Ano Novo da Câmara Municipal de Santo Tirso regressa este sábado, dia 23 de janeiro. A iniciativa, que é já uma tradição em Santo Tirso, está in-cluída no Programa de Percursos Pedestres.

A concentração será realiza-

“Nuances de Vermelho em Carne ao Rubro” é o título da mais recente obra escrita pela tirsense Goreti Dias. O livro de poesia vai ser lançado a 30 de janeiro, dia de aniversário da autora, pelas 16 horas, na Biblioteca Municipal de Santo Tirso, e será apresenta-do pelos escritores Vítor da Ro-cha e Maria Gabriela de Sá. Além das declamações de Alice Santos e Dionísio Dinis, a sessão conta ain-da com a performance da bailari-na Krystal Chandradevii e com o fado de António Cerqueira e de Pe-reira Lopes, Alberto Veloso e Gore-ti Amaral, que serão acompanha-dos à guitarra por Carlos Guedes e à viola por Manuel Baptista.

Goreti Dias refere que “a poesia é criação”. “Sem ela, não há arte maior. A descrição do real, nu e cru não faz parte da minha forma de escrever. Mesmo quando a re-alidade aparece nos meus textos, ela já se tornou outra pela recria-ção, pela sua visão de autor ou pela visão de quem a lê. Não apre-cio a interpretação do que escre-vo em colagem à minha vida pri-vada. Isso seria diminuir a minha arte e a verdade dos factos”, frisou.

A autora do prefácio do livro, Maximina Ribeiro, descreve a obra de Goreti Dias como conten-do “uma poesia límpida, sem re-buscamentos inúteis, nem erudi-ção desnecessária e balofa, como tantas vezes encontramos, por aí”.

“Exatamente o vermelho, a cor da paixão, não podia deixar de estar

A exposição de caricaturas “Li-nha, Ponto e Vírgula” de André Car-rilho, está presente até 20 de feve-reiro, no Centro Cultural de Vila das Aves (CCVA).

“Linha, Ponto e Virgula” é uma exposição que conta com “carica-turas emolduradas de vários es-critores portugueses, lusófonos e estrangeiros”, realizadas por An-dré Carrilho e cedida ao CCVA pela Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide. Entre os escritores carica-turados, Augustina Bessa Luís, So-phia de Mello Breyner Andresen e

“A poesia é uma pintura que fala ou se quisermos uma linguagem que pinta”. É desta forma que o organizador António Oliveira apre-senta a exposição “Cumplicidades sobre um Corpo”, evocativa do po-eta Eugénio de Andrade, que foi inaugurada esta terça-feira na Bi-blioteca Municipal de Santo Tirso. A exposição desvenda “cumplici-dades entre a poesia do autor e as artes plásticas” e pode ser visitada

“até dia 26 de março”, de segunda a sexta-feira, entre as 9 e as 19 horas,

Fernando Correa de Oliveira, Pedro Valle Teixeira, John Rutter e Benjamim Harlan foram alguns dos autores que foram homena-geados no Concerto de Reis, pro-tagonizado pelo Coral da Miseri-córdia de Santo Tirso, pelos Pe-quenos Cantores de Santo Tirso, pelo Ensemble Vocal Pro Musica e Amtrol-Vocalfa.

Aurea é a primeira confirmada para o dia 23 de julho (dia do Pop e Rock) do festival Laurus Nobi-lis 2016. Após a confirmação dos Moonspell para dia 22 (dia do He-avy Metal e Rock Alternativo), a galardoada artista soul é a mais

“Cumplicidades sobre um corpo” homenageia Eugénio de Andrade

e aos sábados das 14 às 18 horas.Coincidindo a data de inaugura-

ção com a do nascimento do au-tor, em 1923, a exposição “Cumpli-cidades sobre um Corpo” assume igualmente “o caráter de homena-gem, mais ainda porque é corpori-zada por alguns dos seus amigos”.

“Cúmplices”, em particular, das pa-lavras que o autor nos deixou em herança, “palavras puras, límpidas, redondas, macias e até atrevidas”, afirmou o responsável pela expo-sição. P.P.

Caricaturas de escritores em exposição em Vila das Aves

Fernando Pessoa são os escritores nacionais. Entre os escritores lusó-fonos, encontra-se Mia Couto, Cae-tano Veloso e Carlos Drummond de Andrade e Carmén Posadas, Char-les Bukowski e Oscar Wilde, entre os escritores estrangeiros.

André Carrilho nasceu em Lisboa em 1974 e desde 1992 que é carica-turista profissional, entre outras ocupações, e já colaborou com al-guns dos mais importantes jornais e revistas portuguesas, ganhando também prémios nacionais e inter-nacionais. A.A./C.V.

