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^nnõix KkTa e Janeiro, Quarta-feira, 15 de Julho de 1914 N. 457 JlÍBU9l.SEi qíÀUTÁs fei^aS 5 ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTE MACACO (& As conseqüências desastrosas do «engrossatol» no nariz da Faustina, impressionaram por um momento Macaco, mas reagindo no mesmo instante, contra essa nova adversidade, elle procurou tirar um partido vantajoso da situação. Etiectivamenttí, pouco tempo depois, desusava suavemente no espaço um dirigivel grandioso e avermelhado, que fora feito com o nariz decepado da pobre Faustina 1 REOACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR 164 —RIO DE JANEIRO Publicarão d'0 MALHO Numero avulso. SOO réis; atrazado, 500 réis

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^nnõix KkTa e Janeiro, Quarta-feira, 15 de Julho de 1914 N. 457

JlÍBU9l.SEi qíÀUTÁs fei^aS5

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS SEUS ASSIGNANTE

ZÉ MACACO (&

As conseqüências desastrosas do «engrossatol» no nariz da Faustina, impressionaram por um momento Zé Macaco, masreagindo no mesmo instante, contra essa nova adversidade, elle procurou tirar um partido vantajoso da situação.Etiectivamenttí, pouco tempo depois, desusava suavemente no espaço um dirigivel grandioso e avermelhado, que forafeito com o nariz decepado da pobre Faustina 1

REOACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR 164 —RIO DE JANEIROPublicarão d'0 MALHO Numero avulso. SOO réis; atrazado, 500 réis

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O CAVALLO CAMELO I iCu-

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¦ : V"-¦;¦ - ¦ - _jj

ü coronel X era um bom cavallei-ro e possuia um bonito cavallo de ai-tura mediana e delgado de corpo Ocoronel nãoestava satisfeito,queria umcavallo mais alto e mais gordo.

1

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Foz-se a pensar, e suppondo serum homem de talento, recorreu á sualivraria onde colheu varias receitasde doces. Vendo que...

_________________ J HÉR-v^- §¦______,< \ {

f______--B_BBB____4...}r^mm*K~-^O pobre animal comeu e. de íacto. em poucos dias. ficou

que nem cabia na estrebaria. O coronel, porém, achou que ocavallo estava grande de mais.

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no bolo o cremor tartaro fazcrescer a massa e do mesmo modo obicabomato, a amonea e o fermento,juntou essas drogas e deu ao cavallopara comer.

^—-^ /', CH*^

_____Recorreu a outros livros e outras re-

ceitas foram aproveitadas: procurou adstrigentes, pedra hume. etc. Mandou en-cher um grande tanque...

v_^^ _i \\v-k/\ . ~ 'Jn^*-_____________"««W_"__i_B""____pF^ ^5^1 yY/, ^

~>^. r— :

.. . c metter o cavallo alli. com todas aquellas cou-sas apertantes. ü cavallo, quando...

... sahiu do banho adstringente, perdeu asiórmas, a ponto de se parecer com um camelo

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OTICO-TICO¦•

EXPEDIENTE";-: to freqüentes na superfície do"' mar.

Ha sobre as trombas legcn-das terríveis eseu aspecto causasempre terror aos marinheiros,em alto mar, mas, de facto,seuseffeitos têm sido muito exage-rados pelas narrações dos me-drosos.

As assignaturas começam em qual- Muitas pessoas imaginamquer tempo, mas terminam cm Ju- que as trombas d água destroem¦b« e Dezembro década anno. üia« tudo á sua passagem, e sao ca-wsrão acceitas por menos de seis me- pazes de levantar nos ares osaes. c

Condições da assignatura.^- • ;. *.interior :

1 anno... ll$000 — 6 mezesh^r 6$0C0exterior:

1 anno .. 20$000 —6 mezes... li$000Numero avulso, 200 réis.Numero atrazado, 500 réis

Pedimos aos nossos amiguinhos,mandarem reformar suas assignatu-ras, cujas terminaram em 30 de Ju-nho, para que não fiquem com suascollecçoes incompletas.

—iJíi—A importância das assignaturas de-

ve ser remetticia em carta registrada,ou em vale postal, para a rua do Ou-*idor IG1.—A' Sociedade AnonymaO Malho.

K/O

Ms ficções de ^ovôAS TROMBAS DE ÁGUAMeus netinhos :As trombas d'agua são phc-nomenos atmosphericos, isso

é—cousas que, em certas cir-cumstancias especiaes, aconte-cem na atmosphera— são mui-

columna gyratoria, que parecesustentar a nuvem. Mas é raroque a água do mar se eleve amais de um ou dous metros dealtura.

Em compensação não é ex-traorclinario formarem-se variastrombas ao mesmo tempo. Ilapoucos annos, em San Remo,loram photographadasseis jun-tas. Trez ficaram incompletas—isso c, só nas nuvens; as ou-trás trez ligaram-se com o mare pareciam longas serpentes,com a cabeça nas nuvens c acauda dando nas onJas.

Pedimos aos nossos assignantesdo INTERIOR, que quando fizeremqualquer reclamação, declararem oLOGAR e o ESTADO para com se-gurança attendermos as mesmas enão haver extravios.

Em viagem de propaganda do TicoTico, como agentes, geraes, seguirampara o Estado de Minas, o Sr. Carlosde Vasconcellos Ferreira, para o deRio Grande do Sul, o Sr. Tito Soarese para o de Espirito Santo, o Sr. Eu-rico Gonçalves Torres.

—**-Partiu para o norte (Bahia em de-

ante) como agente geral do Tico Ticoo Sr. Roberto Rochefort.

EM NICTHEROYAvisamos aos nossos amigos e lei-

tores que para o efleito de assigna-turas, annuncios, reclames, etc, nosjornaes d'esta empreza : O Fialho, A/Ilustração Brazileira,A Leitura paraTodos, U Tico Tico e A Tribuna en-contrarao todas as inlormações e fa-cilidades, dirigindo-se á ruá da Con-ceiçao n. 08 ao Sr, João Carva-lhaes (Telep. 37).

EDIÇÃO i 34 PAGINAS•ftcha-se á venda o

Almanach ü'ü MALHOPreço 3$000—Pelo correio 3$500

:

Celma, robusta filha do Sr. Luiz Galvãofunecionario da Estrada de Ferro Cen-trai, residente em Palmas.

maiores navios, para destruil-osdepois, deixando-os cahir nova-mente no mar, de grande ai-tura.

Dizem também que eilas sãoacompanhadas de raios e tro-voes e só se produzem no meiodas mais horrendas tempes-tades.Tudo isso é inexacto. Umnavio, mesmo de pequenas di-mensões, pode ser attingidopor uma tromba de água e atra-vessal-a, sem outro incommodoalém do de ficar inundado devapor de água. De mais. vêem-se constantemente trombas deágua, com o tempo absoluta-mente calmo.

Em todo o caso, esse pheno-meno constitue um espectaculomuito curioso pela fôrma daprópria tromba, que é uma py-ramide volica ou, para dizer me-lhor.um cone, formado do vaporde água, com a ponta voltadopara baixo e que ora se man-tern immovel, ora gyra e cami-nha com grande rapidez.

As trombas formam-se geral-mente na base de uma nuvem(do lado de baixo) e attrahidapor ella a água do mar eleva-se,também em forma de COne até -'d galante Helena, filha diler.la do Dr.alcançar o cone da nuvem, for- f "3?/* A/OTB" ' leta dol Srsr Vts'„, . ._ • conde de Moraes e Bernardino Carva~>mando então uma espécie ae ui0,

WaW^ Ê £&4ÊÊa% 4H^B f "*T| j**}B'vJ

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O TICO-TICO

fcl R. X" E SUA PAGINAUM BONECO QUE MUDA DE COR

Coüoquem em plano verticalsobre uma mesa, um pedaço depapelão branco ou simplesmenteuma folha de papel, de modo queíiuue bem lisa e em pé.

Diante d'esse papel, a distanciade cerca de 2 palmos, colloquamauas velas accesas.

Entre as velas e o papel, collo-quem um boneco qualquer recor-tacio em papel bem grosso.

Para que elle íique de pé enfi-em-no entre as paginas de um

livro, como se vê no nosso dese-n:io.

Esse boneco, collocado entre asduas velas e o papel, projec-tara sobre este duas sombras pre-Iss.

Mas collcquem agora entre oboneco e uma das velas um copocom água avermelhada. (Póde-seavermelhar a água com tinta, comvinho ou vinagre).

Hãode ver então dous ph:nome-nos singulares. Uma das sombras

do bonsco tornar-se-ha vermelhae a outra desapparecerá para de-pois ir reapparecenJo, pouco apouco, porém não mais preta, esim de côr verde paliida.Ponham no copo,em vez de água

avermelhada,um poucode cervejae a sombra do boneco tornar-seha roxa. Ponham no copo águaazulada com anü.e uma das som-bras tornar-se-ha vermelha, aopasso que a outra terá sempre ado liquido contido no copo.

HISTORIAS DE UM JAGUNÇO 0 «TICO TICOfl NA ITÁLIA

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_.*» , , © T * * ' »*.'**_*• I" * ^ "* !I—^JH—-— ¦ —™ -¦¦¦

Üm jagunço tinha furtado um pãoe vinha pelo caminho afora como setojse umjusto.quando...

... de repente, surge a policia a ca-vallo para prendei-o. O jagunço ri-cou perturbado sem saber o que, fi-zesse... ,

«. ».. *¦¦ *» » .. »¦ *• » *¦ '! ts5s—: r——'^——' '—¦—¦

... e o único expediente que tomoufoi o de cahir para dentro de umacerca de taboas, de pernas para o ar.Os soldados pensaram que aquellaspernas eram também forquilhas dacerca e passaram a galope, procu-rando o jagunço para diante.

Este.passado o perigo, saltou parao lado de fora da cerca e jurou que,d'ahi para diante, nunca mais furta-ria na sua vida, porque só mesmopor milagre escapara do xilindró deque elle nada gostava.

© -.©© .'. \

yammmat. SviiSS mWM

^£SaWz& lâ iaB

¦Bam ¦

Isidoro Taddes, de 12 annos de edade, fi-lho do Sr. Fernando Taddes. E' brasi-leiro e está estudando, actualmcnte. éihNápoles,

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8 TICO-TICO

HISTORTAS E LEGENDAS

—Então !... Já quebrastemaisum copo!... Quem quebra alouça paga-a, Zelia ! E não pos-sues um vintém, nós te criamospor caridade '...

A creança, a quem era diri-gida essa reprehensão severa,podia ter uns sete ou oito annosde edade. Pallida, inerte.diantedo objecto quebrado, ella nãotrahia sua emoção senão por

Quem quebra a louça paga-a—dissesua tia

um ligeiro estremecimento nolábio inferior.

Sua mãi morrera um annoantes, e a menina não conhe-cera seu pai, capitão de um na-vio, que desapparecera numatempestade.

Fora recolhida por umacunhada de sua mãi. Essa mu-lher era mais rude do que má;porém pobre, e tendo já trez fi-lhas, exasperava-se com essenovo encargo.

Quanto á orphã, soffria coma mudança tão completa de suaexistência; outr*ora, mamai, quenão tinha senão a ella no mundo,concentrava nella todos os cui-dados ecarinhos, dizendo, quan-do a accusavam de estragar acreança com mimos:

— Por mais que se faça, nuncase tornam os filhos felizes comodesejamos.

Agora a menina chorava, ánoite, quando ninguém podiavel-a, e a lembrança de sua mãise evocava mais viva em suamemória.

Uma cousa, sobretudo, lhe erapenosa e tinha para ella, grandeimportância ; seu primo,o filhoda mulher que a recolhera, di-

vertia-se constantemente á suacusta.

Se segurava um objecto, o re-ceio de quebral-o era tal,que lhefazia tremer os dedos e cau-sar algum desastre.

Humilhada, a cada instante,Zelia perdia as cores, a beliezae a saúde.

Então teve um desejo irresis-tivel, que se apoderou de seu es-piriio. Haviam-lhe dito .

«Tua mamai está no ceu» e Ze-lia só tinha um pensamento : irpara junto d'ella. Mas como ?Não ousava fallar a ninguémnesse projecto, com medo deque zombassem d'ella.

Demais, não pronunciava onome de sua mãi diante de pes-soas,que tão pouco se pareciamcom a querida ausente...

Ora, uma noite em que Zeliaaccordada em sua caminha pen-sava no passado, reflectiu :

— E se eu escrevesse a ma-mãi?...

Se lhe mandasse dizer quequero ir ter com ella, se lhe pe-disse que me viesse buscar?Sim é isso... Amanhã escre-ver-lhe-hei uma linda carta...Tudo o que eu queria, ella medava; não me pode, pois, re-cusar isto...

Com essa esperança, Zeliaadormeceu.

No dia seguinte, numa folhade seu caderno de escola, escre-veu estas palavras:

Clamai, desde que me dei-xaste, não vivo mais fehz. Antestenho sempt e vontade de chot ar;os dias me parecem todos feios,mesmo quando têm sol. 'Porquenão levaste lua filhinha, tu quegostavas tanto delia ?

E7 preciso que me venhas bus-car, mamai querida. Collocarecesta carta na pedia de tua se-pulltira. No dia seguinte vireiver o que me respondeste.

Até breve, mamai, beijo-tecomo fazia quando brincava-mos nanossa cama muito larga.

Tua pequenina/Lelia.A orphã sentiu-se mais alegre

depois que escreveu essas li-nhas. Estava convencida de quesua mãi lhe responderia.

O cemitério, o bello jardimpara onde haviam levado suamãi, era perto da escola.

Quando sahiu da aula, Zelia

foi levar o papel sobre o qualse lia em grandes lettras:Para mamai.Collocou a carta sobre a lapi-

de. Depois, olhou em torno desi. Sobre uma pedra alli perto,havia um monte de flores e umnome :

Dalila 7901—i9ogTalvez que essa Dalila conhe-

cesse a mamai de Zelia, poismoravam na mesma aldeia.

A creança voltou para casa.Ninguém reparou que ella vol-tara um pouco mais tarde doque o costume. Notaram apenasque ella estava mais distrahid.ido que nunca. Queimou-se comum ferro de engommar, quehaviam posto sobre a mesa; loireprehendida, e o primo espi-rituoso disse:

— Voltaste amarrotada, Ze-lia, e por isso quenas te passara ferro ?

Essa pilhéria foi acolhida comuma gargalhada geral.Só a cre-anca ficara seria, tendo, no lun-do dos olhos claros,uma vaga eluminosa esperança : «Ama-nhã»—pensou ella, <-am.mhã»...

No dia seguinte sahiu do col-legio apressada. O coração ba-

Zelia collocou a carta sobre a lapide

tia-lhe desordenadamente. Zeliacorria como se fosse ao encon-tro da telitidade...

De longe, viu que sua cartanão estava mais sobre a brancalapide; mas, de repente, teve aidéa de que talvez o vento a ti-

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O TICO-TICO 6

vesse carregado... Com eííeito,não havia alli resposta.

Toda a sua alegria desappare-ceu ; lagrimas correram-lherelas faces.

Então uma forma sombria agi-tou-se alli perto, e Zelia vol-tou-se.

Uma senhora que não conhe-cia, com as mãos ainda cheiasde flores para o túmulo de Da-lila, que ficava alli ao lado, ap-proximou-se da orphã. E amenina viu, com surpreza, quea desconhecida trazia nas mãosa folha arrancada de seu ca-derno.

—Zèlia—disse docemente a se-nhora cie luto — li tua carta.

—Oh ! minha senhora—mur-murou Zelia.

— Conta-me tua historia —continuou a desconhecida.

Zelia, li tua cariaZelia, sempre tão silenciosa,

sentiu, de repente, vontade deconversar. Contou á desconhe-cida sua tristeza e a solidão deuma creança sem mãi.

E a moça de luto pensavaem sua filha, na loura Dalila,que dormia sob as flores.

Quando Zelia terminou suahistoria, a desconhecida disse-lhe:

Leva-me até á casa de tuatia...

A menina respondeu:E se ella me reprehender,

por lhe ter contado o quesoífro ?

Não tenhas medo, minhafilha—disse a moça de luto.

