jornal beira-rio edição nº 803

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O semanário mais lido de Resende e região

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Página 16 - de 19 a 25 de abril de 2013 SAÚDE

Dr. Djalma A. Carneiro FilhoCRM - 52-07608-4 - 022.956.797/53

GASTRO - ENTEROLOGIA - NUTRIÇÃODIABETES - OBESIDADE - MAGREZA

Av. Coronel Adalberto Mendes, 235 Sala 33.

Tel.: 3355-1828/3355-0602

Dr. Luiz Alexandre Cabral Pinto

NeurologistaCRM: 52-53434.9

Clínica Santa CecíliaAv. General Affonseca, 166 - Manejo - Resende - RJTel/Fax: (24) 3355-1284

Um problema sério e que aco-mete toda a população brasileira,em especial as classes D e E, tam-bém atinge os indígenas em nossopaís. O consumo de bebidas alco-ólicas por essas comunidades vemse configurando como um graveproblema social e de saúde, princi-palmente pelos danos acarreta-dos, como suicídio, alcoolismo eviolência. Soma-se a isso, a escas-sez de profissionais de saúde es-pecializados e a descontinuidadeou falta de ações de intervenção eprevenção que se coadunem àsespecificidades de cada etnia indí-gena ou, no mínimo, sejam volta-das para a população indígena emgeral.

De acordo com os dados de2000 do Ministério das RelaçõesExteriores, os principais gruposindígenas brasileiros em expres-são demográfica são: Tikuna, Tuka-no, Macuxi, Yanomami, Guajajara,Terena, Pankaruru, Kayapó, Kain-gang, Guarani, Xavante, Xerente,Nambikwara, Munduruku, Mura,Sateré-Maué. O que caracterizauma diversidade sócio-cultural gran-de, pois além dessas etnias tradici-onais conhecidas, existem outrosgrupos que ainda vivem isoladosque não foram contatados, ou atémesmo grupos indígenas semi-ur-banos e plenamente integrados àseconomias regionais.

Um artigo publicado pela Revis-ta Psicologia e Sociedade, em2007, buscou evidenciar a relaçãoentre alcoolismo e violência emetnias indígenas do Brasil, por meioda descrição e análise dos princi-pais estudos epidemiológicos so-bre alcoolismo realizados no país.

Os padrões de saúde e doençanas populações indígenas são ba-lizados pelo tipo de contato com asociedade nacional. Em 2000, aFundação Nacional de Saúde -Funasa elaborou um diagnósticoindicando que entre as enfermida-des mais comuns nos grupos indí-genas brasileiros, está o alcoolis-mo, em especial, nas regiões nor-deste, centro-oeste, sudeste e sul,já que os grupos dessas regiõespossuem um histórico de contatoamplo com a sociedade.

Outros estudos afirmam quetem ocorrido, nas etnias indígenasbrasileiras, um aumento de casosdas chamadas “doenças sociais”,como o alcoolismo e a depressão.Este fator faz com que a taxa demortalidade dos índios brasileirosseja três a quatro vezes maior doque a média nacional brasileira

Índigenas também sofrem com alcoolismonão-indígena.

De acordocom o livro Epi-demiologia eSaúde dos Po-vos Indígenasno Brasil publi-cado pela Fun-dação OswaldoCruz - Fiocruz, oalcoolismo temsido considera-do uma das prin-cipais causasde mortalidade,seja pelo au-mento da ocor-rência de doen-ças como cirro-se, diabetes, hi-pertensão arte-rial, doenças docoração, doaparelho diges-tivo, depressãoe estresse oucomo causa demorte por fatores externos comoacidentes, brigas, quedas, atrope-lamentos, entre outros.

Vários estudos foram feitos vi-sando traçar o mapa do consumode bebidas alcoólicas por popula-ções indígenas e da correlação al-coolismo-violência. Estes estudosexplicitam que a maioria dos auto-res concorda com a premissa deque o alcoolismo não deve ser vis-to de uma forma isolada, devendoser compreendido dentro do seucontexto sociocultural.

Segundo artigo apresentadono Seminário sobre Alcoolismo eDST/AIDS entre os Povos Indíge-nas, realizado em 1999 pelo Mi-nistério da Saúde, as bebidas al-coólicas sempre foram utilizadascomo instrumento de dominaçãoem relação às populações indíge-nas. O processo de colonização eocupação territorial nacional, aexpansão das frentes econômicas(trabalho assalariado temporário,projetos de desenvolvimento, fren-tes de extrativismo), têm amea-çado a integridade do ambienteem que vivem as etnias indíge-nas, assim como seus saberes,sistema econômico e organizaçãosocial, reduzindo-os a várias for-mas de extermínio como o aprisi-onamento, a escravidão e as epi-demias. Ainda, segundo a publica-ção da Fiocruz, dados da literatu-ra nacional remetem a um aumen-to considerável da violência asso-ciada ao uso de álcool, principal-mente pela exposição a situações

de tensão social, ameaças e vulne-rabilidade.

Os autores destacam a impor-tância de historicizar o alcoolismodesde etapas mais remotas, pas-sando pelas dificuldades de suacompreensão e da sua aceitaçãocomo doença, até as dificuldadesdiagnósticas em função da diversi-dade de grupos étnicos. O que evi-dencia a necessidade de interven-ções específicas, pois a heteroge-neidade cultural faz com que a sig-nificação e interpretação do alco-olismo e da violência tenham sig-nificados diferentes para cada gru-po étnico.

Os autores do estudo arrema-tam, em acordo com as opiniõesapresentadas no livro Epidemiolo-gia e Saúde dos Povos Indígenasno Brasil, que se faz importante aunião das etnias, entidades assis-tenciais governamentais e não-go-vernamentais e da comunidadeacadêmica universitária para sa-nar tal problema.

Texto resumido pelo OBID apartir do original publicado pelaRevista Psicologia e Sociedade,Porto Alegre, 19(1): 45-51, 2007.ISSN 0102-7182. Editada pelaAssociação Brasileira de Psicolo-gia Social, com o título "Alcoolismoe violência em etnias indígenas:uma visão crítica da situação bra-sileira". Leia o artigo completoacessando o link bit.ly/10ahM78

Fonte: Site do ObservatórioBrasileiro de Informações sobre

Drogas - Obid (bit.ly/ZuRhTP)

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