jornal dezembro 2010

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

ImpressoEspecial

9912205638/DR/BSBCasa do Ceará em Brasília

CORREIOS

Jornal da Casa do Ceará Ano XXI - 222 - Dezembro de 2010

Ceará em Brasíliawww.casadoceara.org.br

Ceará em BrasíliaEditorial, pág. 2Expediente, pág.2Espaço Luciano Barreira, pág. 2Conversando com o Leitor, pág.2Samburá, praça do Ferreira, pág. 3Governo recebe propostas para obras civis do Metrô

de Sobral, pág. 4Posco formalizou sua participação na Siderúrgica do

Pecém, pág. 4Sexto bispo de Sobral, dom Odelir Magri, tomou

posse, pág. 4Anúncio de José Lírio, pág. 4Morre escritor Moacir Lopes, pág. 5Anúncio do Beach Park, pág. 5História - Marco Zero do Centenário de Juazeiro do

Norte tem garantido R$ 1,9 milhão, pág. 643 municípios contestam o Censo e pedem recon-

tagem, pág. 6Leituras I - Artigo de Wilson Ibiapina, O brasileiro

vai ter a cara do cearense pag.7Anúncio da Oboé, pág. 7Documento - Governador Cid Gomes assinou or-

dem de serviço para modernização do Castelão, pág. 8Anúncio da Marquise, pág. 8Leituras II - Artigo de JB Serra e Gurgel, Acopiara –

os brasileiros reclamam de que mesmo?, pág 9Anúncio do Uniceub, pág. 9Estado projeta investir R$ 45 bilhões até 2016,

pág. 10Anúncio da Nacional Gás, pág. 10Família e amigos homenagearam Expedito Macha-

do, pág. 11Anúncio das Farmácias Pague Menos, pág. 11Polo da Fiacruz no Ceará deve investir R$ 300 mi-

lhões na produção de vacinas, pág. 12Leituras III - De Drummond para Manolo, candida-

to a genro, pág. 13Anúncio de Ellery,m Alejarra Advogados, pag. 13Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 14Leituras IV - Artigo de Lustosa da Costa, Como vi-

vem os aposentados pág. 15Banco do Nordeste está entre as 15 maiores empre-

sas entre as melhores para trabalhar no Brasil, pág. 15Internet - Ranking com seis capitais mostra Fortale-

za com melhor banda larga, pág. 15Patrimônio histórico tem R$ 20 mi para conserva-

ção, pág. 16Anúncio da Casa da Moldura, pág. 16Situação das barracas de praia de Fortaleza e de

Aracati, pág. 17Ceará assinou contrato de US$ 250 mi com o BID

para turismo, pág. 17Assembleia Legislativa do Ceará entrega título de

cidadania à professora portuguesa Haidé Gonçalves, pag. 17

Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág 17Página da Mulher - artigo de Regina Stella, Papai

Noel resgata velha dívida, Receitas Testadas e apro-vadas de Raimunda Ceará Serra Azul e Estudo mostra relação entre câncer e solidão, pág. 18

Leituras V - Humor Negro e Branco Humor, O te-legrama de Juvenal, pág. 19

Dicionário - Expressões Bizarras e seus significa-dos, pág. 19

Anúncio do Banco do Nordeste do Brasil, pag. 20

Leia nesta edição

História - Correspondência telegráfica do Padre Cícero cobre o períodoentre 1912 até a morte do sacerdote, em 1934. Leia mais na pág. 12

Na casa do deputado Eunício, presidente Lula destaca força e união da aliança PMDB e PT.

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Min Cesar Rocha recebe honraria do Congresso Nacional. Leia mais na pág. 10

Banco do Nordeste prevê R$ 160 milhões para o turismo no Ceará em 2011. Leia mais na pág. 7

Em jantar concorrido, em 08.12, o deputado e senador eleito pelo Ceará, Eunício Oliveira, recebeu em sua residência, em Brasília, o presidente Lula para homenagem em nome de toda a bancada do PMDB.

O presidente foi recepcionado e abraçado pelas lideranças e agradeceu ao deputado Eunício pela iniciativa de organizar o evento em sua resi-dência. Ele disse estar muito feliz por ver hoje um PMDB mais unido e que teve importante papel no seu governo e na vitória de Dilma Rousseff para Presidente do País.

O deputado e vice-presidente eleito, Michel Temer, falou em nome dos membros que compõem o PMDB e agradeceu o tratamento e atenção destinada por Lula durante esses anos de governo.

Para Eunício, o PMDB sente-se honrado em ter feito parte de um governo onde todos os números registram melhorias na qualidade de vida dapopulação brasileira. “O PMDB de história, o PMDB de luta, agradece ao presidente Lula por ter acreditado no nosso trabalho e por ter confiado

no nosso compromisso”.A participação do PMDB do Ceará ficou por conta dos deputados Aníbal Gomes, Paulo Henrique Lustosa, José Gerardo e Mauro Benevides e

dos deputados eleitos Danniel Oliveira, Genecias Noronha, Raimundo Macêdo, Danilo Forte, Mário Feitosa e do prefeito de Iguatu, Agenor Neto. Também marcaram presença o Secretário de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, Cesar Pinheiro, o presidente do PMDB do Ceará em exercício, Gaudêncio Lucena, e os peemedebistas Carlos Gualter e João Melo.

Transnordestina: começam as obras no trecho Missão Velha-Pecém. Leia mais na pág. 5

Ceará em Brasília2Dezembro/10

veja o site do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br

Edit

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Estamos concluindo uma importante alte-ração estatutária, com o objetivo de fortalecer a Casa do Ceará em Brasília.

Estamos substituindo os atuais estatutos criando uma entidade mantenedora que possi-bilitará resolver todas as pendências de gestão administrativa.

Conservamos a característica filantrópica, razão de existência da Casa, que é a Pousada Chrisantho Moreira da Rocha.

Estamos criando condições para que possa-mos atuar sem as amarras que nos impediram de crescer.

Nestes 43 anos, a legislação mudou muito a interpretação dela na esfera infralegal mu-dou mais ainda, com interpretações ao sabor das paixões.

Além do que a Casa se viu privada a buscar recursos para sua manutenção,uma vez que não recebendo verbas públicas,de quem quer que seja, enfrenta terríveis dificuldades para o fecha-mento de suas contas.Mesmo no caso da Pousada, são muitas as dificuldades. A diretora Maria de Jesus aí está para expor suas preocupações que não são menores do que as Divisa, a entidade de assistência social do Governo do Distrito Federal que por várias vezes ameaçou fechar a Pousada.

Com a criação da mantenedora,a Casa vai à luta, na busca de financiamento , deforma clara e ostensiva, oficializando o que hoje é feito através da prestação de serviços em todos os setores o que não é bem visto pelas autoridades locais.

Inacio de Almeida (Baturité), jornalistaDiretor

Fundada em 15 de outubro de 1963Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e

Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca)Diretoria

Presidente - Fernando César Moreira Mesquita (Fortaleza): Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), 1º vice; Nasion de Melo Ferreira (Fortaleza),

2º vice; Osmar Alves de Melo (Iguatú), Administração e Finança; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), Planejamento e Orçamento; Regina Stela Stuart

Quintas (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara),

Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria de Jesus Martins Monteiro (Boa Viagem), de Promoção Social,

e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico.Conselho Fiscal

Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca);

Membros suplentes: Ciro Barreira Furtado (Baturité), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio).

Jornal da Casa do CearáFundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá)

Conselho EditorialAry Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson

Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides

(Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza),

Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama),

Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza).Diretor

Inacio de Almeida (Baturité) Editores

JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina)[email protected] / [email protected]

Editoração EletrônicaCasa do CearáDistribuiçãoCecília MeloCirculação

O jornal não se responsabiliza por textos assinados.Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF - Tel (61) 3533-3800

[email protected] / www.casadoceara.org.br

Expediente

Conversando com o Leitor + Aderbal Junior, do Rio, mandou para Wilson Ibiapina,

em Brasília. Acabou de chegar (o porteiro tocou, era o livro dos cearenses). Como tenho que sair agora pra um ensaio, desembrulhei só pra ver a capa. Mas não resisti a dar uma olhada. Cadê! Fui em frente, folheando, lendo alguns, uns trechos, vendo todos, os nomes, as fotos. Nunca vi livro mais democrático: comunistas, políticos da ditadura, pobres, ricos, jornalistas, censores, patrões, empregados... Pena que o Pipiu, o famoso centro-avante do Ceará e da seleção cearense não morou em Brasília, pra ter ao menos um negro. E o mais sensacional é a inversão do tempo, só cearense pra fazer esse milagre. Os velhos do meu tempo, tudo novinho, Virgilio e Juarez Távora, Colombo de Souza, Castelo Branco, Parsifal, Juracy Magalhães, Ernesto Gurgel Valente. E os jovens, minha turma, tudo bem velhinho, os véi Rangel Cavalcanti, Iná-cio de Almeida, Evandro Pedro Pinto, B. de Paiva, Frota Neto, Claudio Santos, Fernando Cesar, Álvaro Augusto... Nesse quesito, o livro errou a mão na democracia, passou do ponto. Podia ao menos deixar na mesma idade, como no caso do Evandro Pinto, que virou colega de turma do nosso velho professor (dele e meu) Flávio Marcilio. Até imagino, Evandro, Flávio Marcílio e Clodoaldo Pinto tomando cerveja no Café Java. Botei o livro aqui do lado. Vou ter Ceará pra muito tempo. Parabéns”. Aderbal

+ Recebemos do vereador Marcus Teixeira, 1º secretário da Câmara Municipal de Fortaleza, comuni-

cação de que foi inserido nos anais daquela Casa por Requerimento do vereador Alipio Rodrigues o artigo do deputado Mauro Benevides “A Casa do Ceará em Brasília”, publicado no jornal O ESTADO, de Fortaleza, de 20.10.

+ Agradecemos as manifestações de apreço do dr. Danilo Gomes, escritas à mão, apoiando as ações de-senvolvidas na Casa.

+ O relatório de audiência do nosso site www.casa-doceara.org.br relativo ao mês de novembro mostra que tivemos 2.538 visitantes de 12 países. Além do Brasil, tivemos acessos da Itália, Estados Unidos, Portugal, Suiça, Egito, Canadá, Alemanha e França;

+ No Brasil, tivemos visitantes de Brasília, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia, Recife, Salvador e Campinas.

+ Os links mais acessados são os relativos aos cursos profissionalizantes, a Policlínica, a Odontoclínica, as Noticias, os das prefeituras.

+ Saudamos as recuperações de Valdo Facó e Adirson Vasconcelos.

Espaço Luciano BarreiraO BANHO DAS MULHERES

1. Tira a roupa e coloca no cesto de roupa suja 2. Vai para o banheiro de roupão 3. Se cruza com o marido no caminho, cobre o corpo 4. Para diante do espelho e analisa o corpo 5. Força a barriga para fora para poder se queixar que

está mais gorda do que realmente está. 6. De costas, empina a bunda para verificar a celulite 7. Antes de entrar no box, organiza a toalha para o

rosto, a toalha para os cabelos e a toalha para o corpo 8. Lava o cabelo com xampu 9. Enxágua longamente 10. Repete o processo de lavar o cabelo com o xampu 11. Enxágua longamente de novo 12. Enche o cabelo com condicionador e deixa por

15 minutos 13. Lava o rosto com sabonete esfoliante até que o

rosto fique vermelho 14. Lava o resto do corpo com sabonete hidratante

para o corpo 15. Tira o condicionador do cabelo 16. Este processo leva 10 minutos. Ela deve estar

segura que todo o condicionador foi retirado 17. Depilação de axilas, pernas e área do biquíni 18. Desliga a ducha. Escorre toda a água dentro da ducha 19. Sai da ducha e se seca com uma toalha do tamanho

da África Meridional 20. Enrola uma toalha super absorvente na cabeça 21. Revisa mais uma vez o corpo em busca de detalhes 22. Retorna ao quarto com o roupão 23. Se encontra o marido, se cobre mais ainda e corre

para o quarto 24. Uma hora e quarenta minutos depois, está vestida

e pronta.

