jornal de matosinhos nº1617

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COMPRA DO ESTÁDIO DO LEIXÕES PÁG. 11 VETADA CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE ALIMENTOS EM LEÇA DA PALMEIRA ULTRAPASSOU EXPECTATIVAS MANUEL PINA AGRACIADO ESCRITOR CONTEMPLADO COM MEDALHA DE MÉRITO DOURADA DO MUNICÍPIO PÁG. 10 www.jornaldematosinhos.com Isenção Seriedade ao Serviço da Nossa Terra 31 ANOS Preço: 1 (IVA incluído) Sai à Sexta-Feira Director Pinto Soares Directora-Adjunta Natália Pinto Soares Semanário Regional Independente Ano XXXI • Nº 1617 16 de Dezembro de 2011 ESMERALDA SOARES 6 ANOS DE SAUDADE RECORDADA MEMÓRIA DA MULHER, OPERÁRIA, ESPOSA, MÃE, AVÓ E EMPRESÁRIA, CO-FUNDADORA E PROPRIETÁRIA DO “JORNAL DE MATOSINHOS” PÁG. 3 de FESTA DA POESIA ESBANJAMENTO EM CAUSA: DOIS MILHÕES DE EUROS NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS QUE PODERIAM SER EFECTUADOS POR FUNCIONÁRIOS CAMARÁRIOS PÁG. 4 PEDRO DA VINHA COSTA ACUSA MUNICIPALIDADE DE SE COMPORTAR À MARGEM DA CRISE À TANGENTE QUEDA DO EXECUTIVO SALVA COM ABSTENÇÃO SOCIALISTA E VOTO DE DESEMPATE DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA PÁG. 3 LAVRA: PLANO E ORÇAMENTO PARA 2012 TONELADAS DE SOLIDARIEDADE PRODUTOS DESTINAM-SE A CEIA DE NATAL PARA 400 CARENCIADOS PÁG. 7 JOVEM BAILARINO TALENTO DE MATOSINHOS A CAMINHO DE LONDRES IGOR DE ABOIM GANHOU MÊS E MEIO DE FORMAÇÃO NUMA ESCOLA DE ARTE DO REINO UNIDO PÁG. 7 TRIBUNAL DE CONTAS CONSIDERA AQUISIÇÃO ILEGAL MUNICIPALIDADE DIZ QUE RECUSA FERE PRINCÍPIO DE IGUALDADE E BOA GESTÃO FINANCEIRA

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Jornal de Matosinhos nº1617

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Page 1: Jornal de Matosinhos nº1617

COMPRA DO ESTÁDIO DO LEIXÕES PÁG. 11

VETADA

CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DEALIMENTOS EM LEÇA DA PALMEIRAULTRAPASSOU EXPECTATIVAS

MANUEL PINAAGRACIADO

ESCRITOR CONTEMPLADO COM MEDALHADE MÉRITO DOURADA DO MUNICÍPIO PÁG. 10

www. j o r n a l d e m a t o s i n h o s . c o m IsençãoSeriedadeao Serviçoda Nossa Terra

31ANOSPreço:1€

(IVA incluído)

Sai à Sexta-Feira

Director Pinto Soares Directora-Adjunta Natália Pinto Soares Semanário Regional Independente

Ano XXXI • Nº 161716 de Dezembro de 2011

ESMERALDA SOARES

6 ANOS DE SAUDADERECORDADA MEMÓRIA DA MULHER,OPERÁRIA, ESPOSA, MÃE, AVÓ E EMPRESÁRIA, CO-FUNDADORA E PROPRIETÁRIA DO “JORNAL DE MATOSINHOS” PÁG. 3

de

FESTA DA POESIA

ESBANJAMENTOEM CAUSA: DOIS MILHÕES DE EUROS NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS QUE PODERIAM SER EFECTUADOS PORFUNCIONÁRIOS CAMARÁRIOS PÁG. 4

PEDRO DA VINHA COSTA ACUSAMUNICIPALIDADE DE SECOMPORTAR À MARGEM DA CRISE

À TANGENTEQUEDA DO EXECUTIVO SALVA COM ABSTENÇÃO SOCIALISTA E VOTO DE DESEMPATE DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA PÁG. 3

LAVRA: PLANO E ORÇAMENTO PARA 2012TONELADAS DE

SOLIDARIEDADEPRODUTOS DESTINAM-SE A CEIA DE NATAL PARA 400CARENCIADOS PÁG. 7

JOVEM BAILARINO TALENTO DE MATOSINHOS

A CAMINHO DELONDRESIGOR DE ABOIM GANHOU MÊS E MEIODE FORMAÇÃO NUMA ESCOLA DEARTE DO REINO UNIDO PÁG. 7

TRIBUNAL DE CONTAS CONSIDERA AQUISIÇÃO ILEGALMUNICIPALIDADE DIZ QUE RECUSA FERE PRINCÍPIO DE IGUALDADE E BOA GESTÃO FINANCEIRA

Page 2: Jornal de Matosinhos nº1617

Caro Alfredo,Portugal torna-se cada vez mais hemi-

plégico. Enquanto uma metade, de alto abaixo se encontra, vamos dizê-lo, robusta, aoutra começa a ter só pele e osso, isto é,entrou em agonia. A primeira metade, arobusta, será o Litoral, a segunda, a parada,esquelética a agónica, é o Interior.

É uma dor de alma ver morrer umaparte tão importante do nosso corpo. E oagravo é maior, se tivermos em conta aslágrimas de crocodilo dos nossos gover-nantes seguidas das promessas mais men-tirosas de uma atenção muito estudada eprestes a ser aplicada, faltando só uma assi-natura qualquer. A verdade é que vem mor-rendo tudo o que era vida por lá; a verdadeé que, até sem morfina, se vai matando o quede vida por lá resta. Podia apontar muitosexemplos do passado passado e do passadorecente. Lembro só o aumento das taxasmoderadoras para os pobres a quem já tinham roubado os Centros de Saúde daterra e agora as portagens nas Scut. Como épossí-vel que um resto de actividade que porlá teimava em resistir, possa sobreviver?

Tenho pena dessa gente. Tenho muitapena de nós.

Já agora, deixa que te aponte mais umapena, que tem a ver com a agonia da UniãoEuropeia, que despontou nos nossos hori-zontes como uma estrela de esperança nummundo novo de paz, de comunhão, de frater-nidade. Despontou como um sonho que nãofaltará muito em tornar-se pesadelo.

Vem aí o Natal. Tudo isto e muito maistem a ver com o Natal. O Senhor vem. Se Odeixarmos entrar, tudo será novo, todos oshomens se apresentarão, felizes, com umaroupa nova.

Mt.º Ded.º

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 16 DE DEZEMBRO

DE 20112

MANUELBISPO

BILHETE POSTAL

OTribunal de Contas vetou o negócioda compra dos estádios de futebol doLeixões. Nada de que não se

estivesse à espera. De facto qualquer cidadãoatento e minimamente conhecedor das regraslegalmente estabelecidas sabia, ou tinha obri-gação de saber, que comprar estádios, exclu-sivamente utilizados para o futebol profis-sional e neste caso para pagar dívidas anteri-ormente assumidas não é legal nem aceitável.

É previsível que o mesmo Tribunal deContas vete, também, o negócio da comprado estádio do Leça.

Perde Matosinhos e perde sobretudo oLeixões.

A Câmara, e particularmente a maioriaque votou a favor deste negócio, fica com acredibilidade muito afectada. Os vereadores,candidatos e eleitos, na candidatura “NarcisoMiranda Matosinhos Sempre” alertaram paraa situação, votando contra, e salientando, deforma incontornável, que não é desta formaque se ajuda o Leixões.

A decisão deste negócio chocou a maio-ria dos cidadãos, em especial as famílias e aspessoas que enfrentam grandes dificuldadesnesta conjuntura difícil.

Foram criadas falsas expectativas aoLeixões, ao Leça e aos seus profissionais,sem o cuidado de tratar convenientemente aquestão da sustentabilidade e legalidade dadecisão tomada.

Foi um acto de teimosia que vai trazerconsequências negativas para a comunidadematosinhense.

É previsível que o Tribunal de Contastomará a mesma decisão relativamente aonegócio para a compra do estádio do Leça etambém neste caso as falsas expectativas criadas vão afectar o futuro do Leça e, tam-bém, mais uma vez, afectar a credibilidade daautarquia local e dos eleitos na Câmara peloPS e PSD.

É pena que tudo isto esteja a acontecer emMatosinhos e é, do nosso ponto de vista,absolutamente inútil recorrer para o plenáriodo Tribunal de Contas. A decisão será, inevi-tavelmente, a mesma: chumbo deste negócio,por falta de sustentação legal.

O Tribunal de Contas deu razão à posiçãoque tomamos contra a compra pela Câmarados estádios do futebol do Leixões e Leça.

Sempre afirmamos ser escandaloso gastaro dinheiro dos cidadãos na compra de está-dios de futebol para pagar dívidas. É issomesmo o que o Tribunal de Contas afirma aoconsiderar que os cerca de 5 milhões de eurosa pagar, pela Câmara, com esta compra, dos

quais 30 mil euros em acções e o remanes-cente em 120 prestações de 35 mil euros, pormês mais os respectivos juros, é uma formaindirecta de fazer um financiamento ilegal.

Também na Assembleia Municipal todosos eleitos do PS, como normalmente acon-tece, votaram cegamente a favor.Gostaríamos de os ver agora, em nome daverdade e do rigor, a reconhecerem o errocometido e que a teimosia e a força dos votosnão são suficientes para vencer a legalidade,a transparência, a verdade e a razão.

Tenho a certeza que isso não vai aconte-cer dado que o “vírus socrático” ainda exercea sua força contaminadora.

Fizemos o que estava ao nosso alcancepara evitar esta situação e encontrar outrasformas, legalmente estabelecidas, para apoiaros clubes que se dedicam à prática dodesporto.

Não fomos ouvidos, fomos acusadosdisto e daquilo. A força dos votos que resultada soma dos vereadores eleitos pelo PS e peloPSD sobrepôs-se, como sempre acontece, àforça da razão. A verdade vem sempre ao decima e, mais tarde ou mais cedo, a razão vaifazendo o seu caminho. No intervalo perde-ram as colectividades, perdeu o Leixões e vaiperdendo Matosinhos.

NARCISO MIRANDAVereador Independente

MATOSINHOS

SEMPRE

VVeettoo ddoo TTrriibbuunnaall ddee CCoonnttaassESTA SEMANA

Orfeão de MatosinhosEsteve patente no Orfeão de Matosinhos

uma exposição dedicada aos comboios, constituída por locomotivas, pistas de carris,postais, fotografias e selos e uma maqueta deuma cidade em miniatura com carruagens(colaboração da firma MINITREM).

Paredes meias, uma Venda de Natal,desde panos e babetes bordadas, a caixas evelas pintadas.

Todas as crianças têmdireito a ter um colo

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Ando cansada … ou melhor estoucansada de análises descontextua-lizadas acerca de tudo e de nada numa

visão redutora, fatalista e de “bota abaixis-mo” tão caraterística dos portugueses (pelomenos de alguns).

Esta situação tem-se verificado relativa-mente às Novas Oportunidades no contextoda Educação e Formação de Adultos. De umaforma redutora e simplista assistimos a algu-mas pessoas a analisarem o “todo pela parte”,ou seja a generalizarem os maus exemplosem vez de valorizarem os bons … e a essên-cia daquilo que está por detrás de um proces-so de reconhecimento e validação de com-petências.

O referencial de competências-chave játem mais de uma década. O seu aparecimen-to é um momento importantíssimo naEducação e Formação de Adultos, ummomento que foi recordado por alguns

Centros de Novas Oportunidades comsessões de esclarecimento, balanço, reuniõesde trabalho … repletas de significado e con-teúdo.

Pela minha parte, e na qualidade de ava-liadora externa de Portefolios Reflexivos deAprendizagem (PRA’S), vulgarmente desig-nadas de “Histórias de Vida” devo afirmarque me têm passado pelas mãos trabalhosmuito sérios, bem estruturados e de elevadaqualidade. Para além disso, o retorno à esco-la para alguns adultos é um momento porexcelência de (re)aprendizagem, de mudançade vida, de esxperança…. Quando falo deesperança estou a pensar especificamentenaqueles adultos que, encontrando-se emsituação de desemprego., são, numa primeirafase quase obrigados a ingressar num proces-so de RVCC e… surpreendentemente… con-seguem resultados extraordinários… e muitasvezes o alento que faltava para continuar alutar numa Europa avassalada por uma criseeconómica sem precedentes.

Mas, mais do que a leitura e análise dosPRA’S as sessões de júi são momentos espe-ciais. Momentos sérios, dignos e… paraalguns adultos absolutamente únicos. Muitosfazem-se acompanhar das famílias e, naquelemomento, o seu olhar ganha outra cor, outradimensão…

Para o avaliador externo, formadores,

equipa RVCC, diretor/a do estabelecimentode ensino é uma conquista… sim, porquecada caso de sucesso é uma conquista… umdesafio.

Estes adultos não são estatísticas… nãosão números… são pessoas… com sentimen-tos, com vidas… que merecem estas oportu-nidades… que merecem ver reconhecidas evalidadas as suas competências.

Pela minha parte cada sessão de júri é ummomento irrepetível que não se esgota aí.Com a generalidade destes adultos tenhomantido troca de correspondência por email eacompanhado o seu percurso. Jamais esque-cerei, por exemplo, o rosto de quem me rece-beu na Escola Secundária António Sérgio, emVila Nova de Gaia – a Ana Leitão-. Cerca deum ano depois tive o privilégio de avaliar oseu PRA e dimensionar a importância queeste processo teve no seu percurso pessoal,profissional e até familiar.

Assim, e em vésperas de Natal, deizoaqui uma palavra de carinho a todos aque-les,diretor, coordenador, profissionais RVCC,formadores, adultos… com quem tive o pri-vilégio de partilhar momentos especiaisdurante as muitas sessões de júri em que jáparticipei.

Bem hajam!

ELVIRARODRIGUES "Avaliadora Externa naEscola Secundária AntónioSérgio, Vila Nova de Gaia

((NNoovvaass)) ooppoorrttuunniiddaaddeess......

Page 3: Jornal de Matosinhos nº1617

Reunidos em Assembleia de Freguesia, osdeputados da Assembleia de Freguesia deLavra aprovaram os documentos das

Grandes Opções do Plano e Orçamento para oano 2012. Mas foi uma aprovação à tangente,visto que seis membros do PSD e CDSvotaram a favor, enquanto que houve seis votoscontra, sendo quatro do PS e dois daAssociação Narciso Miranda MatosinhosSempre. Valeu a abstenção de um socialista e ovoto de desempate do presidente daAssembleia de Freguesia, Emídio MoreiraMaia.

Fernando Fernandes, PS, leu uma decla-ração de voto, referindo que “a bancada do PStoma a posição de voto nesta Assembleia deFreguesia para as Grandes Opções do Plano eOrçamento para 2012 de quatro votos contra euma abstenção porque não concorda com estePlano e Orçamento, dado que não reflecte asnecessidades mais urgentes e importantes paraa nossa vila de Lavra, no entanto, e como sem-pre, não é nossa intenção alterar a vontade po-pular que foi dada a este executivo, de coli-gação PSD-CDS”.

Durante a discussão, Fernando AzevedoSousa e Fernando Sousa (NMMS), FernandoFernandes e Tiago Silva (PS), criticaram a“pouca ambição” do executivo liderado porRodolfo Mesquita, salientando que no docu-mento em causa constavam obras que não sãoda competência da Junta de Freguesia mas simda Câmara Municipal ou do Governo, dando oexemplo da piscina municipal, pavilhãomunicipal e Portinho de Angeiras, que conti-nuam a constar nas opções do plano e queainda não foram construídas. FernandoAzevedo Sousa manifestou o desejo de que oPortinho venha a ser uma realidade em breve,uma vez que o actual governo é da cor políticado executivo autárquico.

Rodolfo Mesquita explicou que “desdesempre, mesmo durante os mandatos do meu

antecessor, Fernando Fafiães, as obras que nãosão da nossa responsabilidade constam nestesdocumentos, até para servir de pressão paraquem de direito”, seja Câmara seja Governo.Quanto ao portinho de Angeiras, lembrou quese não tivesse havido uma alteração a pedidode lavrenses para que o paredão da infra-estru-tura fosse mais longo, “talvez já tivesse sidoconstruído”, mas que actualmente, dada a con-juntura nacional, a sua construção não se deveverificar em breve. No entanto, garantiu que oseu executivo continuará a defender essa edifi-cação, há muito esperada pelos pescadores daFreguesia.

A unanimidade dos votos incidiu naaprovação das alterações ao regulamento docemitério e na proposta do mapa de pessoal daautarquia local.

José Maria Cameira

Odeputado do PSD, Carlos AbreuAmorim, eleito pelo círculo de Viana doCastelo, defendeu que as Freguesias

devem ter mais dignidade, lamentando queestas não tenham meios nem capacidade,actualmente. O também vice-presidente dabancada parlamentar laranja na Assembleiada República falava numa conferência sobrea Reforma da Administração Local promovi-da, na passada segunda-feira, pelo núcleo doPSD de S. Mamede de Infesta, liderado porBruno Pereira.