Coros unem-separa Concerto de Reis

O espetáculo teve lugar na Igreja Matriz de Santo Tirso, a 9 de janei-ro, e teve direção artística de José Manuel Pinheiro, que foi apoiado pela maestrina Aliona Barbane-agra. Os quatro grupos atuaram em conjunto e apresentaram um repertório recheado, com sonori-dade a fazer exaltar o período na-talício. C.V.

// Vila Nova de Famalicão

Aurea no Laurus Nobilis 2016recente confirmação para o festi-val do louro.

O Laurus Nobilis avança assim com dois nomes para a segunda edição do festival de verão pro-movido pela Associação Ecos Cul-turais do Louro. A.A./C.V.

Tirsense lança livro na Biblioteca Municipal

presente nestes poemas, onde so-bressai a esperança, a saudade e a fúria de viver todos os momen-tos. A presença do amor e do bem-

-amado, a saudade pela ausên-cia”, descreve. Sobre a autora, re-fere que, durante a leitura, a sen-tiu “como uma artífice da escri-ta, uma compositora de cada po-ema ao qual transmite uma musi-calidade muito própria, não dei-xando perder o mistério que toda a poesia encerra”.

Este é o quinto livro de Goreti Dias, nascida em Santo Tirso e li-cenciada em Línguas e Literaturas

Modernas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. No cur-rículo, a escritora tem ainda “Diá-rios, escritas quase inverosímeis” (prosa poética), “Animais nada animais” (infantil), “Animais ain-da mais iguais” (infantil) e “Livro da Distância” (poesia). Tem ainda uma obra online, “dos prazeres e seus contrários” (e-poesia) e, para breve, conta lançar mais um livro infantil, “O sapo saudoso”.

Goreti Dias é ainda administra-dora do site EscritArtes.com, onde orienta um fórum e escreve assi-duamente. C.V.

Tradicional Caminhada de Ano Novoda na Praça 25 de Abril, às 9 ho-ras, com o caminhada a começar às 9.30 horas, junto à Igreja Paro-quial de São Tomé de Negrelos.

“PR 5 ST – Moinho de Fojo”, um dos oito percursos pedestres qua-lificados distribuídos pelo conce-lho tirsense, é o percurso escolhi-

do pela organização e tem o com-primento de 6,8 quilómetros, com uma duração prevista de três ho-ras e meia.

A incrição para a Caminhada de Ano Novo é “obrigatória”, através do site www.caminhadas.santo-tirso.pt/inscricao.php.

Faça a assinatura anuale receba-nos comodamente em sua casa

Contacte-nos! Telf. 252 414 714

Goreti Dias já escreveu livros de poesia e infantis

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20 JORNAL DO AVE 20 JANEIRO 2016 www.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Modalidades

Após três jogos sem vitórias, o Famalicão venceu o Olhanen-se na 25.ª jornada da II Liga, por uma bola a zero. O golo da vitó-ria foi marcado a dez minutos do final da partida, por Leandro Souza, fruto de uma grande pe-nalidade.

No confronto entre o 10.º e o 11.º classificado, o Famalicão conquistou o lugar ao Olhanen-se, seguindo agora no 10.º pos-to com 36 pontos, mais dois que os algarvios.

A primeira parte não teve lan-ces de perigo, com as duas equi-pas a jogarem um futebol lento e sem lances de relevo, deixando os guarda-redes de fora da pou-ca ação do jogo.

À saída do intervalo, o jogo ga-nhou vida, com os comandados de Daniel Ramos a impor o seu futebol, e obrigando a equipa da casa a recuar e defender o nulo.

Num assédio à baliza de Léo, juvenil de 17 anos que foi cha-mado a assumir a baliza habi-

O senegalês Théo Mendy entrou para a história do Desportivo das Aves, marcando, na vitória por 1-0 sobre o Feirense, o golo 800 da equipa tirsense na 2.ª liga portu-guesa. ANTÓNIO AZEVEDO/CÁTIA VELOSO

Em partida da 25.ª jornada, o golo recordista chegou aos 59 mi-nutos do jogo 644, também um re-corde para o clube com mais parti-das na prova, e 253 vitórias.

A primeira parte começou com melhores oportunidades para o Feirense, com Luís Machado a ser o protagonista das duas melhores ocasiões. Ao minuto três, o joga-dor dos visitantes rematou para defesa a dois tempos de Quim e voltou a tentar mais tarde num pontapé forte à trave (26).