O BANHO DOS HOMENS1. Sentado na cama, vai tirando toda a roupa, arrotan-

do, peidando e jogando tudo no piso em frente 2. Cheira as meias e a cueca, para após lançá-las sobre

o montinho formado

3. Vai pelado até o banheiro 4. Se encontra a esposa no caminho, balança o pinto

imitando um ventilador 5. Para de frente ao espelho para ver o físico 6. Encolhe a barriga 7. Faz pose de halterofilista 8. Checa o tamanho do pinto 9. Por fim, coça o saco 10. Entra na ducha 11. Não se preocupa com toalhas. Se não tiver por ali

uma de banho, vai se secar com a de rosto mesmo 12. Lava o rosto com sabão 13. Se mata de rir com o eco que faz dentro do box

quando peida 14. No banho, deixa cabelos do saco no sabão 15. Lava o cabelo com qualquer xampu 16. Não usa condicionador 17. Faz um penteado punk 18.Sai da ducha para ver no espelho como ficou seu

penteado punk 19. Morre de rir 20. Mija dentro do box 21. Faz toda a vizinhança ouvir quando assoa o nariz

dentro do box 22. Tira o xampu e sai imediatamente da ducha 23. Não se dá conta de que todo o banheiro está mo-

lhado pois, tomou banho com o box aberto 24. Quase seco, pára outra vez diante do espelho 25. Contrai os músculos e revisa o tamanho do pinto 26. Coça o saco 27. Sai do banheiro e deixa a luz acesa 28. Deixa pegadas molhadas com espuma de sabão 29. Volta para o quarto 30. Se encontra a esposa no caminho, volta a balançar

o pinto, imitando ventilador 31. Dá um tapa na bunda da esposa 32. Chuta as roupas que estão no piso do quarto para

um canto 33. Quatro minutos depois está vestido, pronto e per-

guntando se a esposa ainda vai demorar muito

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br3 Dezembro/10

45º encontro da ConfrariaFernando César

Mesquita (Fortaleza) e Geraldo Vasconcelos (Tianguá) reuniram a Confraria dos Cearen-ses em 26.11, no 45º encontro, em casa do Fernando. Muita gen-te: Wilson Ibiapina (Ibiapina), Jair Ximenes (Cariré), Rangel Cavalcante (Crateús), Francisco Machado (Pedra Branca, Paes de Andrade (Mombaça), Estenio Campelo (Crateús)e o filho Guilherme, Alvaro Augusto (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Rui Acher (Ma), João Rodrigues (Independência), José Lirio POnte Aguiar (Sobral), Francisco Mirto (Fortaleza), Paulo Afonso de Souza (Fortaleza), emb. Marcus Vi-níciusde Souza (Fortaleza), min. José Coelho (Novo Oriente), Ari Cunha (Mondubim), desem. José Cruz Macedo (Mauriti), João Feijão (Sobral), José Jézer de Oliveira (Crato),Osmar Alves de Melo (Iguatu), gen. Antonio Florencio (Fortaleza), emb. Rui Noguei-ra (Rio de Janeiro), Tarcísio Holanda (Fortaleza) e min. Claudio Santos.

Finep ajuda a Uece, a Urca e a UvaDos R$ 60 milhões aprovados pela Financiadora de

Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério de Ciência e Tecnologia, R$ 5,8 milhões beneficiarão projetos de pesquisa desenvolvidos pelas universidades estaduais cearenses Uece (R4 2,9 milhões), Urca (R$ 1 milhão) e Uva (R$ 1,8 milhão). São 50% das necessidades. Os outros 50% virão do Governo do Estado. Ah!

MPX antecipa usinas Pecém I e IIEduardo karrer, presidente da MPX de Eike Batista,

informa: a Usina Termelétrica Energia Pecém, de 720 MW, em construção com a portuguesa EDP, funcionará no quarto trimestre do próximo ano, antes da previsão inicial de janeiro de 2012. E a Pecém II, de 365 MW, que a MPX constrói sozinha, operará no segundo trimestre de 2012, quase um ano antes do prazo.

M.Dias BrancoResultados principais do 3º trimestre de 2010:

Receita Líquida atingiu R$ 653,9 milhões um au-mento de 7,8%. O volume de vendas de biscoitos somou 102,8 mil toneladas, com crescimento de 6,3% O market share de biscoitos passou de 21,1% para 22,5%. O lucro líquido alcançou R$ 94,4 milhões um decréscimo de 1,0% A Dívida líquida reduziu de R$ 453,5 milhões para R$ 236,6 milhões.

EunícioO deputado Eunício Oliveira apresentou na Comis-

são Mista de Planos e Orçamento, suas propostas para a locação de recursos a serem direcionados ao Ceará. A soma é de R$ 13 milhões e dará suporte as obras de infraestrutura esportiva, hídrica, turística, desenvolvi-mento rural e urbano em vários municípios cearenses. Os valores serão repassados através de suas emendas individuais ao Orçamento Geral da União de 2011.

SAMBURÁ - Praça do Ferreira Tributo a Lucio CostaO Instituto Histó-

rico e Geográfico do DF, no âmbito das comemorações do Jubileu de Ouro de Brasília, entregou a medalha do “Mérito Cidadão Brasilien-se”, na solenidade de Tributo a Lúcio Costa, aos cearenses Fernando César Mesquita (Fortaleza), presidente da Casa, a ex-deputada Moema Santiago e ao médico Wanderley Girão Maia Jr (Fortaleza). Na foto, Wanderley com o casal João Henri-que e Raimundinha Serra Azul , ambos de Uruburetama, e o jovem Wanley Figueiredo de Girão Maia, filho de Wanderley, fFormado em Administração pela Lubock Christian University do Texas, EUA.

J. MacedoAmarilio Macedo deixou a presidência do grupo

empresarial de seu pai, J. Macedo foi substituído por Enrique Ussher, ex presidente da Motorola, nascido na Argentina e que fez engenharia elétrica na Univer-sidade de Austin, Texas (EUA). A J Mcedo continua sendo líder no setor de farinha de trigo.

Extra campoA desclassificação do Fortaleza na serie C resultou em

dívidas que chegam a R$ 7 milhões. “E a nova diretoria, por meio do seu presidente, Paulo Artur, está pedindo ajuda à torcida. O Fortaleza tem apenas 3.020 sócios adimplentes. O Ceará que se manteve na serie A tem 13 mil.

AcertAssociação Cearense de Emissoras de Rádio e TV

(Acert), Leia-se Edilmar Norões, realizou em Fortaleza o Fala Nordeste! – VI Congresso de Radiodifusão do Nor-deste, que reuniu especialistas, profissionais e estudantes para debater temas de interesse do setor, como modelo de negócios, convergência de mídias, digitalização, gestão e planejamento em rádio e processos regulatórios. O encontro contou com o apoio da Abert, será realizado em Fortaleza. Esta foi a sexta edição do Fala Nordeste que teve como tema Pensar, Planejar, Investir e Crescer.

Adirson VasconcelosO Historiador de Brasília, Adirson Vasconcelos

(Santana do Acaraú) não fez sua sonhada excursão ao Egito, mas acabou num Hospital de São Paulo, fazendo uma cirurgia que lhe devolveu a alegria de viver e se prepara para lançar no começo de 2011 o livro sobre Assis Chateaubriand, “Chatô e o seu Tempo”, uma cronologia de suas ações desenvol-vidas, por onde passou com seu espírito criativo e empreendedor.. O livro está pronto e acabado, feito sob encomenda da Fundação Assis Chateaubriand, dos Associados.

SobralSobral comemora a conquista da serie D do brasileiro

pelo Guarany. O Icasa comemora a permanência na serie B do brasileirão.

BotafoguenseNa vinda do Botafogo

a Fortaleza para jogar contra o Ceará, com quem empatou em dois gols, o escritor e pesqui-sador Airton Fontenele, de 83 anos, procurou o treinador do Botafogo, Joel Santana, no hotel, para uma conversa aprumada sobre futebol, o Botafogo em especial, e Joel Santana. Demonstrou conhecer a his-tória do clube a trajetória de Joel que desabafou “nem eu sabia de algumas coisas minhas”.

Joana CantandoJoana Duah, filha de Renata e Carlos Henrique, voltou

a Brasília pra lançar seu primeiro CD solo “Dá Licença”.Junto com ela a formação original do CD, o Baião de 5. A BANDA é conhecida como Baião de 5: FERNANDO MERLINO(piano e arranjos) JAMIL JOANES(baixo) ERI-VELTON SILVA (batera) JULIO MERLINO (saxofones e flauta) ARIMATEA (trompete e flugel). Joana recentemente fez show em Roma com Daniel Santiago.

Na MeruocaJosé Lírio Ponte Aguiar recebeu em seu sítio Donajú,

na Serra da Meruoca, inúmeros amigos para festejar o Dia de Nossa Senhora da Conceição. Foi em 08.12. Reuniu amigos de Brasilia, Fortaleza e Sobral.

55 anosLucio Brasileiro, de O POVO, está indo para o Gui-

ness Book. Cruzou 55 anos de colunismo social, obje-tivo, informativo. Lucio é um dos ícones da imprensa do Ceará. Referência é pouco.

CaririDo total de 1.020.326 milhão de habitantes do Cariri,

encontrados pelo Censo-2010, quase a metade está con-centrada em juazeiro, Barbalha e Crato..Mais exatamen-te. 421.648 mil habitantes, assim distribuidos: Juazeiro, 246.893; Crato, 119.949; e Barbalha, 54.806. Juazeiro man-tém sua liderança como maior cidade do Cariri e do interior do Ceará. Em dez anos, desde 2000, Juazeiro ganhou mais 34.721 mil habitantes, equivalente a uma Missão Velha

Ana e RachelA escritora Ana Miranda (Fortaleza), participou da

agenda dos 100 anos de Rachel de Queiroz, como res-ponsável pela organização do livro de poemas inéditos de Rachel de Queiroz, intitulado “Serenata”, reunindo poemas que datam de 1925 a 1930, publicados, inicial-mente, em jornais e revistas cearenses da época. Os escritos foram entregues pelo bibliófilo José Augusto Bezerra, que mantém o Memorial Rachel de Queiroz.

Rachel de QueirozA Câmara dos Deputados realizou em 19.11 sessão

solene em comemoração ao centenário de nascimento da escritora Rachel de Queiroz. A sessão foi proposta pelos deputados José Airton Cirilo (PT-CE) e Rai-mundo Gomes de Matos (PSDB-CE).

Ceará em Brasília4Dezembro /10 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Há 38 anos

Governo recebe propostas para obras civis do Metrô de Sobral

O Governo do Es-tado iniciou em 19,11 a abertura da licitação para as obras civis que servirão para a implantação do Metrô de Sobral, no Norte do Estado. Nesta fase do processo, cinco empresas entregaram na Procuradoria Geral do Estado (PGE) os documentos solicitados no edital e suas propostas comerciais. Participaram do certame os consórcios Aterpa-M.Martins, composto pela empre-sas Construtora Aterpa S/A e M.Martins Engenharia e Comércio S/A; Petra-Kaimbé, formado pelas empresas Petra Construtora Ltda e Construtora Nova Kaimbé; e as empresas Construtora Marquise S/A; Engexata Enge-nharia Ltda e Lotil Construções e Incorporações Ltda.O valor referência da licitação é de R$ 43,5 milhões.

Metrô de SobralO Metrô de Sobral deverá ser instalado dentro do perí-

metro urbano do município e terá duas linhas principais: a primeira, chamada de Linha Sul, com extensão de sete quilômetros, vai ser de utilização mista, pois vai aproveitar a linha de cargas que já existe. A linha contorna o centro da cidade, ligando os bairros da Cohab 2, no extremo leste, ao bairro do Sumaré, no oeste. Serão ao todo sete estações. A segunda, chamada de Linha Norte, ligará o Polo industrial da Grendene, localizada à margem da avenida, onde exis-tia o antigo ramal ferroviário de Camocim, no bairro da Expectativa, ao bairro Cohab 3, passando pelos bairros do Junco e Terrenos Novos. As duas linhas formam dois “us” invertidos, que se tangenciam numa estação de integração.

Posco formalizou sua participação na Siderúrgica do Pecém

A empresa coreana Posco formalizou a sua participação na Companhia Siderúr-gica do Pecém (CSP), que será construída em parceria com a também coreana Dongkuk e com a brasileira Vale. O anúncio foi feito em 18.11 pelo governador Cid Gomes, após reunião com executivos da CSP, Maurício Chu, Mister Moon e Luciano Ferreira. Já em fevereiro será assinado o contrato de engenharia para iniciar as obras físicas do empreendimento.

“Com a participação da Posco o empreendimento ganha maior consistência. A Posco é uma das maiores empresas do ramo de siderurgia do mundo e é quem fará as obras de engenharia da CSP”, afirmou o Governador. Com a entrada da Posco como parceira da Siderúrgica, as obras também ganharão maior celeridade. “Todos os procedimentos de supressão vegetal estão bem encami-nhados. Esse processo tem uma série de etapas a serem cumpridas”, ressaltou o Governador. “Mas, em breve, já será possível ver esta obra crescendo”, destacou.

