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Janeiro a Junho 2011 Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa NESTE NÚMERO N.º 37 • 3ª SÉRIE OS NOSSOS PASSEIOS PAG. 08 – VIAGEM AO CANADÁ/CRUZEIRO NO ALASCA – PASSAGEM DE ANO EM MARROCOS – PASSEIO DA PRIMAVERA XIX ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO/ EVOCAÇÃO DE ÂNGELO ARAÚJO PAG. 04 XIX ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO

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FICHA TÉCNICA

Janeiro a Junho 2011 Janeiro a Junho 2011

Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa

NESTE NÚMERO

CAPA E BATINADIRECTOR: A Presidente da Direcção

EDIÇÃO: Associação dos Antigos Estudantes

de Coimbra em Lisboa

Instituição de Utilidade Pública

Rua António Pereira Carrilho, 5 - 1º

1000-046 LISBOA

TEL. 21 849 41 97 FAX. 21 849 42 08

E-MAIL: [email protected]

INTERNET: www.aaec-lisboa.com

FACEBOOK: AAEC em Lisboa

PERIODICIDADE: Semestral

TIRAGEM: 1000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AOS

SÓCIOS DA ASSOCIAÇÃO

N.º 37 • 3ª SÉRIE

OS NOSSOS PASSEIOS

PAG. 08

– VIAGEM AO CANADÁ/CRUZEIRO NO ALASCA– PASSAGEM DE ANO EM MARROCOS – PASSEIO DA PRIMAVERA

XIX ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO/ EVOCAÇÃO DE ÂNGELO ARAÚJOPAG. 04

XIX ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO

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EDITORIAL

EM DESTAQUEAniversário da Associação/Evocação de Ângelo Araújo

CONFERÊNCIAS

“A vida diplomática: episódios e situações” - Embaixador Costa LoboTertúlia Académica - Lançamento do disco de Jorge Cravo “Canções d’uma Cidade ed’um Rio”

OS NOSSOS PASSEIOS

LÁ FORA – Viagem ao Canadá/Cruzeiro no AlascaPassagem de Ano em Marrocos

CÁ DENTRO - Passeio da Primavera

LIGA DOS AMIGOS DO MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA

A VOZ DA FILANTRÓPICA E VISITAS LOCAIS

A UNIVERSIDADE HOJE Entrevista com Gonçalo Quadros – CEO da Critical Sw

ESPAÇO POESIAÂngelo Araújo

BLOGOSFER@

NOTÍCIAS BREVES

IN MEMORIAM

NOVOS SÓCIOS

SE NÃO SABIAS, FICA A SABER QUE...

PÁG.

ÍNDICE

Os textos publicados podem ter sidoajustados ao espaço disponível. A versão integral pode ser consultada na Sede ou no sítio da Internet:www.aaec-lisboa.com

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NOTÍCIAS BREVES

23Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

Deixaram-nos...

… no primeiro Semestre de 2011:

Dr. Francisco Xavier Sampaio Tinoco de Faria, Sócio 308– em Janeiro;

Dr. João António da Silva Menano, Sócio 346 – em 26 deJaneiro;

Dr.ª Maria Helena Mota Salvador, Sócio 1187 – em 16 deFevereiro;

Eng. Francisco Caiado Mendes Pinto, Sócio 181 – em 8 deMarço;

Dr. Mário de Figueiredo Veloso, Sócio 447 – em Março;

Dr.ª Maria Darcília de Almeida Salgado Zenha MoraisCorreia, Sócio 1134 – em 5 de Abril;

Eng. Vítor Manuel Carneiro Veres, Sócio 239 – em Abril;

Dr. Fernando José Russo Roque Correia Afonso, Sócio 103– em 27 de Maio;

Dr. António de Carvalho Alves de Matos, Sócio 417 – em 27de Maio

Dr. Mário Fernando Pombo Costa, Sócio 1217 – em 14 deJunho.

Que descansem em Paz!

IN MEMORIAM

… em 2010 (de Junho a Dezembro) foram:

07.NOVOS SÓCIOS ADMITIDOS...

Dr. Fernando Miguel dos Santos Gomes, Sócio nº 1284;Dr.ª Joana Filipa Bernardino Figueiredo, Sócio nº 1285;Dr. Carlos Manuel de Faria Almeida Santos, Sócio nº 1286;Dr. Paulo César de Barros Duarte, Sócio nº 1287;Dr.ª Eunice Maria Mourato Antunes, Sócio nº 1288;Dr. João José Garcia Correia, Sócio nº 1289;Eng. Fausto Manuel Godinho Castela, Sócio nº 1290.

Dr. Sérgio Manuel Pires Gonçalves, Sócio nº 1291;Dr. Fernando Mota da Costa Pereira, Sócio nº 1292;Dr.ª Maria Dulce Beirão Alpendre Mendes, Sócio nº 1293;Dr. António Costa Lobo, Sócio nº 1294;

e … em 2011 (até Junho) foram :

É com muito prazer e gratidão que sefaz referência aos nomes de nossosSócios e Amigos que contribuíram no1º semestre de 2011 para o enriqueci-mento do Património da Biblioteca daAssociação , com oferta de livros epublicações periódicas, etc., etc.Enriqueceram a Biblioteca com livros eoutra documentação os Sócios:- Dr. José Pinheiro da Silva;

- Dr. José Alberto Marques Vidal;- Dr.ª Maria de Fátima Lencastre;- Dr.ª Maria Amélia Palma Féria;- Eng. João Quintela de Brito.

… e uma oferta especial de uma cente-na de livros, incluindo publicaçõesperiódicas de:- Dr.ª Margarida Gracinda Cartaxo Frias - Eng José Manuel Matos da Costa.

A todos enorme gratidão. Perdoar-nos-ão os que, por lapso invo-luntário, não foram nomeados.

NOTA FINAL - Temos Sócios com assuas quotas em atraso, não só desteano como de anos anteriores (alguns...)!Quando estarão todas em dia?

Não podemos “viver” sem elas!

08.SE NÃO SABIAS, FICA A SABER QUE…

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3Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

EDITORIAL

Foi Ângelo Araújo quem me trouxe,pela primeira vez, a esta colmeia deamigos. Hoje, para o recordar, mobili-za-me a força tão operosa como im-periosa da sua Ex.ma Presidente, Mas,Ângelo, não o alcanço, e assim poucomais posso oferecer do que escassospassos de uma longa Amizade. Nada,pois, para quem vem dos alicercesdesta Casa e, atente-se, deixou a au-ra que Ângelo deixou. Ora, sendo as-sim:

Vai para ¾ de séc., estudante deFQN, no Porto, já era Ângelo (disse-mo mais tarde) quem me entrava emcasa pela fresta de um Telefunken.Ele e mais 4 (Os 5 V V da Fac. deCiências) – Ai! Laurinda, oh! Laurindanão me sais do coração...O Curso de Medicina foi continuá-loa Coimbra, onde cheguei, ido de Espi-nho, em 1943. Julião cantava, comêxito enorme, “Oh! Meu Amor Minhalinda Feiticeira!Breve foi a nossa aproximação. Esta-va ele instalado ali perto da Manu-tenção e logo me encheu um saco decantigas, de modo que, em tournéedo Orfeão à Galiza, já eu fiz ressoarÂngelo estreando (?), o seu “ AdeusCoimbra, vamos partir…”Recebera-me com o sorriso de LuaNova, que Tossan adopta, na carica-tura que dele fez, dividido em dois,como o próprio Ângelo se via, na suafina ironia.Eu, me, mim, migo…/dividido em duas partes/ Uma para baixo/e outra para cima do umbigo

Note – se que essa ironia convivia efrutificava com a transcendência,pois, sendo o que se citou, a Apresen-tação de “Amor…Amor… e mais na-da”, livro da parte publicada da suaobra poética, já o Posfácio, multiplicaas linhas do pentagrama e atroa: Este livro não tem razão de existir/mas existe/Tal como tudo quantoDeus fez/E que ninguém sabe por-quê/Nem para quê/…mas que persiste.Recomendo ao gozo ou à inquietaçãode cada um que espreite esse fais-cante caleidoscópio onde cintilamvários Ângelos Por isso, não o alcan-ço!Permaneci dois anos em Coimbra,mas, porque Ângelo se ligou a Espi-nho, por casamento com a Dra MariaAntonieta Palma, sua paixão e Musadesde os tempos da Peneira, lá sedeslocava frequentemente e o sacoabria-se. Existindo em Espinho umaMisericórdia muito carenciada demeios, e sendo seu Provedor, o advo-gado espinhense Amadeu Morais,grande Amigo de Ângelo – o Ângelodos peditórios para a Obra do Dr. Elí-sio de Moura – resolveram angariaralguns recursos organizando em Es-pinho serenatas de Coimbra. O Ânge-lo, com o seu prestígio artístico con-vocava os participantes e quase todos– sem citações, por que não fique al-gum numa dobra menos iluminada docoração – quase todos, generosa-mente, lá estiveram. Alguns tijolos daimponente Obra que Amadeu conse-guiu erigir, se devem a Ângelo.

Escutem:Eis – nos em Espinho aonde temosvindo/ Como quem paga uma pro-messa antiga/ Que nos fosse inspira-da pelo céu…. / A ofertar-lhe – maisque um verso lindo – /O nosso abra-ço e a nossa ajuda amiga/Em respos-ta ao apelo do Amadeu.Que belo instantâneo de Ângelo sa-cralizando a ajuda e a Amizade!Atentemos, enfim, em” Coimbra nosmeus fados”!!!! — Só este CD, que umsensível grupo dos Amigos do Ângeloconstruiu com ele e para ele, contém18 fados. Apenas um tem poema deGarrett. De todos os outros são, as le-tras e a música, de sua autoria. Nãoserá único na História do Fado deCoimbra?Por isso, noticiando o seu falecimen-

to, escreveu o Diário de Coimbra:Ângelo Araújo “é figura incontor-nável da canção de Coimbra” sendo“autor de letras e música de muitosfados “eternos””.Do que de Ângelo não sei dizer, mui-

to anda nas vozes de tantos que o co-nheceram, estimam, veneram e apro-funda-se em ” O Canto e Música deCoimbra – Ângelo Vieira Araújo”, doEng. Doutor Manuel F. M. Inácio. Mase desde já, o Médico, qualificaram-noas homenagens de seus pares e ou-tros, para tal credenciados. O Homem– o Poeta, o Trovador, o Amigo, o Pai,o Cidadão – assinala-o o seu ideal:

“AMOR…AMOR… E MAIS NADA”.

