joão castro sofia taborda susana beira megt 9 2006 e incentivos à i&d estrutura de mercado
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joão castro sofia taborda susana beira
MEGT 9 2006
e incentivos à I&Destrutura de mercado
MEGT 9 2006 Lisboa, 9 Junho 2006
objectivos
• compreender as relações que se estabelecem entre as
diferentes estruturas do mercado, isto é monopólio,
oligopólio e mercado concorrencial, e os incentivos às
estratégias de promoção da Investigação e
Desenvolvimento (I&D) com vista ao crescimento
• assumem particular relevância questões relacionadas
com estratégia empresarial, pelo que a complexidade
do sistema obriga as empresas a associarem um
conjunto de variáveis para escolher o momento mais
adequado de I&D
1
MEGT 9 2006 Lisboa, 9 Junho 2006
barreiras à entrada
• modelo básico de Schumpeter só as rivais inovam
1 tt V
2
1111 tttt VnVr
internalização do efeito de substituição
receitas esperadas da
inovação t
lucro “ganhos de capital” esperados da inovação t em futuras actividades de investigação (spillover intemporal)
ttt VV 1
ttttt VVnVr 1
monopólio?
MEGT 9 2006 Lisboa, 9 Junho 2006
total de trabalho
barreiras à entrada
• considerando uma jóia Φ (horas de trabalho), uma empresa
tem probabilidade de inovar igual a λ θ (z - Φ)
zz~
2
em estado estacionário:
função de inovação
zNg taxa de crescimento
taxa de criação de nova inovação por investigador
redução na taxa de entrada
promove o aumento da inovação
aumento da taxa de crescimento
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condições de monopólio
•Stigler (1968) - maiores competências em gestão e desempenho tecnológico
•Williamson - as imperfeições de mercado
•Gilbert e Newberry (1992) - patentes são um instrumento poderoso
•outros factores - identificação da marca, localização espacial e capacidade de expansão
manutenção da
posição dominantecriação de barreiras
à entrada
ou diminuição dos
lucros da rival
2
barreiras à entrada
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patentes preventivas
espessamento de patentes
nome: wound irrigation kits
patentes: PCT/US01/05873, PCT/US01/11847
objectivo: vender a patente
efeito: impedir a entrada de um concorrente
barreiras à entrada2
nome: adobe acrobat
patentes: 4,837,613; 5,050,103; 5,185,818; (...)
objectivo: proteger possíveis cópias
nota: o nº de patentes varia de sector para sector
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nome: transístor
acontecimento: desenvolvida pela Bell, mas que foi utilizada pela Sony
causa: não sendo o core business a Bell decidiu não a desenvolver
patentes adormecidas
patentes adormecidas
2
barreiras à entrada
nome: IBMportfolio: de 1993 – 2006, a IBM recebeu 31 996 patentes dos EUA efeito: algumas das patentes são utilizadas com o objectivo de impedir a entrada a empresas
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patentes preventivas
acção resultadoscustos
. aumento da capacidade de expansão
. licenciamento cruzado (patentear componentes ou produtos similares só com uma patente)
. pode ser muito oneroso quando a empresa monopolista não apresenta um desenvolvimento tecnológico significativo
. incerteza face às expectativas de investimento em I&D de potenciais rivais
. protecção através de patentes é limitada
. diversas tecnologias podem ser patenteáveis
. processos tecnológicos demasiado onerosos
. efeitos da incerteza
2
barreiras à entrada
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• 1 empresa monopolista + 1 patente por tecnologia
• monopólio deve ser a consequência:
a. de uma patente existente anteriormente
b. de um acesso exclusivo a factores de produção ou aos canais de distribuição
• da invenção do substituto depende exclusivamente do atraso que o processo de patenteamento
• só se dá se através da inovação ou do patenteamento de uma única patente substituta
modelo de Gilbert e Newberry
entrada
custos
pressupostos
custos
barreiras à entrada2
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• identificar os incentivos para as estratégias de patentes preventivas (custos < lucros)
• explicar outras questões, tais como: as ameaças à credibilidade, a ocorrência de patentes adormecidas e limites de extensão do controlo
• as patentes preventivas não devem ser consideradas isoladamente, mas ao nível da estratégia empresarial
