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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” - UNESP FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS CAMPUS DE MARÍLIA IV SEMINÁRIO NACIONAL DE ESTUDOS PRISIONAIS III FÓRUM SOBRE VITIMIZAÇÃO DE MULHERES NO SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL RELATÓRIO CIENTÍFICO MARÍLIA, NOVEMBRO DE 2014

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” - UNESP

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS

CAMPUS DE MARÍLIA

IV SEMINÁRIO NACIONAL DE ESTUDOS PRISIONAIS

III FÓRUM SOBRE VITIMIZAÇÃO DE MULHERES NO SISTEMA DE

JUSTIÇA CRIMINAL

RELATÓRIO CIENTÍFICO

MARÍLIA, NOVEMBRO DE 2014

2

Sumário

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3

CREDENCIAMENTO ............................................................................................................... 7

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA .............................................................................................. 8

PRIMEIRO DIA – 25 DE AGOSTO DE 2014. (Abertura) .................................................... 8

PRIMEIRO DIA – 25 DE AGOSTO DE 2014. (tarde) ........................................................ 11

SEGUNDO DIA – 26 DE AGOSTO DE 2014. (manhã) ..................................................... 15

SEGUNDO DIA – 26 DE AGOSTO DE 2014. (tarde) ........................................................ 19

TERCEIRO DIA – 27 DE AGOSTO DE 2014. (tarde) ....................................................... 24

SESSÕES DE COMUNICAÇÕES ...................................................................................... 29

DIVULGAÇÃO ....................................................................................................................... 34

PARTICIPAÇÃO ...................................................................................................................... 36

RESULTADOS ......................................................................................................................... 37

EQUIPE RESPONSÁVEL ....................................................................................................... 38

ANEXO .................................................................................................................................... 40

3

INTRODUÇÃO

O crescimento acelerado das taxas de encarceramento feminino no Brasil, e mais

especificamente, no Estado de São Paulo, tem chamado cada vez mais a atenção do debate

público em torno dos problemas e dinâmicas perversas associadas à condição da mulher no

cárcere. Conforme números oficiais do INFOPEN – MJ, em uma década (entre 2002 – 2012),

o número de presas no país saltou de aproximadamente 5.800 internas para mais de 36.000

mulheres presas. Em termos proporcionais, este aumento absoluto significou o dobro de

representatividade das mulheres no sistema prisional, que, em 2002, correspondia a 3,3 % da

população total de encarcerados no Brasil, saltando para 6,7 % em 2012. O aumento

vertiginoso de internas colide diretamente com um cenário dramático das condições de

encarceramento no país, o qual se torna mais agravado dada as particularidades de gênero em

instituições prisionais sabidamente masculinas e masculinizantes (CHIES; COLARES, 2010,

p.411).

Como mostra de forma ampla a literatura relacionada ao tema do encarceramento

feminino, a condição vulnerável da mulher no cárcere é tradicionalmente silenciada por conta

de sua baixa representatividade no conjunto da população encarcerada e por uma construção

de gênero que desassocia a figura feminina dos atos de criminalidade. Este contexto favorece

que mulheres cumpram penas em situações degradantes e com pouca visibilidade a respeito

dos processos de vitimização que sofrem no interior do sistema de Justiça Criminal. De modo

geral, a luta pela conscientização desta problemática tanto por parte do poder público, como

por associações e entidades defensoras de direitos, tem se concentrado do esforço de elaborar

um diagnóstico destas condições desumanas das mulheres encarceradas e, por meio desta

maior visibilidade, operar transformações nas políticas criminais e penitenciárias de modo a

erradicar essas formas de violências e violações de direitos que vitimizam mulheres nas

instituições penais brasileiras.

Como aponta um dos principais relatórios sobre mulheres encarceradas no

Brasil:

No caso do encarceramento feminino, há uma histórica omissão dos

poderes públicos, manifesta na completa ausência de quaisquer

políticas públicas que considerem a mulher encarcerada como sujeito

de direitos inerentes à sua condição de pessoa humana e, muito

particularmente, às suas especificidades advindas das questões de

gênero. Isso porque, como se verá no curso deste relatório, há toda

uma ordem de direitos das mulheres presas que são violados de modo

acentuado pelo Estado brasileiro, que vão desde a desatenção a

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direitos essenciais como à saúde e, em última análise, à vida, até

aqueles implicados numa política de reintegração social, como a

educação, o trabalho e a preservação de vínculos e relações familiares.

(CEJIL/AJD/ITTC/IDDD/IBCCRIM, 2007)

Essa omissão histórica acerca do respeito aos direitos das mulheres no cárcere

e falta de observância dos requisitos mínimos da execução penal no caso das mulheres abre

campo para a discussão a respeito das políticas penitenciárias no país. Estas, tradicionalmente,

contemplaram as dinâmicas masculinas, além de se mostrarem insuficientes para reformarem

a condição dos cárceres no Brasil.

Refletindo sobre estas questões, o IV Seminário Nacional de Estudos Prisionais e o III

Fórum sobre Vitimização de Mulheres no Sistema de Justiça Criminal propôs a abertura do

debate sobre a condição feminina no cárcere e a criação de um espaço favorável à

investigação, produção de conhecimentos e proposição de políticas públicas de modo a

contribuir com o debate público sobre a temática.

O Brasil tem hoje um déficit de 200 mil vagas no sistema penitenciário, a população

carcerária atual é de aproximadamente 580.000 presos (Ministério da Justiça / 2013). Só há,

no entanto, 363.520 vagas nas unidades prisionais do país, o que demonstra um cenário de

superlotação das unidades e péssimas condições de cumprimento da execução penal. O

crescimento da taxa de presos por 100 mil habitantes cresceu de modo vertiginoso no Brasil, e

nesta tendência, a taxa de mulheres presas foi duas vezes maior do que a dos homens. O

número de presos é mais de quatro vezes o registrado há 20 anos. Atualmente, há 280 detentos

por 100 mil habitantes. Em 1993, a proporção era de 85 para cada 100 mil.

Junto ao constante aumento na taxa de encarceramento no Brasil no período de 2000 a 2010 ,

assim como o número absoluto de encarceramento de homens e mulheres, pôde-se observar o

crescimento do número de presos, e principalmente presas cumprindo a pena em regime

fechado.

Sobretudo as mulheres, que de 2005 a 2011 passaram de 7.431 a 12.945 para o regime

fechado e de 456 a 1.201 em regime aberto; também as jovens em cumprimento de medida

socioeducativa que são da ordem de 19.595 em cumprimento de medida de restrição

(internação + internação provisória + semiliberdade) de liberdade e 13.362 em cumprimento

de medida privação de liberdade (internação).

Do período de 2007 a 2012 o percentual das presas em relação ao total de pessoas

detidas subiu de 5,97% para 6,48%; e 5,76% da população feminina encarcerada no estado de

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São Paulo e 35,6% da população feminina encarcerada no Brasil. As jovens em cumprimento

de medida socioeducativa de restrição em São Paulo correspondem a 34,3% do Brasil.

Essas mulheres enfrentam forte discriminação e encontram-se em desvantagem social e

simbólica nas instituições da justiça criminal. A recente legislação e as políticas públicas

consequentes, voltadas para a proteção da mulher vítima de violência doméstica, não

impedem que as mulheres sejam vítimas de um sistema que tem como objetivo principal

exatamente garantir sua proteção.

