jb news informativo nr. 1.066

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1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 [email protected] Informativo Nr. 1.066 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - domingo, 04 de agosto de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - Ir Barbosa Nunes - Drogas: a sociedade p´recisa de atos de coragem Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Verbete da Semana: Bom Senso Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - O jumento de Jesus Bloco 5 - IrLuís Felipe Brito Tavares - A Formiga e o Elefante Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas - "Substituição de cargo" Bloco 7 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet Colaboradores Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 04 de agosto de 2013, 216º dia do calendário gregoriano. Faltam 149 para acabar o ano. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

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Page 1: Jb news   informativo nr. 1.066

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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

www.radiosintonia33 – [email protected]

Informativo Nr. 1.066 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV

Loja Templários da Nova Era nr. 91

Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras

Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC

Florianópolis (SC) - domingo, 04 de agosto de 2013

Índice: Bloco 1 - Almanaque

Bloco 2 - Opinião - Ir Barbosa Nunes - Drogas: a sociedade p´recisa de atos de coragem

Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Verbete da Semana: Bom Senso

Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - O jumento de Jesus

Bloco 5 - IrLuís Felipe Brito Tavares - A Formiga e o Elefante

Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas - "Substituição de cargo"

Bloco 7 - Destaques JB

Pesquisas e artigos:

Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org

- Imagens: próprias e www.google.com.br

Hoje, 04 de agosto de 2013, 216º dia do calendário gregoriano. Faltam 149 para acabar o ano.

Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

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O Nosso Lado da Escada

João Guilherme

Os Graus do Real Arco chegaram à América no século XVII,

quando os Estados Unidos ainda eram colônia inglesa, herança

direta da Grande Loja dos Antigos e, indireta, das mais antigas

práticas irlandesas. Lá foram conservados e já estavam

consolidados em sua forma definitiva quando o General Grand

Chapter foi criado em 24 de outubro de 1797. Chegaram ao

Brasil em 1993 e, passados quase vinte anos, são praticados com

entusiasmo pelos Maçons brasileiros de todos os Ritos e das três

Potências regulares brasileiras.

Como tudo que é novo, tivemos que começar a partir do zero,

produzindo os materiais necessários, organizando um sistema

administrativo e nos capacitando para um relacionamento internacional constante.

Com a chegada do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, em 2001,

crescemos muito, é verdade, o que implicou em responsabilidades ainda maiores. Uma das mais

importantes é preparar bibliografia. Ela existe e é farta, mas está em inglês. Por isto, dadas as

peculiaridades do Real Arco no Brasil, é chegada a hora de começar a dividir o que aprendemos

nestes anos, para preparar talentos que possam prosseguir a jornada.

Este livro é apenas o início, o primeiro passo. Conhecendo tão bem nossos Companheiros, é certo

que será seguido por melhores e mais talentosos escritores. Afinal, é para isto que existem os

Mestres de Liturgia.

1578 - Batalha de Alcácer-Quibir: o rei de Marrocos derrota o exército português e o rei D. Sebastião de Portugal é morto. A coroa é herdada pelo seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, abrindo

caminho a uma crise dinástica.

Eventos Históricos

Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.

1 - ALMANAQUE

Livros Indicados:

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1666 - Comandando a frota inglesa, Príncipe Rupert do Reno derrota o almirante Michiel de Ruyter

na Batalha do Dia de Santiago Maior. 1693 - Data tradicionalmente citada como o dia em que Dom Pérignon inventou o champanhe.

1789 - A Assembleia Constituinte em França decreta o fim das corveias e outros privilégios

feudais. É o fim do Antigo Regime. 1944

o Segunda Guerra Mundial: Os exércitos aliados libertam Florença.

o A Gestapo captura Anne Frank e sua família em Amsterdam graças a um informante. Anne

morreu em um campo de concentração e seu diário ficou mundialmente famoso. 1978 - Decreto-lei assinado pelo presidente Ernesto Geisel proibe greve nos setores de segurança

nacional e serviços de primeira necessidade.

1980 - Dezenas de pessoas morrem atingidas pela lava do vulcão Allen, no leste do Caribe. 1984 - A república africana do Alto Volta muda seu nome para Burkina Faso.

2005 - Início da Wikimania, primeiro encontro internacional de wikipedistas, em Frankfurt

(Alemanha).

Dia do Padre

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)

1753 Ir.George Washington, 1º presidente americano, feito Mestre Maçom na

Fredericksburg Lodge, na Virgínia.

1858 A Loja Amizade, primaz da cidade de São Paulo, cede suas dependências

para que os irmãos protestantes celebrem “os actos de sua religião”. O

Venerável era o padre Fortunato Gonçalves Pereira de Andrade.

1936 Fundação do Grande Oriente Estadual do Ceará, federado ao GOB. 1973 Criado o Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira, embrião da

COMAB - Confederação da Maçonaria Brasileira.

2001 Em represália ao ganho de causa do Soberano Grande Comendador Luiz

Fernando Rodrigues Torres na Justiça profana, a GLMERJ arbitrariamente

o expulsa e também aos irmãos que lhe permaneceram fiéis. O decreto de

expulsão é colocado na internet, vertido para o inglês. Nenhum dos decretos

era assinado pelo Grão-Mestre e sim por seu Adjunto

feriados e eventos cíclicos

fatos maçônicos do dia

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Bethel Fênix: 15 anos

Agende-se: 24 de agosto de 2013 (sábado) O Bethel Fênix de Florianópolis está se preparando para a sua festa de 15

anos de fundação, programada para o penúltimo sábado de agosto (dia 24).

Será às 18h00 do dia 24 de agosto (sábado) nas dependências da Grande Loja

de Santa Catarina, no Campeche.

Após a cerimônia será servido um jantar e, em seguida, haverá uma festa de

confraternização.

O traje será passeio completo e maiores informações com Ivone (48) 8449-

5001 ou Maria Cecília (48) 99722871. Os ingressos são limitados.

Confirme sua presença até dia 16 de agosto.

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INFORMATIVO BARBOSA NUNES

DROGAS: A SOCIEDADE PRECISA

DE ATOS DE CORAGEM

Artigo 130 de Barbosa Nunes publicado no Jornal Diário da Manhã, edição de 03 de agosto de 2013.

