jornal a notícia - 05ª edição

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Informações precisas, bem apuradas e com credibilidade Carmo da Mata, Minas Gerais Carmo da Mata, Minas Gerais 30 de Julho a 12 de Agosto de 2011 Ano 1 - Nº 05 Editor: Thiago Góis Equipe do Carmense volta a treinar jovens promessas do futebol Centro de Tratamento de Água ganha novos equipamentos SAAE faz aquisição de aparelhos de dosagem de última geração PÁGINA 03 Vandalismo: Peças de cobre e bronze foram furtadas de centenas de túmulos Confira na PÁGINA 03 DIVULGAÇÃO THIAGO GÓIS THIAGO GÓIS THIAGO GÓIS PÁGINA 04 PÁGINA 05 PÁGINA 04 Empresário carmense mantém tradição em criação de cavalos de raça Telecentro municipal ganha nova sede e inicia cursos de informática

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O informativo de maior credibilidade de Carmo da Mata

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Page 1: Jornal A Notícia - 05ª Edição

Informações precisas, bem apuradas e com credibilidade

Carmo da Mata, Minas Gerais

Carmo da Mata, Minas Gerais 30 de Julho a 12 de Agosto de 2011 Ano 1 - Nº 05 Editor: Thiago Góis

Equipe do Carmense volta a treinarjovens promessas do futebol

Centro de Tratamento de Água ganha novos equipamentos

SAAE faz aquisição de aparelhos de dosagem de última geraçãoPÁGINA 03

Vandalismo:Peças de cobre e bronze foram furtadas de centenas de túmulos

Confira na PÁGINA 03

DIVULGAÇÃO

THIAGO GÓIS

THIAGO GÓIS

THIAGO GÓIS

PÁGINA 04

PÁGINA 05

PÁGINA 04

Empresário carmense mantém tradição em criação de cavalos de raça

Telecentro municipal ganha nova sede e inicia cursos de informática

Page 2: Jornal A Notícia - 05ª Edição

Carmo da Mata, Minas Gerais 02

Jornal A Notícia

Fazendo uma análise tecnológica dos últimos 10 anos é possível se concluir que muitos hábitos sociais têm se modificado. As relações sociais vivenciadas há alguns anos atrás ganharam novos paradigmas. No lugar das brincadeiras nas ruas, entrou a era ciber. Hoje, nossos jovens são tecidos socialmente através da máquina vir-tual e isso implica em computadores e, em conseqüên-cia, à internet.

No lugar das tradicionais culturas, a cibercultura co-meçou a conquistar este espaço que é onde os indivídu-os compartilham experiências, discutem ideias e tecem uma teia social interligada através de vários computado-res. Com estas mudanças, as lojas físicas passaram a ser virtuais, os bancos também não ficaram para trás; pode-mos a qualquer momento realizar transações bancárias através da internet. Os jornais impressos e televisivos ganharam seus portais de notícias, as brincadeiras e en-contros “físicos” foram para as redes sociais.

Nesta medida, o homem começou a fazer parte de uma coletividade social regida pelas redes de internet. Veio o orkut, o msn e os chats de bate-papo. Na atualida-de, começaram a cair em desuso. Ganhou notoriedade, neste ano, o facebook e o microblog twitter. Com estes novos mecanismos de comunicação, as pessoas come-çaram a deixar de lado os tradicionais meios de comuni-cação de massa (como é o caso do rádio, tv e impresso) e partiram para estes espaços onde podem, sem censura, opinar e debater questões importantes de cidadania.

Um grande exemplo de democracia está no grupo CARMO DA MATA –MG no facebook. Neste espaço, que merece destaque, estão sendo debatido, pelos usuários, temas de interesse para o município. Temas como saúde, segurança, educação, cultura, meio-ambiente e melho-ramentos para a cidade estão em debate. Muitas pessoas deste grupo do facebook estão deixando as questões po-líticas de lado e debatendo como cidadãos os interesses para com Carmo da Mata. Um exemplo de democracia e de liberdade de expressão.

As opiniões expressadas neste grupo, de aproxima-damente 320 membros, são de interesse de todos. As pessoas estão saindo dos discursos presenciais e partin-do para esfera da cibercultura. Um exemplo de demo-cracia que, de agora em diante, fará cada vez mais parte da coletividade social. Visite você também o grupo CAR-MO DA MATA –MG no facebook: http://www.facebook.com/home.php#!/groups/191475457530655?ap=1

Privacidade:isso aindaexiste?

Editorial

Thiago Góis

Das tradicionaisrelações sociais para as redessociais

Editor Chefe Jornal a Notícia

Júnia

Paixão

casosereflexoes.blogspot.com

A privacidade que tanto prezamos em nos-sas vidas não faz parte da vida de nossos jovens. Twitter, facebook, youtube, orkut e outras redes sociais recebem todos os tipos de desabafos, de-clarações, relatórios diários de atividades, enfim, está tudo escancarado, para quem quiser ver, ouvir e saber. Essa é uma geração pública! Todos seus amores, problemas, alegrias e dissabores são compartilhados com os amigos do mundo inteiro, em tempo real. Quais serão as consequ-ências disto? Só o tempo irá dizer.

O mundo virtual chegou para ficar e não adianta ninguém espernear contra isso. É fato. Mas temos que ensinar aos mais jovens que a vida real continua e, no fim das contas, é o que vale. Temos que alertá-los que as relações huma-nas vão além de scraps, mensagens, vídeos, fotos e depoimentos. É necessário saber conviver cara a cara, conversar de verdade, olhando no olho. É preciso amar de verdade e dizer isso ao pé do ou-vido. No mundo virtual as declarações de amor se tornam fáceis e instantâneas, muito mais fácil escrever sozinho em seu quarto do que falar ao vivo; mas o que se escreve deve ser a tradução de seu sentimento real, senão fica banal. O mundo nos enxerga através de lentes exigentes. Se qui-sermos ser confiáveis, temos que sustentar nos-sas palavras e conferir sentido ao que dizemos e escrevemos.

