trabalho sobre medicina legal e laboratórios forenses

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Alunos: Josenlton Alves dos Santos n 21 Jssica Rosa Silva Carvalho n 20 Julianna Hartmann Lima n 22 Ilana Liz n Esther Santana n Turma: 8811 Curso: Qumica Professor: Cludio Nascimento Disciplina: Desenho tcnico

Medicina Legal /Medicina Forense

Trabalho apresentado para avaliao do rendimento escolar na disciplina de Desenho Tcnico, do curso de qumica, do Instituto Federal da Bahia, ministrada pelo professor Cludio Nascimento.

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Apresentao Introduo Histrico da Medicina Legal Classificao da Medicina Legal A Organizao Mdico Legal Percias e Peritos Percia criminal e Laboratrio Forense Caractersticas do Laboratrio forense e de seus profissionais Instituto Mdico Legal Estrutura do IML Instituto Mdico Legal Nina Rodrigues LCPT Instituto de Criminalstica Normas Bsicas de Segurana num laboratrio de Medicina Forense Normas Tcnicas de funcionamento dos laboratrios de Medicina Forense

Mdico Legista Perito Criminal Endereos dos IMLs Referncias Bibliogrficas

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ApresentaoO seguinte trabalho foi executado por alguns estudantes do Instituto Federal da Bahia do Curso de qumica de acordo com as normas de documentao da ABNT (Associao Brasileira de Normas tcnicas), a qual a agncia reguladora e normatizadora de publicaes tcnicas no Brasil. O objetivo desta pesquisa analisar uma rea do conhecimento que desenvolva parte de suas atividades em um laboratrio com reagentes qumicos. A rea do conhecimento trabalhada nesta pesquisa a da Medicina Legal/ Medicina Forense, um campo cientfico que alia vrios ramos acadmicos na tentativa de auxiliar o direito na aplicao da justia, atravs da prestao de servios. Alm deste papel assistencial, inclui, tambm, uma vertente ligada investigao e ao ensino e formao profissional, tendo em vista uma cada vez melhor articulao transdisciplinar no melhor interesse das vtimas de violncia, bem como a preveno da violncia e promoo de estratgias de segurana. Por ser um assunto extenso e com uma grande gama de informaes, compactou-se o tema central da pesquisa para uma melhor discusso e aproveitamento dos tpicos que mais interessam na pesquisa. Por fim, este trabalho caracteriza-se por definir conceitualmente a Medicina Legal, suas reas de abrangncia e atuao, seus profissionais e suas atividades, e seus locais de pesquisa, o laboratrio forense, que possui vrias compilaes (Institutos mdico-legais, Instituto de criminalstica, Laboratrios forenses de DNA, laboratrios de qumica forense e etc).

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IntroduoA Medicina Forense cincia e arte ao mesmo tempo. cincia porque utiliza os mtodos cientficos, sistematizando suas tcnicas e tambm arte porque utiliza valores e faz interpretaes investigatrias na busca da sequncia lgica na gnese da leso violenta. Inmeras so as definies de Medicina Forense. Essa abundncia de definies reflete a dificuldade de preciso, decorrente de sua extensa amplitude de ao e das inmeras relaes que mantm com outras cincias. A Medicina Forense tem recebido vrias denominaes, de acordo com as tendncias com que ela tem sido vista em sua finalidade e em sua conceituao. Assim temos: 1) Medicina Legal; 2) Medicina Judiciria; 3) Medicina Poltica; 4) Medicina Legal Judicial; 5) Jurisprudncia Mdica; 6) Antropologia Forense; 7) Medicina Poltica e Social etc. A Medicina Forense relaciona-se: 1) no campo da Medicina com : -Anatomia; -Fisiologia e Fisiopatologia; -Microbiologia e Parasitologia; e -todas as especialidades mdicas. 2) no campo da Justia com : -Direito Penal (leses corporais, seduo, abortos, homicdios, etc.); -Direito Civil (paternidade, nulibilidade do casamento, testamento, etc.); -Direito Administrativo (seleo, afastamentos, aposentadoria de agentes, etc.); 02

-Direito Processual Civil e Penal (psicologia da confisso, do delinquente e da vtima, etc.); -Direito Constitucional (dissolubilidade do matrimnio, proteo infncia, etc.) 3) em outros campos com : -Antropologia; -Qumica; -Fsica; -Sociologia; -Filosofia; -Estatstica, etc. Para fins didticos, pode-se dividir a Medicina Forense em: 1) Medicina Forense Geral, compreendendo a: a) Deontologia (tica, obrigaes, deveres); b) Diceologia (Direitos, exerccio regular da profisso). 2) Medicina Forense Especial, abrangendo : a) Antropologia Mdico-Legal -identidade e identificao mdico-legal e judiciria; b) Asfixiologia Mdico-Legal -asfixias de origem violenta; c) Criminalstica -criminodinmica (indcios materiais); d) Criminologia -criminognese, origem e dinmica do crime (criminoso, vtima e ambiente); e) Gentica Mdico-Legal -herana gentica e sua aplicao na identificao e determinao da paternidade; f) Infortunstica -acidentes e doenas do trabalho; g) Psicologia Mdico-Legal -psiquismo normal e alteraes emocionais (criminoso, vtima, testemunha); 03 h) Psiquiatria Mdico-Legal

-transtornos mentais e de conduta relacionados capacidade e imputabilidade; i) Sexologia Mdico-Legal -sexualidade normal e seus distrbios de interesse jurdico; j) Tanatologia Mdico-Legal -morte e morto, e fenmenos cadavricos; k) Toxicologia Mdico-Legal -efeitos dos txicos e venenos no organismo; l) Traumatologia Mdico-Legal -leses corporais e energias causadoras; m) Vitimologia -vtima e seu comportamento na ecloso e justificao do delito. A medicina legal inclui um vasto leque de servios localizados na interface entre a prtica cientfica e o direito, situando-se, atualmente, no mbito da medicina social. No passado, a medicina legal, apesar de integrar o currculo escolar das escolas mdicas restringia-se, apenas, Tanatologia. Na verdade, ao longo da histria, sempre foi atribudo aos mdicos o papel de prestar cuidados de sade s pessoas doentes ou traumatizadas sem que se valorizassem certos aspectos fundamentais de natureza legal, sendo a recolha de vestgios de crimes ou a anlise das consequncias de casos de violncia, por exemplo, frequentemente negligenciada. Esta falta negava, inadvertidamente, o direito obteno de meios de prova quando secundariamente aos ferimentos surgiam questes legais, quer fossem de natureza criminal, civil, do trabalho ou outras. Entretanto, grandes mudanas se operaram no ltimo sculo na nossa sociedade, vindo alterar a abrangncia da medicina legal e restantes cincias forenses, nomeadamente no que se refere ao seu papel social. Entre estas mudanas destacam-se: a) o aumento da violncia voluntria (agresses, crimes sexuais, etc.) e involuntria (acidentes) que est na origem de inmeras situaes simultaneamente mdicas e legais; b) o desenvolvimento da cincia mdica quer a nvel dos cuidados de emergncia (o que permite, cada vez mais, a sobrevida de pessoas custa de sequelas graves), quer a nvel tecnolgico (o que obriga a repensar, em cada dia, a melhor soluo para a readaptao e reintegrao dessas pessoas); c) a noo mais abrangente de sade e do papel social do mdico e da medicina, registrando-se alteraes importantes no mbito da reinsero social e dos modelos de atuao; d) o posicionamento do direito e da lei face tomada de conscincia sobre os direitos humanos; 04

