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Jornal da Produção de Leite / Ano XXI - Número 281 - Viçosa, MG - Setembro de 2012 Silagem de cana-de-açúcar: Quando usar esta tecnologia? Já é extensamente descrito as vanta- gens da cana como volumoso,a saber: alta produtividade/ha, alto teor de açúcares solúveis, facilidade de plan- tio, alta adaptabilidade e a questão de ter o melhor ponto de colheita justa- mente quando as outras lavouras, no sequeiro, não conseguem: na seca. Assim por muito tempo falar sobre silagem de cana (que é um processo tradicionalmente feito para driblar a sazonalidade propiciando oferta de volumoso estável por todo ano) foi tratado com desprezo. Porém, o pro- cesso de ensilagem ou todo aquele que visa a estabilidade qualitativa da forragem pode e deve ser usada estrategicamente,pois atende as ne- cessidades momentâneas. Em geral, as principais situações que justificam essa estratégia são: a quei- ma de canavial (ou alto risco deste evento), excesso de oferta de volumo- so ou qualquer outro motivo que in- dique a possibilidade de florescimen- to e perda de qualidade do canavial, alimentação de grandes rebanhos, necessidade de liberação da área e, principalmente, lugares ou épocas em que o produtor não pode contar com a mão de obra diariamente para essa atividade – fato cada vez mais comum na realidade das fazendas. Várias pesquisas mostram que a cana ensilada pede atenção e cuidado das pessoas envolvidas já que apre- senta alto grau de fermentação alco- ólica e perdas de nutrientes por gases ou efluentes (chorume), reduzindo assim sua palatabilidade e o valor nu- tricional. Essas perdas são contraditórias mas variam de 50% a 25% na matéria seca, 18% a 4% na proteína bruta e 55 a 35% na energia (sem e com aditivo, respec- tivamente). Por outro lado, diversas pesquisas mostram que,o uso da sila- gem de cana em rebanhos de média produtividade, não foram percebidas diferenças na produtividade de leite/ vaca/dia quando comparadas à cana verde picada.É importante também citar a vantagem agronômica do ca- navial ser cortado homogeneamente se beneficiando muito mais da adu- bação, controle de daninhas e tratos culturais em geral. Seguindo-se as recomendações técnicas como o uso de cultivares com baixa relação de fi- bra e açúcar (valores perto ou abaixo de 3) e alta digestibilidade da fibra, corte com 2 a 3 cm de tamanho de partícula, vedação e compactação efi- cientes e, principalmente, o uso obri- gatório de algum aditivo, é possível obter uma silagem de alta qualidade, reduzindo-se perdas e a recusa dos animais. As pesquisas e experiências à campo apontam variadas formas de aditivos: processos físicos, como a queima; adi- tivos sequestrantes de umidade, como farelos; milho desintegrado com pa- lha e sabugo; polpa cítrica e casca de soja ou café; aditivos químicos como a soda cáustiva, uréia e cal virgem além dos aditivos microbiológicos, como as culturas de L. plantare, L.buchneri e A. propionici, vendidos comercial- mente por diversas empresas. Porém, sabe-se que analisando a facilidade de manejo, potencial de redução de perdas e, principalmente custos de cada tratamento, os aditi- vos mais utilizados na atualidade são o L. buchneri (na concentração indi- cada no rótulo de cada produto) e a cal virgem na concentração de 0,2% da matéria verde ou a combinação de ambos. Quando analisamos o custo da si- lagem de cana, a maioria dos estudos demonstram valores que variam de R$ 58,00 a R$ 80,00/ ton de matéria verde ensilada, dependendo da pro- Érico Rodrigues de Araújo Estudante de Zootecnia Marcelo Grossi Machado Estudante de Zootecnia Maria Alice Reis Estudante Agronomia dutividade do canavial, preço de mão- -de-obra e aditivo utilizado. Analisando estes valores de forma absoluta o produtor pode pensar que são valores altos, quando compara- dos com uma silagem de milho de qualidade, mas existem uma série de fatores a se ponderar no caso. Dentre estes se destacam: se o produtor pos- sui área topograficamente viável para plantio de milho e mão de obra para o corte de cana diário.Se essa mão de obra custa realmente apenas R$30,00/ dia-homem ou está em uma região de grande concorrência por mão-de- -obra e esses valores podem ser maio- res. Por fim ainda existe a possibilida- de de se lançar mão de uma colheita mecanizada que pode reduzir em até 25% o valor final por tonelada Do ponto de vista do fornecimento desse alimento, há diversos métodos a se pensar, como alimentar animais de faixas etárias menos exigentes como a recria acima dos 6 meses e ainda fornecer a silagem misturada com algum outro volumoso para amenizar o efeito do etanol por ou- tras categorias. Todas essas ponderações devem ser feitas pelo técnico e analisados juntamente com o produtor o pla- nejamento dos custos de cada uma das opções. Sabemos que é possí- vel aplicar o uso dessa técnica cada vez mais difundida na pecuária lei- teira, mas sempre se baseando em cálculos reais e específicas de cada propriedade,observando o que é mais confortável e viável para o fa- zendeiro e o seu bolso. Os sistemas mistos de produção tem chamado atenção devido a uma melhor utilização do uso da terra e aproveitamento das áreas de volumosos. Isso ocorre, pois os sis- temas agrícola e pecuário são mais vantajosos quando vistos juntos ao invés de isoladamente. Assim, a idéia da integração do milho com a braquiaria se apresenta como pro- missora, no sentido de promover melhoras nas condições do solo e dar uma “folga no cocho”, propor- cionando um pastejo de inverno para os animais. Este consórcio é possível graças ao crescimento inicial da pastagem, o qual é mais lento e permite as- sim o arranque do milho, que logo se estabelece. O uso de herbicidas para o controle da braquiaria im- plantada deve ser usado para mini- mizar seu crescimento. A implantação pode ser feita a lanço após o plantio do milho ou misturada ao fertilizantes. Os cul- tivares utilizados podem ser a B. brizantha cv. Piatã ou B. ruziziensis, sendo a última mais indicada devi- do a facilidade de dessecação, esta- belecimento mais rápido e melhor relação folha/colmo. O plantio direto na palha é um sistema que exige estratégias, e o uso do consórcio promove uma massa de plantas forrageiras, a qual gera uma melhor estruturação do solo, protegendo-o contra erosões e assoreamentos, além de promo- ver uma melhora na porosidade e Integração milho x braquiária: parceria de sucesso valorizar a atividade biológica. Este acúmulo de biomassa pela forra- geira gera uma competição com as plantas daninhas, diminuindo as- sim os recursos necessários para o crescimento dessas. Quanto a parte química do solo, proporciona uma elevação nos teores de matéria or- gânica, diminuindo os índices de acidez e desta forma disponibili- zando mais fósforo, cálcio e magné- sio ao solo. Com os altos preços de insumos, a elevação destes nutrien- tes aparece como alternativa, auxi- liando na sustentabilidade econô- mica e ambiental da propriedade. Uma menção relevante é o fato da adubação feita no milho ser bem maior do que a exigência de crescimento da pastagem, por isso permite que esta obtenha um cres- cimento satisfatório, mesmo após a retirada do milho. Esse aprovei- tamento de nutrientes possibilita que os custos de implantação sejam menores, gastando-se assim so- mente com a semente de braquiaria A pastagem formada após a colhei- ta tem produtividade e qualidade suficiente para garantir a produção de leite na entressafra. O consórcio milho x braquiaria é uma integração sem grandes di- ficuldades de implantação e cus- tos, e proporciona uma cobertura permanente do solo, além da ro- tação de culturas na área, a qual é eficiente no controle de doenças. Todas essas vantagens só tendem a refletir em maior produtividade da área, o que terá como conse- quência uma maior produção de matéria verde/ha/ano, que gera economia e rentabilidade ao pro- dutor rural. B. brizantha cv. Marandu implantada na semeadura do milho: no ponto de colheita do milho (A) e alguns dias após a colheita (B), evidenciando a cobertura deixada no solo para consumo dos animais Dicas do Veterinário Intoxicação por uréia Momento do Produtor José Francisco Gomide Utilização de subprodutos na dieta de vacas Qualidade do leite: Teste da Caneca de Fundo Preto: Simples, mas essencial Produtores: Atenção para o planejamento de volumosos p. 2 p. 3 p. 3 p. 4 p. 2 Alta produtividade do canavial

