istoÉ gente 652

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R$ 9,90 FURACÃO ZAC EFRON O PASSO A PASSO DO ASTRO TEEN EM SÃO PAULO RAIA CLÁUDIA AOS 45 Poderosa no musical Cabaret, a atriz revela o segredo do corpo escultural, diz que adora ser livre e fala sobre o novo romance "Sou eclética. Namoro porque quero estar com aquela pessoa naquela hora" "Não sei trabalhar sem estar completamente entregue" SEXY AINDA MAIS A VISITA DO PRÍNCIPE HARRY AO MORRO DO ALEMÃO, NO RIO Ensaio ALÊ DE SOUZA 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 2 5 6 0 0 ISSN 1516 -8204 12/maR/2012 ano 13 n° 652

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ISTOÉ GENTE 652, Cláudia Raia

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R$ 9,90

Furacão Zac EFronO passO a passO dO

astrO teen em sãO paulO

RAIACLáUDIA

AOS 45 Poderosa no musical Cabaret,

a atriz revela o segredo do corpo escultural, diz que

adora ser livre e fala sobre o novo romance

"Sou eclética. Namoro porque quero estar com aquela pessoa

naquela hora""Não sei trabalhar sem estar

completamente entregue"

SEXy AindA MAiS

a visita do príncipE Harry ao morro do alemão, no rio

Ensaio ALÊ DE SOUZA

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Maiô La Perla, cinto Prada e brincos Carla Amorim

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Maiô La Perla, cinto Prada e brincos Carla Amorim

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Capa

• Cláudia Raia namorava Sally Bowles há muitos anos. Explica-se: a personagem de Cabaret, imortalizada por Liza Minelli no cinema, sempre a seduziu. Há vinte anos ela foi tentada a encarar o papel, mas não se achou madura o suficiente. Olhando para Cláudia hoje, ninguém tem dúvida de que esse momento chegou.

Aos 45 anos de idade e 30 de carreira, ela está divina. O corpo, que se estende além da-quele par de pernas, está mais fino, desenha-do em rasgos suaves e curvas femininas. Por mais que ela não queira, ele se apresenta pri-meiro. Depois, vem o movimento, a encarna-ção da personagem, a dança, a voz. Sim, além de tudo, ela canta. “O musical é a arte dos três cérebros. Acho que uma pessoa normal não faz musical. Acho que tem que ter um cére-bro pra cantar, um pra dançar e outro para representar”, diz ela, quase esquecendo que se enquadra nessa anatomia louca.

“A Cláudia é uma bailarina, não é apenas uma atriz que dança. E uma atriz extrema-mente inteligente, uma comediante intuitiva, fantástica. Ela doente ou machucada, estava em 100% dos ensaios”, derrete-se José Possi Neto, que a dirige em Cabaret.

O novelista Silvio de Abreu faz coro: “Cláudia já foi feirante, bailarina sem talento, executiva mau caráter, trambiqueira e até transexual, tudo com grande talento, dedica-ção e sucesso”.

Foram três meses de preparação para o musical, também produzido por ela, em par-ceria com Sandro Chaim. Ensaios exaustivos e uma rotina de exercícios e alimentação que a deixaram com esse shape que fazem essas páginas transpirar sex-appeal. Cláudia nunca esteve tão sexy. “Fiz isso por causa da perso-nagem, não porque estou solteira”, justifica.

A verdade é que vencido o período de “luto” após a separação de Edson Celulari, seu com-panheiro por 14 anos e pai de Enzo e Sophia, ela parece emanar uma espécie de luz comum a seres em estado de graça. “O Alê (de Souza) diz que estou mais bonita agora, não sei se fiz algo de diferente”, justifica.

Há rumores (fortes) de que uma segunda explicação seria a parceria com seu colega de palco, o ator Jarbas Homem de Melo. Os dois foram vistos aos beijos no Carnaval, mas dis-cretos, por enquanto, desconversam: “É uma amizade que está fluindo de outra maneira. A gente se dá muito bem e estamos nos conhe-cendo melhor”, disse ele à Gente. Cláudia sorri quando a pergunta é sobre se alguém nos últimos tempos mexeu com ela: “Não é pos-sível que ficasse morta para sempre”.

A seguir, trechos da conversa com Cláudia, sua rotina dividida entre o trabalho em São Paulo, a casa e os filhos no Rio e seu momen-to de mente aberta, espinha ereta e o cora-ção...tranquilo.

• Há 20 anos você tentava fazer Cabaret. Era um sonho?• Cláudia. Foram várias tentativas. Na época da Rainha da Sucata não consegui fazer em fun-ção da novela. Depois, quis comprar os direitos não consegui. Quando chegou no começo de Ti-ti-ti eu falei: gente, tenho que fazer esse pa-pel, daqui a pouco não tenho mais idade. Aí comecei a busca e me associei ao Chaim que é outro doido corajoso adorável. Falei Chaim daqui a pouco minha perna não levanta mais. É uma realização linda de um sonho. Tenho certeza absoluta que não poderia ter feito esse papel antes. Eu não tinha maturidade.

• O que mais a atrai no gênero?• É a arte dos três cérebros. Acho que uma pessoa normal não faz musical. Acho que tem que ter um cérebro pra cantar, um pra dançar e outro pra representar. Acho muito desafiador você contar uma história cantan-do e você dançar não como você, mas como a personagem e continuar contando através da dança e do canto.

• Nesse um ano e meio após a separação, apareceu alguém que mexeu com você, que lhe atraiu?• Ah, sim. Até porque não estou morta, mas nada tão importante.

Namorou alguém nesse período?• Não, namorar não. Tô aí, né? (risos). Não gosto de expor muito a minha vida quando as coisas não são. Quando são aí acaba apa-recendo de alguma maneira. Mas sou meio discretona com a vida pessoal, sempre fui, não gosto muito. Mas tem fofoca toda hora.

• Como é voltar a sentir atração por alguém depois de tanto tempo casada?• Ah, me sentindo viva, né?! Não é possível que eu fique morta para sempre (risos). Mas tem um tempo de luto mesmo que acho que foi respeitado por mim. Não tinha vontade de sair. Acho que é normal, né? Aí as coisas começam a ter uma outra cara de novo, mas eu não sou baladeira, não sou essa pessoa. Eu não bebo, então eu saio para jantar. Não sou muito de boates. Dançar, eu faço isso todo dia (no trabalho). Nunca fui baladeira. Nem quando era muito jovenzinha.

‘‘Não quero aparentar ter 20, até porque com 20 eu era muito pior do que eu sou agora’’

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• É verdade que agora está com o colega de elenco, o Jarbas?• Com o Jarbas era uma relação de amor profissional que, com o convívio, foi se es-treitando.

• Você e Edson (Celulari) se separaram há um ano e meio, foram 17 anos de casados. Como foi a readaptação à vida de solteira?• É difícil porque você vive há anos com uma pessoa, e eu fico com meus filhos, com a casa então fica um certo vazio assim no começo. Muito difícil, mas acho que foi tão pouco traumático em termos de... a nossa relação é muito boa, muito saudável, nós temos filhos incríveis que também passaram pelo luto como nós passamos, entenderam se adapta-ram. A gente não tem problema nenhum de guarda, a guarda é minha mas é guarda com-partilhada, eles vão pra casa do pai quando eles querem, o Edson passa lá em casa pega as crianças quando ele quer. Tudo normal.

• O que foi mais difícil de voltar a fazer sozinha?• Eu me dei conta que estava sozinha no dia que eu fui parada numa blitz e meu carro ficou apreendido porque a documentação estava vencida. Achei que minha secretária tinha organizado tudo. Fui surpreendida por aquilo às duas horas da manhã. E dali eu tive que pegar um táxi, fiquei horas esperan-do na rua, sozinha, aí cheguei em casa e falei bom, é isso, agora é assim, eu por mim. Por-que na verdade não é triste, mas acaba sendo a realidade da vida de cada um, porque a gente nasce sozinha, vive sozinha e morre sozinha. A gente é um indivíduo. Mas amo casamento, não estou nem um pouco trau-matizada. Acho casamento um espetáculo, uma delícia dividir. Se você me perguntasse, se eu casaria de novo? Casaria!

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Capa

• Cláudia Raia namorava Sally Bowles há muitos anos. Explica-se: a personagem de Cabaret, imortalizada por Liza Minelli no cinema, sempre a seduziu. Há vinte anos ela foi tentada a encarar o papel, mas não se achou madura o suficiente. Olhando para Cláudia hoje, ninguém tem dúvida de que esse momento chegou.

Aos 45 anos de idade e 30 de carreira, ela está divina. O corpo, que se estende além da-quele par de pernas, está mais fino, desenha-do em rasgos suaves e curvas femininas. Por mais que ela não queira, ele se apresenta pri-meiro. Depois, vem o movimento, a encarna-ção da personagem, a dança, a voz. Sim, além de tudo, ela canta. “O musical é a arte dos três cérebros. Acho que uma pessoa normal não faz musical. Acho que tem que ter um cére-bro pra cantar, um pra dançar e outro para representar”, diz ela, quase esquecendo que se enquadra nessa anatomia louca.

“A Cláudia é uma bailarina, não é apenas uma atriz que dança. E uma atriz extrema-mente inteligente, uma comediante intuitiva, fantástica. Ela doente ou machucada, estava em 100% dos ensaios”, derrete-se José Possi Neto, que a dirige em Cabaret.

O novelista Silvio de Abreu faz coro: “Cláudia já foi feirante, bailarina sem talento, executiva mau caráter, trambiqueira e até transexual, tudo com grande talento, dedica-ção e sucesso”.

Foram três meses de preparação para o musical, também produzido por ela, em par-ceria com Sandro Chaim. Ensaios exaustivos e uma rotina de exercícios e alimentação que a deixaram com esse shape que fazem essas páginas transpirar sex-appeal. Cláudia nunca esteve tão sexy. “Fiz isso por causa da perso-nagem, não porque estou solteira”, justifica.