E, tomando Zelia pela mão,conduziu-a até um carro que es-tava perto do portão, fel-a su-bir para esse carro e sentar-se aseu lado*.

Qual não foi a estupefacção dafamilia, vendo Zelia descerde um carro em companhia deuma senhora elegantemente ves-tida !

Mandaram a menina para oquarto. O ruido de vozes che-gava até lá, porém Zelia nãopodia distinguir as palavras.

Por fim, sua tia abriu a porta,beijou Zelia que, decididamente,caminhava de surpreza em sur-preza. E, sem dar explicações,tirou de um armário o melhorvestido da menina e começoua preparal-a; chegou a collocar-lhe uma gola de renda, que per-tencia a sua própria filha !

Para onde me leva, titia ?—perguntou a creança, que attri-buia esses factos estranhos áintervenção de sua mãi.

A tia explicou:Esta senhora, com quem

vieste. pede para que vás passaruns dias com ella, em sua casa.

Eaccrescentou:Ao menos, durante esse

tempo, não quebrarás a louçaaqui!

. IIFoi um encanto para a orphã;

a dama de luto, morava numacasa em meio de um jardim cheiode flores. Levaram Zelia paraum quarto todo azul e com va-zos repletos de rosas. A moçade luto disse:

Amanhã, eu te mostrareio quarto e os brinquedos de Da-lila.

No dia seguinte, depois do ai-moço, a pobre mãi levou, comopromettera, a menina ao quartoonde guardava todas as Iem-brancas de sua filha. Religio-samente, Zelia tocou os livros,o berço de seda rosea, ondedormia uma boneca, a cordade pular; e um carrinho ondeuma boneca parecia esperar seupasseio.

Zelia pensava estar num paizde fadas, quando a moça de

preto, com ternura, lhe disse:Podes brincar, minha filha.Oh! minha senhora, receio

causar-lhe magua... Não souDalila, sou Zelia...

A moca de luto enxugou umalagrima, e, curvando-se para aorphãsinha, disse:

Não és Dalila, mas és umacreança sem mãi.

IILIpÍp£IjjWi «V __L"^*PT—iMl "

Foi um encanto para a orphã .

No fim de uma semana Zelianão loi levada para a casa desua tia. A caridosa senhoraafleiçoára-se á pobre orphã,e esta readquiria a saúde e abelleza. ¦

Um dia, a bôa moça adoptou-acomo filha. Zelia não compre-hendeu bem o que isso queriadizer, mas ficou alli e a casa e ojardim tornaram-se seus. Semapagar a lembrança de sua mãi,a bôa moça lembrava-lha suabondade, e o riso de Zelia trou-xera a alegria á casa enlutada.

A's vezes, á noite, esperandoque accendessem as luzes, a po-bre mãi e a orphã abraçavam-see fallavam das queridas ausen-tes—Dalila e a mãi de Zelia ;mas não choravam mais, poisnão se é infeliz, sobre a terra,quando se tem alguém a quemamar com ternura.

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O TICO-TICO—-.

minham aos gritos, isto é. segundo di-zcm, rezando.

A's vezes, cobrem as cabeças com cin-za ou com escremento de vacca. Para setornarem mais horríveis e mais tugubres,usam collares feitos com pelles de ser-pente e ossos humanos.

Chegados a um grau mais alto da es-cala mystica, os fakirs não vagabutadeiainmais. Fazem penitencia na immobilida-de; deitam-se em fossos, sobre espinhos;collocam na cabeça brazas, que lhes quei-mam os craneos. Outro?, um pouco me-nos extravagantes, prenJem-sc em cor-rentes passadas pelo pescoço, pulsos etornozelos, e ficam em êxtase. Um im-perador, Aureng-Zeyb, e um emir deBarkhara obedeceram ao co 'essaloucura e, renunciando a tudo, tornaram-se fakirs.

Chegados á velhice, os fakirs prendem-se As religiosas que consagram a Buddhaem correntes c ficam em extase suas cabelleiras, cortam-as na rua para

divertimento dos transeuntes.

RAÇAS HUMANAS

il GIDflDE DOS DEZ |HH. HfliPESUm povo de estatuas, um povo de ho-

mens e mulheres, levantando os braços aoceu ou aspargindo-se com água fluvial talé o espectaculo, que representam as fa-mosas escadas de Benarés que, da cida-de edificada em semi-circulo nas margensdo Grange, descem para_o Rio Santo dosHindus. (O Ganges).

Essas escadas são de pedra e gnarne-cidas de arvores, de distancia a distan-cia.

São ornadas de animaes de pedra, de

•íf_r^V;Y

Deitam-se na sombra dos seus seme-lhantes

mármore, ás vezes, de bronze. A fé dos'.ralimanes faz d'esses animaes seres sa-grados também, pois os animaes foram,talvez, deuses, o deus supremo,, Brahma.Pois, Vishnu, imagem de Brahma, e osdeuses, e os heróes, todos submissos á leida mctempsycose, tanto se encarnam emfôrmas humanas, como cm animaes. Demodo que, um leão, um tigre, um elephan-

te, um boi, que virem e desejarem matar,podem muito bem ser outra cousa do querepresentam. Mas, como não podem pou-

par todos os animaes, ao menos adoramsua apparencia.

E', por isso, que são encontrados ani-mães sagrados sobre as escadas do Gan-ge, nos templos, nas praças publicas, nosjardins, ás vezes, mesmo no meio doscampos, onde os animaes de carne e ossovão, ás vezes, se deitar, á sombra de seussemelhantes marmóreos.

Um cysne, tendo sobre as costas umacabeça humana com quatro faces, repre-senta Brahma em repouso.

Se fossemos contar os animaes sagra-dos das escadas do Ganges, e os que ro-rleiam ou enchem os mil pagodes, (tem-pios), sem fallar das cento e trinta mes-quitas de Benarés, fecharemos uma som-ma de dez mil animaes sagrados n'umacidade de sciscentos ou oitocentos milhabitantes.

Alas isso encanta os Hindus, cujo so-nho é o de viver e, sobretudo, de morrerem Benarés.

— A porta do ceu, dizem elles — é Bena-rés. Aquelle que morre na cidade santatorna-se um deus.

.Por isso, a cidade semi-circular estáinfestada de fakirs e repleta de brahma-nes, ou padres de Brahma. Benarés con-tém trinta e trez mil brahmancs e setemil fakirs. Os brahmanes, lêem, escrevem,meditam, rezam e ficam tranquillos; mas,os fakirs são personagens aborrecidos eincommodos.

Emquanto estão ainda em escala :':ife-rior de virtude mystica, passam sua vidaa mendigar, pois, fakir significa pobre.Mas, não creiam que o fakir _ se contentecom solicitar a esmola. Quasi sempre osfakirs vão em tropas, que chegam até atrez ou quatro mil indivíduos.

Imaginem quatro mil vagabundos hir-surtos, maltrapilhos, quasi nús, que ca-

»..'.-- S__n__7 *?«w

\

Esta é a gentil Maria llina Ferreira muitoamiguinha da Faustina e residente nestaCabital.

Ei

Clarice d'Al meida Carvalho, interessanteportuguesitha de 4 annos, residente cmOlinda — Pernambuco.

H0RLICKS MLTED MILK *mw_m

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O TICO-TICO

JF»JEL^^» ENCOLA8

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WÊmt íWÈÊmWÈ ' rW\ i MMfr*B\: í

^^L^^BT''W-.41 1 Mm amWStwíÊíM W%mmB»mW'^mmt W\&^ÊlMm

^BWmlBmWn»mnamm^»m±MFv$íTfZ&m^

lasludiosos olumnos da í* secção do curso elementar, i* turma da 4* Escola feminina esta capital, dirigida pela professoraD. Ermengarda Souza do Amaral

- : ¦¦'- ~1 ¦¦ ,-- li¦!

\ ¦ ;

í/»i ^rw/p tf<? applicados alumnos do "Grupo. Escolar, de. Itapobo", "posando"

para 0 "Ti.co_-XyCOw, quando em r?cuio

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<C TICO-TICO

FAVENTURAS DO CONDE DE CHAVAGNAC

_5.0_v___.líC_$ HISTÓRICO EB AYEHTUEAS4- PARTE

A. AS9IGNATURA FATAL

11

CONTINUAÇÃO;

Com effeito não tarda--riam a saber a causa da-quella singular mensagemque, enviada por uma flecha,adormecera o fiel escudeiroda rainha.

O grupo de homens ar-mados, tendo á frente o con-selheiro Laubardemont eRuptil, apparecera em umavolta da alameda mais pro-xima.

Raul, de espada desem-bainhada.col locou-se diantedos pequeninos príncipes,

como uma barreira invulnerável e perguntou aos do grupo invasor:Olá, senhores I Que vêm fazer aqui ?

E o senhor que está fazendo neste jardim?—perguntou Laubardemont, estupefacto, ao ver naquellemido e incansável adversário.

Miseráveis! —bradou Raul—já comprehendi que hediondocrime pretendem praticar aqui. Querem se apoderar de duas inno-centes creanças.

E se assim fosse ? —perguntou friamente Laubardemont.—Bem sabe que tudo nos épermittido, porque nós agimos por ordemde uma vontade superior, que só tem por intuito o bem e a grandezado Estado. Retire-se de nosso caminho, senão seremos forçados aatacal-o. Tome cuidado 1Tomem cuidado vocês!— replicou o joven fidalgo Gascão, quevibrava todo, de indignação— cuidado ! Se dão um passo ! Se fazemum gesto contra essas creanças, ponho-lhes as tripas ao sol.Bravatas 1— zombeteou Ruptil.

Comtudo, embora estivesse de espada na mão e cercado por va-rios guardas egualmente armados, não se atreveu a dar um passo.E seus companheiros mantiveram-se egualmente a distancia, con-tentando-se em fazerem grandes gestos ameaçadores. Laubardemontainda receiando que alguns se adiantassem e chegassem ao alcanceda terrível espada de Raul de Chavagnac, conteve-os com um gestoprudente.

Inútil é dizer que os pequeninos príncipes haviam ficado tremu-los de terror, á vista de todos aquelles homens armados, sobretudo omenor, que se atirara, chorando, nos braços de seu irmão mais velho

logar seu deste-

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Este, apezar de muito perturbado, também esforçava-se para tranquilhsal-o, dizendo :Não tenhas medo. Se alguns malvados nos atacarem, este senhor matal-os-ha com sua grandeElle será capaz de matar todos ?-- perguntou o pequeno, ancioso.Certamente —dizia o Delphim.

Nesse momento ouviu um grito de horror. A rainhavira pela janella seus filhos ameaçados por um grupoaggressivo e debruçava-se no peitoril, desesperada

Raul voltou-se para ella e disse:—Nada receies, real senhora. Ninguém lhes tocará.No mesmo instante Laubardemont, olhando para a ja-

nella, exclamou :—Podemos nos retirar. Está tudo prompto.Raul voltou-se de novo e viu que, na janella, estava

agora o cardeal Mazarino.(Continua)

espada

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12 O MILAGRE DE ENCOMMENDA O TICO-TIOf»

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1) Abul Hassan, velho sultão da Krumi-ria, uma das regiões do norte da África,sentindo-se já velho,resolveu abdicar, issoé, entregar o throno a seus herdeiros.

2) Ora elle tinha dous filhos gêmeos ede gênios muito difTerentes, de modo quenão sabia qual dos dous indicasse paraseu successòr. De seus dous filhos. Aliera descuidado e preguiçoso, ao passo..._—___- ; . .,..,""¦¦- ,1" ?,,,..; ' - ——T——

3)... qúe, Mohamed era muito religioso etrabalhador. O sultão confiou sua indeci-cisão ao capitão Jollivet, commandante doposto militar francez e este deu-lhe umaidéia...

""1 I .

' ii " . '.".;., '

11 ^YYp^ II / /l l\ 'k] ... para proceder á escolha. No dia

seguinte o sultão conduziu seus filhos auma pequena mesquita [templo| collo-cado no meio de um deserto e pelo cami-nho contou-lhes que estava disposto...

5]... a abandonar o throno e queria es-colher entre elles seu successòr. Entrouno templo, levando apenas uma lanternavermelha,e mostrou a seus filhos dous ai-bornczes, (capaz africanas)...

6| ... brancos e perfeitamente eguaes,penduradas á parede.—Para determinar mi-nha escolha—disse elle — vou deixal-osaqui sós. Vocês passarão o resto d'estanoite...

7J ...andando em torno da mesquista; aoamanhecer entrarão novamente no tem-pio, vestirão esses albornozes e passarão odia, lendo o Alcorão (Evangelho dos Mu-sulmanos. Ao anoitecer partirão d'aqui.

mmmm ^m^^ ^j^ •# ¦ ::-tíi|g v\ ^^^

8) .. e chegarão pelo romper do dia ameu palácio. Então direi qual de vocêsserá meu successòr. Ali e Mohamed, fi-cando sós, andaram toda noite em tornodo templo; depois entraram nelle...

9) ,.. e, tendo verificado que os dousalbornozes eram perfeitamente eguaes,vestiram-os e começaram a ler o AlcorãoMohamed embebeu-se seriamente na lei-tura mas Ali. (Conclúe na pagina seguinte)

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O TICO-TICO O MILAGRE DE ENCOMMENDA 13(Conclusão)

i)... lembrandoPalácio era longopara vencel-o emdonar a leitura...

¦se de que o caminho até oc obrijíaria.a correr muitouma noite resolveu aban-

2)... e partiu ainda com dia claro para iradiantando caminho sem se fatigar. Andoucom calma pelo deserto abandonando seuirmão...

3)... que interessado pela leitura nem o viusahir. Só á noite, quando nao poude mais ler,é que Mohamed sahiu. Estava tudo muitoescuro.

4) Para poder chegar á cidade ao romperdo dia Mohamed teve que caminhar apressa-damentee, ainda assim...

5)... chegou diante das muralhas do palácioás 5 horas da manhã, extenuado e suando.Encontrou Ali muito descansado á sua es-pera.

6) Apenas rompeu o dia sahiram da cidademuitas pessoas do povo, que, prevenidas daescolha que o sultão ia fazer, vinham trazermontarias...

F Jfe^0^!?/^ \(--s"T—*-\ \òc ii^issa^ ^L^ I COM El_V^'// \^N—^ii ii i i ¦•» --y—f-^^: —'-T'^*». —r>i*- t

7)..- aos dous príncipes, para que entrassem na cidade. Ali e Mohamed montaram eseguiram, aclamados pelo povo, mas apenas nli passou as acclamaçoes transtormaram-seem vaias e o povo começou a gritar:— Não o queremos para nosso sultão!8) E' que Ali tinha escripto nas costas do ai-

bqrnós branco, estas palavras terríveis: Alla/inão está com elle. Oappare-imento d'esse avisonas costas do príncipe Ali .~

-—zSBImmm'—7 ~7}, I I 'WlillWPI—lll——V*^k\m ~P^~ —^~

m* w~ —11 ««¦ •— 11—. _—,9-.. foi considerado pelo povo um milagre,

^m que Allah (Deus) manifestava seus desejos.<-> facto é qtie o capitão Jollivet escrevera nosuous aibornozes brancos as mesmas palavrs...

10).. mas escrevera-as com sal de prata,(muito usado em photographia). O sal de pratae branco e portanto invisível, mas com o soltorna-se preto Ali, desobedecendo a seu pai epartindo...

ii).. da mesquita com dia claro, apanharasol e fizera apparccer a inscripção.que se man-tivera invisível no albornos de Mohamed, quenão apanhou sol. E assim Abul Assan escolheuseu herdeiro.

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14 MAX MÜLLER--POR A. ROCHACONTINUAÇÃO;

O TICO-TICO

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Max, tendo comprehendido que Levy agira contra a senhorita Olga,por influencia de Miss Browning, em vez de o castigar, offereceu-lhe!ama bolsa com dinheiro, ordenando-lhe que se retirasse. Levy nãcitomou a bolsa e retirou-se, pedindo a Max que lhe perdoasse.

Algumas horas oepois...

... Miss Browning sahiu a passear pelo campo contíguo á casío coronel. Quando regressava ao palacete, completamente disrahida, sentiu-se, de repente, subjugada. Levy a abraçara, tã(ruscamente, que ella nem tivera tempo...