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Jornal da Produção de Leite / Ano XXI - Número 281 - Viçosa, MG - Setembro de 2012

Silagem de cana-de-açúcar: Quando usar esta tecnologia?

Já é extensamente descrito as vanta-gens da cana como volumoso,a saber: alta produtividade/ha, alto teor de açúcares solúveis, facilidade de plan-tio, alta adaptabilidade e a questão de ter o melhor ponto de colheita justa-mente quando as outras lavouras, no sequeiro, não conseguem: na seca. Assim por muito tempo falar sobre silagem de cana (que é um processo tradicionalmente feito para driblar a sazonalidade propiciando oferta de volumoso estável por todo ano) foi tratado com desprezo. Porém, o pro-cesso de ensilagem ou todo aquele que visa a estabilidade qualitativa da forragem pode e deve ser usada estrategicamente,pois atende as ne-cessidades momentâneas.

Em geral, as principais situações que justificam essa estratégia são: a quei-ma de canavial (ou alto risco deste evento), excesso de oferta de volumo-so ou qualquer outro motivo que in-dique a possibilidade de florescimen-to e perda de qualidade do canavial, alimentação de grandes rebanhos, necessidade de liberação da área e, principalmente, lugares ou épocas em que o produtor não pode contar com a mão de obra diariamente para essa atividade – fato cada vez mais comum na realidade das fazendas.