Apesar das oportunidades fo-rasteiras, o Aves esteve por cima do jogo e causou perigo à baliza da equipa de Santa Maria da Feira, nomeadamente o cabeceamento de Theo Mendy a obrigar Makari-

A uma jornada do final da primeira fase do Campeonato Portugal Prio (ex-

-Campeonato Nacional de Seniores), a série B já tem tudo decidido. O Fafe e o Vizela conquistaram os lugares de aces-so à Fase de Subida, deixando o Trofense, o S. Martinho e a Oliveirense fora da dis-cussão. A formação famalicense ficou a quatro pontos desse intento. Na série C, as contas ainda não estão arrumadas e o Tirsense, com 16 pontos, conquistou uma importante vitória para fugir ao úl-timo lugar. ANTÓNIO AZEVEDO/CÁTIA VELOSO

Na 17.ª e penúltima jornada da 1.ª Fase do Campeonato Portugal Prio, a Oliveirense per-deu a hipótese de conseguir um lugar na Fase de subida, ao sofrer uma derrota caseira con-tra o Fafe, já apurado para os play-off de pro-moção. Face a uma tarefa difícil, a receber o líder da série B, a AD Oliveirense não conse-guiu levar a melhor sobre os fafenses e per-deu por uma bola a zero.

No quarto posto, a dois pontos da Olivei-rense, o Trofense teve uma vitória fácil sobre o Mondinense, vencendo por 4-2. Os golos do Trofense foram marcados por Ricardinho, Ser-ginho, Tiago e Aílton Silva. O resultado final foi fixado aos 92 minutos, no momento cari-cato do jogo. O árbitro, Albino Correia, assi-nalou grande penalidade por mão na bola de Aílton e, na cobrança, Rooney, do Mondinen-se, chutou a bola para dentro da baliza, sain-do por trás, bateu num painel publicitário e

Desportivo das Avesmarca golo 800 na 2.ª Liga

Famalicão regressaaos triunfos

dze a aplicar-se e o remate de Tar-císio de longe, mas sobre a barra.

A equipa do Desportivo das Aves regressou do descanso com a mesma vontade de dominar a par-tida e ao minuto 59, Théo Mendy atira de fora de área e, após a bola ser desviada por um jogador visi-tante e traindo Makaridze, a bola acaba no fundo das redes.

O Feirense tentou responder, mas, com o Aves a segurar o re-sultado e compacto na retaguar-

da, foi preciso esperar até ao mi-nuto 86 para ver uma oportunida-de flagrante de golo. Platiny, na área, remata rasteiro ao lado do poste esquerdo da baliza cerra-da pelo veterano Quim.

O Desportivo das Aves sobe as-sim ao 9.º posto da tabela, com 36 pontos e prepara-se para a deslo-cação ao algarve, onde irá defron-tar o Portimonense, atual 6.º clas-sificado com 42 pontos.

tualmente defendida por Morei-ra (ex-Benfica), que foi expulso no jogo anterior contra o Benfi-ca B, o Famalicão não conseguia concretizar.

O extremo Medeiros foi infeliz ao falhar duas ocasiões claras de golo entre o minuto 64 e 65, e Mauro, de livre direto, não con-seguiu bater o jovem Léo, que defendeu para o ferro superior.

Contra o rumo da partida, o Olhanense, orientado pelo ita-liano Cristiano Bacci, teve um caso de perigo aos 75 minutos com Said a isolar-se, mas aten-to, Emanuel fechou a baliza mi-nhota.

A dez minutos do final, bola na área do Olhanense e Materazzi corta a bola com o braço. O árbi-tro Fábio Veríssimo não teve dú-vidas e assinalou o castigo má-ximo. Leandro Souza, chamado a converter, não hesitou e trans-formou a grande penalidade, tra-zendo os três pontos para o Mi-nho. A.A./C.V.

Oliveirense falha Fase de Subidaregressou ao campo. Os jogadores de Mon-dim de Bastos festejaram o golo, mas o árbi-tro auxiliar marcou pontapé de baliza e o ár-bitro… ficou indeciso. Após um minuto de in-certeza, Albino Correia acabou por assinalar golo para o Mondinense.

A jogar em casa e a receber a equipa mais frágil do campeonato, o S. Martinho não fa-cilitou e despachou a formação B do Varzim por 4-1. Na derradeira jornada, o S. Martinho vai enfrentar o Torcatense, em Guimarães, o Trofense terá uma deslocação à Póvoa de Varzim e a Oliveirense vai jogar ao reduto do Mondinense.

