jornal artemrede 2

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cinderela ©Susana Neves j o r n a l s e mes t r al - distrib uiç ão g r a t u it a A R T E M R E D e 0 2 J U N T O S . M A I S F O R T E S T E A T R O S ASS O C I A D O S festa da marioneta ‘ 13 em montagem - a caminhada dos elefantes Entrevista - Jorge barreto xavier

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jornalsemestral - distribuição gratuitaARTEMREDe

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JUNTOS.MAIS FORTES TEATROS ASSOCIADOS

festa da marioneta ‘ 13

em montagem - a caminhada dos elefantes

Entrevista - Jorge barreto xavier

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Ficha TécnicaProprietário * ArtemredeDirector * António Sousa MatosEditora * Marta MartinsCoordenação de Conteúdos Nádia Sales Grade | Wake Up!

DesignGuda - give u design artTiragem * 70 000Periodicidade * Semestral

Tipografia Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.Este jornal segue a norma ortográ-fica antiga da língua portuguesa.

CapaImagem do espectáculo Cinderela, inserido na Festa da Marioneta© Susana Neves

A 2ª edição do Jornal Artemrede é lançada em vésperas da Festa da Marioneta 2013, um evento central da programação da Artemrede que dá a conhecer um leque de originais es-pectáculos que percorrem os teatros associados da Artemrede. Do teatro de objectos às marionetas e formas animadas, para crianças ou para adul-tos, os projectos apresentados carac-terizam-se pela qualidade técnica, pela diversidade de linguagens e pelo hu-mor, indo de encontro às expectativas criadas pelo público já habitual desta Festa.

Em Novembro teremos ainda a es-treia do ansiado projecto A Caminha-da dos Elefantes, de Inês Barahona e Miguel Fragata, um espectáculo que se debruça sobre a relação das crianças com a morte e os mitos e medos tantas vezes associados a esta temática. Na rúbrica Em Montagem espreitamos a criação deste espectáculo, ouvimos as ideias dos criadores e conhecemos o trabalho que têm vindo a realizar com crianças e adultos. A Artemrede é um dos co-produtores do projecto, assumindo novamente o seu papel de apoio à criação artística nacional.

Os apoios e financiamentos às artes e à cultura é um dos temas aborda-dos pelo entrevistado desta 2ª edição do Jornal, o Secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier. Na en-trevista que concedeu à Artemrede falámos sobre o papel do Estado na promoção da cultura, a importância das redes culturais, os programas de financiamento europeu e a excessiva dependência dos mesmos, numa con-versa interessante e abrangente.

Neste Jornal propomos ainda uma visita a Sesimbra e a Abrantes, dois Associados localizados nos extremos do território Artemrede, com inúme-ras riquezas culturais e naturais e que fazem valer a pena uma deslocação mais prolongada e associada a um espectáculo da Artemrede!

Por tudo isto, a 2ª edição do Jornal Artemrede é exemplificativa da inten-sa e dinâmica actividade da Associação e dos seus Associados, municípios que continuam a apostar na cultura e nas artes e a demonstrar que em conjunto é possível manter uma actividade cul-tural regular e de qualidade apesar da diminuição de recursos disponíveis.

A Direcção da Artemrede

© ARTEMREDE . Teatros AssociadosPalácio João Afonso, Rua Miguel Bombarda, nº 4 R/C, 2000-080 Santarém

E [email protected].

www.artemrede.pthttps://www.facebook.com/artemrede.teatros.associados

T +351 243 322 050T +351 243 321 878 Fax +351 243 326 092

EDITORIALjuntos.mais fortes

A ARTEMREDE é um projecto de qualificação e desenvolvimento cultural, no campo das artes performativas, que pretende apoiar os seus associados na gestão e programação dos seus teatros e de outros espaços de apresentação pública de espectáculos.

Integram actualmente a Artemrede os municípios de Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Almada, Barreiro, Golegã, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Santarém, Sesimbra e Sobral de Monte Agraço.

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Jorge Barreto Xavier é Secretário de Estado da Cultura do actual Go-verno. Foi Director-Geral das Artes entre 2008 e 2010 e Vereador da Cul-tura no Município de Oeiras de 2003 a 2005. Nesta entrevista fala sobre redes culturais, financiamento pú-blico e a importância da presença do Estado na promoção do acesso à cultura. Enquanto vereador da cultura do Muni-cípio de Oeiras participou no processo que deu origem à criação da Artemrede. Qual a sua opinião sobre este projecto?

A Artemrede tem perdurado no tempo para lá dos decisores políticos e para lá das pessoas que integraram o projecto no seu início. É um sinal de muita maturida-de, não só do projecto em si como das ca-pacidades de organização de um conjunto de actores da cena cultural portuguesa. Há vários modelos de articulação entre os municípios e as instituições culturais, uns mais relevantes do que outros, mas a Ar-temrede é um caso axiomático, houve um trabalho relacional entre municípios que foi levado muito a sério na altura em que o projecto foi constituído. Numa altura em que as pessoas dificil-mente aceitam as hierarquizações entre, por exemplo, quem tem o dinheiro e quem organiza o projecto, entre as audiências e os produtores, a Artemrede acaba por ser uma estrutura que corresponde a um mo-delo que tem de facto uma aplicação con-temporânea e que funciona.

A associação em redes tem sido um re-curso frequente mas, por vezes, de cur-ta duração. Como encara esta aparente falta de sustentabilidade das redes cul-turais?

