jc - abril de 2015

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abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR 8 JORNAL DE CHIADOR Com nícias de Parada Braga , Penha Longa e sede Comunitário de Verdade / abril de 2015 / Ano VII - Nº 53/ Distribuição Gratuita SAÚDE Moradora de Penha Longa destaca problemas da área. PÁG. 3 LAZER Torneio de buraco agita a Parada Braga. PÁG. 7 PREVINA-SE Escorpiões são encontrados em fazenda. PÁG. 3 TRANSPORTE Moradores fazem mais reclamações contra a São Geraldo. PÁG. 5 CULTURA Confira relato de uma visita à Fazenda dos Alpes. PÁG. 7 SAUDADES Leitores ressaltam carinho por Chiador. PÁG. 8 Arte: Caroline Frizeiro. Imagens: Arquivo JC Foto: Renato Rosa Saudades de Chiador G ostaria de deixar minha nota de carinho por esta cidade. Conheço Chiador há muitos anos, desde o time de futebol Santa Cruz. Meu nome é José Alfredo Alves Monteiro, conheci minha esposa na cidade, filha de Isaías Nogueira Penido (vereador por alguns mandatos) e Ana Augusta Nogueira Penido. Tenho muitas saudades dos tempos em que convivi nesta cidade, das pessoas que fiz amizade, como Jorge Lemos, Mazinho, goleiro do time e outros. Estive na cidade semana passada, onde ganhei um exemplar na padaria do Jorge. Caso possível gostaria de receber as edições do Jornal de Chiador, as despesas para o envio serão por minha conta. Aguardo uma resposta para saber como proceder para re- ceber. Parabéns pelo jornal, um abraço. (José Alfredo, de Pe- trópolis, via e-mail) G ostaria de deixar aqui uma nota com a es- perança de ser publicada. Amigos leitores do Jornal de Chiador, foi lendo o exem- plar de janeiro e fevereiro que me deparei com saudade de Christiane Ohara. Tive a certeza que não sou só eu que tenho saudades da minha ju- ventude, onde uma parte pas- sei em Chiador. Como disse Christiane, veio o progresso, mas no meu caso foi o destino. Meu nome é Neusa Alves Monteiro, sou natural de Pe- trópolis - RJ, conheci Chiador através de Cleuza Beppler Pinido Monteiro, hoje minha cunhada. Cleuza trabalhava aqui em Petrópolis e sempre ia para casa de seus pais em Chiador, sr. Izaías Nogueira Penido e dª. Ana Augusta Be- ppler Nogueira. O sr. Izaías foi várias vezes vereador em Chiador, eles moravam em uma casa alta que existia bem em frente à igreja (hoje uma nova casa), embaixo da casa ficava a Igreja Batista em que o dirigente era sr. Izaías. Nosso divertimento era a praça e às vezes, aos domin- gos, o futebol. À noite, sen- távamos no banco da praça e ficávamos conversando, mui- tas das vezes iluminados pela lua. A viagem para Três Rios era feita pela empresa São Geraldo, a estrada era de bar- ro, quando sol, muita poeira, e na chuva, muita lama, onde o ônibus muita vezes atolava. Foram dias felizes que passei em Chiador. Veio o casamento do meu irmão com Cleuza em 1975. Continuei indo a Chiador, anos depois sr. Izaías mu- dou se para Petrópolis com sua família, mas eu graças a Deus fiz muitas amizades em Chiador e continuei visitando esta cidade, que é a minha se- gunda casa. Hoje estou com 60 anos e sempre que posso vou pas- sear em Chiador, pois tenho muito amor por esta linda ci- dade que conheci nos tempos da minha juventude, tenho também uma música que me ajuda a recordar. Tenho certeza que existem muitas pessoas como eu e Christiane que têm uma his- tória de amor a Chiador. Eu me lembro com sauda- des! O tempo passa tão de- pressa, mas em mim ficou as tardes de domingo, quantas alegrias! Belos tempos e be- los dias! Hoje os meus domingos são doces recordações daquelas tardes de sonhos e canções. O que foi felicidade me mata agora de saudade... Belas tar- des, belos dias! Gostaria de sugerir que fosse feita uma reportagem sobre sr. Izaías, já faleci- do. Gostaria de receber um exemplar caso minha nota for publicada. (Neusa Alves Monteiro, de Petrópolis/RJ, via e-mail) A Igreja Matriz, em foto de 1972 Foto: Arquivo pessoal - Neusa A. Monteiro JC responde A gradecemos aos leitores José Alfredo e Neusa, ambos de Petrópolis/RJ, pela mensagem. Os exemplares do JC serão postados via Correios. Lembrando que o Jornal precisa de voluntários que fiquem responsáveis pela postagem de jornais para os chiadorenses de coração que moram fora. Se quiser nos ajudar, entre em contato! Acesse, comente e curta nossa página no Facebook: facebook.com/jornaldechiador Mãe, que a beleza das flores a envolva hoje e sempre. Que você irradie o amor e a alegria que sempre nos ofereceu, fazendo-nos sentir amados e protegidos. Parabéns pelo seu dia! Uma homenagem do JC a todas as mães. Ilustração: internet Feliz Aniversário! Abril Janice Costa Salomão - 7

