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CIRCULAÇÃO JORNAL ANO XIX - EDIÇÃO 132 - DEZEMBRO DE 2016 GREVE 2016: Contra PEC do Teto, trabalhadores se mobilizam ELEIÇÕES: Toma posse diretoria eleita triênio 16/19 4 Pág PEC 287/2016 já foi aprovada pelas comissões da Câmara Federal 5 Pág JURÍDICO: Medidas para garantir direito dos filiados 6 Pág derrubar a Reforma da previdência é a luta em 2017 7 Pág APOSENTADORIA SOB AMEAÇA

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CIRCULAÇÃOJORNAL

ANO XIX - EDIÇÃO 132 - DEZEMBRO DE 2016

GREVE 2016:Contra PEC do Teto, trabalhadores se mobilizam

ELEIÇÕES:Toma posse diretoria eleita triênio 16/19

4Pág

PEC 287/2016 já foi aprovada pelas comissões da Câmara Federal

5Pág

JURÍDICO:Medidas para garantir direito dos filiados

6Pág

derrubar a Reforma da previdência é a luta em 2017

7Pág

APOSENTADORIA SOB AMEAÇA

Dezembro de 2016 * Nº 132Tiragem: 4.500 exemplares

Jornalista Responsável: Evandro Baron - 6152/DRT/RS

[email protected] Gráfico: Flávia Destri Garcia

Gestão: Determinação - Sindicato para todos

O Jornal CIRCULAÇÃO é uma publicação do Sindicato de Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de SC Endereço: Rua João Pio Duarte da Silva, 241 - Caixa Postal 5130 Córrego Grande - Florianópolis - CEP 88 037 [email protected] - www.sintufsc.ufsc.br

EDITORIAL

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JOR

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O ano de 2016 teve um componente indiscutível para todos os brasi-leiros: não foi fácil pra ninguém.

Para quem faz parte da classe trabalha-dora então, nem se fala. Se você trabalha no serviço público federal, vinculado ao Poder Executivo, certamente sabe do que estamos falando. O Governo Federal, de-pois da derrubada da presidente Dilma Rousseff, seguiu no processo de reestru-turação do estado de bem estar social com a retirada de direitos históricos de quem trabalha no andar de baixo da pi-râmide social.Confira também as notícias mais recentes da categoria durante a greve de 52 dias encerrada no último dia 14 de dezembro contra a aprovação da PEC 55/2016 - do Teto dos Gastos Públicos em Saúde e Edu-cação - e pelo cumprimento integral dos acordos da greve de 2015. Embora não tenhamos obtido sucesso em barrar a aprovação do pacote de maldades, a luta continua e 2017 promete. E vem mais por aí, pois a Reforma da Previdência Social já está com a batata dos trabalhadores assando, praticamente extinguindo o di-reito a uma aposentadoria digna ainda em vida. Nesta edição do jornal Circulação traze-mos uma análise jurídica dos principais pontos do projeto em discussão no Con-gresso Nacional. Ah, e veja também algu-mas imagens da nossa confraternização

Ano turbulento

Expediente

Embora sem conquistas para come-morar o Dia do Servidor Público, que acontece todo dia 27 de outubro, a Co-ordenação do SINTUFSC realizou no dia 22 daquele mês a confraterniza-ção em homenagem aos trabalhado-res e trabalhadoras da Universidade. O evento reuniu mais de 1.400 pes-soas entre filiados e seus familiares. Um dos objetivos da atual direção é o de resgatar o servidor para dentro da sede da entidade, buscando fortalecer o poder de reivindicação da categoria.“Fazemos um trabalho de conscien-tização dos servidores sobre a impor-tância de sua participação nos movi-mentos pelas nossas reivindicações. Divulgamos na hora da festa a situa-ção dos movimentos tanto no plano local quanto nacional em relação às pautas de reivindicações”, destaca Celso Ramos Martins, da Coordena-ção Geral do sindicato.“Todo este trabalho é feito no dia da festa, isso além de os filiados trazerem seus familiares e haver uma maior agregação entre todos. Isso inclusi-ve provocou um maior número de fi-liações ao sindicato. E não deixando nunca de fazer a luta, além de haver uma participação expressiva dos apo-sentados, que muitos estão vindo para este tipo de evento. E essa é uma ma-neira de agregar realmente a catego-ria”, ressalta.Para o coordenador geral, a conjuntu-ra nacional quanto ao reconhecimen-to dos servidores só traz motivos para lamentar, pois a perspectiva é de ape-nas retrocessos para os trabalhadores: “Estamos perdendo direitos ao longo do tempo, não apenas no Governo Te-mer, mas também nos governos Dil-ma e Lula nós já enfrentávamos esta conjuntura de perda de direitos. Não apenas os servidores públicos deixa-ram de ser valorizados, mas também o setor educacional, enfim, o conjunto da classe trabalhadora na área pública vem sofrendo há vários anos as conse-quências da perda de direitos”.