Tendo em vista a permanência deste quadro problemático do sistema prisional no

Brasil, o seminário buscou evidenciar as questões sensíveis que concernem à condição

feminina nas instituições de Justiça Criminal.

O seminário mostrou um painel das pesquisas realizadas sobre encarceramento de

mulheres e internação de meninas no Brasil. Uma das preocupações orientadoras das

reflexões foi a identificação do perfil de vitimização e a compreensão de que esta está

fortemente interligada à vulnerabilidade social das mulheres no Brasil contribuem para a

elaboração de políticas públicas específicas, em consonância ao III Plano Nacional de

Políticas para as Mulheres e Relatório do Grupo de Trabalho voltado para as Mulheres

Encarceradas.

Mais importante, e talvez, a maior contribuição da pesquisa é o estabelecimento dos

perfis das jovens cumprindo medidas socioeducativas de internação e os perfis das mulheres

cumprindo medidas de privação de liberdade. Este objetivo deve ser acompanhado de uma

investigação sobre as condições gerais de cumprimento das medidas e das penas.

Preliminarmente, é possível observar a forte ligação entre os perfis das mulheres

nestes três processos de vitimização: em outros termos, as mulheres que sofrem

encarceramento precoce têm o mesmo perfil daquelas que sofrem a violência sexual e

experimentam o confinamento.

Neste sentido, tende-se a concordar com as reflexões de Colares e Chies (2010)

quando dizem que o “peso das diferenças recai sobre as mulheres”. A prisão é um espaço

masculino e masculinizante, na medida em que é o corpo masculino que rege seus

mecanismos mais sutis e profundos:

O confinamento é, pois, quase absolutizado para a maioria das mulheres. São

diferentes posições na hierarquia social, mesmo que não se deva abrandar

aqui as dores do aprisionamento que incidem sobre os homens. Ser a ‘escória

da escória’, como afirma uma das entrevistadas, dá conta dessa posição

subordinada e da experiência da segregação na qual o corpo feminino

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aparece como objeto de maiores interdições (CHIES; COLARES, 2010. pg.

411).

As taxas crescentes de encarceramento de mulheres se inserem, ainda, num contexto

mais amplo que David Garland (2001) chama de uma cultura do controle do crime. Com a

crise das instituições do Estado de Bem-Estar Social, de modo correlacionado, ocorre uma

expansão das estratégias de controle do crime, com mecanismos de endurecimento das penas

e disseminação de mecanismos de controle social. Ou, como refere Loic Wacquant (2006), a

criminalização e o encarceramento dos pobres são retomados como dois grandes mecanismos

de imobilização social, diante dos riscos sociais oriundos do enxugamento das instituições de

seguridade social. Ou seja, no mundo atual e, sobretudo, no Brasil, os problemas sociais estão

sendo geridos pela via do controle penal e punitivo do crime.

Dessa forma, a realização deste evento ganha importância na medida em que

possibilita e desenvolve a discussão do tema de estudos prisionais e de vitimização de

mulheres, mais ainda por permitir o diálogo entre estudantes, pesquisadores e profissionais do

sistema prisional e socioeducativo. Desta forma, articulam-se todos os setores que se

debruçaram sobre a questão prisional e socioeducativa em uma iniciativa que integra as

experiências; possibilita a troca informações e acaba por facilitar a articulação conjunta de

ações e propostas para a melhora dos problemas identificados.

Um dos resultados da realização do seminário foi a visualização de um panorama do

estado da arte das pesquisas sobre vitimização feminina nas instituições da justiça criminal no

Brasil. O conjunto de pesquisas apresentadas apontam, nas diferentes realidades dos Estados

brasileiros, que as mulheres enfrentam discriminação, encontram-se em desvantagem social e

simbólica nas instituições da justiça criminal. O seminário, portanto, incorporou às suas

discussões a situação das mulheres submetidas ao encarceramento e também a internação em

unidades para jovens. Parte das atividades previstas no seminário foi financiada com recursos

de projeto de pesquisa relativos ao edital MCT/CNPq/SPM-PR/MDA/CNPq, Nº 032/2012,

processo 405220/2012-0: A Construção Social da Vitimização: perfil das mulheres vítimas de

violência no sistema de justiça criminal, Uma análise comparada São Paulo e Pará.

A localização do evento na Universidade Federal do ABC (Campus de São Bernardo

do Campo) teve por intuito interligar os grupos de pesquisa liderados pelos professores Dr.

Luís Antônio Francisco de Souza e Dra. Camila Nunes, e a consequente aproximação entre

UNESP e UFABC a fim de fortalecer os laços entre os pesquisadores que se debruçam sobre o

tema. E, por fim, buscou auxiliar na consolidação da área de ciências humanas da UFABC.

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CREDENCIAMENTO

A recepção para o credenciamento dos participantes foi montada ao lado do anfiteatro

em que foi realizada a mesa de abertura. Apesar da falta do recibo para as inscrições na hora,

as pessoas foram compreensíveis e o realizaram no decorrer dos dias de duração do evento.

Aqueles que se inscreveram anteriormente receberam o Kit (Pasta contendo: caneta, bloco de

notas, folder com a programação do evento, CD com os trabalhos aprovados para a sessão de

comunicações, e crachá) juntamente com o certificado após assinarem a lista de presença. Os

inscritos que efetuaram o pagamento em tempo recente à data do evento mostraram o

comprovante de pagamento, e os que se inscreveram na hora informavam nome e e-mail para

recebimento do certificado. Mediante ao pagamento correspondente ao grau de cumprimento

do nível de ensino superior (estudante de graduação ou pós-graduação) ou funcionário do

sistema prisional ou socioeducativo, estes recebiam o kit do evento; exceto aqueles que

tinham isenção.

Alguns certificados sobraram devido à ausência de alguns inscritos ou por outro

motivo.

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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

PRIMEIRO DIA – 25 DE AGOSTO DE 2014. (Abertura)

SOLENIDADE DE ABERTURA

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CONFERÊNCIA DE ABERTURA – 10h00 – 12h00

Período Matutino

Início: 10:00 (30 minutos de atraso)

DR. LUIZ ANTÔNIO BOGO CHIES (UCPel – Universidade Católica de Pelotas)

ENCARCERAMENTO FEMININO NO BRASIL: ABRINDO A CAIXA DE PANDORA.

Resumo

A partir de uma inicial exposição de dados referentes à realidade do encarceramento

feminino no Brasil e às recentes iniciativas político-criminais e penitenciárias vinculadas a

essa especificidade prisional, bem como atinentes à produção acadêmico-científica que se

debruça sobre essa temática e campo, a conferência se propõe a tensionar as perspectivas

epistemológicas que inserem na cognição e enfrentamento da questão penitenciária (em seus

aspectos gerais e específicos de gênero). A proposta é: através do reconhecimento de

elementos como a complexidade dos contextos de violência e encarceramento, permanências

sócio-culturais que atuam como inibidores de posturas e práticas de igualdade, etc...

encaminhar o debate – inclusive como fomento às atividades do evento – no sentido da

formulação de emancipatórios referenciais teóricos-metodológicos.