Há situações de redes que acabam por de-saparecer pela falta de consistência do pro-jecto e não pela falta de sustentabilidade. As entidades não têm por vezes a vontade suficiente para garantir o sucesso do pro-jecto e trabalhar em rede não pode passar apenas por ser uma moda. Estas redes têm que ser muito concretas e adaptarem-se às pessoas, aos espaços e aos municípios que as envolvem.

A rede nacional de teatros e cine-teatros tem sido, ao longo dos últimos anos, uma promessa anunciada, mas nunca concretizada. Que opinião tem sobre este assunto?

Esse conceito já teve vários nascimentos e encarnações. No tempo do Plano Nacio-nal de Cultura de Manuel Maria Carrilho seguiu-se o modelo cultural francês, que tem centros regionais distribuídos pelo território, financiados pelas administra-ções central e local. Tentámos em Portu-gal chegar a este modelo com a injecção de capital na reconstrução de teatros. Mas uma rede de teatros não tem as mesmas ne-cessidades do que, por exemplo, a rede de bibliotecas municipais. As bibliotecas têm acervos e conseguem gerir a sua presença com esses acervos. No caso da rede de ci-ne-teatros, para além dos custos de pessoal e de funcionamento de cada teatro, é preci-so um fundo adicional para programação. Mas as condições financeiras do Estado não garantiam que era possível avançar para o modelo francês, e nunca foi. Não chegámos

nunca a conseguir atingir, na área da cultu-ra, a tal meta desejável de 1% do Orçamento de Estado. E hoje, com a queda orçamental que o Estado tem sofrido, não é sustentá-vel que o Estado esteja disponível política e financeiramente para viabilizar esta rede.

Como disse, houve um grande investi-mento na reconstrução de teatros e exis-tem projectos culturais muito válidos e interessantes, de iniciativa munici-pal, que assegu-ram o real

acesso democrático às artes e à cultu-ra e que correm o risco de desaparecer com as actuais dificuldades financeiras vividas pelas autarquias. De que forma poderá a Administração Central apoiar os Municípios neste contexto?

Os municípios aumentaram a sua presen-ça na área cultural, em termos de acção e orçamento, desde os anos 1980, mas desde 2008 que têm vindo a reduzir essa presença porque não conseguem suportar financeiramente os custos.Hoje temos condições mínimas para ter uma cobertura ao nível nacional, no entan-to temos mais equipamentos culturais do que aqueles que somos capazes de manter a funcionar. Infelizmente, no contexto ac-tual não é provável que o Estado consiga resolver estas necessidades financeiras. É possível que surja algum apoio no quadro europeu de apoio à cultura 2014-2020, mas ainda não sabemos, são apenas cenários.

O actual QREN, que termina agora em 2013, foi um importante contributo para a programação cultural dos teatros mu-nicipais, promovendo para isso o traba-lho em rede. No entanto, encerrava em si vários problemas. Já é possível fazer uma análise deste modelo?

A avaliação deste período só se pode fa-zer em 2014, mas há algumas questões que podemos já enunciar, como a exces-siva burocratização dos processos ou a necessidade de uma maior colaboração

entre as entidades regionais e a adminis-tração central. Apesar destes problemas, estes financiamentos foram muito úteis. O problema que se coloca é que temos sido muito dependentes destes ciclos de fundos europeus. Não criámos mecanismos pró-prios independentemente desses ciclos. Temos de pensar como podemos suprir

a inexistência desses financiamentos e como fazer com que os pro-

jectos perdurem para lá desses financia-

mentos.

Tem alguma proposta nesse sentido?

Na Alemanha, os Kunstverein, centros cul-turais de cidades de pequena e média di-mensão, têm muito pouco apoio do Estado, as pessoas envolvem-se. Trabalham como voluntárias e oferecem equipamentos e dinheiro. Nós nem sempre temos esta realidade e temos uma diferença significa-tiva entre o que é cultura erudita e cultura popular. Mas esta realidade existe em Por-tugal: os nossos Kunstverein são os centros culturais populares. Temos centenas de bandas filarmónicas, ranchos, coros, gru-pos de teatro amador, estruturas de base que subsistem e onde trabalham dezenas de pessoas. Um dos desafios que se coloca aos artistas contemporâneos é o de deixarem de lado a sua atitude de distanciamento em relação a este universo popular extraordinário que existe, para que surjam mais articulações entre universos. Por vezes esta articulação acontece, há exemplos como o João Brites, que tem apostado nessa área, colaborando com o Jorge Loureiro e outros criadores, a Madalena Victorino que também desen-volve trabalho junto de certas comunida-des, ou as Comédias do Minho… Não po-demos esquecer que a realidade faz com que a cultura não se confina a um conjunto de pessoas que são colocados como sendo a exclusividade da cultura portuguesa.

Mas esses projectos com maior enraiza-mento local são por vezes os que mais dependem de financiamento. Acredita

que poderá existir uma capacidade de obtenção de financiamento privado para este tipo de projectos?

A sociedade civil pode ter um desempenho mais forte e as empresas podem ter uma responsabilidade social mais efectiva. Isto só acontece quando se cruzam pessoas com interesses comuns, temos de tentar compensar os desequilíbrios através de mecanismos relacionais que nos permitam resolvê-los.

Voltando aos apoios europeus, podemos esperar que o próximo QREN 2014-2020 retome o investimento nos projectos culturais, nomeadamente nas redes de programação cultural?