e) o alargamento dos cuidados de sade a toda a populao e a extenso desses cuidados no s s aes assistenciais curativas ou paliativas, mas, tambm, s aes de preveno da violncia, surgindo a necessidade de desenvolver programas de preveno fundamentados em estudos, cientificamente aprofundados, sobre este fenmeno. Estes e outros fatos tm levado a que os mdicos, bem como outros profissionais, sobretudo das cincias biolgicas, sejam, cada vez mais, chamados a examinar e a pronunciar-se sobre situaes variadas e por vezes de grande complexidade, relacionadas com questes de direito, seja do mbito penal, civil, do trabalho, administrativo ou da famlia e menores. Estas situaes podem incluir, por exemplo, o estudo de casos mortais ou no mortais de situaes de violncia (colheita de vestgios; diagnstico diferencial entre uma etiologia criminosa, acidental ou natural; definio das consequncias temporrias e permanentes para a vtima de um traumatismo), a avaliao do estado de toxicodependncia, a determinao do sexo, a identificao de corpos ou restos cadavricos, a determinao da imputabilidade, o estudo da filiao, a pesquisa de drogas de abuso ou outros txicos em amostras biolgicas, etc. Esta complexidade e variedade de temas levou necessidade de considerar a medicina legal como uma especialidade, capaz de formar e habilitar profissionais para o cumprimento de tarefas que exigem, alm de conhecimentos e capacidades tcnicas muito especficas, um grande rigor cientfico, uma atualizao permanente e uma elevada capacidade de iseno e imparcialidade, de forma a no colocar em risco o interesse pblico, os direitos individuais e, portanto, a justia. De fato, o efeito dos pareceres mdico-legais a nvel do sistema judicial no pode ser menosprezado, podendo eles significar a diferena entre uma sentena de inocncia ou culpa (punindo inocentes e deixando criminosos inclumes), entre uma indenizao adequada ou uma injustamente atribuda. Assim, at h pouco definida como a cincia que aplica os conhecimentos mdicos e biolgicos resoluo das questes de direito, a medicina legal confronta-se, atualmente, com as exigncias cada vez mais complexas relativamente atividade probatria cientfica. Trata-se de uma cincia em constante expanso, o que implica que as suas matrias e mtodos se adaptem s novas tecnologias, s descobertas cientficas e, tambm, s mudanas sociais e do direito. O seu posicionamento privilegiado entre as cincias biolgicas e o direito, confere a esta cincia uma perspectiva transdisciplinar e interinstitucional fundamental para a resoluo de questes cada vez mais complexas que tocam a pessoa, enquanto cidado, em todos os domnios do seu ser. Assim, no seu quotidiano, faz apelo s cincias e tecnologias no mdicas, incluindo as cincias sociais. Ao mesmo tempo, deve preocupar-se com a assistncia mdiascio- jurdica para assegurar no s a garantia de certos princpios, mas, tambm, a melhor aplicao das normas do direito relativamente normalidade das relaes sociais e proteo dos direitos individuais e coletivos, tendo em conta a integrao do cidado no seu meio social. Desta forma, considera-se que compete medicina legal, como cincia social, no s o diagnstico do caso, mas, tambm, a contribuio, atravs da percia, para a teraputica das situaes e, sobretudo, para a sua preveno e reabilitao/reintegrao/reinsero. 05

Histrico da Medicina Legal

Na Antiguidade j se fazia presente a Medicina Legal, at ento uma arte como a prpria Medicina. No Egito, por exemplo, mulheres grvidas no podiam ser supliciadas - o que implicava o seu prvio exame. Na Roma Antiga, antes da reforma de Justiniano a Lex Regia de Numa Pomplio prescrevia a histerectomia quando a gestante morresse - e da aplicao desta lei, segundo a crena de muitos refutada por estudiosos, como Afrnio Peixoto - teria advindo o nascimento de Jlio Csar (quando o nome Csar, assim como Cesariana, advm ambos de cdo cortar). O prprio Csar, aps seu assassinato, foi submetido a exame tanatolgico pelo mdico Antstio, que declarou que apenas um dos ferimentos fora efetivamente o causador da morte. Este exame, entretanto, ainda era superficial, posto que a necropsia constitua-se em violao ao cadver. Tambm foram casos histricos de exame post-mortem Tarqunio e Germnico, ambos assassinados. No Digesto Justiniano tanto a Medicina como o Direito foram dissociadas, e v-se no primeiro caso intrnseca a Medicina Legal, na disposio que preconizava que "Medici non sunt proprie testes, sed magis est judicium quam testimonium". Outras leis romanas dispunham sobre assuntos afeitos percia mdico-legal. Durante a Idade Mdia ressalta-se o perodo carolngio, onde diversos exames eram referidos na legislao, desde aqueles que determinavam os ferimentos em batalha, at que os julgamentos submetiam-se ao crivo mdico - prtica que foi suprimida com a adoo do direito germnico. Na Baixa Idade Mdia e Renascena ocorre a interveno do Direito Cannico, e a prova mdica retoma paulatinamente sua importncia. na Alemanha que encontra seu verdadeiro bero, com a Constituio do Imprio Germnico, que tornava obrigatria a percia em casos como ferimentos, homicdios, aborto, etc. Caso exemplar foi a necropsia feita no Papa Leo X, suspeito de haver sido envenenado, em 1521.

Perodo cientficoConsidera-se que o perodo moderno, propriamente cientfico da Medicina Legal, d-se a partir de 1602, com a publicao na Itlia da obra de Fortunato Fidelis, qual se seguiram estudos sobre este ramo da Medicina a servio do Direito. No sculo XIX a cincia ganha finalmente os foros de autonomia, e sua conceituao bsica, evoluindo concomitantemente aos expressivos progressos do conhecimento humano, a inveno de novos aparelhos e descobertas de novas tcnicas e padres, cada vez mais precisos e fiis. 06