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Edição 53 do Jornal de Chiador

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Page 1: JC - Abril de 2015

abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR

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JORNAL

DE

CHIADORCom notícias de Parada Braga, Penha Longa e sede

Comunitário de Verdade / abril de 2015 / Ano VII - Nº 53/ Distribuição Gratuita

SAÚDE

Moradora de Penha Longa destaca problemas da área.

PÁG. 3

LAZER

Torneio de buraco agita a Parada Braga.

PÁG. 7

PREVINA-SE

Escorpiões são encontrados em fazenda.

PÁG. 3

TRANSPORTE

Moradores fazem mais reclamações contra a São Geraldo.

PÁG. 5

CULTURA

Confira relato de uma visita à Fazenda dos Alpes.

PÁG. 7

SAUDADES

Leitores ressaltam carinho por Chiador.

PÁG. 8

Arte: Caroline Frizeiro. Imagens: Arquivo JC

Foto: Renato Rosa

Saudades de Chiador

Gostaria de deixar minha nota de carinho por esta cidade. Conheço Chiador há muitos anos, desde o

time de futebol Santa Cruz.Meu nome é José Alfredo Alves Monteiro, conheci

minha esposa na cidade, filha de Isaías Nogueira Penido (vereador por alguns mandatos) e Ana Augusta Nogueira Penido.

Tenho muitas saudades dos tempos em que convivi nesta cidade, das pessoas que fiz amizade, como Jorge Lemos, Mazinho, goleiro do time e outros. Estive na cidade semana passada, onde ganhei um exemplar na padaria do Jorge.

Caso possível gostaria de receber as edições do Jornal de Chiador, as despesas para o envio serão por minha conta. Aguardo uma resposta para saber como proceder para re-ceber.

Parabéns pelo jornal, um abraço. (José Alfredo, de Pe-trópolis, via e-mail)

Gostaria de deixar aqui uma nota com a es-

perança de ser publicada. Amigos leitores do Jornal de Chiador, foi lendo o exem-plar de janeiro e fevereiro que me deparei com saudade de Christiane Ohara. Tive a certeza que não sou só eu que tenho saudades da minha ju-ventude, onde uma parte pas-sei em Chiador.

Como disse Christiane, veio o progresso, mas no meu caso foi o destino.

Meu nome é Neusa Alves Monteiro, sou natural de Pe-trópolis - RJ, conheci Chiador através de Cleuza Beppler Pinido Monteiro, hoje minha cunhada. Cleuza trabalhava aqui em Petrópolis e sempre ia para casa de seus pais em Chiador, sr. Izaías Nogueira Penido e dª. Ana Augusta Be-ppler Nogueira. O sr. Izaías foi várias vezes vereador em Chiador, eles moravam em uma casa alta que existia bem em frente à igreja (hoje uma

nova casa), embaixo da casa ficava a Igreja Batista em que o dirigente era sr. Izaías.

Nosso divertimento era a praça e às vezes, aos domin-gos, o futebol. À noite, sen-távamos no banco da praça e ficávamos conversando, mui-tas das vezes iluminados pela lua.

A viagem para Três Rios era feita pela empresa São Geraldo, a estrada era de bar-ro, quando sol, muita poeira, e na chuva, muita lama, onde o ônibus muita vezes atolava. Foram dias felizes que passei em Chiador.

Veio o casamento do meu irmão com Cleuza em 1975. Continuei indo a Chiador, anos depois sr. Izaías mu-dou se para Petrópolis com sua família, mas eu graças a Deus fiz muitas amizades em Chiador e continuei visitando esta cidade, que é a minha se-gunda casa.

Hoje estou com 60 anos e sempre que posso vou pas-

sear em Chiador, pois tenho muito amor por esta linda ci-dade que conheci nos tempos da minha juventude, tenho também uma música que me ajuda a recordar.

Tenho certeza que existem muitas pessoas como eu e Christiane que têm uma his-tória de amor a Chiador.