O pronunciamento do Papa Francisco, feito no dia 24 de julho Último,

no Hospital São Francisco de Assis, no Rio de Janeiro, quando de inauguração

do Polo de Atendimento para Dependentes Químicos, trouxe a mim a

oportunidade de rememorar os passos iniciais do envolvimento do Grande

Oriente do Estado de Goiás e posteriormente Grande Oriente do Brasil, com o

trabalho de prevenção ao uso de drogas. A ideia nascida em 1996, por sugestão

e necessidade da Loja Maçônica “Acácia Cristalinense”, que na época trouxe ao

Grão-Mestre Estadual José Ricardo Roquette, a solicitação, como pedido de

socorro, para que a instituição aderisse àquele clamor, em função do grande

número de jovens que estavam adentrando ao uso.

Na sequência, em deslocamento para a Loja “Aurora de Caiapônia”,

fomos convidados para estruturar a iniciativa, quando logo após frequentamos

cursos com o saudoso farmacêutico e toxicologista Jamil Issy e com Maria Sônia

França, do Grupo Amor Exigente. Assim, em outubro de 1997, era lançado no

Palácio Nasseri Gabriel, de Goiânia, o Programa “Maçonaria a Favor da Vida –

Contra as Drogas”, posteriormente nacionalizado pelo Grande Oriente do

Brasil.

Tive a honra de produzir a revista orientativa e ser o seu coordenador

estadual e nacional, desde aquela época até a presente data, tendo a revista sido

aprovada pelo Conselho Estadual de Entorpecentes de Goiás, publicada em

várias edições, com milhares de unidades por todo o país. Continuamos

disponibilizando a pesquisa sem ônus aos nossos amigos que nos prestigiam

todos os sábados, com a leitura deste, bastando informar o endereço de

postagem.

Elencamos o uso de drogas, um entendimento inicial, como funciona a

dependência, o relacionamento familiar, o ambiente social e o uso de drogas, a

comunidade e as drogas – família e escola, as principais drogas, com histórico,

efeitos e consequências de seu uso, drogas e AIDS, como evitar o problema,

espaço de perguntas e respostas.

2 - OPINIÃO - INFORMATIVO BARBOSA NUNES

Drogas: A Sociedade precisa de atos de coragem Ir. Barbosa Nunes

Hélio Pereira Leite

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O interesse pela prática da prevenção primária é pequeno, seja dos meios

público, privado e familiar, pois a prevenção primária é buscar o jovem antes

que a droga nele chegue. Mas nós vivemos em uma sociedade culturalmente

incentivadora ao uso de drogas, pois esses poderes e a própria família permitem

por patrocínios e comemorações, o uso da pior das drogas, mais ofensiva,

caminho para maconha, cocaína, crack e outras, que é o álcool, lamentável e

tragicamente sendo consumido como sinônimo de alegria, festejos familiares e

ao redor até de festas religiosas.

Saudoso Jamil Issy, se aqui estivesse, Maria Sônia França, do Grupo

Amor Exigente, ambos fervorosos católicos, aplaudem e veem no

pronunciamento deste Papa do povo, dos pobres e dos injustiçados, uma

grande luz e esperança com relação ao sofrimento de jovens usuários e em

recuperação, o que atinge com muita dor suas famílias e seus futuros.

O Grande Oriente do Brasil via “Maçonaria a Favor da Vida – Contra as

Drogas”, manifesta-se e sintonizado está com o Papa Francisco, na esperança de

que possamos juntos, compreender, adquirir consciência e mudar os nossos

comportamentos perante o uso de drogas.

Convido-o a meditar sobre o pronunciamento de Francisco, que a seguir

é transcrito:

“Hoje, neste lugar de luta contra a dependência química, quero abraçar a

cada um e cada uma de vocês – vocês que são a carne de Cristo – e pedir a

Deus que encha de sentido e de esperança segura o caminho de vocês e

também o meu.

Abraçar. Precisamos todos de aprender a abraçar quem passa

necessidade, como São Francisco. Há tantas situações no Brasil e no mundo

que reclamam atenção, cuidado, amor, como a luta contra a dependência

química. Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o

egoísmo. São tantos os “mercadores de morte” que seguem a lógica do poder e

do dinheiro a todo o custo! A chaga do tráfico de drogas, que favorece a

violência e que semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de

coragem. Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias

partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da

dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do

uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os

valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em

dificuldade e dando esperança no futuro. Precisamos todos de olhar o outro

com os olhos de amor de Cristo, aprender a abraçar quem passa necessidade,

para expressar solidariedade, afeto e amor.

Mas abraçar não é suficiente. Estendamos a mão a quem vive em

dificuldade, a quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como,

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e digamos-lhe: Você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é possível se

você o quiser. Queridos amigos, queria dizer a cada um de vocês, mas,

sobretudo a tantas outras pessoas que ainda não tiveram a coragem de

empreender o mesmo caminho de vocês: Você é o protagonista da subida; esta

é a condição imprescindível! Você encontrará a mão estendida de quem quer

lhe ajudar, mas ninguém pode fazer a subida no seu lugar. Mas vocês nunca

estão sozinhos! A Igreja e muitas pessoas estão solidárias com vocês. Olhem

para frente com confiança; a travessia é longa e cansativa, mas olhem para

frente, existe “um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente

relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo

impulso e nova força à vida de todos os dias”. A vocês todos quero repetir: Não

deixem que lhes roubem a esperança! Mas digo também: Não roubemos a

esperança, pelo contrário, tornemo-nos todos portadores de esperança!

No Evangelho, lemos a parábola do Bom Samaritano, que fala de um

homem atacado por assaltantes e deixado quase morto ao lado da estrada. As

pessoas passam, olham, mas não param; indiferentes seguem o seu caminho:

não é problema delas! Somente um samaritano, um desconhecido, olha, para,

levanta-o, estende-lhe a mão e cuida dele”.