Duração: 1º 16’ 23’’

Questionamentos e discussão

Duração: 42’ e 25’’

Final: 12:11

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PRIMEIRO DIA – 25 DE AGOSTO DE 2014. (tarde)

MESA 1: 14h00 – 18h00

PRISÕES NO BRASIL E PERSPECTIVAS DA PUNIÇÃO

Período Vespertino

Início: 14:40 (40 minutos de atraso devido a problemas com o som – microfone do

palestrante).

DEBATEDORA: DRA. CAMILA CALDEIRA NUNES DIAS (UFABC)

COORDENADOR: JOSÉ BLANES SALA (UFABC)

Coordenador - Apresentação dos participantes que compunham a mesa.

Duração: 3’ e 27’’

DR. FERNANDO AFONSO SALLA (Nev-USP)

O LUGAR DAS PRISÕES NA TRAJETÓRIA PUNITIVA DO BRASIL.

Resumo

A proposta da comunicação é refletir sobre o lugar da prisão na trajetória histórica das

percepções e sensibilidades em torno da punição no Brasil. O argumento central é de que a

prisão enquanto espaço de segregação e de cumprimento da pena privativa de liberdade foi o

lugar por excelência dos paradoxos e contradições da sociedade brasileira. Nas prisões, as

racionalidades jurídicas modernizadoras, entendidas como aquelas que asseguram os direitos

dos indivíduos e o tratamento igualitário aos cidadãos, eram e são constantemente desafiadas

e negadas por percepções e sensibilidades punitivas que conformam práticas de violência,

tortura, discriminação.

Duração: 25’ e 45’’

DR. LUIZ CLAUDIO LOURENÇO (UFBA)

RECEITA PARA O CAOS: NOTAS SOBRE A PROLIFERAÇÃO DE COLETIVOS

PRISIONAIS (PRISON GANGS) NO BRASIL.

Resumo

As mortes violentas ocorridas recentemente nos presídios maranhenses expôs mais

uma vez várias mazelas vivenciadas nas prisões brasileiras, dentre elas: a violência entre

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internos mediada por seu pertencimento a um coletivo. Diante do ocorrido, repercutiu a

pergunta por todo o país: como chegamos a isso? O presente trabalho visa lançar e discutir

algumas hipóteses sobre o fenômeno da proliferação e estruturação de coletivos de internos

(prison gangs) nas prisões brasileiras. Para tecer tais considerações serão utilizadas as

contribuições recentes da literatura brasileira e internacional que estuda organizações de

internos dentro de unidades prisionais. Trataremos também de expor nossas hipóteses a luz

das evidências empíricas disponíveis (relatório da CPI carcerária de 2008, matérias de

jornalísticas veiculadas na mídia, depoimentos de membros do staff prisional) dos diferentes

estados da federação que agregam informações sobre o fenômeno.

Duração: 17’ e 30’’ (utilização de Power point para sua exposição).

Interferência do coordenador da mesa - Esclarecimentos sobre os questionamentos (através de

papeis).

Duração: 1’ e 15’’

DRA. ALESSANDRA TEIXEIRA (UNESP)

CRISE DO SISTEMA PRISIONAL E AS NOVAS FACES DA ARTICULAÇÃO CRIMINAL

Resumo

Esta comunicação pretende problematizar as mais recentes crises do sistema

penitenciário nacional, marcadas por manifestações extremas de violência entre os presos, à

luz do papel desempenhado pelo Estado mais contemporaneamente na gestão dos ilegalismos.

Para além da brutalidade das condições materiais de encarceramento, da superlotação das

unidades, e da exacerbada cultura da violência institucional que marca a atuação do Estado

nas prisões, tem prevalecido uma interpretação que atribui ao “domínio do crime organizado”

nesses locais a matriz da crise no sistema penitenciário brasileiro. Por um lado, pretende-se

discutir a própria pertinência do conceito de “crime organizado” para caracterizar a

constituição desses agrupamentos nos interior das prisões e seu transbordamento às periferias

dos grandes centros. Essa discussão vem acompanhada de uma necessária problematização do

papel do Estado na gestão dos ilegalismos urbanos, ao recrutar ao interior das prisões uma

criminalidade desorganizada, avulsa, primordialmente patrimonial, ofertando as condições

para que tais indivíduos articulem-se nesse espaço e tornem-se potencialmente mais

conectados a economias criminais urbanas, mantendo-se muito à margem, contudo, das

atividades ilegais que operam em larga escala mercados criminais verdadeiramente

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estruturados, como as organizações criminosas transnacionais.

Duração: 21’ e 32’’

DR. CARLOS HENRIQUE AGUIAR SERRA (UFF)

PODER PUNITIVO E SISTEMA PENAL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Resumo

Pretende-se refletir a respeito da relação existente entre o poder punitivo e sistema

penal no Brasil, na conjuntura atual, sob uma perspectiva de longa duração. Trata-se de

analisar, por exemplo, a partir dos anos 90, o fenômeno da “inflação carcerária”, da onda

punitiva no país, onde observa-se um crescimento exponencial da população carcerária. Cabe,

então, enquanto possibilidade interpretativa, a proposta de desconstrução do poder punitivo e

também, a problematização e dessacralização da pena na sociedade brasileira.

Duração: 22’ e 46’’

Interferência do coordenador da mesa

Duração: 3’

Fala da Debatedora

Duração: 22’ e 06’’

Resposta dos participantes que compunham a mesa à debatedora.

Duração: 16’ e 52’’

Resposta dos participantes que compunham a mesa as questões feitas pelos participantes do

evento.

Duração: 35’ e 53’’

Final:17:22

Obs: Aproximadamente 100 pessoas presentes e algumas reclamações sobre falta de café.

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SEGUNDO DIA – 26 DE AGOSTO DE 2014. (manhã)

MESA 2: 08h30 – 12h30

JOVENS, GÊNERO E SISTEMA SOCIOEDUCATIVO.

Período Matutino

Início: 09:20 (atraso devido a problemas técnicos - projetor e som).

DEBATEDOR: DR. MARCOS CÉSAR ALVAREZ (USP)

COORDENADORA: ADRIANA CAPUANO (UFABC)

Coordenadora - Apresentação dos participantes que compunham a mesa.

Duração: 3’ e 32’’

MS. ROSÂNGELA TEIXEIRA GONÇALVES (UNESP)

UM BREVE PANORAMA SOBRE O SISTEMA SOCIOEDUCATIVO FEMININO DO

ESTADO DE SP.

Resumo

A partir da pesquisa realizada nas cinco Unidades Socioeducativas femininas de

internação do estado de São Paulo intitulada “A Construção Social da Vitimização: perfil das

mulheres vítimas de violência no sistema de justiça criminal, Uma análise comparada São

Paulo e Pará” a presente comunicação tem como objetivo trazer para o debate um panorama

acerca de como está articulado o sistema socioeducativo feminino no Estado de São Paulo,

possibilitando verificar o cumprimento ou não as diretrizes do Estatuto da Criança e do

Adolescente - ECA e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo -SINASE, bem

como as condições de cumprimento da medida e o perfil das jovens internas, a fim de

subsidiar a proposição de políticas públicas que levem em conta as diferenças de gênero no

cumprimento das medidas.

