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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI)

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE)

PROGRAMA OSASCO DIGITAL

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO

RELATÓRIO TRIMESTRAL

RELATÓRIO TRIMESTRAL SOBRE O MERCADO DE

TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO

- JANEIRO A MAIO DE 2010 -

JUNHO DE 2009

EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA

DO MUNICÍPIO DE OSASCO

Prefeito: Emídio Pereira de Souza

Vice-Prefeito

Dr. Faisal Cury

Secretária: Dulce Helena Cazzuni

Secretário Adjunto:

Luis Mansur Szajubok

EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE

Direção Técnica

Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento

José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira – Coordenador de Pesquisas

Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira

Equipe Responsável pelo Projeto

Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber – Supervisor dos Observatórios do Trabalho

Alexandre Guerra - Técnico Marcos Aurélio Souza – Técnico Ronnie Aldrin Silva - Técnico

Equipe Executora

DIEESE

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 – Parque da Água Branca – São Paulo – SP – CEP 05001-900

Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394 E-mail: [email protected] http://www.dieese.org.br

Convênio N°. 088/2006 – Termo Aditivo N°. 162/2007 (Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE)

4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

5

INTRODUÇÃO

6

I – SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES NAS GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA

FEDERAÇÃO

8

II – SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES EM OSASCO SEGUNDO CARACTERÍSTICAS

DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS

13


5

APRESENTAÇÃO

O objetivo do presente relatório é realizar uma análise da movimentação do emprego formal no

município de Osasco no período de janeiro a maio de 2010 em comparação com igual período de

2009.

Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, registro

administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, a movimentação do mercado de

trabalho é apresentada em duas seções. Na primeira, mostra-se um panorama geral da

movimentação do mercado formal de trabalho no Brasil. Na segunda, identificam-se os elementos

relevantes do saldo de empregos gerado no município de Osasco segundo algumas características

econômicas como setores e subsetores de atividade, tamanho dos estabelecimentos e rendimentos,

além dos atributos pessoais de sexo, faixa etária e grau de instrução, entre outros.


6

INTRODUÇÃO

No primeiro quinquênio de 2010, o mercado de trabalho formal no Brasil gerou 1,2 milhão

de vagas, resultado comparável aos saldos observados no acumulado de doze meses de anos

anteriores.

Quando se observa a movimentação do emprego no acumulado de janeiro a maio de 2010,

em números absolutos, a partir das unidades da federação, nota-se que os maiores saldos positivos

ocorreram em São Paulo (475.478 vagas), Minas Gerais (193.702 vagas), Paraná (90.542 vagas) e

Rio Grande do Sul (96.789 vagas). Três estados na região Nordeste verificaram saldo negativo no

período: Alagoas (-35.383); Pernambuco (-2.606) e Paraíba (-1.350).

Em Osasco, no primeiro quinquênio de 2010 registrou-se um saldo positivo de 5.611 vagas,

sendo o segundo melhor resultado na década para o período.

A análise por setores e subsetores de atividade econômica indica que o setor de Serviços

registrou o melhor saldo do período, respondendo por dois quintos do resultado do setor, puxado

pelos subsetores de Transporte e comunicação (824psotos) e Serviços Técnicos profissionais (613

postos). Em seguida, aparece o setor da Indústria de transformação, com 1.150 postos, com

destaque para os subsetores de Alimentos e bebidas (368 postos), Material de transporte (278

postos) e Metalúrgica (150 postos).

Dez famílias ocupacionais responderam por metade do saldo positivo de Osasco, com

destaque para Agentes, assistentes e auxiliares administrativos, ocupando 10,4% dos postos

verificados no município. A seguir aparecem os trabalhadores Alimentadores de linha de produção,

com uma proporção de 7,6% e Professores de nível médio no ensino fundamental (6,6%).

No primeiro quinquênio de 2010, no município de Osasco, o melhor resultado foi registrado

na faixa salarial de 1,01 a 1,5 salários mínimos (SM), com saldo de 3.946 postos. Todas as faixas de

rendimento acima de 3,0 salários mínimos apresentaram saldo negativo. Quanto ao sexo, os homens

mulheres apresentaram uma participação um pouco maior que a das mulheres no saldo positivo do


7

período (52,0%). Quanto à faixa etária, as vagas surgidas beneficiaram os trabalhadores mais

jovens, de 18 a 24 anos, com saldo de 2.281 postos e a seguir aparecem os trabalhadores com 30 a

39 anos (1.065 postos), além de ter ocorrido uma maior procura por trabalhadores com maior grau

de escolaridade. Por tamanho, os estabelecimentos com até 4 e com 1000 ou mais empregados

acumularam o maior saldo positivo de emprego no quinquênio, com saldo positivo de 1.783 e 1.734

postos, respectivamente.