Eu me lembro com sauda-des! O tempo passa tão de-pressa, mas em mim ficou as tardes de domingo, quantas alegrias! Belos tempos e be-los dias!

Hoje os meus domingos são doces recordações daquelas tardes de sonhos e canções. O que foi felicidade me mata agora de saudade... Belas tar-des, belos dias!

Gostaria de sugerir que fosse feita uma reportagem sobre sr. Izaías, já faleci-do. Gostaria de receber um exemplar caso minha nota for publicada. (Neusa Alves Monteiro, de Petrópolis/RJ, via e-mail)

A Igreja Matriz, em foto de 1972

Foto: Arquivo pessoal - Neusa A. Monteiro

JC responde

Agradecemos aos leitores José Alfredo e Neusa, ambos de Petrópolis/RJ, pela mensagem. Os exemplares

do JC serão postados via Correios. Lembrando que o Jornal precisa de voluntários que fiquem responsáveis pela postagem de jornais para os chiadorenses de coração que moram fora. Se quiser nos ajudar, entre em contato!

Acesse, comente e curta nossa página no Facebook:

facebook.com/jornaldechiador

Mãe, que a beleza das flores a envolva hoje e sempre. Que você irradie o amor e a alegria que sempre nos ofereceu, fazendo-nos sentir amados e protegidos. Parabéns pelo seu dia!

Uma homenagem do JC a todas as mães.

Ilustração: internet

Feliz Aniversário!

Abril Janice Costa Salomão - 7

Page 2: JC - Abril de 2015

abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR

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EXPEDIENTE:JORNAL DE CHIADOR é um veículo comunitário e sem fins lucrativos editado pela Associação Comunitária Amigos do Jornal de Chiador. CNPJ 10.966.847/0001-89Jornalista responsável: Rodrigo Galdino - MTb 15.219/MG | Projeto gráfico: Daisy Cabral | Diagramação: Caroline Frizeiro| Revisão: Bruno Fuser, Caroline Frizeiro, Rodrigo Galdino

Colaboradores: Anderson Vieira, Arlety de O. e Silva, Carla Izidora, Carlos H. I. Ferreira, Cintia Gonçalves, Cristiane Ohara, Fabiana Resende, Felipe Carneiro, Gabriel de Mattos Cassaro, João Cassaro, José Alfredo, Lívia Aparecida de Souza, Marcelo Vasconcelos Braga, Marco Antonio Silva, Neusa Alves Monteiro, Renato Rosa, Rosilene Leopoldo, Vânia Afonso, Wladimir Flores de Matos.

APOIO: Projeto “Chiador: Jornalismo Comunitário, História e Ação Cultural” - UFJF - FAPEMIGProjeto de Extensão Novas Tecnologias e Ação Comunitária - Coordenação: Prof. Dr. Bruno FuserGrupo de Pesquisas “Processos Comunicacionais, Educação e Cultura”/ UFJFTIRAGEM: 1.000 exemplares | PERIODICIDADE: mensal E-MAIL: [email protected]

“Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião da equipe editorial do JC”

Piadinhas do GabrielGabriel de Mattos Cassaro (retirado da internet)

O pai do Joãozinho fica apavorado quando eu lhe mostro o boletim:

- Na minha época as notas baixas eram punidas com uma boa surra - comenta contrafeito.- Legal, pai! Que tal pegarmos o professor na saída ama-nhã?

O bebezinho da casa do Juquinha chorava o dia intei-ro. Um dia o amigo de Juquinha lhe disse:

- Seu irmão é chato, hein? Que menino chorão!- Pois eu acho que ele tá certo.- Certo como?- Queria ver o que você faria se não soubesse falar, fosse banguela, careca e não conseguisse ficar de pé.

Na feira uma mulher vê um agricultor vendendo mo-rangos e diz:

- Seus morangos são maravilhosos, bonitões mesmo, o que você usa para deixá-los assim?, perguntou a moça.- Eu uso esterco de cavalo e esterco de vaca - respondeu o agricultor.- Nossa!, que gosto horrível teria, eu colocaria chantili.

Torneio de Buraco movimenta Parada BragaAnderson Vieira (Russo)

No último dia 12, acon-teceu no Bar do Paulo

Henrique, no bairro da Pa-rada Braga, o 1º Torneio de Buraco do local. O evento contou com a participação de 32 pessoas, entre mora-dores da cidade e visitantes, que formaram 16 duplas, se enfrentando de forma elimi-natória.

O objetivo do torneio foi promover a diversão e lazer entre os participantes, in-centivando o entretenimento saudável entre amigos, que saíram do local muito satis-feitos com a recepção excep-cionalmente farta, calorosa e agradável do dono do esta-belecimento.