Duração: 17’ e 52’’

MS. JOANA D'ARC TEIXEIRA (UNESP)

“MENINAS INVISÍVEIS”: RELAÇÕES DE GÊNEROS POR ENTRE AS GRADES DO

SISTEMA SOCIOEDUCATIVO.

Resumo

Esta comunicação tem como proposta discutir questões referentes ao cumprimento das

medidas socioeducativas de internação por jovens do sexo feminino: quais são as marcas de

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gênero que atravessam as instituições para jovens institucionalizadas no sistema

socioeducativo? Como elas aparecem? Quais as suas implicações políticas para invisibilidade

da condição feminina entre as grades? Essas questões possibilitam pensar: 1) que sistema

socioeducativo é esse; 2) quais as concepções de gênero que atravessam os atendimentos

destinados a essas jovens e como elas, por sua vez, engendram processos de subjetivação, no

sentindo de imputar sobre os corpos dessas jovens concepções e marcas do que é socialmente

considerado como ideal para o sexo feminino. A questão de gênero faz emergir análises e

reflexões sobre o atendimento destinado a essas jovens de modo a pensar o lugar por elas

ocupado, suas vivências e trajetórias em espaços até certo tempo legitimados para jovens do

sexo masculino. Se, para os jovens do sexo masculino há uma prerrogativa de preparação para

o trabalho, mesmo que essa preparação seja mediante a profissões pouco valorizadas, para as

jovens, há uma busca pela aprendizagem de fazeres domésticos – como a limpeza, cuidados e

arrumação dos espaços -, bordados, atividades de manicure e de cabeleireira, cozinheiras,

arrumadeiras em hotéis dentre outras atividades consideradas como sendo do universo

feminino. Observam-se nessas instituições, a valorização de determinados padrões e

comportamentos afinados a modelos de conduta socialmente aceitas e reconhecidas como

sendo do sexo feminino, como passividade e obediência, exigidas em diferentes espaços e

contextos sociais e de sociabilidade, que novamente são reiterados pelo sistema

socioeducativo, como forte demarcadores em sua trajetória institucional.

Duração: 21’ e 55’’(utilização do Power point com uma imagem de fundo para toda a sua

apresentação).

MS. ADRIANA ELISA DE ALENCAR MACEDO (UFPA)

ENTRE EDUCAR E PUNIR. JOVENS E PRÁTICAS SOCIOEDUCATIVAS NO CENTRO

SOCIOEDUCATIVO FEMININO (CESEF) EM BELÉM-PA.

Resumo

Esta pesquisa analisou as práticas no atendimento às adolescentes que se encontram no

Centro Socioeducativo Feminino (CESEF), em Belém do Pará. Escolhemos pesquisar sobre

adolescentes do sexo feminino por serem poucas as pesquisas relacionadas às adolescentes e

mulheres que são autoras de atos infracionais. O objetivo principal foi desenvolver uma

pesquisa que permita problematizar as práticas que são realizadas neste centro, por meio de

uma análise genealógica dos documentos utilizados durante o ano 2012, tendo como objetivos

específicos: descrever que sujeito é produzido nestas práticas de atendimento neste espaço;

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analisar quais são os profissionais que atuam neste centro através do edital de 2004 e por

último, problematizar como são feitas as distribuições dos setores por meio da análise da

planta baixa juntamente com as fotos que foram tiradas do Centro com a finalidade de

contribuir com a análise dos aspectos físicos do local, em termos do panoptismo. Por meio

das análises feitas nos documentos, concluímos que as práticas que ali são organizadas

funcionam como dispositivos disciplinares e controladores, que esquadrinha o corpo de cada

adolescente, produzindo uma verdade e forjando subjetividades.

Duração: 22’ 25’’ (utilização de Power point para sua exposição).

DRA. FLÁVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS (UFPA)

A PRODUÇÃO DA ANORMALIDADE E DO INDIVIDUO PERIGOSO NAS

AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS NO SISTEMA PRISIONAL E SOCIOEDUCATIVO: UMA

CRÍTICA À MEDICALIZAÇÃO E JUDICIALIZAÇÃO DA VIDA.

Resumo

Será abordada nessa apresentação uma problematização das práticas de produção da

anormalidade e do indivíduo perigoso nas avaliações psicológicas. Interroga-se como a

medicalização e a judicialização da vida forjam sujeitos e modos de punir e gerir a pena, na

relação entre normas e leis. Também se descreve e analisa-se como as práticas psi operam

especialismos que fabricam determinados efeitos na modulação da pena e da punição.

Duração: 27’ e 08’’

Interferência da coordenadora da mesa

Duração: 2’

Fala do Debatedor

Duração: 30’ e 36’’

Interferência da coordenadora da mesa - Esclarecimentos sobre os questionamentos (através

de papeis e do microfone).

Duração: 2’

Respostas dos participantes que compunham a mesa ao debatedor.

Duração: 20’ e 10’’

Respostas dos participantes que compunham a mesa as questões feitas pelos participantes do

evento.

Duração: 46’ e 22’’

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Final: 12: 27

Obs: Aproximadamente 100 pessoas presentes. Mudança de comum acordo na ordem de fala

dos palestrantes.

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SEGUNDO DIA – 26 DE AGOSTO DE 2014. (tarde)

MESA 3: 14h30 – 18h30

A SITUAÇÃO DAS MULHERES NO CÁRCERE: ATORES, TEMAS E DESAFIOS.

Período: Vespertino

Início: 14:51 (atraso de 21minutos devido a organização da mesa e do som)

DEBATEDOR: DR. LUIZ ANTONIO BOGO CHIES (UCPel – Universidade Católica de

Pelotas)

COORDENADORA: ANA KEILA PINEZI (UFABC)

Coordenadora - Apresentação dos participantes que compunham a mesa.

Duração: 3’

DRA. LENI BEATRIZ CORREIA COLARES (FURG)

A MULHER ENCARCERADA COMO MEMBRO DE UM “COLETIVO PERIGOSO”:

ENTRE A REPRESSÃO E A SUJEIÇÃO AO TRÁFICO DE ENTORPECENTES.

Resumo

O estudo, realizado na Penitenciária Feminina Madre Pelletier (RS) no período 2007-

2008 avalia o encarceramento da mulher na sociedade contemporânea que se define por uma

relação específica com os delitos vinculados às drogas, reposicionando os processos sociais da

prisão. Os delitos de drogas, inseridos penalmente como crimes hediondos, repercutem sobre

a economia das penas, pela imposição de sentenças mais severas, que prolongam o tempo de

encarceramento e ampliam o tamanho da população encarcerada, inferindo, igualmente sobre

a dinâmica institucional e afetando a trajetória do encarceramento feminino. Analisamos as

relações entre presas e custodiadores, enfatizando a existência de uma narrativa socio-penal

que acompanha a entrada de toda presa por tráfico de drogas na penitenciária enquanto

membro de “um coletivo perigoso”, e confrontamos esse discurso com os dados relativos ao

concurso criminal no qual as presas foram efetivamente inseridas. Mostramos que a maioria

das presas se insere na criminalidade de massas e, com esse entendimento, discutimos a noção

de periculosidade enquanto conceito do Poder Regulador em sua construção do tipo-ideal

traficante quando relacionada à mulher, em termos de sua injunção ou afastamento do

discurso positivista que tradicionalmente marcou as práticas na execução penal feminina. Os

dados qualitativos nos permitiram avaliar motivações, trajetórias e vínculos das mulheres

pesquisadas em seu envolvimento com os delitos de drogas, apresentando situações díspares

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que apontam para relações de sujeição e também para adesão e compartilhamento à lógica

mercantil e aos riscos próprios ao tráfico. Verificamos como se cruzam as engrenagens

repressivas com as que são produzidas pelo próprio tráfico no extra e no intramuros,

capturando a maioria das presas em relações cativas, bem como, incindindo, ainda, sobre as

relações familiares e desconstruindo qualquer possibilidade de uniformização discursiva.