A Companhia Siderúrgica do Pecém será composta de dois módulos que terão capacidade de processar três milhões de toneladas de aço cada um. A sua construção deverá empregar mais de 15 mil pessoas e seu fatura-mento deverá ser de aproximadamente o equivalente a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará.

Sexto bispo de Sobral, dom Odelir Magri, tomou posse

Monsenhor Odelir Magri tomou posse em 12.12 como sexto bispo de Sobral,em solenidade com a presença de todo o clero.

Odelir Magri se sente uma pessoa abençoada, pois no dia de sua nome-ação a Igreja celebrava São Daniel Comboni, fundador da Congregação dos Combonianos (da qual faz parte),

Enviado ao Congo como jovem sacerdote em 1992, lá passou 18 anos de vida missionária, o período dos mais duros e difíceis de sua vida eclesiástica, ao mesmo tempo em que considera um dos mais belos e marcantes.

Odelir José Magri passa a ser o sexto bispo desta Diocese. O primeiro deles foi dom José Tupinambá da Frota. Com a morte de dom José, foi a vez de dom João José da Mota e Albuquerque, seguido por dom Walfrido Teixeira Vieira, dom Aldo de Cillo Pagoto (que acabou sendo transferido para a Diocese de João Pessoa) e, por último, dom Antonio Fernando Saburido.

Dom Odelir José Magri nasceu 1963 em Campo Erê (SC). Em 1988, emitiu a profissão religiosa na Con-gregação dos Combonianos. Completou os estudos de Filosofia e Teologia em Paris, obtendo licenciatura em Filosofia. Em 18 de outubro de 1992, recebeu a ordena-ção. Entre 1992 e 1996, atuou no Congo. Desde 2003 é assistente-geral da Congregação em Roma e, em 2009, tornou-se vigário-geral dos Combonianos.

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 5 Dezembro/10

Morre escritor Moacir LopesFaleceu em 21.11, aos 83 anos, o

escritor cearense Moacir Costa Lopes ( Quixadá), autor de “A Ostra e o vento” e de mais de 20 livros, entre romances, co-letâneas de contos e histórias destinadas ao público infanto-juvenil, ele residia no Rio de Janeiro desde 1944. Seu corpo foi sepultado,no Cemitério São João Batista.

Escritor com livros publicados em vá-rios países, teve como obra mais famosa o romance “A Ostra e o Vento” (1964), que foi adaptado para o cinema em 1997, por Walter Lima Jr.. Longa foi gravado no Ceará, em Jericoacoara e no Paraná, na Ilha do Mel. Nascido em 11 de junho de 1927, em Quixadá, Ceará, Moacir Lopes perdeu o pai aos 2 anos de idade e a mãe aos 11 anos.

Fez seus estudos em Quixadá, Baturité, Fortaleza e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Desde criança, era leitor compulsivo de Literatura de Cordel e de folhetins literários que chegavam àquela cidade do sertão central cearense.

Ainda na adolescência, ingressa na Escola de Aprendi-zes Marinheiros do Ceará, em dezembro de 1942. Já como marinheiro, em plena Segunda Guerra Mundial, viaja para a Base Naval de Natal, de lá para Recife, embarcando no encouraçado São Paulo, indo depois para o Rio de Janeiro. Esteve, em missões de comboios e patrulhamentos navais, especializando-se em tática anti-submarina e radar. Viaja por toda a costa brasileira e outros países. Seu primeiro livro “Maria de Cada Porto” nasce em 1949, a bordo do contratorpedeiro Baependi, onde trabalha como datilógra-fo, e só viria a concluir em dezembro de 1959.

Com a obra, obteve os prêmios “Coelho Neto”, da

Academia Brasileira de Letras, e “Fábio Prado”, da União Brasileira de Escritores, São Paulo.

Moacir Costa Lopes deixa a Marinha de Guerra em novembro de 1950, por conclusão do tempo de serviço e passa a trabalhar no comércio, inicialmente como datilógrafo, depois como gerente de compras, gerente de vendas, profes-sor de vendas e de Relações Públicas. Também escreveu Chão de mínimos amantes (1961); Cais, saudade em pedra

(1962); A ostra e o vento (1964); Belona, latitude noite (1968), todos eles com grande repercussão no Brasil e no exterior, além de traduções na Tchecoslováquia, na Rús-sia, na Bulgária, na Itália, radioteatralizações na Polônia e em Portugal

Ainda foi colaborador da Enciclopédia Delta Larousse, sob a direção de Antônio Houaiss. Passa a dar aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e na Fa-culdade Hélio Alonso, nas áreas de Comunicação Social, Jornalismo, Relações Públicas.

EditoraEm 1969, funda a Editora Cátedra, com a escritora

Eduarda Zandron, editora pela qual publicam cerca de mil autores nacionais, a maioria estreantes.

Casou-se com a escritora Eduarda Zandron, nascendo--lhes os filhos Fábio Martins Lopes, em 1968, e Saulo Martins Lopes, em 1973. Além de fartamente adotada em colégios, sua bibliografia é estudada nos meios uni-versitários brasileiros e estrangeiros, resultando teses de doutoramento no Brasil e nos Estados Unidos.

Escritor de livros publicados em vários países, teve como obra mais famosa o romance

“A Ostra e o Vento”

Transnordestina: começam as obras no trecho Missão Velha-Pecém

A a s s i n a t u r a foi em 13.10, em Missão Velha, no Cariri. A Transnor-destina terá 1,7 mil quilômetros de ex-tensão.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Cid Gomes assinaram no Marco Zero, em Missão Velha, no Cariri, a contratação dos lotes 2 a 11 do trecho Missão Velha-Pecém da Ferrovia Transnordestina. A Ferrovia terá na sua totalidade 1.728 quilômetros ligando o in-terior do Piauí, na cidade de Eliseu Martins, aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará.

No Ceará, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos ( Metrofor) é responsável pela desa-propriação da faixa de domínio da ferrovia de 526,57 quilômetros entre Missão Velha e o Porto do Pecém. Atualmente, já foi realizada a imissão de posse, última etapa do processo de desapropriação, e liberação da faixa de domínio em 192 quilômetros.

Foram desapropriadas nesse trecho 528 proprie-dades e já desembolsados R$ 4.454.386,94 nesse processo.

A previsão é que em janeiro de 2011, seja feita a imissão de posse em mais 54,2 quilômetros e, até março, de mais 83,5 quilômetros. O processo de desapropriação no Ceará deve ser concluído até o fim de 2011.

A implantação da Ferrovia Transnordestina terá um investimento de R$ 5.421.600.000,00.



Marco Zero do Centenário de Juazeiro do Norte tem garantido R$ 1,9 milhão

Comissão do Centenário de Juazeiro do Norte está em ritmo acelerado para definir programação de festa

Juazeiro do Norte. O prefeito deste Município, Manoel Santana, informou que o Ministério do Turismo empenhou recursos da ordem de R$ 1,950 milhão destinado à exe-cução do Complexo do Centenário, o chamado “Marco Zero”, que será construído ao lado do Centro de Apoio ao Romeiro, em frente à Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores. O empenho foi confirmado pelo ministro do Turismo, Luiz Baretto, ao prefeito de Juazeiro do Norte.

A Praça do Marco Zero será separada da cúpula da Praça dos Romeiros por uma artéria que terá o nome de Avenida Centenário. A praça terá um obelisco, marcos de identidade centenária, canteiros, bancos, totem giratório, espelho d´água, coreto coberto, quiosques in-formativos. O projeto foi desenvolvido pela arquiteta Gisele Menezes e aprovado em uma das reuniões da Comissão Organizadora do Cente-nário. Os trabalhos serão iniciados no próximo dia 18 de novembro.

Na época, o espaço era uma vila pertencente ao Crato e se chamava Tabuleiro Grande, não passando de aglomerado de casas de taipa conver-gindo para uma capela próxima a três frondosos pés de Juazeiro. A vila era um mero entreposto e servia de ponto de apoio para aqueles que se diri-giam para o Crato.

A construção do Mar-co Zero de Juazeiro do Norte, segundo Santana, concretiza o resgate da história do Município, ao indicar o local onde a ci-dade nasceu. “Era ali que os feirantes iniciaram as suas primeiras transações comerciais que deram origem ao pujante co-mércio de Juazeiro”, diz o prefeito, acrescentando que, infelizmente, este marco histórico foi destruído pelo progresso. Agora ele será lembrado no âmbito das comemorações de Centenário de Juazeiro que, segundo Santana, vai resgatar valores e personagens que construíram a cidade.

O objetivo, acrescenta, é fortalecer a identidade desse povo o qual, sob a égide do Padre Cícero, tem na oração e no trabalho os pilares do seu desenvolvimento. “Nosso intuito é reconhecer a contribuição e o valor da nação ro-meira para o progresso de Juazeiro, pois a fé e a resistência são referências na formação e desenvolvimento do nosso Município”, justifica o prefeito.

Outra verba de igual importância liberada ontem foi no valor de R$ 970 mil para o asfaltamento da Avenida Ednir

HistóriaMendonça, que margeia o lado leste do Parque Ecológico das Timbaúbas.

A Comissão deverá se reunir brevemente para traçar a programação de eventos que serão realizados, entre os quais, lançamentos de livros, simpósio, gincanas cultu-rais, dentre outros acontecimentos cujo calendário será divulgado até o fim do mês de dezembro.

Manuel Santana anunciou construir o Rancho Comu-nitário para acolhimento dos romeiros pobres. O prédio, a ser construído no terreno ao lado do Cartório Eleitoral, terá capacidade para hospedar mil pessoais. Terá função multiuso, podendo também receber pessoas fora dos períodos de romarias, como estudantes que vêm para participar de eventos.

Vigário do Nor-deste

Em atendimento a uma solicitação da Co-missão do Centenário, o prefeito expressou sua alegria em batizar o rancho com o nome do inesquecível Vi-gário do Nordeste, monsenhor Murilo de Sá Barreto, falecido em 2005. Dentro do rancho, segundo o prefeito, haverá um espaço todo dedica-do à memória dele. “Monsenhor Murilo foi, assim como o Pa-dre Cícero, um grande amigo dos romeiros e também grande incen-tivador das romarias, além de grande amigo e benfeitor de nossa cidade”, disse ele.

No Museu de Mon-senhor Murilo será exposto um grande painel fotográfico, destacando aspectos de sua vida, como vi-gário e educador, além de alguns de seus ob-jetos pessoais.

“Será, sem dúvida, uma justa e merecida homenagem, a qual expressará toda a gratidão da cidade centenária ao seu saudoso vigário”, afirmou ele.

Importância“A construção do Marco Zero resgata a nossa história,

ao indicar o local onde a cidade nasceu”Manoel SantanaPrefeito de Juazeiro do NorteMAIS INFORMAÇÕES Memorial Padre CíceroPraça do Cinquentenário, S/NSecretaria de Turismo e Romarias(88) 3511.4040Antonio Vicelmo, Repórter, Diário do Nordeste.

Local onde será erguido o Marco Zero de Juazeiro, em frente à Praça dos Romeiros e próximo à Igreja Matriz FOTOS: ANTÔNIO VICELMO

Maquete do Marco Zero, obra que já tem recursos garantidos pelo Ministério do Turismo

43 municípios contestam o Censo e pedem recontagem

Os primeiros dados oficiais do Censo 2010 foram divulgados durante a tarde de ontem, na sede do Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em Fortaleza. O estudo revelou uma população cearense de 8.448,055 milhões de habitantes, o que representa um crescimento de 13,69%, se comparado com a última pesquisa feita em 2000, onde o total era de 7.430,661. Porém 43 municípios contestaram a contagem e pediram revisão. Mais da metade dos habitantes cearenses, ou 75,09%, está localizada em zonas urbanas do Estado.

O chefe da Unidade Estadual do IBGE, Francisco José Moreira Lopes, disse que o serviço de revisão foi feito espontaneamente em 144 cidades, não só nas 43 em que houve contestação.

“Na verdade a expectativa dos gestores é que a população sempre cresça, o que consequentemente a leva a receber mais recursos em toda às áreas como saúde, educação, entre outras”. Ele explicou que as co-munidades têm crescido de uma forma mais lenta, “há uma nova dinâmica devido a vários fatores, um deles é o decréscimo na taxa de fecundidade, planejamento familiar e etc”, informou.