Os parceiros Russo e Ca-semiro foram os felizardos da dupla campeã, garantindo mais um troféu para a cole-ção.

O sucesso do acontecimento já garantiu entre os competi-dores a data do próximo tor-neio, que acontecerá dia 10 de maio, mas, desta vez, no Quiosque do Felipe, na Praça de Chiador, a partir das 9 ho-ras da manhã.

O jogo de Buraco, também conhecido como Biriba, surgiu aproximadamente nos anos 40 na América do Sul, sofrendo várias adaptações, até tomar o formato de roda de amigos, que se reuniam em casa ou praça pública.

Foto: Felipe Carneiro

Torneio de Buraco da Parada Braga reuniu 32 pessoas

Penha Longa sedia encontro de Sanfoneiros e Calangueiros

Não percam o Encontro de Sanfoneiros e de Calangueiros na Quadra Poliespor-tiva de Penha Longa! Dia 16 de maio de 2015, às 17h50. Haverá ônibus vindo

de Levy e Moura Brasil. Contamos com a presença de todos.

Organização do evento

REENCONTROS

A página do JC serve também para ajudar no reencontro de amigos.

Veja o texto que recebemos de um carioca, que estava à procura de um amigo chiado-rense (conhecido nosso, muito querido de Chiador e leitor assíduo do JC). Já forne-cemos, offline, os respectivos contatos. Eis a mensagem:

“Olá amigos. Em 2003, trabalhei com um amigo aqui no RJ, na antiga Telemar, que era morador de Chiador. Ele chama-va-se Cezar Alvim. Russo, magrinho, e muito comediante… Seria o mesmo autor destas letras? Caso seja, será que vocês poderiam me ajudar a reencontrá-lo ou conversarmos por telefone. Abraços.” (Luiz Eduardo Ferreira, via Facebook)

SAUDADES DO PASSADO

Da edição de janeiro, dois textos que falam do passado fi-zeram sucesso na página do JC no Facebook. A poesia do

Wladimir, intitulada “Chiador de outrora”, rendeu comentários como o de Miria Marcia Neto de Souza, pra quem “só ficaram lem-branças...” desta época. Sobre o texto de Christiane Ohara (Triste Berrante), o leitor Leandro Pacheco disse: “Nossa, que saudades de Chiador MG, tenho tios e primos em Chiador, Penha longa e Três Rios; adoro. Vou sempre para esses três lugares... Amooooo”. Acesse também a nossa página na internet. Lá tem fotos coloridas e conteúdos extras!

MAIS ACESSOS

Nossa edição 52 (fevereiro-março) também fez sucesso na internet. O

texto com maior número de visualizações (344) foi a matéria “Tem alguém aí”, da Rosilene Leopoldo, que retratou os pro-blemas da Viação São Geraldo. (Sobre isso, veja matéria nas páginas 4 e 5)

A matéria sobre a área de lazer de Fur-nas, na região da Fazenda do Dilermando, também repercutiu. A leitora Ana Maria Theophilo Martins curtiu a notícia e ainda fez um comentário: “Saudades do meu si-tio… esse era o caminho.. bem pertinho… era meu cantinho...”.

Hoje, um dia especial

No dia 12 de março comemoramos um aniversário muito especial: um adolescente que completou mais um ano de vida, com muitas alegrias. Foi o seu, Everton, meu queri-

do.Que a lembrança de momentos felizes marquem esse e todos os anos de sua vida, que o

caminho que você trilha, que é a escolha de servir a Deus, te traga paz, felicidades, e que a palavra de Deus possa fluir em todos os momentos.

E a vocês, pais e avós do Everton, continuem tendo sabedoria para criá-lo e educá-lo sem-pre nesse caminho.

“Honra a teu pai e a tua mãe para que te prolonguem os teus dias sobre a terra que o Se-nhor teu Deus te dá” (Gn 20, 12). (Vania Afonso e João Cassaro)

Da esquerda para a direita: André, Eliabe, Everton (aniversariante), Maria Izabel e Valéria