O texto aprovado pela Comissão Euro-peia para projectar a Europa até 2020 não menciona uma única vez a palavra cultura. Menciona sim a criatividade e a inovação, que se afasta dos conceitos que aqui fala-mos, como a valorização da cidadania, a li-teracia, a identidade cultural, a coesão cul-tural das populações, o aumento das redes culturais e a aproximação das populações às artes e à cultura contemporânea. A cria-tividade, neste contexto, não diz respeito à valorização humana, mas às dinâmicas económicas da criatividade.

Como explica esta atitude europeia? A questão cultural deixou de ser uma prio-ridade?

No contexto de restrições em que hoje vi-vemos, em Portugal e na Europa, há uma redução financeira não só para a cultura, como para a educação, a saúde e a seguran-ça social; investir mais na cultura significa retirar investimento na saúde, na educação ou na segurança social. Por isso os modelos de desenvolvimento de parcerias e de tra-balho em rede são tão importantes, porque não só são sustentáveis, como criam uma ancoragem nas comunidades locais. As questões de política cultural não são consideradas como prioritárias, não há um consenso tanto ao nível político como ao nível da própria população, que também não considera prioritário o investimento na cultura, o que vai totalmente contra o que eu acredito. Não digo que o dinheiro para a cultura deva substituir o dinheiro para a saúde ou para a educação, mas digo que o dinheiro para a cultura é tão essencial como o dinheiro para a educação ou para a saúde. Nós somos acima de tudo seres culturais e o dispositivo cultural tem mui-tas respostas a dar aos tempos de hoje em termos de localidade, bairro, cidade e país.

Nesse raciocínio, o Estado não deve prescindir do seu papel de promover o acesso à cultura…

O Estado deve estar sempre presente, não esquecendo as limitações que existem. A presença da administração central e dos poderes locais na função social da cultura é fundamental. Respeitar o acesso à fruição cultural é uma determinação da Consti- tuição da República, faz parte do projecto de construção da sociedade política porque o Estado, na nossa construção política, é influenciado pela forma como se dá aces-so à cultura. Não estamos em condições que o Estado recue, apesar das limitações finan-ceiras que existem actualmente.

Jorge Barreto Xavier

“(...)o dinheiro para a cultura é tão essencial como o dinheiro para a educação ou para a saúde. Nós somos acima de tudo seres culturais (...)”

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Entrevista Secretário de Estado da Cultura

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A Caminhada dos Elefantes é uma peça de teatro para crianças e famí-lias em que a morte surge como tema central. Com concepção, dramatur-gia e encenação de Inês Barahona e Miguel Fragata, este solo interpreta-do por Miguel Fragata estreia a 17 de Novembro, às 16h no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Moita, e é uma co-produção Artemrede, Ma-ria Matos Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor e Teatro Viriato. Até ao final de 2013 o espectáculo estará em itinerância pelos teatros dos municípios associados da Artemrede. A Caminhada dos Elefantes confron-ta-nos directamente com as premissas “teatro para crianças” e “morte”, des-mistificando a forma como as crianças encaram a morte.

Inês Barahona e Miguel Fragata, criadores da peça, querem contra-riar a tendência do tema “morte” ser transformado num “tabu” perante as crianças, como se fosse preferível o silêncio ou a efabulação do assunto. Em vez do “registo de infantilização”, exploram o espaço para apresen-tar, confrontar, questionar conceitos e ideias sobre a morte sem se afasta-rem da realidade, dando espaço às crianças para analisarem e desenvol-verem uma compreensão pessoal do tema.

Não querendo que o teatro se trans-forme em pedagogia, didáctica ou psicologia, os criadores defendem que este pode ser um potencial veícu-

lo para abordar um tema tão difícil. A Caminhada dos Elefantes preten-de proporcionar uma experiência de natureza estética e artística, que de-sencadeie na mente das crianças um processo reflexivo assente na sensibili-dade e nas emoções. No fundo, os cria-dores procuram que o teatro faça com que as crianças acedam a questões mais complexas e que as possam des-construir, simplificar e compreender.

A Caminhada dos Elefantes tem várias fontes de inspiração: leitu-ras, pesquisas, conversas, inquéritos a adultos sobre o tema da morte e, por fim, encontros com crianças. Os cria-dores referem, por exemplo, a história comovente de Lawrence Anthony, um ambientalista explorador, que dedicou parte da sua vida a salvar duas mana-das de elefantes da África do Sul que, aquando da sua morte, realizaram uma marcha fúnebre à porta de sua casa.

Esta é apenas uma entre muitas re-ferências que Inês e Miguel usam para tornar a morte num tema relativo, que é vivido de uma forma muito diferente por várias culturas do mundo. As crian-ças têm uma grande compreensão do que é a morte e associam-na a um fenó-meno da natureza, como por exemplo, a reencarnação, fenómeno muito acei-te entre as crianças uma vez que para elas faz sentido que o homem se trans-forme em algo da natureza. Outra lei-tura recorrente é a visão católica sobre a morte, advinda da educação religiosa recebida pelas crianças em Portugal.

Os encontros com as crianças aconteceram no final do ano lectivo 2012/2013 e retomaram desde Setem-

bro. Após um primeiro encontro em que se discute com as crianças as suas percepções sobre a morte, num segun-do encontro é encenado um funeral e, por fim, num terceiro encontro, há um “ensaio final” que estará próximo do que dará origem ao espectáculo.