Sabemos, hoje, muito mais da vida alheia, mais até do que gostaríamos em certas ocasiões. Mas está tudo lá, postado e público. As reuniões sociais são reportadas em inúmeras fotos e co-mentários, os grandes eventos são publicados em sites que se proliferam e possuem sempre um web em seu nome; são as atuais colunas so-ciais que retratam os vip’s e os anônimos. Uma das grandes vantagens nesse mundo paralelo é a facilidade com que reencontramos antigos co-legas, amigos que o tempo levou para mais lon-ge, pessoas que fizeram parte de nossas vidas e as perdemos pelo viver. Podemos também nos comunicar com mais agilidade com aqueles que continuam por perto. Mas é preciso ter cuidado. O que cai na rede não tem mais controle, e, às ve-zes, informações em perfis e imagens divulgadas sem critérios podem trazer problemas. As redes sociais já são uma das formas de escolha de can-didatos em algumas grandes empresas.

Que venha o novo por wireless, nuvem, dispo-sitivos móveis, ipod, ipad, seja lá como for. Mas não esqueçamos, nem deixemos nossos jovens sem saber, que nada substitui o estar junto de verdade. E que um pouquinho de nós deve sem-pre ficar guardado dos olhos alheios. Já diziam as vovós: “Cautela e canja de galinha não faz mal para ninguém”.

EXPEDIENTEJornal A Notícia Empresa Jornalística

CNPJ: 11.981.506/0001-45

Endereço: Rua Antônio Teodoro da Silveira, 84. Centro, Carmo da Mata. CEP 35547-000

JornalistaResponsável: Thiago César de Góis - MTB 36586 MG

Editor: Thiago Góis

Redação: Emerson Rabêlo

Diagramação/Design:

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DepartamentoComercial:

AparatoJurídico:

“As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e necessariamente não refletem a opinião do jornal”

Sindicato dos Jornalistas Profissionaisdo Estado de Minas Gerais

[email protected]

[email protected]

José Luis Rojas / [email protected]

Professora

As sacolas plásti-cas são realmente necessárias?

Leonardo

Alves

Geógrafo

As sacolas plásticas foram introduzidas no país a partir da dé-cada de 1970, quando o consumismo presente nos países capita-listas desenvolvidos se espalhou pelo mundo, chegando aos países subdesenvolvidos como Brasil, Argentina e México. Antes do ad-vento das sacolas plásticas, eram utilizados os sacos de algodão e as tradicionais sacolas de nylon para o transporte das compras rea-lizadas em feiras populares e em pequenas mercearias. É também a partir da década de 1970 que surgem, no Brasil, os shoppings cen-ters e as grandes redes de supermercados, que adotaram as saco-las plásticas como forma de facilitar o transporte das mercadorias, favorecendo, assim, a comodidade do cliente, já que o mesmo não precisaria mais se preocupar em trazer a sua sacola de casa.

Com o passar do tempo, as sacolas plásticas foram se tornan-do um grande problema para a sociedade devido às sérias conse-quências que causam. Por exemplo: quando jogadas no mar, são ingeridas por animais marinhos como as tartarugas, que acabam morrendo devido à obstrução do aparelho digestivo. As sacolas plásticas levam mais de duzentos anos para se decompor e, du-rante esse período, liberam toxinas que poluem o solo, a água e também o ar se elas forem incineradas. Nas grandes cidades, os saquinhos plásticos entopem bueiros e córregos, favorecendo, as-sim, a ocorrência de inundações. Diante de todos esses problemas é necessário que a sociedade e o poder público tomem iniciativas para conter o consumo exagerado de sacolas plásticas.

Na Universidade Federal de Viçosa (UFV) eu tive o privilégio de participar de uma dessas iniciativas, que foi um projeto de exten-são que se chamava “Sacola Legal”. Esse projeto foi desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Florestal (DEF) em parceria com o “Supermercado Escola”, que pertence à universidade. O pro-jeto foi lançado em 2008 sob a coordenação do professor Laércio Antônio Gonçalves Jacovine e contava com uma equipe multidisci-plinar, composta por estudantes de Geografia, engenheiros flores-tais, educadores e administradores. O principal objetivo do projeto foi sensibilizar os clientes e funcionários do “Supermercado Esco-la” sobre os problemas ambientais causados pelas sacolas plásticas e com isso reduzir o consumo das mesmas. Para isso, foi feita uma intensa campanha durante os anos de 2008 e 2009 com palestras, apresentações teatrais, distribuição de mudas, confecção de ade-sivos e informativos, bem como a formação de uma comissão per-manente de trabalho composta pela equipe técnica do projeto e pelos funcionários do supermercado.

A primeira medida adotada pelo Supermercado Escola foi a troca das sacolas plásticas convencionais pelas sacolas plásticas óxi-biodegradáveis, que se decompõem em menos de doze me-ses; depois foram colocadas à venda as sacolas retornáveis feitas de tecido de algodão e também as caixas plásticas desmontáveis, que são muito práticas para o transporte em automóveis. Depois de um treinamento, os funcionários passaram a oferecer todas es-sas opções e a caixa de papelão aos clientes. Passado um período de seis meses, nós começamos a notar que o nosso objetivo estava sendo alcançado, pois, no início do projeto, apenas 16% dos clien-tes levavam sua sacola retornável para fazer compras. Depois da implantação do projeto, esse número subiu para 35% dos clientes. O projeto foi premiado com honra ao mérito pela Pró-Reitoria de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFV e ainda nos rendeu um arti-go publicado na Revista Participação da Universidade de Brasília (UnB).