Reflexão no Dia do Servidor

de final de ano. No plano local a discussão sobre a implantação da jornada de 30 horas para todos avançou em conversas com a Reitoria e a criação das comissões nos setores para o diagnóstico que vai dar amparo técnico para a administra-ção central tomar a decisão política em torno das seis horas.Os últimos dias de 2016 registraram a conclusão do processo licitatório pelo qual a Reitoria da UFSC comprou os re-lógios que significam o ponto eletrônico para os trabalhadores da universidade, cobrado há anos pelo Ministério Público Federal em em ação civil pública, em de-cisão judicial que acabou sendo cumpri-da pela atual administração. A direção do sindicato reiterou que a categoria tem posição contrária ao ponto eletrônico e qualquer outra forma discriminatória de controle de assiduidade.Que o final de ano e o mês de janeiro se-jam uma oportunidade de descansar, refletirmos sobre a conjuntura que nos aguarda no próximo ano para fazermos o nosso dever de casa, de defender os di-reitos dos trabalhadores e trabalhadoras Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais Públicas de En-sino no Estado de Santa Catarina.

A luta continua. Um ótimo 2017 a todos e todas!

Seu Adelino Barbosa, aos 78 anos es-banja saúde e vitalidade, dirigindo seu automóvel Astra e visitando dia-

riamente os amigos no campus da UFSC na Trindade, onde se aposentou em 1994 no setor de técnica operatória do Hospi-tal Universitário. Seus 28 anos dentro da UFSC foram uma vida de alegrias e muito aprendizado, como faz questão de desta-car. Ele gosta de relembrar que ingressou na Universidade em 1966, aos 28 anos, quando a antiga Reitoria ainda era na rua Bocaiúva, vindo da terra em que nasceu no Sul do Estado, no município de Imaruí, fi-lho do Seu Oscar João e da dona Doralice.Viúvo há 12 anos da esposa, dona Nalza, mãe de seus oito filhos (Edesio, Lúcia Hele-na, Geraldino, Oscar (já falecido), Márcia, Jocelena, Helena e os caçulas Elisângela e Luciano (nascidos dentro da UFSC), Seu Adelino diz que gosta mesmo é de dar uma mãozinha aos outros. “Sou chegado em ajudar”, reforça. Seu Adelino critica a falta de memória quanto às personalidades que fizeram história na universidade e que que foram esquecidos depois que morreram. Entre eles, ressalta o nome de João David Ferreira Lima, a quem ele considera “mais amigo do que reitor”. Segundo ele, o fun-dador e primeiro reitor da UFSC, morto em 2001, merece ter sua história relembrada. Ele levanta cedo todo dia e uma das primei-ras coisas que gosta de fazer é a tarefa de

Eu sou a UFSC

alimentar os animais, cães e galinhas que cria no terreno de casa, para depois come-çar sua rotina de visitar os amigos, num ro-teiro que inclui diariamente uma visita pela manhã ao Volantes, a associação atlética dos servidores da UFSC. Costuma presen-tear os outros com os ovos de sua criação. Criado na roça de mandioca e arroz, apren-deu a caçar na localidade do Espraiado, onde ainda hoje os parentes estão e ele costuma viajar. Seu Adelino chegou na Ilha aos 18 anos e teve vários empregos, traba-lhou em matadouro e aprendeu a lidar com animais. “Sabia carnear um boi com facili-dade, pois entrei como aprendiz e saí pro-fissional”, explica.Analfabeto, com boa cabeça como se define, ele nunca estudou mas aprendeu muita coi-sa na prática. Conta ter começado na univer-sidade como servente, trabalhando no bio-tério. Depois virou expert em colocar para dormir os animais usados como cobaias nos laboratórios da universidade. Sentava com o responsável pelo laboratório e ele explicava como se tirava sangue de uma galinha, como se anestesiava um galo, como anestesiar um cachorro com três meses de vida. Tanto aprendeu que num congresso aca-bou ajudando a colocar os animais para dormir. “Expliquei pra eles que na coxa do porco tem toucinho, não ia absorver nun-ca o anestésico. Aplicava na veia atrás da orelha do animal e em seguida ele dormia,