Carlos Abreu Amorim começou porexplicar que o Livro Verde que prevê daextinção/agregação de Freguesias, tornadopúblico em Setembro pela ANAFRE, é “umdocumento de trabalho para reflectir e semcarácter definitivo” e adiantou que caberá àsAssembleias Municipais apresentar uma pro-posta para o seu Concelho. “Em Janeiro vaientrar uma lei em vigor sobre as Freguesias.A lei dá um mês às AM para apresentar pro-postas. Os critérios vão estar na lei e sãomuito mais flexíveis do que os do LivroVerde. Os poderes serão da AM e há umamargem e liberdade muito grande”.

O deputado desmistificou, ainda, a

palavra “agregação”: “Não é uma uniãoporque as Freguesias podem manter o nome,os bens, o património, os seus símbolos… Oque passa a existir é um corpo administrativoúnico. Uma só assembleia e uma só Junta”.Esta é uma forma, defendeu, de dotar asFreguesias de mais meios e capacidades:

“Agora discute-se pela não extinção e agre-gação, mas em breve vamos assistir a pedidosde Freguesias para não ficarem de fora destareforma porque terão ao lado corpos adminis-trativos mais fortes graças a esta reforma”.

O facto de algumas Freguesias viverem“numa mendicidade constante” face à

Câmara Municipal foi criticado por CarlosAbreu Amorim que concluiu: “Esta reforma épara salvar as Freguesias. Sem esta reforma,as Freguesias vão morrer”. O deputado des-mentiu, porém a ideia de que a reformaservirá para poupar dinheiro ao Estado: “0,1por cento é quanto gastam as Freguesias aoOrçamento de Estado”.

Já no período dedicado a questões, o líderda Concelhia PSD matosinhense, Pedro daVinha Costa, mostrou-se preocupado com ofacto de serem os Municípios a apresentarpropostas, dizendo-se defensor da reforma,mas questionou o poder dado às AM’s.

Ainda a propósito da reorganizaçãoadministrativa, Carlos Abreu Amorim faloude Matosinhos: “Pela aplicação dos critériosda nova lei, o Concelho deve ficar comoestá”. Sobre a postura do presidente de Juntade Leça da Palmeira, o deputado disse apenasque “Leça da Palmeira não é um problema”,garantido que os responsáveis políticosleceiros já foram avisados: “Mas alguns pre-ferem continuar a fazer o seu número…Todos sabemos que a política é um palco”,concluiu.

Paula Teixeira

Seu Marido, Filhos, Genros, Noras, Netos e demais Família comunicam, às

pessoas das suas relações e amizade, que mandaram celebrar uma Missa em

Sufrágio e Memória da sua Ente Querida, ESMERALDA ODETE DE FIGUEIREDO

MENDES SOARES, ontem, dia 15 (quinta-feira), na Igreja do Bom Jesus de

Matosinhos, às 18,30 horas.

Agradecem, reconhecidamente, a todos quantos se dignaram estar presentes em

tão piedoso acto, em honra da Mulher, Operária, Esposa, Mãe, Avó e Empresária,

Co-Fundadora e Proprietária do “Jornal de Matosinhos”.

ESMERALDA ODETE DE FIGUEIREDO MENDES SOARES

MISSA DE 6º ANIVERSÁRIO DO SEU FALECIMENTO

16 DE DEZEMBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 331 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Conferência sobre Reforma da Administração Local

Assembleias Municipais chamadas a apresentar propostas

Assembleia de Freguesia de Lavra

Opções do Plano e Orçamento aprovadas "à tangente"

Matosinhos não deverá ser afectado segundo critérios da nova lei

Page 4: Jornal de Matosinhos nº1617

Pedro da Vinha Costa acusou GuilhermePinto de se “comportar como JoséSócrates” e de “gastar o dinheiro do

Município de maneira irresponsável e escan-dalosa”. As afirmações do presidente daComissão Política Concelhia do PSD foramproferidas durante uma Conferência deImprensa, durante a qual o social-democratacriticou o Executivo camarário de “usar o dinheiro público como se não houvesse crise”.

Manifestou a “preocupação com quevemos a acção da Câmara face à situação emque Portugal se encontra. Enquanto todo o paísé chamado a fazer sacrifícios para que pos-samos sair desta terrível crise, a que o despe-sismo irresponsável do antigo governo de JoséSócrates nos levou, a Câmara de Matosinhosporta-se como se vivêssemos no melhor dosmundos, como se não houvesse crise”.

Pedro da Vinha Costa referiu que numa dasúltimas reuniões da Câmara foram aprovados“cerca de dois milhões e 100 mil euros na con-tratação de serviços. Não foi nenhuma obragrandiosa, mas em acções que poderiam serefectuadas por pessoal dos quadros doMunicípio”.

Segundo afirmou, trata-se de uma con-tratação de serviços externos “das mais diver-sas áreas, que os funcionários camaráriospoderiam executar, pelo que essa decisão re-presenta uma total desconfiança nos técnicosmunicipais ou, então, é uma opção para dardinheiro aos amigos. É uma vergonha que segaste tanto dinheiro simplesmente emserviços, numa altura em que existem tantasdificuldades”.

Na reunião camarária foram aprovadosinvestimentos “na ordem de 583 mil 314 eurosem contratações diversas, por ajuste directo.Numa sessão anterior, foram mais 366 mil 51euros, uma vez mais por ajuste directo. Umbolo de quase um milhão de euros”.

O líder social-democrata considerou,ainda, “vergonhosa a intenção da Câmara gas-tar cerca de sete milhões de euros na comprados estádios do Leixões e do Leça”.

Esta Conferência de Imprensa decorreuainda antes do anúncio do chumbo do Tribunalde Contas na compra do estádio do Leixões(ver notícia em Desporto). Vinha Costa mani-festou-se esperançado que “a decisão doTribunal de Contas relativamente a esta situação seja negativa, já que seria escandalosogastar essa quantia em estádios de clubesenvolvidos em penhoras e problemas com ofisco”.

As críticas de Pedro da Vinha Costa incidi-ram também no facto de Guilherme Pinto ter

anunciado a “ordem se serviço de tolerância deponto para o dia 23, aos funcionários munici-pais. O governo não deu tolerância de pontopara esse dia, uma vez que o Natal é a umdomingo. Mas a Câmara de Matosinhos querdar uma imagem de que não existe crise”.

Para o líder laranja, “fica-se com a ideia deem Matosinhos estamos no Titanic a afundar-se e a orquestra continua a tocar para queninguém se aperceba”.

Contactada pelo “Jornal de Matosinhos”, aCâmara de Matosinhos referiu que o presi-dente Guilherme Pinto não comenta as decla-rações de Pedro da Vinha Costa.

José Maria Cameira

Pedro da Vinha Costa condena despesismo da Câmara de Matosinhos

"Guilherme Pinto comporta-se como José Sócrates"

Inauguração do Centrode Arte Moderna GerardoRueda de Matosinhos

À hora do fecho desta edição, oCentro de Arte Moderna Gerardo Ruedade Matosinhos, localizado nos Paços doConcelho, estava a ser inaugurado napresença de Pedro Passos Coelho,primeiro-ministro, José Maria Aznar,antigo chefe do governo de Espanha, eGuilherme Pinto, presidente da CâmaraMunicipal.

Fruto de um protocolo assinado entreo Município de Matosinhos e aFundación Gerado Rueda, o nossoConcelho passa a albergar uma mostramuito significativa do acervo da insti-tuição espanhola. Com a nova instalaçãocultural, Matosinhos, juntamente comMadrid e Valência, passa a ser uma dascidades com maior número de obras doespólio da Fundación Gerardo Rueda.

Lapso de informaçãoNa reportagem acerca do concurso

TalenTus, publicada na última edição,intitulada “Igor de Aboim e FranciscaLima”, por lapso não foram menciona-dos os concorrentes que ficaram emsegundo lugar nessa iniciativa promovi-da pelas Casas da Juventude de SantaCruz do Bispo e S. Mamede de Infesta,cuja final decorreu na Câmara deMatosinhos.

A banda Search Us, composta porIuri, Rita e Mariana, todos de 14 anos deidade, os mais novos concorrentes doconcurso, ficou em segundo lugar, sendoa primeira na modalidade do canto. Ostrês jovens tocam e cantam originais.Tanto Iuri como a Rita são actores deteatro juvenis, pertencentes à escola deartes It’s You, e integram o elenco dapeça Ali Baba, uma produção da MoveOn Entertainment, que se realizará no dia27 deste mês no Coliseu do Porto.

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 16 DE DEZEMBRO

DE 20114

Aqueles que pensaram que a Cimeira deDezembro da União Europeia iria tra-zer alguma novidade à resistência das

economias europeias, ao violento assalto queas entidades financeiras implacavelmente, lhesmovem, estavam muito iludidos e mais umavez se enganaram.

Para que tal resistência acontecesse eranecessário que os dirigentes políticos daEuropa tivessem a estatura democrática, que jáse viu, não possuem.

As estruturas da União Europeia, em vezde criarem condições que impeçam a prosse-cução das malfeitorias dos ominosos “merca-dos”, colocando a politica a comandar aEconomia e não o contrário como agora acon-tece, submetem-se e apoiam a destruição dasdemocracias.

As Agências de Notação Financeira, aoserviço dos especuladores, não cessam deagravar as condições dos juros dos emprésti-mos, dado que é mesmo disso que engordam.

Merkel e Sarkozy, bem como os burocratasnão eleitos que controlam efectivamente osestados, olham o povo como pagador deimpostos e esquecem o facto de que é nessemesmo povo que reside o poder e não nosespeculadores financeiros. Como sempre

acontece, mais cedo do que tarde, tudo virá aode cima.

As alterações propostas em Bruxelas, perante a anuência da maioria dos dirigenteseuropeus, visam mais controlar as instituiçõesdemocráticas de cada país do que alterar ospressupostos da crise.

Desta cimeira ressaltaram as penalizaçõesautomáticas, as alterações às Constituiçõescomo forma de apertar, ainda mais, a “coleira”imposta pelos juros agiotas que enriquecem osbancos, nomeadamente alemães, à custa da“ajuda” que prestam aos países que se endivi-daram com as compras estapafúrdias que fize-ram à Alemanha, entre as quais os tão úteissubmarinos.

As medidas que o eixo franco/germânicoexige são tanto mais estranhas quando estesdois países foram dos primeiros a não cumprircom as metas traçadas. Parece que muitasdessas medidas se destinam a ir contentando oseleitorados nacionais dos respectivos países,dado que as perspectivas eleitorais não se apre-sentam muito brilhantes para estes senhores.

O governo português, fiel seguidor do“diktat” alemão, foi incapaz de manifestarquaisquer ideias autónomas e um mínimo deindependência face a tais exigências.

No nosso país foi aprovado o OrçamentoGeral do Estado que, pelo que agora se vaisabendo, sempre tinha uma “almofada” de fun-

dos, contrariamente ao que o primeiro mi-nistro, anteriormente, afirmou.

As medidas profundamente recessivas, decorte nos subsídios de férias e Natal, que irãocontribuir para enterrar a economia, afinal nãoeram tão fundamentais como a propagandagovernamental quis fazer crer. Até hoje não foiavançada qualquer medida visando o cresci-mento económico.

Na continuação da política de esbulho dosrendimentos do trabalho, o governo aprovou oaumento grátis, de meia hora de trabalho diáriono horário de cada trabalhador, com a prerro-gativa de os patrões as poderem acumular emdia que mais lhes interesse.

Entretanto a eminência parda deste gover-no, o ministro Relvas foi vaiado no congressoda Anafre, onde tentou defender o indefensá-vel, a proposta de reforma da administraçãolocal. O texto que foi apresentado não temoutra validade para além de ter desencadeadoum debate nacional sobre a questão. É pordemais evidente a falta de qualidade do texto ea sua desadequação à realidade autárquica donosso país.

À saída do congresso, o ministro Relvas aomelhor jeito de antigamente afirmou que acontestação verificada tinha sido “encomenda-da”. Estes governantes, como se limitam atransmitir as ordens que lhes são dadas de fora,consideram que todos funcionam da mesma

maneira, sendo incapazes de pensar pelaprópria cabeça.

Um facto muito estranho que foi noticiadonos jornais tem a ver com a transferência pelaCaixa Geral de Depósitos, o banco público, dasua representação no offshore da Madeira parao offshore das ilhas Cayman. Quando o sectorbancário do Estado procura paraísos fiscais, oque se pode esperar dos “pobres capitalistas”!

Todos estamos lembrados do PSD e doCDS, quando na Oposição, contestarem aquiloa que se costuma chamar os “jobs for theboys”, que o PS atribuía aos seus militantes.Tal como noutros campos, tal contestação jáfoi esquecida e vemos agora o PSD e o CDS apartilhar os lugares na Administração da Saúdeentre os seus “boys”.

Calculo que com os aumentos escan-dalosos das consultas hospitalares e das “taxasmoderadoras”, a colocação de “boys” naAdministração de Saúde deve facilitar adestruição do SNS.

Diz a OCDE que Portugal tem o maiorfosso entre os mais ricos e os mais pobres, oque confirma aquilo que alguns de nós têmdito.

Convém que nos recordemos destas reali-dades, para que não sejamos levadas a cometersempre os mesmos erros, apesar de ser cos-tume afirmar-se que a memória do povo écurta…

AAss iilluussõõeess ddaa CCiimmeeiirraa ddee BBrruuxxeellaass

OPINIÃOJOSÉ JOAQUIMFERREIRADOS SANTOSDeputado à Assembleia Municipal de

Matosinhos pelo Bloco de Esquerda

[email protected]

Page 5: Jornal de Matosinhos nº1617

16 DE DEZEMBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 531 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Os deputados da Assembleia de Freguesiade S. Mamede de Infesta reuniram, napassada terça-feira, para discutir o

Orçamento e Plano de actividades para 2012.A suspensão da linha de metro, entre outrosprojectos, também foi alvo de análise numasessão marcada, por fim, pela despedida deJoaquim Ferreira, da ANMMS.

Depois de algumas reuniões de assem-bleia conturbadas, com a demissão do vogalJoaquim Ferreira (eleito pelo movimento deIndependentes afecto a Narciso Miranda), porincompatibilidades com o secretário (PS)Victor Meirinho, e a eleição de LeonardoFernandes (PS) para o cargo ter sido coloca-da em causa pelo próprio Partido rosa, teremestado em destaque, eis uma sessão maisamena… O Plano de Actividades eOrçamento para o próximo ano foi aprovadocom os votos favoráveis do PS, quatroabstenções (duas da ANMMS e dois deputa-dos Independentes) e três votos contra doPSD.

Em resposta a Bruno Pereira do PSD quequestionou a diminuição dos valores destina-dos a Acção Social – cerca de menos 22 mi-lhões de euros, segundo o social-democrata –o presidente da Junta de Freguesia mame-dense, Moutinho Mendes, lembrou que esta éuma “rubrica aberta” que poderá ser alvo derevisões orçamentais e falou na escassez deverbas da autarquia. “Este é o orçamentomais baixo dos meus mandatos. Não temosreceitas”, lamentou.

Sobre o cemitério, em resposta a JoaquimFerreira (ANMMS), Moutinho Mendes

esclareceu que as taxas não foram ainda todaspagas.

Ainda no ponto de discussão do orçamen-to, o edil local defendeu que apesar de algu-mas obras não serem da responsabilidade daJunta de Freguesia, nomeadamente oComplexo Desportivo Nascente e a linha deMetro, “estas devem ser mantidas no Planopara que não fiquem esquecidas”. “O execu-tivo manterá uma atitude reivindicativa”,concluiu.

Esta sessão ficou, ainda, marcada peloanúncio de Joaquim Ferreira de que irá sair daassembleia por motivos profissionais. O deputado decidiu abraçar uma oportunidadede trabalho em Angola. “Usem as ideias eobjectivos com respeito”, foi o apelo deixado.

Nota para a discussão que antecedeu aordem de trabalhos: Bruno Pereira (PSD)considerou pouco correcto que a bancadasocialista reúna na Junta de Freguesia parapreparar as assembleias, considerando queexistem sedes próprias. “Qualquer Partidotem toda a liberdade para pedir o salão à Juntae ser-lhe-á facultado”, respondeu CarlosFernandes (PS). Este tema gerou, ainda, trocade palavras entre os socialistas e JoaquimFerreira com o PS a lembrar que as reuniõesda ANMMS se faziam na Associação deSocorros Mútuos, “uma instituição com asso-ciados e de carácter social de toda aFreguesia”.

Paula Teixeira

Festa de Natal no Jardim-EscolaJoão de Deus

Realiza-se hoje, sexta-feira, a Festa deNatal do Jardim-Escola João de Deus deMatosinhos, sendo a manhã dedicada às crianças do ensino pré-escolar e a tarde àsdo ensino básico.

Feira do Livro Municipal noMuseu da Quinta de Santiago

Abriu ao público, no Museu da Quinta deSantiago, a Feira do Livro Municipal, umespaço onde poderá encontrar as várias publi-cações da autarquia que estará aberto de segun-da a sexta-feira feira das 10 às 13 horas e das 15às 18 e aos sábados, domingos e feriados, das15 às 18 horas, até ao próximo dia 22.