Na série C, o Tirsense venceu o Coimbrões por duas bolas a uma, em Vila Nova de Gaia. A equipa de Santo Tirso subiu ao 8.º lugar, soma 16 pontos e na última jornada recebe o Vila Real. Todas estas equipas vão manter-se nas mesmas séries e seguir para a Fase de Ma-nutenção, partindo com metade dos pontos conquistados na 1.ª Fase. Os dois últimos clas-sificados de cada série descem diretamente aos campeonatos distritais, enquanto os an-tepenúltimos classificados disputam um play-

-off, sendo que os vencidos descem aos cam-peonatos distritais. Para a disputa deste play-

-off são constituídos (através de sorteio puro) quatro emparelhamentos de dois clubes. Este play-off disputa-se em dois jogos. Já os dois primeiros classificados de cada série são dis-tribuídos por duas zonas, Zona Norte e Zona Sul, e vão disputar a Fase de Subida.

Equipa avense venceu em casa e subiu ao 9.º lugar

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21 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Modalidades

Cumpriu-se mais uma jorna-da da Liga Toupeira Opticenter, o campeonato de futsal de ve-teranos, organizado pela União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães.

A 3.ª jornada disputou-se no Polidesportivo do Juncal, em Sta. Cristina do Couto, a 16 de janeiro. Nesta jornada, o Giná-sio CST venceu o AUSBB por 5-4, enquanto o AB92 derrotou o Nú-cleo Sporting ST e a Casa Benfi-ca ST bateu o AD Tarrio por 5-3.

As eleições para eleger os no-vos órgãos sociais do Futebol Clube Tirsense estavam mar-cadas para a manhã de sábado, mas antes de abrir a urna, o pre-sidente da Assembleia do clube, Hernâni Gomes, entendeu que a lista tinha “uma irregularidade”, não permitindo a realização do ato eleitoral.

Segundo fonte do clube ou-vida pelo JA, na lista, liderada pelo presidente demissionário, Fernando Matos, “havia um só-cio que não estava no pleno dos

Armando Silva, presidente do Desportivo das Aves é o único candidato às eleições para o bié-nio 2016/2017, a decorrer no dia 30 de janeiro, entre as 14 e as 17 ho-ras, na sala de imprensa do clube.

A confirmação da candidatura única foi feita por Narciso Olivei-ra, presidente da Mesa da Assem-bleia-Geral, no dia em que termi-nou o prazo para apresentação de candidaturas ao ato eleitoral.

A lista liderada por Armando Silva mantém Narciso Oliveira na Assembleia-Geral, mas optou por Benjamim Cunha para o Conselho Fiscal, sucedendo a João Freitas.

Armando Silva encaminha-se assim para o seu sétimo e oita-vo ano à frente do clube das Aves, da qual faz parte da direção há 11 anos. O presidente, num comuni-cado enviado à Lusa, afirma ter conseguido “um parceiro sério para investir no futebol profissio-nal”, referindo a Sociedade Anó-

Novo ato eleitoral a 5 de fevereiro

“Irregularidade”suspende eleiçõesno FC Tirsense

seus direitos”. O presidente da Assembleia marcou um novo ato eleitoral para 5 de fevereiro.

Recorde-se que Fernando Ma-tos demitiu-se da direção do clu-be em dezembro, com a justifica-ção dos “maus resultados”, que não permitiram a equipa sénior garantir a passagem à Fase de Subida do Campeonato Nacio-nal de Seniores, e da falta de re-cursos financeiros. Mas acabou por apresentar-se de novo a elei-ções, liderando a única lista can-didata. C.V.

Liga Toupeira segue equilibrada

O jogo entre AR Areal e FC Tirsen-se foi adiado.

Contas feitas, a AUSBB, o Giná-sio CST, o AB92 e a Casa Benfica de ST seguem em igualdade pon-tual no primeiro lugar, ao passo que o AR Areal divide o 5.º posto com o FC Tirsense e o AD Tarrio, todos com três pontos, e os dois últimos com menos um jogo. Em último lugar continua o Núcleo Sporting ST com zero pontos ao fim das três primeiras jornadas.

A.A./C.V.

Armando Silva é candidatoúnico a presidente do Aves

nima Desportiva formada no ve-rão passado, candidatando-se a estas eleições com a mesma von-tade e alegria” que teve na primei-ra eleição.

Sobre o passivo do clube, que segundo António Freitas, ex-can-didato à presidência, rondava os 1,4 milhões de euros, Armando Sil-

va afirma que o passivo foi “muito bem explicado” na assembleia de 22 de outubro de 2015.

Segundo Narciso Oliveira, “cer-ca de 1500 socios” estão habilita-dos a participar no ato eleitoral, sendo regulamentado que “te-nham mais de 18 anos e a quota de janeiro de 2016 paga”. A.A./C.V.

O Clube de Xadrez A2D, equipa da Didáxis, participou no Campe-onato Nacional Absoluto em Xa-drez Rápido, organizado pela Fe-deração Portuguesa de Xadrez no Pavilhão Multiusos de Estarreja.