Napoleão Amorim

EDITORIAL

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4 CAPA e BATINA | Janeiro a Junho 2011

EM DESTAQUE

XIX ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO/EVOCAÇÃO DE ÂNGELO ARAÚJO

“Amor, Amor…que coisa maravilhosa!AmorÉ tudo o que na vidaHá de melhor…Alguém poderá suporUma vida sem Amor?AmorToda a gente o quer…Às vezes custa a crerSaberSe ele tanto nos faz sofrer!...Mas agoraNesta hora

Temos que nos libertarDa mais pequena emoçãoQue possa perturbarO bater do coraçãoPara assim darMais vida e mais encantoAo nosso canto.Por tal razãoTodos nós vamos cantarCom a voz bem afinadaO Fado CançãoDe Ângelo Araújo“Amor, Amor e Mais Nada”

Gustavo Cerdeira

Ocorreu a 26 de Março no Instituto Superior de Estudos Militares, enquadrando, como ponto alto,uma evocação “post-mortem” ao Ângelo Vieira de Araújo pela voz do dilecto amigo Napoleão Amo-rim e na presença da sua viúva, de seu filho e nora e outros familiares.Em vida, esta Associação teve oportunidade de homenageá-lo logo após a sua constituição: na co-memoração da Tomada da Bastilha em 1994, na Tertúlia de 1999 e noutros eventos e registos das“Noites de Luar nas Almas”, assim apelidados que eram pelo Ângelo os jantares das primeiras 6ª fei-ras de cada mês, face à comunhão académica que sempre os tem caracterizado.Num quadro evocativo que o Gustavo Cerdeira concebeu – e ao qual a Fátima Lencastre e o AntónioRibeiro emprestaram a voz (a seu pedido) – foi lembrada a tertúlia de 1999, “A Noite do Ângelo”, eos seus desempenhos como Presidente da Delegação em Lisboa da Associação dos Antigos Estudantesde Coimbra e co-fundador e coordenador da Filantrópica; e foi lido um poema/dedicatória da auto-ria do Gustavo, tudo entremeado de poemas diversos, alguns menos conhecidos, que o Ângelo ia dei-xando aqui e acolá, como pedaços de alma.

Também António de Almeida Santos quis registar estamensagem:

“Querida Fátima, queridos confrades:Era minha intenção estar amanhã no almoço de homenagemao saudoso Ângelo Araújo. Como lhe disse, é-me impossível.A crise política que acaba de ser aberta exige-me o tempointeiro. Tenho pena. O que me apetecia era mesmo invocá-locom saudade junto de vós.Apesar de ligeiramente mais velho do que eu, fomoscontemporâneos em Coimbra. A guitarra e o fado de Coimbraaproximaram-nos e nasceu disso uma grande amizade e uma

enorme admiração minha pela pessoa e o talento musical doÂngelo.Ele foi, para mim, um dos melhores, se não o melhor, compositorde sempre da Canção de Coimbra. E, sem ter uma grande voz,conseguiu ser também um inspirado intérprete do fado deCoimbra, que exige de quem o interpreta mais alma do quecordas vocais. E a alma do Ângelo tinha o tamanho do Mundo.Deixou-nos um grande vazio. Recordá-lo e homenageá-lo écumprir um dever e amortizar uma dívida insaldável.Bom almoço! Boa homenagem! Bom convívio! Como se eleestivesse no meio de vós! Abraços afectuosos.”

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EM DESTAQUE

5Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

Resultou uma apoteose de imagens projectadas, de músi-cas, canções e poesia, culminando com 150 Associados aentoarem o mítico “Amor, Amor, Amor e Mais Nada”, coma mão no coração… para sempre!Vozes a que se juntaram, espontaneamente, os 21 elementosdo CORELIS (Coro do Tribunal da Relação de Lisboa), trazidos

pelo Vice-Presidente da Direcção Alcindo Costa, a abrilhantareste Sarau com interpretações muito aplaudidas.Também, como já é esperado, a actuação da nossa estu-dantina “Os Madre Christu” encantou a assistência pelajuventude (em idade, claro) e incondicional adesão ao es-pírito de fraternidade que a todos une.

Corelis enche o palco “Os Madre Christu” em plena actuação

O Grupo Jurídico na serenata de Coimbra Maria Antonieta e filho do Ângelo Araújo

No final, o Grupo Jurídico de Canto e Guitarra de Coimbratransportou-nos à Sé Velha numa Serenata dedicada à me-mória do Ângelo, tendo ultrapassado a bitola habitual aoacolher, como convidado, o Napoleão Amorim que, de mãono coração, cantou a obra-prima do Ângelo “Santa Clara”,a merecer aplausos sem fim.A acrescer a estes momentos indeléveis, duas marcas dig-nas de nota:- Os “Parabéns à Associação”, materializados em variadossalgadinhos e monumental bolo e espumante, prolongou-

se muito para além da hora (com a complacência dos anfi-triões), devido à animação de grande parte dos Associadose, sobretudo, dos membros do CORELIS, em perfeita confra-ternização no canto e na dança improvisados;- a Maria Antonieta ostentava, comovida, a placa comemo-rativa que a Associação lhe ofereceu e ninguém se furtou aadquirir um pequeno livro de poemas do Ângelo que seu fi-lho providenciou e cujo produto reverteu a favor da Funda-ção Dr. Elísio de Moura (muito grata à generosidade do ho-menageado).

Resta repetir aqui o sentido das palavras da Presidente daDirecção Fátima Lencastre: Bem-Hajas, Ângelo Araújo, oteu apelo para que haja “Noites de Luar e Dias de Sol nas

Nossas Almas” continuará a ser o maior ditame para a nos-sa vivência associativa, com a mão no coração!

A Direcção

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CONFERÊNCIAS

A VIDA DIPLOMÁTICA: EPISÓDIOS E SITUAÇÕES

6 CAPA e BATINA | Janeiro a Junho 20110

António Costa Lobo

Tendo estado colocado em países ondedurante a minha estadia se verificaramimportantes transformações, pareceu-me que seria interessante dar prioridadea este tipo de situações. E, a partir destaperspectiva, falei principalmente dosmeus postos em Havana e Moscovo.Quando cheguei a Havana em Janeirode 1961, embora Fidel Castro já esti-vesse no poder há cerca de dois anos,ainda existia alguma ambiguidadequanto à natureza do regime. A esterespeito citei a opinião que naquelaaltura me transmitiu um diplomatacubano dizendo-me que as transfor-mações que estavam a ser levadas acabo em Cuba constituíam a únicaforma de evitar a instauração de umregime comunista.Em Abril do mesmo ano teve lugar afamosa operação da Baía dos Porcos,conduzida por cubanos mas com oapoio dos Estados Unidos, que visavaderrubar o regime de Fidel Castro. Nãoconsidero que esta acção tenha cons-tituído a causa da evolução que se se-guiu, mas estou convencido que mui-to contribuiu para acelerar tal evolu-ção. Logo no mês seguinte é procla-mado o carácter socialista da Revolu-ção cubana. Poucas semanas depois éestabelecido um sistema de partido

único. Em Dezembro, ainda de 1961,Fidel declara-se marxista-leninista. E,entretanto, vai prosseguindo a aproxi-mação de Cuba à União Soviética e asua integração no bloco socialista. Ainda relativamente a Cuba referi al-guns episódios relacionados com oasilo diplomático, designadamente osestratagemas a que recorriam muitoscubanos que pretendiam asilar-se emembaixadas a fim de saírem do país. Em Moscovo estive cerca de três anos,tendo iniciado as minhas funções noVerão de 1990. Eram visíveis os efeitosda política de Gorbatchev, designada-mente no que respeita à instauraçãode um clima menos repressivo e áadopção de algumas medidas no sen-tido da democratização, mas a situa-ção económica do país era bastantegrave e o nível de vida dos russos mui-to modesto. A partir de certa alturacomeçou a registar-se a nomeaçãopara funções de grande peso e res-ponsabilidade no aparelho do Estadode personalidades de tendência vinca-damente conservadora, o que sur-preendeu diversos observadores. Épossível que estas nomeações se rela-cionassem com objectivos de curtoprazo, Mas a verdade é que as referi-das pessoas, aproveitando os poderes

que as novas funções lhes conferiam,em Agosto de 1991 executaram umgolpe de estado que envolveu a deten-ção de Gorbatchev e no seguimentodo qual esperavam ganhar o controlodo país. Só que… a operação falhou,Gorbatchev foi libertado e os autoresdo golpe foram presos. A razão que ameu ver mais contribuiu para que ogolpe tenha falhado foi a atitude dapopulação, que não foi a mesma quese teria registado se idêntica acção ti-vesse tido lugar 5 ou 6 anos atrás.Yeltsin, com a sua firmeza e o seu ca-risma, foi também um elemento im-portante para o desenrolar dos acon-tecimentos. Ele foi, naquele momento,o homem certo no lugar certo.A União Soviética durou mais cerca dequatro meses, continuando Gorbat-chev a ser o Presidente mas com umpoder real muito diminuído. Em De-zembro de 1992 tem lugar a desinte-gração da URSS. As Repúblicas que aintegravam tornam-se Estados sobe-ranos, e é criada a Comunidade de Es-tados Independentes.Mencionei ainda a minha permanênciaem S. Francisco como Cônsul geral,entre 1966 e 1970, tendo destacado aimportância da comunidade portu-guesa na Califórnia.

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7Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

Numa primeira Parceria entre a nossaAssociação e a Casa da Académica emLisboa, teve lugar no dia 2 de Abriluma Tertúlia para o lançamento dodisco “Canções d’uma cidade e d’umrio”, de Jorge Cravo e do Grupo “Quar-teto de António José Moreira”.Jorge Cravo é um dos melhores intér-pretes de sempre da Música de MatrizCoimbrã (na feliz expressão de LuísGoes), como Poeta, Compositor e Can-tor e era grande a expectativa da apre-sentação do seu novo disco.O Programa começou com um “Coim-bra de Honra”, momento sempre apro-veitado para o reencontro de velhosAmigos, sendo notória a presença dosjovens de 40 anos, a idade média dosintérpretes que iriam apresentar o dis-co, seguindo-se o Almoço, como de

costume muito bem apresentado, ondese acentuou a confraternização entretodos os presentes.Na parte final do Almoço, o Signatáriofez a apresentação da Tertúlia, seguin-do-se breves palavras de boas vindaspelos Presidentes da AAECL e da CAL,respectivamente, Dr.ª Fátima Lencastree Dr. Joaquim Couto.Seguiu-se a apresentação do Grupo“Serenata ao Luar”, constituída porAntónio Mendes (Tójó) e Pedro Anastá-cio (Guitarras), Luís Martins e ManuelPera (Violas), António Ribeiro, NunoLages e Alcindo Costa (Cantores), coma particularidade de os dois Violas te-rem feito parte do Grupo do Jorge Cra-vo, nos seus tempos de Coimbra.Luís Goes, numa brilhante intervenção,falou, depois, sob o tema “Percurso de

Jorge Cravo”, seguido por Luís Martinsque versou o tema “Canção de Coim-bra”, mas não pôde deixar de contarepisódios dos tempos em que, emCoimbra, integrava o grupo do JorgeCravo.Por fim, Jorge Cravo apresentou o seunovo trabalho, seguindo-se a sua ac-tuação com o “Quarteto de António Jo-sé Moreira”, constituindo um momen-to de assinalável êxito, dada a altaqualidade do Cantor e dos instrumen-tistas, em especial António José Mo-reira, indiscutivelmente um dos Nomesmais consagrados da Guitarra deCoimbra. Num final emocionante, Jor-ge Cravo chamou para tocar um temados seus tempos de estudante deCoimbra os seus antigos companheirosLuís Martins e Manuel Pêra.

