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CIRCULAÇÃO JORNAL ANO XVI - EDIÇÃO 123 - ABRIL DE 2014 2 MARCHA: Ato em Joinville AÇÃO: Torneio de Futebol ARTIGO: Democratizar as IFEs 8 5 Pág Pág Pág

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Page 1: JORNAL CIRCULAÇÃO - Sintufsc · tomia do CCB e estou lá até hoje”. Depois de todos esses anos no mesmo setor Nasareno é muito querido pelos colegas. “Ajudei a colocar o telhado,

CIRCULAÇÃOJORNAL

ANO XVI - EDIÇÃO 123 - ABRIL DE 2014

2MARCHA:Ato em Joinville

AÇÃO:Torneio de Futebol

ARTIGO:Democratizar as IFEs

85Pág Pág Pág

Page 2: JORNAL CIRCULAÇÃO - Sintufsc · tomia do CCB e estou lá até hoje”. Depois de todos esses anos no mesmo setor Nasareno é muito querido pelos colegas. “Ajudei a colocar o telhado,

ABRIL de 2014 * Nº 123Tiragem: 4.500 exemplares

Jornalista Responsável: Leandro Pellizzoni - SC 01583JP

[email protected] Gráfico: Flávia Destri Garcia

Gestão: Determinação - Sindicato para todos

O Jornal CIRCULAÇÃO é uma publicação do Sindicato de Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina - Endereço: Rua João Pio Duarte da Silva, 241 - C.Postal 5130 Córrego Grande - Florianópolis - CEP 88 040 [email protected] - www.sintufsc.ufsc.br

Editorial

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3234-5594

CIRCULAÇÃO

JOR

NA

L

Nasareno Roberto D`Acampora Su-cupira, 63 anos de idade, é natu-ral de Florianópolis. Nascido em

1950, em uma família grande, se criou no Jardim Atlântico, na parte continental da capital, onde mora até hoje com a mãe.Teve uma infância boa, brincando de bola, soltando pipa com os 9 irmão e os primos. “Naquela época era tudo mato. Fazíamos muitas brincadeiras”. Estudou em vários colégios como Aderbal, José Boiteux, Iri-

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Vivemos nestes dias um tempo de mu-danças profundas na UFSC. Um episó-dio desencadeou uma série de discus-

sões que estavam sufocadas e encontraram um modo de virem à tona. A ação policial que aconteceu no dia 25/3 foi a gota que fez trans-bordar o copo cheio de inquietações.Em meio a todo agito que vive a universida-de hoje, a greve dos TAEs segue os debates sobre as reivindicações. Acreditamos que a oficialização da jornada de 30 horas sema-nais com a implantação de turnos contínuos, a universidade ficará aberta, atendendo aos estudantes, trabalhadores e sociedade por mais tempo tendo reflexo direto na melhoria da segurança no campus, assunto mais co-mentado atualmente.O comando local de greve continua organizan-do e realizando ações para divulgar e conscien-tizar a categoria e a população sobre a impor-tância que as reivindicações dos TAEs tem na melhoria dos serviços e da qualidade da uni-versidade federal. Em todo país.A categoria parou as atividades em mais da metade das universidades federais e o gover-no continua com a tática de enrolação nas ne-gociações da pauta dos servidores.Sabemos da importância que as universida-des federais tem na formação da juventude brasileira. Sabemos da importância que os hospitais universitários tem no atendimen-tos à população e na formação dos profissio-nais de saúde. Diante disso a categoria leva adiante nossas lutas para promover as mu-danças necessárias. Nesta edição do Jornal Circulação você confe-re o movimento que o comando local de greve está promovendo na UFSC, explicações sobre algumas das reivindicações da pauta específi-ca. Disponibilizamos também, aqui no jornal e em nosso site, o demonstrativo financeiro do sindicato, aprovado por unanimidade em as-sembleia específica, do exercício 2013.Sabemos que este ano será de muita agitação política e social. Diante disso, chamamos a categoria a continuar participando das lutas para que todos nós possamos construir um país melhor e uma sociedade mais justa valo-rizando os trabalhadores.

Sacode a poeira...

Artigo

Expediente

Eu sou a UFSC

neu Borhausen e no colégio de Fátima.Quando mais novo ajudava em casa na roça. Mais tarde trabalhou em uma agropecuária, no jornal Correio do Estreito vendendo as-sinaturas. Com 18 anos prestou serviço militar na base aérea.Nasareno entrou na UFSC em agosto de 1976 através de con-curso público. Foi nomeado como datilógrafo. “Antigamente tinha máquina de escrever. Mais tarde chegou uma máquina elétrica. Entrei no departamento de ana-tomia do CCB e estou lá até hoje”.Depois de todos esses anos no

mesmo setor Nasareno é muito querido pelos colegas. “Ajudei a colocar o telhado, a reformar o laboratório, fiz muitas coi-sas”. Ele conta que a universidade era bem diferente. “Era muito mato, mangue ali. Hoje cresceu muito”.O crescimento da instituição foi benéfico, na opinião dele. “Para mim foi uma melho-ra pois as condições melhoraram. Agora tem estacionamento”. Em breve o depar-