Várias pesquisas mostram que a cana ensilada pede atenção e cuidado das pessoas envolvidas já que apre-senta alto grau de fermentação alco-ólica e perdas de nutrientes por gases ou efluentes (chorume), reduzindo assim sua palatabilidade e o valor nu-tricional.

Essas perdas são contraditórias mas variam de 50% a 25% na matéria seca, 18% a 4% na proteína bruta e 55 a 35% na energia (sem e com aditivo, respec-tivamente). Por outro lado, diversas pesquisas mostram que,o uso da sila-gem de cana em rebanhos de média produtividade, não foram percebidas diferenças na produtividade de leite/vaca/dia quando comparadas à cana verde picada.É importante também citar a vantagem agronômica do ca-navial ser cortado homogeneamente

se beneficiando muito mais da adu-bação, controle de daninhas e tratos culturais em geral. Seguindo-se as recomendações técnicas como o uso de cultivares com baixa relação de fi-bra e açúcar (valores perto ou abaixo de 3) e alta digestibilidade da fibra, corte com 2 a 3 cm de tamanho de partícula, vedação e compactação efi-cientes e, principalmente, o uso obri-gatório de algum aditivo, é possível obter uma silagem de alta qualidade, reduzindo-se perdas e a recusa dos animais.

As pesquisas e experiências à campo apontam variadas formas de aditivos: processos físicos, como a queima; adi-tivos sequestrantes de umidade, como farelos; milho desintegrado com pa-lha e sabugo; polpa cítrica e casca de soja ou café; aditivos químicos como a soda cáustiva, uréia e cal virgem além dos aditivos microbiológicos, como as culturas de L. plantare, L.buchneri e A. propionici, vendidos comercial-mente por diversas empresas.

Porém, sabe-se que analisando a facilidade de manejo, potencial de redução de perdas e, principalmente custos de cada tratamento, os aditi-vos mais utilizados na atualidade são o L. buchneri (na concentração indi-cada no rótulo de cada produto) e a cal virgem na concentração de 0,2% da matéria verde ou a combinação de ambos.

Quando analisamos o custo da si-lagem de cana, a maioria dos estudos demonstram valores que variam de R$ 58,00 a R$ 80,00/ ton de matéria verde ensilada, dependendo da pro-

Érico Rodrigues de Araújo Estudante de Zootecnia

Marcelo Grossi Machado Estudante de Zootecnia

Maria Alice ReisEstudante Agronomia

dutividade do canavial, preço de mão--de-obra e aditivo utilizado.

Analisando estes valores de forma absoluta o produtor pode pensar que são valores altos, quando compara-dos com uma silagem de milho de qualidade, mas existem uma série de fatores a se ponderar no caso. Dentre estes se destacam: se o produtor pos-sui área topograficamente viável para plantio de milho e mão de obra para o corte de cana diário.Se essa mão de obra custa realmente apenas R$30,00/dia-homem ou está em uma região de grande concorrência por mão-de--obra e esses valores podem ser maio-res. Por fim ainda existe a possibilida-de de se lançar mão de uma colheita mecanizada que pode reduzir em até 25% o valor final por tonelada

Do ponto de vista do fornecimento desse alimento, há diversos métodos a se pensar, como alimentar animais de faixas etárias menos exigentes como a recria acima dos 6 meses e ainda fornecer a silagem misturada com algum outro volumoso para amenizar o efeito do etanol por ou-tras categorias.

Todas essas ponderações devem ser feitas pelo técnico e analisados juntamente com o produtor o pla-nejamento dos custos de cada uma das opções. Sabemos que é possí-vel aplicar o uso dessa técnica cada vez mais difundida na pecuária lei-teira, mas sempre se baseando em cálculos reais e específicas de cada propriedade,observando o que é mais confortável e viável para o fa-zendeiro e o seu bolso.

Os sistemas mistos de produção tem chamado atenção devido a uma melhor utilização do uso da terra e aproveitamento das áreas de volumosos. Isso ocorre, pois os sis-temas agrícola e pecuário são mais vantajosos quando vistos juntos ao invés de isoladamente. Assim, a idéia da integração do milho com a braquiaria se apresenta como pro-missora, no sentido de promover melhoras nas condições do solo e dar uma “folga no cocho”, propor-cionando um pastejo de inverno para os animais.

Este consórcio é possível graças ao crescimento inicial da pastagem, o qual é mais lento e permite as-sim o arranque do milho, que logo se estabelece. O uso de herbicidas para o controle da braquiaria im-plantada deve ser usado para mini-mizar seu crescimento.

A implantação pode ser feita a lanço após o plantio do milho ou misturada ao fertilizantes. Os cul-tivares utilizados podem ser a B. brizantha cv. Piatã ou B. ruziziensis, sendo a última mais indicada devi-do a facilidade de dessecação, esta-belecimento mais rápido e melhor relação folha/colmo.