TERTÚLIA ACADÉMICA

CONFERÊNCIAS

Jorge Cravo e o Quarteto de António Moreira O grupo reforçado por novos elementos

2 de Abril de 2011“Tito” Costa Santos

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8 CAPA e BATINA | Janeiro a Junho 2011

Com bom tempo no início, paz e ale-gria por começarmos um Novo Ano emconvívio fraterno, assim decorrerampara os 45 participantes os 3 últimosdias de 2010 e os 2 primeiros de 2011,em terras que estão ligadas à nossaHistória.No 1º dia, de autocarro e seguindo naponte sobre o rio Guadiana, almoçámosem Huelva, seguindo para Algeciras,onde pernoitámos, para, no dia seguin-te, embarcarmos no ferry para atraves-sar o Estreito de Gibraltar, conhecidotambém pelo “Estreito de Hércules”,admirando e fotografando o famoso“Rochedo” numa luta contra um ventoimpiedoso, conforme aqui se ilustra:

Ceuta à vista, testemunhando a pre-sença portuguesa no continente afri-cano, as suas pelejas contra os mouros,bem ilustrada em construções mili-tares e até civis.Após o almoço animado, a fronteirade Bab-Sebta ofereceu-nos um es-pectáculo curioso: o “contrabando”pelos marroquinos de mercadorias

compradas em Ceuta – e com eles(sem qualquer clandestinidade, cla-ro) fizemos a nossa entrada no Reinode Marrocos, rodando até Tânger,onde nos esperava um característicoe luxuoso hotel de 5 estrelas.No último dia do ano, rumámos a Te-touan, cidade declarada patrimóniomundial pela sua Medina, de ruas la-birínticas e coloridas, com bancadasapelativas para o turista que se dis-ponha a regatear até ao limite!Após o almoço, regresso a Tânger,preparação cuidada para um Réveil-lon de luxo, bem molhado por umachuva copiosa que até serviu de pa-no de fundo à animação da dança aosom de orquestra, dos apitos, dos cha-péus e máscaras.O ano de 2011 começou com tempo li-vre para descanso ou passeio a gostopessoal, continuando com a visitaguiada pela cidade, nos vários pontoshistóricos, que a tornam centro de cru-zamento de várias culturas, até à cha-mada Ponta de Hércules, onde se unemas águas do Atlântico com as do Medi-terrâneo.

O segundo dia deste novo Ano é mar-cado, como sempre, por um matutino“Parabéns a Você” = Carlos Rocha, que“insiste” em fazer anos nesta data.

É o habitual mote para restabelecer aforça anímica que costuma falecer noúltimo dia de um passeio aprazível. E,assim, de novo embarcámos no ferryem direcção a terras espanholas: Tari-fa, Cádiz, onde almoçámos, apreciandoo seu famoso conjunto arquitectónico,a que a beleza natural da baía empres-ta especial encanto.Via Badajoz, trouxemos para Portugal(fronteira de Caia) a força bastante pararetomar a rotina de cada um, com umlastro de vivência académica e de frater-nidade que estes dias desde sempre têmproporcionado aos seus beneficiários.Ao fazer o relato do fim de ano emMarrocos, não posso deixar de, emcurtas palavras, evocar a memória donosso companheiro Mário Pombo quedeste grupo fez parte.Vão-me fazer falta as anedotas que sóele sabia contar no autocarro, quer aslidas ao microfone, quer as, por mais

FIM-DO-ANO EM MARROCOS

OS NOSSOS PASSEIOS

LÁ FORA

Alcino Costa e Silva

De 29 de Dezembro de 2010 a 2 de Janeiro de 2011

A grande almirante da associação

Preparados para o Réveillon

Festejo do aniversário da nossa amiga Alzira Monteiro

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OS NOSSOS PASSEIOS

9Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

picantes, segredadas ao ouvido.Vai-me fazer falta a sua amizade, a suatradicional bonomia e a sua permanen-te boa-disposição, apesar dos gravesproblemas de saúde que nos últimosanos o assolaram e que a muitos, quenão a ele, determinariam um total res-sabiamento e agrura com a vida.O Mário Pombo, pela sua conduta devida, se houver justiça, há-de estar, on-de quer que esteja, de bem com Deus ea gozar o descanso que bem merece.

Até sempre, Mário.

A viagem começou com 37 “turistas”que partiram rumo ao Canadá e ater-raram em Calgary, após uma passa-gem por Londres e mais de 11 horasde voo. Calgary situa-se na provínciade Alberta, bem perto das Monta-nhas Rochosas. É um dos principaiscentros económicos, turísticos e pe-trolíferos do país.Da visita salienta-se o Forte, o Par-que Stampede (onde se realiza o fa-moso festival Calgary Stampede), omercado Eau Claire e o Parque Heri-tage. Seguiu-se Banff, localizada noParque Nacional de Banff, que exibealgumas das mais belas paisagens dopaís, desde elevados cumes, flores-tas, lagos glaciais e rios. Este Parqueé Património Mundial da Unescodesde 1985. De teleférico, a 2281mde altitude desfrutámos a fantástica

paisagem, subindo à Montanha Sul-furosa. À noite, em Canmore, jantare uns belos momentos divertidoscom o show “Oh Canada” em que osanfitriões tudo faziam, desde servir àmesa, cantar, dançar… Um espectá-culo!...No 3º dia, ainda no Parque Nacionalde Banff, passámos por magníficaspaisagens até aos lagos Moraine eLouise (nome da 4ª filha da rainhaVitória). Que panorâmica soberbanos ofereceram as montanhas cober-tas de neve, a floresta cerrada e umtempo delicioso!... E a sensação dopasseio pelos lagos gelados!...Almoçámos no “Chateau Lake Loui-se” e após o almoço, entrámos noParque Nacional de Jasper, o maiore o mais agreste dos 4 Parques Na-cionais das Montanhas Rochosas.

Neste Parque e no de Banff situa-seo Campo de Gelo da Colúmbia, amaior superfície de gelo das Monta-nhas Rochosas, com 325 km2.Para se alcançar um dos seus glacia-res, o Glaciar Athabasca, houve queapanhar o “Ice Explorer”. Este glaciartem 6 km2 de área e uma profundida-de de 90–300m. Passeámos pelo gla-ciar, observando as várias tonalida-des por ele apresentadas não faltan-do as moreias, que se acumulam naparte lateral do glaciar.No dia 1 de Junho a Nela Costa lem-brou o Dia Internacional da Criançaenquanto seguíamos de autocarro pa-ra Revelstoke, através do Parque Na-cional dos Glaciares, já na ColúmbiaBritânica, a 3ª maior província.O Sol, as montanhas e suas encostascobertas de gelo acompanharam-nos

LÁ FORA

VIAGEM AO CANADÁ E ALASCA

Maria Guerra Prazeres

De 29 de Maio a 14 de Junho de 2011

Parte do grupo, com o Mário Pombo

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ao longo do percurso. Em Revelstokevisitámos Three Valley Gap e a cida-de Heritage Ghost, construída a par-tir de 1961 e que recorda os tempospioneiros do final de 1800 e a corri-da ao ouro.Em Vernon fez-se a visita ao RanchoO’Keefe, o maior rancho de gado naColúmbia Britânica, e fundado em1867. Apreciámos a bela mansão on-de a família habitava, recheada deboas mobílias, candeeiros, tapeça-rias, loiças. Na loja, que tudo vendia,viram-se chávenas só para homenscom bigode… a fim de não os molha-rem!...E lá fomos a caminho do Hotel Pres-tige, nada prestigiante… e onde obarulho era imenso devido ao jogo dehóquei no gelo disputado entre o Ca-nadá (Vancouver) e os Estados Uni-dos (Bolton).No dia seguinte partimos para Ke-lowna, situada na região dos vinhosdo Vale de Okanagan, com um exce-lente microclima. A cidade é peque-na, airosa, limpa, de belas casas ecom o lago Okanagan a seus pés.A caminho de Hope veêm-se monta-nhas escarpadas que originam desfi-ladeiros, por onde corre o rio Fraser.