A verdade é que vencido o período de “luto” após a separação de Edson Celulari, seu com-panheiro por 14 anos e pai de Enzo e Sophia, ela parece emanar uma espécie de luz comum a seres em estado de graça. “O Alê (de Souza) diz que estou mais bonita agora, não sei se fiz algo de diferente”, justifica.

Há rumores (fortes) de que uma segunda explicação seria a parceria com seu colega de palco, o ator Jarbas Homem de Melo. Os dois foram vistos aos beijos no Carnaval, mas dis-cretos, por enquanto, desconversam: “É uma amizade que está fluindo de outra maneira. A gente se dá muito bem e estamos nos conhe-cendo melhor”, disse ele à Gente. Cláudia sorri quando a pergunta é sobre se alguém nos últimos tempos mexeu com ela: “Não é pos-sível que ficasse morta para sempre”.

A seguir, trechos da conversa com Cláudia, sua rotina dividida entre o trabalho em São Paulo, a casa e os filhos no Rio e seu momen-to de mente aberta, espinha ereta e o cora-ção...tranquilo.

• Há 20 anos você tentava fazer Cabaret. Era um sonho?• Cláudia. Foram várias tentativas. Na época da Rainha da Sucata não consegui fazer em fun-ção da novela. Depois, quis comprar os direitos não consegui. Quando chegou no começo de Ti-ti-ti eu falei: gente, tenho que fazer esse pa-pel, daqui a pouco não tenho mais idade. Aí comecei a busca e me associei ao Chaim que é outro doido corajoso adorável. Falei Chaim daqui a pouco minha perna não levanta mais. É uma realização linda de um sonho. Tenho certeza absoluta que não poderia ter feito esse papel antes. Eu não tinha maturidade.

• O que mais a atrai no gênero?• É a arte dos três cérebros. Acho que uma pessoa normal não faz musical. Acho que tem que ter um cérebro pra cantar, um pra dançar e outro pra representar. Acho muito desafiador você contar uma história cantan-do e você dançar não como você, mas como a personagem e continuar contando através da dança e do canto.

• Nesse um ano e meio após a separação, apareceu alguém que mexeu com você, que lhe atraiu?• Ah, sim. Até porque não estou morta, mas nada tão importante.

Namorou alguém nesse período?• Não, namorar não. Tô aí, né? (risos). Não gosto de expor muito a minha vida quando as coisas não são. Quando são aí acaba apa-recendo de alguma maneira. Mas sou meio discretona com a vida pessoal, sempre fui, não gosto muito. Mas tem fofoca toda hora.

• Como é voltar a sentir atração por alguém depois de tanto tempo casada?• Ah, me sentindo viva, né?! Não é possível que eu fique morta para sempre (risos). Mas tem um tempo de luto mesmo que acho que foi respeitado por mim. Não tinha vontade de sair. Acho que é normal, né? Aí as coisas começam a ter uma outra cara de novo, mas eu não sou baladeira, não sou essa pessoa. Eu não bebo, então eu saio para jantar. Não sou muito de boates. Dançar, eu faço isso todo dia (no trabalho). Nunca fui baladeira. Nem quando era muito jovenzinha.

‘‘Não quero aparentar ter 20, até porque com 20 eu era muito pior do que eu sou agora’’

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• É verdade que agora está com o colega de elenco, o Jarbas?• Com o Jarbas era uma relação de amor profissional que, com o convívio, foi se es-treitando.

• Você e Edson (Celulari) se separaram há um ano e meio, foram 17 anos de casados. Como foi a readaptação à vida de solteira?• É difícil porque você vive há anos com uma pessoa, e eu fico com meus filhos, com a casa então fica um certo vazio assim no começo. Muito difícil, mas acho que foi tão pouco traumático em termos de... a nossa relação é muito boa, muito saudável, nós temos filhos incríveis que também passaram pelo luto como nós passamos, entenderam se adapta-ram. A gente não tem problema nenhum de guarda, a guarda é minha mas é guarda com-partilhada, eles vão pra casa do pai quando eles querem, o Edson passa lá em casa pega as crianças quando ele quer. Tudo normal.

• O que foi mais difícil de voltar a fazer sozinha?• Eu me dei conta que estava sozinha no dia que eu fui parada numa blitz e meu carro ficou apreendido porque a documentação estava vencida. Achei que minha secretária tinha organizado tudo. Fui surpreendida por aquilo às duas horas da manhã. E dali eu tive que pegar um táxi, fiquei horas esperan-do na rua, sozinha, aí cheguei em casa e falei bom, é isso, agora é assim, eu por mim. Por-que na verdade não é triste, mas acaba sendo a realidade da vida de cada um, porque a gente nasce sozinha, vive sozinha e morre sozinha. A gente é um indivíduo. Mas amo casamento, não estou nem um pouco trau-matizada. Acho casamento um espetáculo, uma delícia dividir. Se você me perguntasse, se eu casaria de novo? Casaria!

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• O Edson contou a você que estava namorando?• Eu não queria muito falar sobre isso. Ele me contou, contou para as crianças e ele está bem, eu também não pergunto. Conheço. É uma colega que fazia Hair Spray, conheço ela do musical, está tudo certo.

• Vocês aparecem sempre juntos com as crianças.• A gente é muito ligado. Eu sou muito liga-da à família dele, ele à minha, além de nós dois. Não tem como, são muitos anos. A mi-nha ex-sogra, sou louca por ela, falo com ela várias vezes pelo rádio sem ele nem saber. É uma relação que foi construída.

• E a educação das crianças, algo mudou? • Nãããão, nada. Não tem joguinho porque mamãe falou, porque papai falou, não. Papai falou é isso, mamãe falou é isso. Eles têm uma segurança, sabe, da instituição mãe e pai. Isso é indestrutível, a gente mantém isso a ferro e fogo porque a gente pensa do mes-mo jeito, a gente é muito compatível e isso é muito legal. O Edson é um homem que eu respeito muito, que eu admiro, adoro.

• Como é a sua rotina diária, como se prepara? • Faço aula de balé duas horas antes do es-petáculo. Toda a companhia faz. Malho três vezes por semana com o Tonhão (Antônio Mendes), meu personal da vida inteira, que mudou meu corpo pra esse espetáculo. Tive também a nutricionista Alessandra Luglio porque eu queria estar mais fina. A persona-gem é mais frágil, mais da época, mais lon-gilínea. Nunca comi tanto na minha vida como agora com essa mulher. Ela me ento-cha de comida que é uma loucura. Como de três em três horas. Quando dá duas horas e 45 o estômago começa, oi. É uma dieta óti-ma para o meu gasto calórico. O Tonhão conseguiu fazer coisas inacreditáveis como afinar minha perna. Entrei numa roupa 36.

• O que você come nessa dieta?• Tem de tudo, carboidrato o tempo todo. O princípio é não deixar baixar o açúcar no sangue e manter a glicemia alta. Quando ela desce aí que começa a queima do mús-culo e não a queima calórica. Se você deixa ela cair entra no músculo, e é o que a gente não quer.

• Como lida com sua sensualidade? • Acho bacana, mas não sou refém disso. No

começo da minha carreira eu tinha dois ca-minhos: ou eu virava uma mulher só sexy gostosona ou eu virava uma atriz. Eu preferi a segunda opção.

• Acha que começou a receber mais cantada agora?• Não sou muito cantada não, as pessoas fi-cam com um pouco de medo de mim, eu acho que é por causa do meu tamanho. E também quando sou cantada assim finjo que não percebi. Acho meio cafona ser cantada. É brega, né? Nenhuma cantada me conquis-ta. É difícil também alguém chegar numa pessoa que já é conhecida. Chegar e falar: e aí, Cláudia Raia, tudo bem? (risos)

• Que tipo de homem lhe atrai?• Ih, eu sou tão eclética. Fui de Jô Soares a Alexandre Frota. (risos). Não posso perder essa piada. E eu adoro ser assim porque sou uma mulher do mundo, livre de preconcei-tos. Sem, ah, porque fulano não é ideal. O que é ideal? Como namorou o Jô Soares? Namorei o Jô Soares porque é um homem espetacular. Não dá pra explicar. Como é que fui casada com o Alexandre Frota? Porque pra mim ele era incrível naquele momento da minha vida. Sou uma pessoa livre disso, dos formatos, isso acho bacana porque me liberta. Estou namorando porque quero es-tar com aquela pessoa naquela hora.

• Que outros cuidados mantém?• Faço drenagem linfática, uma vez por se-mana, duas, com a Daniela Rosseto minha massagista há um tempão. Achava drenagem uma viadagem, que não adiantava nada. E ela me provou por A mais B, durante minha gra-videz da Sophia que realmente é impressio-nante. Primeiro que faço duzentos xixis e mais cocô e mais tudo durante a massagem que é uma loucura, um descarrego, quase um ebó. É uma loucura. E depois eu sinto que desincho muito, como não bebo álcool, isso facilita muito.

Capa

A malhação de CláudiaAlém das aulas semanais de balé, Cláudia malha bastante. Confira a rotina de exercícios da atriz, indicada por seu personal trainer Antônio Mendes, que a acompanha há 13 anos:

Frequência: 3x por semana, de quarta a sexta

Barriga: séries de abdominais com e sem carga alternadamente. São quatro séries de 45 repetições, com o peso aumentando a cada sequência.

aeróBico: de 35 a 45 minutos de transport, 1x vez por semana

1º Dia: Quadríceps e glúteoMesa extensora com agachamento e leg press com flexora. São 4 séries de 12 repetições, com carga baixa para evitar hipertrofia nas pernas.

2º Dia: Tronco, ombro e costasremada baixa e remada unilateral. São também 4 séries de 12 repetições.

3º Dia: Peito e trícepscom caneleira no braço, além de supino, crucifixo e supino superior.

‘‘Acho casamento um espetáculo. Casaria de novo sim!’’