“Maçonaria a Favor da Vida” chama a todos para humildemente,

recebermos a pergunta e dar a nossa resposta. A culpa é do jovem ou da

estrutura onde vive e é formado, da sociedade que integra? O que está ou anda

à roda do adolescente? Em que esfera vive o jovem de hoje? Em que meio, em

que corpo social, quais as relações, as oportunidades, as perspectivas? Em que

ambiente social e familiar vivem nossos filhos?

Responda e se contextualize diante do problema.

Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado,

professor e maçom do Grande Oriente do Brasil [email protected].

http://www.youtube.com/watch?v=n9icDo_C4bA&list=UUxEEQlnp8kbSoxO5gc-hYzw&index=1

O Ir Ir Wilmar Cirino, é MMda Loja Londrina- Londrina PRs feiras.

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O autor, Ir. João Ivo Girardi ( [email protected] ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite", cujo artigo de hoje foi extraído.

BOM SENSO

1. Senso: [lat. sensu] Faculdade de apreciar, de julgar; entendimento. Juízo, tino, discrição,

circunspecção, discernimento. Faculdade de sentir ou apreciar, sentido. (Aurélio).

2. Bom senso! Conhece? Observando modo de agir e de lidar com as situações do dia a dia,

pergunto: o quem mais falta nas pessoas hoje em dia? Alguns poderiam me responder que é

bom humor, outros poderiam me dizer que é amor, outros ainda arriscariam dizer que é

compaixão. Mas o que realmente falta nas pessoas hoje, é o bom senso. Na prática, bom senso

é o que faz uma pessoa pensar nas suas próprias atitudes, se estão dentro de seu limite ou se

já invadem e perturbam o espaço alheio. Bom senso é aquilo que faz a pessoa agir de forma

mais consciente, sempre pensando se uma atitude estaria causando incômodo ou desconforto

para alguém ou um grupo. Exemplificando a falta de bom senso, podemos citar a cidadão que

empresta as coisas e não devolve, tem aquele folgado que pede carona, mas você acaba tendo

que levá-lo ao lugar de destino dele, que é totalmente diferente do seu. Podemos citar também

aquele vizinho que fica com o som alto até de madrugada, tem aquela que anda de salto dentro

do apartamento que fica bem em cima do seu, há ainda aquele que deixa o carro estacionado o

dia todo em frente á sua loja e não entra nem seque para olhar alguma coisa. Tem uns casos que

são um pouco mais graves, tipo aquele pai ou mãe que tira foto de seu filho(a) completamente

nu e coloca em uma rede social, ou aqueles pais que deixam as crianças á vontade, fazendo todo

tipo de mal criação. Poderia passar o dia citando casos da falta de bom senso, mas foram

citados apenas alguns para a melhor compreensão de que o bom senso deve ser usado sempre,

em todos os momentos do dia, inclusive em pequenos detalhes, pois se fosse usado por todos,

com mais frequência, viveríamos melhor. Pensem um pouco em seu cotidiano e o quanto as

pessoas são capazes de te irritar por falta de bom senso no decorrer das 24 horas do seu dia.

Talvez o bom senso não esteja em falta, mas sim em decadência. Pois quem usa o bom

senso não é capaz de despertar a atenção geral. Ninguém fica famoso usando apenas o bom

senso. Ficar atento ao que acontece à nossa volta também é parte do processo de

3 - Verbete da Semana extraído do váde-mecum maçônico,

"Do Meio-Dia à Meia-Noite" - Bom senso - Ir João Ivo Girardi

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desenvolvimento de uma bela e verde consciência crítica. Pensar na melhor maneira de fazer as

coisas e quando fazer é um grande passo para o resgate do bom senso e para um mundo onde

haja mais entendimento e mais compreensão entre as pessoas. A humanidade nunca estará em

condições de dispensar o uso dessa qualidade tão modesta, que serve como freio ou equilíbrio

para as diversas situações do cotidiano.

3. O Bom Senso ou a Razão! René Descartes viveu na Idade Média, portanto acostumado à

autoridade eclesiástica. Possuidor de um espírito inquieto entregou-se a pesquisa das coisas

existentes no mundo de sua época, rejeitando as percepções dos sentidos e acaba por escrever

uma obra não doutrinária que tenta provar que o conhecimento só pode ser encontrado pelo uso

da razão. Ora, ao empregar o método de Descartes, imagina-se a possibilidade de viver em um

mundo perfeito. Um mundo desenvolvido, ao ponto da humanidade não se prostrar frente às

opiniões pré-concebidas e geradas em função da aplicação de suas diferenças políticas, sexo e

cor. Este mundo possível e ao mesmo tempo, distante e utópico, mostra-se na prancheta de

trabalho do filósofo, como o resultado da aplicação da razão, sobre o pensamento do homem,

resultando no desenvolvimento e no progresso da humanidade. Contudo, apesar de se tratar de

um processo eficiente, mais à vista do homem contemporâneo do que, àquele que vivia na idade

média, parece-me que a intenção de Descartes, em imprimir a obra em francês, para chegar a

todo e qualquer homem, alcançando assim o senso comum, não foi atingido nem mesmo nos dias

de hoje. Quantas guerras, embates, massacres religiosos, divergências políticas e sociais,

não se teria evitado ao longo da história da civilização, se a prática da investigação científica, caracterizada pelo uso do bom senso ou da razão, tivesse sido o procedimento normalmente adotado. Todavia, na ciência, este método resultou em boas conquistas: a

medicina, a física e a matemática, áreas de contribuição também de Descartes,

experimentadas por métodos empíricos e de investigação racional, trouxeram benefícios

inigualáveis à humanidade. Porém, no campo dos relacionamentos sociais, as opiniões e

preconceitos ainda fazem vítimas. Enquanto o homem não absorver a postura racional em seu

comportamento, resta-nos à aplicação das leis, como método de minimizar os conflitos,

enquanto se pensa em um ideal maior, que é a educação, a cultura, enfim, a instrução de todo e

qualquer homem, com base, e, neste caso específico, nas idéias e nos pensamentos do pai da

filosofia moderna.

4. Razão e bom senso, um artigo de Fernando Henrique Cardoso: Apesar de parecer difícil

guardar otimismo e manter esperanças diante do quadro atual de crise financeira e desatinos

políticos, sempre se há de tentar construir um futuro melhor. Descartes dizia que o bom senso é a coisa mais bem distribuída entre as pessoas. Em sua época, bom senso equivalia à razão.