Neste rio que faz um percurso de1300 km, de Jasper a Vancouver, cul-tiva-se o salmão e a truta.Da visita a Hope ficou-nos registadaa enorme quantidade de esculturasde madeira espalhadas pelas ruas ejardins.Seguiu-se a visita ao Portão do In-ferno, que se encontra no Fraser Ca-nyon e onde se verifica o estreita-mento do rio. A 40 km/h, durante umperíodo de muita chuva, passa duasvezes o volume de água das Catara-tas do Niagara… Almoçámos no Fra-ser Canyon, tendo lá chegado atravésde um pequeno teleférico. A viagem prosseguiu até Vancouver,a 3ª maior cidade do Canadá com 2,3milhões de habitantes e em que cer-ca de 1 milhão representa a comuni-dade chinesa.Nesta cidade, junto aos estreitos deJohnstone e da Geórgia, detentora deum dos mais formosos enquadra-mentos paisagísticos do mundo, visi-támos o seu centro, “Downtown”,com vários bairros como Yaletown,Chinatown (os chineses chegaramem 1885 para a corrida ao ouro),donde sobressai o Centro Cultural,com o busto do médico que o ofere-

ceu ao bairro. Continuámos por Gas-town onde se encontra a estátua deum grande pândego, o escocês Jack,em cima de um barril de cerveja (do-no da primeira taberna instaladanesta zona) e um relógio a vapor quede 15 em 15 minutos toca com umsom semelhante ao do Big-Ben. Se-guiu-se Granville Square que ostentaa tocha olímpica e a escultura deuma orca digital, o Parque Stanley,inaugurado em 1989 por Lorde Stan-ley, governador-geral do Canadá. Éum dos grandes parques do mundoque cobre 404 hectares de penínsulaflorestada e nele se podem ver nu-merosos totens. Na praia do Pôr-do-Sol, de água bem gelada, pudemosobservar muitos troncos de madeira,caídos de embarcações e que retira-dos para a praia servem de assen-tos…Após o almoço seguimos em direcçãoao porto, donde saíu o ferry que noslevou à Ilha de Vancouver a fim dese visitar Victoria, o centro políticoda província da Colúmbia Britânica.É a cidade-jardim, onde no Verãomais de 950 000 flores colocadas àsjanelas, postes de iluminação ou es-palhadas por todo o lado ornamen-

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Alasca – visita de navio-cruzeiro e hidrovião Um imponente glaciar

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tam esta cidade. Dela um realce paraos majestosos edifícios do Parlamentoda Colúmbia Britânica e do Hotel Em-press, projectados por um arquitectode 25 anos – Francis Ratten bury.De autocarro desfrutámos o ParqueBeacon Hill “semeado “ de aparta-mentos e soberbas mansões, de jar-dins floridos e bem cuidados, a Baíade Oakland, a marina e a Universida-de de Victoria, até chegarmos aosJardins Butchart. Os jardins cobremmais de 22 hectares e foram conce-bidos por Jennie Buchart que embe-lezou a pedreira de calcário, que ha-via fornecido a fábrica de cimentoPortland, de seu marido Robert Bu-chart. Uma mistura habilidosa de ar-bustos raros e exóticos, árvores eflores, trazidos pelo casal durante assuas viagens pelo mundo, originaramos famosos jardins “rebaixado”, japo-nês, italiano e mediterrânico. De to-dos o mais fascinante é o jardim “re-baixado”, situado abaixo do nível daentrada principal, onde ainda se po-dem observar os restos do forno dafábrica de cimento. É fabuloso! Árvo-res floridas, plantas, arbustos, florese jogos de água deslumbram os nos-sos olhos! A Fonte Ross, instalada em1964 pelo neto da Sr.ª Buchart, paracomemorar os 60 anos dos jardins,jorra água em repuxo a cerca de 21mde altura proporcionando um beloespectáculo.Depois do almoço, no restaurante“Blue Poppy”, nos jardins, houve a vi-sita ao Museu da Colúmbia Britânica,que alberga a história natural e hu-mana desta província desde 1886.Eis que chegou o 1º dia da nossaaventura ao Alasca!De regresso a Vancouver, seguimosaté ao porto de embarque para o iní-cio do cruzeiro no Celebrity Century,deixando um casal de companheirosque regressou a Lisboa.Um primor de organização, instala-

ções excelentes, comida excepcional,pessoal amável, tempo quente e so-larengo, foram ingredientes suficien-tes que nos proporcionaram um ópti-mo cruzeiro.Como se encontram portugueses portodos os cantos do mundo, tambémaqui nos apareceu o Hugo, divertido,atencioso e nosso “conselheiro” nasementas dos jantares…No 2º dia do cruzeiro, num desfile deelegância, desde smokings, vestidoscompridos, conjuntos calça e casacoe afins, todos se enfeitaram para ojantar de Gala, a que se seguiu noTeatro Celebrity a apresentação docomandante (grego) e sua equipa. Nofinal um espectáculo, “A Touch ofBroadway”, muito interessante e emque não faltou a “Mama mia” dosAbba e “We are the champions” doFreddy Mercury.O novo dia amanheceu radioso, como sol a incidir nas Montanhas Rocho-sas, de picos semi-nevados e o navionavegando por águas serenas. Foi a1ª paragem em Icy Strait Point, on-de guiados por Minnie Dalton, netade esquimó, nos apresentou a cidadede Hoonah, de 760 habitantes, amaior da comunidade Tlingit.A pé, e já embrenhados na florestade altas coníferas, chegámos ao localonde uma ursa e seus filhotes, juntoao rio Stasski passeavam…A 8 de Junho tudo preparado para aaproximação ao Glaciar Hubbard, omaior do continente norte-america-no, espalhado pelo Alasca e Canadá.Onde estava o Hubbard? Nem de bi-nóculo o conseguíamos ver tal o ne-voeiro e a “chuvinha” que a todosborrifava!... Apenas se viram blocosde gelo, azuis, negros e rochas, nummar límpido. Este glaciar foi avan-çando em direcção ao golfo do Alas-ca, contrastando com a maioria dosglaciares que no último século foramretraindo.

Ao jantar festejou-se o aniversáriodo Hélder Rodrigues, com champa-nhe e a habitual saudação acadé -mica.No dia seguinte conhecemos Juneau,a primeira cidade autenticamenteamericana do Alasca e sua capital.Foi fundada durante a corrida ao ou-ro em 1880. Situada aos pés doMonte Juneau, no Cabo do Alasca,tem na sua frente as águas do CanalGastineau, com muitos fiordes aolongo da costa do Canal e bem pertoo majestoso Glaciar Mendenhall.De hidroavião, alguns atentos “des-cobridores” iniciaram uma aventurade cerca de 40 minutos, observandoos belos picos montanhosos, serpen-teados de neve e gelo, intervaladoscom a floresta densa e a água. So-brevoámos cinco dos trinta e oitoglaciares pertencentes ao Campo deGelo de Juneau, que exibiam tons debranco, azul e cinzento, entre asmontanhas. Parecia uma estruturaem relevo! Sulcos deixados por umarado… Simplesmente deslumbrante!Quão difícil é descrever esta maravi-lha da natureza!Sobrevoando vales, floresta, rios elagos de cor leitosa, alternando coma cor verde-esmeralda, alcançámospor último o Glaciar Mendenhall(nome de um cientista que elaborouo traçado de fronteira entre o Cana-dá e o Alasca). Da visita à cidade,após o almoço, menciona-se o Jar-dim do Glaciar, com troncos secos deárvores aproveitados como vasos deflores, oferecendo um efeito bastan-te bonito e interessante. Subindo,subindo, numa “vanne” por entre ár-vores altíssimas e floresta densa, al-cançámos um mirador que nos per-mitiu contemplar Juneau.De seguida, pudemos observar bemde perto o glaciar Mendenhall aospés da cidade. Finalmente, na Gasti-neau Salmon Hatechery soubemos

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como se desenrola o processo de fe-cundação dos salmões.Ao jantar mais uma aniversariante, aCelina Leal, ouviu os parabéns avocê…Ketchican, a última cidade que visi-támos durante o cruzeiro, tem umnome indígena que significa “trove-jantes asas de uma águia”. Esta cida-de, rodeada por um vasto meio sel-vagem e montanhas impenetráveis,espalha-se na forma perfeita de umaáguia em voo. É o maior porto doAlasca. De “anfíbio” percorremos acidade passando pela gráfica, Uni-versidade, Parque, igrejas, templomaçónico e porto, onde se fez a en-trada no Oceano. Daqui, ao longo dopasseio, observam-se casas de habi-tação social e palafitas bem altas,local de descarga do peixe, que éiçado em canastras. Terminada a vi-sita, o anfíbio foi lavar os pés… e nósesperando pelas compras…O jantar foi de festa, com champa-

nhe e bolo “passeado” por entre asmesas, pelo pessoal do navio, do qualse destaca a pasteleira russa – Va-lentina – que apresentava uns docese bolos muito deliciosos… E a festaterminou no Teatro Celebrity com oespectáculo “Dance around theworld” e uma actuação fantástica doduo de acrobacia – Veli Kovi.Do dia seguinte, dia de navegação,apenas há a referir a visita às lojas,onde relógios, brincos e pulseiras, defabrico chinês, estavam em saldo. Al-guns relógios já tinham perdido osponteiros!Antes do jantar, um brilhante espec-táculo com o duo acrobata, ilusionis-ta e ventríloquo.Chegados a Vancouver, final da via-gem de cruzeiro, e de etiqueta verdecom o nº 14 nas bagagens, esperá-mos pela saída do navio. Uma exce-lente organização! De malas, apóspassagem pela alfândega, esperámossem saber o motivo. Lá veio a notí-

cia! A Teresa Leónidas não tinha amala… Um cavalheiro, distraído ecom uma mala gémea, antecipara-se… Tudo se resolveu e fomos para ohotel Downtown.Após o almoço, cada um aproveitou atarde como quis mas à noite houve ojantar de despedida, em que intervie-ram várias personagens ilustres, comoo Zé Manel Costa, Hélder Rodrigues,Piti Veloso, Francisco Mota Ferreira,entre outros. O Heitor Gomes e o An-tónio Macedo foram os cantores deserviço, mas só até às 22horas e 30minutos!... A sala teria que ficar livredepois dessa hora…E a nossa viagem estava na recta final.No último dia os turistas visitaram oque mais lhes agradou e às 21 horasiniciaram o regresso a Londres, che-gando ao fim de quase 9 horas de voo.Eis-nos, por fim, em Lisboa. A odis-seia terminara e com as despedidashabituais separámo-nos dos nossoscompanheiros. Até quando?!...