Três equipas e 14 atletas repre-sentaram o CXA2D, com Luís Sil-va a sagrar-se vice-campeão na-

// Xadrez

Luís Silva da Didáxis é vice-campeão de Xadrez Rápidocional absoluto e a Didáxis a al-cançar o top 10 nacional coletivo.

Luís Silva, mestre FIDE, foi um dos destaques da competição, ao conquistar o 2.º lugar a apenas um ponto da liderança, repetindo a classificação de 2012/2013.

Os desempenhos da equipa A, formada por Luís Silva, Luís Roma-

no, Bruno Gomes, Ivo Dias e Mário Oliveira, e da equipa B, composta por Carlos Dantas, Carlos Novais, Bruno Ribeiro e Mariana Silva, da CXA2D, que se classificaram em 4.º e 10.º lugar respetivamente, per-mitiram à Didáxis integrar o Top 10 Nacional Absoluto Coletivo.

Armando Silva recandidatou-se

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22 JORNAL DO AVE 20 JANEIRO 2016 www.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Modalidades

Começou da melhor maneira a participação dos utentes da CAID (Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente) no Campeonato Re-gional Adaptado Norte, na modali-dade de Ténis de Mesa.

Fonte da Câmara Municipal de Santo Tirso adiantou que o balan-ço da 1.ª jornada, realizada a 13 de janeiro, “não poderia ser mais po-sitivo”. “Na categoria Adaptado Fe-minino, o 1.º lugar foi conquistado por Vitória Andrade, até ao momen-to líder do ranking nacional, segui-da de Ana Dias, que também man-tém o seu 2.º lugar nos dois rankings, nacional e regional. Já na categoria Adaptado masculino, Jorge Maga-lhães disputou a final com Hélder Coelho, do MAPADI (Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuí-

Os amantes da corrida e da natureza vão novamente ser postos à prova pelo Nú-cleo Associativo de Santo Tir-so (NAST). A coletividade vai promover a 2.ª edição do San-to Tirso Ultra Trail, com a cor-rida principal, de 50 quilóme-tros, a ser realizada a 14 de fe-vereiro. CÁTIA VELOSO/PATRÍCA PEREIRA

Segundo a organização, “70 por cento” do percurso é diferente do da primeira edição. E esta não é a única novidade da iniciativa. Hélder Azevedo, diretor da prova, explicou que o trail longo “passou de 21 para 27 quilómetros” e hou-ve a inclusão de mais uma prova, de 15 quilómetros, “para atletas menos experientes e que se quei-ram iniciar no trail”.

E porque Santo Tirso tem “óti-mas condições” para a prática do trail, a organização garante “bons trilhos” e “bom ambiente” na pro-va para que possa garantir, pelo menos, o sucesso da primeira edi-ção. “O ano passado conseguimos explorar o melhor que nós temos, um ultra trail com o património e beleza paisagística que temos,

“Reconhecidos instrutores na-cionais e internacionais da moda-lidade” vão reunir-se no Pavilhão Municipal de Vila Nova de Famali-cão para o “Fama Zumba Event”.André Alves, Sónia Nascimento, Alejandra Paolini, José Canossa, Francisco Machado, Mariana Mo-rali, Judite Oliveira, Anita Gonçal-ves e Vítor Silva são os nove nomes

Três provas no Santo Tirso Ultra Trail a 14 de fevereiro

aliado a uma boa organização. To-dos os atletas saíram agradados e isso foi quase como uma certeza de que iriam voltar na 2.ª edição”, afirmou Hélder Azevedo. Por isso, as expectativas em termos de ins-crições estão altas e há confirma-ção de presença de “espanhóis e franceses”, que foram atraídos

“pelo percurso”. O diretor da pro-va divulgou, no dia da apresenta-ção da prova (8 de janeiro), que já estavam feitas “1100 inscrições”.

A Câmara Municipal de Santo Tirso é um dos parceiros do NAST no evento. Para o presidente da autarquia, Joaquim Couto, as ca-racterísticas do território atraem os amantes do trail. “A prova rapi-damente granjeou um espaço no desporto da região Norte e até a nível internacional, porque tem lugar num ambiente de paisagem natural de rara beleza”, sublinhou.

O Santo Tirso Ultra Trail tem como local de partida o Pavilhão Municipal de Santo Tirso. No mes-mo dia realiza-se uma caminhada de dez quilómetros. As inscrições podem se feitas online, em www.lap2go.com, até 7 de fevereiro.

Já a 13 de fevereiro, há provas para crianças e jovens dos cinco

aos 16 anos, no Parque Urbano da Rabada.