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‘‘Sou tão eclética. Fui de Jô Soares a Alexandre Frota. Não posso perder a piada. Adoro ser assim.Sou livre de preconceitos”

• O que já fez?• Tenho plástica no nariz. Todo mundo sabe.

• E botox?• Já fiz uma vez um pouquinho. Mas minha mé-dica é Ph..., diz que não pode mudar uma ex-pressão não pode mudar nada e eu também sou chata porque sou atriz, vou ficar com a cara de meia, esticada? Então só laser, laser Day que é uma coisa pra poder dar um viço na pele, só. Óbvio que tenho uma herança da minha mãe espetacular, mas tenho 45 anos e dois filhos. En-tão ela leva minha pele às vezes pra congresso sem falar que sou eu porque na minha geração é muito raro não ter tomado sol como eu não to-mei. Hoje recebo ônus por isso. • Passou a tomar algum cuidado depois que ficou solteira? • Sou uma pessoa vaidosa, mas não sou escrava da vaidade. Não me cuidava para o Edson, sem-pre me cuidei pra mim e obviamente que isso refletia, claro que não é aquela coisa que quando você tá casada tá um bucho e quando fica soltei-ra fica incrível (risos). Me cuido, quero ter 45 anos bacana, não quero aparentar ter 20, até porque com 20 eu era muito pior do que eu sou agora, então tá ótimo. Acho que as rugas são bem-vindas, as marcas de expressão são bem-vindas. É isso aí, estamos indo. •

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• O Edson contou a você que estava namorando?• Eu não queria muito falar sobre isso. Ele me contou, contou para as crianças e ele está bem, eu também não pergunto. Conheço. É uma colega que fazia Hair Spray, conheço ela do musical, está tudo certo.

• Vocês aparecem sempre juntos com as crianças.• A gente é muito ligado. Eu sou muito liga-da à família dele, ele à minha, além de nós dois. Não tem como, são muitos anos. A mi-nha ex-sogra, sou louca por ela, falo com ela várias vezes pelo rádio sem ele nem saber. É uma relação que foi construída.

• E a educação das crianças, algo mudou? • Nãããão, nada. Não tem joguinho porque mamãe falou, porque papai falou, não. Papai falou é isso, mamãe falou é isso. Eles têm uma segurança, sabe, da instituição mãe e pai. Isso é indestrutível, a gente mantém isso a ferro e fogo porque a gente pensa do mes-mo jeito, a gente é muito compatível e isso é muito legal. O Edson é um homem que eu respeito muito, que eu admiro, adoro.

• Como é a sua rotina diária, como se prepara? • Faço aula de balé duas horas antes do es-petáculo. Toda a companhia faz. Malho três vezes por semana com o Tonhão (Antônio Mendes), meu personal da vida inteira, que mudou meu corpo pra esse espetáculo. Tive também a nutricionista Alessandra Luglio porque eu queria estar mais fina. A persona-gem é mais frágil, mais da época, mais lon-gilínea. Nunca comi tanto na minha vida como agora com essa mulher. Ela me ento-cha de comida que é uma loucura. Como de três em três horas. Quando dá duas horas e 45 o estômago começa, oi. É uma dieta óti-ma para o meu gasto calórico. O Tonhão conseguiu fazer coisas inacreditáveis como afinar minha perna. Entrei numa roupa 36.

• O que você come nessa dieta?• Tem de tudo, carboidrato o tempo todo. O princípio é não deixar baixar o açúcar no sangue e manter a glicemia alta. Quando ela desce aí que começa a queima do mús-culo e não a queima calórica. Se você deixa ela cair entra no músculo, e é o que a gente não quer.

• Como lida com sua sensualidade? • Acho bacana, mas não sou refém disso. No

começo da minha carreira eu tinha dois ca-minhos: ou eu virava uma mulher só sexy gostosona ou eu virava uma atriz. Eu preferi a segunda opção.

• Acha que começou a receber mais cantada agora?• Não sou muito cantada não, as pessoas fi-cam com um pouco de medo de mim, eu acho que é por causa do meu tamanho. E também quando sou cantada assim finjo que não percebi. Acho meio cafona ser cantada. É brega, né? Nenhuma cantada me conquis-ta. É difícil também alguém chegar numa pessoa que já é conhecida. Chegar e falar: e aí, Cláudia Raia, tudo bem? (risos)

• Que tipo de homem lhe atrai?• Ih, eu sou tão eclética. Fui de Jô Soares a Alexandre Frota. (risos). Não posso perder essa piada. E eu adoro ser assim porque sou uma mulher do mundo, livre de preconcei-tos. Sem, ah, porque fulano não é ideal. O que é ideal? Como namorou o Jô Soares? Namorei o Jô Soares porque é um homem espetacular. Não dá pra explicar. Como é que fui casada com o Alexandre Frota? Porque pra mim ele era incrível naquele momento da minha vida. Sou uma pessoa livre disso, dos formatos, isso acho bacana porque me liberta. Estou namorando porque quero es-tar com aquela pessoa naquela hora.

• Que outros cuidados mantém?• Faço drenagem linfática, uma vez por se-mana, duas, com a Daniela Rosseto minha massagista há um tempão. Achava drenagem uma viadagem, que não adiantava nada. E ela me provou por A mais B, durante minha gra-videz da Sophia que realmente é impressio-nante. Primeiro que faço duzentos xixis e mais cocô e mais tudo durante a massagem que é uma loucura, um descarrego, quase um ebó. É uma loucura. E depois eu sinto que desincho muito, como não bebo álcool, isso facilita muito.

Capa

A malhação de CláudiaAlém das aulas semanais de balé, Cláudia malha bastante. Confira a rotina de exercícios da atriz, indicada por seu personal trainer Antônio Mendes, que a acompanha há 13 anos:

Frequência: 3x por semana, de quarta a sexta

Barriga: séries de abdominais com e sem carga alternadamente. São quatro séries de 45 repetições, com o peso aumentando a cada sequência.

aeróBico: de 35 a 45 minutos de transport, 1x vez por semana

1º Dia: Quadríceps e glúteoMesa extensora com agachamento e leg press com flexora. São 4 séries de 12 repetições, com carga baixa para evitar hipertrofia nas pernas.

2º Dia: Tronco, ombro e costasremada baixa e remada unilateral. São também 4 séries de 12 repetições.

3º Dia: Peito e trícepscom caneleira no braço, além de supino, crucifixo e supino superior.

‘‘Acho casamento um espetáculo. Casaria de novo sim!’’

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• O que já fez?• Tenho plástica no nariz. Todo mundo sabe.

• E botox?• Já fiz uma vez um pouquinho. Mas minha mé-dica é Ph..., diz que não pode mudar uma ex-pressão não pode mudar nada e eu também sou chata porque sou atriz, vou ficar com a cara de meia, esticada? Então só laser, laser Day que é uma coisa pra poder dar um viço na pele, só. Óbvio que tenho uma herança da minha mãe espetacular, mas tenho 45 anos e dois filhos. En-tão ela leva minha pele às vezes pra congresso sem falar que sou eu porque na minha geração é muito raro não ter tomado sol como eu não to-mei. Hoje recebo ônus por isso. • Passou a tomar algum cuidado depois que ficou solteira? • Sou uma pessoa vaidosa, mas não sou escrava da vaidade. Não me cuidava para o Edson, sem-pre me cuidei pra mim e obviamente que isso refletia, claro que não é aquela coisa que quando você tá casada tá um bucho e quando fica soltei-ra fica incrível (risos). Me cuido, quero ter 45 anos bacana, não quero aparentar ter 20, até porque com 20 eu era muito pior do que eu sou agora, então tá ótimo. Acho que as rugas são bem-vindas, as marcas de expressão são bem-vindas. É isso aí, estamos indo. •

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Capa

“Estamos nos conhecendo melhor”

Flagrado aos beijos com Cláudia Raia em plena Marquês de Sapucaí, o ator gaúcho Jarbas Homem de Mello falou com Gente a respeito da atriz. Colegas de trabalho no musical cabaret, eles se conheceram “há muitos anos” e fizeram o primeiro trabalho juntos no filme de Pernas Para o Ar (2010). No mesmo ano, Cláudia o convidou para participar da produção da Broadway, “Ela é a atriz mais dedicada que eu conheci. Ela brilha pela qualidade do espetáculo, não se cansa de ensaiar, é irretocável. Ela é tão brilhante que sua atuação é em favor da dramaturgia e não do ego”, derrete-se.Sobre o affair com Claudia,

Jarbas prefere a discrição. Sem comentar demais, o ator dispensou rótulos sobre o relacionamento. “É uma amizade que está fluindo de outra maneira. A gente se dá muito bem e estamos nos conhecendo melhor”, resumiu ele.

styling • Arno Jr. e Ale DuprAtPROduçãO de MOda • MArco Frige e renAto tellestRataMentO de iMageM • octávio DuArte

12/3/2012 | 31

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Capa

“Estamos nos conhecendo melhor”

Flagrado aos beijos com Cláudia Raia em plena Marquês de Sapucaí, o ator gaúcho Jarbas Homem de Mello falou com Gente a respeito da atriz. Colegas de trabalho no musical cabaret, eles se conheceram “há muitos anos” e fizeram o primeiro trabalho juntos no filme de Pernas Para o Ar (2010). No mesmo ano, Cláudia o convidou para participar da produção da Broadway, “Ela é a atriz mais dedicada que eu conheci. Ela brilha pela qualidade do espetáculo, não se cansa de ensaiar, é irretocável. Ela é tão brilhante que sua atuação é em favor da dramaturgia e não do ego”, derrete-se.Sobre o affair com Claudia,

Jarbas prefere a discrição. Sem comentar demais, o ator dispensou rótulos sobre o relacionamento. “É uma amizade que está fluindo de outra maneira. A gente se dá muito bem e estamos nos conhecendo melhor”, resumiu ele.

styling • Arno Jr. e Ale DuprAtPROduçãO de MOda • MArco Frige e renAto tellestRataMentO de iMageM • octávio DuArte

12/3/2012 | 49

Música

• “Meu Chico favorito é todo ele, sua obra completa. Mas me remexo, e doo, e me

comovo com ‘Futuros Amantes’, porque é uma obra-prima de poesia, melodia e

declaração de amor. Já me despedi de vez de um amante, enviando-lhe, por escrito, a letra de ‘Todo o Sentimento’, essa outra obra-prima. Assinei a autoria do Chico,

claro, só não sei é se o cara era sensível a ponto de conhecer a

música que a acompanha. Na época eu achava que era (risos).”