No Brasil, já surgiram leis que visam restringir o consumo de sacolas plásticas convencionais, sendo dois exemplos as leis muni-cipais adotadas pelas capitais Florianópolis e Belo Horizonte. Em Belo Horizonte, a lei em questão é a 9.529/2008 que prevê multa de R$ 1.000 a R$ 2.000 ao comerciante que oferecer sacola plástica convencional. Além disso, o estabelecimento autuado poderá per-der seu alvará de funcionamento por 120 dias. Uma lei semelhante está sendo discutida no estado do Paraná, e no estado de São Paulo o governo já demonstra preocupação com o consumo exagerado de sacolas plásticas. Na África do Sul e China, a distribuição e con-sumo de sacolas plásticas estão terminantemente proibidos, e, em muitos países europeus, o cliente tem que pagar por cada sacola plástica consumida. Essas leis que estão sendo adotadas por paí-ses, estados e municípios têm de ser vistas com bons olhos porque visam proteger a natureza da poluição e mortandade de animais, causadas por sacolas plásticas descartadas pelas pessoas. A própria sociedade precisa se sensibilizar e voltar a utilizar sacolas alterna-tivas como as de nylon, algodão e juta, ou pedir para que embalem suas compras em caixas de papelão, só assim que, de fato, o meio ambiente poderá se ver livre das inconvenientes sacolas plásticas.

Editorial / Opinião

1- Foi publicado equivocadamente na última edição deste jornal, que a residência que foi mencionada neste pe-riódico havia sido tomada pelo Banco do Brasil, entretan-to, esta decisão ainda não foi proferida pela justiça. Logo, a casa não foi tomada, estando em posse de uma pessoa da família do proprietário.

2- Também ouve um equívoco na matéria da Filarmôni-ca Santa Cecília. Ao invés de mais de meia década de tradi-ção seria: mais de meio século.

CORREÇÕES

Page 3: Jornal A Notícia - 05ª Edição

03

Jornal A Notícia

Carmo da Mata, Minas Gerais

Gerais

Thiago Gó[email protected]

Onda de vandalismo em cemitério preocupa famíliasCentenas de túmulos tiveram peças de bronze, cobre e outros metais furtadas no último mês

O Cemitério Municipal da cidade foi alvo de um ar-rastão no último mês. Cen-tenas de túmulos tiveram peças de bronze, cobre e outros metais furtadas em um curto período de tempo.

Grande parte de puxa-dores de túmulos, além de placas fúnebres, imagens de

Detalhe mostra a tampa de um dos túmulos que tiveram seus puxadores furtados

O alto valor dos metais como o cobre e o bronze desperta o interesse de vândalos para furta-los e vende-los

THIAGO GÓIS

emerSOn rAbêLO

santos e outros objetos des-tes metais foram furtados e, até o momento, ninguém foi identificado. A situação é tão grave que algumas fa-mílias tiveram de retirar as imagens de bronze dos tú-mulos de seus familiares.

Famílias afetadas com o acontecimento revelam sua angústia com o ocorri-do e alertam para que ou-tros moradores de Carmo da Mata para que compa-

reçam ao cemitério a fim de verificar se o túmulo de seus familiares também foi afetado. “Acredito que mui-tas pessoas nem têm co-nhecimento destes atos de vandalismo, por isso devem comparecer aqui no cemi-tério para verificar”, alerta um morador afetado com o fato e que não quis se iden-tificar.

Este morador ainda acredita que estes furtos podem ter sido praticados por usuários de drogas, que roubam as peças para con-seguir dinheiro para susten-tar o vício. Por ser um tipo de metal caro, o bronze e o cobre desperta interes-se nestas pessoas, fazendo com que furtem tais peças do cemitério.

Durante o período da manhã e tarde, o cemitério é regido pelo coveiro e pes-soas que realizam constru-ções de túmulos, o que di-

ficulta o furto destas peças. Porém, durante a noite, por não ficar ninguém no local, o aumento destes aconte-cimentos é maior. Alguns boletins de ocorrência fo-

ram registrados, entretanto, muitas famílias ainda não sabem dos furtos.

Caso algum morador presencie algum infrator furtando alguma peça de

um túmulo, deve entrar em contato com a Polícia Mili-tar pelo telefone 9946-5319 ou 190. A pena pelo crime de furto pode chegar a três anos de prisão mais multa.

Thiago Gó[email protected]

SAAE aplica novas melhorias no Centro de Tratamento de ÁguaPrimeiro foram mudanças de produtos adicionados no processo de tratamento da água, agora foi a aquisição e ins-

talação de equipamentos de última geração

Dando prosseguimento ao programa Produção Mais Limpa, criado pelo Centro de Tratamento de Água do município em 2009, o SAAE

segue aplicando diversas melhorias em sua estação de tratamento de água.

Como noticiou o Jornal A Notícia em sua primei-ra edição, a primeira etapa foi completada nos últimos meses com a alteração dos

produtos que eram adicio-nados no processo de lim-peza da água, por outros ainda mais eficazes. Com isso, além da economia de energia, os operadores do centro de tratamento não precisam se preocupar com a preparação das soluções, uma vez que com a altera-ção destes produtos, como foi o caso do Hipoclorito e do Geocálcio, a mesma já vem pronta para o uso.

A segunda etapa de mo-dificações foi completada com sucesso. No final deste mês, o SAAE de Carmo da Mata realizou a troca dos equipamentos de dosagem. Um destes aparelhos é con-siderado o primeiro do esta-do em funcionamento, uma vez que foi instalado, com

exclusividade, após uma su-gestão de um dos funcioná-rios da sede. Tal dosador foi testado pela primeira vez no SAAE de Carmo da Mata.

De acordo com a quími-ca responsável, Cleide Hilá-ria, o Centro de Tratamento de Água do município está servindo de modelo para outros SAAE’s da região e, este reconhecimento, vem devido ao fato de que tais equipamentos são os pri-meiros em nossa região. “As dosadoras antes utili-zadas eram ultrapassadas, deixando muito a desejar. As dosagens dos reagen-tes não eram exatas, o que exigia do operador uma atenção redobrada. Perce-bemos também que o con-sumo de energia e de água

no processo de dosagem dos antigos equipamentos eram muito superiores que as destes novos aparelhos.”, comenta Cleide sobre a ins-talação dos novos equipa-mentos.