Quanto à remuneração média dos trabalhadores admitidos e desligados, observa-se que

houve uma queda constante, até abril de 2010, na remuneração média dos trabalhadores admitidos,

enquanto, por outro lado, a remuneração média que havia sido paga aos trabalhadores desligados

praticamente não mostrou alteração. Este movimento fez com que a distância entre a remuneração

média de quem estava entrando no mercado de trabalho formal em Osasco para quem estava saindo

aumentasse de 8,0% em janeiro, para 14,0% em abril de 2010, quando houve recomposição do

salário médio dos admitidos, fazendo com que a diferença entre ambas as remunerações caísse para

9,0%.


8

I – SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES BRASIL, GRANDES

REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO

Entre janeiro de maio de 2010 país

gera 1,2 milhão de postos formais de trabalho

De acordo com os dados revelados pelo CAGED, entre janeiro e maio de 2010 a

movimentação do mercado de trabalho formal no Brasil apresentou saldo positivo de 1.260.368

postos, resultado de cinco meses consecutivos de recordes na geração de emprego. No quinquênio

em questão, o saldo de vagas verificado no país alcançou o mesmo nível de postos criados no

acumulado de doze meses nos últimos anos da atual década1, aumentando a possibilidade de

encerrar 2010 com a geração de mais de 2 milhões de postos formais de trabalho.

Em relação ao acumulado até maio de 2010, o saldo de abril (305.068) correspondeu a

24,2% do total e foi 2,9 vezes maior que o resultado de abril do ano anterior. Maio de 2010 foi o

segundo mês a apresentar a maior participação no acumulado do quinquênio (298.041 ou 23,6% do

total) e foi 2,3 vezes maior que o saldo de maio de 2009. O resultado acumulado entre janeiro e

maio de 2010 foi 7,0 vezes maior que o saldo acumulado em igual período de 2008 (Gráfico 1).

GRÁFICO 1

Saldo de empregos formais Brasil, Jul/08 a Set/08 e Jul/09 a Set/09

-101.748

181.419

9.179

209.425

34.818

266.415

106.205

305.068

131.557

298.041180.011

1.260.368

-200.000

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Janeiro a Maio

Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE

1 Na década, o saldo acumulado entre janeiro e dezembro foram os seguintes: 2000 (657.596); 2001 (591.079); 2002 (762.414); 2003 (6435.433); 2004 (1.523.276); 2005 (1.253.981); 2006 (1.228.686); 2007 (1.617.392); 2008 (1.452.204); 2009 (995.110). De 1996 a 2000 todos os resultados foram negativos.


9

Sudeste apresenta o melhor resultado por regiões

Analisando o saldo de vagas por região do país, a região Sudeste apresentou o maior saldo

positivo de vagas no acumulado de janeiro a maio de 2010 (770.189 vagas), o que significou uma

elevação de 4,5 vezes em comparação com igual período de 2009 (167.769 postos). Este resultado

mostrou, do mesmo modo, a forte concentração do saldo na região sudeste, que apresentou uma

participação em relação ao saldo total verificado no país de 61,0%.

A seguir aparece a região Sul, com a criação de 247.528 postos, saldo 4,7 vezes maior que

igual quinquênio de 2009 (52.237 postos). Em terceiro lugar, aparece a região Nordeste, que teve

saldo positivo de 75.829 postos, contra saldo negativo de -92.114 postos entre janeiro e maio de

2009. A região Norte registrou um saldo positivo de 48.108 vagas. No mesmo quinquênio de 2009

observou-se a eliminação de 15.708 postos. A região Centro-Oeste, nos cinco meses de janeiro a

maio de 2010 apresentou saldo positivo de 118.714 vagas (Gráfico 2).

GRÁFICO 2

Saldo acumulado de empregos formais Grandes Regiões, janeiro a maio de 2009 e 2010.