Marília Gabriela

• “A primeira música que me vem à cabeça é ‘Partido Alto’, que fez parte da trilha sonora

do filme Quando o Carnaval Chegar. Era tema do meu personagem, o Cuíca. Olha

que privilégio! Volta e meia me pego ouvindo, seja em um domingo à tarde ou

num dia que estou mais saudosista. Ela me traz muitas lembranças boas, de velhos

amigos, da força e da vontade de mudar o mundo naquele Brasil do início dos anos

70. O último disco ouço quase todos os dias. E confesso que estou

apaixonado por ‘Nina’ e ‘Sinhá’”Antonio Pitanga

Chico estreou na quinta-feira 1º, em São Paulo

& eu hicoCJunto à legião de fãs, personalidades contam

histórias vividas, desde uma separação até o início da

carreira, que tiveram a música do compositor como tema

POR ana cora lima, bruna furlan e samia mazzucco

fOtOs pedro dias / ag. istoÉ

• Chico Buarque, o próprio, com aqueles olhos ardósia, nunca deve ter tomado um fora na vida. Mas já cantou tantos, já des-creveu tão bem um fim de caso que suas músicas foram trilha para muita gente ter-minar os seus relacionamentos. Marília Gabriela já mandou a um ex a letra de “Todo o Sentimento”. Mas também teve quem sambou com suas músicas, quem viu a carreira começar cantando uma de suas canções, quem se apaixonou por uma das mulheres de suas histórias.

12/3/2012 | 49

Música

• “Meu Chico favorito é todo ele, sua obra completa. Mas me remexo, e doo, e me

comovo com ‘Futuros Amantes’, porque é uma obra-prima de poesia, melodia e

declaração de amor. Já me despedi de vez de um amante, enviando-lhe, por escrito, a letra de ‘Todo o Sentimento’, essa outra obra-prima. Assinei a autoria do Chico,

claro, só não sei é se o cara era sensível a ponto de conhecer a

música que a acompanha. Na época eu achava que era (risos).”

Marília Gabriela

• “A primeira música que me vem à cabeça é ‘Partido Alto’, que fez parte da trilha sonora

do filme Quando o Carnaval Chegar. Era tema do meu personagem, o Cuíca. Olha

que privilégio! Volta e meia me pego ouvindo, seja em um domingo à tarde ou

num dia que estou mais saudosista. Ela me traz muitas lembranças boas, de velhos

amigos, da força e da vontade de mudar o mundo naquele Brasil do início dos anos

70. O último disco ouço quase todos os dias. E confesso que estou

apaixonado por ‘Nina’ e ‘Sinhá’”Antonio Pitanga

Chico estreou na quinta-feira 1º, em São Paulo

& eu hicoCJunto à legião de fãs, personalidades contam

histórias vividas, desde uma separação até o início da

carreira, que tiveram a música do compositor como tema

POR ana cora lima, bruna furlan e samia mazzucco

fOtOs pedro dias / ag. istoÉ

• Chico Buarque, o próprio, com aqueles olhos ardósia, nunca deve ter tomado um fora na vida. Mas já cantou tantos, já des-creveu tão bem um fim de caso que suas músicas foram trilha para muita gente ter-minar os seus relacionamentos. Marília Gabriela já mandou a um ex a letra de “Todo o Sentimento”. Mas também teve quem sambou com suas músicas, quem viu a carreira começar cantando uma de suas canções, quem se apaixonou por uma das mulheres de suas histórias.

No bloco de Chico BuarqueO músico volta a se apresentar em São Paulo depois de seis anos em show que parece um baile onde dançam as mulheres de suas canções

No início do show de Chico Buarque, não há o que esconder. A mulher está nua no desenho de Oscar Niemeyer que a plateia vê antes de o compositor chegar ao palco. O “Velho Francisco” assume ter perdido tudo. Alguém se revela em “De Volta ao Samba”. E, no “Desalento”, se entregam os pontos. São as três primeiras músicas do show que estreou na quinta-feira 1º, em São Paulo, depois da temporada carioca. Tendo ao fundo a alegria do Bloco dos Carnavalescos, de Cândido Portinari, Chico canta durante uma hora e meia. O show parece mesmo um baile onde dançam as mulheres cantadas por ele. “Geni e o Zepelim”, a travesti do épico da hipocrisia, junta-se a “Terezinha”, a “Ana de Amsterdan”, a “Violeira”, a “Nina”. No samba “Sou Eu”, Chico e Wilson das Neves duelam sobre quem leva a moça para casa. As canções do novo disco se entrincheiram junto a “clássicos” como “Todo o Sentimento”, “Anos Dourados”, “O Meu Amor”. Na plateia, gente de toda idade e estilo faz lembrar outro compositor, que diz que “Somos todos iguais nesta noite. Ou é o circo de novo”. Circo, aliás, é o nome de outro desenho de Portinari no cenário. “Sinhá” encerra a apresentação. O músico sai de cena depois de saudar a plateia à beira do palco. Só Chico – além de Cauby Peixoto – para deixar o público bêbado e febril a se rasgar por ele. (Aina Pinto)

• “A primeira vez que ouvi Chico foi quando ele fez ‘A Banda’, muitos anos atrás, quando ganhou um festival. A gente sabia que ali já era uma estrela, uma pessoa que ia nos iluminar para sempre. Gosto de ouvir suas músicas no carro, indo para o trabalho, e em casa, quando estou estudando o texto da novela. Várias músicas me acompanharam. ‘Com Açúcar, Com Afeto’ é uma delas.” Renata Sorrah

• “Minha favorita é ‘Palavra de Mulher’, que ele fez para o filme Ópera do Malandro. Tenho certo apreço, mesmo que não tenha sido feita para mim. Foi para a personagem. Um dia, ele chegou e, quando botou para eu ouvir, chorei muito. Ele é meu anjo principal, o primeiro que chegou, me olhou e me deu um empurrão. Eu era menina na Paraíba quando ele lançou o primeiro disco. Eu tinha uns 12 anos e me lembro de vê-lo na televisão cantando ‘A Banda’. Ouço Chico todos os dias. Me emociono, sofro, apaixono, me desapaixono, morro de amor. Vou sempre me sentir honrada de poder dizer a ele que minha carreia existe porque ele acreditou em mim.”Elba Ramalho

Lorem eget

12/3/2012 | 50

Música

O músico divulga o disco Chico, que já

vendeu 80 mil cópias

Diversão & Arte

12/3/2012 | 87

• Reese Witherspoon diz que os únicos homens que brigam por ela são Jim e Deacon, respectivamente seu marido e seu filho de 8 anos, que disputam sua atenção. No filme Guerra é Guerra, que ela vem divulgar no Brasil na quin-ta-feira 8, em pré-estreia no Rio de Janeiro, a atriz é disputada por dois homens: Tuck (Tom Hardy) e FDR (Chris Pine). Mãe também de Ava, 12, ambos de seu primeiro casamento, com Ryan Phillippe, Reese fala sobre o trabalho, seu primeiro filme de ação e o primeiro em que explora um lado mais sensual, sobre relacionamentos online e sobre como vê a atitude de sua personagem, Lauren, que namora dois homens. “O movimento dos direi-tos femininos abriu caminho para um filme como esse. Foi para isso que as mulheres marcharam”, considera. • Sua personagem, no trabalho, é uma mulher decidida. Como ela acaba se dividindo entre dois homens?• Na vida pessoal é um desastre. O homem com quem ela estava a abando-na, parte o coração e acaba com o ânimo dela. Então, ela fica debilitada, não é capaz de namorar. Trish é a única amiga dela. Um dia, ela finalmente decide entrar no mundo dos relacionamentos.

• Como ela conhece os dois rapazes?• Ela encontra o Tuck num site de namoro. Eles têm um primeiro encontro bem estranho, mas termina dando tudo certo. Depois, ela conhece o FDR em uma locadora de vídeos. Os dois rapa-

zes estão empolgados com seus novos relacionamentos. Então, eles mostram um ao outro as fotos de suas namora-das – e é a mesma garota. É uma gran-de cena sobre aquela coisa masculina de marcar território.

• O que acha de namoro pela internet?• Se eu estivesse procurando um namo-rado, e se pudesse não mostrar o meu rosto e ser quem realmente sou, eu faria isso, sim. Eu me interessaria em ver o que as pessoas estão fazendo e como elas são. As vidas andam tão ocupadas, desconectadas. Não sei como encontrar pessoas se não for pela internet.

• No filme, todo mundo checa infor-mações sobre os outros na internet. Já fez isso?• Como não? Pelo menos para saber se as pessoas não são criminosas. Fazer isso é fácil e, não fazer, é desleixo. Tem de ver, pelo menos, se a pessoa não é um assassino.

• Você tem aparecido menos recente-mente. É uma escolha?• Tenho bastante discernimento do que gosto. Sou muito exigente. Também tenho dois filhos que ocupam bastante o meu tempo, porque quero estar com eles. Se vejo algo que quero fazer, ou que será um desafio para mim, eu faço.

• E por que decidiu fazer Guerra é Guerra?• Achei que seria uma boa oportunida-de de fazer um filme de ação. Nunca tinha feito. E queria que tivesse ele-mentos de comédia. Então, foi perfeito.