... para gritar. Miss Browning, apezar de sua coragem, desmaioii o hindu, carregando-a nos braços, raptou-a. Levy revoltara-se con:ra o procedimento da joven, que o induzira a perpetrar um crimiíorrendo. Depois, o procedimento de Max impressionara-o.

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___ De uma das janellas do palacete, Mr. Browning, o americano, iMr. Greener assistiram ao rapto e, afflictos, prepararam-se parisoccorrerMiss Browning Foi uma afflicção indescriptlvel 1

Trez animaes foram logo arreiados para Max, Olga e MrBrowning. No emtanto, Levy ganhava terreno e dirigia-se para (Drecipicio...

i «

...em que deveria atirar Olga que, por milagre, escapou d<íorte. A idéia de todos era que Levy ia atiral-a ao precipício. O:

:rcz salvadores corriam a cavallo, para impedirem a desgraça; masnada puderam fazer, Levy chegou a borda do abysmo...

... e atirou-se, com Miss Browning nos braços. Max, destacouse dos companheiros, augmentando a carreira do seu cavalloipeiou-se cautelosamente, e approximou-se do precipício, de mai:le cem metros de altura. Viu os dous corpos separados um d

tro:

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BIBLIOTHECA D'"© TICO-TICO"

pelos marinheiros que lhe eram fieis, fu-giu, combatendo como um desesperado,atravessou todo o Mediterrâneo, com seustoneis de ouro e _foi se refugiar, na ei-dade de Marselha, onde desembarcou,dizendo chamar-se Blum e ser mercadorda ilha de Chypre. Seus companheirosespalharam-se pela cidade, disfarçados emperegrinos.

Mas Rogério não era homem que sedeixasse abater por um golpe da adversi-dade. Infeliz em sua tentativa no Orien-te, lançou seu olhar para outro lado, pro-curando uma desforra mais perto.

Nesse tempo, o duque dAnjou e opríncipe de Aragon, disputavam a Sici-lia.

Não poderia elle lograr os dous pre-tendentes, apoderando-se d'essa ilha ou,pelo menos, conquistar uma aíliança po-derosa, fazendo triumphar um ou outrodos pretendentes?

Tomada a resolução de tentar essanova aventura, Rogério enviou alguns deseus homens a Gênova, para comprar umnavio.

A cidade de Gênova que, já mais deuma vez, fora victima das pilhagens deRogério, puzera a prêmio sua cabeça.Pois, apezar d'isso, o audacioso não he-sitou em ir até lá.

Era uma loucura hábil, porquantoaquelles que o perseguiam nunca poderiamimaginar que elle estava naquella cidade.lac idade.

Rogério poude assim, sem ser reconhe-cido, contractar ousados marinheiros ecomprar um terceiro navio.

A' frente d'nma esquadra começou porir a Nápoles onde offereceu seus serviçosao duque Carlos de Anjou.

Deu-lhe preferencia por causa das boasrelacçGes que esse príncipe tinha com oPapa.

Elle obterá que minha excommunhãoseja suspensa, pensava Rogério.

Alas o duque dAnjou desdenhou de seuauxilio.

Está bem — disse Rogério — maspode ser que o senhor se arrependa maisdepressa do que imagina.

navegou para Messina, dizendo: "O

principe Aragonez está, como eu, excc(m-niungado pelo Papa; talvez, que isso, seentenda melhor commigo".

Mas que queres propor? — pergun-tou-lhe o príncipe Frederico de Aragão,que estava sustentando a guerra na Sicilia.Eu tenho mais soldados do que tu. Faltamme navios, dinheiro e viveres. A menosque sejas feiticeiro não sei como poderásme arranjar essas cousas." — Talvez — disse Rogério de Flor —conheço alguma cousa de magia e possotentar.

Pois tenta. Mas já sabes. Se não cum-prires tua palavra serás enforcado.

Rogério foi muito alem das esperançasdo principe. Com seus trez navios devastouas costas napolitanas e aniquilou todos ostransportes do duque dAnjou; destruiunumerosos rebanhos e carregamentos denumerosos centros e carregamentos de fa-farinhas da Itália, para leval-os á Sicilia.Graças a Rogério o principe Aragonez,viu-se em pouco tempo possuidor de dezbons navios e viveu em abundância semque tudo isso lhe custasse um flprim.

Creando orgulho pelo triumpho, que ob-tivera, Rogério, que até então se apresen-tara com um nome supposto, resolveu de-clarar a Frederico de Aragon quem eraverdadeiramente.

— Ah! — exclamou Frederico — tu éso famoso pirata que o Papa quer quei-mar vivo? Pois muito bem. Considero-te,desde hoje, meu companheiro. Faço-te ai-mirante e fidalgo.

Isso se passou no anno 1301.O filho do falcoeiro conseguiu com sua

bravura conquistar situação elevada nacorte de um dos mais bellicosos soberanosda Europa.

Então, audaciosamente, percorreu todoo Mediterrâneo, visitou todos os esconde-rijos em que depositara seus thesouros; de-pois passou em revista as tropas sicilianas,pagando-lhes os soidos atrazados. Os sol-dados deslumbrados com sua generosida-de desprezavam todas os demais chefes fi-dalgos e fizeram de Rogério o idolo do

.Çxercito.Agora elle tinha em suas mãos tal po-

der que ningueni o. podia atacar e elle po-da ousar tudo.í|'

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AVENTUREIROS FAMOSOSNOVELLAS HISTÓRICAS

ROGER IDE FLOR

<D IRMÃO Vassal, da orderrí dosTemplarios, (communidade reli-giosa e guerreira, fundada no se-

culo XII, para a defesa do Santo Sepul-chro, de Jerusalém e guerrear os musul-manos),commandava uma náu de guerra einspeccionando-a um dia.após a missa, viuno meio das cordas do mastro grande, umrapazinho pobremente vestido,que se balan-cava alli, contemplando o alto mar.

E's tu, ainda, maroto ?—exclamouD. Vassal, sem rudeza.—Como te arranjasoara que te encontre a cada instante?

O rapazinho tirou o barrete e respondeu:Estou procurando ver longe.Porque não vais brincar com teus

companheiros?Eu não tenho companheiros. Prefiro

viver só. Só, uma pessoa pensa melhor.Impressionado por essa resposta, D. Vas-

sal observou com attenção o pequeno gru-mete, que devia ter oito annos, mas seucorpo de fôrmas harmoniosas, presagiavaum homem forte e ágil. Seu olhar revela-va energia singular.

E que fazes quando não estás a bor-do?—perguntou ainda D. Vassal.

O ficnino mostrou com um gesto o por-10 de Brindisi (na Itália) e disse;

Ando por ahi; passando de uma paraoutra galera, comparando as mastreações.ouvindo.as conversas dos marinheiros...

E tua familia deixa-te viver assira, aoacaso?...

Meu pai morreu, minha mãi trabalhapara ganhar a vida.

Leva-me a casa de tua mãi — disseD. Vassal.

A' tarde, a pobre mulher teve grandeadmiração, vendo entrar em sua casa, umtão illustre fidalgo. Mas nem por isso dei-xou de ameaçar seu filho, com um gesto,-que lhe promettia uma sova.

—E' seu filho, este menino?—perguntouD. Vassal.

Sim, por desgraça minha. Meu mari-do chamava-se Ricardo Blum e era falcoei-ro (domesticador de falcões para a caça)na corte do imperador Frederico. Duranteuma viagem, que fez a Brindisi, casoucommigo. Depois, quando os Allemães en-traram em guerra com o duque de Anjou,meu marido morreu em uma batalha. Oinimigo vencedor, confiscou nossos bens eeu fiquei na miséria, com este filho, que éum vagabundo, não tem prestimo par^cousa alguma,

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BIBLIOTHECA DO "TICO-TICO" AVENTUREIROS FAMOSOS

E' que sahiu ao pai. Tem vocação,talvez, para falcoeiro — disse o fidalgo,rindo.

Nãp-rr-atalhou o menino—rNão desejoser falcoeiro. Prefiro ser falcão.

D. Vassal ficou estupefacto e exclamou:O que me parece é que nasceste para

a vida de aventuras no mar. Se tua mãipermitte levo-te commigo e encarrego-mede tua educação.

E como a pobre mãi confundia-se em

o devia tornar um dos mais extraordina-rios aventureiros de Edade Média.

D. Vassal não se enganara em seus pre-sagios. Com 15 annos, Roger era um bommarinheiro,com 20, um perfeito navegadore elevado ao cargo de immediato, substi-tuira muitas vezes o capitão, no commandodo navio.

Os Templarios, de que elle usava o habi-to, tinham por programma proteger osChristãos, no mar e na Terra Santa. Para

jRBW

O menino tirou o barrete e respondeu:—Estou procurando ver longe

agradecimentos, o fidalgo collocou sobre amesa um punhado de moedas de ouro eacerescentou:

—Ahi tem para esperar o dia em queseu filho voltar capitão. Vem Blum.

— Não me chame Blum—disse o meni-no.—Aqui na Itália traduziram meu nomee todos me chamam La Flor.

Foi d'esse modo que, no anno de 1274,Roger Blum, appelüdado La Flor, meninode família humilde, começou a carreira, que

isso, andavam em constante vigilância noMediterrâneo.

Note-se que nessa epocha, os Templa-rios, tendo adquirido grandes riquezas, ti-ntíam perdido grande parte de seu caracterreligioso e eram quasi exclusivamente mili-tares, fazendo guerra, principalmente como intuito de conquistar novos thesouros.Roger adquiriu todas as qualidades e defei-tos dos Templarios. Bravo até a temerida-de, era ambicioso de fortuna e gostava de

luxo magnífico; terrivelmente cruel, ás ve-zes, de outras accessivel á piedade, muitointejligente, aproveitara bem as lições deD. Vassal.

Era famoso por sua estatura elevada, suaforça e habilidade em todos os exercíciosde guerra; elegante, altivo sem arrogância,resoluto e dotado de esperteza sem egual,inspirava á Ordem dos Templarios as maisfagueiras esperanças.

Um dia o grão-meslre da Ordem deu-lhe o commando do mais "robusto

e bellonavio, construído nos estaleiros de Gênova.Despedindo-se então de seu discípulo, D.Vassal procurou em vão lagrimas em seusolhos. Encontrou nelles apenas um fulgorde orgulho.

Roger obteve que dessem ao navio onome de Falcão, que resumia seus primei-ros sonhos e tendo communicado sua ener-gia a toda a equipagem, o Falcão tornou-se um dos mais rápidos e temíveis bate-dores do Mediterrâneo.

Por fim, convencido do prestigo de suaforça, Roger deixou de fazer cruzeiros,acompanhando a esquadra dos Templarios eadoptou o costume de andar só com seunavio, dando caça aos musulmanos. Ochronista Pachymere, relatando seus fei-tos nesse tempo, diz de Roger: "Era umhomem de aspecto terrível, rápido nos ges-tos e ardente em todos os seus actos."

Cruzando com seu navio isolado e agindopor sua própria custa, obteve ganhos con-sideraveis e em vez de entregar á Ordemdos Templarios, os despojos dos navios ini-migos, que aprisionava, reteve-os. O grão-mestre da Ordem intimou-o a prestar con-tas; Roger não deu resposta á intimação.Então a Ordem deu ordens aos demaisnavios para que lhes dessem caça.

Mas Roger já esperava por essa conse-quencia.

Sob diversos pretextos desembarcou emvários portos os Templarios, que tinha abordo e substituiu-os por aventureiros, dis-postos a todas as eventualidades.

Quando se viu á frente de uma equipa-gem inteiramente dedicada a seus planosambiciosos e disposta a obedecer-lhe cega-mente, declarou-se francamente rebelde,independente, pirata, para empregar o ter-mo próprio, e juntou ao Falcão mais treznavios menores, armados em guerra e comessa pequena esquadra começou o percor-

rer o Mediterrâneo, em aventuras por suaconta.

Sua audácia, suas pilhagens abriam di-ante d'ejle um futuro prodigioso. Com trjn-ta e dous annos Rogej-io de Flor, era oterror do Mediterrâneo e de todo o seulitoral; sua esquadra compunha-se já deoito navios e seus marinheiros tinham afama de invencíveis.

Muitas cidades do litoral pagavam-lhetributo annual, para que elle as poupasse;seu nome era celebre até na Ásia e seusthesouros attingiam a um valor espantoso:

Roger vivia ostentado um luxo de prin-cipe; mas, sempre previdente, oceultava detodos, em pontos os mais oceultos, deser-tos enormes, reservas de ouro e pedraspreciosas. Os Templarios já não pensavam'em atacal-o. Rogério de Flor era, de facto,o rei do mar.

Mas sua ambição não se deteve ahi.Aquella profissão infame deixava-o ámercê de uma tempestade ou de um golpeinfeliz, num combate.

As Cruzadas tinham abalado todo o Ori-ente; a Grécia estava dividida em vetíosfeudos e o Império de Byzancio pareciaagonisante. Não poderia o rei do mar, en-contrar em toda aquella confusão, omeio de estabelecer um principado inde-pendente?

Tal era o verdadeiro projecto de Rogerde Flor e elle amontoava thesouros paralevantar um exercito, quando estivesse es-colhido o ponto conveniente para estabe-lecer seu principado.

Sua primeira tentativa foi mal suecedida,Quando os Egypcios se apoderaram de

Ptolemais, Roger quiz arrancar-lhes essapresa; mas não podia dispor ainda de for-ças bastante numerosas para isso.

Ah! ouro l Era preciso mais ouro!Arrastado pelo furor, o antigo disci-

pulo dos Templarios tomou parte no sa-que de Ptolemais e roubou o thesouro daOrdem.

Era uma quantia immensa, mas o actocustou-lhe caro.

O Papa excommungou-o e todas as es-quadras christãs tiveram ordem de lhedar caça. Seus marinheiros, aterrorisadospela maldição do Papa, abandonaram-o emgrande numero, quizeram até aprisio-nal-o.

Rogério, fugindo no Falcão, tripulado

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Brinquedos para os dias de chuvaO MARCENEIRO ECONÔMICO

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UMA SECRETA'RIA PARA BONECA

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{Vide le.xlo na pagina seguinte)

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O TICO-TICO 18

Brinquedos para os dias de chuvaO marceneiro econômico

Uma secretária para bonecaA secretária, que hoje vamos en-

sinar a fazer é um bello movei de es-tylo art-nouveau e se for feita compapel-cartao forte, poderá terutilida-de pratica, poderá realmente servir

£¦- ' ' ' ¦ ,:;-":_¦'.'."¦ '*¦¦

Oswaldo Castro, nosso intelligente colla-borador e amigo.

para guardar pequenos objectos epequenas peças do vestuário de umaboneca.

Comecem por decalcar as differen-tes peças desenhadas em nossa pa-gina (se não quizerem estragar o jor-nal, cortando d'elle as peças paracolíal-as sobre papelão e recortal-asdepois). Em fim, obtidas as differentes peças, seja por meio de decalque,seja récortando-as do jornal e bemcolladasem papel-cartão forte,façam,com a penta de um canivete, cortesem todos os traços pretos grossos,que se vêem nas figuras e abram osfuros também nellas marcados.

Os cortes sobre os traços pretosservirão para que nelles se emfiem'as linguetas de outras figuras, domodo a armar a secrtária, sem colla,e obtel-a prompta, como se vê nomodelo, que é a ultimh figura dapagina.Sobre a maneira de armar, melhordo que em qualquer explicação estáella indicada no modelo branco, [Embaixo á esquerda) onde todas as pe-ças da secretária estão numeradas.Enfiadas as linguetas de umas figu-ras, nos cortes feitos em outras,fixem tudo, enfiando pedacinhos dephosphoro nos furos das lingue-tas.

Para que o movei fique mais bo-nito, podem pintal-o com aquarellaservindo-se da tinta Terre de Sienne'¦Brulée. que é a que mais imita a côrde madeira.