-15.708

-92.114

167.769

52.237 67.82748.10875.829

770.189

247.528

118.714

-200.000

-100.000

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

jan a mai/09 jan a mai/10


O estado de São Paulo acumulou um saldo positivo de 475.478 postos nos primeiros cinco

meses de 2010. Foi o maior saldo positivo no período e representou 37,7% do saldo positivo total

do país, seguido de Minas Gerais, com saldo de 193.702 postos ou 15,4% do total nacional. Na


10

região Sul, os estados do Paraná, com saldo de 90.542 postos, e Rio Grande do Sul, de 96.789,

responderam, respectivamente, por 7,2% e 7,7% do saldo do país. Na região Nordeste, três estados

verificaram saldo negativo no período em análise, com o pior resultado observado em Alagoas,

com a eliminação de 35.383 postos (Tabela 1).

TABELA 1

Saldo acumulado do emprego formal Brasil, Grandes Regiões e UFs, janeiro a maio de 2009 e 2010.

jan a

mai/09

jan a

mai/10

Norte -15.708 48.108

Rondonia 11.392 14.615

Acre 790 1.180

Amazonas -15.159 11.103

Rora ima 345 1.051

Para -14.484 13.798

Amapa -283 1.188

Tocantins 1.691 5.173

Nordeste -92.114 75.829

Maranhao -6.952 13.738

Piaui 610 10.365

Ceara -579 23.792

Rio Grande do Norte -15.255 5.518

Para iba -8.398 -1.350

Pernambuco -36.862 -2.606

Alagoas -39.432 -35.383

Sergipe -2.225 4.126

Bahia 16.979 57.629

Sudeste 167.769 770.189

Minas Gerais 34.850 193.702

Es piri to Santo 11.204 28.755

Rio de Janeiro 9.712 72.254

Sao Paulo 112.003 475.478

Sul 52.237 247.528

Parana 34.547 90.542

Santa Catarina 10.552 60.197

Rio Grande do Sul 7.138 96.789

Centro-Oeste 67.827 118.714

Mato Gros so do Sul 10.876 17.407

Mato Gros so 7.843 19.399

Goias 37.572 62.082

Distri to Federa l 11.536 19.826

Bras i l 180.011 1.260.368

Unidade da

Federação

Acumulado



11

Osasco registra saldo positivo de 5.611 vagas até maio e é o segundo melhor

resultado para o período na década

O município de Osasco apresentou, entre janeiro e maio de 2010, saldo positivo de 5.611

vagas. Em igual período do ano anterior esse resultado foi negativo em -3.405 postos. A elevação

do saldo de empregos até maio de 2010 no município também foi verificada para o Brasil, região

sudeste, estado de São Paulo e região metropolitana de São Paulo – RMSP. Para Osasco, fevereiro

de 2010 registrou a maior participação no saldo no acumulado de 2010, com 1.366 postos ou 24,3%

do total, seguido por maio (1.337 postos ou 23,8% do total). O terceiro melhor saldo ocorreu em

abril (1.151 vagas). Somados, estes três meses responderam por 68,7% do saldo total (Tabela 2).

TABELA 2

Saldo do emprego formal Brasil, Sudeste, São Paulo e Osasco, janeiro a maio de 2009 e 2010.

Localidade

jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10jan a

mai/09

jan a

mai/10

Bras i l 181.419 209.425 266.415 305.068 298.041 180.011 1.260.368

Sudeste 79.652 120.562 191.019 189.455 189.501 167.769 770.189

São Paulo 51.159 80.662 125.189 119.844 98.624 112.003 587.481

RMSP 30.788 36.823 43.581 42.850 38.360 2.360 192.402

Osas co 794 1.366 963 1.151 1.337 -3.405 5.611

Saldo acumuladoSaldo mensal


Cabe ainda destacar que o resultado nos primeiros cinco meses de 2010, em Osasco, foi o

segundo maior resultado na década, atrás do acumulado de janeiro a maio de 2005 (7.738 postos).

Nessa série, apenas nos primeiros cinco meses de 2009 se verificou um resultado negativo, fato que

pode ser explicado pela repercussão que os impactos da crise financeira internacional manteve

sobre o mercado de trabalho local, principalmente nos primeiros meses de 2009 (Gráfico 3).


12

GRÁFICO 3 Saldo acumulado de empregos formais Osasco, janeiro a maio de 2009 e 2010.