Inês e Miguel criam com as crian-ças uma “mala de ferramentas” para lidar com a morte, com objectos tão concretos como flores, lenços de papel ou fotografias, ou ideias-acções como “fazer o prato preferido da pessoa que morreu” ou “pôr um lugar à mesa e jantar com ela”. Pode também sur-gir como ferramenta para lidar com a morte o acto de fugir, uma solução bem próxima das dos adultos.

Com esta mala encenam um funeral com um passarinho que é efectivamen-te um passarinho e está morto. O ritual assenta em diferentes culturas para revelar que há várias formas para lidar com a morte. Por exemplo, as crianças põem uma pedrinha na campa como nos rituais judaicos ou um grão de mi-lho perto do bico do passarinho como nas antigas crenças dos egípcios; uma criança escolhe uma música triste e to-das têm que chorar como as carpidei-ras ou de acordo com algumas tribos africanas. Inês e Miguel sabem que há crianças que “fingem” chorar, enquan-

to outras choram de verdade para li-bertar a dor passada da morte de um familiar.

No final há uma grande festa, uma homenagem em forma de dança, mú-sica alegre a tocar, imitam-se pássaros e até se comem pipocas. Há, portanto, uma verdadeira celebração ao estilo mexicano.

Miguel e Inês exploram muitos ca-minhos para aceder ao máximo de percepções que existem na sociedade adulta sobre a morte. Uma amostra heterogénea de adultos de diferentes culturas, meios sociais, formações e religiões, responde à pergunta “Como explicaria a morte a uma crian-ça de 8 anos?”. Os testemunhos são depois trabalhados com o material re-sultante das sessões com as crianças. A estes juntam-se ainda contributos de representantes das várias religiões, de especialistas de várias áreas, es-critores, médicos, cientistas, peda- gogos, artistas, entre outros (ver cai-

O olhar dos criadores perante a morte E o que pensarão os

adultos?

Um funeral a fingir

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aEm Montagem

A Caminhada dos Elefantes

Um espectáculo que desmistifica a relação

das crianças com a morte Uma Co-Produção Artemrede

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xa). Os criadores reúnem regular-mente com Madalena Paiva Gomes, psicoterapeuta psicanalítica de crian-ças, adolescentes e adultos, que tem acompanhado todo o trabalho (ver texto), e com Elvira Leite, antiga pro-fessora de ensino artístico com um percurso ligado à educação pela arte e à pedagogia, associada a instituições artísticas como Serralves. Nas con-vesas existe um olhar exterior que enriquece o futuro espectáculo que, no final, surgirá num solo de teatro protagonizado por Miguel. A equipa de A Caminhada dos Elefantes conta também com a consultoria artística de Catarina Requeijo, Giacomo Scalisi e Isabel Minhós Martins, a cenogra-fia e figurinos de Maria João Castelo, a música de Fernando Mota, a luz de José Álvaro Correia e a produção dos Meninos Exemplares.

A dedicação a esta longa Caminha-da é visível na expressão dos criado-res que em momento algum perdem o sorriso quando contam como está a ser viver e reviver a morte, momentos que vão partilhar a partir de Novem-bro com o público.

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Atelier

A Perda, a Morte e a Tristeza são componentes essenciais da Vida .A sociedade de hoje, de consumo rápido, não tem tempo para pensar na Vida e na Morte. O sentir e o pensar vêm depois do fazer, que retira tempo/espaço para pensar a Perda, a Morte, a Tristeza, que são componentes essenciais da Vida.É através da possibilidade da pessoa - criança ou adulto - se deprimir que o processo da perda se integra e é levado a bom termo. Isto supõe a não existência de uma culpabilidade excessiva, nem de sentimentos invasivos de vazio sem sentido e de profundo desamparo.Ao contrário do que muitas vezes se pensa, a tristeza e a aceitação e integração da dor decorrente dessa perda, são fundamentais para a elaboração do luto e para a manutenção do objecto perdido no mundo interno do sujeito - criança ou adulto.Perder alguém ou algo implica tristeza, sendo este sentimento uma reacção normal e adaptativa. Luto será o processo através da qual essa dor é elaborada, por exemplo, pela co-construção da imagem de que a pessoa que se perdeu se mantém viva na memória e nos afectos.Os pais têm muitas vezes dificuldades em abordar com os seus filhos o tema da morte ou perda de um próximo. A linguagem do adulto e a linguagem da criança facilmente se desencontram, tal como aquilo que o adulto imagina que a criança quer ouvir traduz mais elaborações mentais do próprio adulto do que os possíveis estados emocionais da criança.Diante esta situação, porventura, a melhor saída será que o adulto partilhe com a criança os seus próprios pensamentos e sentimentos, em vez de lhe procurar dar “explicações”... E a pior atitude será a do silêncio, que se apoia na convicção (errada) de que se a morte não for muito falada, o impacto emocional desse acontecimento dissipa-se mais rapidamente. Sabe-se que isso não é verdade e que, pelo contrário, se torna num verdadeiro obstáculo ao desenrolar de um processo de luto adequado. No entanto, tal silêncio poderá ser, de algum modo,