Dentre os estados da região Nordeste, o Ceará foi o quarto com maior aumento populacional, é o terceiro mais populoso, já no âmbito nacional é o oitavo em quantidade de habitantes.

Moreira informou ainda que 13 municípios tiveram aumento no repasse de verbas do Fundo de Participa-ção dos Municípios, e que oito sofreram redução. “O aumento ou diminuição desse repasse se dá de acordo com o alcance ou não de um coeficiente do FPM, que é determinado pelo Tribunal de Contas da União”, disse.

Já a Capital está com 2.447,409 habitantes, demons-trando uma elevação percentual de 14,29%, isso se com-parado com o último levantamento, onde os cidadãos chegavam a 2.141,402. Os números tornam Fortaleza a quinta capital mais populosa do País.

A coordenadora técnica do Censo no Estado, Ana Eugênia Ribeiro de Almeida, informou que 14 mil domicílios deixaram de ser recenseados.

Moreira disse que a expectativa dos gestores é de que a população sempre cresça, mas há uma nova dinâmica e, devido a vários fatores, há decréscimo da

taxa de fecundidade - Fotos: Miguel Portela


Leituras IO brasileiro vai ter a cara do cearense

Wilson Ibiapina (*)A coisa mais facíl é você identificar um estran-

geiro. Tem geralmente um biotipo imediatamente reconhecido.. Hoje, em qualquer país, o passaporte brasileiro tem um grande valor no mundo do crime. É que nós não temos uma cara, um tipo físico defini-do. Tem brasileiro com cara de japonês, árabe, índio, europeu, alto, baixo, preto, louro, de tudo quando é jeito. Qualquer um pode se passar por brasileiro

A nossa miscigenação entre portugueses, índios e

africanos tem pouco mais de 500 anos. Essa mistura chegou a preocupar os europeus, influenciados na época pelas teorias raciais. Achavam que a miscige-nação era uma ameaça de degeneração de todas as raças. Nos séculos passados chegaram os ingleses, alemães, italianos e japoneses.

E nós fomos surgindo dessa mistura de raças,

aumentando as interpretações dos estudiosos sobre o que é o brasileiro. Estamos todos nesse caldeirão cultural efervescente. É a carga genética de nossos antepassados europeus que transaram com indias e negras, procurando o nosso biotipo. Deve sair dessa, mistura um sujeito criativo, indiscreto, malandro, cordial, extrovertido, corruptível, com todos os

defeitos e qualidades que já temos mas com traços comuns que vão nos identificar em meio a multidão.

O pernambucano Gilberto Freyre, que tentou res-ponder a pergunta sobre o que é o brasileiro no seu livro Casa-Grande & Senzala, afirmou em 1980 numa conferência no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, que a raça brasileira, sendo feita de imigrantes, não tem um biotipo próprio e que quando viesse a tê-lo, deveria ser parecido com o do cearense.

Essa revelação, fabulosa para mim, foi feita pelo bibliófilo José Augusto Bezerra no discurso que fez quando recebia a Sereia de Ouro, comenda outor-gada pelo Sistema Verdes Mares, na noite de 24 de setembro passado.

José Augusto Bezerra disse que ouviu Gilberto Freyre assegurar que foi o cearense quem dera a grande contribuição étnica por estado, à nação, ao emigrar para todos os recantos do País e miscigenar--se em todas as camadas sociais. Bezerra ressalta, portanto que, nas palavras de Gilberto Freyre, “ o cearense é o modelo para que o tempo pinte, numa tela, um biotipo para o Brasil.”

(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

Banco do Nordeste prevê R$160 milhões para o turismo

no Ceará em 2011Com foco na ampliação da estrutura hoteleira, que

surge como um dos principais desafios para os próximos anos, o Banco do Nordeste estima aplicações em torno de R$ 160 milhões para o Turismo no Ceará, no ano de 2011. Os recursos são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), com amparo no Programa de Apoio ao Turismo Regional (Proatur).Com as menores taxas do mercado, a Instituição oferece prazo de e até 20 anos para empreendimentos turísticos, com cinco anos de carência

Segundo o superintendente do Banco no Ceará, Isidro Moraes de Siqueira, o montante também visa atender a crescente demanda da atividade no Estado, integrando e fortalecendo a cadeia produtiva de forma competitiva. “O objetivo principal é o aumento da oferta de empregos, a melhoria da distribuição de renda e a sustentabilidade dos negócios”, afirma.

O gerente executivo da Célula de Negócios da Superin-tendência Estadual do Banco do Nordeste no Ceará, Odésio Rodrigues Carneiro, ressalta que a revitalização do parque hoteleiro local é um dos itens primordiais para a realização e sucesso da Copa do Mundo de 2014. “Buscando incen-tivar a construção de novos hotéis, o Banco aumentou o volume de recursos para o Turismo, ampliando inclusive o prazo de pagamento em operações de financiamento com meios de hospedagem”, assegura.

Ele destaca ainda que, somente no período de janeiro a outubro deste ano, o Banco do Nordeste destinou R$ 70,5 milhões para o Turismo no Estado, representando um incremento de 133,4% em relação a todo o ano de 2009, quando foram aplicados R$ 30,2 milhões.



Governador Cid Gomes assinou ordem de serviço para modernização do CastelãoTudo pronto para o início das obras do estádio

Castelão para a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. O governador Cid Gomes assinou a ordem de serviço do contrato da concessão administrativa da primeira Parceria Público-Privada do Estado (PPP) bem como o contrato com o BNDES. A solenidade contou com as presenças do Secretário Estadual do Esporte, Ferruccio Feitosa, do Diretor Presidente da Galvão Engenharia Brasil, Jean Alberto Luscher e do diretor da Área Social do BNDES, Èlvio Lima Gaspar.

Com recursos globais de R$ 518.606 milhões, o contrato inclui ainda a operação do estádio pela So-ciedade de Propósito Específico (SPE) criada pelo consórcio vencedor da licitação durante oito anos. A SPE é formada por representantes da Galvão Enge-nharia S/A, Serveng Civilsan S/A e BWA Tecnologia de Informação LTDA.

Detalhes do projetoEntre os principais pontos do projeto está a apro-

ximação da área que separa o acesso dos torcedores sentados nas cadeiras inferiores do gramado.

Com a reforma, essa distância cairá dos atuais 40 para 19 metros. Também serão realizadas mudanças nas cabines de imprensa, camarotes, vestiários, túneis de acesso ao campo, e nas cadeiras do estádio, que serão retráteis, entre outros pontos. Além disso, o estádio contará com um novo estacionamento coberto para 1750 veículos.

Outro destaque é a coberta que protegerá 100% dos torcedores de sol e chuva e irá ajudar substancialmente a qualidade da imagem das transmissões televisivas. Além disso, serão construídos um restaurante, mídia

center, área de hospitalidade, lounge e área VIP. Todas as mudanças atendem às exigências do caderno de encargos da FIFA.

Informações importantes- Com a reforma, o estádio Castelão será a maior

arena esportiva do Nordeste e terá capacidade para 67.037 espectadores, sendo o único da Região apto para receber uma semifinal.

- Valor da obra de reforma, ampliação, modernização e operação por oito anos (96 meses): R$ 518.606.000,00 (quinhentos e dezoito milhões, seiscentos e seis mil reais).

- Valor do contrato com o BNDES: R$ 351.545.150,00 (trezentos e cinquenta e um milhões, quinhentos e qua-renta e cinco mil, cento e cinquenta reais)

- O projeto já garantiu em seu edital as obras que serão feitas na parte externa do estádio.

Principais Inovações- Assentos 100% cobertos;- 100% de visibilidade em todos os setores;- Amplo restaurante com visão para o campo de jogo;- Novas áreas para imprensa;

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de telecomunicações;- Projeto elaborado de acordo com todas as normas

de acessibilidade.Números do EstádioÁrea total construída: 165.000m2Capacidade: 67.037 EspectadoresHospitalidade: 3.468 EspectadoresNúmero de camarotes: 45 CamarotesCapacidade da área VIP mais VVIP: 769 Especta-

doresCapacidade da área de imprensa: 2.765 JornalistasEstacionamento: 1.750 VAGAS (ÁREA DE

65.000m2)Estacionamento para ônibus : 87 VAGASRestaurante: 1000m2Museu do futebol: 1.500m2Área da cobertura do público: 55.000m2Vão livre da cobertura: 55mÁrea da praça elevada de público: 57.000m2Acessos ao podium do estádio: 6Acessos ao estádio: 19 acessosTempo máximo de espera para ingresso no estádio: 0 MinTempo máximo de evacuação: 8minÁrea de imprensa dentro do estádio: 4.800m2Área temporária de imprensa durante a copa:

6.000m2Hospitalidade dentro do estádio: 6.800m2Área de tendas temporárias de hospitalidade durante

a Copa: 40.000m2


Leituras II Acopiara – os brasileiros reclamam de que mesmo?Por Jb Serra e Gurgel (*)Muitos jovens neste território do lado de cá do

Atlântico Sul ainda se decepcionam com o comporta-mento que observam em grande parte de seus patrícios.

Comportamento registrado por tantos críticos como Mario de Andrade, Lima Barreto, Fernando Sabino, Luis Fernando Veríssimo. Atribui-se ao ministro Alio-mar Baleeiro o bordão: “o brasileiro tem bom coração e mau caráter”.

Listaram o jeito de ser do brasileiro na Web. Seria assim: 1.Diz que não sabe, não viu e não conhece o que

efetivamente sabe,viu e conhece.2.Mente que é demente.3.Quer levar vantagem em tudo, usando e abusando

da lei de Gerson, certo?.4.Mal entrou no ônibus cheio, só quer viajar na

janela.5.Saqueia cargas de veículos acidentados nas estra-

das, enquanto a Polícia não chega.6.Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de

placas proibitivas, de idosos e cadeirantes.7.Suborna ou tenta subornar quando é pego come-

tendo infração.8. Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento,

tijolo, dentadura, óculos. E até por qualquer bolsa.9.Fala no celular enquanto dirige.10.Trafega pela direita nos acostamentos num con-

gestionamento, mostrando que é esperto, vivo, sabido.11.Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.12.Viola a lei do silêncio.13.Dirige após consumir bebida alcoólica.

14. Fura filas nos bancos e nos cinemas, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

15.Dar carteirada mesmo que a carteira seja de re-cruta zero.

16. Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.17.Faz xixi em qualquer lugar, principalmente em

banca de jornal.18.Pega atestados médicos sem estar doente, só para

faltar ao trabalho.19. Faz “ gato “ de luz, de água e de tv a cabo.20. Registra imóveis no cartório num valor abaixo do

comprado,muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

21.Compra recibo para abater na declaração do im-posto de renda para pagar menos imposto.

22.Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

23. Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.

24. Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

25.Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

26.Compra produtos pirata com a plena consciência de que são piratas.

27. Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

28.Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

29. Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

30.Freqüenta os caça-níqueis, bingos ilegais e faz

uma fezinha no jogo de bicho.31. Leva das empresas onde trabalha, pequenos

objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis, papel.... como se isso não fosse roubo.

32.Comercializa os vales-transporte e vales-refei-ção que recebe das empresas onde trabalha.

33.Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

34.Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

35.Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

36.Trai suas esposas com a desculpa que está em serviço ou em viagem.(mentindo e enganando)

37. Escandaliza-se com a desonestidade dos políti-cos e com a roubalheira dos governantes,mas os elege.

38.Reage com indiferença à banalização da vida.39.Torce o nariz para o que é ético e honesto, para

o que é correto e justo.40.Finge que chora em velório, de olho na viúva.41.Compra e não paga, vende e não entrega.42.Chama de corrupção, todo negócio de que não

participou.43.Adora uma boca livre, se não for convidado vai

de bocão ou penetra. Ou bota a boca no trombone.44.Desconfia da própria sombra, com medo de ser

flagrado em algum ilícito mesmo cometido na infância.45.(Coloque o que foi omitido e mande para o

email:[email protected])(*) JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e

escritor.