O plantio direto na palha é um sistema que exige estratégias, e o uso do consórcio promove uma massa de plantas forrageiras, a qual gera uma melhor estruturação do solo, protegendo-o contra erosões e assoreamentos, além de promo-ver uma melhora na porosidade e

Integração milho x braquiária: parceria de sucesso

valorizar a atividade biológica. Este acúmulo de biomassa pela forra-geira gera uma competição com as plantas daninhas, diminuindo as-sim os recursos necessários para o crescimento dessas. Quanto a parte química do solo, proporciona uma elevação nos teores de matéria or-gânica, diminuindo os índices de acidez e desta forma disponibili-zando mais fósforo, cálcio e magné-sio ao solo. Com os altos preços de insumos, a elevação destes nutrien-tes aparece como alternativa, auxi-liando na sustentabilidade econô-mica e ambiental da propriedade.

Uma menção relevante é o fato da adubação feita no milho ser bem maior do que a exigência de crescimento da pastagem, por isso permite que esta obtenha um cres-cimento satisfatório, mesmo após a retirada do milho. Esse aprovei-tamento de nutrientes possibilita que os custos de implantação sejam menores, gastando-se assim so-mente com a semente de braquiaria A pastagem formada após a colhei-ta tem produtividade e qualidade suficiente para garantir a produção de leite na entressafra.

O consórcio milho x braquiaria é uma integração sem grandes di-ficuldades de implantação e cus-tos, e proporciona uma cobertura permanente do solo, além da ro-tação de culturas na área, a qual é eficiente no controle de doenças. Todas essas vantagens só tendem a refletir em maior produtividade da área, o que terá como conse-quência uma maior produção de matéria verde/ha/ano, que gera economia e rentabilidade ao pro-dutor rural.

B. brizantha cv. Marandu implantada na semeadura do milho: no ponto de colheita do milho (A) e alguns dias após a colheita (B),

evidenciando a cobertura deixada no solo para consumo dos animais

Dicas do VeterinárioIntoxicação

por uréia

Momento doProdutor

José FranciscoGomide

Utilização de subprodutos na dieta de vacas

Qualidade do leite:Teste da Caneca de

Fundo Preto: Simples, mas essencial

Produtores: Atenção para o

planejamento de volumosos

p. 2 p. 3 p. 3 p. 4p. 2

Alta produtividade do canavial

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Programa de Desenvolvimento

da Pecuária Leiteirada Região de Viçosa

Publicação editada sob a responsabilidade do

Coordenador do PDPL-RV:Adriano Provezano

Gomes

Jornalista Responsável:José Paulo Martins

(MG-02333-JP)

Redação:Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André Navarro LobatoMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Diagramação e coordenaçãográfica:

João Jacob Neide de Assis

Endereço do PDPL-RV:Ed. Arthur Bernardes

Subsolo/Campus da UFVCep: 36570-000

Viçosa - MG

Telefax: (31) 3899 5250E-mail: [email protected]

www.pdpl.ufv.brTwitter: @PDPLRV

Facebook: Pdpl Minas Gerais

Jornal da Produção de Leite

A uréia associada com o sulfato de amônio pode ser utilizada como opção de alimento para ruminan-tes com a intenção de fornecer uma fonte proteica de baixo custo, e seu uso permite também a utilização de forrageiras como a cana-de-açú-car na alimentação dos animais. A uréia funciona como fonte de amô-nia para as bactérias do rúmen, po-rém deve ser utilizada com cautela devido ao risco de intoxicação.

A uréia deve ser utilizada com a cana-de-açúcar, por se tratar de um alimento com baixo teor de prote-ína e elevada quantidade de car-boidrato solúvel (CS), e o alimento

Dicas do Veterinário

Produtores: Atenção para o planejamento de volumosos

Intoxicação por uréiaJoão Márcio AlvimEstudante de Veterinária

O que fazer para se evitar a in-toxicação:• Introduza a uréia de forma

gradativa, permitindo assim a adaptação dos animais a doses crescentes de uréia. Caso o for-necimento seja interrompido, reinicie o fornecimento median-te novo período de adaptação – 0,5% na primeira semana; 0,75% na semana seguinte e a partir de então 1%.

•Apósoperíododeadaptação,li-mite o consumo ao máximo de 50g/100Kg de peso vivo do ani-mal/dia.

•Evitequeoanimalingiraauréiaem uma única dose diária. Fra-cione essa dose em vários tra-tos, e se isso não for possível, dê preferência a misturar a uréia com um volumoso deixado a

vontade para os animais em um cocho.

•Utilizar cochos cobertos e depreferência com pequenas aber-turas no fundo para evitar que a uréia misturada na água forme poças no fundo do cocho e os animais bebam grande quanti-dade dessa água e se intoxiquem.