ÁLBUM D*«0 TICO-TICO»_-^_r______________________-___-_-n__-__-r_-

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' interessante Amazonilio, vestido 'dipierrot . E' filho do Sr. José Anora,

conceituado negociante em Manaus.

i ¦ li wÈ^^ts 1 wíp^ <E£ wiiFtyWi Pfy § Ba__S • ___"' m\mmmm\Á. _____f tt_R__H ______ . M**mW .F9_&___________. ___B'__________¦ M____t - __V__ SL IE__r ¦ J__E_ - ' P_RCS_____f ,f ¦&__¦_______st mm , v%iJm% âaK'&m\r ¦ ..-• wBP>«~_7^-__ ^^ ¦-.. __P-____5> \ * i B^Bfi .___ ^* ¦ *v-«CL_3____kyP" 1"'"_HL_*i__H» ^^**___- -CS»' Av?>

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Grupo de alumnas da _* secção do curso elementar da 3* turma da 4' Escola Femi nina, dirigida pela professora adjuntaD. Aida Costa.

Dioxo ífen Evita infecções e mo-A-/JX lestias de pelle.

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19 O TICO-TICO

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HISTORIAS POPULARESA' venda na LIVRARIA QUARESMA - Rua de S. José ns. 71 e 73Historia da Branca Flor, obra completa na qual se conta de um rei, que sendo muito jo-

gador, jogando um dia com o seu criado, tudo perdeu, até a própria coroa, e d.como appareceram duas pombas,que carregaram a dita coroa, levando-a aos reinos:da Chuva, des Ventos e do Sol; os trabalhos porque passou Branca-Flõr, para li-

vrar o criado das perseguições do Rei, seu pae; o casamento de Branca-Flõr, como criado, etc, etc .' $500

Historia da Princeza Magalona — Um volume bem impresso, com uma lindíssima capacolorida, representando a formosa Magalona, perdida em meio da floresta. Obracompleta $5iOHistoria da Donzclla Tlieodora, em que se trata da sua grande formosura e sabedoria,e da discussão que a mesma donzella teve com os três sábios e os venceu a todos.Obra completa, com linda gravura na capa colorida e muitas gravuras; designos,vinhetas, etc, etc $500Historia de João de Calais, lindíssima historia cheia de peripécias marítimas; naufra-gios, assaltos de piratas; incêndios em alto mar; tempestades; navios de encontroa 3 rochedos, despedaçando-se, etc, efc. Um volume com o retrato de João deCaiais, agarrando-se aos rochedos, para salvar-se do naufrágio em linda es-tampa $500

Historia interessante do Pelle de Asno, ou a Vida do Principe C^yrillo, na qual se contaa vida e os trabalhos de um homem que veiu ao mundo sem ter nascido. Um vo-lume com bellissima capa colorida $500

Historia do Grande Itoberto do Diabo, Duque de Normandia e Imperador de Roma,em que se trata da sua concepção e nascimento e de sua depravada vida, por ondemereceu ser chamado Hobcrlo do Diabo e do seu grande arrependimento e prodi-giosa penitencia, por onde mereceu ser chamado Roberto de Deus, e prodígios quepor mandado de Deus obrou em batajha. Um volume com o retrato de Itoberto, emlindíssima capa colorida. Única edição completa $500Hisío:-ia da Imperatriz Porcina, mulher do Imperador Lodonio de Roma, na qual se tratacomo o dito Imperador mandou matar a sua mulher, por um falso testemunho quelhe levantou o irmão do dito Imperador, e como escapou da morte e dos muitos tra-balhos e torturas que passou, e como por sua bondade e muita honestidade tornou acobrar seu estado com mais honra que deprimento. Um volume com finíssima capacolorida, com o retrato da Imperatriz Porcina. Única edição completa $500Historia de João Soldado ou vida, aventuras e peripécias alegres, burlescas e patuscas deum soldado que. depois de servir 2í annos sem ganhar dinheiro, acabou mettendo oDiabo no bornal .; $500Conversação de Páe itlanuel com Pác José, na estação de Cascadura, sobre a questãoAnglo-Brasileira ea Cuerrado Paraguay, obra pândega, escripta em linguagem d.pretos da Costa d'Africa ,... $500O papagaio fallante, ou methodo facilimo para ensinar o papagaio a fallar em poucotempo. Um volume $500'tstucias de Bertoldo; Vilão de agudo engenho e sagacidade, que depois de vários acci-dentes e extravagâncias, foi admittido a corte/.ão e conselheiro dEstado. Obra degrande recreio e divertimento. Um volume bem impresso, com bellissima capa co-lorida $500Simpli. i lades de Bcrfoldinlio, filho do sublime e astuto Bertholdo e agudas respostas deMarcolfa sua mae. Um lindo volume, com riquíssima capa colorida $500.idade Caeasscno, filho do simples Bcrtholdinlio e neto do astuto Bertoldo. Um volumecom belíssima capa colorida $500Despedida de João Brandão a sua mulher, filhos, amigos e collegas. Seguida da res-postado sua esposa Carolina Augusta e da verdadeira Despedida de João Brandão.Acrescentada com a relação dos seu^ crimes e reflexões christãs. Um volume como retrato de João Brandão, com a espingarda na mio $500O menino da llatlae o seu cão Piloto, lindíssima historia, moral e piedosa. Um volumecheio de gravuras...- §500Disputa divertida da água com o vinho e da cereja com a azeitona. Obra alegre para afu-gentar tristezas $500Poesia da Guerra do Paraguay. O imposto do vintém ; O celebre chapéu de sol de SuíMajestade, o imperador, que serão ter perdido foi achado no Museu do Paraná ; Pseca do Ceará ; A guerra de Canudos do fanático Conselheiio—tudo isso reunido emum volume, com muitas estampas l$00p

Poesia do Btnssinho; O pae da creança ; As moças do Rio de Janeiro ; Os rapazes e ò* Carnaval; Os maçons e o bispo , O gallo azul ; O fumo, o café e a cachaça—tudo issoreunido em um só volume 1$000

José. do Telhado e sua Quadrilha. Obra completa, trazendo todas as suas façanhas e deseus companheiros—assaltos — roubos, depredações, etc, etc. Um volume commuitas estampas, retratos, etc, etc 1$000

Poesias de Francisco Pires Zinão, o poeta caiador, obra completa. Um volume.. l$0OÕ

Al ... *-._-. ¦*. a-, A . . « „A « _»« «. remetíe para" o interior, com a ma-LvrBNa UuaP6sma *ma brevda^ poss^ e uvr_ ds¦_.-YiiA.ifcA YUUI **"*> " ¦ <•* despezas com o Correio, qualquer li-vro d'esteannuncio, bastando tão somente enviara sua importância em carta registrada_¦eom o valor declarado e dirigida a PEDRO DA SILVA QUARESMA. RLIDE S. JOSÉ71 e 73 — Rio de Janeiro.

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O TICO-TICO 20

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Intantaneo do "match" de Flamengo—Botafogo. Uma bella puxada.

Cicero Netto Caldeira — Seu desenho•vae ser submettido a exame. Pôde enviar-nos a chapa, porque faremos aqui a re-produção.

Olga Cecy de Carvalho — Vamos aindaexaminar seu trabalho e foi acceito commuito prazer. Pôde enviar-nos os outrosque ahi tem.

Manuel Floriano — Vamos estudar oassumpto e se fôr digno de mensão seráadoptado.

Oswaldo Costa — Temos recebido mui-tas cartas, accusando-o de ter plagiadoa anecdota "Um espirituoso", publicadano Tico-Tico 455, de 1° de Julho. Por nãotermos, aqui, espaço sufíiciente, deixamosde reproduzir as referidas cartas. São es-tes os denunciantes: José B. Júnior, Ma-miei Ramos Teixeira, Marietta Rangel eClaustro de S. Lamcnha.

Jacyra, José e Jayr Pereira — Estamosmuito gratos pelos seus amáveis compri-mentos.

Lamartine S. Marinho — De promptonão podemos lhe responder, mas, vamoscxaminal-o e se estiver bom será publi-

cado. Sua carta foi entregue ao Dr. Sabe-tudo.

Edmundo Queiroz — Vamot; providen-ciar sobre seu pedida.

Agenor B. Nascimento — Calma, mui-ta calma, não precisa ficar zangado, por-que vamos submetter ainda, á exame seu"conto" e os "acrosticos".

Francisco Galetti -- O único motivo énão termos recebido. Os dous últimos con-cursos foram recebidos. Sua pergunta so-,bre a cinematographia, vae ser respondidapelo Dr. Sabetudo.

Alencar C. da Silva — Vamos providen-ciar para bem satisfazel-o. Mande-nos oretrato que será publicado.

Âdíianç, P. Dias — Sua reclamação queé justa, já foi attendida.

Raul Reboliças Soares — Pois não, qual-quer leitor, pode collaborar. Depende, ape-

Oswaldo Costa — Não ha que agrade-cer; sua anecdota "Filho és, pai serás",vai ser examinada.

José Ramos Teixeira — Só podemos lheresponder ás seguintes perguntas. Actual-mente não temos publicado o Theatro parabonecas. Aquelles números foram repeti-dos, por mero engano nosso. A tinta nãoserve para desenho. Bem vermelha ou nan-kin e, finalmente, não sabemos qual a resi-deneia da pessoa de que nos falia.

Emane Santos — Que publiquemos denovo a explicação que já foi publicada, sóporque você, distrahiu-se e cortou-a? Oh Imeu amigo!...

Maria Lopes de Araújo Fraga—Infeliz-mente não podemos repetir aquella his-toria...

Nossa amiguinha pôde perfeitamente re-

*4

Instantâneo Rio—S. Paulo. Hugo defendendo-se de. um "shoot" de Welfare

nas, de estarem em condições os trabalhos.A tinta nankin encontra-se em qualquerpapelaria.

Benedicta Silveira — Seu desenho estábom, mas não pôde ser publicado, por es-tar muito fora da epocha. Mande-nosoutro.

O "/natch" Rio—S, Paulo. Q "hick-off" dado pelos Paulistas^

ceber O Tico-Tico no collegio. E' só tomarassignatura e indicar a residência.

José de Almeida Coelho—Pôde sim,e nosdá até. muito prazer.

Lucillo M. Ferreira—E quem lhe disseque só os assignantes podem collaborar noTico-Tico t Não, nós aqui não admittimosexcepções e a prova d'isto é que, se suapergunta estiver em condições, será pu-blicada.

Ernani Santos—Não, não é esse o mo-tivo. Se não aceusamos o recebimento pelaGaiola, é porque ainda não chegaram smstrabalhos a nossas mãos.

Júlio Ferreira Caboclo—Já chamámos aattenção da plagiadora num dos númerosanteriores do Tico-Tico; sua aceusação,infelizmente, veio muto tarde,

Hildebrando Alves—Seu desenho nãoestá máu, mas o papel é que hão serve.Veja se arranja um outro melhorzinho...

João F. Borges Fortes—Não hi mais csnúmeros de que nos falia, exgottaram-seha muito tempo.

Jorge A. Peixoto—Nosso amiguinho nãadeve acreditar em taes aventuras, pois nãopassam de mera fantazia dos auetores ci-.ados. E canio ecc^s, quasi todas as outras

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21 O TICO-TICO

em geral. Suas perguntas vão ser exami-nadas.

Recebemos e vão ser submettidcs a exa-me os seguintes trabalhos :"Um sonho" e "Os caçadores", deEuvaldo Rodrigues Pinheiro; "A fé" deAlexandre Cezar da Silva; "As jóiasd'uma mãe", ' (trad.) de A. V. Conceil;"Filho és, pae serás", de Oswaldo Costa;"Chibante", por Durval Padilha; "O men-digo", de Osório R. Mello; "Telemacoacorda, depois de um naufrágio na ilhade Calypso", (trad.) de Leandro Campos;*"Uma anecdota", por Eduardo Costa Li-ma; "As duas sensitivas", de AntônioDauz; e "Esperança", de Manuel C. deOliveira.

Acrosticos E anecdotas dê: — CassioMarella Júnior; Euvaldo Rodrigues Pi-nheiro, Edth de Souza, Hilda Senatore, A.V. Conceil, Olga Cecy de Carvalho e Ray-mundo Costa.

.Desenhos de: — Pedro Ribeiro, Bene-dieta Silveira, Alberto Paiva, Euvaldo^ R.Pinheiro, Joaquim Leite de Castro, J. De-frango, J. B. J., A. Trahulsi, A. G. Neno,Manuel A. Costa, Adriano P. Dias, An-tonio Guenaga, Ricardo J. Antunes Júnior,

,Cícero Netto Caldeira, Osório Meilo, Ly-gia F. de Oliveira, Alexandre de S. No-

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Oj "foot-ballers" paulistas, brincando em um passeio que fizeram no Sacco de S.Francisco, em Nictheroy.

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Um ataque do "Botafogo''.

gueira, A. P. Ribeiro, Guido Lami Lygia M. F. de Oliveira, Antônio Bemja- A. da Silva, Luiza de Oliveira Neves, José-Newttan de Queiroz. min Taque Horta.Alexandre Cezar da Sil- phina Almeida, Olga Brazil, Amaro Jaco-Perguntas de: — Eva de Lima Evan- ra, Manuel J. Rezende, Antônio Nilo dos me, Corahy Lourdes Reis, Luiz de Men-

gelho, Elsa de Pinho, Payra Souza, Ray- Santos, Luiz Rossuct Lopes Costa, Attila doeça e Silva, Rubem Brissac e Antôniomundo Costa, Maria das Dores Corrêa, Paes Barreto, Mario Nunes Corrêa, Sotero.Joaquim Antônio Fernandes de Oliveira, Dora Kluwe, Francisco Jaguaribe, Manuel

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O aviador Darioli, levando em um de seus vôos a senhorita Dca Simões Mendes. —- - ¦ i _ i --

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O TICO-TICO 22

SPORTS E"0 TICO-TICO"—*?-

AVIAÇÃOA PRODIGIOSA PROEZA DE EDU'

CHAVESgravado no coração das creanças brazilei-ras. E' o nome de um heroe, de um con-quistador moderno, muito mais glorioso

Domingo, 5 do corrente, foi uma grande do que os mais famosos generaes, um ho-data para a aviação no Brazil e mesmo < .em todo o mundo.

Realizou-se no campo de Aviação dosAffoíisos, nos arredores d'esta capital umafesta para a experiência de vôos de fan-tazia realisados pelo italiano Darioli enosso compatriota, o tenente RicardoKirk.

De súbito apparece no ar muito alto umterceiro aeroplano. Que aeroplano seráaquelle? De onde viria assim a mais detres mil metros de altura?

O aeroplano pousou afinal. O aviadorera Edú Chaves e vinha de S. Paulo emlinha recta, num só vôo!

Ninguém o esperava; o bravo e peritoaviador brazileiro ideara esse raid admi-ravel mas não communicára seu projectoa pessoa alguma. Sabem porque? Elle pro-prio declarou a amigos que não quizera an-nunciar sua viagem, porque podia não serbem succedido não conseguindo chegar, efaria assim um papel ridículo, depois deter dito que viria.

Nossos amiguinhos devem ver nessa mo-destia uma bella lição.

Quando o famoso aviador francez Ro-land Garros esteve nesta capital propuze-ram-lhe que fizesse um vôo a, S. Paulo.Garros, cuja coragem e perícia não podemser postas em duvida, estudou o itinera-rio e declarou que não valia a pena tentartal viagem, por ser muito perigosa á vistadas longas florestas que tinha de através-

Edú Chaves é um nome que deve ficar o Campo-Alegre F. Club pelo scofè déi ao; no jogo dos segundos teams veri»ficou-se um empate de o a o.

O único goal do dia foi feito pelo Sf»Ewaldo Barros.

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m±;¦ ^mjm^rít^m^m!m^ÊÊKl^^újA ^a i[ o&sy* ¦• -f ^Br^ '

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Í^LO^ÊKmKSMKSMKmmSBK ...\\:-.-.,&.i...1 .MHmgmmmmmmtoík.-.-!stwx8£teJ&*'!:...ç.:\^.. ..

Edú Chaves ao chegar ao campo de Aviação dos Affonsof.

mem que, por suas qualidades de saber,audácia, coragem, discreção e modéstia,honra nossa nacionalidade.