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10-0003-2N(A) - CASA DO CEARÁ.indd 1 01/12/10 16:51

Estado projeta investir R$ 45 bilhões até 2016

Igor Queiroz Barroso, diretor administrativo do Diário do Nordeste, agraciou as entidades filantrópicas que mais

contribuíram com o Programa Sua Nota Vale Dinheiro FOTOS: KID JÚNIOR

Edson Queiroz Neto, superintendente da Nacional Gás, mostrou o reconhecimento às empresas inscritas

no Simples

Abelardo Rocha, diretor financeiro do Grupo Edson Queiroz, procedeu à entrega da honraria a

representantes do Varejo

Ricardo Nibon, superintendente do Sistema Verdes Mares, agraciou representantes do setor Atacadista

FOTO: KIKO SILVA

Com arrecadação estimada em R$ 6,2 bilhões, investimentos de R$ 3,3 bilhões neste ano, o go-verno do Estado planeja investir nos próximos seis anos, até 2016, R$ 45 bilhões, valor equivalente a 69% dos R$ 65 bilhões movimentados na economia do Ceará em 2010. A projeção foi feita, em 30.11. pelo secretário da Fazenda, João Marcos Maia, durante solenidade de entrega do Prêmio Contri-buintes, uma realização do Sistema Verdes Mares (SVM), em parceria com o Estado, através da Sefaz . Em sua quarta edição, a iniciativa agraciou ontem as maiores empresas contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), as dez com maiores arrecadações no Simples Nacional, as dez entidades filantrópicas que mais colaboraram com o programa “Sua Nota Vale Dinheiro” e um contabilista. O Prêmio conta com o patrocínio do Bradesco, M. Dias Branco, Petrobras, Banco do Nordeste, OI e Co-elce. Ao fazer um balanço rápido das contas públicas e da política de desoneração fiscal do governo do Estado, João Marcos Maia destacou a consciência das

empresas contribuintes e também das entidades filan-trópicas, cuja participação no recolhimento de notas fiscais vem sendo estimulada, ano a ano, pelo Prêmio Contribuintes. “O crescimento da arrecadação é fru-to dessa consciência fiscal”, destacou o secretário. “Nós que fazemos o Sistema Verdes Mares queremos mostrar isso para o Brasil, que é possível reduzir a carga tributária e aumentar a arrecadação do Estado. Enquanto o Ceará baixa as alíquotas dos impostos, a União continua elevando a carga tributária e pensa em restabelecer a CMPF”, declarou o diretor adminis-trativo do Diário do Nordeste, Igor Queiroz Barroso. Também presente à solenidade, o superintendente da Nacional Gás, Edson Queiroz Neto, salientou a importância da honraria como estímulo à cultura contributiva das empresas cearenses, ao mesmo tempo em que ressaltou a importância do desti-no correto dos recursos arrecadados pelo Estado. O diretor de Programação da Televisão Verdes Mares, Edilmar Norões, lembrou que “quando se faz uma pro-moção criteriosa como esta, os resultados certamente aparecem e toda a sociedade ganha”.

Min Cesar Rocha recebe honraria do Congresso Nacional

O ministro Cesar Asfor Rocha, decano do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e di-retor-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), foi homenageado hoje com a maior honraria do Parlamento brasileiro. Ele rece-beu do senador José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, e do deputado Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, a Medalha Ordem do Congresso Nacional, no grau Gran Cruz. Motivada pelos relevantes serviços prestados pelo ministro ao Poder Judiciário e ao Brasil, a solenidade foi realizada na Sala de Audiências do Senado e contou com a presença dos ministros do STJ Napoleão Maia Filho, Raul Araújo, Luiz Salomão, Jorge Mussi, Her-man Benjamin, Humberto Martins e Mauro Campbel. O ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também foi homenageado com a medalha.

Ministro mais antigo dos que estão em atividade no STJ – tomou posse em maio de 1992 –, Cesar Asfor Rocha presidiu o Tribunal de julho de 2008 a setembro deste ano, tempo em que também comandou o Conselho da Justiça Federal (CJF).


Família e amigos homenagearam Expedito MachadoEx-ministro de Viação e

Obras Públicas do Governo de João Goulart, Expedito Machado da Ponte, nascido em Crateús, e que completou 92 anos de idade em junho passado, sempre atento à política, faleceu dia 25.11. em Fortaleza após um longo período de hospitalização para tratamento de proble-mas pulmonares. Na sua 1ª. passagem por Brasilia, como deputado federal, foi um dos fundadores da Casa do Ceará.

Antes de iniciar sua vida pública, teve marcante presença no mundo empre-sarial cearense. Outro ponto destacado de sua vida foi sua dedicação ao esporte levando- à presidente da Federação Cearense de Futebol.

Entrou na política elegendo-se deputado estadual, em 1954, pelo PSD, partido do qual foi um dos dirigentes no Ceará. Em 1958, conquistou um mandato de deputado federal e foi reeleito em 1962. Cassado, foi ao exílio. Com a anistia, retornou à política elegendo-se deputado federal à Constituinte de 1988, pelo PMDB.

Com as atenções sempre voltadas para os interesses nacionais e, especialmente os do Ceará, o ex-ministro Expedito Machado tem a marca de sua atuação política em várias obras da responsabilidade do ministério que co-mandou, destacando-se as duas principais BRs que cortam

o nosso Estado, além daquelas outras da responsabilidade do DNOCS subordinado ao seu ministério

A Assembleia Legislativa do Ceará suspendeu a sua ses-são de 26.11 a em respeito ao falecimento do ex-ministro, mas, antes da suspensão, alguns deputados fizeram questão de destacar a importância de Expedito Machado para a política do Estado.O deputado Gony Arruda (PSDB), autor do requerimento para a suspensão da sessão, ressaltou o trabalho de Expedito Machado, além do campo político, como empresário e, inclusive desportistas com passagem pela Presidência da Federação Cearense de Futebol.Por seu turno, o deputado Professor Teodoro (PSDB) lembrou

as primeiras campanhas políti-cas feitas pelo ex-ministro, no Interior do Ceará, para ressaltar parte de sua vida no exílio, na Europa, onde Teodoro estudou naquela época.

Antes do sepultamento, Sérgio Machado, o filho que o sucedeu na política, tendo sido mais recente-mente Senador da República, e hoje é presidente da Transpetro, fez um rápida, mas emocionado pronunciamento em que desta-cou a personalidade de Expedito Machado, como exemplo de chefe de família e de dignidade na vida pública.

O corpo de Expedito Machado foi sepultado em 26.11, no Cemi-tério Parque da Paz, sob as vistas dos familiares e de muitos amigos.

A família e os amigos do ex-ministro Expedito Machado participaram na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, da missa de sétimo dia

Expedito Machado foi casado por 67 com d. Dayse de Oliveira Machado (Caucaia) , com que teve cinco filhos: José Sergio de Oliveira Machado, que foi deputado federal e senador, Silvia Helena Machado Reguffe, que foi casa-da com o almirante Luiz Paulo Aguiar Reguffe, pais do deputado distrital e agora deputado federal José Antonio Machado Reguffe, o mais votado de Brasilia, Lilian Ma-chado Fracalanza, Expedito Machado da Ponte Jr. e Jorge Luis de Oliveira Machado.

Expedito Machado foi deputado estadual, federal e ministro de um dos maiores ministérios do País Foto: Máximo Moura



Correspondência telegráfica do Padre Cícero sobre o período entre 1912 até a morte do sacerdote, em 1934

Coleção, que passará para a guarda da UFC, tem mais de três mil páginas e reúne cor-respondência ativa e passiva do sacerdote

Fortaleza - São 15 volumes encadernados com um total de 3.396 páginas.

Telegramas que registram a comunicação de um dos personagens mais importan-tes e controversos do Ceará. Após uma história de extravios e descaminhos, a correspondência telegráfica de Padre Cícero, na maior parte inédita, será reunida e disponibilizada ao público. A ideia é que estes documentos auxiliem pesquisadores e inte-ressados em traçar novos estudos e abordagens sobre o “Santo de Juazeiro”.

Na próxima sexta-feira, às 9 horas, o pesquisador Renato Ca-simiro fará oficialmente a doação de sua coleção de telegramas ao Núcleo de Documentação Cultu-ral (Nudoc) da Universidade Fe-deral do Ceará (UFC). A entrega será seguida pelo debate “Os Arquivos do Padre Cícero”, do qual participam Renato Casimiro, padre Roserlândio Souza, diretor do Departamento Histórico Diocesano Padre Antônio Gomes de Araújo (da Diocese do Crato), a pesquisadora Maria do Carmo Forti e o diretor do Nudoc, Régis Lopes.

Duas origensO Nudoc já possui em seu acervo três dos 15 volumes

da coleção original de telegramas, que cobrem o período da correspondência telegráfica do sacerdote entre 1912 e 1916. Um fato de interesse é que os telegramas foram obtidos de forma, no mínimo, polêmica, de acordo com o livro “Padre Cícero, o Santo de Juazeiro”, do jornalista cearense Edmar Morel.

Segundo o relato do livro-reportagem, o encarregado da estação telegráfica de Juazeiro, Pelúsio Correia de Macedo, teria copiado estes telegramas a pedido do Padre Cícero, que os guardou até o fim da vida.

Por motivos desconhecidos, os volumes que compu-nham a coleção foram divididos após a morte do sacerdote, ocorrida em 1934.

Segundo Renato Casimiro, nos anos 60, o professor Francisco Sousa Nascimento cedeu estes três volumes, com 498 páginas, ao historiador norte-americano Ralph Della Cava, cuja pesquisa de 12 anos sobre o Padre Cícero deu origem ao livro “Milagre em Juazeiro”. Posteriormente, Della Cava doou os telegramas ao então reitor da UFC, Paulo Elpídio Menezes Neto, que os encaminhou ao Nudoc.

Por sua vez, os 12 volumes restantes estavam em poder de Generosa Ferreira Alencar, uma das muitas afilhadas do Padre Cícero. Após sua morte, o herdeiro vendeu os volumes a Renato Casimiro.

“No total, a coleção cobre os telegramas recebidos e enviados pelo Padre Cícero entre 1912 e 1934. Acredito que pode haver hiatos, perdas, mas o essencial da corres-pondência está aqui”, ressalta.

Com a doação, os 15 volumes voltam a ficar juntos. Além das transcrições originais dos telegramas, também serão doados os arquivos digitalizados deste acervo. A medida visa facilitar o acesso dos pesquisadores e preservar ao máximo a documentação original.

“Os telegramas registram personagens, datas e fatos de um período expressivo para a nossa história, como a Sedição de Juazeiro, a própria formação da cidade e o desen-volvimento do Cariri a partir da atuação do Padre Cícero”.

ComunicaçõesNuma observação inicial

sobre estes documentos, os telegramas revelam uma

comunicação ativa e variada. Em um único dia podiam ser enviados ou recebidos vários telegramas, contemplando temas diversos. Guardadas as devidas proporções, os telegramas faziam as vezes do tipo de comunicação feito hoje por meio da internet.

“O telegrama permitia uma troca de informações muito dinâmica naquele período, por-que chegavam no mesmo dia”, aponta Renato Casimiro.

As transcrições feitas por Pe-lúsio Macedo mostram que o sa-cerdote mantinha uma expressiva gama de correspondentes, desde

presidentes da República e presidentes de Estado (cargo que hoje corresponde ao de governador) até comerciantes e devotos, pessoas comuns que pedem de mezinhas para a cura de enfermidades a conselhos espirituais e familiares.

“Há um telegrama em que uma mulher pede que o Padre Cícero converse com seu marido e interceda para que ele volte a ser ´um cumpridor de suas obrigações´. Há outros em que as pessoas descrevem seu estado de saúde e pedem um chá ou uma planta que possa curá-los. Padre Cícero também era consultado para saber se um determinado período era bom ou não para iniciar o plantio”, explica o pesquisador.

Outros telegramas registram o desenrolar de momen-tos sociais e políticos importantes, como o período do Cangaço e a passagem da Coluna Prestes, evidenciando o poder de articulação do sacerdote. Em 16 de março de 1914, por exemplo, Setembrino de Carvalho, que governou interinamente o Estado após a Sedição de Juazeiro, envia telegrama ao líder religioso demonstrando preocupação com os jagunços enviados de Juazeiro que continuavam circulando, armados, pela Capital cearense. E, alguns casos, as pessoas de fora de Juazeiro pediam a intercessão de Pa-dre Cícero para dar uma determinada notícia. Também eram feitas diversas negociações por meio dos telegramas, como compra e venda de propriedades e até pedidos recíprocos de “colocação” para afilhados.

Saiba maisA coleção é formada por 15 volumes contendo a transcri-

ção de telegramas recebidos e enviados pelo Padre Cícero por meio da estação telegráfica de Juazeiro do Norte.

Num único dia, grande quantidade de telegramas po-diam ser remetidos ou entregues ao sacerdote no livro “Histórias de um Repórter”, Edmar Morel recorda que a repercussão do livro “Padre Cícero, o santo do Juazeiro” levou pessoas da cidade a queimarem exemplares do livro em praça pública.