tamento de anatomia, onde Nasareno está lotado, será transferido de local, ficando mais próximo da farmacologia.O trabalhador conta que quando estrou na universidade para trabalhar se filiou ao sindicato, que naquela época era a asso-ciação dos servidores. “O presidente era o Luiz Prazeres. Era uma salinha pequena”, lembra. Nasareno sempre participou das atividades, frequentador assíduo das as-sembleias e ações das greves.Quando não está trabalhando Nasareno gosta de jogar futebol. Desde a época de criança jogava nos times. “Jogava em uma equipe do Jardim Atlântico na juventude e uma vez enfrentamos a equipe do Figuei-rense. Nosso time tinha fama, estávamos invictos há muitos jogos. Perdemos do Fi-gueira por dois a um. Isso foi em 1970”, conta saudosista.O trabalhador gosta tanto de trabalhar na UFSC que mesmo depois de completar a idade para se aposentar ele permanece na ativa. “Estou pensando em ficar mais um pouco. Gosto de trabalhar aqui, tenho meus amigos, jogo o futebol de noite. É muito bom”.

Democratizar as IFEs para superar a segregação.

Rosangela Soares Costa (UFMG)*Rafael dos Santos Pereira (UFSC)**

Foi finalizado em dezembro de 2013 o GT DEMOCRATIZAÇÃO, criado por deman-da do acordo de greve em 2012. Nesse GT, FASUBRA e o SINASEFE esperavam, no mínimo, criar condições para a mesa de ne-gociação construir síntese capaz de avan-çar para a democratização das instituições federais de ensino (Ifes), sobretudo nos aspectos relativos às restrições impostas ao segmento dos Técnico-Administrativos em Educação e estudantes nas Ife’s, além de pautar e contribuir para um processo maior de debate sobre a educação pública federal, que necessariamente deve envolver os demais segmentos da comunidade aca-dêmica das Ife’s e também a sociedade. O governo federal, através da SESU/MEC, tem demonstrado interesse em debater o tema com a intenção de construir um pro-jeto de lei que seja consensuado pelos seg-mentos que compõem as IFE e que regula-mente a autonomia universitária prevista no artigo 207 da constituição. Na mesma esteira, ao mesmo tempo em que acon-teceu este GT, a Andifes, tem promovido discussões para atualizar seu projeto de lei orgânica das Universidades Federais. Soma-se ainda a esse cenário a atualiza-ção do Caderno 2 do Andes, as propostas de reforma universitária da UNE e as pro-posição do Proifes-Federação sobre auto-nomia universitária, ficando claro que há intenção, do governo e da comunidade acadêmica, em rediscutir as instituições da educação federal.Diante desse quadro faz-se necessário que nos motivemos a disseminar, ampliar e sintetizar debates para que essas questões extrapolem os gabinetes e possam se tor-nar propositivas, num movimento proa-tivo, de baixo para cima, e não como de costume, meramente reativo às mudanças impostas de cima pra baixo.A comunidade acadêmica das Ife’s é com-posta por três segmentos, estudantes, téc-

nico-administrativos em educação e do-centes, porém somente os docentes gozam de uma relação plena com a instituição e muitas vezes, quase todas, podem ser con-siderados os donos do “poder acadêmico”. Nesse sentido, a estrutura das instituições federais de ensino está desequilibrada[1] e antes de qualquer coisa devemos bus-car o seu equilíbrio, pois entendemos que somente assim será possível superar os corporativismos, os quais consideramos ter elevada correlação com uma história de autoafirmação, resistência e luta por partes dos segmentos desfavorecidos do “poder universitário”.Socializar o poder universitário é a primei-ra tarefa se queremos avançar para uma universidade efetivamente democrática, onde todos os membros da comunidade são considerados iguais nas duas diferen-tes funções. Não há nenhuma justificativa plausível que possa sustentar o fato de per-manecer vigente a legislação em que os di-rigentes das IFE são nomeados por gover-nantes de plantão, ou ainda que garantam o mínimo de 70% de assentos para determi-nado segmento em todos os colegiados.Não se trata aqui de promover uma cizâ-nia entre docentes e técnicos, mas apenas questionar e convidar à reflexão sobre a necessidade de manter essa estrutura de-sequilibrada e antidemocrática. Enquanto for assim, teremos o tensionamento entre os segmentos, pois a relação além de desi-gual é de subordinação, o que gera resis-tência e não comprometimento.Lutamos contra toda forma de opressão e segregação. Defendemos uma universida-de pública, autônoma, gratuita, de quali-dade e socialmente referenciada. Por isso consideramos urgente e condição inicial para um efetivo debate sobre democrati-zação, a remoção dos entulhos autoritá-rios da legislação, inclusive dos estatutos das instituições, que impedem a socializa-ção do “poder universitário”.*Coordenação de Educação da FASUBRA**Coordenação de Formação e Política Sindical do SINTUFSC NOTA 1: Os IF já contam com a regulamentação da escolha de dirigentes por eleição direta e paritária, seus conselhos superiores tem igual número de membros dos três segmentos (3 docentre, 3 estudantes e 3 TAEs) e os Técnicos podem ser eleitos Diretores de Campi.