CLASSIFICAO DA MEDICINA LEGAL1. MEDICINA LEGAL GERAL: Estuda a Deontologia e Diceologia Mdica, ou seja, os Deveres e Direitos do mdico. Exemplificando: tica Mdica; Exerccio Legal e Ilegal da Medicina; Responsabilidades Mdicas; Segredos Mdicos; Honorrios Mdicos; Publicidades e Publicaes Mdicas; 2. MEDICINA LEGAL ESPECIAL: Estuda a realizao e a documentao de todos os exames periciais ao seu alcance, quando solicitados pela justia. Exemplificando: Antropologia mdico legal: Estuda a identificao Mdico Legal e Judiciria; Traumatologia mdico legal: Estuda as leses corporais provocadas por energias fsicas qumicas, mecnicas, etc. Infortunstica: Estudas os Acidentes e as Doenas profissionais; Asfixiologia mdico legal: Estuda o enforcamento, estrangulamento, esganadura, sufocao, soterramento, afogamento, gases irrespirveis e confinamento; Toxicologia mdico legal: Estudo os efeitos dos custicos, venenos e txicos; Sexologia mdico legal: Estuda os crimes contra os costumes, gravidez, parto e puerprio, aborto, infanticdio, casamento, esterilizao humana, identificao da paternidade e maternidade, fecundao artificial e as anomalias sexuais; Tanatologia mdico legal: Estuda a morte, as necrpsias, as exumaes, os destinos dos cadveres, os tipos de morte e a cronotanatognose; Criminalstica e Criminologia mdico legal: Estuda os motivos e locais dos crimes, as percias tcnicas em busca de criminosos e a criminognese; Psiquiatria/Psicologia/Psicopatologia Forense: Estuda as doenas fsicas e mentais e seus relacionamentos com a justia; Vitimologia: Estuda a vtima e a sua participao no crime; Gentica mdico legal: Estuda os exames de DNA, os tipos de fecundao artificial e as possveis clonagens. 07

A ORGANIZAO MDICO-LEGALOs estatutos do servio nacional de medicina legal esto consignados no Dec.-Lei 96/2001, de 26 de Maro e em alguns artigos, ainda no revogados, do Dec.-Lei 11/1998, de 29/1. Este servio organiza-se em torno do Instituto Nacional de Medicina Legal. A atividade pericial desenvolvida nas Delegaes (Coimbra, Lisboa e Porto) e nos Gabinetes Mdico-Legais, encontrando-se estes distribudos pelo pas e sob a direo da Delegao respectiva. Os Gabinetes Mdico-Legais realizam atividade pericial apenas no mbito da Tanatologia Forense e Clnica Mdico-Legal. As Delegaes compreendem vrios Servios, aos quais competem as seguintes atividades: a) Servio de Tanatologia Forense: compete-lhe a realizao das autpsias mdicolegais respeitantes aos bitos verificados nas comarcas do mbito territorial de atuao da delegao respectiva. Quando as circunstncias do fato ou a complexidade da percia o justifiquem, o procurador-geral distrital pode deferir delegao, ouvido o respectivo diretor, a realizao de percias relativas a outras comarcas da respectiva rea mdicolegal. Compete ainda ao Servio de Tanatologia Forense a realizao de outros atos neste domnio, designadamente de identificao de cadveres e de restos humanos, de embalsamamento e de estudo de peas anatmicas. b) Servio de Clnica Mdico-Legal: compete-lhe a realizao de exames e percias em pessoas, para descrio e avaliao dos danos provocados na integridade psicofsica, nos diversos domnios do direito, designadamente no mbito do direito penal, civil e do trabalho, nas comarcas do mbito territorial de atuao da delegao. Quando as circunstncias do fato ou a complexidade da percia o justifiquem, o procurador-geral distrital pode deferir delegao, ouvido o respectivo diretor, a realizao de percias relativas a outras comarcas da respectiva rea mdico-legal. c) Servio de Toxicologia Forense: compete-lhe assegurar a realizao de percias e exames laboratoriais qumicos e toxicolgicos no mbito das atividades da delegao e dos gabinetes mdico-legais que se encontrem na sua dependncia, bem como a solicitao dos tribunais, da Polcia Judiciria, da Polcia de Segurana Pblica, da Guarda Nacional Republicana da respectiva rea e do presidente do conselho diretivo. d) Servio de Gentica e Biologia Forense: compete-lhe a realizao de percias e exames laboratoriais, de hematologia forense e dos demais vestgios orgnicos, nomeadamente os exames de investigao biolgica de filiao, de criminalstica biolgica ou outros, no mbito das atividades da delegao e dos gabinetes mdicolegais que se encontrem na sua dependncia, a solicitao dos tribunais, da Polcia Judiciria, da Polcia de Segurana Pblica, da Guarda Nacional Republicana da respectiva rea e do presidente do conselho diretivo.

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e) Servio de Psiquiatria Forense: compete-lhe a realizao de percias e exames psiquitricos e psicolgicos solicitados delegao. No entanto, os exames e servios solicitados podero ser distribudos pelos diversos servios pblicos e privados que, de acordo com a lei em vigor, possuam competncia para a sua realizao. f) Servio de Anatomia Patolgica Forense: compete-lhe a realizao de percias e exames de anatomia patolgica forense no mbito das atividades da delegao e dos gabinetes mdico legal que se encontrem na sua dependncia, bem como a solicitao dos tribunais, da Polcia Judiciria, da Polcia de Segurana Pblica, da Guarda Nacional Republicana da respectiva rea e do presidente do conselho diretivo.

PERCIAS E PERITOSPercia mdico-forense um conjunto de procedimentos mdicos e tcnicos que tm como finalidade o esclarecimento de um fato de interesse da justia. A percia produz a prova e esta o elemento demonstrativo do fato, contribuindo para formao da convico do juiz. A percia apresentada por meio de um laudo, constitudo de uma pea escrita do que foi visto e averiguado no material examinado. Pronturios mdicos, boletins de atendimento, atestados mdicos, laudos de Rx, etc., no substituem o exame do periciado. Esses documentos podem servir para anlise, a critrio da autoridade, ou, como subsdio no ato do Exame de Corpo de Delito. As percias so de iniciativa da autoridade que estiver frente do inqurito ou da ao instaurada. Quando no obrigatria, pode ser requerida pelas partes (Art. 176 CPP). As percias mdico-forenses so realizadas: 1) nas instituies mdico-legais, por peritos oficiais concursados (Art.159 CPP; 434 CPC); 2) por mdicos nomeados peritos. So os peritos louvados (Art.421 CPC); e 3) por profissionais de nvel superior da rea de sade nomeados peritos. So os peritos leigos ou ad hoc (Art.159, 1 CPP).

Pericia Criminal e Laboratrio ForenseUm perito criminal tem a responsabilidade e a obrigao de analisar todo vestgio e evidencias no local fsico de algum tipo de crime, Diz que tudo que tocamos deixa sinais e qualquer sinal pode ser a chave principal para descobrir o responsvel por um crime.

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Na pericia existe varias reas a serem realizadas, existem equipes para anlise do local do crime, outras que fazem a parte de analise em laboratrio, entre outros.Atualmente, o ramo da pericia est mais abrangente, onde h mdicos, farmacuticos, qumicos, bilogos, cada um desenvolvendo seu tipo de trabalho. Hans Gross, reconhecido como fundador da Criminologia, formado em Direito, a partir de 1890 passou a se dedicar a rea de Direito Penal, em Czemowitz. Em 1893, lanou um livro conhecido como Manual para Juzes de Instruo, que continha uma vasta gama de informaes destinada aos novos peritos. A pericia no Brasil atualmente est extremamente precria. Contendo aproximadamente 3500 peritos. Em Santa Catarina essa mdia de aproximadamente 300 peritos. Para ser um perito criminal, h concursos direcionados para isso, e esto sendo muito disputados, at pelo fato de altos salrios. No Laboratrio Forense, h uma diviso de setores e funes. Na qumica forense, fica a identificao de drogas, a toxicologia investiga os mortos, a bioqumica e biologia forense esto direcionados para exames de esperma, a gentica forense ajuda na identificao do DNA, e os microvestigios que so cabelos, fibras, atualmente no h nenhum laboratrio no Brasil que exerce essas tcnicas. H algumas tcnicas e instrumentos utilizados como, UV visvel, a Espectroscopia de IR que faz a identificao de substncias qumicas ou tambm a Espectroscopia de RAMAN que identifica qualquer material. Em geral, um laboratrio forense realiza exames na rea qumica e biolgica, por exemplo: identificao de substncias proscritas (entorpecentes e psicotrpicos), identificao de sangue humano, pesquisa de espermatozide, identificao de pesticidas, pesquisa de metais e entre outros.