Além das encadernações, o pesquisador Renato Ca-simiro vai entregar ao Nudoc discos contendo a versão digitalizada dos arquivos. A meta é melhorar o acesso aos telegramas e preservar o acervo original.

Karoline Viana, Repórter do Diário do Nordeste

Documento

Pesquisador Renato Casimiro acredita que estes documentos possam servir de base para novas abordagens sobre Padre Cícero. Foto: Kiko Silva

Pesquisador Renato Casimiro acredita que estes documentos pos-sam servir de base para novas abordagens sobre Padre Cícero

Foto: Divulgação

Polo da Fiocruz no Ceará deve investir R$ 300 milhões na

produção de vacinasEstá prevista para o segundo semestre de 2011 a im-

plantação do polo de tecnologia da Fiocruz em área de 11 hectares no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, com investimento inicial de R$ 10 milhões, e de mais R$ 300 milhões com as plantas produtivas de vacinas e biofármacos. Os números foram anunciados pelo vice--presidente de Tecnologia da Fiocruz, Carlos Gadelha, ao alertar para a necessidade de uma articulação do Governo do Estado para que o Governo Federal coloque os recursos no orçamento da União.

A saúde no país é responsável por um déficit de R$ 9 bilhões na balança comercial, disse Carlos Gadelha na sua palestra sobre o papel da Fiocruz na gestão do conheci-mento e inovação em Saúde no Brasil, tema de workshop de que participou em Fortaleza para discutir experiências do país e do Canadá.

O gasto público e privado com a atividade representa 8,4% do PIB nacional, um terço do que movimenta toda indústria e mais do que toda a agropecuária, comparou. Para ele, a dependência das importações significa um risco e ameaça ao Sistema Único de Saúde (SUS), em caso de alta de preços que comprometeria as políticas de universalização dos tratamentos do câncer, AIDS e outras enfermidades.

Segundo Gadelha, o parque tecnológico a ser cons-truído pela Fiocruz em Fortaleza é o primeiro do Brasil focado exclusivamente na saúde. A Fiocruz chega ao Ceará também com atividades no ensino, com base na expertise do estado em saúde família – ele acrescenta. Será iniciado em 2011 um mestrado para a formação de professores e pesquisadores para a atenção básica à saúde. O curso é realizado em parceria com cinco universidades nucleadoras - UFC, FMA, UFRN, UECE, UVA - e terá cinco turmas de 20 alunos a partir do próximo ano.

No evento, o secretário de Saúde, Raimundo Arruda Bastos, disse que como preparativo para a chegada da Fio-cruz foi criado o Núcleo de Ciência e Tecnologia de Saúde, na Coordenadoria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, em 2007. Foram criadas também a Comissão de Avaliação de Tecnologias em Saúde (CATS) para norma-tizar e avaliar a utilização e incorporação de tecnologia em saúde, o Comitê Estadual de Ética para avaliação de pesquisas e os Núcleos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (NATS) nos grandes hospitais.

Ao coordenar a mesa-redonda Modelos de Instituciona-lização das Ações de Avaliação e Incorporação das Tecno-logias de Saúde (ATS), Moisés Goldbaum, da Faculdade de Medicina da USP, destacou o fato de ter sido o Ceará o primeiro estado a criar uma estrutura institucional para tratar da ciência e tecnologia na saúde como um proble-ma importante. “O meu estado, que pertence ao Sudeste, poderia ter criado há muito tempo”, disse.

Para Moisés Goldbaum, não é trivial a constituição de grupos de trabalho na Secretaria de Saúde para cuidar de ATS. “O fato de terem criado e disseminado é um avanço, uma originalidade e pioneirismo no Brasil. É um passo avante que deveria ser imitado pelos demais estados”.

A maioria da produção de insumos para a saúde está localizada em São Paulo, observa Moisés Goldbaum. Ele considera que, com o tema da inovação há um terreno fértil para que a ATS seja discutida no estado, entre em perspectiva e seja disseminada pelo restante do país.


Leituras IIIEdmílson Caminha (*)

Em 1949, a Embaixada da Argentina no Brasil, então sediada no Rio de Janeiro, convidou para uma recepção vários artistas e escritores brasileiros, Carlos Drummond de Andrade entre eles. Impossibilitado de comparecer, o poeta fez-se representar pela filha, Maria Julieta, que lá, entre canapés e cumprimentos, conheceu o advogado e também poeta argentino Manuel Graña Etcheverry. Ela com 21 anos de idade e ele com 34, renderam-se aos sortilégios do amor, tanto que o “donjuán” estrangeiro decidiu-se por escrever ao convidado ausente para pedir--lhe a mão da jovem...

“Enquanto a maioria dos candidatos a genro quer enaltecer as virtudes que supõe reunir, fiz o contrário: mandei-lhe uma carta com a relação de todos os meus defeitos. Acho que ele gostou da sinceridade”, contou--me Manolo – como gosta de ser chamado – quando nos encontramos em Itabira, no ano 2000, para reunião preparatória dos festejos comemorativos do centenário de Drummond. Na ocasião, elogiei-o com a sinceridade que prevalece entre os verdadeiros amigos: “Ponho Ma-nuel Graña Etcheverry entre os homens mais brilhantes que conheço. Grande poeta, ensaísta renomado, tradutor competente, é, sobretudo, pensador. Diferentemente da maioria, não se conforma com ler e assimilar o que outros escrevem: pensa com a própria cabeça, duvida, questiona, e abre, assim, novos caminhos no terreno das ideias e do saber humano.” Palavras que repito agora, sem pôr nem tirar, quando o fraterno amigo chega aos 95 anos de idade, na plenitude da lucidez e da criação intelectual.

Com Maria Julieta, Manolo teve três filhos: Carlos

De Drummond para Manolo, candidato a genroManuel, Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond, nascidos todos em Buenos Aires, onde vivia o casal. Lá, dedicou-se ela a relevantes projetos culturais, como diretora do Centro de Estudos Brasileiros e autora das belas crônicas publicadas, no Brasil, pelo jornal O Globo. Findo, em 1971, o casamento de 22 anos, continuaram grandes amigos, até a morte de Maria Julieta, em 1987, a que se seguiu, 12 dias depois, o desaparecimento de Drummond.

Pelas mãos generosas de Pedro Augusto, recebo cópia da carta manuscrita, plena de sensibilidade e de grandeza humana, com que o poeta diz “sim” à petição do futuro genro. Até hoje inédita, transcrevo-a para os leitores do CEARÁ EM BRASÍLIA, com a devida autorização do descendente titular dos direitos autorais:

“Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1949.

A Manuel Graña Etcheverry

Meu amigo – não estranhe que o chame assim, dado o vínculo afetivo que se estabeleceu entre nós, sem sequer nos conhecermos –, aqui tenho sua carta de 24 de setembro, que minha mulher e eu lemos com o mais justificado interesse. Embora não dissesse nada de substancialmente novo sobre o acontecimento que a determinou e que já conhecíamos atra-vés de Maria Julieta, teve para nós o mérito de um cordial primeiro contacto, feito de maneira tão pouco convencional, tão espontânea, que nos causou uma grata impressão.

Vejo que avaliou bem o sentido de nossa atitude, ao aprovarmos logo a escolha de Maria Julieta, que implicava na perspectiva de uma separação bastante dura para um casal que já não é rigorosamente jovem e não tem outros

filhos com que se distrair. Realmente, abrimos mão da convivência com a nossa filha, e não temos nada para substituí-la, pois somos bastante misantropos. Mas, nem eu nem minha mulher desejaríamos retê-la junto a nós em tal circunstância, movidos por um amor que seria, afinal, puro egoísmo de nossa parte.

O que nos diz a seu próprio respeito aumenta as minhas esperanças de que este casamento venha a constituir um belo e duradouro entendimento entre duas pessoas prepa-radas para isso. Maria Julieta é quase uma criança, mas, como terá visto, bastante amadurecida intelectualmente. Algumas das concepções que ela tem sobre o mundo e as coisas serão fruto desse avanço da experiência intelectual sobre a experiência propriamente humana. Caberá ao marido ajustar no mesmo plano sensibilidade e razão. Ela não somente o ama como o admira tanto, que não tenho dúvida sobre a boa influência que poderá exercer sobre o destino de minha filha. Oriente-a e guie-a sempre no sentido mais elevado, de modo a que ela se realize plena-mente e seja uma boa companheira sua em tudo – no bom como no mau tempo –, e nós lhe seremos infinitamente reconhecidos por isso.

Desde já, o que lhe posso dizer é que nos sentimos ligados a Você pelo bem que quer a Maria Julieta e pela confiança que igualmente depositou nela.

Aqui o esperamos dentro de alguns dias, confiados no seu propósito de nos podermos ver a todos no futuro, com a desejada frequência.

Cordial abraço do Carlos Drummond de Andrade, Rua Joaquim Nabuco, 81 – Copacabana”

(*) Edmilson Caminha (Fortaleza), jornalista e escritor

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Leituras IVComo vivem os aposentados

Lustosa da Costa (*)Quando encontro contemporâneo que começa a me

falar das delícias da aposentadoria de que usufrui, minha curiosidade se resume a lhe indagar:”O que esta fazendo?”. Quando ele, na resposta,vem com conversa fiada, afirmando que esta lendo muito,- o que nunca fizera antes,- ou vendo muito televisão, percebo a inu-tilidade de sua vida; que ele apenas abrevia seu tempo de ver a raiz do capim sobre os olhos, sobre o corpo, na solidão do túmulo. Quem nada faz vive (ou sobrevive) sem projetos. Quem não tem projetos é cadáver adiado que esta antecipando o caminho do cemitério.

Recordo de que,quando deixei a estressante ro-tina diária de trabalho na sucursal de” O Estado de S.Paulo”, em Brasilia, o ex-secretário de imprensa do Presidente Sarney, Frota Neto, me recomendou fraternalmentemente:

“Só não fique vendo televisão, à tarde”. Senti que queria falar da inutilidade de viver a maior parte do dia,diante do aparelho de tevê, bestificado. Quem ali se dispõe a matar o tempo, esquece de que o tempo é que mata a todos nós.

À época, falei em me aposentar do jornal para revolta dos filhos que não entenderam como podia, sequer pensar, em abandonar o que me proporcionava tanto prazer:”Quer dizer que vamos dizer, agora, que somos filhos dum aposentado?”. Claro que não posso viver sem escrever coluna diária no Ceará. Quando não mais puder faze-lo, terei de escrever nos muros, nas paredes, mandar meu recado ao semelhante, da maneira que me for possível. Enquanto houver quem

publique meus livros, estarei escrevendo-os porque o tema de que me ocupa, coisas e gentes de Sobral, tem muito pano pras mangas, oferece ainda muitas outras abordagens.

Por isso quando indago da cearense Leda Sales, chefe do serviço médico do Senado, sobre o que fará quando se aposentar ouço dela que tudo, menos parar de cuidar do coração dos outros. Ela exerce a profissão, com amor e dedicação. Tanto trata do Sarney quando do Lustosa por cujos corações vela, competência, e, principalmente, com muito otimismo.Em suas mãos, o paciente não morre antes do tempo. Daí minha pergunta.Temia perder sua assistência que começou quando seu então chefe do serviço médico da Camara, a apontou como a melhor cardiologista do Pais, de Brasilia até Miami. É o que continua a ser sem se perturbar com as chatas tarefas burocráticas do posto que ora exerce. O que ama mesmo é cuidar de seus doentes. E depois velar pelo novo amor de sua vida, o primeiro neto, David.

O que me levou a indagar se ia se aposentar, foi como disso, correspondia ao meu medo de perder a vigilância de tão grande profissional. A doutora Leda Sales Brauna Braga está chegando aos quarenta anos de formada e nem vai participar da festa de comemora-ções, presa à Brasilia pelos compromissos funcionais com a posse da Presidente da República e com con-curso para vagas em sua profissão no Senado e pelo neto filho da médica recém formada Camila Brauna Braga,batizado David.

(*) Lustosa da Costa (Sobral) , jornalista e escritor

BNB entre as 15 melhores empresas para se trabalhar no Brasil

O Banco do Nordeste está entre as 15 maiores empresas brasileiras consideradas melhores para se trabalhar. A informação consta no mais novo ranking promovido pela Great Place to Work, uma consultoria internacional que há mais de dez anos vem ajudando as organizações a compreender as características, práticas e atitudes que conduzem à criação de um excelente lugar para trabalhar.

