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1 JORNADAS CIENTÍFICAS DE CIÊNCIAS DO INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE CIÊNCIAS FORENSES 2º CONGRES S O OS OLHARES CLÍNICO E FORENSE NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE LESÕES CENTRO DE CONGRESSOS DA ALFÂNDEGA DO PORTO 30-31 MARÇO 2017, PORTO

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JORNADAS CIENTÍFICAS DE CIÊNCIAS DO INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE CIÊNCIAS FORENSES 2º CONGRESSO

  

OS OLHARES CLÍNICO E FORENSE NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE LESÕES

 

  

CENTRO DE CONGRESSOS DA ALFÂNDEGA DO PORTO 

 

 30-31 MARÇO 2017, PORTO 

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Presidentes

 

As “Jornadas Científicas do Departamento de Ciências do Instituto Universitário de

Ciências da Saúde” e o “II Congresso da Associação Portuguesa de Ciências Forenses” decorrem em simultâneo, nos dias 30 e 31 de março de 2017, na cidade do Porto - Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

Pretendemos que este evento constitua um espaço de aproximação entre profissionais que trabalham na área clínica, bioquímica e forense, bem como uma oportunidade de atualização técnico-científica, de debate, e de partilha de experiências e reflexões. Pretendemos, ainda evidenciar o interesse sinalagmático e reciproco das áreas clínicas, bioquímicas e forenses.

Foram selecionados um conjunto de temas que consideramos da maior relevância e atualidade, os quais serão abordados por prestigiadas personalidades que emprestam o seu saber e investigação ao tratamento e diagnóstico clínico e forense das lesões.

Mas um momento particularmente relevante será a apresentação de Comunicações na forma de Posters, cujos resumos ficarão registados no respetivo livro de resumos do congresso. Saudações cordiais Jorge Brandão Proença & Ricardo Dinis-Oliveira & Odília Queirós Contactos da Organização Rua Central da Gandra 1317, 4585-116 Gandra, T. +351 224157216; Email: [email protected]; [email protected]; [email protected]

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Entidades Organizadoras Departamento de Ciências do IUCS-CESPU Núcleo de Estudantes de Ciências Forenses da Associação de Estudantes do IUCS-CESPU Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas da Associação de Estudantes do IUCS-CESPU Núcleo de Estudantes de Bioquímica da Associação de Estudantes do IUCS-CESPU COM A COLABORAÇÃO: Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica - Unidade de Medicina Legal e Ciências Forenses da FMUP Associação Portuguesa de Ciências Forenses (APCF)

Comissão Organizadora António Braga (IUCS-CESPU António Almeida Dias (CESPU) Albina Dolores (IUCS-CESPU) Alexandra Teixeira (IUCS-CESPU) Áurea Carvalho (IUCS-CESPU, APCF) Bruno Peixoto (IUCS-CESPU) Carlos Lopes (IUCS-CESPU) Catarina Prado e Castro (IUCS-CESPU, CEF) Carla Bonucci (IUCS-CESPU) Carla Pinto (IUCS-CESPU) Daniel Folha (IUCS-CESPU) Daniel Mongiovi (IUCS-CESPU, APCF) Fernanda Beirão (IUCS-CESPU) Fernanda Pereira (IUCS-CESPU) Graça Casal (IUCS-CESPU) Hassan Bousbaa (IUCS-CESPU) Inês Caldas (FMDUP, APCF, SPECAN) Joana Barbosa (IUCS-CESPU) Jorge Brandão Proença (IUCS-CESPU) José Carlos Andrade (IUCS-CESPU) Juliana Faria (IUCS-CESPU) Luís Fernandes (IUCS-CESPU, APCF) Odília Queirós (IUCS-CESPU) Paolo De Marco (IUCS-CESPU) Ricardo Jorge Dinis-Oliveira (IUCS-CESPU, FMUP, APCF) Rui Azevedo (IUCS-CESPU) Rui Sousa (IUCS-CESPU) Rui Sousa Silva (IUCS-CESPU, FLUP, APCF) Susana Coimbra (IUCS-CESPU)

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Teresa Magalhães (IUCS-CESPU, FMUP) Núcleo de Estudantes Ciências Forenses (IUCS-CESPU), Carolina Pereira, Mariana Lopes, João Trindade, Ariana Pereira Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas (IUCS-CESPU), Carolina Brandão, Beatriz Pereira Estudantes de Bioquímica (IUCS-CESPU) – Vera Barbosa e Diogo Almeida Comissão Científica António Braga (IUCS-CESPU António Almeida Dias (CESPU) Albina Dolores (IUCS-CESPU) Alexandra Teixeira (IUCS-CESPU) Áurea Carvalho (IUCS-CESPU, APCF) Bruno Peixoto (IUCS-CESPU) Carlos Lopes (IUCS-CESPU) Catarina Prado e Castro (IUCS-CESPU, CEF) Carla Pinto (IUCS-CESPU) Daniel Folha (IUCS-CESPU) Daniel Mongiovi (IUCS-CESPU, APCF) Fernanda Beirão (IUCS-CESPU) Graça Casal (IUCS-CESPU) Hassan Bousbaa (IUCS-CESPU) Inês Caldas (FMDUP, APCF, SPECAN) Joaquim Moreira (IUCS, CESPU) Joana Barbosa (IUCS-CESPU) Jorge Brandão Proença (IUCS-CESPU) José Carlos Andrade (IUCS-CESPU) Juliana Faria (IUCS-CESPU) Luís Fernandes (IUCS-CESPU, APCF) Odília Queirós (IUCS-CESPU) Paolo De Marco (IUCS-CESPU) Ricardo Jorge Dinis-Oliveira (IUCS-CESPU, FMUP, APCF) Rui Azevedo (IUCS-CESPU) Rui Sousa Silva (IUCS-CESPU, FLUP, APCF) Susana Coimbra (IUCS-CESPU) Teresa Magalhães (IUCS-CESPU, FMUP)

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Apoios Científicos Academia de Medicina Legal e Ciências Forenses dos Países de Língua Portuguesa Associação Socioprofissional dos Peritos Forenses da Polícia Judiciária CENCIFOR – Centro de Ciências Forenses European Council of Legal Medicine International Academy of Legal Medicine Institute of Research and Advanced Training in Health Sciences and Technologies Rede Ibero-americana de Instituições de Medicina Legal e Ciências Forenses Research Unit on Applied Molecular Biosciences Sociedad Española de Medicina Legal Sociedade Portuguesa de Oncologia

Patrocínios Associação de Estudantes do Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS) Núcleo de Estudantes de Ciências Forenses do IUCS Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas do IUCS Estudantes de Bioquímica do IUCS Lidel-Pactor – Edições Técnicas

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Programa Científico

DIA 30 DE MARÇO

13h30 – ABERTURA DO SECRETARIADO Entrega de documentação Afixação de Posters 14h00 – SESSÃO DE ABERTURA E DE HOMENAGEM Jorge Brandão Proença, Instituto Universitário de Ciências da Saúde Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Instituto Universitário de Ciências da Saúde Odília Queirós, Instituto Universitário de Ciências da Saúde 14h15-14h45 FISIOPATOLOGIA DA LESÃO NA BASE DA COMPREENSÃO DA DOENÇA Carlos Lopes Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) 14h45-15h15 A PATOLOGIA DOS AFOGAMENTOS E SUBMERSÕES Óscar Camacho Unidade Local de Saúde de Matosinhos – Hospital Pedro Hispano (ULSM-HPH) 15h15-15h45 AS LESÕES POR ASFIXIAS: RECONSTITUIÇÃO CLÍNICA E IMPACTO MÉDICO-LEGAL Carina Oliveira Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) DISCUSSÃO MODERAÇÃO: Áurea Carvalho, Graça Casal, Sandra Leal Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) 16h00 – PAUSA CAFÉ 16h30-17h00 CANABINOIDES SINTÉTICOS: MAIS LESIVOS QUE OS CLÁSSICOS Félix Carvalho Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) 17h00-17h30 LESÕES MICROSCÓPICAS E MACROSCÓPICAS POR MICRORGANISMOS: O EXEMPLO DO MYCOBACTERIUM ULCERANS Jorge Pedrosa Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho (ICVS-UM) 17h00-17h30 A MEDICINA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE LESÕES E INTOXICAÇÕES António Pedro Ferreira Unidade Local de Saúde de Matosinhos – Hospital Pedro Hispano (ULSM-HPH) DISCUSSÃO

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MODERAÇÃO: Paolo De Marco, José Carlos Andrade Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) ENCERRAMENTO DO 1º DIA

DIA 31 DE MARÇO 08h30 – ABERTURA DO SECRETARIADO 09h00-9h30 LESÕES POR DISPARO DE ARMAS DE FOGO Agostinho Santos Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses 09h30-10h00 QUEIMADURAS TÉRMICAS, QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E FÍSICAS José Manuel Amarante Faculdade de Medicina da Universidade do Porto 10h00-10h30 OS CLÁSSICOS E EMERGENTES MARCADORES GENÉTICOS DA PATOLOGIA Filipa Carvalho Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) DISCUSSÃO MODERAÇÃO: Susana Coimbra, Rui Azevedo, António Braga Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) 11h00 – PAUSA CAFÉ 11h30-12h00 LESÕES NA GRAVIDEZ, NO PARTO E ABORTAMENTO Rita Ferraz Caldas Serviço de Obstetrícia do Hospital de São Sebastião 12h00-12h30 LESÃO TRAUMÁTICA DOS TECIDOS MOLES Teresa Magalhães Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) DISCUSSÃO MODERAÇÃO: Carla Pinto, Bruno Peixoto Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) 13h00 – PAUSA ALMOÇO

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14h00 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE POSTERS MODERAÇÃO E JÚRI DE AVALIAÇÃO DOS POSTERS Albina Dolores Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) Carla Pinto Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) Daniel Pérez-Mongiovi Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) Daniel Folha Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) Inês Caldas Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) Odília Queirós Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) Rui Azevedo Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) Sandra Leal Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) POSTER 1 - NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: N,N - DIMETILTRIPTAMINA (DMT) Carolina Santos de Lança Pereira

POSTER 2 - ACUTE HUMAN POISONING WITH A GLYPHOSATE-BASED HERBICIDES (GBH): CLINICAL AND EXPERIMENTAL OBSERVATIONS Rui Filipe Marta, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Félix Carvalho, Renata Silva POSTER 3 - APPROCHE DIAGNOSTIQUE DES AUTOMUTILATIONS SELON NOTRE EXPERIENCE Mohamed Amine Boumelik, Mohammed Djilali Merzoug, Lahcene Belhadj, Abdellatif Boublenza

POSTER 4 - LA VIOLENCE EN MILIEU SCOLAIRE AVEC COROLLAIRE, UNE AUTRE FORME DE VIOLENCE (à propos d’un cas) Djilali Merzoug Mohammed, Boumelik Mohamed Amine, Belhadj Lahcene, Boublenza Abdellatif

POSTER 5 - LESÕES ASSOCIADAS À MECÂNICA DE ARMAMENTO Ana Filipa de Azevedo Pereira, Carla Diana da Silva Guedes, Jéssica Patrícia Veiga Matos POSTER 6 - COGUMELOS E TOXICIDADE Carolina Pisoeiro, Daniela Neves

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POSTER 7 - EXPLOSIVOS E TRAUMATOLOGIA ASSOCIADA Samuel Sagres, Diana Martins

POSTER 8 - KRATOM: UMA NOVA SUBSTÂNCIA PSICOATIVA Mariana Martins

POSTER 9 - VALORIZAÇÃO MÉDICO-LEGAL DE LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL: A PROPÓSITO DE 2 CASOS José Vieira de Sousa, Diogo Calçada, Rosário Silva, Susana Tavares

POSTER 10 - TOXICOLOGIA FORENSE Francisca Raquel de Frias Machado, Lucas Pedrosa Dias

POSTER 11 - Traumatologia: Lesões causadas por armas de fogo Mariana Filipa dos Santos Moreira, Tony Gomes Cardoso

POSTER 12 - Abuso e negligência de pessoas idosas Susana Brás Azevedo

POSTER 13 - Antropologia Forense Marta Vale

POSTER 14 - LESÕES PROVOCADAS POR ARMAS DE FOGO EM TECIDOS MOLES Carolina Pisoeiro, Daniela Neves

POSTER 15 - SUICÍDIO OU HOMICÍDIO? Carolina Pisoeiro, Diana Rodrigues

POSTER 16 - Violência Sexual Patricia Campos, Rafaela Silva, Miguel Ferreira

POSTER 17 - A PROPOS D’UN EXAMEN MEDICO-LEGAL D’UNE BLESSURE-AUTOPSIE D’UN CAS Abdellatif Boublenza, Mohammed Djillali Merzoug, Mohamed Amine Boumelik

POSTER 18 - ETHANOL ADDITIVELY ENHANCE CARDIOTOXICITY OF COCAINE IN VITRO THROUGH OXIDATIVE DAMAGE AND ENERGETIC DEREGULATION Maria João Martins, Patrícia Moreira, Rita Roque Bravo, Helena Carmo, Félix Carvalho, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Diana Dias da Silva

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POSTER 19 - CITOTOXICITY OF 3-METHYLMETHCATHINONE (3-MMC OR METAPHEDRONE) IN PRIMARY RAT HEPATOCYTES Bárbara Ferreira, Diana Dias da Silva, Rita Rebelo, Patrícia Moreira, Félix Carvalho, Maria de Lourdes Bastos, Helena Carmo

POSTER 20 - LESÃO COM MUNIÇÕES NÃO LETAIS Ivan Langa, Sandra Monjane, Valter Bernardo POSTER 21 - O PROCESSO DE CANCERIZAÇÃO Marta Rangel POSTER 22 - Clinical and Forensic signs related to krokodil use Domingos Diogo Martins, Emanuele Amorim Alves, Félix Carvalho, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira

POSTER 23 - Lesões abdominais mortais – peculiaridades de um “acidente de trabalho” com uma rebarbadora Susana Ferreira, Sara Vilão, Joana Batista, Mykola Stasyuk, Sofia Frazão, Francisco Taveira POSTER 24 - FORENSIC PALYNOLOGICAL ANALYZIS OF DIFFERENT SAMPLES FROM LIVING HUMAN VOLUNTEERS Joana S. R. Pereira, Helena Ribeiro, Agostinho Santos, Ilda Abreu

POSTER 25 - SERÁ QUE SE PODE DESCOBRIR A ESTATURA ATRAVÉS DOS DENTES? Joana Raquel Ribeiro Antunes

POSTER 26 - IN VITRO HEPATOTOXICITY OF TWO NEW PSYCHOACTIVE BENZOFURANS (5-APB and 6-APB) USED AS RECREATIONAL DRUGS Rita Roque-Bravo, Patrícia Moreira, Maria João Martins, Félix Carvalho, Maria de Lourdes Bastos, Helena Carmo, Diana Dias da Silva POSTER 27 - QUEIMADURAS QUÍMICAS Catarina Isabel Morais Figueiredo, Letícia da Veiga Afonso POSTER 28 - THE INFLUENCE OF PROFESSIONALS’ EMPATHY ON PARENTS’ ANXIETY IN CASES OF JUVENILE CRIMINOLOGY Juliana C. Rocha, Irene P. Carvalho

POSTER 29 - MULHERES INFANTICÍDAS: ANÁLISE DA LITERATURA Sofia Barbosa, Márcia Costa

POSTER 30 - MORTES SOB CUSTÓDIA Margarida Sofia Malheiro Polónia, Maria João Lemos Abreu POSTER 31 - MORTE SÚBITA RESPIRATÓRIA Ana Isabel de Castro Ferreira Francisco, Sofia Carolina Seca Ferreira

POSTER 32 - QUEIMADURAS ELÉTRICAS Beatriz Manso, Leandro Lopes

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14h30-18h00 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE CASOS 14h30-15h00 LESÕES OROFACIAIS: ASPETOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E FORENSES Inês Caldas Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) 15h00-15h30 LESÕES ORTOPÉDICAS: ASPETOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E FORENSES José Manuel Teixeira Hospital da Luz, Arrábida Fidelidade Companhia de Seguros, SA 15h30-16h00 DISCUSSÃO MODERAÇÃO: Albina Dolores, Alexandra Teixeira Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) 16h00 – PAUSA CAFÉ 16h30-17h00 LESÕES NEUROLÓGICAS: ASPETOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E FORENSES António Leite Carneiro Instituto CUF – Porto 17h00-17h30 LESÕES TORÁCICAS E ABDOMINAIS: ASPETOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E FORENSES António Taveira-Gomes Unidade Local de Saúde de Matosinhos – Hospital Pedro Hispano (ULSM-HPH) Faculdade de Medicina da Universidade do Porto DISCUSSÃO MODERAÇÃO: Hassan Bousbaa, Maria Fernanda Beirão Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) 18h00 – CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO Jorge Brandão Proença, Instituto Universitário de Ciências da Saúde Ricardo Jorge Dinis-Oliveira, Instituto Universitário de Ciências da Saúde Odília Queirós, Instituto Universitário de Ciências da Saúde Entrega dos prémios para a melhor comunicação na forma de poster em Ciências Forenses e Ciências Biomédicas/Bioquímica

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Resumo das Comunicações Orais COMUNICAÇO ORAL 1 FISIOPATOLOGIA DA LESÃO NA BASE DA COMPREENSÃO DA DOENÇA Carlos Lopes1

1INFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal *Email: [email protected] A ideia de lesão confunde-se com a história do próprio Homem que cedo se apercebeu que poderia ser vítima de ações exteriores ambientais que provocavam alterações corporais e, através delas, doenças de gravidade variável. A isso chamou lesão. A apreciação e compreensão das lesões está muito dependente dos meios de observação disponíveis. A princípio eles limitavam-se ao ato de ver com os olhos. Nos últimos anos, a introdução de novas tecnologias de observação, sobretudo as novas imagens – estáticas e funcionais associadas à radiologia (ecografia, tomografia computorizada, ressonância magnética, tomografia de positrões PET); à microscopia (eletrónica, confocal e radiográfica; e à imunocitoquímica e genética molecular) e às técnicas de patologia molecular de que se destacam o PCR, a identificação de mutações, a epigenética e a sequenciação do genoma total – permitiram evoluir muito no conceito e na identificação das lesões, definindo a sua natureza; as consequências a curto, médio e longo prazo; a possibilidade de prevenção e de diagnóstico precoce e, sobretudo, a necessidade de perceber com maior profundidade o que é verdadeiramente lesão e o que são variações de normalidade de composição, de estrutura e de arquitetura dentro do dentro da cada vez mais larga fronteira lesão/normalidade. Desde sempre o conceito de lesão teve duas leituras: a ação do agente lesional, “endógeno” ou “exógeno; ou a doença resultante dessa agressão. A língua inglesa usa dois vocábulos que ajudam a distinguir esta questão: lesion e injury. Hoje, a utilização de novas tecnologias permite identificar melhor o momento em que se identificam alterações de lesão e aquele em que surgem manifestações clínicas da doença, o que pode ser muito útil na prevenção dessas manifestações, no retardar do seu aparecimento e na diminuição da intensidade dessas manifestações. Tudo isso tem como consequência a melhoria do tempo de sobrevivência, a acentuada melhoria da qualidade de vida e, nalguns casos, a prevenção eficaz da doença. Um outro problema é a identificação de alterações que constituem uma “não lesão”, isto é, alterações que se revelam ser variações de um padrão de normalidade de acordo, por exemplo, com a idade; com a alimentação e com o ambiente. É importante o reconhecimento dessas situações para se evitarem situações de sobre tratamento e de sofrimento psicológico por situações de não doença.