Caractersticas do Laboratrio forense e de seus profissionaisO laboratrio forense, como foi explicitado anteriormente, realiza exames na rea qumica e biolgica, por isso tais laboratrios so dirigidos a bilogos, biomdicos, bioqumicos e farmacuticos. Tais profissionais necessitam ter as seguintes competncias: a) selecionar, preservar, colher e acondicionar vestgios; b) identificar e caracterizar leses fsicas, psicolgicas e sociais (frequncia, causas que incluem a etiologia social, mecanismos e tipos) e proceder sua interpretao; c) identificar, caracterizar e avaliar as consequncias permanentes dessas leses (sequelas no corpo, capacidades, subjetividade e situaes da vida diria); d) determinar a relao entre leses e sequelas (nexo de causalidade); 10

e) determinar a relao entre consequncias fsicas, psicolgicas e sociais; f) esclarecer sobre a forma como as leses e traumatismos podem afetar de maneira particular o desenvolvimento fsico e psicolgico das crianas e jovens ou a independncia e autonomia de uma pessoa, particularmente no caso das pessoas idosas; g) articular-se com os profissionais das outras cincias forenses para melhor esclarecer e estudar os casos (ex: identificar vestgios encontrados num corpo atravs de estudos de DNA, determinar a alcoolmia ou concentrao de outras drogas numa morte suspeita, estudar uma bala numa suspeita de homicdio); h) conhecer e colaborar nos procedimentos seguidos na investigao de crimes contra pessoas; i) trabalhar em conjunto com os servios mdicos em geral e outros servios de apoio a vtimas, tendo em vista orientar o seu tratamento e reintegrao/reinsero; j) compreender e atender s questes ticas e legais levantadas pela prtica mdicolegal; k) apresentar de forma clara, ao sistema de justia, o resultado das percias efetuadas, atravs de relatrios mdico-legais objetivos e bem sistematizados; Um laboratrio forense possui os seguintes instrumentos e as seguintes modalidades: laboratrios de Retrato Falado, Fotogrfico, Documentos, Balstica, ADN, Qumica Analtica, Biologia Gentica, Toxicologia e Fluidos Humanos. Dactiloscopia, Salas mdicas, Laboratrios Mveis, Captador de Disparos, Percia de Campo, Sala Operativa e o Sistema EFIS (de identificao por impresso digital), tambm fazem parte do acervo. Dois exemplos de laboratrios forenses o IML (instituto mdico legal) e o LCPT (laboratrio central de polcia tcnica)

Instituto Mdico Legal

O Instituto Mdico Legal, mais conhecido pela sua sigla IML, um instituto brasileiro responsvel pelas necropsias e laudos cadavricos para Polcias Cientficas de um determinado Estado na rea de Medicina Legal. um rgo pblico subordinado Secretaria de Estado da Segurana Pblica.

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Conhecido tambm em alguns outros estados como Departamento Mdico Legal, ou DML, por ser, este rgo, vinculado Secretaria de Estado de Segurana Pblica atravs da Superintendncia de Polcia Tcnica Cientfica. As atribuies so as mesmas. E mais: no uma instituio responsvel apenas pelas necropsias, como muitos pensam. Nos IMLs ou DMLs so realizados, alm das autpsias, vrios outros exames de corpo de delito e demais percias como: exame de leses corporais, exame de constatao de embriaguez ou intoxicao por substncia de qualquer natureza, exame de constatao de violncia sexual, exame de sanidade mental, exame de constatao de idade, exame de constatao de doena sexualmente transmissvel, e todas as demais percias que interessem Justia e que demandem a opinio de especialistas em Medicina Legal.

Estrutura do IML (Instituto Mdico Legal)Os IMLS possuiam a seguinte estrutura:

Seo de Clnica Mdico-Legal; Seo de Necropsias; Seo de Percias de Laboratrio; Seo de Administrao.

Seo de Clnica Mdico-Legal cabe a realizao dos exames que se referem s especialidades dos mdicos legistas (clnicos, estomato-oftalmo-otorrinolaringologistas e neuropsiquiatras), como tambm s atividades de percia mdico-legal em locais suspeitos de crime e a orientao para as provas fotogrficas necessrias s Sees Tcnicas. Seo de Necropsias cabe a realizao das percias de necropsia; dos exames externos de cadveres; das colheitas, em todas as necropsias, de material para os exames na Seo de Percias Laboratoriais e da administrao das salas de necropsias. Seo de Percias de Laboratrio cabe a realizao das percias que se referissem histopatologia, bacteriologia, sorologia, hematologia, bioqumica e pesquisas de manchas; percias toxicolgicas; percias radiolgicas (at mesmo nos cadveres); preparao e conservao de peas anatmicas em natureza e em cera ou desenhos para o Museu de Medicina Legal. (2) A Seo de Administrao cuida de tudo o que se refere a material, oramento e relaes administrativas. Em janeiro de 1956, o IML sofreu algumas alteraes em sua estrutura, passando a ter a seguinte organizao: (3) Seo de Clnica Mdico-Legal;

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Seo de Necropsias; Seo de Anatomia Patolgica e Histologia; Seo de Radiologia; Seo de Toxicologia; Seo de Administrao; Zeladoria.

Instituto Mdico Legal Nina Rodrigues

O Instituto Mdico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) o mais antigo dos cinco Institutos que compem a estrutura do Departamento de Polcia Tcnica. Criado em 1905 pelo Prof. Oscar Freire, recebeu o nome Nina Rodrigues da Congregao da Faculdade de Medicina da Bahia, em homenagem ao Professor catedrtico de Medicina-Legal, Raimundo Nina Rodrigues, falecido naquele mesmo ano. O IMLNR funcionou por mais de 60 anos junto ao prdio da tradicional Faculdade de Medicina da Bahia, poca, localizada no Terreiro de Jesus. Em dezembro de 1911, um decreto determina a reorganizao do servio de percias oficiais e Oscar Freire se torna o primeiro diretor do IMLNR. Em 1979, o NINA foi transferido para as atuais instalaes no Vale dos Barris. Entre as atribuies do Instituto esto as atividades periciais em vivos - a exemplo de Sexologia Forense, Odontologia Legal, e Clnica Mdica - e as atividades periciais em mortos - como a Tanatologia (necropsia e exumao), Identificao de Cadveres e Antropologia Fsica - alm da realizao de exames complementares de interesse da prova material. Todos os servios prestados pelo IMLNR so gratuitos e realizados apenas mediante solicitao de autoridades competentes.

