jornal caminho 10
DESCRIPTION
É uma publicação vocacional trimestral que apresenta notícias e curiosidades dos Encontros Vocacionais Maristas e dos jovens das casas de formação de forma descontraída e alegre.TRANSCRIPT
CaminhoJornal
Ed. 1
0 =
Ago
sto
2010
• A promoção você faz
o Jornal Caminho continua
valendo um iPod.
• Encontros vocacionais
Maristas movimentam
a abertura do mês vocacional.
• “Sou convocado para algo
especial, sou um jovem
diferente”.
ConvoCados para
a seleção marista
acessewww.vidamarista.org.br/vocacional
Em tempos de Copa do Mundo de Futebol (escrevo sem saber se o Brasil conseguiu mais uma estrela... será?) muito se fala da garra dos jogadores, do espírito de equipe, essas coisas que julgamos tão importantes quanto ter um craque no próprio time. Arrigo Sacchi, ex-treinador da squadra italiana, em entrevista afirmou que o jogador, antes de tudo, joga com a mente, não com as pernas, por isso preferia escolher pessoas comprometidas: “Ainda que Deus dê a você um grande talento, se você não é comprometido, não dará o máximo”.
Há um curioso fato na Bíblia a respeito de convocação. Está no livro de Juízes (6-7). O povo estava sendo ameaçado pelos povos vizinhos. O general Gedeão toca a trombeta e reúne todos os homens das tribos de Israel para combater: 32 mil soldados. Deus pede ao general que diminua o grupo: há gente que não está preparada para estar ali. O primeiro grupo de 22 mil, dos que estavam com medo e tremendo, foi mandado para casa. Mas 10 mil ainda é muito. Para selecionar melhor, Gedeão precisa aplicar um estranho critério. Todos devem ir ao rio para beber água. Os que se ajoelham para beber água, a grande maioria, são dispensados. Os que bebem acocorados, tomando água com as mãos, trezentos somente, são convocados. Talvez porque estes últimos escolheram a posição menos cômoda, mas mais versátil para se levantar e sair com rapidez. E com esse reduzido grupo Gedeão venceu a guerra.
Que isso pode dizer a você? Que as escolhas de Deus não dependem de número, nem mesmo de qualidades superespeciais. A questão é saber se você topa, se compra essa briga, se veste a camisa. É ver se você está disposto a jogar em equipe, a olhar para as necessidades dos outros, a lutar pela solidariedade e pelo direito de todos à vida. Não tenha dúvida porém: para essa seleção seu nome já está na lista. (Continuo sem saber se o Brasil é hexacampeão, mas Champagnat nos deu garantia maior: em nosso símbolo há doze estrelas, somos dodecacampeões!)
João Luis Gonçalves Fedel
Coordenação: Setor de Vida Consagrada e Laicato- Responsáveis: Fábio Viviurka Correia, João Luis Fedel Gonçalves, Fabiano Incerti, Ir. Joaquim Sperandio e Pollyana Devides Nabarro. E-mail: [email protected]. Tiragem: 4.000 exemplares. Circulação interna. Endereço: Av. Senador Salgado Filho,1651 – Guabirotuba – Curitiba – PR CEP 81510-001 – Telefone: (41) 3013-4647
Editorial
Expediente
Férias do Jornal caminho:
Estivemos de férias pensando
em novas formas de
interatividade! Novidades à vista!