17292182

45

24733004

7738

2646

4356 4218

-3405

5611

-4000

-2000

0

2000

4000

6000

8000

10000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010



13

II – SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES EM OSASCO

SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS

Setor de Serviços ocupa dois

quintos dos postos nos primeiros até maio

O saldo da movimentação do emprego no município de Osasco, por setores e subsetores de

atividade, mostrou que, até maio de 2010, o setor de Serviços apresentou o maior saldo positivo do

período (2.266 postos), 2,4 vezes maior que o resultado de igual período de 2009 (950 postos) e

respondendo por 40,0% do saldo de janeiro a maio de 2010. O Saldo no setor foi puxado pelo

desempenho dos subsetores de Transporte e comunicação (824) e Serviços técnicos profissionais

(613).

No setor da Indústria de transformação foi registrado o segundo melhor saldo do período, de

1.150 postos nos cinco primeiros meses de 2010. No acumulado de janeiro a maio de 2009 o setor

verificou a eliminação de 2.223 postos. Deve-se destacar que a Indústria de transformação de

Osasco foi um dos setores mais atingido pelos impactos da crise financeira internacional2, com

início em setembro de 2008. Os destaques do setor foram o subsetor de Alimentos e bebidas (368

postos), seguido dos subsetores de Material de transporte (278 postos) e Metalúrgica (150 postos).

Todos os demais setores apresentaram saldo positivo no acumulado de janeiro a maio de

2010. A terceira melhor posição no saldo foi observado no setor do Comércio, saldo de 989 postos,

respondendo por 17,6% do saldo total de Osasco (Tabela 3).

2 Como já apontado anteriormente nos estudos mensais sobre mercado de trabalho formal elaborados pelo Observatório.


14

TABELA 3 Saldo do emprego segundo subsetor de atividade

Osasco, janeiro a maio de 2009 e 2010.

01/10 02/10 03/10 04/10 05/10jan a

mai/09

jan a

mai/10

Ind. Extrativa Mineral 0 0 0 0 0 0 0Indústria de Transformação 449 354 165 -26 208 -2.223 1.150 Ind. Minerais não Metálicos -1 -6 -3 -3 1 -30 -12

Metalúrgica 49 17 19 13 52 -715 150

Mecânica 32 14 26 18 6 -91 96

Elétrica e Eletrônica -2 14 -4 19 21 8 48

Material Transporte 92 41 70 7 68 -419 278

Madeira e Mobiliário -10 -16 2 -13 -22 -15 -59

Papel e Gráfica 15 9 7 0 15 6 46

Borracha, Fumo e Couro 3 10 -26 -20 -5 -31 -38

Química 33 45 8 52 25 -81 163

Têxtil 21 93 -2 -12 4 -210 104

Calçados 0 0 0 6 0 0 6

Alimentos e Bebidas 217 133 68 -93 43 -645 368

Serviços Industriais de Utilidade Pública 6 -3 1 -1 2 -32 5Construção Civil 233 -35 54 116 58 90 426Comércio -128 275 253 254 335 63 989 Comércio Varejista -104 175 198 105 213 3 587

Comércio Atacadista -24 100 55 149 122 60 402

Serviços 294 614 537 383 438 950 2.266 Instituições Financeiras 16 18 -66 39 40 153 47

Serviços Técnicos Profissionais 132 128 335 32 -14 210 613

Transporte e Comunicação 151 216 96 209 152 51 824

Serv. Alojamento e Alimentação 8 59 53 54 208 61 382

Serv. Médicos, Odonto e Veterinários -9 0 33 36 7 99 67

Ensino -4 193 86 13 45 376 333

Administração pública -59 161 -47 419 295 -2.251 769Agricultura -1 0 0 6 1 -2 6Total 794 1.366 963 1.151 1.337 -3.405 5.611

Saldo Mensal Acumulado

Setor e Subsetor de Atividade


Dez famílias ocupacionais respondem por metade do saldo positivo em Osasco

Segundo família ocupacional, a movimentação do mercado de trabalho no município de

Osasco, entre janeiro e maio de 2010, mostrou que dez famílias ocupacionais foram responsáveis

pela geração de 3.014 postos formais, o que significou a participação de 53,7% em relação ao saldo

total verificado no acumulado dos cinco meses em análise.


15

A família ocupacional Agentes, assistentes e auxiliares administrativos se destacou no saldo

do período, ocupando 10,4% dos postos gerados, seguido de Alimentadores de linhas de produção

(7,6%) e Professores de nível médio no ensino fundamental (6,6%). Essas três famílias

ocupacionais responderam por um quarto das vagas criadas no acumulado de janeiro a maio de

2010 (Tabela 4).