compreensível se pensarmos no embaraço, senão na dificuldade, que os adultos têm em assistir, aceitar e lidar com a tristeza das crianças.De facto, o trabalho clínico com crianças, adolescentes e adultos mostra-nos que uma parte significativa das perturbações emocionais resultam de experiências de perda mal resolvidas, de lutos mal elaborados.Esta incompletude do processo de luto pode ser reparada por meio de “narrativas” co-construídas, não arbitrárias e ajustadas à especificidade de cada situação individual, contexto familiar, etc.Este espectáculo procura precisamente criar situações, que contribuam para a co-construção das narrativas acima referidas, susceptíveis de dar corpo à vivência da perda (luto) e, ao mesmo tempo, criar ferramen-tas facilitadoras dos processos de regulação em situações futuras que venham a envolver, de igual modo, a Perda.A Caminhada dos Elefantes pertende ser uma caminhada conjun-ta para um crescimento pessoal, onde através da partilha se vivem e revisitam experiências emocionais de perda, se constroem ou rein-ventam novos pensamentos, conceitos, significados e ferramentas para conseguir lidar com esses sentimentos. Será certamente uma Caminhada feita de passos importantes na integração destes diversos elementos, dando assim à Memória a importância decisiva que ela tem na relação com as Perdas. Sem dúvida, uma experiência de reflexão conjunta, um desafio muito criativo onde, através da partilha, se valida e dá sentido a cada experiência pessoal e única.

Madalena Paiva GomesPsicoterapeuta psicanalítica de crianças, adolescentes e adultos, consultora do espectáculo A Caminhada dos Elefantes

O que os adultos respondem à pergunta...”Como explicaria a morte a uma criança de 8 anos?”

“Começaria por explicar que todos os seres vivos têm um príncipio e um fim, que tanto um como o outro são coisas naturais, e que o fim chega de maneiras diferen-tes e em idades diferentes aos mais diversos seres vi-vos. Daria exemplos do mundo animal, falaria da morte dos seres humanos, e contaria histórias exemplares so-bre como é possivel aceitar a morte.”António Damásio, Neurocientista

“Mãe! Eu vou pôr os meus dedos muito perto do na-riz da avó. Eu acho que ela está a respirar outra vez! Disse a Sara à sua mãe Salomé... A mãe explicou-lhe que podia experimentar, mas que a avó se tinha deita-do para dormir um sono mais longo do que o habitual e onde os pulmões não são precisos. (...) A Sara ficou

a pensar e depois, aceitou que assim fosse. Quando se despediu da avó, estava bem disposta. Sorriu-lhe, deu a mão à sua mãe e com todos os que se encontravam ali, saiu calmamente para ir jantar.”Madalena Victorino, Coreógrafa

“A morte é como nascer mas ao contrário: sais do ventre da tua mãe e entras no ventre da terra. Dás o primeiro suspiro quando chegas e o último quando sais. Nascimento e morte são as duas pernas da vida.”Joana Mealha, Pedagoga Teatral

“As velas quando se apagam deitam um fumo, fumo esse que é uma mini alma de vela.”Leonor Keil, bailarina

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Artes Circenses Artes de Rua Música

Multidisciplinar

Crianças e Jovens Teatro Dança

Oficinas

ONTEM, AMANHÃ E HOJEMarina Nabais Oficina dirigida a maiores de 65 anos onde se exploram a criatividade e as experiên-cias de vida através da dança.MontijoQUI 26 Set | 10h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaSesimbra TER 1 Out | 15h00Cineteatro João MotaMoita TER 8 Out | 14h00Fórum Cultural José Manuel Figueiredo

SANTAS DE ROCADe Costanza Givone e Produção ArtemredeUm espectáculo feito por mulheres sobre o sagrado e o universo feminino, em que tudo se transforma e nada é o que parece.MontijoSAB 28 Set | 21h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaAbrantes SAB 19 Out | 21h30Cine-teatro S. Pedro

QUEM SOU EU?Rita Pedro e Rosinda CostaMoita SAB 28 Set | 15h30Fórum Cultural José Manuel FigueiredoMoitaQUA 2 Out | 10h30 e 14h30EscolasAlmadaSEX 4 Out | 10h30 e 14h30SAB 5 Out | 15h30Biblioteca José Saramago – Feijó

STOP MOTIONZero em ComportamentoPalmelaSAB 28 Set | 15h30Auditório Municipal do Pinhal NovoAlmadaSAB 19 Out | 15h00Biblioteca José Saramago – FeijóAlmadaSAB 26 Out | 15h00Fórum Municipal Romeu Correia Atelier Sala Infantil

LA FRANÇAISEJoão Paulo Janeiro (cravo)AlmadaTER 1 Out | 21h30Convento dos Capuchos

TRAVA OU DESTRAVA LÍNGUASAnabela Brígida e Carla BolitoAlmadaQUA 2 Out | 14h30Biblioteca José Saramago – Feijó

programação’13

a DEZEMBRO

SETEMBRO Sobral de Monte AgraçoSAB 12 Out | 16h00Auditório Municipal de Sobral de Monte AgraçoBarreiroQUA 16 Out | 10h30Auditório Municipal Augusto Cabrita SesimbraQUA 30 Out | 10h30 e 14h30Cineteatro João Mota

ANDRÉ CARVALHO QUINTETOUma nova força do panorama de jazz nacio-nal, que se revelou com o álbum de estreia Hajime e que foi premiada no Bucharest International Jazz Competition. Moita SEX 4 Out | 21h30Fórum Cultural José Manuel FigueiredoOeirasDOM 27 Out | 21h30Auditório Municipal Ruy de Carvalho

A CIDADECompanhia Olga Roriz A pressão, contaminação, alienação e des-gaste que as cidades causam no ser huma-no retratada por um dos maiores nomes da dança contemporânea nacional.BarreiroSAB 5 Out | 21h30Auditório Municipal Augusto Cabrita