Não deixe de participar da
construção do Jornal Caminho
dando suas sugestões através do
e-mail: [email protected]
q2
Em Foco
“Todos nós estamos aqui por um objetivo em comum: conhecer os Irmãos Maristas. Percebi que são pessoas comuns, com defeitos qualidades e também homens que souberam descobrir que sua vida era servir a juventude”. Altair Luciano Padilha – Caçador-SC
Não pretendo ser Irmão, mas sim aprender mais e mais sobre Champagnat, Jesus e Maria, para poder repassar esse conhecimento como catequista”. Rhuan Kenner Nunes de Oliveira – Jaraguá do Sul-SC
“A experiência de conviver com pessoas que eu nunca tinha visto foi muito boa. Quando vi vários meninos aqui, pensei que não fosse me dar bem... Mas eles conversaram comigo, me senti mais tranqüilo e fiz novos amigos”.Isaias Pedroso Marins – Caçador – SC
Encontros Vocacionais Maristas
q3
Em Foco Programa Vida FelizREBUENcontros Vocacionais Marista
q4
artiGosTrago em meu coração um profundo sentimento de
felicidade, amor e agradecimento, pela oportunidade de
fazer parte da família MARISTA. Esse é o chamado que
Deus faz a nós e devemos aceitá-lo de coração aberto,
praticando os ensinamentos deixados por nosso pai,
Marcelino Champagnat e tendo como guia nossa Boa Mãe
Maria, exemplo de humildade para toda a vida.
Jean Marcos
Conheci os Irmãos Maristas através do programa
Vida Feliz. Então para ter mais conhecimento decidi
participar dos JOVOMAS. Em cada encontro era tratado
um assunto interessante. Com isso minha vontade de
conhecer mais foi crescendo e comecei a participar dos
EVOMARES que eram encontros mais extensos. Realizei
5 Evomares e a cada encontro sentia ainda mais o desejo
de conhecer e morar com os Irmãos.
Depois algumas entrevistas com o Irmão Cezar Cavanus,
decidi “logo de cara” entrar em uma casa de formação.
Aqui estou no aspirantado Marista convivendo e
aprendendo com os colegas e Irmãos. Espero continuar
assim, pois a experiência é muito boa.
Sirineu Hameister
Acontece
A minha caminhada MARISTA começou quando fui
contratado para trabalhar no setor administrativo do
CESMAR de Chapecó, através dessa oportunidade pude
crescer profissionalmente e espiritualmente. Além
de cumprir meu dever como leigo Educador. Recebi
o convite do Ir. Cezar para participar dos Encontros
Vocacionais Maristas. Foi num desses momentos que
ouvi o chamado de DEUS.
Então resolvi entrar para a comunidade do aspirantado
Marista, aqui em Dourados-MS. Estou aqui estudando e
reforçando meus conhecimentos humanos e espirituais.
Hoje posso perceber que a minha história se encontrou
com a história de São Marcelino Champagnat e passei a
ver as coisas de maneira diferente.
Juliano Borsoi
Aspirantado e Pré-postulado
q5
Acontece
postUlado londrina
artilheiro de seleção!Na copa da vida, um capitão diferente me chamou para que eu fizesse parte do seu time. Mesmo sem conhecer muito bem a proposta aceitei. Hoje sou um jovem jogador do time de Jesus, faço parte da seleção Marista e entre muitos cartões amarelos e pênaltis a cada jogo, faço muitos gols e assim busco levar meu time para as finais. Almejo uma taça que campeonato nenhum pode me dar, o amor misericordioso de Deus.
Daniel Carvalho
sou convocado para algo especial, sou um jovem diferente.Sou um jovem como todos os outros, em busca de um ideal. Sou jovem e vivo minha juventude, em meio a algo que por vezes diferente. Quero dedicar meus anos de vida em um sonho, que transformado em realidade vai produzir bons frutos. Nada melhor quando posso estar em meio às pessoas aprendendo e ensinado. Colocando os dons a serviço das pessoas encontraremos um sentido de viver e de agradecer a Jesus por suas infinitas graças. Vivendo assim que busco encontrar a tão sonhada felicidade.Sou um jovem Marista porque acredito em um mundo melhor, acredito nas pessoas e principalmente em Deus. Sou feliz assim, tenho sempre Irmão que posso confiar e um objetivo que desejo abraçar todos os dias.