Na linguagem atual corresponderia a dizer que o coeficiente de inteligência (QI) se distribui

entre todas as pessoas seguindo uma curva que se mantém inalterada no tempo, geração após

geração. Será? É possível e mesmo provável. Mas bom senso implica também inteligência

emocional e prudência ao tomar decisões. Não basta ser inteligente, é preciso ser razoável e

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prudente para evitar que as paixões se sobreponham à razão. É preciso ter juízo... (Fonte:

Estadão, 07/04/2013).

5. Dez Mandamentos do bom senso: 1) Não se deixe seduzir pelos valores da cultura. 2)

Não se apaixone pelo dinheiro e pelas posses. 3) Não empregue um linguajar destrutivo. 4) Não julgue os outros. 5) Não deixe a raiva controlar você. 6) Mantenha uma perspectiva positiva em relação à vida. 7) Valorize o que as pessoas têm de melhor. 8) Seja impecável em sua honestidade. 9) Ajude os necessitados. 10) Faça tudo com amor. (Hal Urban).

6. Máximas: Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão. (Fedro). - O ser humano não pode deixar de cometer erros; é com os erros, que os homens de bom senso aprendem a sabedoria para o futuro. (Plutarco). - É mais fácil entrar em um problema do que sair dele; o bom senso recomenda procurar a saída antes de entrar. (Esopo). - Bom senso é uma dádiva, mas inteligência é uma aquisição. (Textos Judaicos). - Não consigo acreditar que o mesmo deus que nos deu inteligência, razão e bom senso nos proíba de usá-los. (Galileu Galilei). - Os sentidos lógicos: uma boca + dois ouvidos... Falar menos e ouvir mais... Resultado: Bom senso! Na dúvida... Silencie! (Gênice Suavi).

MAÇONARIA

1. Peça de Arquitetura do Irmão Luiz Carlos da Fonseca de Mello: - Busquei e reli os nossos

Rituais, escritos por quem melhor compreendeu as coisas tangíveis e intangíveis da existência

e, em nenhum momento, se vê lá o vocábulo bom senso, desta forma explícita. Porém muito lá

está que, por vários caminhos a ele converge. Adultos que somos, quem de nós não acredita ter bom senso? Pois que somos justos, probos e de bons costumes, como não admitirmos não

sermos depositários desta preciosa, porque necessária, qualidade? Entre as paredes do

Templo, sob a música indutora, afastada dos problemas da vida lá fora, sentados entre Irmãos

que escolhemos e que nos escolheram, somos a paz, a harmonia, a clareza de raciocínio, todas

somadas e divididas, e por isso, compartilhadas entre nós. Dentro do Templo ninguém sentirá

qualquer impulso que conduza ao mais leve desafio aos mandamentos do Senhor. Estamos,

nestes momentos, sintonizados perfeitamente com as leis da natureza, compreendemos e

somos compreendidos. Todavia, vivemos no mundo exterior, competitivo, mutável a cada

momento, gerador de angústias ou de sobressaltos, a nós e aos nossos. Incompreensões se nos

avizinham, pré-julgamentos por vezes nos vitimam. A isto tudo reagimos, porque, de outro

modo, não seria normal ou mesmo saudável. Estes, então, passam a ser os nossos momentos de

vulnerabilidade e de desafio. Aí então começa a necessidade do bom senso. O Aprendiz da

Coluna B é instruído na busca da razão, para que se afaste do erro. Talhará a Pedra Bruta,

usando o Esquadro, emblema da sabedoria, para que seu ajustamento na sociedade seja

perfeito. No Pavimento de Mosaico nos defrontamos com os contrastes, mas mantemos a

compreensão. O Nível lembra que todos os homens são iguais em direitos e deveres. O Prumo

concita-nos a nos elevarmos acima das mesquinharias. A Pedra, ao se tornar cúbica, simboliza a

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ausência dos preconceitos. Ipsis literis dos Rituais: O sábio, o pensador se humilham sempre,

quando na presença de uma. Verdade que reconhecem ser superior à sua compreensão. Preferem o silêncio e o recolhimento. Meditam. Dominar as paixões, fugir de todo o sectarismo,

não ter demasiado apego às palavras, às expressões, essas propostas lá numa página ou noutra,

podem ser vistas nos Rituais que semanalmente manuseamos. Algum de nós deixou de ouvir, no

dia em que vimos pela primeira vez a Verdadeira Luz gozar os prazeres da vida com moderação,

não fazendo ostentação do bem que frui? Eventualmente alguém se negou a afirmar, naquele

mesmo dia, frente às palavras do seu Venerável Mestre: jurais também manter-vos sempre

cidadãos honestos e dignos, nunca atentando contra a honra e a dignidade de ninguém? Das Leis

Básicas, extraímos: deveis evitar toda a discussão, toda a discórdia e todo propósito calunioso,

toda maledicência. O Código Moral Maçônico prescreve: Escuta sempre a voz consciência, evita as querelas, previne os insultos, deixa que a razão seja o teu guia. Também está lá: Não te irrites com facilidade, porque a ira repousa no seio do ignorante. E logo adiante: não julgues rapidamente as ações dos homens e nem as reprove. Antes, procura sondar bem os corações para que possas apreciar a obra por eles realizadas. E traz preciosos ensinamento para que

possamos melhor entender a tolerância dentro da fraternidade: Sê firme, sem serdes radical; severo, sem ser inflexível e submisso, sem ser servil. A Maçonaria permite que

venhamos a dar passos laterais, mas sempre voltando ao caminho original, o da retidão dos

propósitos e das ações. Ensina-nos ela como dominar nossos sentimentos. Obriga-nos, quando

elevados a Mestres-Maçons, a sermos exemplos aos Companheiros e Aprendizes e além deles, à

comunidade em que vivemos. Só assim conseguiremos se mantivermos a coerência em nossos

atos, qualidade prima-irmã do bom senso. (Blumenau, 2005).

2. Cinzel: Na Maçonaria o Cinzel representa o bom senso na Investigação.

3. Rituais REAA (GLSC): (...) A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem reservas, mas com discernimento (bom senso), porque está aberta a todas as compressões.