•Aoinvésdeutilizarauréiapura,utilize uma mistura de uréia com sulfato de amônia na proporção 9:1.Seguindo os limites de inclu-

são da uréia na dieta e respeitan-do o período de adaptação dos animais,este ingrediente pode ser utilizado como uma opção de ali-mento proteico que auxilia na re-dução do custo da dieta e também melhora a qualidade nutricional da cana-de-açúcar.

Emílio Alves Fonseca Estudante de Agronomia

Mariana Maciel Estudante de Medicina Veterinária

Rafael Moura Estudante de Zootecnia

deve possuir a proporção correta CS e proteína, o que irá gerar uma taxa de degradação ideal para as bactérias do rúmen. A uréia sen-do uma fonte de Nitrogênio Não Proteico (NNP) de baixo custo irá suprir o nitrogênio aos microrga-nismos capazes de converter este NNP a proteína microbiana, corri-gindo essa diferença.

Os sintomas de intoxicação por uréia podem ser observados cer-ca de 30 minutos após a ingestão da uréia. Os sinais são: apatia, in-coordenação motora (andar sem rumo ou em círculos...), tremores musculares, timpanismo, saliva-ção excessiva, micção e defecação frequentes, dispneia (falta de ar), enrijecimento dos membros ante-riores, prostração, tetania (contra-ções involuntárias de músculos),

convulsões, colapso circulatório, asfixia e morte. A evolução do qua-dro é rápida e a morte pode ocorrer em até quatro horas após a ingestão da uréia.

O tratamento deve ser realizado logo após que os primeiros sinto-mas sejam observados. O objetivo é reduzir o pH ruminal e impedir a absorção excessiva de amônia. Para isso deve-se administrar vinagre ou ácido acético a 5%, por via oral, 4 a 6 litros/animal adulto. A adminis-tração de água gelada em grandes quantidades também pode ser uti-lizada (20-40 litros/animal), visan-do reduzir a temperatura ruminal. Por isso, propriedades que utilizam uréia devem sempre ter em suas far-mácias alguns litros de vinagre, para caso haja intoxicação o tratamento possa ser realizado imediatamente.

Com a necessidade de se buscar melhorias na eficiência da atividade leiteira, de modo a torná-la segura e competitiva quando comparada a ou-tros setores da atividade agropecuária, o planejamento de volumosos se torna uma ferramenta fundamental para ga-rantia de sucesso na atividade.

Para se fazer o planejamento de vo-lumosos é importante que o produtor ou administrador tenha consciência de como estão os indicadores zootéc-nicos da propriedade, tais como taxa

de parição, descartes voluntário e in-voluntário, mortalidade de animais jovens e adultos, para que a chamada Evolução do Rebanho seja calculada de forma adequada. Tais indicadores são fatores de cálculo na Evolução do Rebanho, que consiste no crescimento ou diminuição de determinado reba-nho em um certo período de tempo. Outro ponto importante é o tempo considerado nos cálculos, pois, usan-do como exemplo a cana de açúcar de ano e meio o período contabilizado do planejamento do primeiro ano tem que ser maior.

Sempre quando for utilizar estima-tivas de produtividade dos volumosos no planejamento, é importante que se considerem produtividade mais realistas, e não superestimar esta pro-dutividade, pois caso aconteça algum imprevisto, como um veranico ou ata-que incomum de pragas, tem-se uma margem de segurança na quantidade de volumosos produzido. O que não for consumido não é considerado des-

Peso Vivo Cons. Matéria Seca Cons. MatériaCATEGORIA (PV) em % do PV Natural em Kg/dia

Kg Capineira Silagem M Capineira Silagem M

Vacas Paridas 600 2 2 48 40Vacas Secas 600 2 2 48 40Fêmeas 0-1 Ano 150 2 2 12 10Fêmeas 1-2 Anos 350 2 2 28 23,33Fêmeas 2-3 Anos 500 2 2 40 33,33Machos 0-1 Anos 100 2 2 8 6,67Touro 400 2 2 32 26,67

Tabela 1: Consumo Diário de Volumoso

Consumo de Volumosos (Kg)Nº animais / Evolução do Rebanho Período das Águas (155 dias) Período da Seca (210 dias)Categoria Ano Atual Próximo Ano Capineira Silagem M Capineira Silagem MVacas Paridas 24 27 - 167400 - 226800Vacas Secas 5 3 22320 - - 25200Fêmeas 0-1 Ano 13 15 27900 - - 31500Fêmeas 1-2 Anos 18 13 56420 - - 63700Fêmeas 2-3 Anos 9 18 111600 - - 126000Machos 0-1 Anos 2 6 7440 - - 8400Touro 1 1 4960 - - 5600TOTAL 72 83 230640 167400 0 487200

Tabela 2: Consumo Anual de Volumoso

Necessidade total de VolumosoCapineira 230,64 tSilagem de milho 654,60 t

Volumoso Necessidade (t/ano) Produtividade (t/ha) Área (ha)

Capineira 230,64 120 1,9

Canavial - - -

Silagem de Milho 654,6 45 14,5

Tabela 3: Necessidade total de Volumoso

Tabela 4: Áreas Necessárias

perdício, pois adequadamente arma-zenado o alimento pode ser fornecido no próximo ano agrícola.