Duração: 22’

MS. ANA CAROLINE MONTEZANO GONSALES JARDIM (Universidade de Caxias do

Sul)

A PRODUÇÃO DE DISCURSOS SOBRE O FEMININO NA QUESTÃO PENITENCIÁRIA

BRASILEIRA.

Resumo

Nos últimos 10 anos houve um expressivo aumento no número do encarceramento de

mulheres no Brasil, o que por sua vez, desencadeou a criação de instrumentos normativos e

ações destinadas ao público feminino nas prisões, os quais são posteriores à Lei de execução

Penal. Segundo o CNPCP (Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciarias), a

prisão de mulheres no Brasil, requer a produção de ações específicas, e ainda, “condizentes

com o gênero feminino”. Contudo, o aumento do encarceramento de mulheres, vem

despertando diferentes olhares e fomentado diversos e divergentes discursos, os quais buscam

explicar suas causas. Entre tais discursos, muitos ainda estão centrados nos chamados “delitos

de gênero” ou na crença de que existe uma criminalidade especificamente feminina. Em face

ao contexto apresentado, propõe-se a seguinte reflexão: “Em que medida a expansão destes

instrumentos normativos os quais são acompanhados de discursos que os legitimam,

configuram-se enquanto mecanismos político-operacionais emancipatórios às mulheres

privadas de liberdade?”

Duração: 22’ (utilização do Power point com uma imagem de fundo para toda a sua

apresentação).

MS. MARIA LUIZALORENZONI BERNARDI (URCAMP/Bagé)

CÁRCERE, GÊNERO E FAMÍLIA. ESTUDO ETNOGRÁFICO SOBRE A EXPERIÊNCIA

DE MULHERES DO TRÁFICO DE DROGAS.

Resumo

A pesquisa foi realizada no Presídio Regional de Bagé. Análise de dados quantitativos

21

fornecidos pelo Departamento Penitenciário Nacional e pelo Presídio Regional de Bagé. A

entrada no campo se deu em razão de pertencer ao Conselho da Comunidade desde 2004. As

mulheres são colocadas em presídios masculinos, por opções político- penitenciárias -

Estabelecimentos Masculinamente Mistos. O que se vê é o improviso. Adaptações a espaços

que não passam de apêndices do estabelecimento masculino. Em Bagé o ambulatório foi

transformado em cela feminina. As relações de dentro do presídio correspondem, em parte, ao

que se experimenta fora dele, que acabam sendo ressignificadas. Não há dois modos de ver o

mundo. São modos de uma mesma forma de conhecer, significar, que são revistas ou num

novo contexto. A relação com um homem é, na maioria, a justificativa da entrada das

mulheres para o tráfico. Não se reconhecem como criminosas, pois as identidades

relacionadas à vida doméstica, de mãe, companheira, filha, se sobrepõe àquela de “traficante”.

Estando no tráfico, passa a agir de forma a preservar os laços familiares e quando presas, são

estes laços que se rompem. Entendem que não há ilicitude nos atos praticados por elas, pois

traficaram para sustentar os filhos. O tráfico confere a elas um empoderamento. São mais

importantes, mais bonitas, mais bajuladas. A ascensão rápida, o ganho fácil, mesmo que por

pouco tempo, é também motivo para permanecerem nessa atividade. No tráfico são mais

vulneráveis, pois desempenham papeis secundários, posição subalterna em relação ao homem.

Tornam-se alvo fácil para o sistema penitenciário. Caráter seletivo do sistema de justiça

criminal que opera de modo mais intenso entre os indivíduos mais vulneráveis. O

encarceramento revela-se uma experiência marcante. As mulheres enfrentam práticas

institucionais marcadas por relações patriarcais. Submissão a condições degradantes para ficar

próxima da família. Estigma afeta as redes de sociabilidade familiar e comunitária. As pessoas

rejulgam os condenados pela justiça.

Duração: 21’ (utilização de Power point para sua exposição).

DRA. JULIANA GONÇALVES MELO (UFRN)

SISTEMA PRISIONAL, EMOÇÕES E CONTROLE DOS CORPOS: POR UM DEBATE.

Resumo

A partir de pesquisa etnográfica realizada na ala feminina do Complexo Penal Dr. João

Chaves (Natal, RN) propõe-se analisar a relação entre sistema prisional e o uso das emoções

para controle dos corpos, especialmente os femininos. Os estudos indicam que em Instituições

Totais como estas, as penalidades e controle estabelecido sobre os corpos vão além do próprio

corpo e atingem o indivíduo na alma, nas vontades e disposições, provocando um processo de

22

“mortificação do eu”. Faz-se necessário, portanto, um aprofundamento da temática de modo

que possamos conhecer melhor o campo da micropolítica das emoções e as relações de poder

e controle aí existentes. De modo geral, a proposta é refletir sobre o uso dessas emoções para

disciplinar e punir o corpo das apenadas, fazendo-se importante saber qual a influência das

emoções e dos relacionamentos interpessoais na inserção da mulher na condição de desvio a

qual está vinculada como presidiária. É também analisar tais questões tendo por referência

histórias de vida das mulheres encarceradas, a partir de um ponto de vista da antropologia do

direito, com ênfase também nas emoções humanas.

Duração: 21’

Fala do Debatedor

Duração: 23’

Respostas dos participantes que compunham a mesa ao debatedor.

Duração: 15’

Interferência da coordenadora da mesa (abertura para questões da plateia utilizando o

microfone).

Duração: 3’

Respostas dos participantes que compunham a mesa as questões feitas pelos participantes do

evento.

Duração: 1º e 10’

Final: 18:20

Obs: Aproximadamente 100 pessoas presentes.

23

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TERCEIRO DIA – 27 DE AGOSTO DE 2014. (tarde)

MESA 4: 14h30 – 18h30

POLÍTICAS PÚBLICAS E ALTERNATIVAS À PRISÃO DE MULHERES E JOVENS.

Período: Vespertino

Início: 14:51 (atraso de 3 participantes da mesa devido ao trânsito).

DEBATEDOR: DR. PEDRO BODÊ DE MORAES (UFPR)

COORDENADORA: DRA. JULIANA GONÇALVES MELO (UFRN)

Coordenadora - Apresentação dos participantes que compunham a mesa.

Duração: 3’

DRA. FERNANDA EMY MATSUDA (USP)

CRIME, VIOLÊNCIA E PRISÃO: TRAJETÓRIAS DE MULHERES NA CIDADE DE SÃO

PAULO.