CLG questiona Reitora sobre segurança

O representante do Comando Lo-cal de Greve dos trabalhadores técnico-administrativos em edu-

cação da UFSC exigiu da Reitora Rosela-ne Neckel respostas sobre alguns pontos da política de segurança da universidade durante a audiência pública realizada no Centro de Eventos no dia 26/3.A administração da instituição foi ques-tionada sobre uma possível entrega de imagens feitas pelas câmeras de seguran-ça do campus à polícia federal. Também questionou a colocação e a posterior reti-rada dos portões nas entradas do campus sem explicações e nem debates sobre o assunto.“Estamos precisando de diálogo entre a administração, os estudantes e os traba-lhadores da universidade para saber quais as necessidades. Prisão de estudantes pela polícia dentro do campus já foram realiza-das anteriormente e também abordagens a trabalhadores devidamente identifica-dos e em horário de expediente”, explicou.O trabalhador colocou para o público pre-dominantemente de estudantes que lotou o auditório Guarapuvu que a política de

segurança da universidade deve ser de-batida e colocada em prática para o bem da comunidade acadêmica sem a partici-pação das polícias. “Não abrimos mão da nossa liberdade”, finalizou.Uma estudante, representante da ocupa-ção que está sendo mantida no prédio da reitoria, questionou a reitora sobre um documento onde a administração da uni-versidade, em reunião com o Ministério Público, dá “plena anuência para a atua-ção dessas corporações [da polí-cia civil e polícia militar] quando necessário para restabelecer a or-dem e reprimir a criminalidade no interior e arredores do campus”.Ela também manifestou apoio à greve dos TAEs principalmente a reivindicação da oficialização da jornada de 30 horas. “Com os turnos contínuos a universida-de ficará aberta por mais tempo. Com isso haverá mais pessoas no campus oferecendo mais segu-rança para todos”, disse.A audiência pública foi chamada pela administração da UFSC para

fazer um pronunciamento oficial e tam-bém ouvir a comunidade acadêmica sobre os episódios do dia 25 de março.A greve dos TAEs continua. O comando local de greve vai oferecer para a comu-nidade acadêmica nesta quinta-feira um “sopão” com o objetivo de auxiliar os estudantes que estão realizando a ocu-pação do prédio da reitoria e também chamar a atenção para os perigos da pri-vatização do HU.

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Trabalhadores da UFSC fazem ato em Joinville

Trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFSC realizaram um ato, no dia 3/4, em Joinville para cha-

mar a atenção da sociedade para a situação do campus da universidade naquela cidade. Atraso nas obras, falta de TAEs e professo-res e desperdício de dinheiro, pois a institui-ção está pagando aluguel de prédios.A manifestação contou com a participação de trabalhadores do campus de Florianópo-lis e de Joinville, de professores e estudan-tes. A maioria dos TAEs do campus aderiu à paralisação nacional da categoria deflagra-da no dia 17/3.Depois de realizarem um ato em frente a sede da universidade, os trabalhadores, comunidade acadêmica, representantes de sindicatos e entidades saíram em caminha-da pelas ruas da cidade.No trajeto, os servidores recolheram assi-natura da comunidade para um abaixo-as-sinado que deve ser entregue para a reitoria junto com a pauta de reivindicações da cate-goria. O grupo também fez um ato em frente ao prédio que foi alugado pela universidade em março ao custo de R$ 100 mil mensais, mas ainda está desocupado. Os trabalhadores do campus de Joinville reivindicam a contratação de mais servido-res, melhorias na infra-estrutura. De acordo com eles sera necessário a contratação de, no mínimo, mais 20 servidores.

Trabalhadores, estudantes, sindica-tos, movimentos sociais e popula-ção em geral participaram de uma

caminhada no centro de Florianópolis que relembrou os 50 anos do golpe militar no Brasil. A caminhada por memória, verda-de, justiça, que aconteceu nesta terça-feira, dia 1/4 , lembrou de militantes mortos no período da ditadura.No trajeto da caminhada estavam incluídos pontos onde houveram ações dos militares e que hoje representam pontos de memó-ria na luta pela democracia. O prédio onde

hoje funciona a farmácia Catarinense fun-cionava uma livraria onde militares quei-maram seus livros em praça pública.O prédio da FAED funcionava o Centro de Informações da Marinha, base da repres-são em Santa Catarina. Onde atualmente é o Museu Cruz e Souza era o Palácio do Go-verno onde os líderes políticos aceitavam as decisões dos militares.A passeata concluiu na Esquina Democrá-tica por volta das 19 horas. Trabalhadores em greve na UFSC também participaram do ato. Muito lembrado na falas durante o

ato, a ação da polícia federal e militar na UFSC foi amplamente criticado e compara-do à ações da época da repressão militar.O golpe militar ocorrido em 1/4/1964 esta-beleceu no Brasil uma ditadura militar que permaneceu até 1985. Ao longo dos anos o regime militar foi endurecendo o governo e tornando legalizadas práticas de censura e tortura, por exemplo. Os militares comba-teram sem piedade qualquer ameaça comu-nista ou manifestantes contra o governo, marcando a história do Brasil por um perío-do negro de atos autoritários ao extremo.