Os integrantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Fede-rais (Fonasefe) se reuniram na terça-feira (20/12) em Brasília para definir os cami-nhos da luta do funcionalismo público em 2017. As entidades presentes, Assibge, Condsef, Sinait, CTB, Fenajufe, Sinasefe, Asfoc e Sinal apresentaram os informes

e a Fasubra in-formou sobre a suspensão do movimento gre-vista iniciado em 24 de outubro, com retorno ao trabalho unifica-do em 15 de de-zembro de 2016, completando 52

dias de greve. De acordo com o represen-tante da Federação, apesar de não haver derrotado a PEC 55/16, a categoria se retira do movimento paredista mobilizada e com acúmulo organizativo, o que permite maior protagonismo social no próximo período. O Comando Nacional de Greve orientou a aprovação de Estado de Greve imedia-

to, com vistas à deflagração de movimen-to grevista em 2017 contra a proposta de reforma da Previdência e pela inclusão de correção salarial na próxima Lei de Diretri-zes Orçamentárias (LDO).Para a Campanha Salarial de 2017, as entidades decidiram que a estrutura das mobilizações será a Campanha Salarial e Contra a Reforma da Previdência. Segun-do a assessoria de comunicação da Fasu-bra, as peças de divulgação da campanha já estão sendo formuladas (Asfoc, Condsef e Sinasefe) e devem ser analisadas na pró-xima reunião do Fórum, prevista para o dia 18 de janeiro, às 10h, na sede da Fena-jufe. A próxima Reunião Ampliada do Fo-nasefe também foi agendada para os dias 4 e 5 de fevereiro, em Brasília em local a ser divulgado.

Campanha Salarial 2017 em discussão no Fonasefe

colocando a língua pra fora. Fiz os nove leitões e não matei um sequer”, relembra, contando que os veterinários ficaram ad-mirados da sua capacidade.Seu Adelino não se considera um homem muito religioso, “mas quando eu deito, se eu não rezo eu não durmo. Se eu não fizer isso vai faltar alguma coisa”. Conta que tem orgulho dos filhos que tem e da relação ca-rinhosa que mantêm: “Eles chegam e onde eu estiver me beijam e me pedem a benção, hoje em dia é difícil ver isso nas famílias. Você vê filho prejudicar o pai, maltratar a mãe”. Na hora do lazer, além de jogar do-minó, entre seus passatempos preferidos está o de assistir partidas de futebol pela televisão, como conta ao revelar que é tor-cedor do Figueirense e do Santos.

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A assessoria jurídica do SINTUFSC está acompanhando os desdobra-mentos da proposta de reforma da

Previdência Social que está tramitando em Brasília e será um dos projetos polêmicos a serem discutidos ao longo do próximo ano no Congresso Nacional. O texto em análise atinge tanto os trabalha-dores da iniciativa privada quanto os que trabalham no setor público do País. Confira nesta página a análise preliminar feita pelo advogado Guilherme Querne, da assessoria jurídica do sindicato, atendendo solicita-ção feita pela Coordenação Geral:

PEC da Previdência para Servidores Públicos

Já está tramitando na Comissão de Cons-tituição e Justiça da Câmara dos Deputa-dos a Proposta de Emenda à Constituição que altera todo o sistema de previdência do País. Por se tratar de alteração constitu-cional o texto terá que passar por quórum qualificado de três quintos, em dois turnos, nas duas casas do Congresso Nacional.A Reforma nasceu sob o argumento de evi-tar um rombo nas contas públicas, o que é de plano bem questionável, tanto do ponto de vista econômico quanto político. De todo modo, para conhecimento dos ser-vidores públicos vinculados à Universidade Federal de Santa Catarina, as principais mu-danças são: aposentadoria aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade tanto para homens quanto para mulheres, com base na média da contribuição. O requisito principal deixa de ser a contribuição passando a conside-rar a idade do servidor (65), somando-se a isso a exigência mínima de 25 (vinte e cin-co) anos de contribuição, 10 (dez) de efetivo exercício no serviço público e 5 (cinco) anos no cargo que se pretende aposentar.