2 opções: patentear a tecnologia substituta OU “autorizar” a entrada de uma nova empresa
nota
objectivos
estratégia
modelo de Gilbert e Newberry
2
barreiras à entrada
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dtePPπTC rtem
te
21,
monopolista tem a possibilidade de escolher a data de criação da patente
custopreço estabelecido pela produtomonopolista para o produto 1
preço estabelecido pela nova empresa
lucros
momento
modelo de Gilbert e Newberry
2
barreiras à entrada
tempo
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21,
21,
21, emeemmmmm PPπPPπPPπ
maximização do lucro do monopólio representa total de lucros
das empresas ganho quando a empresa rival patenteia
Gilbert e Newberry – considera a entrada de uma empresa, o que poderá ter efeitos positivos no investimento em I&D
entrada
contributos
modelo de Gilbert e Newberry
2
barreiras à entrada
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patentes preventivas quando…
cenário de informação completa - monopolista patenteia antes de se dar o momento de entrada, logo empresa concorrente nunca irá entrar
plano de investimento em I&D - só será eficaz para o monopolista se acelerar os processos de I&D sem incorrer em gastos adicionais ou atrasos significativos
espera por um eventual competidor para começar um programa de I&D exceder o retorno proveniente das patentes preventivas
entrada da empresa rival for positiva para a mesma e também sempre que a entrada da nova empresa faça descer os lucros totais do sector
economias de gestão e num contexto de forte incerteza… MAS
2
barreiras à entrada
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… outros factores estratégicos
dos investimentos para evitarem a entrada serem tão efectivos que anula a opção pelas patentes preventivas
competir pela quantidade - aumenta os lucros no momento em que se dá a entrada de uma nova empresa e desta forma poder adiar a entrada da empresa concorrente
… alguns perigos
para o monopolista basear a estratégia exclusivamente em patentes preventivas pode ser perigoso para o monopolista…
… nem sempre é fácil provar infracção de patentes (alterações mínimas ao nível de design)
legitimidade das patentes - óptimo privado vs. óptimo social
2
barreiras à entrada
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considerações de agência
iii dxAy 1
0
1 xA)x(p
xwxxpmax tx
3
função de produção do bem final
decisões de produto(para empresas intermédias)
• os gestores das empresas inovadoras não estão apenas preocupados em maximizar o lucro, mas antes em manter os seus benefícios de controlo enquanto minimizam os custos em inovação
abordagem Darwinista
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considerações de agência
tgtl
tg
,t eeke
3
lucro líquido
decresce com a idade da tecnologia e apresenta valores negativos para u suficientemente grandes
factor fundamental no tempo de adopção uma nova tecnologia
ltg
ltg~
,t eexx1
1
2estado estacionário
idade da tecnologia, u
fluxo de produção
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intervalo de tempo de adopção de nova tecnologia
Tlng
adopção tecnológica(para empresas intermédias)
considerações de agência
3
• considerando que uma empresa é monopolista e em estado estacionário nunca substituída por uma outra inovadora
• o investimento em investigação é pontual e não contínuo
taxa de crescimento
• menos competição interna e externa implica um maior período sem actividade inovadora
• existência problemas de agência entre os produtores intermédios e os financiadores externos
taxa de crescimento por unidade de
inovação
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considerações de agência
3
empresas maximizadoras de lucro
quanto maior for a competição (π), menor será o
desencoraja-mento à adopção de tecnologias (T), reduzindo
o seu crescimento
1 32121
0 00
T T ugrTTgrT ugrTgrugr
T...dueu,fedueu,fedueu,fWmax
k
custos de adopção
capital inicial
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benefício custo de adopção
considerações de agência
• os gestores estão preocupados em manter a sua posição de controlo da empresa com o menor esforço possível
3
empresas não-maximizadoras de lucro
)jT...T(
j
tt CedteBU
1
100 função de
utilidade
para B e δ suficientemente grandes, o gestor procurará atrasar ao máximo a adopção de uma