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LCPT (laboratrio central de polcia tcnica)

O LABORATRIO CENTRAL DE POLICIA TCNICA (LCPT), subordinado ao Departamento de Polcia Tcnica da Bahia foi criado atravs da lei n 3.118, de 27 de junho de 1973 e restaurado pela lei n. 3.497 de 08 de julho de 1976. Dispe hoje de tecnologia de ponta, com capacidade para realizar exames nos campos comuns a Criminalstica e a Medicina Legal, fornecendo a prova material e cientfica atravs de laudos periciais. Atende a todo o estado da Bahia, alm de ser referncia Nacional para estados do norte e nordeste nas reas da gentica Forense e Toxicologia Forense. O LCPT dividido em 12 Coordenaes: Oramentria, Apoio Administrativo, Qumica, Fsica, Bromatologia, Entomologia, Biologia, Hematologia, Anlise Instrumental, Toxicologia e Gentica Forense (este, com trs Certificaes de referncia Internacional) e a Coordenao de Anlise Ambiental, em fase de implantao. 1) Coordenao de Toxicologia Forense

Realizar anlises para identificao de venenos orgnicos e inorgnicos, metlicos e gasosos; Realizar exames de identificao de drogas apreendidas; Analisar material biolgico para identificao de drogas e/ou mesmo seus produtos de biotransformao.

2) Coordenao Fsica Forense

Realizar exames periciais no campo da fsica, aplicados criminalstica e medicina legal; Realizar exames fsicos em produtos e objetos coletados em local de crime; Realizar exame fsico-descritivo em arma branca, vestes e instrumentos de crime.

3) Coordenao Hematologia Forense

Realizar tipagem sangunea em sangue de cadver e paciente; Realizar avaliao hematolgica do sangue de paciente e cadver para fins forenses; Identificar em manchas suspeitas, a espcie do sangue e os antgenos do sistema ABO; 14

Pesquisar, em sangue de paciente e cadver, os anticorpos do HIV.

4) Coordenao de Qumica Forense

Realizar exames periciais no campo da qumica aplicados a criminalstica e a Medicina Legal; Promover exames qumicos em explosivos, inflamveis e outros produtos colhidos em local de delito; Identificar manchas inorgnicas e substncias qumicas coletadas em local de crime; Realizar exames microespectrofotometricos, microqumicos e espectrogrficos em materiais de percias.

5) Coordenao de Bromatologia Forense

Realizar exames laboratoriais em alimentos e bebidas; Identificar agentes patognicos em alimentos e gua; Realizar exames de produtos qumicos adicionados a alimentos; Promover novos mtodos de investigao laboratorial na rea de Bromatologia Forense.

6) Coordenao de Anlise Instrumental Forense

Determinar alcoolemia de sangue total; Promover a pesquisa de THC, principio ativo do vegetal Cannabis Sativa (maconha), em vegetais; Promover a pesquisa de cocana em material no biolgico apreendido; Promover a identificao e quantificao de cocana em fludos humanos; Promover a identificao de maconha em seus metablicos em urina; Promover a pesquisa de inalantes volteis; Promover identificao e quantificao de arsnicos e metais em material biolgico e no biolgico; Promover a identificao e quantificao de venenos e seus metablitos em material biolgico; 15

Identificar e quantificar o psicotropicos e seus metablitos em material biolgico; Identificar e quantificar psicotrpicos em material no biolgico; Identificar monxidos de carbono em sangue.

7) Coordenao de Biologia

Identificar plo humano ou no humano; Realizar diagnstico de gravidez; Identificar contaminao venrea; Identificar e classificar animais relacionados a local de crime; Identificar e classificar vegetais;

8) Coordenao de Fotografia Forense

Fotografar local de crime; Identificao de veculo; Identificao criminal; Identificao na rea de medicina legal (odonto mdico legal Clinica mdica e Tanatologia).

9) Coordenao Oramentria

Avaliar e encaminhar solicitaes de aquisies de produtos, bens e servios; Solicitar oramentos para aquisio de materiais.

10) Coordenao de Entomologia Forense (em implantao)

Realizar estimativa de intervalo post mortem (IPM); Identificar e utilizar inseto e seus vestgios para deteco de substncias txicas (entomotoxicologia Forense); Identificar e classificar insetos para obteno de perfis de DNA de indivduos em local de crime (entomogentica forense); Traar rotas de trfico de entorpecentes atravs da distribuio geogrfica dos insetos; 16

Identificar presena de insetos em imveis, produtos estocados, depsitos e armazns.

11) Coordenao de Gentica Forense

Realizar exames para identificar cadveres ou restos mortais; Realizar percias de crime de natureza sexual (violncia sexual); Realizar exame para identificar cabelos e plos diversos; Identificar e confrontar vestgios - Criminalstica biolgica.

12) Coordenao de Apoio Operacional

Planto - receber materiais externos, bem como recepcionar periciandos para realizao de coleta de material para exames; registrar e fazer a custdia desses materiais. CAO - encarregada de distribuir todos os materiais para as devidas coordenaes do Laboratrio; receber e encaminhar os Laudos Periciais s autoridades requisitantes.

Instituto de CriminalsticaAos Institutos de Criminalstica, dirigidos por Peritos Criminais, compete a realizao de exames periciais, pesquisas e experincias no campo da Criminalstica (informtica, engenharia, reconstituies, balstica, documentoscopia, impresses latentes, disparo, ambiental, fontica etc.), levantamentos topofotogrficos e papiloscpicos nos locais de crime e em sinistros envolvendo patrimnio pblico. Tm por atribuio auxiliar a Justia, fornecendo provas tcnicas sobre locais, coisas, objetos, instrumentos e pessoas, para a instruo de processos criminais.

Normas Bsicas de Segurana num Laboratrio de Medicina forenseOs laboratrios de qumica forense e de medicina forense em geral so locais em que se realizam trabalhos de alta periculosidade. Portanto, a postura que um profissional deve exibir nesse local de trabalho de extrema seriedade, comprometimento e profissionalismo.

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A segurana no laboratrio uma responsabilidade que deve ser assumida por todos que nele atuam. No recinto do laboratrio no so permitidas brincadeiras ou atitudes que possam provocar danos para si ou outras pessoas. Como foi falado anteriormente, os laboratrios de medicina forense so locais de extrema periculosidade, pois na maioria das anlises feitas nesses laboratrios so utilizadas substncias com alto nvel de periculosidade, como por exemplo: em uma anlise sexolgica, utilizam-se a microscopia de fosfatase cida para encontrar-se resduos de smem. Embora no seja possvel enumerar todas as causas de possveis acidentes num laboratrio, existem alguns cuidados que so bsicos e que, se observados, ajudam a evit-los. PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratrio; necessrio ler com ateno os rtulos dos frascos de reagentes qumicos para evitar pegar o frasco errado; Evitar contato fsico com qualquer tipo de reagente qumico; Nunca deixar frascos contendo reagentes qumicos inflamveis prximos chama; Ter cuidado ao manusear os instrumentos de pericia cadavrico como: Bisturi, Pina e entre outros; No trabalhar com material imperfeito; No laboratrio OBRIGATRIO o uso do jaleco e de culos de segurana.