FOOT-BALLCAMrO:AI.EGRE F. CLUB VgRSUS SPORT

CLUB IDEAI,

Realizou-se doimngo, 28 de Julho, o en-

Sport-club-

sar sem um só ponto onde pudesse pousar centro entre essas duas sociedades sporti-em caso de desarranjo 110 aeroplano e á vas, sahindo victorioso nos primeros teams

¦§rac r É*f*pl***- i*í*í*^' -"¦ ¦'; '.' -¦'""* *-'¦'¦ *"'* ¦ ..*'.*-¦' ... V'.-

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O valente aviador ao lado do aeroplano Bleriot em que veiu de S. Paulo.

vista das grandes serras de montanhas queteria de galgar.

Edú Chaves não se deixou intimidar poressa opinião do aviador francez, que éconsiderado o primero do mundo. Resol-veu tentar essa viagem considerada tãodifficil e perigosa. Mas não quiz fazer re-clame nem annunciar seu vôo com re-ceio de não o conseguir com bom êxito.

Em vez de se vangloriar com o que i;fazer, realizou o prodígio discretamente,jogando sua vida em silencio.

E venceu e veiu de S. Paulo «aqui, err.um só vôo, em altura de 1.800 a 3.000 me-tros, percorrendo 450 kilometros em 4 lm-ras e 25 minutos, com velocidade media d<104 kilometros por hora.

O trem expresso, que parece correr tan-to, leva 12 horas d'aqui a S. Paulo, EdüChaves veiu de lá aqui em menos de 4 horras c meia.

SPORT-CXUB PAULISTA VERSUSAMERICANO

Realisou-se, domingo, 28 de Junho, emGuaratinguetá, (Estado de S. Paulo), im-portante match de foot-ball, entre esse»dois teams infantis.

1 Os teams estavam assim constituídos:S. C. Paulista:

Nogueira FilhoJ. Andrade — André Freire

M. Nogeuira—J. Cardozo—B. MoreiraA. Mafra—J. Abdala—?—Salvador—Hugo

Arthur—Criso—Carlos—Orencio—?Saul—Zeca—Nelsoi

M. Gallicho—Rubens PradaElpidio

S. C. Americano.No primeiro half-time, o S. C. Paulis-

ta, jogou sem calma, concentrando-se maisna defesa.

Terminou o 1° tempo, com um empatdde o a o.

No segundo half, o jogo melhoroumais, de parte a parte. Ora era um esca-pada de Criso, ora um shoot de Carlos. Foineste tempo, que os meninos do Ameri-cano oceasionaram um hands do meio dacampo,

isiwv

5j|CJ? .^Jaffi , y_gs»s* \

WM^mW^mÊlarsSf SÊ^ÊÊmAmB • ¦^laa-^a-a-aafl

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Edú Chaves conversando com as pessoas que o receberam no. campo de aviação*

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ç>?> C TICO-TICO

* * *

Ypiranga

vencendo o

André, encarregado de bater, deu umbello shoot que marcou o primeiro e únicogoal do dia.

Do lado vencedor salientaram-se: o Laurindo Souza e Oliveiragoal-keeper Nogueira, que teve ensejo dedefender 5 shoot, sendo um penalty dadopelo valente cenler Carlos.

Os dois backs jogaram muito bem, so- Primavera F. B. Club "vçrsusbretudo André, que recebeu no final domatch, uma medalha de ouro, ofierecidopelo S. C. Paulista.

Na linha de halves, feri Cardoso quemse salientou mais.

O S. C. Paulista, achava-se desfalcadode um dos seus melhores players, o valen-te center forward Sebastião de Castro.

Do "Americano", somente jogaram bem,Elpidio, optimo goal-keeper, a parelha debacks, constituída pelos valentes MarioGallicho e Rubens Prado, que fizeram for-te jogo de ruhs, e forte barreira a tão di-gno adversário.

A linha de halves, jogou regularmente n0~Br_iz7Cque deve enfrentar o " teambem. d'esse club, ficou assim organisado.

Da linha de fonvards pudemos ver que jj_ Robinsonse salientaram os Srs.: Criso, valorozo Mac. Farlane—0'Maymeia esquerda, e digamos a verdade que Mayes—Neville—Brewertonnão ha palavras para applaudir o jogo do Carrick—S. Pullen—Welfarc—Mac Lean

Directoria do Lapa A sahida foi do Botafogo, que tentouPresidente, José Carmello Luiz; thesou- fazer um "rusk", mas foi intitilisado por

reiro, Abilio Correia de Lima; secretario, Olavo Egydio. O Botafogo fez logo de-pois novo ataque e FonténeUe conseguia"schootar a goal "Rachou d_-.cn k,i a bola,mas oceasionou um "comer", que Rolan-do tirou mal e não deu resultado.

O Botafogo continuou a atacar com in-sistencia, mas sem êxito, graças a luadifferença dos "backs" paulistas. Depoisos paulistas atacaram por sua vez e Xa-

se- vier aproveitando um passe de -Nazareth.conseguiu varar o "goal" de Apio.

No 2° "team" houve luta renhida, massem resultado.

F. B. ClubBateram-se domingo, 5,

Ypiranga por 5 a 1.O "team" do Ypiranga

gunite ;Jorge

Hamilton—MarcilioAlceu—Calixto—Benigno

Roberto—Ascendino—Lucio-^Lourivai* * *

OS

O

MATCHES" CONTRA O EXE-TER FOOT-BALL CLUB

scratch" de estrangeiros residentes

valente e destemido center-forward Car-los, que demonstrou ser um verdadeiro jo-gador de foot-ball.

* * *-Hopkins

Athletic-Club "versas" Infantil Foot-Bali Club

Bateram-se a 5 do corrente em S. Joãod'El-_Rey, esses dous clubs.

O Infantil era assim constituído :Luiz

P. Pinto (cap.)—Theophilo* Benedicto—P. Marques—Arlindo

Ivo—G. Reis—Lulu'—Alvarenga—RaulO resultado foi empate o a 0.

* * *

Lapa Foot-Ball Club

Fundou-se em Ponta Grossa (Paraná),um club de Foot-Ball com esta deno-minação.

O Lapa F. B. Club fez sua entrada 110Campo de Sports ítalooiingo,- 28 de Junho

O programma era1"—Inauguração do campo por um* shoot" pela senhorita Olivia de Aze-

vedo.2°—Corridas de trez pernas.3"—Saltos em altura.4°—Exercicios de barra.5"—Trapezio e corda volante, pela so-

ciedade Gymnastica AUemã.6o—Marcha militar do capitão Gaspari-

no pela banda de musica do Tiro RioBranco.

«FOOT-BALLERS" ITALIANOS

A Liga Paulista de Foot-Ball faz asdiligencias afitn de que os " fpot-ballers "italianos, que devem chegar á nossa ca-pitai no mez de Agosto próximo, a con-vite d'aquella sociedade de foot-ball, te-nham uma recepção condigna e brilhante.

O "scratch" da Liga que jogará contraa "equipe" do Torino Foot-Ball Club, jáfoi organisado, ficando assim consti-tuido : "SCRATCH" A

Joãoh: f. c. b.Jaeger—Eskildsen

S. C. G. S. C. G.Thielt—Aquino—Buker

S. C. G. S. C. I. S. C. I.Friese—Perez—Eurico—Apparicio—Neco

S.C.G. S.C.C.P. S.C.I. S.C.C.P. S.C.C.P.Para "trainar" este "tcam" denomina-

do A, foi organisado um outro "scratch"

S. Bento contra o F_.umini.nse

Sabe-se que nesse jogo travado domin-go, em S. Paulo, os "players" do S. Bentoderrotaram o Fluminense, por 3 a 2.

TURFAs corridas de domingo

As corridas dô domingo no Jockey-Club foram brilhantíssimas. O Jõ-ckey festejou o 46- anniversario desua existência e e itre os sete pareôsorganizados para esse dia houve dousgrandes premios.-o nDezeseis de |u-Iho» (16:(00$000) e o «Clássico Diana»(5:000$OOOJ.

O resultado das corridas foi o se-guinte: s

1- Pareô — Comete sahiu de póhtae abriu luz seguido por Karaboo,Brutus, Jagunço, Lord Lister e ou-tros. No fim da recta Jagunço co-meçou a adiantar-se, collocou-se emsegundo logar e travou . luta comComete, vencendo-o, afinal, por meiocorpo. Vencedores 1 logar, jagunço,jockey Alexandre Femaníez . 2"Comete, Dinaite Vaz; 3' Karaboo,J. Coutinho.

2 Pareô—Os cinco animaes sahi-ram emparelhados, mas Sprnettedestacou-se logo seguida por Nel-son, Avaré e Fuzil.jnatos.e Graciemamais atraz. Pouco depois Nelsonganhou*a ponta, íms foi desalojadopor Avaré. Na recta final, Sor-nette bateu todos os competidores eganhou portrescorpos. 1" logar: Sor-:alo-Brazileh-o „o do- B> do ^ sall.irã0 as res?rvas Para ° P* ne te jockey D Cuqevers t Avarécom uma bella festa.

^^^Vwftâ. disposto ¦ KSáS!_&kw;S^St &ÍSEo seguinte O scratch 1lestaassim disposto 3. Q __ Sahida ma> com 0s anj_Sebastião

Casimiro II—FulvioGerkart—Bianchi—Zecca

Fiaschi— Mariano—Manne—C. Elyseos—Baungartner

OS JOOOS IIE »0.111.\<_i0

O Palmeiras (de S. PXtíto) bate o Bo-TAF0GO POR I A O .

Não tivemos domingo ultimo "matchs"7°-.Luta romana e jiu-jitsu'pelos luta- do campeonato d-este anno.

Em compensação assistimos ao sensa-dores Dario e Pinhoninos até 5 annos.

3o—"Match" entre o 1° e 2° "teamsdos clubs Lapa e Gualberto F..B.

1" "team" do Lapa F. B. C. SBernest

Ramiro—Costa—SilvaWilson—Marino

ítalo—Scott—B reveteBaldoino (cap.)

2." " tcam " do Gualberto F. B. C. jVerde

João Correia—CostaLaudelino—Procopio—Oliveira—Sá-Ribas

cional encontro entre o Palmeiras e Bo-tafogo, d'esta capital.

Os "teams" estavam assim constituídos:Palmeiras:

RachouOctavio Egydio—Paulo Pinto

Zecky—Lincoln —RenanlouPiza — Xavier—Nazareth — Morelli —

GilbertoBotafogo:

ApioVillaça—Dutra

Couto—Lulu'—RolandoVieira—Menezes — Mario Fontenelle —

Burlamaqui—Lauro

maes em cordão: Ipan.erv, muitofavorecida, manteve se de ponta aquatro corpos quasitoclo o percurso.You-You, Archivise e Ivowei.a lu-taram valentemente. P logar Ipa-mery; jockey Tcrterolü: 2- You-You,li. Paris; 3- Kowena, David Croft.

4- pareô — Moní d'Or sahiu deponta,seguido por Condore SaxhamBeau.Condoralcançou pouco depoiso r logar, mas foi- 'logo

batido'porSaxham Be-au.^ue não mais se dei-x >u desalojar. Mont d'Orainda lutouenergicamente com Condor, mas hãoconseguiu batel-o. r logar SaxlrataBeau, jcckey Lourencò Júnior 2'Ccndor, Domingos Soares; 3- Montd'Or, L. Arava.

5- pareô—3.000SOOO de prêmio. Sa-hiram nesta ordem : Calepino. \'ol-tige,_Ornatuse Piguá. Pouco depoisVoltige ganhou aponta, perseguidode perto por Ornatus e Biguá. Na en-Irada da recta final Calepino forcouo galope e alcançou o poste de ven-cedor seguido de Ornatus, que cor-rendo por fora bateu Voltige e Biguá.1- logar—Calepino, jockey Alexan-dre Fernandez . 2- Ornatus, David

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O TICO-TICO

Croft; 3- Voltige, Aurélio Olmos;Biguá chegou em 4-.

ti- Pareô—16:000$000 de prêmio ao1- e 3:2OOéO0O ao2-. Houve mais deum quarto de hora de sahidas falsas.Por üm,deu-se a sahida, ficandoZelle parada. Theve sahiu de ponta,seguida porSoneto e Volupte Ghaste.que ao passar pelas archibancadaspegou a ponta seguida por Soneto,Theve, Rusky,P. Cresson, Rohallion,Dagon, Engeitada e Bekes. No prin-cipio da recta opposta. Soneto bateuVolupte Ghaste, mas já Rohallion co-meçava a avançar, batendo Rusky,Soneto e Princesse Cresson; na cur-va passou também por Volupte Chás-te e, apezar de muito atropelada porTheve, ainda venceu por 3/4 de cor-po. 1- logar Rohallion, jockey DavidCroft; 2- Theve, R. Paris; 3- VolupteGhaste, Dinarte Vaz; 4- PrincesseCresson, Gibbons ; 5- Engeitada,Araya; 0- Rusky," Le Mener; 7- Da-gon, Marcellino; 8- Soneto, CláudioFerreira; 9- Hekés, Lourenço Júnior;10- Zelle, [. Zackey.

7. pareô — Sahida regular. VitalSpark sahiu de ponta e nella se man-teve até o vencedor. Laranjinha sa-hiu em p, mas deixou-se bater porMagnòlia, Cacilda. e Babylonia, quedepois bateu lambem suas duas com-panheiras e apanhou o 2- loger até a' recta final, onde foi novamente ba-tida por Laranjinha. Plogar— VitalSpark, jGckev R. Paris; 2-—Laran-

¦jinha, j. Coutinho; 3-— Babylonia,D. Vaz.

* * *Estatística, rigorosamente exacta, de

prêmios levantados na actual temporada,até a corrida de domingo, 5 do corrente.

Animaes :CáYoyy 22:000$Argentino 17:450$Calepino 17:180$Ornatus '. 16:675$Old Man 15:000$Goiiath 13:980$Rohallion u :530$Désir 11:160$Black Sea 10:800$Dictadura 10:800$Peachick 10:520$

, Sultão 10:000$Biguá 8:265$Diamant ,7:800$Demônio 7:700$Werther 6:880$Théve 6:690$Engfand 6:364$Adam 5:980$Marialva 5:762$Voltige 5:610$'¦ Mastroquet 5:570$Cangussu' 5:520$Hélios.. .. 4 774$Dcjazct.. .. .. ..

".. ., 4 750$

Aymoré.. .. 4:508$Sagaz 4:468$Jael 4:054$Zelle 4:020$Magnòlia 4:014$Morro Alto 3:974$Rust 3:860$Erceman 3:860$La Schiava 3:654$Donau 3:6oo$Engeitada 3:360$Bridge 3:211$Tanina 3:160$

E outros com menor quantia.Os proprietários mais premiados foram

os seguintes :Stud Campo Alegre 51:918$Stud Expcditus.. ... __ .. .. .. 45:324$

24

General Pinheiro Machado.. .. 37733$Albano G. de Oliveira 32:180$Coudelaria Brazil.. 24:517$Stud Guerreiro.. ... .. .. ..; ... 16:782$Stud Galopin.. 14:862$Stud Souto 12:148$Stud Bom Retiro. 10:800$A. P. Coutinho.. 10:800$Ecurie Pariz 10:792$Coronel Antenor A. Araújo.. .. 10:000$Stud Lyrico 8:495$A. e J. Silva Braga.. 6:268$Coudelaria Brazileira.. ..... .. 5:980$Stud Arriaga ~ .. ... 5762$Jacques Fomm 5:610$Stud Oriental.. .... ... .. .. 5:270$Dr. Lima Rocha 4 774$Bernardino M. de Andrade.. .. 4:468$Stud Carioca 4:414$Stud Macahé 4:020$F. J. Lundgren 3=974$Stud Niagara ... 3:654$

E outros com menor quantia.