Abaixo segue informações impor-tantes para confecção de um correto planejamento de volumosos:

Baseando–se nas informações das tabelas anteriores, o produtor pode se preparar para realizar a aquisição estratégica de insumos agropecuários, planejar o arrendamento ou aquisição

de novas áreas para plantio e evitar o déficit de volumoso durante o ano. Isto tudo implicará em economia para o produtor, aumentando dessa forma a eficiência na atividade leiteira.

Manejo correto do canavial

Plantio de milho para silagem

O senhor José Francisco Gomi-de, proprie¬tário do Sitio Sapé, loca¬lizado no município de Cajuri /MG, possui 16 ha destinados à ativi-dade leiteira. A maior parte é forma-da por pastagens, sendo Andropogon gayanus, mombaça, grama estrela e tifton; além disto, possui uma área destinada ao cultivo de milho sila-gem e milho grão, cana-de-açúcar e capineira. Dessa forma, com sua área totalmente intensificada a proprieda-de mostra-se autossuficiente na pro-dução de volumosos. A administra-ção é feita pelo produtor com apoio de seu filho, que contam com ajuda de dois funcionários para manejo e trato dos animais.

O produtor nos relatou que come-çou na atividade em 2007, antes disto seus irmãos Vera e Cláudio Gomide, eram os responsáveis pela proprieda-de e a principal atividade da fazenda era a produção de queijos.

Sobre o manejo da fazenda, a fase de cria é realizada em abrigos indi-viduais. Para haver bons desempe-nhos, os animais são tratados com

Momento do Produtor José Francisco Gomide - Fazenda Sapé

Gustavo R. M. de Oliveira Estudante de Med. Veterinária

Vasconcelio S. Egydio Estudante de Zootecnia

leite cru na primeira semana junta-mente com aditivos específicos para essa categoria, somente a partir dos 15 dias de vida recebem sucedâneo complementado com leite cru. É uti-lizado como estratégia para redução de custo nessa fase, aproveitamento do leite de colostro congelado para alimentação dos animais, diluindo o mesmo em água ou leite. Como volumoso recebem capim elefante e o concentrado peletizado servido á vontade no cocho.

Os animais são desaleitados por volta de 60 dias, quando estes já ob-tiverem o dobro do peso ao nasci-mento e o consumo de concentrado de 1,0 Kg/dia. A partir daí entram na fase de recria onde são divididos em três lotes de acordo com o peso corporal e escore, evitando assim a competição entre os animais e visan-do um melhor ganho de peso. Com este manejo na fase de cria e recria, a meta da propriedade é reduzir a idade ao primeiro parto atual de 34 meses para abaixo dos 30 meses.

O sistema utilizado na proprieda-de é o semi-confinado, com pastejo rotacionados no mombaça e grama estrela, que é realizado no intuito de aproveitar a alta qualidade e produti-vidade dessas forragens, al¬cançando uma boa taxa de lotação das pasta-gens. Esse tipo de sistema refletir na

redução dos custos, pois se consegue manter o gasto com concentrado de 30,27% em relação á renda bruta do leite.

Objetivando impor um melhora-mento genético nas vacas que pos-suem um grau de sangue médio de 7/8 HZ, será proposto touros Jersey a fim de alcançar precocidade, alta fer-tilidade e rusticidade que a raça pos-sui. Nos animais de grau 15/16 HZ está sendo uti¬lizado o acasalamento genético direcionado com holandês, para melhoria da conformação de pernas, pés e úbere e principalmente para alcançar aumento consideráveis na produção de leite do rebanho. Atualmente são realizados protoco-los de IATF para melhorar os índices reprodutivos.

No quesito ambiência, preocupado com o grau de sangue apurado para o Holandês de alguns animais a meta a curto prazo é a introdução de maio-res áreas de sombra natural (Plantio de árvores) e artificial (Sombrites) nos piquetes rotacionados de mom-baça e grama estrela para reduzir o stress calórico sofrido pelos animais, assim como manter atenção no for-necimento de água de boa qualidade à vontade para os animais.

Outro ponto importante a ser abor-dado é a fabricação da ração na pro-priedade que possibilita uma melhor

escolha das fontes de alimentos de boa qualidade e a baixos custos.