Foto: Vânia Afonso

2Fazenda dos Alpes: história de Chiador... que necessita de grandes cuidados

No dia 2 de março, guiado por José Carlos Resende (Zezinho), acompanhado da filha dele, Miriam, e de minha mulher, Neiva, conheci a Fazenda dos Alpes, antiga

sede de importante produção de café. Hoje, no entanto, o casarão necessita de muitas re-formas, e só não está pior graças aos cuidados do simpático Arlene Fernandes de Souza, que zela por aquele espaço histórico. A fazenda foi fundada no século XIX por Francisco Leite Ribeiro, que recebeu a concessão de sesmaria em 1817. Francisco Leite Ribeiro era irmão de Custódio Ferreira Leite, o Barão de Aiuruoca. Sobre o imenso terreiro em frente à sede cresceu mato, e já não dá para ver as pedras onde secava o café. Também merece visita a igreja católica, da mesma época, que era a capela particular da fazenda, e está ainda muito bem cuidada pelos moradores do local, onde há várias casas próximas à sede. No entanto, desde o ano passado não mais há missa na igreja, que deixou de receber a visita de padres que vinham de Mar de Espanha.

Bruno Fuser

Em sentido horário:a fachada dafazenda; o salãointerno; o interiorda Igreja; o nosso“guia”, José CarlosResende (Zezinho)

Fotos: Bruno Fuser

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abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR

36 Escorpiões são encontrados em área rural de ChiadorDa Redação

No dia 31 de março, o agente municipal de Vi-gilância Epidemiológica Renato Rosa esteve na

Fazenda Bomirar, na região da Floresta, onde foram encontrados escorpiões amarelos (espécie Tityus ser-rulatus), que foram coletados para fabricação de soro. O JC ouviu relatos de profissionais da área de saúde que confirmaram que, em Penha Longa, já houve dois acidentes recentes com escorpiões. Diante disso, Rena-to Rosa nos encaminhou algumas dicas de prevenção. Acompanhe abaixo:

Como prevenir escorpiões em casaRenato Rosa, com informações da internet

- Conserve quintal, jardim, garagem e porão livres de entulho, madeira, folhas secas ou lixo.

- Não se deve colocar a mão em buracos no solo, fendas em árvores e sob ninhos de cupim de montículo.

- Nunca deixe lixo ou coisas velhas acumuladas em volta da casa, principalmente restos de construção.

- Procure sacudir roupas, toalhas e calçados antes de usar.

- Material de construção, madeiras, garrafas, devem ser empilhados longe do chão, da parede e do teto, em local bem arejado.

- Feche buracos, vãos e frestas das paredes, chão ou móveis, de dentro e de fora da casa. Vede soleiras de portas.

- Ponha telas nos ralos do chão, pias e tanques. Se suas portas não são vedadas, ao anoitecer, feche os vãos das portas que dão para a rua e para o quintal.

- O lixo deve ser fechado em sacos, para evitar baratas e outros insetos que pode-riam atrair o interesse dos escorpiões.

- Manter sempre um controle de baratas eliminando abrigo e alimento, e quando necessário providenciar o controle químico destes insetos.

- Utilização de ralos protetores.

- Evite ter plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras junto a paredes e muros da sua casa.

SOS SaúdeRosilene Leopoldo

Sr. Secretário de Saúde, pedimos que Vossa

Senhoria nos esclareça dois procedimentos da Unidade de Saúde do distrito de Pe-nha Longa.

Um é sobre o atendimen-to do médico pediatra, se é por ordem de marcação ou ordem de chegada após a marcação?

E o segundo ponto é sobre o atendimento do serviço de enfermagem no atendi-mento domiciliar, que nun-ca mais funcionou depois da saída desta unidade das enfermeiras Denyr e Sele-nir Gonçalves. Desde suas dispensas, ficamos sem este serviço.

Precisando, em nossos momentos de necessidade deste atendimento, recorre-mos à enfermeira Maria das Graças Silva, que é lotada na Unidade de Saúde da ci-dade de Três Rios, pois os seres destacados no posto não são capazes de dar con-tinuidade ao trabalho fora da unidade.

A enfermeira Paula vinha

tentando suprir essa lacuna, porém já há algum tempo que não aparece mais em nossas casas. Sem nenhuma explicação, aqui há pessoas acamadas, necessitando de serem atendidas. Nos finais de semana ai de nós se não fosse a enfermeira Maria das Graças.

Não temos ninguém para fazer curativo, injeções, aferir pressão, somos obri-gados a recorrer a pesso-as de fora da Unidade de Atendimento de Base. Por que seus funcionários em fins de semana e feriados e até mesmo em dias comuns não gostam ou são ordens suas de não saírem da uni-dade ou é para não se tor-narem escravos da comuni-dade, como já ouvimos de uma de suas enfermeiras-chefe?

Aqui já tivemos boas enfermeiras como Fabia-na, Selenir, Denyr, Paula, que estavam sempre dis-poníveis para nos atender. Quanta saudade dos velhos tempos.