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COMUNICAÇÃO ORAL 2 A PATOLOGIA DOS AFOGAMENTOS E SUBMERSÕES Óscar Camacho1*

1Unidade de Medicina Hiperbárica, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos *Email: [email protected] O afogamento é uma causa comum de morte e segundo a Organização Mundial de Saúde em cada hora que passa morrem no mundo mais de 40 seres humanos vítimas de afogamento. Sabemos que a grande maioria dos cenários de afogamento acontecem nos países subdesenvolvidos, sobretudo com crianças e de que comportamentos de risco como o alcoolismo e o consumo de drogas são fatores de risco. Após a submersão a vítima desencadeia com frequência uma apneia reflexa que provoca uma hipoxia e hipercapnia de tempo variável mas que culmina invariavelmente com a entrada de líquido para os pulmões iniciando um conjunto de lesões que se sucedem no tempo. Sabemos também que a possibilidade de um laringoespasmo reflexo pode temporariamente prevenir a entrada de água nos pulmões. O sucesso do salvamento das vítimas de afogamento depende de um conjunto de fatores sendo que as testemunhas são cruciais nesta fase inicial. Uma vítima que é recuperada de um cenário de afogamento deve ser submetida a medidas de reanimação cardiopulmonar até que esteja aquecida e confirmada uma eventual paragem cardiorrespiratória. Esta comunicação tem como objetivo transmitir alguma informação científica atualizada nomeadamente a controvérsia na definição do que é o afogamento /submersão, aspetos epidemiológicos, mecanismos fisiopatológicos e as recomendações de medidas de salvamento e reanimação do European Resuscitation Council REFERÊNCIAS: [1] Resuscitation 95 (2015):148-201, 2015. COMUNICAÇO ORAL 3 AS LESÕES POR ASFIXIAS: RECONSTITUIÇÃO CLÍNICA E IMPACTO MÉDICO-LEGAL Carina Oliveira1,2* 1Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 2CENCIFOR – Associação Centro de Ciências Forenses *Email: [email protected] As lesões por asfixia englobam uma variedade de mecanismos fisiopatológicos que interferem direta ou indiretamente com a utilização e/ou aporte de oxigénio aos tecidos. A grande maioria das lesões por asfixia, são observadas em vítimas já cadáveres, decorrentes de situações de homicídio, suicídio ou acidente. A título de exemplo, refira-se as situações de enforcamento, cuja etiologia médico-legal mais frequente é o suicídio, contudo, alguns casos, podem ser de carácter acidental ou mesmo homicida. É indiscutível o importante papel que

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a informação circunstancial (policial, social ou outra) da morte representa para o estabelecimento da etiologia médico-legal. A análise da correspondência entre eventuais danos no vestuário e as lesões na superfície corporal é também uma parte integrante e essencial na avaliação médico-legal [1] bem como, o exame do local onde a vítima foi encontrada, cujos procedimentos devem ser realizados por profissionais especializados e com formação técnico-científica na investigação em causa. De facto, dependendo do tipo de asfixia, diversos elementos devem ser considerados e preservados, com o intuito de vir a esclarecer a ulterior etiologia médico-legal da morte. Por outro lado, e com menos frequência, surgem casos de lesões por asfixia nos serviços de emergência médica [2]. Sob o ponto de vista médico-legal, a grande dificuldade nestes casos reside na interpretação dos achados em relação à intensidade e duração do evento traumático. Este aspeto assume particular relevância nas agressões em que a gravidade temporária das lesões ou o perigo de vida serão avaliados. A presença de petéquias nas mucosas, na superfície cutânea facial e nas conjuntivas tem sido considerado um elemento de elevado valor probatório para a gravidade da compressão extrínseca do pescoço [3]. Todavia, para que tais lesões possam ser devidamente documentadas e usadas como prova em contexto judicial, é fundamental que as vítimas deste tipo de violência recorram aos serviços médicos e/ou forenses, no período imediato ao evento traumático. Diversas publicações referem um aumento do número de casos de estrangulamentos não mortais, na última década, a maioria deles associados a casos de agressão intrafamiliar [4]. Com frequência, são descritas diversas alterações comportamentais nas vítimas, tais como, desorientação, agitação psico-motora, agressividade e incoerência de discurso, possivelmente decorrentes de um processo de anoxia cerebral temporária. Um cuidadoso exame clínico associado a análises genéticas e/ou toxicológicas podem vir a ser fundamentais para o esclarecimento do caso. Por outro lado, incidentes de estrangulamento acidental são cada vez mais frequentes e geralmente ocorrem em vítimas nos extremos da idade [5]. O objetivo deste trabalho é permitir uma análise dos diversos padrões lesionais associados às asfixias, quer sejam elas mortais ou não, bem como, estimular à reflexão da comunidade científica para a interpretação de diversos achados encontrados em casos reais, não mortais. REFERÊNCIAS: [1] Forensic Autopsy. Performances Standards. National Association of Medical Examiners Standards Committee. Approved October 17, 2005. American Journal of Forensic Medicine and Pathology, 27(3): 200-225, 2006. [2] Plattner T, Bolliger S, Zollinger U. Forensic assessment of survived strangulation. Forensic Sci Int 153:202-207, 2005. [3] Kondo T, Betz P, Eisenmenger W. Retrospective study on skin reddenings and petechiae in the eyelids and the conjunctivae in forensic physical examinations. Int J Leg Med 110:204-207, 1997. [4] Shields L, Corey T, Weakley-Jones B, Stewart D. Living Victims of Strangulation. A 10-Year Review of Cases in a Metropolitan Community. Am J Forensic Med Pathol 31: 320-325, 2010. [5] Pullar P. Mechanical Asphyxia. In: Mant AK, editor. Taylor’s principles and practice of medical jurisprudence. 13thed. New Delhi: BI Churchill Livingstone, pp.282-321, 2000.

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COMUNICAÇÃO ORAL 4 SYNTHETIC CANNABINOIDS: MORE HARMFUL THAN PHYTOCANNABINOIDS Félix Carvalho UCIBIO, REQUIMTE, Laboratory of Toxicology, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Portugal. *Email: [email protected] Synthetic cannabinoids (SC) are known as a heterogeneous group of synthetic substances with structural features that allow binding to cannabinoid receptors, i.e. CB1 or CB2, present in human cells. The CB1 receptor is located mainly in the brain and spinal cord and is responsible for the typical physiological and particularly the psychotropic effects of cannabis (especially the effects of Δ9-THC), whereas the CB2 receptor is located mainly in the spleen and cells of the immune system and may mediate immune-modulatory effects. SC are becoming a large public health concern due not only to their increasing use but also to their unpredictable toxicity and abuse potential, leading to a high number of emergency department visits and even fatalities. Although the pattern of clinical effects related to SC abuse is partially similar to symptoms observed after a high dose of cannabis, researchers have suggested that products containing SC are potentially more harmful, namely concerning cardiovascular effects, kidney damage, more severe psychotic-like symptoms, hallucinations, and convulsions, besides the aggravated signs of anxiety and paranoia. This presentation aims to provide an overview of the chemical, pharmacological and clinical data for a better understanding of the harmful effects to be expected upon exposure to SC, in comparison to phytocannabinoids. COMUNICAÇÃO ORAL 5 LESÕES MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS POR MYCOBACTERIUM ULCERANS – INVESTIGAÇÃO DA MORFOLOGIA À PATOFISIOLOGIA Jorge Pedrosa 1,2*, António G. Castro1,2, Fernando Rodrigues1,2, Carlos Capela1,2, João Fevereiro1,2, Alexandra Fraga1,2

1Life and Health Sciences Research Institute (ICVS), School of Health Sciences, University of Minho, Braga, Portugal; 2ICVS/3B’s - PT Government Associate Laboratory, Braga/Guimarães, Portugal; *Email: [email protected] Introdução: A Úlcera de Buruli (UB), causada pela infeção pelo agente Mycobacterium ulcerans, é considerada pela Organização Mundial de Saúde uma doença tropical negligenciada pela comunidade científica. Apesar de ser a terceira micobacteriose mais comum em todo o mundo, a seguir a Tuberculose e Lepra, é a menos compreendida das três. A infeção é responsável por uma lesão indolor e necrotizante da pele, tecido subcutâneo e osso, podendo exibir diferentes manifestações clínicas, tais como nódulos, pápulas, placas, edema, úlceras e/ou osteomielite [1]. As deformações incapacitantes resultantes da cicatrização, fibrose e contraturas contribuem para a elevada estigmatização e morbilidade, tendo um grande impacto socioeconómico nas populações afetadas.

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O processo fisiopatológico da UB está associado à baixa temperatura de crescimento de M. ulcerans (30-33ºC), que favorece o desenvolvimento de lesões cutâneas; à lenta taxa de crescimento da micobactéria, resultando em lesões progressivas e lentas; e, principalmente, à ação de uma potente exotoxina lipídica, a micolactona. São atribuídas propriedades citotóxicas e imunosupressoras à micolactona, tendo a toxina sido associada à inibição das respostas imunológicas locais. De facto, a histopatologia da UB tem sido classicamente caracterizada por extensas zonas de necrose, com um reduzido, ou mesmo ausente, infiltrado inflamatório, assim como pela presença numerosos bacilos extracelulares. Esta descrição contrasta com o que é sabido para outras micobactérias patogénicas, como o Mycobacterium tuberculosis ou o Mycobacterium marinum, classicamente caracterizadas como microrganismos intracelulares facultativos, cujas infeções induzem uma resposta inflamatória crónica. No entanto, vários estudos sugerem que a imunidade mediada por células e as reações de hipersensibilidade do tipo retardado estão associadas à proteção contra M. ulcerans. Objetivo: Estas observações levaram-nos a propor que M. ulcerans seria, tal como outras micobactérias patogénicas, um microrganismo intracelular. Material e métodos: Utilizando o modelo murino de infecção da almofada plantar, assim como modelos in vitro de macrófagos, efetuou-se uma análise microbiológica, celular e molecular ao longo de todo o processo infecioso. Resultados: Os nossos resultados demonstraram que M. ulcerans, tal como outras micobactérias patogénicas, é um agente patogénico intracelular facultativo, com fases de replicação intramacrofágica e extracelular [2], que induz o recrutamento persistente de infiltrado inflamatório para o local de infeção [3] e o desenvolvimento de uma resposta imunológica adquirida [4]. Conclusões: Os resultados apresentados contribuem para clarificar vários aspetos da resposta imunológica do hospedeiro contra o M. ulcerans, com implicações para o desenho de novas estratégias profiláticas e terapêuticas. REFERÊNCIAS: 1. Capela C, Sopoh GE, Houezo JG, Fiodessihoué R, Dossou AD, Costa P, Fraga AG, Menino JF,

Silva-Gomes R, Ouendo EM, Rodrigues F, Pedrosa J. Clinical Epidemiology of Buruli Ulcer from Benin (2005-2013): Effect of Time-Delay to Diagnosis on Clinical Forms and Severe Phenotypes. PLoS Negl Trop Dis 9(9):e0004005, 2015.

2. Torrado E, Fraga AG, Castro AG, Stragier P, Meyers WM, Portaels F, Silva MT, Pedrosa J. Evidence for an intramacrophage growth phase of Mycobacterium ulcerans. Infect Immun 75(2):977-87, 2007.

3. Oliveira MS, Fraga AG, Torrado E, Castro AG, Pereira JP, Filho AL, Milanezi F, Schmitt FC, Meyers WM, Portaels F, Silva MT, Pedrosa J. Infection with Mycobacterium ulcerans induces persistent inflammatory responses in mice. Infect Immun 73(10):6299-310, 2005.

4. Fraga AG, Cruz A, Martins TG, Torrado E, Saraiva M, Pereira DR, Meyers WM, Portaels F, Silva MT, Castro AG, Pedrosa J. Mycobacterium ulcerans triggers T-cell immunity followed by local and regional but not systemic immunosuppression. Infect Immun 79(1):421-30, 2011.

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COMUNICAÇÃO ORAL 6 A MEDICINA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE LESÕES E INTOXICAÇÕES António Pedro Ferreira1*, Óscar Camacho

1Unidade de Medicina Hiperbárica, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos. *Email: [email protected] A Medicina Hiperbárica estuda a fisiologia e o tratamento de patologias num meio ambiente com pressão superior à atmosférica. Utiliza os efeitos terapêuticos do oxigénio inalado a 100% num ambiente com pressão 1 a 2 vezes superior à atmosférica – oxigenoterapia hiperbárica –, o que permite aumentar até 20 vezes a pressão parcial de oxigénio no sangue e tecidos. Está indicada no tratamento de várias patologias que beneficiam do efeito terapêutico da pressão e/ou dos efeitos bioquímicos da hiperoxigenação. No contexto de lesões e intoxicações são sobretudo úteis os efeitos da hiperoxigenação do sangue e tecidos, tais como a reversão da hipoxia tecidual, a atenuação da lesão de repercussão e os efeitos anti-inflamatório, antimicrobianos e anti-edematoso. A intoxicação por monóxido de carbono é frequente, silenciosa e potencialmente grave, constituindo-se como a lesão para a qual existe maior evidência de eficácia da oxigenoterapia hiperbárica. Esta situação resulta de múltiplos mecanismos de toxicidade, para além da competição com o oxigénio aos respetivos locais de ligação. O tratamento consiste fundamentalmente em oxigenoterapia a 100%, inicialmente normobárica e também hiperbárica, como tratamento primário, não só para acelerar a eliminação do monóxido de carbono do sangue e tecidos mas também para reduzir a incidência de sequelas neurológicas tardias. Nas lesões de esmagamento tem um papel complementar, sobretudo quando existe fratura exposta associada, bem como nas queimaduras e após reimplante de membro. Esta comunicação pretende apresentar de forma sucinta em que consiste a Medicina Hiperbárica e qual o seu papel no tratamento inicial de lesões e intoxicações. REFERÊNCIAS: 1. Fernandes T. Medicina Hiperbárica. Acta Med Por 22: 323-334, 2009. 2. Mathieu D. Handbook on Hyperbaric Medicine. Springer: Holanda, 2006. 3. Mathieu D, Marroni A, Kot J. Tenth European Consensus Conference on Hyperbaric

Medicine: preliminar report. Diving Hyperb Med 46(2): 122-123, 2016. 4. Weaver LK. Carbon monoxide poisoning. N Eng J Med 360(12): 1217-1225, 2009. COMUNICAÇÃO ORAL 7 LESÕES POR DISPARO DE ARMAS DE FOGO Agostinho Santos1,2*

1Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. 2Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses *Email: [email protected]

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COMUNICAÇO ORAL 8 QUEIMADURAS TÉRMICAS, QUÍMICAS, BIOLÓGICAS E FÍSICAS José Manuel Amarante1,2*

1Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal. 2Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. *Email: [email protected] O autor apresenta os aspetos mais relevante do tratamento dos queimados no âmbito pré-hospitalar, hospitalar e numa unidade de queimados. Apresenta ainda o projeto da Unidade de Queimados do Centro Hospitalar S. João relevando as características específicas que diferencia este tipo de unidade de cuidados intensivos. Finalmente são apresentadas e comparadas três séries de doentes queimados, a primeira relativa aos anos 1993 a 1999 (14 797 casos) e uma outra nacional incluindo os queimados internados nos hospitais nacionais no período de2000 a 2013 (26 447) A evolução e o custo despendidos com estes doentes são também analisados. Uma outra serie de crianças queimadas é brevemente analisada onde se realça a necessidade da criação de uma Unidade de Queimados em Portugal para crianças REFERÊNCIAS: 1. AMARANTE A: Razões para a criação de uma unidade de queimados no Hospital de S. João.