O grupo em frente do glaciar no Alasca

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13Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

No dia 6 de Maio, após a concentra-ção, como de costume, atrás da Rei-toria da Cidade Universitária (aoCampo Grande) partiu o autocarro às8h15 em ponto para o percurso desteprimeiro dia, pela autoestrada do nor-te (A1) com a paragem habitual nopercurso em que, se reúne a nós, anossa colega de Leiria, Maria EmíliaMarques. Seguindo a A23 entramosem terras beirãs, em direcção a Bel-monte onde chegamos para almoçar.A parte da tarde foi dedicada a revisi-tar as terras dos Cabrais, família emque nasceu o descobridor do Brasil.Acompanhados de guia local, lá fo-mos à descoberta do que mais inte-ressa em Belmonte, cuja vida ficoudesde cedo, ligada à Comunidade Ju-daica. Há a destacar, o Museu Judaico(no edifício do antigo colégio local)que abriu em Abril de 2005, a Sinago-ga, Castelo e panteão dos Cabrais.Na Sinagoga fomos recebidos pelopresidente da Comunidade Judaicaque fez uma breve explicação sobreesta comunidade e como foi a sua in-tegração na sociedade ao longo dosanos. Em 1988 foi reconhecida a Co-munidade Judaica em Belmonte quetem mantido, ao longo dos anos, assua tradições usos e costumes.Em 1996 um judeu de origem de ori-gem marroquina quis construir estaSinagoga. É neste espaço que reali-

zam as suas práticas religiosas. Ao sá-bado há serviço religioso a que assis-tem cerca de 150 pessoas. Festejam,também, os seus dias sagrados. A co-munidade judaica chegou aos nossosdias tendo mostrado, ao longo dosanos, um comportamento semelhanteao da restante população. Uma boaparte desta comunidade é descenden-te dos expulsos de Espanha em épo-cas passadas. Têm a preocupação dechamar judeus de localidades próxi-mas, Guarda, Trancoso, etc.Um dos aspectos a salientar é o dosperegrinos que se dirigiam a Santiagode Compostela passarem por Belmon-te, onde existe a igreja de Santiago deBelmonte em cujo interior se destacauma Pietá (séc. XIV) feita de um úni-co bloco de granito.A prevista visita ao Museu do Azeitefoi muito bem substituída pela visitaao Eco Museu do Zêzere, inauguradoem 2001, podendo aí acompanhar-setodo o percurso deste rio, nos seus240 Km, no que respeita não só às ca-racterísticas dos terrenos bem como àsua fauna e flora. São exemplos a ce-gonha branca, o bufo real, guarda-rios, as trutas, as toupeiras de água eo sável que diminuiu bastante desde aconstrução da barragem de Castelo deBode. Ao final do dia, partida para aCovilhã para jantar e alojamento,conforme previsto, no hotel Trip Dª

Maria (4 estrelas) onde ficaremossempre durante este passeio.No segundo dia (7 de Maio) após opequeno almoço, saímos para Pena-macor onde nos esperava o vigilanteda Natureza (Sr. Francisco) que nosacompanhou em toda a visita da Ser-ra da Malcata, reserva natural criadaem 1981, como resultado da campa-nha para a preservação do lince ibé-rico que só existe em Portugal e Espa-nha e que se encontra actualmenteem perigo de extinção devido, emparte, à diminuição do coelho bravo.Existem, ainda, outras espécies taiscomo o lobo, gato bravo, gineta, lon-tra, etc. Na serra da Malcata avista-mos a barragem da Meimoa e algu-mas aldeias serranas.Pequena paragem para tirar algumasfotografias.Com grande pena de todos o temponão ajudou nesta parte do passeio, pe-lo que não foi possível fazer algunspercursos pedestres pelos trilhos ser-ranos para observação da fauna e flo-ra únicas na Península (giestas em floramarelas nas encostas, estevas, ros-maninho e matos, pinheiros bravos).Deixando a Beira Baixa entramos naBeira Alta onde predomina a giestacom flor branca e alguns castanhei-ros. Avista-se a barragem do Sabugalcom o castelo da Cinco Quinas quedeu origem à seguinte quadra popular

PASSEIO DA PRIMAVERA DE 2011 BEIRA ALTA E BEIRA BAIXA6, 7 e 8 de Maio de 2011Maria Catarina Nascimento RodriguesMaria do Carmo Santos

Cá Dentro

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14 CAPA e BATINA | Janeiro a Junho 2011

Castelo das Cinco QuinasNão o há em PortugalSenão à beira do CôaNa Vila Do Sabugal

Chegados ao Sabugal, visita ao Centrode Interpretação da Serra da Malcatacom projecções sobre os valores botâ-nicos e faunísticos da Reserva. Dentrodas várias preocupações do Centro,destacam-se a sensibilização ambien-tal dos jovens e idosos, como porexemplo observação de espécies, pas-seios pedestres, desporto da natureza,etc. Almoço no restaurante Casa daEsquila (restaurante gourmet rural) re-centemente inaugurado.Após o almoço e já a caminho de Sorte-lha a paisagem muda completamente:grandes blocos de granito, casas emgranito, um Castelo e Parque Eólico. Àchegada a Sortelha esperavam-nos naporta Ogival, denominada Porta da Vilaou de Entrada, o casal de amigos e con-sócios, Mª Helena e Alcino Costa e Sil-va, vindos de Castelo Branco para sejuntarem ao grupo nas visitas restantes.Para além da beleza de Sortelha, muitobem conservada, tínhamos à nossa es-pera no Largo do Corro uma guia, a Syl-vie, para nos acompanhar. Filha de paisemigrantes em França, resolveu voltaràs suas origens, já casada com umfrancês, e faz parte dos habitantes, nãomuitos, que ali vivem em permanênciatendo mesmo aberto uma pequena lojacom café e recordações da terra.Subindo a Rua da Fonte vão aparecen-do vários monumentos como a Fontedo Mergulho (medieval ou quinhentis-ta), Casa Número Um, por ter esta ins-crição numa porta, Casa do Escrivão daCâmara, testemunho da importânciaadministrativa de Sortelha noutrostempos. Na Rua do Forno, o Forno Co-munitário que hoje funciona como bar.Regressados à Rua da Fonte descobre-se uma bonita janela manuelina e alipróximo a Casa das Almas, edifício on-de eram recebidas as dádivas para osnecessitados. Há ainda a referir o Lar-go do Pelourinho, considerado imóvel

de interesse público (séc. XVI com ca-racterísticas de estilo Manuelino).Existem, ainda, algumas casas de tu-rismo de habitação, entre elas a “CasaÁrabe” onde dormiu Mário Soaresquando 1º ministro, passando a partirdaí a ser mais conhecida por “Casa deMário Soares”. Face ao interesse queSortelha despertou no nosso grupo,decidiu-se já não ir a Manteigas.Regresso à Covilhã para jantar/buffet ealojamento no hotel. Neste jantar hou-ve, também, uma surpresa muito agra-dável pois se juntaram a nós, para ojantar e serão, o casal Milú e MárioPombo, vindos propositadamente deCastelo Branco. Era, também, o dia deaniversário do nosso colega e amigoSoares da Costa (marido da Isabel) e,por isso, houve o habitual bolo come-morativo, cantaram-se os parabéns avocê e brindou-se com ginja trazidapela Milú de Castelo Branco. Houve fa-do de Coimbra e Dança.No terceiro dia (8 de Maio) e após o pe-queno almoço, já no autocarro, fez-seuma pequena volta de reconhecimentopela cidade, passando-se pela Bibliote-ca Municipal e pela Universidade daBeira Interior o que nos permitir ficarcom uma ideia geral da cidade. Retomando a A23 e passando junto àcidade da Guarda chegamos à aldeiade Linhares da Beira situada em plenoParque Natural da Serra da Estrela. Éuma aldeia bastante típica mas numou noutro edifício nota-se menos cui-dado na conservação da traça primiti-va. Numa das ruas de Linhares, subin-do em direcção ao Largo do Castelo, háa Rua dos Penedos, quatro numa só ruao que não deixa de ser pouco vulgaraté por estarem ligados a casas e ser-virem de parede. No castelo Români-co-gótico existem duas torres, a Torrede Menagem e a Torre do Relógio. Otraçado do castelo terá sido da respon-sabilidade do reinado de D. Dinis.A Torre sineira tem um relógio (datadodo séc. XVII) com dois pêndulos de gra-nito que demoram 6 dias a descer, sen-do depois elevados por meio de mani-

velas, conforme informação dada pelafuncionária do Turismo, situado nestatorre. Este relógio bate as horas no si-no que se encontra junto das ameiasda citada torre.Seguimos viagem para Folgosinho on-de chegamos cerca das 12h30 para al-moço no restaurante “O Albertino”, ca-sa antiga com loja e dois andares. O al-moço constou de, imagine-se, 9 pratoscom especialidades da região e 4 so-bremesas!!!Á saída do almoço houve, ainda, tem-po para dar uma pequena volta pelaterra, tendo-nos chamado a atençãouma casa de granito com 8 painéis deazulejo, cada qual com a sua quadra(fábrica Aleluia de Aveiro). Destaca-mos, entre todas, a seguinte

A Água da Fonte puraÁs vezes no seu cantarAos noivos causa ternuraAos velhos fá-los chorar

Em Folgozinho houve quem subisseuma calçada de quartzo até chegarjunto a enormes blocos de quartzo on-de, os que lá foram, tiraram algumasfotos. Nesta vila, além das antigas ca-sas de granito, já se vêem algumas vi-vendas modernas.Início da viagem de regresso directa-mente a Lisboa com uma pequena pa-ragem nas proximidades de Coimbrapara saída da nossa colega Ilda Pimen-tel. Mais tarde, paragem técnica naárea de Pombal onde nos deixou a Ma-ria Emília Marques. Daqui viemos, semparar, até Lisboa onde chegamos porvolta das 21h00. Assim se completoumais um dos nossos passeios da Prima-vera por terras de Portugal que nos per-mite descobrir não só as belezas natu-rais mas também as construídas pelohomem, não esquecendo as especiali-dades gastronómicas característicasdas regiões por onde passamos, tudoisto em agradável e salutar convívio.Esperamos continuar a descobrir asmaravilhas deste rectângulo a quechamamos Portugal.

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15Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

A UNIVERSIDADE HOJE

Recentemente, a Dr ª Fátima Lencastresolicitou-me um artigo sobre a LI-MAUC, para a Revista “Capa e Batina”que elaborei de forma dedicada, penaa limitação de uma página A4. Presentemente, os Museus e ou-tras instituições possuem Ligas deAmigos que auxiliam para colma-tar as dificuldades. O Museu Aca-démico possuiu exemplos de dedi-cação que o dinamizaram: Dr.Joaquim Teixeira Santos, Dr. ArturRibeiro, Dr. António José Soares,entre outros. Foi, perante o actualcenário de dificuldades do MuseuAcadémico que surgiu a LIMAUCcom o “objectivo geral promovero engrandecimento do MuseuAcadémico de Coimbra e o estudoe a divulgação do Espírito e Vi-vência Académica de Coimbra emtodas as suas vertentes.”, confor-me o artigo 4 º dos estatutos. Porém, até ao “nascimento” daLIMAUC foi imprescindível per-correr um caminho. Vários ex alu-nos da Universidade de Coimbra

apercebendo-se da actual situação doMuseu Académico reuniram e surgiuuma comissão instaladora, tendo sidoconvidados a integrá-la mais organis-

mos académicos com ligações à Aca-demia de Coimbra, sendo os estatutosforam discutidos até à sua aprovaçãofinal.