Caminhada contra a ditadura

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TAEs em GREVE

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) estão em greve lu-tando por melhorias nas condições de

trabalho e em defesa da universidade e saúde públicas, gratuitas e de qualidade.Dessa forma, a luta dos TAEs tem consequên-cias muito maiores, que extrapolam os portões da universidade. A melhoria das condições de trabalho ocasionam no melhor atendimento à comunidade acadêmica, na melhoria dos servi-ços prestados para a sociedade e na formação dos profissionais que atuarão no mercado.Existe, contudo, muita resistência do Governo Federal para a melhoria da qualidade da edu-cação no ensino superior, havendo piora signi-ficativa nas condições de trabalho, de ensino e de infraestrutura oferecida na Universidade. Ao mesmo tempo em que se diz não existir verbas para manter os serviços públicos funcionan-do com qualidade, percebemos grandes gastos com a construção de enormes obras, que pos-suem pouca ou nenhuma perspectiva de uso após o final de eventos como a Copa do Mundo.A realidade das universidades e, especificamen-te, dos TAEs é muito diferente daquela divulga-da pela propaganda oficial e pela grande mídia.Diante disso, o Sintufsc convida toda a comu-nidade acadêmica para juntar-se aos trabalha-dores técnico-administrativos em educação na luta por uma sociedade mais justa e solidária.

Greve dos TAEs é para benefício de toda sociedade

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação em greve na UFSC realizaram uma manifestação no campus da universidade para chamar atenção às reivindicações da categoria que está em greve nacional desde o dia 17 de março.

No início da manhã os trabalhadores fecharam o acesso viário pela rótula da Trindade com faixas e cones enquanto estava sendo realizada uma as-sembleia geral da categoria. Depois eles saíram pelas ruas do entorno do campus com faixas e a Banda Parei.

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Pauta Específica dos TAEs

Desde que foi aprovada em 2005 o PCCTAE vem demonstrando limi-tações e defeitos que precisam ser

corrigidos. Algumas distorções iniciais ge-raram outras, como é o caso da quebra da linearidade em 2007, que estabeleceu dife-renças desiguais entre os níveis de classifi-cação. O sentimento de que esse plano não responde a todas as necessidades da cate-goria e deve ser aprimorado é geral, porém há divergências sobre o que fazer. Essas questões serão debatidas oportunamente, assim que for aberta a discussão sobre o tema. Em geral, as discussões estão entre fazer uma nova carreira, ou somente me-lhorar o PCCTAE dentro de seus próprios marcos. Esse ponto de pauta é importante, pois abre a possibilidade de discutir diver-

sas questões envolvidas no PCCTAE, in-clusive ques-tões que tem efeitos remu-neratórios po-sitivos para a categoria, não se tratando de revisão sala-rial geral.

Consideramos que o piso do PCCTAE é composto apenas pelo vencimento básico do primeiro padrão (P1) cor-

respondente ao nível de classificação A101 (sem nenhuma progressão por capacita-ção), não sendo computado nele os incen-tivo de qualificação e outras gratificações, ou parcelas recebidas por decisão judicial ou incorporações. Já o step é o valor per-centual aplicado no padrão de vencimento anterior, que somado a esse vencimento re-sulta no valor do padrão posterior. Hoje ele é de 3,7% e em 2015 será de 3,8%, alteração fruto do acordo da greve de 2012. Atual-mente o piso da categoria é de R$1.140,64 (março/2014) e a reivindicação histórica da categoria, capaz de elevar os vencimentos a patamares já conquistados na década de 80, é um piso salarial de 3 salários mínimos e um Step de 5%.

Revogação da lei que criou a EB-SERH, pois entendemos que esta empresa não resolve os problemas

dos HUs, intensifica e amplia a privatização dos hospitais universitários em todo país, altera a forma de contratação prejudican-do os trabalhadores, fere a autonomia da universidade que é a atual gestora do HU, tira o caráter de ensino, pesquisa e exten-são para os cursos da área da saúde. Esses fatores somados resultam em uma menor qualidade no atendimento à população.

Turnos contínuos, com jornada de trabalho de 30 horas semanais sem redução sa-larial para manter a universidade aberta nos três turnos. Reivindicação antiga dos trabalhadores, a redução da jornada de trabalho com turnos contínuos na UFSC

está sendo amplamente debatida pelo sindicato nos corredores e nos seminários realiza-dos com autoridades, advogados e trabalhadores. Os estudos feitos recentemente sobre o tema mostram que a oficialização da jornada de 30 horas beneficiam tanto trabalhadores, que terão mais tempo para outras atividades como estudos, esporte, família, melhorando a qualidade de vida das pessoas; para a comunidade acadêmica, que terá por mais tempo os setores da universidade funcionando; e para a sociedade pois encontrará a universida-de federal de portas abertas por mais tempo.