Ivan de Castro
sou convocada para algo especial, sou um jovem diferenteQuando fui chamado para entrar nos Maristas como formando no pré-postulado em 2008, me perguntei como será este lugar? Como vou conviver com esses Irmãos e Com os pré-postulantes? Percebo que quanto mais caminho, mais perguntas aparecem e as primeiras são respondidas ou superadas. E que a vida é um jogo quanto mais difícil for para conseguir o que queremos mais daremos valor. Pois o que custa suor vale muito, o nosso grupo torcemos por todos, pois uma grupo é bom por causa do seu todo e não de um ou outro, cada um que sai o grupo fica mais frágil
Josiel Guimarães
sou convocado para algo especialAbri mão de tudo aquilo que eu tinha lá fora, fui convocado para estar aqui onde estou, por mais difícil que sejam as perdas, elas foram necessárias, sofri, mas a partir dessas perdas tive muitos ganhos. O
conhecimento adquirido nesse tempo de convivência, com diferentes culturas e costumes, me fazem perceber quão importante é conhecer o outro e a partir do outro eu passo a me conhecer.A casa de formação é o início de uma grande caminhada, me sinto muito feliz em poder estar aqui, os estudos me preparam para uma vivência melhor com todos. Os momentos de lazer, esporte, viagens, passeios e acampamentos, me fazem crescer no espírito comunitário.As pastorais são muito especiais, a convivência com outros jovens me faz ver que o projeto de São Marcelino Champagnat está sendo cumprido, isso é muito gratificante.
Diony Rodrigues
Pré-postulado e Postulado
q6
Acontece
noviCiadosou convocado para algo especial. sou um jovem diferenteDurante minha vida, já pensei em ser e fazer muitas coisas, como por exemplo: ser um jogador de futebol muito famoso, como também cantor, professor; enfim, nada disso aconteceu, pois Deus tinha outros planos para mim; e o tempo passou e percebi que Deus me convocava para algo diferente, algo que eu jamais pensava ser, Ele queria que eu “jogasse” no seu time, especificamente na seleção Marista. Chamado por Deus a ser um jovem diferente, entrei na casa de formação no dia 9 de Fevereiro de 2008 e hoje, como Irmão Noviço, estou firmando o meu espaço nesse grande time e me sinto muito feliz por poder dar continuidade ao sonho de nosso fundador São Marcelino Champagnat, e com o objetivo de “Tornar Jesus Cristo conhecido e amado, do jeito de Maria”, ao longo de minha caminhada tive a oportunidade de colaborar no desenvolvimento de muitas crianças e jovens por meio de diversos trabalhos pastorais que fiz e por meio destas experiências percebi que não há nada no mundo que possa pagar o sorriso de uma criança e a palavra amiga de um jovem. Estou muito feliz nesta seleção na qual Deus me chama para fazer parte. É realmente muito gratificante fazer parte deste time e evangelizar crianças e jovens. “Precisamos de Irmãos para tornar Jesus Cristo conhecido e amado”. Venha você também fazer parte desta grande seleção!Ir. Miguel Fernandes Ribeiro
sou convocado para algo especialNo ano de 2009, assim como a nossa seleção brasileira, o Pré-Postulado teve jogos muito importantes na vida de jovens que buscavam algo de especial para a sua vida.Em novembro do ano passado fui pré-convocado a estar novamente atuando na seleção do Pré-Postulado em 2010, por não ter conseguido entrosar-me com os jogadores, que hoje estão atuando na seleção do Postulado.As concentrações e treinamentos para a seleção de 2010 começaram em fevereiro do corrente ano. Quando cheguei ao campo para os primeiros treinos éramos 13 jogadores. Mais tarde com o passar dos dias o treinador Ir. Teles dispensou alguns jogadores por não estarem em ritmo de jogo, pois eles ainda não estavam preparados para atuarem em nossa seleção. Nós, apesar de sermos bons, ainda estamos procurando melhorar o nosso entrosamento e manter um bom ritmo de jogo para estarmos mais preparados para não perder os jogos nos campos da vida Marista.Este ano, estou também auxiliando a professora Solange no infantil do Colégio Marista São Luis. O objetivo é adquirir maior preparação técnica e física para os próximos jogos, com a intenção de estar atuando na seleção do Postulado em 2011.Esta convocação é muito importante para minha vida, pois estou trabalhando não apenas a Formação Humana, mas principalmente para jogar melhor que as dificuldades a serem encontradas nos campos da vida marista. Gostaria de não perder para estes timinhos(dificuldades) que apenas estão aí para dar melhor ritmo de jogo para nós que somos os melhores jogadores do mundo, e que conseqüentemente iremos levar mais esta conquista e seremos hexacampeões.