TABELA 4

Participação das dez famílias ocupacionais no saldo total Osasco, janeiro a maio de 2010

AbsolutoParticipação

(%)

Agentes, assistentes e auxil iares administrativos 585 10,4

Alimentadores de l inhas de produção 428 7,6

Professores de nível médio no ensino fundamental 369 6,6

Operadores do comércio em lojas e mercados 304 5,4

Cozinheiros 267 4,8

Instaladoresreparadores de l inhas e equipamentos de telecomunicações 239 4,3

Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 211 3,8

Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 210 3,7

Ajudantes de obras civis 204 3,6

Escriturários de serviços bancários 197 3,5

Total famílias selecionadas 3014 53,7

Total famílias 5611 100,0

Saldo

Família ocupacional


Trabalhadores mais jovens apresentam

o maior saldo positivo em Osasco

Por faixa etária, o comportamento do mercado de trabalho formal no acumulado de janeiro a

maio de 2010 apresentou saldo positivo para todas as faixas etárias, exceto para os trabalhadores de

65 anos ou mais, com a eliminação de 12 postos. Em igual período de 2009 foram verificados

resultados negativos para todas as faixas de idade acima de 24 anos. Em 2010, o melhor resultado

positivo foi observado entre os trabalhadores de 18 a 24 anos, com saldo positivo de 2.281 postos,

resultado cinco vezes maior que o apresentado no mesmo período de 2009 (432 postos), seguido


16

dos trabalhadores de 30 a 39 anos, com saldo de 1.065 postos, contra saldo negativo de -1.364

vagas observado entre janeiro e maio de 2009 (Tabela 5).

TABELA 5 Saldo do emprego segundo faixa etária dos trabalhadores


Fx. Etária 01/10 02/10 03/10 04/10 05/10jan a

mai/09

jan a

mai/10

Até 17 67 107 95 118 99 433 486

18 a 24 273 474 643 416 475 432 2.281

25 a 29 145 280 162 181 189 -799 957

30 a 39 166 352 91 168 288 -1.364 1.065

40 a 49 168 113 2 139 237 -1.191 659

50 a 64 -10 41 -26 120 50 -876 175

65 ou mais -15 -1 -4 9 -1 -40 -12

Total 794 1.366 963 1.151 1.337 -3.405 5.611

Saldo mensal Saldo acumulado


Ensino médio é a escolaridade mais exigida

para preenchimento das vagas no município

A análise da movimentação do mercado de trabalho no município de Osasco, segundo grau

de instrução, mostra que os trabalhadores com o ensino médio completo apresentaram o melhor

resultado no saldo acumulado entre janeiro e maio de 2010 (3.425 postos), seguido dos

trabalhadores com ensino superior completo e incompleto, 740 e 427 postos, respectivamente. Nos

primeiros cinco meses de 2009, todas as faixas de escolaridade, com exceção dos trabalhadores

analfabetos, registraram saldo negativo, com destaque para a eliminação de postos entre os

trabalhadores com ensino médio completo (961 vagas) (Tabela 6).


17

Tabela 6 Saldo do emprego segundo grau de instrução

Osasco, janeiro a maio 2009 e 2010

01/10 02/10 03/10 04/10 05/10jan a

mai/09

jan a

mai/10

Analfabeto 4 -4 20 -5 -11 9 4

4ª série incompleta 0 -7 -8 52 8 -303 45

4ª série completa 79 45 91 108 11 -388 334

8ª série incompleta -6 24 35 81 20 -532 154

8ª série completa 123 89 -17 23 157 -662 375

2º grau incompleto -102 72 9 110 18 -310 107

2º grau completo 500 734 627 706 858 -961 3.425

Superior incompleto 141 80 51 53 102 -9 427

Superior completo 55 333 155 23 174 -249 740

Total 794 1.366 963 1.151 1.337 -3.405 5.611

Grau de Instrução



Saldo é ligeiramente maior entre os homens

A análise por sexo mostra que, nos primeiros cinco meses de 2010, a movimentação no

mercado de trabalho formal em Osasco foi ligeiramente maior entre os homens, que apresentaram

um saldo positivo de 2.917 postos, 52,0% do saldo total. No mesmo período de 2009, a eliminação

de postos formais de trabalho também atingiu com maior intensidade os trabalhadores do sexo

masculino, com resultado negativo de 2.344 postos ou 68,8% do total (Tabela 7).