Arq Med 1998, 12(4):252-253 2. S 3. SILVA, P. ….AMARANTE J.[et al.] – Queimados no Serviço de Urgência do HSJ – Porto. Análise

de 332 casos tratados em 1999. Arq. Medicina, 15 (1-3). 2001: 26-29. 4. SILVA,P…..AMARANTE J. [et al.] – Burn patients in Portugal: analysis os 14 797 cases during

1993-1999. Burns 29. 2003: 265-269 5. BARRY PRESS: Grabb and Smith’s Plastic Surgery, 5th Edition .Philadelphia: Lippincott-

Raven Publisher’s, 1997 6. SCOTT JR: Watson SB: Surgical Management of Burns. Burns. Bailleres Clin Anaesth

1997:11-3. 7. MANSFIELD MD: Resuscitation and monitoring. Burns. Bailleres Clin Anaesth 1997:11-3. 8. SANTOS JV…. AMARANTE J. [et al.] Burden of burns in Portugal, 2000-2013: A clinical and

economic analysis of 26,447 hospitalizations. Burns 42. 2016: 891-900. 9. J. V. SANTOS…AMARANTE J. [et al.] Pediatric burn unit in Portugal: Beds needed using a bed-

day approach. Burns 43. 2017: 403–410

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COMUNICAÇÃO ORAL 9 OS CLÁSSICOS E EMERGENTES MARCADORES GENÉTICOS DE PATOLOGIA Filipa Carvalho1,2* 1Serviço de Genética, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto 2Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto *Email: [email protected] Os avanços do conhecimento científico na área da Genética têm um enorme impacto nas Ciências Forenses. O Projeto do Genoma Humano permitiu o conhecimento da sequência completa do DNA humano (2003), apesar do número exato de genes permanecer não totalmente esclarecido (20.000 a 25.000 genes) e ser surpreendentemente baixo para a espécie humana. A complexidade do ser humano resultará não do número de genes mas da forma como interatuam e como funcionam sob o controlo dos 90-95% de DNA não-codificante. A publicação do trabalho “The 1000 Genomes Project Consortium” (Nature, Outubro, 2015), correspondente ao estudo do genoma de 2.504 indivíduos, de 26 populações (Europa, África, Ásia e Américas), revelou um largo espectro de variação genética humana – um total de 88 milhões de variantes: 84,7 milhões de Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs), 3,6 milhões de pequenas deleções e inserções (Indels) e 60 mil variantes estruturais (deleções e inserções de maior dimensão, duplicações, inversões,…). A identificação destas variantes genéticas tem o potencial de permitir calcular o risco de desenvolvimento de uma determinada patologia. Será apresentada uma visão geral sobre os marcadores genéticos, ilustrada com alguns exemplos de patologia. REFERÊNCIA: [1] Sudmant PH, Rausch T, Gardner EJ, Handsaker RE, Abyzov A, Huddleston J, Zhang Y, Ye K, Jun G, Hsi-Yang Fritz M, Konkel MK, Malhotra A, Stutz AM, Shi X, Paolo Casale F, Chen J, Hormozdiari F, Dayama G, Chen K, Malig M, Chaisson MJ, Walter K, Meiers S, Kashin S, Garrison E, Auton A, Lam HY, Jasmine Mu X, Alkan C, Antaki D, Bae T, Cerveira E, Chines P, Chong Z, Clarke L, Dal E, Ding L, Emery S, Fan X, Gujral M, Kahveci F, Kidd JM, Kong Y, Lameijer EW, McCarthy S, Flicek P, Gibbs RA, Marth G, Mason CE, Menelaou A, Muzny DM, Nelson BJ, Noor A, Parrish NF, Pendleton M, Quitadamo A, Raeder B, Schadt EE, Romanovitch M, Schlattl A, Sebra R, Shabalin AA, Untergasser A, Walker JA, Wang M, Yu F, Zhang C, Zhang J, Zheng-Bradley X, Zhou W, Zichner T, Sebat J, Batzer MA, McCarroll SA, Mills RE, Gerstein MB, Bashir A, Stegle O, Devine SE, Lee C, Eichler EE and Korbel JO (2015) An integrated map of structural variation in 2,504 human genomes. Nature 526:75-81.

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COMUNICAÇO ORAL 10 IMPLICAÇÕES MÉDICO-LEGAIS DA PRÁTICA CLÍNICA OBSTÉTRICA Rita Caldas1*

*CHEDV – Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Santa Maria da Feira, Portugal. *Email: [email protected] Introdução: A Obstetrícia é uma das especialidades médicas com maior número de processos judiciais a nível mundial, sendo esta tendência crescente nos últimos anos, provavelmente devido à existência de uma expectativa cada vez mais elevada de desfechos favoráveis, associada a um constante e exponencial desenvolvimento científico e tecnológico. Por outro lado, sendo a Obstetrícia dotada de uma particular relação médico/paciente, uma vez que a gravidez constitui um evento especial e emocionalmente intenso na vida e inclui um elemento adicional à própria grávida, é depositada no Obstetra uma responsabilidade quase "sobre-humana" pela grávida e sua família. Em 2003, um estudo do American College of Obstetrics and Gynaecology (ACOG) revelou que 76% dos obstetras tinham sido alvo de pelo menos um processo judicial e de que a média de processos era de 2,6 por médico [1]. Em Portugal, a Obstetrícia é a segunda especialidade com mais processos litigiosos [2]. Assim, torna-se emergente compreender as principais ocorrências relacionadas com o conflito médico-legal neste tipo de situações, para tentar empreender e desenvolver estratégias de prevenção na prática clínica diária, designadamente numa altura em que surgem novas áreas de atuação potencialmente litigiosas como as decisões de interrupção médica da gravidez em Medicina Materno-Fetal. Em particular no âmbito da Obstetrícia Forense, revela-se fundamental uma adequada compreensão da fisiopatologia e história natural dos períodos da gravidez, parto e puerpério. Objetivos: Descrever e analisar as principais situações de litígio judicial na área da Obstetrícia em Portugal. Realizar uma descrição, integrada no contexto médico-legal, das diferentes áreas abrangidas pela Obstetrícia. Material e Métodos: Revisão da literatura, utilizando as bases de dados Medline, PubMed, UptoDate, livros técnico-científicos e legislação portuguesa aplicável. Resultados: As principais situações de conflito médico-legal em Portugal incluem, por ordem decrescente, (i) a asfixia perinatal (com consequente morte perinatal ou sequelas neurológicas), (ii) as complicações maternas do parto e puerpério (nomeadamente hemorragia pós-parto, histerectomia pós-parto e complicações cirúrgicas), (iii) as lesões traumáticas do recém-nascido (decorrentes de partos instrumentados vaginais ou distocia de ombros), (iv) o diagnóstico pré-natal e (v) complicações relacionadas com aborto, as quais têm vindo a diminuir desde a legislação de exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntária da gravidez (Lei n.º 6/2007, de 17 de Abril, alterada em 2015 para a Lei n.º136/2015, de 7 de Setembro). Neste trabalho são analisadas estas diferentes situações de litígio e elaborado um enquadramento das implicações médico-legais do diagnóstico de gravidez, sua vigilância, tipo de parto e complicações associadas. Conclusões: As principais causas de litígio no domínio da Obstetrícia em Portugal incluem a asfixia perinatal, as complicações maternas e as lesões traumáticas do recém-nascido. O aperfeiçoamento técnico dos profissionais, assim como o estabelecimento e fomento de uma boa relação médico/paciente, com adequada informação à grávida e sua família relativamente a todas as fases da gravidez, procedimentos realizados e complicações possíveis, poderá constituir um dos elementos chave para evitar as situações de litígio. Ainda, no que respeita à Obstetrícia Forense, uma detalhada perícia médica é essencial para uma adequada e correta decisão judicial.

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COMUNICAÇO ORAL 11 LESÃO TRAUMÁTICA DOS TECIDOS MOLES Teresa Magalhães1*

1Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) 2IINFACTS, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU) *Email: [email protected] Uma lesão constitui um dano no tecido, podendo ser de origem traumática, patológica ou degenerativa, e atingir qualquer estrutura corporal, causando alterações na sua função ou estrutura. No caso dos traumatismos, e numa perspetiva médico-legal, uma “lesão” consiste num dano, em qualquer parte do corpo, resultante da aplicação de uma força mecânica, tendo tradução macroscópica apenas quando a intensidade da força aplicada excede a capacidade de os tecidos se adaptarem ou resistirem. Em traumatologia, as lesões dos tecidos moles são as mais frequentes destacando-se, enquanto mecanismo traumático, o contundente, dando origem, maioritariamente, a contusões, que podem apresentar diversas tipologias e gravidade (associando-se por vezes a lesões osteoarticular, visceral e vásculo-nervoso). Conhecer a biomecânicao de produção destas lesões permitirá interpretá-las em termos de etiologia e diagnóstico diferencial, apoiando assim o diagnóstico, a melhor estratégia terapêutica, bem como a discussão do nexo de causalidade entre o traumatismo e o dano, podendo isso constituir elemento de prova pericial. COMUNICAÇO ORAL 12 LESÕES OROFACIAIS: ASPETOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E FORENSES Inês Morais Caldas1,2,3

1Faculdade de Medicina dentária da Universidade do Porto, Portugal 2INFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal 3CFE – Centro de Ecologia Funcional – Universidade de Coimbra, Portugal *Email: [email protected] Introdução: As lesões orofaciais são frequentes em vários contextos. Em termos epidemiológicos, reconhece-se que a região orofacial é a quarta área corporal mais frequentemente lesada na população com menos de 30 anos. No que concerne a fatores etiológicos, é comum a ocorrência de lesões orofaciais num grande número de situações, designadamente em acidentes domésticos [1-4], acidentes relacionados com a prática de desportos [2-5), acidentes no trabalho [4,6], situações de violência interpessoal [2-4,7), acidentes de viação [4,8,9], eventos envolvendo animais [10-11) e, excecionalmente, em situações iatrogénicas ou autoinfligidas [12,13].

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Objetivos: O objetivo desta apresentação é fazer uma descrição das lesões orofaciais mais comuns nos vários contextos, evidenciando aspetos ligados à sua apresentação clínica, diagnóstico, prognóstico e opções terapêuticas de tratamento, evidenciando as suas consequências, temporárias e permanentes, numa perspetiva forense. Materiais e métodos: Para o efeito, levou-se a cabo uma extensa revisão bibliográfica e análise dos relatórios realizados no âmbito da avaliação do dano orofacial. Resultados: AS lesões dos tecidos dentários duros apresentam-se como as consequências permanentes mais frequentes dos traumatismos dentários, sendo os traumatismos periodontais apenas verificados numa pequena percentagem da população. A natureza das consequências permanentes prende-se essencialmente com a substituição dos tecidos dentários perdidos, a qual pode ser mais ou menos invasiva, no sentido de acarretar ou não a perda completa do órgão dentário. As necessidades futuras de tratamento apresentam-se como inevitáveis na maioria dos casos. Conclusões: A avaliação dos traumatismos dentários deve basear-se numa avaliação global e personalizada do dano na vida da pessoa. O conhecimento da fisiopatologia destas lesões, da sua apresentação clínica e possibilidades de tratamento é da máxima importância no contexto forense, na medida em que poderá ser fundamental para a determinação do nexo de causalidade entre o evento e as lesões apresentadas. Adicionalmente, o conhecimento sobre a evolução das várias patologias e prognóstico, bem como eventuais possibilidades de tratamento. REFERÊNCIAS: 1. Canakci V, Akgul N, Canakci CF. Prevalence and handness correlates of traumatic injuries

to the permanent incisors in 13-17-year old adolescents in Erzurum, Turkey. Dent Traumatol 19: 248 – 254, 2002.

2. De França Caldas A, Burgos ME. A retrospective study of traumatic dental injuries in a Brazilian dental trauma clinic. Dent Traumatol 17: 250 – 253, 2001.

3. Gabris K, Tarján I, Rozsa N. Dental trauma in children presenting for treatment at the department of Dentistry, Budapest 1985 – 1999. Dent Traumatol 17: 103 – 108, 2001.

4. Gassner R, Tuli T, Hachl O, Moreira R, Ulmer H. Craniomaxillofacial trauma in children. A review of 3,385 cases with 6,060 injuries in 10 years. J Oral maxillofac Surg 62: 399-407, 2004.

5. Nickoui M, Kenny DJ, Barret EJ. Clinical outcomes for permanent incisor luxations in a pediatric population. III. Lateral luxations. Dent Traumatol 19: 280-285, 2003.

6. Hachl O, Tuli T, Schwabegger A, Gassner R. Maxillofacial trauma due to work-related accidents. Int J Oral Maxillofac Surg 31: 90 – 93, 2002.

7. Caldas IM, Magalhães T, Afonso A, Matos E. The consequences of orofacial trauma due to violence: a study in Porto. Dental traumatol 26(6): 484 – 489, 2010.

8. Holt R, Robert G, Scully C. Dental damage, sequelae and prevention. BMJ 320(7251): 1717 – 1719, 2000.

9. Caldas IM, Magalhães T, Afonso A. Orofacial damage resulting from road accidents Dental Traumatol 24(4):410-415, 2008.

10. Al-Khateeb T, Abdullah FM. Craniomaxillofacial injuries in the United Arab Emirates: A retrospective study. J Oral Maxillofac Surg 65: 1094 – 1101, 2007.

11. Ugboko VI, Olasoji HO, Ajike SO, Amole AOD, Ogundipe OT. Facial injuries caused by animals in Northern Nigeria. Br J Oral Maxillofac Surg 40: 433 – 437, 2002.

12. Ackerman Z, Eliakim R. Dental injury during upper gastrointestinal endoscopy. J Clin Gastroenterol 23: 72, 1996.

13. Anastasio D, Giraud E. Traumatismes dentaires au cours des anesthésies générales. Clinic 24(2): 75, 2003.

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COMUNICAÇO ORAL 13 LESÕES ORTOPÉDICAS: ASPETOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E FORENSES José Manuel Teixeira1*

1Hospital da Luz, Porto COMUNICAÇO ORAL 14 A PATOLOGIA E A MORTE SÚBITA DE ORIGEM NEUROLÓGICA NUMA PERSPETIVA DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO E FORENSE António Leite Carneiro1*

1Hospital da CUF, Porto *Email: [email protected]

A morte súbita de causa neurológica pode ocorrer em variadíssimas circunstâncias e patologias que vão da patologia tumoral até à doença cerebrovascular (DCV), passando pela epilepsia (EP), doenças infeciosas do Sistema Nervoso Central (SNC), doenças malformativas e inflamatórias, para já não falar da patologia traumática crânio-encefálica (TCE) e vertebro-medular (TVM) que não serão consideradas nesta comunicação. De qualquer modo, a investigação das causas reside na prática da patologia forense pela demonstração do envolvimento cardíaco na demonstração da causa da morte quando não se encontra lesão estrutural cerebral que explique a desregulação cardiovascular. A ausência de lesão coronária e/ou miocárdica permite a presunção de disritmia cardíaca fatal se não for encontrada outra causa para a morte, seja ela estrutural, metabólica ou tóxica. A morte inesperada de causa neurológica compreende duas categorias: Morte Inesperada de Causa Neurológica (Unexpected Neurological Death – UND) e Morte Súbita De Causa Neurológica (Sudden Neurological Death – SND). Cada uma destas categorias reveste aspetos clínicos e patológicos diferentes a que se fará referância. Serão desenvolvidas considerações acerca dos mecanismos possíveis da morte súbita cerebrogénea na DCV com referência ao provável papel da Insula no desencadear das alterações electroclínicas na atividade cardíaca bem como referências à morte súbita na Epilepsia (SUDEP – Sudden Unexpected Death in Epilepsy) e o contributo que a Medicina Forense tem dado para a compreensão do fenómeno, sobretudo a chamada autópsia molecular cada vez com dados mais relevantes em relação ao papel dos genes no fenómeno SUDEP e outras mortes de causa desconhecida, mesmo após exaustivos exames macro e microscópicos e análise toxicológica. Por último, são descritos sumariamente dois casos com patologia tumoral e um com patologia malformativa e morte súbita, pela raridade e relevância. REFERÊNCIAS: M. J. Shkrum and D. A. Ramsay. Chapter 10. Sudden Neurological Death. In: Forensic

Science and Medicine: Forensic Pathology of Trauma Common Problems for the Pathologist. Humana Press Inc.: Totowa, NJ, 607-622, 2007

Raymond T. F. Gheung, Vladimir Hachinski. The Insula and Cerebrogenic Sudden Death. Arch Neurol. Vol. 57. Dec; 1683-1688, 2000

Anthony S Kim et al. : Sudden Neurological Death: A substancial Contributor to Causes of WHO Sudden Cardiac Deaths. Circulation. 128: Abstract, 2013

Alica M. Goldman. Mechanisms of Sudden Unexpected Death in Epilepsy. Curr Opin Neurol. 28(2): 166-174, 2015

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Olallo Sanchez et al..Natural and Undetermined Sudden Death: Value of Post-Mortem Genetic Investigation. PLOS ONE 12(2): e0171893. Doi. 10.1371/journal.pone.0167358, December 8, 2016.