Airton Rosenildo Oliveira dos Santos
q7
esColastiCadosair de si para atender o outroAcreditamos que o algo especial, se transforma no vivenciar de uma experiência que convida a sair de si
para atender o outro, se torna uma ação desafiadora e ao mesmo tempo valorosa, pois possibilita o crescimento humano e o fortalecimento do amor no coração.O diferente se faz atraente e questionador para ambos os envolvidos, pois somos vistos como exemplo e também como propagadores de um projeto em prol de uma humanidade esquecida e necessitada de atenção e de valorização.
Irmãos Escolásticos
Acontece Já dizia o poeta: “Quem nunca sonhou em ser um jogador de futebol?”Pois então, até jogador de futebol, já pensei em ser. Já quis ser
bombeiro, presidente da república, cantor, ator, ter onze filhos, duas esposas, muitos sonhos... Porém, segundo alguns, resolvi ser “louco”. Optei por um estilo de vida que muitos não entendem. Só consegue entender quem vive, e alguns privilegiados. Eu disse sim a um projeto universal, abri meus horizontes, e hoje vejo quão maravilhoso é estar a serviço de Deus, por meio do legado de Champagnat. Ainda estou me preparando para esta missão, e aproveito cada minuto em que tenho a oportunidade de ser diferente, pois um dia, eu também quero fazer a diferença. Ir. Alison Humberto FurlanCampinas, SP- Noviciado Maria Mãe da Igreja.
sou convocado para
algo especial. sou um
jovem diferente
Deus me chama cada dia a fazer a Sua vontade. A minha
decisão de ser Irmão Marista foi a melhor que já tomei
em minha vida. Durante este tempo de laboratório da
vida marista que estou fazendo, agora no Noviciado de
maneira especial, percebo que sou e posso cada vez mais
ser diferente pela diferença que faço num mundo onde
o amor já não é primordial. “O Reino de Deus é como um
tesouro escondido no campo...” (Mt 13), e vender tudo
para comprar este campo é a melhor escolha, mesmo
que o mundo não favoreça esta busca. A minha opção
por Cristo, para ser diferente com e para Ele, é a cada
momento. E apesar das muitas falhas, a motivação mais
profunda é torná-lo centro da minha vida. Certamente
Ele espera muito de mim e quanto mais o busco, mais
eu sou apaixonado por Ele. Caminho com Maria, guia
e companheira, e Champagnat, homem modelo para o
meu seguimento de Jesus. A missão marista é ampla e,
desde já, busco o diferencial pelos ideais que cultivo. A
vitalidade do Instituto depende do meu sim e da minha
disposição. Com as minhas fragilidades e virtudes eu me
disponho a ser Marista de Champagnat hoje!
Ir. Rafael Mudre
20.06.2010
q8
Bate-Papomomento presente. Muitos, por falta de orientação e oportunidades, enveredam por caminhos que levam à morte. Sofro muito quando me encontro com jovens assim. Sofro muito, também, diante da desigualdade e da injustiça que tornam nosso mundo tão desumano.Amo trabalhar com eles e sei que a cada dia Deus me envia no meio deles para criar espaços de formação, reflexão e oportunidades.