Resumo

A violência institucional é uma das formas pelas quais se apresenta a violência de

gênero: a atuação dos agentes do Estado que viola os direitos das mulheres assume formas

específicas que guardam estreita relação com a desigualdade de direitos e a assimetria de

poder que atinge as mulheres. A comunicação abordará, a partir dos relatos de mulheres que

vivem na cidade de São Paulo, se e de que maneira o crime e a prisão são (re)definidores de

suas trajetórias e de suas redes sociais. Muitas pesquisas apontam para a centralidade do

cumprimento de pena privativa de liberdade para a ruptura e para a constituição de relações e,

mesmo, para a reorganização das diversas esferas da vida em torno do eixo estruturante da

prisão. Dados coletados em visitas de campo a uma prisão feminina da cidade de São Paulo e

em entrevistas em profundidade com mulheres egressas do sistema prisional apontam para a

existência de uma miríade de arranjos cuja heterogeneidade merece ser explorada. Retratar e

compreender a complexidade dessas situações são os propósitos dessa comunicação, que

pretende contribuir para o aprofundamento da discussão acerca do papel da prisão e do crime

nas relações sociais.

Duração: 25’

RAFAEL CUSTÓDIO (Advogado, coordenador do Programa de Justiça da Conectas Direitos

Humanos)

25

POLÍTICAS PÚBLICAS E ENCARCERAMENTO FEMININO.

Duração: 15’

Resumo.

O Brasil é signatário de vários instrumentos internacionais relativos aos direitos de

mulheres, de presos e de mulheres presas. A situação do encarceramento feminino vem

chamando a atenção tanto em relação as taxas crescentes com em relação às condições ainda

muito precárias para o cumprimento das penas. Atenção especial deve ser dada às violações

de direitos humanos e às violações específicas à condição da mulher presa. O mesmo

problema pode ser observado em relação à condição de cumprimento de penas das mulheres

estrangeiras. De fato, o problema das drogas tem se convertido em uma questão de fundo a ser

tratada quando o assunto é encarceramento feminino, pois a droga tem sido o principal motivo

para o encarceramento. A ação na área dos direitos humanos reforça a necessidade de controle

social e transparência em relação à necessidade de cumprimento das penas ou à necessidade

de medidas não privativas de liberdade, que podem ser ponto de convergência para o resgate

da dignidade das presas, familiares e crianças.

PATRICK LEMOS CACICEDO E BRUNO SHIMIZU (NÚCLEO ESPECIALIZADO DE

SITUAÇÃO CARCERÁRIA DA DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO)

O PAPEL DA DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO E POLÍTICAS PÚBLICAS

ESPECÍFICAS.

Duração: 10’ e 16’(respectivamente).

A Defensoria Pública do Estado de São Paula tem um núcleo especializado em

mulheres encarceradas e tem feito várias ações para minimizar o impacto destas medidas

sobre a vida das mulheres e de seus familiares. Em geral, as mulheres que sofrem medida de

encarceramento são hipo-sufientes em termos de representação legal e, em grande parte,

sofrem as consequências desta situação, enfrentando prisões provisórias desnecessárias ou

longas, enfrentando graves problemas em relação ao acesso à saúde e, sobretudo, privações

em relação ao direito básico à maternidade e aos cuidados com os filhos. Vários casos podem

ser apresentados que mostram esta situação de precariedade jurídica e as várias ações que a

Defensoria vem desenvolvendo no sentido de resgatar direitos e fazer com que o devido

processo legal seja respeitado quando a privação de liberdade fere os direitos que pretende

proteger.

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MS. JOSÉ DE JESUS FILHO (FGV E Pastoral Carcerária Nacional)

POLÍTICAS PÚBLICAS E ALTERNATIVAS PARA MULHERES E JOVENS EM

PERSPECTIVA COMPARADA.

Resumo

Num momento em que se intensifica o uso de respostas penais por atos relacionados

ao consumo de drogas e ao pequeno tráfico com consequências drásticas para o aumento das

taxas de encarceramento de mulheres e jovens, surgem igualmente no Brasil e no mundo

tentativas de superar o proibicionismo e ampliar o uso de alternativas penais tanto na fase

processual quanto nas fases da aplicação da penal e da execução penal. A apresentação

oferecerá uma visão geral das iniciativas em favor de alternativas penais para mulheres e

jovens em perspectiva comparada. As tentativas de reduzir o uso da prisão são geralmente

aplicadas em três momentos, como medidas cautelares alternativas à prisão provisória, como

penas restritivas de direitos ou como medidas antecipadoras da liberdade. O trabalho irá

explorar até que ponto essas medidas funcionaram, tanto no Brasil quanto no mundo, como

reais alternativas à prisão ou na verdade conduziram ao alargamento da teia punitiva.

Duração: 15’ (utilização do Power point para representar o mapa do Brasil).

DR. RODOLFO ARRUDA LEITE DE BARROS (UNESP)

A MULHER NA ROTA DO ENCARCERAMENTO MASSIVO: O AUMENTO DAS

TAXAS DE MULHERES PRESAS E UMA BREVE DISCUSSÃO SOBRE OS EFEITOS

DO ENCARCERAMENTO FEMININO.

Resumo:

Esta apresentação pretende discutir algumas questões colocadas pelo recente aumento

do encarceramento feminino no Brasil, enfocando o contexto do Estado de São Paulo.

Conforme números oficiais do INFOPEN – MJ, em uma década (entre 2002 – 2012), o

número de presas no país saltou de 5.800 para mais de 36.000 internas. Em termos

proporcionais, este aumento absoluto significou o dobro de representatividade das mulheres

no sistema prisional, que, em 2002, correspondiam a 3,3 % da população total de

encarcerados no Brasil, saltando para 6,7 % em 2012. A constatação de uma punitividade duas

vezes maior incidindo sobre as mulheres ainda é um fenômeno pouco conhecido. Ainda são

escassas as pesquisas sobre o processo de vitimização das mulheres, assim como o

conhecimento acerca das trajetórias que envolvem as mulheres na economia criminal e

consequentemente colocando-as como alvo de medidas punitivas. Ao lado destas

27

investigações, pretende-se contrastar este crescimento com um levantamento provisório

acerca dos efeitos do encarceramento feminino e as questões de gênero relacionadas com o

funcionamento das instituições prisionais, tradicionalmente masculinas. Com este pano de

fundo delineado, pretende-se apresentar investigações preliminares a respeito das políticas

penitenciárias implementadas no âmbito estadual pela Secretaria de Administração

Penitenciária, sobretudo no tocante à ênfase dada à construção de unidades femininas.

Duração: 16’

Interferência da coordenadora da mesa (abertura para questões da plateia utilizando o

microfone).

Duração: 2’

Fala do debatedor

Duração: 27’

Respostas dos participantes que compunham a mesa ao debatedor.

Duração: 23’

Respostas dos participantes que compunham a mesa as questões feitas pelos participantes do

evento.

Duração: 1º e 9’

Final:18:20

Obs: Aproximadamente 150 pessoas presentes. Mudança de comum acordo na ordem de fala

dos palestrantes e alteração da coordenadora da mesa.

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DEBATES:

No decorrer da participação do público, muitas questões foram levantadas e debatidas.

Os pontos mais recorrentemente levantados pelos ouvintes foram: o papel e influência da

academia na situação carcerária e a necessidade da centralidade dos relatos de presidiárias na

argumentação dos palestrantes. Muito se debateu também a respeito da presença de homens

nas mesas; algumas participantes afirmaram que se sentiriam melhor contempladas se as

exposições fossem conduzidas exclusivamente por mulheres.