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Fato: O povo palestino desde muito esperava a chegada de um Messias para

salvá-lo da tirania romana. A esperança de muitos judeus era de que um

Messias davídico viesse com o poder de vencer os inimigos de Israel, viviam

eles assim na expectativa de tais profecias se cumprissem.

Jesus morreu e nada! Nesse sentido nada aconteceu! Talvez tenha sido Judas

Iscariotes o primeiro a perceber que nada disso aconteceria levando-o a

entregar seu mestre supostamente farsante às autoridades (sacerdotes) da época (relato apenas mencionado pelo evangelista Mateus); há estudos que

descrevem Judas como um zelote, político de extrema direita que esperava

derrubar o domínio romano; é muito provável que ele tinha sido membro de

um grupo sionista militante denominado Sicarii (os “Filhos do Punhal” - seita judaica contrária ao domínio romano em Jerusalém).

E se de fato Judas pertencia à seita cujos membros dominavam a arte da

guerra, e por ser um grande amigo de Jesus, podemos pensar que elegera seu guarda costas, seu segurança particular (afinal de contas, conta-se que

Jesus era um grande líder e como grande líder deveria ser devidamente

protegido), como também devia manter em segurança a sacola das

espórtulas já que ele, Judas, era o tesoureiro.

Judas deve ter ficado extremamente desiludido ao perceber que o herdeiro de

Davi em verdade não pretendia derrubar o domínio romano na Judéia, pelo

menos de imediato; sentindo-se traído rompe com Jesus após mais de dois

anos de convívio – recordamos que Mateus é o único evangelista a mencionar o fato da suposta traição, suposta traição sim já que as evidências bíblicas

sugerem um plano deliberadamente arquitetado com a anuência do próprio

Jesus! Afinal de contas o suposto messias sabia que iria ser traído e por

quem! Recomendamos ler a polêmica JUDAS VERSUS JESUS: O ENGODO publicado na edição 202 - 25 de julho de 2009 - do semanário FOLHA

MAÇÔNICA, disponível para baixar (julho de 2013), da pasta FOLHAS

MAÇÔNICAS do endereço eletrônico http://sdrv.ms/QobWqH.

Para contornar o inconveniente os profetas tiveram de mudar o discurso: em vez de um reino terreno – a esperança de todos – deveriam esperar por reino

celestial a vir mais tarde (típica promessa bem utilizada pelos políticos

tupiniquins!). O próprio Jesus parece ter entendido seu que seu papel como

Rei Ungido deveria ser estimulado dando „provas‟ que ele era realmente o Messias (ganhando precioso tempo), pelo menos segundo a descrição

minuciosa do evangelista Marcos ao descrever a chegada de Jesus e seus

4 - O Jumento de Jesus IrAquilino R. Leal

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apóstolos às imediações de Jerusalém antes da páscoa judaica: Jesus pede

um jumento que nunca tivesse sido montado (Mc 11:1,2)1. É com base nisso que nos é dito, desde a infância, que a atitude de Jesus foi um ato exclusivo

de humildade, mas, em nosso entender, não foi bem assim... Não é bem

assim...! Pensamos ser exatamente o contrário!

Porque tomou tal atitude? Apenas(!?) para fazer cumprir a profecia messiânica descrita no livro do profeta Zacarias2! Foi uma ação consciente e

sobretudo simbólica por meio da qual ele proclamou, deliberada e

irrevogavelmente seu papel messiânico! Nada de humildade! E parece que a

artimanha produziu alguns resultados, pelo menos segundo Mc 11:103.

O Jesus de Marcos anuncia sua missão como Rei da Paz mas, ao mesmo

tempo, proclama-o ser o herdeiro de Davi: entendemos com sendo uma

atitude de cunho meramente político. Anunciava o cumprimento da profecia de Zacarias: seu rei decretará a paz entre as nações e seu império se

estenderá de um mar a outro4.

Há de se observar que a mula era, tradicionalmente, a montaria característica

dos reis! E certamente ele conhecia a „tradição‟... De fato, Absalaão quando

vai ao encontro de seu pai Davi, pra reivindicar a condição de rei, o faz montado em um mula5; por outro lado Salomão foi ungido rei de Israel

montado na mula do rei Davi6.

1 E, logo que se aproximaram de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia, junto do Monte das Oliveiras, enviou dois dos

seus discípulos, e disse-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós; e, logo que ali entrardes, encontrareis preso um

jumentinho, sobre o qual ainda não montou homem algum; soltai-o, e trazei-mo.

2 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e

montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta. (Za 9:9).

3 Bendito o reino do nosso pai Davi, que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.

4 E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz

aos gentios; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra. (Za9:10).

5 E Absalão se encontrou com os servos de Davi; e Absalão ia montado num mulo; e, entrando o mulo debaixo dos

espessos ramos de um grande carvalho, pegou-se-lhe a cabeça no carvalho, e ficou pendurado entre o céu e a terra;

e o mulo, que estava debaixo dele, passou adiante. de Efraim e desde o rio até às extremidades da terra. (2 Sm

18:9).

6 Então desceu Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, filho de Joiada, e os quereteus, e os peleteus, e

fizeram montar a Salomão na mula do rei Davi, e o levaram a Giom. E Zadoque, o sacerdote, tomou o chifre de azeite

do tabernáculo, e ungiu a Salomão; e tocaram a trombeta, e todo o povo disse: Viva o rei Salomão! E todo o povo

subiu após ele, e o povo tocava gaitas, e alegrava-se com grande alegria; de maneira que com o seu clamor a terra

retiniu. (1 Rs 1:38-40).

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Certamente Jesus fez sua entrada em Jerusalém montado numa mula não

exatamente para expressar humildade como nos é passado, mas ao contrário, para expressar autoridade e poder, requisitos necessários para poder

reivindicar para si a condição de rei de Israel, ou seja, de Messias, título que

Davi e todos os reis de Israel sempre ostentaram! Quiçá pensasse que ao

assim proceder teria todo o povo de Israel a seus pés, iludido,

e assim tomar de assalto o Templo, em consequência o trono que tanto almejava – somos de opinião que ele também não

cria muito no reino futuro que tanto pregava!