Quase meio séculode contribuição

Entretanto, para alcançar a integralidade da média dos salários de contribuição o ser-vidor terá que contribuir por 49 (quarenta e nove) anos. Enquanto atualmente são exigidos 35 (trinta e cinco) anos de contri-buição para homem e 30 (trinta) para mu-lheres, para obtenção de 100% da média, a proposta prevê para a remuneração a partir de 51% da média dos salários de contribui-ção, “acrescidas de 1 (um) ponto percentual para cada ano de contribuição considerado na concessão da aposentadoria”.

O valor do benefício sempre será limitado a 100% (cem por cento) e ao teto do Regime Geral de Previdência Social. Na mesma linha de cál-culo estão na proposta as aposentadoria por invalidez e compulsória (agora em todos os ca-sos com 75 anos), sendo que na aposentadoria por invalidez decorrente “exclusivamente” de “acidente de trabalho” o 100% (cem por cento) da média já está considerado.

Mudanças mexem até na alíquota de contribuição

Outra alteração importante que merece destaque é a relativa às pensões por morte. Neste caso, além da proibição de acumula-ção de pensões, de pensão e aposentadoria, o benefício parte de 50% do valor da apo-sentadoria do servidor falecido, ou se faleci-do durante o período que estava em ativida-de, calculado sob a forma de aposentadoria por invalidez, e é acrescido de 10 (dez) pon-tos percentuais por dependente.Para os servidores que conseguirem com-pletar os requisitos mínimos para con-cessão do benefício e permanecerem tra-balhando (65 idade - 25 contribuição - 10 efetivo exercício – 5 cargo) é mantido o Abono de Permanência, agora com valor máximo previsto na Constituição (valor da contribuição do servidor) e com possibili-dade de valor menor estabelecido em lei, pela União, pelos Estados, ou Municípios. Esta alteração deixa claro o objetivo do Go-verno em alterar, posteriormente, a alíquo-ta de contribuição atualmente prevista na Lei 10887/04, no importe de 11%, sem que eventual majoração da contribuição possa refletir no valor pago a título de Abono de Permanência.Além desta regra geral, a proposta prevê uma regra de transição para aqueles servido-res que até a entrada em vigor da nova pro-posta não tenham completado os requisitos e tenham, ainda, 50 (cinquenta) anos, se ho-mem, e 45 (quarenta e cinco) se mulher. Neste caso, será respeitada a regra de transi-ção já prevista na Emenda Constitucional nº 41/2003, acrescida de um adicional de 50% do tempo que, na data da promulgação da nova Emenda faltava para alcançar o tempo mínimo de contribuição de 35 (trinta e cinco) anos, se homem e 30 (trinta anos) se mulher.

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Querem meter mais uma vez a mão na aposentadoria

Assessoria jurídica analisacenário de mudanças na Previdência

Confira como podemficar as contas

No caso concreto, apenas como exemplo, como ficaria o cálculo caso a proposta seja aprovada nos termos em que se encontra. Na hipótese de uma servidora que já tenha completado os 55 anos de idade, 20 anos de efetivo exercício no serviço público, 5 anos no cargo, e faltando a partir de 31/12/2016 apenas um ano para completar os 30 anos de contribuição, requisitos previstos na Emenda Constitucional nº 41/2003; consi-derando ainda a hipótese de que a Emenda ora discutida fosse publicada também no dia 31/12/2016; esta servidora teria mais um ano e seis meses de contribuição para ter direito ao benefício calculado com a regra de pari-dade, ou seja, com proventos calculados com base no salário pago aos servidores em ativi-dade, com as mesmas regras de reajuste.A regra de transição prevista no artigo 3º da Emenda Constitucional 47/2005 também entra na nova transição, agora ao invés de um ano de contribuição a mais, para aposen-tadoria menor que a idade mínima (55) mu-lher e (60) homem, regra da somatória dos pontos, passa a ser por dia, ou seja, a cada dia de trabalho que supere o mínimo (30 e 35), um dia a menos da idade (55 e 60).Logicamente estes são apenas alguns aspec-tos da proposta que deverá sofrer alterações e que tais alterações sejam significativas em favor dos servidores. Isso tudo dependerá da pressão que a sociedade e em especial os tra-balhadores possam impor ao Congresso Na-cional. Da parte da assessoria, consideramos que a proposta não atende aos princípios mais básicos estabelecidos na Constituição Federal, em especial o da dignidade da pes-soa humana, e por tal razão deve ser comba-tida veementemente na luta política.