Prova com cariz solidário

E se a prática desportiva é um dos baluartes do Santo Tirso Ul-traTrail, o cariz solidário também não foi posto de lado. Através das inscrições, a organização vai an-gariar fundos para a operação Nariz Vermelho, para os Bombei-ros e para o pequeno Tiago, que luta contra um neuroblastoma e precisa de ajuda para ir aos Esta-dos Unidos fazer um tratamento experimental.

Para saber mais da história do Tiago há o site www.supertiago.com, que explica a doença e como fazer donativos.

NAST pode ter sedebrevemente

Joaquim Couto anunciou ainda que brevemente o NAST poderá ter uma sede. “Estamos em diálo-go com a associação para que pos-sa ocupar um antigo edifício de ensino primário na Lomba, para que se possa instalar e desenvol-ver melhor”, afiançou.

“Fama Zumba Event” solidário com Loja Socialconvidados para animar a tarde de 30 de janeiro, que ficará tam-bém marcada pela “sua vertente solidária a favor da Loja Social de Famalicão”.

O evento começa pelas 16 horas com uma aula de Zumba Kids, se-guindo uma aula de Zumba Master, pelas 18 horas. Os bilhetes para assistir ao espetáculo têm “o cus-

to de um euro, a reverter, na tota-lidade, a favor da Loja Social”. A participação na aula de Zumba Master tem “o custo de cinco eu-ros”, sendo que “parte desta recei-ta será revertida em bens de pri-meira necessidade para a Loja So-cial de Famalicão”. Mais informa-ções sobre o evento em www.face-book.com/famazumbaevent. P.P.

Ginásio com quatro recordes em NataçãoO Ginásio Clube de Santo Tirso

participou no Torneio Cidade da Maia, onde, em Absolutos, regis-tou “quatro novos recordes pes-soais” alcançados, num “desem-penho médio de 96,3 por cento”.

Já em Masters, três nadadores do Ginásio competiram no Tor-neio de Preparação ANC, dispu-tado em Coimbra, tendo tido “um desempenho médio de 96,1 por cento”.

O Complexo Desportivo de Lou-sada foi palco da 1ª fase do Cam-peonato Interclubes Sub12, com o Ginásio Clube Santo Tirso a con-seguir o apuramento para a 2.ª fase. O grupo tirsense, formado por Francisco Vilaça, Isabel Gon-çalves, Marta Vilaça, Pedro Ro-drigues, Tomás Barbosa e Telmo Gonçalves, venceu o SC Porto e o LTC Foz, por 3-2.

O Ginásio promoveu, este fim de semana, mais uma etapa do seu Circuito Interno. No Nível 2 parti-ciparam Catarina Garcia (1.º), João Pedro Azevedo (2.º), Marta Vilaça (3.º) e Miguel Leite (4.º), enquanto o Nível 3 foi disputado por Salva-dor Monteiro (1.º), Sofia Bartolo-meu (2.º), Francisco Bartolomeu (3.º) e João Luís Silva (4.º).

Ginásio no Campeonato Interclubes sub-12

Ginásio líder no Ténis de Mesa

// Ténis

// Ténis de mesa

A equipa sénior do Ginásio Clu-be de Santo Tirso mantém a lide-rança na 1.ª Divisão Distrital de Equipas de Ténis de Mesa, com

“oito vitórias nas nove jornadas já realizadas”. Este fim de sema-na, a equipa venceu o S. Cosme B, por 4-1.

CAID começa Campeonato a vencerdo Intelectual), num jogo extrema-mente equilibrado, trazendo para a cidade de Santo Tirso um honroso 2.º lugar”, contou.

Já a 11 de janeiro, os utentes parti-ciparam no workshop “I-Tech”, que decorreu na Casa da Música, no Por-to, e reuniu “uma mistura de sons de Portugal num arraial radical”.

A proposta consistia “em misturar sons de Portugal e das suas várias regiões num arraial radical”, permi-tindo “a fusão das suas diferentes sonoridades”. A atividade permitiu aos utentes da instituição interagir com “vários instrumentos e objetos acústicos e digitais, tais como tam-bores, iPhones, adufes, brinquinhos de madeira e iPads, produzindo e reinventando sons originalmente tradicionais”. P.P.