CAFÉS FILOSÓFICOSRita Pedro e Rosinda CostaDebates sobre o que é ser hoje um jovem europeu e sobre o lugar da Europa na vida de todos nós.AlmadaQUA 9 Out | 10h30 e 14h30Biblioteca José Saramago – FeijóSesimbra SEG 11 Nov | 10h30 e 14h30Cineteatro João Mota

VAMOS APRENDER A VER CINEMA?Zero em Comportamento Uma oficina que dá a conhecer ao público dos 6 aos 12 anos a história do cinema...com muitos filmes e desenhos à mistura!MontijoSEX 11 Out | 10h30 e 14h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaAlmadaSAB 16 Nov | 15h00Fórum Municipal Romeu Correia Atelier Sala InfantilBarreiroDOM 8 Dez | 10h00Auditório Municipal Augusto Cabrita

PIXILAÇÃOZero em ComportamentoPalmelaSAB 12 Out | 15h30Auditório Municipal do Pinhal Novo

SOLOSCompanhia Olga Roriz AlcanenaSAB 12 Out | 21h30Cine-teatro São Pedro MontijoSAB 19 Out | 21h30Cinema Teatro Joaquim d’Almeida

MANIFESTO(ME) AO VIRAR DA PÁGINAMargarida BotelhoOficina para crianças dos 6 aos 10 anos onde se aprende a fazer, num tom reivindi-cativo, livros colectivos, manifestos e decla-rações públicas e livros ilustrados.PalmelaSAB 19 Out | 15h30Casa das Expressões FantasiarteAlmadaTER 22 Out | 10h00 e 14h30Biblioteca M. Maria Rosa ColaçoMonte Da CaparicaAlmadaSEX 25 Out | 10h00 e 14h30SAB 26 Out | 15h30Biblioteca José Saramago – FeijóAbrantesTER 5 Nov | 9h30Cine-teatro S. PedroAlmadaSEX 8 Nov | 10h00 e 14h30SAB 9 Nov | 15h30Fórum Municipal Romeu Correia Sala Pablo NerudaBarreiroSEX 15 Nov | 10h30 e 14h00SAB 16 Nov | 16h00Auditório Municipal Augusto CabritaSesimbra DOM 24 Nov | 17h00Cineteatro João MotaSantarém QUA 27 Nov | 14h00Teatro Sá da Bandeira

EUROVISIONTeatro Praga Sobral de Monte AgraçoTER 22 Out | 12h00Cine-teatro Sobral de Monte Agraço

OS ARTISTAS HABITAM (TEMPORARIAMENTE) A ESCOLA Aldara BizarroMoita QUA a SEX 23 a 25 Out 19h00 às 22h00SAB 26 Out10h00 às 12h00 e 14h00 às 17h00Palmela TER a SEX 26 a 29 Nov Horário a definirEscola Secundária do Pinhal Novo

ANTÓNIO ZAMBUJOApresentação do álbum “Quinto”, do cantautor português mais aclamado da actualidade. Almada DOM 27 Out | 17h00Fórum Municipal Romeu Correia Auditório Fernando Lopes GraçaOeiras SAB 30 Nov | 21h30Auditório Municipal Ruy de Carvalho

UM CORPO QUE DANÇAMarina Nabais BarreiroSEX 1 Nov | 10h30 e 14h00SAB 2 Nov | 16h00Auditório Municipal Augusto Cabrita

AlmadaSEX 29 Nov | 10h00 e 14h30SAB 30 Nov | 11h30Fórum Municipal Romeu Correia Sala Pablo NerudaSantarémQUI 5 Dez | 11h00Teatro Sá da Bandeira

PASSEIO Filipa FranciscoAlmadaSAB 16 Nov e 23 Nov10h00 às 13h00 e 14h30 às 17h30Biblioteca José Saramago – Feijó

DENTRO DAS PALAVRAS Rui CatalãoSesimbra SAB 16 Nov | 21h30Cineteatro João Mota

A CAMINHADA DOS ELEFANTESDe Inês Barahona e Miguel Fragata. Co-Produção ArtemredeUma experiência teatral de morte e de luto, com muita dor e alegria, dirigida a crianças e adultos.

MoitaDOM 17 Nov | 16h00Forum Cultural José Manuel FIgueiredoSantarémQUI 21 Nov | 14h00Teatro Sá da BandeiraMontijoSAB 23 Nov | 16h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaAlcanenaTER 26 Nov | 14h30Cine-teatro São PedroSobral de Monte AgraçoDOM 8 Dez | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte AgraçoSesimbra TER 10 Dez | 14h30Cineteatro João Mota

VIAGEM AO INTERIOR DA DANÇAMarina Nabais Almada QUI 28 Nov | 10h30 e 14h30Biblioteca Municipal Maria Rosa Colaço Monte da CaparicaSantarémQUI 5 Dez | 14h00Teatro Sá da Bandeira

BOM APETITEAssociação Crème de la CrèmeSesimbra SAB 30 Nov | 21h30Cineteatro João Mota

FILMINHOS INFANTIS Zero em ComportamentoBarreiroDOM 8 Dez | 16h00Auditório Municipal Augusto Cabrita

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Da poesia ao humor com marionetas, objectos

e formas animadas!