A Fazenda conta com uma sala de ordenha composta por dois conjun-tos de balde ao pé onde os animais são ordenhados duas vezes ao dia pelo produtor, que preocupado com a sanidade dos animais e qualidade do leite, realiza a ordenha munido de luvas de procedimento durante a ordenha evitando a disseminação de bactérias entre a mão do ordenhador e o teto dos animais. Após a ordenha o leite fica armazenado no tanque de resfriamento da fazenda. Com o au-xílio de um programa de tratamento de mastite e manejo de limpeza de ordenha elaborados pelo PDPL – RV o produtor tem conseguido uma qua-lidade de leite média do ano de CCS:

312 mil CBT: 98 mil, ficando muito abaixo do que é preconizado pela IN 62, além de bons índices de Gordura: 3,8% e Proteína: 3,2%.

Em conversa com o produtor, ele nos conta a felicidade de poder con-tar com o apoio técnico do PDPL- RV dizendo que sem ele já havia abandonado a atividade leiteira há muito tempo. Otimista com a produ-tividade média alcançada no último mês pelos animais em lactação (20L) o que soma uma produção diária de 330L a meta prevista para fazenda até 2015 é alcançar os 500L/dia.

Dentre os gargalos da fazenda o produtor tem conseguido uma evolu-ção considerável desde o inicio da as-sistência técnica do PDPL-RV como mostra a tabela abaixo:

Indicadores Unidade 2010/2011 2012 Metas pra 2013

Produção /Vaca em lactação Litros/dia 9,88 13,76 19Taxa de remuneração do Capital com terra. % 0% 4,4% 6%Produção / mão-de-obra permanente. L/DH 82,55 105,16 233,4Média: CBT/CCS. Mil 225/871 98/311 < 100/< 300

Assim, após dois anos de assistên-cia técnica do PDPL-RV melhorias foram alcançadas, isto é fruto do comprometimento do produtor com

a qualidade dos serviços prestados, impulsionando a atividade leiteira e trazendo rentabilidade ao seu negó-cio.

Lote de vacas em LactaçãoProdutor José Francisco Gomide

Na alimentação de bovinos, existem mais de dois mil ingredientes, sendo uma grande quantidade destes, sub-produtos de origem industrial, como por exemplo, casca de soja e farelo de trigo.

Um aspecto de grande vantagem na alimentação de ruminantesem rela-ção aos não ruminantes, como aves e suínos, é a população de microrga-

Utilização de subprodutos na dieta de vacasLucas Bianchi Couto Estudante de zootecnia

nismos que habita o rúmen e faz com que estes animais sejam capazes de digerir, além de alimentos volumo-sos, uma imensa variedade de sub-produtos. Estes podem ser introdu-zidos na alimentação em substituição parcial dos ingredientes mais nobres, porém mais onerosos, como milho e soja, sem comprometer o desempe-nho animal. Em épocas de escassez do milho e da soja, os preços destes produtos aumentam muito, como es-tamos acompanhando neste ano de 2012, porque são utilizados também na alimentação humana e de animais

não ruminantes como suínos e aves, pois para estes não tem outra opção.

Além de baixar os custos incluindo estes produtos na dieta, eles podem ser introduzidos também em alguns casos específicos para melhoria da saúde do rúmen. O caroço de algo-dão, por exemplo, é uma ótima op-ção de inclusão principalmente em animais que necessitam de grande quantidade de concentrado, pois po-dem ser substituídos na relação de 1kg de caroço pra 1kg de concentra-do, com limite de inclusão de cerca de 3,5kg/vaca/dia devido ao alto teor

de gordura. Este produto também é utilizado para aumentar os níveis de-energia da dieta das vacas que estão em estresse calórico,já que em tem-peraturas elevadas o consumo total da vaca é menor.

Para inclusão de algum subproduto ou alimento alternativo, é necessá-rio estudar quais são os disponíveis na sua região eo seu custo incluin-do o frete, e qual o tempo seguro de armazenamento deste produto na propriedade, para planejar as com-pras acordo com o gasto diário do produto. Outro ponto importante,

é a informação de se o produto tem alguma limitação de inclusão na die-ta e se a relação custo benefício será favorável.

A inclusão de subprodutos na dieta das vacas pode ser um bom negócio quando há disponibilidade e preços atrativos, e deve ser uma ferramenta utilizada não só para o equilíbrio nu-tricional, mas principalmente, a fim de equacionar as despesas da ativi-dade, já que a alimentação é o item de maior peso no custo de produção do leite.

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Uma das práticas mais importan-tes na rotina de ordenha é o teste da caneca de fundo preto para a iden-tificação da mastite clínica, sendo uma prática de adoção simples e de baixo custo.

A importância da realização des-se teste é no estímulo à ejeção do leite, na redução de CCS, visto que os primeiros jatos são mais conta-minados e na identificação precoce da mastite, sendo recomendado o tratamento imediato da mesma.