A próxima modificação do Centro de Tratamento de Água é a aquisição de apa-relhos de análise denomi-nados espectrofotômetro, meta que deve ser cumpri-da ainda neste ano. Todas estas mudanças, de acordo com Cleide, foram contem-pladas graças ao apoio e preocupação do presidente do SAAE, José Geraldo Fer-reira, Cuçú, e da união dos funcionários do Centro de Tratamento de Água. “Toda esta reviravolta feita no sis-tema, no último ano, forta-

leceu os laços de amizade entre os funcionários. Con-seguimos elaborar e aplicar tais mudanças, graças ao trabalho em equipe.”, conta Cleide Hilária.

Funcionários do Centro de Tratamento de Água trabalharam em equipe e conseguiram efetuar as mudanças

Novos aparelhos de dosagem foram adquiridos pelo SAAE do município

THIAGO GÓIS THIAGO GÓIS

Page 4: Jornal A Notícia - 05ª Edição

Carmo da Mata, Minas Gerais 04

Jornal A Notícia Gerais

Thiago Gó[email protected]

Empresário carmense mantém tradição em criação de cavalos de raça

Há quem diga que Car-mo da Mata se destaca na região Centro-Oeste Mi-neira pelo fato de manter tradição na produção de essências, na siderurgia e na produção de leite. En-

tretanto, é louvável se dizer que a cidade também man-tém a prática em criação de cavalos de raça. São vários fazendeiros no município que cultuam a criação des-tes animais.

Um grande exemplo desta prática está na Fazen-da da Palmeira, zona rural

da cidade, onde Fernando Diniz Olivé começou a pri-meira criação de cavalos da raça campolina há mais de 60 anos. O fazendeiro, que foi Presidente da Associa-ção Brasileira dos Criado-res de Cavalo Campolina, começou esta prática com apenas um cavalo que ti-nha o nome de Sublime da Palmeira e que ganhou vá-rios prêmios em diversos eventos no estado. Com o tempo, a criação foi au-mentando e esta tradição foi repassada para seu filho e empresário Fernando Di-niz Olivé Filho, conhecido Fernandinho Diniz.

Atualmente, Fernandi-nho Diniz possui dezenas de cavalos da raça cam-polina que participam de várias exposições no país. A última conquista de um

animal do empresário foi na 4ª ExpoCarmo da Mata, onde o cavalo chamado Favacho da barraca foi o vencedor na exposição dos

cavalos da raça campolina. A organização deste even-to, dentro da ExpoCarmo, foi de Oswaldo Afonso Di-niz Filho, o Wadinho, onde

além de Fernando Diniz, outros vários expositores de cavalos do estado com-pareceram e concorreram neste evento.

Equipe do Carmense volta a treinar jovens promessas do futebolGarotos buscam reconquistar os velhos tempos em que o futebol local era destaque perante a região Centro-Oeste

Interact Club empossa nova diretoriaEvento contou com a participação de várias entidades da família rotária

Thiago Gó[email protected]

“Antigamente quando Carmo da Mata não tinha bons campos de futebol, tí-

nhamos bons times. Agora, contudo, temos dois bons campos de futebol, mas fal-tam incentivos para que os times da cidade realizem bons campeonatos”. São com estas palavras, que par-

tem de vários dirigentes das equipes locais, que novas promessas do futebol co-meçam a buscar motivação para perpetuar e reconquis-tar os velhos tempos do fu-tebol local.

Merece destaque nes-te processo de geração de novos craques a equipe do Carmense, que volta a trei-nar dezenas de garotos, de várias categorias, no campo do carmense, pelos treina-dores José Carlos Ricardo e José Rodolfo Assis.

De acordo com o treina-dor José Carlos, são garotos que vão de 11 a 17 anos, e que buscam a partir dos treinamentos se destaca-rem em torneios e campeo-natos da região. “São novas

Dezenas de garotos do município estão sendo treinados por José Carlos Ricardo e José Rodolfo Assis no campo do carmense

O treinador José Carlos revela o grande potencial do garoto Vitor Galo, que, com apenas 11 anos, já recebe elogios de quem o vê jogando

Rômulo Resende passou o cargo de presidente do Interact para a jovem Maria Luiza Correa na noite do dia 14

Wadinho organizou, na 4ª ExpoCarmo, o concurso de cavalos de raças. Fernadinho Diniz mantém tradição em criação de cavalo há cinco décadas

Detalhe mostra o cavalo chamado Favacho da Barraca e que foi premiado no concurso da raça campolina

THIAGO GÓIS

THIAGO GÓIS

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Emerson Rabê[email protected]

Na noite do dia 14 de julho, o Interact Club de Carmo da Mata encer-rou os trabalhos da gestão 2010/2011 e deu início à administração, que seguirá até julho de 2012, com uma cerimônia realizada na sede do Rotary Club.

O ex-presidente Rômulo Resende passou o cargo à frente do clube para Maria Luiza Correa, que coman-dará o Interact, juntamente com sua diretoria, também empossada no dia 14.

Para o evento de posse,

vários rotarianos estive-ram presentes, dentre eles o atual presidente, Marcos Vinício Cardoso, que tam-bém discursou durante a solenidade, congratulando o trabalho do Interact rea-lizado na comunidade de Carmo da Mata e colocando o Rotary Club à disposição da entidade para eventual ajuda. Nathália Resende, representante do Rotaract Club, entidade que também faz parte da família rotária, também esteve presente e comentou sobre o esforço realizado por companhei-ros para tentar colocar o Rotaract Club novamente

em atividade.Um vídeo com foto-

grafias de vários eventos beneficentes e trabalhos internos do Interact Club foi apresentado para os presentes como forma de prestação de contas sobre os serviços realizados entre 2010 e 2011. Vários sócio--diretores foram agraciados com uma homenagem em agradecimento pela dispo-sição e atenção concedida ao clube.

Maria Luiza realizou sua primeira reunião oficial no dia 17 de julho, na qual de-bateu sobre os primeiros projetos de sua gestão.

DIVULGAÇÃO

promessas, que como Luiz Fernando, têm tudo para brilhar no mundo futebolís-tico”, avalia José Carlos.