TABELA 7 Saldo do emprego segundo gênero



18

Homens Mulheres Total

01/10 516 278 794

02/10 684 682 1.366

03/10 566 397 963

04/10 544 607 1.151

05/10 607 730 1.337

Homens Mulheres Total

jan a

mai/09 -2.344 -1.061 -3.405

jan a

mai/10 2.917 2.694 5.611

PeríodoSa ldo Mensa l

PeríodoSa ldo Acumulado


Estabelecimentos com até 4 e com 1000 ou mais empregados

concentram saldo positivo

Segundo tamanho de estabelecimento, o saldo acumulado de janeiro a maio de 2010 apontou

para a concentração de postos nos estabelecimentos com até 4 empregados, com resultado positivo

de 1.783 postos, saldo 32,5% superior a geração de postos de trabalho no mesmo período de 2009

(1.346 vagas). Os estabelecimentos com 1000 ou mais empregados vêm a seguir, com saldo de

1.734 postos, contra um saldo negativo entre janeiro e maio de 2009 de -3.668 postos. Apenas os

estabelecimentos de 10 a 19 empregados registraram saldo negativo no período em análise (-31

postos) (Tabela 8).

TABELA 8

Saldo do emprego segundo tamanho do estabelecimento Osasco, janeiro a maio de 2009 e 2010.

01/10 02/10 03/10 04/10 05/10jan a

mai/09

jan a

mai/10

Até 4 330 234 427 334 458 1.346 1.783

De 5 a 9 -20 44 48 30 65 -121 167

De 10 a 19 -79 -29 -20 23 74 46 -31

De 20 A 49 4 206 -6 -28 119 -118 295

De 50 a 99 112 169 276 31 -28 -175 560

De 100 a 249 -40 91 84 112 -154 -335 93

De 250 a 499 35 121 -18 114 102 -168 354

De 500 a 999 202 108 132 46 168 -212 656

1000 ou mais 250 422 40 489 533 -3.668 1.734Total 794 1.366 963 1.151 1.337 -3.405 5.611

Saldo acumuladoFaixa tamanho

estabelecimento

Saldo mensal


19


Saldo positivo até maio se

concentra nos postos de trabalho com menores rendimentos

Segundo faixas de salário mínimo (SM), o saldo positivo verificado no acumulado de

janeiro a maio de 2010 ficou concentrado na faixa de 1,01 a 1,5 salários mínimos (SM). Nessa faixa

foram criados 3.946 postos, contra a eliminação de 574 postos em igual período de 2009. O

segundo melhor resultado foi registrado entre os trabalhadores com remuneração na faixa de 1,51 a

2,0 salários mínimos, com geração de 921 vagas. Registre-se ainda que nos primeiros cinco meses

de 2010 o saldo entre os trabalhadores com salário acima de 3,0 mínimos foi negativo (Tabela 9).

TABELA 9

Saldo do emprego segundo salário mensal em faixas de salários-mínimos Osasco, janeiro a maio de 2008 e 2009

01/10 02/10 03/10 04/10 05/10jan a

mai/09

jan a

mai/10

Até 0,5 -7 1 9 4 3 -6 10

0,51 a 1,0 88 75 39 337 104 100 643

1,01 a 1,5 524 895 722 850 955 -574 3.946

1,51 a 2,0 72 214 263 73 299 -681 921

2,01 a 3,0 117 206 70 90 97 -687 580

3,01 a 4,0 39 39 -14 -97 -38 -412 -71

4,01 a 5,0 9 -19 -50 -18 -92 -466 -170

5,01 a 7,0 -12 -4 3 -48 6 -357 -55

7,01 a 10,0 3 -12 -44 -14 5 -136 -62

10,01 a 15,0 -11 -4 -21 -20 4 -116 -52

15,01 a 20,0 -6 -8 -11 -6 -2 -44 -33

Mais de 20,0 -13 -11 -9 -5 -7 -57 -45

Ignorado -9 -6 6 5 3 31 -1

Total 794 1.366 963 1.151 1.337 -3.405 5.611


Salário mensal (SM)



20

Depois de quatro quedas consecutivas,

remuneração média dos admitidos apresenta recuperação em maio

Entre janeiro e abril de 2010, o rendimento dos trabalhadores admitidos em Osasco

apresentou quedas consecutivas, saindo de R$ 936,97, em janeiro, para R$ 862,58, em abril,

voltando a crescer apenas em maio desse ano, para 909,15. Por outro lado, o rendimento médio dos

trabalhadores desligados permaneceu estável em todo o período (ver anexo 1).