nova tecnologia
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considerações de agência
dueu,ugrT
0
3
lucro acumulado
confirma-se o efeito positivo de um ambiente competitivo na promoção da adopção de novas
tecnologias
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considerações de agência
3
Tipo de empresas
Maximizadoras de lucro Não-maximizadoras de lucro
Políticas competitivas Negativo Positivo
Políticas industriais Positivo Negativo
impacto das políticas económicas
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progresso tecnológico contínuo
0 1 1
A, B A B
m = 1
j j
3
• a empresa líder adquire conhecimento tácito durante o processo de inovação que a sua rival não tem acesso, pelo que não o consegue duplicar sem iniciar o seu próprio processo de I&D para o alcançar
um aumento da competição encoraja as empresas a inovar para adquirirem uma vantagem relativamente às
suas rivais
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investigação e desenvolvimento
• o aumento da substituabilidade de linhas de produtos implica o aumento na competitividade entre elas
• os responsáveis pelo desenvolvimento de produto são induzidos a deixar as antigas tecnologias mais rapidamente
r
r
H
HHgr
1
4
taxa de juro fracção do rendimento
investido em investigadores
proporção de investigadores
taxa de relocalização
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investigação e desenvolvimento
4
• um aumento de σ está associado tanto um aumento da quantidade de investigação Hr e como um aumento de g (taxa de crescimento)
• incentivo à investigação através de uma redução dos custos do desenvolvimento de inovações fundamentais
MEGT9 2006
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dominância e incentivos à I&D
5
diminui o efeito de duplicação
incentiva-a a investir em I&D
desincentiva a empresa rival
influência na probabilidade de inovação
altera o esforço total em I&D
altera a distribuição de esforço em I&D entre as empresas
modelo de Cabral e Polak - aumento na dominância de uma empresa dominante
a transferência no esforço de investigação não é de um para um
MEGT9 2006
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LH qqg
5
modelo de Cabral e Polak
2
21
ir
é assumido que b < l < 1 < g
dominância e incentivos à I&D
• duas empresas, 0 e 1
• ri é a probabilidade de sucesso
• custo para obter ri
• qH produto de qualidade elevada
• qL produto de qualidade inferior
• ganho proveniente do progresso tecnológico
• os consumidores esperam pagar q1 pelo produto da empresa 1 q0 + b pelo produto da empresa 0
• pela imitação da empresa j, a empresa i obtém qi = qj – l
• l corresponde a um factor de desvalorização pelo retardamento da descoberta
MEGT9 2006
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5
sucesso de I&D
AmbasEmpresa 0
sozinhaEmpresa 1
sozinhaNenhuma
Probabilidade r0r1 r0(1 - r1) (1 - r0)r1 (1 - r0)(1 -r1)
Notação de probabilidade
Pboth Pinc Priv Pnone
Predisposição para pagar 0
qL + g + b qL + g + bqL + g – l +
bqL + b
Predisposição para pagar 1
qL + g qL + g - l qL + g qL
Preço b l + b l - b b
Lucro bruto da empresa 0
b l + b 0 b
Lucro bruto da empresa 1
0 0 l - b 0
Excedente do consumidor
qL + g qL + g – lqL + g – l +
bqL
Excedente social bruto
qL + g + b qL + g + b qL + g qL + b
dominância e incentivos à I&D
MEGT9 2006
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situação simétrica b = 0
• ocorre numa probabilidade de
• lucros brutos nesta situação = l
benefício marginal da empresa i, relativo ao esforço de investigação é
• o equilíbrio estabelece-se em
• sempre que l aumenta o esforço de equilíbrio em I&D de cada empresa também aumenta
)r(r ii 1
l)r( i1
)l(l
rrr_
ei
ei
1
5
dominância e incentivos à I&D
MEGT9 2006
MEGT 9 2006 Lisboa, 9 Junho 2006
2
2
0 1 )bl(
)bl(lr e
21 1
1
)bl(
)bl()l(r e
5 situação em que a empresa
dominante tem uma vantagem de b > 0:
o benefício marginal do esforço de investigação da empresa dominante é agora aumentado para (1 – r1) l + r1b
o benefício marginal do esforço de investigação da empresa rival é diminuído para (1 – r0) (l – b)
o equilíbrio move-se para sudeste, sendo dado por:
e um aumento em b implica um aumento no equilíbrio do esforço em I&D para a empresa 0, r0, e uma diminuição no mesmo para a empresa 1, r1.