Para o presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, a premiação deve-se em grande parte à contínua política de valorização dos funcionários”. Segundo ele, há mais de 600 funcionários com mais de 30 anos de serviços prestados. Além disso, quatro dos seis diretores da empresa são funcionários de carreira.

Ele também destaca a valorização da produção cultural dos funcionários da ativa e aposentados, que recebem patrocínio a projetos nos segmentos de artes cênicas, audiovisual, artes visuais, literatura e música, por meio do Programa Cultura da Gente. Em sua quin-ta edição, o programa vai destinar, em 2011, R$ 250 milhões, sendo R$ 10 mil o valor máximo financiado por projeto. Além disso, o Banco dispõe de três centros culturais, localizados em Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE) e Souza (PB), e ainda planeja a criação de mais dois, em Vitória da Conquista (BA) e Teresina (PI).

Ainda segundo Smith, outro grande fator que con-tribuiu ainda mais para a valorização dos funcionários foi a criação da Universidade Corporativa do Banco do Nordeste, lançada recentemente. Em 2009, a área de Educação Corporativa do Banco do Nordeste ofertou mais de 29 mil oportunidades de treinamento, possibi-litando capacitação para 94% dos funcionários.

Internet - Ranking com seis capitais mostra Fortaleza com melhor banda largaEstudo mostra melhora na

qualidade do acesso à banda larga pelo celular

Um estudo realizado pela empresa americana de tecno-logia Cisco, pela Universida-de de Oxford, na Inglaterra, e pela de Oviedo, na Espanha, revela que Fortaleza é, entre seis capitais brasileiras pes-quisadas, a que tem a melhor internet de banda larga.

Em seguida, vêm Brasília, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A eficiência do serviço nas outras capitais não foi aferida.

Divulgado divulgado nesta segunda-feira, o estudo mediu a qualidade da banda larga em 239 cidades de 72 países, que também foram avaliados de acordo com a penetração do serviço.

Para aferir a qualidade, a pesquisa levou em conta as velocidades de download e upload de arquivos e o tempo de latência, ou seja, de transmissão e recepção de sinais (na prática, o tempo entre dizer algo e ser ouvido por outra pessoa numa conversa pela internet, por exemplo).

No ranking geral, o Brasil ficou na 42ª posição, caindo sete posições em relação a um mesmo estudo, feito em 2008. Na ocasião, porém, havia 13 nações a menos na lista.

Líder do ranking no último estudo, a Coreia do Sul manteve a posição e aumentou a vantagem em relação

aos demais países. Atrás dela vêm Hong Kong, Japão, Islândia, Suíça, Luxemburgo e Cingapura.

Entre os países onde a penetração da banda larga mais aumentou se destacaram Emirados Árabes Unidos, Malta, Chipre, Irlanda e Grécia.

Banda larga no BrasilSegundo Fernando Gil de Bernabé, diretor-sênior da

Cisco, a pesquisa mostrou que 21% dos lares brasileiros têm banda larga. Em 2008, eram 16%.

Ele diz que, apesar do progresso, que segue a média dos outros países, o Brasil não deu um grande salto no número de pessoas com acesso a serviços de banda lar-ga, como aconteceu nações do Oriente Médio, nem na qualidade do serviço.

O Brasil tampouco está no grupo nos 14 países que, de acordo com a pesquisa, estão preparados para aplicativos

que necessitarão de uma ban-da larga de maior qualidade nos próximos cinco anos.

O estudo prevê que, nes-se período, e-mails, redes sociais, sites de vídeos e programas de conversa exi-girão maior velocidade na recepção e transmissão de dados. Na pesquisa feita em 2008, somente o Japão estava preparado para os avanços que ocorreriam nos anos seguintes.

Competitividade e ino-vação

Associando o desempenho dos países aos seus níveis de desenvolvimento econômico, o estudo diz que os investimentos em banda larga se refletem em maior competitividade e inovação.

A pesquisa também cita países do leste europeu (entre os quais Bulgária, Hungria, Romênia e República Tche-ca), destacando que, ao concentrar seus investimentos na instalação de redes de cabos e fibra óptica em suas principais cidades, ultrapassaram países mais ricos no quesito qualidade da banda larga.

Isso porque, nas nações desenvolvidas, a política mais comum tem sido aumentar o número de usuários do serviço, ampliando sistemas mais antigos e menos eficientes, como o DSL.

Camilla Costa, Da BBC Brasil em São Paulo


osmar baquit

Patrimônio histórico tem R$ 20 mi para conservação

No largo do Théberge, no centro histórico de Icó, reúne igrejas, teatros e casarios.

Muitos destes no âmbito privado

Sobral exibe no Centro da cidade boa parte de seu acervo tombado, como igrejas casarios e

museus WELLINGTON MACEDO

Edificações inventariadas pelo Iphan em Bar-balha para tombamento reconhecido no âmbito

federal ELIZÂNGELA SANTOS

Casario histórico de Aracati é um dos mais antigos acervos do Estado. Muitos são de

particulares JOSÉ LEOMARIcó. O Banco do Nordeste (BNB) financiará a recu-

peração de imóveis privados, situados em 53 municípios de sua área de atuação, que participam do Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas (PAC - Cidades Históricas) e estão próximos às agências do BNB. No Ceará, serão atendidas as cidades Aracati, Barbalha, Fortaleza, Icó, Sobral e Viçosa do Ceará. Os recursos, no montante de até R$ 20 milhões, são oriundos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O financiamento está previsto para a partir de 2011 por meio de contrato de prestação de serviços entre o BNB e o Iphan, em solenidade realizada em Brasília, com a participação de diretores das instituições e dos presidentes do BNB, Roberto Smith, e do Iphan, Luiz Fernando de Almeida.

Pela parceria firmada, o BNB, na qualidade de ins-tituição financeira pública federal, irá prestar serviços técnicos e operacionais necessários para a liberação do financiamento para recuperação de imóveis privados nas

cidades participantes.Nos próximos 20 dias, técnicos e secretários das

Prefeituras dos cinco Municípios contemplados serão treinados por agentes do BNB e do Iphan. Na prática, a informação sobre essa modalidade de financiamento pelo BNB ainda não chegou às administrações muni-cipais.

Taxa da inflaçãoOs proprietários e locatários de imóveis residenciais e

comerciais, situados em áreas consideradas de preserva-ção histórica, poderão ter acesso a apoio creditício para a recuperação dos imóveis históricos de seus interesses. De acordo com o coordenador de projetos parcerias pú-blicas e privadas do BNB, Ocione Marques Mendonça, praticamente não há juros, apenas uma atualização da inflação pelo INPC.

O prazo de carência varia de acordo com o tempo ne-cessário para a obra de reforma. O valor do financiamen-to também é variável segundo o projeto de restauração

ou reforma. Em média é de R$ 23 mil. “A elaboração do projeto de arquitetura e de orçamento é por conta do proprietário do imóvel. O acompanhamento técnico da obra será feito pelo Iphan”, explicou ele.

O processo se inicia com a Prefeitura, lançando um edital com o indicativo das condições e as áreas a serem objeto de recuperação. Os proprietários, por sua vez, apresentam o projeto técnico, o qual recebe a aprovação do Iphan. Após essa etapa, o BNB realiza avaliação cadastral e então o futuro beneficiário do crédito poderá acessar o financiamento, que terá prazos de dez anos para imóveis comerciais e de 15 anos para residenciais.

Caberá às Prefeituras, em parceria com o Iphan, iden-tificar e selecionar os imóveis prioritários para integrar o programa de financiamento. “Esse programa é uma junção de esforços do Governo para a recuperação dos sítios históricos, favorecendo o desenvolvimento do turismo regional”, disse Mendonça.

Honório Barbosa, Repórter, Diário do Nordeste


Situação das barracas de praia de Fortaleza e de Aracati

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Às vésperas de mais uma alta estação turística, o fun-cionamento das barracas de praia no Ceará ainda é uma incógnita. Decisões judiciais determinaram a derrubada destes estabelecimentos na orla de Fortaleza e de Aracati.

São 154 barracas da Praia do Futuro em Fortaleza, 18 estabelecimentos do trecho da orla de Aracati terão de fechar por força de uma determinação judicial. “O impacto da possível retirada das barracas, portanto, seria enorme para uma localidade como Canoa Quebrada”, avaliou, acrescentando que são mais de 600 empregos diretos gerados na atividade.

Na Assembleia Legislativa, o deputado Artur Bruno lembrou que já foram emitidas três decisões judiciais, em caráter liminar: uma pedindo a derrubada das barracas da Praia do Futuro, em Fortaleza; uma segunda determinando o fechamento das barracas da praia de Canoa Quebrada, em Aracati; e uma terceira, da desembargadora Sérgia Miranda, que liberou novamente o funcionamento das barracas de Canoa Quebrada.

Na avaliação do parlamentar, essas decisões contradi-tórias provocam uma insegurança jurídica tanto para os proprietários quanto para os trabalhadores dos estabele-cimentos. Para Artur Bruno, as barracas de praia já fazem parte da cultura e do turismo do Ceará e empregam mi-lhares de pessoas direta e indiretamente. Por conta disso, ele defende que haja um termo de ajustamento de conduta para que as barracas permaneçam, mas dentro de limites.

Ceará assinou contrato de US$ 250 mi com o BID para turismoO Ceará será o primeiro

Estado do País a assinar com o Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID) o contrato de finan-ciamento do Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional – Prodetur Na-cional. A assinatura do empréstimo de US$ 150 milhões em 25.11, no Palácio Iracema, em Fortaleza contou com as presenças do governador Cid Gomes, do secretário do Turismo do Ceará, Bismarck Maia, e do representante do BID no Brasil, Fernando Camilo Flores. Ao montante do banco, somam-se US$ 100 milhões de contrapartida do Governo cearense para a operação.

De acordo com o secretário do Turismo, Bismarck Maia, o investimento será destinado à qualificação dos destinos turísticos do Estado, especialmente na infraestrutura urbana, como saneamento básico. Além disso, também , serão priorizadas obras de urbanismo, com a construção e recuperação de vias e acessos urbanos. Os municípios beneficiados no Prodetur Nacional serão os polos da Cha-pada da Ibiapaba, do Litoral Leste e do Maciço de Baturité.

Nos três polos onde ocorrerão os investimentos do Prodetur, serão realizados estudos de mercado para defi-nição da estratégia de desenvolvimento destas localidades turísticas, além de um diagnóstico e plano de ação para a capacitação da mão-de-obra e apoio para os empresariados do setor. O Prodetur também tem como meta a realização de projetos integrados de valorização de localidades turís-ticas dos três polos selecionadas no Programa.

Assembleia Legislativa do Ceará entrega título de cidadania à professora

portuguesa Haidé GonçalvesA Assembleia Legis-

lativa/AL do Estado do Ceará realizou em 24.11, sessão solene de entrega do Título de Cidadã Cearense a Haidé Eunice Gonçalves Ferreira Leite, professora portuguesa que se destacou nas áreas de História, Pro-jecto e Educação para a Cidadania.

O evento atende a um pedido do presidente da Comis-são de Educação, Cultura e Desporto da AL, deputado Artur Bruno (PT), e terá lugar no Plenário 13 de Maio, às 15 horas.O requerimento foi subscrito por outros 31 parlamentares.

Aquele deputado justificou a proposta citando que Haidé desenvolveu, em 2007, na Secretaria da Educação Básica do Ceará (Seduc), o projecto “Professor Director de Turma”. “O reconhecimento profissional tem sido mostrado pelo apreço que os educadores do Estado têm devotado à sua actuação, pautada pelos esforços no sentido do desenvolvimento educacional de uma terra pela qual se sente grata e acolhida”, pontua Bruno.

PerfilHaidé Gonçalves nasceu na cidade de Fafe, em Por-

tugal, no dia 14 de fevereiro de 1958. É licenciada em Português e História pela Universidade Aberta de Lisboa e bacharel em Ensino Básico e Ensino Complementar pela Escola do Magistério Primário de Braga/Portugal



Página da Mulher

Receitas nordestinas testadas e provadasRaimunda Ceará Serra Azul (*)

Arroz ao forno colorido 200g de carne moída tipo acém, músculo ou patinho03 colheres (sopa) d e óleo01 cebola picada01 dente de alho picado01 colher (sopa) de extrato de tomate½ xícara (chá) de azeitonas verdes picadas¼ de xícara (chá) de cheiro verde picado01 lata de seleta de legumes escorridos01 colher (café) de sal

3 xícaras (chá) de arroz cozido01 cenoura grossa½ pimentão vermelho picado400g de requeijão02 xícaras (chá) de queijo mussarela ralado1 lata de leitem03 colheres (sopa) de queijo parmesão raladoÓleo para untar.