• Na tela, parece que vocês estão se divertindo bastante... • Literalmente. Um desses momentos é quando minha personagem está dan-çando de lingerie no apartamento dela. Era uma cena chata, comigo andando pelo apartamento e os rapazes espian-do. O diretor perguntou: “Qual sua música favorita dos anos 90?”. Eu disse que gostava de uma do Montell Jordan, “This is How We Do it”. E ele: “Ótimo. Comece a cantá-la.” Acabou virando um momento engraçado.

• Falando em dançar de lingerie, esse filme mostra um lado mais sexy seu. Ficou confortável com isso?• Não foi calculado. Foi apenas para fazer um filme divertido. Como atriz, tenho de levar em conta o que o dire-tor diz. Para mim, não é instintivo saber o que é sexy. Me ajudou bastante ouvir o que o Tom, o Chris e o McG (o dire-tor) pensavam sobre o que é sexy. Eu estava tentando interpretar uma perso-nagem que atrai um homem lindo. Então, ela tinha de parecer muito sexy.

• O que acha da maneira como ela lida com isso, de namorar os dois?• É um mundo novo. O movimento dos direitos femininos abriu caminho para um filme como esse. Foi para isso que as mulheres marcharam.

• Como manter a personagem tão sim-pática, mesmo namorando dois caras?• Nós construímos o passado dela, uma história com a qual qualquer mulher pode se identificar. Ela teve o coração destruído por alguém que prometeu algo, mentiu e foi embora. Não conhe-ço uma mulher que não tenha passado pela experiência de ter o coração parti-do. Ela está machucada e destruída emocionalmente.

• Já teve dois caras brigando por você?• Talvez meu marido e meu filho bri-guem pela minha atenção. Além disso, não namoro mais de uma pessoa por vez. Envolve muita mentira. E não sou mentirosa. •

‘‘Minha personagem teve o coração destruído por alguém que prometeu algo, mentiu e foi embora. Não conheço uma mulher que não tenha passado pela experiência de ter o coração partido”

cinema • Reese WitheRspoonavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

A Atriz pArticipA dA pré-estreiA do filme

no rio, nA quintA-feirA 8

O romance entre o rei Eduado 8º, que em 1936 abdicou do trono inglês para casar com a americana divorciada Wallis Simpson, foi um dos mais ruidosos da história. Madonna se mostra fascinada pelo tema em W.E., sua segunda aventu-ra atrás das câmeras, e faz uma notável reconstituição de época, com figurinos dignos de catálogo de moda. Mas con-funde cinema com perfumaria. O enredo bebe na fonte de Julie & Julia ao traçar um paralelo entre o escândalo na realeza e a crise matrimonial de uma jovem no presente. Quem diria? A material girl acredita em conto de fadas e recorre a todos os clichês do gênero nessa obra pueril. (14 anos) suzana uchôa itiberê

Disputada por dois homens

em Guerra é Guerra, a atriz

fala sobre duas novidades

em sua carreira: fazer um

filme de ação e explorar seu

lado mais sensual

O conto de fadas de MadonnaBom elenco e produção luxuosa não compensam a trama rasa de W.E. – O Romance do Século, dirigido pela pop star

o filme fAlA do romAnce do rei eduArdo 8º, que deixou o trono inglês pArA se cAsAr com umA AmericAnA

Romance

“Para MiM, NãO É iNStiNtiVO SabEr

O quE É sexy”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

Foto

s Div

ulga

ção

Diversão & Arte

12/3/2012 | 87

• Reese Witherspoon diz que os únicos homens que brigam por ela são Jim e Deacon, respectivamente seu marido e seu filho de 8 anos, que disputam sua atenção. No filme Guerra é Guerra, que ela vem divulgar no Brasil na quin-ta-feira 8, em pré-estreia no Rio de Janeiro, a atriz é disputada por dois homens: Tuck (Tom Hardy) e FDR (Chris Pine). Mãe também de Ava, 12, ambos de seu primeiro casamento, com Ryan Phillippe, Reese fala sobre o trabalho, seu primeiro filme de ação e o primeiro em que explora um lado mais sensual, sobre relacionamentos online e sobre como vê a atitude de sua personagem, Lauren, que namora dois homens. “O movimento dos direi-tos femininos abriu caminho para um filme como esse. Foi para isso que as mulheres marcharam”, considera. • Sua personagem, no trabalho, é uma mulher decidida. Como ela acaba se dividindo entre dois homens?• Na vida pessoal é um desastre. O homem com quem ela estava a abando-na, parte o coração e acaba com o ânimo dela. Então, ela fica debilitada, não é capaz de namorar. Trish é a única amiga dela. Um dia, ela finalmente decide entrar no mundo dos relacionamentos.

• Como ela conhece os dois rapazes?• Ela encontra o Tuck num site de namoro. Eles têm um primeiro encontro bem estranho, mas termina dando tudo certo. Depois, ela conhece o FDR em uma locadora de vídeos. Os dois rapa-

zes estão empolgados com seus novos relacionamentos. Então, eles mostram um ao outro as fotos de suas namora-das – e é a mesma garota. É uma gran-de cena sobre aquela coisa masculina de marcar território.

• O que acha de namoro pela internet?• Se eu estivesse procurando um namo-rado, e se pudesse não mostrar o meu rosto e ser quem realmente sou, eu faria isso, sim. Eu me interessaria em ver o que as pessoas estão fazendo e como elas são. As vidas andam tão ocupadas, desconectadas. Não sei como encontrar pessoas se não for pela internet.

• No filme, todo mundo checa infor-mações sobre os outros na internet. Já fez isso?• Como não? Pelo menos para saber se as pessoas não são criminosas. Fazer isso é fácil e, não fazer, é desleixo. Tem de ver, pelo menos, se a pessoa não é um assassino.

• Você tem aparecido menos recente-mente. É uma escolha?• Tenho bastante discernimento do que gosto. Sou muito exigente. Também tenho dois filhos que ocupam bastante o meu tempo, porque quero estar com eles. Se vejo algo que quero fazer, ou que será um desafio para mim, eu faço.

• E por que decidiu fazer Guerra é Guerra?• Achei que seria uma boa oportunida-de de fazer um filme de ação. Nunca tinha feito. E queria que tivesse ele-mentos de comédia. Então, foi perfeito.

• Na tela, parece que vocês estão se divertindo bastante... • Literalmente. Um desses momentos é quando minha personagem está dan-çando de lingerie no apartamento dela. Era uma cena chata, comigo andando pelo apartamento e os rapazes espian-do. O diretor perguntou: “Qual sua música favorita dos anos 90?”. Eu disse que gostava de uma do Montell Jordan, “This is How We Do it”. E ele: “Ótimo. Comece a cantá-la.” Acabou virando um momento engraçado.

• Falando em dançar de lingerie, esse filme mostra um lado mais sexy seu. Ficou confortável com isso?• Não foi calculado. Foi apenas para fazer um filme divertido. Como atriz, tenho de levar em conta o que o dire-tor diz. Para mim, não é instintivo saber o que é sexy. Me ajudou bastante ouvir o que o Tom, o Chris e o McG (o dire-tor) pensavam sobre o que é sexy. Eu estava tentando interpretar uma perso-nagem que atrai um homem lindo. Então, ela tinha de parecer muito sexy.

• O que acha da maneira como ela lida com isso, de namorar os dois?• É um mundo novo. O movimento dos direitos femininos abriu caminho para um filme como esse. Foi para isso que as mulheres marcharam.

• Como manter a personagem tão sim-pática, mesmo namorando dois caras?• Nós construímos o passado dela, uma história com a qual qualquer mulher pode se identificar. Ela teve o coração destruído por alguém que prometeu algo, mentiu e foi embora. Não conhe-ço uma mulher que não tenha passado pela experiência de ter o coração parti-do. Ela está machucada e destruída emocionalmente.

• Já teve dois caras brigando por você?• Talvez meu marido e meu filho bri-guem pela minha atenção. Além disso, não namoro mais de uma pessoa por vez. Envolve muita mentira. E não sou mentirosa. •

‘‘Minha personagem teve o coração destruído por alguém que prometeu algo, mentiu e foi embora. Não conheço uma mulher que não tenha passado pela experiência de ter o coração partido”

cinema • Reese WitheRspoonavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

A Atriz pArticipA dA pré-estreiA do filme

no rio, nA quintA-feirA 8

O romance entre o rei Eduado 8º, que em 1936 abdicou do trono inglês para casar com a americana divorciada Wallis Simpson, foi um dos mais ruidosos da história. Madonna se mostra fascinada pelo tema em W.E., sua segunda aventu-ra atrás das câmeras, e faz uma notável reconstituição de época, com figurinos dignos de catálogo de moda. Mas con-funde cinema com perfumaria. O enredo bebe na fonte de Julie & Julia ao traçar um paralelo entre o escândalo na realeza e a crise matrimonial de uma jovem no presente. Quem diria? A material girl acredita em conto de fadas e recorre a todos os clichês do gênero nessa obra pueril. (14 anos) suzana uchôa itiberê

Disputada por dois homens

em Guerra é Guerra, a atriz

fala sobre duas novidades

em sua carreira: fazer um

filme de ação e explorar seu

lado mais sensual

O conto de fadas de MadonnaBom elenco e produção luxuosa não compensam a trama rasa de W.E. – O Romance do Século, dirigido pela pop star

o filme fAlA do romAnce do rei eduArdo 8º, que deixou o trono inglês pArA se cAsAr com umA AmericAnA