Bate-papo com irmã anete Giordani1. Ir. Anete, ás vezes os jovens estranham um pouco o jeito de ser dos religiosos e acham que eles são pessoas de outro mundo. Como foi que a senhora descobriu que queria ser Religiosa?
Na adolescência sempre busquei refletir sobre o sentido da vida. Queria descobrir para que Deus me havia criado. Olhava para muitos jovens e percebia como alguns viviam sem sentido e faziam coisas que não os deixava felizes. Eu não queria ser assim. E também não queria que eles fossem assim. Essa foi minha principal motivação.
2. Quais as coisas que a senhora fazia e o que mais gostava quando adolescente?
Sempre fui muito voltada à dança, ao esporte, e levava o estudo muito a sério. Trabalhava na lavoura e tinha muitos amigos. Como filha de agricultores, sonhava estudar muito e tornar-me professora.
3. Como foi o seu “chamado” a ser Irmã?
Aos 13 anos fui conhecer as religiosas do colégio de minha cidade. Algum tempo depois ingressei no Aspirantado e, gradativamente, fui gostando daquele estilo de vida e percebendo que Jesus me queria ali.
Casa em que as jovens que querem ser religiosas são acolhidas inicialmente, para estudar e se preparar para as fases seguintes de formação.
As irmãs que me acompanharam nos primeiros anos foram me mostrando o ideal de ser Apóstola, segundo o carisma de Madre Clélia Merloni. Amor ao Coração de Jesus, o trabalho alegre e dedicado às pessoas, a oração, a convivência fraterna com outras irmãs e o serviço na Igreja foram experiências que fortaleceram a minha escolha.
4. Foi difícil escolher ser Irmã para sempre?
Meus amigos diziam que eu era louca e que, pelo meu jeito de ser, não conseguiria agüentar a vida disciplinada e “fechada” do convento. Orava e pedia a Deus que desse algum sinal que me deixasse segura da decisão.Acredito que todos os jovens passam por isso: tomar uma decisão sempre muda os rumos da história. A maior preocupação sempre foi: será que vou conseguir ser fiel até a morte? No campo da fidelidade não há certezas, pois precisamos fazer as contas com nossa fraqueza. Há confiança e perseverança todo dia, na certeza de que Deus não nos abandona.
5. Que trabalho você realiza atualmente?
Hoje sou Apóstola, educadora e assistente social, e percebo quantas maravilhas Deus realizou em mim. Amo o trabalho com crianças e adolescentes e procuro despertar neles a busca do sentido da vida. Percebo que uma tendência dos adolescentes e jovens é serem imediatistas e buscam satisfação e prazer no
q9
InteratividadeFaça o caminho!
1.a GatinHa do esColastiCadoA Família Escolásticado passou a ter como formação numérica, uma integrante feminina. Não se assustem, não é Mulher, é a nossa gatinha Pretaaaaa, acompanhante de nossos momentos mariais, sendo tão fiel quanto os coirmãos.
3. Crise no elevador
Noviciado é tempo de oração e, neste sentido, tivemos um excelente curso sobre espiritualidade, dias 20 a 23
de abril, em São Roque – SP (no Centro de Espiritualidade dos Carmelitas Descalços), juntamente com outros
noviços. Ficamos no segundo andar e para comodidade de todos havia elevador. Talvez, para os Irmãos Alison,
José, eu - Rafael (Minero) e Tiago – principalmente – tenha sido um tanto quanto inconveniente. Explicamos.