O resultado na remuneração média do trabalhador admitido fez com que a relação entre os

rendimentos médios dos admitidos e desligados apresentasse retração nos quatro primeiros meses

de 2010 desfavoravelmente aos admitidos. Em janeiro, o salário médio dos admitidos era 8,0%

menor que o dos desligados. Em abril, essa diferença se elevou para 14,0%. A distância entre as

remunerações médias voltou a diminuir apenas em maio (9,0%), quando voltou a patamar similar a

janeiro de 2010 (Gráfico 4).

GRÁFICO 4

Remuneração média e relação dos rendimentos médios entre admitidos e desligados Osasco, jan/09 a mai/10.

0,86

0,85 0,86

0,89

0,92

0,80 0,79

0,89

0,91 0,91

0,82

0,87

0,92

0,89 0,88

0,86

0,91

0,70

0,75

0,80

0,85

0,90

0,95

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

01/09 02/09 03/09 04/09 05/09 06/09 07/09 08/09 09/09 10/09 11/09 12/09 01/10 02/10 03/10 04/10 05/10



21

Quanto ao tempo médio de permanência no emprego, verifica-se que mais da metade

(53,2%) dos trabalhadores desligados entre janeiro e maio de 2010 possuía menos de um ano no

último emprego; e pouco mais de um quinto dessas (22,0%) possuía mais de um ano no emprego,

sem, no entanto, completar os dois anos em seu último local de trabalho.

Na comparação com os cinco primeiros meses de 2009, observa-se que houve crescimento

no número de desligamentos nas faixas de 1,0 a 2,9 meses, passando de 11,9% para 18,1%, e de

3,0% a 5,9 meses, de 13,6% para 16,5%. Na faixa de 6,0 a 11,9 meses recuou maio no número de

desligamentos no acumulado até maio de 2010 frente a igual período de 2009, de 24,5% para

18,5%, enquanto na faixa de 12,0 a 23,9 meses essa queda foi menor, de 23,0% para 22,0%.

Deve-se destacar que na medida em que se eleva o tempo de permanência no emprego do

trabalhador diminui, de forma inversa, sua participação no número de desligamentos no município.

Por outro lado, observa-se, em ambos os períodos, que a remuneração média paga foi tanto maior

quanto mais tempo no último emprego tivessem os trabalhadores desligados (Tabela 10).

TABELA 10 Distribuição dos desligados por tempo de permanência no emprego

Osasco – janeiro a maio de 2009 e 2010

Desligados

(%)RM Mensal

Desligados

(%)RM Mensal

De 1,0 a 2,9 meses 11,9 745 18,1 813

De 3,0 a 5,9 meses 13,6 806 16,5 850

De 6,0 a 11,9 meses 24,5 839 18,5 931

De 12,0 a 23,9 meses 23,0 879 22,0 946

De 24,0 a 35,9 meses 7,5 1.055 8,1 1143

De 36,0 a 59,9 meses 8,1 1.284 6,3 1362

De 60,0 a 119,9 meses 6,6 1.440 4,8 1547

120 meses ou mais 2,8 3.049 2,2 2911

Ignorado 2,0 772 3,6 763

Total 100,0 985 100,0 1010

Fx. Tempo de Emprego

Janeiro a maio 2009 Janeiro a maio 2010



22

Conclusão

O saldo de empregos formais apresentado pelo Brasil nos primeiros cinco meses de 2010

chegou a 1,2 milhão de postos e consolidou a expectativa de que o país encerre o ano com a criação

de mais de 2 milhões de vagas. O resultado do período foi o maior já verificado no acumulado até

maio e possui a dimensão dos saldos observados no acumulado de doze meses dos anos anteriores.

Embora todas as regiões tenham apresentado resultado positivo, é preciso destacar que o

saldo ficou fortemente concentrado na região sudeste do país, com 61,0% do total. Se ao saldo do

Sudeste for acrescento o resultado do Sul, se verá que 81,0% de todo o saldo observado nesses

primeiros cinco meses de 2010 foram gerados nessas regiões.