A Festa da Marioneta da Artemrede vai já na sua 5ª edição e é um dos mo-mentos altos da programação anual da Associação, pela diversidade e origi-nalidade das propostas apresentadas. Este ano a Festa da Marioneta decorre entre 6 de Outubro e 22 de Dezem- bro e dá a conhecer aos pequenos e grandes espectadores o trabalho das companhias Teatro e Marionetas de Mandrágora, Teatro de Marionetas

do Porto, La Fontana, Partículas Ele-mentares, e dos artistas Madalena Victorino, António Jorge Gonçalves e Eugénio Roda, Gémeo Luís e Joana Providência. São mais de 30 apresenta-ções de 7 espectáculos diferentes, que vão percorrer 13 teatros da Artemre-de, em 11 Municípios. Os projectos pro-gramados demonstram a variedade de técnicas e de linguagens artísticas no campo do teatro de marionetas, objec-

tos e formas animadas e são capazes de atrair crianças e adultos através de propostas que apelam aos sentidos, ao sonho ou ao humor e que são, sobre-tudo, belas histórias para ver e ouvir.

Festa da Marioneta Passatempo Festa da Marioneta

Para ganhar um convite duplo para um espectáculo da Festa da Marioneta, apresente o Jornal Artemrede na data da apresentação pretendida, na bilheteira do res-pectivo teatro.Passatempo válido para as primeiras 3 pessoas que apresentarem o Jornal Artemrede no dia do espectácu-lo e sujeito à lotação da sala.

2013

ADORMECIDATeatro e Marionetas da MandrágoraFiandeiras que pelas mãos se constroem, se reinventam, fios suspensos de uma acção contínua, a construção em muitas mãos. Adormecidas, suspensas, aguardam, numa dimensão reinventada de si mesmas, sem espaço nem tempo.Sobral de Monte AgraçoDOM 6 Out | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte AgraçoPalmelaSAB 26 Out | 16h00Auditório Municipal do Pinhal NovoSesimbraSAB 2 Nov | 21h30Cineteatro João MotaSantarémSAB 9 Nov | 21h30Teatro Sá da BandeiraAlmadaDOM 22 Dez | 16h00Forum Municipal Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes Graça

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BARRIGA DE BALEIADe António Jorge GonçalvesEsta pequena epopeia marítima de desenhos luminosos, objetos manipula-dos e canções, conta a história de Sari, uma menina de quatro anos que, cansada de esperar que os pais acordem, decide ir sozinha até à praia. Lá encontra Azur, mas é imediatamente engolida por uma baleia. AbrantesSAB 12 Out | 10h00Cine-teatro S. PedroBarreiroDOM 17 Nov | 10h30Auditório Municipal Augusto CabritaSobral de Monte AgraçoDOM 24 Nov | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte Agraço

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OVELHAS CLANDESTINASDe Madalena VictorinoRaúl era um rapaz e era pastor. Um dia de-cidiu deixar o campo e partir para a cida-de levando, sem saber, as suas 24 ovelhas, clandestinas, nas malas. Quando se deixa uma terra leva-se sempre na bagagem o cheiro das memórias, por isso as ovelhas de Raúl não o deixam esquecer o campo.BarreiroDOM 6 Out | 16h00Auditório Municipal Augusto CabritaMontijoSAB 12 Out | 16h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaSantarémQUI 24 Out | 14h00Teatro Sá da Bandeira

CINDERELATeatro de Marionetas do Porto Esta não é uma Cinderela tradicional. Per-sonagens saídos de outros contos de fadas caem do céu para dificultar a vida a Cindere-la. Há uma Bruxa-Má que detesta histórias com final feliz e um Lobo-Mau disfarçado de GNR a patrulhar as estradas da floresta.MoitaSAB 12 Out | 16h00Fórum Cultural José Manuel FigueiredoSantarémSAB 19 Out | 16h00Teatro Sá da Bandeira

Sesimbra DOM 27 Out | 17h00Cineteatro João MotaPalmelaSAB 2 Nov | 16h00Cine-teatro São JoãoSobral de Monte AgraçoDOM 10 Nov | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte AgraçoAlmadaSAB 21 Dez | 16h00 Fórum Municipal Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes Graça

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CATABRISA De Joana Providência, Gémeo Luís e Eugénio Roda. Produção Companhia Instável Olha à tua volta: tudo se mexe. Tudo mexe com tudo. Até a respirar mexemos com o ar. Talvez esta seja uma história sobre o vento, pois é com o vento que vão e vêm as sementes, é com o vento que vão e vêm as ideias e a vontade de mudar o mundo.PalmelaQUI 17 Out | 10h00 e 14h30Centro Cultural do PoceirãoBarreiroQUA 23 Out | 10h30 e 14h00Auditório Municipal Augusto CabritaAbrantesSAB 16 Nov | 10h00 e 15h00Cine-teatro S. PedroMoitaSEX 22 Nov | 10h30 e 14h30 (escolas)SEX 22 Nov | 21h30 (famílias)Fórum Cultural José Manuel FigueiredoSesimbra QUA 27 Nov | 10h30 e 14h30Cineteatro João Mota

dizer a verdade, a Gralha Julieta descobre que tudo não passa de uma mentira, o Ou-riço Felício sabe que o Cardoso só quer que os amigos gostem dele, o Rato Ratolas….bem…. o rato só quer ser igual ao corvo, mas afinal….é tudo mentira.”Oeiras SAB 19 Out | 11h00Auditório Municipal César BatalhaMoita SAB 26 Out | 16h00Fórum Cultural José Manuel FigueiredoSesimbra DOM 3 Nov | 17h00Cineteatro João MotaBarreiroSAB 9 Nov | 16h00Auditório Municipal Augusto CabritaSobral de Monte AgraçoDOM 17 Nov | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte AgraçoPalmelaSAB 23 Nov | 16h00Auditório Municipal do Pinhal NovoAbrantesSAB 7 Dez | 10h00Cine-teatro S. Pedro