No dia 12 de Janeiro de 2011,procedeu-se à escritura notarialda LIMAUC num cartório deCoimbra com 27 sócios fundado-res. Pouco tempo depois, forameleitos os corpos sociais, desta-camos a presidência de cada ór-gão social: Dr. Emídio Guerreiro(Direcção), Prof. Dr. Fernando Re-belo (Assembleia Geral) e Dr. Au-gusto Roxo (Conselho Fiscal).Realçamos também o AdvogadoDr. Frederico Cardoso (ex alunode Coimbra), que tem prestadoauxílio jurídico à LIMAUC a títu-lo gratuito. A LIMAUC iniciou a sua activida-de, com o apoio da Comissão daQueima das Fitas 2011 para ascomemorações dos 60 anos doMuseu Académico através deduas actividades. No dia 7 deMaio, uma serenata no Museu

A PROMOÇÃO E DINAMIZAÇÃO DO MUSEUACADÉMICO DE COIMBRA

Rui LopesLicenciado em História pela Universidade de Coimbra, pós graduado em Ciências Documentais (Arquivo) eactualmente mestrando em História – Museologia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra,elaborando actualmente uma dissertação de Mestrado sobre o Museu Académico de Coimbra.

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UNIVERSIDADE HOJE

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No I semestre de 2011 realizaram-se as diversas visitas programadas e que seenumeram de seguida:

- Dia 20 de Janeiro, às 15h00 – Visita guiada ao Palácio Almada (Palácio daIndependência), no Largo de S. Domingos, nº 11.

- Dia 15 de Fevereiro, às 11h30 – Visita guiada ao Palácio Foz, na Praça dosRestauradores.

- Dia 17 de Março, às 15h00 – Visita guiada ao Museu de São Roque, Largo daMisericórdia (Chiado).

- Dia 13 de Abril, às 15h00 - Visita guiada ao Museu de Arte Popular (Av. Brasília,junto ao rio, frente ao Centro Cultural de Belém).

- Dia 18 de Maio, às 15h00 e às 16h00 (2 grupos de 15 p. cada) - Visita guiadaao Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (Entrada pela Rua Augusta nº 96).

- Dia 14 de Junho, às 14h30 - Ao Supremo Tribunal de Justiça (Pç. do Comércio– entre o arco da Rua Augusta e a Rua da Prata).

No C&B anterior faltou ainda enumerar 2 visitas que agora registamos:

- Dia 9 de Setembro - AoMuseu Nacional de Arte Antiga - A Invenção daGlória/D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana.

- Dia 14 de Dezembro - Museu do Fado e Cisterna de S. Miguel de Alfama.

As visitas decorreram com muito agrado para os diversos participantes. Registamos o nosso agradecimento aos guias que nos acompanharam, pela suadisponibilidade e pela capacidade explicativa demonstrada.

CAPA e BATINA | Janeiro a Junho 2011

A VOZ DA FILANTRÓPICA

Não esmorece a esperança dos que sededicam a esta tarefa de obter respos-tas dos nossos Associados aos questio-nários sobre necessidade de ajuda nasdeslocações e de apetências literárias,já lançados no ano passado.As manifestações mais “ruidosas” cen-tram-se nos agradecimentos peloscartões de parabéns pelo aniversário; ea maior adesão aos “chás da Filantró-pica”, sempre concorridos e do agradogeral: o “Chá dos Reis” e o “Chá da Pri-mavera”, com preciosas ajudas, queagradecemos, na sua preparação e ser-viço.Continuamos a estar presentes em si-tuações de perda de Sócios ou familia-res, bem como nas relacionadas com oestado de saúde, desde que cheguemao nosso conhecimento.

Maria de Fátima Lencastre

VISITAS LOCAIS

Académico pelos “Raízes de Coimbra”,um grupo que desde o início tem auxi-liado a LIMAUC no que respeita a sere-natas e uma visita guiada ao MuseuAcadémico conduzida por mim. No dia21 de Maio comemoraram-se os 60anos do Museu Académico na Bibliote-ca Joanina da Universidade de Coimbra,com vários momentos: o Prof. Dr. CarlosCarranca proferiu uma comunicaçãosobre “Coimbra, o canto a guitarra e apoesia” , tendo eu proferido uma confe-rência intitulada “Museu Académico deCoimbra: das origens à actualidade”,com base num trabalho do ano curricu-

lar do Mestrado em Museologia na Uni-versidade de Coimbra. No final, o grupo“Raízes de Coimbra” fez uma Serenataque terminou com um vibrante éférreáao Museu Académico.As duas acções promovidas pela LI-MAUC em curto espaço de tempocumpriram o objectivo de promover edivulgar o Museu Académico de Coim-bra. Seguir-se-ão outras actividades.Para breve, está prevista a apresenta-ção de um livro de minha autoria, edi-tado pela LIMAUC, com o historial doMuseu Académico, revertendo lucro dapublicação para a promoção de activi-

dades pela LIMAUC. Por outro lado, aLIMAUC também possui um blog em:http://ligamuseuacademico.blogspot.com/ onde poderão ser consultadas asactividades, os corpos sociais e os es-tatutos. Além disso, quem pretenderinformações sobre a LIMAUC, poderácontactar pelo mail: [email protected] É certo que a LIMAUC prosseguirá atarefa de dinamizar e divulgar o Mu-seu Académico. Para finalizar, sugiro-vos uma visita ao Museu Académico,caso já o tenham feito anteriormente,revisitem o Museu Académico.

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UNIVERSIDADE HOJE

17Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

Q: Como é que o Gonçalo Quadros (GQ)e a empresa Critical se apresentam?GQ: Sou um engenheiro informático.Sou tímido, não sou extrovertido, nemtenho uma capacidade fantástica desocializar. É importante apresentar-meassim porque estas são característicasque é suposto um empreendedor ter...É importante sabermos que podemosser aquilo que queremos, desde queestejamos dispostos a fazermo-nos aocaminho e a apostar - designadamen-te em algumas competências que po-dem não ser inatas e que necessitemde ser desenvolvidas. A Critical é uma software house fun-dada por 3 estudantes de doutoramen-to da UC há 13 anos atrás – em 1998.Começámos a desenvolver softwarepara sistemas críticos, sistemas quenão podem falhar. Há alguns anoseram tipicamente os sistemas orienta-dos à missão – em sectores como o doespaço, aeronáutica, ou defesa … Ho-je o software suporta tanta coisa nonosso dia-a-dia que encontramos sis-

temas críticos nos sítios mais imprová-veis à nossa volta. Em 98 pensámos que as competênciasque estávamos a desenvolver para tor-nar mais robustos os sistemas e aplica-ções podiam ser úteis não apenas nossistemas orientados à missão no domí-nio militar, onde tipicamente eram ti-dos como mais necessários, mas tam-bém no mundo civil. Daí termos acha-do que era oportuno lançarmos umprojecto nesta área.

Q: A Universidade e Coimbra desempe-nharam algum papel activo na criaçãoda Critical?GQ: Sim, absolutamente! O João Car-reira e o Diamantino Costa, que são osoutros fundadores, estavam a fazerdoutoramento em injecção de falhas;eu estava a fazer na área de comuni-cações. Trabalhamos em equipa com osprofessores Henrique Madeira e JoãoGabriel Silva, actual Reitor, no labora-tório de tolerância a falhas do depar-tamento de engenharia informática,um dos mais reconhecidos na altura a

nível global nesse domínio…

Q: Nas suas antigas instalações, comfracas condições arquitectónicas eambientais?GQ: Exactamente. Um laboratório mui-tíssimo bom, numa área de nicho, a fa-zer ciência de topo e a publicar nas re-vistas mais conceituadas. Foi daí quesurgiu o contacto com o Jet PropulsionLab da NASA e a nossa 1ª venda inter-nacional para um cliente de peso, quenos deu muita credibilidade!

Q: Conquistaram um forte cartão devisita e mantiveram essa ligação?GQ: Sim. Estiveram recentemente con-nosco, num Workshop em Coimbra, hácerca de 1 mês, a Lisa Montgomery e oMartin Feather da NASA.

Q: Mudando de tema, como caracteri-zas o teu papel no Conselho Geral, en-quanto representante do mundo em-presarial e das TICs – Tecnologias deInformação e Comunicação, e no futu-ro da Universidade de Coimbra (UC)?GQ: Não gostaria de falar de mim espe-cificamente mas do que os elementosexternos podem trazer ao Conselho Ge-ral. É um papel fundamental. Devemosestar gratos ao ex-ministro Mariano Ga-go que o tornou possível. Já o Marquêsde Pombal dizia que as universidadesnão se reformam por dentro…As universidades são estruturas decisivaspara as nossas vidas. São o local ondeaprendemos. São o local onde se gera ta-lento – de longe o activo mais relevantepara a economia tal como a queremos. É,por isso mesmo, também o lugar quetem de saber estimular a economia dacomunidade que fervilha à sua volta.Os elementos externos têm trazido acomunidade para dentro da universi-dade. Apontando caminhos, dando su-gestões, discutindo ideias, trazendouma visão que não é a mais comum nauniversidade.Tenho esperança, com os outros ele-mentos externos, de conseguir fazerisso mesmo – somos 10, todos antigosestudantes da UC, pessoas com per-cursos em várias frentes, representan-tes de várias áreas como a empresariale a cultural. Pessoas que querem mui-to que a universidade seja maior no

MEMBRO DO CONSELHO GERAL E PRESIDENTE-EXECUTIVO (CEO) DA CRITICAL SOFTWARE

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UNIVERSIDADE HOJE

18 CAPA e BATINA | Janeiro a Junho 2011

que toca à sua capacidade de transfor-mar o mundo que a rodeia. A universidade, é bom que se diga, é achave para sairmos do miserável sufo-co em que estamos…

Q: A universidade não só como fontede Conhecimento mas com capacidadepara se interligar com diferentes mun-dos, num campo de actuação muitomais sistémico e vasto? GQ: A Universidade tem que ser capazde produzir “papers”, ocupar o seu es-paço entre pares, mas não só! Tem deser capaz de tornar a sociedade mais ri-ca - com as pessoas a saberem mais ea produzirem melhor cultura, mas tam-bém com empresas capazes de geraremvalor, competir melhor, actuarem numaescala mais alargada e ambiciosa.