Romance

“Para MiM, NãO É iNStiNtiVO SabEr

O quE É sexy”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

Foto

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ulga

ção

entrevista

12/3/2012 | 43

“Teve dias em que eu não voltei para casa”Bárbara Paz diz que o casamento com Hector Babenco é feliz também no palco e ri ao falar dos momentos de diferença profissional nos ensaios de Hell, a peça protagonizada por ela e dirigida por ele. A atriz fala também das personagens conturbadas e dos planos de se tornar cineasta e fazer um documentário sobre o maridoPOR Bruna narcizo

fOtO PEDro DiaS / ag. iStoÉ

• Bárbara Paz diz que a loucura faz parte dela e aponta até as características físicas para ex-plicar por que costuma fazer personagens pro-blemáticas. “A televisão pede um rosto que diz o que a personagem é”, considera. Mas numa conversa, ela tem jeito de menina do interior do Rio Grande do Sul. “Sou romântica em todos os sentidos. Venho de uma terra de tro-vadores, de poesia”, diz a atriz, gaúcha de Campo Bom, em cartaz no teatro Eva Herz, em São Paulo, com Hell. Na peça, sucesso de público desde 2010, ela é uma garota rica, vi-ciada em drogas, consumista e incapaz de lidar com o amor. Ela é dirigida pelo marido, o ci-neasta Hector Babenco, com quem está desde 2007. Diz que o casamento é feliz também no

palco, porque ambos se entendem bem traba-lhando juntos, e não esconde as desavenças. “Para construirmos algo bom, às vezes temos de nos enfrentar e saber o que é melhor para o outro”, diz. A atriz recebeu Gente para falar da vida e da carreira, incluindo a passagem por um reality show, em 2001, e os planos de alçar voos mais altos. “Quero fazer faculdade de ci-nema. Já fiz um curta e agora quero dirigir outras coisas, documentários”, conta ela, que pretende fazer um documentário sobre a car-reira de Babenco. Por enquanto, ela se prepara para começar as filmagens de Gata Velha Ain-da Mia, um thriller psicológico sobre duas jornalistas. “Já estou fazendo o meu laborató-rio com você”, brincou.

entrevista

12/3/2012 | 43

“Teve dias em que eu não voltei para casa”Bárbara Paz diz que o casamento com Hector Babenco é feliz também no palco e ri ao falar dos momentos de diferença profissional nos ensaios de Hell, a peça protagonizada por ela e dirigida por ele. A atriz fala também das personagens conturbadas e dos planos de se tornar cineasta e fazer um documentário sobre o maridoPOR Bruna narcizo

fOtO PEDro DiaS / ag. iStoÉ

• Bárbara Paz diz que a loucura faz parte dela e aponta até as características físicas para ex-plicar por que costuma fazer personagens pro-blemáticas. “A televisão pede um rosto que diz o que a personagem é”, considera. Mas numa conversa, ela tem jeito de menina do interior do Rio Grande do Sul. “Sou romântica em todos os sentidos. Venho de uma terra de tro-vadores, de poesia”, diz a atriz, gaúcha de Campo Bom, em cartaz no teatro Eva Herz, em São Paulo, com Hell. Na peça, sucesso de público desde 2010, ela é uma garota rica, vi-ciada em drogas, consumista e incapaz de lidar com o amor. Ela é dirigida pelo marido, o ci-neasta Hector Babenco, com quem está desde 2007. Diz que o casamento é feliz também no

palco, porque ambos se entendem bem traba-lhando juntos, e não esconde as desavenças. “Para construirmos algo bom, às vezes temos de nos enfrentar e saber o que é melhor para o outro”, diz. A atriz recebeu Gente para falar da vida e da carreira, incluindo a passagem por um reality show, em 2001, e os planos de alçar voos mais altos. “Quero fazer faculdade de ci-nema. Já fiz um curta e agora quero dirigir outras coisas, documentários”, conta ela, que pretende fazer um documentário sobre a car-reira de Babenco. Por enquanto, ela se prepara para começar as filmagens de Gata Velha Ain-da Mia, um thriller psicológico sobre duas jornalistas. “Já estou fazendo o meu laborató-rio com você”, brincou.

entrevista

• Em Hell, você trabalha pela primeira vez com o seu marido, Hector Babenco. Como foi a experiência?• Bárbara. Foi maravilhosa, muito boa. Foi as-sim uma química muito produtiva. Um casa-mento muito feliz no palco. Ele não veio com marcação de cena, com o espetáculo pronto, montado. A gente fez junto isso. Então, cada dia era uma improvisação. E, como eu sou uma atriz que adora improvisar, casou. • Como administraram a convivência nos palcos e em casa?• Teve dias em que eu não voltei para casa (risos). Mas isso é normal, faz parte. Eu tenho uma personalidade muito forte e ele também tem. Para a gente construir algo bom, às ve-zes tem de se enfrentar e saber o que é melhor para o outro. Mas é trabalho de diretor e atriz, marido e mulher. Foi muito produtivo.

• Conseguiram separar o marido e a mulher do diretor e da atriz?• Totalmente. Ele dizia: agora você é a atriz aí. Eu respeito muito ele, como respeito to-dos os meus diretores. Então, sei separar muito bem isso.

• Você ganhou o primeiro reality show brasileiro, o Casa dos Artistas. Como foi?• Fui uma cobaia, a primeira. Tudo mudou muito. O primeiro foi uma coisa muito ingê-nua. Fui a primeira a ganhar um reality show e isso me deixa feliz. Hoje em dia, sou uma atriz, uma pessoa que já tem um valor. Ali, o público me conheceu. E foi uma experiência. De vez em quando, tenho sonhos com aque-la época, aparecem algumas imagens. Então, isso está no meu inconsciente. As pessoas falam: “Você não quer mais falar disso”. Eu não quero falar só disso. • Você disse há um tempo que não ia mais dar entrevistas para não ter de falar da sua vida pessoal. Por quê?• Comecei a perceber, de uns tempos para cá, que sempre focavam na minha história. A órfã, a que ficou sozinha, a que sofreu o aci-dente (em 1992, de carro)... Faz 20 anos que eu estou na estrada, 20 anos que eu não sou mais órfã, 20 anos que eu sofri o acidente. Não quero que a minha vida seja maior que minhas personagens.

• E por falar em suas personagens, você

‘‘Faz 20 anos que estou na estrada,

que eu não sou mais órfã, que eu sofri o acidente.

Não quero que a minha vida

seja maior que os meus

personagens’’

sempre é escalada para fazer papéis marcantes, com fortes tendências a loucura...• Sempre falo que não sei se as personagens me buscam ou se sou eu que as busco. A loucura faz parte de mim, não tem como fugir disso.

• Por que a loucura faz parte de você?• A loucura em todos os sentidos: de não ter medo do desafio, do perigo. Não tenho medo de me atirar, de caminhar pelo desconheci-do. Também tem a minha característica físi-ca mesmo, a minha cara. A televisão pede muito isso: um rosto diz o que a personagem é. Sou dessas atrizes que primeiro se atira e depois vai ver se o buraco é fundo. Às vezes, a gente peca pela loucura demais. Mas o erro faz parte da trajetória.

• Quando você cursava jornalismo, fez um documentário sobre o crack. Como foi essa experiência?• Foi um mês antes de largar a faculdade. Eu peguei alguns meninos surfando nos ônibus no Itaim Bibi (zona sul de São Paulo) e fui acompanhando com a câmera. Não sabia que eles eram viciados em crack. Fiquei um mês acompanhando o dia a dia deles, cheguei a passar uma noite inteira com eles. Se eu tives-se um equipamento bom e tivesse autoriza-ção deles, eu veicularia em alguns festivais. Na época, o crack estava chegando. Foi uma experiência muito forte. Comecei a fazer te-atro e larguei isso, mas essa vontade de fazer documentário ficou latente. Depois, fui fazer um reality show e eu fui a documentada. Ago-ra quero resgatar essa minha outra veia que estava adormecida... Ou não, já que estou sempre com a minha câmera na mão, captan-do as coisas do Hector. Também tenho um projeto, a longo prazo, de fazer um documen-tário sobre ele, sobre a carreira e a vida dele.

• Usou drogas?• Já vivi todas as fases da minha vida. Sou uma pessoa muito saudável, é só isso que eu posso dizer.

• Você disse recentemente que vai começar a pensar a ter filhos. • Meus filhos todos foram minhas persona-gens. Sempre me perguntam de gravidez. Eu não sei mesmo, estou deixando a vida me le-var e ver o que vem por aí. •

“Não sei se as personagens me buscam ou se sou eu quem as busco. A loucura faz parte de mim”

12/3/2012 | 45

entrevista

No camarim de Hell, em que interpreta uma garota rica, vivendo de excessos e incapaz de lidar com o amor

entrevista

• Em Hell, você trabalha pela primeira vez com o seu marido, Hector Babenco. Como foi a experiência?• Bárbara. Foi maravilhosa, muito boa. Foi as-sim uma química muito produtiva. Um casa-mento muito feliz no palco. Ele não veio com marcação de cena, com o espetáculo pronto, montado. A gente fez junto isso. Então, cada dia era uma improvisação. E, como eu sou uma atriz que adora improvisar, casou. • Como administraram a convivência nos palcos e em casa?• Teve dias em que eu não voltei para casa (risos). Mas isso é normal, faz parte. Eu tenho uma personalidade muito forte e ele também tem. Para a gente construir algo bom, às ve-zes tem de se enfrentar e saber o que é melhor para o outro. Mas é trabalho de diretor e atriz, marido e mulher. Foi muito produtivo.

• Conseguiram separar o marido e a mulher do diretor e da atriz?• Totalmente. Ele dizia: agora você é a atriz aí. Eu respeito muito ele, como respeito to-dos os meus diretores. Então, sei separar muito bem isso.

• Você ganhou o primeiro reality show brasileiro, o Casa dos Artistas. Como foi?• Fui uma cobaia, a primeira. Tudo mudou muito. O primeiro foi uma coisa muito ingê-nua. Fui a primeira a ganhar um reality show e isso me deixa feliz. Hoje em dia, sou uma atriz, uma pessoa que já tem um valor. Ali, o público me conheceu. E foi uma experiência. De vez em quando, tenho sonhos com aque-la época, aparecem algumas imagens. Então, isso está no meu inconsciente. As pessoas falam: “Você não quer mais falar disso”. Eu não quero falar só disso. • Você disse há um tempo que não ia mais dar entrevistas para não ter de falar da sua vida pessoal. Por quê?• Comecei a perceber, de uns tempos para cá, que sempre focavam na minha história. A órfã, a que ficou sozinha, a que sofreu o aci-dente (em 1992, de carro)... Faz 20 anos que eu estou na estrada, 20 anos que eu não sou mais órfã, 20 anos que eu sofri o acidente. Não quero que a minha vida seja maior que minhas personagens.