ENCERRAMENTO DO EVENTO: 6h30

DRA. CAMILA CALDEIRA NUNES DIAS (UFABC)

Duração: 6’

DR. LUÍS ANTÔNIO FRANCISCO DE SOUZA (UNESP Marília)

Duração: 8’

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SESSÕES DE COMUNICAÇÕES

TERCEIRO DIA – 27 DE AGOSTO DE 2014 (manhã)

SESSÕES DE COMUNICAÇÕES – 08h 00 – 12h00

Período: Matutino

A sessão de comunicação foi dividida em duas de acordo com os temas: SESSÃO I -

Punição, prisão e gênero e SESSÃO II – Sistema socioeducativo, internação e gênero. Para a

Sessão I os participantes foram divididos em 4 salas da UFABC (Universidade Federal do

ABC), já para a Sessão II os participantes foram divididos em 2 salas. Contando com a

coordenação dos seguintes debatedores: Dr. Rodolfo Arruda de Barros, Ms.Giane Silva Santos

Souza, Ms. Fernanda Emy Matsuda, Dra. Alessandra Teixeira, Dr. Luiz Claudio Lourenço,

Ms. Adriana Elisa De Alencar Macedo, Ms. Rosângela Teixeira Gonçalves e MS. Joana

D’Arc Teixeira.

SESSÃO I: MESA 01 – PUNIÇÃO, PRISÃO e GÊNERO

Início: 08:30

Sala: Auditório 4 – Bloco Beta

Debatedor: Rodolfo Arruda Leite de Barros

Apresentação de 8 trabalhos dos 10 originalmente inscritos e selecionados.

Por ordem de apresentação: Danielle Amorim Silva; Karla Tayumi Ishiy; Luciana

Peluzio Chernicharo; Nara de Souza Rivitti; Sintia Soares Helpes; Suleima Gomes Bredow;

Taciano de Paula Diniz e Rodolfo Arruda leite de Barros

Os assuntos foram respectivamente: Exposição do Presídio Regional de Tijucas;

relação do paradigma de gêneros nas prisões por tráfico de drogas; encarceramento feminino

sob uma perspectiva feminista crítica; mulheres estrangeiras; estudo sobre a população

carcerária feminina em Juiz de Fora, MG; monitoramento eletrônico; comunicação pelo

programa Momento do Presidiário e discussão sobre a construção de unidades penitenciárias

femininas no Estado de São Paulo.

Cada participante contou com 15 minutos para expor o trabalho enviado. Conforme

30

decisão em grupo, as apresentações dividiram-se em 2 blocos de 4 apresentações cada,

seguidos de um espaço para intervenção e exposição do debatedor e interação entre os

presentes;

1º Bloco:

Duração: 1º 10’

Comentário do debatedor sobre os trabalhos

Duração: 20’

Abertura para respostas ao debatedor e discussão entre os participantes

Duração: 30’

2º Bloco:

Duração: 1º 20’

Abertura para debate e discussão entre os participantes

Duração: 20’

Final: 12:20

Obs: Dois participantes chegaram após o início das apresentações. Devido ao baixo número

de participantes presentes no horário de início (apenas 5), houve 35 minutos de espera aos

outros participantes. Devido ao avançar do horário, não foram viáveis os comentários do

debatedor acerca dos trabalhos do segundo bloco; houve somente a interação conjunta.

SESSÃO I: MESA 02 – PUNIÇÃO, PRISÃO e GÊNERO

Início: 08:30

Sala: 201- Bloco Alpha II

Debatedora: Alessandra Teixeira

Final: 12:20

SESSÃO I: MESA 03 – PUNIÇÃO, PRISÃO e GÊNERO

Início: 08:30

Sala: 204 – Bloco Alpha II

Debatedoras: Fernanda Matsuda e Giane Silva Santos Souza

Final: 12:00

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SESSÃO I: MESA 04 – PUNIÇÃO, PRISÃO e GÊNERO

Início: 08:30

Sala: 205 – Bloco Alpha II

Debatedor: Luiz Claudio Lourenço

Apresentação de 6 trabalhos dos 12 originalmente inscritos e selecionados.

Por ordem de apresentação: Camila Simões Rosa, Gabriela Ohana, Elaine Mara, Aline

Mattos, Luciane Engel e Soliane Fernandes.

Os assuntos foram respectivamente: sobre as “relações” estabelecidas entre pessoas

encarceradas através de cartas, punição processual no Pará, saúde sexual de mulheres

encarceradas, apoio matricial em unidades do sistema prisional, monitoração eletrônica e

projeto de reintegração social em Olimpo.

Cada participante contou com 20 minutos para expor o trabalho enviado.

Duração: 1º e 30’

Dr. Luiz Claudio Lourenço - Comentário do debatedor sobre os trabalhos. Para este momento

o debatedor pediu para que os participantes se sentassem em círculo para ouvir os

comentários e para a possível discussão dos trabalhos.

Duração: 30’

Abertura para respostas ao debatedor e discussão entre os participantes

Duração: 1º e 30’

Final: 12:00

Obs: Presença de outros participantes que ajudaram a escrever os trabalhos em grupo e de

uma ouvinte estudante de assistência social. Dois participantes chegaram após o início das

atividades.

SESSÃO II: MESA 1- SISTEMA SOCIEDUCATIVO, INTERNAÇÃO E GÊNERO

Início: 08:25

Sala: Auditório 5- Bloco Beta

Debatedora: Joana D’Arc Teixeira

Apresentação de 10 trabalhos dos 9 originalmente inscritos e selecionados.

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Os participantes que apresentaram trabalho foram: Analu Serri Nobrega, Thiago

Oliveira, Thaís S. Nogueira, Caio Andrêo Silva, Mariana Chies Santiago Santos, Emanuela

Lopes, Ana Luiza Villela de V. Bandeira, Joana D Arc Teixeira, Érica Banini Lapa do Amaral

Machado e Manuela Abath Valença.

No geral, o quadro de participantes dessa sessão de comunicações foi composta pelos

pesquisadores e pesquisadoras responsáveis pela apresentação dos trabalhos. Cada uma das

apresentações teve duração de 10 minutos. O debate ocorreu em bloco, conforme combinado

com os expositores. Nesses blocos, a seleção de três a quatro trabalhos possibilitou o

aprofundamento das discussões e diálogo com os autores e autores e a boa utilização do

tempo. No total, foram 3 blocos de discussão e reflexões em torno dos trabalhos apresentados,

com duração de 20 a 30 minutos.

Ressalta-se a interação entre os apresentadores e apresentadoras. E também as

contribuições para os andamentos das pesquisas, quanto à indicação de referências, aos

estudos sobre o tema, às possibilidades de análise e aos prosseguimentos nas pesquisas.

A presente sessão de comunicação teve sua relevância por possibilitar divulgação de

pesquisas referentes a jovens, do sexo feminino, em conflito com a lei e as medidas

socioeducativas a elas dispensadas, considerando-se a pouca produção científica nessa área.

Por outro lado, abrangeu pesquisadores e pesquisadoras de diferentes regiões do país.