Conclusão: Há uma linha que, deixando de lado os propósitos celestiais de Jesus, vê nessa entrada quase triunfal

uma alegoria, uma espécie de„abre alas‟ para o assalto

fracassado ao Templo que ocasionou logo em seguida a prisão

e morte do, digamos, subversivo. Já os evangelistas creem que Jesus não foi um ativista em busca de poder político mas sim o agente

sobrenatural de Deus, apenas preocupado em salvar os homens para o reino

sobrenatural de Deus, eles olham que todos os atos de Jesus como atos que

pretendem transcender ao meramente terreno.

Nós, em particular, sempre fomos mais adeptos da primeira linha, sempre nos afastando da ótica bíblica, do prisma religioso.

“Eu escrevo para propor minhas ideias aos que

buscam a verdade. Quanto às pessoas que necessitam, no interesse de sua crença, que eu seja

um ignorante, um espírito falso ou um homem de

má-fé, não tenho a pretensão de modificar seus

julgamentos. Se essa opinião é necessária ao sossego de algumas pessoas piedosas, terei o maior escrúpulo em desiludi-

las!... O que uma explicação tem de repugnante para nosso gosto não é

absolutamente uma razão para a rejeitarmos. (do livro Vida de Jesus,

Ernest Renan)

Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário,

aposentado, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio

de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979

ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988.

É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de

Janeiro, ambas trabalhando no REAA e às terças-feiras.

Desde 2008 é colaborador permanente do FOLHA MAÇÔNICA

([email protected]), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais:

A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE INÚTIL.

Gerencia o „Ponto Cultural do Folha Maçônica‟ (http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão

postados mais de 15 mil títulos para livremente baixar.

Também colaborador permanente, desde março de 2013 com duas colunas mensais, do

mensário espanhol RETALES DE MASONERIA.

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15

O IrLuis Felipe Brito Tavares,

autor deste artigo, médico e escritor,

é Obreiro da Loja Luz do Planalto nr. 76

Orde São Bento do Sul – SC

A formiga e o elefante

Um ponto indica a latência, ou seja, todo potencial a ser alcançado, mas

circunscrito e sepultado por todas as lacunas que o envolve. Ao potencializarmos em sinergia os nossos eixos de possibilidades, abrimos

espaços de existência. Tais espaços possuem arquitetura inteligente

proporcionando o vibrar de todos nossos eixos de possibilidade em uníssono.

Um espaço integro e vivo em possibilidades. Somos vibrações dentro de espaços.

SE aceitarmos a ideia de um universo com muitos planos, hoje a própria

ciência já admite muitos planos paralelos em hipótese, teríamos que

considerar a realidade natural de cada plano.

Nosso universo físico estaria presente em plano diverso de nosso espírito, mas sobrepostos por realidades naturais embora semelhantes, mas distintas.

Porém onde as semelhanças e as distinções?

Nosso universo, onde encontramos a “forma” seria um universo onde as

latências se manifestariam. Em universos onde pudéssemos perceber os espaços ativos e sinérgicos

através de sentidos próprios, perceberíamos que os pontos ou fragmentos

que representam latência iriam desaparecer.

A semelhança e a distinção então estariam justamente na latência e ativação de sinergias de possibilidades que cada plano comporte.

5 - A Formiga be o Elefante Ir Luís Felipe Brito Tavares

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Ao tentarmos, no entanto acondicionar espaços ativos de integrados de

possibilidades em sinergia de outros planos ao nosso universo conhecido presenciaríamos se possível fosse a desintegração ou dissipação deste espaço

ativo de possibilidades. Simplesmente a outra realidade seria fragmentada

aos nossos olhos. Seria como tentar encontrar um ovo integro mesmo após

jogá-lo no chão, ou mesmo seria como um elefante inteiro que caísse em um

mar de lâminas altamente cortantes. De fato seria impossível.

Representaremos o ponto de latência, ou seja, tudo aquilo percebido pela

forma, como uma formiga, e representaremos todo o espaço ativo e

integralizado de nossas potencialidades em sinergia com um elefante. Muitos dizem que se houvesse um outro lado as almas já teriam retornado

para nos provar. Porém como um elefante poderia ser comportado dentro de

uma formiga? Podem ser paralelos, mas a formiga não pode conter o

elefante. A latência não pode comportar a potencia ativa. A definição de universos paralelos diz respeito a universos que se sobrepõem,

mas sem relação causal direta (como a conhecemos) um com o outro.

Podemos imaginar influencias entre estes planos distintos, mas dentro de

certos limites necessários ao existir de cada plano em particular.

Provavelmente não se relacionem em choques de elementos, ou através de suas latências, pois os elementos representam de fato a latência, mas talvez

pelos espaços inaparente mais ativos de que sejam portadores.

Então deixamos o didático onde nosso universo seria apenas latência, e já

aqui consideramos espaços presentes e ativos, embora ainda inaparente em nosso próprio universo.

Mesmo no plano físico em que nos encontramos existem espaços ativos não

percebidos, justamente escondidos pelos fenômenos aparentes que gritam

aos nossos sentidos físicos e amortecem nossos sentidos intuitivos mais profundos.

Então talvez os planos se relacionem em fim de forma causal, mas não como

imaginaríamos a princípio. Talvez se relacionem pelos espaços ativos que

possuam. Nosso plano físico de fato então esconderia outra realidade inaparente, que

faria conexões ativas, mas não percebidas com outros planos existentes.

Se a forma e a impressão de solidez constituem nosso universo fenomenico, e

se isto representa de fato apenas um ponto cercado pelas lacunas de sinergia

em latência, podemos imaginar que realmente em cada plano dimensional diverso a realidade se apresente distinta, uma vez que em cada plano os

espaços ativos tomem existência pelo progressivo ativar das sinergias entre

as possibilidades.

Se o ampliar dos espaços de manifestação através do ativar sinérgico das possibilidades evoluem ao absoluto, quantos planos distintos possam de fato

existir? Se pensássemos em fluidos com diferentes densidades e se

pensássemos que estes fluidos se sobrepõem, não seria difícil imaginar um

imenso oceano de fluidos sobrepostos em diferentes densidades de sentido manifesto.