proposição 1
dominância e incentivos à I&D
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equação para a totalidade da probabilidade de sucesso é
eeeeinnov rrrrP 1010 )( bothtot PR
1lim 0 dbdRtot
l
0lim 1 dbdRtot
l
0lim 0 dbdPboth
l
5
lema 1o esforço total de investigação Rtot
diminui em b, sendo que o seu tamanho absoluto está a diminuir em l (com
e )
lema 2
dominância e incentivos à I&D
a probabilidade de sucesso duplicado Pboth diminui em b
o valor real deste efeito é pequeno quando l é pequeno
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considerando um pequeno aumento de b. Existe um limiar de de forma a que probabilidade de inovação diminui assim que aumenta b se e só se l for menor que
, onde 0 <
< 1 se b
(0,1)
)(_
bl
)(_
bl )(_
bl
5
proposição 2
dominância e incentivos à I&D
MEGT9 2006
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)()( blgPlgPgPqCS rivincbothL bPlPlgPq rivbothinnovL )(
considerando um pequeno aumento de b, se os ganhos sociais com a inovação forem elevados (g elevado), então o excedente do consumidor move-se na mesma direcção que a probabilidade de inovação
para valores baixos de g, o excedente do consumidor pode decrescer mesmo que a probabilidade de inovação esteja a aumentar enquanto se aumenta b, se b e l tiverem valores elevados
5
excedente do consumidor
dominância e incentivos à I&D
MEGT9 2006
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10)()()( ccbPgPbgPbgPqSS nonerivincbothL 10)1()( ccbPgPq rivinnovL
5
excedente social
dominância e incentivos à I&D
considerando um pequeno aumento de b, se o ganho social com a inovação é grande (g elevado), então o excedente do consumidor move-se na mesma direcção que a probabilidade de inovação
ainda que g tenha um valor pequeno, se a probabilidade da inovação for aumentando paralelamente ao aumento de b, então também aumentará o excedente social
MEGT9 2006
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5
1. um aumento de b na empresa dominante aumenta a probabilidade de inovação se e só se l for grande
2. se os ganhos com a inovação forem suficientemente grandes, então os efeitos no excedente do consumidor e social têm o mesmo sinal que os efeitos na probabilidade de inovação
3. um aumento em b tem um efeito directo positivo no excedente social e portanto um aumento na probabilidade de inovação é uma condição suficiente para um aumento no excedente social
4. um aumento em b pode ter um efeito negativo no excedente do consumidor através de uma diminuição da probabilidade de duplicação, que poderá conduzir a uma diminuição do excedente do consumidor mesmo quando a probabilidade de inovação aumenta, quando o ganho tecnológico é reduzido
em síntese…
dominância e incentivos à I&D
MEGT9 2006
MEGT 9 2006 Lisboa, 9 Junho 2006
• analisa o esforço em I&D, não pelo investimento realizado, mas pela sua composição
• a divergência entre os benefícios marginais privado e social de I&D é tanto maior quanto menor for o risco dos projectos de I&D desenvolvidos pelas empresas de um determinado mercado
• ao contrário de um esquema de winner-takes-all, neste modelo pode haver mais do que um vencedor
enviesamento no portfolio da I&D
6
modelo de Cabral (1993)
risco baixo tendência do privado
risco elevado
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6
modelo de Cabral (1993)
enviesamento no portfolio da I&D
• universo de 2 empresas
• cada uma divide o seu orçamento de I&D por dois projectos
• x ,valor atribuído ao primeiro projecto num determinado mercado
• 1- x , o valor atribuído ao segundo projecto, num segundo mercado
• f(x) probabilidade de descobrir um novo produto, no primeiro mercado
• f(1-x)/γ probabilidade de descobrir um novo produto, no segundo mercado
• o payoff do primeiro projecto é pk e do segundo é γpk
• o excedente social é sk, no primeiro mercado, e γsk no segundo
MEGT9 2006
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6
os resultados do modelo são dados sob a forma de um parâmetro que relaciona diferentes valores de pk e sk
num equilíbrio simétrico com ambas as empresas a escolherem
,^
xx 0 x/S se ρ >1
12
121
ss
p/p
proposição
enviesamento no portfolio da I&D
MEGT9 2006
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• se θ for elevado, o π’ é superior a S’
• S’ diminui de uma forma mais abrupta que π’
6
enviesamento no portfolio da I&D
MEGT9 2006
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•os resultados sugerem que a competição pode criar resistência contra os projectos em I&D de elevado risco
•portfolio óptimo privado em I&D incide em projectos com maior probabilidade de sucesso, ou seja, projectos que assumam menor risco.