Ainda segundo ele, a ca-tegoria 2001, que é compos-ta por crianças de 11 anos, é inédita na cidade, existindo também poucas equipes na região desta categoria. O competente treinador, que já treinou vários jovens na cidade, conta ainda, que entre algumas destas crian-ças que ele treina, sempre existem alguns que se des-tacam. Um grande exem-plo é Vítor Galo, que com apenas seus 11 anos já re-cebe elogios de quem o vê jogando. “Ele é um meia que tem bom drible e visão de jogo. Realiza, sempre, bons

passes e excelentes finaliza-ções. É um garoto de futuro”, revela confiante José Carlos.

Nos próximos dias, es-tes jovens irão disputar um

campeonato em Cláudio e partidas oficiais em cidades vizinhas. Pequenos jovens com grande potencial de fu-turo.

Page 5: Jornal A Notícia - 05ª Edição

05

Jornal A Notícia

Carmo da Mata, Minas Gerais

Gerais

Thiago Gó[email protected]

Desde o começo do mês de julho, o telecentro car-mense Maria Claret Cruz ganhou uma nova sede,

que fica localizada acima da Secretaria de Educação. O novo local possui pelo menos 30 computadores com acesso à internet e são destinados à realização de pesquisas escolares e outras

atividades no âmbito da in-formática. Também estão sendo realizados, em parce-ria com o Interact, Prefeitu-ra Municipal e GESAC, cur-sos de informática básica gratuitos para a população.

De acordo com o gestor do Telecentro e coordena-dor da Associção Carmense de Moradores pela Defesa da Cidadania, Francisco Teixeira, para ter acesso aos computadores do telecen-tro o usuário precisa ter a carteira da instituição. Caso a pessoa não tenha a cartei-ra de acesso, poderá fazê-la no telecentro, levando ape-nas os documentos pesso-ais.

Para o gestor do tele-centro, a nova sede ganhou

mais espaço para a reali-zação das atividades e isso colaborou com o aumento de usuários no espaço. “Es-tamos também recebendo mensalmente centenas de pessoas da população, que realizam gratuitamente os seus trabalhos através da internet”, comenta Francis-co.

Quanto aos cursos de informática básica, os inte-ressados devem procurar os monitores do telecentro no período de funcionamento da sede, que, atualmente, é de 8h às 11h e de 13h às 17h, para realizarem suas inscrições. Tanto os cursos de introdução à informática quanto o acesso à internet na instituição são gratuitos.

Nova sede do telecentro se encontra em funcionamentodesde o começo de julho

ArqUIVO TeLecenTrO

DIVULGAÇÃO

Thiago Gó[email protected]

THIAGO GÓIS

THIAGO GÓIS THIAGO GÓIS

Preocupados com a violência, comerciantes realizam reuniãoConstantes assaltos e roubos na cidade fez com que empresários, autoridades municipais e polícia organizassem tal encontro

Com o objetivo de reu-nir ideias e somar esforços na prevenção da violência no município, a Associação Comercial, Industrial, Agro-pecuária e de serviços de Carmo da Mata (ACICAM), realizou em parceria com os comerciantes da cidade,

autoridades e Conselho de Segurança do Município (CONSEP) uma reunião que aconteceu no dia 14 em sua sede, onde teve como prin-cipal objetivo tratar o as-sunto segurança em Carmo da Mata. Na ocasião, foram ressaltados os constantes roubos, além de terem sido relatados algumas suges-tões que possam minimizar tais acontecimentos.

O vice-prefeito da cidade Sinval Elias representou a prefeitura, parte dos repre-sentantes da Câmara Mu-nicipal também marcaram presença, além de Sargento Sousa Filho, que represen-tou a Polícia Militar, deba-teram juntamente com os comerciantes locais e CON-SEP medidas a curto, médio e longo prazo para amenizar a violência. A reportagem do Jornal a Notícia também es-teve na ocasião, onde tam-bém teve participação no debate. Os principais temas apontados foram os proble-mas em relação ao efetivo da polícia, melhoramentos de segurança nas empre-sas, além do 190 móvel, que, atualmente, a Polícia Militar não possui.

A partir de tais aponta-mentos, ficou definida, en-tre os membros da reunião, uma equipe que irá geren-ciar soluções para seguran-ça. Esta equipe foi composta pelos vereadores Leonardo

Rodrigues, o Ti-léo, e Lean-dro Azevedo, além dos em-presários Valério Silveira, Ja-ques Mattar e Oston Oliveira e a Polícia Militar, CONSEP e vice-prefeito Sinval Elias, representando a Prefeitura Municipal.

De acordo com o vice--prefeito Sinval Elias, a pre-feitura irá adquirir o apare-lho denominado 190 móvel, que funciona em qualquer local em que a viatura poli-cial esteja, além de contratar uma equipe de seguranças da cidade de Divinópolis,

que irá realizar uma ronda preventiva durante o perí-odo noturno. Além desta medida de curto prazo, os representantes formados na reunião decidiram tentar marcar uma reunião com o Governador do Estado, Antônio Anastasia, e com o chefe de segurança do Es-tado, afim de pedir um au-mento no efetivo da polícia. Para isso, estes membros entrarão em contato com os deputados que foram vota-dos na cidade com o objeti-vo de facilitar tal reunião. Sargento Sousa Filho representou a Polícia Militar na reunião realizada na

sede da ACICAM

Vários empresários da cidade compareceram na reunião que buscou sugestões que minimizassem a violência em Carmo da Mata

reprODUÇÃO

Emerson Rabê[email protected]

O conhecido cerol, uma mistura de cola e caco de vidro moído aplicado em linhas de pipas, é utilizado praticamente durante todo o ano. Porém, é na época das férias escolares que o uso desse material se torna mais comum entre crian-ças, adolescentes e, até mesmo, adultos. Com a fi-nalidade de cortar a linha de outras pipas adversárias em uma batalha aérea, essa brincadeira perigosa possui um saldo de irresponsabi-lidade irreparável. Ao final da prática, ou até mesmo durante o “divertimento”, a linha carregada com o ma-terial, que são praticamen-

Cerol e motociclista: dois inimigos mortaisA partir de agosto, aparelhos de segurança serão obrigatórios em motos

Antena será obrigatória em motos na tentativa de minimizar os acidentes com linhas de cerol

te invisíveis aos olhos de quem conduz motocicletas, pode atingir mãos, braços, tronco e pescoço.