Duração: 1º e 20’ (comentários da debatedora e discussão dos participantes).

Final: 11: 50

Obs: A participante Manuela Abath Valença que apresentou o trabalho intitulado Quem é essa

menina? A representação da trajetória de adolescentes internadas nas falas delas e de juízes

e juízas do TJDFT, foi transferida para esta sala.

SESSÃO II: MESA 2- SISTEMA SOCIEDUCATIVO, INTERNAÇÃO E GÊNERO

Início: 08:30

Sala: 208- Bloco Alpha II

Debatedoras: Rosângela Teixeira Gonçalves e Adriana Elisa de Alencar Macedo

Apresentação de 4 trabalhos dos 8 originalmente inscritos e selecionados.

Os participantes que apresentaram trabalho foram: Rosângela Teixeira, Larissa Siqui-

nelli, Cristiane Batista e Joana das Flores Duarte.

33

Por serem 4 trabalhos os participantes tiveram mais tempo disponível para apresenta-

ção, assim como para o debate. As apresentações tiveram entre 15 e 35 minutos de duração;

todas falaram livremente, pois tinham tempo disponível, assim puderam relatar as impres-

sões e experiências que tiveram no trabalho de campo.

Duração: 50’

Final: 11:20

Obs: Dois trabalhos foram encaminhados para outras seções de comunicações: Menina que

vem, bandida que vai: o tráfico de drogas e o encarceramento feminino, de Larissa Urruth,

Quem é Essa Menina? A representação da trajetória de adolescentes internadas nas falas

delas e de juízes e juízas do TJDFT de Manuela Abath Valença e uma participante, Silvia

Piedade de Moraes, autora de Medicalização e discursos higienistas na educação em sexuali-

dade de meninas em conflito com a lei, esteve ausente no dia da apresentação.

34

DIVULGAÇÃO

A divulgação prévia foi feita através de cartazes e por meios eletrônicos tais como: site

do Observatório de Segurança Pública (OSP), redes sociais, envio de mensagens eletrônicas

por meio de listas de contatos, além do portal oficial do evento, que ficou disponível no site

oficial do Fundepe desde o dia 03 de Março de 2014.

Cartaz de divulgação

35

Portal oficial do evento

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PARTICIPAÇÃO

O evento contou com um público composto por profissionais de Instituições Prisionais

e de medidas socioeducativas, estudantes de graduação e de pós- graduação. Dentre estes, o

evento contou também com a presença de estudantes vindos de outras regiões do Brasil, como

Norte, Nordeste e Sul. No que concerne ao público de estudantes de graduação e pós-

graduação, o seminário foi prestigiado pelos estudantes da UFABC, sede do evento.

O IV Seminário Nacional de Estudos Prisionais teve participação assídua não somente

dos participantes do evento, como dos palestrantes, que acompanharam o período completo de

duração do evento. Número de inscrições foi de 138, além, é claro, de não inscritos, isentos e

ouvintes. Das 138 inscrições, 68 foram efetuadas por alunos de graduação; 39 por alunos de

pós-graduação, e 31 por demais profissionais e interessados.

Para a Sessão de Comunicações foram aprovados 77 trabalhos. Aos dois temas das

sessões: Punição, prisão e gênero e Sistema socioeducativo, internação e gênero; foram

destinadas, respectivamente, 4 e 2 salas para melhor acomodação dos participantes. Dos 77

inscritos, 59 foram efetivamente apresentados.

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RESULTADOS

1. Cerca de 150 participantes por dia durante os três dias de duração do evento;

2. Avaliação positiva dos envolvidos no evento, incluindo dos palestrantes convidados;

3. Produção de material fotográfico e de áudio importantes para registro da memória da

história do Seminário Nacional de Estudos Prisionais e como ferramentas de disseminação do

conhecimento;

4. Auxílio no fortalecimento da área de humanas da UFABC, que dispõe de apenas 4 anos nas

humanidades;

5. Estabelecimento da rede de colaboradores para a realização do V Seminário Nacional de

Estudos Prisionais;

6. Possibilidade de discussão sobre um tema de grande importância entre os diversos setores

que se debruçam sobre a questão prisional, como: estudantes, pesquisadores e trabalhadores

do sistema prisional e socioeducativo.

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EQUIPE RESPONSÁVEL

COORDENAÇÃO GERAL

• Dr. Luís Antônio Francisco de Souza (UNESP/Marília)

• Dr. Luiz Antônio Bogo Chies (UCPel - Universidade Católica de Pelotas)

• Dra. Camila Caldeira Nunes Dias (UFABC)

• Dra. Fernanda Emy Matsuda (USP

COMISSÃO ORGANIZADORA

• Ms. Adriana Elisa de Alencar Macedo (UFPA)

• Ms. Giane Santos Silva Sousa (UFPA)

• Emanuela Lopes (UNESP)

• Guilherme Alves dos Santos (UNESP)

• Larissa Delle Siquineli (UNESP)

• Ms. Camila Fontes Savassa (UNESP)

• Rosângela Teixeira Gonçalves (UNESP)

• Paula Cristina Moraes (UNESP)

• Taciano de Paula Diniz (UNESP)

• Cristiane Batista - Mestranda em Ciências Humanas e Sociais/UFABC

• Victor Rocca - Mestrando em Ciências Humanas e Sociais/UFABC

COMISSÃO CIENTÍFICA

• Dr. Fernando Afonso Salla (NEV-USP)

• Dra. Flavia Cristina Silveira Lemos (UNB)

• Dr. Marcos César Alvares (USP)

• Dr. Carlos Henrique Aguiar Serra (UFF)

• Dr. Luiz Claudio Lourenço (UFBA)

• Dra. Alessandra Teixeira (Unesp, Marília)

• Dr. Rodolfo Arruda Leite de Barros (OSP-UNESP)

• Ms. Joana D’Arc Teixeira (OSP-UNESP)

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REALIZAÇÃO

• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

• Observatório de Segurança Pública - UNESP/Marília

• Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais - UFABC

• Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UNESP/Marília

• Programa de Pós-Graduação em Psicologia - Universidade Federal do Pará - UFPA

• Departamento de Sociologia e Antropologia - UNESP/Marília

APOIO

• Bacharelado em Políticas Públicas - UFABC

• Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - IBCCRIM

• Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade, LASSOS - UFBA

• Núcleo de Ciência, Tecnologia e Sociedade – UFABC

• Núcleo de Estudos da Violência - NEV-USP

• ProEx- UFABC

• Programa de Pós-Graduação em Ciências Política - Universidade Federal Fluminense (UFF)

• Programa de Pós-Graduação em Sociologia - Universidade Federal do Paraná (UFPR)

• Grupo de Trabalho (GT42) “Violência, criminalidade e punição no Brasil” da Associação

Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Anpocs;

• Sociedade Brasileira de Sociologia – SBS

• Universidade Católica de Pelotas - UCPel

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ANEXO

Faixa de identificação do evento

Camiseta da equipe de organização

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Conteúdo da pasta recebida por todos os inscritos

Pasta

42

Crachá

Certificado

43

Folder contendo cronograma e informações

44

m

CD contendo os trabalhos aprovados para a sessão de comunicações

Folha do bloco de notas

45

Distribuição dos trabalhos na sessão de comunicações

46

47

48

49

50