Entenda:

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Torneio de Futebol Suíço Trabalhadores realizam assembleia no HU

Na assembleia geral permanente realizada no dia 27/3, no auditório do HU, os traba-lhadores fizeram avaliações do movimento na atual conjuntura da universidade e tam-bém aprovaram ações para ampliar a visi-bilidade do movimento.Muitos trabalhadores condenaram a ação policial realizada na tarde do dia 25 no campus da universidade, dizendo que fere a autonomia universitária lembrando que acontecimentos como aquele eram reali-zados na época em que a ditadura militar estava no comando do país.Os trabalhadores também se posiciona-ram contra o tráfico de drogas e citaram diversas situações resultantes da falta de segurança no campus e também situações em que policiais não identificados fizeram abordagens a trabalhadores em pleno ho-rário de expediente.Foi aprovado na assembleia que o Coman-do Local de Greve peça à Fasubra Sindical que publique uma moção de repúdio à ação policial realizada dentro do campus da uni-versidade.

Para abrir a temporada deste ano das atividades esportivas do sindicato, o Sintufsc realizou um torneio de fu-

tebol suíço no dia 14/3. Os filiados inscri-tos formaram seis equipes que disputaram três partidas. “O objetivo é confraternizar os filiados e promover eventos de lazer e convívio social na sede do sindicato”, ar-gumentou Celso Ramos Martins, inte-grante da coordenação geral. “Aqui todos ganham e são premiados”, completou. Nesta edição do evento, que já é tradicio-nal para os filiados adeptos do futebol, o jogador e trabalhador aposentado Antônio Carlos dos Passos foi homenageado pelo espírito de amizade e companheirismo.

A assessoria jurídica do SINTUFSC reiteradamente vem alertando sobre os riscos que correm os servidores

que ingressam com ações individuais re-querendo a revisão das horas extras.Verificou-se que pelo menos 40 servidores já foram prejudicados por decisões desfavo-ráveis em ações individuais e correm o risco de serem excluídos da ação coletiva, que há

mais de 07 anos garante o pagamento da rubrica via liminar judicial.Servidor, fique atento e não acredite na faci-lidade vendida para tais ações. Prova de que a tese de reajuste não é de simples susten-tação, são as dezenas de improcedências até o momento obtidas nas ações individuais.A ação coletiva que garante o pagamento das horas extras é delicada e envolve anos

de busca pelo direito.A esmagadora maioria das demais instituições federais de ensino do País há muito já cortou a rubrica dos contracheques de seus servidores, inclusive com aval do Poder Judiciário.Não desperdice o que é seu. O setor jurídico do sindicato mais uma vez alerta: seja pru-dente quando o assunto tratado for revisão de horas extras.

Sindicato alerta sobre ações individuais

NOTA PÚBLICA DO COLEGIADO DO NDI/CED DA UNIVERSIDADE

FEDERAL SANTA CATARINA

O Colegiado do Núcleo de Desenvolvi-mento Infantil (NDI) da UFSC, (Es-cola de Educação Infantil que aco-

lhe 212 crianças, entre bebês até crianças de 5 anos de idade) vem a público repudiar a ação violenta da Polícia Federal e Polícia Militar ocorrida no dia 25 de março de 2014 nas proximidades deste Núcleo. O ato des-comedido dessas duas instituições culmi-nou num verdadeiro cenário de guerra co-locando em risco a segurança das crianças e dos profissionais que ali estavam. A moti-vação para tanto foi uma suposta denúncia de tráfico de drogas no Campus. A ação policial, ao desconsiderar a existên-cia de crianças próximas ao acontecimento

gerou sérias consequências em relação ao pleno funcionamento do NDI neste dia, so-bretudo nos encaminhamentos relaciona-dos às crianças. Esta ação policial ocorreu apesar de a polícia ter sido alertada, que havia muitas crianças pequenas a menos de 100 metros do confronto. A maioria das crianças pouco antes deste momento estava brincando na área externa do NDI e foram apressadamente encaminhadas para den-tro das salas de aula quando se percebeu a gravidade da situação, lá permanecendo até o final da tarde, quando as famílias conse-guiram chegar para buscá-las. O gás lacrimogêneo lançado pela policia invadiu a área externa do NDI atingindo com seus efeitos vários profissionais que se encontravam nesta área e diversas famí-lias que se dirigiam rapidamente ao Núcleo para buscarem seus filhos. O gás entrou,

também, pelas frestas das janelas das salas dos bebês e da cozinha. Nos dias seguintes a este triste episódio vá-rias famílias das crianças relataram aos professores do NDI que seus filhos apre-sentaram reações físicas como vômito e diarreia. Destacamos ainda que não sabe-mos as consequências, do ponto de vista psicológico e emocional, que os efeitos das bombas e tiros de borrachas utilizados pela polícia poderão causar às crianças. Diante do desrespeito aos princípios da Universidade, aos profissionais, famílias e crianças do NDI, reiteramos a nota de re-púdio emitida pela Reitora e Vice Reitora da UFSC e manifestamos a indignação com a inconsequência e truculência das ações policiais. A violência é inaceitável em qualquer situa-ção, sobretudo próxima de crianças pequenas.