Normas Tcnicas de Funcionamento dos Laboratrios de Medicina ForensePORTARIA CVS-13, de 04-11-2005 Aprova NORMA TCNICA que trata das condies de funcionamento dos Laboratrios de Anlises e Pesquisas Clnicas, Patologia Clnica, pericial e Congneres, dos Postos de Coleta, Descentralizados aos mesmos vinculados, regulamenta os procedimentos de coleta de material humano realizados nos domiclios dos cidados, disciplina o transporte de material humano e d outras providncias. A Diretora Tcnica do Centro de Vigilncia Sanitria, da Coordenadoria de Controle de Doenas da Secretaria de Estado da Sade, no uso de suas atribuies legais, considerando: Que as Constituies Federal e Estadual, a Lei Federal N 8.080, de 19-09-90 (Lei Orgnica da Sade) e a

18 Lei Estadual Complementar N 791, de 09-03-1995 (Cdigo de Sade do Estado), regulamentam as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade como direito dos cidados; Que a Constituio Federal estabelece as competncias da Unio e dos Estados da Federao para legislar concorrentemente sobre as questes que dizem respeito sade dos cidados, assim como as competncias das municipalidades para tratarem dos assuntos de interesse local; Que compete ao Estado estabelecer normas para o controle e a avaliao das aes e dos servios de sade, incluindo Normas Tcnicas especiais de vigilncia sanitria, conforme dispe a Lei Estadual Complementar N 791, de 09-03-1995; Que a Lei Estadual N 10.083, de 23-09-1998 (Cdigo Sanitrio do Estado), em seu Art. 5, estabelece que cabe direo estadual do Sistema nico de Sade - SUS, enquanto atividade coordenadora do Sistema a elaborao de normas, Cdigos e orientaes, observadas as normais gerais de competncia da Unio, no que diz respeito vigilncia sanitria e epidemiolgica; TTULO I DAS DEFINIES 1- Para os efeitos desta Norma Tcnica, so adotadas as seguintes definies: 1.1- LABORATRIOS DE ANLISES E PESQUISAS CLNICAS, PATOLOGIA CLNICA E CONGNERES: Estabelecimentos destinados coleta e ao processamento de material humano visando a realizao de exames e testes laboratoriais, que podem funcionar em sedes prprias ou, ainda, no interior ou anexados a estabelecimentos assistenciais de sade sob responsabilidade mdica dotados de maior complexidade estrutural e tecnolgica, cujos ambientes e reas especficas obrigatoriamente devem constituir conjuntos individualizados dos pontos de vista fsico e funcional. Para os efeitos desta Norma Tcnica, a prestao de servios que tipifica os estabelecimentos de sade denominados Laboratrios de Anlises e Pesquisas Clnicas, Patologia Clnica e Congneres, constitui-se no processamento de material humano visando a realizao de exames e testes laboratoriais, podendo a coleta ser realizada no interior ou fora de suas dependncias. 1.3- UNIDADES DE LABORATRIOS DE ANLISES E PESQUISAS CLNICAS, PATOLOGIA CLNICA E CONGNERES: Estabelecimentos com as finalidades descritas no primeiro sub-item , que localizam-se no interior ou anexados a estabelecimentos de sade sob responsabilidade mdica, tais como hospitais, servios de urgncia e emergncia, hospital-dia, ambulatrios e congneres, compartilhando, portanto, o uso de dependncias comuns com outras unidades e servios destes estabelecimentos.

19 Entende-se por Unidades de Laboratrios de Anlises e Pesquisas Clnicas, Patologia Clnica e Congneres, tanto os estabelecimentos operados pelas prprias empresas, instituies ou entidades onde esto inseridos, quanto os estabelecimentos operados por terceiros. Para os efeitos desta Norma, estes estabelecimentos sero tambm denominados Unidades de Laboratrios Clnicos. TTULO II DOS PRINCPIOS E DOS OBJETIVOS DOS OBJETIVOS 2- A presente Norma Tcnica, consonante com a poltica de sade implementada a nvel estadual, que tem como fundamento maior a proteo da sade do indivduo e da coletividade de pessoas, tem por objetivos centrais: 2.1- Disciplinar o funcionamento dos Laboratrios de Anlises e Pesquisas Clnicas, Patologia Clnica e Congneres e sistematizar as disposies inscritas em diplomas legais e normativos vigentes que a estes estabelecimentos de sade se aplicam. 2.2- Normalizar o funcionamento dos Postos de Coleta Descentralizados. 2.3- Normalizar a prestao de servios de coleta de material humano nos domiclios dos cidados. 2.4- Disciplinar os procedimentos de transporte de material humano, objetivando prevenir acidentes e proteger a sade dos trabalhadores, bem como preservar a integridade das amostras coletadas. 2.5- Disciplinar a veiculao de publicidade e o fornecimento de informaes que possam induzir ou estimular a realizao de exames e testes laboratoriais sem indicao mdica ou de cirurgio-dentista no desempenho de suas respectivas atividades profissionais. TTULO IV DOS LABORATRIOS DE ANLISES E PESQUISAS CLNICAS, PATOLOGIA CLNICA, POSTOS DE COLETA E CONGNERES DA LICENA DE FUNCIONAMENTO 4- Os Laboratrios de Anlises e Pesquisas Clnicas, Patologia Clnica e Postos de Coleta Descentralizados e Congneres (Laboratrios Clnicos Autnomos e Unidades de Laboratrios Clnicos) somente podero funcionar mediante licena de funcionamento, expedida pelos rgos sanitrios competentes de suas jurisdies.