Sim, pois que o ativar das sinergias e o ampliar dos espaços de possibilidade

são de fato representantes do sentido potencial a evoluir.

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Os planos então ao contrário do que supomos em início podem sim

relacionar-se pelo sentido que possuem já manifestos e não pela latência. Desejar que um elefante se manifeste em espaço de formiga seria então

totalmente inadequado. Naturalmente uma formiga diria: Se elefantes

existissem, alguns deles já teriam se manifestado em nosso mundo.

Elefantes são os espaços ativos e as formigas os pontos circunscritos pelas

lacunas de latência. Elefantes não podem se apresentar fisicamente às formigas.

Porém o espírito liberto da carne possa compartilhar conosco, espíritos

imersos na carne, não pelas latências que circunscrevem, mas pelos espaços

ativos que comunguem. Então como espíritos podemos nos manifestar no mundo material, mas por

espaços ativos e inaparente, mas convergentes.

Um sentido profundo permeia todo o universo e ao longo de incontáveis

gerações vem trabalhando a pedra criando espaços possíveis para o espírito habitar.

Ao longo de milhões de anos a natureza vem, talvez em sincronia com planos

superiores, desenvolvendo uma estrutura, que através de uma ordem

fantástica, possa gerar um espaço verdadeiro à manifestação do espírito.

Tal estrutura é o cérebro, que como computador quântico plausível, se abra a espaços de possibilidades a princípio não percebidos por nossos instrumentos.

Então nosso universo não seria apenas latência, mas manifestaria também

espaços íntegros e ativos de sentido?

Sem dúvidas. A realidade quântica mostra um mundo diferente de tudo que antes estávamos acostumados. Nosso universo aparente representa apenas

choques entre latências, mas na subjacência existe de fato ondas de

possibilidades interagindo.

Nosso espírito, aqui concebido como elemento oriundo da essência, pode sim se manifestar através da mente, um palco montado pelo cérebro para

albergar nossa consciência.

Nossa consciência é integra e inteira e se manifesta como tal, mas nunca será

identificada como elemento palpável. Os universos em diferentes planos relacionam-se então por seus espaços de

possibilidade, mas nunca pelas latências que possuem.

O elefante de fato é o espírito da formiga, que nunca poderá ser condicionado

ao espaço físico de limitação de nosso universo fenomenico.

Então não só os elefantes se apresentam ao mundo das formigas, como podemos dizer que as formigas sem o saberem manifestam ativamente a

presença dos elefantes.

Nosso espírito de fato seria uma onda a se espraiar indefinidamente sem

nunca de dissipar, ou seja, somos espaços vivos e ativos de possibilidades buscando amplitudes cada vez maiores ao manifestar de nosso existir.

Não fragmentos de latência a se chocar pela vida sem um sentido maior.

O cérebro humano é obra magnífica a ser um dos primeiros a permitir o

ressoar de uma consciência. Espaço de possibilidades manifesto em nosso universo aberto para acomodar o espaço ativo de nossa onda essencial.

Por isto desde as mais tenras idades o homem pode subjetivar e conceber o

que está além da matéria.

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Crianças com suas fantasias já demonstram de forma infantil uma percepção

intuitiva do que está além, mas não tão além assim. Ao amadurecerem, evoluem sua lógica intuitiva e conseguem albergar uma

essência verdadeira, existente e ativa em todos os planos.

Não temos notícias de que cérebros menos evoluídos comportem a intuição

elaborada, mas já denotam intuição primitiva. Espaços sendo gerados com

acústicas cada vez mais elaboradas a manifestação de propriedades cada vez mais fantásticas.

O espaço aberto pelo escafandro cerebral à manifestação do espírito, nunca

será fechado, pois não se trata de gene particular a determinar a crença, mas

espaço a permitir a janela intuitiva. A determinação em nosso universo, ou a determinação propiciada por um

gene é apenas novo tijolo colocado. No caso do cérebro, no entanto é

engenharia de matriz, ou seja, uma proteína a criar espaços.

A proteína é envolta em latência, mas ao permitir a reestruturação sinérgica da matriz neuronal permitirá maiores amplitudes de possibilidade.

Os genes formam proteínas que são módulos de sinergia, permitindo a

transmutação das limitações e o surgir de espaços antes inaparentes.

A crença em algo maior decorre de espaço aberto por sinergia e não em

decorrência de uma latência particular. Não existe o gene que permite o ato de crer, mas sim o gene que permite uma reestruturação sinérgica abrindo

janelas a novas percepções.

Difícil visualizar?

O ser humano mesmo vivendo em matéria, independente da parte do planeta

em que viva ou em que tempo tenha existido, sempre acreditou em algo

superior.

A crença é unânime, mas a interpretação depende do burilamento. No princípio os seres humanos primitivos, pouco afeitos a intuição e sem

instrumentação mental apta a trabalhar com tal janela de percepção, acabou

por criar concepções infantis do além; mas hoje já estamos, não apenas

aptos a validar a intuição como janela válida, mas como também aptos a bem utilizar as ferramentas de uma lógica intuitiva que nos permita cada vez mais

em se aproximar de uma concepção mais depurada da realidade maior que

nos rodeia.

Realidade de espaços ativos, e não de formas fragmentos aparentes.

As ondas quânticas se espraiam ao infinito em suas possibilidades, mas ao manifestarem-se em partícula acabam colapsando em limitação de seu

potencial. Porém em nosso universo a ordem estrutural permite o utilizar

desta potencia latente em forma de sinergia permitindo a estas partículas o

construir de novos espaços de possibilidades. Janelas que abrem novas janelas.

Muito pobre o pensamento que teima em não observar as subjacências.

Formiga que nega a existência de elefante

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O presente bloco

é produzido pelo Ir. Pedro Juk.