Natal solidário em MatosinhosUm Natal Solidário é o que vai aconte-

cer no próximo domingo em Matosinhos,numa acção promovida por António Parada,presidente da Junta de Freguesia. Trata-se deum desfile de motas, carros e cavalos namarginal matosinhense, a decorrer entre as 9e as 12,30 horas, contando com a presençade Rosa Mota, campeã olímpica deAtletismo, e Armindo Araújo, bicampeãomundial de Produção.

Cada participante é convidado a trazerum bem alimentar em favor dos que maisprecisam, sendo intenção da autarquia “criaro maior Banco Alimentar do País”, a partirdesta iniciativa.

Cantares de Natal em S. Mamede de Infesta

Cumprindo uma tradição antiga, oRancho Típico de S. Mamede de Infesta levaa efeito, no salão paroquial, o XIX Encontrode Cantares do Ciclo Natalício, no sábado, às21,30 horas.

Para além do grupo anfitrião, participamo Grupo Folclórico “Os Camponeses deNavais”, Póvoa de Varzim, Grupo Típico “OCancioneiro”, de Castelo Branco, RanchoFolclórico de Gens, Gondomar, RanchoRegional de S. Salvador de Folgosa, Maia, eRonda Típica da Meadela, Viana do Castelo.

Assembleia de Freguesia de S. Mamede de Infesta

Orçamento e Plano de Actividades aprovadosPSD questiona legitimidade para PS reunir na sede da Junta

Conheci Barroso da Fonte como seu Médicode Família e tive ocasião de apreciar, pes-soalmente, as suas qualidades de trabalho e

de lutador nos campos do ensino, da cultura, dodesporto e do turismo, deixando em Chavesmarcada a sua passagem, principalmente nainstalação do Centro do Instituto do Emprego eda Formação Profissional.

Fez parte, com os professores Miguel dosSantos e José Henriques Dias, da Comissão doestudo que fundamentou a Escola doMagistério Primário onde, mais tarde, fun-cionaria o pólo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro. A ele se deve a direcçãodo Grupo Desportivo de Chaves, na temporadade 1972/73. Depois de constituir o elenco direc-tivo e de regulamentar a política de vencimen-tos, propondo que se jogasse e treinasse com aprática da «casa».

Foi com essa teoria que o clube passou atreinar com jogadores da Terra (casos deLisboa, Rendeiro, Óscar, Melo) e que acaboupor subir de divisão, deixando o Desportivosem dívidas e no escalão secundário. Deslocadopara Guimarães (por transferência e a seu pedi-do), foram-me chegando notícias da sua pro-gressão no Ensino Superior, até ao doutoramen-to; escrevendo livros em prosa e poesia, comdestaque para os três volumes do Dicionário

dos mais ilustres Transmontanos e Alto-

Durienses; organizando e/ou colaborando emcongressos, nomeadamente no III de Trás-os-Montes e Alto Douro (2002, em Bragança) e,em 1970, no «Colóquio para o

Desenvolvimento do Distrito de Vila Real, fun-dando várias associações como a AssociaçãoNacional dos Combatentes do Ultramar e aCasa de Trás-os-Montes do Porto; criando edirigindo revistas e jornais, como a Gil Vicente,o Poetas & Trovadores e a Voz de Guimarães.

É-me grato confessar neste testemunho queBarroso da Fonte foi uma espécie de meu irmãomais novo. Deu-se sempre bem com os meusirmãos: Edgar, Francisco e Luís e também com omeu sobrinho Eduardo Guerra Carneiro. Era visi-ta de minha casa e ele e sua mulher fizeramquestão em que fosse eu a acompanhar a gravidezdo filho mais velho que nasceu em 1970.

Foi por essa altura que lhes apresentei oMiguel Torga. Algumas vezes, já ela andavagrávida, fomos almoçar, a meu convite, aoParador de Monterrey (Verin). Chegámos a ir oscinco no seu carro: o Torga, o Padre Augusto, ocasal e eu. E foi também por volta de 1970 queos mesmos, menos o Padre Augusto, visitámoso Padre Joaquim Alves (companheiro de caçado Torga), em Serraquinhos, onde almoçámos,regressando a Chaves por Codeçoso. Aí fize-mos uma visita-surpresa aos pais do Barroso daFonte que ouviam falar no Miguel Torga e emmim, sem nunca nos conhecerem.

Era o filho que certamente lhes falavadestes seus amigos. Era tempo de matanças,porque nos assentámos num grande escano, àvolta da lareira e as chouriças ainda «pin-gavam». A «Tia Ana» e «Tio António» far-taram-se de pedir desculpa pelo incómodo. Mas

o Torga, que conhecia bem os segredos dofumeiro, sempre ia dizendo que sabiam mais olume e o aspecto dos lareiros afumados, do queas pingas da sorsa doméstica.

E mais elogios fez quando a anfitriã nossurpreendeu com uma chouriçada de umaprimeira matança, já pronta para o pitéu que édaqueles que nunca se pode dizer que não.Barroso da Fonte nunca mais deixou de selamentar, sempre que recordávamos essa visitaa casa de seus pais, de não ir prevenido commáquina fotográfica e gravador para recolheraqueles diálogos quase divinos, entre o intelec-tual de S. Martinho de Anta e os pais, que maistarde fizeram as delícias do I Congresso deVilar de Perdizes, já com o Padre Fontes a pôras Terras de Barroso no mapa.

É que o «o Tio António Ferreira» cortava ocoxo, o ar e o sarampo, nos cruzamentos doscaminhos. A «Tia Ana Torgueda» ditara ao filhoe à luz da candeia, quando ele era seminarista,os formulários das rezas e crendices que o filhoe o Padre publicaram em 1972, com o título deUsos e Costumes de Barroso. O Padre Fontestomou-lhe o gosto. E, em 1983, resolveu passarà prática esses mitos, essas rezas e essas cren-dices que eu, médico e director termal, nuncapresenciei, mas sempre entendi, como formapragmática de preservar um tipo de cultura pop-ular credora dos maiores aplausos. Levareicomigo a mágoa de nunca ter convencido oMiguel Torga a dar-me um autógrafo nos livrosque sempre comprava.

Nesse aspecto ele era um ingrato porque ohospedei, durante cerca de 30 anos, em minhacasa, quando para aqui vinha fazer termalismo.Nunca o abandonei e ele sempre fez questão deme negar um autógrafo. Ao Barroso da Fonte –e não terá sido por simpatizar com seus pais ecom a merenda que lhe deram em sua casa deCodeçoso – escreveu meia dúzia de cartões, oraassinados com Miguel Torga, ora com AdolfoRocha. Foi muito mais feliz do que eu.

E antes de morrer quero registar esta mágoanas «minhas memórias» que espero publicarem vida. Haveria muito mais a dizer sobreBarroso da Fonte e a sua influência nestaRegião do Alto Tâmega. Penso falar dele nessas«Memórias» que ele tanto insiste comigo paraescrever. Desde que vim para o Hotel Trajanofalta-me ambiente para escrever. Mas anda-meno pensamento.

E uma vez que Miguel Torga foi por mimapresentado ao Barroso da Fonte e ele o apre-sentou ao Fernão de Magalhães Gonçalves,acho que devo aqui deixar este registo. Estastrês figuras Transmontanas da cultura portugue-sa marcaram uma época. Além de alguns mais.Se estivesse nas minhas mãos, gostaria de assi-nalar as suas passagens por Chaves, uma cidadeTermal que sabe receber e sabe retribuir. Foiassim no passado. Que assim seja no futuro.

Chaves, Hotel Trajano, 16/02/2005Dr. Mário Gonçalves Carneiro

(1º Director das Termas de Chaves)

CCaarrttaa iinnééddiittaa ddee MMáárriioo CCaarrnneeiirroo qquuee ddeessaannccaa MMiigguueell TToorrggaaARQUIVO & RECORTE

Page 6: Jornal de Matosinhos nº1617

Elias de Jesus

Mais um companheiro que nos deixou

O último número da Revista Salesiana, corres-pondente a Novembro-Dezembro/2011, que pontual-mente nos chega, insere a notícia do falecimento doCoadjutor Elias de Jesus, com a provecta idade de 88anos, na Casa D. Bosco (Lisboa).

Nascido em 3 de Junho de 1923, em Moimenta(Vinhais), professou, pela primeira vez, VotosTemporários (Pobreza Voluntária, Obediência Inteirae Castidade Perpétua), aos 19 anos, no vigor dajuventude.

Precedeu, o Director do JM, no Noviciado, noInstituto Salesiano de Mogofores, em dois anos, jáque viriam a ser colegas na qualidade de Salesianos,na Escola Profissional de Santa Clara, Vila do Conde,aí exercitando-se na Pedagogia Preventiva e noEnsino, como docentes, no tempo em que esse esta-belecimento era tutelado pelo Ministério da Justiça.

Enquanto que o nosso Director, entre outrasfunções tinha a seu cargo os Cursos de Comércio,Indústria e o de Artes Gráficas (cinco anos) Elias deJesus encarregava-se do Armazém Geral, comesmerada proficiência.

À Família do extinto, e particularmente aosSalesianos, os nossos pêsames.

Que Deus haja, em sua Mansão, o bom einesquecível Elias, que inclusivamente esteve noHipódrómo de Fonte da Moura, no Comício deNorton de Matos, com o nosso Director.

JS: Pedro Delgado Alves em Matosinhos

O secretário-geral da JS – Juventude Socialistavisitou Matosinhos, no passado sábado, numa inicia-tiva integrada na Semana Federativa da JS Porto.Pedro Delgado Alves acompanhou os jovens socia-listas matosinhenses num périplo pelo Concelho eesteve à conversa com o presidente da edilidade, otambém socialista Guilherme Pinto.

Pelas 10 horas, Pedro Delgado Alves, na quali-dade de Deputado da Assembleia da República, vi-sitou a Escola EB1/JI da Quinta de S. Gens, naSenhora da Hora.

Às 11,30 horas teve lugar uma visita aos Paçosdo Concelho e zona envolvente, incluindo um pas-seio pela Feira de Artesanato patente no ParqueBasílio Teles.

A iniciativa culminou com um almoço de con-fraternização entre os participantes, de acordo cominformação remetida ao JM pelos responsáveis daJS Concelhia.

“Esta é uma oportunidade única para discutir asgrandes questões políticas da actualidade e os pro-blemas da Região”, referiram os responsáveis.

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 16 DE DEZEMBRO

DE 20116

OTribunal de Matosinhos condenou, napassada semana, um agente da PSP atrês anos e meio de prisão efectiva e um

seu colega a 10 meses de prisão, pena sus-pensa por um ano, por envolvimento emextorsões.

Num processo com um total de oitoarguidos - quatro deles absolvidos –, a penamais pesada acabou por ser aplicada ao civilRui Rodrigues, condenado a oito anos deprisão efectiva. Também cumprirá prisãoefectiva (neste caso de três anos) o co-argui-do Carlos Pereira.

O polícia mais penalizado, Dinis Vieira,foi condenado pela prática de dois crimes deextorsão qualificada, um de extorsão simplese outro de detenção ilegal de arma proibida,o que daria um total de 11 anos e três meses,reduzidos a oito anos, na realização docúmulo jurídico.

Dinis Vieira é também arguido, commais 41 pessoas, num processo que está a serjulgado em Gaia por detenção de armas ile-gais e tráfico de armamento.

No caso do seu colega da PSP JoãoFurtado, ficou apenas provado que se

envolveu numa tentativa de extorsão e quedeteve uma arma ilegal, o que se traduziunuma pena de 12 meses de cadeia, reduzida,no cúmulo jurídico, para dez meses e suspen-sa por um ano.

Os dois agentes da PSP foram detidos emJaneiro deste ano durante uma operação daDivisão de Investigação Criminal e doGrupo de Operações Especiais daquela polí-cia, na sequência de uma investigação devários meses.

O processo agora decidido reúne váriosinquéritos relacionados com extorsões e fur-tos e, segundo o juiz-presidente, ficouprovada grande parte da matéria daacusação, essencialmente devido aos teste-munhos dos ofendidos.

O total de valores extorquidos teráascendido a 66.000 euros.

Entre outros factos constantes daacusação, o tribunal deu como provado queo arguido Dinis Vieira exigiu ao cidadãoDomingos Oliveira, em 2008, o pagamen-to de um montante “se não quisesse serenvolvido” no processo “Noite Branca”,relacionado com a espiral violenta quemarcou o Porto em 2007.

No final da audiência, as defesas do polí-cia Dinis Vieira e do civil Rui Rodrigues anun-ciaram a intenção de recorrer do veredicto.

Maribel Amaral, advogada de RuiRodrigues, disse que vai analisar cuidada-mente o acórdão para melhor fundamentar umrecurso que incidirá sobre matérias de facto ede direito.

A defensora de Dinis Vieira, PatríciaRibeiro da Silva, afirmou que o recurso decor-rerá da circunstância de o tribunal não ter opta-do por suspender a pena ao seu cliente.

P.T.

Tribunal de Matosinhos

Agente da PSP condenado a três anos e meio de prisão efectiva

Opresidente da Comissão PolíticaDistrital do PS/Porto, GuilhermePinto, criticou a reestruturação da

rede da STCP por ser “um tiro do escuro”,considerando que “este vai ser o Governodos arrependidos”, que se precipita atomar medidas.

Em conferência de imprensa conjuntacom o coordenador da Federação doPS/Porto, Mário Mourão, o também pres-idente da autarquia de Matosinhos expli-cou que a reforma dos transportes públi-cos, através da qual o Governo se preparapara transferir parte da rede da STCP paraoperadores privados, “contraria-se nosprincípios”, defendendo que “as empresasde transporte público no Porto têm presta-do um excelente serviço”.

“Não fazendo sentido nenhum, deuma forma atabalhoada, sem que haja umverdadeiro diálogo entre todos os agentes,alterar esta rede apenas para pagar ao pri-vado aquilo que se não quer pagar aopúblico. O que se está a passar é um sim-ples tiro no escuro, em que o Governoquer passar a pagar aos privados o déficede exploração de algumas linhas ou então

extingui-las”, criticou Guilherme Pinto.O edil matosinhense garantiu que “o

PS vai tentar, em cada momento, pôr oscidadãos de sobreaviso sobre estas alter-ações” na área dos transportes. “E esperaque haja bom senso, coisa que, na minhaopinião, com este Governo é um poucodifícil porque habituou-se a colocar medi-das joelhada – que são medidas construí-das em cima do joelho – apenas para apre-sentar serviço”, acrescentou.

Criticando que todos os governos ten-ham “utilizado as empresas de transportepara se financiar em matérias que deviamser o Estado a cumprir a partir do seuorçamento geral”, o socialista acusou oactual Governo liderado por PassosCoelho de ter uma tónica: “é precisotomar medidas, precipitemo-nos a tomaruma qualquer, nem que depois a gente sevenha a arrepender”.

“Este vai ser o Governo dos arrepen-didos. Isto é, primeiro atira a pedra,depois quando vê que não tem eficáciavamo-nos arrepender daquilo que fizemosmas já será tarde”, afirmou.

P.T.

Guilherme Pinto criticareestruturação dos STCP

“Jornal de Matosinhos” – Nº 1617 de 16/12/2011

CARTÓRIO NOTARIAL BARCELOSJORGE COSTA E SILVA

NOTÁRIO

JUSTIFICAÇÃOCertifico para efeitos de publicação que, por escritura de

trinta de Novembro de dois mil e onze, exarada a folhasdezoito e seguintes do livro de notas para escrituras diver-sas número trezentos e vinte e quatro A, do Notário Lic.Jorge Carlos Serro da Costa e Silva, com Cartório na RuaDuques de Barcelos, n° 2, cidade de Barcelos, Regine MarieMadeleine Lamouroux Barroso, viúva, NIF 127 537 023,residente na Rua Conselheiro Costa Aroso, n° 790, Freguesiae Concelho da Maia, prestou as seguintes declarações:

Que, é actualmente, com exclusão de outrém, dona elegitima possuidora do prédio rústico composto pelo TER-RENO DE CULTURA ARVENSE DE REGADIO, com a áreade dois mil seiscentos e cinquenta e quatro metros quadradose meio, situado na Rua Brito Capelo/Rua Brito e Cunha,Freguesia e Concelho de MATOSINHOS, a confrontar doNorte com caminho de ferro (agora só caminho), do Sul comLage Ferreira, Lda., do Nascente com Rua Brito e Cunha e doPoente com Rua Brito Capelo, não descrito na Conservatóriado Registo Predial de Matosinhos, e inscrito na matriz predialrústica em nome da justificante sob o art°. 360, (omisso naantiga matriz), com o valor patrimonial de 1.460,00 E, a queatribui igual valor.

Que ela justificante adquiriu o indicado prédio por com-pra meramente verbal que dele fez a António Sequeira,solteiro, maior, residente que foi na Rua Álvares Cabral,cidade do Porto, no ano de mil novecentos e oitenta e oito,não chegando todavia a realizar-se a projectada escritura deCompra e Venda.

Que assim a justificante não dispõe de título para efec-tuar o registo do referido prédio na Conservatória, emborasempre tenha estado há já mais de vinte anos, na detenção efruição do mesmo.

Esta detenção e fruição foi adquirida e mantida sem vio-lência, e exercida sem interrupção ou qualquer oposição ouocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em con-trariá-la.

Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre emseu próprio nome e interesse e traduziu-se nos factos mate-riais conducentes ao integral aproveitamento de todas as uti-lidades do prédio, designadamente cultivando-o e pagandoos respectivos impostos.

É assim tal posse pacifica, pública e continua e, duran-do há mais de vinte anos, facultando-lhe a aquisição do di-reito de propriedade do dito prédio por USUCAPIÃO, direitoque pela sua própria natureza não pode ser comprovado porqualquer título formal extrajudicial.

Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidadede levar o seu direito ao registo, vêm justificá-lo nos termoslegais.

Cartório Notarial de Barcelos, Notário – Jorge CarlosSerro da Costa e Silva, trinta de Novembro de dois mil e onze.

Factura /Recibo nº 1493/001/2011

O Colaborador,

Page 7: Jornal de Matosinhos nº1617

16 DE DEZEMBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 731 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

“Ultrapassou as nossas expectativas”, foi o quea nossa reportagem ouviu acerca da recolha deprodutos alimentares em Leça da Palmeira, noúltimo sábado, promovida por cerca de 40voluntários, a pedido da Junta de Freguesia de Leçada Palmeira, para ajudar na confecção da CeiaSolidária, que decorrerá no sábado à noite na EscolaSecundária da Boa Nova, destinada a proporcionaruma refeição quente aos leceiros mais pobres.

Os alimentos servirão, igualmente, para comporos cabazes de Natal, entregues às famíliascarenciadas leceiras, pela Junta de Freguesia deLeça da Palmeira. Os voluntários, de entre os quaiso próprio presidente da autarquia local, Pedro Sousa,encontravam-se à porta de três supermercadosinstalados na localidade – Pingo Doce, na AvenidaDr. Fernando Aroso e Amorosa, e no ContinenteBom Dia, no Paço da Boa Nova.

João Santos, que estava no Continente,salientou que a campanha correu “muito bem, anível do movimento do supermercado houve umaboa adesão. As pessoas são sempre solidárias, muitoou pouco vão participando, entregando o quepodem”.

Para este voluntário, “a crise parece que nemexiste, pelo que se vê. As pessoas, com crise ou semela, não deixam de ter sentimentos e há sempre umespaço para se ter um gesto positivo face aos quemais necessitam”.

Nota-se, a exemplo do que surge no BancoAlimentar Contra a Fome, pessoas necessitadas aquererem participar oferecendo bens aos que aindaestão piores: “Sem dúvida que também se nota. Esseé aliás o sentimento do português comum. Asolidariedade está sempre presente nas pessoas”.

Tiago Eusébio, um dos voluntários no PingoDoce da Avenida, era da mesma opinião, tendoafirmado que “vimos uma boa adesão por parte dapopulação em geral, apesar da situação de crise emque vivemos. As pessoas estavam com vontade deajudar, imbuídas no espírito natalício, e estamosmuito contentes com esta acção. Felizmente tivemosde chamar várias vezes a nossa carrinha de apoiopara esvaziar os carrinhos de compras, porque estesencheram muito facilmente. Ultrapassaram-se asexpectativas, sentimo-nos muito satisfeitos com aadesão da população”.

Segundo Tiago Eusébio, “pode-se dizer quequando é preciso solidariedade não há crise: aspessoas esquecem os problemas e pensam que hácidadãos numa situação ainda pior. E por isso comum pequeno gesto, fazem toda a diferença. Esse é onosso lema, um gesto pela diferença”.

Pedro Sousa estava bastante satisfeito,apontando para as toneladas de artigos recebidas,reconhecendo que “foram excedidas as nossasexpectativas, atendendo a dois grandes factores: aconjuntura em que vivemos, ao momento difícilpara todos, e ao facto de ainda há pouco tempohouve a acção do Banco Alimentar Contra a Fome.Pensávamos que as pessoas não estivessem tãodisponíveis. Mas a nossa comunidade demonstrouque é solidária e quando é chamada à colação marcapresença e participa. Porém, ultrapassou o queexpectávamos”.

A campanha foi realizada por voluntários, “quese juntaram a nós nas últimas semanas. O objectivoé conseguirmos os produtos necessários para a Ceiade Natal Solidária e para o cabaz de Natal. Asegunda grande prioridade é que em 2012, tendo emconta as dificuldades que vão aparecer, muitomaiores do que as que estamos a sentir, certamenteteremos muitas mais pessoas carenciadas a procuraros nossos serviços e o apoio social, e a nossa ideia éque consigamos manter este apoio durante o ano enão só na época de Natal. Por isso esta acção de

angariação de produtos vai servir para que este sejaum projecto mais sustentável durante 2012”.

ACeia de Natal Solidária será servida a cerca de400 pessoas, “mais do que no ano passado. Onúmero aumentou significativamente de 2010 para2011, de 300 para perto de 400 leceiros. Esseacréscimo compreende-se devido aos problemasque atravessamos , sendo o reflexo da crise queassola o nosso país e que também se sente no nossoConcelho”. Para além da ceia, na Escola Secundáriada Boa Nova, haverá também entrega na casa dealguns cidadãos, “pois o polivalente doestabelecimento de ensino, não consegue comportarmais de 300 pessoas, pelo que temos de entregar aceia em casa de alguns dos mais carenciados”.

Esta iniciativa, segundo Pedro Sousa,“demonstra bem a importância da Junta deFreguesia numa conjuntura como a que vivemos. AsFreguesias têm cada vez mais importância, para aspopulações, numa situação de crise e dedificuldades, devido à nossa política de proximidadee de apoio social que desenvolvemos. Conhecemosbem os problemas da nossa terra, das pessoas, e porisso quando se fala em extinguir Freguesias, em quese perde esta relação de proximidade, entendemosque se trata de um grande erro”.

José Maria Cameira

Igor de Aboim, o jovem bailarino de 18 anos quevenceu o TalenTus deste ano, juntamente comFrancisca Lima, vai deslocar-se a Londres em

Janeiro, para aprender mais e poder descobrir qualo rumo profissional que quer seguir. Essa é umadas conclusões da entrevista que concedeu ao JM.

Desde os 10 anos que dança, “comecei nocolégio, no Externato Padre Cruz, tendo como pro-fessora uma docente da Escola de Música e DançaAlberta Lima. Quando acabei o 4º ano, sai e nãoestava com intenções de continuar a dançar, masessa professora incentivou-me a ir para a escolaonde leccionava, onde eu tinha algumas amigas, efui ver como era, gostei e não consegui largar maisa Escola Alberta Lima”, onde ainda está, desde2002.

Frequentou, entretanto, a Escola SecundáriaAugusto Gomes, tendo no ano lectivo 2008-2009,concluído o 10º ano no curso de Artes Visuais,“pois sempre estive muito ligado às artes. Noentanto, não me sentia realizado, vi que não era oque me completava, pelo que tendo decididomudar de rumo, pesquisei e decidi ingressar noBalleteatro do Porto”, para estudar até ao 12º ano,“pois esta é a única escola de dança profissional doPorto e a única hipótese de seguir a dança”. Porém,ao fim de dois anos, sentiu que também não seenquadrava nessa escola, “pois é um estilo umpouco à parte do meu, e ao fim do segundo ano sai.Neste momento não estou a frequentar a escola. Fizo 11º e decidi ir para Londres, para ver o que con-sigo, o que me traz essa ida”.

Em Londres estará um mês e meio, paraabsorver o que puder numa das três escola de arteda capital do Reino Unido, findo o qual regressará

a Matosinhos, para prosseguir os seus estudos atéconcluir o 12º ano, “para ficar com uma segurançapara o futuro, pois nos dias de hoje sem se ter esseano é muito difícil arranjar trabalho. Reconheçoque quando sai do Balleteatro foi arriscado, porquefiquei sem nada, desamparado, mas tinha de tentar.Mas como não consegui nada, decidi ir atéLondres”, onde pretende ganhar mais experiência.

Tem uma noção do que vai encontrar na esco-la londrina, “pois há vários bailarinos portuguesesque fizeram o mesmo que vou fazer. Preciso demudar de ares, absorver mais conhecimentos, eLondres é outro mundo. Vou frequentar o máximodas aulas que me for possível, tentar encontrar a

oportunidade que até agora não consegui descobrir.Espero ter sorte e que alguém aprecie o que faça”.

Sente-se, entretanto, “muito ligado à EscolaAlberta Lima, onde aprendi tudo o que sei. Todasas minhas amizades, tudo o que tenho hoje, foi láque alcancei. Estarei sempre ligado, com umagrande amizade, a essa escola. Aprendi todas asbases, como jazz, musicais e contemporâneo. Nãotem o hip hop, que é o que gosto. Fui depois fazen-do várias formações e whorkshops, ao longo dosanos, tudo o que me foi surgindo, e tudo junto for-mou-me no que sou hoje. Mas falta-me aindamuita coisa, ainda sou uma criança no meio disto.Apesar de andar a formar-me há oito anos nadança, é muito pouco, e por isso quero encontrar noestrangeiro o que me falta, pois a dança emPortugal não está tão desenvolvida”.

O seu estilo será “o contemporâneo maisurbano, com algum hip hop”, reconhece, pelo quequer adquirir em Londres mais conhecimentospara se sentir completo: “Preciso de algo que mefaça sentir a dança. O contemporâneo é tudo paramim, onde consigo exprimir tudo. Com o hip hop,sou eu mesmo. Vou fazer tudo para conseguir for-mar o meu próprio estilo. Só ao longo dos anos,com muita experiência, é que chegarei lá”.

Através da dança, Igor de Aboim transforma-se, pois vive “apaixonadamente a música. Paramim é tudo. Sou louco por música, ouço-a emtodos os locais, sempre que posso. A dança com-pleta-me. Sinto a música e depois tenho de meexprimir através da dança, de atirar para o mundoo que vai dentro de mim. Muita gente diz que sintoo que faço, com paixão, e isso é bom para mim queme digam, pois é sinal que estou a conseguir fazero que quero, transmitir às pessoas o que sinto”.

O ter vencido o TalenTus “foi muito bom, gra-tificante, porque entrei em muitos concursos, masnunca tinha conseguido um primeiro lugar. Ao fimdestes anos, e ainda por cima nesta fase demudança, essa vitória representa uma cereja notopo do bolo. O saber que o que estou a fazer, ape-sar das minhas mudanças, é a prova de que vouchegar ao que pretendo, de que sou bom e que seme esforçar consigo chegar ainda mais longe. Éum incentivo para continuar, senti-me muito feliz.O ter conseguido fazê-lo na companhia deFrancisca Lima, uma grande amiga, que me acom-panhou muito na Escola Alberta Lima, foi aindamelhor, o sinal de que o nosso trabalho está a serbem feito e apreciado”.

O que deseja é que os organismos estataisapoiem mais as escolas de formação e os jovensartistas, atendendo que “há muitas pessoas quenem podem andar em escolas porque não podempagar as propinas por mês para aprenderem.Muitos jovens são autodidactas. As instituições,como Câmaras e governo, deviam estar atentos aisso. Mesmo em Matosinhos há tantos jovens comtalento mas estão escondidos porque não há incen-tivos. O Concurso TalenTus foi óptimo, pois pro-porcionou contactos e, para mim, fez-me conhecerpessoas com muito talento”.

A Câmara de Matosinhos apoia, “pois noConcelho temos sorte, uma vez que há iniciativascomo o Dancem Todos, e noutros eventos. Masdevia haver mais apostas nos jovens bailarinos,músicos e actores que se estão a formar”, até paraque consigam prosseguir a formação, sem pre-cisarem de ir para o estrangeiro.

José Maria Cameira

Campanha de angariação de alimentos ultrapassou as expectativas mais optimistas

Leça da Palmeira solidária com quem mais precisa

Igor de Aboim, jovem talento de Matosinhos, vai frequentar mês e meio de formação em Londres

Em busca de um lugar no mundo da dança

JOSÉ ANTÓNIO TERROSO [email protected]

OPINIÃO

JJoorrnnaall ddee

MMaattoossiinnhhoossCaros leitores:Muitos de nos pomos por escrito as nos-

sas declarações de missão, numa agenda pes-soal, num cartão preso à secretária ou nonosso PC no screensaver.

De facto, e presentemente é importante ofazermos.

Na minha opinião e certamente na vossa,há algo no acto de escrever que faz as nossasambições, ideias e esperanças pareceremmais palpáveis, mais reais.

Escrever pode até ser terapêutico.Para todos nós, escrever algo dá-nos uma

permanência e legitimidade que, de umaforma, estariam ausentes.

Uma declaração escrita ou um artigoescrito é algo que sentimos poder controlar,mas é preciso sermos honestos connoscomesmo.

De qualquer modo, mais ninguém pre-cisa de ver esta declaração de missão (amenos que queiramos devemos pensar bemantes de a partilharmos com outros).

Caros leitores: é o meu caso, gosto departilhar, gosto da cidadania, gosto de falarda minha terra, Matosinhos Terra deHorizonte e Mar.

Para isso todas as semanas utilizo a me-lhor ferramenta que tenho ao meu dispor: oJornal de Matosinhos, tem-no sido, há maisde três anos.

É o único Meio de Comunicação Socialexistente na minha terra, actualmente. Omesmo luta pela sua sobrevivência…

Faço um apelo a todos os que me lêem –não o faço por mim faço-o por todos osmatosinhenses:

Vamos todos declarar a nossa missão,vamos apelar à leitura, vamos apelar à per-manência do mesmo, o nosso e único Jornalde Matosinhos.

Page 8: Jornal de Matosinhos nº1617

Estamos próximos do fim de 2011 e jávamos com nove Cimeiras Europeiasrealizadas para encontrar soluções para

os problemas Europeus. Sob o comando e“rédeas” do eixo franco-alemão, a chancelerÂngela Merkel e o presidente Sarcozy vãoditando as suas leis.

Curiosamente fazem parte desta Cimeirapropostas de “punições para os incumpridoresda disciplina orçamental”, que ambosAlemanha e França foram os primeiros “vio-ladores” do que agora pretendem impor.

Não é difícil perceber-se que desejam criaruma união monetária para ricos e disciplinadosatirando os chamados “fracos” (Grécia –Irlanda – Portugal) para uma crise de dimen-sões incalculáveis.

Esquecem-se no entanto que os mercados jáavisaram os “ricos” Espanha - Itália – França –Alemanha – Bélgica – Holanda, Áustria e out-ros que estão sob “vigilância” e serão, tambémeles, alvo de avaliações não esperadas.

Há no entanto um facto que não consigoencontrar explicação em virtude das minhasdificuldades académicas. Gostaria de saber oupossuir dados estatísticos do historial das “dívi-das soberanas” e “dívidas públicas” dePortugal referentes aos últimos cinquenta oucem anos. A posse dos referidos dados estatísti-cos apenas serviria para dar suporte ao querealmente penso sobre essa temática.

Sempre considerei e considero que Portugalem Democracia, por culpa das diversas

“alternâncias” do poder, sempre nos conduzi-ram a que os partidos eleitos (PS – PSD e CDS-PP) demonstrassem um desrespeito assustadorsobre as “dívidas soberanas” e “dívidas públi-cas”, deixando transparecer uma “cumplici-dade arrepiante” diante das fragilidades a quePortugal, continuadamente, estava e estáexposto.

Não fora os comportamentos “agiotáreis”dos mercados e tudo lhes corria alegremente.Tudo se passou e continuava a passar como oritual do “render das guardas”, dos mesmoscritérios e dos mesmos comportamentos (enco-brimentos).

Fala-se, agora, da possibilidade de Portugalvoltar ao ESCUDO. Não sendo defensor dessamedida devo no entanto acrescentar que nãoseria por ai que Portugal deixaria de ser aNação com nove séculos de História eSoberania.

Sabe-se que é mais complicado refundaruma Nação após os propositados “actos dedestruição e desmantelamento” da agricultura,das pescas, da marinha mercante, das indús-trias, do comércio, da economia.

Acredito que não fora os ditames da UE,Portugal teria capacidade para se auto abaste-cer no campo alimentar. E, com esforço e tra-balho de todos, voltarem “em força” as expor-tações perdidas para África, Brasil, MédioOriente e recuperar as industrias queabdicamos em favor dos alemães e franceses.

A História Universal nos ensina que povose países por situações de guerra ou climáticasque após as suas destruições totais ou parciais,voltaram a se erguerem.

Felizmente Portugal está localizado emzona privilegiada e beneficia de condições natu-rais ímpares e de um povo capaz de o recon-struir. Apenas temos de nos libertar dos políti-cos “sangue-sugas” que não sendo donos dePortugal agem à semelhança dos mercadosinternacionais.

Sabe-se que a incúria, o dolo, o desleixo, acorrupção, o compadrioforam e são alavancas paraque (des)governantes sigamas suas ODISSEIAS NOESPAÇO (arco da gover-nação) sempre contra aquelesque os elegem.

Sabemos que Portugal fir-mou acordo com a troika pordívidas contraídas por gover-nos que nunca são respons-abilizados pelos seus actos.Aqui volto a afirmar, uma vezmais, que há 35 anos tem sido

um “forróbódó” onde BOBOS DA CORTEpavoneiam-se e “esfolam” o povo até à medula.