Assim como o Sudeste pesa fortemente no resultado geral do saldo do país, o Estado de São

Paulo tem papel decisivo na determinação tanto do resultado da região (76,0% do total) quanto do

país (47,0% do total).

O saldo registrado em Osasco até maio de 2010 foi o segundo melhor já verificado na

década. Este resultado assegurou a recuperação do mercado de trabalho formal do município frente

a igual período de 2009, quando ocorreu a eliminação de 3,4 mil postos de trabalho, movimento que

se explica pelo desempenho do saldo na indústria de transformação, com saldo negativo de 2,2 mil

postos. Entre janeiro e maio de 2010 este setor de atividade econômica apresentou o segundo maior

saldo do período, atrás do setor de Serviços. Com esses resultados, pode-se afirmar que o a

Indústria de transformação exerceu, na análise dos dois períodos em questão, forte influência para a

determinação do saldo geral do município.

De acordo com os dados do CAGED, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2010, dez

famílias ocupacionais responderam por metade do saldo em Osasco, sendo que três delas

acumularam um quarto do total de vagas. Nesse período, os jovens, com escolaridade mais elevada

foram os principais beneficiados pelo resultado verificado até maio de 2010. Os trabalhadores do

sexo masculino registraram uma pequena vantagem na participação do saldo.

Observadas os atributos pessoais dos trabalhadores, deve-se atentar para as características

das vagas surgidas nos municípios. Segundo tamanho dos estabelecimentos, 62,7% do saldo se

localizou em pequenos e grandes estabelecimentos. Quanto ao salário, observa-se uma baixa

remuneração ao trabalho, na faixa de 1,01 a 1,5 salários mínimos, com 70,3% do saldo total. Por

outro lado, nos cinco meses em análise, em 2010, as faixas de salário mínimo acima de 3,01 salários

apresentaram saldo negativo.


23

Outro dado importante sobre remuneração diz respeito à remuneração média dos

trabalhadores admitidos e desligados. No caso do município de Osasco, persiste a distância entre a

remuneração média que foi percebida pelos trabalhadores desligados em relação àquela que será

paga aos trabalhadores admitidos. Em maio de 2010 essa diferença foi de 9,0%, entretanto, quando

se pega os demais meses do ano, a distância dessas remunerações chegou a 14,0%. Este dado põe a

questão da rotatividade como possível elemento presente na dinâmica do mercado de trabalho local.

Desse modo, os números sobre o tempo de permanência do trabalhador em seu último

emprego reforçam a idéia de alta instabilidade nos postos ocupados. Entre janeiro e maio de 2010,

75,1% dos trabalhadores permaneceram menos de dois anos no último emprego, sendo que 53,2%

não chegaram a completar um ano.


24

ANEXO

TABELA 10 Remuneração média e relação dos rendimentos médios entre admitidos e desligados

Osasco, jan/09 a mai/10.


25

Perí odo AdmitidosRendimento

MédioDesligados

Rendimento Médio

SaldoRelação

Adm./ Desl.01/09 4.131 883,77 6.273 1.030,42 -2.142 0,86

02/09 4.314 870,97 4.481 1.024,08 -167 0,85

03/09 4.560 843,77 5.156 980,49 -596 0,86

04/09 5.170 842,99 4.755 945,82 415 0,89

05/09 4.429 861,51 5.344 936,70 -915 0,92

06/09 5.728 826,84 4.953 1.027,45 775 0,80

07/09 5.570 866,99 5.384 1.092,23 186 0,79

08/09 5.671 884,95 4.824 991,34 847 0,89

09/09 5.734 874,80 4.496 962,00 1.238 0,91

10/09 5.467 858,27 4.525 941,46 942 0,91

11/09 5.609 846,95 4.425 1.026,66 1.184 0,82

12/09 4.260 882,80 5.189 1.014,63 -929 0,87

01/10 5.416 936,97 4.622 1.017,40 794 0,92

02/10 5.891 905,56 4.525 1.016,13 1.366 0,89

03/10 6.714 888,15 5.751 1.009,14 963 0,88

04/10 6.404 862,58 5.253 1.003,93 1.151 0,86

05/10 7.126 909,15 5.789 1.003,87 1.337 0,91 Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE

janeiro a maio de 2010geo.dieese.org.br/osasco/estudos/trimestral_1_2010.pdf · dr. faisal cury...

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