O que é um lazer para outros pode se tornar um problema para pessoas que utilizam motocicletas para os diversos fins. As linhas compostas por cerol podem adquirir uma enorme capa-cidade de corte, provocan-do ferimentos profundos, podendo levar a óbito ou deixar sequelas terríveis em suas vítimas.

Cerca de cem acidentes são causados por ano pelo uso da linha de pipa com cerol. Cinquenta deles são gravíssimos e, em 25% dos casos, há morte, segundo levantamento da Associa-ção Brasileira de Motoci-

clistas (ABRAM).Mas, para o alento dos

condutores, a prática de-verá ser combatida de modo mais firme. O uso dos aparatos de segurança nas motos, entre elas a an-tena anti-cerol, será obri-gatório, através de uma resolução do Conselho Na-cional de Trânsito (CON-TRAN), que entra em vigor

Thiago Gó[email protected]

Os carmenses Pierri, Tinho, José Antônio, Valfrido, Humberto, Mazinho, Ilton, Marcelo, Geraldo, Edenílson e Sueli percorreram, durante vários dias, centenas de quilômetros a cavalo de Carmo da Mata até Aparecida de Norte no interior do estado de São Paulo

Devoção: carmenses vão atéAparecida do Norte a cavalo

Uma tradição que já dura 6 anos. Pequenas palavras para demonstrar a impor-tância da romaria da fé ide-alizada e realizada por ami-gos cavaleiros carmenses. São vários dias, percorrendo centenas de quilômetros, passando por belas paisa-gens e enfrentando muitos obstáculos que mais de dez moradores da cidade per-correram o trajeto de Carmo da Mata até a cidade de Apa-recida do Norte, no interior de São Paulo. Uma viagem diferente, onde a fé e devo-ção por Nossa Senhora Apa-recida falam mais alto. Nes-te ano de 2011, os cavaleiros

saíram de Carmo da Mata no dia 08 de julho e chega-ram a Aparecida do Norte na manhã do dia 16 de Julho. No santuário rezaram, agra-deceram à santa pelas gra-ças alcançadas e ficaram na terra da padroeira do Bra-sil até o fim da tarde. Logo após, retornaram a Carmo da Mata. Para o integrante da romaria, Marcelo Nunes, é muito gratificante poder participar deste momento. “É um acontecimento inex-plicável. Todos nós, partici-pantes da romaria realizada a cavalo, a partir do momen-to que estamos no percurso, iniciamos os momentos de reflexão e fé. É um momen-to muito engrandecedor”, revela Marcelo.

no dia 02 de agosto.Anti-cerolA antena desenvolvida

para motocicletas deve ter um pequeno mecanismo de corte da linha, para evitar que ela passe e atinja o pes-coço ou o corpo do motoci-clista. Ela consiste em uma barra de aço fixada no gui-dom, com altura igual a da parte superior do capacete.

Telecentro municipal ganha nova sedee inicia cursos de informática gratuitos

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Preocupado com a onda de violência, o vice-prefeito Sinval Elias propôs, em reunião, estratégias de segurança

Page 6: Jornal A Notícia - 05ª Edição

Carmo da Mata, Minas Gerais 06

Jornal A Notícia Opinião

DIREITO EM FOCO

Produto ou serviço com defeito

Lucien

DOUMET JEUNON JR.

O que fazer quando um produto apresentar defeito?Quando um determinado produto apresentar defeito de fabricação, o fornece-

dor terá 30 dias para corrigi-lo. Passado esse prazo, o consumidor pode exigir: troca do produto; abatimento no preço; dinheiro de volta, corrigido monetariamente.

Prazo para reclamaçõesO consumidor tem os seguintes prazos para reclamar de produto ou serviço com

defeito: 30 (trinta) dias para produto ou serviço não durável, contados a partir do re-cebimento do produto ou término do serviço (ex: alimentos, roupas, sapatos, etc.); e 90 (noventa) dias para produto ou serviço durável, contados também a partir do recebimento do produto ou término do serviço (ex: eletrodomésticos). Se o defeito não for evidente, dificultando a sua identificação imediata, os prazos começam a ser contados a partir do seu aparecimento.

Reparação de danosSempre que um produto ou serviço causar acidente, serão responsabilizados,

seguindo essa ordem: o fabricante; o produtor; o construtor; o importador. Na im-possibilidade de identificar o fabricante, o produtor, o construtor ou o importador, que respondem solidariamente pelo dano, o responsável passa a ser o comerciante. Um produto é considerado defeituoso quando não oferece a segurança que dele se espera, levando-se em consideração certas circunstâncias relevantes, entre as quais: sua apresentação; o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam, a época em que foi colocado em circulação. Atenção: um produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro, de melhor qualidade, ter sido colocado no mercado.

Se o defeito for verificado na prestação do serviço, o que o consumidor tem direito de exigir?

Pode exigir nova execução do serviço, sem qualquer custo; abatimento no preço; devolução do valor pago, em dinheiro, com correção monetária.

Prazo para reparo deve ser cumpridoAs assistências técnicas têm prazo para consertar produtos com defeitos. Para

os que ainda estão na garantia ou no do prazo legal de reclamação (30 dias para bens não-duráveis, 90 dias para duráveis), o Código de Defesa do Consumidor (CDC), no artigo 18, prevê prazo de um mês para a devolução. Caso contrário, o consumidor pode exigir do fabricante a restituição do valor pago pela mercadoria, corrigida, novo produto ou abatimento proporcional do preço.