Era quinta-feira, como rezávamos muito neste curso e, cansados como estávamos, resolvemos empreender uma
super e empolgante viagem no elevador carmelita, logo após o almoço. Digo empolgante porque a casa tinha três
andares. Dessa vez, fomos até o térreo, visitar as profundezas... o elevador chegou aí, abriu e fechou a porta como
de costume. Ao começarmos a retornar para o primeiro e em sequência para o segundo e último andar nesta
longa e alucinante viagem, o elevador travou. Ir. José, Ir. Alison e eu rimos, mas, ao mesmo tempo, nosso coirmão
Tiago desenvolveu simultaneamente um estado de desespero profundo – claustrofobia. Suas lamúrias de aflição
e de descontento pela situação na qual se metera, eu – Ir. Neimir - escutei pelo interfone quando os tripulantes
tentaram fazer contato com alguém de fora. Eu não entendia palavras, mas escutava apenas expressões de
desespero e pânico... Em certo momento apenas entendi: “Nós vamos morrer... eu estou sem ar... que fizemos
Senhor, para isto ter acontecido conosco... Estou vendo a porta do céu o Pai celeste me chama... a senha da
minha conta bancária é 00... [é melhor parar por aqui]. Isto fez reunir muitas pessoas em volta do elevador, na
perspectiva de acalmá-los. Graças ao Bom Deus, um frei da casa chegou a tempo de socorrê-los. Ninguém sofreu
nenhum arranhão, mas, agora Ir. Tercílio, como bom psicólogo que é, está tendo muito trabalho para ajudar
nosso coirmão a recuperar-se dos traumas que ainda permanecem... rsrsrsrsrs.
Ir. Neimir Paulo Mentges - PMRS
Ir. Rafael Fagner Ferreira (Minero)
P.S.: É oportuno também esclarecer que, quando começaram a se apurar as causas que levaram à pane do
elevador, subitamente outros coirmãos envolvidos nesta circunstância passaram a apresentar simultaneamente
um estado de desespero profundo. Também pede-se orações por eles.
Ir. Tiago Fedel.
4. Como ajudar se você não sabe! Numa viagem uma senhora sentou bem nos primeiros bancos do ônibus, e lá pelas tanta da madruga ela foi ao banheiro, não conseguido abrir a porta ela pediu ajuda para o Postal desta forma: “cumé que abre essa joça’’? O Postal meio dormindo ali do lado daquela cena resolve ajudar a senhora, colocou a mão na fechadura e o pé apoio na lateral do ônibus e força puxando a porta, nada de abrir até que alguém falou e só empurrar que ela abre, sem esforço a mesma senhora abriu a porta do banheiro do ônibus. Se tu não sabe tu não assopra (não ajuda).
2. o melHor mÚsiCo do mUndoCerto dia o nosso tecladista Daniel Zanol que está tão bem em sua função que toca até com os cotovelos, numa das missas na capela do colégio Marista de Londrina, que tinha como instrumentos de animação: o violão, a gaita e o teclado. Aconteceu que Durante a comunhão alguém muito sábio pisou na tomada a qual estava ligado o teclado o nosso tecladista comungou e veio tocar juntamente com os outros instrumentistas, ao tocar, ele até percebeu que não ouvia o som do teclado mais por ter outros instrumentos pensou ele que só deve estar baixo o volume e tocou mesmo sem o ouvir, depois que acabou de tocar o canto ele olhou e viu que seu teclado estava desligado e ele tocou todo o canto de comunhão com o teclado desligado.
Finalizo com a frase: “Zanol fez “caca””. Autor: Josiel M. Guimarães
q10
Click Marista(Clicando os melhores - ou piores - momentos)
Isso que é soninho! Eles sabem a quem agradar!!!
Novo filme candidato ao Oscar
“A Kombi Fantasma”
“Água... O que seria de mim sem você...”
Ainda bem que o som não sai na foto!
q11
mensagem do mês vocacional
O tal ser humano é complicado
Você já deve ter notado em si mesmo(a) uma
incômoda sensação. De um lado, está a vontade de ser você
mesmo, de ter autonomia e liberdade, de poder dizer que
é alguém com personalidade, diferente de todas as outras
pessoas. De outro, toma consciência das próprias limitações,
da dependência e necessidade do apoio das outras pessoas.