NOTA DA REDAÇÃO: O Jornal de Chiador encami-nhou a reclamação ao secretário de Saúde do município, que não se manifestou.

Foto: Renato Rosa

O escorpião amarelo, espécie venenosa encontrada na zona rural da cidade.

Comunicado aos eleitoresSelenir Gonçalves, vereadora

A vereadora Selenir Gonçalves, eleita pelo partido PT com 131 votos, vem pelo presente comunicar à população penhalonguense e a seus eleitores o seu tra-

balho no cargo para o qual foi eleita.Indicações feitas para apreciação do plenário e posteriormente serem encaminha-

das ao Prefeito:

- Indicação nº. 33/2013, de 24/05/2013, reconstrução do parquinho infantil.- Indicação nº. 35/2013, de 03/06/2013, reforma da praça Dr. Juscelino Kubits-

chek de Oliveira.Indicação nº. 37/2013, de 03/06/2013, pontos de ônibus na Rua Shangrilá, Rua

Virgílio Coutinho, na praça em frente ao Posto de Saúde. - Indicação nº. 38/2013, de 03/06/2013, recolocação da denominação do Caminho

da Igreja Nossa Senhora da Penha.

- Indicação nº. 39/2013, de 03/06/2013, aquisição de uma ambulância para o dis-trito de Sapucaia de Minas.

Todas estas indicações foram submetidas ao Executivo com sucesso, estando qua-se todas em fase final, para serem entregues à comunidade. Estando pendente dos três pontos de ônibus pedidos, dois a serem construídos.

Tendo todas as suas indicações aprovadas, a vereadora agradece a Câmara e ao Prefeito Municipal por suas aprovações.

Através desta singela mensagem venho a público agradecer ao Prefeito por ter acolhido as indicações que fiz. Saiba, prefeito Moisés, que as melhorias promovidas em Penha Longa darão à nossa população um excelente local de convivência e confraternização.

Selenir e o deputado Mourão

Foto: Renato Rosa – Arquivo Pessoal

Aos fofoqueiros de plantão...Cristiane Ohara

Me perdoem os bons de coração, pois vou

utilizar o espaço aqui para “responder” aos que perdem seu precioso tempo falando mentiras a meu respeito.

Queria dizer, na verdade sugerir, que cuidem mais e melhor de suas vidas, estu-dem, busquem a Cultura, para preencher suas mentes e corações vazios, já que a reli-gião não está ajudando, pois não é praticada.

Nós temos aqui na cidade um lugar maravilhoso para isso, muito bem asseado e mantido por pessoas cui-dadosas e bem informadas - chama-se: BIBLIOTECA! Lá encontrarão material vas-to para leitura com os mais variados temas e o melhor, é de graça!

Para quem prefere algo menos profundo, mas que também proporcionará mo-mentos enriquecedores, pode

optar pelo cinema em Três Rios. Às terças, tem sempre uma promoção especial com preços convidativos. E se não puderem pagar o lanche no shopping, leve o biscoito de casa!

A não ser que prefiram, in-felizmente, permanecerem em suas inércias, limitadas às suas ignorâncias. Se for esse o caso, continuem então a viver como vivem, uma vidi-nha medíocre num universo fétido de fofocas, mentiras e maledicências.

As pessoas ignorantes se ‘divertem’ com esse tipo de coisa; já as sábias, aprovei-tam melhor o seu tempo, cui-dando de suas vidas, traba-lhando e/ou estudando para se prepararem melhor para as oportunidades de crescimen-to que surjam.

Falando nisso, encerro aqui meu recado, pois tenho mais o que fazer. Namastê a todos.

Imagem: Internet

Posto Companheiro

Chiador-MG

Tel: (32)3285-1166

INFORME PUBLICITÁRIO

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abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR abril/ 2015 JORNAL DE CHIADOR

4 5Mãe – ser ou não ser? Eis a questão

Lívia Aparecida de Souza, psicóloga

O que significa ser mãe na atualidade?

Uma pergunta que assola e perturba muitas mulheres da sociedade pós moderna. Em tempos não tão distan-tes, o papel da mulher era, após o casamento, servir ao seu marido e filhos. Ser um exemplo para que os que a cercassem, pudessem se es-pelhar.

Alguns anos se passaram e essa mulher citada ante-riormente está quase extin-ta. Emergiu com o seu dese-jo e hoje vive em busca de outros objetivos. Ela estuda muito mais, foca no merca-do de trabalho e disputa acir-radamente com os homens, que anteriormente dominavam a arte de sustentar suas famílias.