Lembrando que, se o prazo acertado entre autorizada e consumidor – inferior ou superior a 30 dias – for descumprido, ele ainda tem seus direitos garantidos pelo arti-go 18, que determina que as partes poderão convencionar a redução ou ampliação do prazo. Este, porém, não pode ser inferior a 7 dias ou superior a 180 dias. Se o produto estiver fora da garantia ou do prazo legal para reclamação, e a data de devolução de-terminada no orçamento não for cumprida, o consumidor pode exigir a devolução do produto, a restituição dos valores pagos ou indenização por perdas e danos à Justiça Comum ou ao Juizado Especial Cível. Se a demora ocorrer por falta de peças, o artigo 32 do CDC diz que os fabricantes e importadores têm de assegurar a oferta de compo-nentes para reposição, enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Cessada uma ou outra, ainda assim a oferta de peças deve ser mantida por período razoável de tempo.

Não perca os prazos para exigir direitos Dormientibus non succurrit jus (o direito não socorre aos que dormem), um aler-

ta aos consumidores para que fiquem atentos aos prazos estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) “para reclamar de vícios ou defeitos aparentes e

Bacharel em Direito [email protected]

ocultos que os produtos e os serviços possam apresentar. Conforme o CDC, o artigo 26 diz “que o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em 30 dias para serviço e produto não durável”. Não duráveis são aqueles produtos ou serviços que desaparecem com o consumo, como gêneros alimentícios e serviços prestados por lanchonetes ou lavanderias. Isso significa que o consumidor, a partir da data da constatação do vício, tem 1 mês para pedir providências à empresa ou à Jus-tiça. No caso de produtos ou serviços duráveis, ou seja, os que não acabam mediante o uso, como eletrodomésticos e serviços mecânicos, o prazo é de 90 dias, também a contar da data de constatação do vício. É importante ressaltar que o CDC diz que o prazo da garantia contratual é complementar ao da legal, ou seja, se o produto tiver prazo de garantia superior a 90 dias, o período para reclamar corresponde ao tempo maior oferecido. Para não perder os prazos para reclamar, o consumidor, ao verificar que está com dificuldades para que a empresa solucione o problema, deve notificá--la. O que se recomenda é que a reclamação seja feita por escrito, em duas vias, sendo uma protocolada, para que a contagem do prazo (30 ou 90 dias) cesse, enviando-a via correio registrada com comprovante de entrega. Isso é o que estabelece o pará-grafo II, do artigo 26, do CDC: “A notificação ‘obsta’ a decadência, ou seja, o prazo para reclamar para de contar quando a queixa foi comprovadamente formulada ao fornecedor até a resposta negativa correspondente”. Se o vício não for de percepção aparente (oculto), os prazos para reclamar começam a contar a partir da constatação do problema.

Dano de consumo Se o vício na prestação de um serviço ou produto tiver como consequência um

acidente de consumo, aparece então o defeito, ou seja, um dano causado por pro-dutos que não se enquadram nos padrões de segurança (considerados defeituosos). Nesse caso, o prazo para pedir indenização à Justiça é de cinco anos (artigo 27, do CDC). “E o consumidor não pode se valer do artigo 18 do CDC, que trata de vícios em serviços e produtos, e sim o artigo 12”.

Quando há defeito, todos os fornecedores – fabricante, produtor, construtor, im-portador, prestador do serviço, comerciante – são responsáveis solidários e o consu-midor poderá acionar diretamente qualquer um dos envolvidos.

O papel do PROCONSe o consumidor lesado não conseguir contatar a empresa ou encaminhar carta,

poderá procurar o PROCON e, ao registrar a sua queixa, a empresa será notificada, via correspondência com Aviso de Recebimento (AR). Nessa situação, o prazo de 30 ou 90 dias será paralisado. Assim, se o problema não for resolvido, o consumidor ainda terá tempo para mover ação.

Quanto à Justiça, para cada situação há um procedimento. Causas que envol-vam até 20 salários mínimos podem ser encaminhadas ao Juizado Especial Cível pelo próprio consumidor, sem a necessidade da presença de um advogado. Quando o va-lor da ação está entre 21 e 40 salários mínimos, o consumidor ainda pode recorrer ao Juizado Especial Cível, mas terá de ter assistência de um advogado. Se os valores envolvidos no problema somarem quantia maior, a saída é a Justiça Comum. Ela é o caminho também para as ações contra Estados e municípios e seus organismos, mesmo em causas menores de 40 salários mínimos. Se o problema envolver a União, autarquias ou empresas federais, o consumidor não poderá recorrer ao PROCON nem ao juizado.O caminho é a Justiça Federal.

Fique atento, exija sempre a nota fiscal, pois estará assim assegurando os seus direitos.

(“- Ensaboa mulata, ensaboa, ensaboa. – ‘Tô’ ensaboando! ‘Tô’ lavando a minha roupa. Lá em casa estão me chamando Dondom – Ensaboa mulata, ensaboa, ensaboa. – ‘Tô’ ensabo-ando”) - Cartola

A nossa casa, em Carmo da Mata, era grudada pela horta à horta da casa de minha avó paterna, a nossa Vó Dica. Era como se fosse uma casa só, ligada no fundo pela parte mais agradável e divertida, pelo menos para nós: eu, minha irmã Keninha, minha quase irmã Elange, o Ti Poli e toda a meninada que frequentava o lugar. Um muro de adobe descascado e um portão de latão, que não se fechava nunca, teimavam inutilmente em dividir as duas casas; e um gramado, com a serventia de quarar a roupa lavada, o barracão de lenha e outros dois. Para guardar os guardados, um tanque e um viveiro compu-nham a paisagem do quintal.

Era de costume, na época, todas as tardes, reunir to-dos na cozinha da casa de minha avó para o café com mistura. Ela então coava o café, muitas vezes plantado, colhido, torrado e moído por ela mesma, na roça, e fazia todos os quitutes: bolo de fubá ou farinha de trigo, bis-coito-frito, pão de queijo, pipoca, preparados no “fogão à lenha”.