Nota de repúdio do NDI

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Publicação jurídica: Direito de Greve

SERVIDOR EM ESTÁGIO PROBATÓRIO

A greve é um direito do servidor públi-co, previsto no inciso VII do artigo 37 da Constituição Federal de 1988,

portanto, trata-se de um direito constitu-cional. Nesse sentido já decidiu o Superior Tribunal de Justiça ao julgar o recurso no Mandado de Segurança n. 2.677, que, em suas razões, aduziu que “o servidor públi-co, independente da lei complementar, tem o direito público, subjetivo, constituciona-lizado de declarar greve”.Esse direito abrange o servidor público em estágio probatório, não podendo ser pena-lizado pelo exercício de um direito consti-tucionalmente garantido. Entendimento respaldado pelo Poder Judiciário, confor-me recente decisão da 1ª Turma do Supre-mo Tribunal Federal que, em julgamento do dia 11 de novembro do ano de 2008, manteve, por votação majoritária, acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que concedera a segurança para reintegrar servidor público exonera-do, durante estágio probatório, por faltar ao serviço em virtude de sua adesão a mo-vimento grevista:“…Entendera aquela Corte que a participa-ção em greve – direito constitucionalmente assegurado, muito embora não regulamen-tado por norma infraconstitucional – não seria suficiente para ensejar a penalidade cominada. O ente federativo, ora recorren-

te sustentava que o art. 37, VII, da CF seria norma de eficácia contida e, desse modo, o direito de greve dos servidores públicos dependeria de lei para ser exercido. Alem disso, tendo em conta que o servidor não gozaria de estabilidade (CF, art. 41), adu-ziu que a greve fora declarada ilegal e que ele não comparecera ao serviço por mais de 30 dias. Considerou-se que a inassidui-dade em decorrência de greve não poderia implicar a exoneração de servidor em está-gio probatório, uma vez que essa ausência não teria como motivação a vontade cons-ciente de não comparecer ao trabalho sim-plesmente por não comparecer ou por não gostar de trabalhar. Revelaria, isso sim, inassiduidade imprópria, resultante de um movimento de paralisação da categoria em busca de melhores condições de trabalho. Assim, o fato de o recorrido estar em está-gio probatório, por si só, não seria funda-mento para essa exoneração. Vencidos os Ministros Menezes Direito, relator, e Ri-cardo Lewandowski que proviam o recurso para assentar a subsistência do ato de exo-neração por reputar que o servidor em es-tagio probatório, que aderira à greve antes da regulamentação do direito constitucio-nalmente reconhecido, não teria direito à anistia de suas faltas indevidas ao serviço.” (STF, 1ªT., RE 226966/RS, rel. orig. Min. Menezes Direito, rel. p/ o acórdão Min. Carmen Lúcia, 11.11.2008. inf. 528)O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul deparou-se com a questão acima noutras oportunidades, tendo profe-rido decisões favoráveis aos trabalhadores ilegalmente penalizados conforme adiante transcrito: MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. ADESÃO À GREVE. AUSÊNCIA DE FALTA GRAVE. A FALTA DE INTEGRAÇÃO DA NORMA DO ART.9 DA CF NÃO AUTORIZA QUE SE CONSIDERE COMO FALTA GRAVE A ADESÃO À GREVE POR SERVIDOR PÚ-BLICO CIVIL EM ESTÁGIO PROBATÓ-RIO E LHE ENSEJE A DEMISSÃO. SE-GURANÇA CONCEDIDA. (Mandado de Segurança Nº 595198466, Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Celeste Vicente Rovani, Julgado em 01/09/1997)MANDADO DE SEGURANÇA. SERVI-DOR EM ESTÁGIO PROBATÓRIO. PAR-TICIPAÇÃO NA GREVE DOS SERVIDO-RES DA JUSTIÇA. DEMISSÃO POR NAO PREENCHER O REQUISITO “EFETIVI-DADE”. ESTADO DE GREVE E ESTADO DE INQUIETUDE. A SIMPLES ADESÃO À GREVE NÃO CONSTITUI FALTA GRA-VE QUE AUTORIZA DEMISSÃO DO SER-VIDOR, AINDA QUE NA FLUÊNCIA DE