•a competição do mercado implica um equilíbrio, ao nível do risco, que é reduzido, relativamente ao óptimo social
•políticas que regulem a competição de mercado, diminuírem a resistência a projectos mais arriscados
6
em síntese…
enviesamento no portfolio da I&D
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condições de concorrência
• mais concorrência, mais investimento em I&D? SIM… (limiar máximo do número de empresas)
• grau de desenvolvimento tecnológico
• nível de investimento em I&D
• momento em que se sente preparada para introduzir uma inovação
intensidade vs. tempo esperado da introdução de uma inovação
Kamien e Schwartz (1975)
mercado concorrencial
Scherer (1967) intensidade vs. nº de empresas
MAS… Loury (1976)
7
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modelo de Loury
• universo de empresas que todas concorrem para obter a recompensa
• só a primeira empresa é que obtém a recompensa, todas as outras não conseguem nada
• variável aleatória t(xi) representa a incerteza em relação ao momento em que o projecto de I&D alcançará o êxito
• os custos do projecto serão sempre realizados no momento inicial
custos
pressupostos
mercado concorrencial7
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1º proposição
modelo de Loury
2º proposição
3º proposição
quando o número de empresas num determinado sector aumenta o nível de investimento em I&D diminui
(…) aumentando o número de empresas o tempo de introdução de uma inovação no mercado reduzir-se-á.
se a tecnologia para a inovação exibir uma diminuição de rendimentos à escala, logo os lucros esperados aproximar-se-ão do zero, somente se o número limite de empresas se aproximar do infinito
mercado concorrencial7
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4º proposição
modelo de Loury
5º proposição
o equilíbrio dos lucros esperado diminui à medida que cada nova empresa entra no mercado. Num sector onde se verifica que o aumento de rendimentos e lucros esperados estão próximos de zero, então tal significa que há um excesso de capacidade em relação à I&D
dada uma estrutura fixa de mercado, num sector em equilíbrio cada empresa irá investir em I&D acima do óptimo social
mercado concorrencial7
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modelo de Loury
6º proposição
quando a tecnologia de I&D é caracterizada pela diminuição dos rendimentos, então o equilíbrio de soma zero corresponde ao óptimo social.
óptimo privado vs. óptimo social
mercado concorrencial
lucro privado como indicador para medir o valor social da inovação
investimento em excesso (lutas concorrenciais)
papel do gestor público – n.º de projectos vs. Intensidade de entrada das inovações
número finito de empresas operando a uma escala eficiente, ganhando os respectivos lucros o óptimo social é garantido
7
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considerações finais8
• o investimento em I&D não está só dependente da
estrutura de mercado, embora este o influencie
• o investimento em I&D anda associado a factores
estratégicos de competitividade industrial
• o óptimo privado não corresponde ao óptimo social,
todavia o gestor público pode determinar políticas
económicas para os aproximar e fomentar o
crescimento económico através da I&D
MEGT 9 2006 Lisboa, 9 Junho 2006
I Di d
bibliografia9
recomendada
• AGHION, P.; HOWITT, Peter (1998) - Endogenous Growth Theory, MIT
Press, pp. 205 - 225
• CABRAL, Luis (1994) - Bias in market R&D portfolios, International Journal
of Industrial Organization 12, pp. 533-47
• CABRAL, Luis; POLAK, B. (2004) - Does Microsoft stifle innovation?
Dominant firms, imitation, and R&D incentives (mimeo)
• GILBERT, R.; NEWBERRY, D. (1982) - Preemptive patenting and the
persistence of monopoly, The American Economic Review 72, pp. 514-26
• LOURY, Glenn. (1976) - Market structure and innovation, Quarterly Journal
of Economics 93, pp. 395-410
MEGT 9 2006 Lisboa, 9 Junho 2006
bibliografia9
I Di d
adicional• GILBERT, Richard (2005) - Unilateral Refusals to Deal and Technological
Tying in Markets for Systems, Competition Policy Research Center 5th
Open Seminar, Tokyo, 20 September 2005
(http://www.jftc.go.jp/cprc/seminar/05/Gilbert.ppt)
• GREENSTEIN, Shane (2002) - Market Structure and Innovation: A Brief
Synopsis of Recent Thinking, Federal Trade Commission, February 20,
2002, pp. 11
• MACDONALD, Stuart (2003) - Bearing the Burden: Small Firms and the
Patent System, The Journal of Information, Law and Technology (JILT), pp.
25. (http://elj.warwick.ac.uk/jilt/03-1/macdonald.html)
• SARASVATHY, Saras D. (2005) - Failing Firms and Successful
Entrepreneurs: Serial Entrepreneurship as a Temporal Portfolio, Darden
Graduate School of Business Administration University of Virginia, Working
Paper Series Paper 04-05, pp. 28
joão castro sofia taborda susana beira
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e incentivos à I&Destrutura de mercado
economia do crescimento e inovação