ESTATÍSTICA

Damos em seguida a relação completados jockeys que montaram na presentetemporada e dos'que obtiveram colloca-ções, estando incluída nessa estatística aultima corrida no Jockey-Club:

COLLABORAC.tO

a™| es \jn aiCS O tL> QJ¦*•* l ** j u U

JOCKEYS g o o om w ift 01•o °. °. °.„ r< 01 n

__?:P. Zabala 49 15 14 7R. Paris 37 15 12 4D. Suarez •' 47 12 5 10L. Araya 53 10 10 14D. Ferreira 54 11 17 12Lourenço Júnior 37 5 9 5F. Gallardo..... 17 5 2 1A. Fernandez 37 11 5 6A. Olmos 26' 5 4 4Joaquim Coutinho 24 2 7 3J. Zacky •.•• 28 4 4 2D. Soares 13 2 5 1D. Vaz 27 1 5 4D. Croft 33 7 4 9M.TorterolIi 2i 2 2 4C. Ferreira 27 l 2 7A. Paris 8 113A. Gibbons 20 1 1 3C.Tavares 3 10 0Marcellino 33 4 3 7R. Cruz 7 0 2 4A. de Souza 6 0 11F. Saul 2 0 10F. Barroso 17 2 1G. Fernandez 10 10A. Zalazar 7 11J. Alonso 15 1 1A. Vaz 2 0 1João Coutinho 3 0 10. Coutinho 3 0 1Braithwaite 0 0 1E. LeMener 7 11H.Zamith 5 0 1A. Nunes 1 0 CC. Coutinho 10 0 0L.Rodrigues 4 0 1W. Oliveira 10 0 0A. Silva 3 0 1H. Coelho 2 0 0G. Pass 1 0 11. Carneiro 10 0 0R. Cuypera 4 2 10R. Fiúza 2 10 0

- 1^®Segui á risca os exercidos de Gymnasiica.

Sueca, publicados pelo "Almanch doTico-Tico" e consegui ficar assim

Alberto Braga (11 annos)

O SONHO DO CALOUROO "Tônico" veiu da fazenda para es-

tudàr na cidade. A' noite, estava muitoacabrunhado de saudade, quando, porfim, conciliou o somno. Então, sonhouachar-se no jardim de sua casa, saltandoe correndo á frente de seus irmãos; o re-gato murmurando-lhe e os pássaros gor-geando-lhe das arvores. Ramos e floresbalançavam-se ao sopro da aragem, e ca-britinhos alegres saltavam numa collinapróxima.

Assim, entretinha-se o "Tônico", quan-do sua mãi os veiu chamar, a todos, para

tomarem café. Na vasta sala, ventilada esimples, estavam seus pais, alguns Íntimose sua avó. Esta, era rugosa e terna, etodas as noites lhe contava historias en-cantadas. Já á mesa, a mãi, trouxera dacozinha um appetitoso bolo, que começoua servir. Mas, oh! decepção! Ao ir rece-ber seu qinhão, o "Tônico" acordou, e sóviu camas, camas, e mais camas, no vastodormitório do collegio, e fora uma vez obolo,

Almeida Rodrigues Filho

COLLAUOltittO

'Zé Macaco" em sonho recebe a visita de"Sabbado"

(Desenho de A. Perdigão)

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23 O TICO-TICO

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Cite interessante grupo S composto de leitores do "Tico-Tico", que deram a nota,Por oceasião do carnaval em São José dos Campos, onde residem. São elles:I — Odette de Castro, nossa assignante. 2, 3, 4 e 5 — JtfKJ irmãos Neide, NairZuleide e Rubens de Castro. Os outros dous, Alberto e Euphrosia, são tam-bem nossos amigxtinhos.

CORRESPONDÊNCIADO

DR. SABETUDOYáyâ (Santos) — A's vezes, a magreza

e uma questão de natureza, de organis-mo. Mas, é irnpossivel que, com bòa- ali-mentação, oito a nove horas de somnopor dia e exercício physico ao ar livre,não engorde.-Mas, se soffre do estômagoe sente nelle dores, -depois da digestão,pouco adianta que coma muito, porqueessas dores provam que não faz bem a di-gestão e, portanto, seu corpo não é nutri-do como precisa ser. Antes do mais, tra-te do estômago.

Alda Fontoura (Campinas) — Io—Leiaa resposta dada a Yolanda Jordão. 2° —Não lhe poisso explicar como se põe umamesa com elegância, sem apparato, igno-rando os recursos de que dispõe. Mande-medizer como costuma preparar a mesa e eulhe direi o que está bem e o que não está.

Lili M. L.—Mas acho que sua lettra jáé muito bonita. 2° — O corecto é escrevermandal-o. 30 — André Theuriet é um ex-cellente escriptor, mas seu livro CharmeDangereux, não é próprio para uma moçade sua edade. Em compensação, do mes-mo autor, são dos melhores, para umamoça, os romances Le Mariage de Gé-rard, Lucile Desen-.los e Reine des Bois.

José Defrango (S. João d'El-Rey) —Nem o Capitau, nem Triboulet e mesmonenhum romance de Michel Zevaco, pres-ta para moços de sua edade. Pode-se mesmodizer que não prestam para ninguém. Omenor mal que lhe podem fazer, é dar

noções erradas de Historia e estragar-lheo gosto litterario, acostumandoro a in-teressar-se por aventuras inverosimeis,sem nexo nem lógica, descriptas em es-tylo descuidado e detestável. 2°—Não. Odesenhista Yantok, trabalha no Tico-Ti-co, ha pouco mais de trez annos. 3°—Seo estudo de línguas estrangeiras é útil?Utilissimo. Napoleão dizia: Um homem,que falia duas linguas, vale dous homens.Se isso era verdade em França, ainda maiso é no Brazil, que tem tanta necessidadede aprender com os estrangeiros e lidarcom elles. Se já falia o portuguez e o ita-liano e está adeantado em francez e in-glez, eu o felicito. Fallar essas quatro lin-guas já é um bom elemento para ganhara vida.

João de Souza Mello (Florianópolis)—Anthropologia é a sciencia de conhecer ocaracter pelas proporções do corpo. Asdoutrinas Lavater e Lombroso, são muitoengenhosas ,mas muitas vezes desmentidaspelos factos.

RsjitiKiiii) Costa—O Titanic foi a pi-que ao norte do Oceano Atlântico. 2"—Oastrônomo mais considerado actualmente,é o abbade Moreux. 3° — O planeta maispróximo da Terra é a Lua, depois Marte.4",—A pólvora era conhecida na Chinadesde tempos immemoriaes. Na Europa,foi inventada pelo frade allemão Sch-wartz, que morreu fazendo sua primeiraexperiência.

Margarida Silveira—Em setim, póile-sepintar a óleo ou gouache. Para esse ultimogênero de pintura, é bom passar primeira-mente sobre o tecido, um pouco de águacom sueco de limão, para evitar que a tin-ta se espalhe. 2° — Em sua edade é natu-ral que o busto esteja ainda pouco desen-

volvido. Em algumas moças elle se des-»envolve mais cedo, mas isso não é o nor-mal. Deve até felicitar-se por que as pes-soas que se desenvolvem antes da edadeprópria também ficam muito cedo com as-pecto de edosas. As massagens nada adian-tam; até podem prejudicar seu orga-nismc", ainda em formação; isso é: queainda não chegou a seu pleno desenvolvi-mento. Quanto ás drogas do gênero da quecitou, nem pense nisso. Mas uma cousapode auxiliar o desenvolvimento natural.E' a gymnastica sueca. Expecialmente osexercicios chamados de respiração.

A. M. P. — Para poder julgar de seucaso preciso de informações mais de:alha-das sobre sua constituição physica, alimen-tação normal e côr e se for possivel alturae peso. Diga-me também ha quanto temposoffre assim da estômago e como come-çou a moléstia.

L. Ferreira da Costa (S. Pauto) — Na-turalmcnte. A gymnastica sueca não impe-de de se dedicar a outro qualquer sport.Mas seja qual for o sport a que se dedi-car deve completal-o com gymnasticasueca.

Lamartini S. Maurilio — Não tenho car-ta sua para responder. Quanto á perguntade hoje, nada comprehendo. Que deve fa-?c-r depois dos exercicios de gymnasticasueca? E' bòa! Faça o que quizer.

Dinah — Sua lettra revela delicadeza,indecisão, um pouco de faceirice, espiritomethodico, mas com propensão para a pro-digalidade. Ortographia e syntaxe perfei-tas.

Manuel Albuquerque Castro (S. Paulo)— Será publicado brevemente no Tico-Tico.

Maria Antonietta Pan Barreto (S. Pau-lo do Muriahé) — Será satisfeito seu jus-to pedido.

Laura Austregesilo — Deve estar comcf feito gorda pois pesa mais um kilo doque é normal. O peso normal é de tantoskilos quantds forem os centímetrosde altura alem de um metro. Tendo dealtura 1 metro c 50 cent. seu peso normaldeve ser de 50 kilos. Mas porque desejatanto cmmagrecer? Com um kilo apenasalem do peso regular não pode estar clema-siadamente volumosa. 2° — Estou de ac-cordo quanto a Coelho Netto. Mas sobreos poetas juntemos aos nomes de Bilace Alberto de Oilveira o de Emílio de Me-nezes que é um dos mais admiráveis poe-tas brazileiros. 30 — Receberei com muitoprezar seus trabalhos. 4° — Quanto ao re-trato seria melhor idéia que nos mandassao seu.

C. Biscardi Junior (Pindamonhangaba)Sherlock Holmes e Arsenio Lupin, sim.Nick Carter, não; é detestável. 2" — Nãoé isso. A bicyclette é excellente exercícioe faz crescer. Só transforma em aleijõesos rapazes que se dedicam exclusivamentea ella como corredores. 30 — O cartão coraa ponta dobrada significa que foi a pro»pria pessoa que o deixou e não q mandoutrazer.

Manuel Antônio da Silva — Não enten-di absolutamente sua carta.

Osório R. Mello (Sorocaba) — Osprêmios são distribuídos por sorteio en-tre os decifradores certos. 2° — Esti-mo -muito saber que melhorou seguindoas indicações que lhe dei.

en Cura »feridas, cortes e erú-peões de pelle das creaiiças.

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O TICO-TICO 26

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(0 travesso Pedrinho, com i anno aV eia-<iV e nosso futuro leitor.

Alberto de Britto (Pará) — Não, seinquiete. Isso é resultado da febre. Com otempo seu cabello voltará por si mesmo aser o que era.

José Ramos Teixeira (Ceará) — Euacho que o melhor romance de GeorgesOmry, quer pela fantazia do enredo querpela belleza das illustraçõcs é A Rainhados Corsários, que o Tico-Tico publicarábrevemente. Os outros são: O Conde deChavagnac, O Homem da Mascara Negra;Uma Conspiração no Tempo de Bonapar-te e A Hospedaria Mysteriosa. 2o — 12dollars (moeda norte americana) valem36$ooo e escreve-se essa quantia assim:12$ mas se está escripto assim $12 querdizer doze cents e valem 360 réis.

/. R. (S. Paulo) — Tome o especificode Humphreys n. 33.

Hcrval Nunes (S. Gonçalo) — Refli-cta um pouco e verá que o caso é muitosimples: Na plirase de creança que cita:"Tolo é tu" o sujeito é tu (2* pessoa)verbo é (3* pessoa). Portanto não podehaver duvida sobre o erro. Na outra phra-se: "A maior parte dos presentes se re-voltaram" também o erro é flagrante por-que ahi o sugeito c "a maior parte dos pre-sentes", ou para melhor dizer o sujeito éa palavra parte qualificada pelo adjectivomaior, determinada pelo artigo a; dospresentes é um complemento do mesmosujeito. Ora sendo parte uma palavra nosingular c erro pôr o verbo no plural.3° — A significação é a seguinte "Deus ofavoreça por que eu não, passo fazer omesmo". 30 — Deve-se escrever rechassa-da com dous ss e não com ç; 4° — Tam-bem a ultima phrase é defeituosa. Não sedeve dizer "Esqueceu-me de fazer umacousa" e sim "Esqueci-me etc".

O. de K. Azv — Eave-as com álcool umavez por dia.

Antonietta Santos (Santa Cruz da RioPardo) — 1° — Absolutamente não deveacreditar em um charlatão d'esses. Emcaso semelhante lembre-se de uma cousa.Se algum homem tivesse taes poderes nãoprecisaria andar annunciando pelos jor-nacs para angariar freguezia. 2" — Nem

todos. Ha livros de José de Alencar, comoLuciola por exemplo, que não devem serlidos por moças. 3" — Não se usam maisessas toallinhas. São até consideradas fal-ta de cortezia. Diz-se-ha que a pessoa temreceio de que as visitas sujem as cadei-ras. 4o — Prefiro a calligruphia verticalE' mais clara e fatiga menos a pessoaque escreve. E não esqueça que se deveescrever com o corpo' direito, sem cur-var o peito.

Accacio Valentim dos Santos (Leopol-dina) — Para engordar e ficar forte? Ali-mentar-se bem (especialmente leite eovos). Dormir oito horas por dia e fazerexercicios physicos.

Romeu Leão (Correntes) — Paulo eVirginia são personagens de romance.Nunca existiram.

S. M. S. (Santos) — Basta fazer osexercicios de gymnastica sueca duranteuns 15 ou 20 minutos de manhã e á tarde.Não é preciso força e deve prolongal-ospor muitos mezes. O mais que puder.

Sylvia Cardoso — Não é preciso opera-ção; procure o Dr. Augusto de Freitasna companhia Sul America, elle lhe daráum remédio infallivel para isso.

Aihalicio Pillhan (Santa Maria) — Osespelhos são forrados com estanho.

Francisco Ferrão (S. João d'El-Rey) —Exactamente, ha duas qualidades de euca-lyptus. O de folha redonda é que faz nas-cer cabello.

Raul de Castro — Essa coceira pelocorpo, sem ter erupção é agora muitocommum. Não imagina quanta gente sequeixa d'isso. A causa? Mau funeciona-mento dos intestinos. Para alliviar appli-que Pó antiseptico de Granado. Mas issoapenas allivia. Para curar-se deve cônsul-tar um medico que lhe dê desinfectantesdo apparelho digestivo.

Alexandre César da Silva — A isso nãoé possível responder sem exame medico.

Adiragram — Para que as espigas dasunhas desapareçam tintc-as com vaselinapura ao deitar-se. Para as espinhas to-que-as duas ou trez vezes por dia com

.ÁJm^Bk7>!í''^''<<' ____________3^'<*-';<;.

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Nosso sympathico assignante Nelson Góes,aos 6 annos de edade.

um palito molhado com água oxygcnadapura.

Adahyl Elly Cony (Jaguarão) — Astempestades de areia são causadas pe-Io vento. As miragens são causadas pelovapor d'agua em suspensão no ar e quefuneciona com o espelho refleetindo cou-sas muito distantes. 2? — As múmias sãocadáveres de antigos Egypcios conservadospor processos que ainda não foi possivelanalysar.

Sinhásinha Rodrigues Camargo (S. Joãod'El-Rey) — Ha talheres especiaes paradoce. Servindo-se de talheres communs nãoé elegante cortar um doce com a faca.

Almira R. Botelho — Foi na revistafranceza Belles Imagesi

Ofí. SABETUDO

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Galantes filhos e sobrinha do Sr. Cláudio Moraes, muito nossos imijuinhos, resi-'dentes em Pureza, Estado do Rio. São elles: Clelio, Clconides, C.auedmira eZelia Castilho. Nota-se ao lado o carneiro Japouez, e que é muito admiradonaquella cidade, por ter 4 chifres.

XAROPE JANE cura tosse, bronchite. HEMOGLOBINE STAR contra ANEMIA

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27 O TICO-TICO

C?ida 5oeial InfantilNASCIMENTOS:

A Senhora D. Ida Pellegrine Nunes eseu esposo Manuel J. da Costa Nunes, re-sidentes em São Paulo, partciparam-nosmuito gentilmente o nascimento de suagalante filha, que receberá o nome deOdette.

¦— O Sr. João Pedro de Souza Brito esua esposa têm o seu lar em festa, com onascimento de seu filho Arnaldo.

Zaphyro, é o nome de mais nm ga-lante filho do tenente José Brusse.

O capitão Antonio Henrique Cardime sua esposa, D. Rozenda de Lima Cardim.têm seu lar enriquecido com o nascimentode um robusto menino, que recebeu' onome de Antonio.

ANNIVERSARIOS:Esther da Silva, nossa gentil leitora, viu

passar a 7 do corrente mez, seu 13o anni-versario nataliciq.