Raghavendra B YP et al.. Meningioma – a Cause of Sudden Death. International Journal of Medical Toxicology and Forensic Medicine 6(1): 47-9, 2016

Toshihide Tanaka et al.. Unpredicted Sudden Death due to Recurrent Infratentorial Hemangiopericytoma Presenting as Massive Intratumoral Hemorrhage: A Cae Report and Review of the Literature. Hindawi Publishing Corporation Case Reports in Neurological Medicine. Volume 2014, Article ID 230681.

COMUNICAÇO ORAL 15 LESÕES TORÁCICAS E ABDOMINAIS: ASPETOS CLÍNICOS, CIRÚRGICOS E FORENSES António Taveira-Gomes1*

1Unidade Local de Saúde de Matosinhos – Hospital Pedro Hispano.

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Resumo das Comunicações em Poster 671BPOSTER 1 NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: N,N - DIMETILTRIPTAMINA (DMT) Carolina Santos de Lança Pereira1

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected] A DMT, N,N – dimetiltriptamina é uma NSP (“New psychoactive substances”) que se insere no grupo das triptaminas. É um potente alucinogénio, com ação central, periférica e que pode também atuar como neurotransmissor. A DMT é utilizada em rituais religiosos e turístico-recreativos, mas também como droga de abuso. Quem experimenta esta substância, além dos potentes efeitos alucinogénios, apresenta quadros de amnésia anterógrada, depressão, euforia, vómitos, taquicardia, midríase, etc. Apesar de alguns sintomas mais adversos, são raros os casos de intoxicação por DMT, especialmente quando o seu consumo não é crónico. A DMT parece apresentar também uma vertente terapêutica, nomeadamente para tratamento de adições e de alguns distúrbios psiquiátricos. REFERÊNCIAS: 1. Araujo AM, Carvalho F, Bastos Mde L, Guedes de Pinho P and Carvalho M (2015) The hallucinogenic world of tryptamines: an updated review. Archives of toxicology 89:1151-1173. 2. Barbosa PC, Strassman RJ, da Silveira DX, Areco K, Hoy R, Pommy J, Thoma R and Bogenschutz M (2016) Psychological and neuropsychological assessment of regular hoasca users. Comprehensive psychiatry 71:95-105. 3. Carbonaro TM and Gatch MB (2016) Neuropharmacology of N,N-dimethyltryptamine. Brain research bulletin 126:74-88. POSTER 2 ACUTE HUMAN POISONING WITH A GLYPHOSATE-BASED HERBICIDES (GBH): CLINICAL AND EXPERIMENTAL OBSERVATIONS Rui Filipe Marta1,2*, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira1,2,3, Félix Carvalho2, Renata Silva2

1Department of Sciences, IINFACTS – Institute of Research and Advanced Training in Health Sciences and Technologies, University Institute of Health Sciences (IUCS), CESPU, CRL, Gandra, Portugal. 2Department of Biological Sciences, UCIBIO-REQUIMTE, Laboratory of Toxicology, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Porto, Portugal. 3Department of Legal Medicine and Forensic Sciences, Faculty of Medicine, University of Porto, Porto, Portugal. *Email: [email protected]

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INTRODUCTION: Glyphosate (N-(phosphonomethyl)glycine) is an aminophosphonic analogue of the amino acid glycine with a post-emergent, non-selective, systemic herbicide action, and with a broad application spectrum, used for weed control. Its herbicidal effect is characterized by the competitive inhibition of 5-enolpyruvylshikimate-3-phosphate (EPSP) synthase, consequently reducing the protein synthesis necessary for the growth and development of plants [1]. For many applications, glyphosate salts require the presence of suitable surfactants, such as ethoxylated alkyl amines and ethoxylated alkyl ether amines, in order to improve the herbicidal activity [2]. Glyphosate-based herbicides (GBH) are the most widely used herbicides around the world, in particular the Roundup® formulation, which composition is usually 41% of the glyphosate isopropylamine (IPA) salt and 15% of polyethoxylated tallow amine (POEA) [3]. The number of GBH-related acute poisoning cases significantly increased in the last decade, as revealed in a recent bibliometric analysis performed from 1978 to 2015 [4]. The easy access and the constant presence in family homes, due to agricultural purposes, contributed to an increase in deliberate or accidental poisonings with GBH. Although glyphosate poisoning is an increasing problem, its acute toxicity mechanisms still remain to be clarified [3]. AIM: The aim of the present work was to characterize GBH-mediated acute toxicity mechanisms (multiple toxicity) and of the potential treatment options to be used in intoxication scenarios. MATERIAL AND METHODS: A literature review was performed on PubMed database using the keywords “glyphosate”, “acute poisoning” and “human toxicity”. RESULTS: Acute human poisoning with GBH is characterized by a multiple toxicity model, whose symptoms are strongly related with the amount of herbicide ingested [3]. Deliberate ingestion – suicide – is the most common situation related with GBH poisoning, being Roundup the most widely used formulation [3]. Most of the reported cases related with acute GBH poisoning are predominantly characterized by mild/moderate symptoms, transient gastrointestinal features such as gastrointestinal tract injuries (e.g. sore throat, dysphagia and gastrointestinal hemorrhage) [3] and, though less frequent, by severe symptoms and life-threatening toxicity, such as hepatic dysfunction, renal impairment, electrolyte abnormalities, acidosis, acute respiratory distress syndrome, hypotension, cardiovascular collapse and death [5]. There is a dose-response relationship, with increasing amounts resulting in more severe symptoms [6]. Severe symptoms are associated with a large ingestion of the herbicide formulation, although large amounts did not necessarily cause serious symptoms [6]. Advanced age, large amounts of herbicide ingested [5,6] and high plasma concentrations of glyphosate on the hospital admission are clinical factors of poor prognosis [5]. Death occurs, usually, within 72 hours following the ingestion of a large amount [5]. The mortality rate varies from 2 to 30% [5,6]. The treatment is mainly symptomatic and with routine supportive care [5]. CONCLUSIONS: Based on the circumstances, from the analyzed case studies, there are different mechanisms associate with GBH toxicity, and the acute human toxicity mechanisms are not yet fully understood. The overall toxicity can be a result of the combined action of glyphosate and surfactant, so it is crucial to understand the impact of each compound in the observed toxicity. Currently, there is no effective antidote to be used in acute GBH poisonings [3,5,6]. The knowledge on the mechanisms of glyphosate-mediated toxicity might to lead a rational antidote development [5]. REFERENCES: 1. Boocock MR, Coggins JR (1983) Kinetics of 5-enolpyruvylshikimate-3-phosphate synthase inhibition by glyphosate. FEBS Lett 154: 127-133.

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2. Zhu S, Nguyen G, Nguyen K, Slikta A, Eaton D, et al. (2013) Alkoxylated alkylamines/alkyl ether amines with peaked distribution. Google Patents. 3. Bradberry SM, Proudfoot AT, Vale JA (2004) Glyphosate poisoning. Toxicological reviews 23: 159-167. 4. Zyoud SH, Waring WS, Al-Jabi SW, Sweileh WM (2016) Global research production in glyphosate intoxication from 1978 to 2015: A bibliometric analysis. Hum Exp Toxicol. 5. Roberts DM, Buckley NA, Mohamed F, Eddleston M, Goldstein DA, et al. (2010) A prospective observational study of the clinical toxicology of glyphosate-containing herbicides in adults with acute self-poisoning. Clin Toxicol (Phila) 48: 129-136. 6. Talbot AR, Shiaw MH, Huang JS, Yang SF, Goo TS, et al. (1991) Acute poisoning with a glyphosate-surfactant herbicide ('Roundup'): a review of 93 cases. Hum Exp Toxicol 10: 1-8. POSTER 3 APPROCHE DIAGNOSTIQUE DES AUTOMUTILATIONS SELON NOTRE EXPERIENCE Mohamed Amine Boumelik1*, Mohammed Djilali Merzoug1, Lahcene Belhadj1, Abdellatif Boublenza1

1Faculté De Médecine, Centre Hospitalier Et Universitaire (Service De Médecine Légale) De Sidi Bel Abbes, Algérie. *Email: [email protected] Introduction: l’examen physique des personnes ayant des automutilations est une partie du travail au niveau de notre consultation médico-judiciaire. L’intérêt principal de cet acte est de simuler une infraction pénale afin d’incriminer une personne innocente. Le diagnostique médico-légal de cet acte permet d’éviter une enquête inutile par la justice et permet aussi l’acquittement d’un présumé auteur, mais la reconnaissance de ces lésions par le médecin légiste n’est pas toujours évident notamment devant une lésion unique sur une partie du corps découverte ou sur une zone inaccessible par la personne (causées par une tierce personne)... etc. Objectif: nous aborderons: - Les critères de diagnostique médico-légal des lésions d’automutilation; - Les difficultés rencontrées par le médecin légiste lors de l’expertise médico-judiciaire; - Les problématiques rencontrées lors de l’établissement d’un certificat médical de coup et blessure. Matériel et Méthode: Notre réflexion se porte sur les personnes présentant des lésions d’automutilation et qui affirment avoir été victime d’une agression reçus au niveau de notre unité d’expertise médico-judiciaire. Résultats: Ces lésions sont utilisées comme preuve matérielle afin d’accuser une personne innocente. On note souvent une discordance aux allégations. Les lésions d’automutilation peuvent être surajoutées à des lésions légères causées par un auteur dont le but est de majorer une incapacité totale de travail. Ces lésions sont causées par un instrument ou un objet piquant et tranchant, elles sont superficielles ou profondes souvent linéaires, uniformes et groupées, parallèles et se croisent entre elles, orientées dans la même direction au niveau des zones accessibles par l’intéressé. La présence de lésion d’hésitation et l’existence d’ancienne cicatrice d’automutilation est un signe évocateur. Parfois ces signes se trouvent en postérieur du corps, zone accessible par la personne ou causées à l’aide d’une tierce personne;

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L’examen des vêtements a une grande importance dans le diagnostic médico-légal des automutilations (on note une absence de déchirures vestimentaires en regard de la lésion ou la déchirure ne correspond pas à la lésion) Conclusions: le médecin légiste rencontre parfois des difficultés face à ce type de lésions auto-infligées quand elles prennent sa forme atypique. Cependant la rédaction d’un certificat médical peut devenir délicate et litigieuse devant la constatation de ce type de blessure notamment lors de la fixation ou non d’une incapacité totale de travail pour ces personnes pratiquant ce geste délibéré et utilitaire dont le but est de simuler une violence physique induite par un auteur. REFERENCES: 1. Self-Inflicted Injury 2013. P Saukko, University Of Turku, Turku, Finland –S Pollak Universita

Tsklinikum Freiburg, Germany 2. A Clinical Case Of An “Alleged Assault” Are They Fabricated Injuries? W.R.A.S Rajapaksha-

Departemnt Of Forensic Medicine, Faculty Of Medicine Ragama-Sri Lanka 2010; 3. La Notion D’incapacité Totale De Travail (ITT) Dans Le Code Pénal-C. Manaouil Service De

Médecine Légale Et Sociale, CHU d’Amiens 2011 4. Self-Inflicted Gun Shot Injury Simulating A Criminal Offence. Fracasso T-Forensic Science; 5. L’incapacité Totale De Travail En Matière Pénale; Approche Médico-Légale-F.Doriat-

Faculté De Médecine Vandoeuvre, France 2004. POSTER 4 LA VIOLENCE EN MILIEU SCOLAIRE AVEC COROLLAIRE, UNE AUTRE FORME DE VIOLENCE (à propos d’un cas) Djilali Merzoug Mohammed1*, Boumelik Mohamed Amine1,2, Belhadj Lahcene, Boublenza Abdellatif1,2,3

1Faculté De Médecine, Centre Hospitalier Et Universitaire (Service De Médecine Légale) de Sidi Bel Abbes, Algérie. *Email: [email protected] INTRODUCTION: la violence en milieu scolaire a, reconnaissant le, atteint des ampleurs intolérables et bloque toute les démarches entreprises, de part et d’autre pour permettre l’école sur les rails afin qu’elle revienne à son role. Désormais, on note toujours des victimes qui ont subies des violences, d’une manière ou d’une autre qui se présentent à notre service de médecine légale à chaque fois. On note qu’il y’a environ 40 Milles victimes ou blessées, qui ont subies des violences en milieu scolaire en 2016. OBJECTIFS: nos buts et objectifs sont multiples. - Mettre en évidences tous les formes médico-légales de la violence en milieu scolaire. - Prendre en charge les victimes précocement (traitement médical et psychologique voir même psychiatrique comme dans notre cas d’étude). - Dépistés tous les formes de violences invisibles (harcèlement, attouchement, agressions sexuelles proprement dites...). - Présenté notre cas de violence issue d’un corollaire (une personne étrangère à l’école) et voir l’intensité, la profondeur des lésions.

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MATERIEL ET METHODS: l’étude de plusieurs cas de violences dans le milieu scolaire à mis en évidence un contact défaillant entre élèves, ou élèves-enseignants, enseignants- administrateurs en générale. Actuellement, on onte qu’il ya une incrimination no négligeable des personnes extérieurs des établissements scolaire, et que l’implication est directe. Dans notre cas, il s’agit d’un parent d’élève qui s’est mis en colère (contre un comportement éducatif) de la part du gardien de l’école; dont il l’a agressé par une arme blanche en lui subissant des blessures graves. RESULTATS: l’étude de notre cas de violence subite sur l’agent a mis en évidence des lésions très graves qui ont nécessité une hospitalisation et un traitement médico-chirurgical, avec séquelles physique (dommage corporel) et psychiatrique, dont il suit un schéma thérapeutique spécifique par un psychiatre. CONCLUSIONS: Les blessures causaient par la violence sont très nombreuse, mais parfois très difficile à les mettre en évidence; exemple, chez l’enfant le syndrome poste traumatique (PTSD) touche une partie non négligeable de l’ensemble des élèves blessés se définissant de la simple insomnie jusqu’à la terreur nocturne et la dépression avec échec scolaire. La nécessité d’un recyclage et de la formation continue du personnel (l’ensemble des enseignants et administration) afin de faire le dépistage à chaque fois que le problème ce pose. REFERENCES: 1. Les conséquences de la violence faite aux enfants: Guide de référence à l’intention des

professionnels de la santé, organisation mondiale de la santé 2010; 2. Livre: l’école Algérienne, réalités et problématiques Dr A. FODIL, présenté par Dr A.MEHRI

édition El Djossour 2013. 3. Comment mesurer la violence en milieu scolaire (objectifs et méthodes), Congrès SFP-

BORDEAUX 2008 avec collaboration le Professeur ERIC DEBARBIEUX. 4. Le journal Quotidien, LE MATIN D’ALGERIE 28 octobre 2015. 5. Le rapport d’expertise médico-légale faite par Dr M.DJILALI MERZOUG, sous la tutelle du

Pr L.BELHADJ, Pr A.BOUBLENZA (service de médecine légale, CHU de SIDI BEL ABBES) en date du 11.12.2016.

6. Le rapport du Dr A.MEDJBER, neuropsychiatre (Service de psychiatrie), expert auprés de la cours de SIDI BEL ABBES; en date du 22.12.2016.

POSTER 5 LESÕES ASSOCIADAS À MECÂNICA DE ARMAMENTO Ana Filipa de Azevedo Pereira1*, Carla Diana da Silva Guedes1, Jéssica Patrícia Veiga Matos1

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected] O crime é uma realidade cada vez mais presente na sociedade atual e a sua investigação é crucial para que esta desenvolva. A investigação na cena do crime é o ponto de encontro entre ciência, lógica e lei. As prioridades no local são muitas e limitadas pelo fator tempo. O

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primeiro objetivo é evitar a contaminação/ destruição dos vestígios e, para tal, é necessário preservar a cena do crime com atos cautelares e proceder à recolha de vestígios, para posterior análise nos laboratórios. Além disso, a investigação deve pressupor uma intervenção célere e eficiente, obedecendo ao princípio do imediatismo e da urgência dos atos, seguindo uma lógica e metódica, recorrendo à multidisciplinaridade, com o propósito de não punir inocentes, deixando criminosos impunes, sustentando assim o sistema jurídico. Dada a multidisciplinaridade das Ciências Forenses, a Balística é parte integrante no escrutínio dos quesitos inerentes a todo o tipo de armamento, munições e lesões associadas às armas de fogo. Uma das áreas da Balística de grande interesse para a análise de locais de crime é a Balística Terminal, mais especificamente a balística das lesões, que se reveste de extrema importância quando se pretende reconstruir a dinâmica de um facto de origem civil ou criminal. Nas lesões resultantes de armas de fogo, há um conjunto de elementos que são importantes para a compreensão da dinâmica do crime, como por exemplo: os orifícios de entrada e/ou de saída quando existente (forma, dimensões e região anatómica atingida); a análise dos elementos presentes nas lesões, como as diversas zonas que sempre circundam esses orifícios de entrada; a presença/ ausência dos efeitos explosivos e até a trajetória intracorporal. Esses elementos formam um conjunto que permite estabelecer se a vítima estava de pé, caída ou em posição intermédia a essas; e se, quando foi atingida, ela se encontrava em repouso ou em movimento. Permitem, ainda, estabelecer o diagnóstico diferencial entre suicídio, homicídio ou acidente. Palavras-chave: investigação, crime, multidisciplinaridade, evidências, balística terminal, lesões, armas de fogo, munições. REFERÊNCIAS: 1. Thali MJ, Kneubuehl BP, Dirnhofer R, Zollinger U. The dynamic development of the muzzle imprint by contact gunshot: high-speed documentation utilizing the “skin-skull-brain model”. 2. Perdekamp MG, Glardon M, Kneubuehl BP, Bielefeld L, Nadjem H, Pollak S, Pircher R. Fatal contact shot to the chest caused by the gas jet from a muzzle-loading pistol discharging only black poder and no bullet: case study and experimental simulation of the wounding effect. 3. Kramer L, Nadjem H, Glardon M, Kneubuehl BP, Pollak S, Perdekamp MG, Pircher R. A patterned abrasion caused by the impact of a cartridge case may simulate na atypical muzzle imprint mark. 4. Perdekamp MG, Braunwarth R, Pollak S. Patterned imprint mark due to the folded shoulder stock: A possible finding in contact shots from submachine guns. 5. FERNANDES, Ana Teresa Pereira- Homicídios por armas de fogo no norte de Portugal: Estudo retrospetivo na primeira década do século XXI. Porto: FMUP- Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 2012. Dissertação de mestrado.