Organização garantiu “bons trilhos” e “bom ambiente” na prova

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23 20 JANEIRO 2016 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Desporto

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Próxima edição do Ja é Publicada a 3 de fevereiroFicha Técnica

// Modalidades// Famalicense AC

No passado fim de semana, o Li-berdade FC participou no Campe-onato do Norte em Pista Coberta, em Braga. Tânia Silva foi o desta-que da competição apesar de pas-sar por “uma fase de combate às lesões”. A atleta sénior do Liberda-de FC arrecadou quatro títulos no Campeonato, entre os quais Cam-peã Distrital de 3000 metros e Vi-ce-Campeã Norte de 1500 metros, a que ainda se somam os de vice-

-campeã distrital de 1500 metros e vice-campeã Norte de 3000 me-tros. Com estes títulos, Tânia Sil-va garantiu a sua participação nos Campeonatos de Portugal.

O Liberdade FC, em termos cole-tivos e apesar de apenas competir com três atletas classificou-se no 9.º posto coletivo, melhor classi-ficação do concelho famalicense.

A equipa sénior do Famalicão Vólei – Atlético Voleibol Clube - derrotou o SC Braga por 3-0, com os parciais 13/25, 17/25 e 12/25, em jogo relativo à 19.ª jornada da 1.ª Divisão Nacional de Voleibol fe-minino, mantendo-se em 2.º lugar, com 46 pontos. Este sábado, pe-las 16 horas, a equipa defronta a Escola Pedro Eanes Lobato, no Pa-vilhão António Augusto Louro, em

No jogo que assinalou o fim da 1.ª volta do Campeonato Nacional da II Divisão – Zona Norte, tanto o Riba d' Ave HC (RAHC) como o Famalicense Atlético Clube (FAC) venceram a jornada. O RACH ven-ceu o Lavra por 7-3, mantendo em 1.º lugar, repartindo a liderança com o Valença HC. Já o FAC saiu vitorioso do encontro com o CD Cucujães, por 8-2, ocupando a 8.ª posição.

Depois de uma pausa no campe-onato devido a realização da Taça de Portugal, do qual as equipas

Hóquei: Riba d’ Ave e Famalicense vencem

Famalicão Vólei com resultados positivos“jogo de acerto de calendário rela-tivo à 16.ª jornada”. Já no domingo, também pelas 16, as famalicenses visitam o GDC Gueifães, em parti-da referente à 20.ª jornada.

Também as juniores do Famali-cão Vólei venceram o Boavista FC, por 3-0, com os parciais de 25/8, 25/14 e 25/11, em jogo da 2.ª jor-nada da fase 2, série 2, do campe-onato inter-regional de juniores fe-

mininos. Já as juvenis perderam com o Amares Vólei, por 1-3, com os parciais de 19/25, 25/20, 25/27 e 20/25, em encontro da 8.ª jorna-da do inter-regional de juvenis fe-mininos.

As iniciadas venceram o VC Via-na pelos parciais de 25/14, 25/13 e 25/13, enquanto as infantis der-rotaram a ADC Caldinhas com os parciais de 25/7, 25/10 e 25/8. P.P.

estavam “isentas”, a 14.ª jornada joga-se este sábado, marcando o início da 2.ª volta. Pelas 18.30 ho-ras deste sábado, o RAHC rece-be a Escola Livre de Azeméis, en-quanto o FAC recebe o HC Marco, pelas 21 horas.

Já a 18 de janeiro, realizou-se o sorteio da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, “ainda sem clubes da primeira divisão”, que se disputa a 13 de fevereiro. O RAHC recebe o Valença Hóquei Clube, enquan-to o FAC recebe o Clube Hóquei Carvalhos.

Camadas jovensEm mais uma jornada dos Cam-

peonatos Regionais da Associação de Patinagem do Minho, os Sub15 do RAHC venceram o OC Barcelos, por 2-3, e a ADJ Vila Praia, por 20-0. Já os Sub13 bateram o OC Barce-los, por 5-0, e os Sub17 venceram a ADJ Vila Praia por 7-2.

Já os escalões de formação do FAC, as duas equipas dos Sub13 defrontaram-se com a “A” a ven-cer por 12-0, enquanto os Sub20 foram derrotados pela Campo (Barcelos), por 7-4. P.P.

Liberdade e EARO em destaque no Campeonato do Norte em pista Coberta

As outras duas atletas foram Catarina Araújo nos 1500 metros (26.ª) e Susana Malheiro nos 800 metros (22.ª), que também par-ticiparam neste Campeonato do Norte em Pista Coberta, que con-tou com a presença de 721 atletas na Pista Coberta de Braga.

Já a Escola de Atletismo Rosa Oli-veira (EARO) participou na catego-ria de juvenis, juniores e seniores e conquistou quatro medalhas e teve quase todos os seus atletas a bater as suas marcas pessoais. Al-guns atletas conseguiram ainda cumprir os mínimos de participa-ção para os Campeonatos Nacio-nais de Pista Coberta.