As mulhe-res de hoje têm domínio do seu corpo e suas es-colhas. A partir disso, mui-tas postergam uma gravidez e existem ainda as que pre-ferem não serem mães. Mas o que faz uma mulher que-rer ser mãe nos dias atuais? – outra ótima questão.

Ser mãe hoje requer jor-nada dupla, às vezes tripla. É retornar, nostalgicamente, aos séculos passados. Po-rém, ciente que, com o acú-mulo de funções, se tornará multiplicadas vezes exausta e ainda assim se candidatar ao emprego. Ser mãe é tra-balhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem férias, sem folgas, sem descanso, hora extra ou décimo ter-ceiro. É estar sempre alerta, é ser vidente, paramédica,

professora, cozinheira, la-vadeira, estilista, desenhista, cabeleireira, atleta... e à noi-te, esgotada, conseguir ser contadora de histórias.

É a profissão com o patrão mais exigente, os filhos. Re-quer pré requisitos e expe-riência, mas não tem curso profissionalizante. Sua fun-ção primordial é ser respon-sável pela formação do cará-ter e pela vida de alguém. E lhe ordenam frequentemen-te: “faça-o viver!”. Deman-da-se dedicação em período integral, não tem RH e não é permitido pedir demissão. De fato, como todas as pro-

fissões, para ser bem suce-dido, precisa ser investido, gostar do que faz e ter o dom. Não é à toa que muitas mulhe-res escolhem outro ofício.

Muito embo-ra costumemos

associar as mães à figura da-quela que engravidou e deu à luz, a função materna vai muito além disso. Ser mãe é sinônimo de cuidado, de desejar a sobrevivência da-quele bebê. Que ele cresça saudavelmente para dar con-tinuidade à humanidade. E esse papel pode ser desem-penhado por qualquer pes-soa, seja o pai, os avós ou a moça do refeitório. Leva o título de mãe aquele indi-víduo que, acima de todas suas falhas e faltas, obtidas enquanto ser humano, abdi-ca de si e dedica-se ao outro. De graça, por amor.

A todas as mães, a minha medalha de honra ao mérito. Feliz dia das mães!

Moradores voltam a criticar serviços da São GeraldoDa Redação

Os chiadorenses voltaram a fazer reclamações contra a má qualidade dos serviços pres-tados pela Viação São Geraldo. A empresa já foi alvo de críticas em diversas edições

do JC. Em abril, vereadores de Chiador se reuniram com um representante da empresa [veja quadro], mas até agora tal encontro não trouxe nenhum resultado concreto para a comunidade. Diante disso, o JC postou mensagem no Facebook, querendo saber quais os principais proble-mas apontados pelos usuários. Em apenas 24 horas, diversos moradores interagiram; acompa-nhe aqui algumas reclamações.

A São Geraldo conversou com nossa equipe, mas não autorizou a divulgação do conteúdo da entrevista.

LINHA DO TEMPOReclamações contra São Geraldo são antigas

À direita: Em 2014, fiscalização da ANTT esteve na cidade. Mas problemas continuaram.

Abaixo: Edição de 2008 do JC já trazia crítica de usuário.

Arquivo - JC - jun/2008

Arquivo - JC - jun/2014

Até quando, São Geraldo?Fabiana Resende

Chiadorenses que utili-zam o transporte pú-

blico: gostaria que lessem o comentário abaixo, com rela-ção à São Geraldo.

Méritos são dados a esta empresa e ninguém tira, afi-nal de contas foram anos e anos andando nas estradas esburacadas do município de Chiador. Mas tenho que apontar, a meu ver, algumas falhas gravíssimas. Primei-ramente é com relação ao horário. É um sério proble-ma para nós dependentes de transporte público, pois não se tem horários diversifica-dos. Por exemplo, na parte da manhã, de Chiador para Três Rios, de 7:30 a 11:45 existe um “buraco”... Ou seja, nes-se longo intervalo não existe nenhum horário. Assim como de Três Rios para Chiador, de 18:30 a 22:30... outro buraco. E quer saber de mais um bu-racão? De 17:15 as 5:30 do outro dia, de Chiador a Três Rios…

A realidade é que esta em-presa se acostumou tanto com os buracos, que como os das estradas acabaram ela os adaptou aos horários. Para suprir nossas reclama-ções a empresa colocou um micro-ônibus. Inicialmente achei um sucesso!!! Novos horários... melhores acomo-dações... música... ar condi-cionado... E, por traz disso, a passagem mais cara... o que achei justo e correto. Quer conforto? Pague por ele.