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POSTER 6 COGUMELOS E TOXICIDADE Carolina Pisoeiro1*, Daniela Neves1**

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected]; **[email protected] Estima-se que existam mundialmente cinco mil espécies de cogumelos, mas apenas cem são considerados tóxicos para o ser humano [1]. No entanto, nem todas as espécies pertencentes ao mesmo género, são tóxicas. No género Amanita dois sétimos das espécies são consideradas não tóxicas, como por exemplo Amanita caesarea, enquanto as restantes são tóxicas, como a Amanita muscaria e a Amanita phalloides. A Amanita phalloides, também conhecida popularmente por “taça verde da morte”, é considerada a espécie mais mortal, sendo responsável pela morte do consumidor desta espécie em 95% dos casos registados. O micetismo corresponde ao envenenamento por ingestão de cogumelos. Este envenenamento pode resultar da ingestão de cogumelos com substâncias tóxicas produzidas por estes, como os ciclopeptídeos. Ou então devido à presença de metais pesados e ainda a níveis elevados de radioatividade nos cogumelos. O póster pretende fazer revisão da literatura sobre a intoxicação causada pela ingestão de cogumelos. REFERÊNCIAS: [1]Graeme, K. A., (2014). Mycetism: A Review of Recent Literature, Journal of Medical Toxioclogy, 173-189 [2]Méndez-Navarro, J.,Ortiz-Olvera, N., Villegas-Ríos, M., Méndez-Tovar, L., Andersson, K., Moreno-Alcantar, R., Gallardo-Cabrero, V., Félix, S., Galván, C., Gómez, L., Dehesa-Violante, M., (2011). Hepatotoxicity from ingestion of wild mushrooms of the genus Amanita section Phalloideae collected in Mexico City: two case rerports, Annals of Heparology, 1:568-574 [3]Kirchmair, M., Carrilho, P., Pfab, R., Haberl, B., Felgueiras, J., Carvalho, F., Cardoso, J., Melo, I., Vinhas, J., Neuhauser, S., (2011). Amanita poisonings resulting acute, reversible renal failure: new cases, new toxic Amanita mushrooms, Nephrology Dialysis Transplantation [4]Karahan, S., Erden, A., Cétinkaya, A., Avci, D., Ortakoyluoglu, M., (2016). Acute Pancreatitis Caused By Mushroom Poisoning: A repot of Two cases, Journal of Investigative Medicine Hihg Impact case Reports, 1-3 [5]Eren, S., Demirel, Y., Ugurlu, S., Korkmaz, I., Aktas, C., Gü vem, F., (2010). Mushroom Poisoning: Retrospective Analysis of 294 Cases, Clinics, 491-496

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POSTER 7 EXPLOSIVOS E TRAUMATOLOGIA ASSOCIADA Samuel Sagres1*, Diana Martins1

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected] Introdução: Este póster tem como objetivo efetuar uma revisão literária sobre os explosivos e a traumatologia associada. Entende-se por explosão uma reação química extremamente violenta e rápida que transforma os materiais iniciais em gás o que resulta numa enorme libertação de energia num curto espaço de tempo. Os explosivos podem ser classificados, pela sua velocidade de detonação em altos explosivos (high-order) e em baixo explosivo (low-order), e em explosivos improvisados ou explosivos militares [1]. Objetivos: Com este poster pretendemos transmitir um pouco de conhecimento básico sobre explosivos: o que são e constituintes, as lesões que estes podem causar (inserindo-as no diferentes graus: primário, secundário, terciário e quaternário [1]) e ainda formas de otimizar o tratamento dos feridos de maneira a diminuir a taxa de mortalidade dos mesmos. Material e métodos: Para a realização deste trabalho recorremos a estudos e artigos já existentes sobre os conflitos entre Israel e a palestina, bem como, a ataques terroristas em massa. Resultados: A taxa de mortalidade dos feridos que sofreram um disparo de armas de fogo em ataques terroristas é maior do que aqueles que foram feridos por bombas em ataques terroristas (22.8% - 4%). Isto ocorre muito provavelmente pelo facto de cerca de 29% das vítimas morreu no ato da explosão [2]. É de salientar que existe um maior número de ferimentos em espaços fechados do que abertos, provavelmente devido ao reforço das ondas quando refletidas contra as paredes [2]. A maioria das vítimas de ataques terroristas são jovens com idades entre 15 e os 29 anos onde a morte por ataques terroristas supera qualquer outro tipo de morte 61,7% contra 22,8% [2]. Conclusão: Devido aos diversos ferimentos, como por exemplo: colapso de pulmões, hemorragias cerebrais e amputações devido a ondas de choque, é extremamente importante a realização de exercícios de treinos nas equipas de socorro para decrescer a taxa de mortalidade dos feridos pois um dos principais problemas e a falta de conhecimento por parte das equipas de resgate e médicos. REFERÊNCIAS: 1. Michael S. Westrol, MD; Colleen M. Donovan, MD; RaffiKapitanyan, MD. Blast Physics and

Pathophysiology of Explosive Injuries 69: S4-S9, 2016 2. Kluger Y. Bomb Explosions in Acts of Terrorism - Detonation, Wound Ballistics, Triage and

Medical Concerns 5: 235-240, 2003

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POSTER 8 KRATOM: UMA NOVA SUBSTÂNCIA PSICOATIVA Mariana Martins1*

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected] O abuso de drogas é um problema crescente nas últimas décadas. Os fabricantes de droga rapidamente adaptam e desenvolvem novas drogas sintéticas de drogas antigas quando estas são tornadas ilegais. Mitragyna speciosa, também designada de Kratom, é uma planta indígena, nativa do Sudeste de Ásia (Malásia e Tailândia), pertence à família Rubiaceae (café), utilizada para fins medicinais, devido aos seus efeitos estimulantes e depressores do SNC. Kratom é comercializado e consumido de diversas formas, apresentando inúmeros efeitos adversos. A elevada disponibilidade da planta permite uma fácil disseminação, o que leva ao seu uso descontrolado. REFERÊNCIAS: 1. Prozialeck WC (2016) Update on the Pharmacology and Legal Status of Kratom. The

Journal of the American Osteopathic Association 116:802-809. 2. Warner ML, Kaufman NC and Grundmann O (2016) The pharmacology and toxicology of

kratom: from traditional herb to drug of abuse. International journal of legal medicine 130:127-138.

3. Yusoff NH, Suhaimi FW, Vadivelu RK, Hassan Z, Rumler A, Rotter A, Amato D, Dringenberg HC, Mansor SM, Navaratnam V and Muller CP (2016) Abuse potential and adverse cognitive effects of mitragynine (kratom). Addiction biology 21:98-110.

4. Rech MA, Donahey E, Cappiello Dziedzic JM, Oh L and Greenhalgh E (2015) New drugs of abuse. Pharmacotherapy 35:189-197.

POSTER 9 VALORIZAÇÃO MÉDICO-LEGAL DE LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL: A PROPÓSITO DE 2 CASOS José Vieira de Sousa1*, Diogo Calçada1, Rosário Silva1, Susana Tavares1

1Delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, IP *Email: [email protected] Introdução: O plexo braquial é constituído por um conjunto de raízes nervosas cervicais e a primeira torácica, fornecendo inervação com fibras aferentes e eferentes ao tórax e membro superior ipsilateral, sendo assim responsável por todo o envolvimento neuronal periférico do membro superior [1,2]. As lesões do plexo braquial constituem uma patologia traumática de etiologia diversificada. Nos adultos jovens geralmente decorrem de acidentes de viação com veículos motorizados

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de duas rodas, com predomínio do sexo masculino [3,4]. Além da lesão do plexo é comum haver lesões traumáticas concomitantes, nomeadamente crânio-encefálicas e/ou cervicais. Sob o ponto de vista fisiopatológico verifica-se geralmente um mecanismo lesional de alta energia envolvendo tração/estiramento/esmagamento/compressão da cintura escapular [5]. Clinicamente multifacetado, o quadro clínico manifesta-se por um compromisso motor e sensitivo de intensidade variável com localização mais proximal ou distal em função dos ramos do plexo mais comprometidos. O mecanismo lesional condiciona o tipo e a gravidade da lesão resultante, e subsequentemente o tipo de tratamento a adotar, conservador ou cirúrgico, originando disfunção, mais ou menos grave do membro superior [6], com inevitável repercussão nas atividades da vida diária, profissionais bem como desportivas e de lazer. Objetivos: Os autores apresentam dois casos observados na Unidade Funcional de Clínica Forense da Delegação do Centro do INMLCF, bem como a respetiva valorização dos diferentes parâmetros do dano em Direito Civil. Material e Métodos: Foi utilizada a aplicação MedLeg Clínica Forense V2.1.34 e consulta do processo. Conclusões: Pese embora tratar-se de lesões similares, as sequelas decorrentes do evento observadas foram díspares, o que reforça a importância de um exame individualizado focado no corpo, funções e situações de vida. REFERÊNCIAS: 1. American Society for Surgery of the Hand – www.handcare.org. 2. Sakellariou V. et al – Brachial Plexus Injuries in Adults: Evaluation and Diagnostic

Approach. ISRN Orthopedics 2014, Article ID 726103. 3. Thatte M. et al. – Brachial plexus injury in adults: diagnosis and surgical treatment

strategies. Anna Indian Acad Neurol 2013; 16: 26-33. 4. Lesões do plexo braquial – Revista da AMRIGS, 54: 344-349, 2010. 5. Orthobullets – Brachial Plexus Injuries -

http://www.orthobullets.com/trauma/1008/brachial-plexus-injuries 6. Aras Y, Aydoseli A et al – Functional outcomes after treatment of traumatic brachial

plexus injuries: clinical study – Ulus Travma Acil Cerrahi Derg. 19:521-8, 2013. POSTER 10 TOXICOLOGIA FORENSE Francisca Raquel de Frias Machado1*, Lucas Pedrosa Dias2*

1Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected]; [email protected] Toxicologia (do termo grego Toxikon que significa veneno das flechas) é definida como uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos. A toxicologia forense é útil em situações onde o sistema biológico em questão é um ser humano e quando em causa estão questões legais ou com potenciais consequências legais. É a area da toxicologia que auxilia o esclarecimento de questões jurídicas e judiciais que possam estar relacionadas com intoxicações e as suas potenciais consequências (fatais ou não). É uma área multidisciplinar (bioquímica, genética, farmacologia, fisiologia, patologia, histologia, química) Tem como objetivos determinar o

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potencial de toxicidade das substâncias, investigar a natureza destas e desenvolver tratamentos para as intoxicações. De acordo com a especificidade do caso e o tipo de análise pretendida, é realizada a seleção e colheita das amostras mais adequadas (sangue, saliva, tecidos, água, cabelo, urina, alimentos, etc.). O crime da rua das flores é considerado o primeiro grande caso da Toxicologia Forense em Portugal. Vicente Urbino de Freitas, médico portuense, casou-se, em 1897, com Marias das Dores, filha de um comerciante rico que vivia na rua das Flores. A esse casamento sucedeu-se um conjunto de mortes de familiares direitos de Maria das Dores. Todos os falecimentos tinham sinais e sintomas típicos de intoxicação. As suspeitas de envenenamento recaíram em Urbino de Freitas, que terá vislumbrado formas de eliminar concorrentes à herança para ficar como único herdeiro da fortuna do sogro. REFERÊNCIAS: 1. Pinheiro, M. F. (2013). A Perícia em Toxicologia Forense: Da Suspeita à Interpretação dos

Resultados. In Lidel (Ed.), Ciências Forenses ao Serviço da Justiça (1a Edição, pp. 159–187). Lisboa.

2. Teixeira, H. M. (2014). Recent advances and future developments in forensic toxicology. Anal Bioanal Chem, 406(15), 3551–3552. http://doi.org/10.1007/s00216-014-7708-9

3. O.H., D. (2010). Forensic toxicology. Exs, 100, 579–603. http://doi.org/10.1016/B9780-12-373593-5.00032-X

4. Canadian, R., & Police, M. (2000). Basic principles of forensic science, 297–301. http://doi.org/10.1006/rwfs.2000.0419

5. Aiello, T. B. (2011). Análise Toxicológica Forense: Da Ficção Científica À Realidade. Fundação São Paulo Pontifícia, 1, 1–26.

POSTER 11 Traumatologia: Lesões causadas por armas de fogo Mariana Filipa dos Santos Moreira1*, Tony Gomes Cardoso1**

1Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde; Departamento de Ciências, Instituto Universitário Ciências da saúde (IUCS), CESPU,CRL, Gandra, Portugal *Email: [email protected]; **[email protected] Podemos definir traumatologia como a especialidade médica que investiga, diagnostica, trata e acompanha qualquer alteração patológica provocada por eventos traumáticos no aparelho músculo-esquelético. A incidência de crimes violentos tem aumentado nas últimas décadas e as lesões mais frequentes resultantes de crimes violentos são lesões por armas de fogo. Destas, a maioria ocorre em jovens entre os 15 e os 34 anos de idade predominantemente durante o fim-de-semana [1]. Quando se trata de um alvo humano podemos dividir os efeitos causados pelo disparo de armas de fogo em duas categorias: efeitos primários (de ação direta ou indireta) e efeitos secundários [3]. Considerando lesões por armas de fogo como todos os efeitos produzidos num organismo por disparos de projeteis; devemos considerar nas mesmas: orifício de entrada; trajeto; orifício de saída (quando presente) [2].

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Do ponto de vista de uma perspetiva clínica e médica legal, as lesões devem ser classificadas segundo o tecido atingido, sendo as mais predominantes as lesões por armas de fogo cardíacas, lesões por armas de fogo cranianas e lesões por armas de fogo hepáticas. Estas são influenciadas diretamente pela direção, distancia e energia do projétil. Deve ainda ser considerada a natureza do disparo, classificando-o como acidental; homicida; suicida e correlacionar com os resultados do exame efetuado ao corpo da vítima. Em suma, este poster tem como objetivo uma revisão de literatura de forma a salientar a importância da balística forense, bem como a sua interação com a medicina legal de forma a melhorar a análise e compreensão de lesões por armas de fogo. REFERÊNCIAS:

1. Bono CM, Heary RF. Gunshot wounds to the spine. 230-40, 2004 2. Dinis-Oliveira, R.J. & Magalhães, T. (2016). O que são as ciências forenses ? (1ª ed.),

Lisboa: PACTOR. 3. Pinheiro, M.Fatima. (2013). Ciências Forenses ao serviço da justiça. Lisboa: PACTOR

POSTER 12 ABUSO E NEGLIGÊNCIA DE PESSOAS IDOSAS Susana Brás Azevedo1

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. No nosso quotidiano somos confrontados com inúmeros casos que nos dão conta de situações de abuso, maus tratos, e negligência infligidos em idosos que residem em instituições que visam cuidar dos mesmos de acordo com as suas necessidades, assegurando o seu bem-estar e dignidade humana. No entanto, na realidade, estas situações não se verificam apenas nestas instituições, por vezes acontecem mesmo debaixo dos nossos olhos. REFERÊNCIAS: [1] American Psychological Association, (1999) Elder abuse and neglect: In search of solutions [[Brochure]]. Washington, D.C.: American Psychological Association.

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POSTER 13 ANTROPOLOGIA FORENSE Marta Vale1

1IUCS-CESPU - Instituto Superior Ciências da Saúde do Norte, Licenciatura Ciências Laboratoriais Forenses. *Email: [email protected] A Antropologia Forense resulta da aplicação de conceitos teóricos e de métodos da Antropologia Física ou Biológica, focando-se maioritariamente na biologia do esqueleto humano e em questões jurídicas ou de Direito. O conceito de atuação de Antropologia Forense tem vindo a evoluir ao longo dos anos. Inicialmente, os antropólogos forenses eram vistos como as que faziam identificações de ossadas humanas mas este tem vindo a evoluir ao longo dos anos. Atualmente, não é possível termos um contexto bem definido acerca da perícia de Antropologia Forense, devido aos diversos tipos de práticas e procedimentos dos peritos, que variam de país para país. Os antropólogos forenses podem assumir um papel muito importante ao atuar em casos de desastres em massa, violações de direitos humanos e genocídio e em contextos de conflitos civis ou militares, identificando vítimas recuperadas de valas comuns ou sepulturas clandestinas e também analisando traumas ósseos, sendo através desta análise acusar responsáveis. Hoje, são reconhecidos três grandes objetivos desta perícia: No terreno, aquando do exame do local. Deste modo são detetados e recuperados restos

humanos esqueletizados e é também possível ajudar na estimativa do intervalo postmortem;

No laboratório, identificando os restos esqueletizados ou auxiliando na determinação da causa de morte;

Investigação relacionada com indivíduos vivos, quando é necessária uma estimativa da idade de adolescentes e adultos indocumentados ou quando a veracidade da idade reportada destes, seja suspeita.