Q: Nesse contexto entram também osantigos estudantes, como uma mais-valia da universidade?GQ: A universidade é uma comunidade– estudantes actuais e antigos, profes-sores, mas também as relações que aspessoas são capazes de estabelecer, arede e as suas interacções…As pessoas cooptadas para fazeremparte do Conselho Geral são antigosestudantes. Por aí se percebe tambéma importância que isso tem na comu-nidade universitária. Coimbra é umamarca poderosa que temos no entantoque renovar, refrescar, re-energizar… Te-nho ido muitas vezes ao Brasil e registoa força impressionante que a UC tem noBrasil. Deve-nos encher de orgulho. A nossa universidade tem de continuarextravasar a sala de aula e o laborató-rio. Tem de ser uma maneira de viver…a cidade e todas as interacções nela oua partir dela. Nós somos, aliás, duaspessoas que viveram no mesmo espa-ço/tempo a UC – a cidade, o contextoe a vivência marcam as pessoas que lápassam, uma marca poderosíssima quecada um de nós entende de forma úni-ca, sua, especial. Isso tem um valormuito grande.As redes sociais são um fenómeno eestão a transformar o mundo e a ma-neira como nos relacionamos. Esta re-de social que é a UC, muitíssimo espe-cial, tem um potencial imenso, trans-formador, que temos de ser capazes de

tirar partido. É um caminho que nãotem sido muito bem trabalhado...

Q: A área das TICs e o facto do Magni-fico Reitor ser também oriundo dessasáreas, permitirá que a universidade ex-travase de um conceito mais geográfi-co, ligado a Coimbra-cidade e região, eabranja o mundo do Conhecimento e ainternacionalização que viabiliza?GQ: Coimbra tem feito esse caminhopaulatinamente. Um sinal curioso ou no-vo, e nesse sentido anormal, é que os úl-timos 2 reitores são oriundos das ciênciase tecnologias – Seabra Santos e João Ga-briel Silva – o que é algo disruptivo natradição da UC cujos reitores eram tradi-cionalmente das faculdades mais antigascomo o Direito e a Medicina.Diria que isso tem correspondênciacom a importância que sentimos ac-tualmente que as ciências e tecnolo-gias têm no desenvolvimento do mun-do e na nossa vida, e Coimbra tem fei-to esse caminho. Tem também feito esse caminho naforma decidida e urgente como enca-rou a missão de transportar para omundo real aquilo que a universidadeproduz. Na criação de empresas e nageração de valor económico com baseno Conhecimento o Instituto Pedro Nu-nes tem feito um extraordinário papel.Podemos aspirar ver em Coimbra umpólo com uma capacidade fantásticapara gerar empresas e soluções à esca-la global, no mundo do Conhecimento.

Q: O financiamento é um problema?GQ: É um problema … mas a nossa ca-pacidade de irmos à procura do mun-do, o nosso progressivo maior à vonta-de em sermos globais, faz com que nóscheguemos mais facilmente às solu-ções de financiamento. Não podemosesperar que o financiamento venha aténós e até Portugal. Tivemos aqui há dias uma conferênciamuito interessante em Coimbra, ondePeter Cohan, um guru de empreendo-rismo nos EUA que colabora com aForbes e a CNN, dizia que não se podeesperar que Portugal, no actual con-texto económico, se perfile como umdestino natural para o capital. Existemrecursos financeiros um pouco por to-do o lado, pelo mundo fora, e quem in-

veste tem, claro, que estudar muitobem os sítios onde vai colocar o seu di-nheiro. Portugal não tem, para já, operfil de um destino apetecível... Seconseguirmos gerar boas empresas,boas pessoas, boas universidades, umaeconomia fervilhante e dinâmica, en-tão isso poderá alterar-se. Por enquan-to, temos de ser capaz de fazer a tran-sição, fazer o bootstrap, sermos ambi-ciosos, sair da nossa zona de confortoe ir buscar os recursos que não temospara desenvolver os nossos projectosonde quer que eles estejam. Há uma história que eu costumo con-tar. No início da Critical Software (há13 anos) fomos a uma instituição fi-nanceira apresentar o nosso projecto epedir financiamento – coisa poucaporque na realidade não precisávamosde muito. Recebemos um desconcer-tante não, hiper paternalista: “… sãoestudantes de doutoramento, têm umacarreira académica notável à vossafrente, a universidade precisa de vós,para que se vão meter nessas coisas?”.Era a manifestação de um eco-sistemaque pensava a Universidade de umaforma completamente oposta à quedeve ser. Acho que isso tem mudadomuito. E acho que vai continuar a mu-dar a boa velocidade!

Perguntas breves sobre a Critical (2010):- Volume negócios: 25 milhões Eur- Nº empresas: 5 empresas- Nº trabalhadores : 300 pessoas (aprox.)- Países em que estão presentes: Portu-

gal, Estados Unidos, Reino Unido, Ale-manha, Brasil, Moçambique, Angola.

- Projecto mais emblemático: Um pro-jecto muito relevante para nós, quefuncionou como um verdadeirotrampolim, foi o que fizemos para oJPL da Agência Espacial Norte Ame-ricana. Um injector de falhas que en-tretanto foi também vendido às ou-tras Agência Espaciais mais relevan-tes por esse mundo fora – como aEuropeia (ESA), Japonesa (JAXA) e aChinesa (CAST). É uma área de nichoonde somos os melhores do mundo.

Uma palavra sinónima:-Trabalho/profissão: Ambição.- Família: Paixão.- Crise: Oportunidade.

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19Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

OS NOSSOS POETASÂNGELO ARAÚJO

Aquele é um homem de bem:usa no peitoo coração que tem.Mas falta-lhe o jeitode pôr a mãoao serviço do coração…

Aquele é um homem de bemmas não é um homem bom.

Pensamento

Queria que o Mundo fosse,assim tão lindo e tão doce,como o teu olhar de fada

e que a Humanidade em prece,pedisse a Deus que lhe desse,AMOR, AMOR E MAIS NADA…(BIS)

AMOR, AMOR E MAIS NADA…

e se por fim Deus ouvisse,o Mundo em prece e sorrisse,como o teu olhar de fada

seria a vida melhor,feita somente de amor,AMOR, AMOR E MAIS NADA…

AMOR, AMOR E MAIS NADA…AMOR, AMOR, SÓ AMOR

Amor, Amor e mais nada…

Pois é verdade!Deus fez o Homem à sua imageme semelhança, sim senhor!- Mas foi uma tremenda calamidadenão o ter feito melhor.

Reflexão

Ó meu amor,Minha linda feiticeira,Eu daria a vida inteiraPor um só beijo dos teus!

Por teu amor,A minha vida era pouca,P’rà beberes da minha bocaNum beijo de eterno adeus!

Ó meu amor,Sonho lindo este que eu tive,Única esperança que viveNa minh’alma a soluçar!

Por teu amorEu morria de desejo:Deste-me a vida num beijoE eu vivi p’ra te beijar!

Feiticeira

Se alguma coisa há que valhaNa vida da HumanidadeÉ saber que não nos falhaNa hora certa a Amizade.

ESPAÇO DE POESIA

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BLOGOSFER@

HistóriaJá passaram 112 anos sobre o eventoacadémico a partir do qual se começoua delinear a Queima das Fitas comohoje é conhecida, como hoje é vivida.Tudo começou em 1899, os estudantesde Coimbra criaram eles próprios o“Centenário da Sebenta”, como réplicae sátira aos centenários comemoradosentre 1880 e 1898, no intuito de home-

nagearem diversas figuras e factos. Oponto comum destes centenários era asua apresentação pública na forma deum cortejo, com fogo-de-artifício, saraue touradas. Porém, estas formas dehomenagem não eram as mais apro-priadas, uma vez que deturpavam overdadeiro significado do acontecimen-to. Surge assim, a ideia da realização deum centenário humorístico, ridiculari-

zando os até então feitos, tomando porbase a sebenta que consistia na compi-lação dos apontamentos do professor. OCentenário da Sebenta passa a ter, assim,um âmbito crítico de carácter geral e,ao mesmo tempo, particular, já que seprotestava contra a exploração dossebenteiros. A estrutura de tal manifes-tação confinou-se a cortejos alegóricose a um sarau. …

Queima das Fitas, Coimbra http://www.queimadasfitas.org/?page_id=55 | 6 a 13 | MAI | 11

O primeiro presidente da Académica avestir capa e batina depois do 25 deAbril confessa-se. […]

Como é que surgiu ligado à retomadas tradições académicas?Vejamos. Quando, em 1974, vim paraCoimbra, com 17 anos, a ideia que tinhaconstruído em toda a minha vida, deuma Coimbra da capa e batina, da cançãoe da serenata, do Orfeon, da universida-de, do futebol – onde o meu irmão tinhajogado – depressa se desvaneceu. Nes-ses anos, a academia decidia-se peloconfronto partidário, entre duas forças

que definiam também a dicotomia dopróprio país. Mas tenho de dizer que sóme meti na vida associativa e nos movi-mentos políticos de juventude com oobjectivo de contribuir para restaurartodos os meus sonhos de juventude, emrelação a Coimbra. Muito do que foi aminha participação, nas comissões decurso da Faculdade de Medicina e, sobre-tudo, depois, como presidente da Aca-démica, teve a ver com esse sonho.

“As Beiras - Maló de Abreu: “O meu sonho foi o de restaurar as tradições”http://www.asbeiras.pt/2011/05/malo-de-abreu-o-meu-sonho-foi-o-de-restaurar-as-tradicoes/ | 9 | MAI | 11 - SEGUNDA-FEIRA

Este livro nasceu da admiração que oautor, Prof. Doutor Engº Manuel Fernan-do Marques Inácio, sente desde jovem,pela figura do Dr. Augusto CamachoVieira - uma referência do Canto e daMúsica de Coimbra - médico especialis-ta em traumatologia e ortopedia, conhe-

cido em todo o nosso país, e que foidurante mais de três décadas, médico doClube de Futebol “Os Belenenses” e daSelecção Nacional de Futebol.O livro "O Canto e a Música de Coimbra,Fotobiografia de AUGUSTO CAMACHOVIEIRA" conta com um Prefácio de auto-

ria do Dr. António de Almeida Santostambém ele um cultor de Coimbra, intér-prete e compositor de reconhecidadimensão. O livro aborda a vida pessoal e profissio-nal do Dr. Augusto Camacho Vieira aolongo de doze capítulos.

“Minerva – Fotobiografia de Augusto Camacho Vieira por ManuelFernando Marques Inácio [ 2 de Julho, em Coimbra ] CasaMunicipal Da Cultura”hhttp://minervacoimbra.blogspot.com/2011_06_01_archive.html | 29 | JUN | 11 - QUARTA-FEIRA

Como de costume apresentamos alguns dos blogues que mereceram destaque no tratamento detemas académicos. Fica a chamada de atenção e o convite para os visitarem demoradamente.

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21Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

Inédita: uma tenda que abrigou do solardente 125 convivas, montada numrelvado com árvores frondosas que asrefrescaram no final da tarde, tudo no

Jockey Restaurante – Hipódromo doCampo Grande, enquanto decorriamprovas de equitação e passavam gar-bosos cavalos, sem prejuízo, claro, do

bailarico ao som de música variada.O tradicional concurso das “Quadrasdos Santos Populares” deu estes frutospremiados:

1º Prémio:São João não vês a crise?Olha onde isto vai pararDesce depressa do CéuP’ra nos poderes ajudar.