Numa dessas tardes, enfeitada pelo aroma de café coado na hora e pelo carinho e aconchego despretensio-so de vó-da-gente, a Maria, “Esbelta”, era assim que ela a chamava, lavava a nossa roupa no tanque, e a quarava no gramado para quarar roupa lavada. A hora do café passou e nada de minha avó anunciar esse momento tão cotidiano. Horas depois, minha mãe reclamou:

- Dona Dica, uai? A senhora não chamou a gente pro café hoje?

- Uai! - Repetiu ela – A Maria disse que “cê tava” ocupada

ALGUÉM ESTÁ CHORANDO COM O RÁDIO LIGADO

“De onde nascem as estórias”Clay Abreu

recebendo uma visita de fora, eu fiquei sem jeito de chamar. - Eu? – retrucou minha mãe – não “tava” com ninguém! - Não foi isso que ela me disse - falou minha avó - Eu che-

guei na porta da cozinha e perguntei: tem alguém de fora? E a “Esbelta” respondeu: a Vânia.

- Mas a Vânia não “teve” aqui hoje - apelou minha mãe. E lá se foram as duas saber da Maria de onde ela tinha tirado

aquela estória fantástica.- Eu falei que a Vânia “tava” aqui?! “Cê tá” doida Dona

Dica? - Indignada apelou a Maria. – Donde a senhora tirou isso?- Maria! Eu cheguei aqui na porta e te perguntei: tem al-

guém de fora? E aí “cê” me falou: a Vânia. - Não, não foi nada disso, Dona Dica. A senhora chegou

aí na porta e me perguntou: que “cê tá” fazendo agora? E eu res-pondi: “tô lavano”...

Nesse dia o café aconteceu bem mais tarde e bem mais divertido. A Maria “Esbelta”, desmanchava-se de rir, característica dela, que quando acha alguma coisa

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Vó Dica

Mamãe

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engraçada, que é quase sempre, coloca suas duas mãos entre as pernas, abre uma sonora garga-lhada e se deixa esparra-mar pelo chão. Naquele dia, a broa de fubá não foi comida mais quente, e o café no bule esverde-ado em cima do “fogão à lenha” já não estava mais tão mais fresco, ao con-trário das lembranças dessas tardes na minha memória.

INTERESSADOS EMADOÇÃO, LIGUE PARA

9119-0323Professores da redepública aproveitam o mês das férias em sítio

Nas férias de julho, uma turma de amigos professo-res carmenses, a maioria profissionais da escola Joa-quim Afonso, reuniram-se e foram comemorar o alguns dias de suas férias em uma casa na comunidade da Forquilha.

Nada como uma boa ca-minhada em meio à natu-reza para repor as energias positivas. Melhor ainda foi a chegada na casa da D. Ma-ria José e do Sr. Sebastião, ponto desse encontro. As amigas Beth, Cleusa Adami, Cleusinha Ferreira, Cristi-na Lobato, Diná, Dora Cruz, Edna Bernardes, Iara, Ivana, Jane Sartori, Lêda, Lédina, Magda, Rita de Cássia, foram recebidas com grande ale-gria e carinho pelo maravi-lhoso casal.

Entre bate-papos, piadas e risos salpicavam laranjas e limas, engordando a fes-ta desse clube. Mais tarde, foi servido um requintado café que provocou enorme saudosismo entre os pro-fessores e os proprietários da casa. Pães de queijo, broas de fubá, roscas, que-bra-quebras, torradinhos

e doces tradicionais, como o pé de moleque, doce de abóbora com abacaxi, doce de leite e cajuzinho – qui-tandas e quitutes que qua-se não são saboreados na atualidade – fizeram esse animado grupo se calar por pelo menos meia hora.

Mais um pouco de pro-sa boa e hora de retornar: ônibus do Sr. Expedito, For-quilha/Carmo da Mata. Ao caminharmos para o ponto, ainda avistávamos ao longe aquele casal acolhedor nos acenando da varanda de sua casa. Junto a eles, mis-turavam-se lindas monta-nhas recobertas por matas variadas e em diversos tons de verde e emoldurava-lhes alegres flores coloridas. Co-nosco, seguia o suave canto das águas que desbravava lentamente seu caminho junto ao solo e seguia seu curso mansamente.

Nada melhor para um início de férias: pura ener-gia da natureza, o carinho dos amigos, a descontração bem merecida do não ter compromisso e a bondade Divina que nos presenteou com o relegar das peque-nas grandes coisas. Êta vida boa...

Jane Sartori

A.P.A.C – Associação Protetora dos Animais de Carmo da Mata

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Carmo da Mata, Minas Gerais

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Festa de Nossa Senhora do Carmo atrai milhares de fiéis. Confira alguns momentos!

ENTRE NÓS...Arraiá do RedevouAconteceu nos dias 15 e 16 de julho a 14ª edição do Re-

devou. O evento foi marcado por um grande nível de pú-blico, além da apresentação da banda Farrapura e de Dj’s. A equipe do website Diviweb esteve presente no evento e registrou os melhores momentos da festa. Outras fotos po-dem ser conferidas através do site: www.diviweb.com.br

FOTOS: DIVIWeb.cOm.br

ArqUIVO peSSOAL DIVULGAÇÃO

A carmense Dorotéa Notini, sempre que está de folga arruma um tempi-nho para fazer uma viagem para algum lugar do país ou do mundo. Nas últimas férias Dorotéa viajou, jun-tamente com familiares, para Tchecoslováquia e para outros países da Eu-ropa. Na foto, a carmense faz compras em uma feira de Praga, capital da Tche-coslováquia.

Jornal A Notícia relembra o primeiro título do meia carmense Luiz Fernando. O jogador conquistou o cam-peonato rural do ano de 2001 pela equipe do carmense. Na ocasião, Luíz Fernando estava com seus 12 anos e já disputava jogos oficiais com jogadores bem acima de sua idade. O meia e a equipe do carmense daquele ano era dirigida por José Carlos Ricardo.

Tour no Velho Continente

Relembrando...

FOTOS:THIAGO GÓIS

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