Palavras-chave: Trauma ósseo; Intervalo postmortem; Identificação REFERÊNCIAS: [1] Dinis-Oliveira, R.J. e Magalhães, T. (2016). O Que São As Ciências Forenses? LIDEL [2] Pinheiro, M.F. (2013). Ciências Forenses Ao Serviço da Justiça, PACTOR, Lisboa

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POSTER 14 LESÕES PROVOCADAS POR ARMAS DE FOGO EM TECIDOS MOLES Carolina Pisoeiro1*, Daniela Neves1**

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected]; **[email protected] A balística é uma área científica que tem como objetos de estudo as armas de fogo e respetivas munições. Esta área divide-se em quatro subáreas, sendo uma delas a Balística Terminal, que estuda os resultados do impacto de um ou vários projéteis, num determinado alvo. As lesões resultantes do disparo de armas de fogo, são classificadas como lesões perfurocontundentes, uma vez que todos os projeteis provocam perfuração e contusão. Quanto mais denso for o tecido, que é atingido, mais lesões este apresentará. Assim como, quanto mais elástico for o tecido, menos danos este sofrerá devido ao impacto do projétil Este poster pretende fazer uma revisão da literatura sobre a relevância da Balística terminal em alvos moles. REFERÊNCIAS: [1] Rhee, P. M., Moore, E. E., Joseph, B., Tang, A., Pndit, V., Vercruysse, G., (2016). Gunshot wounds: A review of ballistics, bullets, weapons, and myths [2] Teixeira, Victor (2013) “Armas de Fogo e Balistica Terminal”, in M. Fátima Pinheiro, Ciências Forenses ao Serviço da Justiça, Lisboa: LIDEL, 253-300 POSTER 15 SUICÍDIO OU HOMICÍDIO? Carolina Pisoeiro1, Diana Rodrigues1

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected]; **[email protected] A balística forense é a ciência, que estuda as armas de fogo, as suas munições, todos os elementos constitutivos das munições, inalterados (bala, invólucro, fulminante ou primer, propulsante ou pólvora) ou após a sua deflagração (invólucros; projéteis; propulsante incombusto; GSRs – resíduos de disparo; etc.) com o objetivo assessorar a resolução de casos com valor jurídico. Os exames de balística forense são um meio de obtenção de prova, de carácter científico, pelo que é necessário a formação específica dos peritos. Determinar a capacidade de uma pessoa agir após um tiro constitui um fator de grande importância na reconstrução da cena do crime e na diferenciação entre homicídio e suicídio, sendo repetidamente levantadas em tribunal, perguntas sobre a possibilidade de atividade física

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após um determinado tiro. Este poster tem como objetivo fazer uma revisão da literatura sobre a informação que pode ser extraída através do ferimento de um projétil de modo a se poder diferenciar um homicídio de um suicídio. REFERÊNCIAS: [1] Byard RW, Austin A. The role of forensic pathology in suicide. Forensic Sci Med Pathol 2011;7:1-2. [2] Brunel C, Fermanian C, Durigon M, Grandmaison GL. Homicidal and suicidal sharp force fatalities: autopsy parameters in relation to the manner of death. Forensic Sci Int 2010;198:150e4. [3] Teixeira, Victor (2013) “Armas de Fogo e Balistica Terminal”, in M. Fátima Pinheiro, Ciências Forenses ao Serviço da Justiça, Lisboa: LIDEL, 253-300 POSTER 16 VIOLÊNCIA SEXUAL Patricia Campos1*, Rafaela Silva1**, Miguel Ferreira1***

1IUCS-CESPU - Instituto Superior Ciências do Norte, Licenciatura Ciências Laboratoriais Forenses. *Email: **[email protected]; *[email protected]; ***[email protected] Violência Sexual corresponde a qualquer ato, tentativa de ato ou comentário sexual não desejado, assim como quaisquer outros contactos e interações de natureza sexual efetuados por uma pessoa sobre outra, contra a sua vontade. Qualquer acontecimento desta natureza deixa marcas na vida de uma pessoa, por isso, e de forma a superar o sucedido, é importante saber como agir após um acontecimento deste género. Tomar os devidos cuidados ajudam não só os peritos a conseguirem reunir o máximo de evidências possiveis para identificar o agressor e trazê-lo à justiça, mas também a própria vítima, visto que, havendo justiça, torna-se mais fácil desta conseguir superar o sucedido. REFERÊNCIAS: 1. Apavparajovens.pt. APAV para Jovens / O que é?. Disponível em

http://apavparajovens.pt/pt/go/o-que-e3. [Consultado em 23/02/2017]. 2. Infovitimas.pt. Infovitimas. Disponível em

http://www.infovitimas.pt/pt/003_Proc_crime/003_Proc_Crime.html . [Consultado em 23/02/2017].

3. Violencia.ilga-portugal.pt. O que fazer em caso de agressão? / Identificar e Combater os Crimes de Odio Contra as Pessoas LGBT. [Online]. Disponível em http://violencia.ilga-portugal.pt/o-que-fazer-em-caso-de-agressao/ . [Consultado em 23/02/2017].

4. Qui, C. Como saber se sou vítima de violência doméstica? Disponível em https://www.casa-qui.pt/index.php/perguntas/19-o-que-e-violencia-domestica . [Consultado em 23/02/2017].

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POSTER 17 A PROPOS D’UN EXAMEN MEDICO-LEGAL D’UNE BLESSURE-AUTOPSIE D’UN CAS Abdellatif Boublenza1*, Mohammed Djillali Merzoug1, Mohamed Amine Boumelik1

1IINFACTS – Professeur En Médecine Légale. Service De Médecine Légale, CHU de Sidi Bel Abbes, Algérie *Email: [email protected] Introduction: En médecine légale, la blessure représente une trace organique, objective d’un fait judiciaire qu’il s’agit d’établir et de reconstituer. Sur cette trace prendront appui une inculpation et condamnation. C’est pourquoi l’étude médico-légale de la blessure pose de graves problèmes notamment en matière de recherche de la cause et la qualification médico-légale de cette dernière. Il s’agit d’un corps reçu au niveau de notre service présentant une plaie contuse au niveau abdominal dont le procès-verbal de première information précise la présence d’un bâton en fer à côté du corps évoqué comme l’objet en cause. Objectif: nous aborderons: - Les démarches de diagnostique médico-légal d’une blessure; - Les difficultés rencontrées par notre équipe lors de l’autopsie médico-légale; - Quelle attitude devons-nous porter? Matériel et méthode: notre réflexion se porte sur un cas autopsié au niveau de notre unité de thanatologie. Résultats: Il s’agit d’une plaie contuse qui présente un caractère très particulier , posant à notre équipe une problématique délicate à résoudre notamment en présence de procès-verbal de première information vide de données et l’absence de toute trace ou indice et de pièce à conviction sur les lieux et en raison du caractère non classique de la blessure; Lors de notre déplacement sur les lieux, nous avons constaté que le corps a été déplacé. Des examens radiographiques ont été effectués, ont montré le présence de grenailles de plomb et qu’il s’agit d’une blessure occasionnée par une arme à feu. Conclusions: La blessure résultante de projectile d’arme à feu peut être très différente, car elles dépendent de l’arme incriminée, de la trajectoire du projectile par apport au corps atteint, de la distance du tir et surtout des caractéristiques du projectile. Ce qui peut désorienter son diagnostic médico-légal notamment en absence de données de première information. Le médecin légiste doit respecter un ensemble de démarches lors de l’étude médico-légale notamment en absence de données de première information. REFERENCES: 1. Les blessures en médecine légale: le diagnostic médico-légale Pr Belhadj et Coll 2010. 2. Les traumatismes balistiques; B Rouvier; SFAR 1997; 3. Traumatisme balistique thoraco-abdominal; ce qu’il faut connaitre? V Cartier

département de radiologie Chu ANGERS; 4. Médecine Légale Clinique, Médecine de la violence Eric Baccino

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POSTER 18 ETHANOL ADDITIVELY ENHANCE CARDIOTOXICITY OF COCAINE IN VITRO THROUGH OXIDATIVE DAMAGE AND ENERGETIC DEREGULATION Maria João Martins1*, Patrícia Moreira1, Rita Roque Bravo1, Helena Carmo1, Félix Carvalho1, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira1,2,3, Diana Dias da Silva1

1UCIBIO, REQUIMTE – Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Toxicologia, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Porto, Portugal. 2IINFACTS - Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS)-CESPU, Gandra, Portugal.

3Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Porto, Portugal. *Email: [email protected] Introduction: Cocaine (COC) is frequently abused in combination with other substances; ethanol (EtOH) is the most prominent. Clinical data and results from animal studies suggest that the co-administration of COC with EtOH can be more cardiotoxic than EtOH or COC alone but the information on the cardiomyocyte molecular pathways that underline the observed toxicity is largely scarce. Aims: To assess the mechanisms implicated in the cardiotoxic mixture effects of COC combined with EtOH and elucidate the type of interaction that occurs between both substances. Material and methods: H9c2 rat cardiomyocytes were exposed to COC and EtOH, individually or combined at a ratio based on blood concentrations of intoxicated abusers (COC 1: EtOH 9). After 24 h, cell viability was recorded by the 3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium (MTT) reduction assay and mixture toxicity expectations were calculated using the independent action (IA) and concentration addition (CA) models. Synergisms, additivity or antagonisms were evaluated by comparing predictions with the attained results from the mixture testing. Two concentrations (EC30 and EC60) were then selected based on the MTT data of each drug treatment (COC, EtOH and mixture) to further evaluate changes in the contents of reduced (GSH) and oxised glutathione (GSSG), adenosine triphosphate (ATP), reactive oxygen and nitrogen species (ROS/RNS), and alterations to the mitochondrial membrane potential (ΔΨm). Results: EtOH (EC50 305.26 mM) was less toxic than COC (EC50 2.60 mM). Experimental mixture testing (EC50 19.18±3.36 mM) at the conditions used for the individual drug treatments demonstrated that the cardiotoxicity was similar to that predicted by IA (EC50 22.95 mM) and CA (EC50 21.75 mM), supporting additivity. Concentration-dependent increases of intracellular ROS/RNS and GSSG, and depletion of GSH and ATP, along with mitochondrial hyperpolarization were observed for all treatments. Cocaine was the treatment that most severely disturbed the energetic and oxidative balance, while the mixture exhibited a toxicological profile that, in general, did not deviate from the single drug. Conclusions: The presence of EtOH contributed additively to COC cardiotoxicity, which seemed to be mediated by oxidative stress with consequent disruption of energetic stores. In a clinical perspective, the additive mixture effect that was observed may reflect the increased hazards at which users of this combination are exposed.

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This work received financial support from national (FCT) and European funds (FEDER) under the framework of QREN and through the Program PT2020. To all financing sources the authors are greatly indebted. Projects: SAESCTN-PIIC&DT/1/2011-Norte-07-0124-FEDER-000066, SAESCTN-PIIC&DT/1/2011-Norte-07-0124-FEDER-000067, 007265-UID/QUI/50006/2013, Pest-C/EQB/LA0006/2013, INCENTIVO/EQB/LA0006/2014 and NORTE-01-0145-FEDER-000024. POSTER 19 CITOTOXICITY OF 3-METHYLMETHCATHINONE (3-MMC OR METAPHEDRONE) IN PRIMARY RAT HEPATOCYTES Bárbara Ferreira1, 2*, Diana Dias da Silva2, Rita Rebelo2, Patrícia Moreira2, Félix Carvalho2, Maria de Lourdes Bastos2, Helena Carmo2

1Department of Legal Medicine and Forensic Sciences, Faculty of Medicine, University of Porto, Portugal. 2UCIBIO, REQUIMTE, Laboratory of Toxicology, Department of Biological Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Portugal *Email: [email protected] Introduction: The XXI century has been witnessing a change in paradigm of drug abuse, through a steadily increase in the production of new psychoactive substances (NPS). As they are still legal in some countries, users mistakenly consider them safe. However, there are several reports of intoxications and deaths by NPS [1]. The synthetic cathinone 3-methylmethcathinone (3-MMC or metaphedrone) was recently introduced in the market to replace the illegal drug 4-methylmethcathinone (4-MMC or mephedrone). There is evidence of 3-MMC being as dangerous as 4-MMC to humans [2] but information on the toxicity mechanisms is scarce, demanding further investigation. Aims: As the liver is one of the main sites of cathinones’ metabolism, and therefore a relevant target for their deleterious effects, the aim of this project was to assess the mechanistic pathways of toxicity of 3-MMC in primary rat hepatocytes. Material and methods: Primary hepatocytes of Wistar rats were isolated by collagenase perfusion, cultured, and exposed for 24 h to the drug at a concentration range [from 31 nM to 10 mM] selected to provide a complete cytotoxic profile. Cell death was assessed through three assays, 3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide (MTT) reduction assay, lactate dehydrogenase (LDH) leakage assay, and the neutral red (NR) uptake assay. Some of the mechanisms that could contribute to the observed cytotoxicity were also assessed by measuring the intracellular reactive species of oxygen and nitrogen (ROS/RNS), reduced (GSH) and oxidized (GSSG) glutathione, adenosine triphosphate (ATP), alterations to the mitochondrial membrane potential (ΔΨm) and to caspase activities, after exposing cells to 1 μM, 10 μM, 100 μM, and 500 µM of 3-MMC. Finally, the modulatory effects of cytochrome P450 (CYP) inhibitors on the toxicity of 3-MMC were also evaluated. Results: 3-MMC-induced toxicity was perceived in the lysosome at lower concentrations (NR NOEC 312.5 µM), compared to mitochondria (MTT NOEC 379.5 µM) and to cytoplasmic membrane (LDH NOEC 1.04 mM). A significant concentration-dependent increase of ROS/RNS was observed from 10 μM on. At this concentration, caspase -3, -8, and -9 activities were significantly increased, but no differences were observed at higher concentrations, indicating that at this level other cell death mechanisms may intervene. No significant alterations were

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observed in the ΔΨm, which is important for ATP synthesis, and therefore for energy-dependent apoptosis. ATP intracellular content slightly increased at 1 μM and significantly decreased at the highest concentrations (100 μM and 500 μM). We observed a concentration-dependent decrease in antioxidant defences (GSH) with a concurrent increase of GSSG. CYP2D6 and 2E1 inhibition diminished 3-MMC toxicity, but for CYP2E1 this effect was only observed for concentrations up to 1.3 mM. Conclusions: Overall, our data point to a role of metabolism in the hepatotoxicity of 3-MMC, which seems to be triggered both by intrinsic and extrinsic apoptotic mechanisms. At higher drug concentrations, other cell death pathways might be at play, such as necrosis or autophagy, deserving further investigation. REFERENCES: 1. European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (EMCDDA). European Drug

Report 2016: Trends and Developments. European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction, Lisbon. 2016

2. Adamowicz P, Gieron J, Gil D, Lechowicz W, Skulska A, Tokarczyk B. 3-Methylmethcathinone-Interpretation of Blood Concentrations Based on Analysis of 95 Cases. Journal of Analytical Toxicology 40:272-276, 2016

POSTER 20 LESÃO COM MUNIÇÕES NÃO LETAIS Ivan Langa1*, Sandra Monjane1, Valter Bernardo1

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: langacrygmail.com A Balística Forense é uma área das ciências forenses que estuda o lançamento e movimento de projéteis tenham eles sido animados por projeção ou por ação de forças físicas, assim como o resultado do seu impacto num determinado alvo. As armas utilizadas para disparar projeteis plásticos ou de borracha fazem parte de um grupo de armas denominadas “armas não letais” ou seja armas de fogo que disparem munições não letais. Este tipo de armas foi concebido para ser utilizado em situações em que se pretende incapacitar indivíduos perigosos, dispersar manifestações de rua ou outras situações que precisem de intervenção policial e ou militar sem recorrer ao uso de armas de fogo. Embora as armas não letais tenham sido concebidas para neutralizar sem criar danos, estes tipos de projéteis podem criar no alvo lesões ligeiras á graves ou até a morte, dependendo da região do corpo atingida. O objetivo do presente poster é fazer uma revisão da literatura sobre as lesões produzidas por munições não letais em humanos. REFERÊNCIAS: 1. Chowaniec C., et al., Case-study of fatal gunshot wounds from non-lethal projectiles,

Elsevier, 2008 2. Kobayashi M., Mellen P. F., Rubber Bullet Injury, 2009 3. Wahl P, Nicolas PS, Yersin B, Violence: Recognition, Management, Prevention, Elsevier, 2005

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POSTER 21 O PROCESSO DE CANCERIZAÇÃO Marta Rangel1*