SEU ESTÁGIO PROBATÓRIO. O ESTADO DE GREVE CRIA NO TRABALHADOR O ESTADO DE INQUIETUDE, QUE GERA SITUAÇAO DE GRAVE CONSTRANGI-MENTO EM FACE DOS COLEGAS DE TRABALHO E EM FACE DA ADMINIS-TRAÇAO. E PORQUE A GREVE IMPÕE A SUSPENSÃO DO TRABALHO, E JUSTA CAUSA PARA AFASTAR A EXIGÊNCIA DA ASSIDUIDADE, ENQUANTO ELA DURAR. A CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTICA INFORMA QUE NADA CONSTA EM DESABONO DO SERVIDOR IMPE-TRANTE E LOGO SÓ A GREVE FOI CAU-SA PARA SUA DESPEDIDA. INJUSTIÇA DA DEMISSÃO. ORDEM CONCEDIDA PARA TORNAR SEM EFEITO A EXONE-RAÇAO E REINTEGRAR O IMPETRANTE NO CARGO, POR MAIORIA DE VOTOS. (Mandado de Segurança nº 596164046, re-lator: João Aymoré Barros Costa, Julgado em 16/12/1996)SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. ADESÃO À GREVE. INOCORRÊNCIA DE FALTA GRAVE. A SÓ ADESÃO A GREVE, DI-REITO CONSTITUCIONALMENTE AS-SEGURADO – POUCO RELEVANDO A AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL – NÃO É SU-FICIENTE PARA TIPIFICAR CONDUTA COM APTIDÃO A MÁXIMA PENA DA EXONERAÇÃO. SEGURANCA CONCEDI-DA. (Mandado de Segurança Nº 596154716, Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Janyr Dall’Agnol Júnior, Julgado em 28/04/1997)Tal servidor, embora não esteja ainda efe-tivado, ainda sem estabilidade no serviço público, tem assegurado todos os direitos constitucionais previstos aos demais servi-dores, podendo exercitar seu direito consti-tucional de participação na greve. Ou seja, não existe, seja em legislação federal ou legislação estadual, qualquer vedação ao exercício deste direito a estes servidores. Até porque qualquer medida legal desta na-tureza afrontaria o inciso VII do artigo 37 da Constituição Federal. Ante o exposto, reite-ramos nosso entendimento de que o exercí-cio do direito de greve pelo servidor público em estágio probatório é um direito consti-tucionalmente garantido e qualquer medi-da que vise penalizar tal faculdade deve ser prontamente coibida, embora, em relação ao exercício desse direito a todos os servi-dores, haja ressalva restritiva por parte do Poder Judiciário paraense. Fonte:http://juridicosintepp.blogspot.com/2009/05/direito-de-greve-servidor-em-estagio.html

Fonte:http://juridicosintepp.blogspot.com/2009/05/di-reito-de-greve-servidor-em-estagio.html

Servidores Estaduais em greve contra o governo ColomboVárias categorias do serviço publico estadual também estão em greve como é o caso dos trabalhadores da Fatma, Imetro, das secretarias de Turismo e Cultura, da Justiça e Cidadania, da Fundação Catarinense de Educação Es-pecial, Deter, da Fundação Catarinense de Cultura, da Fesporte, Polícia Civil. O descontentamento dos servidores públicos com o tratamento que recebem dos patrões, nesse caso os governantes, é geral.

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Sobre o Mandado de Injunção

O Sintufsc traz para os trabalhadores da UFSC, através do departamento jurídico, esclarecimentos atualiza-

dos sobre a ação do mandado de injunção.

1. O art. 40, §4º, da Constituição prevê ao servidores públicos que trabalham expos-tos à agente insalubres ou perigosos o di-reito à contagem diferenciada de tempo de serviço. O exercício efetivo de tal direito depende de lei específica que até o momen-to não foi editada pelo Legislativo.

2. Diante da ausência de regulamentação por lei complementar, o SINTUFSC, subs-tituto dos servidores da UFSC, ingressou com Mandado de Injunção no Supremo Tribunal Federal, cujo objetivo foi estabe-lecer as regras para o exercício do direito da contagem de tempo de serviço prestado em condições especiais.3. O Mandado de Injunção (nº 1.161) obte-ve resposta do STF e a decisão transitou em julgado 04/10/2010.

4. Com base na decisão obtida no Supremo, o SINTUFSC passou a auxiliar os servidores no encaminhamento dos pedidos adminis-trativos de “averbação de tempo de serviço insalubre”, pleiteando o reconhecimento de atividade especial exercida em seu período de vínculo estatutário e respectiva conversão

(acréscimo de tempo de serviço de 40% para homens e 20% para mulheres).

5. A administração, com base em parecer de sua procuradoria e nas previsões das Orientações Normativas SRH nºs 07/2007 e 10/2010, editadas pelo Ministério do Pla-nejamento, acatou os requerimentos dos servidores, reconheceu e converteu o tem-po de serviço especial. Como conseqüência, houve pagamento de abono de permanên-cia e concessão de aposentadorias.

6. Agora, mudando as regras do jogo no meio da partida, nova Orientação Norma-tiva do Ministério do Planejamento (ON nº. 16) determina que a administra-ção revise as conversões e averbações já realizadas e deixe de realizar novas.

7. Tendo em conta tal situação o se-tor jurídico do sindicato informa e o orienta os servidores no seguinte sen-tido:a) A UFSC obrigatoriamente deverá informar ao servidor sobre qualquer desaverbação, de maneira que o tra-balhador possa exercer seu direito de contraditório e ampla defesa, sob pena de nulidade da desaverbação realizada;b) O Servidor não deve se antecipar à administração. Ou seja, deve aguar-

dar notificação de desaverbação para to-mar quaisquer providências. Recebendo a notificação deverá procurar imediatamen-te o setor jurídico do SINTUFSC para ela-boração da defesa administrativa;c) A administração não poderá exigir a de-volução de importâncias pagas a título de abono de permanência ou revisão de apo-sentadoria. Qualquer desconto a tal título é ilegal e, sendo o caso, será objeto de ação judicial pertinente.