Os atletas que competiram pela EARO nas provas do Campeonato foram: Ana Fernandes, Rosa Oli-veira, Sara Dias Oliveira, Sara Ra-

quel Oliveira, Maria Oliveira, Adria-na Costa, Ana Ribeiro, Nuno Fer-nandes, Rafael Silva, Rui Fernan-des ,Bruno Sampaio, Bruno Abreu, Miguel Torres, João Silva, Carlos Fernandes, Diogo Faria e Leandro Martins. A EARO participou, tam-bém, no mesmo fim de semana, na Meia Maratona de Viana do Caste-lo, onde participaram Vasco Batis-ta (7.º lugar em M40), Henrique Pa-redes (2.º lugar em M55) e Maurí-cio Torrinha.

O Liberdade FC também mar-cou presença na Meia Maratona de Viana do Castelo, onde Óscar Mendes cortou a meta em uma hora, 11 minutos e 29 segundos, alcançando o 16.º lugar do esca-lão sénior, enquanto Mário Bar-bosa terminou no 90.º lugar, em Veteranos +45.

Badminton

Bilhar

Famalicenses vão representar Portugal no Europeu Ao conquistarem o 1.º lugar da

3.ª jornada do circuito nacional, que se realizou no Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha, Adriana Gonçalves e Catarina Mar-tins, do Famalicense Atlético Clube (FAC), garantiram a sua participa-ção no Campeonato da Europa de Sub17, a decorrer em Lubin, na Po-lónia, de 17 a 25 de março.

Além disso, o FAC inscreveu as equipas Sub17 no Campeonato Na-cional por equipas, a decorrer este fim de semana no CAR das Caldas da Rainha, com o objetivo de se-

rem “campeões nacionais”.Já no 2.º Torneio de clubes (se-

niores), integrado no calendário oficial e pontuável para o ranking nacional, Sónia Gonçalves triun-fou em singulares e pares senho-ras (com Adriana Gonçalves) e em pares mistos foi finalista (com Jor-ge Santos). Ainda em absolutos, participaram Ana Ferreira e Bru-no Gomes. Na categoria D, Manuel Pinheiro e Rui Carvalho brilharam em pares homens e triunfaram no par misto, o mesmo Miguel com Fá-tima Moreira, também venceu. P.P.

FAC afastado da Taça de PortugalNa 2.ª eliminatória da Taça de

Portugal, a equipa B do Famalicen-se Atlético Clube (FAC) saiu derro-tado pelo GD Leões da Agra, por 2-1, sendo afastada da prova. Já a equipa principal do FAC apenas se estreia na 3.ª eliminatória, em feve-reiro, frente à Portuguesa de Leça.

Quanto à 1.ª divisão nacional da modalidade, o FAC perdeu a 2.ª jor-nada, frente ao Leixões, por 3-1. Na próxima jornada, a 25 de janeiro, o FAC recebe o GD Leões da Agra, num encontro de “enorme impor-tância, na luta pela manutenção neste escalão”.

O Famalicense também esteve representado por “sete atletas” na

fase 4 do 2.º Open Nacional, com jogos em todos os salões (Mato-sinhos, Leça, Porto e Famalicão). Adolfo Pereira foi “o único apura-do para a fase cinco” (final Norte), demonstrando mais uma vez, que

“pertence à Elite nacional”. Carlos Veloso, Jorge Bastos e Adelino Pa-redes atingiram as finais de apura-mento, enquanto Amândio Mari-nho e Jorge Lopes “consolidaram a sua posição na fase quatro para o próximo open”. Rui Gomes, que esteve “uns furos abaixo e foi afas-tado precocemente”, deve “ainda assim manter o seu estatuto de fase quatro”.

P.P.

Ciclocrosse

Joaquim Barbosa 2.º na Taça de PortugalFoi em Sobrado, Valongo, que

terminou a Taça de Portugal em Ciclocrosse, com Joaquim Barbosa, atleta do FAC, a concluir na 2.ª po-

sição da geral final em Masters50, apenas ultrapassado pelo cam-peão nacional, depois de finalizar no terceiro lugar nesta prova. P.P.

FAC vence em VoleibolCom a vitória em Amares, por

3-0, com os parciais de 25/23, 25/16 e 25/18, o FAC conseguiu ter-minar a primeira fase da série A da 2.ª divisão nacional, em 2.º lugar, o que lhe garantiu a presença na sé-rie dos primeiros, com início mar-

cado para fevereiro.O sorteio realiza-se a 25 de ja-

neiro e conta ainda com a pre-sença do VC Viana, CD Fiães, AA Coimbra e CN Ginástica, faltando saber se o 6.º clube é o CV Oeiras ou CV Lisboa.

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