Esther é filha dilecta do Sr. Antqnio daSilva, conceituado negociante da Bha doGovernador.

Alegre, completa a 26 do corrente mezmais um anno de preciosa existência.

Passou a 21 de Junho o 4° anniversa-rio da galante Eydia Liria Pereira, resi-dente em Curityba.

Silverinho, nosso travesso amiguinho,fez annos a 27 de Junho passado.

Fez annos a 10 do corrente mez agentil Marilia de Oliveira.

Adriano P. Dias, nosso intelligenteassignante e amigo, residente em Santos,participou-nos gentilmente a passagem deseu anniversario a 8 do corrente.

Augusto, dilecto filho do Sr. JojpquimVieira, residente em Curityba, fez annosa 28 de Junho.

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filho do tenente Oscar da Freitas Vallime sua Exma. esposa D. Isabel de FreitasVallim.

Foram padrinhos o capitão Cleto Freitase sua esposa.RECEBEMOS E AGRADECEMOS:

O n. 8 do Olegrido, bem feito órgão dalitteratura juvenil de Therezina e que estásob a direcção do Sr. Mardocheu Marques.

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A Illusli ação Brasileira é umarevista, cuja leitura não pôdeser absolutamente dispensa-da. Publica se quinzenalmente enella se encontram maaniücasgravuras.

0<TICO TICO» NA HESPANHA

A gentil Mocinha, que fes mais um annode edade a 8 de Junho passado, é filhado Sr. Faria Barga e reside no Encan-tado±

Aida Assumpção, leitora assídua doTico-Tico, completou a 26 do mez pas-sado seu 13o anniversario natalicio.

Nossa distineta amiguinha HerciliaHamburgo Sobrinho, residente em Porto

Antônio Américo de Magalhães, nossosympathico assignante e 'que

fes maisum anno de edade a 15 do corrente mez.E' filho do Sr. Antônio V. de Maga*Ihães, conceituado negociante da nossapraça.

BAPTISADOS:

Baptizou-se a I do corrente mez, na ma-triz de S. José, o innocente Daniel, filho;do Sr. Paulo São Thiago e de D. MariaJosé São Thiago.

Foram paranymphos o Sr. Januário deMendonça, negociante, no Engenho Novo,e a senhorinha Marcionila Baptista Ro-drigues.

Realizou-se a 2 de Julho corrente, naresidência do Sr. Virgílio Alberto deAguiar, o baptisado de sua robusta filhi-aha America.

Foram padrinhos o Dr. Caetano da Sil-va e a Exma Sra. D. Maria dos Anjos Nossa galante leitora Romana Lacasa, diAlberto de Aguiar. 11 annos de edade, filha do Sr. Francis-Baptizou-se a 2 do corrente, na ma- co Lacasa e D. Carmen Lacasa, residen-triz do Sacramento, o menino Germano, tes na Hespanha.

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O TICO-TICO 28

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23 O TICO-TICO

||Í||§Íj|§l^^

WBSÈÊÊÊmBaBffiiffli^i^ra Silva, Laudelina Raboeira Moraes, Jay- -^$KjimP*M|MK;'-PFJ3 me Raboeira Moraes, José de Carvalho 1 jfcT" .«IBt *l

RESULTADO DO CONCURSO N. 875

Muito satisfeitos estamos cora o resul-tado do concurso de n. 875.

A solução, que consistia em Faustino(lançando coih Zé Macaco, foi-nos en-viada por grande numero de leitores.

Eis a lista dos concorrentes á sorte:

Guiomar Milhomens, Francisco da Ro-cha Miranda, João Vieira, Avelino Cra-veiro, Aurora Lago, José GutenbergPassos, Carlos de Almeida Castro, Fi-landisia Sócrates, liara Garcia, Raphae'.Corrêa, Sylvia Assis Corrêa, Zenny PaesBrasil, Japone? da Cruz, Américo Pe-ieira de Figueiredo, Carlos Gomes, MaxBucher, Antônio Accioly Netto, AracyVieira, Eunah Maria de Castro, Arman-do da Cunha Pereira, Luiz Jeolas deMoura Carvalho, Murillo Carvalho, Di-norah Corrêa da Silva, Inah Costa, In-nocencio Galvão de Queiroz, UbirajaraCruz, Rosa de Menezes, Celso Eugênio,Carlos Alberto Mera Barrozo. Nair Mé-ra Barrozo, Universina Guedes Vaz, San-tinha S. dè Queiroz, Maria P. do Nasci-mento, Carlos Augusto de Vasconcellos,Lauro de Souza Leite, Noemia Assum-pção Vaz, Carmen Souza-Carvalho, JoãoAguiar Netto, Maria Lydia, Fausto Pintodo Nascimento, Lourival Clacs de Souza,Noemia Fiúza de Carvalho, Martha Gu-tiererz Filares, Dartagnan Cláudio de Fi-gueiredo, Arnaldo Azevedo, LaurentinaValdez, Harcyo Santuza de Aguiar, Nar-ciso Baer Fillandizio, Samuel das ChagasMaurity, João Baptista Borges, Nené B.Borges, Arnaldo da Purificação e Silva,Dolores Piegas da Silva, Luiz Lauviniode Souza, Antônio A. Santos, MariettaGuttierrez do Nascimento, Natalio Diasde Carvalho, Manha Baptista, José Vieira,David Pantaleão, Ernani Santos, Gui-lherme Hantz, Maria Mesquita, Regina deSá Freire, Yelva de Sá Freire, Yvon-ne Ibannez, Jayme Carvalho, Izidoro dosSantos LiberatQ, Lulu' B. Ferreira, Lau-ro Hollzmann, Roque Paschoal Tambo-rini, Sylvio de Carvalho, Ary Muniz Cor-rêa de Mello, Roberto Gosendo Gimenes,Arlindo Castilho, Virgilio Castilho, Car-

los Teixeira, Flávio Gomes Tavora, Ade-lino Fernandes Coelho, José C. de Re-zende, Alida Hartley, Nair Virães, VelloPalmyro, Helena Ruth, Otton do Amaral,Dorita Manlio de Barros, Regina da Sil-va Nazareth, Ruy Arruda, Antonia daSilva, Laudelina Raboeira _ Moraes, Jay-me Raboeira Moraes, José de CarvalhoFerreira, Sylvia Monteiro Barbosa, MariaAmalia Berrace, Cassio Marella Júnior.Hilda Lussac, Hilda Rego, Zulmira Ne-ves de Queiroz, Iracy Soares, Diva Si-mões Corrêa, Manuel Rega, Antônio Car-los Pinheiro dos Santos, Carlos de Car-valho, Adelaide G. Fernandes, ÂngeloCantisann, Frederico E. Mario, Waldo-miro Bolsas, Jayme S. Bulcâo, M. Appa-recida de A. Corrêa, Oraida Santos, RuyQuintanilha, Edgard Mascarenhas, Alva-ro A. R. Guimarães, Maura A. de Lima,Solon A. de Lima, Anacleto P. Filho,José R. Pessoa, Luiz A. Leite, Luiz V.Pinto, Jorge Alves, Elmano Moreira,Edith Bezerra, Luiz M. Silva, Mario deAndrade, Altair S. Aguiar, Laura Lopes,Mercedes R. Aguiar, Amphiloquio Frei-tas, Thereza Soares, Zelia Basto, OctavioL. Corrêa, João A. F. Mello, Pedro deJesus, Têtê Xavier, Odette Menezes, Mu-rillo Corrêa, Austregesila F. Barbosa,

^Kiii^J^^irChiquinho Jockey.

(Des. de A. Borelli)

Carlos Castro, Eremita Magalhães, Al-fredo Oliveira, Alcides V. de C. Aranha,Iberê F. Pfaltzgraff, Jurema F. Pfaltz-graff, Regina Pereira Pinto, Juracy Car-inen Maia, Maria das Mercês Bastos Lei-ras, Antenor Meyer, Esmeralda da SilvaOliveira, José Antônio Bento, JoaquimAntônio Naegele, Maurício de Abreu, Ma-nuel Alonso Soares, Martha Alvarenga,Tennyson Ribeiro, Aricio Guimarães For-tes, Clovis L. Sampaio, Joãosinho Vas-concellos, João Santos, Laura M. Rodri-gues, Orlando M. Costa, Levy C. Brite»,

A solução exacta do concurso de armar 875.

HORLIGH-S IWALTED WILK SÜHÜi

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O TICO-TICO SO

WSÊgÊlÈÊSkTAté na Hottentotia... é lido o "Tico-Tico".

(Des. de Olton Euvaldo)

Aiuuquerque, Gtiilhermina Mangeon, Ilor-tencia Cruz, Heitor Alberto, Arlindo R.Santos, Romilda Silva, Waldemar E. daSilva, Zulica Menezes, Joaquim MattosCâmara. Júnior, Manuel Elysio de Vas-concellos, Homero Dornellas, Angela Aze-vedo Rodrigues, Saturnino A. A. Almei-da, Maria A. Walker.Gualdc, José M. M.Júnior, Virgínia P. Freitas, Maria A. A.Freitas, Nair Machado, Olinda S. Vieira,Noemia de Faria, Gladstone F. Paixão,Maria J. R. Gusmão, Carlos E. Maga-lhães, Gilberto G. Souto, Aymoré S. Car-riconde, Jaymely Carvalho, Teimo Pe-reira, Armando S. Vasconcellos, MariaP. Pinho, Gustavo E. Abreu, NizardSouza, André R. Machado, Sebastião S.Villela, Gizelda J. P. Costa, Celsito deL. Espíndola, Aloysio Lobo, João M.Lins, lsolina Guimarães, José G. Angc-Io, Consuelo R. Alvares, Alfredo C. Cas-tro, Irene Plank, Jayr B. Oliveira, Her-cilia M. Sobrinha, 2. L. Ferreira, José-sinho Zucachelle, Maria C. Marmor, RaulM. Salgueiro, Homero H. M. Brazil,José R. Rey, Thereziua Guedir.e, PedroF. N. Júnior, Yolanda Figueiredo, Ar-mantina Rabello, Luiza Leite, Odette dosSantos, Petronio Accioly, Paulo da Mat-ta Machado, João Carlos Y. Aguiar, Fia-via Luiz Andrade, Clarice, Maria AndréaBarreto do Amaral, Ernesto Welte Ju-nior, Mario Sant'Anna, Aida SpencerGalvão, Napoleão Garcia Sanchcs, OliviaMarciat Roda, Jalvora Corrêa, OdetteCastro da Veiga Pinto, Ida Feeschi La-vagrrino, José d'Almeida Neves, Luiz Sa-lazar, Maria da Cruz Nunes, Doralice G.Rezende, Otton L. Mathias, Juracy Rosa,Decio L. Pinelo, Paula C. Ferreira, JoséP. Caldas, Lygia F. Oliveira, EugênioSant'Anna, Luiz Mandroni, Walter G.P. Silva, Carascosinho, Álvaro Pereira,'fhiago Barroso, Carmen Cruz, ArmandoSilva, Victor Mattos, Oswaldo Silva Ca-marão, José Agostinho, Dalida Vasquesde Freitas, Lourival de Souza Braga,Carmelita da Costa Pereira Júnior, An-tonio de Carvalho Souza, Dina PereiraTorres, Maria Antonietta de S. Lima,Laurinda Ferreira de Macedo, Paulo dada Silva, Ariovaldo Dias, Alberto RibeiroPaz, Delphim Clarvindo Dahl, ChristianoPassig, Carlota Mariotto, Thcrczinha Sen-na, Nancy de Menezes, Zeny de Olivei-ra Coelho, Rosina de Magalhães, Reynal-do Gerth, Domingos Gama Filho, Car-pica Pereira Pinto, Esthcr Quirino San-

tos, Noemia Oliveira, Almíro dos San-tos, Augusto Prego, Anelucio Valentino,Francisco Marques dos Santos, Maria doCarmo Leal, Heraclydes C. Louzada,Ado de Viveiros Simxes, Altino Soaresda Cunha, Zaly Jorge Mayer, GeorginaLibcrato de Oliveira, Eunice de OliveiraPorto, Celina Bueno, Corbelina Angélicada Rocha, Frederico Oberlacnder Rohl,Jurandyr, Deolinda Gomes dc Oliveira,Lauro Fernandos, Julietta Lisboa de Sei-xas, Adelaide Gomes de Mello, Eurype-des Macedo de Oliveira, Noemia Freire,Lobo Schilling, Nelson de Souza Carva-lho, Mercedes Berlink, Carmen Boisson,Lais Pestana Silva, Lauro Maia, LuizGonzaga de Welhena Moraes, MariaJosé de Castro Pitanga, Jair Guilherme,Jacy de Toledo Andrade, Helc NalhasonFerreira da Silva, Maria das Dores deMiranda, Sylvio Fernandes da Silva,Odette dos Santos Lopes, Mario Aghi-na, Álvaro Cardoso, Fernando Dihaseide Carvalho, João Baptista Machado,Raul Salles do Nascimento, Payra Sou-za, Manuel Clemente dos Anjos, NoelCarvalho, Bilmar Olegario de Pinna, Mer-cedes Pinto, Naise Amaral, José da Sil-va Mattos, Raul Bladent, Maria José Ti-mes, F.uthalia de Azevedo Coutinho, John-ston Ilylton Ferraz, Laura da Ássum-pção Loss, Ataliba Xavier A., CarmenMachado, Edith Guimarães, Indayá deCarvalho, Potyguar Fleury dc Amorim,Romeu Correntes Fernandy, AristidesMartins, Jurema Azevedo, Nair Brancado Carmo Guimarães, Eurialos ViannaCannabrava, Ida Bastos, Nelson M. Viei-ra Cavalcanti, José Agostinho, RicardoJosé Antunes Júnior, Guiomar Gomes deAzevedo, Lygia Accioly, Helena Gonçal-ves Melgaço, Linneu dos Santos Louri-vai, Castorina Alves Durão, Emma Cor-rêa de Abreu, Maria da Candelária Di-niz, Pery Corrêa da Fonseca, Yolanda Oli-veira, Renato Pires Ferreira, Oscar Frie-drick, Américo Monti, Decio José Ferrei-ra, Flaydée Pyot Giglioni, Maria Carme-lina Nogueira, Gustavo Hintsh Júnior,Elisabeth de Oliveira, Firminia DuartePinto, Mauro Corrêa Garcia, FranciscoGaletti, Yvette Domingues, Yvette deMello, Bruno Punper, Carlos Cunha,Isaura César do Rego, Sydnéa Santos,João Ferraz, W. Ayres, Maria CarolinaJorge de Souza, Alfredo Mesquita, Yan-dir Alary Cony, Idalina Gomes Pereira,Maria Rita Duarte de Moura, JoaquimLopes de Souza e Stella da Silva, Alber-tina Pantoja Alves, José Augusto de Bar-ros, Celeste Lima César, Eduardo CostaLima, Justo Travassos Mpntebello, Walterde Toledo Penido, Rachel Soares Lopes.Maria Guimarães, Maria Magdalcna MaiaMattoso, Manuel Baez, Carlota Lopes Or-nellas Ferreira, Lourival G. Maya, MariaGomes César de Miranda, Cláudio FasciolaSouza, Euwaldo Rodrigues Pinheiro, Eli-sa Nenes Maia, Armnda Pimentel, Elci-lia Corrêa, Judith Queiroz, Dalila Dias,Santuza Ccells.

Por sorteio foram premiados :

1- Prêmio—10S

Anacleto Pamplona Filho ¦

com 1 _ annos de edade, resi-dente á Travessa D. Romualdode Seixas n. 248—Belém, Es-tado do Pará.

2- Prêmio—10$Ereilia Corrêa

de 13 annos de edade, residen-te á rua Conselheiro Barradas,n. 1- -Paranaguá, Estado doParaná.RESULTADO DO CONCURSO N. S88

Soluções exactasí" Tibre—tigre.2S Corte—sorte.3* Esmeralda.4* Braço—braça.Muito satisfeitos estamos com o restil-

tado do concurso de perguntas que hojeapresentamos a nossos leitores, por ter-mos recebido uma quantidade enorme desoluções.