8. O SINTUFSC e as Entidades Nacionais estão trabalhando junto à Brasília para modificação do entendimento.

Tome nota

Greve dos CorreiosA categoria não estava lutando pelos baixos salários, os trabalhadores dos Correios desejam ter preservado e man-tido o direito de seu pai e sua mãe utilizarem o plano de saúde. Em Santa Catarina essa era a principal preocupação de grande parte da categoria. Quem precisou de atendimento nos últimos dois meses apresentou comprovação de que está havendo cobrança para utilização do plano de saúde dos trabalhadores dos Correios, após a mudança para o

Postal Saúde. Depois do julgamento e decisão para que os trabalhadores voltem às atividades essa situação não vai mudra, Segun-do o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina ( Sintect--SC) Hélio Samuel de Medeiros. “Essa decisão mostra que o governo está distante dos trabalhadores”, ressaltou.

Moção de SolidariedadeO CNG/FASUBRA se solidariza com os estudantes, técnicos e docentes que lutaram e resistiram contra a invasão au-toritária do Batalhão de Choque, PM e Policia Federal no CAMPUS da UFSC. É inadmissível que no cinquentenário do golpe militar a força repressiva do estado seja responsável por cenas absurdas de agressão física e destruição de patrimônio público da universidade.

Page 7: JORNAL CIRCULAÇÃO - Sintufsc · tomia do CCB e estou lá até hoje”. Depois de todos esses anos no mesmo setor Nasareno é muito querido pelos colegas. “Ajudei a colocar o telhado,

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Sintufsc em ação

Trabalhadores aprovam contas do Sintufsc por unanimidade

A assembleia de prestação de contas do Sintufsc, realizada no dia 28/3, no auditório do sindicato aprovou

as contas do ano de 2013 por unanimidade.Dando continuidade a política de transpa-rência e cumprido o estatuto da entidade,

a coordenaçãoo geral, através do departa-mento contábil, apresentou os balancetes com seus respectivos demonstrativos de-talhados e que serão publicados no Jornal Circulação e na página na internet.Houve uma observação por parte da mesa que o Conselho Fiscal 2011/2013 não apre-sentou o parecer formal sobre as atividades do período, documento previsto no estatu-to do sindicato.

Comando local de greveno ato dos federais

Muitas categorias de servidores pú-blicos federais estão descontentes com o governo e estão organizan-

do greves e paralisações para pressionar por mudanças. Algumas dessas categorias estavam presentes no ato realizado no cen-tro da capital para marcar o Dia Nacional de Lutas dos Servidores Públicos Federais (SPFs) no dia 19/3.Representantes do comando local de greve

dos trabalhadores da UFSC compareceram ao ato e deram o recado de que a categoria não está satisfeita com a política do gover-no para os trabalhadores e pressiona para-lisando as atividades em várias universida-des no país.Trabalhadores da Justiça Federal, IBGE, IFSC, e militantes do MST participaram da manifestação que aconteceu em frente ao TRE. Os técnico-administrativos em educa-ção da UFSC foram elogiados pela atitude de entrarem em greve no dia 17. “Temos que nos espelhar na coragem dos companhei-ros” disse o representante do Sintrajusc.

Sintufsc garante planode Saúde para TAEs

Depois da intervenção e negociação do Sintufsc os trabalhadores dos antigos Colégios Agrícolas de Cam-

boriú e Araquari, atual Instituto Federal Catarinense (IFC) conseguiram a inclusão no novo plano de saúde da UFSC. A admi-nistração da universidade tinha excluído estes trabalhadores, antes da universidade, do benefício.Na reunião realizada no dia 27/2, na reitoria do campus de Blumenau do Instituto Fede-ral, o chefe de gabinete da reitoria da UFSC, Carlos Vieira, e a Secretária de Gestão de Pessoas, Elci Terezinha de Souza Junckes, na presença do Reitor do IFC, Francisco José Montório Sobral, de Teresinha Ceccato, inte-grante da coordenação geral do Sintusc, e de trabalhadores dos respectivos campus, disse

que a universidade fez um acordo de coope-ração entre as instituições para acomodar es-tas pessoas que tinham o plano de saúde com a universidade.De acordo com Carlos Vieira, todos os tra-balhadores que já tinham o plano de saú-de conveniado com a UFSC poderão par-ticipar do novo contrato e deverão fazer o recadastramento até o dia 20 de março. Novas adesões não serão aceitas, segundo o acordo que vai vigorar por até 5 anos. Nesse período o IFC deverá chegar a uma solução para estes casos.Teresinha Ceccato comemorou esta vitória para os trabalhadores e colocou o sindicato à disposição para auxiliar no transporte das pessoas que deverão comparecer no cam-pus da UFSC para apresentar os documen-tos. “Estas pessoas foram por muitos anos trabalhadores da universidade e não podem simplesmente serem colocados de lado. Esta situação poderia ser resolvida com mais ante-

cedência e poupa-los do desgaste de ficarem sem a cobertura do plano de saúde em meio a tratamentos. O Sintufsc foi contundente na defesa de seus filiados”, relatou.Os Colégios Agrícolas de Camboriú e Ara-quari foram transformados em Instituto Federal em 2009 mas os trabalhadores continuaram ligados ao plano de saúde da UFSC. Com a renovação do benefício, no ano passado, eles ficariam de fora. O Sintufsc agiu com atenção para que os fi-liados não fossem prejudicados.