• E por falar em suas personagens, você

‘‘Faz 20 anos que estou na estrada,

que eu não sou mais órfã, que eu sofri o acidente.

Não quero que a minha vida

seja maior que os meus

personagens’’

sempre é escalada para fazer papéis marcantes, com fortes tendências a loucura...• Sempre falo que não sei se as personagens me buscam ou se sou eu que as busco. A loucura faz parte de mim, não tem como fugir disso.

• Por que a loucura faz parte de você?• A loucura em todos os sentidos: de não ter medo do desafio, do perigo. Não tenho medo de me atirar, de caminhar pelo desconheci-do. Também tem a minha característica físi-ca mesmo, a minha cara. A televisão pede muito isso: um rosto diz o que a personagem é. Sou dessas atrizes que primeiro se atira e depois vai ver se o buraco é fundo. Às vezes, a gente peca pela loucura demais. Mas o erro faz parte da trajetória.

• Quando você cursava jornalismo, fez um documentário sobre o crack. Como foi essa experiência?• Foi um mês antes de largar a faculdade. Eu peguei alguns meninos surfando nos ônibus no Itaim Bibi (zona sul de São Paulo) e fui acompanhando com a câmera. Não sabia que eles eram viciados em crack. Fiquei um mês acompanhando o dia a dia deles, cheguei a passar uma noite inteira com eles. Se eu tives-se um equipamento bom e tivesse autoriza-ção deles, eu veicularia em alguns festivais. Na época, o crack estava chegando. Foi uma experiência muito forte. Comecei a fazer te-atro e larguei isso, mas essa vontade de fazer documentário ficou latente. Depois, fui fazer um reality show e eu fui a documentada. Ago-ra quero resgatar essa minha outra veia que estava adormecida... Ou não, já que estou sempre com a minha câmera na mão, captan-do as coisas do Hector. Também tenho um projeto, a longo prazo, de fazer um documen-tário sobre ele, sobre a carreira e a vida dele.

• Usou drogas?• Já vivi todas as fases da minha vida. Sou uma pessoa muito saudável, é só isso que eu posso dizer.

• Você disse recentemente que vai começar a pensar a ter filhos. • Meus filhos todos foram minhas persona-gens. Sempre me perguntam de gravidez. Eu não sei mesmo, estou deixando a vida me le-var e ver o que vem por aí. •

“Não sei se as personagens me buscam ou se sou eu quem as busco. A loucura faz parte de mim”

12/3/2012 | 45

entrevista

No camarim de Hell, em que interpreta uma garota rica, vivendo de excessos e incapaz de lidar com o amor

Especial Mulher

12/3/2012 | 35

• Há mesmo algo diferente nas mulheres do Brasil. Algo que encanta e causa admiração pelo mundo afora. Não se trata mais da terra das mulatas – e nada contra elas, claro. Mas o Brasil tem na figura da atual mulher brasileira sua riqueza recém-descoberta. No comando do País, por exemplo, a pri-meira presidente mulher da República esbanja aprovação popular após seu primeiro ano de mandato. Na moda, a to-pmodel mais bem paga do planeta continua sendo uma gaú-cha. E a estilista que veste a princesa mais pop desde Lady Di nasceu no Rio! No mundo dos negócios, outra carioca conduz uma das cinco maiores indústrias geradoras de ener-gia do mundo. Ah, essas brasileiras são poderosas. Conheça os dez nomes femininos mais inspiradores do Brasil e enten-da por que o mundo é cada vez mais delas. •

mulheres10que

inspiramPara homenageá-las neste Dia

Internacional da Mulher, Gente elege as dez mulheres brasileiras que são

referência, seja pela carreira bem-sucedida, pelo corpo invejado ou pela

harmonia que conseguem ter na vida em casa e no trabalho. Inspire-se!

Patrícia Poeta

Em pouco mais de dez anos de carreira, Patrícia Poeta já conta com a experiência de quatro anos como correspondente da Globo em Nova York e outros cinco como apresentadora do Fantástico. Ex-garota do tempo, ela agora ocupa a bancada do telejornal mais visto do País, o Jornal Nacional.

Gisele Bündchen

Consagrada como a top model mais bem-sucedida do mundo, Gisele lidera o topo da lista das mais bem pagas e, de acordo com o jornal Daily Mail, acumula uma fortuna estimada em US$ 158 milhões. Em dezembro de 2009, deu à luz Benjamin, seu primogênito com o jogador de futebol americano Tom Brady.

dilma rousseff

Como a primeira mulher a presidir a República, Dilma chegou a ter aprovação maior que a registrada por seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva nos primeiros 12 meses de mandato. Teve pulso para dar início a uma “faxina” ministerial, fator apontado como um dos motivos de seus índices de popularidade terem chegado a 71% em pesquisa CNI/Ibope de novembro de 2011.

fernanda lima

A apresentadora, que estreou sua terceira temporada à frente do programa Amor & Sexo, na Globo, está casada há quase nove anos com um dos grandes galãs da tevê, Rodrigo Hilbert. De quebra, Fernanda é mãe dos gêmeos mais fofos do show biz, os loirinhos Francisco e João.

Foto

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Especial Mulher

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• Há mesmo algo diferente nas mulheres do Brasil. Algo que encanta e causa admiração pelo mundo afora. Não se trata mais da terra das mulatas – e nada contra elas, claro. Mas o Brasil tem na figura da atual mulher brasileira sua riqueza recém-descoberta. No comando do País, por exemplo, a pri-meira presidente mulher da República esbanja aprovação popular após seu primeiro ano de mandato. Na moda, a to-pmodel mais bem paga do planeta continua sendo uma gaú-cha. E a estilista que veste a princesa mais pop desde Lady Di nasceu no Rio! No mundo dos negócios, outra carioca conduz uma das cinco maiores indústrias geradoras de ener-gia do mundo. Ah, essas brasileiras são poderosas. Conheça os dez nomes femininos mais inspiradores do Brasil e enten-da por que o mundo é cada vez mais delas. •

mulheres10que

inspiramPara homenageá-las neste Dia

Internacional da Mulher, Gente elege as dez mulheres brasileiras que são

referência, seja pela carreira bem-sucedida, pelo corpo invejado ou pela

harmonia que conseguem ter na vida em casa e no trabalho. Inspire-se!

Patrícia Poeta

Em pouco mais de dez anos de carreira, Patrícia Poeta já conta com a experiência de quatro anos como correspondente da Globo em Nova York e outros cinco como apresentadora do Fantástico. Ex-garota do tempo, ela agora ocupa a bancada do telejornal mais visto do País, o Jornal Nacional.

Gisele Bündchen

Consagrada como a top model mais bem-sucedida do mundo, Gisele lidera o topo da lista das mais bem pagas e, de acordo com o jornal Daily Mail, acumula uma fortuna estimada em US$ 158 milhões. Em dezembro de 2009, deu à luz Benjamin, seu primogênito com o jogador de futebol americano Tom Brady.

dilma rousseff

Como a primeira mulher a presidir a República, Dilma chegou a ter aprovação maior que a registrada por seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva nos primeiros 12 meses de mandato. Teve pulso para dar início a uma “faxina” ministerial, fator apontado como um dos motivos de seus índices de popularidade terem chegado a 71% em pesquisa CNI/Ibope de novembro de 2011.

fernanda lima

A apresentadora, que estreou sua terceira temporada à frente do programa Amor & Sexo, na Globo, está casada há quase nove anos com um dos grandes galãs da tevê, Rodrigo Hilbert. De quebra, Fernanda é mãe dos gêmeos mais fofos do show biz, os loirinhos Francisco e João.

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Especial Mulher

12/3/2012 | 37

daniella helayel

Estilista fluminense radicada em Londres há pouco mais de 10 anos e dona da marca Issa, Daniella vestiu Kate Middleton com um vestido jérsei azul-royal, um dos clássicos da grife, na cerimônia do noivado dela com o príncipe William, herdeiro do trono britânico. Entre suas clientes, estão Madonna, Kate Moss e Scarlett Johansson.

saBrina sato

Entre tantas belas mulheres, Sabrina foi “o” corpo do Carnaval de 2012. Com 1,70 m de altura e 58 quilos, a apresentadora do Pânico fez o público no Sambódromo paulistano e na Marquês da Sapucaí, no Rio, suspirar com suas curvas perfeitas. Sabrina também comemora a boa fase no Pânico na TV, que se consagrou em 2012 indo para a Band.

maria das Graças foster

Também é a primeira mulher a ocupar o posto de presidente, mas agora na maior estatal do País e uma das cinco maiores geradoras de energia do mundo, a Petrobras. A ex-catadora de papel do Morro do Alemão é comparada à Dilma pela gestão rígida. Na empresa, ela começou como estagiária em 1978 e ocupou cargos gerenciais antes de chegar ao comando.

claudia leitte

A cantora baiana levou a música ao pé da letra: levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima, depois de se machucar em pleno Carnaval este ano, em seu trio elétrico em Salvador. Grávida do segundo filho, Claudia fez um curativo e seguiu com o trabalho sem perder o rebolado.

lília caBral

A atriz sempre fez tão bem suas personagens que, mesmo com papéis coadjuvantes, conseguia chamar a atenção do público. Depois de 30 anos de carreira, ela ganhou o papel de protagonista de fato. Interpretando a batalhadora Griselda, em Fina Estampa, a atriz de 54 anos foi eleita no ano passado a Personalidade do Ano da Televisão por Gente, em 2011.

heBe camarGo

A força de Hebe, que completa 83 anos no Dia Internacional da Mulher, é daquelas coisas que impressionam. Diagnosticada com câncer no peritônio (membrana que reveste os órgãos internos) no início de 2010, ela lutou, venceu a doença no ano passado e retomou o posto de rainha da televisão brasileira. Após 24 anos de SBT, teve a coragem de recomeçar em outra emissora, a RedeTV!, em 2011.