Mobilização contra a PEC do congelamento

Depois de quase oito semanas em greve nacional da categoria, os tra-balhadores Técnico-Administrati-

vos em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiram em assembleia geral pelo retorno ao trabalho na quinta-feira (15/12). A deliberação se-guiu a orientação da Fasubra, Federação

dos sindicatos de trabalhadores das uni-versidades públicas do País, que recomen-dou um recuo estratégico na mobilização da categoria.Os trabalhadores da universidade também aprovaram a orientação nacional de conti-nuar em estado de greve e avaliam que no próximo ano a luta contra a aprovação da reforma da Previdência vai exigir a unida-de da classe trabalhadora no País. A paralisação, iniciada em 24 de outubro, fez parte da luta contra a aprovação pelo

Senado Federal do Projeto de Emenda Constitucional 55/2016, a chamada PEC do Teto, que limita por 20 anos os inves-timentos públicos em Educação e Saúde, além de uma forma de a categoria pressio-nar o Governo Federal pelo cumprimento integral dos acordos firmados durante a greve nacional de 2015.A mesa foi dirigida por Celso Ramos Mar-tins e Maria Aparecida Pereira Martins, da Coordenação do SINTUFSC e Eduardo Luz, pela base sindical.

Greve 2016

A Comissão Permanente montada pela administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

para tratar da jornada de 30 horas sema-nais para os trabalhadores da universidade concluiu em outubro a primeira etapa dos trabalhos, com a elaboração das diretrizes e orientações gerais para as comissões se-toriais a serem montadas nas unidades.Através de memorando circular, a Prode-gesp está encaminhando à administração central e aos gestores das unidades os do-cumentos elaborados pelas cinco titulares da comissão para orientar os estudos técni-cos que vão diagnosticar e dar embasamen-to à tomada de decisão da Reitoria. O mate-rial foi enviado na quinta-feira (27/10) aos gestores através do SPA, sistema de gestão administrativa da universidade.

Categoria é contraponto eletrônico

Diante da atitude da administração central da UFSC, que anunciou ofi-cialmente no dia 26 de dezembro

a aquisição dos equipamentos de controle eletrônico de assiduidade dos trabalhadores e trabalhadoras da Universidade, a Coorde-nação Geral do SINTUFSC veio a público reiterar a posição congressual da categoria contrária à adoção do ponto eletrônico.“Nós entendemos que a reitoria tem legi-timidade para efetivar a compra dos equi-pamentos e cumprir a decisão judicial em ação movida pelo Ministério Público Fe-deral, mas reforçamos que esta não é po-liticamente a melhor decisão”, avalia Celso Ramos Martins, coordenador geral da en-tidade sindical.Segundo ele, o ponto eletrônico não é o mecanismo mais adequado para controlar a presença dos trabalhadores nos setores. Celso ressalta que a direção da entidade vai continuar fazendo a defesa de um dos pon-tos do Plano de Lutas da categoria, apro-vado na 12ª edição do Congresso Estadual (Consintufsc) em dezembro de 2014. No documento, a categoria deixou claro que é “contra o ponto Eletrônico e outras formas de controle discriminatórias nas Universi-dades Públicas”.

Entre as orientações, o cronograma prevê que a indicação dos nomes para compor as comissões setoriais nas Unidades Acadê-micas e Administrativas deve ser feita até dezembro de 2016. A nomeação das comis-sões setoriais, a ser feita através de porta-ria pelos gestores máximos das unidades, deve ser feita após indicação das áreas. O relatório das Unidades Acadêmicas e Ad-ministrativas tem previsão de entrega até 90 dias após a nomeação da comissão, por meio de relatório físico e digital (via SPA, à Prodegesp).Após a entrega, a Comissão Permanente têm prazo de 90 dias para avaliação e dar parecer com retorno às comissões setoriais. A devolução do relatório com correções pe-las Unidades Acadêmicas e Administrati-vas tem prazo de 45 dias após a avaliação.