Estamos em época de circos e o filme é sem-pre o mesmo.

Já este artigo estava concluído e a CimeiraEuropeia produziu as seguintes conclusões eimposições:

- Por força das posições da Inglaterra quese declarou CONTRAo novo Tratado Europeu,a Alemanha e França conseguiram adiar atéMarço, (eleições internas), as soluções para osproblemas da UE.

- Introdução de limite ao défice público.- O limite da dívida será inscrito nas leis ao

nível constitucional ou equivalente.- Prevê que o aprofundamento da inte-

gração seja conseguido através de um controlomais intrusivo dos orçamentos nacionais.

- Duas vezes por ano os países da ZonaEuro terão que se reunir em cimeira.

- A possibilidade de avançar com uma emis-são conjunta de dívida a longo prazo, numprocesso baseado em etapas e critérios.

E AGORA PORTUGAL?

Snack - Bar

Pequenos almoços,

Almoços, Jantares

e Lanches

“Um périplo por terras deMatosinhos, desde a pré-história até àIdade Média”, foi o passeio imaginárioque Conceição Pires levou os presentes naacção “À Conversa com a História” aempreender, na semana passada.

A historiadora, arqueóloga e uma dasresponsáveis pelo Gabinete Municipal deArqueologia e História da Câmara deMatosinhos, demonstrou que o territóriodo nosso Concelho é habitado desde osremotos tempos da pré-história, demons-trando, através de slides, a existência deinúmeros vestígios desde a antiguidade,localizados não só no Castro de Guifões,mas em todas as dez Freguesiasconcelhias.

Baseando-se em estudos de JoaquimNeves dos Santos, um dos primeirosespecialistas da arqueologia emMatosinhos, responsável pelo início dediversas escavações arqueológicas, deentre as quais a do Castro de Guifões,Conceição Pires seguiu as suas “pegadas”através do Concelho, visitando locaisonde o historiador natural de Guifõespercorreu. Nos slides comparava-se o queNeves dos Santos tinha visto com arealidade hoje existente.

A “viagem” foi efectuada passo apasso, desde a Antiguidade até à IdadeMédia, podendo observar-se restos deutensílios pré-históricos, pedras lascadas,antas, mamoas, sinais da existência de

castros, materiais de bronze, cerâmica,sepulturas romanas até túmulosmedievais, encontrados devidos aprospecções levadas a cabo pelo Gabinetede Arqueologia, que se basearam nosestudos de Joaquim Neves dos Santos.

Conceição Pires reconheceu quemuito falta a fazer, salientando que há odesejo de se escavar em diversos locais,de entre os quais o sítio onde outrora seergueu o Mosteiro de Bouças, que esteveprevisto acontecer há anos, mas quedevido a diversos factores, de entre osquais a falta de verbas, ainda não foipossível realizar essas prospecções.

José Maria Cameira

Viagem histórica pelo nosso Concelho

Matosinhos é habitado desde tempos remotos

CELSO

MARQUES

EE aaggoorraa,, PPoorrttuuggaall??TRIBUNA LIVRE

PENSAMENTO DA SEMANA

"Uma reunião desastrosa, decisõeserradas, vão agravar a situação dos países doSul da Europa."

PAUL KRUGMAN – Nobel da Economia

" No caso da junção de autarquias. Arazão é simples: da análise que o Conselhofez da vida local, há risco relativamente a estetipo de acordos."

GUILHERME OLIVEIRA MARTINS

– Presidente do Conselho

de Prevenção da Corrupção

Page 9: Jornal de Matosinhos nº1617

Romagem muito querida e muito sen-tida decorreu no passado dia 6/12 emtributo ao Dr. Domingos Galante, no

primeiro aniversário da sua morte.A par com a presença de seus fami-

liares – filhos, netos, irmãos, e outroscidadãos, esteve presente, nesta manifes-tação de saudade promovida pelo “FórumMatosinhense” do qual foi o seu fundador– um grupo de bons amigos.

Vividos momentos de recolhimento ereflexão pelos presentes que depositaramflores em sua homenagem tambémAntónio Gomes Ferreira, presidente daAssembleia da Instituição e ArmandoMesquita vogal da mesma, usaram dapalavra para realçar e enaltecer o saudosoextinto, como homem de méritos reco-nhecidos ao serviço de Matosinhos e dasua Comunidade.

Pelo colaborador do “Jornal deMatosinhos” e autor desta notícia foimesmo lançado o desafio aos presentespara que muito rapidamente a cidadeostente a sua memória num arruamentoou praça.

Enternecedor o momento alto em quepelas netas de Domingos Galante foientoada uma nostálgica melodia musicalcujo poema declamado nos levou à me-ditação e ao desejo de que perdure em paza sua alma junto do Senhor Jesus.

A encerrar e após ouvir recordações

pelo seu irmão Júlio Galante, foramrezadas orações pelo seu eterno descanso.

Às 18,30 horas do mesmo dia cele-brou-se uma missa na Igreja do BomJesus em Matosinhos.

Armando Mesquita

Homenagem de gratidão a um grande matosinhense

16 DE DEZEMBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 931 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Este ano o jantar de Natal daASPORI – Associação Portuguesa dePortadores de Ictiose será muito maisdo que um simples convívio de ami-gos. Uma vez que esta associação,com sede em Matosinhos, conta entreos seus associados e pessoas sinal-izadas com esta patologia, com muitasfamílias a passar por dificuldades

económicas, a ASPORI decidiu dis-tribuir um cabaz com produtos ali-mentares, às famílias mais caren-ciadas.

Assim, a ASPORI, presidida porVera Beleza, apela à solidariedade detodos.

Eis alguns dos produtos funda-mentais para a confecção destes

cabazes: arroz, açúcar, aletria, óleo,azeite, farinha, canela, cenouras,batatas, bacalhau, noz, bolo-rei, leite,queijo, manteiga e ovos.

TODA A INFORMAÇÃOSOBRE OS LOCAIS DE RECOLHAEM: https://www.facebook.com/#!/pages/Recolha-De-Bens-Alimentares-Pela-Aspori/282931831728952

Recolha de bens alimentares da ASPORI

Escrevo este artigo de opinião semanal para quem regular-mente lê o Jornal de Matosinhos, sabe de Matosinhos e senteesta terra de Matosinhos como coisa própria sua.

Faço-o, movido por intenções de cidadania, culturais, históri-cas, sociológicas e peregrinando por estes patamares de militânciaaltruísta que me obriga a projectar o meu “Apelo” para que omesmo encontre eco na generosidade actuante da valente gentematosinhense.

Isto vem a propósito do artigo escrito na última edição do JM,intitulado, “S.O.S” e assinado pelo colaborador do Jornal, CelsoMarques.

Sabemos as dificuldades porque passa Imprensa Escrita e, nestecaso concreto, o JM, não foge à regra.

Um Concelho, com a projecção e a dimensão a diversos níveis,como é Matosinhos, não pode ficar amputado de um “Jornal deMatosinhos” que representa, com isenção e Liberdade, a fotografia,as aspirações, o dia-a-dia das pessoas e o seu respirar sociológico,histórico e filosófico, matriz fundamental, da dignidade colectiva e daauto-estima dos matosinhenses enquanto povo que ama a sua Terra!

Acho que, também aqui, as coisas não podem, nem devem, sermedidas na fria objectividade economicista.

O investimento no acolhimento, no enraizamento, na formação,no positivismo, na cultura, na solidariedade e na identidade colec-tiva não é mensurável na fria linguagem numérica dos euros!...

“Há mais vida para além disso!...”A opção é de todos. Mas também é uma opção política da nossa

Autarquia!...Sei que este tema não passa ao lado das preocupações na gestão

autárquica do Executivo da nossa Câmara Municipal deMatosinhos e é uma preocupação dos Executivos de todas as Juntasde Freguesia do nosso Concelho bem assim como das Entidades daSociedade Civil que também representam as forças vivas deMatosinhos.

Juntos (o homem nada consegue sozinho), vamos evitar que oJornal de Matosinhos termine.

Haja alguém disposto a liderar um processo que, objectiva-mente, contribua para “agarrar o JM à nossa terra” e eu estarei,humildemente, disposto a ajudar.

Até à semana, se Deus quiser.

FERNANDO SANTOS (Ultreia de

Matosinhos)[email protected]

AAppeelloo!!

AO RITMO DO TEMPO

Page 10: Jornal de Matosinhos nº1617

Movimento Freguesias Sempre recebido na Assembleia da República

Entregue petição com seis mil assinaturasU

ma delegação do MovimentoFreguesias Sempre foi recebidapelo Secretário de Estado da

Administração Local, Paulo SimõesJúlio, ocasião em que Pedro Sousa, pres-idente da Junta de Freguesia de Leça daPalmeira, e seus acompanhantes lhetransmitiram “a esperança de ver o do-cumento verde suspenso, devido aoinconsistente, iníquo, inconstitucional eabstracto quadro de critérios de ponde-ração para agregação”.

Na semana passada a mesma dele-gação, liderada por Pedro Sousa, encon-trou-se com representantes de todos osgrupos parlamentares da Assembleia daRepública, tendo-lhes entregue umapetição com mais de seis mil assinaturascontra a reforma e pela regionalização”.

A delegação foi recebida pela vice-

presidente, Teresa Caeiro, e por repre-sentantes do PS, PCP e CDS, tendo opresidente da Junta de Freguesia de Leçada Palmeira elencado “algumas dasfragilidades técnicas e inconsistênciasjurídicas do documento do governo”,destacando que “é redutor, para qualquerreforma administrativa, centrar asatenções apenas na redução do númerode Freguesias. Uma verdadeira reformaadministrativa deve contemplar oalargamento das competências própriasdas Juntas de Freguesia, acompanhadodas respectivas transferências finan-ceiras e pela própria regionalização”.

Segundo Pedro Sousa, “a regiona-lização deve acompanhar o processoreformista. Entendemos que esta refor-ma autárquica deve ser suspensa e deveser iniciado um novo processo, mais

ponderado, onde os autarcas possamintervir de maneira mais premente,sendo os primeiros a ser ouvidos, junta-mente com os sindicatos”, salientando

que “nesse novo processo também aprópria regionalização deve ser trazidanovamente para o debate e para a agen-da política nacional”.

Para o autarca, “não faz sentido ne-nhum pensar numa reforma do territórioe não recuperar aquilo que é também umpreceito constitucional, ou seja a própriaregionalização”.

O que o Movimento pretende é quea sua petição seja tratada em plenário daAssembleia da República, em Fevereiro,“ainda dentro do período de discussãopública do Documento Verde daReforma da Administração Local”, afir-mou Pedro Sousa, referindo que o que“nos foi transmitido por Teresa Caeiro éque a nossa petição deu entrada e agorahá um processo interno que tem de serrespeitado de cerca de 30 dias até sermosnotificados para nos pronunciarmos”,quando o documento for tratado no par-lamento.

José Maria Cameira

Manuel António Pina recebeu aMedalha de Mérito Dourada doMunicípio, entregue por Guilherme

Pinto, durante a Festa da Poesia, no dia emque lançou o seu último livro “Como sedesenha uma casa”, na Biblioteca FlorbelaEspanca. Nessa cerimónia, ponto alto dainiciativa organizada pelo pelouro daCultura desde há sete anos, marcaram pre-sença muitos amigos e admiradores dohomenageado, bem como Nuno Oliveirae Fernando Rocha, respectivamente vice-presidente e vereador da Cultura.

Ahomenagem em Matosinhos deve-se “ao seu percurso humano e cívico, bemcomo pela consciência do seu inegável ejusto prestígio”, e à sua ininterrupta par-ticipação na Festa da Poesia desde há seteanos, segundo proposta do presidente daCâmara, aprovada na última reunião doExecutivo Municipal.

Manuel António Pina, emocionado,agradeceu o gesto de Guilherme Pinto,salientando que “todos nós gostamos deser reconhecidos, é uma forma de sermosamados. Agradeço, por isso, esta home-nagem e fico particularmente feliz por serneste local, na Biblioteca Florbela

Espanca, e na Festa da Poesia”.Lembrando que Portugal está a atravessaruma crise financeira, “tempos difíceis,tempos da pior das prosas”, enalteceu acontinuação do certame que desde há seteanos a Câmara lançou, considerando “umverdadeiro milagre a existência da Festada Poesia. Esta sobrevivência é algo mis-teriosa e o facto de a Autarquia deMatosinhos não a considerar apenas umagordura é, no mínimo admirável. NestaCâmara não se fala de poesia, faz-se! E

não dá votos, nem lucro. Então porquê? Éadmirável e por isso mais me honra e metorna feliz este reconhecimento nestacasa”.

Guilherme Pinto enalteceu aspalavras do homenageado, discordandono que diz respeito à questão do “lucro”,reconhecendo que a Cultura é uma dasestratégias “mais poderosas para fomen-tar o desenvolvimento de Matosinhos”,cidade que para o edil “é um porto dasartes, onde se desloca quem gosta de

teatro, de arte, de música e de cultura”,bastando ver “a quantidade de pessoasque vem cá ouvir falar de poesia, muitasdas quais nem são do nosso Concelho”.

Quanto a Manuel António Pina, oautarca destacou “a sua escrita acerada,atenta e rigorosa”, pelo que a atribuiçãoda medalha é “um gesto ganhador” parao jornalista e escritor, precisando que ohomenageado “é daquelas pessoas quetêm capacidade de transformar as coisasem ouro, conferindo o maior prestígioquer à Biblioteca Florbela Espanca quer àFesta da Poesia”, uma vez que “ele é umente irrecusável na nossa cidade, que ometro estreitou e fez única, desde Gaia aMatosinhos”.

Para Fernando Rocha, a Festa daPoesia não é projectada “nem pelos diaspelos quais se prolonga nem pela conjun-tura económica que atravessamos. Massim pelo tema que escolhemos, e este anoentendemos que devíamos homenagearManuel António Pina. Não fazia muitosentido estar a alargar muito o leque deacções, porque se acabava por descarac-terizar o objectivo desta iniciativa, peloque resolvemos fazer tudo em dois dias,

sem espectáculos. Tivemos actividadespela manhã, para que os mais novospudessem contactar com a obra infantil ejuvenil de Manuel António Pina”.

A Festa “manteve as suas caracterís-ticas e não temos dúvidas de que ganhououtro impacto este ano, porque ele foirecentemente merecedor do maiorprémio da lusofonia, e está ainda muitopresente na memória das pessoas”,realçou o vereador da Cultura.

Jornalista e escritor, Manuel AntónioPina nasceu no Sabugal, Beira Baixa, em1943. Licenciado em Direito pelaUniversidade de Coimbra, dividiu de iní-cio a sua actividade profissional pelaadvocacia e pela publicidade. Mas cedose dedicou ao jornalismo e à literatura.Ainda estava a cumprir o serviço militarobrigatório quando começou a estagiarno Jornal de Notícias, diário portuense noqual trabalhou até 2001, tendo sido seuchefe de redacção e editor. Actualmente écronista quer no JN quer na Notícias deMagazine. Colaborou, também, emvários órgãos de comunicação social.Escreveu vários livros de crónicas, poe-sia, peças de teatro e literatura infantil.

O Prémio Camões 2011, entreguepor Cavaco Silva, foi o último galardãoque recebeu, de uma vasta colecção deprémios, como o Prémio Gulbenkian(1986/87), Prémio do Centro Portuguêsde Teatro para a Infância e Juventude(1988), Clube de Jornalistas ((1993),Prémio Gazeta de Mérito do Clube deJornalistas (2007) e Prémio FundaçãoBissaya Barreto de Literatura Infantil(2010).

José Maria Cameira

FAMA decorre até à antevéspera de Natal

Artesanato de várias regiões patente em MatosinhosA

té ao dia 23, antevéspera de Natal,os cidadãos podem fazer comprasna FAMA, Feira de Artesanato de

Matosinhos, organizada pela Associa-ção Nacional para o Desenvolvimentodo Artesanato em parceria com aCâmara Municipal, sendo já considera-da um marco dos certames do género.

Ao todo estão no Jardim BasílioTeles 100 stands com artesanato prove-niente de todo o país, incluindo a RegiãoAutónoma da Madeira. Desde a suainauguração, na passada semana, efec-tuada por Guilherme Pinto e NunoOliveira, respectivamente presidente evice-presidente da municipalidade, temsido procurada por muitos cidadãos queaí têm realizado as suas compras natalí-cias, de entre as quais casacos de lã deVila do Conde, artigos de cabedal deGuimarães, agasalhos provenientes daSerra da Estrela, gorros da Madeira, ou

iguarias diversas como jesuítas, limo-netes e licores de Singeverga na bancade Santo Tirso, pão-de-ló de Ovar, pon-cha da Madeira, alheiras de Mirandela,presunto de Chaves e ginjinha em coposde chocolate.

Estão também patentes produtos deáreas tão diferentes como calçado,acessórios de moda e peças decorativasem couro, trabalhos em arame, raízes egalhos de árvore, peças decorativas, demobiliário, brinquedos, jogos e quebra-cabeças em madeira, louças típicas deFornos de Algodres e de Alcobaça, ren-das de fole, bordados típicos de váriasregiões, passadeiras feitas em tear,vidros, filigrana, bordados, arte sacra, deentre outros produtos.