Loja Estrela de Morretes, 3159 Morretes - PR

substituição de cargo

Questão que faz o Respeitável Irmão Juliano Francisco Martinho, Secretário da Loja

Igualdade, 1.647, GOSP – GOB, sem declinar o Oriente (Cidade), Estado de São Paulo. [email protected]

Quando há a necessidade de um Irmão que ocupa cargo ter que se retirar durante os trabalhos (exemplo: Irmão Chanceler). Para que outro Irmão ocupe seu lugar, é necessário que ele saída da Loja, junto ao Chanceler Oficial, e retorne novamente, agora com a joia do cargo?

Considerações: Esse é mais um dos costumes eivados de equívocos que povoam a nossa Maçonaria. Com uma total perda de tempo ainda alguns insistem em meros atos que não possuem qualquer sustentação. À bem da verdade esse costume surgiu daqueles que querem justificar o ato com a proibição de se paramentar dentro da sala da Loja. Ora, isso não é regra mundial, pois muitos em muitos costumes maçônicos,

6 - Perguntas & Respostas Ir Pedro Juk

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como é o caso do Craft inglês e americano, os Irmãos se paramentam dentro do Templo sem qualquer cerimônia antes do início dos trabalhos. Alguns ritos de vertente latina costumam se paramentar na Sala dos Passos Perdidos para se reunirem no átrio antes de ingressar no Templo. Até aí tudo bem, pois o procedimento cumpre uma organização e nada mais. Aliás, no modo latino, isso evita reuniões desnecessárias e bate papos no interior do recinto, cuja pretensão é apenas a de asseverar respeito pela prática maçônica. Obviamente no Craft não há desrespeito algum, todavia a questão é cultural. Infelizmente alguns Irmãos tomam a sala da Loja como um templo religioso achando que a consagração do espaço como costume maçônico torna a Loja um solo sagrado (religioso), fato que tem levado esses ao ponto de apregoar que é um verdadeiro sacrilégio se paramentar dentro do Canteiro. A consagração nesse caso dá dignidade para a realização dos trabalhos maçônicos e nunca a santidade do ambiente. Com base nessas ilações, é que viria aparecer essa orientação temerária de que ninguém pode se paramentar dentro da Loja. Ora se vestir avental, colar com joia distintiva ou faixa de Mestre fosse dessa maneira proibida, então ter-se-ia que suspender os trabalhos para vestir o avental do Aprendiz na Iniciação e dos Companheiros na Exaltação. O que se diria então na Instalação do Venerável e na posse das Dignidades e Oficiais de uma Loja? No tocante ainda à vossa questão, em havendo necessidade de uma substituição, faz-se a mesma dentro da Loja no momento necessário e sem a necessidade do substituto e substituído precisarem se retirar do recinto para cumprir essa “importante proeza”. T.F.A. PEDRO JUK [email protected] MAIO/2013

Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )

que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )

Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.

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Lojas Aniversariantes da GLSC

Data Nome Oriente

08/08 Fraternidade das Termas nr. 68 Palmitos

13/08 Albert Mackey nr. 56 Tubarão

13/08 Harmonia nr. 42 Itajaí

15/08 Presidente Roosevelt Nr. 2 Criciúma

16/08 Caminhos da Verdade nr. 92 Blumenau

17/08 Ambrósio Peters nr. 74 Florianópolis

18/08 Fraternidade de Itapema nr. 104 Itapema

20/08 Eduardo Teixeira nr. 41 Camboriú

30/08 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul

30/08 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte

31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis

Rádio Sintonia 33 & JB News- 24 horas com Música, Cultura e Informação o ano inteiro.

www.radiosintonia33.com.br Desfrute de qualquer um dos e-mails

para melhor comunicar-se com o JB News:

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

7 - DESTAQUES JB

Page 22: Jb news   informativo nr. 1.066

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Bethel Fênix - agende-se! 24 de agosto. comemoração dos seus15 anos

na grande loja de santa catarina participe da grande festa

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Veja a programação publicada no JB News, edição nr. 1.063.

Outras informações:

Ir Paulo Queiroga ([email protected]). Tel. 31 9981 8795

Page 23: Jb news   informativo nr. 1.066

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1 - Olá meu irmão. Mais um link de um dos meus poemas. Se achares por bem podes publicar no JB News.

http://youtu.be/eGImRYeB_vs

2 - Se não existisse você

http://www.youtube.com/watch?v=I5urlA32xKc

3 - Magistral apresentação !!! Orquestra Sinfônica de Israel

http://www.youtube.com/watch?v=gn08RWhRBUw

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O Ir Sinval Santos da Silveira,

Grande Orador da GLSC

escreve aos domingos neste espaço

Conto poético: RUÍNAS DA SAUDADE

fechando a cortina

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Estou à frente do mais remoto passado, da minha vida.

Na descida daquela montanha, já engolida pela mata,

silenciosamente, repousam pedaços da casa em que morei.

São ruínas que guardam lembranças, do meu feliz tempo de criança. Era uma pequenina casa, cheia de amor. Dentro, tudo o que mais amei na vida... Fora, a exuberante beleza de uma natureza, frente ao mar.

Recomponho os restos no tempo, sou ajudado pelo vento,

e aquela casinha renasce no meu coração. Está linda, ouço vozes, sinto cheiro, vejo as minhas pessoas

sorrindo, me abraçando, dando as boas vindas...

Quero falar, não consigo, só vejo amigos, correndo para me

abraçar. Sou um viajante do tempo, a retornar. Falam do passado, histórias verdadeiras, das inocentes brincadeiras, que tantas vezes relembrei. Meu Deus, tudo está ali. Até a toalha branquinha, estendida sobre a mesa, guarda a

nobre beleza, a pureza de uma Santa Mãe, que um dia a

estendeu. Vejo minha cama, tão arrumadinha, meu chinelo na porta da

cozinha, esperando por meus pés, para entrar. Sobre o baú de roupas, minha pasta escolar. Ansiosamente, apanho meus cadernos, e me ponho a escrever

estas reminiscências, sem saber que seriam essências, de um

passado cheio de amor. Sinto, juro, o cheiro do café, que nunca mais, igual, na minha vida

tomei. Ouço passos, pela varanda a caminhar, suaves como plumas,

me pedindo para entrar. Acaricio aqueles rostos, lavo aquelas ruínas com lágrimas de

saudade... voltei para ficar.

Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/

* Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·.

Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC

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