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *E-mail: [email protected] O cancro é uma doença que tem por base uma desregulação do ciclo celular. O ciclo celular diz respeito ao ciclo de vida das células do nosso organismo e nele estão incorporados vários estádios designados por checkpoints onde as células anómalas ficam retidas e, caso não consigam ser reparadas, são automaticamente encaminhadas para um processo de autodestruição (apoptose celular). Contrariamente às células normais, as células cancerígenas têm a capacidade de escapar a este mecanismo de defesa celular, levando a que estas células sofram alterações ao nível do DNA, modificando o seu programa de crescimento e, consequentemente, conferindo-lhes um novo comportamento. O processo de cancerização compreende três etapas (1) Iniciação (2) Promoção (3) Progressão. Os agentes carcinogénicos são os principais responsáveis pelas mutações no DNA e pela formação fenotípica de células anormais com a capacidade de escaparem aos mecanismos de defesa celular. São eles, na maioria das vezes, quem se encontra na origem de todo este processo. A realização deste poster teve como objetivo principal fazer uma revisão do tema mencionado, expondo, de forma clara, o que é o ciclo celular, o cancro e qual a influência dos agentes químicos no seu surgimento. Palavras-chave: Ciclo Celular, Cancro, Processo, Cancerização, Agentes Químicos REFERÊNCIAS: Fernandes, R. P. S. (2015). Contraceção oral como agente etiológico na cancerização humana. Dissertação de Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Instituto Superior Ciências da Saúde Egas Moniz. Instituto Nacional del Cancer. ¿Qué es el cáncer? [Instituto Nacional del Cancer de Los Institutos Nacionales de la Salud de EE. UU].[Acedido em 7-01-2017]. Disponível em: https://www.cancer.gov/espanol/cancer/naturaleza/que-es Zavariz, A. (2008). Carcinógenos Químicos. [Entendendo o Câncer]. Zavariz, A. [Acedido em 4-01-2017]. Disponível em: http://entendendoocancer.blogspot.pt/2008/04/carcingenos-qumicos.html

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POSTER 22 CLINICAL AND FORENSIC SIGNS RELATED TO KROKODIL USE Domingos Diogo Martins1,2,3*, Emanuele Amorim Alves1,2,3,4, Félix Carvalho1, Ricardo Jorge Dinis-Oliveira1,2,3 1UCIBIO-REQUIMTE, Laboratory of Toxicology, Department of Biological Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Porto, Portugal. 2Department of Legal Medicine and Forensic Sciences, Faculty of Medicine, University of Porto, Porto, Portugal. 3IINFACTS - Institute of Research and Advanced Training in Health Sciences and Technologies, Department of Sciences, Advanced Institute of Health Sciences – North (ISCS-N), CESPU, CRL, Gandra, Portugal. 4EPSJV – Polytechnic School of Health Joaquim Venâncio, Oswaldo Cruz Foundation, Rio de Janeiro, Brazil. *Email: [email protected] Introduction: Krokodil is the street name of a homemade injectable mixture that appeared around 2002/3 in Russia and Ukraine as a cheap alternative for heroin [1, 2]. Its home production undergoes through a chemical extraction of codeine from over-the-counter pain relief tablets using gasoline followed by a reduction reaction of codeine to desomorphine, using iodine and red phosphorus [2, 3]. As a result of this rudimentary process and impure starting materials, the final product is a mixture of chemicals, by-products and residuals, leading to high toxic [1-3]. Furthermore, as its main active substance is desomorphine, opioids associate problems such as dependence, tolerance and high risk of respiratory depression and nausea may occur [1, 4]. Aims: The aim of the present work was to enlighten and report the information concerning krokodil toxicity, correlating physiological and clinical changes, as well as create awareness of this devastating drug. Material and methods: Material and methods: A literature review was performed on PubMed database using combinations of the keywords “krokodil”; “desomorphine”; “iodine”; “phosphorus” and “human toxicity”. Results: Besides the risk of desomorphine intoxication, krokodil users suffer from high toxic effects at the injection site, systemic and neurotoxicity [1]. Some of these effects can be explained by the presence of iodine, phosphorus and phosphorus-containing molecules in the mixture [1, 2]. It is possible to correlate high phosphorous serum levels with bone damage, kidney damage, heart damage and other symptoms previously observed in krokodil users [5]. High phosphorus blood concentrations lead to decreased blood levels of ionized calcium, calcium has an important role regarding both neurotransmitter release and muscle contraction [6]. Iodine is also used in krokodil synthesis reaction [1,2], being present in the resulting injectable solutions, exacerbating its toxicity. Thyroid gland is the primary and most sensitive target of iodine [7]. Variations on iodine serum levels can result in disorders at the thyroid gland, which can cause disturbances of the skin and a wide variety of adverse effects on cardiovascular system, pulmonary system, kidneys, gastrointestinal tract, liver, blood, neuromuscular system, central nervous system, skeleton, reproductive systems, and endocrine organs [7]. Conclusions: Krokodil toxicity is not yet fully understood and it is necessary further research. This drug has a devastating effects in the body of consumers, but also poses a risk to the public health. Its toxic effects are exacerbated by components in the mixture other than the active

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compound desomorphine. Thus, krokodil users may require treatment associated with toxicity of other compounds present in the mixture. It’s essential that medical providers and forensics experts are aware and well informed about this new devastating drug and its known effects in the human body, allowing them to address the problem properly. REFERENCES: 1. Alves EA, Grund JP, Afonso CM, Netto AD, Carvalho F, Dinis-Oliveira RJ. The harmful

chemistry behind krokodil (desomorphine) synthesis and mechanisms of toxicity. Forensic science international. 2015;249:207-13.

2. Alves EA, Soares JX, Afonso CM, Grund JP, Agonia AS, Cravo SM, et al. The harmful chemistry behind "krokodil": Street-like synthesis and product analysis. Forensic science international. 2015;257:76-82.

3. Katselou M, Papoutsis I, Nikolaou P, Spiliopoulou C, Athanaselis S. A "krokodil" emerges from the murky waters of addiction. Abuse trends of an old drug. Life sciences. 2014;102:81-7.

4. Gahr M, Freudenmann RW, Hiemke C, Gunst IM, Connemann BJ, Schonfeldt-Lecuona C. Desomorphine goes "crocodile". Journal of addictive diseases. 2012;31:407-12.

5. Alves EA, Brandão P, Neves JF, Cravo SM, Soares JX, Duarte JA, et al. Repeated subcutaneous administrations of Krokodil causes skin necrosis and internal organs toxicity in Wistar rats. Human Psychopharmacology: Clinical and Experimental. 2017;10.1002/hup.2572

6. Murphy E, Williams GR. Hypocalcaemia. Medicine. 2009;37:465-8. 7. Risher J, Diamond G, Swarts S, Amata R. Toxicological profile for iodine. US Department of

Health and Human Services. 2004. POSTER 23 LESÕES ABDOMINAIS MORTAIS – PECULIARIDADES DE UM “ACIDENTE DE TRABALHO” COM UMA REBARBADORA Susana Ferreira1, Sara Vilão1, Joana Batista1, Mykola Stasyuk2, Sofia Frazão1, Francisco Taveira2

1Delegação do Norte do INMLCF, I.P. 2GMLF Entre o Douro e Vouga do INMLCF, I.P. *Email: [email protected] O caso em apreço diz respeito a uma vítima do sexo masculino, de 48 anos de idade, com informação inicial de que teria sofrido um acidente de trabalho numa oficina de serralharia metalomecânica onde era funcionário. Alegadamente o disco de uma rebarbadora da qual fazia uso partiu-se, tendo-o atingido na região abdominal, onde provocou lesões graves com exposição de ansas intestinais e morte no local. De acordo com uma informação circunstancial mais detalhada a vítima estaria, de facto, a trabalhar no seu local de trabalho habitual, embora em situação de baixa médica por intervenção cirúrgica. No local compareceu o perito médico-legal destacado para a realização de exames de natureza urgente, bem como outras entidades (INEM, ACT e Núcleo de Investigação Criminal). Da informação obtida, a rebarbadora que se encontrava na bancada de trabalho da vítima não apresentava vestígios de sangue na lâmina e não seria compatível com as

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lesões abdominais que o cadáver apresentava, tendo sido já nesse momento possível observar a presença de um fragmento de disco na cavidade abdominal. Ainda, foi encontrada uma outra rebarbadora colocada junto de uma lixeira no exterior da oficina aparentemente sem nenhum dano elétrico ou mecânico, bem como seis fragmentos de um disco de rebarbadora no chão da oficina. Estes achados no local, juntamente com um relato incongruente do sucedido por parte de uma testemunha, terão colocado dúvidas quanto à etiologia médico-legal em causa. Após o transporte do cadáver para a Delegação do Norte do INMLCF, I.P., foi realizado inicialmente um estudo radiológico abdominal e, posteriormente a respetiva autópsia, tendo sido extraído um fragmento de disco de rebarbadora que se encontrava alojado no corpo vertebral de L4. Verificaram-se igualmente numerosas lesões traumáticas torácicas e das estruturas intra-abdominais atingidas pelo mesmo, nomeadamente arcos costais, diafragma, cólon, intestino delgado, rim esquerdo, músculo psoas-ilíaco esquerdo, aorta abdominal e veia cava inferior. Como exames auxiliares de diagnóstico foram solicitados: ‐ Exame toxicológico de sangue periférico para pesquisa de álcool etílico, drogas de abuso e substâncias medicamentosas; ‐ Estudo genético das colheitas efetuadas (amostra de sangue da vítima, zaragatoas subungueais de ambas as mãos e vestígios encontrados na mão direita). Foram igualmente enviados para o Serviço de Genética e Biologia Forenses desta Delegação as peças de vestuário da vítima, o fragmento de disco de rebarbadora extraído do corpo do cadáver, vestígios encontrados nos tecidos moles do abdómen, de dimensões milimétricas, aparentemente de disco de rebarbadora, bem como duas rebarbadoras e seis fragmentos de disco encontrados pela Polícia Judiciária no local e remetidos para esta Delegação. De mencionar também que foram enviadas amostras de órgãos/tecidos para arquivo, na eventualidade de vir a revelar-se necessária a realização de exame histológico das mesmas. O exame toxicológico revelou a presença de etanol no sangue periférico da vítima e os estudos genéticos demonstraram que o sangue presente no fragmento de disco de rebarbadora extraído do corpo do cadáver apresentava o seu perfil genético. Foi realizada perícia de análise e descrição do instrumento (fragmento de disco de rebarbadora) para avaliar a compatibilidade entre o mesmo e as lesões encontradas no cadáver bem como a compatibilidade com os danos no vestuário que a vítima usava, conforme solicitado pela Polícia Judiciária. Foi concluído favoravelmente quanto a essa compatibilidade. O fragmento de disco extraído do cadáver bem como as restantes amostras enviadas pela Polícia Judiciária foram devolvidos à mesma instituição para que se apurasse, caso fosse possível, a qual rebarbadora pertencia o fragmento de disco extraído em sede de autópsia médico-legal. Como causa de morte da vítima, concluiu-se quanto a uma situação de choque hipovolémico na sequência das lesões traumáticas abdominais descritas, nomeadamente secção total da aorta abdominal e veia cava inferior. Tais lesões decorreram de traumatismo de natureza cortante, tal como aquele traumatismo que pode ter sido produzido pelo fragmento de disco de rebarbadora, sendo que numa primeira análise da informação circunstancial disponibilizada aos peritos a mesma se harmonizava com uma etiologia acidental, pese embora os demais elementos obtidos pela Polícia Judiciária durante a sua investigação possam influir sobre essa conclusão. O óbito ocorreu no local de trabalho habitual da vítima, existindo, contudo, a informação de que a mesma estaria de baixa médica, aspeto que pode influenciar o facto de se tratar ou não de um acidente de trabalho propriamente dito, com um desfecho mortal.

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POSTER 24 FORENSIC PALYNOLOGICAL ANALYZIS OF DIFFERENT SAMPLES FROM LIVING HUMAN VOLUNTEERS Joana S. R. Pereira1*, Helena Ribeiro2, Agostinho Santos1, 3, Ilda Abreu2, 4

1FMUP – Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal 2ICT – Instituto de Ciências da Terra, Polo Porto, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Porto, Portugal 3INMLCF DL – Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, Delegação do Norte, Porto, Portugal 4FCUP – Departamento de Biologia, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Porto, Portugal *Email: [email protected] Introduction: In 1944 Hyde and William [1] described palynology as the branch of botany dedicated to the study of palynomorphs, of which spores and pollen grains are dominant. Forensic palynology is used to solve legal proceedings [2], where pollen grains and other palynomorphs belong to the group of “silent proofs” [3], and has already proved capable of providing evidence of contact between objects, individuals and local [1]. Since the pollen profile may allow inferring on the existing flora composition of each location, region, geographic area or country, it is possible to locate the origin of the sample [2]. The usefulness of the palynomorphs as a forensic tool is essentially due to: (i) microscopic size, (ii) high quantity and dispersion mode, (iii) high resistance to degradation, and (iv) morphology that allows the taxonomic identification [2]. Aim: The purpose of this work was to evaluate the efficiency of the human body as a pollinic trap and consequent forensic applicability. So, palynological analysis of different samples from human volunteers was performed. Material and methods: Sampling was performed in 30 human volunteers of both genders between the ages of 18 and 60. The sampled materials ranged from hair, nasal cavities, subungual tissue, and soil from shoes. The sampling of the hair, subungual tissue and shoes was accomplished by washing with diluted antimicrobial detergent and distilled water; the nasal cavities were sampled using swabs. Sample treatment focuses on the concentration of the pollinic content using a destructive treatment. For this, strong acids and acetolysis processes were used to destroy the cytoplasmic content. Prior to the sample treatment, tablets of Lycopodium spores were added to enable the calculation of the palynomorphs’ quantity [4]. Results: Preliminary results show that pollen grains were found in hair, subungual tissue and soil from shoes, with no material being found in nasal cavities. While the types of pollen found in hair and subungual tissue are usually the same, the equivalent cannot be said about the shoes’ samples. Furthermore, the percentage of each of the types of pollen found in the hair and subungual tissue is roughly equal, indicating a common origin, while a greater diversity of pollen grains in the shoes’ samples are found. Finally, even when the shoes are apparently clean, a high quantity of pollen grains can be discovered. Conclusions: Human tissues retain different pollen assemblages, with the soil sampled from shoes having the most diversity and quantity. The pollen found can be related not only with the time of the year, but also with the involving flora, since the soil acts as a pollinic storage. In the subungual tissue one may think that the pollen found is similar to that of soil sampled

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from shoes, since, when dealing with a corpse found in a crime scene, the likelihood of having contact with the ground is much greater. However, since we are dealing with living human volunteers, the results show a similarity between the pollen types found in hair and subungual tissue, as the contact between hands and soil is reduced, and instead the contact is made with surfaces exposed to atmospheric pollen. These preliminary results also showed that pollen could not be found in samples collected from nasal cavities; there are three possible causes (as well as their combination) for this: (i) small quantity of atmospheric pollen at the time of the sampling, (ii) inefficient sampling method and/or (iii) the incapability of nasal cavities to work as a pollinic trap. REFERENCES: 1. Ritz, K., L. Dawson, and D. Miller, Criminal and environmental soil forensics. 2009,

[Dordrecht]: Springer. 2. Mildenhall, D.C., P.E. Wiltshire, and V.M. Bryant, Forensic palynology: why do it and how it

works. Forensic Sci Int, 2006. 163(3): p. 163-72. 3. Miller Coyle, H., et al., Forensic botany: using plant evidence to aid in forensic death

investigation. Croat Med J, 2005. 46(4): p. 606-12. 4. Wiltshire, P.E.J., Protocols for forensic palynology. Palynology, 2016. 40(1): p. 4-24. POSTER 25 SERÁ QUE SE PODE DESCOBRIR A ESTATURA ATRAVÉS DOS DENTES? Joana Raquel Ribeiro Antunes1*

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected] A odontologia forense tem vários objetivos, desde o reconhecimento do dano até à identificação humana, sendo esta extremamente importante, pois distingue cada indivíduo como um ser único e singular1. Apesar de existirem múltiplas disciplinas que auxiliam na identificação humana, tais como, a genética, a antropologia, a datiloscopia e a odontologia forense, esta última é uma das áreas mais utilizadas, pois, os dentes possuem uma resistência excecional a condições adversas1. Portanto, quer utilizando métodos reconstrutivos, quer métodos comparativos, ir-se-á obter resultados que ajudem a chegar à identificação. Mesmo que não exista um registo clínico prévio da vítima, podem-se obter informações úteis, tais como a profissão, a estatura, a idade, o sexo e o grupo populacional, que nos aproximem da identificação. Quanto à estimativa da estatura, a antropologia é de grande valor e refere diversos métodos, os quais utilizam ossos longos. No entanto, estes nem sempre são encontrados ou, quando se encontram podem não estar nas melhores condições para observação e análise2. Logo, a extrema resistência das peças dentárias tornam a medicina dentária forense numa área indispensável à identificação humana. Para o cálculo da estatura, existe um método, denominado de Carrea. Este, utiliza as medições dos dentes mandibulares anteriores e, através de duas fórmulas dá-nos um intervalo provável para a estatura. Porém, sabe-se que os dentes anteriores estão mais expostos ao exterior, pelo que seria vantajoso utilizar dentes posteriores, uma vez que se

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encontram numa região menos exposta, estando assim mais protegidos de algumas condições desfavoráveis e por isso, irão encontrar-se num estado de melhor preservação. Assim, este trabalho tem como objetivo, alertar para a possibilidade de criação de um novo método dentário para a estimativa da estatura que seja adequado à população portuguesa. REFERÊNCIAS: 1. Paulete-Vanrell J (2009) Odontologia legal e antropologia forense, Guanabara koogan, Rio

de Janeiro. 2. Jaime González-Gómeza GM-S, Ricardo M. Cerda-Floresb, Ana L. Calderón-Garcidueñasa

(2016) Forensic comparative evaluation of the dental method of Carrea to estimate real height in Mexican corpses. Spanish Journal of Legal Medicine 48:7.