Comissão das 30 horas conclui primeira etapa

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JURÍDICO

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A assessoria jurídica do SINTUFSC está divulgando aos filiados infor-mações de interesse da categoria.

Dentre os assuntos em pauta alterações na legislação sobre a jornada de trabalho e medidas judiciais movidas pelo sindicato em defesa dos direitos dos trabalhadores, relacionadas ao auxílio-creche e à aplica-ção das normas de segurança no âmbito da Universidade.

REDUÇÃO DE JORNADA

A assessoria jurídica informa que servidores públicos federais que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência passaram a ter o direito à horário especial, sem necessi-dade de compensação de horário. A mudan-ça é fruto da Lei 13.370/2016, que modificou a redação do art. 98 do Estatuto dos Servi-dores Públicos Federais (Lei 8.112/90).

“Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando compro-vada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, res-peitada a duração semanal do trabalho. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§ 2º Também será concedido horário es-pecial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§ 3º As disposições constantes do § 2º são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência. (Re-dação dada pela Lei nº 13.370, de 2016)”

AUXÍLIO-CRECHE

A assessoria jurídica informa ter ajuizado ação coletiva em face da Universidade Fe-deral de Santa Catarina, onde requer seja declarado o direito dos servidores bene-ficiados de não serem exigidos ao paga-mento da cota-parte no custeio do auxílio creche ou auxílio pré-escolar. A cobrança é uma prática de vários anos que vem sendo adotada pelo Governo Federal.Na mesma ação, o sindicato pleiteia a con-denação da Universidade a restituir aos servidores que fazem jus ao benefício os va-lores indevidamente descontados dos seus contracheques, observada a prescrição, atualizados monetariamente e acrescidos de juros moratórios. A ação foi distribuída automaticamente para a 4º Vara Federal de Florianópolis e é de responsabilidade do Juiz Federal Gustavo Dias de Barcellos.

Medidas judiciais em defesa dos nossos direitos

Tome nota

“Vai ser uma luta, estamos aí num momen-to delicado no plano nacional com vários projetos em andamento de vários governos e temos o dever de fazer a defesa do traba-lhador, pois o sindicato tem essa finalida-de. Nós da chapa Determinação, Sindicato para Todos, trilhamos um caminho de res-gate do servidor”, destacou o coordenador geral Celso Ramos Martins ao discursar durante a solenidade de posse da Direto-ria Colegiada do SINTUFSC para o triênio 2016-2019 realizada em 20/09. Ele agradeceu ao apoio de todos pela quarta posse consecutiva na direção da entidade. Após três horas de trabalho, a comissão apuradora dos votos apontou a

Diretoria eleita toma posse para novo triênio

HORÁRIO DE VERÃO

Desde o dia 12 de dezembro o expediente no SINTUFSC passou a acompanhar o calendário de verão da Universidade, com atendi-mento pela manhã na sede do sindicato e sistema de plantão no período da tarde. O atendimento segue desta forma até o dia 3 de março de 2017.A Coordenação Geral do SINTUFSC comunica que o atendimento presencial no sindicato durante o horário de verão acontece das 7h30 às 13h30. O plantão funciona das 13 às 19h.

vitória da Chapa 2 – Deter-minação Sindicato para To-dos na eleição para A Chapa vencedora recebeu 151 votos a mais do que a Chapa 1, de oposição.O trabalho de apuração tota-lizou 1.058 votos e foi presi-dido por Reinoldo Domingos Ramos e contou com a par-ticipação de Maria Antoni-na Cunha, Miguel Arcângelo Broering e Hildemberg Soa-res de Lima. Para o Conselho Fiscal foi eleita a Chapa úni-ca, com 839 votos.

O sindicato promoveu um torneio esportivo de encerramen-to da temporada, realizado no dia 15 de dezembro com os jogos do torneio de futebol suíço na sede da entidade. Du-

rante a premiação aos participantes foi entregue a Taça “Licino Rodolfo Mendes“, além de uma placa em homenagem ao filiado aposentado que frequenta as peladas no campo de futebol.Foram entregues os troféus e medalhas aos atletas que participa-ram das três modalidades da Semana Esportiva do SINTUFSC, realizada em novembro. Além do futebol suíço (equipes de sete atletas), houve disputas de canastra e dominó em duplas.