O teste da caneca de fundo preto deve ser feito da seguinte maneira:1. Retirar os três primeiros jatos

de leite de cada teto em uma

Teste da Caneca de Fundo Preto: Simples,

mas essencialcaneca de fundo escuro e ob-servar o seu aspecto;

2. Se estiver alterado, com pre-sença de grumos, pus, amare-lo ou aquoso, é sinal de mas-tite clínica. O leite alterado não pode ir para o latão ou tanque;

3. Deve tratar a vaca com um antibiótico intramamário e/ou sistêmico;

4. O leite acumulado na caneca durante a ordenha deve ser descartado.

O teste da caneca de fundo preto é o teste mais simples e eficiente para detecção da mamite clínica, e deve ser feito diariamente em todas as ordenhas, garantindo as-sim um leite de qualidade e o tra-tamento das vacas com mastite.

Ingryd Lanna LopesMedicina Veterinária

Qualidade do leite

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10 melhores análises totais de bactérias CBT do mês de agosto de 2012

No Produtor Município UFC (mil/ml)

1 Antônio Moreira Vieira Presidente Bernardes 3

2 Alaelson José da Silva Ubá 5

3 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 5

4 Cláudio Cacilhas Sabioni Visc. Rio Branco 5

5 Cristiano José da Silva Lana Piranga 5

6 João Bosco Silva Diogo Porto Firme 6

7 Cléber Luís de Oliveira Magalhães Divinésia 7

8 Wilma Lúcia de Paiva Pedra do Anta 7

9 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 8

10 Áureo de Alcântara Ferreira Guaraciaba 8

10 melhores análises do leite em CCS do mês de agosto de 2012

No Produtor Município CCS (mil/ml)

1 Antônio Carlos Reis Piranga 83

2 Antônio Moreira Vieira Presidente Bernardes 97

3 Cléber Luís de Oliveira Magalhães Divinésia 133

4 Áureo de Alcântara Ferreira Guaraciaba 140

5 Agenor Américo da Silva Neto Teixeiras 142

6 Rogério Barbosa Moreira Ponte Nova 157

7 Hermann Muller Visc. Rio Branco 178

8 Alaelson José da Silva Ubá 182

9 Saulo Ronaldo Maciel Piranga 197

10 Cristiano Jose da Silva Lana Piranga 204

As 10 maiores produtividades do mês de agosto de 2012

Produtor Município Produtividade por Produtividade vaca em lactação por vaca total

1 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 31,05 25,60

2 Ozanan Moreira Ubá 27,21 23,21

3 Sérgio H. V. Maciel Ubá 25,10 21,45

4 Áureo de Alcântara Ferreira Guaraciaba 22,99 19,16

5 José Afonso Frederico Coimbra 21,11 17,67

6 Edmar Lopes Canaã 17,66 16,62

7 Davi C. F. de Carvalho Senador Firmino 22,37 15,56

8 José Francisco Gomide Cajuri 19,23 15,38

9 Paulo Frederico Araponga 17,87 14,23

10 Luciano Sampaio Teixeiras 19,25 14,15

As 10 maiores produções do mês de agosto de 2012

Ord PRODUTOR Município Produção

1 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 149.180

2 José Afonso Frederico Coimbra 70.665

3 Hermann Muller Visc. do Rio Branco 54.595

4 Marco Túlio Oratórios 53.510

5 Paulo Frederico Araponga 47.635

6 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 41.232

7 Luciano Sampaio Ervalia 29.832

8 Danilo de Castro Teixeiras 26.990

9 Ozanan Moreira Ubá 24.462

10 Cristiano José Lana Piranga 23.811

Marcelo Grossi MachadoEstudante de zootecnia

No dia 19/09/2012, o PDPL-RV (Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Vi-çosa), recebeu o palestrante Daniel Navarro Lobato, zootecnista, for-mado pela UFV, egresso do PDPL e do Projeto Educampo e atual Ge-rente de Vendas da Alltech do Bra-sil, que ministrou o tema “Aditivos para Pecuária Leiteira”, para os esta-giários da 3ª fase.

Na ocasião foi abordada a im-portância do uso destes alimentos dentro da dieta de bovinos leitei-ros, mas não sem antes se preocu-par com a qualidade de volumosos, principal componente da dieta, es-

Palestra: Aditivos para ruminantes

pecialmente quanto se visa o equi-líbrio dos custos.

Todo e qualquer aditivo visa ame-nizar os grandes entraves nutri-cionais da pecuária leiteira de alta produtividade, tais como: acidose, cetose, problemas de casco e repro-dutivos.

Os principais aditivos em foco na atualidade são: tamponantes, leve-duras, adsorvente de micotoxinas, ionóforos, gorduras protegidas, mi-nerais orgânicos, MOS (mananoli-gossacarídeos), enzimas, vitaminas e aminoácidos purificados.

É importante que todo técnico saiba como e principalmente quan-do usar cada uma dessas ferramen-tas na dieta, e para isto, treinamento como estes são muito importantes para os estudantes, técnicos e pro-dutores.

Daniel Navarro ministrando a palestra