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daniella helayel

Estilista fluminense radicada em Londres há pouco mais de 10 anos e dona da marca Issa, Daniella vestiu Kate Middleton com um vestido jérsei azul-royal, um dos clássicos da grife, na cerimônia do noivado dela com o príncipe William, herdeiro do trono britânico. Entre suas clientes, estão Madonna, Kate Moss e Scarlett Johansson.

saBrina sato

Entre tantas belas mulheres, Sabrina foi “o” corpo do Carnaval de 2012. Com 1,70 m de altura e 58 quilos, a apresentadora do Pânico fez o público no Sambódromo paulistano e na Marquês da Sapucaí, no Rio, suspirar com suas curvas perfeitas. Sabrina também comemora a boa fase no Pânico na TV, que se consagrou em 2012 indo para a Band.

maria das Graças foster

Também é a primeira mulher a ocupar o posto de presidente, mas agora na maior estatal do País e uma das cinco maiores geradoras de energia do mundo, a Petrobras. A ex-catadora de papel do Morro do Alemão é comparada à Dilma pela gestão rígida. Na empresa, ela começou como estagiária em 1978 e ocupou cargos gerenciais antes de chegar ao comando.

claudia leitte

A cantora baiana levou a música ao pé da letra: levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima, depois de se machucar em pleno Carnaval este ano, em seu trio elétrico em Salvador. Grávida do segundo filho, Claudia fez um curativo e seguiu com o trabalho sem perder o rebolado.

lília caBral

A atriz sempre fez tão bem suas personagens que, mesmo com papéis coadjuvantes, conseguia chamar a atenção do público. Depois de 30 anos de carreira, ela ganhou o papel de protagonista de fato. Interpretando a batalhadora Griselda, em Fina Estampa, a atriz de 54 anos foi eleita no ano passado a Personalidade do Ano da Televisão por Gente, em 2011.

heBe camarGo

A força de Hebe, que completa 83 anos no Dia Internacional da Mulher, é daquelas coisas que impressionam. Diagnosticada com câncer no peritônio (membrana que reveste os órgãos internos) no início de 2010, ela lutou, venceu a doença no ano passado e retomou o posto de rainha da televisão brasileira. Após 24 anos de SBT, teve a coragem de recomeçar em outra emissora, a RedeTV!, em 2011.

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o

Estilo Casa

• Por Silviane Neno

12/3/2012 | 61

Flávia brinca com o xodó da casa, a yorkshire Meg. A mesa é de Guilherme Torres e o quadro de David Damau

O Buda, presente do amigo designer Roberto Alves, divide a mesa Perety com os livros de moda. Ao lado, o espelho de 100 anos comprado no antiquário Murano e orquídeas

Sob medidaSala ampla para reunir os amigos e décor que

traduz os gostos e preferências do casal de empresários Flávia Rotondo e Alexandre Manetti, em São Paulo

FOTOS Marcelo Navarro/Ag.IstoÉ

• Juntar moda e a paixão pela cozinha fran-cesa num mesmo lugar. De preferência, em casa. Esse foi o ponto de partida do casal Flávia Rotondo e Alexandre Manetti quan-do decidiram como seria o novo apartamen-to da dupla. Em 145 m², num dos bairros mais valorizados de São Paulo, a Vila Nova Conceição, os dois trataram de misturar peças retrôs e muito design moderno em busca do resultado.

Outra preocupação foi ampliar a sala para abrir espaço a um outro prazer: o de receber. Em jantares quase semanais, Alexandre as-sume as caçarolas e a degustação das rarida-des da adega. “Vimos muitos outros aparta-

Estilo Casa

• Por Silviane Neno

12/3/2012 | 61

Flávia brinca com o xodó da casa, a yorkshire Meg. A mesa é de Guilherme Torres e o quadro de David Damau

O Buda, presente do amigo designer Roberto Alves, divide a mesa Perety com os livros de moda. Ao lado, o espelho de 100 anos comprado no antiquário Murano e orquídeas

Sob medidaSala ampla para reunir os amigos e décor que

traduz os gostos e preferências do casal de empresários Flávia Rotondo e Alexandre Manetti, em São Paulo

FOTOS Marcelo Navarro/Ag.IstoÉ

• Juntar moda e a paixão pela cozinha fran-cesa num mesmo lugar. De preferência, em casa. Esse foi o ponto de partida do casal Flávia Rotondo e Alexandre Manetti quan-do decidiram como seria o novo apartamen-to da dupla. Em 145 m², num dos bairros mais valorizados de São Paulo, a Vila Nova Conceição, os dois trataram de misturar peças retrôs e muito design moderno em busca do resultado.

Outra preocupação foi ampliar a sala para abrir espaço a um outro prazer: o de receber. Em jantares quase semanais, Alexandre as-sume as caçarolas e a degustação das rarida-des da adega. “Vimos muitos outros aparta-

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Estilo Casa

mentos maiores que esse, com três, quatro quartos, mas com a sala pequena. Não dava. A sala tem que ser grande”, diz ele.

Nos dias mais frios uma lareira se encarre-ga de tornar esses encontros sempre mais longos. Há dois anos, quando pesquisavam sobre imóveis para compra, descobriram ali o lugar ideal. Negócio fechado, partiram para uma pequena reforma. Pouca coisa foi modificada, entre elas o piso.

No living, destaque para o aparador de ares pop assinado por Guilherme Torres e a lumi-nária Pedro Mendes, de mais de dois metros. Ao lado deles, a contrapartida: um espelho de mais de 100 anos arrematado em um anti-quário paulista. Um Buda vermelho, presen-te do designer Roberto Alves, faz o contra-ponto místico: “Ele viajou e nos trouxe dois Budas: um preto e um vermelho. O vermelho veio para cá e o preto ficou no escritório”, ex-

plica Flávia. Os dois ambientes, aliás, andam de mãos dadas. Flávia e Alexandre tocam juntos os projetos De Zero a Doze, Galeria e Contemporâneo Showroom. Em casa, os objetos mudam de lugar de acordo com o mood do casal. “A única regra é: se entrar al-guma coisa, outra tem que sair”, brinca Ale-xandre, que detesta ambientes acumulados.

Embora a sala de estar abrace vários ele-mentos curiosos, como o tapete e a mesa do designer Guilherme Torres, o que rouba a cena é um quadro de David Dalmau. “Quan-do vieram pendurar na parede, o David per-guntou se nós podíamos convidar ele para vir aqui às vezes para observar seu próprio qua-dro”, relembra Flávia.

As flores são substituídas semanalmente. Cada cômodo da casa tem uma orquídea de cor diferente. “Adoro flores. Se não trabalhas-se com moda, com certeza faria paisagismo.” •

Dentro de casa, vegetação natural. Ao lado, o charme da lareira embutida

O espelho na suíte do casal é iluminado por luzinhas do showroom De Zero a Doze, organizado pelo casal. Abaixo, a bailarina de papel machê da Juliana Bollini, no móvel de 1910

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Estilo Casa

mentos maiores que esse, com três, quatro quartos, mas com a sala pequena. Não dava. A sala tem que ser grande”, diz ele.

Nos dias mais frios uma lareira se encarre-ga de tornar esses encontros sempre mais longos. Há dois anos, quando pesquisavam sobre imóveis para compra, descobriram ali o lugar ideal. Negócio fechado, partiram para uma pequena reforma. Pouca coisa foi modificada, entre elas o piso.

No living, destaque para o aparador de ares pop assinado por Guilherme Torres e a lumi-nária Pedro Mendes, de mais de dois metros. Ao lado deles, a contrapartida: um espelho de mais de 100 anos arrematado em um anti-quário paulista. Um Buda vermelho, presen-te do designer Roberto Alves, faz o contra-ponto místico: “Ele viajou e nos trouxe dois Budas: um preto e um vermelho. O vermelho veio para cá e o preto ficou no escritório”, ex-

plica Flávia. Os dois ambientes, aliás, andam de mãos dadas. Flávia e Alexandre tocam juntos os projetos De Zero a Doze, Galeria e Contemporâneo Showroom. Em casa, os objetos mudam de lugar de acordo com o mood do casal. “A única regra é: se entrar al-guma coisa, outra tem que sair”, brinca Ale-xandre, que detesta ambientes acumulados.

Embora a sala de estar abrace vários ele-mentos curiosos, como o tapete e a mesa do designer Guilherme Torres, o que rouba a cena é um quadro de David Dalmau. “Quan-do vieram pendurar na parede, o David per-guntou se nós podíamos convidar ele para vir aqui às vezes para observar seu próprio qua-dro”, relembra Flávia.

As flores são substituídas semanalmente. Cada cômodo da casa tem uma orquídea de cor diferente. “Adoro flores. Se não trabalhas-se com moda, com certeza faria paisagismo.” •

Dentro de casa, vegetação natural. Ao lado, o charme da lareira embutida

O espelho na suíte do casal é iluminado por luzinhas do showroom De Zero a Doze, organizado pelo casal. Abaixo, a bailarina de papel machê da Juliana Bollini, no móvel de 1910

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RAIACLáUDIA

AOS 45 Poderosa no musical Cabaret,

a atriz revela o segredo do corpo escultural, diz que

adora ser livre e fala sobre o novo romance

"Sou eclética. Namoro porque quero estar com aquela pessoa

naquela hora""Não sei trabalhar sem estar

completamente entregue"

SEXy AindA MAiS

a visita do príncipE Harry ao morro do alemão, no rio

Ensaio ALÊ DE SOUZA

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