Como a Unimed da Grande Florianó-polis não negociou e está aplicando um reajuste unilateral de 32,85% em

novembro de 2016 no contrato UNIPLAN, oferecido pela operadora aos filiados atra-vés do SINTUFSC, na quinta-feira (3/11) os trabalhadores beneficiários do contrato UNIPLAN – Plano Especial 513 estiveram reunidos em assembleia geral extraordiná-ria para discutir o índice de reajuste aplica-do. Realizada no auditório do sindicato, a assembleia teve os trabalhos dirigidos por Celso Ramos Martins, da Coordenação Ge-ral do sindicato, com o apoio do advogado Antônio Carlos da Silva, da assessoria jurí-dica do SINTUFSC.A UNIMED alega que foi constatado um desequilíbrio contratual, apresentando, de maneira unilateral, um resultado operacio-nal negativo, na relação receitas e despe-sas, de 21,20% e que, para a manutenção do contrato com a prestação de serviços de qualidade, seria necessária, então, a aplicação do índice de reajuste de 32,85%, correspondendo ao referido resultado ope-racional negativo acrescido do IGP-M acu-mulado nos últimos 12 meses (11,65%).Desta forma, a partir do mês de novem-bro de 2016 permanece retido nos autos do processo em curso o valor relativo à aplicação dos índices de reajuste impostos

pela UNIMED em 2015 (53,9%) e em 2016 (32,85%) sobre o valor das mensalidades pago até novembro de 2015.O assessor jurídico do sindicato acredita que deverá ser proferida a sentença no pri-meiro semestre de 2017. No início de 2016 a juíza Andresa Bernardo decidiu manter em vigor o contrato, assinado há 21 anos, sob pena de multa diária de R$ 5 mil por dia de descumprimento.

Decisão:Categoria cancela plano de

saúde deficitário

Em assembleia geral extraordinária re-alizada no final de outubro (27) na sede do SINTUFSC, a plenária deliberou pelo cancelamento do Plano de Saúde Unimed – K3 Custo Operacional (pós-pagamento), conhecido como fura fila, diante dos riscos trazidos pelo contrato antigo para o caixa da entidade e para o orçamento familiar do usuário do plano. Cerca de 370 filiados e seus familiares eram usuários do plano através da entidade sindical.Desde 1998, com a entrada em vigor da lei 9.656, quando um usuário de plano de saú-de na modalidade pós-pagamento receber atendimento pelo SUS – Sistema Único de

Saúde, os valores dos procedimentos mé-dicos devem ser ressarcidos pela empresa à qual o usuário é vinculado, no caso o SIN-TUFSC.De acordo com o advogado Antônio Carlos Silva, da assessoria jurídica do sindicato, o reembolso das despesas efetuadas está em conformidade, também, com a súmula nor-mativa nº 9 da Agência Nacional de Saú-de Suplementar. Conforme a avaliação da assessoria jurídica, diante do repasse das despesas ocorridas neste plano, referente a custos relacionados ao SUS, ficou inviável a sua manutenção sob pena de comprometer o equilíbrio econômico-financeiro do caixa da entidade.Diante da decisão, o sindicato encaminhou, através da assessoria jurídica, a rescisão contratual junto à operadora do plano. A rescisão passou a valer a partir do final de novembro. O SINTUFSC está requerendo também, junto à operadora, que os filia-dos beneficiários do contrato, que estejam elegíveis para migrar para o contrato de as-sistência à saúde UNIMED/UFSC, o façam de maneira facilitada, de modo que possam aderir ao referido contrato sem qualquer espécie ou prazo de carência. O sindicato se colocou à disposição da operadora para reuniões com o objetivo de estabelecer a migração.

Plano de Saúde: medidas contra reajuste da Unimed

Torneio de encerramento com noite de homenagens

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FIM DE ANOCONFRATERNIZAÇÃO DE FINAL DE ANO REÚNE SINDICALIZADOS

O SINTUFSC promoveu no sábado (17/12) a confraternização de fim de ano. Realizado na sede do sindicato, o evento reuniu cerca de 1500 pessoas entre filiados e seus familiares. Amigos e companheiros de trabalho se reencontraram, desfrutando de momentos de descontração e camaradagem. A direção do sindicato deseja a todos um final de ano de

paz e tranquilidade, para que em 2017 tenhamos energia para seguir na luta contra a retirada de direitos.

Fotos: Evandro Baron