Guilherme Pinto visitou todos osstands, distribuindo cumprimentos, ereferindo aos artesãos que o sucessodeles representava, igualmente, “o

sucesso deste certame e de Matosinhos”,pelo que desejava que fizessem “bomnegócio”. Alguns dos expositores têmigualmente banca instalada na feira deartesanato que está a decorrer no Porto,na Praça D. João I, também até ao dia

23, pelo que a de Matosinhos é “umafeira atractiva”, segundo salientou umdos vendedores.

Este ano existe um espaço novo, a“Tenda Social”, onde 15 associações einstituições de solidariedade social

expõe os seus trabalhos, cuja vendareverte para ajudar nas suas actividades.

O artesanato, considerado um motorde desenvolvimento a várias escalas, éoficialmente reconhecido pelo seuenorme potencial e pela visibilidade dosseus impactos, directos e indirectos, naeconomia local, podendo ser reconheci-das oportunidades de legitimação ereconhecimento social e artístico pelapossibilidade de divulgação e promoçãodos produtos da região e pela hipótese decontribuir para o reforço da capacidadede atracção do território, alargando o seupotencial turístico. O nosso Concelhoestá representado por stands de todas asdez Freguesias, vendendo-se artigosproduzidos por artesãos locais. AFAMApode ser visitada, até dia 23, das 10 às 22horas.

José Maria Cameira

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 16 DE DEZEMBRO

DE 201110

Festa da Poesia serviu para consagrar jornalista e escritor

Manuel António Pina agraciado com Medalha de Mérito Dourada

Page 11: Jornal de Matosinhos nº1617

Tribunal de Contas chumba compra do Estádio do Leixões

Câmara promete recorrer para plenário

16 DE DEZEMBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 1131 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

OTC–Tribunal de Contas anunciou, na passadasexta-feira, a recusa do visto ao contrato decompra do Estádio do Mar pela Câmara de

Matosinhos ao Leixões Sport Club. Sobre a com-pra do Estádio do Leça ainda não existem con-clusões.

O acórdão publicado no sítio oficial do TC,que data de 28 de Novembro, refere que “não seencontram reunidos os pressupostos para a realiza-ção de escritura pública”, uma vez que “o LeixõesSport Club, proprietário do imóvel, tem dívidas àFazenda Nacional, não havendo ainda qualquerprocesso ultimado sobre a regularização das dívi-das”.

Na sua fundamentação, o TC salienta que a lei“veda aos contribuintes que não tenham a sua situação tributária regularizada ‘celebrar contratosde fornecimentos, empreitadas de obras públicasou aquisição de serviços e bens com o Estado,Regiões Autónomas, institutos públicos, autarquiaslocais e instituições particulares de solidariedadesocial maioritariamente financiadas peloOrçamento do Estado’”.

O tribunal salienta também que a minuta sub-metida a fiscalização prévia estabelece que 30 mileuros do preço acordado pela compra do Estádiodo Mar seriam pagos em acções da Leixões SportClube, Futebol SAD, correspondentes a 20 porcento do capital social, mas o Regime Jurídico dasSociedades Desportivas estabelece que “a partici-pação directa do clube fundador no capital socialnão poderá ser, a todo o tempo, inferior a 15 porcento nem superior a 40 por cento do respectivomontante”.

“Ora, tendo o clube fundador, o Leixões SportClub, originariamente a participação de 40 porcento do capital social do Leixões SAD, mercê

dessa forma de pagamento ficaria com 60 porcento do respectivo capital o que contraria a citadadisposição legal”, nota o TC.

O tribunal considera também que “a pretendi-da aquisição não se compatibiliza com os requisi-tos da economia, eficiência e eficácia” previstos naLei de Enquadramento Orçamental e na Lei dasFinanças Locais.

Entre as “ilegalidades no procedimento adop-tado” para a aquisição do Estádio do Mar, o TCdestaca ainda que a pretensão de compra “configu-ra verdadeiramente um auxílio financeiro aoLeixões Sport Club e à Leixões Sport Clube,Futebol SAD”.

Recorde-se que a intenção de compra dos está-dios do Leixões e do Leça, penhorados por dívidasfiscais, foi anunciada em Novembro de 2010 pelopresidente da Câmara de Matosinhos, GuilhermePinto (PS).

Esta ideia foi contestada, à data, pelo ex-edilmatosinhense, Narciso Miranda, que a classificoucomo “imoral e chocante”. A decisão foi aprovadaapenas pela maioria socialista em AssembleiaMunicipal em Abril de 2011. Guilherme Pinto con-siderou o negócio “simples” mas não convenceu aOposição. O CDS absteve-se. PSD, CDU,ANMMS e BE votaram contra.

No mesmo dia em que a decisão do TC foi tor-nada pública, a Câmara de Matosinhos reagiu. Emcomunicado, a autarquia liderada por GuilhermePinto disse que vai recorrer para o Plenário doTribunal de Contas. A edilidade diz esperar que oplenário “saiba suprir as deficiências da decisão emcausa”, que “fere” os princípios de igualdade, boagestão financeira e autonomia local.

Numa comparação ao decidido pelo TC sobreos estádios do Euro, a Câmara Municipal assinala

que a instituição que agora recusa o visto ao negó-cio com o Leixões “é a mesma que deu aval aprocessos construtivos de que resultaram estádiosmunicipais todos com valores 10 a 15 vezes supe-riores aos que estão agora em causa”.

O documento acrescenta que “o TC que hojerecusa o visto, com o pretexto do envolvimento dofutebol profissional, é o mesmo que convive com asituação” de equipas que utilizam estádios munici-pais como o Sporting de Braga, Vitória deGuimarães, Académica de Coimbra, Gil Vicente eBeira-Mar.

“Ao querer impedir uma aquisição emcondições irrepetíveis (preço e pagamento emprestações), o TC vai obrigar a autarquia a cumprira sua Carta Desportiva, pagando muito mais pelosequipamentos que lhe compete providenciar aoscidadãos”, assinala a autarquia, explicando que “amera aquisição de terrenos para o mesmo efeito,que terá de ser feita, será muito mais onerosa parao município”.

O comunicado lamenta, por outro lado, que oTC recuse o visto a uma despesa de uma autarquia

“que tem contas em dia, reduziu o endividamentobancário e quer fazer os investimentos que os seusdocumentos estratégicos apontam comonecessários”.

Entretanto a Comissão Concelhia deMatosinhos do PCP também já se pronunciousobre esta matéria, considerando que a compraseria “injusta para o Concelho e para a sua popu-lação”.

“O PCP, em Assembleia Municipal, votoucontra esta compra, sobretudo em tempos de crise,criticando desde logo a pouca clareza com quetudo decorreu, daí não nos surpreender esta decisãodo Tribunal de Contas”, refere o PCP.

Os comunistas matosinhenses sugerem aopresidente da Câmara de Matosinhos que “reflictarelativamente ao investimento dos cerca de seismilhões de euros que estão disponíveis para a com-pra do Estádio do Leixões”, depois de ter dito que“não tinha dinheiro” para executar as 73 propostasque o PCP apresentou na discussão do Plano eOrçamento para 2012.

Paula Teixeira

Em causa: dívidas do Clube do Mar à Fazenda Nacional

Estabelecimento e OficinaRua Mouzinho de Albuquerque, 545 • 4450-206 MATOSINHOSTelef.: 229371246 – Fax: 229350866 • Telemóvel: 917822711

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ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO N.º 52254

Miguel de Vasconcelos faz parte da História donosso País por razões que vale a pena recor-dar.

Ele defendeu o domínio espanhol sobrePortugal, tendo conseguido ser um alto funcionárioda administração da dinastia dos Filipes.

Isto aconteceu no século XVII e durou até queo Povo Português, em 1 de Dezembro de 1640,decidiu que os destinos de Portugal tinham de serconduzidos por si próprio pondo fim à traição deMiguel de Vasconcelos e de todos os que serviamos ocupantes.

Quase quinhentos anos depois há situaçõesmuito análogas numa reposição de história em quesó não se conhece, ainda, o epílogo.

O nosso País, com quase novecentos anos deHistória, com períodos de escuridão e traição ultra-passados, tantas e tantas vezes, pela vontade e forçado seu Povo, vive há algumas décadas um des-baratamento dos seus recursos e da sua soberania afavor de interesses estrangeiros.

A sua riqueza e o seu amor-próprio como Paíssoberano vão-se esvaindo.

Os seus recursos têm vindo de forma crescentea ser desaproveitados, mesmo destruídos.

O que tem acontecido com a agricultura e aspescas é um exemplo gritante de todo esse processo.

Incentivou-se o abate de embarcações de pescae passamos a importar a maior parte do peixe queconsumimos. Isto não obstante termos uma dasmaiores zonas económicas mundiais exclusivas depesca que, não sendo aproveitada por nós, não édesperdiçada por outros.

Na agricultura foram os subsídios à não pro-dução tendo como consequência o aumento dasimportações.

Na indústria, com a adesão a tratados interna-cionais sem cuidar da salvaguarda das nossasindústrias, particularmente das tradicionais, foi ocolapso de centenas, ou milhares, de empresas.

Ao mesmo tempo que isto acontecia verifica-va-se a privatização de muitas empresas estratégi-cas e rentáveis. Com o pretexto da concorrência ouda necessidade de obtenção de receitas, argumentosrepetidos em todas as situações pelos sucessivosgovernos dos partidos da hoje denominada troika, oEstado abdicou de possibilidades de intervir naeconomia e hipotecou o futuro.

Recebeu, nos diversos momentos, muitos mi-lhões mas renunciou ao recebimento de muitosmais milhões ao longo do tempo.

E hoje assistimos a que a maior parte dariqueza gerada por essas empresas privatizadas,total ou maioritariamente, não é investida no País,antes sai sob a forma de lucros ou dividendos.

Este percurso da nossa economia ao longodestas últimas décadas constitui um desprezo abso-luto pelos interesses e futuro do nosso País.

Os últimos dias trouxeram-nos algumas notí-cias que significam mais umas cerejas no bolo dasubserviência e da renúncia aos interesses destepovo quase milenar.

O governo, em muitos aspectos apoiado peloseu parceiro da troika, aceita que possa ser estabele-cido o tecto máximo do défice de 0,5% igual paratodos os países. Esqueceu-se que nem todos ospaíses têm o mesmo grau de desenvolvimento eque, portanto, precisam de diferentes níveis deinvestimento podendo, portanto, daí resultar a con-tracção de dívida. É que tal como na vida de cadaum ou de qualquer empresa, o endividamento podeconstituir uma oportunidade para se construir umfuturo melhor.

Mas, talvez embevecido com esta decisão, pre-tende que esta passe a fazer parte da nossaConstituição invocando outros exemplos e vontades.

Tudo isto é associado à decisão de que os paí-

ses que não cumpram o défice estabelecido sofr-erão sanções.

Recorde-se que quando o Pacto deEstabilidade e Convergência definiu o limite máxi-mo de défice de 3% para todos os países, osprimeiros a falhar foram, curiosamente, aAlemanha e a França, os tais do eixo franco-alemão, agora não vou revisitar a história.

Como coroa de glória de tudo isto surge a obri-gatoriedade de visto prévio dos orçamentosnacionais, num desrespeito absoluto pelos parla-mentos nacionais e pelas suas populações. Genteque não conhecemos, não é eleita por nós, nem nospresta contas, atreve-se a decidir o que é bom paranós, talvez seja melhor dizer a determinar que nosseja imposto o que serve os interesses que eles representam e defendem.

Vai a caminho de quinhentos anos que o PovoPortuguês correu com Miguel Vasconcelos.

Hoje não estamos sob o jugo dos Filipes massob outro jugo que põe em causa a nossa soberaniacomo País e a nossa vontade como Povo.

E dia virá em que, como aconteceu em 1640 eem outras datas gloriosas da nossa História, osMiguéis de Vasconcelos de hoje serão corridos poreste Povo que dirá não ao conformismo e à resig-nação e decidirá que pela sua vontade construirá oseu futuro.

LINHA DA FRENTE

OOss MMiigguuééiiss ddee VVaassccoonncceellooss,, hhoojjeeVALDEMARMADUREIRAECONOMISTA

Page 12: Jornal de Matosinhos nº1617

Mais uma vez ficou provado que oInfesta não se dá bem com as pa-ragens do Campeonato. Os

Mamedenses foram derrotados na suaprópria casa, perante um adversário quese limitou a jogar em contra ataque edepois de chegar ao golo, soubedefender essa vantagem com muitoarreganho, adaptando-se melhor às

condições atmosféricas, numa tarde dechuva intensa.

O Infesta procurou logo no iniciochegar à vantagem, mas os seusavançados estavam em dia não.Paulinho aos 7 minutos bem posi-cionado rematou ao lado.

Depois aos 15 , após um cruza-mento de Serge para a área, Pedro Nunorematou forte de forma a proporcionarespectacular defesa do guardião forasteiro.Num período que só dava Infesta surgiu, amelhor oportunidade do encontro prota-gonizada por Paulinho que do meio da rua,rematou à barra de Marco.

No intervalo José Manuel Ribeirovê-se obrigado a retirar do jogoPaulinho por lesão e para o seu lugarentrou Oliveira e pouco depois dorecomeço Pedro Nuno, outro jogador demais valia da equipa também saiu porlesão e praticamente a equipa fica nafrente sem identidade.

O Infesta adiantava-se em demasiano terreno e á passagem do minuto 63’Carlitos em rápido contra-ataque esteveperto de dilatar a diferença. Alguns mi-nutos volvidos, Vitinha l desmarcouNuno Almeida que consegue ficar iso-lado, mas deixa-se antecipar pelo GRMarco, ficando assim mais uma sobe-rana ocasião por aproveitar.

A oportunidade mais flagrante da 2ªparte surge em tempo de descontosapós cruzamento de Coutinho, NunoAlmeida faz a bola passar rente á barra.No contexto final, o Infesta sofreu injus-tamente uma derrota, perante umaequipa que marcou na melhor altura esoube defender a vantagem. O Infestaapesar destas duas derrotas consecuti-vas, mantém-se na frente, mas agoracom a companhia do Grijó e Sousensetodos com 19 pontos.

Comentário do José Manuel Ribeiro

Eu tenho de dar os parabéns àrapaziada. A primeira parte foi muitoboa e infelizmente o adversário noúnico remate que faz á nossa balizafaz golo; o futebol é feito destas

coisas. A 2ª parte foi mais difícil,devido a relva estar muita encharcadao que dificultou por em prática onosso futebol e o adversário acaboupor se bater bem, defendeu bem, nóscriamos muitas oportunidades parafazer golo.

Acho que jogamos o suficiente paraganhar e o terreno assim, é sempre me-lhor para quem defende. O adversário eo seu próprio Gr., tiveram mérito pelaforma como se defenderam e a nóshoje faltou-nos claramente a estrelinha.

Jantar de Natal de antigos jogadores do Infesta

Como tem sido habitual AugustoMata e Carlos do Conde antigosjogadores do Infesta, promovem maisum jantar de Natal de antigosjogadores. Para os ex. jogadores, queestiverem interessados em inscrever-seno Jantar a realizar em S. Mamede nodia 20 pelas 20,30 devem contactar aspessoas citadas acima.

Joaquim Sousa

Aturma do mar, apesar de ter maisbola ao longo dos 90`minutos,não foi capaz de levar de vencida

a equipa do Trofense que estreavanovo treinador, que por ainda nãoestar inscrito, assistiu ao jogo na ban-cada e comandou a sua equipa recor-rendo-se do telemóvel.

Com uma exibição consistente aequipa que visitou o estádio do mar,com boa organização defensiva e saí-das rápidas para o ataque, chegou aointervalo a vencer por uma bola azero, com o golo a ser apontado aos35`minutos de grande penalidade. Aequipa leixonense com mais posse debola, conseguiu criar boas situaçõesde golo através de; primeiro Luís

Silva aos 8`minutos e de Fausto aos41`minutos.

A segunda metade o cariz do jogonão se alterou, leixonenses com maisposse de bola e o Trofense a jogar emcontra-ataque, e seria numas dasdescidas rápidas que a turma daTrofa, faz o segundo golo (balde deágua fria) para as hostes leixonenses,que nunca baixaram os braços eforam à procura de minimizar osestragos. Jumisse, fez acreditar osadeptos da equipa da casa, ao bisar noencontro, 80`e 82`minuots repondo aigualdade. Moisés ainda teve um goloanulado, e já numa altura em que ovencedor poderia cair para qualquerdos lados, eis que a equipa visitantefoi mais feliz e selou a vitória aos

88`minutos por Pedro Santos decabeça, num final de jogo louco.

Litos, treinador do Leixões

Acusámos cansaço dos 120’ con-tra a Académica e jogar frente umaequipa muito fechada não facilitou.Fico triste pela forma como per-demos.

Zé Tó, treinador-adjunto do Trofense

A nossa equipa tem valor esabíamos que mais cedo ou maistarde viria ao de cima. O terceiro golonasce porque o grupo é forte mental-mente.

MB “Mitchfoot” Jogo em que a mais valia técnica etáctica da equipa do Padroense, lhevaleu, controlar até bem perto do

fim do encontro. Marcão abriu o mar-cador em cima do intervalo.