Deseja ser útil ao mundo, resolver os problemas sociais
e econômicos, promover a paz e a compreensão mútuas.
Mas depois se pega em atitudes bem egoistas, quase de
sobrevivência.
São claros sinais de que está na hora de você pegar a
própria vida nas mãos e dar a ela um rumo, direção, sentido.
Para onde ir? Qual estrada e qual destino? Na verdade, você
já está dentro, já está vivendo há um bom tempo. Essa é a
primeira vocação, o chamado à vida humana.
Não pedi para nascer! Uma hora ou outra todos
soltamos essa frase, como se nos livrasse da responsabilidade
sobre o que somos e, principalmente, sobre o que seremos.
Vamos combinar: essa escolha realmente não foi sua. A
vida é, em primeiro lugar, um dom, verdadeiro presente. A
verdadeira escolhe, que cabe a cada um, é como viver esse
dom, o que fazer da própria vida.
A Bíblia usa de duas imagens muito bonitas para
falar do dom da vida. Na primeira, Deus aparece criando,
dia a dia, com sua palavra, todas as coisas do mundo até
chegar ao ser humano, a última criatura. Aliás, não fala de
um ser humano, mas do casal: “homem e mulher Deus os
criou”. E Deus dá uma tarefa: “crescei e multiplicai, enchei a
terra e a dominai” (Gn 1,27-28).
A segunda imagem é bem conhecida. Deus pega um
pouco de argila, modela o homem e sopra em suas narinas
o sopro da vida. Mas ele está sozinho, e Deus procura então
uma parceria. Cria os animais, aos quais o homem dá o nome.
Não é suficiente. Deus então faz a mulher de uma costela do
homem, que diz: “Essa, sim, é carne da minha carne!”.
Como todas as outras coisas de nossa realidade,
somos criaturas de Deus. Ter a vida em nós já é fato
magnífico. Veja a energia bonita que há numa semente que
rompe o solo para poder crescer sob o sol. Viver é muito bom,
e isso inclui as dificuldades, as crises, o sofrimento. Pense no
seu corpo, nas suas habilidades, na inteligência, na coragem
de existir. Nossa vida é, mesmo, um enorme presente.
A vida humana, como vimos nas duas imagens,
não para no que está dado. A vida humana só alcança o
sentido completo se realizar a tarefa que lhe compete: o
cuidado da própria vida, da vida da outra pessoa e da vida
de todos os seres. E isso deve ser feito junto, com os outros
seres humanos.
Quando assumimos a vida como um dom, como um
chamado de Deus, e respondemos com o cuidado, estamos
dizendo “sim” ao Criador. Não escolhemos nascer, mas
podemos escolher como viver. Somos livres para cuidar
de nós e do mundo. Somo livres para amar e construir
relações verdadeiras com as pessoas. Somos livres para nos
comunicar com Deus. Esse “sim” é a vocação principal do
ser humano. Ser gente!
Setor de Vida Consagrada e Laicato
SEMENTE BOA
Freqüentava eu a terceira série primária na escola multisseriada de
Ribeirão Pequeno, em Taió, Santa Catarina. Numa manhã, faltando apenas 10
minutos para o término das aulas, entrou na sala Ir. Aurélio. Era alto e magro, e
vestia uma batina preta. Sua figura inspirava respeito e admiração.
Autorizado por dona Maria, nossa professora, falou-nos dos Irmãos Maristas,
enquanto mostrava um álbum com fotos das obras maristas. Falou de estudo, de
futebol, de passeios, de servir a Jesus e a Maria, do trabalho bonito que os Irmãos
faziam junto a crianças e jovens do mundo inteiro.
A conversa não passou de cinco minutos. Quanto mais ele falava, mais
eu ficava impressionado com aquilo tudo. Recordei o nome de um primo que era
irmão marista, mas que nunca tinha visto, só sabia estar morando em Curitiba.