“AVÓ”TERESA LEÓNIDAS

2º Prémio:Aqueles homens da troikaEntraram mesmo a matarS. João vem socorrer-nosTeremos que jejuar.

“CAMÉLIA”FANTINA COSTA

… e 3º Prémio:S. João, tamanha crise,Não conheci outra igual!Somos bons no «desenrasca»Salvaremos Portugal.

“FOLHA VERDE”FANTINA COSTA

NOTÍCIAS BREVES

01.JANTARES MENSAIS

Realizou-se o possível, em Fevereiro e Junho, com 29 e 22 participantes, respectivamente.Não esmorece o entusiasmo destes (re)encontros, sobretudo por parte dos que vêem de longe para estar presentes e cola-borarem nestes serões de convívio, sempre abertos a intervenções lúdicas, poéticas, musicais… e aos eternos (assim espe-ramos) “parabéns a você”:

É o extravasar da juventude sem idades, num ambiente que todos (78participantes) sentem ser de genuína alegria, ao som da mesma orquestra de há20 anos…, saboreando o buffet do Altis Park Hotel e saudando os aniversariantespresentes à “séria” e a brincar.

No final, um saboroso bolo para os aniversariantes desse mês, regadocom espumante “oferta da casa” (restaurante, claro).

02.FOLIA DO CARNAVAL

03.FESTA DOS SANTOS POPULARES

Os aniversariantes de Fevereiro

Um animado grupo de foliões

Os aniversariantes de Março

Os membros do Júri (Aura Gorito, Durão Pereira e Hélia de Jesus)

com os premiados do concurso.

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NOTÍCIAS BREVES

22 CAPA e BATINA | Janeiro a Junho 2011

• O Decano da Universidade de Coimbraconvidou-nos para a cerimónia de inves-tidura reitoral do Prof. Doutor JoãoGabriel da Silva e dos Vice-Reitores,que teve lugar no dia 12 de Março.• O Reitor da Universidade de Coimbra

convidou-nos a assistir à Missa emmemória de D. Dinis e às cerimónias decomemoração do 721º aniversário daUniversidade, ocorridos no mesmo dia1 de Março; bem como ao doutora-mento em Direito de Lula da Silva, em30 de Março.• O Presidente da Mesa da AssembleiaMagna convidou-nos para a tomadade posse dos novos corpos gerentes daAssociação Académica de Coimbra, em20 de Janeiro.• A Associação dos Antigos Estudantesde Coimbra, sedeada em Coimbra, fez-nos participar no XLI Dia dos AntigosEstudantes de Coimbra, com o habitualprograma de Missa, cumprimentos ao

Magnífico, fotografia da praxe, e home-nagem às Excelências (entre as quais aManuela Carvalhão, viúva do saudosoTeixeira Santos), jantar e serenata, quetiveram lugar no complexo de Santa-Clara-a-Velha.• A Casa dos Açores continua a honrar

esta Associação com convite e especialreferência na Gala do seu 84º Aniversá-rio, ocorrido em 1 de Abril.• A Universidade de Lisboa mantém a

parceria com a nossa Associação, fazen-do-nos comparecer nas suas iniciativasculturais, como concertos e exposi-ções, com realce para o FATAL (FestivalAnual de Teatro Académico de Lisboa).• A Associação dos Pupilos do Exército

convidou-nos para a celebração do seucentenário, sob o lema “100 Anos deEnsino e Cidadania”.• A nossa Associação teve também numa

participação alargada no lançamentoda Fotobiografia de Augusto Cama-

cho Vieira, da autoria de Manuel Mar-ques Inácio (que inclui, entre outros,textos da Presidente e do Vice-Presi-dente da Direcção, Fátima Lencastre eAlcindo Costa), apresentada por Antó-nio de Almeida Santos e Carlos Carran-ca, e seguida de um momento musicalde Canto e Guitarra de Coimbra – no ElCorte Inglés, dia 28 de Junho.• Fomos convidados pelo autor, Pedro

Saraiva, para o lançamento do seu livrosobre Empreendedorismo, editadopela Imprensa da Universidade de Coim-bra, com sessões em Coimbra (2 deMaio), Porto (4 de Maio) e Lisboa (9 deMaio), na sala de reuniões do PavilhãoCentral do Instituto Superior Técnico,em Lisboa. Informa-se que o livro estádisponível nas livrarias ou poderá seradquirido junto da editora, online(www.uc.pt/imprensa_uc), por e-mail([email protected]) ou via telefó-nica (239 410 098).

06.COLABORAÇÃO E CONVÍVIO COM OUTRAS ENTIDADES

Realizada anualmente por imperativo estatutário, a deste ano consagrou um velho desiderato desta Direcção: atrair os jovenstambém pela fixação de quotas anuais especiais. Assim, ficou deliberado que os Sócios com menos de 30 anos de idade:

- estão isentos do pagamento de quota no 1º ano de inscrição;- nos seguintes (até aos 30 anos) pagam 50% da quota.

05.ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

“Vencidas” embora no último acto eleitoral (a hilariante lista dasBordadeiras…), continuam activas de mãos prendadas e plenas de solidariedademal toque o som a rebate… para o que a Associação precisar. Será que aindaformam Governo??

04.O GRUPO DOS BORDADOS

As Bordadeiras da nossa associação

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EDITORIAL

EM DESTAQUEAniversário da Associação/Evocação de Ângelo Araújo

CONFERÊNCIAS

“A vida diplomática: episódios e situações” - Embaixador Costa LoboTertúlia Académica - Lançamento do disco de Jorge Cravo “Canções d’uma Cidade ed’um Rio”

OS NOSSOS PASSEIOS

LÁ FORA – Viagem ao Canadá/Cruzeiro no AlascaPassagem de Ano em Marrocos

CÁ DENTRO - Passeio da Primavera

LIGA DOS AMIGOS DO MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA

A VOZ DA FILANTRÓPICA E VISITAS LOCAIS

A UNIVERSIDADE HOJE Entrevista com Gonçalo Quadros – CEO da Critical Sw

ESPAÇO POESIAÂngelo Araújo

BLOGOSFER@

NOTÍCIAS BREVES

IN MEMORIAM

NOVOS SÓCIOS

SE NÃO SABIAS, FICA A SABER QUE...

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ÍNDICE

Os textos publicados podem ter sidoajustados ao espaço disponível. A versão integral pode ser consultada na Sede ou no sítio da Internet:www.aaec-lisboa.com

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NOTÍCIAS BREVES

23Janeiro a Junho 2011 | CAPA e BATINA

Deixaram-nos...

… no primeiro Semestre de 2011:

Dr. Francisco Xavier Sampaio Tinoco de Faria, Sócio 308– em Janeiro;

Dr. João António da Silva Menano, Sócio 346 – em 26 deJaneiro;

Dr.ª Maria Helena Mota Salvador, Sócio 1187 – em 16 deFevereiro;

Eng. Francisco Caiado Mendes Pinto, Sócio 181 – em 8 deMarço;

Dr. Mário de Figueiredo Veloso, Sócio 447 – em Março;

Dr.ª Maria Darcília de Almeida Salgado Zenha MoraisCorreia, Sócio 1134 – em 5 de Abril;

Eng. Vítor Manuel Carneiro Veres, Sócio 239 – em Abril;

Dr. Fernando José Russo Roque Correia Afonso, Sócio 103– em 27 de Maio;

Dr. António de Carvalho Alves de Matos, Sócio 417 – em 27de Maio

Dr. Mário Fernando Pombo Costa, Sócio 1217 – em 14 deJunho.

Que descansem em Paz!

IN MEMORIAM

… em 2010 (de Junho a Dezembro) foram:

07.NOVOS SÓCIOS ADMITIDOS...

Dr. Fernando Miguel dos Santos Gomes, Sócio nº 1284;Dr.ª Joana Filipa Bernardino Figueiredo, Sócio nº 1285;Dr. Carlos Manuel de Faria Almeida Santos, Sócio nº 1286;Dr. Paulo César de Barros Duarte, Sócio nº 1287;Dr.ª Eunice Maria Mourato Antunes, Sócio nº 1288;Dr. João José Garcia Correia, Sócio nº 1289;Eng. Fausto Manuel Godinho Castela, Sócio nº 1290.

Dr. Sérgio Manuel Pires Gonçalves, Sócio nº 1291;Dr. Fernando Mota da Costa Pereira, Sócio nº 1292;Dr.ª Maria Dulce Beirão Alpendre Mendes, Sócio nº 1293;Dr. António Costa Lobo, Sócio nº 1294;

e … em 2011 (até Junho) foram :

É com muito prazer e gratidão que sefaz referência aos nomes de nossosSócios e Amigos que contribuíram no1º semestre de 2011 para o enriqueci-mento do Património da Biblioteca daAssociação , com oferta de livros epublicações periódicas, etc., etc.Enriqueceram a Biblioteca com livros eoutra documentação os Sócios:- Dr. José Pinheiro da Silva;

- Dr. José Alberto Marques Vidal;- Dr.ª Maria de Fátima Lencastre;- Dr.ª Maria Amélia Palma Féria;- Eng. João Quintela de Brito.

… e uma oferta especial de uma cente-na de livros, incluindo publicaçõesperiódicas de:- Dr.ª Margarida Gracinda Cartaxo Frias - Eng José Manuel Matos da Costa.

A todos enorme gratidão. Perdoar-nos-ão os que, por lapso invo-luntário, não foram nomeados.

NOTA FINAL - Temos Sócios com assuas quotas em atraso, não só desteano como de anos anteriores (alguns...)!Quando estarão todas em dia?

Não podemos “viver” sem elas!

08.SE NÃO SABIAS, FICA A SABER QUE…

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FICHA TÉCNICA

Janeiro a Junho 2011 Janeiro a Junho 2011

Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa

NESTE NÚMERO

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SÓCIOS DA ASSOCIAÇÃO

N.º 37 • 3ª SÉRIE

OS NOSSOS PASSEIOS

PAG. 08

– VIAGEM AO CANADÁ/CRUZEIRO NO ALASCA– PASSAGEM DE ANO EM MARROCOS – PASSEIO DA PRIMAVERA

XIX ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO/ EVOCAÇÃO DE ÂNGELO ARAÚJOPAG. 04

XIX ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO

Capa e Batina37.ai 1 12/01/09 10:23