A equipa de Matosinhos, bempodia trazer de volta um resultadobem mais tranquilizador, pois foimanifestamente superior ao seuadversário. Mas a cinco minutos dofim permitiu o empate, mas num finalbastante emotivo, os BRAVOS tive-ram que suar as estopinhas para nopouco tempo que lhe restava, paravencer o encontro, conseguindo-o emcima do apito final, através de umexcelente golo de Nuno Paulo, jovemda cantera do Padroense, que aospoucos se vem afirmando na equipamatosinhense.

MB “Mitchfoot”

Dr. Vasco Pinho cessa funções no Padroense FC

Nos últimos anos o rosto dodepartamento de futebol doPadroense F.C. tem sido o Dr. VascoPinho, que nos onze anos que estevepresente como dirigente deste clubemarcou presença na linha da frentedos maiores sucessos desportivos dahistória do Padroense F.C.

Mais recentemente o mesmo lid-erava também o Departamento deandebol , onde, em 1996, iniciou asua relação ao clube enquanto atletasénior dessa modalidade.

Em virtude de motivos de ordempessoal e profissional o Dr. VascoPinho irá deixar de poder continuar aexercer funções enquanto PresidenteAdjunto desta instituição, situaçãoque a Direcção do Padroense F.C.compreende, apesar de lamentar.

A Direcção do Padroense F.C.agradece ao Presidente Ajunto quecessa agora funções toda a dedicaçãoe empenho que demonstrou aoserviço do nosso emblema, esperandoque um dia o mesmo possa a voltar adisponibilizar o seu contributo aoClube.

MB “Mitchfoot”

JJoorrnnaallddeeMMaattoossiinnhhoossSexta-feira, 16 de Dezembro de 2011

Liga Orangina

Leixões perde com lanterna vermelha

II Divisão Zona Centro

Resultado justo

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JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 16 DE DEZEMBRO

DE 201112

Injusto

Nos festejos do 7º aniversário doespaço concelhio Arena deMatosinhos realizou-se mais uma

magnífica produção desportiva, destafeita com a escolha a recair na modali-dade de kickboxing.

O main event da noite prometiacom a disputa do título ibérico de k1entre o matosinhense e um dos idoloslocais Jorge “the gentelman” Silva e oex-campeão da Europa Alfred Caleronum combate profissional previsto em7 assaltos.

O publico aderiu em massa e lotouo espaço nortenho, numa festa efusivae preenchida, para o que ajudava ogrande cartaz apresentado, que alemdeste importante confronto contavaainda com 2 títulos nacionais profis-sionais e ainda 8 super fights.

Muitas caras conhecidas, personal-idades de todo o país que se fizeramdeslocar á já considerada por muitoscomo a catedral dos desportos de com-bate no país, embelezaram ainda maisesta noite de gala.

Jorge Silva entrou sob forte apoiodo público, que de forma exuberantetratou de conceder uma motivaçãoextra ao já experiente atleta doÁGUA VIVA, que ostenta entre outroso titulo Portugal boxe profissional, e asmedalhas de ouro nos europeus emundiais da ISKA.

Num combate que se previa duro,rapidamente se visualizou o preparofísico e táctico do português, que maisuma vez apresentava uma plástica físi-ca de realce.

Por sua vez Callero demonstravanas primeiras trocas de golpes quevinha para ganhar e logo no inicio doduelo apostou nos golpes duros de per-nas e punhos.

Um primeiro assalto disputado eequilibrado, que fazia antever umaguerra pelo ceptro máximo ibérico.

Mas após o habitual assalto deestudo e totalmente apostado em mar-car posição, o atleta luso entrou commáxima disposição de lutar e fruto demuita raça e determinação efectuou umsegundo assalto de total pressão commúltiplas combinações de punhos, per-nas e joelhos que faziam com que oduro adversário recuasse e se reco-lhesse junto às cordas, tentando travaro ímpeto imposto pelo luso, que ataca-va de forma intermitente.

Seria precisamente no final doassalto que nas cordas e após mais umarápida combinação de pernas e pun-hos Jorge Silva remataria a contendacom um poderoso e colocado joelho nacabeça de Callero, que sucumbiu comum corte profundo. Ainda grogue etentando recuperar, acabaria por ser aforte hemorragia a impedir a continu-ação do combate, consagrando assim oportuguês como o novo campeão ibéri-co profissional de k1 por KO.

Terminava assim mais uma noitemágica na Arena de Matosinhos, paragáudio das largas centenas de aficiona-dos que vibravam com mais esta con-quista do carismático atleta do ÁguaViva.

César Moreira

Aniversário da Arena de Matosinhos consagra o atleta do Água Viva

Jorge "The Gentelman" Silva Campeão Ibérico Profissional de K1

Page 13: Jornal de Matosinhos nº1617

Quem diria que depois de ter assisti-do à primeira parte da partida queteve na sua maioria a exibição da

equipa do Junqueira, que, diga-se, ape-sar de ter chegado ao intervalo a vencerpor duas bolas sem resposta, na segun-da metade a equipa visitantes, ou me-lhor, os jogadores tivessem perdidasincríveis em que o mais difícil foi nãoenfiar a bola na baliza local, tantoassim que podemos afirmar que pode-riam ter chegado ao fim da partida commais de seis golos de vantagem.

Isto não aconteceu e daí a equipalocal ter conseguido empatar, mereci-damente, também é importante que seafirme, a duas bolas para cada lado.

Mas o incrível, sucedeu com asperdidas dos jogadores do Junqueiraque, na cara do guarda-redes local, nãoconseguiram introduzir a redondinhana baliza da equipa de Afife.

Aqui, é igualmente importantedizer-se que o guarda-redes local teveintervenções dignas do maior elogio,sendo ele o principal causador doempate registado no final, sem esque-

cer a má prestação dos jogadores san-tacruzenses que, na maioria das si-tuações, não souberam ou não quiser-am jogar com os colegas melhor colo-cados para concretizar.

A equipa do Junqueira apresentounesta partida o atleta Resende, ex atletaFarlab, que nos forneceu dados paradizer que irá ser uma “mais valia” paraos futuros jogos. O atleta em apreci-

ação deu-nos a impressão de se encon-trar em baixo no aspecto físico.

Os golos: Aos 10’ Tino recebe umbom passe e atira à baliza contrária,apontando o primeiro golo da suaequipa. O segundo golo surgiu a 30segundos do apito para o intervalo, daautoria de Guilhas que, apenas tendopela frente o guarda-redes local atiroupara o melhor sítio.

Entretanto, veio a segunda parte eas perdidas dos atletas do Junqueiraforam em quantidade tal que conside-ramos incrível não marcarem golos,alguns dos quais quando se encon-travam na “cara” do guarda-redesAfifense.

E, como se diz na gíria futebolista,“quem não marca sofre” e foi precisa-mente aos 34’ por Patusco e aos 38’ porAndré que de livre directo dos dez met-ros empatou a partida. Este golo adveiode mau julgamento, esta a nossaopinião, do árbitro Miguel Rego.

Araújo Reis

16 DE DEZEMBRO

DE 2011JORNAL DE MATOSINHOS 1331 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Aequipa do Custóias, recebia em suacasa, nada mais que o líder dacompetição, Clube Académico de

Felgueiras. Uma partida que se aguar-dava com alguma expectativa, pois aequipa do Custóias que permanece nofundo da tabela, iria ter pela frente maisum obstáculo difícil de contornar,como se veio a verificar.

A resposta custóiense foi muitodigna, com um futebol aguerrido quan-

to baste, e com uma atitude que fazacreditar de que os pontos necessáriospara a manutenção, vão ser possíveisde alcançar. A equipa visitante teve desuar bastante para levar de vencido estejogo, pena foi que teve de contar compreciosa ajuda de um trio de arbi-tragem, que na dúvida sempre os be-neficiou, ficando no ar muitas dúvidasno lance de grande penalidade, queresultaria no único golo do encontro, euma expulsão perdoada a um defensorde Felgueiras a dez minutos do fim doencontro.

A primeira parte, decorreu com oequilibriu a ser a nota dominante, semgrandes lances de perigo, pertenceu àequipa da casa o primeiro lance quecausou sensação de golo, David, com-bina bem com Nuno Santos e atiramuito perto do poste do guarda-redesfelgueirense. Aos 23 minutos de jogo,golo para os forasteiros, remate de forada área, a apanhar Renato pela frente, a

bola a embater no braço do jogador doCustóias (bola na mão? Mão na bolaeis a dúvida), o Sr. árbitro assinala agrande penalidade que Raul não des-perdiçou, marcando um golo que valeuos três pontos.

A equipa do Custóias respondeumuito positivamente, e só não chegou àigualdade por manifesta falta de sorte.Gandarela aos 29 minutos protagonizagrande oportunidade de golo, o avança-do ganha na velocidade à defesa doFelgueiras, e apesar de tocado por tráspor um defensor forasteiro (Árbitro deulei da vantagem num lance de grandepenalidade), consegue rematar com abola a embater estrondosamente nocorpo do guarda-redes, este lance vale-ria a expulsão do banco de suplentes dotreinador Paulo Silva que pareceexceder-se com os protestos. Até seouvir o apito final da primeira metade,foi sempre a equipa da casa, que estevepor cima do jogo, sempre à procura do

golo da igualdade, que diga-se comtoda a justiça. Na estreia de Renato (exPadroense), boa exibição a demonstrarque veio para ficar no onze, Dias omédio custóiense (ex sub 19 leixo-nense) esteve em destaque no meiocampo, muito seguro a defender eexcelente na manobra ofensivacustóiense.

A segunda metade, o cariz do jogonão se alterou, Custóias sempre porcima do jogo, aos 60 minutos, cantomarcado à maneira curta e Gandarelaassiste Luizão para o golo que estevemuito perto de acontecer. A equipa doFelgueiras, só queria mesmo segurar ogolo de vantagem e só esporadica-mente descia com algum perigo.

Ao minuto 80 expulsão perdoadaaos forasteiros por entrada violenta deDomingos sobre Gandarela, quandoeste já tinha passo por ele, aos 85 min-utos, remate/cruzamento de Gandarelacom a bola a embater no poste esquer-

do da baliza de David. A equipa do ACFelgueiras, nos minutos finais, teveuma boa ocasião para aumentar a van-tagem, com Filipe Carvalho a atirar aoposte, em lance de contra-golpe, com aequipa do Custóias toda balanceada noataque (Luizão terminou a ponta delança). Resultado injusto para as corescustóiense, que em momento algumforam inferiores ao seu adversário,chegando mesmo a comandar as oper-ações.

Arbitragem irregular, já lhes vimosfazer bastante melhor, em lance dedúvida favoreceu sempre osforasteiros, perdoou uma expulsão aDomingos e no lance do penalti, nãovacilou, o mesmo não o fez no lanceque valeu a expulsão do técnico PauloSilva

MB “Mitchfoot”

Divisão de Honra 14ª jornada

Jogo decidido em lance duvidoso

A deslocação do Senhora da Hora aAvintes, saldou-se por uma expressivaderrota (três a zero) perante uma equipaque em condições normais estaria per-feitamente ao seu alcance, quer emfutebol praticado como em valoresindividuais.

Abordando o jogo inicialmente

com aparente tranquilidade, jogando deigual com o seu adversário, pertenceu--lhes até a primeira ocasião em trêsrecargas consecutivas depois de palma-da de Ricardo, desaparecendo quasepor completo pelo menos até ao inter-valo. O relvado foi também negativo,tendo em conta que sendo relva natural,estava muito pesado e escorregadioobrigando a diversos equilíbrios e des-gaste bastante maior.

Tendo em conta a melhor adap-tação dos locais ao terreno e o fracorendimento visitante, os Avintensesiam levando o perigo às redes deGamito sempre com futebol aéreo e emlances de contra ataque explorando opontapé longo às redes visitante.

Numa dessas oportunidade surge o1º golo por João Baldaia, o golo serviucomo antídoto para os locais que comos forasteiros a não conseguirem cons-truir qualquer tipo de jogada, chegaram

ao segundo golo, que além de errodefensivo, foi também precedido defalta e na finalização de fora de jogo.

Já com o descanso no horizonte,Hedinhas com um pontapé a cerca de35’ leva a bola a entrar nas redes deGamito.

Para o segundo tempo o técnicoJoca esgota as substituições com asentradas em simultâneo de Dani eFábio e o conjunto senhorense teveoutro tipo de atitude, desfrutando até deduas ou três oportunidades não con-cretizadas. Os locais sempre que po-diam chegaram à frente, mas perantealguma subida dos verde/brancos eraimportante gerir o resultado e espreitarnovas ocasiões.

O final chegou sem mais nadadigno de registo. O árbitro teve bomdesempenho, o mesmo não podemosdizer dos seus assistentes que tiveramdualidade de critérios e um golo mal

anulado aos visitantes.

Melo Pereira

Distrital da 1ª Divisão AF Porto

Primeiro tempo fraco, ditou resultado

Futsal – Campeonato Nacional da 3ª Divisão

Quem não marca… sofre

Pelo modo como a Cohaemato entrouno recinto de jogo e o resultado comque atingiram o intervalo, ninguém

esperava que a equipa acabasse porbaixar os braços e acabassem por perdera partida por um resultado tão desfa-vorável e pesado para uma equipa que é,também, recheada de excelentes prati-cantes de Futsal.

A equipa leceira abriu o activo comum minuto de jogo por intermédio dePessoa; aos 8’ Tiago Leite marcou osegundo golo favorável à Cohaemato.

Entretanto, com oito minutos epoucos segundos Pedro Sousa reduziu aomarcar o primeiro golo da Farlab. Masaos 14’ Jorginho apontou o terceiro golodos leceiros e ampliou o resultadofavorável à sua equipa, e aos 15’ Choiasreduziu ao marcar o segundo golo daFarlab.

Com este resultado as três equipasregressaram aos balneários para ummerecido descanso.

Regressados para a segunda parte,apareceu a equipa local da Farlab que aos

28’Pedro Sousa marcou o terceiro golo eempatou. Feliciano aos 30’ ao apontar oquarto golo, colocou a sua equipa avencer. O quinto golo foi apontado aos32’ por Choias; Daniel aos 34’ apontou osexto golo; Choias aos 35’apontou o séti-mo golo; e aos 38’ Preto fechou a con-tagem com o oitavo golo para a Farlab.

Nada apontar à dupla de árbitrosportuense que procurou realizar um bomtrabalho.

Paulo CruzAraújo Reis

Campeonato Nacional da 2ª Divisão

Resultado muito pesado

No âmbito do encerramento dascomemorações do 80º aniversáriodo Sport Clube Senhora da Hora, adirecção vem por este meio convi-dar todos os senhorenses, em geral,e os sócios do clube em particular aparticiparem no próximo sábado dia17 de Dezembro de 2011 pelas11:00h no seguinte evento:

Programa:Actividades a levar efeito no

clube – 17/12 | 11:00h – Hastear dabandeira pelo sócio nº1; 17/12 |11:15h – Apresentação do autocarrodo clube reconstruído.

Actividades a levar efeito no

salão nobre da Junta de Freguesia– 17/12 | 11:20h – Participação doCoral da Senhora da Hora interpre-tando tema da Cidade Senhora daHora e Hino; 17/12 | 11:30h –Apresentação e lançamento daCaderneta de Cromos 2011 e cam-panha de angariação de novossócios.; 17/12 | 11:45h – Entrega detrofeus aos sócios dedicação commais de 20 anos , a ex-atletas umtrofeu dedicação e destinguir per-sonalidades ligadas durante 2011 aofuturo desenvolvimento do SportClube Senhora da Hora.

Comemorações do 80º Aniversáriodo Sport Clube Senhora da Hora

Page 14: Jornal de Matosinhos nº1617

JORNAL DE MATOSINHOS 31 ANOS - AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE 16 DE DEZEMBRO

DE 201114

EXPROPRIAÇÃO DAS PARCELAS NECESSÁRIAS À «CONSTRUÇÃO DA MARGINAL VIA ATLÂNTICA” – CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS

EDITALNos termos e para os efeitos previstos na parte final do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 17.º do Código das

Expropriações (Lei n.º 168/99, de 18 de Setembro), ficam notificados os proprietários e demais interes-sados de que Sua Excelência o Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa,por despacho de 1 de Agosto de 2011, a pedido da Câmara Municipal de Matosinhos, aprovou a expro-priação, com carácter de urgência, das parcelas a seguir identificadas:

A expropriação destina-se à «Construção da Marginal Via Atlântica».Aquele despacho foi publicado no Diário da República, 2.ª Série, n.º 155, de 12 de Agosto de 2011.

DIRECÇÃO-GERAL DAS AUTARQUIAS LOCAIS(13/09/2011)

O Subdirector-Geral,

Paulo Mauritti

EXPROPRIAÇÃO DAS PARCELAS NECESSÁRIAS À «CONSTRUÇÃO DA MARGINAL “VIA DE LIGAÇÃO DA A28 AO CENTRO

DE LAVRA” – 1.ª FASE» – CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS

EDITALNos termos e para os efeitos previstos na parte final do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 17.º do Código das

Expropriações (Lei n.º 168/99, de 18 de Setembro), ficam notificados os proprietários e demais interes-sados de que Sua Excelência o Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa,por despacho de 1 de Agosto de 2011, a pedido da Câmara Municipal de Matosinhos, aprovou a expro-priação, com carácter de urgência, das parcelas a seguir identificadas:

Aexpropriação destina-se à «Construção da Marginal “Via de Ligação da A28 ao Centro de Lavra” – 1ª fase»Aquele despacho foi publicado no Diário da República, 2.ª Série, n.º 156, de 16 de Agosto de 2011.