PROMETEUCompanhia La FontanaPerformance multimédia, inspirada na tradição do teatro de sombras Indonésio, Wayang Kulit, Prometeu narra a história desta figura mitológica, que rouba o fogo dos deuses, assegurando a superioridade dos homens sobre os outros animais.SantarémQUI 7 Nov | 14h00Teatro Sá da BandeiraSesimbra DOM 17 Nov | 17h00Cineteatro João Mota Moita SAB 23 Nov | 16h00Fórum Cultural José Manuel FigueiredoPalmelaSAB 30 Nov | 16h00Centro Cultural do Poceirão

O PROBLEMA DO CORVOCompanhia Partículas Elementares“O Corvo Cardoso mente e já não consegue

Roteiro Artemrede, Cultura e Lazer num só fim-de-semana!

Os Associados da Artemrede são Municípios que, com o apoio da Associação, conseguem manter viva a cultura de uma vasta região, que

vai do distrito de Setúbal aos distritos de Leiria e Santarém. Aproveite os nossos espectáculos (ver agenda na página 6 e 7) como pretexto para

passar um fim-de-semana “fora cá dentro”... da Artemrede.

Locais a visitar

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SESIMBRAApesar dos inúmeros locais de interes-se que Sesimbra oferece, começamos por destacar a Serra da Arrábida, acla-mada por autores e artistas consagra-dos pela sua beleza única e inconfun-dível.

A Serra da Arrábida é um dos espaços naturais de influência mediterrânea mais belos e significativos, constituin-do uma paisagem de excepcional valor estético, onde património natural e cultural, material e imaterial, se en-contram indissoluvelmente ligados, uma identidade geográfica única, can-didata a Património Mundial Misto pela UNESCO.

O que visitar?Jazidas fósseis e trilhos de dinossauroTestemunhos da época jurássica, com mais de 150 milhões de anos, associa-dos ao património cultural do Cabo Espichel

Santuário da Nossa Senhora do CaboMuito popular junto dos peregrinos, composto por um precioso agregado de edificações, desde a antiga Ermida da Memória à Igreja Seiscentista

FormosinhoPara subir e apreciar a vista panorâmi-ca sobre toda a região envolvente, que vai desde o Estuário do Sado ao Cabo Espichel

ABRANTES Abrantes surpreende pela sua harmo-nia e beleza. É uma cidade com char-me e conhecida pelo seu património, com destaque para o Centro Históri-co, com os seus monumentos, praças e ruas com história, mas também pelas suas condições naturais de excelência que convidam ao lazer e fruição da natureza durante todo o ano. Desta-cam-se ainda as magníficas paisagens que se alcançam do seu Castelo e em toda a zona norte do concelho, junto à Albufeira de Castelo do Bode. Lo-calizado no centro de Portugal e inte-grado na região do Médio Tejo, é um território onde se cruzam costumes e tradições do Ribatejo, Alto Alentejo e Beira Baixa.

O que visitar?Castelo e as Igrejas de S. João e S. VicenteClassificadas como Património Nacio-nal, para as praças da cidade, pontua-das com um número significativo de conjuntos escultóricos

Igreja da Misericórdia A sala do definitório e os painéis de azulejos são elementos que justificam uma visita

Praia fluvial de Aldeia do MatoMarca incontornável do verão abran-tino

Parque Urbano de São Lourenço14 hectares de ar puro, tranquilidade

Castelo de Sesimbra ou dos Mouros Testemunho da presença humana desde o Paleolítico Superior até à ac-tualidade

O que saborear?O queijo de AzeitãoO vinho Moscatel

Onde dormir?Parque Municipal de CampismoForte do CavaloPorto de Abrigo - 2970 Sesimbra Contacto: 21 228 85 08www.cm-sesimbra.pt

Hotel do Mar R. General Humberto Delgado 10 2970-628 Sesimbra Contacto: 21 228 83 00www.hoteldomar.pt

Onde comer?Canhão 2Praça da Califórnia, Loja 4h 2970-760 SesimbraContacto: 212 231 216/ 967 018 166

Restaurante FilipeLargo da Marinha, 15 2970-657 SesimbraContacto: 212 231 653/ 967 190 668

Restaurante RibamarAv. dos Naufragos, 29 2970-637 SesimbraContacto: 212 234 853/ 212 234 317

Mais informações em: www.cm-sesimbra.pt

e espaço para convívios sociais com ciclovia, parque infantil e zona de me-rendas, entre outros.

O que saborear?O vinho e o azeite de AbrantesPetiscos da matança do Porco Peixe do rio Doçaria de origem conventual, como a Palha de Abrantes e as tigeladas

Onde dormir?Hotel Turismo de AbrantesLargo de Santo António, 2200-349 AbrantesContactos: 241 361 261 http://www.hotelabrantes.pt/

Pousada de Juventude de Abrantes Av. Eng. Adelino Amaro da Costa2200-195 AbrantesContactos: 241 379 210www.pousadasjuventude.pt

Onde comer?Santa Isabel Rua de Santa Isabel, 12 -142200 – 393 AbrantesContacto: 241 371 393/ 916 777 068

Cervejaria Aquapólis Aquapólis - Margem Norte - Barreiras do Tejo /2200 AbrantesContacto: 241 332 379/ 966 507 632

Mais informações em: www.turismo.cm-abrantes.pt