Mas tenho com relação ao micro-ônibus duas observa-ções: música e ar condicio-nado só funcionaram na pri-meira semana!!! E a segunda observação, a mais grave! A empresa tirou horário fixo para obrigar a população a pagar por esta passagem mais

cara. Exemplo: 12:00, que era ônibus convencional de Três Rios para Chiador, dei-xou de rodar para o micro en-trar nesse horário. E tudo isso porque o horário de meio-dia é um dos horários mais requi-sitados.

Bem, agora vou falar das condições físicas dos ônibus. Estes ônibus são os mesmos que rodaram há anos e anos nas estradas esburacadas... Eu nem ligo se disserem que eu sou repetitiva, pois que os ônibus não têm conforto, vivem andando lotados, isso todo mundo já sabe! Mas eu, que ando neles, nunca me cansarei de repetir até que se reverta estas situações.

A realidade é que fomos favorecidos com o asfalto e achamos que ia mudar algu-ma coisa, mas os horários e ônibus continuam os mes-mos. A população trabalha e precisa de um transporte pú-blico digno. Chega a ser falta de respeito... Pessoas que a gente sabe que pagam pas-sagem todos os dias, que vão para Três Rios no 5:30 e ao retornarem no 18:30 não têm lugar para sequer sentar, vêm espremidas entre sacos e sa-colas... Pode isso gente? Será que pode?

E aí eu pergunto: Quem é responsável por isso? Quem fiscaliza isso? O povo deve continuar pagando para ter este tipo de serviço? Será que a Prefeitura pode fazer algu-ma coisa? Será que a Câmara de Chiador pode fazer algu-ma coisa? Será que a popula-ção toda que é revoltada com isso tudo que eu escrevi tem o poder de fazer alguma coisa? Gostaria que quem de direi-to me respondesse isso. Faço questão que essas minhas ob-servações sejam publicadas.

Vereadores se reúnem com empresaWladimir Flores de Matos

No início do mês de abril de 2015, por iniciativa

do presidente da Câmara de Vereadores do município de Chiador, vereador Valdir da Van (PT), foi convocada uma reunião com o representante da Viação São Geraldo, para tentar solucionar as deman-das negativas da empresa.

Foram abordados vários assuntos, tais como: as mu-danças de alguns horários, e a possível melhora na frota.

Também foi levantado pelo vereador Valdir da Van a im-plantação do bilhete único, mas a implantação do mes-mo aumentaria em cerca de quarenta centavos para os moradores de Penha Longa, por outro lado haveria uma compensação que viria atra-vés de mais horários alter-nativos, com o preço único da passagem em torno de R$2,60. “Embora que, para isso acontecer, nós vereado-

res temos que ver se o povo quer essa mudança, pois toda mudança gera impacto e às vezes temos que abrir mão de algo para recebermos benefí-cios ainda melhores”, disse o vereador Valdir.

Todos os processos estão sendo estudados, e eu gosta-ria que o Jornal fizesse uma enquete sobre esse assunto, para tomarmos uma decisão coerente e benéfica para a po-pulação.

Da esquerda para a direita, os vereadores Emanuel, Jamil, Valdir, Claudenir, Selenir, e o representante da São Geral-do, Agnaldo Kopke.

Foto: Wladimir Flores de Matos

Alguns motoristas não esperam uma mãe com a criança no colo sentar-se, já logo sai arrancando com o ônibus. (Comigo acontece

isso sempre!!!). E quando não tem mais lugares de assento disponíveis, os passageiros sentados de repente dormem, ou seja, fingem, só para não ceder o lugar. Então cabe ao trocador ou até mesmo ao motorista pedir aos passageiros que cedam o lugar. E isso não serve só para pessoas com crianças no colo, mas sim gestantes, deficientes físicos, idosos etc. Na Transa o motorista não sai com o ônibus enquanto não cedem o lugar! (Cintia Gonçalves)Trabalho com transporte coletivo, onde trabalho o agente

fiscalizador, digo ANTT, é rígido e imparcial, não sei se já foi feita alguma denúncia, fica a dica! E a nossa Câmara de Vereadores também deveria nos ajudar, marcando uma audiência pública com a direção da empresa e a comunidade usuária dos serviços da mesma, para ajustes de horários e explicação da frota com idade avançada e falta de investimentos. Como a Fabiana Resende deixou claro, não há interesse em prejudicar ninguém, o que se busca é a melhora contínua do nosso serviço de transpor-te! (Marco Antonio Silva)

Creio que a condição de trabalho dos funcionários não é muito boa

e os ônibus também são um problema. Por diversas vezes quebram pelo ca-minho, causando um transtorno muito grande. (Marcelo Vasconcelos Braga)