20 4.1. Aos estabelecimentos de sade sob responsabilidade mdica, de natureza ambulatorial, que possuam Unidades de Laboratrios Clnicos que se enquadrem nos termos do definido no sub-item Unidades de Laboratrios de Anlises Clnicas, Patologia Clnica e Congneres, devero ser concedidas licenas de funcionamento como ambulatrios, assim como as licenas especficas para as Unidades de Laboratrios Clnicos, aps a verificao do cumprimento das disposies e normas legais aplicveis, em especial as contidas nesta Portaria. 4.2- Aos Centros de Diagnoses, que prestem servios que envolvam a utilizao de radiao ionizante e/ou que contem com Unidades de Laboratrios Clnicos, devero ser concedidas licenas de funcionamento como ambulatrios, assim como licenas especficas para funcionamento de equipamentos emissores de radiao ionizante e/ou para as Unidades de Laboratrios Clnicos, aps a verificao do cumprimento das disposies legais em vigor, em especial as contidas nesta norma. 4.3- Somente ser concedida e expedida, pelas autoridades sanitrias competentes, licena de funcionamento para Laboratrios Clnicos Autnomos e Unidades de Laboratrios Clnicos aps: 4.3.1- Aprovao, pelos rgos sanitrios competentes, dos projetos de construo, reforma ou adaptao de edificaes que sediaro estes estabelecimentos de sade, respeitadas as regras em vigor quando da expedio do alvar relativo reforma ou adaptao das edificaes anteriores atual norma vigente. 4.3.2- Anlise dos documentos que contenham a relao dos equipamentos, j alocados no interior dos estabelecimentos, que sero utilizados no processamento e realizao de exames e testes laboratoriais. 4.3.3- Anlise dos documentos contendo a relao dos nomes dos exames e testes laboratoriais que sero fornecidos, assim discriminado(s) segundo a(s) responsabilidade(s) por sua realizao: a) exames e testes realizados pelos prprios estabelecimentos; b) exames e testes realizados por outros estabelecimentos pertencentes s prprias empresas, instituies ou entidades; c) exames e testes realizados por estabelecimentos, formalmente contratados, pertencentes a outras empresas, instituies ou entidades. 4.3.4- Anlise de documentos, emitidos pelos Responsveis Tcnicos pelos estabelecimentos de que trata o presente Ttulo, que comprovem e relacionem: a) os nomes dos profissionais de sade designados coordenadores dos Programas de Garantia de Qualidade (PGQs), caso no sejam os prprios Responsveis Tcnicos; b) os nomes dos profissionais de sade designados membros das Comisses Internas de Garantia de Qualidade (CIGQs), se for o caso, bem como o cronograma contendo as medidas destinadas viabilizao daqueles programas;

21 c) o cronograma anual, contemplando as atividades de atualizao tcnica dos profissionais. 4.3.5- Averiguao do cumprimento do disposto na presente Portaria, ou em instrumento regulamentador que vier a substitu-la, pelos Laboratrios Clnicos Autnomos e pelas Unidades de Laboratrios Clnicos, mesmo quando estas ltimas forem operadas por terceiros. 4.4- Os Laboratrios Clnicos Autnomos e Unidades de Laboratrios Clnicos que manuseiam radioistopos, in vitro ou in vivo, devero apresentar a autorizao pertinente expedida pela Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

Mdico legista"Profissional da rea da sade que aplica a medicina em questes legais para auxiliar a justia; legisperito; jurisconsulto" Fonte: Redao Brasil ProfissesO que ser um mdico legista?O mdico legista o profissional que trabalha com a medicina legal, aplicando conceitos tcnicos-cientficos da medicina causas legais e jurdicas. O mdico legista responsvel por fazer o exame de corpo de delito em vtimas vivas ou mortas, relacionando-se com os mais diversos campos do direito, e elaborando laudos que permitam a anlise de fatos ocorridos durante o crime, de armas utilizadas, da causa da morte, etc. Esse laudo do mdico legista auxilia na investigao de cada caso, podendo at fornecer caractersticas do criminoso, como tambm de ser imprescindvel na resoluo de casos judiciais, consubstanciando os inquritos e aes penais. As conseqncias dos ferimentos tambm so levadas em conta no laudo e no resultado da ao criminal.

Quais as caractersticas necessrias para ser um mdico legista?Para ser um mdico legista necessrio que o profissional domine conceitos de medicina, direito, biologia, sociologia, qumica, balstica, entre outras. Outras caractersticas interessantes so:

Responsabilidade Capacidade de observao Capacidade de concentrao Viso abstrata Capacidade de interligar os fatos Raciocnio lgico

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Metodologia Capacidade de lidar com as pessoas Agilidade

Qual a formao necessria para ser um mdico legista?Para ser um mdico legista necessrio que o profissional possua diploma de cursos superior em Medicina, que tem durao mdia de seis anos. A medicina legal considerada uma especialidade mdica, portanto, aps o trmino do curso necessrio a especializao. Na especializao so abordados muitos conceitos diferentes, principalmente de direito, biologia, balstica, sociologia, filosofia, etc.

Principais atividades de um mdico legista

Realizar o exame de corpo de delito em vtimas vivas ou mortas No caso de vtimas vivas, realizar a anlise dos ferimentos e elaborar laudo que auxilie na resoluo do processo que envolver o caso No caso de vtimas mortas, o legista examina o cadver e os ferimentos, elaborando laudo que possa auxiliar na investigao do crime. A partir desse laudo possvel descobrir a arma utilizada no crime, se houve requintes de crueldade, caractersticas do criminoso Apresentar o laudo s autoridades competentes que, a partir da, podem trabalhar com esses resultados

reas de atuao e especialidades

Antropologia forense - estudo da identidade e identificao, como a datiloscopia, papiloscopia, irologia, exame de DNA, etc. Traumatologia forense - estudo das leses e suas causas. Asfixiologia forense - analisa as formas de asfixias, sejam acidentais ou criminosas, homicdios e autocdio (suicdio). Sexologia forense - trata da Erotologia, Himenologia e Obstetrcia forense, analisando a sexualidade em sob trs aspectos: normalidade, patolgico e criminolgico. Tanatologia - estudo da morte e do morto. Toxicologia - estudo das substncias custicas, venenosas e txicas, seus efeitos. Psicologia e psiquiatria forenses - estudo da vontade e das doenas mentais. Pode-se assim a vontade, as capacidades civil e penal. Polcia cientfica - atua na investigao criminal. Criminologia - estudo da gnese e desenvolvimento do crime. Vitimologia - estudo da participao da vtima nos crimes.

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Infortunstica - estudo das circunstncias que afetam o trabalho, como seus acidentes, doenas profissionais, etc.

Mercado de trabalhoO profissional da medicina legal um servidor pblico, portanto, o mercado de trabalho para esse profissional depende apenas da abertura de concursos pblicos para tal cargo. A seleo pblica concorrida e existem at cursos preparatrios para os candidatos que querem se preparar melhor para a prova.

CuriosidadesA medicina legal j existia na Antigidade Clssica, e as tcnicas foram evoluindo cada vez mais, chegando a Roma j com grandes avanos. Na Idade Mdia a medicina legal vai sendo deixada um pouco de lado, e na chegada das luzes do Renascimento sua importncia j voltava a ser reconhecida, com a interveno do Direito Cannico. na Alemanha que essa especialidade ganha verdadeira fora, quando leis tornam obrigatria a percia em casos de ferimentos, homicdios, abortos, etc. Foi somente no sculo XIX que a cincia tomou novos ares e autonomia suficiente, a partir da a evoluo de tcnicas e mtodos de percia continua, at hoje.

Perito criminal"Profissional que realiza a percia em locais onde ocorreram crimes" Fonte: Redao Brasil ProfissesO que ser um perito criminal?O perito criminal um servidor pblico, a servio da justia, que realiza a anlise crtica e cientfica dos locais onde ocorreram crimes. O perito responsvel por localizar as provas tcnicas, e analisar os vestgios do delito. As provas tcnicas so muito importantes em um processo, no sendo descartadas mesmo quando o ru confesso. Esse profissional, aps a localizao das provas, estuda o corpo do objeto, realiza exames laboratoriais especficos, analisa todas as informaes das quais dispe e reconstitui a cena do crime, na tentativa de desvendar os autores, as armas utilizadas, o modo como foi realizado e at as vtimas. O profissional de percia selecionado mediante concurso pblico, e pode participar de operaes isoladas e da percia de pequenos delitos, ou de operaes especficas juntamente com outros departamentos da justia.