Modo de fazerEm uma panela, em fogo médio, refogue a car-

ne no óleo com a cebola, o alho, o cheiro verde, a

Papai Noel resgata velha dívidaRegina Stella (*)

Naquele tempo o Papai Noel era aquele velhinho amigo, de longas barbas brancas que caminhava devagar, levando às costas pesado saco de brinquedos, misterioso e mágico, que de tudo sabia. Atento, do alto observava o que se passava aqui em baixo, o comportamento das crianças, o que faziam, se escovavam os dentes, se co-miam verduras e se na escola faziam todos os deveres, estudavam as lições e obedeciam aos mais velhos.

Num caderninho de notas ia escrevendo, de cada criança, o bom ou o mau comportamento,as traquinadas, se eram ou não estudadas as contas de dividir e multi-plicar. Ah! quanto eu temia aquele caderno, meu nome na lista , anotada a briga com o irmão, a desobediência, a malcriação.E, preocupada, procurava andar na linha para agradar o Velhinho, e, ganhar o presente.

Nunca era visto, em carne e osso, o Papai Noel. Encantado, aparecia apenas desenhado nos livros de história, nas “folhinhas”. Bem diferente de hoje, desacreditado, que aparece em todo lugar, ora gordo e barrigudo nos “shoppings”, ora magro e comprido, ora desengonçado andando pelas ruas.Nenhum de nós, crianças, ousava perguntar, mas lá no fundo, calado, cada um questionava a mágica do Papai Noel, passando de casa em casa altas horas, cansado, curvado, deixando um presente para cada um, que não era, nunca, o presente

desejado.Eramos oito.A cada ano, no corredor da antiga casa, se enfileiravam

os oito sapatinhos, aos pares, guardada uma boa distân-cia, para evitar que, na pressa, o Papai se enganasse, e desse ao irmão o presente sonhado.

Quando dezembro chegava, cada um escrevia uma carta ao Papai Noel, letrinha miúda, garrancho lindo, fazendo o seu pedido.Dobrava bem o papel, reduzindo--o ao mínimo e se esperava, qual um ritual, que a mãe abrisse o santuário da avó. E ali guardasse, à chave, os bilhetinhos. Com a ansiedade e a curiosidade que cresciam dia a dia, várias vezes se passava perto, só para ver se o santuário estava vasio, uma prova de que o Papai Noel já tinha levado as cartas e conhecia o pedido de cada um.

“ Querido Papai Noel Eu queria muito ganhar uma bicicleta. Mas se

for difícil, eu fico contente com os patins. Mas se for muito pesado, eu gosto muito também de patinete”

“Querido Papai NoelTodo Natal, a minha vozinha que está aí, no céu,

manda e deixa no santuário, dez tostões. Diga a ela que esse ano não precisa mandar, porque já ganhei cinco mil reis do meu padrinho. Você pode me dar um velocípede?

Longa, era a Noite de Natal, que o sono não chegava! Os oito, inquietos, ansiosos, não conseguiam dormir,

na expectativa do presente. De um lado a outro da cama,´viravam, reviraram, cochichavam, riam, levanta-vam, deitavam, um ir e vir sem parar._ Se não dormirem, Papai Noel não vem, dizia alguém, do quarto ao lado.

E, clareando o dia, o mais afoito ia de cama em cama, acordando um a um,avisando que o Papai Noel já tinha passado.Todos, um pulo só! E era uma correria, uma pressa, o coração batendo acelerado, e um receio escondido de que, outra vez, falhasse o Papai Noel, não deixando o presente sonhado. Ah! nunca a bicicleta, nunca os patins.Em vez da bonequinha loura que vira na vitrine, uma bolsinha branca, e dentro, branca e preta uma vaquinha malhada! Tanta a decepção, que estreme-ceu, dorido, o coração. Falhara, outra vez o Papai Noel...

Agora, dezembro, procuro em vão a algazarra de outrora e os rostos queridos que participavam da festa. Nem corre-corre, nem agitação. Num canto do quarto, firme e ainda de pé, me olha, estóico, o santuário da avó, onde, crianças, guardávamos as cartinhas de Natal, repletas de inocência e ingenuidade.

O Papai Noel, dessa vez, não falhou! Não deu bicicleta, nem patins, nem patinete, que o pedido era outro, e não precisou nem de carta e nem de bilhete. Mandou-me, em cores muito vivas, antecipadamente, uma a uma, todas as lembranças e devolveu á minha memória todo um tempo feliz...

(*) Regina Stella (Fortaleza) , jornalista e escritora

seleta de legumes e o sal por 8 minutos ou até dourar. Reserve. Em uma tigela, misture o arroz cozido com a cenoura, o pimentão e metade do requeijão. Unte um refratário.grande com óleo e faça uma camada com a metade da mistura de arroz. Cubra com metade da mussarela. Finalize com o arroz restante e reserve. Misture o creme de leite, o parmesão, a mussarela e o requeijão. Leve ao forno médio preaquecido, por 20 minutos ou até gratinar. Sirva.

(*)Raimunda Serra Azul (Uruburetama), ad-vogada.

Estudo mostra relação entre câncer e solidãoEstudos mostram que pacientes com câncer que estão

sofrendo de depressão têm sobrevida menorUm estudo feito nos Estados Unidos reforça teorias de

que a solidão tornaria o câncer mais provável e mais letal.O trabalho, publicado na revista Proceedings of the

National Academy of Science, demonstrou que ratos isolados socialmente e submetidos a situações estres-santes desenvolveram mais tumores da mama - e de um tipo mais letal - do que os animais que permaneceram em grupos.

Os pesquisadores atribuem os resultados ao estresse e dizem ser possível que o mesmo ocorra em seres humanos.

Especialistas em câncer dizem que mais estudos são necessários para provar a associação entre a doença e a solidão.

O líder da equipe de pesquisadores, Gretchen Her-mes, da Yale University, em Connecticut, disse: “Existe um interesse crescente na relação entre doenças, o meio ambiente e as emoções”.

“Esse estudo oferece pistas sobre como o mundo so-

cial penetra na pele”.Estresse Os especialistas já

sabem que pacientes com câncer que estão deprimidos tendem a ter sobrevida menor.

E pesquisas ante-riores indicam que o apoio social pode melhorar os resultados de tratamentos em pacientes que tiveram câncer da mama.

No novo estudo, os pesquisadores constataram que o isolamento e o estresse multiplicaram os riscos de câncer da mama em ratos Norway, ou ratos castanhos, tidos como bastante sociáveis.

Os ratos haviam sido programados geneticamente para desenvolver câncer da mama.

Além de isolados, os animais também foram subme-tidos a situações estressantes: eles foram expostos ao cheiro de predadores, e temporariamente imobilizados.

Como resultado, os indivíduos isolados desenvolve-ram 84 vezes mais tumores do que os que viviam em comunidades coesas. Os tumores eram de tipos mais agressivos.

Os animais também apresentaram índices maiores de um hormônio associado ao estresse chamado corticoste-rona e levaram mais tempo para se recuperar de situações estressantes do que os ratos deixados em grupo.

Os pesquisadores dizem ter esperanças de que o tra-balho ajude pacientes com câncer.

Estilo de Vida Ed Yong, representante da entidade britânica de fo-

mento à pesquisa sobre o câncer Cancer Research UK, ressaltou que o estudo foi feito com ratos.

“Pesquisas em humanos não indicam uma associação direta entre o estresse e o câncer da mama”, disse Yong.

“Mas é possível que situações estressantes tenham um efeito indireto sobre os riscos de incidência do câncer ao tornar as pessoas mais inclinadas a adotar comporta-mentos pouco saudáveis que aumentam os riscos, como comer demais, beber de mais ou fumar”.( BBC Brasil)


Expressões Bizarras e seus significadosMotorista Barbeiro:Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros

faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. A associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

Tirar o Cavalo da Chuva:- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou

deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”.

À Beça:O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira

copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argu-mentador do jurista alagoano, Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

Dar com os Burros N’água:A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropei-

ros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algo e não consegue ter sucesso.

Guardar a Sete Chaves:No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de

arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele. A partir daí começou--se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” pra designar algo muito bem guardado.

Ok:A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente co-

nhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

Onde Judas perdeu as Botas:Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus,

Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A expressão é usada pra designar um lugar distante.

Pensando Na Morte Da Bezerra:A história mais aceitável pra explicar a origem do termo

é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra.

Pra Inglês Ver:A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra

exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas “pra inglês ver”

Rasgar Seda:A expressão que é utilizada quando alguém elogia gran-

demente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

O pior cego é o que não quer ver:Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o

Leituras VHumor Negro e Branco Humor

O TELEGRAMA DE JUVENALO Juvenal estava desempregado havia meses. Com a re-

sistência que só os brasileiros têm, o Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista. Ao chegar ao escritório, o entrevistador observou que o candidato tinha exatamente perfil desejado, as virtudes ideais e lhe perguntou:

- Qual foi seu último salário?- ‘Salário mínimo’, respondeu Juvenal.- Pois se o Sr. for contratado, ganhará 10 mil dólares por

mês!- Que carro o Sr. tem?- Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender

pipoca na rua e um carrinho de mão!- Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para

você e uma BMW para sua esposa! Tudo zero!- O senhor viaja muito para o exterior?- O mais longe que fui foi pra Belo Horizonte, visitar uns

parentes...- Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 10

vezes por ano, para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc.

- E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se até amanhã (6ª feira) à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama nosso can-celando, pode vir trabalhar na segunda-feira com todas essas regalias que eu citei.

Juvenal saiu do escritório radiante. Agora era só esperar até a meia-noite da 6ª feira e rezar para que não aparecesse nenhum maldito telegrama. Sexta-feira mais feliz não poderia haver. E Juvenal reuniu a família e contou as boas novas.

Convocou o bairro todo para uma churrascada comemora-tiva à base de muita música. Sexta de tarde já tinha um barril de chope aberto. Às 9 horas da noite a festa fervia. A banda tocava, o povo dançava, abebida rolava solta. Dezhoras, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero. A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pro lado do Juvenal. E a banda tocava! E o chope gelado rolava!O povo dançava!

Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro. Gastaria horro-res para o bairro encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário. E a mulher resignada, meio aflita, meio alegre, meio boba, meio assustada.

Às onze horas e cinqüenta e cinco minutos....vira na es-quina buzinando feito louco, um cara numa motoca amarela...

Era do Correio!A festa parou!A banda calou! A tuba engasgou! Um

bêbado arrotou!Um cachorro uivou!- Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?- Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida.- Joguem água na churrasqueira! O chope esquentou! A

mulher do Juvenal desmaiou!A motoca parou!O cara desceu e se dirigiu ao Juvenal:- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?- Si, si, sim, so, so, sou eu...A multidão não resistiu...- OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!E o cara da motoca:- Telegrama para o senhor...Juvenal não acreditava... Pegou o telegrama, com os olhos

cheios d’água, ergueu a cabeça e olhou para todos. Silêncio total. Não se ouvia sequer uma mosca!

Juvenal respirou fundo e abriu o envelope do telegrama tremendo, enquanto uma lágrima rolava, molhando o ote-legrama..

Olhou de novo para o povo e a consternação era geral. Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler. O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava:

- E agora? Quem vai pagar essa festa toda?Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais

uma vez para o povo que o encarava...Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro

triunfal de alegria e começou a gritar eufórico:- Mamãe morreeeeuuu! Mamãe morreeeeuuu!!!!!!!

doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

Anda à toa:Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um

navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

Quem não tem cão caça com gato:Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulte-

rou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

Da pá virada:A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando

a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

Nhenhenhém:Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chega-

ram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

Vai tomar banho:Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os

hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. O índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

A dar com o pau:O substantivo “pau” figura em várias expressões brasileiras.

Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o “pau de comer” que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

Eles que são brancos que se entendam:Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda

no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu supe-rior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são pardos, que se entendam”. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português e se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura:Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor

latino Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e > Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase.

Juro de pés juntos: Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu

através das torturas executadas pela Santa Inquisição, as quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

Casa de mãe joanaSignificado: Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar,

etc. Histórico: Esta vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avig-non, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “que tenha uma porta por onde todos entrarão”. O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão vivou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem..

Dicionário

jornal dezembro 2010

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