POSTER 26 IN VITRO HEPATOTOXICITY OF TWO NEW PSYCHOACTIVE BENZOFURANS (5-APB and 6-APB) USED AS RECREATIONAL DRUGS Rita Roque-Bravo1*, Patrícia Moreira1, Maria João Martins1, Félix Carvalho1, Maria de Lourdes Bastos1, Helena Carmo1, Diana Dias da Silva1 1UCIBIO/REQUIMTE – Laboratory of Toxicology, Department of Biological Sciences, Faculty

of Pharmacy, University of Porto, Porto, Portugal *Email: [email protected] Introduction: The surge and growth of the market of new psychoactive substances (NPS) is a harsh new reality in the area of drug abuse. More and more substances are being synthetized and apprehended, with the 2016 European Drug Report detailing the existence of at least 560 NPS [1]. Psychoactive benzofurans are NPS that have increased in prevalence, with some case reports detailing intoxications of users [2-4], but their mechanisms of toxicity have not yet been fully elucidated and there is still much to know regarding these compounds. Aim: When considering the target organs of these drugs, the liver stands out not only due to its pivotal role in the metabolism of toxicants but also because one of the most used administration routes is oral ingestion, which entails a first passage effect. As such, this work aimed to determine the hepatotoxic potential and the toxicological mechanisms of the NPS 6-(2-aminopropyl)benzofuran (6-APB) and 5-(2-aminopropyl)benzofuran (5-APB), also known as benzofury. Materials and Methods: Primary rat hepatocytes isolated through collagenase perfusion and the immortalized human hepatic cell lines HepaRG and HepG2 were exposed 5-APB and 6-APB for 24h. In order to establish complete concentration-response curves, cells were treated at a broad range of concentrations of 5-APB (0.0377-10.0 mM for rat hepatocytes, 0.110-6.500 mM for HepaRG cell line and 0.2926-20.00 mM for HepG2 cell line) and 6- APB (0.0377-23.00 mM for primary rat hepatocytes, 1.171-14.00 for HepaRG cell line and 0.192-30.00 mM for HepG2 cell line) through the 3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium (MTT) viability assay and data were fitted to the Logit model. In addition, in primary rat hepatocytes, the modulatory effects of cytochrome P450 (CYP) inhibitors, i.e. metyrapone (CYP2E1), quinidine (CYP2D6), ketoconazole (CYP3A4), and 1-aminobenzotriazole (general CYP450 inhibitor), on the toxic effects of the NPS, were also evaluated. In this cell model, we also performed the evaluation of cytotoxicity endpoints, such as quantification of intracellular reactive oxygen and nitrogen species

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(ROS and RNS), reduced and oxidized glutathione (GSH/GSSG), and adenosine triphosphate (ATP); alterations to cytoplasmic membrane permeability by the lactate dehydrogenase (LDH) leakage assay and to mitochondrial membrane potential by tetramethylrhodamine ethyl ester (TMRE) inclusion assay; and determination of caspase 3, 8, and 9 activities. For these evaluations, each substance was tested at the respective EC20, EC40, EC50, and EC70 (based on the MTT assay). Results: Both substances induced concentration-dependent effects in all cell models, with primary rat hepatocytes proving to be the most sensitive in vitro model to the toxicity of these drugs. 5-APB was more hepatotoxic (EC50 0.96 mM in primary rat hepatocytes; 2.62 mM in HepaRG cells; and 3.79 mM in HepG2 cells) than 6-APB (EC50 1.94 mM in primary rat hepatocytes; 6.02 mM in HepaRG cells; and 8.18 mM in HepG2 cells). When CYP inhibitors were co-exposed with the drugs, all viability curves were shifted to right, indicating lower toxicity of these benzofurans when metabolism through CYP450 is prevented. Furthermore, 6-APB and 5-APB increased the production of ROS and RNS at the highest concentrations tested and both substances were capable of inducing a concentration-dependent shortage in GSH and ATP, with a concentration-dependent increase in LDH leakage and caspase-3, -9, and -8 activities. Interestingly, with exception of the highest concentrations tested, these substances caused an increase in mitochondrial membrane potential, suggesting activation of cell survival pathways to compensate drug-induced damage at this level. Conclusions: Our data point to a role of metabolism in the toxicological potential of 6-APB and 5-APB. The hepatotoxicity of these drugs seems to be triggered both by intrinsic and extrinsic apoptotic mechanisms after disruption of cell oxidative and energetic homeostasis. Overall, this work helped to shed some light on the mechanisms of NPS toxicity, contributing for the much-needed increase in knowledge of the deleterious effects of these ‘smart drugs’. REFERENCES: [1] EMCDDA, European Drug Report 2016: Trends and Development, 2016. [2] P. Adamowicz, D. Zuba, B. Byrska, Fatal intoxication with 3-methyl-N-methylcathinone (3-MMC) and 5-(2- aminopropyl)benzofuran (5-APB), Forensic science international, 245C (2014) 126-132. [3] W.L. Chan, D.M. Wood, S. Hudson, P.I. Dargan, Acute psychosis associated with recreational use of benzofuran 6-(2-aminopropyl)benzofuran (6-APB) and cannabis, Journal of medical toxicology: official journal of the American College of Medical Toxicology, 9 (2013) 278-281. [4] I.M. McIntyre, R.D. Gary, A. Trochta, S. Stolberg, R. Stabley, Acute 5-(2-aminopropyl)benzofuran (5-APB) intoxication and fatality: a case report with postmortem concentrations, Journal of analytical toxicology, 39, 2015.

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POSTER 27 QUEIMADURAS QUÍMICAS Catarina Isabel Morais Figueiredo1*, Letícia da Veiga Afonso1**

1IINFACTS – Institute of Research and Advanced Training in Health Sciences and Technologies, Department of Sciences, Advanced Institute of Health Sciences – North (ISCS-N), CESPU, CRL, Gandra, Portugal *Email: [email protected], **[email protected] No nosso quotidiano deparamo-nos com diferentes fatores que são possíveis causadores de queimaduras, sendo eles dos seguintes tipos: calor, eletricidade, substâncias químicas, atrito, radiação, etc. Apesar da existência de diversos causantes, analisaremos pormenorizadamente apenas um: Queimaduras Químicas. Estas são causadas por inúmeras substâncias presentes no nosso dia-a-dia, das quais nem temos consciência do seu perigo. Na sua maioria são compostos ácidos e bases fortes, sendo estes os responsáveis pelas queimaduras mais graves. Os agentes causadores de queimaduras químicas podem ser classificados consoante os danos causados nas proteínas do indivíduo: agentes oxidativos (peróxido de hidrogénio), agentes redutores (ácido nítrico), agentes corrosivos (fósforo branco), agentes protoplasmáticos (ácido acético), agentes vesicantes (gás mostarda), agentes desidratantes (sulfato de cálcio). REFERÊNCIAS: 1. Dinis-Oliveira RJ, Carvalho F, Moreira R, Proença JB, Santos A, Duarte JA, Bastos ML e Magalhães T (2015) Clinical and forensics signs related to chemical burns: A mechanistic approach. Burns 41:658-679 POSTER 28 THE INFLUENCE OF PROFESSIONALS’ EMPATHY ON PARENTS’ ANXIETY IN CASES OF JUVENILE CRIMINOLOGY Juliana C. Rocha1*

, Irene P. Carvalho 2

1BA in Criminology – Law School, University of Porto 2PhD in School of Medicine, University of Porto *Email: [email protected] Introduction: In situations of juvenile delinquency, legal procedures requiring assessment of child custody can raise parental stress [1,2]. This evaluation relies on communication with parents through interviews. However, the interview process has received little attention in the Criminology literature. Aims: This study aims to examine the effects of the interviewer’s empathy on parents’ anxiety and to explore parents’ experiences of the interview and of their current situations with their children. Material and methods: This study includes 41 parents under evaluation for child custody and consists of a measure of anxiety applied before and after the technical interview [3], a

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measure of professionals’ empathy rated by both parents and professionals after each appointment [4,5], non-participant observation and semi-structured interviews with the parents. Results: The decrease in participants’ anxiety after the consultations was significantly greater in the group of parents who perceived the professionals as “perfect” (comparing with “less than perfect”) in empathy. Professionals’ self-assessed empathy yielded non-significant results on parents’ anxiety. The decrease in anxiety was significantly affected by parents’ trait anxiety and number of children. Themes emerging in the semi-structured interviews are presented. Conclusions: Our results support, from parents’ perspectives, the important effects of empathy on the outcomes of assessment interviews in the context of juvenile criminology. REFERENCES: [1] Romano BW. A família e o adoecer durante a hospitalização. Revista da Sociedade de Cardiologia, Estado São Paulo, 7: (5 Supl A), 58-62, 1997. [2] Budd K, Poindexter LM, Félix ED, Naik-Polan AT. Clinical assessment of parents in child protection cases: An empirical analysis. Law and Human Behavior 25: (1), 93-107, 2001. [3] McIntyre L, McIntyre S. State Trait Anxiety Inventory (STAI). Versão de Investigação. Braga: Universidade do Minho, 1995. [4] Cardoso F, Simões M, Gomes M, Abobeleira, L. Personal communication. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real. May 31, 2010. [5] Macedo A, Cavadas LF, Sousa M, Pires P, Santos JA, Machado A. Empathy in family medicine. Revista Portuguesa de Clínica Geral, 27: 527-532, 2011. POSTER 29 MULHERES INFANTICÍDAS: ANÁLISE DA LITERATURA Sofia Barbosa1*, Márcia Costa1

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected] Introdução: Filicídio é um termo geralmente usado quando um dos pais mata a sua criança1 enquanto o termo infanticídio é vulgarmente utilizado quando a vítima tem menos de um ano de vida.2 O infanticídio está intimamente relacionado com a presença de depressão pós-parto, está estimado que 13% a 19% das mulheres que recentemente deram à luz apresentam sintomas de depressão pós-parto.3 A classificação da Internacional Classification of Diseases (ICD) de depressão pós-parto é aquela que ocorre nos primeiras seis semanas seguintes ao parto4 e está associada a distúrbios nas interações e ligações mãe-filho.5 O infanticídio é raro em mulheres com depressão pós-parto não psicótica, mas o infanticídio é uma séria e trágica possibilidade quando a depressão é acompanhada de psicose.6 Além de fatores psicológicos, o infanticídio está muitas vezes relacionado com fatores sociais tais como estigma social e medo de abandono.7

Objetivo: O objetivo deste póster é traçar o perfil cultural, psicológico e socioeconómico da mulher infanticida.

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Materiais e Métodos: Neste póster, é feita uma revisão da bibliografia acerca das características das mulheres que cometem infanticídio na PubMed entre os anos 2000 e 2017. Resultados: O perfil da mulher que comete este crime caracteriza-se como sendo de baixo nível económico e com um historial de abuso ou problemas psicológicos como depressão pós-parto e psicose.8

Conclusão: Esta análise da literatura demostra que existe um padrão complexo na mãe que comete infanticídio. Nenhum atributo único garante o reconhecimento destas mães, pelo contrário, é um conjunto de características que podem ajudar a identificá-las e, de alguma forma, prevenir o infanticídio. REFERÊNCIAS: 1. Valença AM, Mendlowicz MV, Nascimento I, Nardi AE. Filicide, attempted filicide, and

psychotic disorders. J Forensic Sci 2011;56:551-4. 2. Nesca M, Dalby JT. Maternal neonaticide following traumatic childbirth: a case study. Int

J Offender Ther Comp Criminol 2011 Oct;55(7):1166-78. 3. O'Hara MW, McCabe JE. Postpartum depression: current status and future directions.

Annu Rev Clin Psychol 2013;9:379-407. 4. World Health Organization, The ICD-10 Classification ofMental and Behavioural Disorders,

World Health Organization, 2010, http://www.who.int/classifications/icd/en/. 5. Field T. Postpartum depression effects on early interactions, parenting, and safety

practices: a review. Infant Behav Dev 2010 Feb;33(1):1-6. 6. Spinelli MG. Maternal infanticide associated with mental illness: prevention and the

promise of saved lives. Am J Psychiatry 2004 Sep;161(9):1548-57. 7. Tanaka CT, Berger W, Valença AM, Coutinho ES, Jean-Louis G, Fontenelle LF, Mendlowicz

MV. The worldwide incidence of neonaticide: a systematic review. Arch Womens Ment Health 2017 Apr;20(2):249-256.

8. Friedman SH, Horwitz SM, Resnick PJ. Child murder by mothers: a critical analysis of the current state of knowledge and a research agenda. Am J Psychiatry 2005;162(9):1578–87.

POSTER 30 MORTES SOB CUSTÓDIA Margarida Sofia Malheiro Polónia*, Maria João Lemos Abreu1**

1IINFACTS – Institute of Research and Advanced Training in Health Sciences and Technologies, Department of Sciences, Advanced Institute of Health Sciences – North (ISCS-N), CESPU, CRL, Gandra, Portugal Os óbitos ocorridos sob alçada das forças e serviços de segurança resultam na sua maioria em autópsias de forma a indicar a etiologia médico-legal da morte (acidente, suicídio, homicídio ou morte natural), sendo estes acompanhados de inquéritos criminais, consultas de relatórios de toxicologia post mortem, forenses e médico quando existente ou necessário. Este trabalho consiste numa revisão de 45 casos de mortes sob custódia nos EUA e os fatores envolvidos (problemas a nível neurológico, consumo de narcóticos e álcool, comportamento irracional e/ou agressivo, causas naturais, esforço físico intenso, ações da policia). Dentro deste tema, será desenvolvido com mais especificidade a relação entre o uso de dispositivos TASER e alucinações. As mortes ocorridas nestas circunstâncias são muito controversas,

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gerando diversas opiniões sobre a atuação das forças policiais perante a população e outros elementos envolvidos. REFERÊNCIAS: 1. Southall P, Grant J, Fowler D, Scott S. T (2008) J Forensic Leg Med: Police custody deaths in

Maryland, USA: an examination of 45 cases. 2. orJauchem JR. (2010) J Forensic Leg Med: Deaths in custody: are some due to eletronic

control devices (including taser devices) or excited delirium? POSTER 31 MORTE SÚBITA RESPIRATÓRIA Ana Isabel de Castro Ferreira Francisco1*, Sofia Carolina Seca Ferreira1**

1IINFACTS – Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnológica, Departamento de Ciências, Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected]; **[email protected] A morte súbita pode ser dividida em cardíaca e não cardíaca, sendo a causa mais comum de morte súbita não cardíaca a doença pulmonar, na qual destacamos o Tromboembolismo Pulmonar. O Tromboembolismo Pulmonar é a obstrução da artéria pulmonar pela presença de um tronco ou coágulo. É a terceira causa de mortalidade cardiovascular depois da cardiopatia isquémica e AVC. Os principais sintomas são dispneia súbita, sudoração e dor torácica. Podemos medir os fatores de riscos através da escala de Wells, sendo o principal fator de risco a presença de trombose nas veias profundas, outros fatores de risco podem ser a frequência cardíaca>100bpm. O diagnóstico de eleição é a Angio-TAC. No entanto, é difícil de diagnosticar devido à sua apresentação clínica não específica. A principal sequela do tromboembolismo pulmonar é a hipertensão pulmonar tromboembólica crónica. E o principal tratamento desta doença pulmonar é à base de hospitalização, anticoagulantes, oxigénio e vigilância exaustiva numa Unidade de Cuidados Intensivos. O objetivo deste poster é elucidar a cerca da doença pulmonar que causa mais mortes súbitas não cardíacas. POSTER 32 QUEIMADURAS ELÉTRICAS Beatriz Manso1*, Leandro Lopes1**

1Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS-CESPU), Gandra, Portugal. *Email: [email protected]; **[email protected] Introdução: As queimaduras elétricas podem ser divididas em queimaduras instantâneas (superficiais) e queimaduras de contacto (estas podem causar apenas uma lesão superficial ou danos mais profundos nos tecidos devido à condução de eletricidade através do corpo da

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vítima). Os acidentes com eletricidade podem ser de origem atmosférica (relâmpagos) ou industrial, devido ao mau uso de aparelhos domésticos, acidentes laborais, etc. A condução de energia elétrica através dos tecidos causa danos devido à condução de energia elétrica em energia térmica cuja quantidade depende da resistência do tecido e da diferença de potencial criada. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivos dar a conhecer o ponto de vista médico-legal, as causas, consequências e formas de tratamento e prevenção das queimaduras elétricas. Conclusões: Estudos indicam que a energia elétrica é proporcional ao quadrado da corrente, da resistência e duração da exposição. Á medida que a intensidade da corrente aumenta, os danos gerados intensificam-se e podem levar à morte do individuo. No entanto, a pele providencia resistência ao fluxo de corrente, quanto maior for a camada de queratina na pele, maior será a sua resistência. REFERÊNCIAS: 1. Baumeister, R., Mauf, S., Laberke, P. et al. Forensic Sci Med Pathol (2015) 11: 589. doi:10.1007/s12024-015-9716-2 2. Cherington M, Olson S, Yarnell PR (2003), 'Lightning and Lichtenberg figures’, Injury 34:267-271 3. Cooper P.N. (2003), ‘Injuries and death caused by heat and electricity’, Chapter 14 in ‘Forensic Medicine: Clinical and Pathological Aspect, Payne-James J.J., Busuttil A., Smock W. (Ed) 2003 Greenwich Medical Media 4. Liu, Shuiping PhD., Yu, Yangeng MD., Huang, Quanyong PhD., Luo, Bin PhD., Liao, Xinbiao MD. ‘Electrocution-Related Mortality: A Review of 71 Deaths by Low-Voltage Electrical Current in Guangdong, China, 20012010’; American Journal of Forensic Medicine & Pathology: September 2014 - Volume 35 - Issue 3 - p 193–196