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Quais as caractersticas necessrias para ser um perito criminal?Para ser um perito criminal necessrio que o profissional se interesse por desvendar mistrios, e acima de tudo, que tenha uma certa frieza, pois seu trabalho est sempre ligado a cenas fortes de crimes diversos. Outras caractersticas interessantes so:

Responsabilidade Capacidade de observao Raciocnio rpido Capacidade de concentrao Viso realista Capacidade de interligar fatos e motivos Metodologia Sinceridade Curiosidade Imparcialidade

Qual a formao necessria para ser um perito criminal?Por ser um profissional selecionado atravs de concurso pblico, as exigncias de formao so informadas quando o edital do concurso publicado. O cargo de nvel superior, ou seja, o profissional que esteja interessado em prestar o concurso precisa ter diploma de graduao em algum curso (no h especificidade de graduao). Aps a aprovao no concurso pblico os candidatos passam por um curso de especializao de aproximadamente oito meses, onde estudam criminologia, balstica, acidentes de trnsito, lingstica, anlises de DNA, percias de informtica, udio e vdeo, entre outras disciplinas.

Principais atividades

Chegar ao local do crime rapidamente, depois de chamado, para que provas e evidncias no se percam ou sejam mal manuseadas por pessoas no especializadas Analisar minuciosamente a cena do crime, localizando todas as evidncias e possveis provas tcnicas No caso de vtimas fatais, o perito analisa os machucados e leses, conseguindo assim distinguir o objeto utilizado para ferir a vtima e dados importantes como, de que lado veio o golpe, quantas pessoas agrediram, ou at mesmo se o agressor destro ou canhoto Analisar o corpo das provas Mandar realizar anlises laboratoriais mais especficas Analisar o resultado das anlises laboratoriais e elaborar uma linha de investigao Trabalhar em conjunto com outros peritos e profissionais da rea, evoluindo a investigao na tentativa de solucionar o crime Se possvel desvendar os autores do crime, as armas, os mtodos utilizados, as vtimas, etc

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Elaborar um laudo pericial que ser entregue aos rgos competentes que ser anexado ao processo

reas de atuao e especialidadesOs peritos criminais trabalham em todo o tipo de crime que deixe vestgios. Seu papel investigar a partir destes vestgios e encontrar relaes com o delito, a fim de descobrir como o mesmo ocorreu. Os peritos podem trabalhar em pequenos delitos, em operaes isoladas, ou em conjunto com outros departamentos e especialidades da justia. O perito, ao chegar ao local do crime, geralmente acompanhado de um papiloscopista (profissional especializado em impresses digitais), um fotgrafo e policiais. O trabalho desse profissional de tamanha importncia nos processos, que, mesmo quando o ru confessa a autoria do crime, as provas tcnicas e a anlise pericial no podem ser dispensadas.

Mercado de trabalhoO mercado de trabalho para o perito criminal depende basicamente da abertura de concursos pblicos para o cargo. Ultimamente, a procura por esses concursos tem aumentado fato que, por sua vez, aumenta a concorrncia e o grau de dificuldade da seleo. Segundo muitos especialistas da rea, o problema no a falta de profissionais e sim o grande nmero de crimes, o que faz com que o sistema de percias nunca seja grande o bastante para atender toda a demanda.

INSTITUTOS MDICO-LEGAIS DO BRASILENDEREO Instituto Mdico Legal, Av. Ipiranga, 1807 Instituto Mdico Legal, R. Isaura CEP 90610093 69908210 57000000 CIDADE UF PORTO ALEGRE RS RIO BRANCO MACEI Manaus AC AL AM

26 Parente, s/nInstituto Mdico Legal, Praa Afrnio Jorge, s/n

Instituto Mdico Legal, R. 07, casa 6906097 Argelim 270 Bairro Aleixo Instituto Mdico Legal, BR 166, Km 02 Bairro So Lzaro Instituto Mdico Legal , Av. Centenrio, s/n Vale dos Barris 60909130 40100180

Macap

AP

SALVADOR

BA

Instituto Mdico Legal "Dr. Walter 60310Porto", Av. Presidente Castelo 000 Branco, 901 Departamento Mdico Legal, R. Jos Farias, s/n Bairro da Bomba Instituto Mdico Legal, Av. Atlio Corra Lima, 1223 Bairro de Cidade Jardim Instituto Mdico Legal, Av. dos Portugueses, s/n Campus Universitrio Instituto Mdico Legal, R. Nicias Continentino, 1291 Bairro Gameleira 29000000 74425030 65000000 30510160

FORTALEZA

CE

VITRIA

ES

GOINIA

GO

SO LUIS

MA

BELO HORIZONTE CAMPO GRANDE CUIAB

MG

Instituto Mdico Legal, Av. 79074Senador Felinto Muller, 1530 Vila 470 Ipiranga Instituto Mdico Legal, R. Pontes e 78000Lacerda, s/n 000 Bairro Boa Esperana Instituto Mdico Legal, R. Baro de Mamor, 794 66073070

MS

MT

BELM JOO PESSOA RECIFE

PA PB PE

Instituto Mdico Legal, R. Antnio 58071Teotnio, s/n 620 Instituto Mdico Legal, Av. Marques de Pombal, 455 Bairro Sto. Amaro Instituto Mdico Legal, R. 13 de Maio, 270 Sul Instituto Mdico Legal, R. Visconde de Guarapuava, 2652 Instituto Mdico Legal "Afrnio Peixoto", R. dos Invlidos, 152 Bairro Centro 50100170 64000000 80010100

TERESINA CURITIBA

PI PR

2023104 RIO DE JANEIRO RJ 1 NATAL RN

Instituto Mdico Legal, Av. Duque 59010de Caxias, 97 200 Bairro Ribeira Instituto Mdico Legal, Av. Mrio 69310Homem de Melo, s/n 270 Bairro Liberdade Instituto Mdico Legal, Av. Jorge Teixeira, s/n Instituto Mdico Legal, R. Tolentino de Carvalho, 01 78900000 88075530

BOA VISTA

RO

PORTO VELHO

RO

FLORIANPOLIS SC

Referncias Bibliogrficashttp://medicina.med.up.pt/legal/IntroducaoML.pdf acessado em 18/11/2011 http://www.baixaki.com.br/download/apostila-de-medicina-legal.htm acessado em 18/11/2011 http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_legal acessado em 18/11/2011 http://www.angelfire.com/ak/medicinalegal/ acessado em 19/11/2011 http://www.dpt.ba.gov.br/ acessado em 19/11/2011 http://www.abml-medicinalegal.org.br/home/index.php acessado em 19/11/2011 http://www.ic.pr.gov.br/ acessado em 19/11/2011 http://www.brasilprofissoes.com.br/ acessado em 20/11/2011 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_cient%C3%ADfica acessado em 20/11/2011 http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_M%C3%A9dico_Legal acessado em 20/11/2011 http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/quimica/cd2/conteudo/aulas/34_aula/aula. html acessado em 20/11/2011

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