Lista dos decifradores:Haydée Lourdes Reis, Mathilde Ar-

gello, Alginia Durão, Rodolpho NavarroCroner, Nair Machado, Maria da C. A.Castilho, Leilá Leonardos, Attila Barro-so, Alzira Monteiro Marcial, Olivia Mar-ciai Roda, Onelia Leite Marcial, YolandaBancho, Maria de Lourdes Torres, Ce-cilia de Pinhq Gomes, Edgard de Olivei-ra Netto, Eduardo Andrade, JuremaFalcão, Pfaltzgraff, Alayr Martins,Christino Cruz, Alberto Porto, MoacyrTapajoz Senna, Luzia Ferreira Pires,Waldemar Pereira Caldas, Cleonice Me-<nezes, Aurelia Pego de Amorim, MariaDolores da Cruz, Manuel dà Cruz Men-donça. Carlos van de Kanys, A. de Arau-jo, Isaura Olyntha de Carvalho, Gilbertodo Nascimento, Elisabeth Cavalcanti, Ru-bentino de Souza Meirelles, Maria daGloria Muniz, Yolanda Martins, Alon-so, Elza Pires, Nelson Nobrega de Vas-concellos, Maria Luiza Perdigão, DoritaMonteiro de Barros, Olga G. Moreira,Maria das Mercês Mourão, Jacy~M. daFonseca, Lauro Pedroso Júnior, Fran-

Um bom "shoot".

XDes, de Euvaldi R. Pinheiro^

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31 O TICO-TICO

jÊaaaafemtllâL

Chiquinho amigo dos gatos(Des. de A. F. Perdigão)

cisco Marques dos Santos, Álvaro deAbreu, Maria Lydia Braga da Silva, Ma-ria Luiza Laforde da Silva, Maria doCarmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal,Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal,Marilia Dias Leal, Maria Carmelina No-gueira, Cláudio Mello Andrade Figuei-ra, Nadir Villar, Bernardina de C. Cin-tro, Olga de O. Wild, Adalgisa de O.Wild, Renato Pereira Guimarães, PauloMartins Botelho, Ignez de Rezende, JoséGuerra, Dinorah Silva Reis, Cacito deAndrade, Antônio Coelho da Costa Gue-des, Josepha Ferreira, Carlos de A. Ra-mos, Júlio Rodrigues Bueno, JurandyrRenato Lopes, Alexandre César da Silva,Elvira Mathias, Decio Frederico de Fi-gueiredo, César Castiglioni Júnior, P. deSo iza, Vicente de Andrade, Zuleik? LimaCésar, Alza de Castro, Belkiss Ternan-des Chaves, Georgina Maria da Fonseca,Juracy Rosa, Álvaro Peçanha Barreto,ídaty Gonçalves, Maria Martin, CaetanoCarvalho Brandão, Rogério A. de Ma-galhães Gomes, Marianna Cintra, Rita P.S. de Mello Mattos, Dulce Mallet Andra-de, Velsirio Fontes, José de Figueiredo,Marcilio Gonçalves, Pequetita Rezende,Ernesto Gomes, Tercio de Oliveira, Af-fonso Braga Filho, Anna Luiza de Arru-da Botelho, Sophia Ellis Lebre, SereiaAferreira, José Rodrigues de Lima eMendes, Anezia da Silveira Monteiro, Ja-cintho Soares de Souza Lima, Attila PaesBarreto, M. Apparecida de Azevedo Cor-rêa, George Luiz Rudge, Manuel AntônioGonçalves, Edith Carvalho, RoquetteWaldemar T. Navarro, Almerinda Mar-tins Fernandes, Ariobaldo Soares Barbo-sa, Nelson Pereira da Fonseca, Alexan-dre Loutenço, Antônio Vaz Pinto, NiniJunqueira, Maria Augusta Athayde. Na-dyr Carvalho, Antônio Adolpho AcciolyDoria, Clarice Monteiro, Beatriz MartinsFerreira, Aida Oleques Martins, RulhMalafaia, Carmen Machado, Arlindo Ro-drigues Pinheiro, Jayme Augusto doNascimento, Cirrr.eliia Sptlbourghs, Or-minda de Queiroz e Souza, D. Nascimen-to, Lindolpho Alberto Barroso, Locy San-tos Souza, Joaquim Mariano de Olivei-ra Júnior, Darcy L. da Silva, FernandoDiharci de Carvalho, Payra Souza, Mil-ton O' Reilly de Souza, Rosa de Mene-zes, Olga Augusta Ferreira, Frederico- Er-bel Marco, Regina Silva, Osório Rosa eMello, Adolpho Gragnani, Odalto Smith,Joanna Osmar Leone, Olga Gonçalves,Mauro de Mello Junqueira, Aida de An-drade, Luiz Guimarães, Hilda Lussac,Gilberto Maciel de Sá, Mario Aghina,Quirino da Fonseca, Occavio Pontes, JoséCarlos de Chermont Rodrigues, OsirisDénys, Aurora Vieira, Ludgero Gomes

dos Santos, Oswaldo Barbosa, Antoniet-ta Gomes dos Santos, Antônio Justino Pe-reira da Silva, Odette Menezes Dias, Se-bastião Augusto de Carvalho, Olavo Puc-ei, J. Leite de Castro, Dino Braga, Alay-de Odette Oliveira Carvalho, Marina Pau-sen, Hortencia Cruz, José Soares de Sá,Júlio da Costa,. Maria Duarte de Vascon-cellos, Oswaldo Alves Vieira, SebastiãoHugo Ríchard, Zilda Alves, Eduardo C.Vianna, Filandisia Sócrates, Gustavo C.de Abreu, Elly E. de Abreu, Téte Xa-vier, Levino Gonçalves Pereira Meiga-ço, Stella da Silva Nazareth, Hclio Tom-masi Nogueira, Noemia Freire, Catha-rina de Lima, João Ferreira Sylvestre,Porcino dos Santos, Sylvio Cruz, Octa-vio" Ferreira de Souza, Geralda de Almei-da, Valim Ribeiro da Rocha, Arthur Fer-raz Durão, Regina Ferreira Pinto, Ju-lieta Lisboa de Seixas, Stella Santos, LaisPestana da Silva, Ophelia Travassos Mon-tebello, Frederico Rocha, Dora Alexanderde Moraes, Arnaldo^ Gomes Netto, HélioFererira, Decio José Ferreira, AntônioCastro da Veiga Pinto, Lauro Ribeiro Paz,Esther de Assis Ribeiro, Arthur Costa Tu-nior, Branca Marques, Maria Vieira deAndrade, Álvaro Almachio Ribeiro Gui-marães, Heribaldo P. Rebello, EgnaldoVieira da Silva.Maria Andréa B. do Ama-ral, Nizard Souza, Américo da Costa Do-ria, Renato da Costa Doria, Malvino San-tos, Aracy Barboza de Mello, BenedictoFialho, Alzira Francisca do Carmo, Sy-mar Floresta dc Miranda, Izabel da Cos-,ta Dias, Ruy de Castro, Maria Augusta"dos Reis Souza, Adalgisa dos Santos, Al-fredo Martins, Alzir Vieira, Laura de Ma-galhães Rodrigues, Celma Zarattini, Eu-gênio Luiz Telson, Georgina Schreiber,Hyeroclio Gonçalves,Elvira R. Alves, Jay-me Bertoletti, Hildetli de Azevedo Vilas-Boas, Evangelina Neves da Rocha, Stellade Magalhães Rodrigues, Ernesto WelteJúnior, Fábio Alves França, Carmen A.Antunes, Saylla Fontoura de Almeida,Clovis B. Bevilacqua, José Júlio da Silva,Antônio Rocha, Arminda Pimentel, Ru-bens de Azevedo, Antônio Daur, LuizaMartins Vianna, Manuel José de Rezende,Mauro Duarte, Maria Apparecida Cardosode Mello, Antônio Nilo dos Santos. Laurode Carvalho, Juliana Monteiro de Barros,Maria José de Abreu, Esther Quirino dosSantos.

Foram sorteados :

1- Prêmio-10S000 :

Celma Zarattinide 9 annos de edade, residentena estação de Rochedo, Estadode Minas Geraes.

2- Prêmio—10S í

Vizard Souzade 10 annos de edade, residenteá rua Senhor de Mattosinhosn. 33, Capital Federal.

CONCURSOS ATRAZADOSN. 884

Alberto Faria, Antônio Granado, Yolan-da D. Lisboa, ArtHur Lopes, Clovis LirioSampaio, Jorge de Paiva, Antônio deMoura Gottshalh, Aracy Rodrigues daFonseca, Elisa Brandão, Pedro ProeopioFilho, Beatriz Peixoto e Belkiss Fcrnan-des Chaves.

N. 88ÓClovis L. Sampaio, Olga Oschenek, Ju-

lieta Lisboa de Seixas, Joaquim Marianode Oliveira Júnior, Renato, da Costa LimaDoria, Rubem Moreira da Costa Lima,Nelson José Corrêa, Ercilia Corrêa,ÁlvaroRodrigues Martins, Leida Leonardos, Ma-ria Aragão, João Ah;es de A. Castro Ale-xandre Cezar da Silva.

N. 871Arminda Pimentel, Rosina Klowe, Odet-

te de Barros Pires, Joãozinho Vasconcel-los, José Augusto de Barros, Aurelia Sea-bra, José Borba.

N. 873

Alexandre Herculano da Costa, Isidorodos Santos Liberato.

CONCURSO N. 89PARA OS LEITORES DOS ESTADOS

PRÓXIMOS E D'ESTA CAPITAL

Perguntas'.1—Com D não é cavalheiro,

Com G é sobrenome:Com C está no quarto,Com F é bom ganhal-a ?svllabas.

(De Agostinho Rodrigues).2.—A nota musical e o Paiz

formam a limpeza ?svllabas.

* (Por Zuleika Ache Pillar).3*—El!s é instrumento de de-

senho.Ella está no mar ?3 svllabas.

(De Mario Santos).•4-—A flor entre duas vogaes,

lorma o nome de mulher r3 syllabas.

(Por Hilda Lussac).Temos ahi. leitores amigos, o

concurso de perguntas. Não sãodiificèis as soluçües, podemoslhes garantir, e esperamos queas mesmas venham decifradasaté o dia 27 de julho corrente.

Temos dous "prêmios

de 10$cada um a distribuírem sorteio.Para que o concorrente entreem sorteio, deve nos enviar asolução assignada pelo própriopunho e declaração por extensoda residência e edade.

E' indispensável o vale respe-ctivo, n. 89í.

I A JL A A a l^S» 15$, até 18$ :I JClPlIil/l Lleyantesemoder-I l2rKIIIIM mssimos sapatosIflvU/lM em camursa brancax u TT v \J \J e preta, em velludoe em verniz, com pedras, de atacarno peito do pé—rigor da moda:—120,

Avenida Passos (Casa Guiomar}.

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O TICÒ-TIGO 32

CONCURSO N. 893Para os ieitores dos Estados E d'ésta capitai,

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Leitores amigos: O concurso umas entre as outras,procuran- margem da mesma o vaie res-que hoje apresentamos, A pri- do formar dous personagens pectivo, que se acha numa dasrneira vista, parece muito diffl- celebres do Tico-Tico, em posi- paginas a cores,cil; no entretanto, depois da ex- ção muito interessante. E' indispensável a assigna-plicação dada, acharão a cousa Com um pouquinho de atten- tura do próprio concorrente emais fácil d"este mundo. Temos ção,terão organizada a solução declaração, por extenso daahi,li tiras gravadas; pois bem: deste concurso,que encerrar-se- edade e residência,cortem cautelosamente cada ha no dia 7 de Setembro. Temos douis prêmios deuma d'elias e depois entrelacem Não se esqueçam de juntar 10.000 cada um a distribuir.

GRANDE CONCURSO EXTRAORDINÁRIO INo próximo dia 22 encerraremos este

grande concurso, que, como temos dito nosnúmeros anteriores, vai alcançar grandeêxito.

São estes os prêmios a serem distri-buidos :

4- premio--UM BURROTocando-se no rabinho d'este animal, ou-

vc-se uma linda musica. Este c também umpremio muito original, ofíerecido pela casade musicas do Sr.

rpr-miO-UM LINDO CHAPÉU CARLOS J. VEROS -Rmda Carloea,49

para menina, no valor de 50S00O, modelo pari-ziense, dètaffetás macio, guarrtecido com flò-res e íitas de velludo. Este lindo premio éofio-recido pela conceituada

A*A NASCIMJGATO-Ouvidor, 169

2- premio-JOGO DE CONSTRUCÇAOútil e magnífico brinquedo, com lindas deco-rações e acondicionado em uma caixa de ma-deira. Este excellente premio é ofíerecido peloI»ARCROYAL-Largo do 8. Francisco

3-premio-UWI BÈBÈEste interessante e original premio é de

um robusto boneco, que abre c fecha os olhosetem a altura approximada de 70 centímetros-E' ofíerecido pelo conhecidoUA_-AKl-*ARIZ.^.¥StitUtua da Carioca,!»

5- premio-UMA VACCAObedece ás mesmas condições do premioanterior e é offerecido também pelo Sr. Gar-

los J. Wehrs.6- premio - AVENTURAS DO PEQUENO JOÃO

INTERESSANTE ÁLBUMContendo 12 historias e 12 peças músicaes

fáceis. Com uma capa lindíssima e impressoem magnífico papel

-'touché".Este premio é também ofíerecido pelaCASA CARLOS VIÜI1RS pianos e musicas,

Rua da Carioca, 47.

7- premio — um ALMANACtf D«0 IflALHO»magniíicamente impresso, contendo grandequantidade de gravuras, contos, aneedotas,jogos instruetivos, etc, etc.

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A MENTIRA 83-

1) Os pais de Oscar, que moravamem uma cidade de campo, manda-ramo um dia, á cidade próxima, com-prar trez empadas grandes para ojantar.

2) Oscar fez a compra; mas, navolta, não resistindo á tentação dagula, sentou-se á beira do caminhoe comeu uma das empadas, dizen-do:—Ora em casa..

3).. inventarei uma historia qualquer.De facto, chegando a casa, disse a suamãi que encontrara na estrada um cãomuito feroz e só se livrara d'elle atiran-do-lne...

^ 4). . uma das empadas. Seu paificou tão furioso, que sahiu im-mediatamente.dlisposto a procuraro dono d'esse cao e tomar-lhe sa-tisfacões.

5)Chegando á estrada encontrou umvelho italiano, que andava com umurso ensinado, e interpellou-o seve-ramente

6) O urso, que era muito amigo de seudono,pensou que aquelle homem queria ag-gredil-o e saltou sobre elle .

7) e arranhou-o todo, deixando-omuito maltratado O pai de Oscar vol-tou tão estonteado com aquillo, quenem ouviu a busina...

8)... de um automóvel e foi apanhadopor elle. Levou um trambolhão. que o

atirou pelos ares.

9) Para cumulo, o pobre homemfoi cahir mesmo em cima de umenorme porco, que estava dormindona relva, alli perto

. 10) o porco levantou-se dando outrotrambolhão no infeliz, que foi, afinal, le-vadoporum vizinho

li; Mas chegou a sua casa em talestado,que licou de cama muitos dias.Oscar, vendo o eiTeito de sua mentira...

12).. .que quasi custara a vida a seupai, emendou e tornou-se o meninomais sério de todo aquelle logar

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___«-AS AVENTURAS DO CtilQ\JlTiMO mms v_mi_ ->/- c_br„y^onciasssr

1 Chegando pert(bre chacareiro tropecese na relva. A calnha aos saltos comi

l^Mw^l/^w///A^y////tlMA

,,'///

) da estufa, o po- a A A K' \ í\ í\ f)U e estendeu- \7 \/ \ _Hfa_,.l ,/.\ J___|^-_Já__^__fa. porém, que xx~'wnFmJ^^^f^^^P^^^^g) uma cobra... /\ A ,§*% iiÉjÊst 1 i^^jy?f-««--

c v\,/v A / V 7-77 / lf iip7 f¥r^:/y / / /gy^> / Pigj_lj_j___fe-

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3) Quando papai conseguiu alcançal-os, j^á omal era irremediável. O chacareiro lugira, espa-vorido. E a cabra...r

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