jantar no hotel central - os maias

17
“Os Maias”, Eça de Queirós Jantar no Hotel Central (Capítulo VI)

Upload: o-ruivo

Post on 06-Apr-2017

186 views

Category:

Education


12 download

TRANSCRIPT

Page 1: Jantar No Hotel Central - Os Maias

“Os Maias”, Eça de Queirós

Jantar no Hotel Central (Capítulo VI)

Page 2: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Propósitos:

Apresentar Carlos à sociedade lisboeta;Homenagear o banqueiro Cohen (marido da amante de

Ega);Apresentar uma perspetiva crítica em relação a problemas

da sociedade;Proporcionar o primeiro encontro entre Carlos e Maria

Eduarda.

Page 3: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Intervenientes:

Jacob Cohen: homenageado e representante do mundo das finanças;

João da Ega: promotor do jantar e representa o realismo/naturalismo;

Craft: representa a cultura artística britânica e a elegância;

Dâmaso Salcede: representa a burguesia arrivista e a cobardia;

Tomás de Alencar: representa o ultrarromantismo;Carlos da Maia: distancia-se da conversa, apenas comenta

alguns aspetos.

Page 4: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Temas:Literatura e crítica literária;Finanças;História e política.

Page 5: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Literatura e crítica literária:

Realismo: Movimento da arte e da literatura, o Realismo surge, na segunda metade do século XIX, como reação e oposição aos excessos do Romantismo. Afastando-se da tendência romântica para a imaginação e para a fuga da realidade, o autor realista procura representar, acima de tudo, a verdade absoluta e objetiva.

Page 6: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Literatura e crítica literária:

Naturalismo: Movimento estético, surge na década de 80, seguindo-se ao Realismo. O escritor naturalista também de baseia na observação e descrição do meio social, contudo, acredita que o indivíduo é o resultado de influências do meio, da educação e de fatores do momento histórico que condicionam o seu comportamento. Para os naturalistas, a hereditariedade, a educação e o meio passam a explicar os comportamentos desviantes do indivíduo, conferindo-se a responsabilidade desses comportamentos a factos externos.

Page 7: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Literatura e crítica literária: Alencar

Opositor do Realismo/Naturalismo, que qualifica depreciativamente como “excremento”, “pus” e “literatura latrinária”;

Falso moralista: refugia-se na moral, pois não tem mais argumentos para a sua defesa;

Usa uma linguagem demasiado sentimentalista, típica do ultrarromantismo;

Desfasado do seu tempo;Confunde arte e moral, visível no recurso ao ataque pessoal.

Page 8: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Literatura e crítica literária: Ega

Defensor do Realismo/Naturalismo (“Ideia Nova”);Critica a subjetividade dos juízos estéticos formulados por

Alencar;Denuncia os excessos retóricos e sentimentais da poesia

ultrarromântica;Não distingue ciência de literatura.

Page 9: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Literatura e crítica literária:

Craft Carlos da MaiaDefende a arte como

idealização do que melhor existe na natureza;

Considera intolerável a cientificidade do realismo;

Não admite o naturalismo: “a realidade das coisas e da sociedade estatelada nua num livro…”;

Defende que os caracteres só se manifestam pela ação;

Ambos recusam o ultrarromantismo de Alencar e o exagero de Ega.

Page 10: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Finanças:

O país tem a máxima necessidade do empréstimo do estrangeiro: “…o empréstimo tinha de se realizar ‘absolutamente’.”;

Cohen é um calculista cínico, pois tendo responsabilidades pelo cargo que ocupa afirma, alegremente, a inevitabilidade da bancarrota: “A bancarrota é inevitável: é como quem faz uma soma…”.

Page 11: Jantar No Hotel Central - Os Maias

História e política: Ega

Defende a necessidade da invasão espanhola como solução à bancarrota;

Defende o afastamento violento da monarquia;Defende a implantação da república;Afirma que a raça portuguesa é a mais fraca, miserável e

cobarde da Europa.

Page 12: Jantar No Hotel Central - Os Maias

História e política: Alencar

Defende o romantismo político;Teme que a invasão espanhola seja um perigo para a

independência nacional;Esquece o adormecimento geral do país;Protesta contra a alegre fantasia dos companheiros

afirmando, exaltadamente, o amor pela pátria.

Page 13: Jantar No Hotel Central - Os Maias

História e política:

Cohen Dâmaso

Afirma que Ega e Alencar são um exagero;

Diz que se ocorrer a invasão espanhola, “raspa-se” para Paris,

Considera que há gente séria e honesta nas camadas políticas dirigentes.

Afirma, que não só ele, como toda a gente fugiria como uma “lebre”.

Page 14: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Fim do jantar:

Alencar e Ega insultam-se mutuamente com uso de linguagem escabrosa e ofensiva: “E depois de o besuntar bem de lama, esborrachava-lhe o crânio!” e “Esse pulha, esse cobarde…Não, isso hei-de esbofeteá-lo!”;

Depois da disputa, acabam por fazer “as pazes à portuguesa”, abraçando-se e brindando como se nada fosse.

Page 15: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Conclusões: o modo de ser portuguêsFalta de personalidade: Ega e Alencar mudam de opinião

quando Cohen assim o pretende e Dâmaso cujo lema é “Sou forte”, aponta o caminho covarde da fuga;

Falta de coragem/ a covardia domina a sociedade: “Raspar-se, pirar-se!... Era assim… que pensava a sociedade de Lisboa…desde el-rei nosso senhor até aos cretinos de secretaria!”;

A falta de cultura e civismo domina as classes mais destacadas, com exceção de Carlos e de Craft.

Page 16: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Bibliografia:

http://portugues-fcr.blogspot.pt/2012/04/episodio-do-jantar-no-hotel-central.html;

Livro de preparação para exame final de português, Porto Editora.

Page 17: Jantar No Hotel Central - Os Maias

Trabalho feito por: Inês Rosa, nº11, 12ºA