DIRECÇÃO-GERAL DAS AUTARQUIAS LOCAIS(12/09/2011)

O Subdirector-Geral,

Paulo Mauritti

Page 15: Jornal de Matosinhos nº1617

Realizou-se o jantar de confraternização dos asso-ciados da Associação Académica de S. Mamede,em comemoração do 65º aniversário da sua fun-

dação.Presidiu o Presidente da Direcção, Engº Tito

Conrado, que estava ladeado pelo Vereador doDesporto, Dr. Guilherme Aguiar, e pelo Presidente daJunta de Freguesia, Senhor António MoutinhoMendes.

Esteve presente, igualmente, o Dr. GuilhermePinto, Presidente da Câmara Municipal deMatosinhos, que, num breve improviso, disse que secongratulava por mais um aniversário da Académicade S. Mamede, mas tinha de se ausentar por razõesinerentes ao seu elevado cargo.

Entretanto, pelo Presidente da Assembleia-Geralcessante, Prof. Engº Vasco Sá, foi lida uma mensagemdo actual Presidente da Assembleia-Geral, Dr. JoséAlbino da Silva Peneda, que, ausente no Brasil, quisassociar-se ao evento, desta forma:

“Hoje é um dia de festa da família da Académicade São Mamede. Um dia para fazermos duas coisas.Uma, para darmos graças ao passado e outra parapodermos sonhar com o futuro. Sobre a homenagemao Professor Dr. Vasco Sanches Silva e Sá, é umahomenagem especialmente dirigida ao homem que,no trato com os outros, soube sempre conciliar as vir-tudes de quem sendo intelectualmente superior nuncadisso fez alarde. A nossa homenagem é fundamental-mente dirigida à sua envergadura moral e ao com-portamento ético irrepreensível. Sobre os outros hom-enageados, ao Artur Fonseca, que saudade!; àCarolina Costa; ao Francisco Ferreira; à TeresaSerra; ao Pintor Rui Alberto e ao nosso primeirointernacional, Jorge Guimarães, felicito-os pela ele-vação a “Sócios de Mérito” e Sócio Honorário”. E

faço votos por uma nova etapa na vida da nossaAssociação Académica de São Mamede”.

Após a refeição, que decorreu com elevação emanifestações de amizade entre todos, usou dapalavra o Presidente da Direcção para se congratularcom o amadorismo com que o clube vem sendo geri-do, mas, mesmo assim (e isso é de enaltecer), comresultados muito animadores nos vários escalõesetários das diversas modalidades que o clube pratica.

Seguiu-se a homenagem a Vasco Sá, um sócio-fundador que, durante 35 anos ocupou, com todo obrilhantismo, o lugar de Presidente da Assembleia-Geral e que, na sua juventude foi um atleta do clubeque ficou como um dos grandes baluartes dosdesportos que aqui praticou. Foi-lhe entregue o diplo-ma de “Presidente Honorário da Assembleia-Geral”,com a assistência, de pé, a dedicar-lhe uma estrondosaovação.

Seguiu-se, depois, a entrega do diploma de“Sócio Honorário” ao Dr. Jorge Guimarães, que foi oprimeiro atleta internacional da Académica ao serviçoda Selecção Nacional, tendo sido, mais tarde,Presidente da Direcção. Entretanto, no seguimentodas homenagens, foi prestada uma homenagem pós-tuma a Artur Avelino Fonseca, um sócio fundador-legalizador, pelos valiosos serviços prestados ao longode muitos anos de fervor clubístico, sendo o diplomade “Sócio de Mérito” entregue ao seu filho maisvelho, José Fonseca.

Entregues, depois, os diplomas de “Sócio deMérito” a: D. Carolina Costa, a primeira mulher aocupar um lugar na Direcção, salientando-se por umtrabalho notável, tal o empenho que demonstrou,durante nove anos; a D. Teresa Serra, associada dedi-cada que tem dado provas de uma grande generosi-dade para com o clube; ao Pintor Rui Alberto, que tem

sido de uma grande dedicação, colaborando no clubecom a sua Arte e profissão, de uma maneira generosae desinteressada; e ao dirigente, Francisco Ferreira,que vem há anos a notabilizar-se pela sua dedicação epelo trabalho desenvolvido, tornando-se um elementoimprescindível.

No final da entrega destas honrosas distinções,falou, para agradecer, e fê-lo de um modo muito emo-cionante, o Prof. Vasco Sá, que lembrou muitos dosinesquecíveis e bons momentos que passou no clubedo seu coração, dizendo que ninguém terá que lheagradecer nada do que fez, já que é ele que está gratoà Académica de S. Mamede, pelos maravilhosos tem-pos que nela viveu. Falou, ainda, D. Carolina Costa,que disse estar muito orgulhosa por ter sido a primeiramulher a fazer parte do elenco de uma Direcção, eque, os seus nove anos inesquecíveis que passou noclube, foram simplesmente maravilhosos.

Finalisou esta série de discursos o Dr. JorgeGuimarães que, de entre outras coisas, disse este pen-samento tão extraordinário, quanto emocionante: “Ser“Sócio Honorário” da Associação Académica de SãoMamede é de certeza um free-pass para o Paraíso”.

Foram, depois, entregues as faixas de CampeãoNacional de Triatlo, aos atletas, Carla Mendes, PedroMagalhães e Carlos Mendes. Entregues, ainda, asMedalhas de “Mérito Desportivo” aos mesmos e aosatletas internacionais de Voleibol de Praia e Andebol,Fernando Rui Silva e Hugo Maia Silva, respectiva-mente, assim como, aos atletas Campeões Regionaisde Andebol e Triatlo.

Encerrou a sessão, o Dr. Guilherme Aguiar, que,num notável improviso, dedicou palavras de muitoapreço e elogio à Associação em festa, não só pelo seupercurso impecável, como pela forma como encara odesporto de uma maneira totalmente amadora e que,sendo assim, só encontra uma palavra para a distinguir

e a todos os que compõem tão prestigioso clube:«Fantástico! Hoje foi, na verdade, uma das manifes-tações mais fantásticas a que assisti em toda a minhavida desportiva. Parabéns».

Depois, no dia 1º de Dezembro, dia da fundação,de manhã, foi içada a Bandeira da Associação, peloassociado nº 1, Serafim Santos Silva e, de tarde, numasessão solene, foram entregues as Medalhas de 25 e50 anos de Dedicação a diversos associados.Entregue, igualmente, a Medalha de Assiduidade“Eduardo Soares” a todos os atletas que, durante oano, se notabilizaram pela assiduidade aos treinos ejogos. Esta sessão foi encerrada pelo Presidente daDirecção, que se congratulou pela forma como decor-reram as festividades do 65º aniversário.

No Domingo, dia 4 de Dezembro, como habitual-mente, foi rezada Missa, na Igreja Matriz, por intençãodos sócios e atletas falecidos. Logo de início, o RevºPadre Ângelo fez uma alocução muito sentida,referindo, ainda, quanto a Académica de São Mamedetem projectado o nome da freguesia e do concelho,com a sua notabilíssima actividade.

GDRC ALTO DE AVILHÓ, 1GD BAGUIM DO MONTE, 1

O jogo disputou-se no Sábado, pelas 17.00horas, no Pavilhão Municipal de Custóias.Conforme as novas normas da A.F. Porto, o jogoteve um único árbitro: Bruno Martins; que não teveum bom desempenho. As equipas alinharam doseguinte modo:

GDRC ALTO DE AVILHÓ: Treinador: António UlissesNº1 – Bruna Lima (GR) Nº3 – Mariana Moreira

Nº4 – Bruna Marques Nº5 – Catarina Sousa Nº7 –Sara Barbosa (Capitã) Nº8 – Andreia Pinto Nº9 –

Fabiana Vasconcelos Nº10 – Vanessa Lima (1 golo)Nº12 – Ângela Aguiar(GR) Nº13 – Inês CavaleiroNº14 – Sara Pinto Nº17 – Marta Lacerda.

GD BAGUIM DO MONTE:Treinador: Carla NogueiraNº12 – Sandra Carvalho (GR) Nº3 – Ana David

Nº5 – Daniela Martins Nº7 – Cátia Brandão Nº8 –Rita Costa Nº9 – Ana Martins Nº10 – Ana Carvalho(1 golo) Nº11 – Joana Guedes Nº15 – Cláudia VieiraNº16 – Ana Silva Nº22 – Carla Santos.

Como tem sido habitual o Avilhó não entroubem no jogo e acabou surpreendido por um forteremate de Ana Carvalho que abriu o marcador para

a equipa visitante, estavam decorridos dez minutos.Passados cinco minutos, a equipa da casa deu aresposta, chegando à igualdade por Vanessa Lima;resultado com que chegou o intervalo. Na segundaparte o Avilhó tentou reagir, foi mais agressivo,dominou o jogo, mas foi desperdiçando as oportu-nidades criadas. Verifica-se que um só árbitro emjogo não consegue ter a proximidade para uma visãoperfeita dos lances, depois por insegurança, desata aapitar por tudo e por nada; em resultado disso, ameio da segunda parte, já o Avilhó tinha atingido ascinco faltas. Esta situação levou a que a equipa dacasa abrandasse o seu ritmo e não conseguissechegar à merecida vitória. Após esta jornada o Altode Avilhó manteve o segundo lugar, com 17 pontos.

Na próxima jornada, dia 10 de Dezembro, pelas18.00 horas, o Avilhó desloca-se a Vila D ‘Este paradefrontar o GD Escola de Gervide.

Júlio Nascimento

DirectorPinto Soares

Directora-AdjuntaNatália Pinto SoaresQuadro ProfissionalJosé Maria Cameira

(Cart. Profissional nº 4240)Natália Pinto Soares

(Cart. Profissional nº 4799)Pinto Soares

(Cart. Profissional nº 5284)Colunistas

Barroso da FonteElvira RodriguesInocêncio Pereira

Manuel Barreiro de MagalhãesD. Manuel da Silva Martins Fernando Fernandes da Eira

Artur Osório de Araújo

Valdemar MadureiraJosé Ferreira dos Santos

Celso MarquesNarciso MirandaFernando SantosClarisse de Sousa

ColaboradoresGermano SotomayorCoelho dos SantosArmando Mesquita

Tenente-Coronel Rui de Freitas LopesPaula TeixeiraCésar Moreira

José António Terroso ModestoDelfim CorreiaAntónio Vilaça

Eduardo da Costa SoaresMaria Amélia Freitas

Germano Couto

DesportoAraújo Reis

Ricardo LemosMelo Pereira

Joaquim de SousaMário BarbosaArtur MoreiraVasco Pinho

Hugo SequeiraJorge Rocha

Arte e CulturaJúlio Giraldes

Manuel Santos CostaJosé Pereira Dias

Economia e GestãoF. Fernandes da Eira

PoesiaArmindo Fernandes Cardoso

Joyce Piedade

Luís Pedro VianaMaria Emília Dinis Rocha

Marques PortugalJoão DiogoCartonista

José Sarmento(Publicidade, Cobranças

e Distribuição)João Pinto Soares

InformáticaMiguel Gomes

EditorEduardo Pinto Soares

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Associação de PescadoresAposentados de Matosinhos

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1ª Publicação

“Jornal de Matosinhos” – Nº 1617 de 16/12/2011

TRIBUNAL DE FAMÍLIAE MENORES DE MATOSINHOS

Secção Única

ANÚNCIOProcesso: 65/05.9TQMTS-AIncumprimento das Responsabilidades ParentaisRequerente: Maria Antonieta Costa PeixotoRequerido: Manuel dos Santos Mendes

Nos autos acima identificados, correm éditos de 30dias, contados da data da segunda e última publicação doanúncio, notificando o Requerido Manuel dos SantosMendes, nascido em 04-07-1958, natural de JoséRodrigues Mendes e de Fernandina Celeste Pinho dosSantos, natural de Perafita – Matosinhos, nacional dePortugal, NIF – 127628185, BI – 7569143, NISS –11095776540, com último domicílio conhecido na Rua VilaFranca, 295, 4450-359 Leça da Palmeira para, no prazode 5 dias, decorrido que seja o dos éditos, alegar, queren-do, o que tiver por conveniente, nos termos e para osefeitos do artº 181º nº2 da OTM.

O duplicado da petição inicial encontra-se nestaSecretaria, à disposição do citando.

Fica advertido de que não é obrigatória a constituiçãode mandatário judicial, salvo na fase de recurso.

Matosinhos, 07-12-2011.N/Referência: 752042.

A Juíza de Direito,Dra. Luisa Adelaide Vale

O Oficial de Justiça,Manuel Aleixo

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DDOOMMIINNGGOO,, DDIIAA 1188** FARM. SANTANA - Leça do Balio** FARMÁCIA CUNHA - Matosinhos

SSEEGGUUNNDDAA--FFEEIIRRAA,, DDIIAA 1199** FARMÁCIA MATOSINHOS SUL ** FARMÁCIA CORTES * FARMÁCIA CRUZEIRO - LAVRA

* FARMÁCIA SANTA CRUZ SANTA CRUZ DO BISPO

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** Serviço de Reforço** Serviço Permanente

Palavras & Obras

No 65º Aniversário da Académica de São Mamede

FUTSAL FEMININO – Campeonato Distrital de Juniores

Avilhó mantém segundo lugar

Page 16: Jornal de Matosinhos nº1617

Andámos nós a perder tempo – maisde uma hora para sermos atendidos – dedeslocação ao Porto, quando as Cartas deCondução podem ser renovadas nasJuntas de Freguesia. No caso deMatosinhos, é em Leça da Palmeira e S.Mameda de Infesta. Afinal as Juntas deFreguesia ainda servem para mais algumacoisa do que para passar simples atestados.

O estranho é que, no IMTT (que jámudou de nome), a senha de atendi-mento, tem a data em norma inglesa. Ea hora apenas até às 12. Passada esta, éPM. Curiosamente, os impressos têm adata de nascimento, em dia, mês e ano,com norma portuguesa. Aqui não nosregulamos pela UE. Razão?

Apesar de novo governo e demudança de nome da entidade, aindavigora o IMTT. Certamente não hádinheiro para fazer novos impressos epôr novo dístico na fachada. Masfomos beneficiados. Como fizemos 70anos, pagámos metade das custas.

Entregamos os papéis para reno-vação da Carta de Condução em11/11/11, na Junta de Freguesia deLeça da Palmeira. O funcionário aten-deu-nos de imediato. As Juntas deFreguesia não podem acabar. E a deLeça da Palmeira muito menos. O dís-tico que lá está merece o respeito e oapoio de toda a população.

E a propósito... Texto e fotos de Manuel Augusto dos Santos Costa

Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa nasceu em Lisboaem 12/12/1948. Está de parabéns na próxima segunda feira.

Pontua aos domingos na TVI, dialogando com JúlioMagalhães e, ultimamente, responde também a perguntas dosespectadores. Tem mandado milhares de livros para a BibliotecaMunicipal de Celorico de Basto, que tem o seu nome, Concelhode onde era oriunda a sua avó Joaquina. Mas também o seu pai,Baltazar Rebelo de Sousa, que foi Governador Geral deMoçambique (um ano depois do Director do JM, Pinto Soares,se haver candidatado a Deputado, contra a União Nacional), láestá perpetuado com o seu nome na rua da biblioteca.

No fim do ano, Júlio Magalhães vai abandonar a TVI e diri-gir o Porto Canal. Quem o irá substituir? Alguém da confiançado professor? Aguardemos a novidade.

Há muitos anos, talvez 30, ouvimosum bombeiro dizer, quando o quartelera na Brito Capelo: o Leixões está aestagiar no Hotel Porto Mar. Na ementaespecial, o prato principal é sardinha.Desconfio que, com esta especialidade,não irão a lado nenhum. Não sabemoscom quem jogaram nem o resultado.

Mas, desta vez, o JN dizia que, sepassassem a eliminatória dos oitavos definal com a Académica, um patroci-nador do clube oferecia um leitão para ojantar. Infelizmente não se concretizou apromessa, pois o Leixões perdeu. Seráque o estágio – se é que o houve –tivesse por ementa sardinha sem garra?

Os alunos da ASEP-Escolade Pintura António Sousa, sedia-da no Centro ComercialLondres, estão a expor os seustrabalhos na Junta de Freguesiade Matosinhos, o que acontecepela primeira vez.

São 30 quadros, do profes-sor e seus instruendos, com osmais diversos motivos. Esta é aterceira mostra do ano. A pintoramais nova tem apenas seis anos.

Para ver até 9/12

Pintura na Junta de Freguesia de Matosinhos

José Silva expõe pinturaUm leitão para o Leixões?

Já renovou a sua Carta de Condução? Parabéns, Professor Marcelo!

Na Fundação Eng. António de Almeida,Porto, José Silva está e expor dezenas de traba-lhos dedicados à mulher. Intitulam-se “FOL-HAS VIVAS”. São quadros de grandes dimen-sões, em que o corpo da mulher está realçado.

Para ver até 13/12