O depoimento do Ir. Aurélio, as fotos atraentes, a possibilidade de estudar, de viajar,
de conhecer novos lugares distantes, de “ser da família de Jesus e de Maria”, me
balançaram. Bem no finalzinho da aula Ir. Aurélio fez o convite explícito: “Alguém
de vocês quer ser Irmão marista?” Não resisti, disse sim. À tarde, o Irmão esteve
em casa conversando com meus pais. E o namoro entre a Congregação Marista
e eu começou.
Depois de ano e meio de visitas, cartas e outras formas de
acompanhamento vocacional, chegou o grande momento de deixar tudo e partir.
Em 6 de fevereiro de 1961 ingressei no Juvenato de São Bento do Sul, Santa
Catarina. Éramos 125 meninos dos quatro cantos do Estado. Acompanhado por
Irmãos competentes, devagar e mansamente, fui superando as dificuldades,
desenvolvendo qualidades, aprendendo coisas novas. O ambiente alegre e
acolhedor do Juvenato e dos outros centros de formação por onde passei, ajudou-
me a crescer como pessoa, religioso e marista.
Meu Caminho
Meditei por um tempo. Cheguei à conclusão que escolhi esta vocação
por motivos bem simples, mas que são suficientemente fortes para me tornarem
feliz até hoje.
Em primeiro lugar, está a fé cristã herdada de meus pais. Eram pessoas bastante
religiosas e encontravam na religião o sentido de suas vidas. Eu queria ser como
eles: amigo de Deus e, por isso, feliz.
Outro motivo foi o desejo de ser alguém na vida, útil aos outros e à sociedade.
Ainda pequeno percebi que a pessoa egoísta, fechada sobre si mesma, incapaz de
fazer o bem aos outros, é infeliz. Eu não queria ser como uma pessoa do bairro
onde minha família morava. Ela só pensava em dinheiro, trabalho e festas, mas
era odiado por todos por sua arrogância. Era um chato e um infeliz.
Sempre ouvia dizer que muitas pessoas passavam fome, não podiam estudar,
eram maltratadas, e tantas outras coisas... Em meu coração de criança e, mais
tarde de adulto, imaginei que poderia fazer algo, que poderia dedicar toda a
minha vida a ajudar estas pessoas. O sofrimento dos outros sempre me deixou
inquieto. Ficar sem fazer nada me deixa sem graça.
E, finalmente, tinha a oportunidade de trabalhar numa profissão interessante:
educação de crianças e jovens. Lidar com este tipo de público dá muito trabalho,
mas é gratificante. Já me aconteceu de encontrar uma pessoa adulta e ela me
dizer: “Irmão, você foi importante para a minha vida. Devo muito ao senhor por
aquilo que me ensinou quando eu era jovem”. Saber que fiz a diferença na vida
de alguém traz uma satisfação imensa.
O sonho de menino da roça tornou-se realidade. O sim dado a Deus de forma
tímida e pouco pretensiosa aos 11 anos, e sustentado ao longo do tempo por
certa dose de esforço pessoal, frutificou. Aliás, Jesus e Maria fizeram frutificar
em mim esta boa semente. Eles e eu somos bons parceiros até hoje.
Ir. Joaquim Sperandio
Juvenato: casa de formação destinado aos adolescentes e jovens que queriam ser
Irmão marista, mas que ainda estavam cursando o Ensino Fundamental e Médio.
Depois de alguns anos, já rodado nas estradas da vida, ao participar do retiro
em preparação aos votos perpétuos, perguntei-me seriamente: “Afinal, Joaquim,
porque mesmo você acha que deve ser Irmão Marista? Quais são os sinais na sua
vida que mostram ser você um escolhido de Deus, consagrado ao serviço do Reino
através da educação da Juventude?”
Votos perpétuos: compromisso por toda a vida de viver os conselhos evangélicos
da pobreza, castidade e obediência na Congregação Marista
q12